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DiárioIndústria&Comércio Curitiba, TERÇA-FEIRA, 27 de dzembro de 2016 | Ano XL | Edição nº 9684 | R$ 2,00 | edição estadual
DESDE O ANO 1976, CONFIÁVEL. INTELIGENTE. INFLUENTE.
RETROSPECTIVA 2016
ECONOMIA O Diário Indústria & Comércio preparou uma edição especial com os principais fatos e notícias da economia que marcaram o ano que passou, no Brasil e no Mundo. Em mais um ano difícil, de grandes decisões políticas e crises que abalaram a confiança dos investidores no mercado brasileiro, ocorreram também relevantes conquistas para o país. Agronegócio puxando uma tímida recuperação, queda no lucro dos bancos públicos, Petrobras, indústria e comércio afetados pela recessão que se prolongou nos últimos
12 meses, desemprego recorde, aumento da inflação, juros nas alturas, estados endividados, reforma da previdência, ajuste fiscal. Apesar de um ano difícil, analistas preveem uma ligeira recuperação em 2017, porém, o próximo ano ainda promete ser um período de contenção de gastos. De acordo com análises da equipe de governo, a expectativa é de que o Brasil apresente um pequeno aumento do Produto Interno Bruto logo no primeiro trimestre do próximo ano.
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retrospectiva 2016
Diário Indústria&Comércio
Curitiba, terça-feira, 27 de dezembro de 2016 | A2
Famílias brasileiras começam 2016 mais endividadas, revela pesquisa
janeiro
Ano começa pessimista para as indústrias no Paraná Índice de Confiança do Empresário da Construção teve o menor nível da série histórica para mês de janeiro desde 2009 Levantamento feito pelo Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado Paraná (Fiep) apontava queda de -0,2 no Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEC-PR) em janeiro, atingindo 33,0 pontos e continuando na área de pessimismo pela 22ª vez consecutiva. Este é o menor nível de toda série histórica para o mês de janeiro desde 2009. A queda de -0,2 posicionou o índice -9,3 abaixo do nível de confiança de janeiro de 2015. O maior impacto negativo é reflexo da piora do indicador de condições da empresa, que apresentou queda -2,4 em relação a dezembro. Neste mês, o Índice de Confiança apresenta aumento nos indicadores de condições e queda
no de expectativas. O de Condições aumentou +0,1, situando-se em 28,8 pontos, mas continua na área de pessimismo, ficando -7,3 abaixo do registrado no mesmo período de 2015. Já o indicador de Expectativas caiu -0,3, atingindo 35,1 em janeiro, também permanecendo na área de pessimismo. Na comparação para o mesmo período de 2015, este índice mostra redução de -10,8. TRANSFORMAÇÃO Apesar de o ICIT-PR (Índice de Confiança da Indústria da Transformação) ter subido +2,9 em janeiro, os empresários continuam pessimistas conforme demonstra o nível do índice situado em 33,4.
acima do teto da meta (6,5%), em 6,87%. Na semana passada, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava em 6,86%. O centro da meta de inflação é 4,5%. O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro de 2015, o Copom optou
por manter a Selic em 14,25% ao ano. Na reunião do Copom deste mês, as instituições financeiras esperam que a Selic suba para 14,75% ao ano. Ao fim de 2016, a projeção para a Selic é 15,25%. A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança. A pesquisa do Banco Central também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) que permanece em 6,14%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 6,48% para 6,51%. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) segue em 5,81%.
fevereiro
Os economistas da Serasa Experian atribuíram essa retração às projeções de desaquecimento na economia ainda continuarão presentes em boa parte do ano de 2016”, justificaram eles. Na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, apenas o segmento de combustíveis e lubrificantes apresentou avanço, com crescimento de 3,8%. No setor de veículos, motos e peças foi constatada queda de (-20,4%) e nos demais setores foram registradas as seguintes oscilações: tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-15,3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (-13,1%); supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-6,7%) e material de construção (-2,4%).
de Indicadores Conjunturais da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), divulgado na sexta-feira. Para o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, os números refletem o quadro de recessão que o país vem atravessando e mostram a necessidade de ações efetivas por parte da classe política para a imediata retomada da atividade econômica. “Enquanto governo e parlamentares parecem
comparação com outubro, mas um crescimento de 0,9% em relação ao mesmo mês de 2014. Já a produção de gás natural encerrou novembro com retração de 3,5% em relação a outubro, somando 94,2 milhões de metros cúbicos por dia. O volume, quando comparado a igual mês de 2014, representa aumento de 2,7 %. As informações indicam ainda que 306 concessões produtoras foram operadas em novembro do ano passado por 25 empresas, das quais 82 são concessões marítimas e 224, terrestres. Do total das concessões produtoras, oito são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.
O Ministério da Fazenda divulgou no dia 5 de janeiro nota defendendo a viabilidade da proposta que permite o trabalhador usar a multa rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para empréstimos consignados, que são descontados diretamente no salário. De acordo com a nota, a medida tem potencial para desenvolver a modalidade no setor privado brasileiro e reduzir as taxas de juros cobradas em empréstimos para os trabalhadores. Para o Ministério da Fazenda, a proposta de utilizar a multa do FGTS e parte do saldo da conta vinculada tem por objetivo pres-
tar uma garantia de qualidade a esse segmento com vistas à redução do risco da operação e à melhoria das condições de crédito para os empregados da iniciativa privada, que ainda não foi alcançado porque “no Brasil a rotatividade no mercado de trabalho ainda é alta”. A nota acrescentou que a possibilidade de dispensa do emprego mantém elevado o risco dessa modalidade, o que limita a expansão na proporção imaginada à época da implementação do crédito consignado, em 2003. Conforme o ministério, pela legislação em vigor, a existência da multa de 40% não tem efeito patrimonial sobre as famílias.
EXPEDIENTE
Diário Indústria&Comércio Fundado em 2 de setembro de 1976
Filiado ao Sindejor | Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Paraná
Fundador e Presidente Odone Fortes Martins Reg.Prof. DRT/PR: 6993 (ofm@induscom.com.br)
Desempenho industrial do Paraná é o pior dos últimos 12 anos A indústria paranaense fechou 2015 com queda de 8,44% em suas vendas, registrando a maior queda desde 2003. Foi o segundo ano consecutivo de retração, o que fez com que o faturamento do setor industrial do Estado regredisse aos níveis de 2007. O mau desempenho teve impacto direto também no nível de emprego das indústrias, que caiu 4,92% no ano passado. As informações fazem parte do relatório mensal
A produção total de petróleo e gás natural nos campos do país fechou novembro de 2015 em 2,970 milhões de barris de petróleo e gás natural (óleo equivalente) por dia. Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP). Na avaliação da ANP, a redução da produção entre novembro e outubro foi decorrência de “diversas interrupções de produção, em diferentes plataformas, devido à greve de funcionários da Petrobras, que durou aproximadamente 15 dias”. Eles mostram que a produção de petróleo atingiu em novembro 2,38 milhões de barris por dia, uma queda de 1,1% na
Fazenda defende FGTS como garantia para consignado
Movimento no comércio tem maior queda em 13 anos O movimento dos consumidores nas lojas de todo o país caiu 9,6% em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, e 1,1% sobre dezembro de 2015. De acordo com a pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, a queda foi a maior já registrada no comércio varejista, desde abril de 2002, quando houve retração de 11,2% sobre o mesmo mês de 2001. Os economistas da Serasa Experian atribuíram essa retração às projeções de desaquecimento na economia. “Juros altos, desemprego em ascensão e inflação elevada, que afetaram negativamente o comércio no ano passado,
dívidas ou contas em atraso, chegou a 23,7% em janeiro deste ano, taxa superior aos 23,3% do mês anterior e aos 17,8% de janeiro de 2015. O percentual de famílias que não terão condições de pagar suas contas também subiu: 9%, ante os 8,7% de dezembro e os 6,4% de janeiro de 2015. A maior parte das dívidas das famílias brasileiras (78,6%) é com cartões de crédito. Em seguida, aparecem dívidas com carnês (16,8%), financiamento de carro (12,5%), crédito pessoal (9,8%) e financiamento de casa (8,1%).
Greve dos petroleiros reduziu produção de petróleo e gás
Instituições financeiras projetam queda da economia em 2,95% este ano A economia brasileira deve encolher 2,95%, este ano, de acordo com projeções de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC). Esse foi o 13º ajuste consecutivo na projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB). No boletim Focus divulgado na semana passada, a estimativa estava em 2,81%. A queda estimada para a produção industrial é 3,5%, este ano. Para as instituições financeiras, o encolhimento da economia vem acompanhado de inflação
O ano de 2016 começou com um aumento das famílias endividadas e inadimplentes no país. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada no final do mês de janeiro pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com dívidas cresceu de 61,1%, em dezembro de 2015, para 61,6%, em janeiro deste ano. Em janeiro de 2015, o percentual era 57,5%. Já o percentual de famílias inadimplentes, ou seja, que têm
mais interessados em aprofundar uma crise política que não tem fim, os números reais da economia não param de se deteriorar, resultando em desemprego e perda de renda para a população”, afirma. “O país não pode mais esperar. É preciso que governo e Congresso Nacional encontrem, de uma vez por todas, uma solução para o imbróglio político e comecem a discutir medidas efetivas, pensando na recuperação
imediata da atividade econômica e em reformas que garantam desenvolvimento em longo prazo”, completa. De acordo com o relatório da Fiep, três fatores foram os principais responsáveis pela forte queda das vendas da indústria paranaense em 2015. O primeiro foi o fraco desempenho da economia brasileira como um todo, que registra seguidas quedas no Produto Interno Bruto (PIB).
