Natureza Profunda - Uma Introdução ao Mundo das Inteligências da Natureza

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Esta é uma amostra gratuita do livro, com as primeiras 17 páginas de um total aproximado de 700, com 23 ilustrações a cores.


U MA I NTRODUÇÃO AO M UNDO DAS I NTELIGÊNCIAS DA N ATUREZA

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Escrito e Ilustrado por Robert Rajabally www.naturezaprofunda.life | www.studiorajabally.art.br Primeira Edição Digital/Impressa – 2019 Brasil

Capa, ilustrações, design e fotos do autor


Aos meus pais, Aliakbar e Joyce e a todos do passado recente e distante que contribuíram com sua elevada inspiração e genialidade, sem os quais nada disto seria possível.


Introdução I A Natureza como Conexão A Natureza como Conexão O Problema O Básico O Método Científico e o Cientificismo Rápidas Pinceladas de uma Realidade Parcial Um Valor de Permanência Em Mundos Como Este II Uma necessidade para a Vida: Ciência e Espiritualidade avançadas, enfim juntas! As Inteligências da Natureza Muitas Moradas A Percepção de um Mundo Natural mais Profundo Uma Geografia Sagrada Princípios Harmônicos ou Antagônicos? Saúde Ambiental e Psicofísica De Olhos Bem Abertos III Pelo Mundo Ontem e Hoje Pelo Mundo, Ontem e Hoje Grandes Contribuições Reconhecidas Pelo Que São Agricultura Cooperativa: O Fazendeiro como Mordomo da Terra IV O Futuro da Natureza e do Ambientalismo O Futuro da Natureza e do Ambientalismo Uma Nova Consciência Naturalista Uma Nova Educação Ambiental para Crianças


O Futuro das Profissões Um Exercício de Futurismo

Referências Numeradas 1 - Um ceticismo saudável 2 - Noúres 3 - A Hipótese Gaia 4 - Locais Sagrados 5 - Apuro 6 - Geomancia Bibliografia Sobre o autor


Quantas vezes o Conhecimento foi suprimido para as coisas serem como são hoje?

Introdução Independente do pano de fundo social e cultural de cada um de nós é inegável que vivemos em uma época única na História recente do mundo que é ao mesmo tempo chocante e empolgante como nunca antes. Conseguir ver as coisas dessa forma logo de início é a base para o que veremos em seguida, no entanto não podemos estacionar nessa percepção, precisamos desenvolver também uma visão que conecte diversos aspectos que normalmente não vemos conectados com outros que podemos nem sequer saber ainda que existem. É sem dúvida um privilégio fazermos parte desse momento, de termos por isso o direito de intervir no mundo tanto para sermos protagonistas úteis que podem e devem promover a melhoria de tudo que pudermos cada um dentro do seu raio de ação, como também para estarmos em condições de viver mais plenamente e proveitosamente o nosso potencial nesta época única. Vejamos do que se trata então. Vivemos hoje numa época mundial de crescentes desmandos, corrupção, decadência cultural e moral, persistência de sofrimento agudo em muitos lugares com crueldades inimagináveis e injustiças contínuas por parte do ser humano para com seu semelhante, com os animais e lugares em quase todo o mundo. Vivemos numa época de caos social, de revoltas e revoluções localizadas e de muitas e gravíssimas degradações ambientais, de deslumbramento pelo fútil e competição pelo ilusório, com muitas dúvidas, desconfianças, intrigas e confusão mental em todas as camadas da sociedade e sobre todos os assuntos fundamentais da Vida; juntemos a isso os muitos desequilíbrios psíquicos, a desonestidade habitual, a duplicidade de caráter e a multiplicidade de perfis interesseiros, falsidade crônica, egocentrismo, alienações diversas, muito medo e busca insaciável por distrações, emoções e sensações fortes para preencher o vazio existencial, lado a lado com fobias diversas, crescentes estados alérgicos e síndromes de diversos tipos além de estados ora apáticos ora eufóricos generalizados e em graus cada vez maiores a cada ano que vemos passar, talvez como nunca antes da forma como todos nós vemos e vivenciamos hoje sem trégua, seja em


