Hookah Brasil Experience - 017 - Novembro 2017

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Editorial Chegamos ao finalzinho do ano e com ele a última edição de 2017, ano de muito trabalho, vitórias e algumas derrotas, mas um ano de muitas realizações! Antes de explicar o que teremos nas próximas páginas, agradecemos os parceiros e amigos e desejamos um 2018 repleto de coisas boas! Por fim, nesta edição trazemos mais uma vez o projeto “Como se faz!” que conta um pouco sobre a produção das mangueiras descartáveis de forma resumida mas muito explicativa. A matéria sempre perfeccionista de Campanelli falando sobre qual base escolher para o seu Setup e suas diferenças na hora de fumar, sim tem diferença!

Direção

Fábio Vilariño Guilherme Vieira Lineu Jr.

Colaboradores

Eduardo Macário Felipe Campanelli Gabriel Sakamoto Raphael Silveira Vinicius Gregoraci Welton “Spider”

Projeto Gráfico Guilherme Vieira

Um breve relato sobre qualidade dos carvões que inundaram nosso mercado do jornalista Sidney Gritti, vulgo Netão!

Fotografia

Uma matéria sobre a “briga” entre pais e filhos, quando se trata de fumar arguile escrita por nós da HBE, e falamos com propriedade por ter passado pela situação num todo.

Jornalista Responsável

Claro, não podia faltar novidades, os Pombos agora estão escrevendo uma matéria sobre a Cultura do nosso querido arguile!

Guilherme Vieira Sidney Gritti

Gráfica Lineu Jr.

Logística

Caio Costa

Para completar a novidade temos o queridinho da galera, Du Macário estreando no time de colunistas que já conta com Sakamoto e Spider na nossa edição 17!

Revisão

Mais uma vez, Obrigado a todos e que 2018 nos aguarde!

contato@hookahbrasilexp.com.br

Abraços

Site

A revista HBE não se responsabiliza pelas opiniões aqui emitidas. O conteúdo de anúncios aqui publicados são de total responsabilidade dos anunciantes.

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Barbara Sales

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www.hookahbrasilexp.com.br

O artigo 5 da Constituição Federal, assegura o direito de expressar nossas convicções e alternativas, mesmo sendo contra-hegemônicas, tanto o direito de receber quanto o de difundir informações são garantias fundamentais amparadas nos artigos 13.1 e 13.2 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, 19.1 e 19.2 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e do artigo 4 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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Contato

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Impressão:

6.000 exemplares

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Sumário //Produção de mangueira

Como se faz: saiba como é a produção das mangueiras nacionais decartáveis!

//Que base escolho para meu arguile?

Dicas ao escolher qual base comprar quando for montar seu setup!

pg.20

//Carvões & Qualidade

A avalanche devastadora dos carvões ‘nacionais’ que submergiu o mercado em qualidade suspeita.

pg.24

//Cultura

pg.28

Um pouco de “semancol” não faz mal para ninguém.

Eduardo Macário pg.13

pg.32 Gabriel Sakamoto pg. 31

Welton “Spider” pg. 17


//Espaço do Leitor

Aproveite sua sessão e registre-a. Nos envie fotos do momento “relax” do seu dia. Encaminhe fotos, textos e artigos para o endereço leitor@hookahbrasilexp.com.br

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Eduardo Macário macario@hookahbrasilexp.com.br

Eventos de Arguile Adoro eventos de arguile. Meu primeiro contato com um evento deste tipo foi na Wonderland em 2014 (atual Expo Hookah), e lembro da minha reação ao pisar naquele lugar: fiquei em estado de choque. Minha realidade do arguile na época era sentar e fumar com quatro ou cinco amigos, tomar uma cerveja e jogar conversa fora. E de repente vi três mil pessoas sentadas e fumando no mesmo local, na presença de música árabe e dançarinas do ventre, alguns stands e absolutamente nenhuma confusão. Foi nesse momento que me encantei pelo mundo do arguile.

zação do nosso mercado atual. Marcas cada vez mais preocupadas com o público, eventos cada vez mais elaborados e frequentes. Obviamente isso não se aplica a todos e há sempre aqueles que estão no mercado apenas pelo dinheiro. Isso não é um problema, não vão durar muito tempo, pois dinheiro é um motivo muito pequeno para dedicar sua vida. É por causa de marcas e pessoas que possuem comprometimento, dedicação e seriedade que vejo um futuro próspero e longo no mundo do arguile.