Diretor de Redação Eliseu Tisato Reg.Prof. DRT/PR: 7568 (editor@induscom.com.br) Redação: Rua Imaculada Conceição, 205 - Curitiba - PR Fone: (41) 3333.9800 E-mail: pauta@induscom.com.br Publicidade Legal e Assinaturas: Rua Imaculada Conceição, 205 - Curitiba - PR Fones: (41) 3333.9800 | 3334.4665 e-mail: publegal@induscom.com.br
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Paraná apresenta menor nível de endividamento em 12 meses
março
Balança comercial registra melhor fevereiro desde 1989 Nos últimos meses, as exportações estavam em queda, e a balança só vinha ficando positiva em função de recuos das importações A balança comercial teve superávit (exportações maiores que importações) de US$ 3,043 bilhões em fevereiro. É o melhor resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica da balança, em 1989. Além disso, não era registrado superávit para o mês desde fevereiro de 2012, quando a balança comercial ficou positiva em US$ 1,7 bilhão. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em janeiro, o superávit de US$ 923 milhões da balança comercial também quebrou um jejum de saldos positivos para o mês, que já durava cinco anos. O saldo positivo do mês passado resultou de US$ 13,348
bilhões em exportações e US$ 10,305 bilhões em importações. As vendas externas cresceram 4,6% sobre fevereiro de 2015 e 24,9% em relação a janeiro de 2016. O cálculo é segundo o critério da média diária, que mede o valor negociado em dólares por dia útil. A comparação com 2015 representou o primeiro crescimento das exportações ante o mesmo mês do ano anterior em 17 meses. A última vez que as vendas externas haviam subido foi na comparação anual entre agosto de 2014 e agosto de 2013. Nos últimos meses, as exportações estavam em queda, e a balança só vinha ficando positiva em função de recuos ainda mais acentuados das importações.
nacional recuou 3,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior queda do PIB brasileiro desde o início da série histórica, em 1996. No Paraná, assim como no restante do país, a queda foi puxada principalmente pela indústria, setor que mais sentiu os efeitos da recessão, com um recuo de 7% em 2015. Em compensação, a agropecuária paranaense cresceu 4,4%, embalada pelo recorde da safra de grãos e o crescimento
da produção de carnes, desempenho superior à nacional, que teve um crescimento de 1,8%. “A agropecuária, mais uma vez, garantiu uma condição melhor do que a média no Paraná”, diz o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior. A indústria de transformação sofreu os efeitos da desaceleração do consumo interno e da perda de competitividade no mercado externo. Os segmentos automotivo, de construção civil e serviços industriais de utilidade pública,
como luz e água, foram os mais afetados pela desaceleração. De acordo com Suzuki Júnior, o consumo do brasileiro sucumbiu à combinação de inflação elevada, juros altos, endividamento e aumento do desemprego. “O que levou a reboque também o setor de serviços, que teve recuo de 2,3% no ano no Estado”, afirma. “Os números do PIB mostram a falência do modelo de crescimento sustentado pelo consumo, que norteou a política econômica do governo federal”, afirmou.
abril
Devolução de cheques sem fundos é a maior já registrada em 25 anos Em fevereiro, as devoluções alcançaram 2,27% do total compensado e, em março do ano passado, a taxa foi 2,32% A proporção de cheques devolvidos por falta de fundos cresceu 2,66% em março último, o maior índice registrado desde 1991, na pesquisa feita pela Serasa Experian. Em fevereiro, as devoluções alcançaram 2,27% do total compensado e, em março do ano passado, a taxa foi 2,32%. Na análise dos economistas da Serasa Experian, o aumento se deve à “inflação elevada, pressionada pelos alimentos, e o aprofundamento da recessão econômica, impulsionando o desemprego para 10%”. O estado de Roraima foi o único onde não houve crescimento sobre fevereiro. O índice passou de 11,07% para 10,66%
em março. Na comparação com igual mês do ano passado, as devoluções deste ano foram maiores. Em março de 2015, o índice era 9,84% do total de cheques compensados. No acumulado do trimestre, a maior taxa de devoluções foi constatada no Amapá (18,27%). A menor proporção ocorreu em São Paulo (1,84%). No país, a média foi 2,45%. Por regiões, o Norte do Brasil lidera a inadimplência com cheques, acumulado nos três primeiros meses do ano a taxa 4,75%. Na outra ponta, o Sudeste aparece com o menor índice (2%). O Nordeste apresentou taxa 4,61%; o CentroOeste 3,23% e o Sul 2,17%.
(IPCA). No primeiro trimestre, a arrecadação federal somou R$ 313,014 bilhões, queda de 8,19% na comparação com o mesmo período do ano passado considerando o IPCA. O valor acumulado também é o menor para os três primeiros meses do ano desde 2010. Segundo a Receita Federal, a queda da atividade econômica é o principal responsável
O número de recuperações judiciais requeridas em todo o país no primeiro bimestre de 2016 foi 116,4% maior que o registrado no mesmo período de 2015, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Foram 251 ocorrências contra 116 apuradas entre janeiro e fevereiro de 2015. O resultado, divulgado ontem, é o maior para o acumulado do primeiro bimestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências, em junho de 2005. Segundo os dados, as micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a fevereiro de 2016, com 150 pedidos, seguidas pelas médias empresas (58) e pelas grandes empresas (43). O indicador mostrou, ainda, aumento de 61,5% nos reque-
rimentos em fevereiro ante janeiro. Em janeiro, foram 96 requerimentos e em fevereiro, 155. Na comparação de fevereiro de 2016 com fevereiro de 2015, quando houve 42 requerimentos, a alta é de 269%. No mês de fevereiro, as micro e pequenas empresas foram as que mais fizeram requerimentos, chegando a 99. Logo depois, vieram as médias empresas, com 35 e as grandes com 21. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o prolongamento e a ampliação do atual quadro recessivo da economia brasileira - aliada à elevação dos custos operacionais e financeiros - têm levado a recordes mensais consecutivos dos requerimentos de recuperações judiciais.
Juros do cheque especial chegam ao recorde de 300,8% A taxa de juros do cheque especial chegou ao recorde de 300,8% ao ano, em março, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados no dia 28 de abril. A série histórica do BC tem início em julho de 1994. De fevereiro para março, a taxa subiu 6,9 pontos percentuais. Também é recorde a taxa média do rotativo do cartão de crédito (449,1% ao ano), em março, com alta de 5,2 pontos percentuais em relação a fevereiro. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. A série histórica do rotativo do cartão de crédito tem início em março de 2011. O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel,
enfatizou que o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito são modalidades de empréstimos que devem ser usadas com “muita cautela” devido ao custo elevado. Maciel orienta que, se for preciso usar, deve ser por pouco tempo para não comprometer a capacidade de pagamento no futuro. PARCELAMENTO A taxa de juros das compras parceladas no cartão de crédito ficou em 145,5% ao ano, em março, com redução de 0,6 ponto percentual em relação a fevereiro. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) atingiu 29,9% ao ano, com aumento de 0,4 ponto percentual na comparação com fevereiro.
Perda de vagas de trabalho é a maior em 25 anos
Arrecadação de impostos é a menor para o 1º trimestre desde 2010 A crise econômica, que diminui a produção e o consumo, fez a arrecadação federal atingir em março o menor valor em cinco anos. No mês passado, o governo arrecadou R$ 95,779 bilhões, queda de 6,96% em relação a março de 2015, descontada a inflação oficial. A quantia é a menor para o mês desde 2010, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
de pagar as dívidas também diminuíram e totalizam 9,5% em fevereiro, ante 11,4% em janeiro e 10,6% no mesmo mês do ano passado. A recuperação dos níveis de endividamento e inadimplência no Paraná coincide com a média nacional, que mostrou melhorias, fechando a média de fevereiro com 60,8% de endividados ante 61,8% em janeiro. Os brasileiros com contas em atraso somam 23,3% e os que não terão condições de saldar as dívidas são 8,6%. Além da crise político econômica, é bastante comum que as famílias encontrem maiores dificuldades para honrar seus compromissos financeiros.
Pedidos de recuperação judicial crescem 116,4%
Com queda de 2,8%, PIB do Paraná encolhe menos que o do Brasil A economia do Paraná sofreu o impacto da recessão brasileira, mas os seus efeitos no Estado foram um pouco menores do que na média nacional, graças, principalmente, ao bom momento da agropecuária. O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense encolheu 2,8% em 2015 em relação ao ano anterior, de acordo com estimativa divulgada na quinta-feira pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). No mesmo período, o PIB
Os paranaenses estão menos endividados de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela CNC e divulgada pela Fecomércio PR. Em fevereiro, 85,5% das famílias possuem algum tipo de dívida, uma redução de 0,2% com relação a janeiro. Também houve melhora na condição de pagamento dos débitos, sendo que 24,2% dos consumidores estão com contas em atraso, ante 25,7% em janeiro, o que representa redução de 5,8%. Em fevereiro de 2015, 25,1% dos paranaenses estavam com as contas atrasadas. Os devedores sem condições
pela queda na arrecadação este ano. Entre os fatores, a Receita destaca o recuo de 11,8% na produção industrial no primeiro trimestre, a redução de 10,47% na venda de bens e serviços e a contração de 33,62% no valor em dólar das importações. Vinculada à arrecadação da Previdência Social, a massa salarial caiu 0,03% no primeiro trimestre. Os tributos que puxaram
a queda na arrecadação no primeiro trimestre foram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, cuja receita caiu R$ 7,7 bilhões, descontando o IPCA, por causa do menor lucro das empresas. Em segundo lugar, está a receita da Previdência Social, com queda real (considerando a inflação) de R$ 5,5 bilhões, motivada pelo aumento do desemprego.
O Brasil teve a maior perda de vagas formais para meses de março em 25 anos, segundo dados divulgados no dia 22 de abril pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No mês passado, o país fechou 118.776 postos de trabalho com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, já foram suprimidas 1.853.076 milhões de vagas formais. Os números levam em conta a diferença entre demissões e contratações. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram. A exceção foi a administração pública, com 4,3 mil vagas a mais no mês. MAIORIA O comércio e a indústria de
transformação fecharam o maior número de vagas, respectivamente, 41.978 e 24.856. Em terceiro lugar, vem a construção civil, com supressão de 24.184 vagas. Os estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram São Paulo (-32.616 vagas), Rio de Janeiro (-13.741) e Pernambuco (-11.383). Apenas quatro estados contrataram mais que demitiram: Rio Grande do Sul (4.803 vagas criadas), Goiás (3.331), Roraima (220) e Mato Grosso do Sul (187 postos criados). Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.
