O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica - Edição 2015

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O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica – Edição 2015

01/09/2015


O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica – Edição 2015

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O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica – Edição 2015 Autores: Gabriel Konzen, Paula Scheidt Manoel e Peter Krenz Colaboração: Marcos Antonio Hidalgo Arellano Revisão: Ricardo Rüther Foto da Capa: Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)/Crédito: Grupo Fotovoltaica UFSC

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Setembro de 2015


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INSTITUTO IDEAL O Instituto Ideal é uma organização privada sem fins lucrativos, com sede em Florianópolis (SC), que atua na promoção de energias renováveis e de políticas de integração energética na América Latina. São três as principais áreas de trabalho do Ideal: o concurso Eco_Lógicas, o Seminário Energia + Limpa e o programa América do Sol. Todos englobam uma série de iniciativas gratuitas. Ao promover eventos e incentivar pesquisas e ações voltadas para o desenvolvimento das energias limpas, o Ideal se fortalece como um elo entre governo, meio acadêmico e empresarial, além de ser referência no setor energético. A busca por uma matriz energética diversificada e integrada em todo o território latino-americano tem iluminado os caminhos dessa organização brasileira. Saiba mais em: http://institutoideal.org


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CONTEÚDO Introdução ..................................................................................................................................................... 4 Metodologia .............................................................................................................................................. 4 1.

Perfil dos instaladores e instalações ....................................................................................... 6 Setor incipiente no Brasil ................................................................................................................... 6 Duração do processo de conexão ................................................................................................... 7 Empregos no setor fotovoltaico brasileiro ................................................................................ 9 Preços nacionais .................................................................................................................................. 10 Dimensionamento de sistemas fotovoltaicos ........................................................................ 13

2.

Relação com as distribuidoras ................................................................................................ 15 Normas e procedimentos ................................................................................................................ 15

3.

Desafios no processo de conexão à rede ............................................................................ 23

4.

Exemplos positivos das distribuidoras, comentários e sugestões em geral ..... 29 Comentários e Sugestões ................................................................................................................. 30

5.

Considerações Finais ................................................................................................................... 32

Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 34 Lista de Gráficos ....................................................................................................................................... 36 Lista de Tabelas ........................................................................................................................................ 38

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INTRODUÇÃO Desde 2013, brasileiros que desejam gerar sua própria energia a partir de fontes renováveis, podem conectar seu sistema à rede elétrica e se beneficiar do sistema de compensação de energia, conhecido internacionalmente como net metering. Criado pela Resolução Normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), publicada em abril de 2012, esse sistema permite ao proprietário de um pequeno gerador de fonte renovável injetar na rede a energia que não for consumida no momento da geração, recebendo créditos (em kWh) por ela. Esses créditos podem então, ser utilizados em até 36 meses. O Instituto Ideal tem acompanhado o desenvolvimento desse mercado desde o início, tendo um contato próximo com proprietários de sistemas fotovoltaicos (FV), instaladores, projetistas e outros atores relevantes. Como resultado, o Ideal decidiu realizar em 2014 um estudo para compreender os principais desafios a serem enfrentados para uma maior adoção da geração distribuída a partir da energia FV no país. Esse trabalho contou com entrevistas às empresas cadastradas no Mapa de Empresas do Setor Fotovoltaico 1 (http://www.americadosol.org/fornecedores), do Programa América do Sol. Diante da boa repercussão da edição 2014 do estudo, o Ideal buscou dar continuidade ao trabalho, com o intuito de se construir um histórico da evolução do mercado de geração distribuída FV no Brasil. Neste sentido, apresenta-se aqui o estudo intitulado “O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica – Edição 2015”, o qual se pretende realizar anualmente a partir de agora. Resultados preliminares desse estudo compuseram também os documentos encaminhados pelo Instituto Ideal para a audiência pública 026/2015 realizada pela ANEEL entre os dias 7 de maio e 22 de junho de 2015 com o intuito de coletar subsídios para o aprimoramento da REN 482/2012 e da Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST (ANEEL, 2015a).

Metodologia Para levantar os dados do presente estudo, foram enviados questionários a 504 empresas com perfil ativo no Mapa de Empresas do Setor Fotovoltaico (http://www.americadosol.org/fornecedores) em maio de 2015. O questionário ficou aberto para participação por 34 dias. Do total de cadastrados, 172 (34%) iniciaram o questionário e 106 (21%) responderam a todas as perguntas. Assim, Com mais de 500 empresas cadastradas, se consolida como a principal ferramenta de apoio às pessoas que procuram serviços no setor FV brasileiro, focado em mini e microgeração. 1

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foram consideradas respostas válidas para este estudo apenas as recebidas de empresas que completaram o questionário. Do total de empresas participantes dessa pesquisa, apenas 27 (25%) responderam também ao questionário na edição passada. Uma das causas constatadas para a baixa participação de empresas que já atuavam no setor no ano passado foi, justamente, o aquecimento do mercado nesse primeiro semestre de 2015 devido aos consecutivos aumentos da tarifa de energia. Instaladoras com mais experiência tiveram uma demanda por serviços acima do normal e, portanto, relataram não terem tido disponibilidade para participação da pesquisa. Pela segunda vez, foi possível mapear o perfil do mercado brasileiro de geração FV distribuída e analisar sua evolução. A primeira edição do estudo foi publicada em novembro de 2014 e trazia dados referentes ao ano de 2013. Algumas perguntas feitas na edição passada foram modificadas para aumentar sua clareza. Além disso, foram incluídas questões que não cabiam em 2014 devido ao nível de desenvolvimento do mercado. Como o Instituto Ideal tem o intuito de realizar esse estudo anualmente, optou-se por alterar o título, que a partir dessa edição, passa a ser identificado pelo ano de realização do levantamento e não mais pelo ano ao qual se referem os dados coletados, como havia sido feito na primeira edição.

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1. PERFIL DOS INSTALADORES E INSTALAÇÕES O acesso a essa seção só foi dado para aqueles que responderam “sim” à primeira questão: “Sua empresa finalizou a instalação de pelo menos um sistema fotovoltaico conectado à rede seguindo as normas da REN 482/2012 em 2014?”. Essa etapa da pesquisa teve como objetivo conhecer a atuação das empresas nacionais do setor FV, o tempo médio de instalação, os empregos gerados no setor e os preços dos sistemas instalados. Essas informações são de suma importância para a caracterização do setor e o aumento de sua transparência e competitividade. Adicionalmente, os resultados podem servir de subsídio na identificação de políticas e ações para tornar a energia FV mais expressiva no país. Sempre que possível, será buscado comparar os resultados recentes com a edição anterior da pesquisa, realizada em 2014, e com números internacionais, para melhor entender o estado atual do setor de geração distribuída FV no Brasil.

Setor incipiente no Brasil Das 106 empresas que completaram a pesquisa, 57 (54%) afirmaram não ter finalizado a instalação de nenhum sistema FV de micro ou minigeração em 2014. O percentual foi um pouco menor em relação ao levantado no ano anterior (dados de 2013), quando 59% responderam negativamente à mesma pergunta.

