O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica - Edição 2017

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O MERCADO BRASILEIRO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA FOTOVOLTAICA Edição

2017

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INFORMAÇÕES LEGAIS 1. Todas as indicações, dados e resultados deste estudo foram compilados e cuidadosamente revisados pelo(s) autor(es). No entanto, erros com relação ao conteúdo não podem ser evitados. Consequentemente, nem o Instituto IDEAL nem a AHK-RJ ou o(s) autor(es) podem ser responsabilizados por qualquer reinvidicação, perda ou prejuízo direto ou indireto resultante do uso ou confiança depositada sobre as informações contidas neste estudo, ou direta ou indiretamente resultante dos erros, imprecisões ou omissões de informação neste estudo. 2. A duplicação ou reprodução de todo ou partes do estudo (incluindo a transferência de dados para sistemas de armazenamento de mídia) e distribuição para fins não comerciais é permitida, desde que o Instituto IDEAL e a AHK-RJ sejam citados como fonte de informação. Para outros usos comerciais, incluindo duplicação, reprodução ou distribuição de todo ou partes deste estudo, é necessário o consentimento escrito do Instituto IDEAL.

EXPEDIENTE COORDENAÇÃO: Philipp Hahn e Taynara Reisner Mighelão EXECUÇÃO: Ana Carolina Richard e Taynara Reisner Mighelão REVISÃO: Ricardo Rüther e Philipp Hahn ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO: Andressa Braun PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Andrezza Nascimento


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ENGIE logotype_solid_BLUE_CMYK 14/04/2015 24, rue Salomon de Rothschild - 92288 Suresnes - FRANCE Tél. : +33 (0)1 57 32 87 00 / Fax : +33 (0)1 57 32 87 87 Web : www.carrenoir.com

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INSTITUTO IDEAL O Instituto IDEAL é uma organização privada sem fins lucrativos, com sede em Florianópolis (SC), que atua na promoção de energias renováveis e de políticas de integração energética na América Latina. São duas as principais áreas de trabalho do IDEAL: o Seminário Energia + Limpa e o programa América do Sol, que inclui, entre outras ferramentas de disseminação do conhecimento em energia fotovoltaica, o projeto Selo Solar e este Estudo, o primeiro do setor desenvolvido no Brasil. Todos são iniciativas gratuitas. Ao promover eventos e incentivar pesquisas e ações voltadas para o desenvolvimento das energias limpas, o IDEAL se fortalece como um elo entre o governo e os setores acadêmico e empresarial, além de ser referência no setor energético. A busca por uma matriz energética diversificada e integrada em todo o território latino-americano tem iluminado os caminhos dessa organização brasileira. Saiba mais em institutoideal.org.


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AHK-RJ Fundada há mais de 100 anos, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-RJ) faz parte de uma rede mundial de cerca de 130 câmaras binacionais espalhadas por mais de 90 países. No Brasil, possui 1.300 associados e atua como importante elo entre os mercados brasileiro e alemão, possibilitando um amplo acesso à informação e contatos, intermediação de negócios e transferência de tecnologia entre os dois países. Além disso, funciona como plataforma de negócios e networking entre seus associados no Brasil, fomentando as relações comerciais também no mercado interno, através de sua representatividade, visibilidade, serviços e ambiente geral que propicia. O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica, de forma acíclica à conjuntura geral, vem crescendo significativamente nos últimos anos e promete oportunidades de negócios interessantes para empresas brasileiras, alemãs e internacionais. A presente publicação traz dados e informações importantes e atuais em primeira mão sobre este mercado dinâmico, apoiando, assim, o seu desenvolvimento. Desejamos uma boa leitura! Saiba mais em ahkbusiness.de/pt.


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PREFÁCIO INTERSOLAR SOUTH AMERICA A América Latina está na fronteira global dos mercados solares não subsidiados. A queda nos preços e um aumento simultâneo da demanda resultaram em pipelines multi-gigawatt no Brasil. Desfrute dos dados em primeira mão do mercado solar brasileiro ao ler o relatório do Instituto IDEAL e da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK-RJ) e certifique-se de estar presente na Intersolar South America 2017, aproveitando a nossa rede global. Dr. Florian Wessendorf Diretor Administrativo Solar Promotion International GmbH

PHB Desde 1984, ano de fundação da PHB, a busca por inovação e qualidade, com seriedade e desenvolvimento tecnológico brasileiro, foram fatores notáveis e importantes na trajetória da PHB Solar. Desta maneira, foi a primeira fabricante de inversores solares a ser certificada pelo INMETRO no Brasil, atuando na coordenação e elaboração de normas reguladoras, e criando de forma singular, um laboratório completo para testes e manutenção dos seus próprios produtos.


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Sempre à frente, a PHB Solar é uma empresa 100% nacional, com pioneirismo e competência tecnológica, desenvolvendo soluções para a Geração Distribuída como um todo. A engenharia da PHB oferece respostas rápidas e não depende de uma consulta internacional, sendo uma empresa precursora na geração de energia elétrica através de fontes renováveis. Ildo Bet Sócio Fundador e Diretor Técnico - PHB Eletrônica ; Diretor do Grupo Setorial Fotovoltaico - ABINEE; Coordenador da ABNT/COBEI/CE03:82.01 - Comissão de Estudos de Sistemas Fotovoltaicos

SICES BRASIL De origem italiana, com pioneirismo, transparência e excelência, a SICES Brasil lidera a geração distribuída no País. Estes pilares a solidificam para percorrer uma trajetória de sucesso. A SICES Brasil contribui constantemente para disseminar a energia solar em ações sociais, patrocinando eventos e estudos do segmento. Hoje, como patrocinadora deste estudo, a SICES Brasil se orgulha de fazer parte deste magnífico projeto e de ter escolhido este belíssimo país como sua segunda casa. Jackson Chirollo COO SICES Brasil Diretoria de Operações e Expansão


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CONTEÚDO

Introdução  13 Metodologia  15 Atuação das empresas entrevistadas  17 Perfil das instaladoras  23 Perfil Socioeconômico  29 Empregos no setor fotovoltaico brasileiro  30 Preços nacionais  32 Novas modalidades na Geração Distribuída – REN 687/2015  38 Relação com as distribuidoras  43 Desafios no processo de conexão à rede  48 Relacionamento com o cliente  55 Comentários e Sugestões  58 Conclusões  61 Referências  65


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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Tempo de atuação das empresas no setor de energia fotovoltaico 19 Gráfico 2 Região de localização das empresas 20 Gráfico 3 Principal segmento de atuação das empresas 21 Gráfico 4 Em qual etapa da cadeia de valor sua empresa atua? 22 Gráfico 5 Quantos sistemas fotovoltaicos (FV) instalados por sua empresa foram conectados à rede, no âmbito da REN 482/2012 e da REN 687/2015, em 2016? 25 Gráfico 6 Tempo para conclusão de todas as etapas de instalação e conexão 26 Gráfico 7 Comparativo de quatro anos do tempo para conclusão de todas as etapas de instalação e conexão 27