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maio
Lucro líquido da Caixa Econômica cai 45,9% no primeiro trimestre de 2016 Enquanto foram registrados R$ 838 milhões nos três primeiros meses de 2016, no mesmo período de 2015 o lucro chegou a R$ 1,548 bilhão A Caixa Econômica Federal registrou queda de 45,9% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2016 em comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto foram registrados R$ 838 milhões nos três primeiros meses de 2016, no mesmo período de 2015 o lucro chegou a R$ 1,548 bilhão. Se comparado ao último trimestre de 2015, quando o lucro líquido foi de R$ 636 milhões, o resultado representa um aumento de 31,7% . Entre os números divulgados ontem pela Caixa, figura o resultado operacional no primeiro trimestre, que foi de R$ 385,3 milhões, mostrando elevação em relação aos dois últimos trimestres de 2015. O índice de inadimplência
caiu 0,04 ponto percentual e encerrou o primeiro trimestre em 3,51%, abaixo da média de mercado, de 3,55%. As despesas com provisão para crédito de liquidação duvidosa diminuíram em 24,2% em 12 meses e 3,6% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 3,8 bilhões. AVANÇO DO CRÉDITO A carteira de crédito ampla avançou 9,2% em 12 meses e 0,7% no trimestre. O saldo alcançou R$ 684,2 bilhões, representando 21,5% do mercado, aumento de 1,2 ponto percentual em 12 meses, sendo o crédito habitacional o principal destaque, com ampliação de 9,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015, e de 1,2% no trimestre.
pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O novo presidente da entidade, Antonio Megale, observou que, apesar desses recuos, o ritmo de queda nas vendas diminuiu. No começo do ano, o percentual de retração era de 38,8%. As montadoras instaladas no Brasil produziram em abril 169,8 mil veículos, número 13,6% abaixo do de março e 22,9% inferior ao registrado em abril do ano passado. No acumu-
lado desde janeiro, houve queda de 25,8%. De acordo com Megale, as empresas têm feito um esforço para manter os empregos, tanto que hoje têm 30% da força de trabalho em regime de flexibilização, sendo 6.044 postos em regime lay-off e 29,6 mil no Programa de Proteção ao Emprego (PPE). “É uma situação preocupante e as empresas estão demonstrando esforços para preservar os empregos”, destacou.
Em relação a abril do ano passado, as vagas encolheram 8%, tendo hoje uma base 128.441 trabalhadores. Para ampliar as ofertas, é necessário que o país volte a crescer, defendeu o presidente da Anfavea. CAMINHÕES O executivo apontou que, entre os segmentos que mais apresentaram queda nas vendas, estão os caminhões, com recuo de 13,2% de março para abril e 31% no acumulado do ano.
junho
Governo de Temer apresenta proposta de teto para gastos por 20 anos Pela medida, os gastos públicos totais serão reajustados com base na inflação oficial do ano anterior. A proposta será encaminhada pelo governo ao Congresso O governo apresentou no dia 15 de junho a parlamentares da base aliada do governo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento do gasto público à variação da inflação. A proposta é que a fixação do teto para os gastos tenha validade por 20 anos, a partir de 2017, com a possibilidade de revisão da regra a partir do décimo ano de vigência. Pela medida, os gastos públicos totais serão reajustados com base na inflação oficial do ano anterior. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Fazenda, a despesa primária total não poderá ter crescimento real a partir de 2017. “A PEC limitará, pela primeira vez, o crescimento
do gasto público e contribuirá para o necessário ajuste estrutural das contas públicas”, diz texto divulgado pelo ministério. Segundo a proposta, no primeiro ano de vigência, o limite dos gastos totais equivalerá à despesa paga no ano anterior corrigida pela inflação daquele ano. De acordo com a Fazenda, os valores mínimos dos gastos da União com saúde e educação passarão a ser corrigidos pela variação da inflação do ano anterior. O governo, no entanto, deixou claro que é prerrogativa do Congresso Nacional decidir onde os recursos públicos serão alocados, respeitando esse novo piso constitucional, caso a PEC seja aprovada.
foram divulgados no dia 8 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a alta de maio, o IPCA passa a acumular variação de 4,05% nos primeiros cinco meses do ano, resultado, no entanto, inferior em 1,29 ponto percentual aos 5,34% de igual período em 2015. O IPCA acumulado dos últimos doze meses (a taxa anualizada) ficou em 9,32%, ligeiramente
Por causa do calendário de impostos, que inclui o pagamento da cota única do Imposto de Renda Pessoa Física, o mês de abril registra superávit primário. No ano passado, no entanto, o Governo Central tinha registrado superávit primário maior em abril, de R$ 10,069 bilhões. A queda da arrecadação provocada pelo agravamento da crise econômica continua a ser a principal causa do aumento do déficit primário em 2016. De janeiro a abril, as receitas líquidas caíram 5,5%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em relação ao mesmo período do ano passado.
O Plano Safra 2016/2017 vai disponibilizar R$ 202,88 bilhões para produtores rurais. O valor é 8% maior que o da safra anterior, de R$ 187,7 bilhões. O novo Plano Agrícola e Pecuário foi anunciado ontem pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, em cerimônia no Palácio do Planalto. “O plano safra, com R$ 202,88 bilhões, é um valor recorde. Quando assumi o Ministério da Agricultura, disse que o Mapa [ministério] teria os olhos voltados para os produtores rurais. Se eles tiverem sucesso na sua atividade, ganha a sociedade brasileira e o nosso Brasil. Sei que as turbulências pelas quais passamos hoje tornam ainda maior o desafio de quebrar recordes”, disse a ministra. Segundo o ministério, um dos destaques do plano é o aumento de 20% dos recursos para custeio e comercialização a juros contro-
lados. A modalidade terá R$ 115,8 bilhões. Os juros foram ajustados sem comprometer a capacidade de pagamento do produtor, com taxas entre 8,5% e 12,75% ao ano, informou o ministério. Para os produtores beneficiados pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), os recursos de custeio aumentaram 15,4% e alcançaram R$ 15,7 bilhões, com juros anuais de 8,5%. Os demais recursos do Plano Safra serão disponibilizados para financiamento a taxas de juros livres do mercado. Para o Ministério da Agricultura, o Plano Safra conta com inovações em relação aos anteriores. Na pecuária de corte, a aquisição de animais para recria e engorda deixa de ser considerada investimento e passa para a modalidade de custeio, o que vai proporcionar ao produtor mais recursos na contratação de crédito.
Desemprego chega a 11,2% e atinge 11,4 milhões A taxa de desemprego no Brasil, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio deste ano. Ela é superior aos 10,2% de fevereiro e aos 8,1% do trimestre encerrado em maio de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o mais alto da série histórica iniciada em março de 2012 e o mesmo do trimestre encerrado em abril deste ano. A população desempregada é de 11,4 milhões de pessoas,
10,3% (ou 1,1 milhão de pessoas) a mais do que o trimestre encerrado em fevereiro e 40,3% (ou 3,3 milhões de pessoas) a mais do que no trimestre encerrado em maio de 2015. A população ocupada (90,8 milhões de pessoas) mantevese estável em relação a fevereiro de 2016. Já em relação a maio de 2015, houve um recuo de 1,4%, ou seja, menos 1,2 milhão de pessoas. Já os empregos com carteira assinada no setor privado apresentaram quedas de 1,2% em relação a fevereiro e de 4,2% na comparação com maio do ano passado.
Número de empresas cai pela 1ª vez desde 2007
IPCA aumenta e tem maior taxa para maio desde 2008 A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA voltou a subir, fechando o mês de maio em 0,78%, resultado 0,17 ponto percentual superior ao de abril, que foi de 0,61%. Esta é a taxa mais elevada para os meses de maio desde 2008, quando atingiu 0,79%. Os dados relativos ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país,
A queda das receitas em meio ao crescimento de gastos obrigatórios fez o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar o maior déficit primário da história para o primeiro quadrimestre. De janeiro a abril, houve déficit acumulado de R$ 8,451 bilhões, o primeiro resultado negativo da história para o período. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública. Apenas em abril, o Governo Central registrou superávit primário de R$ 9,751 bilhões. Desde o início da série histórica, em 1997, esse foi o 11º melhor resultado da história para o mês.
Plano Safra vai destinar R$ 202,88 bi para produtores
Venda de veículos tem queda de quase 30% no acumulado do ano, diz Anfavea As vendas de veículos novos automotores, incluindo automóveis, caminhões, comerciais leves (como vans e furgões) e ônibus, encerraram o período de janeiro a abril deste ano em baixa de 27,9%, com o total de 893,7 mil unidades comercializadas. Apenas no mês de abril, foram vendidos 162,9 mil veículos, número 9,1% menor do que o registrado em março deste ano e 25,7% inferior ao resultado de abril de 2015. Os dados foram divulgados
Governo tem maior déficit primário da história
acima dos 9,28% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015, o IPCA fechou em 0,74%. A principal contribuição para a alta de maio veio do grupo habitação, que subiu 1,79%, e colaborou com 0,27 ponto percentual para o IPCA do mês, tendo como principal contribuição para a aceleração do grupo a taxa de água e esgoto, com alta de 10,37%. Foi
o item de maior contribuição individual no mês, com 0,15 ponto percentual. Ainda no grupo habitação, outros itens importantes exerceram pressão no IPCA do mês: energia elétrica (2,28%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), artigos de limpeza (0,85%) e condomínio (0,79%). Energia elétrica, com alta de 2,28%, também exerceu pressão sobre o grupo habitação.
