Boletim 36 Junta Freguesia Nossa Senhora de Fátima

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Publicação Quadrimestral . julho 2013 . XI Série

nossa senhora de

FATIMA

Freguesia em movimento

Obras de Repavimentação das Avenidas e Ruas

Ação Social

Fátima e Sardoal e Praia-Campo Sénior

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ELENCO

EXECUTIVO Idalina Flora Presidente Saúde, Recursos Humanos, Habitação e Urbanismo, Proteção Civil, Reabilitação Urbana, Cultura e Lazer, Educação, Mobilidade Canídeos e Gatídeos, Parques Infantis e

Atendimento: 5ªfeira das 15h às 18h nsf.presidente@netcabo.pt

Boletim Informativo.

Pedro Gamito C. Santos Secretário Comunicação e Imagem,

Assembleia

Serviços

MESA Presidente Maria Fernanda Pragana Ilhéu Lisboa com Sentido

Junta de Freguesia Nossa Senhora de Fátima Av. Marquês de Tomar, 106 B - 1050-158 Lisboa, Tel. 217 978 881 FAX 217 950 976 Horário: Dias Úteis das 10h às 18h

1.º Secretário Manuel Branco Nery Nina Lisboa com Sentido 2.º Secretário João Rafael de Sousa Isabella Flora Lisboa com Sentido MEMBROS Teresa Maria Marques Ferreira L. Rodrigues Lisboa com Sentido

Desporto, Cultura e Lazer, Proteção Civil, Relações Públicas, Juventude.

Atendimento: com marcação prévia nsf.secretario@netcabo.pt

José Pedro Athayde Lisboa com Sentido Maria Teresa Pinto Pacheco Nobre Lisboa com Sentido

Guilherme Diaz-Bérrio Tesoureiro Gestão Orçamental Financeira e Administrativa,

Fernando Lucas Martins Lisboa com Sentido Maria Manuela Moita Jeffre - PS

Imobilizado e Património, Comunicação e Imagem, Boletim Informativo.

Atendimento: com marcação prévia nsf.tesoureiro@netcabo.pt

Saul da Silva Pereira – PS Maria de Jesus Vila Verde Rodrigues – PS

António Figueiredo Vogal Espaços Públicos, Espaços Verdes e

Manuel António Alves Dinis Capela – PS Alice Tavares L. Ascensão Luís – PS

Maria João Seabra

PAVILHÃO DESPORTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DE N. S. FÁTIMA Rua Sousa Lopes – 1600 Lisboa,Tel: 217 978 881 (Junta), 912 583 417 (direto) POLIDESPORTIVO FILIPE DA MATA Rua Filipe da Mata, 1600 Lisboa. Tel./Fax: 217 954 023 SERVIÇOS PRESTADOS PELA JUNTA Atendimento Geral e Licenciamento de Canídeos – (Secretaria da Sede e na Delegação do Bairro) SERVIÇO SOCIAL Assegurado por 2 assistentes sociais da Santa Casa da Misericórdia.

3.ªs feiras

4.ªs feiras 6.ªs feiras

Ficha Técnica

Com marcação prévia.

Propriedade: Junta de Freguesia

Tlm: 969 504 962

10h00/13h00 10h00/13h00 10h00/13h00

de Nossa Senhora de Fátima

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Vogal

Depósito Legal: Nº 180187/02

Concepção Editorial e Produção Gráfica: Marketividade,

Ação Social, Educação, Juven-

Periodicidade: Quadrimestral

Marketing, Comunicação e Vendas, lda.

Tiragem: 13 500 exemplares

Av. 5 de Outubro, 73C - Edifício Goya, Escritório 4,

Distribuição: Gratuita

1050-049 Lisboa, Tel.: 218 081 060

Publicidade: Ricardo Pedro

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tude, Saúde, Arquivo, Relações com IPSS e outras entidades de carácter social, Habitação Social, Excursões Sociais.

Atendimento: com marcação prévia nsf.vogal.02@netcabo.pt

CENTRO DE APOIO DE ENFERMAGEM Rua Portugal Durão – Edifício Centro de Dia ADAS-BR Horário: 2:ª, 4.ª e 6.ª das 16h00 às 18h00; Centro Paroquial da Igreja de Nossa Senhora de Fátima – Av. Marquês de Tomar. Horário: 3.ª e 5.ª das 15h30 às 18h00.

Isabel Maria Laureano Varão – CDU

Desporto.

Atendimento: com marcação prévia nsf.vogal.01@netcabo.pt

DELEGAÇÃO Alameda da Estação, Loja 36 a 40 1600-878 Lisboa. Tel: 217 971 218. Horário de funcionamento: 2.ª e 5.ª das 10h00 às 13h00

BENEFICIÁRIOS DO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO APRESENTAÇÃO QUINZENAL OBRIGATÓRIA (*)

Horário: 10h00 – 17h00 | Local: Secretaria da Junta de Freguesia de Nª Sª de Fátima Morada: Av. Marquês de Tomar, 106 B (*) Se é beneficiário deste subsídio, deverá apresentar-se na Junta de Freguesia, de 15 em 15 dias. Recomendamos

que não o faça no último dia, porque a Junta declina qualquer responsabilidade no que possa acontecer aos beneficiários. Serviço Público

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EDITORIAL

FREGUESIA EM MOVIMENTO

O

tempo de férias chegou! Independentemente das dificuldades, desejo que todos tenham a oportunidade de recarregar baterias para levarem de vencida mais um ano que, como todos pressentimos, ainda irá ser duro e difícil. Em mais de oito séculos de existência, os portugueses viveram situações difíceis, mas a nossa História diz-nos que sempre fomos capazes de os atravessar com dignidade e sobretudo muita esperança que dias melhores hão-de chegar. Como vem sendo habitual nesta época, decorreu a ação Praia-Campo, na última semana de junho, cuja edição dedicada aos Seniores da nossa Freguesia lhe damos a conhecer neste boletim, bem como as excursões a Fátima e ao Sardoal em maio e junho, respectivamente, que contaram com a participação de cerca de 210 fregueses. Até meados de agosto, está a decorrer o programa Praia-Campo das crianças e jovens, iniciativa sempre muita participada e aguardada com expetativa no final de cada ano letivo. Antes deste período, vi recompensado o esforço reivindicativo do Executivo da Junta, desta vez, junto da CML, que acedendo às nossas diversas reclamações e pedidos escritos e verbais, pôs em marcha um plano de repavimentação das avenidas e ruas, de reparação das calçadas dos passeios e da renova-

