Informativo Einstein - Edição 41

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INFORMATIVO EINSTEIN 41

Boletim bimestral para o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein Setembro/Outubro

Mala Direta Postal Básica 9912351676/2014 - DR SPM

HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

CORREIOS

2014

Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT.

Nossa mensagem Ser mais para fazer mais Quem observar com atenção a rotina do Einstein verá que somos uma instituição que se transforma continuamente. Por quê? Porque somos movidos pelo desejo de fazer sempre mais e melhor. Não o “mais e melhor” que alimenta os espíritos arrogantes e sim aquele buscado pelas almas generosas, que desejam esses diferenciais para colocá-los a serviço dos outros. É isto que fazemos: com iniciativas diversas, semeamos o “mais e melhor” para ofertá-lo aos nossos pacientes e para compartilhá-lo em ações que contribuem para o desenvolvimento da saúde em nosso País. Nesta edição temos bons exemplos da vitalidade que impulsiona nossa jornada evolutiva, como as melhorias e ampliações previstas para 2015 e os esforços para aprimorar o fluxo do paciente – lembrando que, aqui, os médicos têm importante contribuição a dar. O Programa Integrado de Transplantes de Órgãos é outra mostra de nossos avanços, seja em número de procedimentos (2,8 mil, a imensa maioria pacientes do SUS), seja nos resultados comparáveis aos das melhores instituições do mundo. O Programa de Transplantes de Córnea já soma cerca de 330 procedimentos. São números que expressam o “mais e melhor” do Einstein colocado a serviço do setor público de saúde. A dinâmica que nos move nesse ciclo virtuoso está na própria essência do Einstein, desde os pioneiros que criaram esta instituição. Tendo o paciente como o centro de tudo, estamos sempre mirando horizontes transformadores. Esse é o objetivo, por exemplo, dos novos recursos preparados pelo Escritório de Experiência do Paciente para monitorar a satisfação dos usuários dos nossos serviços e colher dados para nortear nossos novos passos, buscando sempre o “mais e melhor” que nos permite fazer mais e beneficiar toda população. Claudio Luiz Lottenberg

Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Veja também nesta edição

Medicina intervencionista

Novos horizontes

Transplantes

Transplantes com a qualidade Einstein

Experiência do paciente

Os pacientes estão satisfeitos?

Fluxo do paciente

Menos tempo, mais disponibilidade

Reformas

Para atender mais e melhor


Medicina intervencionista Novos horizontes

Medicina intervencionista é adotada num leque crescente de procedimentos Para além dos procedimentos vasculares, a medicina intervencionista guiada por imagem expande o raio de ação na velocidade em que os avanços tecnológicos fortalecem o arsenal diagnóstico e terapêutico. Exemplo disso é a participação cada vez mais frequente de broncoscopistas e endoscopistas especializados na rotina cirúrgica dos centros de excelência do mundo. No Einstein, essa realidade não poderia ser diferente.

diamento mediastinal dos pacientes”, diz a Dra. Marcia Jacomelli, broncoscopista do Einstein. “Ao estudar e mapear as cadeias de lin-

“De forma pioneira e em sintonia com uma medicina cada vez mais personalizada e multidisciplinar, o Einstein dispõe dos mais avançados recursos para oferecer aos médicos e aos pacientes suporte para o desenvolvimento de intervenções integradas e direcionadas às necessidades específicas de cada caso”, destaca o Dr. Rodrigo Gobbo, gerente médico do Centro de Intervenção Guiada por Imagem.

Essa interação multidisciplinar traz mais comodidade e segurança para o paciente, uma vez que ele não precisa vir ao hospital diversas vezes para submeter-se a diferentes exames ou procedimentos, diminuindo o número de anestesias necessárias. “Num caso de tumor de pulmão, por exemplo, o paciente vai para o centro cirúrgico, passa pela broncoscopia com Ebus e, uma vez confirmada a negatividade dos sítios linfonodais, pode ser submetido à cirurgia, concentrando todas as intervenções em uma única agenda”, afirma a Dra. Marcia.

“Atuamos diretamente com o cirurgião quando nos é solicitado algum procedimento. Por exemplo, com o Ebus (Endobronchial ultrasound), que é uma combinação técnica de broncoscopia e ultrassonografia endobrônquica, estamos habilitados a fazer o esta-

fonodos, contribuímos para que o cirurgião possa decidir sobre os procedimentos mais adequados. Também já fizemos procedimentos de ultrassonografia endobrônquica com radiologia intervencionista. São várias as possibilidades de usar procedimentos que se complementam em benefício do paciente”, completa.