O Brasil perdeu 289 mil empresas em 2014, uma queda de 5,4% em relação a 2013 e a primeira desde o início da série histórica, em 2007, do Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgado na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As organizações formais ativas, 5,1 milhões, ocupavam 55,3 milhões de pessoas. O número representa aumento de pessoal ocupado de 0,2% (97,5 mil) e de pessoal ocupado assalariado de 0,8% (381,3 mil), comparado a 2013. Uma das coordenadoras da pesquisa, Kátia Cilene Medeiros de Carvalho, explicou que a maioria das empresas que não resistiram à crise era de pequeno porte. “A maioria das empresas que fecharam era dos setores de comércio e da indústria de transformação, com até nove pessoas ocupadas. O aumento, embora pequeno, do pessoal ocupado
sugere que, provavelmente, os trabalhadores que perderam seus empregos nas empresas que fecharam foram absorvidos por empresas maiores, já consolidadas, que têm mais condições de sobreviver a períodos de crise”, comentou Kátia. O número de sócios e proprietários recuou 3,9% (283,8 mil), que também podem ter sido, em boa parte, absorvidos pelo mercado, entrando como pessoal assalariado. O total de salários e outras remunerações (R$ 1,5 trilhão) aumentou 4,5%, e o salário médio mensal (R$ 2.301,82) cresceu 1,8%, em termos reais. Em 2014, pelo quinto ano consecutivo, o comércio, a reparação de veículos automotores e de motocicletas concentraram a maior parte do pessoal ocupado assalariado, com 9,3 milhões de pessoas (19,3%) e representaram 40,1% das empresas (2 milhões).
retrospectiva 2016
Diário Indústria&Comércio
Curitiba, terça-feira, 27 de dezembro de 2016 | A5
HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
REAVISO DE LICITAÇÃO
AVISO DE LICITAÇÃO
Processo nº 131297/2016-51 - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 132/2016
Processo nº 134957/2016-56 - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 159/2016
Envio de propostas a partir de 27/12/2016, com abertura para lances na data de
Envio de propostas a partir de 27/12/2016, com abertura para lances na data de
19/01/2016, horário: 09h00min, disponível no site www.comprasgovernamentais.gov.
20/01/2017, horário: 13h30min, disponível no site www.comprasgovernamentais.gov.
br. objetivo: Implantação de Pregão Eletrônico através de Sistema Registro de Pre-
br. objetivo: Implantação de Pregão Eletrônico através de Sistema Registro de Pre-
ços, com vigência de doze meses, para aquisição parcelada conforme a necessidade
ços, com vigência de doze meses, para aquisição parcelada conforme a necessidade
de equipamentos médicos hospitalares (bilirrubinômetro e outros). o objeto atenderá
de medicamentos (oxitalamato de meglumina 550mg e outros). o objeto atenderá o
o Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. os interes-
Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. os interessa-
sados poderão obter todas as informações necessárias a respeito com a Comissão
dos poderão obter todas as informações necessárias a respeito com a Comissão de
de Licitação pelo telefone (0xx41) 3360-1831. Izabel Cristina Rodrigues - pregoeira.
Licitação pelo telefone (0xx41) 3360-1831. Geisa Mariano Gonçalves - pregoeira.
Publique-se.
Publique-se.
Prof. Dr. Flavio Daniel Saavedra Tomasich
Prof. Dr. Flavio Daniel Saavedra Tomasich
Superintendente do Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR
Superintendente do Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR
HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
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REAVISO DE LICITAÇÃO
AVISO DE LICITAÇÃO
Processo nº 160322/2016-12 - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 167/2016
Processo nº 163179/2016-11 - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 186/2016
Envio de propostas a partir de 27/12/2016, com abertura para lances na data de
Envio de propostas a partir de 27/12/2016, com abertura para lances na data de 20/01/2017, horário: 09h00min, disponível no site www.comprasgovernamentais.gov. br. objetivo: Implantação de Pregão Eletrônico através de Sistema Registro de Preços, com vigência de doze meses, para aquisição parcelada conforme a necessidade de materiais para usos diversos (luva para procedimento de látex punho ajustado e outros). o objeto atenderá o Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. os interessados poderão obter todas as informações necessárias a respeito com a Comissão de Licitação pelo telefone (0xx41) 3360-1831. Izabel Cris-
0/01/2016, horário: 14h00min, disponível no site www.comprasgovernamentais.gov. br. objetivo: Implantação de Pregão Eletrônico através de Sistema Registro de Preços, com vigência de doze meses, para aquisição parcelada conforme a necessidade de equipamentos médico-hospitalar. o objeto atenderá o Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. os interessados poderão obter todas as informações necessárias a respeito com a Comissão de Licitação pelo telefone (0xx41) 3360-1831. Paulo Sergio Lopes dos Santos - pregoeiro.
Publique-se.
Prof. Dr. Flavio Daniel Saavedra Tomasich
Prof. Dr. Flavio Daniel Saavedra Tomasich
Superintendente do Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR
Superintendente do Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR
julho
ESTADOS Meirelles destacou compromisso do governo com o cumprimento da meta de déficit de R$ 170,5 bilhões para este ano.
também no indicador compras de insumos. Os cinco primeiros meses de 2016 apresentaram queda de 3,33% em relação a igual período de 2015. Ainda que tenha registrado aumento de 2,04% em maio sobre abril, indicando algum aumento de atividade em junho e julho, a elevação não é suficiente para representar alento para a indústria paranaense. O nível de emprego observado na indústria do Estado no acumulado de janeiro a maio contra
Recessão no país está mais moderada, diz Banco Central Central (IBC-Br) recuou 1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao período anterior. Essa retração foi “significativamente inferior” à registrada em trimestres anteriores, considerados dados dessazonalizados (ajustados para o período). NÚMEROS No trimestre encerrado em fevereiro deste ano, a retração era de 1,4%. Em novembro de 2015, a queda era de 1,5 e em agosto do ano passado de 2,2%. “Esta melhora repercutiu, em especial, na evolução dos indicadores do Sul, favorecida pela concentração da colheita de grãos; do Norte, beneficiada pela trajetória da indústria e da pecuária; e do Sudeste, repercutindo a recuperação da indústria.
HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
AVISO DE LICITAÇÃO Processo nº 163178/2016-68 - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 189/2016 Envio de propostas a partir de 27/12/2016, com abertura para lances na data de 18/01/2017, horário: 09h00min, disponível no site www.comprasgovernamentais.gov. br. objetivo: Implantação de Pregão Eletrônico através de Sistema Registro de Preços, com vigência de doze meses, para aquisição parcelada conforme a necessidade de materiais para usos diversos (oclusor estenopeico, agulha para transplante e outros). o objeto atenderá o Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. os interessados poderão obter todas as informações necessárias a respeito com a Comissão de Licitação pelo telefone (0xx41) 3360-1831. Izabel Cristina Rodrigues - pregoeira. Publique-se. Prof. Dr. Flavio Daniel Saavedra Tomasich Superintendente do Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR
A Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR torna público que recebeu do IAP a Licença Ambiental Simplificada - LAS nº 4401 do seguinte empreendimento: Atividade: Ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário - ETE Balsa Nova. Endereço: 10m da esquina com a Rua João de Souza França. Município: Balsa Nova. Validade: 22/02/2023.
O impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), localizada na região central da capital paulista, atingiu ontem, às 13h30, a marca de R$ 1 trilhão, valor que abrange o total de impostos, taxas e contribuições pagas pela população brasileira nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) desde 1º de janeiro de 2016. Segundo a ACSP, no ano passado esse valor foi alcançado no dia 29 de junho e o atraso deste ano está associado à queda na arrecadação, decorrente da crise que atinge o país e enfraquece a atividade econômica. “Mesmo com esse enfraquecimento, o painel chega a R$ 1 trilhão em função do avanço
Indústria do Paraná registra terceiro mês de queda e não esboça reação
A trajetória recessiva da economia brasileira a partir de 2014 mostrou relativa moderação no trimestre encerrado em maio deste ano, informou o Banco Central (BC) no Boletim Regional, publicação trimestral com indicadores econômicos por regiões do país. Para o BC, a moderação é resultado de melhora da confiança de empresários e consumidores, favorecida pelos efeitos positivos dos ajustes na economia feitos pelo governo e pela menor influência de eventos não econômicos, recorrentes nos últimos dois anos. O BC usa a expressão “eventos não econômicos” para se referir a efeitos da Operação Lava Jato, por exemplo. O BC destaca que o Índice de Atividade Econômica do Banco
Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei no prazo de 15 (quinze) dias. CURITIBA, 28 DE dezembro DE 2016
Brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em impostos
seminário na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da capital fluminense. Segundo Meirelles, o governo ainda não definiu quais seriam os setores atingidos pela eventual elevação de tributos. O ministro espera que a proposta de emenda à Constituição que cria um teto para os gastos públicos seja aprovada pelo Congresso ainda este ano e que a queda na arrecadação seja revertida nos próximos meses, para retomada do crescimento da economia.
Com os resultados, a indústria paranaense amarga o terceiro mês consecutivo de queda, caindo para os níveis de vendas registrados em 2007. Em vendas industriais, o recuo foi de 3,78% se comparados os cinco primeiros meses de 2016 contra o mesmo momento de 2015. Se comparado os dois meses de maio, deste ano e do ano passado, a queda é de 5,96%. No mês a mês, a retração é de 1,55%. O resultado negativo se repete
1 - MARCOS ADRIANO VALENTIN e TALITA GABRIELI MARIANO DA SILVA 2 - HENRIQUE GOMES PENNA e WITNEY BIANCHINI NETTO
A Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR torna público que requereu ao IAP, renovação da Licença de Operação - LO 9099 do seguinte empreendimento: Atividade: Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Estação Nova. Endereço: Maximiano Pfeffer. Município: Rio Negro. Validade: 01/06/2017.
Meirelles defende meta fiscal e não descarta alta de impostos
A indústria paranaense não reage. Esta é a constatação feita pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) a partir dos resultados dos Indicadores Conjunturais relativos ao mês de maio. Os três principais índices que compõem o levantamento, vendas industriais, compras industriais e nível de emprego, apresentaram nova queda, agora na comparação de janeiro a maio deste ano com o mesmo período do ano passado.
Faço saber que pretendem se casar:
tina Rodrigues - pregoeira.