O último da vez foi o SC Hookah Fest, que rolou dia 15 de outubro em Balneário Camboriú, onde tive o imenso prazer de ser bem recebido pelo público local e fazer amizade com a galera. O evento em questão foi extremamente bem organizado e contou com espaço para todo o público presente sentar e fumar com os amigos. Open de essência do começo ao fim do evento, carvão de sobra e com direito a carros superesportivos em dois stands! Isso reflete a seriedade e profissionali2017/Novembro - Hookah Brasil Experience | 13


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Welton “Spider” spider@hookahbrasilexp.com.br

Criatividade notaaa 10! Olá meus amigos, como vocês estão? Graças a Deus mais uma edição da nossa querida HBE. Ainda faltam alguns meses para o carnaval, a festa mais aguardada e brasileira de todas. Onde as escolas de samba se dedicam o ano todo para mostrar todo seu trabalho, brilho e encantos na avenida, muita inspiração e criatividade gira em torno de todo esse preparo. Faço essa alusão acima dos tão falados e criticados Arguiles de Bloco. Hoje temos uma geração tão estupida e sem respeito algum as pessoas, vi uma maioria massacrando essa ideia que achei genial. Não por pegar um bloco e transformar em um arguile, mas a disposição, o empenho em fazer algo diferente, algo que no fim tenha a mesma função dos tão caros e renomados Arguiles. Alguém dispor do seu tempo, fazer testes, procurar o melhor ângulo para o furo, os materiais, para no fim sair uma peça barata, acessível e muito funcional. Há alguns anos atrás, isso seria genial, coisa que nosso querido Ernes-

to fazia muito: usava uma bomba de água para aquário, para fazer um mecanismo para lavar mangueiras, pegava uma mesa de bar e criava uma linda Hookah Table; e isso era visto com muito bons olhos, porém hoje temos uma das piores gerações que por aqui se passou, onde o ‘mi mi mi’ é grande, vindo sempre acompanhado de nenhum critério. Então deixo aqui os meus parabéns a essas pessoas, expresso meu sentimento com muito bons olhos à pessoas com essas atitudes e criatividades. E no quesito respeito, notaaaaa 0 a vocês que pensam que algo dessa forma seja horrível ou inaceitável! Abraços e até a próxima edição xovenssss!

YOUTUBE.COM/ARGUILECAST

ARGUILECAST

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//Como se faz?

Produção de mangueiras Por: Hookah Brasil Experience

O “Como se faz!” foi à fábrica da Brasuka para acompanhar e explicar pra vocês como é o processo de produção da mangueira mais vendida do Brasil e falar da história do seu criador. Rodrigo, vulgo Zóio (também conhecido por alguns como Judas), trabalhava na empresa metalúrgica familiar quando resolveu arriscar com uma “cópia” melhorada de uma mangueira que ganhou. O dono da marca que se consolidou no mercado e neste ano completa 20 | Hookah Brasil Experience - Novembro/2017

5 de existência, explica que antes disso era apenas um “fumeta” e que se não fosse o arguile, não teria tido tantas oportunidades como teve. Então vamos lá, deixe que ele explique com as próprias palavras como começou, quanto cresceu e como anda a Brasuka. Como tudo começou? Antes de mais nada, eu gostaria de agradecer a vocês da HBE por me convidarem para participar da revista!


//Como se faz?

Mangueira Brasuka montada.

Vamos lá, em 2009/2010 conheci o Murilo Mukai e ele já tinha as Fancy Hose e me deu uma, a partir dali comecei a ver os defeitos que elas tinham e surgiu a ideia de fazer uma. Comecei a pesquisar, já conhecia um pouco de injeção de plásticos e arrisquei. O primeiro modelo era totalmente baseado na Fancy hose. Graças a Deus já estamos no mercado há 5 anos! Quem era e o que fazia o Rodrigo “Zóio” antes da Brasuka? O Zóio, apelido de no mínimo 20 anos, trabalhava com os pais em uma pequena metalúrgica e era um Fumeta, rs.