De acordo com o Dr. Gobbo, a medicina intervencionista guiada por imagem agrega maior precisão na identificação das lesões-alvo que se pretende submeter a biópsia ou tratar. “Temos aqui no Einstein um núcleo exclusivamente dedicado à medicina intervencionista. Além de recursos tecnológicos de última geração para prover procedimentos de complexidades variáveis, contamos com equipes médica e multidisciplinar treinadas e uma estrutura que favorece a melhor logística hospitalar possível”, reforça o Dr. Gobbo. Na visão do endoscopista Dr. Manoel Ernesto Peçanha Gonçalves, os recursos da medicina intervencionista guiada por imagem complementam o universo cirúrgico. “O tratamento de um número expressivo de doenças exige a participação endoscópica”, diz ele, citando, entre outros, casos de tumores, cálculos biliares e hemorragia digestiva. “O Einstein está preparado e faz todos os procedimentos endoscópicos, incluído os de alta complexidade”, observa. Segundo ele, essa combinação de recursos que se complementam resulta num conjunto importante de benefícios para o paciente, contribuindo para reduzir morbidade, complicações pós-operatórias, tempo de internação e custos.


Transplantes Transplantes com a qualidade Einstein

Resultados obtidos no programa integrado são comparáveis aos das melhores instituições do mundo Destaque nas ações da instituição, o Programa Integrado de Transplantes de Órgãos do Einstein completou 12 anos de existência com a marca de 2.789 transplantes de órgãos sólidos realizados até julho de 2014, além de 329 cirurgias pelo Programa de Transplantes de Córnea (197 transplantes de córnea e 132 cirurgias de implantes de próteses intracorneanas). Mais bem preparado centro transplantador do Brasil, o Einstein registra indicadores de resultados que o colocam entre as melhores instituições do mundo. Quase 95% são pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa, que conta com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (ProadiSUS), realiza por ano uma média de 200 transplantes de coração, fígado, fígado-rim, pâncreas-rim, rim, pulmão e multivisceral. Atualmente, entre pacientes na lista de espera, transplantados e doadores, são cerca de 3 mil pessoas atendidas. Por mês, são aproximadamente 100 internações. O volume de consultas também é expressivo. Só em 2013 foram realizadas 26 mil consultas multiprofissionais (62% delas consultas médicas). “Temos uma equipe altamente qualificada e reconhecida. São mais de 50 médicos, além de um time multiprofissional especializado para atuação em transplantes”, diz a Dra. Ana Cristina Carvalho de Matos, coordenadora do programa. O atendimento é feito nas unidades Morumbi e Vila Mariana. Ao lado dos recursos humanos, a infraestrutura diferenciada, a alta tecnologia, o foco na humanização e os padrões e protocolos de uma instituição acreditada pela Joint Commission International se combinam para proporcionar atendimento integral e de alta qualidade aos pacientes. Para exemplificar: nos transplantes de fígado (o de maior volume), a taxa de infecções controláveis (cateter venoso central e ventilação mecânica) é igual a zero. Estrutura técnica e profissional tem possibilitado feitos pioneiros, como o transplante multivisceral. Dos três realizados no Brasil,

dois foram no Einstein, o mais recente deles em julho, pela equipe liderada pelo Dr. Sérgio Meira. Além de assistência, o programa envolve outras frentes, como as diversas pesquisas que têm sido realizadas nas áreas de infecção pelo citomegalovírus, rejeição mediada por anticorpos, biomarcadores de disfunção crônica do enxerto, hepatocarcinoma, hepatite C, lesão de isquemia-reperfusão e polineuropatia amiloidótica familiar, entre outras. A formação é outra vertente importante. Em 12 anos, 4.390 profissionais já passaram por cursos e treinamentos do Einstein, além de 305 formados pela pós-graduação. Vale destacar, ainda, o Núcleo de Captação de Órgãos (Ncap). O Einstein conta com 13 enfermeiros contratados alocados em hospitais públicos de São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal, que atuam na notificação e viabilização da doação. 10% das doações do Estado de São Paulo estão relacionadas ao trabalho desses profissionais.