16,0%

53,8% sem projetos

46,2% com projetos

7,5% 7,5%

4,7%

Nº de projetos

1 2 3 4 maior a 4

10,4% N*=106 * “N” representa o número de empresas respondentes a cada pergunta. Gráfico 1 - Quantos projetos foram finalizados por empresa em 2014?

Na pesquisa realizada no ano anterior, quase a metade das empresas havia instalado apenas um sistema FV no ano 2013. Neste ano, observa-se por meio dos Gráficos 1 e 2, um ligeiro aumento no número de projetos concluídos por cada 6


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empresa. No entanto, dentre as empresas que realizaram algum projeto, as com apenas uma instalação concluída ainda são a maioria (35%). Portanto, percebe-se pouca evolução na experiência das empresas brasileiras em termos de projetos realizados. De modo geral, esses resultados reforçam o que já foi mencionado na metodologia sobre o perfil dos instaladores participantes da pesquisa neste ano, composto principalmente por empresas que não participaram da primeira edição. No período compreendido entre a realização das duas pesquisas, houve a entrada de um número significativo de novas empresas no setor2, o que pode ter contribuído para a manutenção da quantidade do ano anterior. De qualquer forma, os números também podem ser justificados pela relativa novidade que são a micro e a minigeração no Brasil.

N° de empresas

17

8

8 5 3

1

2

3

4

5

1

1

1

1

1

1

1

1

6

7

8

10

15

21

30

60

N°de sistemas fotovoltaicos conectados à rede por empresa

N*=49

* “N” representa o número de empresas respondentes a cada pergunta. Gráfico 2 - N° de sistemas FV conectados à rede por empresa em 2014

Duração do processo de conexão Conforme estabelecido na seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição (PRODIST), atrelada à REN 482/2012, em vigor durante 2014, a soma dos prazos máximos de que a distribuidora dispunha para executar suas atividades em relação à microgeração - emitir parecer de acesso, fazer a vistoria da instalação, entregar o relatório da vistoria, aprovar e efetivar a conexão - era igual a 82 dias 3 (ANEEL, 2014), ou quase três meses. Teoricamente, qualquer tempo adicional necessário para realizar estes procedimentos ficaria a cargo do consumidor/empresa. 2

O cadastro mantido pelo Instituto Ideal passou de 352 em setembro de 2014 para 504 em maio de 2015. 3 Se for minigeração e houver necessidade de obras na rede de distribuição, o prazo máximo é de 112 dias.

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Para avaliar este quesito, foi questionado o tempo médio para a conclusão de todas as etapas da instalação de um sistema fotovoltaico conectado à rede - desde a assinatura do contrato entre a empresa e o cliente até a aprovação pela distribuidora e efetiva conexão do sistema na rede. Dentre as 49 respostas, pode-se perceber uma grande variação no período. O menor número relatado por apenas uma empresa foi de um mês, enquanto duas empresas apontaram o tempo médio de “12 meses ou mais”. O Gráfico 3 ilustra esta variação e a média das respostas, considerando as respostas “12 meses ou mais” como 12 meses. 14 12

Meses

10 Tempo (Min e Máx)

8 6

Média

4 2 0 2013

2014

Gráfico 3 - Tempo para conclusão de todas as etapas de instalação e conexão

O tempo médio em 2014 foi de quatro meses e três semanas4. Em relação a 2013, houve uma apreciável diminuição de cerca de seis semanas em todo o processo de conexão de microgeradores à rede de distribuição. De todo modo, a média de 2014 ainda foi superior à soma dos prazos máximos estabelecidos pelo PRODIST em 2014. Este resultado também foi constatado pela ANEEL por meio de uma pesquisa realizada junto às distribuidoras (ANEEL, 2015b), o que motivou a proposta de alteração dos prazos estabelecidos, por meio da Audiência Pública 026/2015, de modo a dar mais celeridade ao processo de conexão dos micro e minigeradores. De fato, conforme apresentado em IDEAL (2014), há exemplos de países como Reino Unido, Alemanha, Holanda, Áustria e Itália, onde os processos de conexão são padronizados e ágeis, permitindo que os projetos sejam concluídos em menos de um ou dois meses . Esse cenário é fundamental para a difusão da geração distribuída, na medida em que se reduz a percepção de complexidade em relação à inovação por parte da população (ROGERS, 2003; JAGER, 2006). Dentre outros, esse é um dos motivos que justificam o grau de desenvolvimento do setor FV nos países citados, devendo ser buscado pelo Brasil um modelo de padronização e desburocratização semelhante. 4

Mais detalhes sobre a relação das empresas com a distribuidora e as dificuldades encontradas que causaram atraso no processo são encontrados na segunda seção de resultados.

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Empregos no setor fotovoltaico brasileiro Em relação aos empregos, foram levantados quantos colaboradores efetivos 5 e quantos colaboradores terceirizados 6 foram contratados pelas empresas integradoras em 2014.

37%

63%

Colaboradores Efetivos Colaboradores Terceirizados

N = 49 Gráfico 4 - Percentual de colaboradores efetivos e terceirizados no setor

O Gráfico 4 mostra que a maioria da mão de obra utilizada no setor de geração distribuída FV no Brasil é proveniente de trabalhadores externos à empresa integradora. Entende-se que esse resultado se dá em função do ainda pequeno número de instalações realizadas por cada empresa e da longa duração do processo de conexão de novos geradores. Nessas circunstâncias, é economicamente mais vantajoso contratar um profissional temporariamente para realização de demanda específica do que manter em seu quadro funcional um trabalhador ocioso. Em termos absolutos, segundo as 49 empresas que afirmaram ter finalizado algum projeto em 2014, foram contratados 97 colaboradores efetivos e 163 terceirizados no setor de geração distribuída FV. Este número, relacionado à capacidade instalada por essas empresas, representa um índice de 9,4 postos de trabalho efetivos e 15,8 terceirizados por megawatt (MW) instalado. Esses dados estão bem próximos aos verificados na Europa, conforme estudo publicado pela European Photovoltaic Industry Association (EPIA, 2012). No estudo europeu, ao excluir os postos de trabalho gerados nas etapas de fabricação de equipamentos, obtém-se o

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Colaborador efetivo é aquele que tem sua carteira de trabalho assinada pelo empregador, passando então a fazer parte do quadro efetivo de funcionários registrados, que terão todos os direitos determinados pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). 6

Colaborador terceirizado é aquele que realiza serviços para a empresa, sem estar efetivado pela mesma. Inclui prestadores de serviço e temporários.

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valor de 9,5 postos de trabalho diretos e 15 indiretos, conforme análise da EPE (2014).

