INFORMATIVO EINSTEIN 39
Boletim bimestral para o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein Maio/Junho
Mala Direta Postal Básica 9912351676/2014 - DR SPM
HOSPITAL ALBERT EINSTEIN
CORREIOS
2014
Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT.
Nossa mensagem Em busca de mais gols Nestes tempos em que o esporte é um tema recorrente, observar os elementos que fazem os campeões pode ser inspirador. Eles combinam os melhores recursos técnicos e humanos, estratégias e processos inteligentes e, acima de tudo, atuam verdadeiramente como um time: um conjunto de talentos que se complementam, unidos por um mesmo propósito, engajados na busca dos mesmos objetivos. Assim como nos campos de futebol, são esses mesmos fatores que fazem as organizações campeãs. Nós somos uma delas. E queremos continuar a ser, razão pela qual seguimos nutrindo cada um desses elementos com intensidade cada vez maior. Mostras disso são o novo protocolo gerenciado de tromboembolismo, a nova Diretoria de Inovação e Gestão do Conhecimento e as novas estruturas que criamos para aprimorar a assistência aos pacientes: o Centro de Medicina Intervencionista e o Serviço de Cuidados Paliativos e Suporte ao Paciente. Também temos desafios importantes pela frente. Um deles está relacionado a uma prática fundamental de segurança do paciente: a higienização das mãos. Embora a autoavaliação nos posicione em um nível adequado, ainda temos muito a evoluir. E, aqui, os médicos têm uma grande responsabilidade, pois hoje são os menos comprometidos: não chega a 50% os que aderem à higienização das mãos. Não é um patamar aceitável, menos ainda vindo de quem deve liderar o processo assistencial. Melhorar continuamente não é uma escolha de uma organização campeã. É uma exigência. Uma causa que deve mobilizar cada um de nós. Somos todos parte de um time empenhado em fazer do Einstein, cada vez mais, um modelo de excelência em todos os campos que dizem respeito à assistência em saúde. Claudio Luiz Lottenberg
Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Veja também nesta edição
Segurança assistencial
Higienizar as mãos também é uma questão de ética
Protocolos gerenciados
Tromboembolismo venoso: intensificando a prevenção
Radiologia intervencionista
Centro de Intervenção Guiada por Imagem: um passo pioneiro
Terminalidade
Cuidados Paliativos e Suporte ao Paciente
Inovação
Criando o futuro
Segurança assistencial Higienizar as mãos também é uma questão de ética
Apesar dos avanços em higiene das mãos, Einstein aguarda maior adesão de um parceiro estratégico: o corpo clínico Na última autoavaliação do Programa de Higiene das Mãos do Einstein, realizada segundo a metodologia proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Einstein atingiu o nível avançado (veja quadro na página seguinte). Ao superar o patamar intermediário registrado em 2011 a instituição chega a uma posição em que promoção e práticas ótimas de higiene das mãos têm sido desenvolvidas e/ou melhoradas, promovendo uma cultura de segurança nos cuidados de saúde na instituição. Se o panorama geral é positivo, observá-lo em detalhes revela fragilidades importantes. Segundo as pesquisas internas, tem crescido, sim, a adesão de parcela considerável dos profissionais assistenciais à prática de prevenção e controle de infecções recomendada nacional e internacionalmente. A exceção fica por conta de um grupo mais do que estratégico: os médicos. É entre eles que está a menor taxa de adesão à higiene das mãos: apenas 47,3% (veja abaixo). Ou seja, mais da metade dos médicos não faz o que deveria em pelo menos