Um panorama dos transplantes no Einstein Fígado

O Einstein superou neste ano a marca de 1.500 transplantes de fígado, consolidando-se como um dos maiores centros transplantadores do órgão no Brasil. “Respondemos hoje por 23% dos procedimentos desse tipo realizados no Estado de São Paulo. Entre 2010 e 2011, fomos a equipe que mais realizou transplantes de fígado de doadores falecidos em todo o mundo”, informa o Dr. Marcelo Bruno de Rezende, coordenador da equipe cirúrgica do programa. As taxas de sobrevida registradas são comparáveis às dos melhores centros dos Estados Unidos e Europa: 82% em 1 ano, 77% em 3 anos e 72% em 5 anos. Entre outros diferenciais, o Dr. Marcio Dias de Almeida, coordenador da equipe clínica, cita recursos como a diálise hepática, que permite manter os pacientes por mais tempo na condição de espera de um órgão. “No Brasil, também fomos pioneiros no uso da elastografia transitória hepática, arma diagnóstica importante para o monitoramento dos pacientes no período pós-operatório”, diz ele. Desafiado pela baixa taxa de doadores, o programa planeja para breve a retomada do projeto do transplante intervivos, destinado a pacientes com algumas situações graves que claramente necessitam do transplante, mas que não são contemplados pelo critério atual de alocação do enxerto hepático. Devido ao grau de complexidade técnica e ética, está em rediscussão o protocolo dessa modalidade.

Pulmão

O Einstein desempenha um papel importante para que o país aumente o número de transplantes de pulmão. A média mundial é de 4 mil casos por ano, aproximando-se do número de transplantes de coração. No Brasil, essa equivalência permanece distante. “Em 2013, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, foram registrados 271 transplantes de coração e apenas 80 de pulmão”, afirma o Dr. Paulo Pêgo, coordenador da equipe de transplantes de pulmão. Entre outras razões que explicam esse quadro estão a alta complexidade das intervenções, o tempo prolongado de cirurgias, poucos profissionais especializados, poucos doadores e número de órgãos

adequados para enxertos menor ainda. Contudo, ao buscar continuamente alternativas consistentes para cada um desses entraves, o Einstein, um dos dois únicos centros paulistas a realizar esse tipo de transplante, se projeta também como um centro de formação de quadros e disseminador de tecnologias. A partir de 2015, por exemplo, o Einstein incorporará a técnica de perfusão pulmonar ex vivo, reperfusão e ventilação do tecido pulmonar em sistema extracorpóreo para tratar órgãos que seriam descartados por terem sofrido agressões prévias. A medida aumentará o número de órgãos disponíveis. Entre 2009 e 2014 foram realizados 23 transplantes de pulmão no Einstein, com taxa de sobrevida de 90% após 1 ano e 85% após 5 anos. A sobrevida operatória fica em 100%, desempenho inédito na literatura.

Córnea

O Programa de Transplantes de Córnea do Einstein é uma evolução da ação social iniciada em 2004 com os consultórios de oftalmologia em Unidades Básicas de Saúde e, dois anos depois, com o Centro de Diagnóstico de Oftalmologia da Unidade Vila Mariana. Criado em 2008 como uma frente de resolução terciária dos problemas mais complexos identificados nessas duas primeiras instâncias, o programa já nasceu sob a marca da inovação. “O início do programa coincidiu com uma fase de muita evolução tecnológica, prontamente incorporada. Entre outras, vale citar os transplantes lamelares, no qual a intervenção se limita à porção doente do tecido, e o uso do laser de femtosegundo, que permite o corte modelado e mais anatômico da córnea”, lembra o Dr. Adriano Biondi, coordenador médico de Oftalmologia. A atuação do Einstein contribuiu para zerar a fila de espera de córneas para transplante em São Paulo. Essa performance fez com que, em 2012, o Ministério da Saúde solicitasse ao Einstein que ajudasse outros Estados a evoluir nessa mesma direção. Junto ao Hospital Federal de Bonsucesso (RJ), a instituição atuou como parceira na reestruturação do programa local.


