7 anos em perspectiva - Relatório de Atividades do Fórum CB27 (2012-2019)

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7 ANOS EM PERSPECTIVA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO FÓRUM CB27 (2012-2019) Em parceria com:


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SUMÁRIO Introdução Diplomacia de Cidades - André Moreira Fraga_____________________________04 Brasil e Alemanha: cooperação exitosa no contexto das cidades e meio ambiente - Jan Woischnik e Marina Caetano____________________06 O Século das Cidades - Rodrigo de Oliveira Perpétuo e Bruna Cerqueira____________________________________________________________________08

Apresentação_________________________________________________________________________10

Impacto do CB27____________________________________________________________________12

Panorama das capitais brasileiras____________________________________________18

Histórico________________________________________________________________________________28

Avanços nas pautas da gestão ambiental_________________________________38

Futuro do Fórum_____________________________________________________________________42

Governança____________________________________________________________________________44

Conecte–se com o CB27_________________________________________________________45

CB27 em notícias____________________________________________________________________46

Agradecimentos e créditos______________________________________________________48


DIPLOMACIA DE CIDADES

E 04

m 2012, a Conferência da

global de clima ganhou um capítulo es-

ONU sobre Desenvolvimento

pecífico para os desafios urbanos e o

Sustentável – Rio+20, reuniu

enfrentamento às mudanças climáticas.

188 países, e terminou com

Esse papel, cada vez mais relevante da

resultados tímidos e a pro-

diplomacia das cidades é uma resposta

crastinação para 2015 de metas para

prática de líderes locais a questões glo-

um desenvolvimento de baixo carbono.

bais, já que os governos nacionais não

Os constantes alertas sobre o impacto

conseguem chegar a consensos e adiam

das mudanças climáticas globais sobre a

decisões que possuem como caracterís-

economia, os riscos urbanos e a saúde

tica principal a urgência. Caberá então

da humanidade não foram suficientes

às cidades a função de locomotiva des-

para sensibilizar os líderes dos gover-

sas mudanças, assumindo papel de des-

nos nacionais. Muitos inclusive sequer

taque e decisivo, afinal elas são a peça

apareceram. Outros ignoraram solene-

chave nessa luta, pois consomem 78%

mente a conferência. Teve líder que foi

da energia global, contribuem com mais

a estádio assistir jogo de futebol em seu

de 60% das emissões de GEE e geram

país enquanto o evento acontecia no

1300 milhões de toneladas de resíduos

Rio de Janeiro.

sólidos.

Mas nem tudo se perdeu. Alguns bons

Para vencer esse desafio, se parte do

resultados e compromissos saíram da

pressuposto que o business as usual já

conferência. Durante a Rio+20, cida-

não cabe mais e que o enfrentamen-

des ao redor do mundo estabeleceram

to às mudanças climáticas transfere a

compromissos e metas de redução das

rubrica de custeio ou gasto para a de

emissões de GEE até 2030 e, perceben-

investimento e geração de emprego

do o protagonismo que os centros ur-

e renda. Se entendermos que as mu-

banos vêm desempenhando no cenário

danças climáticas vão acontecer e que

global, a ONU convidou redes de cida-

elas impactam as cidades, o que é um

des para integrarem oficialmente a con-

problema pode se transformar em uma

ferência que aconteceu em Paris, em

grande oportunidade. A mudança da

2015. Lá, pela primeira vez, um acordo

matriz energética dos transportes, a


IN T R ODUÇ ÃO construção sustentável, a ampliação da

Nosso Fórum, que tem o apoio e supor-

reciclagem são ações já desenvolvidas

te fundamentais da Fundação Konrad

pelos governos locais e que consideram

Adenauer e do ICLEI, tem um processo

a inovação fator chave para colocar os

coletivo e democrático de construção

governos locais na dianteira do combate

das pautas estratégicas e prioritárias,

aos efeitos das mudanças climáticas.

além de um processo firme de acompanhamento das metas e indicadores e

O Fórum CB27 tem uma vida jovem,

já inspiramos a criação de redes seme-

mas uma maturidade consolidada, com

lhantes em outros países.

encontros presenciais frequentes, engajamento permanente, advocacy com governos estaduais e nacionais, diálo-

05

go na busca por financiamentos. Mas, principalmente, o compartilhamento de experiências exitosas nas mais diversas frentes da sustentabilidade faz do Fórum de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras um dos princi-

SOMOS, DE FATO, UM CASO DE SUCESSO!

pais atores em temas como municipalismo e sustentabilidade da atualidade. Conseguimos, em pouco tempo, conectar nossas capitais com compromissos como o Pacto Global de Prefeitos Pelo Clima e Energia e redes como o ICLEI - Governos Locais Pela Sustentabilidade. Por outro lado, pesquisa recente demonstrou que a maior parte dos integrantes do CB27 implementou algu-

ANDRÉ MOREIRA FRAGA

ma política pública inspirada em outra

Coordenador Nacional do CB27

cidade integrante do Fórum a partir dos

Secretário de Sustentabilidade, Inovação

encontros e discussões.

e Resiliência de Salvador, Bahia


BRASIL E ALEMANHA: COOPERAÇÃO EXITOSA NO CONTEXTO DAS CIDADES E MEIO AMBIENTE

O 06

Brasil possui um papel funda-

economia social de mercado, da justiça

mental na política ambiental

social e do desenvolvimento sustentá-

internacional, e a estreita rela-

vel, e, atualmente, realiza seu programa

ção entre o país e a Alemanha

de cooperação internacional por meio da

tem nesse tema uma de suas

Representação no Rio de Janeiro. Desde

principais forças motoras de cooperação.

então, trabalha em iniciativas próprias e

Ambos os países se destacam no cená-

em cooperação com parceiros locais. Po-

rio global como atores-chave e lideranças

rém, é a partir do início dos anos 90 que

importantes para as discussões ambien-

a temática de Desenvolvimento Susten-

tais e climáticas das últimas décadas.

tável, refletindo a influência da realização da Conferência das Nações Unidas sobre

Em 1978, o Partido Cristão Democrata

o Meio Ambiente e o Desenvolvimento

alemão (CDU), estimulado pelas reflexões

no Rio de Janeiro, em 1992, ganha força

geradas pela crise do carvão e escassez

e abrangência por meio de de projetos e

de recursos das décadas anteriores, esti-

novas parcerias institucionais.

pulou em seu primeiro programa político que: “a conservação do nosso sistema de

Aproximadamente 20 anos depois, a re-

suporte vital é parte de uma liberdade

alização do Rio + 20 igualmente contri-

responsável. Quem explora hoje em dia

buiu para novas discussões e debates.

de modo irresponsável esse sistema e al-

Em meio aos preparativos dessa confe-

tera as relações ambientais fere a solida-

rência, a KAS Brasil formaliza a parceria

riedade entre as gerações”. Desde então,

com a então Secretaria Municipal de

o meio ambiente tem sido parte relevante

Meio Ambiente do Rio (SMAC), tendo

das estratégias políticas nacionais no país.

como objetivo o apoio aos encontros de secretários de meio ambiente das capi-

A KAS, fundação política da República Fe-

tais brasileiras. Essa parceria tem como

deral da Alemanha ligada ao Partido CDU,

legado sete anos de trabalho em conjun-

está no Brasil desde 1969. Trabalha em

to com o que viria a se tornar o Fórum

prol dos direitos humanos, da democracia

de Secretários Municipais de Meio Am-

representativa, do Estado de Direito, da

biente das Capitais Brasileiras – CB27.


As discussões e trocas do Fórum inspi-

tável e da necessidade urgente de ação

raram ações e ideias de gestão ambien-

frente às mudanças climáticas. Em 2019,

tal para as capitais brasileiras, como será

a Fundação Konrad Adenauer completa

possível encontrar ao longo desta publica-

50 anos de presença e atuação no Bra-

ção. Além disso, as cidades são atualmen-

sil, com a plena satisfação de termos o

te reconhecidas como atores decisivos na

CB27 como parceiros nessa desafiadora

economia e no desenvolvimento do País.

caminhada. Esperamos que possamos

Para além de se constituírem como os es-

seguir caminhando juntos em prol do

paços onde vive uma parte significativa da

desenvolvimento das cidades brasileiras

população brasileira (24%) elas são, cada

por meio de uma gestão ambiental e cli-

vez mais, elementos fundamentais para a

mática responsável e inovadora.

promoção da cidadania e da qualidade de vida. As cidades brasileiras têm grandes necessidades de infraestrutura para mobilidade, saneamento, gestão de resíduos sólidos, requalificação, arborização, drenagem, entre outras, que podem e devem receber investimentos sobre novas bases sustentáveis, verdes e eficientes, mirando o futuro. São também estratégicas para a conservação da natureza e da rica biodiversidade brasileira de forma equilibrada. DR. JAN WOISCHNIK Alemanha e Brasil possuem coopera-

Diretor da Fundação Konrad Adenauer Brasil

ção internacional ambiental histórica e a KAS, por meio do seu trabalho, contribui para a continuidade dessa parceria tão

MARINA CAETANO

bem-sucedida. Compartilhamos os va-

Coordenadora de Projetos de Descentralização

lores da importância do potencial eco-

e Desenvolvimento Sustentável da

nômico de um desenvolvimento susten-

Fundação Konrad Adenauer

07


O SÉCULO DAS CIDADES

O

Século das Cidades. É assim

conciliação das agendas pela prosperida-

que vem sendo qualificado o

de, pessoas, planeta e parcerias ganha

ciclo dos próximos 100 anos

intensidade e convergência no sistema

da

fato,

internacional. Também neste contexto o

foi somente em 2007 que a

Brasil é pioneiro, já que sediou a Eco 92

humanidade.

