8. ÓCULOS ESTENOPEICOS Isabel Almasqué
Embora aventada por Wecker e Leber cerca de 1880, a ideia de que as rasgaduras eram causa e não consequência do descolamento da reAna, causou sempre grande cepAcismo e polémica no seio dos oBalmologistas e só foi consolidada por Jules Gonin em 1921. Antes da invenção da oBalmoscopia binocular por Schepens, em 1947, a localização das rasgaduras rodeava-‐se de grande dificuldade e as técnicas usadas para a drenagem do líquido subreAniano, obrigavam à imobilização do doente na cama pelo menos durante duas semanas
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Os óculos estenopeicos, inventados por volta de 1940, eram uAlizados no pós-‐operatório do descolamento da reAna, para reduzir ao mínimo os movimentos oculares, permiAndo ao mesmo tempo que o doente uAlizasse o olho adelfo através do buraco estenopeico, minimizando os defeitos de refracção.
ÓCULOS ESTENOPEICOS
Eram consAtuídos por dois discos rotaAvos que permiAam posicionar os buracos estenopeicos de acordo com a distância interpupilar de cada doente e por dois para-‐sóis laterais para impedir a entrada de luz.
ÓCULOS ESTENOPEICOS Os discos rodam à volta dum eixo central e permitem posicionar os buracos estenopeicos de acordo com a distância interpupilar de cada doente.
Em Portugal, estes óculos foram uAlizados até ao início da década de 70, quando a cirurgia desta patologia consisAa já em localizar e fechar as rasgaduras reAnianas com diatermia e na uAlização de endentação circular com de fio de nylon. Mais tarde, com a compreensão mais exacta da fisiopatologia do descolamento da reAna e com o consequente avanço das técnicas cirúrgicas uAlizadas, tornaram-‐se obsoletos e caíram em desuso.
ÓCULOS ESTENOPEICOS COM PÁRA-‐SOL LATERAL