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Gráfico 8 Instalações e conexões nos estados brasileiros 28 Gráfico 9 Número de colaboradores efetivos nas empresas 30 Gráfico 10 Comparativo de três anos do percentual de colaboradores efetivos e terceirizados no setor 31 Gráfico 11 Preço de sistemas FV em 2016 por faixa de potência informado pelas empresas instaladoras 33 Gráfico 12 Preço de sistemas FV em 2016 por faixa de potência informado pelas empresas fabricantes/ revendedoras de módulos e/ou inversores 34 Gráfico 13 Comparação dos preços de sistemas FV por faixa de potência informados pelas empresas instaladoras e fabricantes/revendedoras de módulos e/ou inversores 35 Gráfico 14 Composição do custo total da instalação de um sistema FV 37


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Gráfico 15 Nível de clareza da revisão da REN 482/2012 para a REN 687/2015 40 Gráfico 16 Sua empresa desenvolveu algum projeto de energia solar FV nas modalidades geração compartilhada e de condomínios? 41 Gráfico 17 Ocorreram dificuldades neste processo? 42 Gráfico 18 A distribuidora atualiza as normas quando há alterações da ANEEL e do INMETRO sobre mini e microgeração fotovoltaica? 45 Gráfico 19 A norma da distribuidora contém prazos para cada etapa da aprovação de uma conexão à rede segundo o que foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL (na Seção 3.7 do Módulo 3 dos PRODIST)? 46 Gráfico 20 Sua empresa enfrentou alguma dificuldade ou exigência que atrapalhou, atrasou, encareceu ou inviabilizou a instalação de um mini ou microgerador FV para algum de seus clientes? 47 Gráfico 21 Em qual fase do projeto ocorreu essa dificuldade? 50


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Gráfico 22 As dificuldades causaram atraso nos novos prazos estipulados na revisão da REN482/2012 pela REN 687/2015 (no PRODIST) para conexão à rede do sistema FV? 51 Gráfico 23 O atraso na finalização da instalação e conexão à rede do sistema FV por causa dessas dificuldades foi, em média, de quanto tempo? 52 Gráfico 24 Quais pontos ainda precisavam ser melhorados no processo de solicitação de conexão à rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora no ano 2016? 53 Gráfico 25 Quais são as opções de pagamento mais utilizadas pelos seus clientes? 57 Gráfico 26 Qual o principal meio de captação de clientes na sua empresa? 58


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INTRODUÇÃO O Instituto IDEAL vem acompanhando o setor fotovoltaico brasileiro, disseminando informações e incentivando o uso da energia fotovoltaica (FV) desde 2007, por meio do Programa América do Sol. No âmbito desse programa foi criada uma plataforma de conhecimento digital que inclui ferramentas e ações com diferentes atores: consumidores de energia, proprietários de sistemas FV, instaladoras, projetistas, fabricantes, revendedoras, instituições sem fins lucrativos, entre outros. Parte integrante do programa América do Sol, e juntamente com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-RJ), a pesquisa “O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica” chega à sua quarta edição em 2017. O Estudo tem o intuito de documentar, acompanhar e trazer sugestões ao setor de geração distribuída FV no Brasil. Como a pesquisa se refere ao que ocorreu nesse setor em 2016, é o primeiro ano que o Estudo concerne a um mercado posterior às mudanças feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na REN 482/2012 por meio da publicação da REN 687/2015. A edição da Resolução Normativa (REN) 482/2012, da ANEEL, permite ao proprietário de um gerador de fonte renovável com uma potência de até 5 MW injetar na rede elétrica a energia que não for consumida no momento da geração, recebendo créditos (em kWh) na sua conta de luz. O consumidor, assim, paga a cada mês somente o valor da diferença entre a energia consumida da rede pública e a


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que foi gerada por ele. Essa resolução foi aprimorada pela Resolução Normativa (REN) 687/2015, que entrou em vigor em março de 2016. Entre as mudanças que passaram a vigorar no ano de 2016 estão os aumentos da potência máxima dos geradores de energia (de 1 MW para 5 MW) e do prazo de validade dos créditos na conta de luz (de 36 para 60 meses). Cinco anos após a regulamentação da micro e da minigeração distribuídas de energia pela ANEEL, o Brasil chegou à marca de 10 mil conexões. A fonte mais utilizada pelos consumidores-geradores é a solar fotovoltaica, com 9.910 adesões, seguida da eólica, com 48 instalações. Como uma conexão pode atender a mais de uma unidade consumidora hoje, 11.189 delas usam energia a partir da micro e da minigeração distribuídas (ANEEL, 2017). No Brasil, até maio de 2017, 22 estados já isentam o pagamento do ICMS sobre o excedente de energia elétrica produzida por sistemas de geração distribuída, a partir da adesão ao Convênio ICMS 16/2015 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que autoriza os governos estaduais a isentarem o ICMS sobre a energia injetada na rede e compensada na micro e minigeração distribuída. O Centro-Oeste é a segunda região do País a adotar a medida, pois o Nordeste foi a primeira a completar a adoção do benefício para a população e empresas (ELETRICIDADE MODERNA, 2017a).


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METODOLOGIA Para levantar os dados do presente estudo, foram enviados, em janeiro de 2017, questionários eletrônicos a 1.350 empresas cadastradas no Mapa de Empresas do Setor Fotovoltaico do Programa América do Sol, do Instituto IDEAL (www.americadosol.org/fornecedores). O questionário ficou aberto para participação durante 30 dias. Do total de envios, 373 empresas responderam a todas as perguntas, portanto, foram consideradas apenas as respostas completas válidas. A maioria das questões foi mantida para comparar os dados com as edições anteriores do estudo e, assim, mostrar tendências do desenvolvimento do mercado fotovoltaico brasileiro. Porém, como 2016 foi o primeiro ano de adequação das concessionárias e empresas à (REN) 482/2012 da ANEEL, revisada pela (REN) 687/2015, o questionário foi aprimorado com o intuito de deixar as perguntas mais claras e atender às demandas e mudanças do desenvolvimento desse mercado. Para maior clareza das respostas às perguntas, o acesso foi segmentado de acordo com a atuação de cada empresa na cadeia de valor de energia solar FV (instaladora, projetista ou fabricante/revendedora de equipamentos), informada pela própria entrevistada no início do questionário. Com dados segmentados para diferentes atores, pôde-se obter um cenário mais completo sobre o mercado brasileiro de geração solar distribuída. Esta já é a segunda edição de questionário que contempla essa segmentação.


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Na interpretação dos dados buscou-se comparar e entender a realidade do mercado em cada um dos quatro anos de realização do estudo. A cada ano, observa-se um maior número de empresas no mapa de fornecedores do América do Sol e uma maior consolidação dos resultados devido ao aumento do número de respondentes, cenário com tendência constante de crescimento. Tais análises são importantes para que o mercado em si entenda a evolução do setor e, assim, se reestruture para se tornar cada vez mais sólido.