De

maior parte da população mundial pas-

e a Rio +20, ambas no Rio de Janeiro.

sou a viver em áreas urbanas, e as proje-

08

ções apontam para um crescimento ex-

Foram essas duas inflexões que per-

ponencial da proporção de pessoas que

mitiram a emergência de mais um mo-

sairão dos campos em direção às urbis

vimento de vanguarda liderado pelos

- até 2050, a população urbana será de

municípios brasileiros, o Fórum dos Se-

68%, com tendência de crescimento.

cretários Municipais de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras, conhecido como

No caso brasileiro, este fenômeno já é

Fórum CB27. Criado em 2012, durante a

uma realidade desde a segunda metade

Rio+20, com o apoio da Fundação Kon-

do século passado. O Brasil, país mais ur-

rad Adenauer, o Fórum já realizou mais

banizado da América Latina e onde mais

de 30 reuniões, em 23 capitais, com mé-

de 84% das pessoas vivem em áreas ur-

dia de frequência de 20 secretários por

banas, é símbolo de um desafio ao mes-

reunião, pautando temas como mudan-

mo tempo antigo, complexo e contempo-

ças climáticas, adaptação e resiliência,

râneo: melhorar a qualidade de vida das

licenciamento, gestão ambiental, finan-

pessoas nas cidades, permitindo uma vida

ciamento entre tantos outros temas, e

minimamente digna a esses cidadãos.

oferecendo um ambiente de troca de experiências e ação em prol de mais sus-

Esse fenômeno encontra outra inflexão

tentabilidade nas cidades.

global na segunda década deste século: os acordos globais pelo desenvolvimen-

Essas 27 cidades são conscientes do

to sustentável. Na esteira de um esforço

seu papel de multiplicadores de conhe-

internacional coletivo que se iniciou em

cimento e boas práticas públicas, e têm

Estocolmo, em 1972, é apenas a partir

se esforçado para disseminar o conheci-

de 2010 que este movimento em prol da

mento gerado no âmbito do Fórum, tan-


to na perspectiva da transversalidade nas próprias administrações municipais, como também na extensão do alcance das suas iniciativas para a sociedade civil e setor privado. O ICLEI América do Sul orgulha-se por cumprir o seu papel e a sua missão como um parceiro estratégico do CB27, apoiando em seu planejamento, na curadoria de conteúdos e preparação dos encontros, nas estratégias de comunica-

09

ção, advocacy e cooperação, e operando a Secretaria Executiva do Fórum. As ações contidas neste relatório relatam a trajetória de sete anos do CB27 e espelham em seus anos mais recentes o compromisso e qualidade da gestão 2017-2018, liderada pelo Secretário André Fraga, de Salvador, e fruto de uma construção coletiva e colaborativa que, esperamos, possa inspirar não apenas as

RODRIGO DE OLIVEIRA

capitais, mas todos os municípios brasi-

PERPÉTUO

leiros, rumo a um modelo de desenvolvi-

Secretário-Executivo do

mento local resiliente, de baixo carbono,

ICLEI América do Sul

centrado nas pessoas e que priorize as soluções baseadas na natureza. BRUNA CERQUEIRA

BOA LEITURA!

Gerente de Relações Institucionais do ICLEI América do Sul


D

ecorridos sete anos de sua

O CB27 acumula muitos avanços e con-

criação, que aconteceu em

quistas e, hoje, é um grupo permanen-

2012, durante a Conferência

temente mobilizado e apartidário, preo-

das Nações Unidas sobre o

cupado com as questões ambientais que

Desenvolvimento

Sustentá-

mobilizam os territórios e com a constru-

vel (Rio+20), o Fórum de Secretários de

ção e troca permanentes de inovação e

Meio Ambiente das Capitais Brasileiras

soluções para os problemas comuns das

(Fórum CB27) tem nesta publicação um

cidades brasileiras. Passou por uma pro-

marco importante.

va de resiliência em 2016, com a troca massiva de secretários de meio ambiente

10

Ao longo desses anos, o Fórum conso-

pós-eleições municipais. Apesar da reno-

lidou-se como rede e espaço impulsio-

vação de mais de 80% dos secretários,

nador de trocas de experiência entre os

em 2017 o CB27 conseguiu remobilizar

secretários de meio ambiente nas prefei-

as 27 capitais para a participação em

turas das 26 capitais do país e no gover-

seus encontros.

no do Distrito Federal, com o objetivo de promover o fortalecimento e a ação

O estreitamento das relações com outras

coordenada no avanço da sustentabili-

instituições e organizações, sejam elas pú-

dade urbana e em agendas ambientais

blicas ou privadas, é também um impor-

de vanguarda.

tante legado desse tempo de atuação do Fórum CB27, que hoje integra, inclusive, a

Em 2012, quando a rede dava seus pri-

Comissão Técnica Tripartite do Conselho

meiros passos, muitos dos secretários

Nacional de Meio Ambiente, cujo objetivo

não tinham conhecimento sobre o tema

é propor estratégias e diretrizes para pro-

de mudanças climáticas, e a dissemina-

mover a gestão ambiental compartilhada

ção de conceitos básicos relacionados

entre União, estados e municípios.

a esse campo foi uma das primeiras tarefas a que se propôs o grupo. Como

Essa publicação é parte do esforço do

exemplo dessa evolução, hoje 14 capi-

Fórum em sistematizar sua atuação,

tais possuem inventários de emissões de

disponibilizando informações sobre seu

gases de efeito estufa.

processo de constituição e trajetória, de


APRESENTAÇÃO modo a inspirar outras iniciativas semelhantes e a disseminar boas práticas em políticas públicas e gestão ambiental nas capitais brasileiras. Encontram-se aqui reunidos impactos, avanços, depoimentos de seus integrantes e o histórico, esquematizado numa linha do tempo. Convidamos você a conhecer mais de perto o Fórum CB27 e a constatar que é, sim, possível uma atuação integrada em prol das questões ambientais em nossas cidades, apontando caminhos e iluminando iniciativas bem-sucedidas e replicáveis por outros municípios do país. Importante dizer que o CB27 conta com apoio institucional e financeiro da Fundação Konrad Adenauer Brasil (KAS Brasil) desde sua fundação. Em 2017, o ICLEI, que já acompanhava o processo de estruturação e desenvolvimento do Fórum, se juntou às KAS Brasil, contribuindo com curadoria de conteúdo e para o fortalecimento institucional do grupo. A parceria tem se mostrado fundamental para o planejamento estratégico e a realização dos encontros do CB27. BOA LEITURA!

11


12

M

edir os impactos da atuação de uma rede como o Fórum CB27 não é tarefa fácil. Além do empoderamento e da autonomia das secretarias de meio ambiente das capitais, percebida nos encontros nacionais e regionais e em outras agendas com-

partilhadas, muitos outros tipos de interação acontecem entre seus integrantes, como visitas técnicas, trocas diretas de legislação e projetos, contatos mais estreitos que acabam se estabelecendo em função de interesses e afinidades com ações e políticas públicas.

IMPAC TO DO C B 2 7


I M PA C T O D O C B 2 7 Reunimos aqui os grandes números gerados por essa rede desde sua criação.

27

capitais brasileiras representadas por seus secretários de meio ambiente

32 1º encontros realizados em 23 capitais brasileiras

DEZENAS Elaboração de

Realização de

Fórum de Cidades Quentes

seminários e/ou fóruns temáticos: resíduos sólidos, mudanças climáticas e saúde, cidades inovadoras, cidades resilientes, clima e mudanças climáticas

49 27

Relacionamento com pelo menos

de menções em textos técnicos e acadêmicos

2

publicações com estudos de caso da gestão ambiental urbana no Brasil

5

Realização do

instituições públicas e privadas

Integrante da Comissão Técnica Tripartite do

CONAMA

Todas as

capitais comprometidas com o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia

SISTEMATIZAÇÃO & DISPONIBILIZAÇÃO de conteúdo gerado pelo CB27 em site institucional

14

capitais com inventários de gases de efeito estufa

18

capitais com plano de gestão de resíduos sólidos

15

capitais com plano de educação ambiental

21 capitais com coleta seletiva

IMPAC TO DO C B 2 7

13


Photo: Mauro Silva / freeimages.com

14

O CB27 trouxe uma oportunidade muito boa para nós, que foi a troca de experiência com os secretários. Inspirados nele, nós conseguimos realizar um fórum regional, uma espécie de

pequeno CB27, aqui em Manaus, e isso tudo com o apoio da Fundação Konrad Adenauer.

ANTÔNIO NELSON DE

Dentre os projetos que estamos implementando em Curitiba por meio do Fórum estão o TFCA, que é o pagamento de taxas de fiscalização, e a parceria com a

Plant for the Planet, que é uma organização que promove o plantio de árvores.

OLIVEIRA JÚNIOR

DAMARIS SERAPHIM

Secretário Municipal de Meio Ambiente e

Assessora da Secretaria Municipal de

Sustentabilidade de Manaus

Meio Ambiente de Curitiba

DEPOIMENTOS


DE P OIME N TOS

Ao longo dos anos de existência do CB27, a gente percebe que há uma grande troca de experiências das cidades. Uma pesquisa recente que fizemos entre os secretários e secretárias demonstrou que 77% das cidades que responderam à pesquisa declararam ter implementado algum tipo de política nova na área de sustentabilidade e mudança climática em função da troca de experiência e do contato com outros secretários e outras cidades. Importante dizer que essa iniciativa, que implementou programas nas áreas de licenciamento, mudanças climáticas, educação ambiental, arborização urbana, faz com que as cidades possam acelerar o processo de implementação de políticas públicas. O Fórum CB27, que é suportado de forma muito importante pela Fundação Konrad Adenauer, também tem conseguido ocupar espaços institucionais importantes na política nacional. Hoje somos membros titulares da Comissão Tripartite Nacional, de todas as comissões tripartites estaduais, além de diversos outros fóruns de mudanças climáticas nacionais que o Ministério do Meio Ambiente tem nos convocado para participar. Então, de fato, é um Fórum exitoso nos resultados, na sua atuação política, mas também exitoso na sua atuação técnica. Nós conseguimos, por meio de grupos, debater temas, tirar encaminhamentos, fazer algum tipo de deliberação. Os secretários obviamente estão nas

suas cidades, mas ao mesmo tempo participando, integrados, em espaço virtual.

ANDRÉ MOREIRA FRAGA Secretário da Cidade Sustentável e Inovação de Salvador e Coordenador Nacional do CB27

DEPOIMENTOS

15


O CB27 trouxe coisas boas para as cidades. Boa Vista teve um aproveitamento com relação à energia fotovoltaica. Hoje temos mercados que vão ser inaugurados totalmente à base dessa energia. Nós já temos também usinas fotovoltaicas em unidades indígenas, e todas as paradas de ônibus com ar condicionado também são abastecidas com essa energia. Manaus quer implantar nosso projeto de energia solar, principalmente na questão do transporte coletivo, nas paradas de ônibus. Estamos enviando todo o projeto

para lá. Por meio do CB27, nós também aproveitamos vários treinamentos e cursos do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM).

DANIEL PEDRO RIOS PEIXOTO

Secretário Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente de Boa Vista

16

O exemplo prático que levamos do CB27 para Maceió foram os ecopontos, que nós vimos em Curitiba. Já vínhamos trabalhando na coleta seletiva, e então

Para o Recife, a troca de experiência promovida pelo CB27 entre as cidades brasileiras tem levado à construção de projetos importantes. Como, por exemplo, o que pudemos observar em Salvador, o

colocamos esses pontos nas praças e em

projeto de hortas e arborização urbana.

locais públicos, para que a população

De Belo Horizonte, destaco a certificação

possa fazer o descarte e a gente faça a

e a política climática. E em Palmas, o

coleta junto com as cooperativas que

projeto de energia solar como motor do

existem em Maceió.

desenvolvimento da cidade.