Publique-se.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou no dia 25 de julho que, se as previsões de receita não se confirmarem, o governo não descarta “aumentos pontuais” de tributos para equilibrar as contas públicas e garantir que o déficit não ultrapasse os R$ 170,5 bilhões previstos na meta fiscal. Até o dia 31 de agosto, a área econômica vai analisar o crescimento das receitas públicas, previsto para ocorrer neste ano e em 2017, e o possível ingresso de recursos com privatizações, concessões e outorgas. “Vamos fazer a previsão e se necessário, sim, faremos aumentos pontuais, mas apenas se necessário, porque é possível que não seja necessário”, disse o ministro após participar de
3º OFÍCIO DE REGISTRO CIVIL E 15º TABELIONATO DE PESSOAS NATURAIS Município e Comarca de CURITIBA, Estado PARANÁ Bel. Mônica Maria Guimarães de Macedo Dalla Vecchia Registradora Designada
igual período de 2015 apresenta redução de 2,83% no pessoal empregado total e de 0,38% no pessoal empregado na produção. A massa salarial líquida apresentou, em março contra abril, queda de 0,16%. Já as horas trabalhadas caíram 4,79%, e a utilização da capacidade instalada recuou dois pontos percentuais, situando-se em 70%. Este nível de utilização de capacidade é três pontos percentuais abaixo do registrado em maio de 2015.
da inflação. Com preços mais altos, o consumidor desembolsa, também, maiores valores em impostos, já que esses são calculados sobre o preço final das mercadorias e serviços”, diz a ACSP. PIB ESTAGNADO Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, o atual governo precisa focar nos gastos de médio prazo e deixar a economia se recuperar, já que, embora o Produto Interno Bruto (a soma de todas as riquezas produzidas no país) não tenha previsão de crescimento para este ano, há indícios de melhoria para todos os setores da economia no segundo semestre.
Balança tem melhor resultado da história no primeiro semestre Beneficiada pela queda das importações em maior ritmo que o recuo das exportações, a balança comercial registrou superávit de US$ 3,974 bilhões em junho. Com o resultado do mês passado, a balança teve superávit de US$ 23,635 bilhões nos seis primeiros meses do ano, o melhor resultado da história para o período. A balança comercial é a diferença entre exportações e importações. Apesar do recorde no primeiro semestre, o resultado positivo da balança comercial em junho foi 12,3% menor que o superávit de US$ 4,529 registrado no mesmo mês do ano passado. No mês passado, as exportações alcançaram US$ 16,743 bi-
lhões, queda de 18,6% em relação a junho de 2015 pela média diária. As importações somaram US$ 12,77 bilhões, recuo de 19,3% na mesma comparação. No acumulado do ano, as vendas para o exterior totalizaram US$ 90,237 bilhões, retração de 5,9% pela média diária em relação ao primeiro semestre de 2015. As compras externas apresentaram valor de US$ 66,602 bilhões, queda de 28,9% em relação aos seis primeiros meses do ano passado também pela média diária. Pelo segundo ano seguido, o país está batendo recorde nas quantidades exportadas, mas a queda do preço das commodities – bens primários.
Alimentos pressionam e inflação volta a subir Os preços dos alimentos continuaram a pressionar a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, voltou a subir ao passar de 0,35% para 0,52% entre junho e julho deste ano, uma alta de 0,17 ponto percentual no período. Os dados foram divulgados no dia 10 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, com a alta de julho, a taxa acumulada nos últimos doze meses (a inflação anualizada) ficou em 8,74%, abaixo, no entanto, dos 8,84% relativos aos doze meses imediatamente anteriores: 0,1 ponto
percentual. Nos primeiros sete meses do ano (janeiro/julho) a inflação medida pelo IPCA acumula alta de 4,96%, resultado também inferior aos 6,83% de igual período de 2015. Neste caso, a queda é bem maior do que a taxa anualizada: 1,87 ponto percentual. Em julho de 2015, o IPCA registrou variação de 0,62%. Mais uma vez, os preços dos alimentos foram determinantes para a alta da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Sozinho, o grupo já acumula alta de 8,79% de janeiro a julho.
retrospectiva 2016
Diário Indústria&Comércio
Curitiba, terça-feira, 27 de dezembro de 2016 | A6
setembro
Petrobras reduz em 25% plano de investimentos para os próximos anos A previsão é de US$ 74,1 bilhões em investimentos, o que equivale a uma queda de 25% em relação ao plano anterior (período de 2015 a 2019) O novo Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, divulgado pela Petrobras no dia 20 de setembro prevê investimentos menores nos próximos cinco anos. A previsão é de US$ 74,1 bilhões em investimentos, o que equivale a uma queda de 25% em relação ao plano anterior (período de 2015 a2019), revisado em janeiro deste ano e que previa investimentos de US$ 98,4 bilhões. O Conselho de Administração da Petrobras aprovou na segunda-feira o novo plano de negócios, que foi nesta terça-feira em comunicado ao mercado. Desde a administração de Graça Foster, que presidiu a empresa de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2015, os investimentos vêm caindo a cada nova revisão do
Plano de Negócios e Gestão. Já na administração de Aldemir Bendine, o plano para o período 2014-2018 era estimado em cerca de US$ 220 bilhões; caindo para cerca de US$ 130 bilhões no período 2015-2019. O novo Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 da Petrobras prevê a retirada “integral” da estatal dos setores de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP (gás de cozinha), produção de fertilizante e das participações da companhia na petroquímica para, segundo a empresa, “preservar competências tecnológicas em áreas com maior potencial de desenvolvimento”. Do total a ser investido, 82% serão destinados à área de Exploração e Produção e 17% à área de Refino e Gás Natural.
A empresa informou, por outro lado, que o cronograma de desligamentos teve inicio em 16 de junho e que, até o momento, 2.450 empregados tiveram seus contratos de trabalho efetivamente encerrados. A Petrobras, ao iniciar o PIDV, tinha como meta em sua referência no planejamento de implementação do programa, que cerca de 12 mil empregados aderisse ao programa, com um
custo para a empresa previsto de R$ 4,4 bilhões e uma economia esperada de R$ 33 bilhões até 2020. Considerando a adesão dos 11.704 empregados que já formalizarão a decisão, a estimativa da companhia, no momento, para o custo total do programa é de aproximadamente R$ 4 bilhões – R$ 400 milhões a menos do que o inicialmente previsto. A empresa ressaltou, porém, que
o valor final será consolidado apenas após o término do prazo para os desligamentos. “A companhia provisionou R$ 1,2 bilhão até 30 de junho de 2016, relativo aos gastos previstos com os 4.087 funcionários que já haviam aderido ao programa, conforme informado na nota explicativa anterior relativa as Demonstrações Financeiras do 2º trimestre de 2016”, diz na nota a Petrobras.
outubro
Foram emplacados 2,12 milhões de unidades no período, contra 2,93 milhões de outubro de 2014 a setembro de 2015 mesmo período do ano passado as vendas chegaram a 200 mil unidades. No acumulado de janeiro a setembro, a comercialização de 1,5 milhão de veículos, significou uma retração de 22,8% em relação ao mesmo período de 2015. A produção registrou queda de 2,2% em setembro em comparação com o mesmo mês do ano passado, com a fabricação de 170 mil unidades. No acumulado dos primeiros três trimestres do ano a retração chega a 18,5%, com a produção de 1,55 milhão de veículos. Para o presidente da Anfavea, Antonio Megale, a retomada do setor depende da melhora do cenário econômico nacional.
com a adesão de 26 países, é de USD 360 bilhões, informou o BC. O Brasil ainda não tinha participado desse tipo de acordo. Entretanto, não é a primeira vez que o Brasil contribui com recursos de empréstimo para o FMI. O Brasil é credor do FMI desde 2009. Atualmente, o Brasil participa de um acordo semelhante aos acordos bilaterais, chamado de New Arrangements to Borrow (NAB), uma
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o segundo trimestre de 2016 com queda de 0,6% comparativamente ao trimestre anterior na série livre de influências sazonais. Quando comparada a igual período de 2015, a queda do PIB foi de 3,8%. Com o resultado, o PIB acumula - nos primeiros seis meses do ano - retração de 4,6%, comparativamente aos seis primeiros meses de 2015. Os dados das Contas Nacionais Trimestrais foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam, no acumulado dos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2016, decréscimo (-4,9%) em relação aos quatro trimestres anteriores. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2016 alcançou R$ 1,5 trilhão. NEGATIVOS Com a queda de 0,6% do PIB neste segundo trimestre do ano,
a economia brasileira passou a registrar seis resultados negativos consecutivos nas comparações com os trimestres imediatamente anteriores. Ao contrário do que era esperado, foi a indústria que evitou que o PIB caísse ainda mais, uma vez que fechou este segundo trimestre com crescimento de 0,3%, enquanto a agropecuária e serviços encerraram em queda de 2% e 0,8%, respectivamente. Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 0,4%, o primeiro resultado positivo após dez trimestres consecutivos em queda. Já a Despesa de Consumo das Famílias, com a retração de 0,7%, caiu pelo sexto trimestre seguido. A Despesa de Consumo do Governo, no entanto, também recuou em relação ao trimestre imediatamente anterior (-0,5%). No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram expansão de 0,4%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços cresceram 4,5%.
A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), subiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados na no dia 1 de outubro. Nos três meses anteriores, a taxa estava em 11,2%, e já era a maior da série histórica. A pesquisa aponta 12 milhões de pessoas desocupadas no país, população classificada assim por ter procurado emprego sem encontrar. Em relação a março, abril e maio, a população desempregada de junho, julho e agosto aumentou em 583 mil pessoas, ou 5,1%. Já a população ocupada caiu 0,8% na comparação entre os dois trimestres, com a perda de 712 mil
postos. Ao todo, esse contingente soma 90,1 milhões de pessoas. Apesar disso, o número de empregados com carteira assinada se manteve estável em 34,2 milhões. A comparação de junho, julho e agosto de 2016 com o mesmo período de 2015 mostra uma redução de 2 milhões de pessoas na população ocupada e um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas na população desocupada. No ano passado, a taxa de desemprego neste trimestre era de 8,7%, e também estava em uma trajetória de alta em relação aos trimestres anteriores. O número de empregados com carteira assinada de 2016 caiu 3,8% em relação a 2015, com a saída de 1,4 milhão de pessoas desse grupo.