ção da sinalética na via pública da nossa Freguesia. Pelo incómodo causado, apresento as nossas desculpas, em nome do Executivo da Junta a que presido. Temos, por este motivo, a «Freguesia em movimento» cujos resultados finais serão um benefício para todos os que nela vivem e trabalham. A pensar no futuro das nossas crianças e dos nossos jovens, e porque Setembro é o tempo do regresso às aulas, destaco as três reportagens sobre os estabelecimentos de ensino, existentes na Freguesia, desde o Pré-escolar, à Infância e 1º Ciclo Básico (antiga Escola 44), ao Secundário e Profissional, até ao ensino superior do ISCAL. Dá-se ainda destaque na rubrica da toponímica à Rua Carlos Reis, pintor naturalista, que teria completado em Fevereiro 150 anos, que representou Portugal na Exposição Universal de Paris de 1900, juntamente com Columbano, Malhoa, Souza Pinto e outros pintores portugueses. Na rubrica «Fregueses com talento» estivemos à conversa com o ator Luís Alberto e a atriz Cecília Guimarães, que há muito residem na Freguesia. Lembramos ainda a Praça de Touros do Campo Pequeno, ex-libris das Avenidas Novas, que assinalou o 7º aniversário da sua reinauguração. E, damos a conhecer também o novo conceito de baixo custo aplicado à

restauração, que escolheu a nossa Freguesia para abrir a sua primeira loja, em Lisboa, revelando a capacidade empreendedora das duas empresárias que souberam reverter a situação de crise a seu favor. Está a chegar ao fim o mandato de quatro anos para o qual fui eleita, para vos representar e resolver os problemas que dizem respeito à nossa Autarquia. Obrigada a todos os Fregueses, mesmo aos que não votaram em mim. Àqueles que esperavam mais, lamento se os desiludi. Procurei fazer e dar o meu melhor! Creiam que, se mais não fizemos, eu e parte da equipa que me acompanhou, ao longo deste tempo, foi porque não tivemos os necessários meios para o fazer. Agradeço aos funcionários e colaboradores da Junta de Freguesia o seu empenho e profissionalismo, foram todos excepcionais e sempre procuraram dar, e deram, o seu melhor! A todos o meu muito, muito obrigada! E contem comigo para, até ao último dia, continuar a trabalhar em prol da nossa Freguesia. § A Presidente,

Idalina Flora

//SUMÁRIO 03> 04> 06> 07> 08> 11> 12>

FREGUESIA EM MOVIMENTO

PRAIA-CAMPO SÉNIOR VISITA AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA EXCURSÃO AO SARDOAL OBRAS NA VIA PÚBLICA

CECÍLIA GUIMARÃES - ENTREVISTA

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EDUCAÇÃO UMA ESCOLA INCLUSIVA 7º ANIVERSÁRIO CAMPO PEQUENO EMPREENDEDORISMO COMéRCIO TRADICIONAL CARLOS REIS - GENTE QUE DÁ NOME ÀS RUAS CONTACTOS ÚTEIS | breves

LUÍS ALBERTO - ENTREVISTA // Boletim da Freguesia Nª Senhora de Fátima | JULHO 2013

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AÇÃO SOCIAL

Ir à Praia e ao Campo na melhor idade O Executivo da Junta de Freguesia levou a cabo o habitual programa de verão «Praia-Campo Sénior», dedicado às pessoas de mais idade, com ida à praia de manhã, em Oeiras, seguida de almoço e visitas culturais durante a tarde

Visita ao Museu de Electricidade

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programa «Praia-Campo Sénior», iniciativa promovida em conjunto com a Câmara Municipal, decorreu na última semana de junho e contou com a participação de 47 pessoas. À semelhança de outras edições, as atividades decorreram de manhã na praia e no período da tarde em espaços verdes e equipamentos culturais/lúdicos onde os participantes partilharam experiências e diversas vivências. Este programa tem como principais objetivos promover o bem-estar e a qualidade de vida nos tempos livres e proporcionar momentos de convívio, lazer e confraternização na praia e no campo. Esta é uma ação de grande importância para não só sair um pouco da Freguesia, mas para conviver, fazer exercício e usufruir das atividades programadas da parte da tarde. Este ano, uma das atividades escolhidas foi o passeio ao Museu de Arte Sacra de São Roque, que está anexado à igreja de São Roque, em Lisboa, e que pos-

sui uma coleção do espólio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Momentos de cultura e convívio Barcarena foi outra das localidades visitadas pelos nossos fregueses. Aqui encontra-se a Fábrica da Pólvora, uma instalação que funcionou entre 1540 e 1940. Atualmente está desativa e foi transformada num núcleo de cultura nos arredo-

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res de Lisboa. No seu interior, composto por diversos edifícios dispersos por uma extensa área, podemos encontrar o Museu da Pólvora Negra, uma galeria de arte e alguns locais de lazer, como restaurante, bar com música ao vivo, jardins e locais preparados para espetáculos ao ar livre. Durante a semana o tempo de praia foi também partilhado com uma visita


AÇÃO SOCIAL

ao Jardim Zoológico, onde tiveram a oportunidade de ver um conjunto representativo de todo o planeta, com cerca de 2 mil animais de 332 espécies diferentes. Recorde-se que atualmente o Jardim Zoológico está localizado na Quinta das Laranjeiras, em Sete rios, mas teve como primeira morada no Parque de São Sebastião da Pedreira e, mais tarde, nos terrenos onde hoje se situa a Fundação Calouste Gulbenkian. O Hospital Ortopédico de Sant’Ana, na Parede, um emblemático edifício da Arte Nova em Portugal, classificado como Imóvel de Interesse Público, proporcionou depois aos nossos fregueses fazerem uma viagem aos mais de cem anos de história de diálogo entre a arquitetura, a saúde e a ciência. Recorde-se que, recentemente, este foi também utilizado como cenário do filme Comboio Nocturno para Lisboa, com Jeremy Irons.