ATUAÇÃO DAS EMPRESAS ENTREVISTADAS


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Ao iniciar o questionário, a empresa entrevistada respondeu a algumas perguntas referentes à sua atuação no setor de energia solar fotovoltaica como: qual o seu tempo de atuação no mercado, qual a região em que está localizada, qual o principal segmento em que atua e qual a etapa da cadeia de valor em que mais atua hoje no mercado. Em relação a quantos anos de atuação a empresa tem no mercado de energia solar fotovoltaica, a maioria delas (42%) relatou que está “De 1 a 2 anos”. Este dado demonstra que muitas empresas ainda estão iniciando os seus serviços e a comercialização de produtos no mercado de geração distribuída fotovoltaica no Brasil. Cerca de 28% delas relataram estar a menos de um ano no mercado, 23% “De 3 a 5 anos”, 5% e apenas 2% do total já estão com uma maior experiência, atuando há mais de 10 anos no mercado. Ou seja, 70% das empresas entrevistadas estão atuando no mercado, no máximo, há dois anos. Este dado mostra o grande crescimento que o setor vivenciou nos últimos anos, principalmente em 2016, motivado, possivelmente, pela maior disseminação de conhecimentos referentes à regulamentação da ANEEL, pela a REN 482/2012, e à sua revisão, pela REN 687/2015.


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Gráfico 1

TEMPO DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS NO SETOR DE ENERGIA FOTOVOLTAICO 5% 2% 28% 23%

42%

Menos de 1 ano

De 1 a 2 anos

De 3 a 5 anos

De 6 a 10 anos

Mais de 10 anos

N = 373

A segunda pergunta no questionário referente à sessão de atuação das empresas entrevistadas era: “Em qual região está localizada a sede de sua empresa?” A pergunta foi elaborada a fim de especificar onde a empresa foi criada e identificar onde a abertura delas é mais propícia, considerando que muitas já possuem filiais espalhadas pelo Brasil. Assim, as duas regiões com mais empresas sediadas no Brasil são a Sudeste, com 48%, e a Sul, com 24%; e a região que menos possui empresas é a Norte. As regiões que mais possuem empresas também são as que contêm os estados com mais conexões: O estado com o maior número de micro e minigeradores é Minas Gerais (2.178 conexões), seguido por São Paulo (1.987) e Rio Grande do Sul (1.061) (ver Gráfico 8).


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Gráfico 2

REGIÃO DE LOCALIZAÇÃO DAS EMPRESAS Norte 4%

Nordeste 15%

Centro-Oeste 9%

Sudeste 48%

Sul 24% N = 373

O principal segmento de atuação das empresas respondentes é o residencial (62%), seguido pelo comercial, com 31%, e pelo industrial, com apenas 7%. Comparando com os dados da ANEEL sobre as unidades consumidoras no Brasil, pode-se notar que seguem a mesma linha de atuação: existem 8.114 unidades consumidoras na classe de consumo residencial com uma potência instalada de 33.773,kW, e 1.541 unidades consumidoras na classe comercial com uma potência instalada de 42.298,75 kW, portanto, maior do que a da classe residencial. Na classe industrial, há apenas 213 unidades consumidoras com uma potência instalada de 22.674kW (ANEEL, 2017).


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Gráfico 3

PRINCIPAL SEGMENTO DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS Residencial

62%

Comercial

31%

Industrial

7% N = 373

Esta é a segunda edição em que o questionário é segmentado em diferentes perfis para que as perguntas sejam mais específicas em relação às atividades de cada empresa. A pergunta seguinte foi elaborada de maneira que cada empresa identificasse qual é a etapa da cadeia de valor em que ela mais atua no mercado, mesmo atuando em outras etapas também, permitindo assim uma imagem mais completa do setor. Das 373 empresas entrevistadas, 53% se declararam como instaladora; 32% relataram ter como atividade principal a elaboração de projetos (“Projetistas”); e apenas 15% responderam que são “Fabricante/revendedora de módulos FV e/ou inversores”. Em relação à última edição pode-se notar um aumento de 6% do número das empresas instaladoras (de 47% para 53%) e uma diminuição do número das empresas projetistas (de 35% para 32%) e das empresas fabricantes/revendedoras (de 18% para 15%).


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Gráfico 4

EM QUAL ETAPA DA CADEIA DE VALOR SUA EMPRESA ATUA? 32% Instaladora Fabricante/revendedora de módulos FV e/ou inversores

53% 15%

Projetista N = 373


PERFIL DAS INSTALADORAS


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De acordo com a opção escolhida pelas empresas em relação à sua atuação no mercado, elas foram redirecionadas a seções distintas do questionário. Nesta seção, somente as empresas instaladoras responderam. A primeira pergunta para definir o perfil delas foi “Pelo menos um sistema fotovoltaico (FV) instalado por sua empresa foi conectado à rede seguindo as normas da REN 482/2012 e da REN 687/2015 em 2016?”. As empresas que responderam “não” foram redirecionadas a outra seção, e as que responderam “sim” foram direcionadas à pergunta: “Quantos sistemas fotovoltaicos (FV) instalados por sua empresa foram conectados à rede, no âmbito da REN 482/2012, em 2016?”. Apenas 21% das empresas instaladoras não realizaram nenhum projeto no ano de 2016, percentual que diminuiu em relação ao ano de 2015, quando 26% delas ainda não tinham elaborado nenhum projeto. Este é um ponto muito positivo, pois mostra que a cada ano elas estão tendo a oportunidade de realizar projetos no mercado de energia solar fotovoltaica; porém, o número de empresas sem nenhuma experiência na instalação de sistemas FV ainda é considerado alto. Em relação a quantos projetos cada empresa elaborou, a maioria (60%) executou de um a quatro projetos no ano de 2016. Um dado positivo é que o percentual de empresas que executaram mais de quatro projetos (40%) aumentou em relação ao ano de 2015 (24%). Assim como no ano de 2015, a mediana do número de projetos/ano por empresa se dá em torno de três.


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Gráfico 5

QUANTOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS (FV) INSTALADOS POR SUA EMPRESA FORAM CONECTADOS À REDE, NO ÂMBITO DA REN 482/2012 E DA REN 687/2015, EM 2016?

22% 40% 21% sem projetos

6%

14%

18%

79% com projetos

NÚMERO DE PROJETOS

0

1

2

3

4

Mais que 4 N = 195

Foi indagado às empresas participantes da pesquisa qual o tempo médio para a conclusão de todas as etapas da instalação de um sistema fotovoltaico conectado à rede - desde a assinatura do contrato entre a empresa e o cliente até a aprovação pela distribuidora e a efetiva conexão do sistema na rede. Nas 154 empresas que realizaram algum projeto no ano de 2016, o tempo médio de duração de instalação e conexão foi de dois meses e 15 dias. Esse tempo diminuiu em relação ao ano de 2015, quando a média era de três meses e três semanas, como pode ser visto no Gráfico 6.


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Na primeira edição do Estudo, em 2013, esse número era ainda maior: as empresas levavam cerca de seis meses para concluir o projeto, instalação e conexão. Os dados recentes mostram que está acontecendo uma maior otimização do tempo em todo o processo, e que a cada novo ano a instalação e conexão acontecem em menos tempo, o que é um ponto muito positivo para o consumidor final.