qualquer sociedade, à distância pelos meios de comunicação ou localmente em nossas vidas, na de nossas famílias ou na vida das pessoas que conhecemos. Se esta lista te deixou sem fôlego, lembre-se sempre que elas estão acontecendo todos os dias, a cada minuto e neste exato momento em muitos lugares. Podemos, em sã consciência, considerar isso o desenrolar normal da evolução neste mundo, como sugerem alguns? Podemos achar que não há novidade alguma nessa constatação ou que o mundo ‘sempre foi assim’, mas isso só significaria que só temos esse tipo de noção comum das coisas e que só daríamos alguma atenção se as coisas fossem piores (!), o que demonstra o quanto já achamos normal um mundo “moderno” ser assim, e essa é a constatação mais grave de todas. No entanto, veremos muitos exemplos daqui em diante de como esses são os cenários de normalidade a que fomos condicionados a aceitar como sendo parte normal da vida, cenários que já se tornaram globais e coletivos, por isso diferente do passado recente em que a percepção era mais local, coletiva, de pequenos grupos e racial, enquanto que de hoje em diante, na nova humanidade em formação, deverá ser cada vez mais individual, independente, emancipada e responsável pelo próprio destino. Uma percepção mundial é uma boa coisa – muito necessária para o pleno amadurecimento do Ser – quando pautada numa evolução individual saudável que depois se torna coletiva, que proporciona formas mais elevadas e progressistas de ver e entender a nós mesmos e as finalidades de aqui estarmos, porém da forma como está sendo forçada a acontecer não é, pois a percepção individual está sendo cada vez mais embotada por diversos mecanismos e a ‘nova ordem mundial’ e a globalização significam cada vez mais a dominação completa de poucos sobre muitos por diversos meios: financeiros, alimentação, informação e tecnologias, para mencionar alguns dos principais. Tudo isso afeta muito a forma como encaramos algo novo e até a forma como revemos o que pensávamos que já sabíamos. São as lentes que colorem nossa visão. Todos nós precisamos ter esses e outros fatos fundamentais sobre nossa formação e forma de perceber o mundo bem no


topo da nossa atenção consciente e não somente como algo inconsciente que ‘tudo mundo sabe’, que é insuficiente para o progresso do Ser. Motivados por esse ideal de discernimento e união, vamos juntos aqui conectar os pontos que nos ajudem a manter nossa atenção onde ela deve estar, numa noção mais plena de si, de uma Natureza +Profunda. Se repararmos bem, usando nossos ‘olhos de ver’, veremos que o estado atual não é de progresso normal e sim uma espécie de “fim de feira” prolongado, uma efervescência dos sentidos onde tudo vêm à tona de uma só vez e de uma forma desencontrada, muito difícil de lidarmos hoje por nossa própria escolha coletiva centenária de deixarmos tantas coisas mal resolvidas, onde as noções e valores confusos e contraditórios que abrigamos precisam agora ser (re)vistos a luz do dia para serem escoimados do que finalmente percebemos que não serve para a nossa Evolução. Valores que precisam ser muito depurados em sua teoria e só depois postos em prática em âmbito individual e em escala mundial. Podemos não ver seu desfecho final em nossas curtas vidas, o que não o torna menos certo de acontecer no devido tempo. Um desfecho ao qual estamos todos atrelados, em causa e efeito, pelo simples fato de estarmos aqui. Esse é também um elo de dever e responsabilidade que não se dissolve com a morte do corpo físico. Mas esta é também uma época em que novas revelações, fácil acesso a conhecimentos que até há pouco tempo eram difíceis e muito demorados de encontrar sem a Internet, de descoberta do nosso verdadeiro passado, de descoberta de ensinamentos, pesquisas sérias e referências literárias preciosas, de criações fascinantes e geniais de tantas pessoas talentosas ao redor do mundo e grandes impulsos de despertamento e avanços mentais e espirituais que estão surgindo cada vez de forma mais ampla, rápida e contundente, abrindo novas oportunidades de avanço real e reavaliação de tudo que tínhamos como certo, como nunca antes, nem na geração mais próxima dos nossos pais, se estes não tiveram as condições, se desperdiçaram oportunidades para descobrirem mais ou se não perceberam nem se interessaram muito em saber o que estava acontecendo em sua geração além do superficial compartilhado por todos, para se prepararem para as grandes mudanças que estão em curso hoje


