Elementar 1

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é valorizar ideias

Nº01 | 2009 Diogo da silveira Oportunidades e metas para 2009

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assurfinance Açoreana e Banif promovem sinergias

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FAZ: Sorrir uma criança Teambuilding e responsabilidade social

Encontro ‘09

Reúne todos os colaboradores da Companhia pág.22

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a oportunidade da mudança A saída desta revista institucional marca um novo ano na Açoreana. Um ano em que, através de todos os nossos projectos, queremos prosseguir um caminho de desenvolvimento, estando no mercado com uma oferta coerente e crescendo de forma equilibrada. Em 2008 lançámos um vasto conjunto de iniciativas, que de imediato começaram a apresentar resultados e que vão ter ainda maior retorno ao longo deste ano. Explorámos canais de venda, potenciámos uma parceria com o Banco Banif, criámos uma dinâmica interna de alinhamento estratégico e cultura empresarial. Apostámos na formação de competências e reestruturámos diversas áreas da Companhia, com o intuito de aumentar a eficiência e a produtividade, privilegiar o rigor, a rapidez e o

diogo da silveira presidente executivo

desenvolvimento de um espírito de equipa. Pretendemos que 2009 seja um ano de acção. Queremos continuar a conquistar mercado e a crescer contra o mercado. A difícil conjuntura económico-financeira obriga-nos a reforçar as nossas linhas de actuação estratégica. Pela minha parte, entendo a crise como um grande desafio e uma oportunidade. À mudança dos mercados, as empresas têm de saber responder de forma positiva. Adaptar-se às novas condições. Evoluir. Mudar. Na Açoreana, estamos munidos das ferramentas e da vontade para o fazer. E isso mesmo ficou patente no Encontro ‘09 da Açoreana, em que participaram todos os colaboradores e do qual vos damos conta nesta nossa revista Elementar.

ELEMENTAR nº 1 Direcção Joana Seixas redacção, paginação e produção gráfica plinfo, informação, lda. colaboração António lourenço, carlos aires, francisco dias, João romão, jorge serra, manuel lopes da silva e maurício oliveira tiragem 3200 exemplares

04 Falar Entrevista a Diogo da Silveira Balanço de 2008 e perspectivas em 2009

36 PARTILHAR

08 CONHECER Ramos automóvel e vida certificados

38 VALORIZAR Academia de Competências Açoreana

10 AGIR Açoreana e Banif promovem sinergias Sinistros: melhorar a produtividade e oferecer mais valor PME são um segmento a atingir

40 ACREDITAR Aposta nas energias renováveis Escolha quanto quer poupar

16 Focar Relações que fazem a diferença De Felgueiras para o Mundo ano 1 revista trimestral Distribuição gratuita

propriedade companhia de seguros açoreana, S.a.

22 UNIR Encontro Geral ‘09 Açoreana FAZ: sorrir as crianças

Açoreana apresenta «West Side Story» Acreditar nos atletas

42 SAIR Cultura e lazer


ELEMENTAR É FALAR

2009 vai ser um ano de acção e de resultados

Diogo da silveira presidente executivo


ELEMENTAR É FALAR

A AÇOREANA CRESCEU ACIMA DO MERCADO EM TODOS OS RAMOS NÃO VIDA E EM ALGUMAS ÁREAS VIDA, APESAR DE OS ÚLTIMOS MESES DE 2008 TEREM SIDO CARACTERIZADOS POR UMA CONJUNTURA ECONÓMICO-FINANCEIRA MENOS FAVORÁVEL. O PRESIDENTE EXECUTIVO DIOGO DA SILVEIRA FAZ UM BALANÇO DO ANO, QUE COINCIDE COM O SEU PERCURSO À FRENTE DOS DESTINOS DA COMPANHIA E ESBOÇA METAS PARA 2009.

Completou um ano à frente da Açoreana. É já tempo para fazer um balanço? A indústria seguradora é uma indústria de ciclo comprido. É preciso muito equilíbrio. Em relação a outros sectores, é conveniente fazer evoluir com mais precaução. Um ano ainda é curto, mas já se pode fazer um balanço. E é um balanço positivo. Primeiro, por estarmos num momento estruturalmente complexo para a área financeira. A complexidade do momento representa, pelo menos para mim, um desafio importante e interessante. Num sector, que é bastante conservador, somos obrigados a reflectir sobre elementos pouco questionados anteriormente. Ter essa oportunidade é fantástico porque somos protagonistas da mudança que levará a novos equilíbrios. Segundo aspecto positivo foi descobrir uma Companhia que consegue aliar bem activos clássicos de uma Seguradora, como a prudência, a análise de risco, a experiência num sentido lato e a tradição, com o dinamismo, a abertura e alguma inovação. É uma Companhia interessante para ouvir, tomar como base e fazer evoluir. Em terceiro lugar, numa perspectiva mais operacional, 2008 foi um ano de muitos e bons projectos. Conciliando as dificuldades do mercado, a tradição e o dinamismo latente na Companhia, conseguimos pôr em marcha um conjunto de programas de muito valor para o nosso accionista, os clientes e as nossas pessoas. Tivemos picos de trabalho pesados, mas sei que o entusiasmo provado de todas as iniciativas terão um excelente retorno ao longo das semanas, meses e anos que aí vêm. Como é que avalia o desempenho da Açoreana nessa conjuntura não muito fácil? Há números bons e maus. Os maus são os resultados da Companhia. Dir-me-ão que todas as seguradoras e todos os bancos estão também

a apresentar resultados fracos. Mas não assumo esse argumento como uma justificação. Objectivamente, enquanto em 2007 os resultados líquidos depois de impostos foram muito bons, os de 2008 são maus, em linha com o sector. Temos, no entanto, que ter presente que há números bons e que mostram diferenças em relação ao mercado. Como resultado de algum dinamismo, estamos a ganhar quota. Em todos os ramos não vida, a Açoreana cresceu sempre mais que o mercado. Mês após mês, durante um ano. Já há alguns anos que assim não era. Este é um número muito positivo e de crescimento equilibrado. Há companhias que cresceram mais do que nós, mas num ramo específico. Nós privilegiamos o equilíbrio. Crescer sim, mas de forma equilibrada. No ramo vida também estamos acima do mercado, em Seguros de Vida Risco e PPR. Não estamos em produtos de investimento clássicos, mas por opção. As pessoas, que são um elemento importante da Companhia, parecem, apesar de cientes da dificuldade estrutural, entusiasmadas com o projecto. Incluo aqui os nossos agentes, cujo relacionamento mais entusiasmado e confiante são reflexo da forma como a Açoreana se assume no mercado: mais competitiva, mais dinâmica, mais alerta. A que é que se deve esse crescimento acima do mercado? Numa ideia-chave: porque há mais consumidores a escolher produtos Açoreana e isso deve-se ao facto de haver mais confiança por parte dos nossos parceiros que vendem. Porque o seguro vende-se, pelo menos, tanto quanto se compra. Ao se sentirem mais seguros, os agentes propõem a nossa marca e o consumidor aceita. Nós soubemos reformular a nossa oferta. Não é tanto a garantia ou o preço, é sobretudo a manei-

ra de estar no mercado. Um dos elementos mais importantes é a rapidez de resposta: resposta ao pedido de cotação, à modificação, à alteração, ao sinistro, de forma rigorosa. Essa maior rapidez devemo-la a uma tomada de consciência global na Companhia.

CRESCIMENTO E EFICIÊNCIA A Açoreana tem objectivos de crescimento bem definidos até 2010. O facto de ter terminado 2008 com resultados menos bons altera as previsões feitas anteriormente? Não altera as previsões de crescimento, mas obriga a dar mais peso à componente da eficiência e, portanto, da redução de custos. O crescimento só é interessante porque traz rentabilidade. Face ao momento que o sector atravessa, em 2009, além do crescimento temos que trabalhar muito a parte dos custos. Enquanto 2008 foi um ano essencialmente enfocado no crescimento e no lançamento de iniciativas nesse sentido, em 2009 vamos ter de consolidar essas iniciativas e implementar acções concretas para redução de custos. Vou avançar com um exemplo aplicado a uma área que na Açoreana é um «caso de boas práticas», reforçando, aliás, a ideia de que podemos sempre fazer mais e melhor. Os custos com sinistros representam mais de 80 por cento dos custos da Companhia, se não tivermos em conta as comissões – a remuneração dos nossos parceiros. Lançámos, no início de Abril deste ano, um programa muito grande para rever a forma como gerimos esta área, mantendo o nível de satisfação dos clientes. É uma metodologia chamada CFR - Closed Files Review, que consiste em rever processos encerrados para se analisar a forma como foram trabalhados. Em geral, há tendência para descobrir


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sempre, em maior ou menor medida, pontos que podem ser melhorados. Esses processos são reabertos e reanalisados pelos nossos melhores gestores de sinistros. Onde é que a Açoreana quer chegar concretamente em 2009? Nós temos uma meta contra o mercado. Queremos crescer mais que o mercado. Em 2008 o mercado decresceu, infelizmente, 1,8% em Não Vida e nós crescemos 2,4%. Dá um diferencial de pouco mais de 4%. Queremos manter este diferencial. Se o mercado estagnar, nós podemos crescer 4%. Se o mercado perder 4% nós devemos estar a zero. Se o mercado crescer quatro, nós devemos crescer oito. Como é que o conjunto das várias iniciativas lançadas em 2008 – Convenção Comercial, Comissões Executivas Regionais, Fórum Corretores, entre outras – evolui para 2009? Todos esses projectos se implementaram com base em linhas orientadoras que se mantêm. Há uma primeira preocupação que é de proximidade. Com as nossas pessoas, com os clientes, com os parceiros. Poderá vir a ter formas distintas, mas sempre com a mesma preocupação de ouvir e entender as realidades específicas. As preocupações na Guarda, na Maia, em Beja ou na ilha Terceira são distintas e, portanto, esta proximidade é relevante, porque é um factor da melhoria de gestão. É um factor que sempre diferenciou a Açoreana, e que nós temos que potenciar. Quando falamos em proximidade com os nossos públicos estratégicos temos que falar na proximidade com o Banco. 2008 foi um ano decisivo no alinhamento destas organizações. Em 2009 continuamos a trabalhar neste alinhamento.

No mercado de empresas o Banif é muito forte, sobretudo nas pequenas e médias empresas. O potencial aí é quase infinito porque a nossa base de clientes cruza-se pouco. O aspecto banco-seguradora é um dos projectos iniciados em 2008, que tem muito para dar nos anos que aí vêm. A Açoreana começou em 2008 a apostar no mercado das empresas. O que é vai acontecer neste campo em 2009? Na área das empresas, na Açoreana, 2009 tem de ser um ano de acções concretas e de conquista de clientes. 2008 foi o ano da avaliação, preparação, formação das equipas, construção do portfólio de oferta, de arranque. Temos expectativas muito grandes no mercado das PME, de termos uma oferta coerente para esse mercado. É por termos um conjunto de pessoas, não só comerciais mas também técnicos, dedicados e preocupados só com a realidade das empresas que acreditamos que 2009 será um ano em força. Não podemos fazer o mesmo tipo de análise para um automóvel, que vale 20 mil euros, e uma fábrica que vale 20 milhões. Agora vamos vender, conquistar clientes, segurá-los, fidelizá-los, vender-lhes mais. O mundo das empresas passa por agentes um pouco distintos. O que nós vamos fazer é trabalhar com os agentes que trabalham empresas, e com os corretores. Isso é que é novo na casa. Concretamente, vamos tentar convencer os nossos parceiros de que percebemos que se trata de um mercado distinto e, portanto, vamos ter respostas distintas. A diferença vai também notar-se na rapidez. Porque se uma empresa precisa de saber se pode correr um risco, tem de sabê-lo rapidamente.

ESPÍRITO DE EQUIPA Na parceria com o Banco, há algum aspecto concreto a desenvolver este ano? Há um conjunto de iniciativas pensadas sempre à volta da necessidade de maior proximidade. Vamos encontrar mais oportunidades de convívio, de partilha, de sinergia. Nós temos um parceiro que é catalítico e que agiliza uma parte muito importante desta relação – a Genius. Essa parte funciona muito bem mas é preciso maior proximidade e maior abertura entre as duas organizações irmãs. É uma das áreas em que há muito para aprofundar.

