ALVAREZ/FIEB
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BAHIA
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2 - Sustentabilidade
O momento é
AGORA Grandes e pequenas empresas dão o exemplo em inovação, mas é preciso aproveitar a oportunidade para a Bahia ser mais competitiva
PATROCÍ N I O G LO BAL
PATROCÍ N I O TR ADE
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Agenda em debate MARINA SILVA
Agenda Bahia reuniu seis palestrantes e nove debatedores. Confira as principais ações apontadas pelos executivos e especialistas para desenvolvimento do estado.
Vantagens A Bahia tem cursos universitários reconhecidos em todo o país, o que poderia favorecer um ambiente de pesquisa e inovação. Estão instaladas no estado, com unidades industriais ou sedes, algumas das principais multinacionais brasileiras. Para inovar como cidade, a Bahia tem um patrimônio histórico famoso no mundo, muitas atrações turísticas e uma economia crescente, com índices acima do país.
Para competir tem que inovar Agenda Bahia debate ações pelo crescimento do estado Rachel Vita Muitas vezes a gente nem percebe, mas quase tudo que usamoshojeemdiateveportrás um investimento em inovação. Do celular à máquina de lavar roupa. Do jornal que você está lendo ao carro mais potente e menos poluente. Asempresasquesedestacam dentro e fora do país descobriram que, para serem mais competitivas, precisam de investi-
mento em pesquisas e inovação - tanto de produtos quanto de processos e gestão. Conseguem assim inovar, reduzir custos, impacto ambiental e ter diferencial, ampliando a base de consumidores. Mas no Brasil, essa prática é restrita e o investimento em inovação considerado baixo na comparação com outros países, como a China, que a cada dia conquistam novos mercados. A Bahia, apesar dosavanços,comoaconstrução do Parque Tecnológico, ainda precisa investir muito nessa área para ser também mais competitiva e aumentar as riquezas para os baianos. Neste caderno, você vai conhecer o que as grandes e pequenas empresas no país e na
Bahia estão fazendo para inovar. No seminário Agenda Bahia, promovido na última quarta-feirapelojornalCORREIOea rádio CBN, com o apoio da Fieb, executivos de multinacionais, especialistasrenomadoseautoridades apresentaram ações inovadoras e debateram sobre osdesafiosqueprecisamserenfrentados no estado para o desenvolvimento sustentável da Bahia. O próximo seminário, no dia 14 deste mês, vai debater Agronegócio,comfoconaIndustrialização e a Economia Climática, temas urgentes da pauta de regiões que querem fazer a diferença. É o jornal CORREIO e a rádio CBN inovando pela Bahia.
Desafios - Investimento maior no PIB (Produto Interno Bruto) em inovação - Investir na exportação de tecnologia e em projetos de inovação para aumentar competitividade - Investimento em tecnologias limpas, redução de emissão de resíduos e gases poluentes
Como avançar - Motivar empresas para dar o salto tecnológico com políticas públicas que estimulem a inovação empresarial - Sistema integrado entre governo, universidade e empresas por melhores resultados e práticas sustentável - Produtos inovadores têm até 10 vezes mais valor agregador e reduzem custos das empresas
expediente Diretor de redação: Sergio Costa (sergio.costa@redebahia.com.br) Edição: Rachel Vita (rachel.vita@hotmail.com) Reportagens Luciana Rebouças (luciana.reboucas@redebahia.com.br), Luiz Francisco (luizfranciscojornalista@gmail.com), Maria José Quadros (maria.quadros@redebahia.com.br) Design: Morgana Miranda (morgana.lima@redebahia.com.br) Tratamento de imagens Raniere Borja Oliveira (raniere.oliveira@redebahia. com.br) e Erlanney Rocha (erlaney.rocha@redebahia.com.br)
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Pilares sustentáveis MARINA SILVA
Inovação na Braskem é prioridade para alcançar liderança Luiz Francisco Com 35 unidades espalhadas por três continentes (28 no Brasil, 5 nos Estados Unidos e 2 na Alemanha), a Braskem trabalha com três pilares relacionados à inovação para alcançar a liderança mundial da química sustentável em 2020: operações e recursos cada vez mais sustentáveis, portifólio de produtos cada vez mais sustentável e soluções para uma vida mais sustentável. “Os investimentos em inovação são a principal alternativaparaenfrentarmosesuperarmos os nossos concorrentes”, disse o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, em sua palestra no segundo seminário Agenda Bahia. De acordo com Carlos Fadigas, os resultados operacionais registrados pela empresa demonstram que a Braskem está certa em priorizar a inovação. “Os produtos lançados nos últimos três anos foram responsáveis por 12% da nossa receita em 2009”, afirmou. Para aumentar esse percentual, a empresa investe em tecnologia. “Temos 220 pesquisadores e 400 patentes registradas”, acrescentou. Fadigasdissequeosresultados das pesquisas desenvolvidas com o termoplástico, o principal produto fabricado pela Braskem, já fazem parte do dia a dia das pessoas. O executivo também apresentou dados que demonstram que a inovação tecnológica e a sustentabilidade caminham juntas na Braskem. CONTRAPARTIDA “Em relação a 2009, conseguimos no ano passado reduzir acidentes de trabalho em 79%, a geração de resíduos em 62%, a geração de efluentes em 36% e o consumo de energia em 10%. Esses resultados são excelentes, ainda mais se levarmos em consideração que há fundos que só compram ações de empresas comprometidas com a sustentabilidade”, lembrou. Os funcionários da empresa, segundo Fadigas, trabalham para oferecer produtos quesatisfaçamasnecessidades da sociedade, considerando os aspectos sociais, econômicos e ambientais. “Mas é preciso deixar claro que às empresas cabe gerar o lucro para não comprometer o futuro”. Segundo o executivo, a Braskem deu mais uma demonstração em sua estratégia de crescimento sustentável ao inaugurar no Polo de Triunfo (Rio Grande do Sul) a sua unidade de Polímeros Verdes, a
Desafio Carlos Fadigas comparou o Brasil com a Alemanha para demonstrar que os investimentos em inovação geram riquezas: “Com 85 milhões de habitantes, a Alemanha possui um PIB de US$ 3,5 trilhões porque exporta tecnologia. As commodities que o Brasil vende para o exterior são importantes, mas o país precisa investir mais em inovação se quiser chegar a uma grande potência mundial”.