um dos 5 momentos para a higienização das mãos. Houve evolução em relação a 2011, quando a taxa ficou em 39,3%, mas o patamar ainda deixa muito a desejar. Entre as outras categorias profissionais a adesão em 2013 foi de 77,7%. Como encarar desempenho tão pífio entre os integrantes do corpo clínico? Além da evidente necessidade de maior engajamento numa questão-chave para a segurança do paciente, trata-se de uma questão de ética. “A maior parte dos processos éticos diz respeito a três tipos de ocorrências: negligência, imperícia e imprudência. Ao ignoADESÃO À HIGIENE DAS MÃOS - MÉDICOS Ano
Geral
Médicos
2011
68,2
39,3
2013
71,4
47,3
2012
74,9
40
rar uma recomendação de boa prática reconhecida como fundamental para prevenir infecções, o médico incorre de uma só vez nesses três eixos éticos”, afirma o Dr. Fernando Gatti de Menezes, infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Einstein. Com boas razões, portanto, o tema foi destaque na programação de eventos do Dia da Higiene das Mãos (leia ao lado). Prejuízos para todos Segundo o Dr. Fernando, ao romper uma cadeia de excelência focada na maximização da segurança assistencial, elevando as taxas de infecções relacionadas à assistência à saúde, os profissionais podem estar contribuindo também para aumentar o tempo de internação dos pacientes, o consumo de antibióticos e os respectivos efeitos colaterais e os custos. Podem, ainda, estar facilitando a disseminação de bactérias multirresistentes, além de expor a instituição ao risco de ações judiciais. Infelizmente, essa realidade já vem sendo constatada no Einstein. “Por ano, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar participa da confecção de pareceres referentes a processos judiciais sobre supostas infecções relacionadas à assistência à saúde. Nesses casos, somos acionados para comprovar se a infecção esteve ou não relacionada à assistência. O fato alarmante é que, na maior parte dos relatórios, acabamos comprovando que sim”, conta o Dr. Fernando. É claro que infecções não dizem respeito exclusivamente à higiene das mãos. Mas a literatura médica aponta para um fato: nos hospitais onde há um nível de excelência em higienização das mãos o nível de infecção abaixa. Nesse contexto, é vital demolir alguns mitos que ainda perduram no meio médico. “Alguns médicos acham que não podem ser os
responsáveis por levar microrganismos de um paciente para o outro porque o contato se restringe a uma ou duas ocasiões por dia. Acreditam que essa seja uma responsabilidade daqueles que passam mais tempo com os pacientes. Mas, ao pensarem desse modo, permitem que uma cadeia de transmissões se mantenha operante”, adverte o Dr. Fernando. Além de monitorar o consumo de gel alcoólico, o Einstein realiza auditorias internas conduzidas ao longo do ano em várias áreas da instituição a fim de observar a adesão de médicos e demais profissionais às práticas de higienização das mãos. A sensibilização para a dimensão ética dessa medida profilática e a conscientização sobre os riscos que a não observância implica para todos são itens fundamentais para que o Einstein atinja o objetivo estabelecido para a próxima avaliação, a ser realizada no final deste ano: ter a adesão de 80% do público-alvo, abrangendo profissionais assistenciais e corpo clínico. Com um nível de adesão inferior a 50% na avaliação de 2013, os médicos têm um importante desafio para contribuir para o atingimento da meta. É necessário que revejam práticas, incorporando a higienização das mãos na rotina de atividades – um hábito simples e fundamental para a segurança dos pacientes.