Preços nacionais Em relação aos preços das instalações realizadas em 2014 no Brasil, foram levantados os valores para cada faixa de potência nominal. As instalações mais populares, isto é, de até 5 kWp7, tiveram 44 respostas, que indicaram um valor médio de R$ 8,81/Wp. Esse valor foi ligeiramente superior ao verificado no ano de 2013 em IDEAL (2014), quando o preço médio informado foi de R$ 8,69/Wp. A princípio, pode parecer estranho esta elevação nominal; no entanto, considerando a inflação do período e a elevação do dólar frente ao real, estima-se que houve uma redução real de 6,5% no preço médio dos sistemas fotovoltaicos de pequena escala8. De modo geral, instalações maiores se beneficiam de uma economia de escala. Custos fixos são dissolvidos por uma potência maior, os inversores são mais baratos (R$/W) e, dependendo do instalador, outros materiais e componentes são comprados por um preço mais baixo pelo volume adquirido (BARBOSE et al., 2014). Esta expectativa pôde ser confirmada através da pesquisa, que demonstra uma queda de cerca de 10% no preço, por unidade de potência, para cada faixa levantada (Gráfico 5). Ressalva-se que, apesar de terem sido orientadas do contrário, muitas empresas informaram preços para faixas de maior potência, mesmo sem haver instalado sistema algum nessa faixa. Portanto, incluem-se algumas estimativas nos valores para sistemas maiores.

A pesquisa não distinguiu os sistemas por tipo de instalação (no telhado, em solo, etc...), apenas pela potência nominal. 8 Assumida a premissa de que os módulos são importados e o restante dos componentes é nacional. Assim, a variação do dólar incide somente na parcela referente aos módulos, enquanto a inflação nacional incide sobre as demais parcelas. 7

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Preço Médio (R$/Wp) R$ 16,00 R$ 14,00

Variação

R$ 12,00 R$ 10,00

R$ 8,81

R$ 8,00

R$ 7,85

R$ 6,98

R$ 6,00

Média R$ 6,22

R$ 4,00 R$ 2,00 R$ 0,00 < 5 kWp

N1 = 44

5 a 30 kWp 30 a 100 kWp > 100 kWp

N2 = 37

N3 = 26

N4 = 22

Gráfico 5 - Preço médio dos sistemas fotovoltaicos no Brasil em 2014 por faixa de potência

O que ocorre no Brasil é uma grande variação de preços entre cada empresa. No caso de sistemas menores, de até 5 kWp, foi observada a maior delas, variando de R$ 5,9/Wp a R$ 15/Wp. No entanto, a maior frequência foi verificada entre R$ 8/Wp e R$ 9/Wp, conforme ilustra o Gráfico 6. Ainda, nota-se pela avaliação dos dados apresentados no gráfico, que 77% dos sistemas fotovoltaicos instalados estão entre R$ 7/Wp e R$ 11/Wp. Frequência 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 5-6

6-7

7-8

8-9

9-10

10-11

11-12

Preço Médio (R$/Wp) para sistemas de até 5kWp

12-13

14-15

N=44

Gráfico 6 - Distribuição de preços dos sistemas FV (<5 kWp) instalados

Na sequência, é apresentado um panorama dos preços por região brasileira. A análise foi realizada para a faixa de menor potência (<5 kWp) pois apresenta maior número de respostas.

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Preço Médio (R$/Wp) R$ 16,00

R$ 14,00 R$ 12,00

Variação

R$ 10,00

R$ 9,51

R$ 8,00

R$ 9,01

R$ 8,85 R$ 7,69

R$ 6,00

R$ 7,30

Preço Médio por Região

R$ 4,00 R$ 2,00 R$ 0,00 Sul

Sudeste

Norte

N1 = 7

N2 = 27

N3 = 2

Nordeste Centro-oeste

N4 = 5

N5 = 3

Gráfico 7- Preço médio por região (< 5 kWp)

Na média, a região Sul apresenta os maiores preços para sistemas fotovoltaicos, enquanto no Centro-oeste foram verificados os menores valores. No Sudeste, o preço médio é de R$ 9/Wp, acima da média nacional de R$ 8,81/Wp, no entanto, na mesma região, algumas empresas também praticam os menores preços. De modo geral, deve-se atentar ao número de respostas em cada região. Enquanto no Sudeste houve 27 respostas, no Norte foram apenas duas. Esse fato também pode justificar a variação maior ou menor por região. Em relação aos valores internacionais, o preço no Brasil ainda é elevado, principalmente em comparação à Alemanha, como demonstra o Gráfico 8. Para sistemas de até 100 kWp, por exemplo, é pago no Brasil cerca de 76% a mais do que nesse país.

R$ 6,98

R$ 3,97

Brasil (30 - 100 kWp)

Alemanha* (10 - 100 kWp)

* Preço da Alemanha do terceiro trimestre de 2014, calculado com base em Fraunhofer ISE (2014), considerando € 1 = R$ 3,00 (vigente naquele período) Gráfico 8 - Comparação de preços de sistemas fotovoltaicos de médio porte

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Finalmente, o preço médio das instalações realizadas foi aberto para identificar sua composição. Segundo as 49 respostas obtidas, 43% do preço total é relativo aos módulos fotovoltaicos, 24% aos inversores, 17% ao projeto e instalação do sistema e 16% a outros componentes como estrutura física, instalações e proteções elétricas (Gráfico 9). Em relação ao ano de 2013, o percentual dos módulos foi reduzido de 47% para 43%, os inversores aumentaram sua participação em um ponto percentual enquanto outros componentes reduziram em um ponto, e os custos com projeto e instalação passaram de 13% para 17% do total.

Módulos fotovoltaicos

17%

Inversores

43% 16%

Outros componentes (estrutura física, instalações e proteções elétricas, etc) Projeto e instalação

24% N=49 Gráfico 9 - Composição do custo total da instalação de um sistema FV

Dimensionamento de sistemas fotovoltaicos O dimensionamento de um sistema FV depende de critérios energéticos, econômicos, arquitetônicos, entre outros. As empresas instaladoras precisam avaliar a relevância de cada um desses fatores a fim de desenvolver um projeto adequado para a necessidade do cliente. O desafio é oferecer a solução mais satisfatória possível considerando a opinião do cliente e do fornecedor. Com o intuito de compreender quais fatores são considerados mais relevantes na hora do dimensionamento, foi solicitado aos respondentes apontar o grau de importância de um conjunto de critérios. Das 49 respostas recebidas, o item “(A) - Demanda energética do cliente identificada no histórico da fatura de eletricidade” é considerado como o critério mais importante. Em seguida, aparece o item “(B) - Área disponível no local da instalação”. Apesar do item “(D) - Equipamentos disponíveis no estoque” parecer ter um peso menor como critério para o dimensionamento, o item “(F) - Eficiência dos módulos FV” é o que teve o maior percentual de respostas como um critério “não importante” (Tabela 1 e Gráfico 10). 13


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Muitas vezes, o consumidor que não possui conhecimento sobre a tecnologia, se preocupa com a eficiência dos módulos; contudo, as respostas a essa pergunta apontam que outros critérios são mais relevantes para o dimensionamento adequado de um sistema FV. Ainda é importante destacar que um critério bastante relevante é a (C) Limitação financeira, que muitas vezes tende a ter um peso maior do que outros fatores. Tabela 1 - Qual o grau de importância de cada um dos critérios relacionados no momento em que sua empresa faz o dimensionamento de um sistema FV?