Por que você resolveu investir neste nicho no nosso hobby? Dinheiro, vi uma oportunidade e abracei. Seria hipocrisia dizer que foi pensando só no hobby! Por que o nome Brasuka? Eu e o Mukai sentamos para pensar em um nome. Aí começamos a citar vários, pensando sempre que era algo ‘gringo’ feito no Brasil para brasileiros, eis que surgiu Brasuka hose e hoje só Brasuka.

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//Como se faz?

Mangueira corrugada.

O que você pode dizer sobre a estrutura da Brasuka? Depois de passarmos pela sala dos meus pais e também o corredor de acesso à casa, rs, hoje já temos uma boa estrutura, 80% da produção é feita dentro da Brasuka. Qual foi seu primeiro arguile? A quanto tempo fuma? Quanto roshs você fuma por dia? Fuma durante o expediente? Qual sua essência favorita? Qual seu arguile preferido hoje?

nem fumo e por incrível que pareça, se eu fumei 5 vezes em 5 anos na brasuka foi muito! Minha essência preferida e a Cane Mint e o arguile que mais gosto hoje é o Brasukinha ou o Brasuka Nano kkk. Quantos e quais os produtos a Brasuska tem hoje no mercado?

Poucas perguntas hein kkkk.

Hoje temos em linha 7 produtos: Brasukinha, Brasuka Premium, Brasuka Aluminium, Abafadores, folhas de alumínio, Smart Holder e o Brasuka Nano.

Fumo há 13 anos, o primeiro foi um egípcio giratório de uma mangueira, que tenho até hoje. Tem dias que

Quais as matérias-primas utilizadas na produção dos produtos da Brasuka?

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//Como se faz? Usamos um material da família do acrílico nas piteiras, por isso todas são translúcidas. Nas mangueiras é um material também utilizado para inalação hospitalar e aqueles aparelhos de inalação que se compra em farmácia e a embalagem de material biodegradável que em 6 meses já não existe mais. E com as folhas de alumínio todos dentro das normas brasileiras e de saúde! Só utilizamos o que a de melhor em matéria-prima no mercado, o único problema que temos é o custo que é um pouco maior! Qual o tempo do processo produtivo de cada um dos seus produtos? Hoje a mangueira são 2 processos: injeção de material e extrusão da mangueira. A injeção de 2 jogos de piteira (2 piteiras e 2 contras) em 1 minuto; a extrusão 3 mangueiras por min (1m 60s). Os outros produtos demoram cerca de 2 semanas para ficarem prontos, por terem alguns terceirizados produzindo também.

entre o consumidor, o produto e a marca (Tive isso na faculdade) kkk. Partindo disso sempre pensamos em ter uma identidade, com o logo, nome do produto e dados da empresa nas embalagens. Aproveitando e respondendo uma pergunta que muita gente faz, que é sobre a higiene das mangueiras, é só tirar as piteiras e passar água corrente e deixar secar, nada mais. Tem gente que roda elas para sair o excesso de água, outros colocam no freezer e espera ficar gelo e dar umas batidas, rs. O que acha dos produtos similares e cópias no mercado? Acho que tem espaço para todo mundo, só não concordo com cópias descaradas feitas na China com preços que não conseguimos ter aqui no Brasil! Se não fosse o arguile, qual seria o seu emprego dos sonhos? Acho que não teria. Com o arguile já conheci muitas cidades, alguns países e culturas, acho que só se fosse artista conseguiria ter isso!

Quão importante é a embalagem para os seus produtos? A embalagem é o principal elemento de conexão e de comunicação 2017/Novembro - Hookah Brasil Experience | 23


//Dica HBE

Que base escolho para meu arguile? Por: Felipe Campanelli Fotos: Guilherme Vieira 24 | Hookah Brasil Experience - Novembro/2017


//Dica HBE Salve galera da revista HBE! Talvez muitos pensem que a base ou vaso do arguile não influencie na sua funcionalidade, mas na verdade essa escolha pode fazer muita diferença na sessão!