Gráfico 6

TEMPO PARA CONCLUSÃO DE TODAS AS ETAPAS DE INSTALAÇÃO E CONEXÃO

Tempo médio em meses

8

6

4

2

0 2013

2014

2015

2016

N=36

N=49

N=111

N=154

Ano

Essa média do ano de 2016 quase se aproxima daquela ideal proposta pela REN 482/2012. Conforme estabelecido na seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição (PRODIST), atrelada à REN 482/2012 em vigor durante 2015, a soma dos prazos máximos que a distribuidora


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dispunha para executar suas atividades em relação à microgeração - emitir parecer de acesso, fazer a vistoria da instalação, entregar o relatório da vistoria, aprovar e efetivar a conexão - era igual a 82 dias1 (ANEEL, 2012). O Gráfico 7 mostra a distribuição das respostas nos quatro anos de pesquisa, e pode-se notar a concentração em dois meses no ano de 2016, em relação aos demais anos. Também pode-se notar que a partir de cinco meses ou mais de instalação a incidência de respostas diminui a cada ano.

Gráfico 7

Frequência (%)

COMPARATIVO DE QUATRO ANOS DO TEMPO PARA CONCLUSÃO DE TODAS AS ETAPAS DE INSTALAÇÃO E CONEXÃO 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0

2013 2014 2015 2016

1

2

3

4

5

6

7

Meses

8

9

10

11

12 N = 154

1  Se houver a necessidade de obras na rede, o prazo do parecer de acesso aumenta em 15 dias para microgeração e em 30 dias para minigeração, tornando maior, também, o prazo total do processo. A revisão da REN 482/2012 da ANEEL estipula em 34 dias o prazo para microgeração e em 49 dias para minigeração.


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Em abril de 2017 o Brasil ultrassou 10.000 instalações e conexões de sistemas FV. Como pode ser notado no Gráfico 8, Minas Gerais é o estado líder do país, seguido de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Gráfico 8

INSTALAÇÕES E CONEXÕES NOS ESTADOS BRASILEIROS RR

AP

AM

PA

CE

MA PI

AC

TO

RO

RN PB PE AL SE

BA

MT DF

GO MG

ES

MS SP

QUANTIDADE DE SISTEMAS FV

RJ

PR SC RS

0 7 a 83 100 a 200 223 a 556 894 a 1.180 Acima de 2.000

Fonte: ANEEL, 2017. Adaptado pelos autores.


PERFIL SOCIOECONÔMICO


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Esta seção caracteriza o perfil socioeconômico das empresas levantando dados sobre a geração de empregos do setor e analisando os preços dos sistemas instalados, assim como a composição do custo total de uma instalação FV. Responderam a esta seção as empresas que se enquadraram, na primeira pergunta, como “Instaladora” e “Fabricante/revendedora de módulos FV e/ou inversores” (Gráfico 1).

EMPREGOS NO SETOR FOTOVOLTAICO BRASILEIRO Nesta edição foi introduzida a seguinte pergunta: “Quantos colaboradores efetivos sua empresa possui?” Das 253 empresas que responderam a esta pergunta, 21 ainda não possuem nenhum colaborador efetivo e 177 possuem de um a cinco funcionários efetivos, dado que revela que a maioria delas é de pequeno porte.

Gráfico 9

NÚMERO DE COLABORADORES EFETIVOS NAS EMPRESAS

Número de empresas

177

31

21 Nenhum

De 1 a 5

De 6 a 12

Número de colaboradores efetivos

10 De 12 a 18

17 Mais que 18 N = 253


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Também foi indagado às empresas: quantos colaboradores efetivos e terceirizados foram contratados no decorrer de 2016? Obteve-se uma mediana de um colaborador efetivo contratado e dois colaboradores terceirizados contratados neste ano. O Gráfico 10 mostra o comparativo de três anos da pesquisa; e o número de colaboradores terceirizados contratados em 2016 é o maior de todas as edições (65%). Devido à instabilidade econômica, muitas empresas optaram por terceirizar algumas etapas da instalação; e também, por algumas delas atuarem em diversas regiões, contrataram colaboradores provisórios.

Gráfico 10

COMPARATIVO DE TRÊS ANOS DO PERCENTUAL DE COLABORADORES EFETIVOS E TERCEIRIZADOS NO SETOR 37%

2014

63%

N=49

41%

2015 N=210

59% 35%

2016 N=253

65% Colaboradores efetivos

Colaboradores terceirizados

Mercados mais maduros, como o norte-americano, possuem 53% das 260 mil vagas geradas pelo setor fotovoltaico em 2016 concentrados na fase de instalação do projeto. É por esse motivo, inclusive, que parte significativa dos


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empregos gerados no setor é ocupada por mão de obra local, independente da origem dos equipamentos utilizados – a manufatura corresponde a 14% dos empregos no setor (SOLAR FOUNDATION, 2017). De acordo com um censo realizado pela Solar Foundation, em 2017, nos EUA, a média de geração de vagas no setor fotovoltaico norte-americano ficou em 34 por MW instalado no ano de 2016. Tomando o número por base e considerando a expectativa de que, pelo menos, cerca de 600MWp de geração solar sejam instalados no Brasil em 2017, o potencial de geração de vagas no setor poderia ficar próximo de 20 mil já no ano de 2017, incluindo vagas nas áreas de instalação, de venda e distribuição, e de projetos de usinas (BRASIL ENERGIA, 2017). A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) realizou uma estimativa de que cerca de cinco mil vagas foram geradas pelo setor fotovoltaico brasileiro no ano de 2016, e levou em conta, além das atividades de instalação de sistemas, os empregos ligados à pesquisa e desenvolvimento. A expectativa de crescimento é de que a geração distribuída chegue a 4,5 GW em 2024 (BRASIL ENERGIA, 2017).

PREÇOS NACIONAIS Em relação aos preços de sistemas FV em 2016 informados pelas empresas, foram levantados os valores por faixa de potência nominal, separadamente, para empresas instaladoras e para fabricantes/revendedoras de módulos e/ ou inversores.


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Na faixa de potência de até 5 kWp, as instaladoras informaram uma média de R$ 7,51/kWp. Desde o início da pesquisa esse preço teve uma queda de cerca de 15% na faixa de potência de até 5 kWp. No Gráfico 11, pode-se notar que nas demais faixas de potência instalada o preço médio também sofreu queda desde o ano de 2013, primeira edição da pesquisa. Também se pode notar no citado gráfico que quanto maior a potência do sistema em kWp instalada menor é seu preço, pelo fato da economia em escala. Os preços praticados no Chile, por exemplo, são mais competitivos e podem variar de R$ 4,68 a R$ 3,89/Wp para potências de 1-5 kWp e 30-100 kWp, respectivamente (GIZ, 2016).