GUSTAVO ACIOLI TORRES

MAURICIO GUERRA

Secretário Municipal de Desenvolvimento

Secretário-Executivo da Secretaria de Desenvolvimento

Sustentável de Maceió

Sustentável e Meio Ambiente de Recife

DEPOIMENTOS


A passagem do CB27 por Vitória deixou um legado principalmente sobre a questão da saúde versus a questão climática. A palestra do professor Paulo Saldiva mostrou as nossas cidades com algumas patologias que precisam ser assistidas rapidamente, e nós do CB27 temos essa missão. De nos envolver detidamente com esse debate nacional e mundial, trazendo para perto as experiências positivas que temos encontrado nas outras capitais brasileiras, e naturalmente levando um pouco da nossa experiência. O Fórum tem inspirado muitas ações em Vitória, particularmente na questão da arborização. Nós já temos um Plano Diretor de Arborização desde 2014, mas o CB27 e as experiências das outras capitais brasileiras têm nos mostrado alguns avanços que

nós estamos implementando.

LUIZ EMANUEL ZOUAIN DA ROCHA Secretário Municipal de Meio Ambiente

A despeito de São Paulo ser a maior cidade do

de Vitória e Subcoordenador Nacional

país, a troca de experiência é importantíssima para nós, porque às vezes as soluções que as cidades menores encontram para problemas comuns enriquecem e favorecem a atuação da nossa secretaria. Uma experiência prática desse relacionamento entre as capitais se deu entre São Paulo e Salvador, com foco na arborização.

É muito bom poder trocar experiências e trazer novidades para as outras cidades. Palmas tem uma experiência muito boa hoje, o prefeito que foi empossado tem uma grande vontade de utilizar energias

Trocamos experiências em manuais de plantio,

alternativas. Desenvolvemos um projeto

fizemos adequações técnicas, o manual de

muito bom, chamado Palmas Solar, que

arborização de São Paulo foi encaminhado para

está sendo implantado em nossa cidade

Salvador, e o de Salvador veio para São Paulo.

e que outros municípios do país já estão

Tivemos uma troca efetiva e conversamos muito

buscando também, dentro do próprio

sobre arborização urbana.

Tocantins e em outros estados.

RODRIGO RAVENA

LUCIANA CERQUEIRA

Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal do

ex-Presidente da Fundação

Verde e do Meio Ambiente de São Paulo

do Meio Ambiente de Palmas

DEPOIMENTOS

17


PA NOR A M A

DAS CAPITAIS BRASILEIRAS

18

O

s dados aqui disponibilizados

As informações foram compiladas a

são originários de um estudo

partir de levantamento de dados oficiais

efetuado pelo CB27, a partir

de fontes como Instituto Brasileiro de

de uma pesquisa sobre mais

Geografia e Estatística (IBGE) e Pesqui-

de 50 indicadores em temas

sa Nacional por Amostra de Domicílios

como perfil sociodemográfico das capi-

(PNAD), e, também por meio de pes-

tais e secretarias, orçamento, mudanças

quisa qualitativa e quantitativa com os

climáticas, mobilidade urbana, resíduos

Secretários de Meio Ambiente que in-

sólidos, saneamento, áreas verdes, den-

tegram o Fórum CB27, conduzida pelo

tre outros.

pesquisador Hilton Cesario Fernandes.

P A N O R A M A D A S C A P I TA I S B R A S I L E I R A S

Para acessar mais dados sobre as capitais


FUNDO MUNICIPAL (2017)

Fonte: LOA do município / Secretarias Municipais de Meio Ambiente

Rio de Janeiro Cuiabá

Campo Grande Boa Vista Rio Branco

Natal

Belém

Fortaleza

Palmas

Porto Alegre

Belo Horizonte

Macapá

Curitiba

Porto Velho

São Paulo Goiânia

João Pessoa Florianópolis

São Luís

Aracaju

Vitória

Recife

Manaus

PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

19

Fonte: MMA, 2018 e informação das Secretarias Municipais de Meio Ambiente

Curitiba (PR)

2010

Palmas (TO)

Belém (PA)

2011

São Paulo (SP)

2014

Manaus (AM)

2011

Belo Horizonte (MG)

2015

Campo Grande (MS)

2012

Goiânia (GO)

2015

Fortaleza (CE)

2012

Macapá (AP)

2015

Natal (RN)

2012

Rio Branco (AC)

2015

Porto Alegre (RS)

2013

Rio de Janeiro (RJ)

2015

Cuiabá (MT)

2014

Vitória (ES)

2015

2014

Florianópolis (SC)

2017

PLANO DE MOBILIDADE URBANA Fonte: Secretaria do Meio Ambiente

Observação: Os dados apresentados nos gráficos foram coletados entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018

A NO DO P L A NO

A NO DO P L A NO

João Pessoa (PB)

2014

Aracaju (SE)

2015

Belo Horizonte (MG)

2010

Boa Vista (RR)

2015

Campo Grande (MS)

2009

Florianópolis (SC)

2017

Fortaleza (CE)

2008

Manaus (AM)

2015

Rio de Janeiro (RJ)

2015

Vitória (ES)

2007

P A N O R A M A D A S C A P I TA I S B R A S I L E I R A S


INVENTÁRIO DE EMISSÕES Fonte: CDP

POSSUI INVENTÁRIO?

SIM 52%

ANÁLISE DE VULNERABILIDADE

Fonte: CDP

POSSUI PLANO DE ADAPTAÇÃO?

NÃO 93%

NÃO 48%

SIM 7%

20 META DE REDUÇÃO DE EMISSÕES Fonte: CDP

PLANO DE REDUÇÃO Carbon DE EMISSÕES Fonte: Climate Registry

POSSUI METAS DE REDUÇÃO?

POSSUI PLANO DE REDUÇÃO DE EMISSÕES?

SIM 22% SIM 30% NÃO 78%

P A N O R A M A D A S C A P I TA I S B R A S I L E I R A S

NÃO 70%


0 Rio Branco

Goiânia

Porto Alegre

Porto Velho

Macapá

Fortaleza

Rio de Janeiro

Campo Grande

Recife

35

São Paulo

70 São Luís

Fonte: Instituto Trata Brasil

Vitória

Manaus

Salvador

Natal

Vitória

(EM PORCENTAGEM)

Florianópolis

Brasília

Palmas

João Pessoa

(EM PORCENTAGEM) Maceió

Belém

Teresina

Boa Vista

Cuiabá

Rio de Janeiro

Brasília

São Paulo

DOMICÍLIOS ABASTECIDOS POR ÁGUA

Belo Horizonte

Curitiba

Aracaju

Belém

Fortaleza

PERDA NA DISTRIBUIÇÃO

Salvador

Manaus

Teresina

Aracaju

Campo Grande

Palmas

Curitiba

Porto Alegre

João Pessoa

Goiânia

Florianópolis

Belo Horizonte

Teresina

São Paulo

São Luís

Salvador

Rio de Janeiro

Rio Branco

Porto Velho

Goiânia

Brasília

Cuiabá

Florianópolis

Macapá

Palmas

Boa Vista

Vitória

Campo Grande

Aracaju

Curitiba

Belém

Maceió

Natal

João Pessoa

Manaus

Fortaleza

Recife

2

Boa Vista

Natal

Maceió

Rio Branco

Recife

Cuiabá

São Luís

Porto Velho

0 Porto Alegre

0

Belo Horizonte

1

Macapá

ARRECADAÇÃO COM LICENCIAMENTO AMBIENTAL - 2016 (EM MILHÕES DE R$)

Fonte: Secretaria do Meio Ambiente

4

3

Fonte: Instituto Trata Brasil

100

21

50

P A N O R A M A D A S C A P I TA I S B R A S I L E I R A S


PANORAMA DAS CAPITAIS BRASILEIRAS E AVALIAÇÃO DO CB27

BENEFÍCIOS PELA PARTICIPAÇÃO NO CB27 20

Em 2018, o CB27 realizou uma pesquisa entre os secretários de meio ambiente das capitais brasileiras indagando sobre o funcionamento do Fórum, formato, temas e outros pontos relevantes. De to-

15

dos os que responderam as questões (22 capitais), 73% avaliam o formato atual do CB27 como ótimo e os restantes 27% como bom. O maior impacto destacado é o intercâmbio de experiências de sucesso e de referências de legislação. Dentre as

5

áreas apontadas como de maior aprendizado, em primeiro lugar aparecem as mudanças climáticas, seguidas por arbo-

P A N O R A M A D A S C A P I TA I S B R A S I L E I R A S

Impacto e incidência política

cursos e elaboração de projetos.

Visibilidade pública

ambiental, seguido por captação de re-

Oportunidade de captar recursos

os secretários apontaram licenciamento

Capacitação técnica

Indagados sobre pautas de interesse,

Interação com outros níveis de governo

rização e licenciamento. Intercâmbio de experiências de sucesso e referências de legistação com outras cidades

22

10


AVALIAÇÃO SOBRE O FORMATO ATUAL DAS ATIVIDADES DO CB27

BOM 27%

EXCELENTE 73%

23

ÁREA EM QUE OBTEVE CONHECIMENTO POR MEIO DA PARTICIPAÇÃO NO CB27 (NÚMERO DE MENÇÕES) Mudanças Climáticas Arborização Licenciamento Educação ambiental Energia fotovoltaica TFCA Não obteve Ações administrativas e inovação Legislação Resíduos 0

1

2

3

4

5

6

P A N O R A M A D A S C A P I TA I S B R A S I L E I R A S


Com quais capitais o CB27 gerou uma colaboração mais próxima com sua secretaria/cidade

24

ARACAJU CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

João Pessoa e Salvador AÇÕES

Licenciamento ambiental online.

BELÉM CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Aracaju, Belém e João Pessoa AÇÕES

Recebeu visitas de representantes de Aracaju e João Pessoa, e compartilhou a experiência em licenciamento ambiental com Belém.

Fortaleza e Manaus

GOIÂNIA

AÇÕES

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Com Manaus houve troca de informações sobre aterro sanitário e arborização. Palestra técnica sobre o processo digital de licenciamento de Fortaleza.

Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Fortaleza, Salvador e São Paulo

BELO HORIZONTE CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

AÇÕES

De São Paulo veio a inspiração para implementação de PPP para manutenção de parques.