“Ah, então base Jumbo não presta?”. Não vamos ser radicais. As bases Jumbo, assim como as Genies, tem sua funcionalidade.

Por exemplo, se você tem um arguile grande certamente já percebeu que em bases com o formato ‘sino’, o fluxo da puxada fica mais leve, mais fluído e fácil, o respiro também faz seu papel com maior facilidade. Mas afinal, qual o motivo? Isso ocorre, pois, o formato interno da base ‘sino’ é estreito e alto, dificultando a movimentação da água causada pela borbulha, deixando a puxada uniforme.

Jumbo Bases Jumbo.

Bases Sino.

A Jumbo por ter a parte interna bem espaçosa causa uma grande quantidade de borbulha, deixando a puxada mais barulhenta e um pouco mais pesada. Já as Genies possuem o pescoço muito longo e estreito, e sua base mais larga e baixa. Logo, quando pensamos em funcionalidade, ela é a menos indicada dos três tipos, pois possui a parte interna como a da Jumbo, porém o pescoço fino deixa pouco espaço para a fumaça, tirando assim um pouco mais de funcionalidade. 2017/Novembro - Hookah Brasil Experience | 25


Base de cristal.

Mas em contrapartida as Jumbos, por terem maior reservatório de água, deixam a temperatura da fumaça mais fresca durante por maior tempo, já as Genies trazem uma estética bem requintada e diferenciada ao Arguile. Mas, a melhor base dentre as três sempre será a que mais lhe agrade, seja pela aparência, formato ou funcionalidade. Temos uma vasta variedade de marcas, modelos, tamanhos e cores de bases no mercado brasileiro: simples de vidro, de pvc para os desastrados, de metal egípcias, de cerâmica e até 26 | Hookah Brasil Experience - Novembro/2017

de cristal com acabamento à base de Ouro. Então, escolha a que mais lhe agrada e boa sessão!

Bases Genie.


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//Bate-Papo

Carvões & Qualidade Por: Sidney Gritti Fotos: Guilherme Vieira

A avalanche devastadora dos carvões ‘nacionais’ que submergiu o mercado em qualidade suspeita.

Muito se fala sobre a qualidade dos carvões para arguile, chovem reclamações em grupos na internet e quase todas as marcas já foram alvos de algum cliente insatisfeito. Os carvões para arguile comercializados no

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território nacional são 90% importados da China e Indonésia. Acredito que a maioria já saiba das importações, portanto, um exercício de lógica pode lhe levar raciocinar o ponto central deste texto: lotes irregulares.


//Bate-Papo

As marcas de carvão praticam um belo marketing de seu produto, fator muito importante para a venda, mas por vezes o que é prometido nessas propagandas são meras falácias, simplesmente porque fogem ao controle do staff das marcas. Como disse os carvões são importados de outro continente e ter um funcionário de confiança in loco, full time inspecionando a produção seria um custo alto que refletiria no bolso dos fumantes, substituindo as reclamaçãos, migrando da qualidade para o preço elevado dos carvões.

Não quero aqui fazer o papel de polemizador, muito menos atacar as marcas de carvão, pelo contrário, entendo os serviços prestados por elas, mas questões devem ser levantadas em torno dos fatores que influenciam diretamente a qualidade de um gigantesco lote de carvões despachado em containers para o Brasil: variações do clima, transporte, sem falar na incerteza quanto à qualidade da matéria-prima utilizada. O baixo preço na produção de origem asiática, faz os importadores terem

dores de cabeça quando um lote apresenta problemas, afinal, serão meses até esgotar todo aquele carvão ‘ruim’ e muita reclamação. Conheço pouquíssimas marcas que optam pela produção nacional ou praticam rigorosos controles. Não cabe a mim citar nomes, mas de uma coisa estejam certos, a garantia de um bom carvão soa para mim como oração dos importadores, torcendo para que venha um produto vendável que lhe garanta alguns meses de paz e clientes sorridentes fazendo propaganda gratuita.

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Gabriel Sakamoto

peculiar de nosso povo. E isso não seria diferente com o arguile.

O crescimento dos ambientes próprios para o consumo de arguile é notório para todos. Desde cidades gigantes como São Paulo e Curitiba, até pequenos municípios do interior de estados De Norte a Sul. Mas o que isso quer dizer Saka?