Autoavaliação de higiene de mãos ESCORE DE 2011
ESCORE DE 2014
Mudança de sistema (100)
85
95
Educação e treinamento (100)
95
95
Avaliação e feedback (100)
50
85
32,5
85
65
80
327,5
440
Componente
Lembretes no local trabalho (100) Clima e segurança institucional (100) Total
Níveis de classificação Nível
Escore
Inadequado
0 - 125
Básico
126 - 250
Avançado (ou incorporação)
376 - 500
Intermediário (ou consolidação)
251 - 375
Investindo em conscientização No dia 6 de maio, um talk show promovido pelo Einstein reuniu os médicos Henrique Grunspun, presidente do Comitê de Bioética; Reynaldo Andre Brandt, presidente da Mesa Diretora; e Hilton Waksman, cirurgião vascular; e as enfermeiras Carla Bernardes Ledo e Carla Fatima da Paixão Nunes, respectivamente gerente do Escritório da Experiência do Paciente e consultora em gestão de risco, para discutir Higienização e Ética. A atividade fez parte do conjunto de ações do Dia Mundial de Higiene das Mãos (5/5), agenda anual direcionada à conscientização dos profissionais sobre a importância desse tema. Composta por outras ferramentas de comunicação, como quiz semanal, mensagens postadas na internet e vídeos educacionais (em fase de produção), a campanha desenvolve várias ações na rotina do Einstein. Desde 2002, quando o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) publicou pela primeira vez um manual recomendando a higiene das mãos rotineiramente com produto alcoólico, o Einstein investe para disseminar essa prática entre equipes assistenciais, pacientes e familiares. “Por ano, são aplicados cerca de R$ 70 mil em materiais educativos e de divulgação e em projetos de melhoria. São folders, banners, cartas, conteúdos digitais e formação de auditores especializados no tema, entre outros”, enumera Julia Yaeko Kawagoe, especialista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Einstein. Só e-learnings dedicados ao tema já foram produzidos sete. O curso mais recente dirigido aos médicos estará associado ao Programa de Educação Médica Continuada, gerando pontos para os participantes. Somam-se a essas iniciativas internas, a participação em projetos de entidades governamentais e internacionais, como a aplicação local da Estratégia Multimodal de Melhoria de Higiene das Mãos da Organização Mundial de Saúde (OMS), coordenado regionalmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização PanAmericana de Saúde (Opas). Vale mencionar, ainda, que a campanha de higienização de 2010 do Einstein ganhou destaque no informativo da OMS.
Protocolos gerenciados Tromboembolismo venoso: intensificando a prevenção
Sintonizado com as mais recentes diretrizes, novo protocolo combina simplicidade e novos recursos Entra em vigor no início deste semestre o novo protocolo de tromboembolismo venoso do Einstein, aplicável a todos os pacientes (clínicos e cirúrgicos) com mais de 18 anos. Agora alçado à condição de protocolo gerenciado, ele traduz as mais modernas diretrizes internacionais relacionadas ao tema e as sintetiza em um fluxograma simples, objetivo e enriquecido com recursos inovadores, como o novo modelo de estratificação de risco e a tabela terapêutica. O trabalhou mobilizou uma força-tarefa de 25 profissionais de diversas áreas do Einstein, sob coordenação do Grupo de Suporte de Cardiologia. “Precisávamos nos atualizar. Tínhamos novas diretrizes baseadas em evidências, novos medicamentos no mercado e era uma boa hora para renovarmos também o formato do protocolo”, diz o Dr. Antonio Eduardo Pereira Pesaro, líder do Grupo de Suporte de Cardiologia. Com o protocolo, todo paciente ao ser internado será avaliado segundo um novo modelo de estratificação de riscos, disponível em formulários impressos dirigidos a três grupos distintos: clínico, cirúrgico e cirúrgico-ortopédico. “Temos um escore para cada segmento, exceto cirurgia ortopédica. Nesse caso, a classificação se dá diretamente pelo tipo de cirurgia”, detalha o Dr. Pesaro. Bem mais simples que o modelo anterior e com informações claras e precisas, o formulário será aplicado pela equipe de enfermagem, no caso dos pacientes clínicos, e pela equipe cirúrgica, nos demais. Fluxograma orienta a abordagem “Conforme a pontuação estabelecida pelas tabelas de estratificação de risco, um fluxograma que consta do mesmo formulário impresso direciona para a abordagem/indicações de tratamento para cada paciente, de acordo com o escore de risco”, explica Ana Luiz Vasconcelos, enfermeira coordenadora do Programa Einstein de Cirurgia. Outra novidade do formulário é que agora ele traz uma tabela terapêutica informando medicamentos, doses, efeitos colaterais e eventuais ajustes necessários.