Falou, ao longo de 2008, na necessidade de desenvolver o espírito de equipa na Companhia. A equipa da Açoreana já é mais coesa? Já. Ainda não é tanto quanto pode ser, mas já é. Aquilo que foi trabalhado ao longo do ano, e depois com os eventos do «FAZ:», ligados à solidariedade social, que foram um concretizar de todo esse caminhar no sentido de mais equipa. Falar de equipa demora tempo, não é sempre fácil de concretizar, no momento e no local. Realmente tinha-se falado bastante, havia iniciativas


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mais pontuais, menos abrangentes, e acho que foram muito importantes estas seis operações do «FAZ:». Estou certo de que há mais equipa. Sentiu o impacto que o «FAZ:» provocou na população da Açoreana? Sim. O feedback é muito positivo. Sente-se que há um relacionamento diferente, mais próximo entre as pessoas, sobretudo, penso eu, porque não foram acções isoladas, mas em coerência com o discurso da Companhia. Um dos elementos mais importantes na gestão de uma empresa não é tomar as melhores decisões, é tomar decisões coerentes. A melhor decisão, se não for coerente não pode ser sustentável. E foi a coerência da nossa aproximação ao tema da equipa e o culminar neste tema do «FAZ:», que proporcionou este grande impacto.

ATITUDE EM MUDANÇA O que é mudou concretamente na Açoreana no último ano? Rapidez, rigor e equipa foram os elementos de atitude que tentámos fazer evoluir. Isso vê-se no dia-a-dia. O que nós mais quisemos mudar foi a atitude. Seguros são seguros, mas a forma de estar nos seguros pode ser muito diferente. Diferente para os consumidores, para os parceiros e entre nós. E aí acho que houve uma evolução grande. Tentou-se evoluir no sentido da rapidez, porque é um elemento que pode fazer diferença e que no nosso sector é muito valioso. Há cotações que podem ser melhores, mas se chegarem muito tarde não são tidas em conta. O rigor. Concentrámo-nos também nesta área, não só para fora como para dentro. O rigor na forma como gerimos a casa, como se constrói um orçamento, por exemplo. Foi de resto uma boa antecipação a 2009, que vai ser um ano difícil. Construímos, pela primeira vez, um orçamento colectivo participado que reflecte uma vontade comum e não só uma imposição quase decretada. E equipa. Na Açoreana, há uns tempos, para «problemas similares» havia «respostas similares», quase automáticas. Ao longo deste ano penso que se aumentou a preocupação de pensar em formas de agir mais eficientes, mais rápidas, de menor custo ou que tragam mais proveitos. Isto não é mais do que assumir que mudar faz parte da evo-

lução. A predisposição para ouvir e para questionar é o mais importante. Se tivermos a atitude adequada, vamos continuar a ganhar como fizemos ao longo de 2008. A atitude mudou mas ainda é aquilo que pode mudar mais. Que mudanças sentiu a Açoreana com a entrada não só de uma nova administração mas com a entrada de diversos elementos novos para a equipa de gestão? A Açoreana tem sido uma Companhia sobretudo constituída por pessoas oriundas dos seguros, que, na maior parte dos casos, estão na Açoreana há 10, 20, 30 anos. Isto tem lados muito positivos, mas não promove uma outra forma de ver a vida, de ver o mundo. Trazer pessoas que conheçam o mesmo sector mas de outra perspectiva é um plus. Houve a inteligência de trazer essas pessoas e a inteligência de saber integrá-las. Trazer também, e de propósito, pessoas que não sabiam nada de seguros, mas que têm conhecimentos funcionais e do mercado, que endereçados, constituem uma vantagem. É deste melting pot que está a sair uma nova Açoreana. Mais rica, mais heterogénea, mais complementar.

capazes de dar a remuneração adequada. Em 2009, temos de ser capazes de o fazer. A principal evolução em relação a 2008 está em adicionar uma componente de custos às iniciativas lançadas o ano passado, que só em 2009 começam a ter retornos mais visíveis. A evolução do mercado ao longo de 2008 fez com que tivéssemos de somar metas de eficiência às nossas metas de crescimento. Vamos ter de reduzir claramente o nosso custo total de gestão de sinistros. É preciso conseguir trabalhar ao mesmo tempo as receitas e os custos. É sempre mais fácil trabalhar um ou outro. Felizmente já temos a maior parte das iniciativas de receitas lançadas, é preciso sustentá-las e acompanhá-las. E também já tínhamos «embriões» de temas ligados a custos. É sempre mais fácil quando se antecipa. O ano 2009 será marcado por tirar todo o partido do que foi iniciado em 2008, adicionando uma componente de eficiência.

Quais as vantagens da Açoreana no mercado? O que estruturalmente devemos poder fazer melhor do que muitas companhias, das grandes nomeadamente, é o que depende da nossa dimensão. Não sendo demasiado grandes – já temos, mesmo assim, alguma massa crítica – devíamos ser mais ágeis. Devíamo-nos adaptar mais depressa às modificações de mercado e percebê-las melhor, e reconhecer mais facilmente as variações locais. Um conceito de agilidade é estruturalmente mais acessível a uma empresa de média dimensão, como a nossa. Nós temos uma desvantagem a nível de custo em relação às maiores, mas como vantagem temos este aspecto da agilidade. No lançamento de produtos, na utilização dos canais, na resposta ao cliente. Organizámo-nos em 2008 para que isso acontecesse. Em 2009 será ainda mais óbvio. Como presidente executivo quais são as suas metas para a Açoreana em 2009? Primeiro, de forma objectiva, resultados. Temos de ter resultados mais em linha com os capitais investidos pelos accionistas. Em 2008 não fomos

“ 2009 consistirá em tirar todo o partido do que foi iniciado em 2008, adicionando uma componente de eficiência ”


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Ramos Automóvel e Vida certificados


ELEMENTAR É CONHECER

francisco dias

Celso Osório, conceição melo, francisco dias e nelson valinhas

A Açoreana obteve a extensão da Certificação de Qualidade para a totalidade dos processos dos ramos Automóvel e Vida. A gestão de sinistros do ramo automóvel da Açoreana estava já certificada desde Fevereiro de 2007 pela ISO 9001:2000, norma que rege o Sistema de Gestão da Qualidade. A Companhia obteve agora a extensão desta certificação à totalidade do ramo automóvel e do ramo vida. «A obtenção desta certificação representou um grande salto face ao âmbito da etapa anterior, ao passar da certificação da gestão dos sinistros do ramo automóvel para um conjunto de processos que abrangem mais de 80% da nossa facturação», salienta Francisco Dias, director da Direcção Global de Risco (DGR). O «compromisso com a qualidade» é um princípio em que a Açoreana aposta há muito, como lembra o responsável. A decisão de certificar os processos de negócio foi tomada em 2005. «Uma das vantagens de estarmos certificados por uma entidade externa e independente é a de não sermos apenas nós a dizer que o que fazemos está de acordo com os requisitos das normas internacionais de qualidade, mas ser também uma entidade independente a atestá-lo», afirma. A norma ISO 9001:2000 define padrões de qualidade em áreas tão distintas como a focalização no cliente, a liderança, o envolvimento das pessoas, a abordagem por processos e a melhoria contínua. A certificação agora obtida engloba os Processos Operacionais que, em termos de modelo de negócio, vão desde a concepção e desenvolvimento de produtos, passando pela gestão de canais, subscrição, produção (a qual engloba a emissão de apó-

lices e a cobrança de prémios), gestão de sinistros e serviço ao cliente. «A certificação abrange não somente os Processos Operacionais directamente ligados aos ramos automóvel e vida, como também os Processos de Suporte (gestão de prestadores, informática, património, aprovisionamento e logística, etc.), bem como todo o Processo de Gestão, planeamento e controlo de gestão», sublinha o responsável.

A importância da auditoria As auditorias necessárias ao processo de extensão da certificação foram realizadas pela Lusaenor, empresa credenciada que representa em Portugal a Aenor Internacional, entidade certificadora a nível internacional. Para o director da DGR, as auditorias feitas desde há dois anos a esta parte, bem como, mais recentemente, as necessárias à extensão da certificação, correram muitíssimo bem, «o que prova que a organização estava preparada, imbuída do espírito da qualidade e que esta mesma qualidade está plenamente integrada no sistema e nos procedimentos». Os bons resultados obtidos demonstram que «o sistema já faz parte das rotinas de trabalho dos colaboradores que, em ambiente de auditoria, evidenciam o que fazem no seu dia-a-dia». Francisco Dias lembra que é a entidade certificadora quem define o que é auditado e quais os locais a visitar. Além de credenciar dois ramos de seguros da maior importância para a Companhia, a aplicação da norma ISO 9001:2000 nestas duas áreas

é também extremamente relevante já que estas representam cerca de quatro quintos da actividade da Açoreana, seja em número de apólices, de sinistros sob gestão ou de facturação. O processo de extensão teve ainda a grande vantagem de permitir o envolvimento na temática da qualidade da maior parte dos colaboradores. Estes passam a dispor de ferramentas úteis que os auxiliam em termos de gestão da qualidade e de melhoria contínua da actividade da Companhia, que constitui o grande objectivo subjacente a um Sistema de Gestão da Qualidade. «Para nós a certificação e a chancela de estar certificado é de facto uma mais-valia substantiva, não é um mero formalismo, porque expressa o compromisso de toda a organização com a qualidade e o foco no cliente», realça Francisco Dias.

Concretizações e projectos para o futuro Logo após a certificação obtida em 2007, a Açoreana decidiu de imediato abrir um novo projecto para alargar o âmbito da certificação, que agora se concretizou. Os objectivos já atingidos não limitam, contudo, a ambição da Companhia e a vontade de ir mais além também em termos de Qualidade. «O nosso projecto para 2009 é a certificação da totalidade da actividade da Companhia. Alcançando o sucesso esperado nesse projecto, seremos a única companhia multi-ramos certificada para a totalidade da sua actividade», explica Francisco Dias.


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Açoreana e banif promovem sinergias Começaram a funcionar em Fevereiro espaços de atendimento da Açoreana em quatro balcões do Banif, na Madeira. A iniciativa é entendida como um excelente patamar de cooperação dentro do Grupo Banif, numa altura em que os projectos Assurfinance e Banca-seguros são cada vez mais uma realidade.

«Presenças» é a expressão utilizada pela Açoreana para designar os espaços de atendimento da Companhia nas agências do Banif. O projecto arrancou este ano em quatro agências da ilha da Madeira – João Tavira, Santana, Estreito de Câmara de Lobos e Ribeira Brava – e visa potenciar sinergias no Grupo Financeiro Banif. «É, se quisermos, a fase mais evoluída do que pode ser a colaboração entre um banco e uma companhia de seguros», afirma Maurício Oliveira, director de Negócio Bancário. Com este projecto, da responsabilidade da Direcção Comercial da Madeira (DCM), a Açoreana coloca um colaborador seu numa agência do Banif, incumbido de trabalhar no sentido de cumprir três objectivos principais: assegurar a venda e a penetração dos seguros no negócio bancário, potenciar o cross-selling e, por último, tornar mais eficiente a resolução de todos os assuntos relacionados com seguros na agência do banco, sem afectar a relação bancária com o cliente.

O projecto foi desenvolvido em termos conceptuais e recebeu o acordo do Banif. Todo o processo contou com a colaboração directa da Genius. Nesta forma de cooperação, o banco cede o espaço para a instalação da presença da Açoreana, enquanto a Companhia assegura os restantes custos de funcionamento (colaborador, recursos informáticos, ligações ao sistema da Açoreana, imagem e organização do espaço, respeitando os princípios da marca). O recrutamento foi feito em conjunto com o Banco e os novos colaboradores receberam formação em seguros, tanto técnica como de produto, e efectuaram um estágio. A DCM prevê alargar esta iniciativa ao longo deste ano. Depois destas primeiras presenças abertas em Janeiro, estão já identificadas outras cinco agências do Banif na Madeira, para poderem arrancar com o projecto em meados de 2009.

Um projecto faseado

A Açoreana lançou em Outubro o Assurfinance, um projecto que torna possível a venda de produtos bancários do Banif através da rede agenciária da Companhia. Com o Assurfinance, espera-se captar novos clientes, dinamizar a venda de produtos do Banif e fidelizar os clientes ao banco. Maurício Oliveira, responsável por este projecto, descreve-o como «importante do ponto de vista

A Companhia já tinha feito duas experiências similares, no Porto Santo e Machico, que demonstraram ter grandes potencialidades. Os bons resultados obtidos com esta forma de parceria lançaram as bases para um aprofundamento da ideia que levou à criação das actuais presenças.

Projecto Assurfinance: estreitar relações


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do Grupo, uma vez que vai permitir a concretização da junção de forças entre o banco e a companhia de seguros». Diogo da Silveira é da mesma opinião. Para o presidente da Comissão Executiva, o Assurfinance irá possibilitar que o Banif capte mais clientes e que a Açoreana possa também obter benefícios directos traduzidos, concretamente, num maior número de clientes detentores de um maior número de produtos. O PCE prevê que durante o ano de 2009 já se possa sentir «um verdadeiro impacto nos resultados financeiros». No lançamento oficial, realizado no Turcifal, com a presença de Diogo da Silveira, de Rocha Moreira, administrador do Banif, e vários directores da Companhia e do Banco, estiveram 40 agentes da Açoreana que se juntaram a esta fase inicial do projecto. «Este é um projecto de relação entre a Açoreana e os seus agentes, entre os agentes e os seus clientes e entre o Banif e a Açoreana», afirmou João Ribeiro. O administrador acredita que «com a rede de agentes de seguros da Companhia – que dispõe actualmente de um número de clientes perto dos 400 mil –, o Banif irá alargar a sua base de clientes, através do Assurfinance», adiantando que o projecto «tem benefícios para um conjunto alargado de entidades do Grupo». Em Novembro passado, o projecto foi apresenta-

do em Ponta Delgada, numa sessão em que também estiveram presentes gerentes, o director da Direcção Comercial Açores, administradores da Açoreana e do Banif. Na região, nove agentes de diferentes ilhas do arquipélago foram convidados a participar nesta etapa do Assurfinance.