A

Demanda energética do cliente identificada no histórico da fatura de eletricidade

B

Área disponível no local da instalação do cliente

C

Limitação financeira do cliente

D

Equipamentos disponíveis no estoque

E

Restrições arquitetônicas ou estruturais da edificação

F

Eficiência dos módulos FV

Mediana das respostas do grau de importância dos critérios para dimensionamento

4

A 1 Não importante

3

F

B

2 Pouco importante

2

3 Importante

1 E

4 O mais importante

C

N=49

D 0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

A B C

D E F 1 Não importante

2 Pouco importante

3 Importante

4 O mais importante

N=49

Gráfico 10 - Qual o grau de importância de cada um dos critérios relacionados no momento em que sua empresa faz o dimensionamento de um sistema FV?

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2. RELAÇÃO COM AS DISTRIBUIDORAS Essa etapa da pesquisa teve como intuito entender qual a percepção dos instaladores sobre as normas existentes e o processo de solicitação de conexão à rede de sistemas FV empregado pelas distribuidoras de energia elétrica no Brasil, no âmbito da micro e minigeração.

Normas e procedimentos Os entrevistados avaliaram o próprio conhecimento sobre a Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST e sobre a norma da distribuidora. Os percentuais se mantêm muito parecidos com o levantamento do ano anterior, apontando familiaridade com as normas. Como mostra o Gráfico 11, a maior parte dos entrevistados afirma ter um médio conhecimento - 58% diante de 54% na última pesquisa- enquanto 29% disseram ter muito conhecimento - no ano anterior foram 34%. Apenas 2% afirmaram ter nenhum conhecimento e 11% pouco conhecimento sobre a Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST. O recente mercado FV brasileiro se encontra em crescimento e atrai novas empresas. É importante lembrar que a maioria dos respondentes afirmou não ter instalado nenhum sistema FV em 2014 (54%, ver Gráfico 1) e que a aplicação prática das normas em vigor, aumenta o conhecimento e o grau de familiaridade das empresas com todo o processo de conexão à rede.

2%

11%

Sem nenhum conhecimento

29% Pouco conhecimento Médio conhecimento

58%

Muito conhecimento N=106

Gráfico 11 - Avaliação do próprio conhecimento sobre a Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST – ANEEL

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Com relação às normas de conexão à rede das distribuidoras acessadas em 2014, em geral, a percepção dos instaladores é de considerável conhecimento. A maioria (49%) disse que tem “muito conhecimento” e 42%, “médio conhecimento”. O interessante é que não houve resposta alguma para “nenhum conhecimento” sobre as normas (Gráfico 12). O percentual daqueles que consideram ter muito conhecimento aumentou levemente em relação à pesquisa anterior (42%), com a consequente queda do percentual de resposta para as outras opções.

0% 9%

Sem nenhum conhecimento Pouco conhecimento

49%

42%

Médio conhecimento Muito conhecimento N*=106

* “N” representa o número de empresas respondentes a cada pergunta. Gráfico 12 - Avaliação do próprio conhecimento sobre as normas de conexão à rede da distribuidora.

Em respeito à clareza das regras estabelecidas pela ANEEL para a conexão à rede de micro e minigeradores FV, a maioria dos instaladores (75%) apontou satisfação. Uma quota de 67% afirmou que a maior parte da Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST está clara e 8% avaliou como totalmente clara (Gráfico 13). Desse modo, observa-se um aumento na percepção de clareza com relação à pesquisa do ano passado, quando 59% apontaram as normas da ANEEL como “maior parte está clara”, 26% como “alguns trechos com pouca clareza” e 5% como “pouca clareza”. O percentual daqueles que a consideram totalmente clara se manteve o mesmo.

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8% 5%

20%

pouca clareza alguns trechos com pouca clareza maior parte está clara totalmente clara

67%

N=106 Gráfico 13 - Avaliação quanto ao nível de clareza da Seção 3.7 do Módulo 3 dos procedimentos de distribuição (PRODIST) da ANEEL

Uma medida recente tomada pela ANEEL para melhorar ainda mais o texto das normas, foi a realização de uma audiência publica (026/2015) entre os dias 7 de maio e 22 de junho de 2015, com o objetivo de coletar subsídios para o aprimoramento da REN 482/2012 e da Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST. A Agência recebeu contribuições de 101 instituições e pessoas físicas, o que deve levar a avaliações ainda mais positivas na próxima edição deste estudo. Este ano também se percebeu avanço na avaliação de clareza da norma de conexão à rede com relação à pesquisa do ano passado. Se antes 41% consideravam a maior parte como clara, agora esse percentual subiu para 54%. Consequentemente, houve redução do número daqueles que consideravam alguns trechos pouca claros (de 36% para 26%) e, também, daqueles que a consideravam em geral pouco clara (de 16% para 9%).

11%

9%

pouca clareza alguns trechos com pouca clareza

26% maior parte está clara

54%

totalmente clara N=106

Gráfico 14 – Avaliação quanto ao nível de clareza da norma de conexão à rede da distribuidora

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A coerência entre as normas nacionais e as específicas de cada distribuidora ainda é um fator que deve ser levado em consideração ao se avaliar novos procedimentos colocados em vigor. Por isso, foi perguntado aos instaladores se as distribuidoras atualizam a sua norma quando a ANEEL e o INMETRO fazem alterações normativas ligadas às mini e microgeração FV. O percentual de respostas “Sim” caiu de 61% na edição passada da pesquisa para 49% nesse ano, o que mostra um cenário de alerta para as distribuidoras. As distribuidoras precisam ficar mais atentas às atualizações e sua devida publicação para garantir um desenvolvimento positivo do mercado brasileiro.

Sim

51%

49%

Não

N=106

Gráfico 15 – A distribuidora atualiza as normas quando há alterações da ANEEL e INMETRO sobre mini e microgeração fotovoltaica?

Outro fator importante para os instaladores são os prazos estabelecidos pela concessionária no processo de conexão. Quando perguntados se a norma da distribuidora contém prazos para cada etapa segundo o que foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL (na Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST), há um entendimento de avanço entre os instaladores se comparado com as respostas do ano anterior. Se na edição passada, 53% afirmaram que as normas definem prazos para todas as etapas, este ano o percentual foi de 58%, enquanto 33% informaram existir prazos para apenas algumas etapas do procedimento de solicitação da conexão à rede. (Gráfico 16). Mesmo após três anos da publicação da resolução normativa da ANEEL, 9% das empresas informaram que os prazos não estão definidos dentro da norma da distribuidora.

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A norma define prazos para TODAS as etapas

9%

A norma define prazo para APENAS algumas etapas

33%

58% A norma NÃO define prazos

N=106 Gráfico 16 - A norma da distribuidora contém prazos para cada etapa da aprovação de uma conexão à rede segundo o que foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL (na Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST)?

O grau de satisfação das instaladoras em relação à norma em vigor da distribuidora com a qual se relacionam, foi avaliado por meio de uma escala de 1(uma) a 5 (cinco) estrelas, considerando 1 como insatisfeito e 5 como muito satisfeito. De modo geral, a tendência é de satisfação, com valores muito similares aos da edição do ano passado. No meio da escala, ficou o maior percentual de respostas: 41% escolheram três estrelas; 26%, quatro estrelas e 9%, o valor máximo de cinco estrelas. Ainda 24% apontaram certa insatisfação, dando uma (10%) ou duas (14%) estrelas (Gráfico 17).