Visita ao Castelo de Almourol

O SIMBÓLICO CASTELO DE AlMOUROL

Balanço positivo Este percurso cultural terminou, a 28 de junho, no Castelo de Almourol (ver caixa), e teve sempre o acompanhamento de uma equipa ténica da freguesia. Entre o período de praia e de visitas, os visitantes foram sempre brindados com um farnel, que proporcionou um momento de convívio à hora de almoço em espaços tão distintos como o Jardim de Oeiras, o Parque dos Índios e o Zoo de Lisboa. No final os participantes revelaram-se contentes e manifestaram saudades por estes dias bem passados em sítios tão distintos, na certeza de que voltarão a participar numa próxima edição. §

O Castelo de Almourol, situado numa ilhota a meio do Rio Tejo, e rodeado por paisagem envolvente, é um dos monumentos com maior simbologia que se podem encontrar em Portugal. A sua história relembra a Reconquista do território durante a Idade Média, quando a região foi ocupada por forças portuguesas. O castelo, que já existia sob o nome de «Almorolan», foi conquistado em 1129 por D. Afonso Henriques (1112-1185), que o entregou aos cavaleiros da Ordem dos Templários, sob as ordens de Gualdim Pais, então encarregados do povoamento do território entre o rio Mondego e o Tejo, e da defesa da então capital de Portugal, Coimbra. Viagem de barco

Segundo uma inscrição existente na entrada, as obras de reconstrução datam de 1171. Trata-se de um «afloramento de granito a 18 metros acima do nível das águas», numa pequena ilha, que não tem mais do que 310 m de comprimento por 75 m de largura. A estrutura foi danificada pelo terramoto de 1755, sofrendo algumas alterações durante o romantismo do século XIX. O castelo foi entregue ao Exército português na segunda metade do século XIX, sob a responsabilidade do comandante da Escola Prática de Engenharia de Tancos, a que está afeto até aos nossos dias. No século XX foi classificado como Monumento Nacional de Portugal por Decreto de 16 de junho de 1910. Este edificado histórico localiza-se na Freguesia de Praia do Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha, Santarém, embora a sua localização seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila de onde se vislumbra melhor.

Visita a Almourol

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AÇÃO SOCIAL

visita ao santuário de fátima Realizou-se a 18 de Maio, com visita a Martingança e almoço de convívio, com muita animação no «Solar dos Noivos»

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omo vem sendo habitual, no mês de maio, esta iniciativa contou com a participação de 110 pessoas que encheram por completo dois autocarros, e saíram logo de manhãzinha de Lisboa, com uma primeira paragem no restaurante «Pôr-do-Sol» para o pequeno- almoço, rumo ao Santuário de Fátima. Recorde-se que, desde 13 de maio de 1917, quando se deu a primeira aparição da senhora aos três pastorinhos, milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo se dirigem a este santuário, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de verão e inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia a dia, perfazendo mais de cinco milhões de visitantes anuais. Ao fim da manhã, os nossos fregueses partiram com destino a Martingança, para um animado almoço, de comida caseira, inspirada em receitas de família no «Solar dos Noivos», um espaço moderno com 2500m2, em perfeita harmonia com a natureza, na

freguesia da Martingança, no concelho de Alcobaça. O primeiro registo histórico remonta à Carta de Couto, do Rei D. Dinis. Nos últimos anos a Martingança tem progredido muito, a

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nível económico, com o aparecimento de indústria vidreira e também de cimento na região, e com a natural progressão nas vias de comunicação §


AÇÃO SOCIAL

EXCURSÃO AO SARDOAL “VILA JARDIM” Cerca de 100 fregueses foram conhecer a Vila do Sardoal, Geograficamente situada na confluência das regiões do Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa, a cerca de 150 km de Lisboa

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o passado dia 22 de junho, pela 08h00 da manhã, dois autocarros, com a lotação quase completa, partiram, levando a bordo os nossos animados fregueses, com destino à bonita Vila do Sardoal, localidade repleta de história, património e cultura. De manhã visitaram o Convento de Santa Maria da Caridade, edificado pelos monges Franciscanos, em 1571, a Igreja Matriz da Paróquia de São Tiago e São Mateus, datada de finais do século XIV, e o Centro Cultural Gil Vicente, um moderno espaço de arte e cultura, inaugurado em Setembro de 2004, em homenagem à relação histórica de Gil Vicente com o Sardoal. Seguiu-se um animado almoço-convívio no restaurante «As três Naus» onde puderam degustar a tradicional cozinha portuguesa. À tarde foram ver a Artelinho, uma cooperativa de mulheres que mostra a arte do linho, bordados e verga, no concelho do

Sardoal -, onde há longo tempo cerca de 20 cooperantes fazem desta atividade o seu meio de subsistência. Para adoçar a boca, sobretudo dos mais gulosos, ainda foram

provar as famosas «Tigeladas do Sardoal» feitas de modo artesanal (em forno de lenha) o que lhes confere um sabor muito especial, antes do regresso a casa. §

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VIA PÚBLICA

FREGUESIA em MOVIMENTO REALIZARAM-se obras de repavimentação e reparação das calçadas de cubos de granito nas avenidas Defensores de Chaves e 5 de Outubro, no cruzamento com avenida Elias Garcia. Serão ainda requalificadas outras avenidas e ruas, até meados de agosto

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epois do rigoroso inverno do ano passado tornou-se evidente uma maior degradação nos pavimentos e passeios de parte das artérias da nossa Freguesia que precisavam de uma urgente intervenção. Apraz-nos informar os nossos Fregueses que finalmente foi dada uma resposta cabal aos muitos pedidos de intervenção feitos pelo Executivo da Junta de Freguesia à Câmara Municipal e Lisboa (CML), em resultado da nossa insistente reclamação a pugnar pela necessidade de ur-

gentes obras na via pública. Assim, a Direção Municipal de Projetos e Obras da CML pôs em marcha um programa de reparação das nossas Avenidas, em pior estado, a executar em sete distintas fases: a primeira, no troço entre a Av.ª Defensores de Chaves e a Av.ª Elias Garcia, no primeiro separador central, no sentido Campo Pequeno e Av.ª Duque d’Ávila; a segunda, no troço entre a Av.ª Elias Garcia e Av.ª Miguel Bombarda; a terceira, no troço entre a Av.ª Miguel Bombarda e Av.ª João Crisóstomo; a