Alargar os canais de distribuição Já no primeiro trimestre de 2009, prevê-se enquadrar mais 120 agentes no projecto e, até 2010, ter um total de 400 agentes envolvidos. Está ainda previsto, para o final de Maio, a criação de duas lojas financeiras, que irão juntar no mesmo espaço actividades da banca e de seguros e contar com um elemento da Açoreana e outro do Banif. Para Rocha Moreira, porém, a preparação destes primeiros agentes é o foco do momento. «O nosso grande desígnio é começar a preparar a rede de agentes para trazer mais clientes», assegura o administrador do Banif. Em seu entender, a mais-valia do projecto fixa-se na «possibilidade de optimizar as sinergias possíveis entre uma companhia de seguros, que distribui produtos de seguro, e um banco, que distribui produtos bancários.» O Assurfinance permite, assim, que a Açoreana reforce os seus laços e o seu posicionamento perante os seus agentes e que o Banif alargue os seus canais de distribuição.

diogo da silveira – rocha moreira – Maria do Carmo Flores e Maria joão Velosa, presença açoreana em Banif joão tavira – ricardo mendonça e susana nobrega, presença açoreana em banif porto santo


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Sinistros: melhorar a produtividade e oferecer mais valor A Direcção-Geral de Sinistros Não Vida da Açoreana encontra-se cada vez mais preparada para um futuro em que o “Acreditar” é uma realidade. Em Outubro, entrou em funcionamento um novo workflow. Trata-se de uma ferramenta que visa melhorar a operacionalidade na resolução de sinistros de Acidentes de Trabalho e de Acidentes Pessoais.

equipa da direcção de acidentes de trabalho sinistros


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Agilizar os serviços e oferecer mais valor aos clientes são objectivos para os quais a Açoreana trabalha todos os dias. A entrada em vigor de um workflow (fase 1) adaptado à gestão dos sinistros dos ramos de acidentes de trabalho e de acidentes pessoais, em Outubro, é prova disso. O arranque desta aplicação, que surge integrado na estratégia de modernização que a Açoreana tem desenvolvido ao longo dos últimos anos, irá permitir à Companhia ganhar uma maior eficácia na resolução dos sinistros, melhorar a produtividade e a integração com parceiros, e aumentar a qualidade do serviço prestado ao cliente. «Estamos a falar de um ramo que tem cerca de 15 mil sinistros por ano, muitas obrigações legais e muito trabalho administrativo que envolve uma série de processos repetitivos», refere António Lourenço, director-geral de sinistros.

Estrutura transversal O novo workflow apresenta duas vertentes complementares: a documental, que gere a documentação recepcionada nas áreas de actuação da aplicação, incluindo as respectivas interfaces com a rede de distribuição e os vários parceiros, – e que passa a ter um formato electrónico –, e a de gestão, na qual estão definidas as regras do negócio.

A aplicação segue os processos desde a sua abertura, ajudando os gestores através da emissão de alertas e encaminhamento para as tarefas a executar, o que possibilita um foco especial no acompanhamento da recuperação dos sinistrados. «Estamos a falar de uma ferramenta onde se definem regras e que, para determinadas situações, é capaz de emitir e produzir documentação e correspondência», adianta António Lourenço. «A aplicação não trabalha sozinha, evidentemente, mas os passos de encaminhamento para o gestor estão, à partida, relativamente pré-definidos». Com a automatização dos processos, a produtividade interna aumenta. «A formação do preço dos nossos produtos tem muito a ver com o custo que temos na gestão dos sinistros», refere. «Só podemos colocar produtos competitivos, do ponto de vista do preço, se internamente conseguirmos racionalizar os meios, custos administrativos e tempos de regularização.» Além dessas vantagens, a nova aplicação irá permitir que o sinistrado esteja sempre informado sobre o estado do seu processo de uma «forma simples», através da internet ou por SMS, e sem a necessidade de contactos telefónicos ou deslocações. A resolução mais célere dos vários passos da gestão permite igualmente que o acompanha-

mento e recuperação dos sinistrados sejam mais efectivos. Com a entrada em produtivo desta aplicação, ocorreu a transferência dos processos das sucursais para os serviços centrais.

Alinhar gestão de sinistros A origem deste projecto remonta, segundo António Lourenço, a 2001, quando a Açoreana apostou na modernização dos suportes à gestão de sinistros automóvel. Foi nessa altura que surgiu o primeiro projecto de digitalização de imagem para esta área, num investimento que «culminou com o arranque do workflow de gestão de sinistros automóvel, que está a funcionar desde 2003». «O conjunto dos outros ramos, por opção estratégica, ficou, na altura, para uma fase posterior. Agora trouxemos este ramo para o mesmo nível tecnológico e de relacionamento que a gestão de sinistros automóvel já conseguiu», sublinha o responsável pela Direcção Geral de Sinistros Não Vida. A integração de toda a gestão de sinistros da Açoreana através de ferramentas com esta tipologia foi reforçada, recentemente, com o workflow para os ramos patrimoniais.

“ Agilizar os serviços e oferecer mais valor aos clientes ”


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PME são um segmento a atingir O crescimento da Açoreana passa pela aposta no Mercado das Pequenas e Médias Empresas (PME). Uma realidade assumida no «1.º Dia de Empresas» e no «1.º Fórum Empresas». Duas iniciativas realizadas no último trimeste de 2008 que pretendem ir ao encontro deste propósito.

Diogo da silveira

Com a organização do «Dia de Empresas» e do «Fórum Empresas», a Açoreana quis criar um ambiente de maior proximidade ao mercado das PME. Estas duas iniciativas, realizadas em Lisboa, em Novembro de 2008, no Centro Cultural de Belém, contaram com a participação dos corretores mais importantes do mercado, directores de várias empresas, comerciais, directores da Companhia, membros da Comissão Executiva (CE) da Açoreana e do Banif. No «1.º dia de Empresas», o Comendador Horácio Roque, presidente do Grupo Banif, propôs a todos uma parceria «neste negócio de seguros». «Estamos sempre preparados para aprender e para melhorar e sei que os presentes podem dar um contributo muito importante para este negócio», disse. O Comendador espalhou confiança aos participantes no evento, relembrando que na actual conjuntura económica é preciso força para transpor as barreiras que vão surgindo no caminho.


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comendador horácio roque

joão ribeiro

Vitor martins e andrea bertoldi foram os oradores convidados

«Depois da tempestade vem sempre a bonança. Agora a bonança não vem se esperarmos por ela, temos que ir à sua procura. E para isso é necessário muito trabalho, muito esforço, algum sacrifício e, mais do que tudo, ter uma maior aplicação no trabalho e ser-se mais eficiente e mais profissional». No que à Açoreana diz respeito, Diogo da Silveira demonstrou segurança nos negócios da Companhia e garantiu a consistência e fidelidade dos seus clientes. «É possível dar-vos um conjunto de medidas adequadas. Reforçámos equipas que agora temos a apoiar e a assegurar a nossa presença junto dos corretores e das empresas.» O PCE tornou claro que «não vai ser de um momento para o outro que vamos ser um player fundamental no mercado das empresas junto de vós. Sabemos que vai ser passo a passo, dia após dia, semana após semana, que vamos conquistar a vossa confiança, pelo menos, para o nível de ambição que temos». Diogo da Silveira considerou também que «os

Fórum empresas

corretores são actores fundamentais» para o sucesso das iniciativas desenvolvidas relativamente ao segmento das PME, enquanto as seguradoras «têm que funcionar como ligação entre os diversos stakeholders do sector, assegurando-lhes as ferramentas necessárias para o desenvolvimento da sua actividade».

O mercado na conjuntura actual Vítor Martins e Andrea Bertoldi foram os oradores convidados pela Comissão Executiva da Açoreana para este primeiro fórum. Nas suas intervenções, o consultor e ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos e o CEO da AON RE partilharam com os presentes perspectivas macro sobre o mercado financeiro de resseguro e a forma de o encarar na actual conjuntura, sob os temas «Tendências do mercado financeiro» e «Resseguro – Tendências actuais». Antes do fórum, realizou-se ainda o «1.º Dia de Empresas», que reuniu as equipas da Direcção

Comercial de Corretores e Empresas (DCCE) e os elementos da Companhia que mais contribuem para o ciclo de «Negócios de Empresas». A sessão de trabalho, cuja organização esteve a cargo de João Romão, director da DCCE, teve como fim recriar diferentes situações reais construídas sobre as perspectivas de cada um dos intervenientes e, desse modo, fomentar a resolução conjunta de todas as dificuldades e oportunidades surgidas no dia-a-dia. Os participantes responderam de forma positiva e apresentaram soluções para os problemas colocados, tornando o evento interactivo. As intervenções estiveram a cargo de Eduardo Marques, João Romão, Jorge Martins, João Baeta, Maria do Carmo Constantino e João Ribeiro.


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Relações que fazem a diferença “ ...porque acima de tudo, a amizade de um cliente, muitas vezes, faz com que ele nunca mais nos abandone... ”

Augusto Faria agente açoreana em barrosas


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Para Augusto Faria o segredo do sucesso de um bom agente reside no relacionamento próximo com as pessoas. Uma ligação de confiança que a Açoreana mantém com os seus agentes.

A área dos seguros não foi um «amor à primeira vista» para Augusto Faria. E, durante muito tempo, mostrou-se indiferente ao encorajamento de pessoas que lhe estavam próximas e lhe reconheciam apetência para o ramo. «Fiz o curso de mediação em 1982, mas não foi coisa que me motivou. Não se encaixava no meu perfil», conta o agente de 54 anos. Natural da freguesia de Idães, concelho de Felgueiras, onde reside e está estabelecido, Augusto Faria diz que antes de enveredar pelo ramo segurador fez «tudo o que havia para fazer» na área do comércio. Vendeu «artigos alimentares, ferragens e materiais de construção». Após o curso de mediação, foram precisos perto de dez anos e muita persistência para o convencer a abraçar o mundo dos seguros. Uma pessoa determinante neste processo foi o amigo Armando Cunha, que hoje integra os quadros da Açoreana, na Direcção Comercial de Corretores e Empresas, e que na época trabalhava com outra companhia. Mostrou-lhe os resultados práticos da mediação e as qualidades inatas de Augusto Faria para esta área. Estávamos em 1992.


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«O Armando Cunha cismou que me havia de pôr a trabalhar em seguros. Eu reflecti sobre o assunto e vi que poderia ser um bom negócio», recorda. O sucesso desta parceria foi imediato. «Nos primeiros oito ou nove anos, arrecadei vários primeiros e segundos prémios de crescimento nas delegações por onde passei, quer em Amarante quer em Guimarães, a que pertenci com o Armando Cunha». «Foi um trabalho realmente válido e penso que valeu muito a pena, ao ponto de largar tudo o resto para dedicar-me exclusivamente só a isto». Em 2003 deu mais um passo nesse sentido e decidiu formar a agência Augusto Faria – Mediação de Seguros, Lda., em Barrosas. Quando questionado sobre as razões do seu sucesso, o agente simplifica: cativar e criar amizade, «porque acima de tudo, a amizade de um cliente muitas vezes faz com que ele nunca mais nos abandone».

Relação de confiança A associação da Augusto Faria - Mediação de Seguros, Lda., à Açoreana data de 2007. Uma relação para a qual diz ter sido fundamental o grupo de profissionais que descobriu do outro lado. «Fui encontrar uma equipa perfeita a todos os níveis, desde directores, que me têm dado apoio, gerente, técnico comercial e funcionários do balcão a que estou afecto», adianta, referindo-se à sucursal de Paredes. «A garra que eles põem no trabalho, que para mim merece uma menção honrosa, tem sido excepcional». Embora não seja um agente exclusivo, Augusto Faria salienta que o melhor relacionamento que consegue ter é com a Açoreana, facto que justifica com a relação de confiança que mantém com a equipa da sucursal de Paredes, o director de zona, Hernâni Cerqueira, e Jorge Martins, director comercial de retalho. A aposta da Açoreana nos agentes é também sublinhada pelo empresário, que congratula a Companhia por optar por esta estratégia em vez de enveredar por seguros low cost. «Continuo a dizer que as companhias têm muitos seguros, mas muitas vezes não se lembram das carteiras dos mediadores. Esses clientes são, na grande maioria, nossos. Confiam mais em nós porque é connosco que têm um relacionamento directo», refere.