9%

10% ✩

14% 26%

✩✩ ✩✩✩ ✩✩✩✩

✩✩✩✩✩

41% N=106 Gráfico 17 - Grau de satisfação com a norma da distribuidora

A condução do processo de solicitação de conexão à rede dentro da distribuidora, no entanto, é motivo de maior insatisfação. Conforme mostra o Gráfico 18, a soma daqueles que deram uma ou duas estrelas totaliza 57%, sendo que o maior percentual de respostas (35%) foi para apenas uma estrela. Somente 3% dos respondentes deram cinco estrelas e 17%, quatro estrelas. 19


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IDEAL

3% 17%

35%

✩✩ ✩✩✩ ✩✩✩✩

23%

✩✩✩✩✩

22%

N=106

Gráfico 18 – Grau de satisfação com a condução do processo pela distribuidora

A situação é pior do que a relatada no estudo do ano passado, quando 51% dos respondentes deram apenas uma ou duas estrelas, sendo 29% deles considerandose “insatisfeitos” (uma estrela). Outros 29% haviam dado três estrelas, 10%, quatro estrelas e 9%, cinco estrelas. Àqueles que afirmaram estarem insatisfeitos (uma ou duas estrelas) com o processo de solicitação de conexão à rede por parte da distribuidora, foi perguntado quais os motivos para tal opinião, conforme opções apresentadas na Tabela 2. Tabela 2 - Motivo(s) da insatisfação ou pouca satisfação com a condução do processo pela distribuidora em 2014.

A

A análise da documentação do mini e microgerador fotovoltaico varia dependendo do técnico que a conduz.

B

A equipe técnica, em diferentes etapas do processo de solicitação, não possui conhecimento suficiente sobre geração fotovoltaica

C

A equipe técnica, em diferentes etapas do processo de solicitação, não conhece todos os detalhes sobre a REN 482/12

D

O processo é demorado, ou os prazos da REN 482/12 não são cumpridos

E

Outro.

A avaliação das repostas mais frequentes mostra que a causa mais citada é a morosidade no processo de aprovação ou a falta de cumprimento dos prazos estabelecidos na REN 482/2012 da ANEEL (D) (Gráfico 19), mesmo fator mais citado na pesquisa do ano passado. A segunda maior queixa foi que a análise varia conforme o técnico que a conduz (A). Na edição passada, o segundo item mais citado foi a falta de conhecimento (B).

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D

IDEAL

51

A

35

B

30

C

28

E

9 N°. de respostas

N*=153

* “N” representa o número de empresas respondentes a cada pergunta. Gráfico 19 - Motivo(s) da insatisfação ou pouca satisfação com a condução do processo pela distribuidora em 2014.

Analisando essas respostas e o que foi informado no item “Outro” (E), percebe-se que, em geral, a padronização de procedimentos e a capacitação da equipe são duas medidas que ajudariam a melhorar esse quadro. Abaixo constam as respostas dadas para o item E: 1.

Número pequeno de pessoas, envolvidas no processo...;

2.

Tem que ser um agente independente que faz a vistoria técnica (caso europeu, por exemplo).

3.

Distribuidora cria empecilhos e burocracias para atrasar o processo;

4.

A distribuidora inventa problemas - quer bloquear a microgeração;

5.

Prazos longos;

6.

Cartas enviadas ao cliente não chegam; outros processos (aumento de carga) atrasam a GD;

7.

Falta comunicação interna entre as equipes gerando erros de interpretação e atrasos nos procedimentos;

8.

A distribuidora utiliza de seu 'poder' de aprovação para pedir revisões fora do 'razoável'

9.

Após a conexão, a fatura não explicita o cálculo do net metering nem dos impostos. Tudo fica obscuro;

Com o intuito de compreender melhor os desafios no relacionamento entre instaladores e distribuidoras, foi perguntado às empresas se enfrentaram alguma dificuldade ou exigência que atrapalhou, atrasou, encareceu ou inviabilizou a instalação de um mini ou microgerador FV para algum dos clientes. Mais uma vez, o percentual daqueles que afirmam ter tido alguma dificuldade aumentou em relação à última pesquisa, passando de 64% para 75% (Gráfico 20). Esses respondentes foram conduzidos para a terceira seção do questionário, que teve o propósito de levantar informações sobre as dificuldades enfrentadas, que serão detalhadas no Capitulo 3 - Desafios no processo de conexão à rede.

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IDEAL

25% Sim Não

75%

N=106

Gráfico 20 – Sua empresa enfrentou alguma dificuldade ou exigência que atrapalhou, atrasou, encareceu ou inviabilizou a instalação de um mini ou microgerador fotovoltaico para algum de seus clientes?

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IDEAL

3. DESAFIOS NO PROCESSO DE CONEXÃO À REDE Esta terceira etapa da pesquisa teve como objetivo analisar em detalhe os desafios no processo de solicitação de conexão à rede de micro e minigeradores FV. Tiveram acesso a essa seção somente as 79 empresas (75%) que afirmaram terem enfrentado alguma problema ou exigência que tenha dificultado, atrasado, encarecido ou inviabilizado a instalação de um sistema FV para algum cliente. Primeiro foi perguntado aos instaladores em que fase(s) do processo de implementação do projeto de um sistema FV conectado à rede ocorre(m), normalmente, essas dificuldades, com a possibilidade de elencar mais de uma resposta. De um modo geral, identificam-se as mesmas tendências do ano anterior. Os instaladores apontam as etapas que envolvem diretamente a distribuidora como as que tiveram mais dificuldades. Este resultado já era esperado, considerando as respostas dadas na seção anterior referente à condução do processo de conexão à rede. Como na pesquisa do ano passado, a etapa mais citada é a de “Solicitação do parecer de acesso” com 57 respostas, seguida pela “Assinatura do termo de Relacionamento Operacional entre o cliente e a distribuidora” com 29, e o “Faturamento (conta de luz)” com 24. Na sequência, aparecem outras etapas mais ligadas ao relacionamento com o cliente: “Comissionamento” com 13 e “Operação”com sete. É importante ressaltar que se trata, parcialmente, de uma autoavaliação por parte das instaladoras. Portanto, a tendência é de identificar mais problemas nas etapas que envolvem terceiros em relação àquelas que lhes cabem diretamente, que nesse caso seriam “Planejamento do projeto” com seis respostas, e “Instalação do sistema FV”, com apenas cinco (Gráfico 21). Na sequência do estudo, será feita uma análise aprofundada de pontos específicos em cada etapa que poderiam ser trabalhados para aprimorar o processo de solicitação de conexão à rede junto à distribuidora.

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IDEAL

57 29

24 13

6

5

7

N=141

N°. de respostas

Gráfico 21 - Em qual fase do projeto ocorreu essa dificuldade? Caso tenha sido em diferentes etapas, você pode assinalar mais de uma opção.

Mesmo com dificuldades, a maioria dos respondentes afirmou que isso não foi motivo para impedir a finalização dos projetos (65%), mantendo um cenário similar ao ano passado, quando esse percentual era de 62% (Gráfico 22).