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quarta, no troço entre a Av.ª João Crisóstomo e a Av.ª Duque d’Ávila e separador central; a quinta, no troço entre a Av.ª João Crisóstomo e a Av.ª António José de Almeida, no sentido Av.ª Duque d’Ávila – Campo Pequeno; a sexta, no troço entre a Av.ª António José de Almeida e a Av.ª Elias Garcia, no sentido Av.ª Duque d’Ávila – Campo Pequeno; a sétima fase, no troço entre a Av.ª Elias Garcia e a Av.ª Defensores de Chaves, no sentido Av.ª Duque d’Ávila – Campo Pequeno. As obras que arrancaram a 17 de junho,


VIA PÚBLICA

Foi dada uma resposta cabal aos muitos pedidos de intervenção feitos pelo Executivo da Junta de Freguesia à CML terão a duração estimada de 60 dias, e também preveem a implementação de um plano de sinalização em todas as vias de circulação rodoviária. Repavimentação de Ruas do Bairro de Santos (ao Rego) Foram incluídas nesta empreitada mais de 30 artérias, abrangendo toda a nossa freguesia, desde a zona de comércio e serviços das Avenidas Novas à mais habitacional, no Bairro do Rego, estão a ser repavimentadas as Ruas da Beneficência,

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VIA PÚBLICA

Alfredo Roque Gameiro, Luciano Freire, Rua Francisco de Holanda, Jorge Afonso, Veloso Salgado, Falcão Trigoso e Francisco Tomás da Costa. Desde o final de julho que está a ser também feita a repavimentação da faixa de rodagem e a reparação localizada de alguns traços de lancis e passeios nas Ruas António Enes e da Marquês Sá da Bandeira. Estas repavimentação tem uma duração de 45 dias e condicionará o trânsito nos dois sentidos das ruas mencionadas. Com estas intervenções, o executivo cumpre a promessa de continuar a desenvolver até ao seu último dia de mandato os trabalhos e os projetos que criem condições de bem-estar para todos os que vivem e trabalham na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. §

fim da av. dos combatentes tem mais uma faixa de rodagem Nas horas de ponta esta era uma zona de habituais constrangimentos para os automobilistas em Lisboa. Para resolver este problema de tráfego foram promovidas melhorias na circulação de entrada na Praça de Espanha, no sentido descendente, de quem vem da Avenida dos Combatentes e se quer dirigir para a Avenida Columbano Bordalo Pinheiro. A solução para esta situação que se vinha a arrastar já há algum tempo foi remover parte do separador existente no fim desta avenida, criando mais uma faixa de rodagem, passando de duas para três faixas, o que permite um melhor escoamento do trânsito naquelas artérias que são uma importante ligação da freguesia com outras zonas de Lisboa e de acesso às vias rápidas para Cascais, Sintra e Margem Sul do Tejo.

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FREGUESES COM TALENTO

UMA VIDA DEDICADA AOS PALCOS Cecília Guimarães MORA NA freguesa de Nossa Senhora de Fátima desde os cinco anos. Com uma memória invejável, a atriz é um arquivo vivo do Teatro

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tualmente, olha para a freguesia com preocupação, em especial pela divisão causada pela passagem de nível, agravada pela avaria do elevador da passagem, «há mais de um ano sem funcionar», o que afasta ainda mais aquela zona das Avenidas Novas, onde estão os jardins da Gulbenkian e a Praça de Touros. A atriz, nascida na freguesia de São Sebastião da Pedreira, veio para Nossa Senhora de Fátima nos anos 30, altura em que a freguesia era ainda Campo Grande. «Morávamos numa casa muito sombria. Entretanto, estavam a construir estes prédios e como tinha sol acabámos por mudar», conta. Além do teatro e dos trabalhos manuais, a leitura é uma das suas grandes paixões: «Os meus pais ensinaram-me a ler tinha 5 anos. Sou capaz de ler dois livros ao mesmo tempo.» Enquanto recorda a paixão pela música dos seus antepassados, mostra-nos um quadro de Wagner e outro de Beethoven.

«É para recordá-los. O meu pai tocava violoncelo e a minha avó paterna piano. Um tio e o meu avô violino.» Também Cecília fez um curso de piano «principalmente para fazer a vontade ao meu pai». A atriz descobriu o gosto pelo teatro quando começou a ir com a irmã a matinés infantis no Teatro Nacional. Teve, no entanto, a ambição de ser enfermeira ou médica, mas encontrou a matemática pelo caminho e pediu ao pai que a inscrevesse no curso de Teatro do Conservatório. «O meu pai concordou, mas avisou-me que se chumbasse no primeiro ano ia para a costura», recorda. Após o curso do Conservatório Nacional, a atriz pisou os mais variados palcos nacionais e internacionais, fez o teatro radiofónico e televisivo, algumas telenovelas e séries de televisão, orgulhando-se de ter sido das primeiras profissionais a estrear-se na televisão em 1957, como Matilde, no filme Ausente, de Artur Ramos. Apesar disso sempre preferiu o teatro: «É o que eu gosto. Eu não casei, para me casar

com o teatro. O teatro é tudo para mim.» Um bom ator, diz, reconhece-o pela alma. «Há uma Carmen Dolores ou uma Cecília Guimarães com Alma. Agora qualquer um debita um texto, mas deixam cair os finais.» Um balanço positivo de 60 anos de carreira, recordados com a nostalgia de quem sente saudades de ouvir as ‘pancadas de Molière’ «Era um sinal e o teatro deve ser surpresa, mistério quando o pano levanta», frisa. §

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FREGUESES COM TALENTO

percurso surpreendente

para quem «se tornou ator por acaso» Os portugueses conhecem-no das diversas peças de teatro, televisão, séries e telenovelas EM que participou. Fomos falar com o ator Luís Alberto, habitante na freguesia há 36 anos