Actualmente, a Augusto Faria - Mediação de Seguros, Lda., além do agente que lhe dá o nome, conta com mais três pessoas: os dois filhos, que lhe dão apoio no escritório, e um colaborador que é responsável pelas cobranças. Dispõe de uma carteira que ronda os 500 mil euros e vende muitos seguros da Açoreana. Os do ramo automóvel são os que têm mais peso, representando cerca de 50 por cento do volume de negócio da sua empresa. Além dos seguros, este agente também é promotor bancário, uma actividade paralela que vai desenvolvendo nos tempos livres. «É mais uma brincadeira que eu arranjei, que me dá uma ‘comissão engraçada’», diz.

Segredo do sucesso São apenas dois os ingredientes para o sucesso, segundo Augusto Faria: ter um bom relacionamento com toda a gente e nunca abandonar um cliente. «Acima de tudo é a frontalidade e a sinceridade com que se aborda o cliente», afirma, acrescentando ainda: «Nunca dizer não, mesmo a pessoas que não são meus clientes. Isso já levou a que essas pessoas, por elas próprias, me voltassem a procurar para fazer os seus seguros. Penso que essa foi a principal arma que utilizei e deu realmente resultados». A personalidade e a facilidade de comunicação são outros dos «trunfos» que um agente pode utilizar. Contudo, para Augusto Faria, o aspecto que faz toda a diferença é o timing em que se realiza o seguro. «É uma questão de se falar com o cliente potencial na hora certa e no momento certo», sublinha. O agente considera-se um homem de Barrosas e como tal, privilegia um contacto próximo com instituições da região. «Creio que pertenço a todas as associações presentes em Barrosas, do desporto à cultura», confessa. Augusto Faria assume-se ainda como um homem da política, que elege como a sua grande paixão. Depois de ter integrado as listas de duas formações partidárias, concorre hoje como independente à Junta de Freguesia de Barrosas. No futuro, este agente deseja que o negócio se mantenha na família, gerido pelos filhos, e que seja dada continuidade ao seu trabalho. «Acho que é um sonho bom», diz com um sorriso.

“ Nunca dizer não, mesmo a pessoas que não são meus clientes. Isso já levou a que essas pessoas, por elas próprias, me voltassem a procurar para fazer os seus seguros. Penso que essa foi a principal arma que utilizei e deu realmente resultados ”


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décio pereirA

De Felgueiras para o Mundo Décio Pereira acredita em relações de confiança. A Açoreana também. UM FACTOR ESSENCIAL QUE CONVENCEU O ADMINISTRADOR DA VAPESOL A ASSOCIAR-SE À COMPANHIA.

Com dez anos de existência, a Vapesol é o culminar de um negócio familiar que remonta ao final dos anos 80, quando José Pereira criou as fundações da área de produção de componentes para calçado. Hoje, esta empresa felgueirense é uma das líderes do mercado e a companhia portuguesa que mais produz solas de Borracha Termoplástica (TR, na sigla inglesa). «Este é um sector que o meu pai iniciou há cerca de 20 anos com outra empresa», conta Décio Pereira, administrador da Vapesol. Este jovem empresário de 27 anos, licenciado em Economia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto

Douro, entrou para a Vapesol quando concluiu o curso, depois de frequentar um breve estágio numa empresa de contabilidade, em 2004. Com uma estratégia de crescimento sustentável, a Vapesol tem atingido, desde 1998, os objectivos que foram sendo estabelecidos. «Actualmente estamos num patamar muito alto para o sector, temos colecções próprias e estamos a produzir cerca de 20 mil pares de solas de TR por mês», afirma. A empresa atingiu o estatuto de PME Líder 2008, uma distinção atribuída pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação


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(IAPMEI), no âmbito do programa FINCRESCE, que tem como objectivo distinguir as empresas com os melhores desempenhos e perfis de risco, valorizando os seus resultados e criando condições para a consolidação das suas estratégias de crescimento e liderança. A ambição de Décio Pereira vai, no entanto, mais longe. «Em 2009 vamos procurar passar de PME Líder para PME Excelência e num prazo de quatro anos vamos procurar ser uma empresa certificada pela ISO:9001», garante. Além da distinção do IAPMEI, a Vapesol foi também certificada com o rótulo Biocalce, um sistema de certificação desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP), que visa satisfazer as exigências dos consumidores, ao mesmo tempo que privilegia materiais amigos do ambiente.

trabalhar com a Açoreana e os preços apresentados pela Companhia foram também fundamentais para se estabelecer este relacionamento. «Gostámos da proposta da Açoreana, os preços eram competitivos e até hoje não tenho razão de queixa», conta. Hoje, a presença da Açoreana já não se limita ao negócio da Vapesol. A confiança no trabalho da Companhia e na qualidade de serviço que oferece faz com que a nível pessoal esteja igualmente presente. «Os meus pais também estão cobertos pela Açoreana e eu tenho ainda algumas coisas a nível particular», confessa. «Enquanto nos garantirem aquilo que nós pretendemos não temos razões para trocar», refere, acrescentando que «até agora tem corrido tudo bem».

Aposta na qualificação

“ Os meus pais também estão cobertos pela Açoreana e eu tenho ainda algumas coisas a nível particular ”

A Vapesol fechou o exercício de 2007 com um volume de negócios de quatro milhões de euros, um sucesso que, nas palavras de Décio Pereira, ocorreu de modo natural. «Acima de tudo é ter uma estrutura muito bem organizada e pessoas competentes e qualificadas, capazes de realizar o seu trabalho», adianta. Para manter um nível de qualificação elevado, a empresa aposta na formação contínua dos seus colaboradores e, nesse sentido, estabeleceu uma parceria com o CTCP e com o Programa Operacional de Potencial Humano (POPH). Em 2009, a empresa vai duplicar o número de horas de formação, cujo financiamento estará a cargo do POPH. Com a presença no mercado português consolidada, a Vapesol virou-se para os mercados externos, em particular para Espanha, que já representa dez por cento da facturação da empresa. «Temos apostado nos últimos dois anos em Espanha, mas vivemos principalmente para Portugal, onde fazemos 90% da facturação», afirma. A estratégia para 2009 passa por consolidar a presença no mercado vizinho, onde espera atingir 30% da sua facturação. «Só depois de conseguir o mercado espanhol é que podemos pensar em outras coisas.» No horizonte estão a Índia, Roménia e Marrocos. A escolha da Açoreana para cobrir os diversos riscos da empresa surgiu de forma óbvia face à relação de amizade que o administrador da Vapesol mantém com o agente Augusto Faria. Contudo, Décio Pereira explica que o prazer de

décio pereira

Edifício da vapesol


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Encontro Geral ‘09


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Açoreana FAZ: mudar Pela primeira vez, o Encontro anual da Açoreana foi estendido a todos os colaboradores da Companhia. Quem esteve no Campo Pequeno, em Lisboa, a 31 de Janeiro, deixou o evento marcado por duas importantes mensagens. Diogo da Silveira anunciou que «ser uma Companhia de referência» é o novo desígnio da Açoreana. E o Comendador Horácio Roque reforçou a necessidade de se criar uma «interligação sólida» e maior comunicação entre todas as empresas do Grupo Financeiro Banif. Comendador Horácio Roque

«A verdade é que todos juntos somos muito maiores e podemos competir melhor no mercado. Juntos podemos fazer mais e melhor»

Diogo da Silveira

«A Açoreana tem uma visão clara. A Açoreana quer ser uma referência na indústria»

Sábado de manhã. Lisboa. Campo Pequeno. Perto de 600 colaboradores da Açoreana e responsáveis das empresas do Grupo Financeiro Banif participaram no encontro deste ano, que decorreu sob o lema «Açoreana FAZ: mudar», representado pelo ícone de uma borboleta. Ao longo da sessão de trabalhos, muito se falou de mudança – da Açoreana, do Grupo, do mercado, do mundo – e, sobretudo, da oportunidade de mudar. A projecção de um filme sobre a acção «FAZ: sorrir uma criança» deu início ao evento e marcou o estado de espírito para o dia, traduzido na vontade e na capacidade de fazer e de realizar. O programa de responsabilidade social foi referido em diversas intervenções, mas a do Comendador Horácio Roque, presidente do Grupo Banif, teve um impacto muito especial em todos os presentes. «Gostava de deixar uma palavra de reconhecimento para todos os que fizeram parte desta equipa do ‘FAZ:’, porque é assim que se constrói um mundo melhor», afirmou, acrescentando ainda: «só assim podemos ser mais felizes e as empresas podem realmente ter sucesso». O Comendador lembrou que 2008 foi o 13.º ano do Grupo Banif na Companhia e quis transmitir a todos a sua «vontade» e a força de querer «que a Açoreana seja cada vez mais e melhor». Na sala, iluminada em tons de índigo, a Comissão Executiva (CE) passou em revista vários momentos e projectos da Açoreana lançados e concretizados em

2008, o seu desenvolvimento em 2009 e os resultados esperados. Os administradores Carlos Brites, Carlos Reis e Paulo Balsa apresentaram projectos como o Íman (angariação dos melhores agentes do mercado), Assurfinance e Corners (em parceria com o Banif), alargamento de Workflow, dinamização da ferramenta SIV, o projecto de Empresas, entre muitos outros. Foram igualmente referidas iniciativas inauguradas no ano passado, como as Comissões Executivas Regionais, a Convenção Comercial e os Pequenos-Almoços com o Presidente Executivo, que contribuíram para uma maior comunicação e sentimento de proximidade na Açoreana. Feito o balanço de 2008, a CE abordou os temas mais importantes para este ano, dos quais se destaca o objectivo de continuar a crescer acima do mercado e a intenção de se munir das melhores condições para cumprir essa meta.

R de Referência «A Açoreana tem uma visão clara. A Açoreana quer ser uma referência na indústria. Não queremos ser a maior, queremos ser uma referência», disse Diogo da Silveira, PCE da Companhia. A «fórmula de sucesso» R2E (rigor, rapidez e equipa) passa, em 2009, a incluir o R de referência. Este é um objectivo a tornar-se realidade no médio prazo, como referiu o PCE, antes de explicar como todo este conceito se traduz em quatro ambições-chave


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eduardo marques

Carlos Brites

joão ribeiro

paulo balsa

carlos reis

(cliente, económica, colaboradores e meio envolvente). No que respeita aos clientes, destaque para o cumprimento de três objectivos em 2009. Ganhar clientes finais (consumidores) e retê-los, contrariando a taxa anual média de anulações de 25%. Por outro lado, a Açoreana quer atrair os melhores agentes de mercado, o que, como assinalou Diogo da Silveira, é uma grande vantagem na indústria seguradora. Por último, mas igualmente fundamental, a Açoreana quer «tirar partido da força do Grupo Banif no continente, na Madeira e nos Açores» e, em conjunto, «fazer subir a operação de Bancassurance para outros patamares com a ajuda de todos, nomeadamente, da Genius». A Açoreana deseja ter, em 2009, um crescimento sistemático acima do mercado. Mais concretamente, ambiciona crescer 12 milhões de euros em Seguros Não Vida e 16 milhões de euros nos dois produtos Vida que considera estratégicos: PPR e Vida Risco. Diogo da Silveira refere a enorme responsabilidade de remunerar o investimento do accionista e, assim, a ambição nos resultados líquidos. Fazem ainda parte dos objectivos da Companhia o crescimento da conta técnica e a redução de custos. Em 2009, manter-se-ão os custos gerais e com pessoal, existindo já projectos na Companhia para reduzir os custos com sinistros, fazer uma optimização de custos de aprovisionamento e toda uma reengenharia de processos. No que respeita aos colaboradores, todos vão

ter estabelecidos «objectivos colectivos e individuais, qualitativos e quantitativos». Está já construído um plano de desenvolvimento de competências que em 2009 contemplará dois terços da Companhia e em 2010 será alargado à sua totalidade. Em termos de meio envolvente, a Açoreana vai prosseguir a sua acção FAZ. Depois do «FAZ: Sorrir uma criança», a Companhia lança em 2009/2010 outros projectos de responsabilidade social. «Queremos ser vistos como uma referência e entendemos, por isso, que os clientes terão na Açoreana de valorizar a rapidez, a qualidade e a inovação. Para tal, os líderes da equipa terão de saber usar as melhores práticas de gestão e devemos ter os nossos colaboradores entusiasmados», disse Diogo da Silveira, resumindo a postura que a Companhia tem de assumir no seu funcionamento.