35%

Sim Não

65%

N=79 Gráfico 22 - A(s) dificuldade(s) impediram algum projeto de ser conectado à rede?

Com relação à pesquisa anterior, o percentual de respondentes que indicou atrasos foi levemente inferior, passando de 90% para 82% (Gráfico 23). Essa queda já seria esperada visto que o primeiro estudo foi realizado justamente no ano seguinte à entrada em vigor da REN 482/2012, período em que as distribuidoras ainda estavam se ajustando à nova regulamentação. Apesar de minoria, o percentual de respondentes que não conseguiram finalizar a conexão à rede de um sistema FV (35%), somado ao alto percentual de indicações 24


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de atrasos, sinaliza que as dificuldades não deixaram de representar uma barreira para a ampliação do mercado de geração distribuída com geração FV.

18% Sim Não

82%

N=79

Gráfico 23 - As dificuldades causaram atraso nos prazos estipulados pela REN482/2012 (no PRODIST) para conexão à rede do sistema FV?

O Gráfico 24 abaixo detalha quanto tempo os projetos atrasaram, com resultado das respostas bastante similar à pesquisa do ano anterior. Do total dos 65 respondentes dessa pergunta, o período mais citado como tempo médio de atraso foi de dois meses. Na edição passada da pesquisa, houve mais respostas para o período “mais de quatro meses”. O número de empresas que apontaram estar sem previsão para finalizar a instalação por causa das dificuldades levantadas aqui se manteve similar (13 frente a 12 no ano passado). 20

11 5

Até 1 mês

12

13

Mais de 4 meses

Sem previsão para finalizar a instalação

4

2 meses

3 meses

4 meses

N°. de respostas

N=65

Gráfico 24 - Tempo médio de atraso na finalização da instalação do sistema FV devido às dificuldades

Ao comparar esses resultados com aqueles obtidos pela ANEEL em uma pesquisa com as distribuidoras, descritos na nota técnica n° 0017/2015 da SRD/ANEEL (Gráfico 25), percebe-se como o tempo total para a conexão à rede ainda é um ponto que precisa ser melhorado. É possível observar a grande variação do prazo 25


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por distribuidora em todo o Brasil, excedendo inclusive o estabelecido pela REN 482/2012 em muitos casos.

Gráfico 25 – Prazo total para conexão da geração distribuída em 2014 (ANEEL, 2015b).

Aos instaladores, foi solicitado que apontassem quais aspectos poderiam ser melhorados no processo de solicitação de conexão à rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora (Tabela 3). Como cada empresa teve a opção de escolher mais de uma resposta, o “N” foi igual 394 e representa a soma das respostas das empresas que participaram na pesquisa. Tabela 3 - Quais pontos poderiam ser melhorados no processo de solicitação de conexão à rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora?

A

Padronização da divulgação sobre os procedimentos de conexão à rede para todas as distribuidoras

B

Simplificação das etapas do processo de solicitação de conexão à rede

C

Treinamentos específicos sobre geração distribuída para atendentes nas agências da distribuidora para melhorar o atendimento

D

Acesso mais direto à norma de conexão à rede no site da distribuidora

E

Envio das respostas sobre a análise da documentação feito em cópia para os instaladores que conduzem o projeto, não apenas para o consumidor

F

Cumprimento dos prazos estipulados pela REN 482/2012 (dentro do PRODIST) da ANEEL

G

Disponibilização no estoque da distribuidora de medidores bidirecionais para agilizar a troca

H

Aceitação de dois medidores unidirecionais para clientes de baixa tensão

I

Identificação clara dos créditos e dos kWh gerados pelo cliente na fatura de energia (conta de luz)

J

Padronização da fatura de energia e divulgação do modelo no site da distribuidora

26


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IDEAL

Os itens mais destacados (A, B, C e F) se referem aos procedimentos na fase de solicitação do parecer de acesso e à capacitação dos atendentes da distribuidora. Quando as respostas são correlacionadas com os resultados mostrados nos Gráficos 19, 21, 24 e 25 se evidencia a necessidade de uma atenção maior das distribuidoras para os procedimentos adotados para a aprovação da conexão à rede da geração distribuída, principalmente no que diz respeito aos prazos estipulados pela REN 482/2012 (dentro do PRODIST) da ANEEL (F). Estudo da Solar Electric Power Association (SEPA,2014) mostra, por exemplo, que o uso de uma via digital para envio de solicitações de conexão à rede reduz o tempo total do processo e traz outros benefícios, como restringir por sistema automático o início do procedimento apenas para solicitações enviadas com a documentação completa e possibilitar ao consumidor o acompanhamento online. A pesquisa foi realizada com base em entrevistas com 400 concessionárias de energia norte-americanas. Além disso, outro aspecto que poderia ser melhorado diz respeito ao preparo dos funcionários para o atendimento ao público e o conhecimento das especificidades da tecnologia FV, os quais poderiam ser enfrentados com capacitações e treinamentos. Tais medidas, se adotadas, poderiam representar um grande ganho para o mercado FV e, inclusive, uma maior aceitação de mini e microgeradores por parte da população brasileira. Isto porque dificuldades experimentadas no processo de solicitação de conexão à rede servem de desestímulo para um público já reduzido de pessoas que, hoje, buscam gerar sua própria eletricidade. B

51

A

50

C

49

F

48

I

40

J

40

G

39

E

35

D H

N=394

24 18

Gráfico 26 - Quais pontos poderiam ser melhorados no processo de solicitação de conexão à rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora?

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IDEAL

As respostas I e J vêm em seguida como as mais citadas, confirmando o desafio levantado no Gráfico 21, que indica dificuldades em relação ao faturamento exato dentro das regras definidas pela REN482/2012. A questão do faturamento correto ainda não aparece com tanta evidência, pois muitos instaladores não chegaram ainda a esta etapa. Provavelmente no futuro, esse seja um ponto de maior relevância. É interessante observar que o ponto mais citado na edição passada da pesquisa (G) a disponibilização no estoque da distribuidora de medidores bidirecionais para agilizar a troca – agora perdeu relevância. Isso sinaliza justamente como as distribuidoras ainda estavam se adaptando a este novo mercado em 2013 e, portanto, a tendência futura é de que todos os pontos aqui elencados possam ser facilmente resolvidos se receberem a devida atenção.

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4. EXEMPLOS

IDEAL

POSITIVOS DAS DISTRIBUIDORAS,

COMENTÁRIOS E SUGESTÕES EM GERAL Com o intuito adicional de identificar boas práticas que poderiam servir de exemplo, a pesquisa também buscou levantar aspectos positivos identificados pelos instaladores no relacionamento com algumas distribuidoras. Na Tabela 4 constam as opções na ordem apresentada no questionário. O Gráfico 27 mostra os pontos positivos mais citados, visto que o respondente poderia escolher mais de uma opção. Os pontos citados no campo “Outro” foram analisados conjuntamente com os comentários e sugestões, nas próximas páginas. Tabela 4 - Quais pontos positivos da(s) distribuidora(s) serviriam de exemplo para outras?