Recife e Vitória

JOÃO PESSOA

AÇÕES

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Inter-relação com a ANAMMA.

Aracaju, Fortaleza, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador

BOA VISTA CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Manaus AÇÕES

Troca de experiências.

CAMPO GRANDE

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, João Pessoa, Palmas, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória

AÇÕES

Em Fortaleza, conhecimento do sistema de licenciamento digital, que está em desenvolvimento também em João Pessoa. Recife participou de evento em João Pessoa. Com Porto Alegre e Salvador, o tema de intercâmbio foi a TCFA.

MACAPÁ CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belém

AÇÕES

AÇÕES

Encontros e troca de informações.

Troca de experiências..

CURITIBA

MACEIÓ

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belo Horizonte

Salvador

AÇÕES

AÇÕES

Troca de informações e experiências.

Transferência de conhecimento e práticas na área da Defesa Civil de Salvador.

FLORIANÓPOLIS CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Fortaleza AÇÕES

Troca de experiências.

FORTALEZA

MANAUS CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belém, Boa Vista e Salvador AÇÕES

Visita a Boa Vista ajudou a readequar plano de ornamentação e paisagismo.


NATAL Legislação.

cenciamento ambiental em palestra no Rio de Janeiro. Macapá realizou visita técnica. São Paulo apresentou o projeto de lei de concessão dos parques naturais.

PORTO ALEGRE

SALVADOR

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belo Horizonte e Recife

Aracaju, Belo Horizonte, João Pessoa, Maceió, Rio de Janeiro, São Paulo e Teresina

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Fortaleza AÇÕES

AÇÕES

Aprendizado sobre Inventários de Emissão de GEEs, buscando entender melhor a metodologia utilizada, dificuldades técnicas e assertivas no processo de elaboração.

PORTO VELHO CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belém AÇÕES

Contribuição na construção da política de mudança climática.

RECIFE CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa e Salvador AÇÕES

O contato com Brasília gerou uma lei de compensação ambiental. Com Belo Horizonte, gerou a política climática, aprimoramento do viveiro e implantação de certificação. Com Salvador houve troca de experiência sobre arborização. E houve auxílio a João Pessoa na elaboração do inventário da cidade.

RIO BRANCO CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Natal AÇÕES

Visita técnica realizada.

RIO DE JANEIRO

AÇÕES

O IPTU Verde de Salvador foi inspirado nos modelos do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. Aracaju, Recife e Teresina estiveram em Salvador para conhecer a experiência da arborização urbana. Maceió visitou Salvador para conhecer mais sobre Defesa Civil e tem desenvolvido projetos como hortas e pomares urbanos.

TERESINA CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Belo Horizonte, e Salvador

Fortaleza,

Goiânia

AÇÕES

Equipe técnica de Teresina visitou Salvador para conhecer gestão de parques ambientais e o programa Salvador Verde, replicado com o nome de Teresina Mais Verde. Em Belo Horizonte, a equipe técnica conheceu o programa de adoção de áreas verdes e praças pela iniciativa privada, e projeto similar está em desenvolvimento na capital do Piauí. Em Goiânia, a equipe conheceu o trabalho do Plano Diretor de Arborização com objetivo de colher informações para subsidiar o Plano de Arborização de Teresina.

VITÓRIA CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

Fortaleza, Macapá e São Paulo

Aracaju, Belo Horizonte, Florianópolis, João Pessoa, Palmas, Recife Rio de Janeiro e Salvador

AÇÕES

AÇÕES

Fortaleza apresentou seu sistema de li-

Troca de experiências.

CAPITAIS DE MAIOR INTERAÇÃO

77%

das cidades integrantes do CB27 implementaram alguma política pública motivada por sua participação no Fórum

25


DE QUE MODO O CB27 PODE MELHOR

• Ampliando seu papel político

APOIAR O MUNICÍPIO

• Conectando ainda mais os atores que promovem políticas

A AVANÇAR EM POLÍTICAS DE SUSTENTABILIDADE OU MUDANÇAS 26

• Trazendo discussões mais concretas

CLIMÁTICAS?

públicas nas mais diversas áreas e níveis de governo • Com inovação e disponibilização de recursos para execução • Trazendo mais capacitação técnica • Divulgando boas práticas dos municípios brasileiros e de órgãos públicos e privados internacionais • Promovendo interação permanente entre o CB27 e as ANAMMAs estaduais

DADOS OBTIDOS EM PESQUISA REALIZADA COM OS SECRETÁRIOS.

• Aprofundando o tema dos inventários de GEEs e estratégias dos planos de redução de emissões • Enviando comunicações mensais, online, sobre projetos desenvolvidos em outros estados • Promovendo assessoramento permanente e customizado de acordo com as demandas das cidades • Sistematizando e disponibilizando conteúdo construído no âmbito do Fórum

O V E R V I E W O F B R A Z I L I A N C A P I TA L C I T I E S


PRINCIPAIS RESULTADOS ALCANÇADOS COLETIVAMENTE NO CB27 • Reconhecimento por órgãos

do Fórum

• União das capitais

federativos e internacionais • Fortalecimento institucional

• Fortalecimento da instituição em nível nacional

da disciplina ambiental

• Reconhecimento político e maior trânsito e possibilidade de

• Troca de experiências

• Participação importante

interferência nas políticas

no TCFA

de governo e também de

• Políticas Públicas

órgãos não governamentais

• Reconhecimento, por parte de atores da área ambiental,

• Discussões sobre • Formação técnica do gestor

mudanças climáticas

da representatividade

27

PRINCIPAIS PAUTAS DE INTERESSE Licenciamento ambiental Captação de recursos e elaboração de projetos Mudanças climáticas Cidades inteligentes Educação ambiental Arborização Resíduos sólidos Energia Mobilidade urbana Uso do solo Comunicação 0

2

4

6

8

10

12

14


HISTÓRICO

Secretários e representantes em missão técnica na Bélgica

TEMPO DE AÇÃO O desenvolvimento ambiental e o avan-

Rio. Desde então, já foram realizados

ço de uma agenda comum que promova

15 Encontros Nacionais e 17 Encontros

experiências de sustentabilidade tem en-

Regionais para o compartilhamento de

contrado apoio em processos de gover-

casos de sucesso na gestão ambiental,

nança que buscam, de forma coordenada,

além de visitas técnicas e missões inter-

melhorar a qualidade de vida da população

nacionais para troca de experiências.

sem comprometer os recursos ambientais. Nesse cenário, o Fórum CB27 é uma das

Em 2017, buscando reforçar o planeja-

iniciativas brasileiras mais bem-sucedidas e

mento estratégico e garantir a realização

inovadoras no âmbito governamental.

dos encontros do CB27, a Fundação Konrad Adenauer convidou o ICLEI – Gover-

28

O CB27 foi criado durante o processo de

nos Locais pela Sustentabilidade para con-

preparação das cidades brasileiras para a

tribuir com a curadoria de conteúdo e o

Conferência das Nações Unidas sobre o

fortalecimento institucional do grupo. A

Desenvolvimento Sustentável (Rio +20),

missão do ICLEI se conecta diretamente à

em maio de 2012. A articulação políti-

atuação do Fórum, na medida em que bus-

ca surgiu a partir de uma proposta do

ca associar cidades e governos locais de-

Secretário Municipal de Meio Ambiente

dicados ao desenvolvimento sustentável.

do Rio de Janeiro (2013-2016), Carlos Alberto Muniz, à época vice-prefeito do Foto: Acervo CB27

MARCO INICIAL: CARTA RIO PELA SUSTENTABILIDADE A Carta Rio pela Sustentabilidade pode ser considerada uma espécie de ‘certidão de nascimento’ do Fórum CB27, com propostas para o estabelecimento de um pacto federativo pela sustentabilidade, além de recomendações à ONU e ao Go-

HISTÓRICO

Secretários e representantes durante o I Encontro Nacional, no Rio de Janeiro


Foto: Acervo CB27

verno Brasileiro. A assinatura aconteceu

Em contrapartida às demandas, os secre-

durante o I Encontro Nacional dos Secre-

tários comprometeram-se a: (1) difundir e

tários no Rio de Janeiro, que sucedeu os

apoiar a adesão a programas de cidades

encontros regionais de Teresina (PI), Ma-

sustentáveis; (2) organizar um banco virtual

naus (AM) e Brasília (DF), e contou com

de tecnologias sociais, ambientais e econô-

a presença de 23 dos 27 secretários de

micas para a sustentabilidade das cidades

meio ambiente das capitais brasileiras.

brasileiras; (3) redobrar esforços para que

29

a educação ambiental seja tratada como No documento, os representantes do

elemento fundamental para a construção

CB27 destacavam a necessidade de

de uma sociedade sustentável; (4) buscar

avançar na integração da governança

o estabelecimento, junto aos comunicado-

para a sustentabilidade por meio da cria-

res de massa, de um pacto positivo para a

ção dos Conselhos de Desenvolvimento

sustentabilidade; (5) fomentar projetos de

Sustentável e chamavam a atenção para

infraestrutura verde; e (6) formular os estu-

a carência de recursos disponíveis, re-

dos técnicos necessários ao planejamento

forçando a importância do acesso direto

de iniciativas dos municípios.

a esses recursos para garantir o fortalecimento das capacidades institucionais

Ao longo do tempo, o foco no enfrenta-

e operacionais dos governos locais, o

mento às mudanças climáticas abriu espa-

apoio à formação de quadros para a for-

ço para a construção coletiva de soluções

mulação e implementação de Projetos e

para outros problemas ambientais co-

Planos de Ação Locais, além do fomento

muns das cidades brasileiras, como a des-

ao conhecimento científico e à transfe-

tinação dos resíduos sólidos, habitação,

rência de tecnologias para o desenvolvi-

mobilidade urbana, educação ambiental e

mento sustentável.

a colaboração com o setor privado.

