O Conselho Federal de Farmácia – CFF, no exercício de suas atribuições legais e regimentais conferidas pela Lei nº 3.820/60 e pelo seu Regimento Interno; Considerando a necessidade de aperfeiçoamento e atualização permanente da legislação que disciplina a atividade profissional do farmacêutico; Considerando as inúmeras solicitações ao CFF, por Instituições de Ensino, para que este Conselho Federal elabore o texto oficial para o juramento dos formandos e defina a cor da pedra do anel de grau e da faixa da beca, de modo a possibilitar a identificação da categoria; Considerando a necessidade de instituir e normatizar um símbolo heráldico (brasão), representativo da categoria; Considerando que compete ao CFF tomar as providências necessárias ao registro dos símbolos da categoria, constantes da presente Resolução, bem como divulgar entre os Conselhos Regionais de Farmácia e outras instituições farmacêuticas; Considerando a decisão deste Plenário, em reunião realizada no dia 28 de fevereiro de 2008,RESOLVE: Art. 1º - Aprovar o regulamento, parte integrante do presente ato, que dispõe sobre o heráldico (brasão), o juramento, a cor da pedra do anel de grau e da faixa da beca dos farmacêuticos. Art. 2º - O símbolo heráldico será constituído da seguinte forma: um círculo na cor amarela, contendo na parte interna uma taça, entrelaçada por uma serpente. Art. 3º - O juramento a ser proferido nas solenidades de Colação de Grau será o de Hipócrates, tradicionalmente utilizado na maioria dos cursos de Farmácia do País, conforme texto a seguir apresentado: “Prometo que, ao exercer a profissão de Farmacêutico, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, gozem, para sempre, a minha vida e a minha arte, de boa reputação entre os homens. Se dele me afastar ou infringi-lo, suceda-me o contrário”. Art. 4º - A faixa da beca, a ser utilizada em solenidades de Colação de Grau, será de cor amarela. Art. 5º - O anel de grau terá uma pedra topázio imperial amarelo, em aro de ouro. Art. 6º - Os símbolos descritos nesta Resolução são de uso privativo de: a) Conselhos Federal e Regionais de Farmácia; b) Farmacêuticos registrados nos Conselhos Regionais de Farmácia; c) Instituições de ensino farmacêutico; e, d) Demais entidades farmacêuticas. Art. 7º - Os Conselhos Regionais de Farmácia informarão às instituições de ensino farmacêutico, sobre as normas contidas nesta Resolução, dentro de suas respectivas jurisdições. Art. 8º - O significado dos símbolos, inseridos no brasão, bem como as justificativas para a escolha da cor da faixa da beca e da pedra do anel de grau constam do anexo desta Resolução. Art. 9º - Compete ao CFF adotar as providências necessárias ao registro dos símbolos da categoria. Art. 10 - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. ANEXO De acordo com o artigo 8º desta Resolução, o presente anexo trata do significado dos símbolos inseridos no brasão, bem como das justificativas para a escolha da cor da faixa da beca e da pedra do anel de grau.
1. DO BRASÃO
a) Taça: representa a cura. b) Serpente: representa o poder, a ciência, a sabedoria e a transmissão do conhecimento compreendido de forma sábia. c) A taça com a serpente nela enrolada:
É conhecida como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta a Antigüidade, sendo parte da mitologia grega. A Lenda do Centauro Chiron, o centauro. Ao contrário da maioria dos de sua raça, caracterizados pela selvageria e violência, se dedicou aos conhecimentos de cura. Teve como um dos seus discípulos o deus Asclépio (também denominado Esculápio), ao qual ensinou os segredos das ervas medicinais. Asclépio se tornou o deus da saúde e tinha como símbolo um cetro com duas serpentes nele enroladas. Contudo, ele não utilizava seu conhecimento somente para salvar vidas, mas usava seu poder para inclusive ressuscitar pessoas. Descontente com a quebra do ciclo natural da vida, Zeus resolveu intervir. Os deuses entraram então em batalha e Zeus acabou matando Asclépio com um raio. Com a morte de Asclépio, a saúde passou a ser responsabilidade de sua filha Hígia, que se tornou dessa maneira a deusa da saúde. Hígia tinha como símbolo uma taça que com sua promoção foi adicionada por uma serpente nela enrolada. Essa serpente é, obviamente, uma representação do legado de seu pai. Assim o símbolo de Hígia da taça com a serpente se tornou, posteriormente, o símbolo da Farmácia.