Açoreana forte e em forma «Vamos começar a construir essa referência já em 2009», referiu o administrador João Ribeiro, a quem coube falar sobre a estratégia comercial e explicar como, até Dezembro, a Companhia quer crescer em Não Vida, em Vida Risco e, com especial destaque, em PPR. Em primeiro lugar, uma «estratégia clara», que passa pelo alinhamento total com o Grupo e por sermos uma Companhia de agentes. «O foco da nossa estratégia é atrair os melhores», disse o administrador. Essencial é também manter a agressividade comercial «com campanhas de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro»; ter competitividade adequada nos segmentosalvo, rigor nas políticas comerciais e nos orçamentos e ênfase na produtividade. João Ribeiro enumerou o conjunto de projectos «de elevado impacto» em que se traduzem estas linhas orientadoras. «A maior parte destes projectos já foi lançada, pelo que temos de consolidá-los e garantir que os levamos até ao fim». É o caso do Íman, através do qual a Açoreana quer captar, até ao fim de Fevereiro, 300 dos melhores agentes; e, do projecto Empresas, que no mês de Janeiro registou um bom desempenho. «Vamos começar a


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perceber que este é um bom motor de crescimento para a Açoreana em 2009», disse o administrador. João Ribeiro referiu-se também à fidelização de clientes e à criação de medidas que premeiem a permanência ou a fidelização. Levantou uma ponta do véu sobre novidades em produtos, nomeadamente IMED e automóvel. E sublinhou a importância da ferramenta SIV - Sistema Integrado de Vendas e a necessidade da sua utilização crescente pelos agentes. Por último, disse ainda ser objectivo da Companhia «pôr no maior número possível de pontos de venda» a imagem da Açoreana, «e criar uma grande mancha índigo em todo o país». Já em 2008 a Açoreana colocou a sua imagem em mais de 600 agentes. Segundo o administrador, a Açoreana começou bem o ano, «em condições novamente muito difíceis». Para João Ribeiro, «a Açoreana é forte e está em forma».

Redução de custos O administrador Eduardo Marques, a quem coube a apresentação técnica, deu conta de um conjunto de iniciativas relacionadas com a meta de redução de custos. No que respeita à subscrição, a Açoreana quer aumentar significativamente o nível e a qualidade do suporte estatístico no processo de tomada de decisão, devendo o respectivo projecto estar em funcionamento já no segundo trimestre de 2009. Ao nível da gestão de sinistros, são vários os projectos que visam reduzir custos, obter ganhos de processo e maior eficiência interna. Ainda este ano dar-se-á a introdução de horários diferenciados por tarefas/equipas para permitir, por exemplo, reduzir o tempo médio da sua execução. Pretende-se igualmente simplificar os processos de decisão, revendo autonomias e melhorando a qualidade da informação inicial recolhida. Está também prevista a criação do «portal do lesado». O administrador referiu ainda o projecto «Revisão de Processos Encerrados», através do qual os gestores de sinistros vão avaliar a forma como os processos foram resolvidos, para poder apreender pontos de melhoria.

Eduardo Marques referiu que em 2009 a Açoreana pretende reduzir substancialmente os custos com sinistros. «É um objectivo que vamos atingir», garantiu. Para o administrador estas metas podem ser alcançadas com mais trabalho em equipa e soluções mais intuitivas. E também com «mais objectividade nas acções e nos processos, uma atitude proactiva, mais espírito de equipa e comunicação sem barreiras», em suma, «com mais compromisso». O administrador entende que a Açoreana está no bom caminho: «Temos grupo, temos projecto, temos equipa, temos parceiros de negócio e temos clientes».

antes do encontro

«Uma interligação sólida» Perante os colaboradores da Açoreana e os responsáveis das empresas Banif presentes no encontro, o Comendador Horácio Roque sublinhou a necessidade de se construir uma «interligação sólida» no seio do Grupo, e a justificação é simples: «As nossas empresas não são grandes. Os nossos bancos têm, do meu ponto de vista, a dimensão certa. A Companhia de seguros também não é das maiores. Mas a verdade é que todos juntos somos muito maiores e podemos competir melhor no mercado. Juntos podemos fazer ainda mais e melhor», disse, na intervenção que encerrou os trabalhos. A interligação de que fala passa também por fomentar uma «maior comunicação dentro do grupo» para que haja uma maior divulgação de notícias, de modo a que todos estejam informados e possam compreender que o sucesso e os problemas de uns são o sucesso e os problemas dos outros. «A maioria esmagadora desta sala não sabe o que tem feito o Grupo Banif. O sucesso e as vitórias acumuladas. E, por isso, deixo aqui um desafio: que os bancos saibam o que é a Açoreana e que a Açoreana saiba o que são os bancos e quais os contributos que uns podem dar aos outros». O Comendador deseja ainda que esta interligação seja demonstrada ao exterior, o que implica um mudança nos discursos. Horácio Roque disse que o «colaborador

credenciação

Sala em tons de índigo

Intervalo


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da Açoreana deverá ser difusor de boas notícias do Banif» e o mesmo para o colaborador do Banco. «Temos de demonstrar que temos interesses comuns», afirmou. «Cá em casa a crise não entra» foi outra das mensagens deixadas pelo Comendador. O presidente do Grupo Banif diz que ao longo dos 21 anos «de um percurso nem sempre fácil», o Grupo já passou por algumas mudanças, das quais saiu sempre reforçado. «Não mudámos, porque o que estávamos a fazer estivesse mal feito. Mudámos porque os tempos mudam», disse, salientando que o bom desempenho do Grupo reside em ter sabido adaptar-se a um mundo em mudança. «Adaptámo-nos sempre, vamos continuar a fazê-lo». Lembrou que o Grupo tem «obra realizada que não está pronta e está permanentemente em construção». O Comendador desafiou os presentes a serem «cada vez mais sofisticados e a questionar cada vez mais o que é feito, porque só assim se chega à perfeição». Em sua opinião, o Grupo Banif possui bons trunfos para enfrentar o mercado. «Temos dimensão adequada e temos sabido diferenciar-nos pela qualidade e inovação.» Ser competitivo é, na sua óptica, «ter capacidade de intervenção, ser rápido nas decisões, ter relação de simpatia e cum-

plicidade com os clientes porque eles são a razão da nossa existência». E como «não há empresas capazes sem pessoas capazes» e «o activo mais importante das empresas são os seus colaboradores», o Comendador considera que o Grupo tem de fazer uma aposta crescente na formação. Nas suas notas finais renovou os parabéns à Companhia pelo projecto «FAZ: Sorrir uma criança», caracterizando o exercício de responsabilidade social como «uma função muito importante das empresas».

Nos corredores do encontro Pela primeira vez, o encontro anual estendeu-se a toda a população da Açoreana, o que está de acordo com a dinâmica que se quer imprimir à Companhia. «Pareceu-nos importante fazer um encontro em que estivéssemos todos, em que todos participássemos tal como no programa ‘FAZ:’», explicou Diogo da Silveira. Este foi um aspecto valorizado pela generalidade dos participantes, em diferentes níveis hierárquicos. «Ficámos com uma perspectiva do que são os objectivos da Companhia, o que é muito positivo para nós que estamos todos os dias em contacto com os clientes», referiu Sofia Cordeiro, da sucursal de Odivelas. O alargamento a todos foi igualmente sublinhado pelo técnico

comercial António Travassos: «É bom que todos saibam o que se passa nestas reuniões. É uma oportunidade para sabermos como é que somos, onde estamos e o que queremos». Por seu lado, Sónia Jardim, técnica comercial no Funchal diz ter saído do encontro com a certeza de que «a missão da Companhia é muito ambiciosa» e que isso exige empenho de todos. «Tenho muito orgulho em pertencer a esta instituição, sobretudo depois do que vi hoje e do que nos foi apresentado». Maria do Carmo Constantino, directora técnica Vida, Doença e Acidentes Pessoais, classificou o encontro como «um marco na Açoreana», pelo seu carácter transversal. Joana Seixas, directora de comunicação, diz ter gostado, sobretudo, «de ver a equipa toda reunida e a forma como as pessoas aderiram em massa ao convite da CE». A várias vozes foi igualmente apontada a forma de abordagem. «O que ajuda as pessoas a serem motivadas é a clareza e a transparência com que os temas nos foram apresentados», comentou Fernando Amorim, assessor da DCR. António Lourenço, director-geral de Sinistros Não Vida, caracterizou as apresentações como «absolutamente sintéticas, mas incrivelmente objectivas», no que foi secundado por Paulo Simões Coelho, director-geral de Recursos Humanos e Desenvolvimento Corporativo: «Saímos daqui mais informados e mais revigorados para fazer o ano 2009». A mensagem do Comendador Horácio Roque, relativamente à necessidade de fomentar o nível de comunicação e parceria entre as diversas empresas do Grupo Banif, é um desafio com o qual Diogo da Silveira diz estar «a 200%»: «estamos muito entusiasmados e acho que vai ser fácil porque todas as entidades do Grupo têm o mesmo interesse». Por sua vez, o administrador Eduardo Marques sentiu as palavras do Comendador como «um desafio acrescido». Já o director-geral do Banif, João de Sousa, considera que as empresas do Grupo têm um caminho a percorrer no sentido de «uma cada vez mais forte parceria», que, quanto a si, «dá rentabilidade, mais apoio, entusiasmo e, por conseguinte, consolida-nos cada vez mais». Os responsáveis das empresas Banif presentes fizeram também um balanço positivo do encontro e do seu impacto nos participantes. «Está muito bem organizado», referiu Carlos Fino, administrador do Banif / Gestão de Activos, que apreciou favoravelmente o relacionamento entre as duas


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entidades no ano passado. «O balanço de 2008 foi muito positivo porque foi o ano em que nós passámos a contribuir no processo da Açoreana. Foi um ano em que esse projecto avançou e se materializou. Tem sido um projecto extremamente interessante, porque tem havido bastante colaboração entre as duas entidades», disse. Já José Mouquinho, administrador do Banif considerou o encontro «muito objectivo», com «intervenções de muita qualidade». «Foram definidos quatro ou cinco factores para que as pessoas estejam unidas e se reúnam todas as condições para haver sucesso», afirmou. «Os colaboradores vão ter objectivos muito ambiciosos, mas têm uma equipa de gestão na qual podem confiar. Nota-se e vê-se que conhecem a empresa, conhecem o mercado e estão totalmente empenhados para que 2009 seja um bom ano», comentou João de Sousa.

Pedro schiappa cabral – duarte de almeida –

Pierre Debourdeau

«Eu acredito na Açoreana» O consultor Pierre Debourdeau, que esteve vários anos ligado ao sector dos seguros, foi o orador convidado do encontro. Com uma apresentação intitulada «O mundo muda, a Açoreana muda», deixou na sala uma mensagem bastante positiva sobre o futuro da Companhia e a forma como as empresas podem posicionar-se em tempos de crise. O consultor referiu que a participação de todos os colaboradores foi um dos factores que o motivou a participar neste encontro. «Nos tempos que estamos a viver é fundamental a mobilização de toda a organização», afirmou. A sua intervenção centrou-se na mudança, mais concretamente, na necessidade de as empresas saberem mudar e de fazê-lo «cada vez mais rapidamente», não por causa da crise, que considera «uma desculpa dos mais fracos», mas porque no mercado tudo está a mudar a ritmo acelerado: a legislação, os produtos, a concorrência, as tendências e os clientes. Em relação à crise, Pierre Debourdeau, defende que devemos pensar o que podemos fazer para tirar dela o melhor partido. «O impossível devia ser banido

das organizações. Nós todos somos pagos para tornar as coisas possíveis», afirmou, lembrando que a experiência do «FAZ: Sorrir uma criança» mostrou «como a equipa pode fazer tudo». No seu discurso de optimismo, disse que essencial para a indústria seguradora é a capacidade de reter clientes. Neste capítulo, o consultor citou o cantor Jacques Brel. «Para fazer uma canção é preciso três ingredientes: uma boa ideia de música, uma boa ideia de letra e uma boa ideia de que ninguém estava à espera», disse, e acrescentou: «Hoje não podemos contentar-nos em responder às necessidades. Devemos ir mais longe e dar ao cliente a boa ideia de que ele não estava à espera». A finalizar a sua apresentação, Pierre Debordeau convidou a assistência a acompanhá-lo num exercício. «Vou pedir que quem participou no projecto ‘FAZ:’ se levante. Quem gostou, levante o braço direito. Quem pensa que podemos pôr o cliente no centro das nossas preocupações, levante o branco esquerdo. E quem acredita que a Açoreana vai conseguir, bata palmas». A aclamação foi geral e entusiasta. A Açoreana acredita.


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Formação e responsabilidade social


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Açoreana FAZ: sorrir as crianças Barreiro

covilhã

coimbra

São Miguel

Para dinamizar o espírito de equipa e, em simultâneo, promover uma iniciativa de responsabilidade social, a Açoreana criou o programa «FAZ:». Todos os colaboradores da Companhia deixaram os seus postos de trabalho e foram artífices por um dia, com o objectivo de melhorar as condições de vida das crianças e jovens de quatro instituições de solidariedade social.