“Essas atualizações e inovações no protocolo, somado ao fato de ter se tornado gerenciado, o que significa ter um olhar mais direcionado para os eventos de tromboembolismo venoso, são mais uma expressão do nosso compromisso com a segurança do paciente”, afirma o Dr. Paulo Marcelo Zimmer, gerente médico do Programa Einstein de Cirurgia. “Potencial causa de morte em hospitais, o tromboembolismo pode ser prevenido. Com o novo protocolo queremos reduzir ainda mais o risco dessas ocorrências na instituição. Mas para que ele gere os frutos esperados, é necessário algo fundamental: a adesão dos médicos”, completa. Fique sabendo O novo protocolo será disponibilizado tanto no Medical Suite quanto na intranet do Einstein. O corpo clínico também receberá um e-mail informativo explicando as principais mudanças. Haverá treinamento para as equipes de enfermagem e médica e, na fase de implantação, será mantido um plantão de dúvidas nas unidades de internação, com enfermeiras do Programa Einstein de Cirurgia que estarão a postos para prestar esclarecimentos aos interessados.
Radiologia intervencionista Centro de Intervenção Guiada por Imagem: um passo pioneiro Departamento reúne numa só estrutura amplo conjunto de recursos de radiologia intervencionista Área exclusivamente dedicada aos diagnósticos e tratamentos minimamente invasivos orientados por imagem, o Centro de Intervenção Guiada por Imagem do Einstein é o primeiro do gênero da América Latina. Ele reúne em um único espaço todos os recursos necessários: a mais avançada tecnologia, estrutura integrada e uma equipe de 15 médicos e seis enfermeiros. Funciona 24 horas por dia, 365 dias ao ano. “Com a evolução da medicina e dos procedimentos minimamente invasivos, a radiologia intervencionista tem ampliado a atuação, fazendo interface com as mais diversas especialidades”, observa o Dr. Felipe Nasser, médico intervencionista do centro. “Nesse contexto, a criação dessa unidade, com estrutura e equipamentos de última geração, agrega benefícios para médicos e pacientes”, afirma o Dr. Rodrigo Gobbo, gerente médico do centro. Entre outros diferenciais, estão: tomografia computadorizada dedicada à prática intervencionista, com recursos de fluoroscopia 3D; angiógrafos de última geração, equipados com tecnologia cone beam (recursos tomográficos e de navegação virtual); angiógrafo biplano, de grande utilidade em intervenções neurorradiológicas; além de quatro salas de ultrassonografia intervencionista, inclusive com recursos de fusão de imagens que permitem realizar procedimentos em tempo real utilizando imagens tomográficas, de ressonância magnética ou PET-CT previamente adquiridas. Recursos dedicados O setor dispõe, ainda, de uma equipe dedicada de anestesistas, incluindo atividades de suporte
ao tratamento da dor com procedimentos locais apoiados por imagem; de um laboratório de ana-
tomia patológica acoplado à estrutura do centro; e de uma unidade de recuperação pós-procedimentos dentro do próprio departamento. Com essa estrutura diferenciada, o centro é um aliado dos médicos das mais diversas especialidades para oferecer uma medicina personalizada, permitindo abordagens integradas e direcionadas às necessidades de cada paciente. “Ele possibilita, por exemplo, abordagem terapêutica de lesões em órgãos profundos como pulmão, fígado e rim, de modo a complementar tratamento oncológico dos tumores com cirurgias minimamente invasivas, e realizar embolizações terapêuticas, angioplastias e tratamento de aneurismas. O centro, enfim, contempla um apoio forte e eficiente para cirurgias de grande porte, terapias multimodais para o câncer e mesmo tratamento de abscesso, hematomas, derrames e muitas outras complicações clínicas e cirúrgicas”, detalha o Dr. Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, cirurgião e presidente do Conselho de Oncologia do Einstein e do Comitê de Cirurgia Robótica da Associação Paulista de Medicina. “Trata-se do maior e melhor centro de radiologia intervencionista da América Latina, comparável aos melhores do mundo”, diz ele. Em resumo, para os médicos e pacientes o centro é uma fonte de alternativas para procedimentos menos invasivos, que oferecem resultados equiparáveis ao das cirurgias convencionais, com custos e riscos menores. Para o Einstein, é mais uma expressão do compromisso de investir continuamente para maximizar segurança, conforto para os pacientes e eficácia terapêutica.