A

A equipe é solícita e aberta a sugestões

B

A equipe trata a mini e microgeração de forma positiva

C

A distribuidora cumpre os prazos estabelecidos

D

As normas da distribuidora estão de acordo com o PRODIST

E

As normas da distribuidora são detalhadas e completas

F

O faturamento é feito corretamente

G

A distribuidora utiliza um medidor de baixo custo e boa tecnologia

H

Outro

A

46

B

46

D

46

G

28

E

27

C

19

F H

N=237

17 8

N°. de respostas

Gráfico 27 - Quais pontos positivos da(s) distribuidora(s) serviriam de exemplo para outras?

Como na pesquisa do ano anterior, percebe-se que existem distribuidoras que têm encarado a micro e minigeração de forma bastante positiva, com funcionários abertos a sugestões e atendendo adequadamente às normas do PRODIST (respostas A, B e D). Percebe-se um desenvolvimento positivo com relação ao custo 29


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e tecnologia do medidor utilizado pela distribuidora, pois aumentou o número de empresas que citaram o item G como um ponto positivo em relação à edição passada. De um modo geral, é possível concluir que intercâmbios de conhecimento entre as distribuidoras poderiam ajudá-las a melhorar o processo de conexão à rede como um todo, visto que já existem boas experiências em andamento no país justamente nos temas apontados como maiores dificuldades para instaladores e clientes.

Comentários e Sugestões Como na edição passada, ao final da pesquisa, as empresas instaladoras foram convidadas a deixar comentários ou sugestões não contempladas nas perguntas do questionário. Muitas reforçaram ou detalharam pontos já citados no decorrer do questionário, como falta de cumprimento nos prazos, sugestão de aceite de mais componentes de sistemas fotovoltaicos, dificuldade de atender as exigências por falta de regulamentações técnicas explícitas e desconhecimento dos procedimentos de geração distribuída por parte dos funcionários das distribuidoras. Abaixo, foram resumidas e agrupadas por tema as contribuições deixadas nesta etapa da pesquisa: 

Procedimentos e preparo das distribuidoras – Foi relatada por um respondente a “falta de vontade e cooperação” das distribuidoras; outro cita a ausência de um procedimento formal de acompanhamento do processo na distribuidora com a qual se relaciona, e um terceiro relatou que a distribuidora cria “empecilhos tecnicamente absurdos” por falta de experiência. Finalmente, um respondente afirma que uma maior agilidade no processo de liberação da conexão à rede poderia resultar em redução de custos do projeto. Processo online - Se por um lado um respondente citou o caso de uma distribuidora que já utiliza processo online, outro pede que sejam aceitos documentos por email e um terceiro relata a exigência de protocolação de toda documentação impressa, inclusive para a resposta a questionamentos feitos pela distribuidora no decorrer da análise. Certificação e etiquetagem – Um respondente reclamou da falta de divulgação dos modelos de medidores homologados e de informações sobre a possibilidade de uso de micro inversores. Dois respondentes sugerem que sejam aceitas certificações internacionais, o que resultaria em redução de custos. Financiamento – Dois respondentes levantaram a dificuldade em encontrar um financiamento específico para sistemas FV, reclamando das taxas oferecidas atualmente. 30


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Tributos e Impostos – Quatro respondentes fizeram referência à questão da tributação brasileira sugerindo um programa de desoneração, tanto nos itens produzidos no Brasil quando com relação à cobrança do ICMS sobre a energia gerada. Faturamento e compensação de energia – Um respondente relata ter tido que acompanhar o leiturista da distribuidora no dia da leitura da energia consumida, devido à falta de conhecimento. Outro respondente pedia que houvesse explicação na fatura de energia sobre a alíquota utilizada para a cobrança de ICMS. Padronização dos procedimentos – Dois respondentes pediram uma padronização nacional para todas distribuidoras para facilitar o processo àqueles que atuam em diferentes regiões.

Finalmente, dois respondentes fizeram comentários sobre a própria pesquisa e a necessidade de estudos como este: “Ótima pesquisa! Os pontos citados são os que geralmente temos problemas!” “Uma boa pergunta (...) é sobre o número de projetos em andamento, para que o Instituto IDEAL tenha dimensão real e comprove a diferença que existe no BIG da ANEEL.”

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados levantados nesse estudo apontam que o mercado de geração distribuída FV ainda está na “infância” em relação ao seu desenvolvimento, pois há um grande número de empresas novas e que não finalizaram nenhuma instalação - 54% das empresas participantes da pesquisa. Dentre as que finalizaram algum projeto, grande parte informou ter sido apenas uma única instalação, o que também sinaliza a pouca experiência ainda no ramo. Essa baixa atividade pode ser a explicação para o fato da maior parte da mão de obra empregada no setor ser terceirizada ou temporária. As tendências percebidas na primeira edição do estudo realizado no ano passado, o qual coletou dados referentes a 2013, seguem semelhantes nesta segunda edição com entraves em áreas similares. Os atores do mercado FV enfrentam ainda desafios como atrasos, falta de conhecimento da equipe técnica da distribuidora, e problemas na fatura de energia conforme regulamentação do sistema de compensação de energia elétrica (net metering). A clareza das normas, em especial da REN 482/2012 e PRODIST, não é problema, mas sim o entendimento e a aplicação na prática. Por outro lado, foi constatada grande evolução na duração do processo de conexão, havendo redução do tempo médio de seis meses e uma semana em 2013 para quatro meses e três semanas em 2014. Os resultados deste estudo mostram que existem critérios subjetivos no processo, uma vez que depende do técnico da distribuidora acessada que o analisa, em uma análise que deveria ser objetiva. Além disso, revela a grande insatisfação com o descumprimento dos prazos pelas distribuidoras. Percebe-se como o prazo total do processo varia em todo o Brasil e por distribuidora, em muitos casos, extrapolando o estabelecido pela REN 482/2012. Os resultados levantados mostram um cenário preocupante com relação aos entraves enfrentados atualmente, os quais precisam receber a devida atenção para que o mercado se desenvolva em todo seu potencial. A etapa de solicitação do parecer de acesso segue sendo aquela em que as empresas enfrentam mais dificuldades (Cap. 3). Treinamento adequado dos funcionários das agências das distribuidoras seria uma medida fundamental para acelerar o processo e aumentar a satisfação dos clientes (Gráfico 26). A questão do faturamento correto ainda não aparece com tanta evidência, pois muitos instaladores não chegaram a esta etapa. Provavelmente no futuro, esse seja um ponto de maior relevância.