primeira no mundo a utilizar o etanol de cana-de-açúcar para a produção em escala comercial de eteno e polietileno. Essa unidade tem capacidade para produzir 200 toneladas/ano — cada tonelada sequestra até 2,5 toneladas de CO2 que estavam na atmosfera, colaborando na redução do efeito estufa. EFEITO De acordo com Fadigas, o crescimento populacional, a escassez de energia e as mudanças climáticas serão os principais problemas a serem enfrentados pelos países nos próximos anos. “As nações que dominarem a tecnologia e investirem em projetos de inovação serão muito mais competitivas”, disse. Segundo ele, com a globalização, todos os países sabem o que é preciso fazer para avançar. “Não existem mais mistérios, os problemas e as soluções estão à vista de todos. O
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NOVO USO DO PLÁSTICO
Investimentos em inovação são a principal alternativa para superar os nossos concorrentes Brasil precisa apenas fazer o dever de casa para se tornar um país cada vez mais competitivo no cenário internacional.”
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Novas embalagens para produtos tradicionais Modernização, redução do peso e desperdício
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Sacaria de café Substituição da juta com ganhos na conservação do produto
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Máquinas de lavar Menor custo e peso, substituição do aço do gabinete e tampa das máquinas de lavar roupa
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Caixas hortifrutícolas Redução do desperdício e da contaminação de frutas, verduras e legumes
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Silos flexíveis para grãos Custo mais baixo e instalação mais rápida com silos flexíveis para armazenamento de grãos
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Brasil investe pouco
Inovação agrega 10 vezes mais valor na produção com menor custo Luciana Rebouças O Brasil ainda investe muito pouco em inovação. Somando oinvestimentopúblicoeprivado, o país destina 1,15% do seu PIB, o que, comparado aos padrões internacionais, é considerado pouco, segundo o presidente da Associação Nacional dePesquisaeDesenvolvimento de Empresas Inovadoras (Anpei), Carlos Eduardo Calmanovici, um dos palestrantes do 2º seminário do Agenda Bahia Sustentabilidade.
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Desafios Em sua palestra, Calmanovici citou como se deve investir em inovação: - Encontrar motivação nas empresas para dar o salto tecnológico necessário - Fortalecer a agenda nacional para pauta e políticas públicas que estimulem a inovação empresarial necessária - Envolver o governo, a universidade e as empresas em um sistema comum.
Calmanovici exemplifica que a China já investe cerca de 2% do PIB em inovação, e os países desenvolvidos, em torno de 2,5% do PIB. Além deste cenário já positivo, a meta da China é alcançar os 2,5% de investimentos do PIB em inovação até 2015. “Ou seja, nós (o Brasil) temos ainda um caminho longo pela frente, pois o nosso PIB é pequeno, se comparado às outras economias, e a nossa porcentagem de investimento é ainda mais baixa”, critica. CONCILIAÇÃO O presidente da Anpei falou sobre a importância de se trabalhar de forma integrada: as empresas, o governo e as universidades. “Precisamos do sistema todo trabalhando para termos um melhor resultado”, alertou. Outro ponto de destaque para Calmanovici foi sobre a relação da competitividade e da sustentabilidade. “Como conciliar essas duas forças? Elas parecem conflitantes, mas não são”, confirma. Para o especialista, é exatamente através da inovação que é possível competir sendo sustentável. “Tem que criar uma lógica nova para conseguir esta interseção”, analisa. Ele acredita que as estratégias sustentáveis são a nova forma de se fazer negócios e as divide em três eixos. O primeiro deles é que a
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sustentabilidade estimula a inovação, com isso, as empresas pensam em novas soluções para atender ao bem-estar das pessoas e que respeitem o meio ambiente. “Antecipamos tendências, com tecnologias limpas, emissão de resíduos zero, dentre outros”. SUSTENTÁVEL Outro eixo de atuação é que a sustentabilidade agrega valor ao negócio, por permitir desenvolver produtos diferenciados e porque a sociedade passa a enxergar as empresas de forma diferenciada, por serem ambientalmente responsáveis. O terceiro e último, eixo exposto por Calmanovici, se sustenta de que a sustentabilidade aproveita as matérias-primas renováveis e alternativas e que isso agrega até dez vezes mais o valor do produto. “No nosso último congresso da Anpei deste ano tivemos mais de 80% dos trabalhos apresentados sobre inovação com foco em sustentabilidade. É algo que já está acontecendo no país e é visível”, comentou. Para Calmanovici, isso indica que as empresas que são inovadoras estão no caminho da sustentabilidade. “Hoje, 2% do faturamento dessas empresas é gasto com sustentabilidade, o que já é bastante significativo”, comemora.