Portfólio de procedimentos • Biópsias percutâneas guiadas por imagem • Biópsias transretais de próstata guiadas por fusão de imagens entre ultrassonografia e ressonância magnética (maior acurácia na pesquisa de tumores) • Drenagem de coleções • Drenagens biliares/stents • Vertebroplastias • Ablação de tumores – radioablação e crioablação (fígado, rins, ossos, pulmão, próstata, etc.) • Implante de fiduciais para radiocirurgia • Infiltrações articulares • Procedimentos analgésicos/ paliativos (neurólises, bloqueios anestésicos) • Gastrostomias e nefrostomias • Angiografia diagnóstica e angioplastias • Stents arteriais (aorta, ilíacas, renal, etc.) e venosas • Acessos vasculares • Embolizações arteriais • Embolizações tumorais • Embolizações de miomas • Alcoolização de linfonodos metastáticos cervicais • Tratamento de varicocele • Embolizações de aneurismas cerebrais e viscerais • Embolizações de malformações e fístulas arteriovenosas • TIPS Para mais informações ou agendamento ligue para (11) 2151-0434, (11) 2151-0175 ou (11) 2151-0195
Terminalidade Cuidados Paliativos e Suporte ao Paciente Novo serviço do Einstein reforça os recursos para oferecer uma assistência integral e de qualidade
Num contexto de aumento da expectativa de vida e número crescente de pacientes em condições crônicas, os cuidados paliativos têm ganhado relevância cada vez maior como um recurso para garantir a qualidade da assistência. Foco de recomendações internacionais e nacionais, a questão está também no centro das atenções do Einstein, que criou no início deste ano uma área dedicada ao tema: o Serviço de Cuidados Paliativos e Suporte ao De acordo com a Organização Paciente. Mundial de Saúde (OMS), cuidados paliativos “consistem na assistência
“Por meio de uma abordagem estruturada, hodisciplinar, que objetiva a melhoria lística e tecnicamente da qualidade de vida do paciente especializada, o objetivo e familiares diante de uma doené oferecer ao corpo clíça que ameace a vida, por meio da nico o apoio técnico e prevenção e alívio do sofrimento, consultivo de uma equipe da identificação precoce, avaliação paliativista pronta para impecável e tratamento de dor e trabalhar lado a lado com demais sintomas físicos, sociais, os médicos titulares”, psicológicos e espirituais”. explica o Dr. Henrique Parsons, médico paliativista que coordena o serviço. A atuação da área é flexível. “Podemos trabalhar na retaguarda, oferecendo ao médico titular conhecimentos para melhorar a qualidade da assistência ao paciente. E, caso ele solicite, podemos também seguir junto no acompanhamento do paciente enquanto houver necessidade”, afirma o Dr. Parsons. promovida por uma equipe multi-
Constituído inicialmente por um médico e um enfermeiro, o núcleo será futuramente reforçado com outros profissionais, como psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, todos especializados em cuidados paliativos. Na visão do Dr. Victor Nudelman, diretor clínico do Einstein, a criação desse serviço representa um grande avanço institucional. “Trata-se de um suporte ao corpo clínico alinhado a normas e conceitos éticos fundamentais. E é importante destacar: o serviço disponibilizado
agrega qualidade assistencial, impactando positivamente o nível de satisfação dos pacientes e familiares”, diz ele. Mudança cultural Evoluir nessa abordagem implica avançar num processo que a nova área já colocou em marcha: promover uma mudança cultural, capaz de romper a crença arraigada de que cuidados paliativos estão sempre associados com situações de terminalidade. Cuidados paliativos estão, sim, focados em doenças limitadoras da vida. Mas, diferentemente do que prevalece no senso comum, inclusive no meio médico, os cuidados paliativos devem estar presentes desde o começo do tratamento. “Precisamos repensar