2. DA COR DA FAIXA DA BECA
e cura.
A cor amarela simboliza saúde, perseverança, naturalidade, limpeza, juventude e natureza. Estimula equilíbrio
3. A COR DA PEDRA DO ANEL DE GRAU O topázio imperial amarelo é uma pedra preciosa que significa sabedoria. Ativa o intelecto, a comunicação, a concentração, a disciplina, a atenção aos detalhes e a harmonia do todo.
Farmácia, em termos gerais, é a ciência praticada por profissionais formados em uma faculdade de farmácia (farmacêuticos), tem como objeto de estudo o fármaco e seus usuários, e como objetivo a pesquisa, desenvolvimento e produção de novos medicamentos, utilizando-se como fonte plantas, animais, seres vivos em geral e minerais, estudo da manipulação de fármacos, criação e aplicação de métodos de controle de qualidade, estudo de formas de aplicação de orientação ao usuário quanto ao
uso racional do medicamento, criação e aplicação de métodos de identificação e dosagem de tóxicos. No Brasil, junto com os primeiros colonizadores vieram o barbeiro-cirurgião, o aprendiz-deboticário e os jesuítasque traziam consigo a caixa de botica, uma arca de madeira contendo medicamentos. Ela também estava presente em todas as embarcações que atravessavam o Atlântico, nas entradas e bandeiras e expedições militares navais ou terrestres. Aos poucos, as lojas de boticas foram se estabelecendo nos núcleos mais populosos e sofriam a concorrência das lojas de barbeiros. Outros concorrentes até o século XIX eram ospadeiros, os ourives, os negociantes de fazendas secas. Contudo, a manipulação de medicamentos passou com o tempo a ser efetuada apenas pelas boticas. Os primeiros boticários eram pessoas de origem humilde, filhos de boticários, pedreiros, carpinteiros, alfaiates, etc. Apenas no século XVIII começaram a se estabelecer no Brasilboticários devidamente preparados para a função. 1 Em Portugal exercem em Farmácia obrigatoriamente na categoria de Farmacêuticos os FarmacêuticosLicenciados em Farmácia (antigo curso universitário de 6 anos) e Ciências Farmacêuticas (antiga Licenciatura de 6 anos - pré-Bolonha, actual Mestrado Integrado de 5 anos - pós-Bolonha). Na categoria de técnicos, actuam dois profissionais os técnicos de farmácia, Licenciados em Farmácia (presente curso politécnico de 4 anos) e Técnicos de Farmácia (grau adquirido após o registo de prática até 1999). A profissão de técnico de farmácia é regulamentada pelo Departamento da Modernização e Recursos da Saúde do Ministério da Saúde. A ciência que trata das bases para a farmácia de oficina é, entre outras, a farmacologia, farmácia clínica, farmácia galénica e farmacoterapia. Em relação aos ajudantes de farmácia, as suas funções de atendimento nas farmácias são consideradas ilegais. Índice [esconder]
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1 Farmacêutico
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2 Curso de formação em Farmácia no Brasil o
2.1 Disciplinas que compõem a Ciência Farmacêutica
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3 Símbolos
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4 Ver também
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5 Referências
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6 Ligações externas
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7 Faculdades de Farmácia em Portugal
Farmacêutico[editar | editar código-fonte]
Uma farmácia histórica.
Ver artigo principal: Farmacêutico Os farmacêuticos são profissionais da saúde, especialistas no preparo e utilização de medicamentos e suas consequencias ao organismo humano ou animal. De uma maneira geral, podem trabalhar numa farmácia, hospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicas, desenvolver novos medicamentos, praticar acupuntura, entre outras funções e lugares. Em Portugal, o primeiro documento conhecido sobre a profissão data de 1449 e é um alvará do El-Rei D. Afonso Vliberando mestre Ananias e boticários árabes para exercerem a atividade.1
Curso de formação em Farmácia no Brasil[editar | editar código-fonte]
Uma farmácia moderna.