HISTÓRICO


Secretários e parceiros institucionais da KAS e do ICLEI durante o VIII Encontro Nacional, em Maceió

FORTALECIMENTO: CARTA DE PORTO ALEGRE

tas de curto prazo: (1) a criação de uma entidade jurídica ao CB27; (2) a criação de um banco de tecnologias sociais, am-

Em abril de 2013, 25 representantes do

bientais e econômicas para a dissemina-

CB27 estiveram presentes ao II Encon-

ção de conceitos e práticas de sustenta-

tro Nacional em Porto Alegre para dis-

bilidade entre as capitais brasileiras; (3)

cutir possíveis formas de colaboração

a elaboração de estudos técnicos a fim

e a institucionalização do grupo. Esti-

de estimular os municípios na elabora-

veram na pauta projetos de reflores-

ção de políticas climáticas, inventários

tamento, melhoramento do transporte

de emissões de GEEs, mapas de vulne-

público e uso de energias renováveis,

rabilidade, inventários de biodiversida-

porém o grande foco foi a política am-

de urbana, políticas de saneamento e

biental da região Norte do Brasil e, so-

gestão de riscos.

bretudo a sensibilização da população

30

acerca desses temas e da conservação da biodiversidade na Amazônia. Vários especialistas estiveram presentes,

AVANÇOS: CONCRETIZAÇÃO DO FÓRUM

como a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sus-

Ainda em 2013, durante o III Encontro

tentável (CEBDS), Marina Grossi, o diretor

Nacional de Secretários em Salvador, fo-

do Centro Clima da Universidade Federal

ram aprovados o Estatuto e a primeira

do Rio de Janeiro (UFRJ), Emílo Lèbre La

Diretoria do CB27, que propunha atua-

Rovere, e o então diretor do Banco Mun-

ção direta nos impactos socioculturais

dial para o Desenvolvimento Sustentável

provocados pelos descuidos ambientais,

na América Latina e no Caribe, Gregor V.

buscando uma gestão menos rígida, mais

Wolf, que informou que os projetos em

leve e simplificada para adoção de me-

nome do Fórum CB27 poderiam não so-

didas que pudessem somar forças de

mente ser financiados, como também con-

entidades civis e o setor privado. O vice-

tar com ajuda de consultoria técnica.

-prefeito e secretário do Meio Ambiente de Belo Horizonte, Délio Malheiros, foi

HISTÓRICO

Como resultado do Encontro, os mem-

eleito o primeiro coordenador do Fórum,

bros do Fórum deliberaram como me-

com mandato de um ano.


No ano seguinte, durante o mês de mar-

pitais. Na ocasião, foi divulgada a nova

ço, houve o Encontro Regional das Ca-

edição do Inventário de Emissões e Re-

pitais do Norte do Fórum CB27, em Ma-

moções Antrópicas de Gases de Efeito

naus, ocasião em que foram destacados

Estufa do município de São Paulo. O En-

diferenças e desafios comuns entre as

contro contou com a presença de par-

metrópoles. Os representantes dos es-

ceiros como CDP, WWF Brasil e Itaipu

tados amazônicos abordaram as melho-

Binacional.

31

res práticas em suas cidades. O evento foi encerrado com a assinatura da Carta

O V Encontro Nacional do CB27 ocorreu

da Amazônia, que contém uma solici-

em novembro de 2014, em Belo Hori-

tação ao Comitê Orientador do Fundo

zonte, e no centro dos debates estavam

Amazônia (COFA) para revisar as diretri-

novamente questões sobre mudanças

zes e critérios das Políticas Operacionais

climáticas. Houve a eleição para a ges-

para o Fundo Amazônia, a fim de que as

tão do Fórum e Délio Malheiros foi con-

capitais do Norte, ainda não incluídas,

firmado por mais dois anos no cargo de

pudessem acessar o Fundo.

coordenador.

Também em 2014 foi realizado o IV En-

Em 2015, foram realizadas três reuniões:

contro Nacional em São Paulo. Foram

o Encontro Regional de Aracaju, que dis-

debatidas novas ideias relacionadas ao

cutiu a coleta de resíduos sólidos, efici-

meio ambiente e realizadas apresenta-

ência energética e reflorestamento; o

ções de casos positivos de algumas ca-

VI Encontro Nacional – Conferência do

HISTÓRICO


Foto: Manuela Cavadas / Prefeitura de Salvador

(MT), buscou soluções para fomentar práticas econômicas mais sustentáveis nas cidades brasileiras. Bruna Cerqueira, André Fraga, Marina Caetano e Eduardo Matos durante o IX Encontro Nacional, em Salvador

Clima COP-21 em Natal (RN), que além

Um importante ciclo se fechou para o

de apresentar a rede C40 como mais um

CB27 em 2016, quando ocorreu, em

parceiro de peso para o Fórum, apontou

novembro, o VIII Encontro Nacional em

a importância do CB27 no fortalecimen-

Maceió. O evento abordou a transição

to de outros fóruns de discussão seme-

política e consolidação do grupo, reite-

lhantes; e o Encontro Regional de Gestão

rando a relevância da existência e atua-

Ambiental, realizado em Macapá (AP).

ção do CB27 para a disseminação e ampliação de boas práticas de governança,

32

O VII Encontro Nacional, realizado no

política e legislações para o desenvolvi-

Rio de Janeiro, em 2016, foi funda-

mento sustentável e proteção do meio

mental para discutir as consequências

ambiente no Brasil.

da Cúpula do Clima de Paris (COP 21) e as perspectivas futuras do Fórum. Os

O Encontro aconteceu em meio a um pe-

encontros regionais de 2016 começa-

ríodo importante de inflexão da agenda

ram por Rio Branco (AC), no qual o foco

internacional, que marcou o ápice das

foi o enfrentamento ao desmatamento,

negociações globais sobre sustentabili-

que segue sendo um dos maiores desa-

dade. O Acordo de Paris havia sido apro-

fios ambientais da região e para reduzir

vado no ano anterior, e outros documen-

as emissões de GEE brasileiras. Um dos

tos importantes, como a Agenda 2030 e

resultados práticos dessa reunião foi a

os Objetivos do Desenvolvimento Sus-

assinatura do Compacto de Prefeitos,

tentáveis (ODS), além da Nova Agenda

documento no qual o prefeito de Rio

Urbana, surgiam como norteadores do

Branco, Marcus Alexandre, se compro-

futuro, ao mesmo tempo em que reco-

meteu a reduzir emissões locais de gases

nheciam com veemência o protagonismo

de efeito estufa e reforçar a resiliência às

das cidades para a efetiva implemen-

mudanças climáticas.

tação e concretização de suas metas e objetivos. Nesse cenário, o Fórum CB27

HISTÓRICO

No mesmo ano, o Encontro Regional

reconhecia os desafios persistentes para

no Centro-Oeste, realizado em Cuiabá

exercer esse papel, tais como escassez


de recursos financeiros e humanos, ca-

Esse Encontro Nacional é considera-

pacidades técnicas e participação políti-

do histórico por sua grandiosidade de

ca para viabilizar a tradução e incorpora-

público, pela intensa participação de

ção desses compromissos internacionais

gestores e pela participação especial

para a ação municipal.

de Carlos Nobre e de representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, de

Ademais, com as eleições para prefeitos,

Cidades e de Ciência, Tecnologia e Co-

o ano de 2016 prenunciava a troca de

municações. Foi eleito um novo coorde-

boa parte dos secretários de meio am-

nador para o CB27: André Fraga, Secre-

biente das capitais, e com isso dava início

tário Municipal de Cidade Sustentável

a um importante processo de transição,

e Inovação de Salvador. E foram deter-

que culminaria na recepção desses no-

minadas as metas para 2017: (1) Com-

vos quadros ao grupo. Os procedimen-

prometer todos os Prefeitos das Capi-

tos para a ‘passagem de bastão’ foram

tais com Pacto Global de Prefeitos pelo

também bastante debatidos durante

Clima e Energia, e cumprir etapas do

esse VIII Encontro Nacional

compromisso; (2) Desenvolver e apre-

.

sentar plano de trabalho para aplicação

33

das metas de compromissos climáticos

RESILIÊNCIA

locais; (3) Garantir que a Estratégia de Implementação e Financiamento da NDC Brasileira contemple as capacidades e demandas das cidades; (4) Realizar

no início de 2017, no sentido de viabili-

quatro Encontros Nacionais sobre te-

zar a continuidade do trabalho em meio

mas mais relevantes para as capitais; (5)

à intensa troca dos secretários de meio

: Facilitar contato com pelo menos 15

ambiente das capitais. Os procedimen-

instituições no ano nos temas selecio-

tos adotados para garantir a transição se mostraram muito eficientes. Em março daquele ano, foi realizado o IX Encontro Nacional em Salvador, juntamente com o Seminário Cidades e Mudanças Climáticas, com a presença e participação de 22 secretários e representantes.

Rodrigo Perpétuo e Carlos Nobre durante o IX Encontro Nacional, em Salvador Foto: Manuela Cavadas / Prefeitura de Salvador

O CB27 passou por uma prova de fogo


nados pelos secretários; (6) Consolidar

centros urbanos nessa agenda. Assinam

conhecimentos do Fórum em platafor-

o documento junto com o CB27 a As-

ma virtual acessível a todos; (7) Firmar

sociação Brasileira de Municípios (ABM),

parcerias com ANAMMAs Estaduais.

a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA),

No mesmo período, o Fórum CB27 es-

o C40, a Frente Nacional de Prefeitos

tava entre as redes de governos locais

(FNP) e o ICLEI.

que entregaram ao Ministério do Meio Ambiente um documento para a Con-

Em abril de 2017, ante um cenário de

tribuição Nacionalmente Determinada

crise política e financeira que exige dos

(NDC) do Brasil à Convenção-Quadro

municípios maior contingenciamento or-

das Nações Unidas sobre Mudanças Cli-

çamentário e austeridade, o CB27 reali-

máticas . O foco das contribuições foi o

zou seu X Encontro Nacional, que reuniu

financiamento da ação climática nas ci-

pela primeira vez representantes de 25

dades e o reconhecimento do papel dos

capitais , em Brasília. Foram discutidos os

1

34

impactos que profundas reformas em seSecretários e representantes visitam o Projeto Tamar durante o XIII Encontro Nacional, em Vitória

tores estruturantes da economia - como a Trabalhista e Previdenciária - poderiam ter na elaboração de políticas ambientais e a partir dessa avaliação elaborada a Carta de Brasília pela Sustentabilidade, que trouxe críticas à baixa prioridade que as pautas ambientais vinham tendo na agenda do Governo Federal, o que se refletia em processos morosos e burocráticos na obtenção de financiamento internacional e fundos públicos nacionais. Também foram cobrados mecanismos fiscais mais inovadores, a garantia de repasse da cota da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) e uma participação mais efetiva dos municípios na articulação federativa pelo Clima.

HISTÓRICO

1 A NDC é um documento elaborado pelos países signatários, com o compromisso de promover a redução das emissões de carbono, por meio de metas e medidas que promovam a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.