a noção de paliação. A impossibilidade de curar uma doença não significa que deixaremos de tratá-la. Ao contrário: os cuidados paliativos pressupõem uma visão e uma atitude proativa da medicina. Estamos falando de um campo com habilidades e conhecimentos específicos – desde possibilidades terapêuticas medicamentosas contra dor, náusea e falta de ar, entre outros, até abordagens psicológicas para pacientes e familiares”, afirma o Dr. Henrique Grunspun, presidente do Comitê de Bioética do Einstein. “No início da doença, a intervenção de cuidados paliativos tende a ser mais preventiva, garantindo que o cuidado siga adequado até as fases mais avançadas. Conforme o tempo avança, passa a ser um auxílio mais técnico, relacionado ao controle de sintomas, e também no suporte a decisões difíceis, como a
introdução ou não de um tratamento sustentador da vida”, completa o Dr. Parsons. Um aspecto fundamental é o respeito e preservação da autonomia do paciente. Não são incomuns conflitos em função de visões diferentes das partes envolvidas, principalmente quando o paciente está sem condições de expressar ou tomar decisões. Mas, o que deve prevalecer sempre é o desejo do paciente com relação às formas de tratamento, aos limites de intervenções e como ele quer viver seus últimos momentos. Nesse sentido, o testamento vital – registro formal (ou até verbal para pessoas próximas) do desejo do paciente – é um aliado para garantir que sejam cumpridas as decisões acordadas previamente entre ele, familiares e o médico. Mas, mesmo quando não há um registro do tipo, devem-se buscar caminhos para respeitar o princípio da autonomia do paciente. A nova área também pode apoiar o médico nessas situações. Construindo respostas A história da criação do novo serviço remonta a um pedido feito há dois anos pelo Comitê de Bioética do Einstein no sentido de dotar o hospital de uma oferta de serviços paliativos de maneira mais organizada e institucional. A ideia era criar uma estrutura de suporte a pacientes, familiares e médicos do corpo clínico que se defrontam com quadros de extrema gravidade e situações complexas tanto do ponto de vida clínico como dos questionamentos éticos. “O primeiro passo foi a criação do Comitê de Terminalidade e Cuidados Paliativos, formado por representantes das várias áreas e disciplinas nas quais existem iniciativas relacionadas a esses temas, entre eles profissionais do Centro de Terapia Intensiva, da Clínica Médica e Cirúrgica, da Pediatria, do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim e do Residencial Israelita Albert Einstein”, informa o Dr. José Antonio Maluf de Carvalho, gerente médico de Pacientes com Condições Crônicas e Idosos. A partir de 2012, o grupo colocou em marcha uma série de ações que culminaram com a criação da nova área. Foi responsável, por exemplo, pela elaboração e organização de toda a documentação institucional relacionada a cuidados paliativos, que agora se encontra disponível na intranet do Einstein. Entre as agendas, realizou palestras internas com representantes de instituições que se destacam na área paliativista e o workshop sobre Terminalidade e Prática Segura. “Com a presença de representantes do Conselho Federal de Medicina e juristas, o objetivo foi traçar uma moldura jurídica sobre a temática, discutindo questões como eutanásia, distanásia, ortotanásia e
criminalização”, detalha o Dr. Maluf. Um segundo workshop sobre o tema será promovido no segundo semestre de 2014. Também está sendo estruturado um e-learning sobre conceitos fundamentais de cuidados paliativos, direcionado a médicos e demais profissionais assistenciais. No futuro, outras iniciativas deverão se somar a essas, como o plano de criar uma pós-graduação dirigida a médicos e profissionais da equipe multiprofissional e a criação de um centro reservado aos cuidados paliativos, já previsto no Plano Diretor. Para entrar em contato com o Serviço de Cuidados Paliativos e Suporte ao Paciente ligue para (11) 2151-6405 ou envie um e-mail para henrique.parsons@einstein.br