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Quanto aos preços praticados no país, foi levantado o valor médio de R$ 8,81/Wp para sistemas de até 5 kWp. Esse valor é praticamente igual, em termos absolutos, ao observado no anterior. No entanto, considerando a desvalorização do real e a inflação no período, estima-se que houve uma redução real de 6,5% no preço médio dos sistemas fotovoltaicos de pequena escala. De qualquer forma, os preços praticados no país ainda são bastante elevados, em relação ao mercado internacional (76% a mais que na Alemanha, por exemplo). Essa segunda edição da pesquisa “O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica” buscou não apenas identificar a situação atual do setor no Brasil, mas, sobretudo, acompanhar sua evolução em relação ao ano anterior e identificar tendências. Essas informações são de extrema relevância para fundamentar decisões políticas e ações para tornar mais expressivo o uso da energia FV no país. Por isso, os resultados obtidos nessa pesquisa já compuseram o documento encaminhado pelo Ideal à ANEEL durante a Audiência Pública 026/2015, realizada com o intuito de obter subsídios para o aprimoramento da REN 482/2012.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEEL [Agência Nacional de Energia Elétrica]. Cadernos Temáticos ANEEL – Micro e Minigeração Distribuída. Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Brasília, DF. Março de 2014. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/ biblioteca/downloads/livros/caderno-tematico-microeminigeracao.pdf ANEEL [Agência Nacional de Energia Elétrica]. 1ª Fase da Audiência 026/2015. Maio de 2015a. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/dspListaDetalhe.cfm?attAnoAud =2015&attIdeFasAud=971&id_area=13&attAnoFasAud=2015 ANEEL [Agência Nacional de Energia Elétrica]. Nota Técnica n° 0017/2015SRD/ANEEL. Abril de 2015b. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/ aplicacoes/audiencia/arquivo/2015/026/documento/nota_tecnica_0017_2015_ srd.pdf BARBOSE, G.; WEAVER, S. DARGHOUTH, N. Tracking the sun VII. An Historical Summary of the Installed Price of Photovoltaics in the United States from 1998 to 2013. Lawrence Berkeley National Laboratory. Disponível em: http://emp.lbl.gov/sites/all/files/Tracking%20the%20Sun%20VII_Report_0 .pdf EPE [Empresa de Pesquisa Energética]. Nota Técnica DEA 19/14 – Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil – Condicionantes e Impactos. Rio de Janeiro, RJ. Outubro de 2014. Disponível em http://www.epe.gov.br/mercado/Documents/S%C3%A9rie%20Estudos%2 0de%20Energia/DEA%2019%20%20%20Inser%C3%A7%C3%A3o%20da%20Gera%C3%A7%C3%A3o%20F otovoltaica%20Distribu%C3%ADda%20no%20Brasil%20%20Condicionantes%20e%20Impactos%20VF%20%20(Revisada).pdf EUROPEAN PHOTOVOLTAIC INDUSTRY ASSOCIATION [EPIA]. Sustainability Of Photovoltaic Systems. Job Creation. EPIA Fact Sheet, 24th September 2012. FRAUNHOFER ISE. Photovoltaics Report. 24 de Outubro de 2014. Disponível em: http://www.ise.fraunhofer.de/de/downloads/pdf-files/aktuelles/ photovoltaics-report-in-englischer-sprache.pdf IDEAL. O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica em 2013. Novembro de 2014. Disponível em: http://www.americadosol.org/wpcontent/uploads/2014/11/2014_ideal_mercadoGDFV.pdf%20 JAGER, W. Stimulating the diffusion of photovoltaics systems: a behavioural perspective, Energy Policy, v. 34, n. 14, p. 1935-1943, 2006.

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LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Quantos projetos foram finalizados por empresa em 2014? ......................... 6 Gráfico 2 - N° de sistemas FV conectados à rede por empresa em 2014......................... 7 Gráfico 3 - Tempo para conclusão de todas as etapas de instalação e conexão ........... 8 Gráfico 4 - Percentual de colaboradores efetivos e terceirizados no setor .................... 9 Gráfico 5 - Preço médio dos sistemas fotovoltaicos no Brasil em 2014 por faixa de potência ........................................................................................................................................................ 11 Gráfico 6 - Distribuição de preços dos sistemas FV (<5 kWp) instalados.................... 11 Gráfico 7- Preço médio por região (< 5 kWp)............................................................................ 12 Gráfico 8 - Comparação de preços de sistemas fotovoltaicos de médio porte........... 12 Gráfico 9 - Composição do custo total da instalação de um sistema FV ........................ 13 Gráfico 10 - Qual o grau de importância de cada um dos critérios relacionados no momento em que sua empresa faz o dimensionamento de um sistema FV? ............. 14 Gráfico 11 - Avaliação do próprio conhecimento sobre a Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST – ANEEL ................................................................................................................................... 15 Gráfico 12 - Avaliação do próprio conhecimento sobre as normas de conexão à rede da distribuidora............................................................................................................................. 16 Gráfico 13 - Avaliação quanto ao nível de clareza da Seção 3.7 do Módulo 3 dos procedimentos de distribuição (PRODIST) da ANEEL .......................................................... 17 Gráfico 14 – Avaliação quanto ao nível de clareza da norma de conexão à rede da distribuidora .............................................................................................................................................. 17 Gráfico 15 – A distribuidora atualiza as normas quando há alterações da ANEEL e INMETRO sobre mini e microgeração fotovoltaica?............................................................... 18 Gráfico 16 - A norma da distribuidora contém prazos para cada etapa da aprovação de uma conexão à rede segundo o que foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL (na Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST)? ................................................................... 19 Gráfico 17 - Grau de satisfação com a norma da distribuidora ......................................... 19 Gráfico 18 – Grau de satisfação com a condução do processo pela distribuidora ... 20 Gráfico 19 - Motivo(s) da insatisfação ou pouca satisfação com a condução do processo pela distribuidora em 2014............................................................................................ 21 Gráfico 20 – Sua empresa enfrentou alguma dificuldade ou exigência que atrapalhou, atrasou, encareceu ou inviabilizou a instalação de um mini ou microgerador fotovoltaico para algum de seus clientes?..................................................... 22 Gráfico 21 - Em qual fase do projeto ocorreu essa dificuldade? Caso tenha sido em diferentes etapas, você pode assinalar mais de uma opção. .............................................. 24 Gráfico 22 - A(s) dificuldade(s) impediram algum projeto de ser conectado à rede? .......................................................................................................................................................................... 24 36


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Gráfico 23 - As dificuldades causaram atraso nos prazos estipulados pela REN482/2012 (no PRODIST) para conexão à rede do sistema FV? ............................... 25 Gráfico 24 - Tempo médio de atraso na finalização da instalação do sistema FV devido às dificuldades. .......................................................................................................................... 25 Gráfico 25 – Prazo total para conexão da geração distribuída em 2014 (ANEEL, 2015b). ......................................................................................................................................................... 26 Gráfico 26 - Quais pontos poderiam ser melhorados no processo de solicitação de conexão à rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora? ................................ 27 Gráfico 27 - Quais pontos positivos da(s) distribuidora(s) serviriam de exemplo para outras? ............................................................................................................................................... 29

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O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica – Edição 2015

IDEAL

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Qual o grau de importância de cada um dos critérios relacionados no momento em que sua empresa faz o dimensionamento de um sistema FV? ............. 14 Tabela 2 - Motivo(s) da insatisfação ou pouca satisfação com a condução do processo pela distribuidora em 2014............................................................................................ 20 Tabela 3 - Quais pontos poderiam ser melhorados no processo de solicitação de conexão à rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora? ................................ 26 Tabela 4 - Quais pontos positivos da(s) distribuidora(s) serviriam de exemplo para outras? .......................................................................................................................................................... 29

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