Embora tenha sido encontrado na Torre do Tombo, emLisboa documento de 1799 que estipulava a criação da disciplina de fármacia, em São Paulo, acredita-se que a matéria só passou a ser lecionada com a chegada daFamília Real no século seguinte.1 No Brasil, Farmácia é um curso de graduação que forma profissionais da saúde com pensamento crítico e humanístico, comprometido com a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva; capacidade técnica e ética para desenvolver as atividades do exercício profissional farmacêutico, com ênfase nas áreas de medicamentos,alimentos e análises clínicas. Os cursos de Farmácia brasileiros possuem carga horária mínima de 4.000h e devem ser autorizados e reconhecidos pelo Ministério de Educação (MEC).
Na legislação anterior, Resolução nº 04 de 11/04/1969, o farmacêutico possuía uma formação básica voltada à farmácia e três habilitações: •
Habilitação em Indústria: A qual a formação seria Farmacêutico Industrial.
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Habilitação em Bioquímica: Opção I - Alimentos: direcionada às análises
bromatológicas, formando o Farmacêutico-Bioquímico de Alimentos; Opção 2 Análises Clínicas: direcionada às análises clínicas, formando o FarmacêuticoBioquímico (Analista Clínico). O acadêmico tinha a possibilidade de complementar o seu curso com todas as disciplinas das diferentes habilitações, podendo exercer as três modalidades de habilitação acrescidas à formação básica de farmacêutico. Esse tipo de formação deixou de acontecer nos últimos anos. Com a Resolução n.º 02 da Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação, aprovada em 19 de fevereiro de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, criou-se o “farmacêutico com formação generalista”, incorporando à formação primária de farmacêutico todas as habilitações, não havendo mais a diferenciação entre farmacêutico simples, farmacêutico-bioquímico, farmacêutico industrial. Portanto, não são mais autorizados cursos que contenham as antigas habilitações em Farmácia-Bioquímica (modalidade bioquímica e alimentos) e Farmácia Industrial, existindo somente a categoria de Farmacêutico Generalista. Os cursos que ainda mantém essa estrutura curricular estão sendo adaptados para o novo modelo, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC. O farmacêutico desenvolve atividades em farmácia comercial, privativa e hospitalar; drogaria; distribuidora de medicamentos; indústria de medicamentos alopáticos; indústria de saneantes e domissanitários, indústria de cosméticos e perfumes; laboratórios de análises clínicas e toxicológicas; produção; controle e análise de alimentos. Está capacitado para atuar na pesquisa; desenvolvimento; seleção, manipulação, produção, armazenamento e controle de qualidade de insumos; fármacos; sintéticos; recombinantes e naturais; medicamentos; cosméticos; saneantes e domissaneantes; e correlatos. O farmacêutico atua em órgãos de regulamentação e fiscalização do exercício profissional e de aprovação; registro e controle de medicamentos; cosméticos, saneantes, domissaneantes e correlatos; atua na avaliação toxicológica de medicamentos, cosméticos, saneantes, domissaneantes, correlatos e alimentos; realiza, interpreta, emiti laudos e pareceres e responsabiliza-se tecnicamente por análises clínico-laboratoriais, incluindo exames hematológicos, citotógicos, citopatológicos e histoquímicos, biologia molecular, bem como análises toxicológicas, dentro dos padrões de qualidade e normas de segurança; realiza procedimentos relacionados à coleta de material para fins de análise laboratoriais e toxicológicas. As atividades regulamentadas pelo Conselho Federal de Farmácia como áreas de atuação do farmacêutico brasileiro são: Acupuntura - Administração de laboratório clínico Administração farmacêutica - Administração hospitalar - Análises clínicas - Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares - Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência - Auditoria farmacêutica - Bacteriologia clínica - Banco de cordão umbilical Banco de leite humano - Banco de sangue - Banco de Sêmen - Banco de órgãos – Biofarmácia - Biologia molecular - Bioquímica clínica – Bromatologia - Citologia clínica Citopatologia – Citoquímica - Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental - Controle de vetores e pragas urbanas – Cosmetologia - Exames de DNA - Farmacêutico na análise físico-química do solo - Farmácia antroposófica - Farmácia clínica - Farmácia comunitária - Farmácia de dispensação - Fracionamento de medicamentos - Farmácia dermatológica - Farmácia homeopática - Farmácia hospitalar Farmácia industrial - Farmácia magistral - Farmácia nuclear (radiofarmácia) - Farmácia
oncológica - Farmácia pública - Farmácia veterinária - Farmácia escola - Farmacocinética clínica – Farmacoepidemiologia – Fitoterapia - Gases e misturas de uso terapêutico Genética humana - Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde – Hematologia clínica – Hemoterapia – Histopatologia – Histoquímica – Imunocitoquímica - Imunogenética histocompatibilidade – Imunohistoquímica - Imunologia clínica - Imunopatologia - Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social - Micologia clínica - Microbiologia clínica - Nutrição parenteral - Parasitologia clínica - Saúde pública Toxicologia clínica - Toxicologia ambiental - Toxicologia de alimentos - Toxicologia desportiva - Toxicologia farmacêutica - Toxicologia forense - Toxicologia ocupacional Toxicologia veterinária - Vigilância sanitária - Virologia clínica.