e que não são apenas para nós seres humanos, como também para toda a vida e matéria do planeta. Se, por exemplo, no passado mais distante, levávamos semanas ou meses para chegar a algum lugar a cavalo e hoje podemos cobrir a mesma distância em minutos e até de forma instantânea por meio de câmeras e satélites, qual é nossa percepção do valor da distância percorrida e dos meios usados? Evoluímos como pessoas para saber entender e apreciar essa rápida mudança (e milhares de outras...) sem ser pelos meios fabricados e conduzidos pelas mídias? Temos alguma formação pessoal para isso, ou apenas seguimos a percepção das multidões? O mesmo vale para fotografias que levavam semanas e consumiam materiais caros em oposição às digitais que quase nada custam e por isso são tiradas a esmo por qualquer um de qualquer coisa o dia todo, na maior parte das vezes sem qualquer noção e só para diversão fútil, que conclusões tiramos disso para nossa percepção do que está acontecendo no mundo? Vemos tudo apenas como progresso, vantagens e comodidades? Da mesma forma, que valor damos a uma pintura clássica de alto nível feita com pincel e tintas sobre tela que levasse meses em comparação a uma pintura digital de alta qualidade hoje, mas feita em poucos dias ou numa tarde? Qual é nossa percepção dessas coisas? Se for demorado, requer muito conhecimento e der trabalho vale ser preservado, mas se a mesma coisa que requer conhecimentos igualmente avançados, mas puder ser feita em instantes – talvez por alguma nova tecnologia – será então de pouco valor e descartável? O ponto que estou destacando aqui é que nós e nossos corpos não evoluímos ainda para dar conta desses enormes saltos na percepção individual e coletiva que vem sendo introduzidas em ritmo cada vez mais acelerado e estamos sendo facilmente conduzidos hipnoticamente nessa montanha-russa para um certo tipo de percepção parcial e distorcida que atende a outra agenda, na maior parte oculta. É num cenário assim que precisamos achar tempo para dar um tempo, reduzir a velocidade interna compulsiva e dar um passo para trás para ganharmos uma perspectiva mais ampla e reavaliar muita coisa tida como estabelecida e conhecida e reunir muita coisa dispersa, mas de grande importância que deixamos pelo caminho em nosso dia-a-dia de