Gráfico 11

PREÇO DE SISTEMAS FV EM 2016 POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADO PELAS EMPRESAS INSTALADORAS

Preço médio em R$/Wp

2013 2014 2015 2016 10 8 6

R$7,51

R$6,73

R$6,16

R$5,57

4 Até 5

5 a 30

31 a 100

Mais que 100

N1=169

N2=159

N3=145

N4=134

Potência dos sistemas em kWp


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Entre as 47 respostas obtidas de fabricantes e revendedoras de módulos e/ou inversores, o preço médio para a faixa de potência de até 5 kWp foi de R$ 7,01/Wp em 2016. Pode-se notar que em todas as potências o valor médio foi ligeiramente inferior ao preço informado pelas empresas instaladoras. Os valores máximos para cada potência foram de R$ 12,00/ Wp (5 kWp), R$ 10,00/Wp (de 6 a 30 kWp), R$ 9,70/Wp (de 31 a 100 kWp) e R$ 10,00/Wp (mais que 100 kWp). Todos os valores máximos de cada faixa de potência foram citados apenas uma vez.

Gráfico 12

Preço médio em R$/Wp

PREÇO DE SISTEMAS FV EM 2016 POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADO PELAS EMPRESAS FABRICANTES/REVENDEDORAS DE MÓDULOS E/OU INVERSORES Média 12 10 8 6 4

R$7,01

R$6,08

R$5,51

R$5,21

Até 5

5 a 30

31 a 100

Mais que 100

N1=47

N2=44

N3=39

N4=39

Potência dos sistemas em kWp


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O Gráfico 13 demonstra a curva de preços por faixa de potência tanto das empresas instaladoras quanto das revendedoras/fabricantes. Nota-se que os preços de sistemas FV informados pelas empresas instaladoras ficaram apenas levemente superiores aos valores relatados pelas fabricantes/revendedoras de módulos e/ou inversores. No ano de 2016, na faixa de potência instalada de até 5 kWp, pode-se notar a diferença de percentual, de cerca de 7% a mais, nos produtos comercializados pelas empresas instaladoras em relação às empresas revendedoras e fabricantes, o que faz sentido, pois estas duas vendem seus produtos para aquelas.

Gráfico 13

COMPARAÇÃO DOS PREÇOS DE SISTEMAS FV POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADOS PELAS EMPRESAS INSTALADORAS E FABRICANTES/REVENDEDORAS DE MÓDULOS E/OU INVERSORES

Preço Médio (R$/kWp)

8000

7000

6000

5000 Até 5 kWp

5 a 30 kWp

Instalador

31 a 100 kWp Revendedor

Mais que 100 kWp


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Em relação à pesquisa do ano de 2015, os preços sofreram queda. Como a maioria dos componentes é importada, pode-se notar a diminuição do preço internacional. É preciso destacar também a inflação anual e as variações no câmbio. As empresas também informaram sobre a composição do preço com relação aos componentes necessários nas instalações FV. Como pode ser visto no Gráfico 14, os módulos fotovoltaicos ainda representam o componente mais caro de uma instalação (41%). Os demais componentes de composição do custo total são: inversores (23%), estruturas metálicas de suporte (10%), projeto e instalação (16%) e outros componentes (incluindo instalações, proteções elétricas etc.) (10%). Esta foi a primeira edição em que o item “estruturas metálicas de suporte” foi inserido como uma das opções; anteriormente ele estava junto com “outros componentes”. No Brasil, em relação a outros países, o investimento para instalar um sistema fotovoltaico ainda é alto. Na Índia, por exemplo, alguns fatores favoreceram a queda do custo da energia solar como a redução nos preços dos módulos fotovoltaicos (30% de um ano para outro), queda nos custos dos financiamentos, estabilização da taxa de câmbio, acesso ao capital global para projetos de infraestrutura renovável, e mão de obra qualificada para atuação em grandes projetos (Revista Eletricidade Moderna, 2017).


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Gráfico 14

COMPOSIÇÃO DO CUSTO TOTAL DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FV 41% Módulos fotovoltaicos

23% Inversores

16% Projeto e instalação

10% Estruturas metálicas de suporte

10% N=198

Outros componentes (incluindo instalações, projeções elétricas, etc.)


NOVAS MODALIDADES NA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA – REN 687/2015


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Em 1° de março de 2016 entrou em vigor a nova regra que permitiu o uso de qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada, denominando-se microgeração distribuída a central geradora com potência instalada de até 75 quilowatts (KW) e minigeração distribuída aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte hídrica), conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras (ANEEL, 2016). Outra inovação da norma diz respeito à possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios (empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras). Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores (ANEEL, 2016). A ANEEL criou ainda a figura da “geração compartilhada”, possibilitando que diversos interessados se unam em um consórcio ou em uma cooperativa e instalem um micro ou minigerador distribuído, utilizando a energia gerada para reduzir o preço a pagar das faturas dos consorciados ou cooperados. Frente a essas mudanças, esta foi a primeira edição do Estudo na qual as empresas entrevistadas foram questionadas quanto aos aspectos da revisão da REN 482/2012, ou seja, a REN 687/2015, bem como dessas novas modalidades de geração compartilhada e de condomínios.


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As empresas enquadradas nos três perfis (Instaladoras, Fabricantes e Revendedoras de módulos e/ou inversores e Projetistas) responderam a essa seção do questionário (Gráfico 1), onde a primeira pergunta refere-se à avaliação pela equipe técnica da empresa frente ao nível de clareza da revisão da REN 482/2012. A maioria das empresas (74%) e sua equipe técnica relataram que a revisão da REN 482/2012, efetuada pela a REN 687/2015, está totalmente clara e apenas 1% afirmou que não existe nenhuma clareza.

Gráfico 15

NÍVEL DE CLAREZA DA REVISÃO DA REN 482/2012 PARA A REN 687/2015 Nenhuma clareza Pouca clareza Maior parte está clara

1% 8%

Totalmente clara

74% 17%

N=373


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A segunda pergunta da seção era “Sua empresa desenvolveu algum projeto de energia solar FV nas modalidades geração compartilhada e de condomínios?” Ainda são poucas as empresas que realizaram algum projeto nessas modalidades (23%), sendo 17% na geração compartilhada, 3% em condomínios e 3% nas duas modalidades (Gráfico 16). Já aquelas que não realizaram nenhum projeto nessas modalidades (77%) foram direcionadas para a Seção “Relação com as distribuidoras”.

Gráfico 16

SUA EMPRESA DESENVOLVEU ALGUM PROJETO DE ENERGIA SOLAR FV NAS MODALIDADES GERAÇÃO COMPARTILHADA E DE CONDOMÍNIOS? 17%

Não realizou

3% 3%

Sim, geração compartilhada Sim, em condomínios

77% Sim, geração compartilhada e em condomínios N = 373

Para as empresas que afirmaram ter executado pelo menos um projeto nas modalidades de geração compartilhada e/ou de condomínios (23%), foi questionado se houve alguma dificuldade ao longo do projeto, e 47% delas


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afirmaram que sim. Com o intuito de entender melhor quais são as dificuldades enfrentadas hoje pelas empresas nessas modalidades, foi inserida uma questão aberta sobre quais seriam esses impasses, e elas relataram ser principalmente o fato de que as concessionárias ainda têm pouco conhecimento sobre os processos dessas modalidades. Segundo uma das empresas entrevistadas “os projetos levaram muito tempo para ser avaliados, houve incoerências técnicas em avaliação de documentos e faturas de energia incorretas”, além de complicações no ajuste do modelo do contrato.