Receita lança operações para recuperar até R$ 17 bilhões em tributos
Brasil poderá emprestar até US$ 10 bilhões ao FMI, diz BC O Brasil poderá pela primeira vez fazer empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI) por meio de acordo bilateral. Na última semana, na reunião do FMI em Washington, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, assinou o acordo bilateral e poderá emprestar até US$ 10 bilhões, se for necessário. O total desta nova rodada de acordos bilaterais, que conta
trimestre do ano anterior, quando a taxa foi estimada em 8,6%, o desemprego já acumula alta de 3 pontos percentuais. Os dados do IBGE indicam que a população desocupada, de 11,8 milhões de pessoas, cresceu 3,8% na comparação com o trimestre fevereiroabril (11,4 milhões), um acréscimo de 436 mil pessoas. Com o resultado do trimestre de maio, junho e julho, a população desocupada fechou com crescimento de 37,4%, quando comparada a igual trimestre do ano passado, um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas.
Desemprego sobe e afeta 12 milhões de pessoas
Vendas de veículos novos caem 27,4% em 12 meses As vendas de veículos novos caíram 27,4% em 12 meses, entre outubro de 2015 e setembro passado, em comparação com o mesmo período anterior. Segundo o balanço divulgado no dia 6 de outubro pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram emplacados 2,12 milhões de unidades no período, contra 2,93 milhões de outubro de 2014 a setembro de 2015. Os veículos importados representaram 13,9% das vendas feitas neste ano. Na comparação de setembro último com o mesmo mês de 2015, a queda nas vendas fica em 20,1%. Foram comercializados 160 mil veículos, enquanto no
Em todo o país, a taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em julho último em 11,6%, subindo 0,4 ponto percentual em relação ao percentual do trimestre imediatamente anterior - de fevereiro a abril – que foi de 11,2%. A informação consta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), divulgada no dia 1 de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a maior taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo
PIB do país registra sexto trimestre seguido de queda
Quase 12 mil aderem a programa de demissão voluntária da Petrobras Desde o início do período de adesões, em 11 de abril último, 11.704 empregados aderiram ao Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário da Petrobras – PIDV 2016. Em nota, a empresa esclareceu, porém, que embora as inscrições tenham sido encerradas no último dia 31 de agosto, ainda serão aceitas e contabilizadas inscrições realizadas em papel e postadas até a data limite para a adesão.
Superávit da balança tem maior patamar desde 1989
espécie de arranjo multilateral de empréstimo. Esse arranjo é composto atualmente por 40 membros e está vigente desde 2011. O acordo bilaterial tem prazo final em dezembro de 2019, podendo ser prorrogado até 2020, se houver consentimento dos países. O último recurso que o FMI usa vem dos acordos bilaterais, caso haja necessidade. Segundo o BC, até hoje o FMI
não utilizou nenhum recurso de acordos bilaterais. O recurso principal do FMI são as quotas. Depois delas, o FMI usa os recursos do NAB. O BC explicou que, caso o FMI precise dos recursos previstos no acordo, o dinheiro não sairá das reservas internacionais. “As operações financeiras com o FMI não implicam diminuição das reservas internacionais.
A Receita Federal lançou uma série de operações para recuperar cerca de R$ 17 bilhões em tributos sonegados e não pagos. A principal medida é a investigação das compensações tributárias, que cresceram 39% neste ano e são apontadas como uma das principais razões para a queda da arrecadação federal em agosto. As compensações tributárias são a devolução, pelo Fisco, de tributos pagos a mais por contribuintes. O ressarcimento ocorre principalmente a grandes empresas que declaram por estimativa de lucro e pedem o reembolso quando os ganhos finais somam menos que o previsto. Ao todo, 796 pedidos de
compensações à Receita Federal e à Previdência Social passarão por auditoria. De acordo com o Fisco, a rejeição das compensações deverá render cerca de R$ 9,5 bilhões, mais multa de 50% a 150% do valor indevidamente compensado. A Receita também pretende recuperar R$ 4 bilhões de cerca de 10 mil contribuintes suspeitos de participarem de esquemas de fraudes com títulos antigos da dívida pública. De acordo com o órgão, escritórios de advocacia, de consultoria tributária e de contabilidade têm procurado contribuintes para oferecerem créditos tributários com amparo em títulos da dívida pública.
retrospectiva 2016
Diário Indústria&Comércio
Curitiba, terça-feira, 27 de dezembro de 2016 | A7
Brasil não sairá da crise em 2017, diz economista
novembro
Governo Federal prevê PIB menor em 2016 e 2017 Segundo as investigações, o ex-governador chefiava um esquema de corrupção que cobrou propina de construtoras, lavou dinheiro e fraudou licitações O governo anunciou no dia 21 de novembro redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) em 2017, de 1,6% para 1%. Para 2016, a projeção, que era queda de 3%, piorou, passando para uma contração de 3,5% da economia. As informações foram divulgada pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk. O governo também revisou as estimativas da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelas novas previsões, o IPCA acumulado em 2017 ficará em
4,7%, ante 4,8% estimado em agosto. Para 2016, a projeção para a inflação caiu de 7,2% para 6,8%, segundo a equipe econômica. Spread Em agosto, o governo havia chegado a rever para cima a previsão do PIB para 2017, de 1,2% para 1,6%. Segundo Fábio Kanczuk, a revisão atual tem relação com o quadro de endividamento das empresas e o aumento da percepção de risco pelo mercado. De acordo com ele, o spread (diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o quanto ele cobra para emprestá-lo) está subindo, o que sinaliza um crédito mais caro e maior risco atribuído pelo setor bancário às empresas.
terminou ontem 31. O número de pessoas físicas que fizeram a declaração chegou a 25,011 mil e de pessoas jurídicas, a 103. “O programa foi bem sucedido. As equipes da Receita buscaram esclarecer dúvidas dos contribuintes em diversos seminários. A equipe de tecnologia apresentou uma solução que facilitou a adesão”, afirmou o secretário. Segundo ele, nos Estados Unidos, por exemplo, programa parecido arrecadou cerca de US$ 8 bilhões,
em 2009, e o do Brasil chegou a mais de US$ 15 bilhões. Quem participou poderá entregar a Declaração Anual de Ajuste (DAA) retificadora referente ao exercício de 2014 até 31 de dezembro. Instrução normativa dispensou as empresas de incluir, na declaração de adesão ao programa, o número do recibo da DAA. Para a regularização de ativos superiores a US$ 100 mil, a Receita estendeu até 31 de dezembro, o prazo de resposta
das instituições financeiras estrangeiras aos bancos brasileiros. No entanto, a data limite para o contribuinte apresentar o pedido de regularização tributária à instituição estrangeira foi mantida em 31 de outubro. Os contribuintes sob suspeita só serão excluídos do programa depois de intimados ou caso o Fisco considere insuficientes os esclarecimentos prestados. Segundo a Receita, a medida tem como objetivo dar segurança a quem aderir à regularização de
dezembro
Aprovação de teto de gastos é medida histórica, diz Meirelles Para ministro, a aprovação do crescimento do limite de teto de gastos em 7,2% em 2017 e à inflação do ano anterior a partir de 2018 indica que o ajuste fiscal está sendo bem-sucedido A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos é uma medida histórica que segurará o crescimento da dívida pública brasileira, afirmou no dia 13 de dezembro o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em entrevista coletiva, o ministro disse que a realidade mostrou que as previsões do governo estavam corretas. “Essa é uma medida histórica porque é a primeira vez, desde a aprovação da Constituição, onde se endereça o crescimento da dívida pública do Brasil. Mais de 75% do crescimento das despesas, de 1991 até 2015, deu-se pelas despesas obrigatórias. Para a gente controlar o crescimento da dívida pública por meio do crescimento das despesas obrigatórias, é necessário alterar a
Constituição”, disse. O ministro minimizou a queda no número de votos favoráveis para a aprovação do teto dos gastos. “Até alguns meses atrás, tinham-se grandes dúvidas sobre aprovação da emenda constitucional na medida em que se arguia a impossibilidade de o Congresso aprovar algo que o impediria de aumentar despesas. Nós tínhamos a convicção de que seria aprovado. A história mostrou que foi”, disse.s públicas no longo prazo. É fato que a demografia tem mudado no Brasil nos últimos anos. A expectativa de vida maior leva à necessidade de estabelecer, como tem sido feito em muitos países, a fazer reformas no sistema de aposentadorias”, concluiu.
taxa de 459,53% ao ano com alta de 0,26% acima da registrada em outubro último. Na rolagem da dívida, a taxa ao mês atingiu 15,43%. A segunda modalidade mais onerosa ao consumidor continua sendo o cheque especial com taxa mensal de 12,56% e 313,63% ao ano, tendo sido corrigida em 0,40%. A maior elevação do período foi constata no empréstimo pessoal junto a financeiras que estavam
O crescimento de 6,4% na produção de alimentos processados foi o principal responsável pela alta de 0,5% da indústria brasileira, na passagem de agosto para setembro deste ano. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada no dia 1 de novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também tiveram crescimento importante os segmentos de indústrias extrativas (2,6%) e veículos automotores (4,8%). De acordo com o pesquisador do IBGE André Macedo, apesar do crescimento médio de 0,5%, poucas atividades industriais tiveram resultado positivo na passagem de um mês para outro. Apenas nove dos 24 setores pesquisados tiveram crescimento. “O resultado desse mês, em-
bora tenha sido positivo, está muito concentrado em poucos segmentos industriais, como os produtos alimentícios, setor extrativo e veículos automotores, que além de mostrarem uma expansão mais acentuada neste mês, são setores que têm um peso importante dentro da estrutura industrial”, disse. Os produtos têxteis mantiveram a mesma produção em agosto e setembro. Entre os 14 setores em queda, os principais destaques foram as máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com recuo de 8,1%. Entre as quatro grandes categorias econômicas, houve altas de 1,9% nos bens de consumo duráveis e de 1,2% de bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo).