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Salto no tempo
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Plataforma no fundo do mar para a Petrobras não é ficção. É inovação Luiz Francisco A necessidade de avançar sempre transformou a Petrobras em exemplo para o mundo quando o assunto é inovação na área de petróleo e gás. O desenvolvimento da empresa nesse setor teve início com a descoberta de grandes reservas na Bacia de Campos, nos anos 70, e agora caminha para um novo e ousado patamar, a exploração de óleo na camada do pré-sal, a quatro mil metros de profundidade ou até mais. Para explorar os poços da Bacia de Campos, a companhia teve de desenvolver tecnologia para exploração em águas profundas. Os antigos mergulhadores, que só podiam descer com segurança a até 300 metros de profundidade, foram substituídos por equipamentos de robótica, o que permitiu chegar a três mil metros de profundidade. Explorar o óleo das rochas do pré-sal exige um novo padrão tecnológico - e é o que a Petrobras está criando, através de seu Centro de Pesquisa (Cenpes), hoje o maior do Hemisfério Sul, e de parcerias com universidades e instituições de pesquisa em todo o Brasil e também no exterior. Em palestra no seminário sobre Sustentabilidade com Foco em Inovação do Agenda bahia, quarta-feira, o presidente do Cenpes, Carlos Tadeu Costa Fraga, disse que ainda este ano a estatal começará a utilizar um equipamento para separar o óleo da água no fundo do mar, o que hoje é feito no convés das plataformas. Também está sendo estudada uma nova forma de perfuração, sem o uso de tubulações, através da utilização de lazer para destruir as rochas. Outra linha de pesquisa se debruça sobre o uso de nanopar-
tículas para mudar as características das rochas e facilitar a exploração, permitindo que esses nanomateriais possam transmitir informações. Há também interesse em veículos teleguiados para inspeção do fundo do mar. Até mesmo centros de produção no fundo do mar, operados remotamente e com segurança a partir de salas de controle em terra, estão sendo planejados. Sonho? Fraga diz que não. “Tudo isso pode estar acontecendo dentro de dez anos ou até menos”, acredita, lembrando o desenvolvimento vertiginoso que se observa na área de informática. “Nossa ambição é mudar radicalmente a forma de produzir em águas profundas”, declara. Ele diz que a Petrobras tem como visão desenvolver uma nova geração de tecnologia no Brasil. Como aconteceu com a tecnologia criada para a Bacia de Campos, hoje um padrão mundial.
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INVESTIMENTO ANUAL
1,2 bi de dólares é o que a empresa investe em inovação
Microempresa Segundo Carlos Tadeu, 1/3 da população mundial não conhece nenhuma fonte moderna de energia. Para ele, no Brasil também é preciso investir mais em inovação. Ter novas políticas públicas de incentivo a essas práticas e também na formação de engenheiros. “A inovação deve visar o usuário final. A micro e pequena empresa tem uma grande capacidade de inovar. Não podemos esquecer o exemplo da Microsoft, que começou assim”, lembrou.
Mix se diversifica com as energias renováveis
A Petrobras também caminha em outra direção. A diversificação no mix de produtos da companhia faz parte de sua estratégia de crescimento e, desse modo, as pesquisas em torno de outros tipos de energia estão na linha de frente da companhia. “Do mesmo jeito que a idade da pedra não acabou por falta de pedra, a idade
do petróleo não vai acabar por causa do petróleo”, brincou Carlos Tadeu Costa Fraga, presidente do Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes. “Por isso, temos a obrigação de trabalhar na transição de energias sustentáveis”, completa. A empresa aposta em biocombustíveis, gás-química, entre outras fontes.
Fraga destacou o potencial do Brasil e da Bahia quanto à produção de energias de fontes renováveis de origem fóssil. Ele lembrou que foi na Bahia que o petróleo foi descoberto no Brasil e onde se instalou a primeira refinaria planejada, observando que o estado tem grande vocação para óleo e gás e energias renováveis.