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uís Alberto conta-nos que gosta bastante da freguesia que o acolheu e principalmente das pessoas. «Relacionam-se de uma maneira civilizada e agradável. Nunca tive questão nenhuma com ninguém. E é o suficiente para mim». E vai mais longe: «Se me saísse o Euromilhões, comprava uma casa aqui.» Mas nem tudo são elogios a um bairro que diz ter uma vida muito própria. «Uma vez esta rua esteve sem luz imenso tempo e como gosto de me deitar tarde, até porque trabalho à noite, isso incomodou-me.» A insegurança nas ruas é uma preocupação do ator, que lembra um episódio passado, em que a mulher foi assaltada à porta de casa. «Tiraram-lhe a mala de esticão», conta. Durante muitos anos, ia todos os dias beber café e ler o jornal à Flor de Fátima e costumava almoçar muitas vezes no Bar do Polícia ou no Zé Ladrão, na Avenida Marquês de Tomar. Apesar de conhecer todos os restaurantes da zona e de se considerar um bom garfo, o ator confessa que «agora, com a crise, alterou-se

tudo». Exemplo disso é a livraria Quadrante, na Av. Luís Bivar, local de paragem obrigatória, que agora encerrou. «Vou a outra que gosto muito, a Pó dos Livros, onde encontro sempre o que procuro. Muitas vezes já usados.» Luís Alberto iniciou a sua atividade como amador no Grupo Sociedade Guilherme Cossoul. «Na altura, organizava a biblioteca com a Glicínia Quartim, colega que entretanto também se tornou atriz». Estreou-se em Amanhã Há Récita, de Varela Silva, corria o ano de 1956. «Foi um acontecimento cultural. O Varela Silva estava contratado pelo Nacional na altura e o Teatro foi em peso assistir à estreia.» Passado um mês, recebe um telefonema da atriz Amélia Rey Colaço, a convidá-lo para ensaiar uma peça no Teatro Nacional, onde se estreou como profissional. «Foi aí que tomei a decisão e desempreguei-me». Esteve em várias companhias, até se matricular no Conservatório Nacional, no Curso de Teatro, que não concluiu para integrar o Teatro Experimental do Porto.

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Peça de Teatro “Copenhaga”, Teatro Aberto

Em 1975, foi um dos fundadores da Companhia de Teatro A Proposta, conjuntamente com o Augusto Sobral e Fernando Gusmão, que consiera «um grande dramaturgo e um homem do teatro que teve muita importância» na sua formação enquanto ator. Ao longo de mais de 40 anos de trabalho, Luís Alberto passou por diversas companhias, trabalhou com grandes encenadores, tendo recebido um Globo de Ouro na categoria de Melhor Actor de Teatro, com a peça Copenhaga e um Prémio Carreira da Revista Mais Alentejo. §


EDUCAÇÃO

UMA ESCOLA INCLUSIVA A Escola Básica Mestre Arnaldo Louro espera que as obras de reabilitação comecem em 2014. o Executivo da Junta tem apoiado nas pequenas reparações

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anteriormente designada Escola 44 foi inaugurada a 1954. Neste momento «está a precisar de grandes obras estruturais, que têm sido sucessivamente adiadas, mas que estão previstas pela Câmara Municipal de Lisboa no início do próximo ano», afirma Ana Luísa Pires, coordenadora do estabelecimento e coordenadora do Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras. «A escola depois das obras vai ficar lindíssima, mas também temos um plano anual de atividades ambicioso e atrativo. Daí a nossa necessidade de fazer a divulgação da escola para haver uma maior inclusão social, para se acabar de vez com a ideia de que é ‘a escola dos meninos ciganos ou do bairro’, porque é muito bem situada e é uma pena não ser mais procurada.» Recorde-se que, como divulgámos na última edição do Boletim da junta de freguesia, esta escola tem vindo a melhorar a sua componente letiva nos últimos dois anos, proporcionando aos cerca de 200 alunos atividades diversas de ocupação dos tempos livres, como é o caso do projeto Intervir – em parceria com o Executivo da Junta de Freguesia – mas tam-

bém futebol, ballet, hip-hop, yoga ou dança criativa. Ações que, no entendimento de Ana Pires, podem ser potenciadas pelas obras de reabilitação deste equipamento de ensino, de forma a combater o cada vez menor número de alunos e a estigmatização da sua instituição que está localizada no Bairro do Rêgo. «As obras podem ser decisivas, porque de facto a estética tem um papel importante, além de que a escola tem uma área verde exterior muito atrativa, que poucas escolas em Lisboa têm», justifica. Paralelamente, o corpo executivo tem vindo a criar parcerias com outras entidades, onde se inserem empresas, que estão a contribuir, no âmbito dos seus projetos de responsabilidade social. Ainda no que diz respeito às dificuldades sociais existentes no Bairro do Rêgo, a coordenadora

recorda que, apesar dos esforços para integrar os pais das crianças, os cursos de alfabetização que eram ali ministrados foram transferidos para a Escola Marquesa da Lorna, por haver um elevado número de desistências. A professora alerta ainda que é preciso continuar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido junto da população adolescente, através de atividades ao fim de tarde e ao fim de semana, «de maneira a chamar mais esses miúdos que andam entregues a eles próprios» e que «desistem da estudar muito cedo». Ana Pires, coordenadora da Escola Básica Mestre Arnaldo Louro apela ainda que, como resultado da união das freguesias de Nossa Senhora de Fátima e S. Sebastião da Pedreira, «não se esqueçam do lado de cá da linha e do Bairro do Rêgo. §

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EDUCAÇÃO

D. Pedro V sede do Agrupamento de escolas das Laranjeiras Este ano, o início do período escolar marca também um novo ciclo para a Escola Secundária D. Pedro V, que passa a ser a sede do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras

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riado em 2012, é no ano lectivo 2013-2014 que este Agrupamento será dotado de uma nova estrutura organizacional com órgãos próprios de Direção, Administração e Gestão. Fazem parte deste novo aglomerado sete escolas: a Secundária D. Pedro V, as Básicas Delfim Santos, Frei Luís de Sousa, António Nobre e Laranjeiras, e os Jardins de Infância de S. Domingos de Benfica e do Bairro S. João, que atualmente estão a funcionar, na Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 110 e 120, respetivamente. «Já se realizaram eleições e foram enviados os resultados das quatro candidaturas à Direção-Geral da Administração Escolar, que agora terá de homologar a nova direção», explica Alice Costa, presidente do Conselho Geral Transitório do Agrupamento. Este Agrupamento abrange mais de três mil alunos, dos quais cerca de metade frequentam a Escola Secundária D. Pedro V, e mais de duzentos professores que lecionam desde os jardins de infância ao secundário, até ao ensino profissional e secundário noturnos. «Como temos uma oferta bastante variada há muitos alunos que vêm de outros sítios. Temos, por exemplo, cursos profissionais das áreas de Informática, Turismo, Multimédia, Secretariado e Teatro». «Gerir todos os processos de uma forma mais agregada» é uma das mais-valias da constituição deste Agrupamento, porque todas as ações têm de ser desenvolvidas em conjunto. O facto de o Conselho Geral reunir representantes das Autarquias - sendo o representante da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima o primeiro vogal, António Figueiredo – é também visto pelas escolas como algo muito benéfico, uma vez que permite aos professores colherem mais informação sobre as freguesias e os seus habitantes, e preparar as escolas para gerir as situações que possam daí advir. «A ideia deste novo agrupamento é também permitir mais mobilidade o que para os professores é bom, porque se não têm horário aqui têm oportunidade de ir para outra escola», afirma Alice Costa, explicando que este fator é