correrias, hábitos enraizados, alienação e interesses onde temos pouca percepção, entendimento e retenção das coisas que mais importam. Apesar dos progressos alardeados da nossa sociedade atual em comparação com o passado recente de superstições, opressões e perseguições mais agudas, a nossa continua a ser, em sua maior parte, uma época de exploração do homem pelo homem, de aviltamento do corpo humano e do Planeta e de todas as formas de vida a que temos acesso, de ilusão de liberdade e impunidade, de confusões e graves enganos sobre muita coisa em que o falso e o legítimo ainda se confundem entre si durante toda nossa vida por ainda não distinguirmos direito entre eles e não termos decidido qual deles realmente queremos, mas com o agravante de que o falso agora ocupa muito mais espaço nas nossas vidas, pelos motivos que examinaremos ao longo deste livro, e hoje ambos competem frequentemente lado a lado e ao mesmo tempo, mas de forma desigual e numa intensidade como nunca antes, pela nossa atenção, pela nossa preciosa sintonia, que é algo fundamental em nossas vidas porque as coisas, ideias e hábitos com os quais sintonizamos a maior parte do tempo definem nossa percepção e vivência da realidade e por isso são de crucial importância porque afetam sobremaneira o entendimento claro e o bom aproveitamento das informações mais profundas sobre a Realidade que veremos ao longo deste livro. Esta também é uma época única no sentido de que há um empenho cada vez mais evidente e concentrado por parte dos que controlam e influenciam a realização humana neste mundo, de continuamente distrair as pessoas de quem verdadeiramente são (e poderiam ser) e o que realmente vem a ser este mundo em que vivemos – sua verdadeira História e origens – como se já soubéssemos o necessário, o possível e o que importa sabermos! Essa distração é acompanhada de crescente atordoamento mental-espiritual, ambos obtidos com o atrelamento às tecnologias smart (inteligentes ou espertas) de celulares etc. com suas frequências nocivas, pelo controle totalitário de uma Internet cada vez mais autônoma pelo uso insidioso da Inteligência Artificial, tudo ainda cimentado a uma alimentação química e desvitalizada, à deterioração da saúde psicofísica geral, da inversão de valores e ao estresse e à insegurança financeira a que somos submetidos todos os dias sem trégua, para sermos


sempre uma dócil manada que apoia suas cercas e defende seus arames farpados. Este é um livro que toca em todas estas questões para mostrar como estão ligadas e como influem em nossa percepção do Todo, uma simples tentativa fresca e original de ajudar você leitor, a treinar sua visão para ver o mundo em que vive (e além) de forma cada vez mais completa, clara e o mais livre de confusões e influências nocivas possível, uma tarefa nada fácil em mundos como o nosso, na fase em que está e dado o nosso pano de fundo geral e nossa falta de formação para saber lidar com tudo isso, embora esta seja a tarefa mais importante de nossas vidas, aquilo para o qual vale a pena se viver, pois é sem dúvida, nada menos que o objetivo final de termos nascido aqui. Em outras palavras, o mais importante está sendo relegado a segundo (e terceiro!) plano na vida comum atual, sem recebermos as informações necessárias para sabermos vivê-la, resultando no contínuo desperdício de vidas inteiras para muitos e no perigosíssimo agravamento de nossos inúmeros problemas sociais, pessoais, psíquicos e ambientais, no agravamento das nossas dívidas para com o Mundo e para com a Vida – que não são só de hoje – que precisarão ser compensadas de alguma forma. Essa profunda contradição – que tudo afeta – requer remédio, e este livro é uma contribuição, um esforço para definir melhor, mais amplamente e talvez com mais clareza os pontos centrais desse cenário montado para a vida humana e apontar alguns dos principais caminhos, providências e conceitos a seguir para ajudar a sairmos desse mar de contradições e vivermos nossas curtas vidas de forma mais significativa e verdadeira. Veremos também como isso é inevitável, mesmo sem a vontade das maiorias, pois há um processo natural em andamento que faz convergir tudo que é importante e que outras pessoas estão trabalhando nesses mesmos pontos para que pessoas suficientes recuperem sua liberdade de contribuir para com o processo de Desaprendizado, Despertamento e Desenvolvimento (que resolvi chamar aqui de os 3Ds do progresso real e realização do potencial real de cada um) antes que seja tarde.