Instabilidade política ameaça retomada do crescimento, diz economista A instabilidade política causada pela Operação Lava Jato pode ameaçar a recuperação da economia brasileira, na avaliação do economista Eduardo Velho, professor da Fundação Getúlio Vargas e economista-chefe e diretor de fundos do banco de investimento privado INVX Global Partners. A afirmação foi feita durante uma leitura do cenário atual realizada no dia 14 de dezembro como parte do Boletim de Política Econômica da Ordem dos Economistas do Brasil. “O grande pronto hoje é se o efeito das delações efetivamente vai impactar a base [do governo] e o avanço e aprovação das reformas. Já houve delações que
não impactaram nada”, ressaltou Velho. Um exemplo foi a saída do assessor especial da Presidência da República, José Yunes, que pediu hoje para ser afastado do cargo, por ter sido mencionado no depoimento do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. Essas turbulências podem afetar a economia, na opinião de Velho, na medida que afetem a base de apoio do governo no Congresso e dificultem a capacidade de ação do Executivo. Ele ponderou contudo que trocas recentes de ministro não afetaram, por exemplo, a tramitação da PEC 55, que limita os gastos públicos.
Governo permitirá que empresas usem prejuízos para abater débitos fiscais
Juros dos cartões de crédito ficam em 459,53% ao ano Quase não houve alteração nas taxas de juros para a pessoa física entre outubro e novembro, segundo pesquisa feita em seis modalidades pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Na média, a taxa ficou estável em 8,2% ao mês e 157,47% ao ano, a menor desde agosto último. No entanto, um dos principais meios de consumo, o cartão crédito continua nas alturas com uma
economia brasileira. “Acho difícil imaginar uma saída tão rápida dessa recessão. Uma recessão longa, profunda, similar à dos anos 80 e, sem dúvida, baixo crescimento neste ano”, disse. A economista disse que o movimento de “desinflação”, tem ocorrido em ritmo lento e, por isso, o Banco Central, está sendo mais cauteloso, para não errar na calibragem da economia. “Nesse momento de transição econômica a gente não sabe quanto de desinflação virá, então o Banco Central está sendo extremamente cauteloso e, provavelmente, não terá a queda na taxa de juros esperada pelo mercado, logo, a economia não vai poder se recuperar com a mesma velocidade”, disse.
Alimentos puxam alta da indústria entre agosto e setembro
Receita arrecada mais de R$ 50 bilhões com repatriação de recursos A Receita Federal arrecadou R$ 50,9 bilhões em impostos e multas com a regularização de ativos do exterior, a chamada Lei da Repatriação. O balanço foi divulgado no dia 1 de novembro pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. O valor dos ativos regularizados chegou ao montante de R$ 169,940 bilhões, segundo o secretário. O prazo para pessoas físicas e empresas com recursos no exterior quitarem as pendências com o Fisco com desconto na multa
As expectativas de recuperação da economia brasileira têm melhorado, mas ainda não será em 2017 que o país vai sair da crise. A previsão é que em 2016 haverá contração de 3,4% e que o próximo ano começará com queda de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram apresentados pela economista Sílvia Matos no seminário Perspectivas 2017: Economia e Política em Momento de Mudança, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). Sílvia Matos é coordenadora técnica do Boletim Macro Ibre, estudo mensal que contempla estatísticas, projeções e análises dos aspectos mais relevantes da
cobrando 8,35% ao mês e 161,79% ao ano, um aumento de 0,95%. E o que levou a estabilidade da taxa média foi o recuo no empréstimo pessoal bancário de 1,28% . Neste tipo de financiamento, a taxa ao mês passou de 4,68% para 4,62%, atingindo 71,94% ao ano. No período, também ficou estável o juro sobre o Crédito Direito ao Consumidor (CDC) oferecido pelos bancos para a compra de automóveis. A taxa foi mantida como a mais
baixa, de 2,32% ao mês e 31,68% ao ano. Já no comércio, o custo do crédito alcançou 5,90% ao mês e 98,95% ao ano, ou 0,68% mais do que em outubro. Impacto da Selic O diretor executivo de estudos e pesquisas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, prevê apenas para o começo do próximo ano uma diminuição nas taxas como efeito do corte de 0,25 ponto percentual.
Dentre as medidas de estímulo econômico que foram anunciadas no dia 15 de dezembro, uma delas incluiu a possibilidade de que empresas usem parte de prejuízos acumulados em anos anteriores para liquidarem débitos fiscais. Após participação em seminário promovido pelo jornal Correio Braziliense, o ministro declarou que a medida está sendo elaborada com a colaboração da Receita Federal. “Nós estamos estudando um processo de regularização tributária que inclusive está sendo pensado pela Receita Federal. Não definimos os detalhes que serão anunciados amanhã, mas muito possivelmente será o aproveita-
mento de prejuízos acumulados da empresa para a liquidação de uma parte dos débitos fiscais”, disse. Mais cedo, após almoço com senadores do PSDB, o ministro confirmou que a equipe econômica estuda flexibilizar o uso de parte do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento de dívidas. Segundo ele, o governo ainda está levantando o impacto econômico da medida. Atualmente, as empresas usam parte dos prejuízos de anos anteriores para abater o pagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, tributos que incidem sobre o lucro das empresas.
PARANÁ
Diário Indústria&Comércio
Curitiba, terça-feira, 27 de dezembro de 2016 | A7
Fábio Campana fabio.campana@gmail.com
Dúvidas e certezas Há muitas dúvidas no universo político. A mais aguda é quem sobreviverá a Lava Jato e a outros processos em curso contra políticos na ativa. Outra é sobre o que será de partidos e mandatos se tivermos mudanças que afetem as eleições de 2018. Também há certezas. As pesquisas de opinião consolidam índices de prestígio e popularidade dos candidatos naturais às majoritárias no Estado. Osmar Dias, por exemplo, aparece em primeiro em todas as O ovo ou a galinha Para o Planalto, hoje não adianta muito saber o que vem antes, o ovo ou a galinha, porque os dois estão aí, de olho um no outro. Importa, sim, não perder nenhum desses dois pilares, o que faria ruir o outro quase Perdeu força A bancada sindical perdeu força no congresso. Medidas como a reforma trabalhista não terão influência decisiva dos sindicalistas no Congresso. Em 2010 havia 83 deputados e 8 senadores de força sindical. Este número caiu nas eleições de 2014, pelo menos na Câmara, onde tem agora somente 51 deputados. Alvaro, o preferido Em todas as pesquisas de opinião feitas no Paraná, o senador Alvaro Dias sai bem na frente na disputa da presidência da República. Elementar, meu caro? Não, outros paranaenses se lançaram e não tiveram resposta tão positiva no Estado. Dessas pesquisas, a do Instituto Paraná Pesquisas feita agora em Guarapuava é uma amostra de prestígio e popularidade de Alvaro. Sem campanha, ele tem 38,6% das intenções de voto para a presidência da República. Em segundo lugar, muito distante, está o ex-presidente Lula com 13%. Depois aparecem Jair Bolsonaro, com 8,7%; Joaquim Barbosa, com 7.6%; Marina Silva, com 7,5%; Ciro Gomes, com 4,4%; Geraldo Alckmin, com 4,1%; e Roberto Justus, com 3,5%. Aprovação recorde O prefeito César Silvestri alcançou aprovação recorde em Guarapuava. 77,6% aprovam o seu governo. Contra 20,0% que desaprovam. 2,4% não responderam ou não sabem opinar. Estes índices o colocam no reduzidíssimo grupo de gestores públicos com aprovação de mais de 3/4 da população, um fenômeno nesta época em que a quase totalidade enfrenta altíssimos índices de rejeição. Taxa de adesão O presidente Michel Temer termina o ano com a maior taxa de governismo já registrada na história recente da Câmara dos Deputados. Segundo dados do Basômetro, do Estadão Dados, os deputados votaram seguindo a orientação do governo em 88% das votações nominais que ocorreram em plenário em seus primeiros sete meses de gestão. No mesmo período do segundo mandato da presidente cassada Dilma Rousseff, a taxa de governismo média foi de 63%. Conservador na medida O brasileiro é cada vez mais conservador. OK, a frase está ficando batida, mas ninguém tinha tentado medir o fenômeno. Até agora: o Ibope acaba de criar o Índice de Conservadorismo do brasileiro, apresentado em primeira mão ao leitor desta coluna. Os conservadores aumentaram entre os habitantes do Patropi de todas as faixas etárias e de renda, em ambos os sexos, em todas as religiões e em quase todas as regiões e níveis educacionais. Divididas Apesar da dispersão partidária ter caído de maneira recorde desde o impeachment de Dilma Rousseff, dois partidos grandes viram suas taxas de divisão interna aumentarem de lá para cá: PSB e PDT. Para se ter uma ideia, essas duas legendas registram índice de dispersão até cinco vezes maior do que siglas como PMDB, PT e PSDB, por exemplo. Voracidade Alterações nas regras previdenciárias em decorrência de mudanças demográficas são inevitáveis, já que o envelhecimento populacional gera impacto profundo na economia e na gestão pública como um todo. Mas, no caso brasileiro, a justificativa e a voracidade da PEC 287 têm gerado grande inquietação desde que seus termos foram anunciados pelo governo. Roubo do Decoro Dias atrás, em Uberaba, um caminhão com onze touros da raça Gír foi rendido por ladrões. Os bandidos levaram apenas um dos animais.