O Einstein

zerou a fila de espera

13o

maior transplantador de

de córneas para transplante em São Paulo

23%

dos transplantes de fígado realizados no Estado de São Paulo são no Einstein

coração do Brasil

100% é a sobrevida operatória nos transplantes de pulmão

Rim e pâncreas-rim

Até julho deste ano, o Einstein realizou 1.142 transplantes de rim e pâncreas-rim. Em 2013 foram 99 procedimentos, colocando a instituição na lista dos dez maiores transplantadores desses órgãos do Estado de São Paulo. Mas o Einstein não busca metas numéricas ou recordes. Seu foco é o atendimento de casos mais complexos. “Nosso acordo com o Ministério da Saúde estabelece que façamos coisas que a maioria dos hospitais não é capaz de realizar. Além dos transplantes mais complexos, estamos falando, por exemplo, da dessensibilização dos receptores quando eles apresentam altos níveis de anticorpos ou incompatibilidade sanguínea com o doador”, diz o Dr. Maurício Fregonesi, da equipe de transplantes. Sem intervenções do gênero, esses pacientes estariam fadados a ficar em diálise cronicamente. Com resultados melhores que os benchmarks do Estado de São Paulo e da United Network for Organ Sharing (Unos) — sobrevida do enxerto de 91,3%% em 1 ano, 88,4% em 3 anos e 85,9% em 5 anos —, o programa do Einstein também se destaca pela inovação e incorporação de novas tecnologias. No início de 2013, o Einstein tornou-se o primeiro hospital do Brasil a utilizar rotineiramente a máquina de perfusão para condicionamento do rim a ser transplantado nos pacientes. Estudo apresentado no Congresso Americano de Transplantes de 2014 atesta ganhos relevantes. “Pacientes que recebem órgãos submetidos à técnica de perfusão têm menor tempo de internação, dependem menos de diálises e, quando elas são necessárias, por um tempo menor”, refere o Dr. Alvaro Pacheco e Silva Filho, coordenador da equipe.

Coração

O Programa de Transplante de Coração do Einstein contabiliza 64 cirurgias desde que foi criado. Em 2013, com 6 procedimentos realizados, posicionou-se como 13º maior transplantador de coração do Brasil e o 5º no Estado de São Paulo. “Em 2014, já fizemos 11 transplantes, mais que em todo o ano anterior. E mantivemos a média de 80% dos procedimentos realizados pelo SUS”, informa o Dr. Robinson Poffo, coordenador da equipe cirúrgica do programa, lembrando que atualmente 11 pessoas se encontram na lista de espera do Einstein. A taxa de sobrevida — 67% em 7 anos — está alinhada aos melhores padrões internacionais. Segundo a Dra. Marcia Makdisse, gerente médica do Programa Einstein de Cardiologia, os casos deste ano foram mais complexos e tiveram como diferencial a assistência circulatória apoiada em tecnologia avançada — Extracorporeal Membrane Oxygenation (ECMO) e CentriMag Biventricular —, equipes qualificadas e completa e adequada estrutura de suporte ao paciente. Outro recurso diferenciado é o Berlin Heart Excor, que tem como vantagem poder ser utilizado em crianças muito pequenas. “Hoje, alguns desses recursos são usados como ponte para o transplante. O próximo passo será oferecer terapia de destino para os pacientes que não têm indicação para transplante. Queremos fazer do Einstein um centro de referência de assistência circulatória”, resume a Dra. Marcia. De acordo com o Dr. Fernando Bacal, coordenador médico da equipe de transplantes de coração, além dos próprios transplantes a área realiza também avaliações (e eventuais intervenções) em todos os pacientes do Programa Integrado de Transplantes de Órgãos e não apenas nos de cardiologia. Só em 2013 a equipe clínica de cardiologia prestou 703 atendimentos (466 pré-transplantes e 237 pós-transplantes).


Experiência do paciente Os pacientes estão satisfeitos?

Einstein aperfeiçoa a gestão da satisfação e da experiência do paciente A experiência dos usuários dos serviços nos diversos endereços do Einstein é satisfatória? Na percepção dos pacientes, o que a instituição oferece de melhor? Onde estão as oportunidades de melhoria? A fim de buscar respostas a perguntas desse tipo, transformando-as em uma fonte para o aperfeiçoamento contínuo, o Escritório de Experiência do Paciente está trabalhando para afinar a comunicação do Einstein com o público e aprimorar a gestão da satisfação dos pacientes. Em uma frente, o escritório, com o suporte das equipes de Marketing e de Customer Relationship Management (CRM) e representantes das áreas interessadas, está desenvolvendo uma nova ferramenta de captação da percepção do paciente: o Questionário de Saída. Trata-se de um instrumento que permitirá ao Einstein padronizar a maneira de avaliar a satisfação dos pacientes com os serviços prestados. Ele se somará aos outros recursos já disponíveis, como a pesquisa anual de satisfação, os canais do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) e o Net Promoter Score (NPS), totens eletrônicos nos quais usuários registram notas para o atendimento recebido. “Abrangendo todos os serviços do hospital, de medicina diagnóstica e das áreas de apoio, o questionário se diferencia pela atitude pró-ativa da instituição. Deixamos de esperar que o paciente se interesse em deixar uma opinião e vamos até ele para saber como avalia, em tempo real, a experiência