Disciplinas que compõem a Ciência Farmacêutica [editar | editar código-fonte] Anatomia humana, embriologia humana, histologia, genética, fisiologia, imunologia geral e clínica, patologia,parasitologia geral e clínica, bioestatística, epidemiologia, farmacoepidemiologia, microbiologia geral e clínica,micologia, virologia, hematologia clínica, biofísica, química geral, química orgânica, química inorgânica, química analítica qualitativa e quantitativa, análise orgânica, química farmacêutica, matemática aplicada à farmácia, biofísica, físicoquímica, bioquímica clínica, biologia molecular, botânica, farmacognosia, fitoquímica,farmacologia, farmacocinética, farmacodin âmica, farmacotécnica, farmacoterapêutica, líquidos corporais, identificação e análise de matéria prima de medicamentos, toxicologia, higiene social, saúde coletiva,dispensação farmacêutica, administração/economia, deontologia/legislação farmacêutica, atenção farmacêutica,controle de qualidade biológico e fisíco-quimíco, tecnologia farmacêutica de cosméticos, homeopatia, farmácia hospitalar, Gestão de Empresas Farmacêuticas e bromatologia.
Símbolos[editar | editar código-fonte]
A cobra enrolada na taça.
Cruz verde, usada em Portugal.
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A cobra enrolada na taça é conhecida como o símbolo da farmácia, e tem origem
naAntigüidade grega. Segundo as literaturas antigas, o símbolo da farmácia ilustra o
poder (taça) da cura (cobra). Existe a lenda que conta que uma cobra enrolou-se no cajado deHipócrates e quando estava para picá-lo, ele olhou para a serpente e disse: “se queres me fazer mal, de nada adiantará que me firas, pois tenho no corpo o antídoto contra tuapeçonha. Se estás com fome, te alimentarei”. Então ele pegou a taça onde fazia misturas de ervas medicinais, colocou leite e ofereceu à serpente, esta desceu do cajado, enrolou-se na taça e bebeu o leite. Desta forma criou-se o símbolo da medicina(a cobra envolvendo o cajado) e o símbolo da farmácia (a cobra envolvendo a taça). Outra lenda sobre a origem do símbolo de farmácia está relacionada à morte de Esculápio (deus da saúde na mitologia greco-romana, também denominado por Asclépio) fulminado por um raio lançado por Zeus como punição por ressuscitar mortos pelo poder das ervas, arte aprendida com o centauro Quiron. Com a morte de Esculápio, a cobra enrolada em seu cajado, símbolo de seu poder sobre as doenças, foi adotada por Hígia, filha de Esculápio que passou a ser a deusa responsável pela saúde dos homens, tendo o cálice com a cobra enrolada como símbolo de seu poder sobre as doenças. •
Pedra - No Brasil, o Conselho Federal de Farmácia, em sua resolução no. 471 de
28 de fevereiro de 2008, estabelece o Topázio Imperial Amarelo como a pedra oficial da Farmácia. •
Cruz grega verde - Em Portugal e alguns outros países, usa-se uma cruz grega
verde para assinalar uma farmácia.
A cobra enrolada na taça é internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica e tem origem na Antiguidade Grega. Segundo literaturas antigas, a taça representa a cura. Já a serpente representa o poder, a ciência, a sabedoria e a transmissão do conhecimento.
No Brasil, o Conselho Federal de Farmácia, por meio da Resolução nº 471 de 28 de fevereiro de 2008, estabelece o Topázio Imperial Amarelo como a pedra oficial da
profissão. É uma pedra preciosa que significa sabedoria, ativando o intelecto, a comunicação, a concentração, a disciplina, a atenção aos detalhes e a harmonia do todo.