“Um governo com popularidade extraordinária não poderia tomar medidas impopulares. ” Michel Temer, sobre sua baixa popularidade e aprovação de seu governo.
pesquisas feitas em municípios e muito próximo de vencer como candidato a governador ainda no primeiro turno. A última, feita em Guarapuava pelo Instituto Paraná Pesquisas, mostra Osmar Dias com 49% das intenções de voto. Isto há pouco menos de dois anos da eleição, sem campanha, sem ao menos visitar as bases. Ratinho Jr, do PSD, tem 31,7%. Cida Borgheti, do PP, 5,5%; e Valdir Rossoni, do PSDB, tem 4,7%. Pertencente a Alta Genetics, o touro atendia pelo sugestivo nome de Decoro. A propósito, a recompensa pelo Decoro, que continua desaparecido, é de R$ 5 mil. Lula evita O Instituto Lula está autorizado a responder a acusações contra o ex-presidente, dentro da estratégia de tentar desqualificar a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e até a Justiça, mas foi proibido de desqualificar a delação de ex-executivos da Odebrecht, sobretudo Marcelo Odebrecht. Na avaliação de Lula e seus “estrategistas”, um desmentido poderia irritar os delatores, que se sentiriam “desafiados”. Espírito de corpo Às voltas com as demandas de servidores em seus Estados, governadores brincam que formaram um sindicato para defender seus direitos e uma associação para discutir como conseguir mais dinheiro. TSE nega O ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, na sextafeira (23) o pedido liminar de Paulo Mac Donald para ser diplomado ao cargo de Prefeito de Foz do Iguaçu. Outro recurso foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF). O candidato foi eleito com a maioria dos votos nas eleições de 2016 para a prefeitura da cidade, mas teve a candidatura impugnada por condenações devido a improbidade administrativa. Os votos que ele recebeu foram considerados nulos. Temer promete O presidente da República, Michel Temer, prometeu “derrotar” a crise em 2017 e trazer de volta os “empregos perdidos” em mensagem de final de ano veiculada na noite deste sábado (24) em rede nacional de televisão e rádio. Temer afirma que os juros “estão caindo e cairão ainda mais” no próximo ano. “Os empresários voltarão a investir e vamos recuperar os empregos perdidos. ” Check up final Lula fará em fevereiro um check up no SírioLibanês, em São Paulo. Faz parte do acompanhamento semestral de controle do câncer de laringe. Será o último check up previsto: se neste próximo exame não houver sinal da volta do câncer, a cura pode ser confirmada. A previsão é que dure uma manhã. Casa nova A política de regularização fundiária urbana que o governo está criando através de uma medida provisória tem como finalidade formalizar as moradias clandestinas. A medida prevê isenção de taxas de obtenção de títulos para quem tem baixa renda comprovada e transferência gratuita de títulos para as famílias que realmente vivam nos locais. A medida foi batizada como Reurb. Perdendo força O ano vai se encerrando e uma coisa é certa a bancada sindical perdeu sua força no congresso e com isso medidas, como a reforma trabalhista, a serem aprovadas pelo congresso não terão o apoio necessário para aprovação ou não. Em 2010 havia cerca de 83 deputados e 8 senadores de força sindical. Este número caiu nas eleições de 2014, pelo menos na Câmara que tem somente 51 deputados. Do próprio bolso Rogério Rosso (PSD-DF) vai começar sua campanha logo no início de janeiro para tentar ocupar a cadeira da presidência da Câmara. E já alfinetou Rodrigo Maia, atual presidente com grandes possibilidades de reeleição. “Não tenho avião da FAB. Vou gastar gasolina própria e sola de sapato para pedir votos”. Outro foco A operação Lava Jato está apontando sua mira para outra direção. Depois das empreiteiras o foco da operação está voltado para as joalherias. Após as investigações descobrirem que o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, supostamente usava a compra de joias para lavagem de dinheiro, os
procuradores começam a vasculhar documentos de grandes e até pequenas do ramo. Novo cargo A deputada Eronildes Vasconcelos Carvalho (PRB-BA), conhecida mais como Tia Eron, que ganhou notoriedade após dar o voto decisivo para cassação de Eduardo Cunha, pedirá licença da Câmara. Ela irá assumir em janeiro a secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza na prefeitura de ACM Neto (DEM) em Salvador (BA). Virou piada Durante a apresentação da proposta de flexibilização das leis trabalhistas mostradas pelo governo de Michel Temer na última quinta-feira, um erro em um dos slides de divulgação da proposta virou motivo de piada e até a criação de memes nas redes sociais. Um slide apresentava que o limite de trabalho seria de 220 horas semanais, mas na verdade seria de 220 horas mensais. Em um dos memes criados, um trabalhador fazia as contas de quantas horas teria que trabalhar por dia, e no final chegou ao resultado de 31 horas. Ai o cidadão pergunta para o colega de trabalho se as horas diárias também tinham mudado, já que pelo que sabia o dia só dia 24 horas. Retrocesso O relator da minirreforma trabalhista, Orlando Silva (PCdoB-SP), não concordou com alguns pontos apresentados e disse que o país poderia estar avançando em algumas áreas, mas na trabalhista estava retrocedendo. “São tantos retrocessos que já, já revogam a Lei Áurea! ” Tom formal Diferente de seus antecessores, Lula e Dilma Rousseff, Michel Temer manteve um tom formal durante o habitual café com os jornalistas. Desta vez o café foi no Palácio do Alvorada, com louça e talheres da própria residência presidencial, antes o evento era realizado no Palácio do Planalto. Temer respondeu a todas as perguntas sempre com cordialidade e sem mudar em nenhum momento o tom de voz, e sempre bem objetivo. Ao fim do café cumprimentou a todos os jornalistas e fotógrafos presentes um a um, mas não permitiu nenhuma selfie. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles e do Planejamento, Dyogo Oliveira também participaram do café e responderam algumas perguntas. Em alta O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) está em alta, pelo menos com os outros partidos. Depois do PSB, partido de seu vice, Márcio França, deixar as portas abertas, caso ele queira sair do PSDB, outro partido também já acena com a possibilidade de ele ser candidato à presidência por lá. E o DEM, hoje presidido por José Agripino Maia. Sem quentinhas Os presidiários do Rio de Janeiro poderão ficar sem refeição especial neste final de ano O Governo não tem dinheiro para pagar uma dívida que se arrasta durante meses no valor de R$ 200 milhões e os fornecedores já avisaram que poderão parar de fornecer a qualquer momento. O governador Luiz Fernando Pezão disse que está buscando uma solução para que isso não aconteça. Ameaçada Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher de Valdemar Costa Neto, político condenado pelo mensalão foi até a Corte Interamericana para tentar reverter a decisão do STF – Supremo Tribunal Federal – que extinguiu a pena do ex-deputado. Segundo sua advogada, ela está sendo ameaçada por ele. Só para lembrar Maria Christina foi a responsável por Valdemar renunciar ao cargo, em 2005 após ela confirmar que seu ex-marido havia recebido propina em depoimento a CPI do Mensalão. Muita sofisticação O esquema que a empreiteira Odebrecht montou para pagamentos de propinas espantou até a FBI, segundo um relatório do Departamento de Justiça o sistema que garantia troca de e-mails e mensagens secretas da Odebrecht com todo mundo é bem sofisticado, e nem mesmo o tráfico possui igual. Ainda segundo o FBI a Odebrecht atuava em 70 países e tinha cerca R$ 17 bilhões em contrato diretos com o governo brasileiro. Movimentação O FBI apresentou documentos onde mostrava que a empreiteira Odebrecht movimentou mais de R$ 2 bilhões em propinas em 12 países. Segundo o órgão americano este foi o maior movimento dos últimos tempos que corrompeu não só políticos, mas também servidores e partidos do mundo todo durante os últimos 15 anos.
Para ficar em evidência O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, em seu depoimento de delação premiada a Lava Jato disse que uma espécie de conta foi criada para tentar manter o nome do ex-presidente Lula sempre e evidência, mesmo depois de sua saída da presidência, o que de fato ocorreu. Ainda segundo Odebrecht esta conta foi criada por uma divisão da empresa chamado de Setor de Operações Estruturadas e era somente para pagamento de propinas e caixa dois. A conta era gerenciada pelo ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Mais suspeitas Parece que Lula não terá mesmo como escapar da cadeia, agora começam a surgir suspeitas que o ex-presidente também teria recebido vantagens na compra de aviões suecos Gripen. Não vai renunciar Assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, Michel Temer disse aos jornalistas durante um café da manhã oferecido a eles que também não pretende renunciar ao cargo, e que não pensa muito nisso neste momento, que estabilizar a crise econômica. Quando questionado a respeito da possível cassação da chapa Dilma-Temer ele foi direto: “Havendo uma decisão do TSE por cassar a chapa, haverá recursos e mais recursos”. Situação do Brasil A ex-presidente Dilma Rousseff participou de um evento organizado pela CLACSO (Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais), em Buenos Aires e em entrevista dada ela disse o que achava da atual situação do Brasil e classificou como “ataque de fungos e parasitas que está corroendo nossa democracia”. Golpe do golpe Ainda sobre Dilma Rousseff ela disse que Michel Temer não vai renunciar e que se o TSE – Tribunal Superior Eleitoral – quiser a chapa Dilma-Temer será cassada, mas não confia muito nesta hipótese também: “Acreditar nisso é uma ingenuidade, ninguém dá um golpe ilegal, ferindo e rasgando a Constituição, para depois renunciar. Quanto ao TSE, a chance que tinha de anular a nossa candidatura já foi, o tribunal já está em recesso. Além disso, não estava dentro do receituário dos golpistas tirar o Temer neste ano. Quando quiserem achar um motivo, eles acham, e se ficar para o ano que vem, é isso, vai ser o golpe dentro do golpe.” Desespero O procurador Orlando Martello, da operação Lava Jato, considerou um ato de desespero o processo que o ex-presidente Lula está abrindo contra o Deltan Dallagnol. “É um ato de desespero do ex-presidente. É uma postura que não auxilia na busca da verdade. É uma tentativa de intimidação de um membro do Ministério Público”. Investigação Os advogados da campanha de Dilma Rousseff pediram ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral – que investigue a fundo as contas e a candidatura de Aécio Neves à presidência da República em 2014. Segundo eles em depoimento que Otávio de Azevedo, expresidente da empreiteira Andrade Gutierrez falou que a doação para campanha do tucano foi cerca de R$ 19 milhões dos R$ 33 milhões doados ao PSDB. Na prestação de conta o partido declarou que recebeu da empreiteira apenas R$ 12,6 milhões para a campanha presidencial. Desta maneira, Dilma quer atingir o mandato de senador de Aécio e sujar a imagem do partido adversário.
Se eu não tivesse vencido, as coisas estariam piores agora. ” Dilma, em entrevista ao jornal inglês The Guardian