A autonomia dos municípios no proces-

verno federal e congresso nacional; (3)

so de licenciamento deu o tom do XI

alcançar a marca de 100% das capitais

Encontro Nacional, realizado em João

que tenham concluído seus inventários

Pessoa (PB), que também discutiu es-

de GEEs e levantamento de riscos; (4)

tratégias para impedir retrocessos na

fortalecer fontes de financiamento e

legislação ambiental brasileira. O ano

capacidade institucional do CB27; (5)

de 2017 se encerrou com o XII Encon-

alcançar a marca de 100% das capitais

tro Nacional, em Recife (PE), que teve

com Planos de Arborização Urbana.

a Educação Ambiental como ponto de partida para os debates. Na mesma se-

Em junho do mesmo ano aconteceu o

mana, 33 cidades brasileiras, de diver-

XIV Encontro Nacional em Teresina, que

sas regiões, anunciaram a adesão mas-

abordou soluções inovadoras a serviço

siva ao Pacto Global de Prefeitos pelo

da gestão climática e acordou a propos-

Clima e Energia (Global Covenant of

ta de promover fóruns de discussão para

Mayors for Climate & Energy).

buscar soluções comuns para mitigar os

35

impactos decorrentes do aumento de O XIII Encontro Nacional em Vitória, no

temperatura no contexto local brasileiro.

início de 2018, abordou a relação en-

Também a partir desse Encontro, três li-

tre saúde nas cidades e mudanças cli-

nhas temáticas passariam a ser perenes

máticas, contando com a participação

nas discussões e monitoramento dos

especial do professor Paulo Saldiva,

avanços nas capitais: (1) planejamento

da Faculdade de Medicina da USP. No

climático, (2) energia e (3) arborização

mesmo marco aconteceu também o Se-

urbana. Como prioridade até 2019, foi

minário Internacional sobre Mudanças

estabelecido o desenvolvimento de Pla-

Climáticas e Saúde. Foi reeleito como

nos de Arborização Urbana em todas as

coordenador nacional do CB27 André

capitais brasileiras.

Fraga, Secretário Municipal de Cidade Sustentável e Inovação de Salvador, e

O I Encontro do Fórum de Cidades Quen-

foram definidas metas para o ano: (1) ga-

tes aconteceu em novembro de 2018, em

rantir que todas as capitais recebam os

Porto Velho, e contou com apresenta-

recursos do TCFA; (2) manter e ampliar

ções que abordaram possíveis caminhos

espaços de representação e pressão em

em direção a cidades capazes de resistir,

prol da agenda das capitais junto ao go-

absorver e se recuperar dos impactos do

HISTÓRICO


Foto: Prefeitura de Curitiba

36

Secretários e representantes durante o XV Encontro Nacional, em Curitiba

clima de forma eficiente. Nesse sentido,

territorial, na gestão do uso do solo, no

foram discutidas potenciais formas de

desenvolvimento econômico local e em

aliviar os picos de temperatura nos am-

projetos de infraestrutura. Durante a

bientes urbanos, com a incorporação de

Assembleia do Fórum CB27, foi celebra-

infraestrutura verde, ampliação da co-

do o cumprimento da meta de ter todas

bertura vegetal, aumento da refletividade

as capitais comprometidas com o Pacto

das superfícies e estratégias de adapta-

Global de Prefeitos pelo Clima e Energia,

ção baseadas em ecossistemas nos plane-

e reafirmado o compromisso de dar con-

jamentos municipais.

tinuidade aos próximos passos do planejamento climático.

Finalizando as atividades do ano de 2018, teve lugar, em Curitiba, o XV Encontro Nacional, cujo tema foi A natureza como base para o Desenvolvimento

HISTÓRICO

nas cidades. O grupo debateu formas

Conheça as cartas

de integrar a biodiversidade e os ser-

geradas ao longo

viços ecossistêmicos no planejamento

dos encontros:


LINHA DO TEMPO 2012

MARÇO Encontro Regional em Teresina Abril Encontros Regionais em Manaus e Brasília MAIO I Encontro Nacional – Rio de Janeiro

2013

MARÇO Encontros Regionais em Belo Horizonte, Goiânia e Belém ABRIL Encontro Regional em Salvador II Encontro Nacional em Porto Alegre OUTUBRO III Encontro Nacional em Salvador

2014

MARÇO IV Encontro Nacional em São Paulo Encontro Regional das Capitais do Norte, em Manaus MAIO Encontros Regionais em Curitiba e João Pessoa NOVEMBRO V Encontro Nacional em Belo Horizonte Jornada Nacional sobre Cidade e Mudanças Climáticas DEZEMBRO Participação na COP20 em Lima, no Peru

2015

MARÇO Encontro Regional de Aracaju JULHO VI Encontro Nacional em Natal: De olho na Conferência do Clima COP-21

AGOSTO Encontro Regional de Gestão Ambiental em Macapá OUTUBRO Encontro Regional em Curitiba Participação no Programa de Diálogo “Brazilian Cities in Action to Halt Climate Change” na Alemanha, Bélgica e Holanda Seminário Cidades Resilientes: comunidade e clima DEZEMBRO Participação na COP-21, em Paris, França

2016

FEVEREIRO Encontro Regional em Fortaleza MARÇO VII Encontro Nacional no Rio de Janeiro ABRIL Encontro Regional em Rio Branco JULHO Encontro Regional no Centro Oeste, em Cuiabá AGOSTO Encontro com o então Ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho NOVEMBRO VIII Encontro Nacional em Maceió DEZEMBRO Estabelecimento de parceria entre CB27, ICLEI e KAS Brasil

2017

MARÇO IX Encontro Nacional em Salvador Seminário Cidades e Mudanças Climáticas Entrega de contribuição à estratégia da NDC brasileira, juntamente com outras

redes globais de cidades Eleição de lideranças do CB27 ABRIL X Encontro Nacional em Brasília: Reinvenção do Financiamento e da Governança das Cidades JULHO Encontro Regional em Campinas XI Encontro Nacional em João Pessoa NOVEMBRO XII Encontro Nacional em Recife: Educação ambiental como instrumento de transformação social e formação cidadã Assinatura de 33 cidades ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia DEZEMBRO Participação na COP-23, em Bonn, na Alemanha

2018

MARÇO Encontro Regional em Manaus XIII Encontro Nacional em Vitória: Relação entre saúde nas cidades e mudanças climáticas e lançamento do site institucional do Fórum. JUNHO XIV Encontro Nacional em Teresina: Soluções inovadoras a serviço da gestão climáticas NOVEMBRO I Encontro do Fórum de Cidades Quentes em Porto Velho XV Encontro Nacional em Curitiba DEZEMBRO Reuniões para apresentar a pauta e demanda do CB27 para o novo governo eleito Reunião com o então Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

37


AVA N Ç O S

38

A

troca permanente de ex-

dadas e fazendo com que a atuação se

periências e a construção

tornasse cada vez mais consistente. As

coletiva envolvendo os se-

Cartas formuladas ao longo dos En-

cretários de meio ambiente

contros registraram metas e encami-

das 27 capitais brasileiras

nhamentos nos diversos momentos do

tem sido muito importante no avanço

Fórum, formalizando os compromissos.

das pautas da gestão ambiental em seus territórios.

Hoje, além de quatro temas prioritários – (1) planejamento climático, (2) ener-

Embora tenha iniciado sua atuação pela

gia, (3) arborização e (4) licenciamento

questão climática, o Fórum CB27 logo

ambiental -, há alguns outros que são

vê seu leque de interesses e necessida-

transversais, como educação ambiental,

des se ampliar, enfocando pautas como

financiamento e inovação e tecnologia.

financiamento, licenciamento ambien-

O CB27 renova seu propósito de irra-

tal, arborização e educação ambiental.

diar trocas e melhores práticas para outros municípios por meio de cooperação

Prioridades foram estabelecidas pelo

e visitas técnicas em projetos de refe-

grupo, sendo renovadas e/ou aprofun-

rências durante os encontros nacionais,

AVA N Ç O S N A S P A U TA S D A G E S TÃ O A M B I E N TA L


NAS PAUTAS DA GESTÃO AMBIENTAL destacando soluções como o programa

mento das ações e políticas por Macapá

Palmas Solar, na cidade de Palmas (TO),

(AP), Recife (PE) e Belém (PA). Em li-

o licenciamento digital implementado

cenciamento ambiental, inspiradas pelo

por Fortaleza (CE) e o programa de ar-

exemplo de Fortaleza, movem-se na

borização de Salvador (BA).

direção da simplificação e desburocratização as capitais de Natal (RN), João

Dentre os avanços nas pautas ambien-

Pessoa (PB) e Aracaju (SE). A energia

tais, o tema das mudanças climáticas, que

solar, com o caso bem-sucedido de Pal-

em 2012 era incipiente e pouco conheci-

mas, mobiliza Teresina (PI) e Boa Vista

do por grande parte dos integrantes do

(RR). E praticamente todas as cidades

Fórum CB27, atualmente se tornou rele-

da rede relatam, em pesquisa realizada

vante para a maior parte das secretarias

em 2018, terem minimamente se inspi-

de meio ambiente. Conceitos básicos

rado a rever ou elaborar ações mobi-

relacionados à agenda são conhecidos e

lizadas pela troca de experiência com

reconhecidos por eles, e estão presentes

outras capitais.

em ações cotidianas das secretarias. Ao todo, 14 capitais possuem inventários

O Fórum promove o diálogo federativo

de emissões de gases de efeito estufa,

por meio da participação na Comissão

muitos deles construídos graças ao in-

Técnica Tripartite do CONAMA, parti-

tercâmbio promovido pelo CB27. Porto

cipa do Fórum Brasileiro de Mudanças

Velho (RO), por exemplo, desenvolveu

Climáticas e tem se destacado também

sua política de mudanças climáticas por

em eventos internacionais, começan-

meio de experiências e conhecimentos

do a servir como exemplo de rede de

adquiridos nos encontros do Fórum.

cidades na América Latina. A articula-

Também nesse caminho, Porto Alegre

ção dessa rede de secretários de meio

(RS) instituiu um comitê de mudanças

ambiente com instituições, públicas e

climáticas e energias renováveis, respon-

privadas, como C40, CDP Cities, Banco

sável por elaborar um projeto de lei para

Mundial, WRI, WWF Brasil, os ministé-

o município.

rios de Meio Ambiente, de Cidades, de Ciência, Tecnologia e Comunicações,

Na área da arborização, destacam-se a

com o Itamaraty e o IBAMA, dentre

elaboração de manuais e o aprimora-

muitas outras, vem se constituindo tan-

AVA N Ç O S N A S P A U TA S D A G E S TÃ O A M B I E N TA L

39


Na pesquisa realizada pelo CB27 junto aos secretários

pelo Clima e Energia, coalizão global de

de meio ambiente em 2018, 72% deles relataram ter no-

cidades e governos locais voluntaria-

vas políticas e/ou ações implementadas em suas cidades

mente comprometidos com o enfren-

em decorrência da participação no Fórum, nas mais di-

tamento às mudanças climáticas, redu-

versas áreas:

zindo impactos e facilitando acesso à

• Expansão das ações de educação ambiental

energia sustentável.