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Mais apoio para os pequenos
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dito para empresas que precisam de máquinas para inovar”, explicou Ênio Duarte Pinto, gerente de Inovação e Tecnologia do Sebrae. Segundo Ênio, embora o Brasil seja um dos países mais empreendedores do mundo Maria José Quadros ocupa o topo do ranking de empreendedorismo dos paíO Sebrae firmou uma par- ses do grupo G-20 - tem um ceria com o Banco Nacional de alto índice de mortalidade de Desenvolvimento Econômico empresas. Entre 22% e 25% e Social (BNDES) para o finan- dos negócios criados fecham ciamento de máquinas a mi- em dois anos. Isso porque boa cro e pequenas empresas, parte deles surge por necessidentro do seu programa de dade, isto é, são iniciativas de tecnologia e inovação, o Se- pessoas que se sentem sem braetec. O apoio vai se somar à opção e empregam todo o seu consultoria já prestada pelo capital numa pequena emSebrae às empresas de peque- presa, em vez de resultar da no porte, com vistas a estimu- identificação de oportunidalar a competitividade e garan- des concretas. “Ao contrário do grande tir sua sobrevivência. ARISSON MARINHO “O Sebrae analisa a linha de empresário, quando um pequeno empreendedor ‘quecrédito mais adequada, faz o bra’ fica endividado, com o estudo de viabilidade que será nome ‘sujo’, enfim, comproencaminhado ao BNDES, facimete-se como pessoa física e litando assim o acesso ao crédeixa em dificuldades toda a sua família, já que a maioria dos pequenos negócios é empreendimento familiar. A dimensão humana desse quaEm vez de estimular novos pequenos dro é muito grannegócios, tornar os que já existem de”, comentou inovadores e sustentáveis, de modo Duarte Pinto. que possam competir no mercado e garantir sua sobrevivência. A maioria CONSULTOdeles é representada por empreendiRIA Para mitigar mentos familiares, responsáveis peesse quadro, o lo sustento de 21 milhões de brasiSebrae oferece leiros. Nada menos do que 52,2% consultoria atrados empregos no país são geravés dos agentes lodos por micro, pequenas e cais de inovação, médias empresas. que fazem diagnósticos e, quando necessário, aproximam os pequenos empresários de fornecedores de serviços tecnológicos. O Sebrae subsidia em até Aumentar a participação das micro e Criar uma cultura da inovação e de 90% o investimento, e ainda pequenas empresas no Produto Insustentabilidade nas micro e pequeparcela os 10% que cabem ao terno Bruto (PIB) brasileiro. Embora nas empresas. Empresários desse empreendedor. 99% dos negócios no Brasil sejam deporte costumam acreditar que só as Apesar de haver alguma resenvolvidos por empresas de pequeno empresas maiores precisam se preosistência, a procura tem auporte, como, aliás, acontece no resto cupar com isso. O desafio é convenmentado - este ano, a meta é do mundo, estas contribuem com cê-los de que inovação é essencial atingir 20 mil atendimentos. A apenas 20% na geração de riquezas para a sobrevivência da empresa, já maioria está interessada em para o país. Nos países desenvolque busca aumentar receita e rereformular o produto, para vidos, essa participação gira duzir custos, e aproximá-los de aumentar a qualidade, baixar em torno dos 55%, segundo consultorias e fornecedores custos e torná-lo mais comdados do Sebrae. de serviços tecnológicos. petitivo. No item custos, uma das práticas mais recomendadas é a adoção de programas de eficiência energética - há segmentos, como padarias, açougues e cerâmica em que a energia pode representar até 50% dos custos. Em parceria com o Inmetro e a ABNT, o SePara gerente do Sebrae, essa fórmula é turbinada quando a empresa é inovadora: brae orienta o empreendedor ela se torna mais produtiva, reduz desperdício, descobre novos nichos e tem mais sobre como cortar significativamente esses gastos. cliente. Esse conjunto de ações resulta em aumento de lucratividade.
Sebrae oferece consultores e financiamento como diferencial
Desafio
Riqueza
Nova cultura
R - C= L (Receita - Custo= Lucro)
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Parado no tempo Para especialistas, País não está preparado para a era da competição Maria José Quadros O ciclo de três palestras programadas para a primeira parte do seminário sobre o tema Sustentabilidade, com fo-
co em Inovação, do Agenda Bahia, foi encerrado com o debate Como a Inovação Pode Transformar a Economia da Bahia e do País, em que ficou claro o sentimento dos participantes. Em resumo, eles concordaram que há poucas empresas brasileiras inovadoras, a maioria está atrasada em relação às suas concorrentes de outras partes do mundo e é preciso andar rápido para não perder competitividade.
Lentidão nos processos Carlos Eduardo Calmanovici, da Anpei, vê o ambiente macroeconômico do país desfavorável para investimentos, especialmente em inovação, que envolve um alto grau de risco. Ele reconhece que o governo vem tentando estimular o desenvolvimento tecnológico, mas diz que é preciso mais, até porque inovar se tornou uma exigência. Calmanovici considera que o registro de patentes no Brasil é um entrave. Hoje, uma patente leva até nove anos para ser deferida. A Anpei está lutando para aumentar o número de examinadores do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para 300. Nos EUA, são cerca de seis mil e, na China, nove mil.