Gráfico 17

OCORRERAM DIFICULDADES NESTE PROCESSO? 53% Sim Não 47% N = 86


RELAÇÃO COM AS DISTRIBUIDORAS


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Esta seção trata da relação das empresas do setor FV com as distribuidoras. Foram consideradas questões como atualizações das normas das distribuidoras, se as normas das distribuidoras contêm os novos prazos para cada etapa da aprovação de uma conexão à rede segundo o que foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL, após a revisão da REN 687/2015 (na Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST), e se a empresa enfrentou algum desafio ou dificuldade em instalar um mini ou microgerador fotovoltaico para algum de seus clientes. As empresas enquadradas nos três perfis (Instaladoras, Fabricantes e revendedoras de módulos e/ou inversores e Projetistas) responderam a essa seção do questionário (Gráfico 1). A primeira pergunta da seção era “A distribuidora atualiza a sua própria norma quando há alterações da ANEEL e INMETRO sobre mini e microgeração FV, conforme a REN 482/2012 e a REN 687/2015?”. As distribuidoras devem, conforme essas normas, atualizar suas normas sempre que a ANEEL e o INMETRO fizererm alterações normativas ligadas à mini e à microgeração. Em vista disso 72% das empresas afirmaram que isso realmente acontece na prática. Houve uma pequena queda em relação ao ano de 2015, quando 75% das empresas afirmaram que as distribuidoras obedecem a esse procedimento.


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Gráfico 18

A DISTRIBUIDORA ATUALIZA AS NORMAS QUANDO HÁ ALTERAÇÕES DA ANEEL E DO INMETRO SOBRE MINI E MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA? 72% Sim Não 28% N = 373

Outro fator importante para as instaladoras são os prazos estabelecidos pela concessionária no processo de conexão, uma vez que a REN 482/2012 determina prazos para as principais etapas do procedimento de solicitação de conexão à rede. Quando perguntadas se a norma da distribuidora contém prazos para cada etapa segundo o que foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL (na Seção 3.7 do Módulo 3 dos PRODIST), observa-se que houve uma leve queda na porcentagem das respostas das empresas, quando comparada com a do ano de 2015. Se na edição passada 52% afirmaram que as normas definiam prazos para todas as etapas, nesta edição a porcentagem foi de 50%. Em 2016, o número de empresas (39%) que informaram existir prazos para apenas algumas etapas do procedimento de solicitação da conexão à rede se manteve em relação ao ano de 2015. Quanto às empresas que afirmaram que a norma da distribuidora não define prazos, o índice cresceu em relação ao ano de 2015: de 9% para 11% no ano de 2016.


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Gráfico 19

A NORMA DA DISTRIBUIDORA CONTÉM PRAZOS PARA CADA ETAPA DA APROVAÇÃO DE UMA CONEXÃO À REDE SEGUNDO O QUE FOI ESTABELECIDO PELA REN 482/2012 DA ANEEL (NA SEÇÃO 3.7 DO MÓDULO 3 DOS PRODIST)? 50% 39%

11% A norma da distribuidora NÃO define prazos A norma da distribuidora define prazos para APENAS algumas etapas A norma da distribuidora define prazos para TODAS as etapas

N = 373

O percentual de empresas entrevistadas que responderam afirmando terem dificuldades diminuiu em relação ao ano anterior, de 63%, em 2015, para 58%, em 2016. Este dado demonstra que as empresas estão em um processo de aprendizagem contínua e que a cada ano o conhecimento organizacional se consolida.


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As empresas que responderam “sim” à pergunta “Sua empresa enfrentou alguma dificuldade ou exigência que atrapalhou, atrasou, encareceu ou inviabilizou a instalação de um mini ou microgerador fotovoltaico para algum de seus clientes?” foram direcionadas para a Seção 6, que se refere aos desafios do processo de conexão à rede.

Gráfico 20

SUA EMPRESA ENFRENTOU ALGUMA DIFICULDADE OU EXIGÊNCIA QUE ATRAPALHOU, ATRASOU, ENCARECEU OU INVIABILIZOU A INSTALAÇÃO DE UM MINI OU MICROGERADOR FV PARA ALGUM DE SEUS CLIENTES?

58% Sim Não 42% N = 198


DESAFIOS NO PROCESSO DE CONEXÃO À REDE


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Compreender a forma de relacionamento entre empresas instaladoras, consumidores finais e distribuidoras é muito importante para identificar quais são as dificuldades que ainda ocorrem no processo de solicitação de uma conexão à rede e traçar planos de ação para a resolução de tais problemas. As empresas enquadradas nos três perfis (Instaladoras, Fabricantes e revendedoras de módulos e/ ou inversores e Projetistas) responderam a essa seção do questionário (Gráfico 1). Este é o primeiro ano do Estudo em que se analisam detalhadamente as dificuldades que as empresas instaladoras tiveram no ano de 2016 junto às distribuidoras depois que a REN 687/2015 entrou em vigor, quando revisou a REN 482/2012, justamente buscando contribuir para um desenvolvimento sustentável do mercado de geração distribuída no Brasil. As empresas instaladoras puderam ainda colaborar com suas percepções em relação aos pontos a serem melhorados junto às distribuidoras no processo de solicitação. A primeira pergunta da Seção 5 era “Em qual fase do projeto ocorreu essa dificuldade?”, e para respondê-la as empresas podiam escolher mais de uma opção. Neste ano, foi adicionada uma nova opção de resposta: Instalação do novo medidor. Em geral, as repostas se mantiveram parecidas em relação ao ano de 2015: a solicitação do parecer de acesso continua sendo a fase em que mais ocorrem dificuldades (69 empresas); 61 respostas foram referentes à nova opção dada, “a instalação de um novo medidor”; e 52 respostas apontaram “o faturamento da conta de luz”. A cada ano, mais estados aderem à isenção da cobrança do ICMS


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sobre a energia solar, causando dificuldade ao consumidor para compreender sua fatura de energia após a instalação do sistema FV. A opção “operação do sistema FV” foi a fase que recebeu menos respostas, apenas quatro.

Gráfico 21

EM QUAL FASE DO PROJETO OCORREU ESSA DIFICULDADE? Solicitação do parecer de acesso

69 Instalação de novo medidor

61 Realização da vistoria pela distribuidora

57 Faturamento (conta de luz)

52 Planejamento do projeto

10 Comissionamento do sistema FV

9 Instalação do sistema FV

5 Operação do sistema FV

4

N = 267

Foi perguntado às empresas instaladoras se essas dificuldades causaram atraso nos prazos estipulados na revisão da REN482/2012 pela REN 687/2015 (nos PRODIST)


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para conexão à rede do sistema FV, e a maioria (85%) respondeu ter enfrentado atrasos por conta das dificuldades encontradas. Este número revela uma leve queda em relação ao ano de 2015 (89%).