A história da farmácia remete à preocupação com a saúde, a doença, aos primeiros remédios, ao aparecimento dos medicamentos e ao surgimento do farmacêutico. Apresenta vários períodos e cada um as suas inovações. Os textos antigos relatam o emprego das plantas e de substâncias de origem animal para fins curativos, desde o período Paleolítico ou idade da pedra lascada. O mais antigo documento farmacêutico conhecido é uma tabuinha sumérica (tabela de argila) executada no terceiro milênio (2100 a.C.), contendo quinze receitas medicinais, descoberto em Nippur. O papiro mais importante da história da Farmácia é o papiro Ebers escrito por volta de 1500 a.C., espécie de manual destinado aos estudantes, que revela segredos de medicação. Esta verdadeira farmacopéia registra abundantes informações, contém 811 prescrições e menciona 700 remédios para distintas doenças, de mordida de serpente à febre puerperal, abrangendo uma grande variedade de temas médicos. Na antiguidade, durante a busca dos alquimistas por formas de fabricar ouro e o elixir da vida eterna, eles acabaram por produzir óleos e resinas que foram considerados os primeiros remédios da humanidade. Muitos anos depois, surgiu a referência à botica, que era apenas uma caixa de madeira na qual se levavam os remédios. A origem das atividades relacionadas à farmácia se dá a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. A figura do apotecário ou boticário aparece nos conventos da França e Espanha, desempenhando o papel de médico e farmacêutico. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. A evolução e desenvolvimento da farmácia, como atividade diferenciada, só aconteceria na Alexandria após um período de instabilidade marcado por guerras, epidemias e envenenamentos. A farmacologia ganhou grande impulso, principalmente no tratamento dos soldados abatidos nos campos de batalha. E a profissão farmacêutica separa-se da medicina ficando proibido ao médico ser proprietário de uma botica. O grego Hipócrates marcou uma nova era para a cura quando sistematizou os grupos de medicamentos, dividindo-os em narcóticos, febrífugos e purgantes. Galeno escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos, sendo considerado o "Pai da Farmácia". Sua grande contribuição foi a transformação da patologia humoral numa teoria racional e sistemática, em relação à qual se tornava necessário classificar os medicamentos. Durante a 1a Guerra Mundial (1914 -1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. E no período da 2a Guerra Mundial (1939 -1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros anti-neoplásicos. As últimas décadas do século passado foram decisivas no descobrimento de fármacos a partir da aplicação de conceitos de genética molecular, genômica, proteômica e informática. A biotecnologia e a tecnologia farmacêutica emergiram como poderosos instrumentos para romper com os limites terapêuticos estabelecidos.
O Símbolo da Farmácia
A taça com a serpente enrolada nela, é reconhecida em todo o mundo, como o símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta à mitologia grega. Segundo a literatura antiga este símbolo representa o poder (cobra) sobre a cura (taça).
A Taça de Higéia 20 jul, 2008 por Professor Paludetti Todos sabemos que o mais tradicional símbolo da profissão farmacêutica é a taça com a cobra nela enrolada. Mas, o que significa isso e de onde vem este símbolo? Este símbolo é a taça de Higéia. Na mitologia grega Hígia era a filha de Esculápio.Era a deusa da saúde, limpeza (daí a raiz da palavra higiene) e da sanitariedade, e exercia uma importante parte no culto do pai. Enquanto seu pai era mais associado diretamente com a cura, ela era associada com a prevenção da doença e a continuação da boa saúde . Posteriormente, como Esculápio foi vinculado à medicina e então, Hygéia foi vinculada à farmácia. A taça Higéia representa atualmente a moderna farmácia. E assim era para ser: diferentemente de outros deuses gregos, Higéia não era aversa ao trabalho, mas era cuidadosa e cooperava em fazê-lo com perfeição. O símbolo é composto por duas partes: a cobra e a taça. A cobra é denominada Serpente de Epidauro, um dos templos dedicado a Esculápio. Para as sociedades ocidentais e do oriente médio, a serpente simboliza a sabedoria, a imortalidade e a cura. A taça é uma variante do símbolo da serpente, significando a cura por meio daquilo que se ingere, ou seja, pelos medicamentos
A História da Farmácia no Brasil
O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal por Thomé de Souza (governador geral nomeado pela coroa portuguesa). Sua vinda se deu a partir da observação pela coroa portuguesa, de que as pessoas no Brasil só tinham acesso ao medicamento quando expedições portuguesas,
francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, e nestas havia algum cirurgião-barbeiro ou tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos. Os jesuítas que vieram para o Brasil colocavam em seus colégios de catequização uma pessoa para cuidar dos doentes e outra para preparar os remédios. Quem mais se destacou foi José de Anchieta, jesuíta que pode ser considerado o primeiro boticário de Piratininga (São Paulo). A partir de 1640 as boticas foram autorizadas a se transformar em comércio, dirigidas por boticários aprovados em Coimbra. Esses boticários que obtinham sua carta de aprovação eram profissionais empíricos, às vezes analfabetos, possuindo apenas conhecimentos corriqueiros de medicamentos. A passagem do nome de comércio de botica para farmácia surgiu com o Decreto 2055, de dezembro de 1857, onde ficaramestabelecidas as condições para que os farmacêuticos e os não habilitados tivessem licença para continuar a ter suas boticas no país. Do ponto de vista da terapêutica, a grande inovação foi o aparecimento da farmácia química, que surgiu em oposição à tradicional, a galênica. O primeiro brasileiro fabricante industrial de extrato fluído foi o farmacêutico João Luiz Alves, no Rio de Janeiro. O ensino farmacêutico nos tempos do Brasil colonial não existia, o aprendizado dava-se na prática, nas boticas. Adquirida a experiência, os boticários se submetiam a exames perante os comissários do físico-mor do Reino para obtenção da "carta de examinação". Concorriam, assim, com os físicos e cirurgiões no exercício da medicina. Alguns, inclusive, chegaram a trocar de profissão, tornando-se cirurgiões-barbeiro. Em 1809 foi criado dentro do curso médico, a primeira cadeira de matéria médica e farmácia ministrada pelo médico português José Maria Bomtempo. Somente a partir da reforma do ensino médico de 1832, foi fundado o curso farmacêutico, vinculado, contudo, às faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Por esta reforma, ficou estabelecido que ninguém poderia "curar, ter botica, ou partejar", sem título conferido ou aprovado pelas citadas faculdades. No Brasil, o conceito de medicamento ainda não passa de uma mercadoria qualquer. As farmácias e drogarias (principalmente), transformaram-se em mercearias e estão mais sujeitas às regras de mercado que as regras sanitárias. Nelas comete-se a aviltante e irresponsável "empurroterapia", em que o balconista do estabelecimento oferece qualquer medicamento ao paciente, à revelia de prescrição médica e da dispensação do farmacêutico, atendendo exclusivamente aos apelos do negócio e do lucro. O medicamento é um bem social e corresponderá ao farmacêutico continuar desenvolvendo seu trabalho em qualquer das etapas relacionadas com ele, desde a sua obtenção até sua dispensação e seguimento, assegurando à população o acesso a fármacos eficazes, seguros e de qualidade, independentemente do tipo de farmacoterapia empregada e do paciente que a recebe. A verdadeira vocação da farmácia é a de ser um estabelecimento prestador de serviços farmacêuticos e não mais um mero ponto de dispensação. Os serviços farmacêuticos orientados para atenção ao paciente, farmacovigilância e uso
racional de medicamentos, oferecem melhoria na qualidade da saúde da população.
História da Farmácia Surgimento das boticas A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir d século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão.Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais.Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e armazenamento dos medicamentos.Com um grande surto de propagação da lepra, Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, ampliou o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da médica e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início à separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura.
Formação farmacêutica No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão. Em 1777, Luis XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico. Naquela época, a obtenção do diploma de farmacêutico exigia estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não fosse considerado de nível universitário. Com o tempo, o estudo universitário para a formação do farmacêutico é estendido para toda a Europa.No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças. Com o tempo, foi implantada no mundo a indústria farmacêutica, e, com ela, novos medicamentos são criados e estudos realizados em velocidade espantosa.Os maiores conhecimentos em fisiologia e toxicologia dão início à moderna farmacologia, tendo sido publicado, em 1813, o primeiro tratado de toxicologia. Também na primeira metade do século XIX foram criados os primeiros laboratórios farmacêuticos. Inicia-se um grande processo de mudança na profissão.