O «FAZ:» está inserido no programa de formação da Açoreana e tem como principal objectivo estimular o espírito de equipa entre os colaboradores da Companhia. A este princípio, tem agregada uma componente de solidariedade social. «O nosso objectivo interno é trabalharmos em equipa, num ambiente diferente. Aprendemos a conhecermo-nos todos como pessoas, ultrapassando barreiras de hierarquias, de funções e de serviços. Há muitas formas de trabalhar isso. Através do programa «FAZ:» quisemos consegui-lo de uma forma ‘inteligente’, ou seja, associar ao trabalho em equipa um benefício exterior à Companhia, que é o de apoiar instituições que nos permitiram desencadear esta acção», explicou Diogo da Silveira, PCE da Açoreana. Joana Seixas, directora de comunicação, acredita que «quando as pessoas têm memórias e experiências comuns em torno de causas boas, aproximam-se e ficam mais alinhadas. No fundo, estamos a desenvolver competências pessoais e de equipa e a fazer bem aos outros.» Ao todo, foram seis dias de trabalho em benefício de quatro instituições privadas de solidariedade social de várias zonas do país, nomeadamente, Covilhã, Coimbra, Barreiro e Ponta Delgada. Em cada sessão estiveram presentes cerca de uma

centena de colaboradores da Açoreana, que, divididos em equipas, se organizaram para atingir os vários objectivos propostos relativos à melhoria das condições dos lares das crianças e jovens. Apesar de não estarem habituados ao tipo de tarefas que desempenharam nestes dias, as operações para recuperar e remodelar as instituições foram um sucesso. A acção envolveu todos os colaboradores da Açoreana, de todos os pontos do país e de todos as direcções e departamentos, incluindo administradores e directores. Revelou-se, claramente, «uma aposta ganha», como referiu Diogo da Silveira. «As expectativas foram ultrapassadas. As pessoas auto-motivaram-se e, portanto, foi facílimo. Desse ponto de vista foi uma lição para todos vermos como quando nos auto-motivamos conseguimos fazer tanto», disse. O PCE entende que a responsabilidade social deve ser uma questão inerente ao funcionamento das empresas. Este é um aspecto que caracteriza como «muito importante para a Açoreana e para o Grupo Banif no seu todo». O programa «FAZ:» vai prosseguir nos próximos anos, estando previsto estender a acção a outros destinatários, nomeadamente instituições de apoio a idosos e a deficientes.


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Cores alegres na Covilhã «Os quartos ficaram com muita vivacidade, já não parecem quartos para velhas», comentou Joana, de 17 anos, depois de ver o seu lar redecorado pelas mãos da Açoreana. As 28 raparigas que vivem na Casa do Menino Jesus, na Covilhã, deslumbraram-se com a surpresa que lhes foi feita a 14 de Novembro. Em menos de um dia a instituição transformou-se e ficou como nova. No espaço exterior procedeu-se à recuperação do jardim e do parque infantil, e foi criada uma horta pedagógica. Além disso, os participantes aplicaram-se na renovação da estufa, que ganhou uma nova decoração, plantas e flores. Dentro do edifício, o refeitório, os quartos e corredores foram pintados com cores garridas e alegres, próprias de uma casa onde vivem crianças. As meninas chegaram da escola e ficaram no hall de entrada, ansiosas por ver o que tinha sido feito na sua ausência. Acompanhadas por Regina Coelho, directora técnica da Instituição, e restantes funcionárias, começaram a explorar as instalações a partir do terceiro piso. Os quartos foram o que primeiro visitaram e a mudança que mais as marcou. «Os armários, as camas e as fotos!», exclamou Helena, de cinco anos de idade, falando sobre o que mais tinha gostado.

Gargalhadas e risos ecoaram pela casa enquanto as raparigas desciam as escadas e corriam de divisão em divisão. No último andar, aguardava-as a surpresa final: o aplauso dos 98 colaboradores da Açoreana que tornaram possível esta transformação. Uma onda de emoção invadiu o espaço. «O principal foi as miúdas perceberem que há pessoas que nunca tinham visto na vida, que deram parte do seu tempo e do seu esforço para lhes proporcionar alegria e mais conforto», afirmou Paulo Lopes, presidente da Direcção da Casa do Menino Jesus. Espírito reforçado Esta acção de teambuilding superou as expectativas de todos os participantes. O «mais gratificante» para António Lourenço, director-geral de Sinistros Não Vida, foi «ver a motivação das pessoas que trabalham nesta instituição a visitarem os andares e apreciar as suas reacções». Pedro Soares, gerente em Tomar, classifica a iniciativa como «muito boa», porque «une a equipa Açoreana, que já é unida mas assim fortifica os seus laços». Além de reforçar o espírito de equipa, ao nível pessoal todos ficaram a ganhar. «É um misto de emoções tão fortes, tão estranhas, mas que no fundo traduzem muita alegria e muita satisfação», salientou Fernando Pinto, director de Zona Comercial Minho.

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O final da tarde deu lugar a vários momentos especiais. Munindo-se de ritmos populares, os colaboradores entoaram frases escritas ao longo do dia e que resumiam os sentimentos gerados por esta experiência. As crianças retribuíram com canções infantis. E, como símbolo do seu agradecimento, ofereceram à Companhia um quadro com um poema, decorado com as suas mãos. Para Ana Domingos, da Direcção de Empresas do Minho e Porto, este gesto e os sorrisos das meninas garantem que «toda a gente vai sentir que fez algo que contribuiu para o bem-estar das crianças e não é preciso mais nada». Uma opinião partilhada por muitos outros, entre eles Susana Fernandes, técnica comercial em Leiria: «Um dia marcante para todos nós. Vermos a alegria das crianças com pequeninas coisas foi realmente espectacular».

Casa do Menino Jesus A Casa do Menino Jesus foi fundada em 1918, ano em que terminou a I Guerra Mundial. No final do conflito, o Cónego Monsenhor Anaquim apercebeu-se da existência na Covilhã de várias meninas órfãs. Resolveu tomar medidas e, juntamente com algumas figuras importantes da região, criar um espaço de acolhimento. A primeira casa funcionou num rés-do-chão e acolhia seis crianças. Nos anos de 1920, mudaram-se para uma casa maior onde permaneceram até 1935, ano em que se instalaram numa antiga fábrica recuperada da família Anaquim. A partir de 1965, a Casa começou a contar com o apoio das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima, que tiveram um papel fundamental na formação educativa das crianças ao longo das décadas seguintes. Desde 2003, no entanto, a Instituição deixou de estar sob a alçada de qualquer ordem religiosa. A Casa do Menino Jesus conta com duas valências: jardim-de-infância e lar para crianças e jovens, com um total de 15 quartos disponíveis. Inclui um refeitório e dispõe de jardim, parque infantil e estufa. Nesta instituição particular de solidariedade social vivem actualmente 28 meninas, dos cinco aos 21 anos.


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Coimbra com muito encanto A Açoreana chegou à Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis, em Coimbra, a 21 de Novembro. Os 126 colaboradores presentes tinham uma mão-cheia de tarefas para cumprir: recuperar algumas das casas pré-fabricadas, ajardinar grande parte do espaço exterior, restaurar o campo de jogos, o parque infantil e algumas salas de actividades. Estes foram os desafios principais da segunda acção de teambuilding. «Tenho que dar os parabéns à Açoreana, é muito bom trabalhar numa empresa com coração», comentava Elisete Duarte, dinamizadora do ramo vida na zona sul, acrescentando ainda: «O espírito de equipa era uma das pretensões da Companhia e acho que foi conseguido». José Melo é da mesma opinião. O administrativo de Gondomar sublinhou que o «FAZ:» revelou-se uma «acção gratificante» por permitir «conviver fora do ambiente de trabalho e contribuir para a alegria das crianças». Sair do escritório para trabalhar como carpinteiro, jardineiro ou pintor podia não parecer muito fácil para os colaboradores da Açoreana, mas acabou por valer a pena. «As costas estão muito doridas, mas é extremamente gratificante sentir o espírito que se vive neste momento: uma ansiedade por ver a cara delas e esperar que tenham ficado satisfeitas com o trabalho que realizámos. É uma sensação fantástica», sublinhou Jorge Martins, director comercial de retalho. João Romão, director comercial de corretores e empresas, considerou ser uma iniciativa excelente em termos de equipa: «estamos aqui a transpirar mas por uma causa que todos consideramos nobre e nos dá realmente muito gozo». A magia do «FAZ:» Os 45 rapazes e raparigas entraram quando já se sentia o frio da noite, mas a emoção da surpresa aquecia a Comunidade. Depois de um forte aplauso, foi entregue um balão personalizado a cada um dos jovens, sim-

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bolizando uma estrela. Três, dois, um… e todos soltaram os balões! Em seguida, os colaboradores cantaram-lhes uma versão da Açoreana de um tema dos portugueses Da Weasel. «Um momento mágico, porque nunca acontecem coisas destas», comentou Neusa, de 15 anos. Após uma visita guiada para apreciarem todas as novidades, a última paragem foi na tenda onde lhes tinha sido preparado um lanche. E o espírito de festa continuou. Como forma de agradecimento, algumas das meninas mostraram o seu talento de dançarinas com coreografias bem preparadas. No final, uma surpresa para a Tila, que fazia 11 anos: os parabéns cantados por centenas de vozes e um bolo para apagar as velas. Maria Teresa Granado, directora técnica da Comunidade, caracterizou este dia como «único». «Nunca pensei viver isto na minha vida, porque é uma coisa nova, uma forma de solidariedade e de amizade. As pessoas dão aquilo que sabem, aquilo que têm no seu coração.»

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Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis A história desta instituição começou em 1968, com uma frase proferida por Maria Teresa Granado: «Quando uma pessoa quer, consegue. E tu vais conseguir». A actual directora técnica da Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis dirigia estas palavras a um menino que lhe dizia não ter recursos que lhe permitissem estudar. Dois anos mais tarde, o jovem voltou a procurá-la e disse-lhe: «Eu sou aquele rapaz a quem a senhora disse que se quisesse estudar conseguia, e eu quero. Dê-me por favor os estudos». Perante uma declaração tão determinada, Maria Teresa Granado percebeu que tinha de colocar-se em campo. E assim começou a sua luta para ajudar crianças e jovens mais desfavorecidos. A Comunidade tem actualmente nove casas pré-fabricadas, com um grande espaço exterior onde vivem 45 rapazes e raparigas, com idades compreendidas entre os dois e os 21 anos.

A Diana, de nove anos, quer «ajudar as pessoas» quando for grande, como viu a Açoreana fazer no Instituto dos Ferroviários, a 27 e 28 de Novembro. Esta foi a terceira instituição de solidariedade social onde a Companhia meteu mãos à obra para melhorar as condições de vida das crianças e jovens que aqui vivem ou que são apoiados pelo Instituto. Maria Eugénia Costa, a presidente, diz ter admirado esta acção «fantástica» da Açoreana, que considera ter «uma forma de estar na vida diferente enquanto empresa». «É muito bom perceber a alegria que as crianças sentem quando vêem tudo completamente diferente, com coisas novas. No fundo, isto é a casa delas», acrescentou. Mais de 200 colaboradores da Açoreana dividiram-se pelos dois dias de trabalho. Na quinta-feira, restauraram o espaço exterior – jardim, parque infantil e campo de jogos – e o refeitório. As paredes da zona de recreio encheram-se de cor e os autores ficaram satisfeitos com o resultado: «foi o libertar da criança que há em mim. Achei que ficava giro uma parede branca com alguns desenhos em cima», disse Luís Biscaia, da Direcção de Sistemas de Informação, em Lisboa, enquanto explicava as pinturas com que decidiu decorar um dos muros do parque infantil. Por seu turno,

Natália Brito, que também participou nesta tarefa, diz ter-se inspirado «no pequenino de quatro anos» que tem em casa. «Está a ser uma experiência incrível, lava-nos a alma», acrescentou a assistente comercial em Cascais. «Além das pessoas sentirem que também é uma oportunidade de serem melhores, e daí isto ser uma acção de formação, o resultado é muito amplificado pelo facto de fazerem algo útil pela sociedade», considerou o administrador João Ribeiro. Em termos pessoais, a acção feita nesta instituição teve para si um gosto especial por ser barreirense e neto de um ferroviário. Fernando Antunes, técnico comercial no Barreiro e natural desta cidade, diz ter sentido «mais alegria» com esta escolha. A sexta-feira foi dedicada à renovação da biblioteca e à pintura de corredores e quartos, com cores mais alegres para dar vida aos dormitórios. O Programa «FAZ:» provou existir um verdadeiro espírito de equipa Açoreana, como referiu o administrador Paulo Balsa: «estarmos todos juntos, em pé de igualdade e ajudarmo-nos mutuamente a atingir os objectivos a que nos propusemos no início satisfaz-me bastante». «Vim encontrar aquilo que já sabia que havia na Companhia, mas com mais felicidade e alegria», rematou o também administrador Eduardo Marques. Como sublinhou Glória Costa, assistente comercial em Torres Vedras, «não há dife-


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renças entre directores, administradores, nem ‘o mais pequeno’ que cá está. Somos todos iguais neste momento».