Gráfico 22

AS DIFICULDADES CAUSARAM ATRASO NOS NOVOS PRAZOS ESTIPULADOS NA REVISÃO DA REN482/2012 PELA REN 687/2015 (NO PRODIST) PARA CONEXÃO À REDE DO SISTEMA FV? 85% Sim Não 15% N = 114

Depois de questionadas se as dificuldades causaram atrasos no processo de conexão, as empresas responderam em média de quanto tempo foi este atraso. Observando o Gráfico 22, é possível notar uma redução do tempo médio em relação ao ano de 2015, quando a maioria das empresas (45%) relatou sofrer um atraso médio de dois meses. Já no ano de 2016, a maioria afirmou atrasar um tempo médio de até um mês (47%). Assim, apenas 27% das empresas relataram ter sofrido atraso médio de três meses ou mais, quando, em relação, a 2015 esse número era de 39%; e apenas 5% das empresas não tinham previsão para finalizar a instalação.


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Gráfico 23

O ATRASO NA FINALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO E CONEXÃO À REDE DO SISTEMA FV POR CAUSA DESSAS DIFICULDADES FOI, EM MÉDIA, DE QUANTO TEMPO? 5%

Até 1 mês

3% 5%

2 meses

14%

3 meses

47% 26%

4 meses Mais de 4 meses Sem previsão para finalizar a instalação N = 97

A fim de entender como reduzir essas dificuldades, foi solicitado às empresas que apontassem pontos que poderiam ser melhorados no processo de solicitação de conexão à rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora. No Gráfico 24 estão descritas as oito opções dadas às respondentes e o número de respostas. Cada empresa pôde escolher mais de uma opção.


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Gráfico 24

QUAIS PONTOS AINDA PRECISAVAM SER MELHORADOS NO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE CONEXÃO À REDE DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO JUNTO À DISTRIBUIDORA NO ANO 2016? Cumprimento dos novos prazos estipulados pela revisão da REN 482/2012 pela REN 687/2015 (dentro do PRODIST) da ANEEL

76 Padronização da divulgação sobre os procedimentos de conexão à rede para todas as distribuidoras

73 Treinamentos específicos sobre geração distribuída para atendentes nas agências da distribuidora para melhorar o atendimento

72 Detalhamento da fatura de energia (conta de luz) conforme novas exigências da REN 482/2012 após a revisão da REN 687/2015

61

Disponibilização no estoque da distribuidora de medidores bidirecionais para agilizar a troca

60 Acesso mais direto à norma de conexão à rede no site da distribuidora

34 Aceitação de dois medidores unidirecionais para clientes de baixa tensão

26

Nenhum ponto precisava ser melhorado

2 N = 404

Os três pontos mais citados foram: “Cumprimento dos prazos estipulados pela REN 482/2012” (dentro dos PRODIST) da ANEEL (opção D), com 76 respostas; “Padronização da divulgação sobre os procedimentos de conexão à rede para todas as distribuidoras” (opção A), com 73 repostas; e “Treinamentos específicos sobre geração distribuída para atendentes nas agências da distribuidora para melhorar o atendimento” (opção B), com 72 respostas.


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Na edição passada do Estudo, as duas primeiras opções mais citadas foram as mesmas, com exceção da terceira, que foi “Aceitação de dois medidores unidirecionais para clientes de baixa tensão” (G), opção que neste ano teve uma diminuição nas respostas (de 69 para apenas 26). Nesta edição foi acrescentada uma nova opção aos respondentes: “Detalhamento da fatura de energia (conta de luz) conforme novas exigências da REN 482/2012 após a revisão pela REN 687/2015”, a qual recebeu 61 respostas. Como o ano de 2016 foi o primeiro a receber essas atualizações na fatura, espera-se que esse item não seja mais um ponto a ser melhorado nos próximos anos. Quanto aos exemplos positivos das distribuidoras, algumas respondentes destacaram principalmente o bom atendimento prestado por algumas concessionárias e o cumprimento de todos os prazos no processo de conexão de um sistema FV à rede. É importante ressaltar que a REN 687/2015 prevê que a distribuidora deve disponibilizar, a partir de janeiro de 2017, um sistema eletrônico que permita ao consumidor o envio da solicitação de acesso e de todos os documentos elencados nos anexos da Seção 3.7 do Módulo 3 dos PRODIST pela internet, e que também permita o acompanhamento on-line de cada etapa do processo (ANEEL, 2015). Algumas empresas respondentes citaram que muitas concessionárias já adaptaram esse sistema eletrônico e que isso facilitou muito o envio dos documentos, pois conferiu agilidade ao processo e redução de desperdício de papel.


RELACIONAMENTO COM O CLIENTE


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Esta seção foi incluída nesta edição com o intuito de identificar como se dá o relacionamento entre as empresas do setor FV e seus consumidores. Por meio do marketing de relacionamento elas conseguem desenvolver relacionamentos em longo prazo com os clientes, de forma benéfica e válida mutuamente, facilitando um melhor atendimento e qualidade dos seus serviços para seus consumidores. As empresas enquadradas nos três perfis (Instaladoras, Fabricantes e revendedoras de módulos e/ou inversores e Projetistas) responderam a essa seção do questionário (Gráfico 1). A primeira pergunta era referente a: quais as opções de pagamentos que os clientes das empresas do setor FV mais utilizam? As entrevistadas tinham a possibilidade de escolher mais de uma opção de resposta. A forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores foi o financiamento com bancos (198 respostas); seguida do pagamento à vista (192 respostas). Os dois itens menos citados, ou seja, que menos ocorrem no mercado, são as formas de pagamento através de “Leasing de equipamentos” e “Contrato de desempenho (incluindo Programa de Eficiência Energética da ANEEL)”.


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Gráfico 25

QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE PAGAMENTO MAIS UTILIZADAS PELOS SEUS CLIENTES? 1%

1%

9% 31% 31% 27%

À vista

A prazo

Financiamento com o banco

Financiamento oferecido pela sua empresa

Contrato de desempenho (incluindo o Programa de Eficiência Energética da ANEEL)

Leasing de equipamentos N = 628

A outra pergunta referia-se ao principal meio de captação de clientes das empresas do setor FV. Captar clientes é um processo muito importante para a empresa se consolidar no mercado. Os meios mais utilizados para prospectar clientes, segundo as respondentes, são a rede de relacionamentos (contato, networking, indicação etc.) (35%), o website da empresa (24%) e a prospecção ativa a partir de vendedores externos (19%). Feiras e eventos do setor são os meios menos utilizados entre as empresas para captar clientes (apenas 4%).


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Gráfico 26

QUAL O PRINCIPAL MEIO DE CAPTAÇÃO DE CLIENTES NA SUA EMPRESA? 24% 35% 5% 19% 13% 4% N = 801

Website

Rede de relacionamentos (contato, networking, indicação, etc.)

Loja física

Prospecção ativa (vendedores externos)

Telefone e email

Feiras e eventos do setor

COMENTÁRIOS E SUGESTÕES Ao final do questionário as empresas respondentes puderam fazer comentários ou sugerir mudanças quanto ao mercado brasileiro FV.