Há uma convergência mundial em andamento que abrange desde vivências individuais que estão vindo à tona em toda parte em números cada vez maiores até o que as chamadas mídias alternativas mais sérias estão mostrando em todo o mundo, fazendo com que o que antes era uma quase curiosidade da cultura para as maiorias que não prestavam atenção, agora se torne cada vez mais o principal veículo de informação e despertamento de tantos que buscam saber a Verdade de tudo que nos foi sonegado, substituindo cada vez mais o mainstream media, ou seja, as mídias comuns, controladas e dirigidas para moldar a percepção da população em geral sobre a Realidade. O leitor verá como esse processo está presente e em seu auge na nossa vida atual, que surfamos a crista dessa onda neste momento histórico sem vermos claramente para qual praia nos dirigimos, e como tudo isso reflete na nossa Percepção da Realidade, aquela em que atuamos em nossas vidas particulares, nas nossas profissões e nas agremiações religiosas, científicas, sociais, filosóficas e espiritualistas de nossa preferência, o que acaba criando nada menos que o mundo que vemos e vivenciamos todo dia e à noite enquanto dormimos. E enquanto escrevo estas linhas, da minha janela vejo uma leve chuva cair sobre um trecho do resto de Mata Atlântica brasileira que ainda existe onde moro e foi num dia como esse que um beija-flor em estado livre apareceu em casa e ficou pousado em minha mão tempo suficiente para bater a foto que se tornaria parte da arte da capa deste livro. Nesse momento, sinto a Unidade, Paz e Ordem que permeiam o meio ambiente natural assim como sinto e vejo paralelamente as dissonâncias produzidas pelo ser humano aqui e ali na distância, um Ser que já há muito se esqueceu de quem é e hoje já não sabe mais se encaixar na ordem original do mundo e a perturba constantemente pelo simples fato de existir em desequilíbrio interior, num estado de confusão, ruído e desconexão diária. Por isso mesmo, esse fundo de Unidade, Paz e Ordem da Natureza não está mais em equilíbrio constante, pois posso também sentir sua constante luta para corrigir, recuperar, limpar e se curar das revoltantes condições que causamos, seja numa simples poça de água suja e parada, seja dos produtos químicos que espalhamos o tempo todo nas águas e no


ar, das frias e brutais depredações que causamos na mata, dos materiais isolantes que usamos para recobrir tudo, da aspereza brutal das nossas ferramentas pesadas, do entulho e lixo que jogamos em toda parte, dos ruídos estridentes e estrondos que gostamos de produzir, e também dos pensamentos que emitimos que, tão reais quanto a realidade que apalpamos, são como odores invisíveis que emanam de nós o tempo todo, poucos realmente saudáveis para nós ou para a Vida. Com esse repertório de ações repetitivas, estamos continuamente afetando a Vida de forma adversa. Nisso, nosso estado geral é tão inconsciente da conexão desses atos e fatos que nem nos damos conta direito de que tudo isso volta para nós que criamos essas dissonâncias 24/7. Voltam de diversas formas, ora causando idênticos e graves desequilíbrios em nossa saúde, ora afetando negativamente toda a nossa civilização e o planeta, resultando no caos merecido e necessário para trazer de volta a harmonia natural. A cada segundo a Natureza está se defendendo e procurando se recuperar em silêncio de tudo isso em algum lugar e em toda parte onde houver seres humanos, enquanto festejamos e nos entregamos às baixarias, interesses ou distrações da nossa preferência, alheios a tudo. Como pode um Planeta desenvolver-se e desabrochar o Plano da Criação como precisa se gasta cada vez mais energias se recuperando? No entanto, arrogantemente ainda pensamos em salvar o planeta (!) criando frases de efeito e ensejando congressos espúrios que pouco ou nada significam. Nossa própria noção de Natureza precisa evoluir muito se queremos de verdade entender e ajudar. Nossas mentes estão em constante tagarelar, sobre mil assuntos, poucos deles realmente importantes para nós, até aí muitos de nós sabemos, mas podemos não ter noção do quanto isso desperdiça nossa energia e polui o ambiente psíquico do nosso entorno, o chamado meio ambiente, pois nossos pensamentos caóticos, egocêntricos, fúteis e frequentemente de baixo nível, causam ruídos que realmente perturbam bastante esse meio ambiente e os seres que nos captam. Esses pensamentos ainda podem percorrer distâncias enormes sem nos darmos conta disso em nosso estado diário que nem sabemos que é um estado em