Primeiro boticário do Brasil O boticário no Brasil surgiu no período colonial, quando medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica.O primeiro boticário no Brasil foi de Diogo de Castro,
trazido de Portugal pelo governador geral, Thomé de Souza. Isso só aconteceu após a coroa portuguesa decretar que, no Brasil, o acesso ao medicamento só aconteceria se nas expedições portuguesas, francesas ou espanholas houvesse um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.
Século XX Durante a 1ª Guerra Mundial (1914 - 1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. E no período da 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros antineoplásicos.A industrialização em ritmo crescente torna o fármaco um produto industrial, aliado às mudanças da sociedade de consumo e, ainda, objeto de interesses econômicos e políticos. Como conseqüência, são feitos enormes investimentos publicitários que atribuem ao medicamento a solução para todos os problemas.A sociedade, a partir de 1950, começa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.* Fonte: CRF/SP A idéia de criação de um órgão profissional de Farmácia começou em 1936 através de reivindicações em convenções e congressos pelo País. Com apoio de líderes do Governo, a 11 de novembro de 1960 através da Lei nº 3.820, foi criado o Conselho Federal de Farmácia, e os Conselhos Regionais de Farmácia, sendo estes dotados de personalidade jurídica, de direito público, com autonomia administrativa e financeira. Os Conselhos são destinados a zelar pelos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem qualquer atividade farmacêutica no Brasil. São atribuições básicas do Conselho Federal de Farmácia e Conselhos Regionais de Farmácia: * Inscrever e habilitar os profissionais farmacêuticos; * Expedir resoluções que se tornarem necessárias para fiel interpretação e execução da lei, definindo ou modificando atribuições e competências dos profissionais farmacêuticos; * Colaborar com autoridades sanitárias para uma melhor qualidade de vida do cidadão; * Organizar o Código de Deontologia Farmacêutica; * Zelar pela saúde pública, promovendo a difusão da assistência farmacêutica no País. Missão O sistema CFF/CRF em como missão a valorização do profissional farmacêutico, visando a defesa da sociedade. Metas e Objetivos Promover a Assistência Farmacêutica em benefício da sociedade, e em consonância com os direitos do cidadão. Principais Serviços * Fiscalizar o exercício profissional, através dos Conselhos Regionais de Farmácia; * Prestar consultoria e assessoria de informações técnicas e jurídicas na área farmacêutica; * Oferecer informações sobre o uso racional de medicamentos, e esclarecer dúvidas, através do Centro Brasileiro de Medicamentos (CEBRIM). * Promover e apoiar congressos, cursos e eventos científicos.
A farmácia e a livraria
Lá na rua em que eu pensava tinha uma livraria bem do lado da farmácia. Todo mundo ia à farmácia comprar frascos de saúde. E depois ia do lado pra comprar a liberdade. (Pedro Bandeira)
• Acupuntura – O farmacêutico, depois de realizar o curso de acupuntura, pode abrir uma clínica e realizar esta prática devidamente regulada pela legislação. • Administração de laboratório clínico – Nas análises clínicas, o farmacêutico pode gerenciar um laboratório. No Brasil existem mais de 5500 laboratórios onde os proprietários são farmacêuticos. • Administração farmacêutica – Desenvolve o uso correto do medicamento. • Administração hospitalar – No decorrer de sua carreira, este possui conhecimentos sobre saúde pública, economia, administração, entre outros, o que o tornam apto para administrar um hospital. • Análises clínicas – Além de gerenciar laboratórios, o farmacêutico possui conhecimentos em hematologia, citopatologia, bioquímica, morfologia celular e outros para o exercício desta função. • Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares – Parte da assistência farmacêutica, onde temos o profissional realizando serviços de Saúde da Família. • Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência – Em serviços de emergência a atuação do farmacêutico pode evitar mortes, onde este, orientado pelo médico prestará o auxílio medicamentoso necessário. • Auditoria farmacêutica – Verifica se a indústria, farmácia, laboratório, etc, estão dentro das normas exigidas pela legislação. • Bacteriologia clínica – Detecta bactérias através de meios de cultura, identifica e faz laudos sobre os achados. • Banco de cordão umbilical – Utilização das células tronco do cordão