Mediado pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Reinaldo Sampaio, o debate contou com a participação dos três palestrantes - Carlos Tadeu Costa Fraga, presidente do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Carlos Eduardo Calmonovici, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), e Carlos Fadi-
gas, presidente da Braskem. Participaram ainda o coordenador do Fórum de Inovação da Fieb, Armando Neto, e a diretora de Fortalecimento Tecnológico da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Telma Cortes. Embora reconheçam o atraso do país nessa área, os debatedores concordaram que o Brasil oferece muitas oportunidades em desenvolvimento tecnológico. É que,
Falta de pessoal Ao contrário do dirigente da Anpei, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, acha que o Brasil possui hoje boas condições econômicas para investir em inovação. Na sua opinião, esse investimento deve passar pela preparação de recursos humanos, principalmente de engenheiros, com as universidades criando mecanismos que confiram a esses profissionais uma visão de desenvolvimento sustentável. A Braskem, disse ele, tem o objetivo de formar 500 engenheiros por ano para a indústria petroquímica, além de manter um diálogo com várias frentes e estabelecer parcerias com outras empresas para o desenvolvimento do produto.
ao lado do porte do país, diversidade e riqueza, ainda há muito a ser feito. As empresas ainda não estão maduras, mas as medidas de estímulo que vêm sendo tomadas pelo governo foram bem recebidas por todos os debatedores. Apesar disso, eles concordaram que ainda não são suficientes. Uma das questões a serem atacadas, disseram, é a formação de recursos humanos.
Longo caminho As políticas adotadas nos últimos anos pelo governo no campo da inovação trouxeram algum avanço para o país, mas ainda é preciso que os resultados alcançados sejam aplicados no processo produtivo, disse o presidente do Centro de Pesquisas da Petrobras, Carlos Tadeu Costa Fraga. No debate, ele assinalou que o mais importante no processo é “a aplicação do conhecimento gerado e não a geração do conhecimento“. Para Fraga, há um grande caminho ainda a ser percorrido até que as políticas traçadas pelo governo se reflitam de fato nas empresas e contribuam para torná-las mais modernas e competitivas. MARINA SILVA
Inovação desde o ensino fundamental
Momento de oportunidades
Para criar um ambiente propício ao desenvolvimento tecnológico e à inovação no país é preciso criar uma cultura. Isso passa pela educação, via a introdução científica nas escolas de ensino fundamental. É o que defendeu, no debate, a diretora de Fortalecimento Tecnológico da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Telma Cortes, que representou o secretário Paulo Câmera. Ela disse que o governo do estado tem feito a sua parte, através do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica (Inovatec) e dos editais para pesquisadores e bolsistas lançados pela Fapesb, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.
Para o superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e coordenador do Fórum de Inovação da Fieb, Armando Neto, Brasil e Bahia apresentam muitas oportunidades na área de inovação, porque há muito a ser feito. Ele lamentou, porém, o fato de o país não estar preparado, com exceção das grandes empresas. “Precisamos introduzir o DNA da inovação nas médias e pequenas empresas”, observou. Armando Neto advertiu os médios e pequenos empresários sobre a urgência de tomar a inovação como algo prioritário. Conforme preveniu: “É preciso inocular esse ‘vírus’ do bem em nossas empresas”.
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A marca da Bahia ARISSON MARINHO
Amado mostra que cidades como Salvador também podem se reciclar Luiz Francisco Presidente da Ogilvy, terceira maior agência de publicidade do Brasil, o baiano Sérgio Amado defendeu um maior investimento público em infraestrutura como forma de alavancar a marca Bahia, que, segundo ele, “vem sofrendo abalos”. “Ou temos um projeto para a marca Bahia, apoiado pelo governo, ou não temos nada. O projeto para a marca Bahia deve ser um projeto de estado, não um projeto de governo”, disse Amado, durante a sua palestra no Agenda Bahia. Em sua apresentação, Amado ressaltou a necessidade de se ter disciplina para se criar uma marca e citou como exemplo o investimento do governo da Colômbia na divulgação do café produzido no país. Segundo o publicitário, o estado definiu um investimento anual de US$ 25 milhões para divulgação do produto no exterior, o que tornou o café colombiano uma referência de qualidade no exterior. “Apesar de o Brasil produzir um café de melhor qualidade, nunca consePara Sergio Amado, Salvador deve aproveitar a guimos comercializar o Copa de 2014 para ter o seu legado. “Temos pouco produto com os preços mais de 50 quilômetros de litoral, um patrimônio da Colômbia. Para se histórico reconhecido mundialmente e muitas sustentar uma marca atrações turísticas, além da musicalidade e dos tersão necessários discireiros de candomblé, que encantam os visitantes. O plina e investimentos problema é que a cidade não oferece segurança, o constantes, como o trânsito é um dos piores do Brasil, as ruas e avenigoverno colombiano das estão sujas e esburacadas”, afirmou. Segundo vem fazendo”, explicou Amado, a hora é de unir forças pela cidade. “As Amado. marcas Bahia e Salvador, que têm força e apelo popular impressionantes, voltarão a ter ANTES DE DIVULGAR um grande destaque e poderão ser Segundo o publicitário, os ‘vendidas’ com muita facilidade”, recursos tangíveis para disse Amado. construção da marca de um estado, ao contrário do que acontece com produto convencional, que se baseia em pilares como preço e serviço, estão centrados em recursos
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
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Conhecer o público alvo: A empresa precisa saber quais os desejos e necessidades dos seus consumidores Ser um bom produto: Para que isto ocorra, é preciso investir em tecnologia, inovação e adequação à realidade dos locais onde o produto será comercializado
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Investimentos em comunicação: A construção da imagem de uma marca requer disciplina e investimentos constantes em publicidade, porque o produto precisa estar em evidência para mostrar os seus diferenciais.