que acabou de ter no Einstein”, afirma o Dr. Marcelo Alvarenga, gerente médico do escritório. Com perguntas customizadas para cada área, os questionários estarão organizados em três pilares: pessoas/profissionais, processos e ambiente. Paralelamente, está sendo criado o Painel de Satisfação dos Pacientes, um instrumento que irá padronizar a maneira de tratar os feedbacks dos pacientes de todas as unidades. Abastecido com informações das várias fontes de captação de opiniões e avaliações dos pacientes já disponíveis, mais as que o Questionário de Saída agregará, o painel funcionará para a instituição e para cada uma das unidades sob sua gestão como uma espécie de termômetro da qualidade e um dinamizador de planos de ação.

“Os gestores se encontrarão em reuniões mensais para reportar ao grupo o que está acontecendo nas áreas. A partir de indicadores e metas previamente estabelecidas, os planos de ação, prazos e iniciativas adotadas serão compartilhados, propiciando um ambiente de troca de experiências”, detalha Carla Ledo, gerente do escritório. “É uma eficiente maneira de a instituição acompanhar sistematicamente cada plano de ação em desenvolvimento e, ao mesmo tempo, permite que uma área aprenda com a outra”, completa o Dr. Marcelo, observando que os painéis também deverão contar com a participação dos diretores da área. O primeiro painel está previsto para ocorrer nos próximos meses. Os resultados gerarão relatórios periódicos que serão apresentados à direção do Einstein.


Fluxo do paciente Menos tempo, mais disponibilidade

Ações para melhorar o fluxo do paciente devem aumentar o giro nas unidades semi-intensivas

O tempo médio de permanência nos leitos das unidades semi-intensivas do Einstein tem se prolongado mais do que o recomendável. O Programa de Melhoria do Fluxo de Pacientes, que monitora vários indicadores de fluxo, detectou que 43% das altas nessas unidades estão ocorrendo com o envio do paciente diretamente para casa, sem prévio encaminhamento para o quarto. O encaminhamento ao quarto visa exatamente reduzir o tempo de ocupação e agilizar o giro nos leitos das unidades semi-intensivas. Do total de altas concedidas nessas condições, 70% não apresentam justificativa clínica – ou seja, ocorrem por preferência do médico, às vezes para atender ao pedido do paciente que prefere ser mantido no mesmo leito até deixar o hospital. O impacto negativo tem se refletido diretamente nos pacientes do Pronto Atendimento, que estão tendo de esperar mais por um leito semi-intensivo e nos pacientes cirúrgicos que ficam aguardando um leito semi-intensivo nas recuperações pós-anestésicas. “Trata-se de um fluxo inadequado, especialmente nesta época do ano, em que usualmente ocorre crescimento de demanda no Pronto Atendimento em razão do aumento das síndromes respiratórias”, diz Claudia Laselva, gerente de Pacientes Internados e Apoio Assistencial. Para reduzir essas ocorrências, estão sendo estudadas ações baseadas principalmente em abordagens individualizadas. “O objetivo é conscientizar os médicos sobre a importância de evitar a retenção desnecessária do paciente no leito da unidade semi-intensiva”, explica o Dr Miguel Cendoroglo, superintendente do Hospital Israelita Abert Einstein. O fluxo desses pacientes também será tratado em um projeto do tipo Lean Six Sigma, metodologia voltada à melhoria contínua dos processos. Sem noites de cortesia Para fazer frente ao incremento no volume de internações via Pronto Atendimento – que aumentou dois pontos percentuais entre janeiro e abril deste ano –, o Einstein suspendeu tempora-

riamente a oferta das noites de cortesia, benefício concedido aos pacientes com cirurgias agendadas para o primeiro horário do dia seguinte. A medida deverá ajudar a elevar a oferta de leitos, diminuindo o tempo de espera na internação. “A decisão será revista quando a demanda de ocupação estiver mais bem atendida”, destaca Claudia. Com o fim da oferta das noites de cortesia e para evitar filas na internação no período entre 5h e 7h da manhã, os pacientes passaram a ser admitidos diretamente no Day Clinic e na ala de pré-internação, no 3º andar do bloco B. Além de alcançar o objetivo de eliminar as filas, a iniciativa trouxe um ganho adicional: agilizou em cerca de 40% o tempo dos procedimentos de internação.