entendido como negativo por alguns professores que são obrigados a deslocar-se. De forma a promover uma maior união de esforços, a escola D. Pedro V tem promovido, por exemplo, as Olimpíadas da Língua Portuguesa e pensa estender isso ao Agrupamento. Mas não só. No ano passado organizaram um boletim, que reuniu colaborações de todos os alunos, em que o objetivo era divulgar aquilo que se fazia em cada escola. Por outro lado, o Plano Anual de Atividades da escola tem também integrado atividades de formação cívica, onde se insere, por exemplo, iniciativas promovidas com o apoio do Centro de Saúde de Sete Rios. §

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EDUCAÇÃO

A ENSINAR HÁ MAIS DE UM SÉCULO Produzir, ensinar e divulgar conhecimento tem sido a principal missão do ISCAL nos seus 100 anos de existência

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oram muitos os fregueses que, auxiliados por alunos do ISCAL - Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, fizeram a entrega via internet ou presencial das suas declarações de IRS, referente aos rendimentos de 2012. Este é o segundo ano em que se realiza esta iniciativa, no âmbito de um protocolo assinado entre a Junta de Freguesia e a instituição de ensino. Esta ação beneficia, por um lado, os alunos, que põem em prática algumas das matérias adquiridas; e os fregueses, que usufruem de um serviço profissional gratuito. «O ISCAL tem vindo a desenvolver protocolos e parcerias com diversas instituições públicas e privadas, no seguimento de uma política de abertura à comunidade e de proximidade», revela o Dr. Francisco de Faria, Presidente do ISCAL. Localizado no território de jurisdição da Freguesia, desde 1975, a instituição, os docentes e os alunos beneficiam da «centralidade, visibilidade e bom serviço de transportes públicos», algumas das vantagens da freguesia, entende o responsável. Na opinião de Francisco de Faria são também referências positivas as ruas espaçosas, a abundância de lojas comerciais ou a proximidade de espaços culturais, como a Fundação Calouste Gulbenkian. Um dinamismo importante, sobretudo quando muito do tempo disponível de alunos e funcionários, e também do próprio presidente, é passado na zona. «Atendendo às minhas funções profissionais

«O ISCAL tem desenvolvido protocolos e parcerias com diversas instituições públicas e privadas, no seguimento de uma política de abertura à comunidade e de proximidade» como Presidente do ISCAL, permaneço todos os dias largas horas nas suas instalações, na Av. Miguel Bombarda. Além disso almoço e vou ao ginásio diariamente na Freguesia e ocasionalmente faço algumas compras.» Ensinar a fazer as contas O contexto que se vive em Portugal transformou a necessidade de saber fazer bem contas no discurso oficial. Um contexto que coloca a Instituição num lugar de destaque do debate público, e sobretudo na formação dos novos profissionais destas áreas. «[A crise económica] aumenta a importância, mas também traz acrescidas responsabilidades no sentido de obter uma cada vez melhor empregabilidade para os seus graduados», sublinha o Dr. Francisco de Faria. Atualmente, estudam no ISCAL mais de 3 mil

alunos, sendo que a instituição dispoem hoje um vasto leque de licenciaturas e mestrados que vão além do seu «core business»: a contabilidade. São exemplos os cursos de Comércio e Negócios Internacionais, Finanças Empresariais, Gestão e Solicitadoria. Uma aposta que tem dado frutos em termos de procura e de perspetivas de empregabilidade, de acordo com os inquéritos realizados a alguns formandos que se encontram no mercado de trabalho. Paralelamente, o instituto tem vindo desenvolver «uma política de sensibilização para a importância de saber quantificar fenómenos, como componente fundamental de literacia» e combatida a ideia de que as universidades têm «culpas no cartório», no que diz respeito à cultura portuguesa de estimular muito pouco o risco e o empreendedorismo. «Historicamente podem ser apontadas algumas responsabilidades por essa situação às instituições de ensino superior, mas estão a ser dados importantes passos na inversão dessa tendência. O ISCAL criou ainda, em 2011, um «Mestrado em Gestão e Empreendedorismo», tendo celebrado simultaneamente diversos acordos e protocolos com instituições dedicadas a este desígnio. §

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REPORTAGEM

PRAÇA DE TOUROS CAMPO PEQUENO um espaço singular O 7º aniversário da data em que o Campo Pequeno foi devolvido «à cidade e ao mundo» comemorou-se em maio. Este monumento, localizado na nossa Freguesia, é hoje uma das mais versáteis e centrais salas de espetáculos do país

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ara assinalar o dia abriram-se as portas da também conhecida «Catedral Mundial do Toureio a Cavalo» para a cerimónia de alternativa do jovem e promissor cavaleiro João Maria Branco, presidida pelo consagrado Joaquim Bastinhas, que comemora esta temporada trinta anos de alternativa. A praça de touros do Campo Pequeno, um projeto do arquiteto Dias da Silva, veio substituir a praça que existiu no Campo Mártires da Pátria, também chamado de Campo Santana. Com o passar dos anos, esta praça perdeu o ambiente imponente de outrora e encerrou - em 2000 - devido ao seu elevado estado de degradação e à falta de viabilidade financeira. A reabertura aconteceu a 16 de maio de 2006, contando com um espetáculo que passou em revista momentos altos do passado e a 18 do mesmo mês com uma corrida de toiros tradicional.