como infraestrutura, segurança, urbanismo, cultura, educação e oportunidades para as pessoas e para quem investe e quer viver no estado. “Não adianta fazer comunicação sem termos infraestrutura. A marca deve oferecer uma realidade maior do que as expectativas criadas. A Bahia precisa corrigir as questões estruturais para oferecer o melhor produto a seus investidores”. O publicitário também destacou que a capital baiana tem muitos problemas que influenciam negativamente a consolidação de sua marca. “O trânsito aqui é caótico, a cidade está suja, as ruas e avenidas estão esburacadas”, disse o publicitário. Apesar das críticas, Sérgio Amado destacou que a capital baiana ainda é bem percebida em diversos aspectos como personalidade, confiança e fidedignidade. “Uma marca para ser consolidada demora muito tempo, pelo menos 20 anos. É preciso esquecer o passo e ter vontade política.” Como exemplo de construção de marca com sucesso, Amado trouxe como case a experiência de Porto Rico que, há 50 anos, conseguiu construir o seu posicionamento e se tornou um dos grandes destinos turísticos do mundo. “Neste caso, a experiência foi um sucesso, porque o estado fez o trabalho dele primeiro, preparando a infraestrutura. Depois deste trabalho, foi fácil para a comunicação construir a outra parte”, disse Amado. A campanha para lançamento do projeto, criada pela agência Ogilvy, trouxe o músico violoncelista Carlos Casals para a campanha de lançamento do país como destino turístico,oquedespertouointeresse da mídia internacional e, rapidamente, o país se tornou um dos principais destinos turísticos da América. Para comemorar os 50 anos de sucesso do roteiro turístico, a agência retomou a campanha, agora trazendo o fotógrafo Elliott Erwitt, um dos mais famosos fotógrafos americanos.
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O fator humano Inovação é debatida e especialistas querem ação Luciana Rebouças Um debate marcado por divergências de ideias: foi assim que se encerraram as discussões do Agenda Bahia, realiza-
do na quarta-feira passada. Enquanto alguns especialistas acreditam que a inovação e a sustentabilidade já são processos em prática no país, houve quem discordasse e acreditasse que ainda não se colocou processos de inovação em prática porque o pensamento está engessado em processos rígidos, como são os processos industriais. O debate foi mediado pelo diretor de redação do COR-
REIO, Sergio Costa, e contou com a presença e a participação do arquiteto Antônio Caramelo, do assessor de sustentabilidade do grupo Coelba/Neoenergia, André Gondim, do diretor-executivo do Gad'Innovation, Charles Bezerra, e da coordenadora de Inovação da Ufba, Cristina Quintella. Costa questionou o que falta para uma terra como a Bahia, tão cantada em criativi-
dade, avançar nesta questão da inovação. Também foi alvo do debate o custo dos produtos mais sustentáveis, ou seja, se seria possível a população de baixa e média renda fazer uso deles. Nesse ponto, Gondim ressaltou como a Coelba usa os programas sustentáveis para favorecer a população mais carente do estado. Caramelo focou sua apresentação no uso dos materiais sustentáveis e como é possível
economizar. Já Bezerra, com uma explanação mais filosófica, falou sobre a necessidade de atingirmos um nível mais alto de ideias inovadoras. Já Quintella apresentou ideias na área acadêmica. “E também somos um jornal que inovou”, reforçou Costa no final do debate. O CORREIO alcançou este mês de agosto a média de 60 mil exemplares por dia e está entre os 20 maiores jornais do país.