Mais cirurgias ambulatoriais A reforma do centro cirúrgico do piso intermediário 4 do bloco A1, em andamento, resultará em expressivo incremento no fluxo de cirurgias ambulatoriais. Desde março estão sendo realizadas, em média, 140 cirurgias por mês. Além de a reforma proporcionar maior conforto aos pacientes e familiares, a ampliação no número de cirurgias ambulatoriais possibilita a liberação de leitos para pacientes de maior complexidade, reduz a espera no Pronto Atendimento e diminui os atrasos nos agendamentos cirúrgicos. A meta é chegar a 300 procedimentos por mês quando a reforma estiver totalmente concluída.


Reformas Para atender mais e melhor

Einstein planeja várias reformas e melhorias para 2015

Ampliar o número de leitos, incrementar a estrutura cirúrgica, reformular os fluxos de atendimento e aprimorar o conforto dos pacientes fazem parte do plano de reformas e melhorias de 2015. Confira as principais ações: Cirurgia: inauguração de duas novas salas no centro cirúrgico do piso intermediário 4 do bloco A1 e criação de uma área de day clinic integrada, possibilitando que os pacientes elegíveis obtenham alta logo depois do procedimento e da fase pós-anestésica, sem necessidade de serem encaminhados para um leito de internação. “Isso significa maior agilidade e ganho na capacidade de atendimento”, diz o Dr. Paulo Zimmer, gerente médico do Programa Einstein de Cirurgia. Internação: abertura de mais 38 leitos no 4° andar dos blocos A e D. Isso permitirá ampliar o número de cirurgias ambulatoriais e melhorar os índices de acomodação do paciente desde a primeira noite. “Haverá uma delimitação espacial entre a área do paciente e da família e dos profissionais de saúde. Também será incorporado no ambiente um quadro de comunicação entre equipe interdisciplinar, médico, paciente e família”, conta Claudia Laselva, gerente de Pacientes Internados e Apoio Assistencial. UTI: instalação de câmeras nos leitos que não são visualizados diretamente a partir do posto de enfermagem. “As imagens serão monitoradas em tempo real, junto com os sinais vitais, por um profissional dedicado a essa função. A medida ajudará médicos e enfermeiros a identificar situações de risco, diminuindo o tempo de atendimento de emergências”, diz o Dr. Guilherme de Paula Pinto Schettino, gerente médico de Pacientes Graves.

Pronto Atendimento: melhorias no fluxo e acolhimento dos pacientes alinhadas ao Projeto PA do Futuro, que visa modifi-

car estrutural e funcionalmente as atividades da área. Públicos adulto e pediátrico serão separados, com portas e alas de triagem próprias. Atualmente separadas pela área de Ortopedia, as áreas de recepção e triagem serão integradas. Com a mudança da área de Ortopedia para espaço adjacente aos consultórios clínicos, as recepções serão unificadas, ganhando mais espaço e uma nova ambientação pautada pela humanização. Com o objetivo de aprimorar o fluxo dos pacientes, identificar e agir rapidamente diante de intercorrências médicas, será alocado enfermeiro exclusivamente dedicado a atender às recepções, mesmo antes ou depois do processo de triagem. Área Materno-Infantil: Criação de mais 12 leitos para internação de gestantes e de novas estruturas, como a Unidade de Cuidados Obstétricos (4 leitos) e sala de ultrassonografia obstétrica. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal passará a receber recém-nascidos externos. A Unidade de Medicina Fetal ganhará um espaço renovado. “Em relação à tecnologia, está prevista a compra de um fetoscópio mais moderno, ampliando os tipos de cirurgias fetais possíveis, e a instalação de um novo sistema de rastreabilidade de recém-nascidos, conferindo maior segurança aos bebês”, informa a Dra. Erica Santos, gerente médica da área Materno-Infantil. A área contará também com um grupo focado em Qualidade e Segurança. Na Clínica de Especialidades Pediátricas, será instalado espaço para fisioterapia infantil ambulatorial. Uma enfermeira navegadora terá a missão de acompanhar e facilitar a integração entre diferentes especialidades, os exames e consultas.

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