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Em geral, os comentários foram muito similares aos recebidos na edição passada, pois geralmente se referem a problemas que demoram a ser resolvidos. O processo on-line da solicitação para as concessionárias era antes muito requisitado pelas respondentes, e no ano de 2016 elas já começaram a adaptar esses sistemas eletrônicos para atender às empresas. Outro ponto muito requisitado todo ano pelas empresas participantes da pesquisa é referente a linhas de financiamento adequadas com o mercado. Essa queixa tende a continuar aparecendo até que o mercado atinja a maturidade. Financiamento Existe uma grande necessidade de os agentes financeiros desenvolverem uma linha de crédito específica para o mercado de geração distribuída. Tributos e Impostos A geração distribuída em todo o País está isenta de contribuir para o PIS/PASEP e a Cofins, segundo a Lei n. 13.169/2015, que autoriza os governos estaduais a isentarem o ICMS sobre a energia injetada na rede e compensada na micro e na minigeração distribuída. O Centro-Oeste é a segunda região do País a adotar a medida em todos os seus estados. Algumas empresas respondentes apresentaram queixas em relação a estados que ainda não aderiram à isenção desta cobrança.


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Procedimentos e preparo das distribuidoras Quanto aos comentários referentes às distribuidoras, foram bastante similares aos da edição passada do Estudo. As queixas são relativas ao despreparo das distribuidoras no processo de conexão à rede, à falta de profissionais desta área e também à dificuldade de comunicação por meio de Call Center ou de e-mail. Outro ponto muito citado é o atraso nos prazos da REN 482/2012 revisada pela REN 687/2015, principalmente por ter sido o primeiro ano para as concessionárias se adaptarem às novas exigências da ANEEL.


CONCLUSÕES


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Os dados levantados nesta edição da pesquisa “O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica – 2017” mostram uma evolução do setor ano a ano. A edição 2017 foi a primeira onde foi levantado o perfil da empresa entrevistada, além do seu principal foco de atuação no mercado fotovoltaico. O surgimento de novas empresas no setor de energia solar fotovoltaica demonstra o constante crescimento. No ano de 2016, 40% das empresas entrevistadas relataram ter até dois anos de atuação no mercado. Da mesma forma, a cada ano novas empresas se cadastram no Mapa de Fornecedores do Programa América do Sol. A maioria das empresas relatou ter realizado pelo menos uma instalação de micro e minigeração FV no ano de 2016. Como na edição passada, a mediana de projetos por empresa anualmente se dá em torno de três. Claramente é notado que a demanda dos consumidores pela solução de geração distribuída FV aumentou; o número de conexões de sistemas à rede registradas pela ANEEL dobrou de outubro de 2016 até abril de 2017 (de 5.000 conexões para 10.000). Um ponto negativo mostrado nesta edição é que a geração de empregos fixos diminuiu em relação ao último ano da pesquisa. Em 2015, apenas 59% dos colaboradores eram terceirizados, e em 2016 esse dado aumentou para 65%, o maior dos últimos três anos de levantamento. Esse fato pode ser explicado também devido à instabilidade econômica sofrida no ano de 2016 e por muitas empresas optarem por terceirizar serviços de acordo com a demanda.


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Com a consolidação das empresas no mercado ao longo dos anos, a redução do tempo de conexão de sistemas ligados à rede relatada na pesquisa já vem acontecendo desde a primeira edição, demonstrando que a curva de aprendizagem se estabelece nesse segmento econômico no Brasil, em um processo que envolve os diferentes atores do setor e onde o tempo de conexão passou de três meses e três semanas, em 2015, para apenas dois meses e duas semanas, em 2016. Porém, quando as empresas enfrentam desafios e dificuldades no processo de conexão de sistemas FV à rede, relatam que alguns atrasos podem acontecer e que duram em torno de um mês, sendo que as fases em que elas mais apontam dificuldades são a solicitação do parecer de acesso e a instalação de um novo medidor. É importante ressaltar que este foi o primeiro ano da pesquisa em que as empresas participantes avaliaram a revisão da REN 482/2012, pela REN 687/2015 da (ANEEL), a qual passou a vigorar somente em março de 2016, e o desempenho das distribuidoras frente às atualizações necessárias. A nova norma alterou alguns pontos importantes da REN 482/2012, como os prazos nas diferentes etapas do processo de solicitação de conexão à rede, a inclusão obrigatória de uma série de informações na fatura de energia do consumidor com geração distribuída e as novas modalidades de conexão, como a de geração compartilhada e de condomínios. Um ponto positivo destacado foi que várias concessionárias já estão utilizando um sistema eletrônico para fazer o processo on-line, tornando-o muito mais ágil e menos burocrático. Em relação à nova modalidade da Resolução 687/2015, geração compartilhada e de


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condomínios, 23% das empresas entrevistadas afirmaram ter executado projetos neste âmbito; e a tendência é que esse número aumente nas próximas edições da pesquisa. Os preços nacionais praticados pelas empresas instaladoras sofreram queda a cada ano da pesquisa. Na faixa de potência instalada de até 5 kWp, o preço foi de R$ 8,58/ Wp, em 2015 e R$7,51, em 2016. Da mesma forma, para as empresas fabricantes e revendedoras de módulos e/ou inversores o preço teve uma queda de R$ 8,42/Wp para R$7,01/Wp, no ano de 2016, para sistemas de até 5 kWp. Muitos equipamentos necessários para as instalações dos sistemas FV ainda são importados, mas a perspectiva é de que, com o surgimento de fábricas no Brasil, a concorrência nacional se fortaleça e a exposição à volatilidade do câmbio diminua. A pesquisa “O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica” nasceu em 2013, com o intuito de relatar, acompanhar e fortalecer o mercado brasileiro de energia solar fotovoltaica, por meio do levantamento de dados sobre o setor. Chegando à sua quarta edição, em 2017, a pesquisa já mostra o crescimento do mercado nos últimos anos. Acredita-se que a edição de 2018, em relação a de 2017, continuará mostrando as mudanças no cenário decorrentes da reformulação da Resolução 482/2012 da ANEEL. Além de a pesquisa contribuir para fundamentar decisões políticas e ações, ela apoia as empresas do setor nas suas decisões estratégicas, assim como ajuda aquelas que estão entrando neste mercado a entenderem como se dá seu desenvolvimento.


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Edição 2017

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O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica

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Revista Eletricidade Moderna - Os avanços e as tendências da tecnologia eletroeletrônica, São Paulo: Aranda Editora, Ano 45, abr. 2017. Disponível em: <http://www.arandanet.com.br/assets/revistas/em/2017/ abril/index.php>. Acesso em: 08 maio 2017. _______. São Paulo: Aranda Editora, Ano 45, jan. 2017a. Disponível em <http://www.arandanet.com.br/assets/ revistas/em/2017/janeiro/index.php>. Acesso em: 08 maio 2017. Qualificação padrão é estratégica. Revista Brasil Energia, Edição n. 438, maio 2017. The Solar Foundation. National Solar Jobs Census. 2017. Disponível em <http://www.thesolarfoundation. org/national/>. Acesso em: 24 maio 2017.



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