umbilical, importante para pacientes que necessitam de medula óssea. • Banco de leite humano – O farmacêutico atua nas técnicas de conservação e testes laboratorias em bancos de leite. • Banco de sangue – Coleta, transportes e testes realizados no sangue, para sua posterior utilização. • Banco de sêmen – Conservação, testes da bioquímica do sêmen. • Banco de órgãos – Conservação, testes bioquímicos e outras análises. • Biofarmácia – Medicamentos feitos a partir de material vivo. • Biologia molecular • Bioquímica clínica – Pode realizar a bioquímica do sangue, hemograma, bioquímica da urina, e outros. • Bromatologia – Estuda os alimentos e desenvolve produtos mais nutritivos e saudáveis. • Citologia clínica – Estudo das células na clínica • Citopatologia – Observa se as células apresentam alguma anormalidade que as torne patológica. • Citoquímica – Estuda processos químicos nas células. • Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental – Nas indústrias a qualidade da água é um fator essencial para a qualidade dos produtos, como exemplo podemos citar os injetáveis. • Controle de vetores e pragas urbanas – Nesta área o farmacêutico estabelece uma rotina para exterminar uma praga urbana. • Cosmetologia – Estudo dos cosméticos, formas de preparo, avaliação química,
desenvolvimento, controle de qualidade, etc. • Exames de DNA • Farmacêutico na análise físico-química do solo • Farmácia antroposófica • Farmácia clínica • Farmácia comunitária – nos postos de saúde, clínicas médicas, entre outros. • Farmácia de dispensação – • Fracionamento de medicamentos – Vital para a economia e utilização racional do medicamento. • Farmácia dermatológica Farmácia homeopática – Dispensa e orienta sobre produtos homeopáticos. • Farmácia hospitalar – É a farmácia com função de atender pacientes internados ou de emergência, onde os cuidados e restrições são especiais. • Farmácia industrial – Produção de medicamentos, alimentos humanos e animais. • Farmácia magistral – manipulação de fórmulas. • Farmácia nuclear (radiofarmácia) • Farmácia oncológica – Produtos específicos para pessoas afetadas pelo câncer. • Farmácia pública – Farmácias dos governos federais, estaduais e municipais. • Farmácia veterinária – Produtos específicos para animais. • Farmácia-escola • Farmacocinética clínica • Farmacoepidemiologia – Controle de pragas e vetores de doenças. • Fitoterapia – Utilização de medicamentos fitoterápicos na cura de doenças. • Gases e misturas de uso terapêutico – Alguns destes gases são usados na anestesia. • Genética humana – Clínicas de reprodução e fertilidade humana • Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde – O farmacêutico cuida dos materias descartados, com atenção para a contaminação do meio ambiente. • Hematologia clínica – Bioquímica do sangue solicitada pelos médicos para desvendar doenças. • Hemoterapia • Histopatologia – Define se o a composição histológica está normal ou patológica. • Histoquímica – Química dos tecidos. • Imunocitoquímica • Imunogenética e histocompatibilidade • Imunohistoquímica • Imunologia clínica – Testes imunológicos reclamados pela clínica médica. • Imunopatologia • Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social • Micologia clínica • Microbiologia clínica • Nutrição parenteral • Parasitologia clínica – Identifica parasitas. • Saúde pública – Em farmácias de postos de saúde, hospitais, ambulatórios. Assim como na prevenção de doenças. • Toxicologia clínica • Toxicologia ambiental – Estuda a contaminação tóxica de ambientes. • Toxicologia de alimentos – Realiza testes bromatológicos, determina quantidades viáveis de constituintes para alimentos, etc. • Toxicologia desportiva – Busca devendar casos de dopping, ou uso abusivo de substâncias por atletas. • Toxicologia farmacêutica – Estuda as relações tóxicas de medicamentos e fármacos no organismo humano ou animal • Toxicologia forense – Investigação de overdoses, mortes por decorrência de produtos químicos, além de diversas outras análises.
• Toxicologia ocupacional – Estuda a toxicologia dos trabalhadores e seu lugar de trabalho. • Toxicologia veterinária – Estuda as substâncias tóxicas que afetam os animais, assim como sua alimentação. • Vigilância sanitária – Fiscalização de estabelecimentos que devem seguir normas da vigilância sanitária do país. • Virologia clínica – Detecção e identificação de vírus causadores de doença. No setor público • Militar • Fiscal sanitário • Auditor em saúde • Perito criminal • Universidades Federais e Estatuais • Hospitais • Postos de Saúde