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Dupla surpresa No Barreiro a festa foi a duplicar. No primeiro dia as crianças e jovens entraram pela porta do Instituto e ficaram em alvoroço. A curiosidade por ver como estavam as coisas deixou-os inquietos. Assim que puderam, correram em direcção ao parque infantil e aos restantes espaços renovados. Uns jogavam à bola, outros brincavam nos balancés e percorriam os jardins. «Isto está muito giro, nem parece a mesma coisa», disse Rute, de 12 anos. Micael, três anos mais velho, que vive há uma década no Instituto, afirmou ter ficado «com um aperto no coração». E se o primeiro dia foi de euforia, no segundo a surpresa foi ainda maior. As crianças e jovens não esperavam que também os quartos fossem decorados e muito menos que os colaboradores da Açoreana lá estivessem, até porque ao entrarem, viram tudo calmo. As funcionárias levaram-nos a visitar os novos quartos e ao regressarem ao pátio, foram recebidos por um aplauso e centenas de confetis dourados. «Está muito bonito. Ando aqui há muitos anos e nunca vi uma coisa assim», enfatizou Ruben, de 18 anos. Alguns ficaram sem palavras, mas muitos disseram «Obrigado Açoreana».

Instituto dos Ferroviários São 60 as crianças e jovens que frequentam actualmente o Instituto dos Ferroviários. Quarenta vivem no local e os restantes estão em regime de semi-internato. É através da comissão de protecção de menores e tribunais que são encaminhados para esta instituição. Vítimas de maus tratos, é muitas vezes aqui que encontram um verdadeiro lar. O Instituto dos Ferroviários existe desde 1923 e recebe jovens de ambos os sexos. Tanto a ala das raparigas como a ala dos rapazes são constituídas por 15 quartos. O refeitório, a biblioteca e sala de estudo, juntamente com o jardim, parque infantil e campo de jogos completam o espaço.


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FAZ em São Miguel Depois da Covilhã, Coimbra e Barreiro, a última edição do «FAZ: sorrir uma criança» contemplou uma instituição de solidariedade social nos Açores. A 15 e 16 de Dezembro, colaboradores da DF, DPAJ, DCA, DAS e DPA rumaram à Casa do Gaiato de São Miguel, onde vivem 13 rapazes. «O espírito de grupo que já existia cresceu, reforçou-se. A generosidade que todos conseguiram colocar nesta obra está bem espelhada nestas salas e na alegria destas crianças». As palavras de Carlos Bettencourt, director comercial dos Açores, conseguem resumir os dois dias em que 90 colaboradores deram o máximo de si em prol de um resultado final positivo. O primeiro dia foi dedicado à pintura e decoração das salas de convívio e biblioteca, e à recuperação do parque infantil e jardim. Cores vivas, bolas coloridas e a imagem de sóis iluminavam as paredes outrora despidas. «Estamos muito orgulhosos, acho que faz sentido. É um passo em frente na nossa vertente social», afirmou Carlos Reis. O administrador frisou ainda estar «satisfeito por ver todas as pessoas empenhadas, organizadas, e as coisas a correrem tão bem». Ao longo daquela segunda-feira era visível a boa disposição entre os colaboradores. Versos de canções populares ouviam-se enquanto se trabalhava – «Ponha aqui o seu pezinho, devagar, devagarinho… se vai à Ribeira Grande…»

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Casa do Gaiato de São Miguel Esta instituição particular de solidariedade social existe nos Açores desde 1951. Começou por funcionar na antiga estação agrária, em São Gonçalo. Mudou-se depois para as actuais instalações em Capelas, que foram inauguradas a 2 de Abril de 1956 pelo Padre Américo, o fundador da Casa do Gaiato. Além destas, a instituição conta ainda com outras duas valências: o projecto Monte Alegre – Unir Fatrias e o Lar da Transição. No total das suas intervenções, conta com uma capacidade máxima de acolhimento de 34 crianças e jovens de ambos os sexos, a quem tenta proporcionar «uma equilibrada integração familiar, profissional e social». Ao contrário das restantes instituições da obra do Padre Américo, a de São Miguel não é gerida pela Diocese, possuindo uma equipa técnica com autonomia pedagógica para fazer a gestão da instituição e dos projectos de vida dos jovens a quem presta apoio.

Último FAZ de 2008 «Lixar, pintar, arrumar e decorar» quartos e corredores foram as tarefas do segundo dia, como explicou Leonor Pimentel, do Arquivo de S. Gonçalo. A rapidez com que se executaram os objectivos propostos permitiu ainda que as salas do refeitório fossem também pintadas, uma prova de que «a Açoreana é uma família muito unida», como disse Anabela Rosa, de Sinistros Automóveis, acrescentando que «não esperava outra coisa». Tanto no primeiro como no segundo dia, alguns colaboradores deram azo à sua imaginação e criaram quadros para as crianças. «Afinal não sabemos só vender seguros, também sabemos pintar e até temos alguns colegas que são artistas», sublinhou António Travassos, gestor de clientes. Ver o trabalho concluído foi naturalmente uma surpresa para os rapazes da Casa. Enquanto o Nuno, de 11 anos, dizia ter gostado de «tudo», Tiago, de 14, destacava «os candeeiros, as colchas, os guarda-fatos e as camas» como o que mais lhe tinha agradado. «Eles nunca tiveram quartos tão bonitos, frescos e coloridos. Provavelmente da casa de onde vieram também não conheceram este conforto», lembrava o padre Fernando Teixeira, presente no segundo dia dos trabalhos. Esta foi a quarta e última entidade a ser apoiada pela Açoreana em 2008, como parte integrante desta acção de formação. «Agradecemos muito terem escolhido a Casa do Gaiato», disse Ana Paula Fonseca, vice-presidente da instituição.


36 ELEMENTAR É PARTILHAR

Açoreana apresenta

«West Side Story» A Açoreana patrocina o musical «West Side Story» que está em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, desde Novembro. A Companhia é também a seguradora oficial do elenco. Considerado o musical dos musicais americanos, o «West Side Story» (Amor sem Barreiras) chegou a Portugal pelas mãos do encenador Filipe La Féria. Uma mega-produção que a Açoreana fez questão de patrocinar. O musical, que estreou na Broadway em 1957, é um romance inspirado na obra «Romeu e Julie-

ta», de William Shakespeare. Na versão de Arthur Laurents e Leonard Bernestein (música), a história de um amor proibido entre dois jovens de famílias rivais de Verona passa a desenrolar-se nas ruas de Nova Iorque dos anos cinquenta, numa disputa entre gangues da zona oeste da cidade. Tony, antigo líder dos Jets, grupo constituído por anglo-saxónicos, apaixona-se por Maria, irmã do líder dos Sharks, um gangue rival formado por naturais de Porto Rico. O ícone do teatro musical foi adaptado ao cinema em 1961, com realização conjunta de Jerome Robbins, responsável pela coreografia original, e Robert Wise, conseguindo arrecadar dez Óscares da Academia. Na adaptação de La Féria, os papéis principais são interpretados, alternadamente, por Ricardo Soler, uma revelação do programa televisivo

«Operação Triunfo», Bárbara Barradas, cantora e actriz, e por Rui Andrade e Cátia Tavares, dois cantores-actores que o director artístico descobriu no Porto. A coreografia original de Jerome Robbins serve de base e inspiração ao trabalho de Inna Lisniak. O slogan «Açoreana apresenta West Side Story» consta de todas as peças de merchandising e comunicação. A Companhia vê ainda o seu nome integrado no musical. O apoio da Açoreana estende-se ao elenco de 68 elementos, do qual é seguradora oficial, e que conta ainda com nomes como Anabela, Lúcia Moniz, Carlos Quintas, Pedro Bargado, Tiago Diogo, Alberto Vilar e David Ventura. Este é mais um exemplo de mecenato no âmbito da política de responsabilidade social da Companhia.


ELEMENTAR É PARTILHAR 37

Açoreana Clube Banif

Acreditar nos atletas As equipas de atletismo Açoreana Seguros e Clube Banif estão agora integradas nA Açoreana Clube Banif. A fusão das duas equipas ocorreu em Junho.

Ganhos desportivos e maior visibilidade da marca presidiram à junção dos atletas da Açoreana e do Banif numa mesma equipa que agora, além do atletismo, integra uma equipa de triatlo. O nascimento da Açoreana Clube Banif (ACB) deu origem a novos equipamentos que integram a marca do Banco, da Companhia e patrocinadores. A estreia das novas peças decorreu a 28 de Setembro, na 9.ª Meia-maratona de Portugal. Com o apoio da Açoreana e do Grupo Banif, 2009 vai ser um ano de crescimento para os atletas da ACB, estando já programadas várias participações internacionais como Nova Iorque, Berlim, Sevilha, Madrid, Roterdão, Paris e Londres. A ACB esteve representada em diversas provas nos últimos meses de 2008. Na 23.ª Maratona de Lisboa, a 7 de Dezembro, foram 15 os atletas a concluir a prova. Jorge Serra e Nuno Espírito Santo foram os mais destacados. Na 34.ª Meiamaratona da Nazaré, a 9 de Novembro, Nuno Espírito Santo foi o melhor dos 27 da ACB em prova. Uma semana antes, a 2 de Novembro, Paulo Pereira participou numa das mais emocionantes maratonas do mundo: a de Nova Iorque. Em Outubro, a ACB teve direito a pódio. Lúcia Oliveira venceu o GP de Alverca, prova em que Rita Carrola foi terceira. Setembro foi o mês da maratona de Berlim. Marco Malaguerra foi o 1.º dos seis atletas da ACB. A ACB tem apoiado os atletas mais jovens, como Nuno Graça, filho do colaborador Artur Graça, que obteve, a 20 de Dezembro, o 2.º lugar na São Silvestre de Arruda dos Vinhos. A 2 de Novembro, o «pequeno» atleta venceu o GP Valejas. Já em 2009, a 22 de Março, a Meia e Mini Maratona de Lisboa voltou a colorir-se de índigo. Nuno Espírito Santo foi o primeiro atleta masculino da ACB a terminar a prova e Ana Rute Matos a primeira do sexo feminino. Jorge Serra foi o melhor desportista da Açoreana. Dos 30 mil participantes, cerca de 800 vestiram as cores do Grupo Banif.

maratona de lisboa

nova iorque

Meia e mini maratona de lisboa 2009

em 2009, a acb participa nas maratonas de Nova Iorque, Berlim, Sevilha, Madrid, Roterdão, Paris e Londres gp de alverca


38 ELEMENTAR É VALORIZAR

programa integrado de formação A Açoreana lançou um programa integrado de formação que vai envolver todos os colaboradores da Companhia. A «Academia Açoreana», que se estreou com o Programa Faz, vai desenvolver-se em diferentes momentos e ter em atenção vários tipos de competências.

A Academia Açoreana responde à necessidade de promover um espírito de cooperação cada vez mais forte entre as equipas e entre as pessoas, o que constitui a base essencial para o cumprimento dos objectivos ambiciosos, em termos de negócio e de atitude, delineados pela Companhia. Visa, por outro lado, reforçar as competências dos colaboradores, de modo a assegurar uma equipa cada vez mais preparada, segura e estruturada. A Academia pretende constituir-se como um espaço consagrado ao estudo e ao desenvolvimento de competências em que o conhecimento, a criatividade, o convívio, o espírito de cooperação e de equipa, e a melhoria contínua dos colaboradores Açoreana deverão ser aspectos permanentemente cultivados. Com este programa integrado, a Açoreana assume como prioritárias a formação, o desenvolvimento de competências e a gestão de carreira dos colaboradores. E pretende criar uma base de conhecimento e de comportamento comum como forma de homogeneizar a cultura organizativa. O desenvolvimento das competências da equipa

terá de ser consentâneo com o discurso estratégico da Companhia e, além da abordagem integrada que é feita, haverá um grande investimento na formação da força comercial, através de conteúdos técnicos, de negócio e comportamentais. O programa faz parte do projecto do Núcleo de Formação da Direcção de Comunicação, tendo Joana Seixas como responsável da equipa constituída por Carlos Aires e Carlos Martins.