grande parte semiadormecido, o estado permanente ou predominante do homem comum se me permitem colocar dessa forma. Também nem nos sentimos responsáveis por emitir tais pensamentos o tempo todo, pois logo “mudamos de assunto” mentalmente, para não admitirmos nada disso a nós mesmos já que tudo é convenientemente invisível aos nossos olhos, mas não o é para a Vida, para a Natureza e para aparelhos ultrassensíveis! Outras tantas coisas também são invisíveis aos nossos olhos, como germes, bactérias, ondas de rádio, raios cósmicos, neutrinos, etc., mas já não temos dúvidas sobre sua existência, pois foram finalmente comprovadas um dia e, portanto, admitidas abertamente pela nossa preciosa ciência materialista, não é assim? Muitos, condicionados que estão, não percebem essa forma contraditória de agirmos todos os dias e preferem esperar essas “comprovações” da ciência comum enquanto riem do que ainda não conhecem, sem também notar que assim agindo se colocam na mesma posição das pessoas do passado recente, tidas hoje como ignorantes e supersticiosas, que também riram ou desconfiaram das coisas que hoje nos são corriqueiras. No momento, somos provavelmente os únicos seres relativamente desconectados da Criação neste canto do Cosmos e isso não pode ser bom. Desconectados por causa das nossas personalidades fragmentadas, confusas, contraditórias, cheias de uma versão deturpada de nós mesmos e extremamente manipulados numa realidade em grande parte, ilusória. Principalmente no Ocidente onde estamos, vivemos todos os dias de nossas curtas vidas na superfície do nosso Eu real sem nem sabermos o que há por trás e além. Nossa personalidade diária hoje é demasiadamente restrita à materialidade da vida, aos hábitos automáticos que temos e ao uso exclusivo do raciocínio para lidarmos com a realidade que vemos, quando há muito mais para se levar em conta. Não é algo sobre o qual se pode apenas suspirar e ignorar, ou servir só para montar os PowerPoints™ da vida com fotos emotivas e frases bonitas para “compartilhar” com amigos e parentes com “esperança” por um mundo melhor ou mesmo só escrevermos livros sobre, pois é algo que sugere explicitamente o caminho de dor que ainda teremos de trilhar para sairmos disso se não começarmos logo a fazer o que é preciso por vontade própria.


Uma vez cientes desse estado de coisas, é preciso fazer algo a respeito, tanto no âmbito pessoal em nossas casas como no profissional de empresas, indústrias, escolas e instituições, enfim onde for possível, mas com coragem, honestidade, visão e dedicação. Tanto sofrimento desnecessário poderia ser evitado! Usamos nosso tempo para muitas coisas. É preciso agora aprender a usar a maior parte de nossas vidas no estudo da Realidade e da Consciência, em novas práticas para realizar a maior correção que estiver ao alcance de cada um de nós em cada vida, em cada existência, pois o contrário será, mais uma vez, desperdício de tempo, recursos e oportunidades que, com o passar do tempo e omissão desse dever individual e coletivo, estamos criando uma situação que requererá um preço cada vez mais alto para ser sanado. Vivermos um dia-a-dia assim mais desperto é bem diferente de vivermos nossa vida inteira num beco de entendimento restrito por escolha própria ou andarmos em piloto-automático a maior parte do tempo. Esse é um retrato geral com muitas exceções de grande valor, é claro, mas que no cômputo geral são ainda insuficientes para pender a balança para o outro lado.

Fim da Amostra. Se você se interessou por esse palpitante assunto e deseja adquirir um exemplar completo, basta entrar em contato para saber da disponibilidade no momento: contato@naturezaprofunda.life

Grato pelo seu continuado interesse neste trabalho único em nosso país!



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