Caramelo: resultado provado em casa
Gondim: um novo papel para empresas
O arquiteto Antônio Caramelo comentou que ouvia as pessoas falarem sobre obras sustentáveis, mas foi ao partir para a prática que comprovou que o investimento em materiais verdes vale mesmo a pena. O arquiteto começou a construção de um escritório sustentável que, segundo ele, terá retorno em dois anos. Suas contas de luz diminuirão e o gasto com água também. “Tem gente que diz que a implantação de uma obra sustentável custa 10%, 15% ou até 20% a mais. Para mim, não estava claro e resolvi começar a
Para o assessor de sustentabilidade do grupo Coelba/Neoenergia, André Gondim, as empresas precisam cumprir o seu papel com relação às questões sustentáveis e a Coelba já atentou para esta demanda há alguns anos. A empresa fez este ano investimento de R$ 1,3 bilhão, sendo que metade desse recurso é destinada a melhorias no sistema e ao uso eficiente da energia elétrica. “As pessoas me perguntam por que queremos que os baianos consumam menos energia. Mas só queremos é que as pessoas consumam a
fazer para ver quanto custa”, contou sobre a obra do seu escritório. Para Caramelo, esse tipo de material também pode alcançar a população de baixa renda, à medida que as pessoas forem aderindo a eles e seus preços caírem por causa do aumento de produção. Caramelo ainda foi enfático ao defender que a sustentabilidade é uma questão de atitude e apostou na formação de novos profissionais na área, contratando 50 estagiários. “Tem que se fazer alguma coisa, com atitudes agora, que melhorem o planeta”, ponderou.
energia de forma adequada”, alertou Gondim. Ele enumerou vários programas da Coelba, como a troca de geladeiras usadas por geladeiras novas, que chega a reduzir até 70% a conta de luz de famílias carentes, e o vale-luz, que tem recolhido material reciclável e dado descontos na conta de luz como contrapartida. A Coelba também tem o primeiro projeto de Pesquisa e Desenvolvimento de Sustentabilidade no setor elétrico, para buscar soluções na diminuição dos riscos de 22 processos da empresa. ARISSON MARINHO
Charles Bezerra: ‘Inovação é gente’
Quintella: ‘Ainda somos analfabetos’
O diretor-executivo do Gad'Innovation, Charles Bezerra, foi uma das vozes polêmicas no debate. Para ele, ainda estamos em um estágio muito baixo nos avanços de processos de inovação e mais sustentáveis. “Por causa da Revolução Industrial, nos acostumamos aos processos rígidos, a um pensar industrial. As pessoas querem pensar e não conseguem, porque o poder está nos processos”, analisou. Para o executivo, é necessário ter coragem para se pensar algo novo e desbloquear a mente. “Inovação é
A coordenadora de Inovação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Cristina Quintella, começou sua exposição dizendo que , quando o assunto é inovação, ainda somos analfabetos no geral, sendo semianalfabetos quando se trata da academia. “Temos um lapso, porque temos uma ideia, registramos a patente, mas não sabemos e não temos incentivos para colocar em prática depois”, analisou Quintella. Para a coordenadora, os incentivos em inovação estão no empreendedorismo individual, mas quando se
gente. Tem que colocar os setores de Recursos Humanos para pensar como maximizar essas pessoas para ter ideias originais e isto é uma revolução cultural”, ponderou. Para Bezerra, o estágio em que estamos está comprometido e a sociedade ainda não entendeu que é através das questões e do diálogo que se chega a novas ideias. “Já se pensou em até certificar as empresas como inovadoras. Se inovação tem a ver com o futuro, como vamos avaliar essas companhias no presente?”, criticou.
trata de transferir tecnologias, os baianos ainda deixam muito a desejar. Para Quintella, é preciso olhar para a tecnologia, com preocupação para as estruturas e os financiamentos. A coordenadora também ressaltou as deficiências da própria academia, quando se deparou com alunos sem saber escrever patentes, ou analisar aspectos mais burocráticos, como contratos. “Tem que aprender a colocar a patente, fazer um relatório. Eu tenho fé no nosso estado, que ele vai dar a volta por cima”, ponderou Quintella.