Uma enorme remodelação transformou este emblemático espaço num polo de atração permanente que, conservando toda a traça originária em estilo neoárabe, fez nascer uma sala com cobertura

parcialmente amovível – que alberga diversos eventos culturais, nomeadamente tauromáquicos, concertos, reuniões e outros – uma galeria comercial com 60 lojas, restaurantes, um supermercado, oito salas de cinema e um parque de estacionamento para 1250 viaturas. Séculos de história A inauguração desta praça realizou-se na tarde de 18 de agosto de 1892, com uma festiva corrida à Antiga Portuguesa, adaptada à exigência deste momento alto para a capital do País. Ao cavaleiro Alfredo Tinoco coube lidar o primeiro toiro, pertencente, como os 11 restantes, ao ganadeiro Emílio Infante da Câmara. Testemunha de grandes feitos tauromáquicos, o Campo Pequeno foi também palco para outros espetáculos, como o Boxe e a Luta Livre, e serviu igualmente para centro de recrutamento de voluntários para combater a Monarquia do Norte, na ressaca da implantação do regime republicano, em 1910. No pós-25 de abril, foi «balão de ensaio» para os principais partidos políticos avaliarem a sua capacidade de mobilização de apoiantes para a realização de comícios na Alameda D. Afonso Henriques ou na Praça do Comércio. §

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EMPREENDEDORISMO

RestauraÇÃO A BAIXO CUSTO Quando a crise chegou e a multinacional onde trabalharam durante mais de duas décadas lhes bateu com a porta, Sandra Ferreira e Helena Ribeiro abriram uma janela: Apostaram no seu próprio negócio

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m bolo ou um salgado custam 0,50 cêntimos de euro, assim como um sumo pequeno. Já os preços de uma refeição – que garantem não ser um pires, mas um prato – começam em 1,50 euros até cerca de 4,00. Praticas que fazem jus ao lema «A qualidade não tem de ser cara» e que são possíveis por fazerem parte de uma rede de Franchise criada por Paulo Loureiro da Costa – cuja designação inspirada num trocadilho com o seu nome, ou seja, Lou-Cost –, em Oliveira de Azemeis, e que terá até ao final do ano cerca de 40 estabelecimentos, dos quais 9 em Lisboa. «Tomámos conhecimento desta rede através de uma reportagem na televisão, que contava a história de duas professoras que ficaram desempregadas, uma situação semelhante à nossa», contam. Sandra e Helena acreditam que «este é um conceito apelativo

«É um conceito apelativo e uma boa solução neste tempo de crise» e uma boa solução neste tempo de crise». Esta loja é um pilar na expansão da Low-Costa.come. «Para uma marca nacional é importante estar na capital e num sitio central como este. Isso foi possível graças ao ato de coragem destas heroínas: investir e obter financiamento nesta altura», sublinha Paulo da Costa A ideia agradou a muitos fregueses, prova disso foram os dias cheios que se seguiram à sua abertura, a 24 de julho, que esgotou refeições e obrigou as proprietárias a procurar mais funcionários para adicionar à equipa de 10 já contratados. Para o Executivo da Junta, a abertura deste e outros negócios, que se têm verificado, mostra a capacidade de reabilitação da zona. «Significa que a Freguesia está em movimento, como sempre quisemos, e sempre preparamos para estar», afirma António Figueiredo, primeiro vogal da Junta, acrescentando: «Temos movimentado mundos e fundos. Para isto acontecer é necessário apostar na qualidade e centralidade da Freguesia, esse é o nosso trunfo». §

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ACTIVIDADES ECONÓMICAS

COMÉRCIO TRADICIONAL Armazéns e Confeções do Rego há 42 anos a atender à moda antiga no Bairro de Santos

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comerciante Fernando Gomes Monteiro, de 78 anos, residente na freguesia desde tenra idade, é o proprietário da mais antiga casa de confeções do Bairro de Santos. Fomos conhece-lo na sua loja, no nº 63 da rua Carlos Reis. A sua paixão pela arte do comércio vem desde a infância. «Desde pequeno que brincava às mercearias. Tinha o sonho de ser comerciante. De ser patrão de mim próprio», confessa. Aos 36 anos abriu o próprio estabelecimento, depois de ter engraxado sapatos e ter trabalhado na casa de confeções Adão e Casa Martins, na Avenida Visconde de Valbom. «Muitas das minhas noites de Natal eram passadas a arrumar o que não se vendia durante o dia», conta. O mesmo aconteceu no seu estabelecimento, que viu prosperar com a venda de artigos para o lar, atoalhados, roupa interior, entre outros. A loja chegou a ter 12 empregados. « As pessoas tinham mais poder de compra. A loja estava cheia, vendíamos muito bem.» Fernando mantém clientes há mais de 40 anos, desde que a loja abriu. Cerca de 90% do produto é nacional e de qualidade, características a que os seus clientes se habituaram há muito.

Mas o negócio já teve melhores dias. A população foi envelhecendo, a passagem de nível isolou o bairro e os clientes foram-se afastando para as grandes superfícies comerciais. A partir do 2000 «a situação tornou-se drástica. Há cerca de um mês vi uma empregada minha emigrar para a Alemanha, tentar uma vida melhor». Fernando nunca deixa de realçar a consideração e estima que sempre teve pelos seus trabalhadores. Exemplo disso é Anabela da Conceição, de 46 anos, que veio trabalhar com Fernando quando tinha 17 anos. É com algum descontentamento que olha para

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uma loja vazia «Há dias em que fazemos 20 a 30 euros, outros que nem se abre a caixa.» Fernando é parco em palavras quando falamos de partidos políticos «As propostas são todas boas, mas daí a fazer acontecer é mais difícil.» Para o comerciante o bairro é excepcional, «mas encurralaram-nos aqui, até o próprio autocarro fica parado bastante tempo no trânsito.» A confiança não se desvanece e Fernando esboça um sorriso de esperança num futuro que será, com certeza, melhor que o presente. §


GENTE QUE DÁ NOME ÀS RUAS

CARLOS REIS pintor naturalista Em fevereiro assinalaram-se os 150 anos do nascimento do Pintor, discípulo de Silva Porto, insigne fundador e dirigente do Grémio Artístico e da Academia de Belas Artes