A opção dos ambientes próprios vem ganhando adeptos, principalmente casais que buscam entretenimento de apreciação ambígua com um nível de energia satisfatório, interessante e divertido. Sinônimo disso são os aniversários que são comemorados semanalmente, festas regadas à união, risadas e momentos compartilhados, tudo que o universo da shisha sempre proporcionou e ganha formas diferentes de ser aproveitado.

O que gostaria de frisar na coluna de encerramento de 2017 é que o ano foi de muitas conquistas para o mundo da shisha no Brasil, inclusive com a criação de diversos lounges, cada um com seu objetivo e propósito. Isso proporcionou uma variedade ainda maior de estilos e perfis, cabendo ao público escolher qual lhe agrada mais com o seu formato agitado, calmo ou até mesmo misturado.

Mas atente-se. Busque sempre um lounge de qualidade e ótimo serviço. Não permita que o mercado cresça com profissionais que não estão adequados para um bom atendimento e/ou contribuindo para uma melhor visão da sociedade sobre tudo isso que falamos durante as edições da HBE. Contamos contigo e aproveite um bom lounge para celebrar a vida! Até 2018! Boas festas e compartilhe emoções!

sakamoto@hookahbrasilexp.com.br

Lounges pelo Brasil.

E não acredito que a maioria deles esteja infringindo as normas de um shisha/hookah lounge. Paro para pensar na gastronomia japonesa, que ganhou suas variações e modernidades em solo brasileiro. Se gosto? Não. Respeito? Com certeza. O DNA verde e amarelo é sobre renovação, criar algo que seja do gosto tão 2017/Novembro - Hookah Brasil Experience | 31


//Cultura

Cultura Por: Pombo de Adão

Fotos: Guilherme Vieira

Por mais que o grande boom do arguile no Brasil venha acontecendo de alguns poucos anos para cá (tendo hoje um excelente exemplo disso com nosso querido exgaroto-propaganda-debisnaguinhas Gabriel Sakamoto, que atingiu a incrível marca de 100 mil inscritos no seu canal no YouTube),

temos em mente de que o nargos data de tempos que o guaraná de rolha e tubaína de saquinho nem sequer pensavam em existir. E como qualquer outra cultura do mundo, o arguile cresceu em proporções estratosféricas. O que fez com que o público apenas enxergasse os dias de hoje, onde

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tudo é mais moderno e voltado à ostentação e ao mostrar para o amiguinho que você tem o setup mais esculachante, que custou o preço de um apartamento no Jardins (já falamos sobre esse tipo de comportamento mongoloide outra edição). “Ah, mas vocês estão falando que a gente


//Cultura deve fazer igual nas antigas, se não a gente tá fazendo errado?!” Epa, pera lá, muita calma, ladrão! Não é bem assim! Claro que existe um movimento no meio do arguile que defende que temos de nos ater aos costumes anciões do Oriente Médio, afinal a cultura toda veio daqueles lados. Ai já é um exagero. Apesar de originada nesta região, a cultura do arguile passeou por diversos continentes, países, cidades, grupos e gerações. E assim, como qualquer outra cultura, que evolui através do tempo, da troca de informações e da absorção dos costumes de cada povo e região, ela se transformou afim de se adaptar às nossas necessidades, fazendo com que chegássemos no patamar que nos encontramos hoje aqui no nosso querido

Braza. E por mais distante que possa parecer da ideia original, é uma válida variante dessa cultura gostosa e relaxante.

JEITO CERTO DE FUMAR! (Tá, num é por isso que você vai jogar o rosh dentro do vaso com Guaraná Kuat, colocar o fumo dentro da calça e usar uma mangueira de jardim comprada na TelhaNorte para fazer sua sessão).