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ARISSON MARINHO
Desafios Para o presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão deve-se aumentar a repercussão das políticas sociais, para ele, o maior desafio do poder público. E ainda repensar o modelo de consumo e o grau de produção, considerado insustentável para o Instituto Ethos
Planejar Abrahão defendeu ainda planejar avanços e ações em cada área das empresas, como para os clientes, funcionários, meio ambiente. Outras ações: - Ampliar a atuação para além da área verde, que é a mais visada pelas empresas atualmente - Implantar ações para ampliar a integridade e transparências nas empresas
Ações conectadas Responsabilidade deve ser de todos juntos por uma sociedade melhor Luciana Rebouças As responsabilidades sociais empresariais não podem se esgotar em ações individuais, já que essas ações sozinhas não irão operar o tamanho das mudanças que a sociedade necessita. Foi com esse enfoque que o presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, abriu a palestra Responsabilidade Social Empresarial: Experiências em Inovação para a Sustentabilidade, durante o Agenda Bahia. Abrahão defendeu durante toda a sua exposição que os empresários e a sociedade pensem em ações para transformá-las em políticas públicas, porque só assim elas terão
o alcance desejado. Abrahão também apresentou exemplos de projetos concretos já desenvolvidos pelos grupos de trabalho no Instituto Ethos. Um deles é o Conexões Sustentáveis São Paulo Amazônia, que mostra para os consumidores paulistas o impacto do seu consumo em outra região do país. CONSUMO “Percebemos que a carne que consumíamos em São Paulo contribuía para o desmatamento na Amazônia, a mesma coisa com a madeira. Ao mostrarmos isso para os consumidores, e com a adesão dos supermercados, conseguimos mudar esses hábitos de consumo”, comentou o especialista. Porém, as ações não devem ser desenvolvidas apenas na esfera verde. “Muitas empresas atuam apenas no pilar verde e acabam esquecendo as ações de integridade e de transparência”, avalia. Por
Temos que transformar as práticas empresariais em políticas públicas, porque ações individuais não alcançam o tamanho da mudança necessária
causa disso, o Instituto Ethos desenvolveu três plataformas de atuação: a inclusiva, a verde e a responsável. “Por inclusiva, entende-se questões como a erradicação da pobreza, tida como prioritária. Queremos também dar acesso a condições dignas de vida”, elenca Abrahão. DESIGUALDADE O Instituto Ethos aposta nas mesmas práticas dentro da própria instituição. Um dos modelos é ninguém na entidade ter um salário 14 vezes maior que o funcionário que ganha menos. “A desigualdadeéumdosproblemas mais graves. Temos uma pesquisa que demonstra que, independentemente do país ser pobre, ou ser rico, o que gera problemas sociais é a amplitude desta desigualdade”, analisa Abrahão. Para ele, enquanto não encararmos esta questão, o Brasil terá muitos problemas para enfrentar, como os de violência.
Outro convite que o presidente do Ethos fez foi para as cidades se inscreverem no programa Cidades Sustentáveis, que irá obter compromissos dos candidatos políticos nas próximas eleições e mensurar o cumprimento dessas metas em indicadores, permitindo a toda a população acompanhar e fiscalizar seu desempenho político. MOBILIDADE “Hoje, em São Paulo, gastamos uma média de 2 horas e 43 minutos no trânsito diariamente. Os candidatos à Prefeitura terão que se comprometer a diminuir o problema da mobilidade urbana e serão cobrados por isso”. Abrahão ressaltou que o Instituto Ethos é responsável por incentivar e animar processos, mas não pelos próprios trabalhos que são desenvolvidos pelas empresas que estão associadas ao Instituto. Hoje, o Ethos é composto por 1.437 associados — 9% no Nordeste.
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sustentabilidade* FOTOS: MARINA SILVA
VIP*
Luis Eduardo Magalhães, sócio-administrador da Rede Bahia
Frank Alcântara, diretor de marketing institucional da Braskem, com Pedro Dourado, da Uranus
Maurício Fonseca e Guilherme Lopes
Darcles Andrade, da Petrobras, e Paulo Sobral, diretor da Rede Bahia
Maurício Castro, diretor da Fieb
60.121*
CORREIO. O JORNAL LÍDER DE CIRCULAÇÃO DA BAHIA E O MAIS PREMIADO Pesquisa do Ipsos Marplan revela que o Correio é o jornal com maior número de leitores em Salvador. Líder em circulação, segundo o IVC*, o Correio coleciona prêmios desde sua reformulação: • Prêmio Associação de Magistrados Brasileiros de Jornalismo | Dezembro/2008 (reportagem/Nordeste) • Prêmio Colunistas | Agosto 2009 julho 2011 (veículo impresso do ano) • Prêmio Imprensa Embratel | Novembro de 2009 (fotografia) • INMA (International Newspaper Marketing Association) | Maio de 2009 e Abril de 2010 • Society for News Design SND 03 anos consecutivos | Janeiro de 2009, 2010 e 2011 • Vencedor da categoria Dom Helder Câmara de Imprensa do prêmio CNBB | Julho de 2011
Fontes: *IVC Julho 2011. ** Fonte Ipsos: Estudos Marplan EGM - Grande Salvador Julho 10 Junho 11 Base: Ambos, 10/+ anos (2.778.000 pessoas)
A Tarde 46.236*
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MARINA SILVA
MARINA SILVA
Amaury Pekelman, da Braskem, com Luiz Alberto Albuquerque, diretor-executivo do CORREIO
Marcelo Lyra, da Braskem, Dante Iacovone e Carlos Fadigas: conversa no intervalo
ARISSON MARINHO
MARINA SILVA
Lauro Ramos, diretor, e Edival Passos, superintendente do Sebrae Bahia
DIVULGAÇÃO
Dênio Cidreira, do Consórcio Fonte Nova, com João Gomes, da Rede Bahia
DIVULGAÇÃO
Marketing do CORREIO: Fernanda Malaquias, a gerente Alessandra Lessa, Gisele Padovan e Aline Pimentel
Sérgio Amado com Renata Magalhães, da Rede Bahia, e o empresário Gabriel Correia
MARINA SILVA
Nilson Sarti, presidente da Ademi, com Sergio Costa e Wilson Maron, diretores do CORREIO
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