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arlos António Rodrigues dos Reis nasceu em Torres Novas, a 21 de fevereiro de 1863. Pintor naturalista, discípulo de Silva Porto, tornou-se conhecido pelas suas obras de paisagens, imagens do quotidiano e retratos, coloridos e luminosos. O artista foi perpetuado nas placas toponímicas da cidade de Lisboa, num arruamento do Bairro de Santos, na zona do Rego, ao mesmo tempo que outros dois pintores, Francisco de Holanda e Veloso Salgado, com a publicação do Edital a 16/09/1960. Os painéis da sala de baile do Hotel do Buçaco, o retrato de D. Carlos, que se encontra no Paço de Vila Viçosa, a Lenda da Princesa Peralta, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Lousã, o Milheiral (1889), As Engomadeiras (1915) ou Quinta da Lagartixa são algumas das obras mais emblemáticas da sua autoria. Durante a sua vida, Carlos Reis desempenhou um sem número de funções, em diversas instituições portuguesas. Começou a sua carreira como docente na Escola de Belas Artes de Lisboa, em 1895; foi Diretor do Museu de Arte Antiga em 1905 e o 1º Diretor do Museu de Arte Contemporânea, atualmente conhecido por Museu do Chiado, entre 1911-1914. O Pintor fundou com outros artistas o Grupo Ar Livre, da Sociedade Na-

cional de Belas Artes, de que foi também dirigente como do Grémio Artístico e membro da Academia de Belas Artes de Lisboa. No ano da sua morte, em 1940, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago. Reconhecimento que precedeu o da medalha de honra em pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes (1906-1920). Em sua honra foi também nomeado o Museu da sua terra natal, um Parque na Lousã, cidade que conheceu em 1913, onde viria a ser proprietário de uma habitação, e onde terá pintado na Quinta da Lagartixa. §

Rua Carlos Reis, no Bairro de Santos (ao Rego)

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CONTACTOS ÚTEIS POLÍCIAS Polícia Municipal

TELEFONE 21 726 80 22

PSP 21 797 70 30

FARMÁCIAS

TELEFONE

Apolo 70 21 799 30 02/05 Berna 21 793 76 39 Cardeira 21 354 34 95 | 21 355 12 23 Cardote 21 797 22 91 Dalva 21 354 52 25 | 21 355 12 21 Fátima 21 796 31 07 Figueiras 21 356 02 23 | 21 355 11 97 G. Silva 21 797 18 73 Laranjeiras 21 727 96 28 | 21 723 72 81 Prates e Mota 21 797 37 28 Sá da Bandeira 21 797 44 44 Universitária 21 797 89 53 Valle 21 797 30 43

ESCOLAS Centro Infantil O Roseiral Centro Infantil Visconde Valmor- Creche Escola Preparatória - Marquesa de Alorna Escola Primária 44 Escola Secundária D. Pedro V Externato da Associação - Palma e Arredores Instituto Condessa de Rilvas Universidade Nova de Lisboa

TELEFONE 217 965 528 217 979 627 213 870 992 | 213 877 503 217 960 352 217 220 730 217 965 259 217 934 515 | 217 965 659 217 933 519 | 217 933 669

TERCEIRA IDADE

TELEFONE

Centro de Convívio da 3.ª Idade - (Das 15h às 18h)

217 928 316

Lar Asas 217 970 548 Conferên. de S. Gil e S. Vicente de Paulo Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego ADAS-BR Centro de Dia

21 782 01 33

SAÚDE

TELEFONE

Centro de Saúde de Sete-Rios

217 211 800

Centro de Saúde do Coração de Jesus

213 870 615 | 213 870 461

Hospital Curry Cabral

217 924 200 | 217 924 370

Clínica Veterinária União Zoófila

217 970 827 | 934 521 038

IGREJAS

TELEFONE

Nossa Senhora das Dores Nossa Senhora de Fátima

217 958 761 217 928 300

CONSERVATÓRIAS

TELEFONE

C. R. Automóvel C. R. Civil - 7.ª C. R. Comercial C. R. Predial - 2.ª C. R. Predial - 8.ª Registos Centrais

213 264 000 217 950 291 | 217 801 449 213 252 200 218 435 380 218 435 390 213 817 600

FINANÇAS

TELEFONE

Bairro Fiscal - 8.º Serviço de Apoio ao Contribuinte

21 840 41 73 21 793 96 18

BOMBEIROS

TELEFONE

Sapadores - 3.ª Companhia

21 357 12 21

ENTIDADES PÚBLICAS

TELEFONE

Câmara Municipal de Lisboa Avarias Iluminação pública

21 322 70 00 21 391 25 23

MUSEUS

TELEFONE

Caloustre Gulbenkian Palácio Galveias

21 782 30 00 21 793 16 12

BREVES Eleições Autárquicas 2013

No dia 29 de setembro, realizar-se-ão as eleições para os órgãos do Poder Local, incluindo os novos Executivos e as Assembleias das Juntas de Freguesia, para o quadriénio 2013-2017. Em democracia, o voto representa a capacidade de escolha dos eleitores, por isso, participe. Os eleitores que mudaram de freguesia receberão uma notificação dos dados para votar.

El Arte de Andalucia a Caballo

A Praça de Touros do Campo Pequeno, no dia 29 de agosto, será o cenário perfeito para o espetáculo “El Arte da Andalucia a Caballo”, um evento com a assinatura de Carmelo Cuevas, um dos grandes da equitação em Espanha. A tradicional arte equestre de Andaluzia une duas das principais expressões artísticas, a equitação e o flamenco.

30 anos do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian

Para assinalar três décadas de existência, o Centro apresenta uma grande mostra com o título «Sob o signo de Amadeo um século de arte», com obras de 1910 até aos dias de hoje. Esta reúne uma vasta e criteriosa escolha daquela que é considerada a mais significativa Coleção de Arte Portuguesa do século XX, onde pela primeira vez será apresentado o acervo completo da obra de Amadeo de Souza-Cardoso, pioneiro do Modernismo em Portugal.

Mercado do Bairro de Santos com florista no exterior

Em relação à reportagem «Mercado do Bairro de Santos com atividade reduzida», publicada na edição nº35 do último Boletim, na sequência da visita da Presidente da Junta de Freguesia, escrevemos que «há cerca de três anos, as últimas floristas não suportaram os custos e encerraram as suas bancas». Vimos por este meio corrigir a informação dada. De facto, no interior do Mercado não existiam floristas àquela data. Contudo, no exterior do Mercado ainda existe a Sra. D. Teresa Lopes, a quem, desde já, pedimos desculpa pelo lapso, bem como a todos os nossos leitores.

Junta de Freguesia Nossa Senhora de Fátima

Av. Marquês de Tomar, 106 B - 1050-158 Lisboa Tel. 217 978 881 FAX 217 950 976 Horário: Dias Úteis das 10h às 18h

www.jf-nsfatima.pt


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