Então o ponto aqui não é coibir você querido(a) leitor(a), a agir exatamente como os povos arguileiros de outrora, e sim a Você não precisa CONHECER e RESPEITAR passar a mangueira a cultura que amamos. com a ponteira virada para você, e dar dois Hoje existe uma tapinhas na mão do desinformação amiguinho para fazer tão absurda, que certo. Mas também não chegamos ao ponto é para pagar de mongol de fumetinhas mais e ficar depreciando o juvenis chamarem de parça que fuma do jeito iniciantes aqueles antigueira, só porque que fumam em o arguile dele não tem arguiles egípcios, com o fluxo de 27 bailes do roshs tradicionais e Helipa, 43 respiros e mangueira de couro. uma mangueira que Coisa que, para gente, não estraga nem com que há 8 anos atrás bomba de hidrogênio. guardava cada moeda de 10 centavos para Fuma do jeito que você depois de alguns gosta, respeita quem meses conseguir veio antes, respeita comprar nosso tão quem vai vir depois, e sonhado KM Trimetal, é seja feliz! um ultraje. É simples, é legal, é O que queremos fixar maneiro. Faz o seu, que aqui é: NÃO EXISTE nós fazemos o nosso! 2017/Novembro - Hookah Brasil Experience | 33


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//Papo Cabeça

Pais x FIlhos x Arguiles Por: Fabio Vilariño Fotos: Guilherme Vieira

De um lado: jovens, curiosos, sedentos por experiências. De outro pais: protetores e desinformados. É este o paradoxo que vive hoje o nosso hobby no Brasil. Quem vencerá esta disputa? Os pais, por incrível que pareça, possuem um amor incondicional pelo oponente. As rádios, televisões e o

governo estão do seu lado (mesmo que não dizendo a verdade), sua experiência lhe dá uma grande vantagem e, geralmente possui autoridade sobre o oponente. Filhos: Em sua maioria sem argumentos, com uma revolta e um sangue nos olhos, a típica vontade de vencer que seu

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oponente já teve há muito tempo atrás. Costuma só enxergar o imediato e não analisa o contexto inteiro da situação. É o primeiro a desrespeitar as regras e machucar o oponente. Nosso hobby é repleto de jovens e a maioria menores de idade, e os pais desta geração protegem


//Papo Cabeça excessivamente seus filhos, tentando afastalos de algo prejudicial, mas esqueceram que os filhos são criados para o mundo e não para serem bibelôs, faltou informar e educar, diferente de somente proteger. Alguns pais podem se revoltar lendo esse parágrafo, esse não é o intuito, mas sim colocar um pouco de luz nessa discussão obscura. Temos que entender que o amor incondicional dos pais, os fazem querer proteger os filhos. O jeito é encontrar o meio termo, indo contra seus pais sem informação, brigando e desrespeitando-o, como você exigirá respeito? Agora se você acatar a imposição de seus pais, mesmo que seja uma proibição total de fumar e falar que mesmo não concordando com a opinião você irá respeitá-la, pois eles são seus pais e você ainda mora com

ele, garanto que ele olhará com outros olhos e escutará o que você terá a falar para ele sobre o hobby, usando argumentos sólidos e verdadeiros, mostrando o seu lado. Sei que você quer fumar agora, dentro do “seu” quarto, na “sua” casa, mas essa será uma luta longa, onde pode até ser que você não consiga ganhar e ter esses privilégios, mas com certeza terá o respeito.

explique, concordando ou não. Porque diferente de uma luta, onde o perdedor é o que desiste ou vai a nocaute, nesta batalha não haverá vencedor, somente o desgaste do elo de pessoas que se amam.

Mostrando que opiniões divergentes podem ocorrer, mas o respeito existirá e quem sabe com isso, você não consiga começar a curtir seu arguile pelo menos no quintal ou na varanda?

Exemplos que provam que uma boa conversa resolve muita coisa, Guilherme e Lineu, que fazem parte da direção da Revista HBE só ganharam o respeito e até mesmo a permissão de fumar dentro de casa, depois de muito tempo de revista e muitos papos e explicações com os pais. Fábio está dos dois lados, tendo o filho e tendo que respeitar a casa da mãe quando vai até lá!

Se você está lendo esta revista pela primeira vez e se enquadra nessa luta, que tal mostrar esta matéria, edições anteriores e entregar para eles lerem, não os obrigue, mostre e

Conversa, explicação, papo franco e muito respeito. Isso fará você ser respeitado e ouvido pelos seus pais como um adulto e não um rebelde sem causa que quer fazer igual os amiguinhos da rua.

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