Inovação Criando o futuro
Para impulsionar a inovação, Einstein cria diretoria focada no tema Desde as origens, inovação sempre foi um tema relevante para o Einstein que, agora, quer dar um salto nessa jornada inovadora. Para isso, criou uma instância administrativa exclusivamente dedicada ao tema: a Diretoria de Inovação e Gestão do Conhecimento. Para comandá-la trouxe o engenheiro, empreendedor na área de software e professor doutor Cláudio Terra, que atua há mais de 20 anos na área de gestão da inovação e é autor de vários livros sobre esse tema e assuntos correlatos, publicados no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto a área de Melhoria Contínua de Processos segue focada na inovação de processos internos, a nova diretoria tem a missão de definir a visão e a estratégia de inovação do Einstein e contribuir para transformar ideias em novos serviços e produtos a serem disponibilizados e comercializados em grande escala no campo da saúde. Formada por uma equipe de 10 pessoas – médicos, engenheiros e profissionais da área de negócios –, a nova diretoria atuará em três frentes: Telemedicina e e-Health
Direcionada ao desenvolvimento e implan-
tação de novos serviços, esta frente busca aproveitar a expertise da instituição em telemedicina acumulada nas atividades do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) para expandir o portfólio. “Hoje, atendemos por telemedicina basicamente emergências e UTI. A intenção é ampliar os serviços para promoção da saúde, doentes crônicos, reabilitação e consultas remotas, atendendo diferentes públicos: outros hospitais e clínicas, grandes empresas que precisam de assistência médica a distância, pacientes e população de maneira geral”, afirma Terra. Centro de Inovação Tecnológica (CIT) O objetivo é expandir as atividades do CIT (até então subordinado à área de Pesquisa) em captação de conceitos, ideias e projetos, visando transformá-los em produtos, serviços e patentes a serem disponibilizados no mercado. “Nosso desafio é ampliar essa dinâmica de forma que ela se torne, inclusive, uma fonte de receita tanto para o Einstein como para os colaboradores inventores”, informa Terra. Gestão do Conhecimento O foco inicial desta frente é entender e identificar os conhecimentos já existentes no Einstein
a fim de dinamizar os processos de inovação. Para isso serão criadas ferramentas digitais que favoreçam a busca, o compartilhamento, a colaboração e as interações para troca de informações e conhecimentos em projetos inovadores. Um exemplo é o Portal da Inovação, plataforma em primeira fase de desenvolvimento que tem por objetivo facilitar a identificação das competências e experiências dos profissionais do Einstein em atividades de caráter inovador tanto dentro como fora da instituição. Segundo Cláudio Terra, as atividades da diretoria podem abrir novas oportunidades para os colaboradores, como a possibilidade de utilizar mecanismos digitais para a prática da medicina, com novos modelos de relacionamento com pacientes ou com outros médicos, trabalho a distância e novos modelos de negócios. “Outro aspecto importante é que estamos comprometidos em identificar e valorizar cada vez mais as ações inovadoras dos colaboradores”, afirma o diretor. “Quem tiver ideias e projetos que tenham potencial de geração de propriedade intelectual e/ou viabilidade mercadológica pode nos procurar. Estamos preparados para acelerar essas ideias e projetos por meio de suporte legal, técnico e mercadológico.”
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