OS COLÍRIOS
O termo colírio provem da palavra grega – kollyrion -‐ que significa “emplastro” e do la8m – collyriu -‐ que significa “unguento para os olhos”. Até ao início do século XIX, todo o medicamento des8nado a tratar doenças oculares, qualquer que fosse a sua forma de apresentação -‐ gotas, loção, pó ou pomada -‐ 8nha a designação de colírio.
Os colírios aplicados em gotas ou em loção consis8am em soluções adstringentes, es8mulantes, anestésicas ou combinadas, apenas diferindo no seu grau de concentração. Os colírios aplicados sob a forma de loção 8nham fraca concentração e eram u8lizados em pequenos recipientes, para lavagem do globo ocular ou das pálpebras. Os colírios sob a forma de gotas 8nham uma concentração mais forte e eram aplicados com uma pipeta de vidro ou com um pincel de aguarela, directamente na conjun8va.
Recipientes para aplicação de colírios
(exposição no Museu Dr. João Eurico Lisboa, na sede da SPO)
Alguns exemplos de colírios “fracos” usados sob a forma de loção no Séc. XIX
-‐ Extracto de beladona (diluído em água des8lada) -‐ Sulfato de zinco + ác.sulfúrico (diluídos em água de rosas) -‐ Bicloreto de mercúrio + hidroclorato de amoníaco (diluídos em água de rosas) -‐ Alúmen (diluído em água de rosas) -‐ Pedra divina (mistura de sulfato de cobre e azotato de potássio e de alúmen em partes iguais com pó de cânfora)
Frascos de vidro soprado des8nados a diferentes colírios (Séc. XIX)
Alguns exemplos de colírios “fortes” usados sob a forma de gotas no Séc. XIX
-‐ Nitrato de prata (diluído em água des8lada) -‐ Bicloreto de mercúrio (diluído em água des8lada) -‐ Vinho de ópio (diluído em água des8lada) -‐ Sulfato de atropina (diluído em água des8lada) -‐
Frascos de vidro soprado (Séc. XIX)
Frascos de vidro moldado (Séc. XX)
Frascos de vidro moldado (Séc. XX)