Três momentos de formação O programa de desenvolvimento de competências é evolutivo e progressivo, sendo baseado em três momentos distintos: R2E, Academia e Master. O R2E (Rapidez, Rigor e Equipa) relaciona-se com o desenvolvimento de competências base, comportamentais e técnicas. Para os dois primeiros aspectos, rapidez e rigor, foram dados cursos baseados num conjunto de competências de gestão identificadas como necessárias a colaboradores previamente identificados pelas chefias. Cada um dos 293 colaboradores seleccionados teve um máximo de quatro dias de formação.Jun-

to dos directores de primeira linha foi realizado um questionário com o objectivo de identificar os colaboradores e os cursos a realizar. Negociação, gestão do tempo e focalização no cliente traduziram-se nas matérias mais escolhidas. Foram, depois, constituídas 39 equipas de R2, que frequentaram os seis cursos deste nível no primeiro trimestre do ano. No campo Equipa estão englobadas sessões de teambuilding baseadas numa acção de responsabilidade social. É o exemplo do «FAZ: sorrir uma criança», que marcou o arranque do Programa de Formação, enquanto motor do espírito de equipa e de alinhamento da organização. Esta acção envolveu 100 por cento da população da Açoreana, ou seja, 594 colaboradores. Já a Academia é entendida como um espaço destinado ao desenvolvimento de competências e à promoção da melhoria contínua dos colaboradores, com níveis de proficiência superiores ao momento anterior e destinado a um número mais reduzido de pessoas. Este tipo de formação irá abranger 25 por cento dos colaboradores e uma


ELEMENTAR É VALORIZAR 39

Primeiro curso R2: orientação para o cliente

média de cinco dias de formação por ano e por colaborador. Além de terem já sido realizadas entrevistas one-to-one, com cada um dos directores, será entregue a toda a população da Açoreana um questionário com o objectivo de identificar as necessidades de formação específicas de cada um, bem como as expectativas em relação ao desenvolvimento de competências. Este questionário visa auscultar a Companhia como um todo e conhecer, desta forma, a visão dos colaboradores sobre o seu estado actual e os pontos de melhoramento. O Programa Integrado de Formação será gradual e contínuo, pelo que este levantamento é importante para integrar toda a informação recolhida, estabelecer prioridades e criar acções de desenvolvimento de competências, olhando sempre para a Companhia de forma global. O terceiro momento, o do Master, tem como objectivo proporcionar formação de elevado nível em áreas específicas de especialização. É destinado aos colaboradores considerados estratégicos, entre os quais se incluem directores e jovens com

elevado potencial, a serem identificados através do sistema de avaliação de desempenho. O Master – que poderá ser um mestrado, um MBA ou uma pós-graduação – será ministrado por diversos estabelecimentos de ensino superior, com os quais a Açoreana vai desenvolver protocolos. Entre eles, contam-se o Instituto Superior Técnico, Universidade Nova de Lisboa, Universidade Católica, MIT e INSEAD. Esta formação extra-academia envolverá cerca de um por cento dos colaboradores.

Os cursos Os cursos de R2 e da Academia têm dois tipos de destinatários: a população corporativa (target 1) e a população comercial (target 2). São exemplos destes cursos temas como «Orientação para o Cliente», «Técnicas de Venda e Negociação», «Comunicação Assertiva e Gestão de Conflitos», «Técnicas de Apresentação», «Gestão do Tempo» e «Gestão de Equipas». Na Academia, serão ministrados os seguintes cursos: Avaliação de Desempenho e curso geral

de Gestão e Liderança, composto por três módulos – Gestão, Liderança e Gestão de Projectos. O módulo Gestão inclui um programa de dois dias dedicados a um simulador de negócios. Durante o primeiro trimestre deste ano foram realizadas sessões de formação no âmbito do R2, tendo como principal propósito homogeneizar as competências comportamentais da equipa. Ainda no campo da formação comportamental, serão avaliados os resultados das várias interacções com a organização, o diagnóstico quanto às necessidades de formação e a consequente proposta de conteúdos pedagógicos a desenvolver. Serão criados os conceitos teóricos, concebidos os materiais pedagógicos, com a realização do «Manual de Apoio ao Formando», identificação de estudos de caso e role-plays.


40 ELEMENTAR É ACREDITAR

Crédito mais ambiente

aposta nas energias renováveis

Os clientes Banif têm disponível um novo produto, que lhes permite aderir à utilização de energias renováveis e investir em soluções ecológicas de uma forma simples e sem grandes encargos.

Com o Crédito Mais Ambiente, o Banif oferece aos clientes um produto inovador no que respeita ao financiamento de soluções ecológicas. Através deste produto, direccionado para particulares e empresas, os clientes têm a oportunidade de investir em sistemas de energias renováveis, planos para a melhoria da eficiência energética, construção ecológica, tecnologias para reciclagem e tratamento de resíduos, bem como noutros projectos de conservação da natureza. O Banif é a primeira entidade em Portugal a permitir a aquisição de créditos para a neutralização de emissões de carbono e uma solução de financiamento em que o cliente escolhe livremente o fornecedor de equipamentos e os serviços de utilização de energias renováveis. Desta forma, além de ajudar o ambiente obtém uma série de vantagens, principalmente no que se refere à dedução do valor dos equipamentos em sede de IRS, quando aplicável, e à redução da sua factura energética.

O Crédito Mais Ambiente existe em duas variantes: crédito pessoal e crédito investimento. A primeira opção destina-se a clientes particulares, com um valor de financiamento mínimo de 500 euros e um máximo de 30 mil euros (até 100% do valor da factura, incluindo o financiamento dos encargos iniciais de crédito). Este produto tem um prazo até 96 meses, incluindo até seis meses iniciais de carência de capital. A segunda hipótese, o crédito investimento, é direccionada para micro e pequenas empresas,

empresários em nome individual e profissionais liberais. Neste caso, os valores de financiamento variam dos cinco mil aos cinquenta mil euros, com um prazo até 60 meses. No crédito pessoal a TAEG inicial é de 8,56% e no crédito investimento é de 8,63%, relativamente a empréstimos de valor máximo. Em ambos os casos a taxa de juro é indexada à Euribor a três meses. Para mais informações, simulação ou pré-aprovação do crédito contacte 800 200 200 ou visite uma agência Banif.


ELEMENTAR É ACREDITAR 41

poupança banif

Escolha quanto quer poupar O Banif oferece aos clientes particulares a possibilidade de fazer uma aplicação a prazo que permite um investimento do seu capital de forma gradual, segura e sem esforço.

A Poupança Banif é uma aplicação simples e flexível, que garante a rentabilidade dos seus investimentos. Com um mínimo de constituição de 250 euros, este produto de poupança não tem reforços obrigatórios, mas permite reforços programados ou pontuais a partir de 25 euros. A aplicação pode ser feita através do Banif@st, nas Agências Banif ou nos Centros Banif Privado. Este produto destina-se a todos os que queiram estabelecer o seu próprio plano de poupança e beneficiar de uma atractiva taxa de juro de 3,875%. Os juros serão creditados numa conta a prazo, no caso das aplicações constituídas atra-

prazo, para os produtos subscritos nas Agências Banif e nos Centros Banif Privados. A movimentação antecipada do montante aplicado é possível desde que o saldo remanescente não seja inferior ao mínimo estabelecido para a abertura do aforro, sendo que o Banif calcula uma penalização em função do tempo já decorrido. A Poupança Banif tem a duração mínima de seis meses e máxima de um ano, podendo renovar-se ou não automaticamente, de acordo com a opção do cliente. Esta é uma poupança que continua a encher e que permite aos clientes respirarem.

vés do Banif@st, ou numa conta à ordem ou a

Para mais informações consulte www.banif.pt ou ligue 808 200 200.


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O fado alegre «Canção ao Lado» é o álbum de estreia dos Deolinda, um fenómeno transversal da música portuguesa. Ana Bacalhau, vocalista da banda, encarna uma senhora de Lisboa com pouca sorte nos amores e que compõe as suas canções a espreitar a vida dos vizinhos, através das janelas da sua casa. «Canção ao Lado» insere-nos numa mistura de estilos: da música popular portuguesa ao rembetika grega, à ranchera mexicana, ao samba, à música havaiana, passando pelo jazz e o pop. O álbum faz uma aposta clara na diversidade instrumental ao compor músicas tocadas por guitarra portuguesa, contrabaixo, cavaquinho, viola braguesa, ukelele e guitalele. Este é um dos grupos mais inovadores dos últimos tempos.

Canção ao lado, Deolinda Ed. iPlay, 14 faixas

O Cineasta Centenário «Manoel de Oliveira – Cem Anos» é um catálogo sobre a vida e obra do cineasta mais velho do mundo em actividade. Este livro, editado quando o realizador atingiu um século de vida, foi organizado por João Benard da Costa em conjunto com Manoel de Oliveira, e tem por base uma entrevista ao cineasta. De acordo com a Cinemateca Portuguesa, responsável pela edição, o livro faz uma «retrospectiva integral da obra do realizador» e inclui «um texto centrado na análise crítica das 19 longas-metragens» realizadas por Oliveira entre 1990 e 2008. O livro tem prefácio de Agustina Bessa-Luís, textos de Victor Erice e João Benard da Costa e direcção gráfica de Rita Azevedo Gomes.

Manoel de Oliveira - Cem anos Ed. Cinemateca, 2008

o herói do bairro «Gran Torino» retrata a história de Walt Kowalski, um homem que viu partir ou falecer todos os vizinhos no bairro onde sempre morou. Isolado na nova vizinhança, constituída maioritariamente por comunidades latinas, africanas e asiáticas, emerge no ex-combatente americano na guerra da Coreia o racismo

da família Hmong, que mora na casa ao lado, pressionado por um gangue asiático, tenta roubar o seu carro, um Grand Torino de 1972. Para salvar a honra da sua família, o adolescente é obrigado a trabalhar para Walt. À medida que se tornam amigos, Walt começa a proteger Thao dos gangues e

para os Óscares este ano na categoria de melhor actriz para Angelina Jolie. O seu próximo trabalho será um drama histórico sobre o pós-apartheid na África do Sul. Segundo as declarações do realizador, agora com 78 anos, ao jornal britânico The Sun, em «Gran Torino»

e o ódio, especialmente para os imigrantes do continente asiático. Apesar da propagação de gangues, que espalham o terror junto da comunidade, Walt Kowalski, personagem representada por Clint Eastwood, nem tenciona abandonar a sua casa, nem as suas recordações, e decide permanecer no bairro. Contudo, o caso muda de figura quando Thao, o filho

o jovem asiático rapidamente se transforma num alvo a abater. «Gran Torino» tem a assinatura de Clint Eastwood, conhecido actor e realizador norte-americano, galardoado um pouco por todo o mundo. No total, já ganhou mais de 100 prémios dos quais se destacam quatro óscares. O último trabalho do realizador é «A Troca», que foi nomeado

será a última vez que participará num filme como actor. O papel de Thao Lor é representado por Bee Vang e é o primeiro trabalho do jovem actor de 17 anos, natural da Califórnia. O filme conta ainda com Christopher Carley, o Padre Janovich, que desempenhou recentemente um papel secundário no filme «Lions for Lambs» de Robert Redford.

Gran Torino, CLINT EASTWOOD EUA, 112’


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jantar fora

outras sugestões Braga Café Vianna Cozinha Portuguesa Praça da República Todos os dias, até às 02h30

Funchal La Belle Terrace Cozinha Gourmet Quinta das Vistas Palace Gardens 12h30 às 18h; 19h às 22h

Horta Canto da Doca Grelhados na pedra Rua Nova Todos os dias, 19h às 01h

Porto Restaurante Terra Cozinha Mediterrânica Rua do Padrão, 103 12h30 às 15h30; 19h30 às 01h30

Noobai Café O Noobai Café está situado no Alto de Santa Catarina, local mais conhecido por «Miradouro do Adamastor», uma denominação ganha através da estátua que aqui figura e que Camões tornou célebre nos «Lusíadas». Hoje é um dos locais mais concorridos de Lisboa. O nome deste café nasceu da expressão crioula de Cabo Verde que significa «nós vamos». Com uma das panorâmicas mais espectaculares sobre a cidade, com vista para o Tejo, a ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, a esplanada é ideal para descontrair. Deste terreiro, outrora conhecido pelo Monte do Pico ou do Belveder, observavase, na época dos Descobrimentos, o movimento dos navios que entravam e saíam da cidade. O espaço já foi chamado de «restaurante Marinheiro», por ser propriedade da Associação dos Marinheiros da Marinha Mercante. O Noobai Café conta com uma esplanada agradável para o verão e com uma sala interior,

para o inverno. Aqui servem-se sopas, saladas, queijos, bagels e tostas, entre outras sugestões no menu, que se adequam às várias refeições do dia. É também um sítio ideal para poder levar os mais novos, que têm à sua disposição um cantinho com jogos e brinquedos. Este espaço aposta ainda na qualidade sonora através da presença de alguns DJ convidados, com influência de diferentes estilos musicais. Um espaço para saborear momentos de pausa e desfrutar da cidade. NOOBAI CAFÉ Miradouro do Adamastor, S.ta Catarina, Lisboa Domingo a quinta-feira: 12h-20h Sexta-feira e Sábado: 12h-24h



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