• IPTU Verde

40

• Manual de Arborização Urbana

Sendo uma rede de cidades indepen-

• Licenciamento eletrônico

dente, o CB27 tem contribuído para a

• Energia fotovoltaica

desburocratização da relação entre as

• Intercâmbio com o IBAM

secretarias de meio ambiente. Os secre-

• Implementação de política de mudanças climáticas

tários têm a prerrogativa de se conta-

• Certificação de construções

tar diretamente, por email, telefone ou

• TCFA

WhatsApp, dispensando trâmites mais

• Inventário de emissões de GEEs

formais e deliberando questões relati-

• Hortas urbanas.

vas ao Fórum ou a projetos e ações de

Segundo a mesma pesquisa, as cidades de Salvador (BA),

suas cidades de modo bem mais ágil.

Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB) foram as mais mencionadas como as que geraram coo-

Na área da comunicação, dentro da es-

peração próxima por meio do CB27.

tratégia do CB27 de sistematizar e disponibilizar conhecimento gerado pelo Fórum, foi criada em 2018 uma pla-

to em medida diplomática como em fun-

taforma online que permite acesso a

ção da promoção de advocacy. Outro

todo o material produzido ao longo da

ponto, já destacado nesta publicação, é

trajetória do Fórum, perfil das capitais,

que o grupo ofereceu contribuição para

publicações com casos de sucesso da

a estratégia de implementação da NDC

gestão urbana no Brasil e dados inédi-

brasileira, ao lado de outras redes glo-

tos sobre gestão ambiental nas capitais.

bais de cidades.

Essa ação dá prosseguimento a uma das diretrizes do CB27, que é disseminar

Um avanço importante é que todas as

boas práticas para outros municípios.

capitais brasileiras estão comprome-

Além disso, duas publicações - uma de

tidas com o Pacto Global de Prefeitos

2012 e outra de 2016 - reuniram as

AVA N Ç O S N A S P A U TA S D A G E S TÃ O A M B I E N TA L


boas práticas das capitais no momento

gações e conferências, servindo de ins-

em que foram divulgadas e encontram-

piração para outros países e como um

-se também disponíveis para download

caso de sucesso propriamente brasilei-

na plataforma virtual.

ro, num âmbito que reconhece cada vez mais a importância das cidades no nível

Em 2018, o grupo implementou o Fórum

do desenvolvimento sustentável global.

de Cidades Quentes, inaugurando um

Tem participado ativamente das Confe-

novo espaço para pensar caminhos pos-

rências pelo Clima da Organização das

síveis em direção a cidades capazes de

Nações Unidas.

resistir, absorver e se recuperar dos impactos do clima de modo eficiente, discu-

Por fim, a experiência do CB27 tem ge-

tindo potenciais formas de aliviar picos de

rado também análises técnico-acadêmi-

temperatura em ambientes urbanos.

cas sobre sua atuação enquanto Fórum e também em questões específicas,

O CB27 firmou também uma parceria

como mudanças climáticas e logística

com a organização Plant for the Planet

reversa. E inspirado outras localidades

para a promoção de ações de plantio e

na América Latina com seu exemplo de

educação ambiental nas cidades, e apoiou

atuação em rede.

a realização do Diálogo de Talanoa, em parceria com o Observatório do Clima.

O Brasil já mostrou que tem muito a oferecer e uma larga variedade de casos

O Fórum CB27 representa hoje cerca

de sucesso na área de políticas públicas

de ¼ da população brasileira e aproxi-

ambientais urbanas. A descentralização

madamente 29% do PIB nacional. Com

que põe a gestão pública mais perto do

essa relevância, procura ser incubador

cidadão por meio dos governos locais

de um desenvolvimento mais sustentá-

pode oferecer grandes vantagens. Pro-

vel para as cidades brasileiras, dissemi-

blemas como a poluição do ar ou a acu-

nando e compartilhando as experiências

mulação de resíduos sólidos acontecem

com outros municípios do País por meio

no ambiente urbano. Portanto, são as

da colaboração com instituições e redes

cidades que dispõem de mais conheci-

com objetivos comuns. Internacional-

mento das realidades locais e assim, ao

mente, o CB27 teve a oportunidade de

longo de um processo de aprendizagem,

se apresentar em diversos fóruns, dele-

podem chegar a soluções adequadas

AVA N Ç O S N A S P A U TA S D A G E S TÃ O A M B I E N TA L

41


U

FUTURO DO FÓRUM m encontro de planejamento

As metas determinadas incluem:

estratégico realizado na sede

• Todas as capitais brasileiras

da Fundação Konrad Ade-

deveriam iniciar, ainda em 2018,

nauer em maio de 2018 traçou

os processos de elaboração de

objetivos estratégicos para o

inventários de emissões de GEEs

CB27 até 2020. De modo geral, o Fórum

• Todas as capitais brasileiras

deve seguir atuando em três diretrizes:

desenvolverão Planos de Arborização

• Ampliar a visibilidade do CB27

Urbana Municipal até 2019

• Manter e ampliar espaços de

• Todas as capitais brasileiras estarão

representação e pressão em prol da

comprometidas com o Pacto Global

agenda das capitais junto ao Governo

de Prefeitos pelo Clima e Energia

Federal e ao Congresso Nacional

42

• Fortalecer o financiamento para as capitais

Atividades propostas para o ano de 2019 • Promoção de intercâmbio de

O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia é a maior coalizão global de cidades e governos locais voluntariamente comprometidos com a luta à mudança climática, reduzindo seus impactos inevitáveis e facilitando o acesso à energia sustentável e acessível para todos. O Pacto foi originado da união das duas principais iniciativas para clima e energia lideradas por cidades - o Covenant of Mayors Europeu e o Compacto de Prefeitos, reunindo cidades e governos locais que estão na vanguarda do combate à mudança do clima. Reúne mais de 9.000 cidades de 119 países e seis continentes, representando mais de 600 milhões de habitantes – cerca de 8% da população global. Seu objetivo é promover e apoiar ações voluntárias para o combate à mudança do clima e a transição para uma economia de baixo carbono.

FUTURO DO FÓRUM


conhecimento entre as capitais

desenvolvimento de centro de

brasileiras e construção conjunta de

informações e intercâmbio de

pautas das capitais: realização de

legislações sobre gestão ambiental; (3)

três encontros nacionais temáticos

continuidade da compilação de dados

distribuídos entre as regiões do país.

das capitais brasileiras; (4) manutenção

• Manutenção e ampliação de espaços

das redes sociais do CB27.

de representação e pressão em prol da agenda das capitais junto ao

Ainda em 2018, o grupo produziu e en-

governo federal e congresso nacional:

dereçou à equipe de transição do atual

(1) participação e preparação de

governo eleito, e também ao Ministério

posições para reuniões da comissão

do Meio Ambiente, uma carta apre-

tripartite nacional; (2) atividades de

sentando o trabalho que vem sen-

pressão pela instalação das tripartites

do desenvolvido ao longo dos anos,

estaduais; (3) participação e

apontando a importância de manter e

liderança nos espaços de governança

melhorar os mecanismos desenvolvidos

sobre mudança do clima (Fórum

pelo país para gestão ambiental e desen-

Brasileiro de Mudanças Climáticas,

volvimento sustentável, e destacando a

Grupo Federativo de Monitoramento

mudança do clima como principal desafio

do Plano Nacional de Adaptação,

do nosso século. O documento reafirma

Governança Climática em construção

a necessidade de transformar o protago-

– MMA/Casa Civil), com foco em

nismo dos municípios em ações efetivas

garantir que a estratégia nacional

e subsidiar os gestores locais para ini-

de implementação e financiamento

ciativas que levem à redução dos gases

da NDC inclua os municípios.

de efeito estufa e ao enfrentamento das

• Comunicação e gestão do

43

mudanças do clima, enfatizando ainda a

conhecimento do CB27: (1)

busca de soluções tecnológicas, admin-

compilação de relatório anual

istrativas e logísticas que extrapolam os

sobre atividades do CB27; (2)

orçamentos municipais.

FUTURO DO FÓRUM


GOVERNANÇA

A

governança do CB27 é composta por uma coordenação nacional, uma coordenação nacional adjunta e 5 coordenadorias regionais, com representantes eleitos pelo colegiado anualmente por meio de eleições. O pleito é realizado no primeiro encontro anual do Fórum CB27 de cada ano.

O atual mandato (2018) é composto por:

COORDENADOR NACIONAL André Moreira Fraga, Salvador

44

COORDENADOR NACIONAL ADJUNTO Luiz Emanuel Zouain da Rocha, Vitória

COORDENADORES REGIONAIS Norte: Pio Netto, Belém Nordeste: Maria Águeda Maria Muniz, Fortaleza Centro-Oeste: Luís Eduardo Costa, Campo Grande Sudeste: Justino Carvalho, Rio de Janeiro Sul: Nelson Gomes Motta Junior, Florianópolis

COORDENADORES ANTERIORES: Daniel Pedro Rios Peixoto, Boa Vista Eduardo Matos, Aracaju Délio Malheiros, Belo Horizonte Carlos Alberto Muniz, Rio de Janeiro Nelson Moreira Franco, Rio de Janeiro (in memoriam)

GOVERNANÇA


P

C O N E C T E- S E COM O CB27 ara acompanhar as atividades, avanços e desafios do CB27, uma plataforma online, disponibi-

/forumCB27/

lizada em 2018, concentra hoje todos os documentos, publicações, registros dos Encontros e de outras atividades realizadas. Essa ferra-

menta mostra-se importante no sentido de disseminar conhecimento produzido no âmbito do Fórum, e inclui uma área que concentra as boas experiências das capi-

@forumcb27/

tais em gestão ambiental urbana, com caráter replicável para outras cidades. Além do idioma oficial português, o site está disponível em inglês e alemão.

45

OUTROS CANAIS DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES SÃO AS PÁGINAS DAS REDES SOCIAIS:

//bit.ly/2T9bdmi


PARA LER MAIS NOTÍCIAS, ACESSE:

C B 2 7 EM NOTÍCIA S Maceió sedia o VII Encontro Nacional do Fórum de Secretários de Meio Ambiente das Capitais

46

Guia facilita descarte de lixo em grandes eventos

Prefeitura de Manaus estará presente em Encontro Nacional de Secretários de Meio Ambiente das capitais

João Pessoa promove encontro nacional de secretários de meio ambiente


Porto Velho irá sediar I Encontro do Fórum de Cidades Quentes

VII Encontro Nacional do Fórum de Secretários de Meio Ambiente Secretário municipal de Salvador é eleito coordenador nacional do Fórum de Meio Ambiente

acontece em Maceió

Secretários de Meio Ambiente Salvador sedia encontro nacional sobre clima e sustentabilidade

de vários estados se reúnem em Belo Horizonte

Bom Dia Entrevista: XIV Encontro Nacional do Fórum CB27

47


AGRADECIMENTOS E CRÉDITOS Realização: Fórum CB27 Apoio: Fundação Konrad Adenauer e ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade AGRADECIMENTOS: • André Fraga;

• CEBDS – Conselho

• Eduardo Matos;

Empresarial Brasileiro

Indústrias do Estado do

• Délio Malheiros;

para o Desenvolvimento

Rio Grande do Norte

• Nelson Moreira Franco

Sustentável;

(in memoriam); • Kathrin Zeller;

• CEMADEN – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas

• ABSOLAR; • AdaptaClima;

48

• FIERN – Federação das

• AFD – Agência Francesa

de Desastres Naturais; • CTGAS-ER – Centro

• FNP – Frente Nacional de Prefeitos; • Fundação Grupo Boticário; • Fundação Rockefeller; • GIZ - Deutsche

• ITS – Instituto Tecnologia e Sociedade; • Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação; • Ministério da Saúde; • Ministério das Cidades; • Ministério do Meio Ambiente;

de Tecnologia do Gás e

Gesellschaft für

• Observatório do Clima;

Energias Renováveis

Internationale

• ONU-Habitat;

RELATÓRIO DE

• CGEE – Centro de

Zusammenarbeit;

• Painel Brasileiro de

ATIVIDADES

Nacional dos Órgãos

Gestão e Estudos

• Go Green Amazon;

Municipais de

Estratégicos;

• IBAM – Instituto

de Desenvolvimento; • ANAMMA – Associação

Meio Ambiente; • ANUBZ Innovative Solutions; • Banco Mundial; • BYD Brasil;

• Comitê de Mudança do Clima de São Paulo; • Conservação Internacional • Departamento de

Mudanças Climáticas; • PNUD Brasil – Programa

Organização:

Brasileiro de

das Nações Unidas para

Daniela Ades

Administração

o Desenvolvimento;

Municipal; • IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio

• Porto Digital;

Elaboração de conteúdo:

• Sebrae Nacional;

Conteúdos & Afins -

• SOS Mata Atlântica;

Mônica C. Ribeiro e

• C40 – Cities Climate

Saúde Ambiental da

Ambiente e dos Recursos • SPVS – Sociedade

Leadership Group;

Faculdade de Saúde

Naturais Renováveis;

• CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina; • CDP – Driving Sustainable Economies;

Pública da Universidade de São Paulo (USP); • Embaixada Britânica em Brasília; • Embrapa Acre

• Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia;

Priscila Machado Nunes

de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação

Revisão: Mônica C. Ribeiro

Ambiental;

e Priscila Machado Nunes

• UFRJ – Universidade

• Instituto Arapyaú;

Federal do Rio

• Instituto de Estudos

de Janeiro;

• CDSA - Companhia de

• Embrapa Amapá

Avançados da

• WayCarbon;

Desenvolvimento de

• FGV – Fundação

Universidade de

• WRI Brasil – World

Serviços Ambientais

Getúlio Vargas;

São Paulo (USP);

Resources Institute

Tradução: Melissa Harkin

Design: Luciano Schinke

Impressão: J. Sholna


Coordenador Nacional: André Moreira Fraga

Coordenador Adjunto: Luiz Emanuel Zouain da Rocha

FÓRUM CB27 Coordenadores Regionais:

O Fórum de Secretários de Meio Am-

fortalecimento e ação coordenada das

Norte: Pio Netto, Belém

biente das Capitais Brasileiras - CB27

secretarias de meio ambiente, inter-

Nordeste: Maria Agueda Maria Muniz, Fortaleza

reúne os dirigentes das pastas respon-

câmbio de experiências em sustenta-

Centro-Oeste: Luís Eduardo Costa, Campo Grande

sáveis pelo meio ambiente nas prefei-

bilidade urbana e avanço em agendas

Sudeste: Justino Carvalho, Rio de Janeiro

turas das 26 capitais brasileiras e no

ambientais de vanguarda.

Sul: Nelson Mattos Jr. Florianópolis

governo do Distrito Federal para o

www.forumcb27.com.br

FUNDAÇÃO KONRAD ADENAUER

no Brasil desde 1969, reúne lideranças

A Fundação Konrad Adenauer (KAS) é

atuais e futuras da política e da socie-

uma fundação política alemã, indepen-

dade, bem como formadores de opinião

dente e sem fins lucrativos. Atua com

no universo acadêmico. Trabalha sem-

base nos valores da Democracia Cristã

pre com parceiros locais e incentiva o

Diretor Regional:

(CDU), partido político alemão. Promo-

diálogo sobre os principais desafios

Dr. Jan Woischnik

ve a Democracia, o Estado de Direito,

do país. Os escritórios da Fundação

os Direitos Humanos e a Educação

Konrad Adenauer no exterior são res-

Equipe:

Política, bem como a Economia Social

ponsáveis por mais de 200 projetos em

Marina Caetano

de Mercado e o desenvolvimento des-

120 países diferentes.

centralizado e sustentável. Presente

www.kas.de/pt/web/brasilien

ICLEI - GOVERNOS LOCAIS PELA

de sustentabilidade e impulsionamos

SUSTENTABILIDADE

a ação local para o desenvolvimento

O ICLEI - Governos Locais pela Susten-

de baixo carbono, baseado na nature-

tabilidade é uma rede global de mais

za, equitativo, resiliente e circular. Sua

Equipe:

de 1.750 governos locais e regionais

Rede na América do Sul conecta mais

Bruna Cerqueira

comprometidos com o desenvolvimen-

de 70 governos associados em oito pa-

Daniela Ades

to urbano sustentável. Ativo em mais

íses a este movimento global.

Leonardo Fagundes

de 100 países, influenciamos a política

www.iclei.org/sams

Secretário-Executivo: Rodrigo de Oliveira Perpétuo

49


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) ALVES, Melina Amoni Silveira. Mapeamento da vulnerabilidade à mudança do clima em Uberlândia - Minas Gerais: orientações para a adaptação. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Geografia - Tratamento da Informação Espacial. Belo Horizonte, 2017 (http://www.biblioteca. pucminas.br/teses/TratInfEspacial_AlvesMA_1.pdf )

50

2) BISERRA, Karla Sodré Rocha. A importância da logística reversa para uma economia ambientalmente sustentável. Trabalho apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de especialização no curso de Pós-graduação em Economia e Meio Ambiente do Departamento de Economia Rural e Extensão, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná - Paraná, 2016 (https://acervodigital. ufpr.br/bitstream/handle/1884/53569/R%20-%20E%20 -%20KARLA%20SODRE%20ROCHA%20BISERRA.pdf? sequence=1&isAllowed=y ) 3) CAETANO, Marina. Energia: O reconhecimento do papel das cidades no enfrentamento às mudanças climáticas. Boletim Conjuntura Energética da FGV. São Paulo, 2018 (https://fgvenergia.fgv.br/sites/fgvenergia.fgv.br/ files/boletim_setembro-2018_rev2.pdf ) 4) CERQUEIRA, Bruna & VICENTE, Marina. Desafio do enfrentamento às mudanças climáticas nas capitais brasileiras. Cadernos Adenauer 02; Mudanças Climáticas: o Desafio do Século. Rio de Janeiro, 2016. (https://www. kas.de/c/document_librar y/get_file?uuid=19d1d0f9d198-22d9-3c2d-45102f3b98cc&groupId=252038) [i] 5) MACEDO, Laura Silvia Valente De . Participação de cidades brasileiras na governança multinível das mudanças climáticas Tese (Doutorado em Ciência Ambiental) - Programa de Pós Graduação em Ciência Ambiental - Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo / Laura Silvia Valente de Macedo; orientador: Pedro Roberto Jacobi - São Paulo, 2017 (http://www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/106/106132/tde-18102017-203603/en.php ) 6) MATOS, Eduardo. O Direito Fundamental ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado e papel da concretização desse direito pelo Fórum das Capitais Brasileiras. Texto publicado no livro “Direitos Fundamentais e Reflexos nas relações sociais”. Sergipe, 2018.

7) MARZANO, Karina & CHOLIBOIS, Tim. Gobernanza climática de los municipios urbanos y la cooperación con el sector privado: la experiencia de América Latina. Artigo publicado no livro: LOS MUNICIPIOS ANTE LOS DESAFÍOS GLOBALES. Cambio climático y sustentabilidad. México DF, 2016 8) NEVES, Leonardo Paz (org.). A Inserção Internacional do Rio de Janeiro. CEBRI Artigos, Edição Especial, v. 3, ano 8. Rio de Janeiro: CEBRI, 2013. (http://midias.cebri.org/arquivo/ InsercaoInternacionalRio.pdf ) 9) PEREIRA, Marina. O novo papel das cidades no contexto do desenvolvimento sustentável: O caso do CB27. Trabalho apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de especialização no curso de Pós Graduação em Meio Ambiente na Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE da Universidade Federal do RIo de Janeiro. Rio de Janeiro, 2016. 10) TEIXEIRA, Alberto & Buendía, Mercedes. Megacities in climate governance: the case of Rio de Janeiro. Meridiano 47 - Journal of Global Studies. 2016 (http://periodicos.unb.br/index.php/MED/article/view/ M47e17013 ) 11) Publicação: Paris Agreement: how it happened and what next (https://www.kas.de/c/document_library/ get _f ile?uuid=6c 0 b9287-b97e-8e3f-c36 0 -2725bd67b745&groupId=252038 ) - Organizado pela Fundação Konrad Adenauer Bruxelas e pela Climate Strategies (2016) 12) Publicação: Casos de sucesso da gestão ambiental urbana no Brasil (https://www.kas.de/c/ document_library/get_file?uuid=ddc1bc29-10db-6e1f91d3-f5b6aa162171&groupId=252038) - Organizado pela Fundação Konrad Adenauer Brasil, 2016. 13) Publicação: Gestão ambiental – casos de sucesso nas capitais brasileiras (https://www.kas.de/ einzeltitel/-/content/environmental-management-success-cases-of-the-brazilian-state-capitals) - Organizado pela Fundação Konrad Adenauer Brasil e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, 2012.


51


52

ilustração: Nathany Paola da Silva


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