Programa de Discipulado da Igreja Metodista IGREJA METODISTA CENTRAL EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, CONGREGAÇÃO EM VILA ESTER, METODISTA EM JARDIM SATÉLITE E METODISTA EM JACAREÍ-SP
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos.” Mateus 28.18-20
*Estas palavras foram dirigidas aos discípulos por Jesus pouco antes que Ele fosse elevado aos Céus e se assentasse à destra do Pai. *A Bíblia afirma que, além dos apóstolos, mais de 500 pessoas viram Jesus depois de ressurreto e que o Espírito do Senhor foi concedido a todos os que creram. *Portanto, este chamado não se dirigiu especificamente a um ou a outro discípulo, mas a toda a Igreja de Cristo. “Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra.” Atos 8.4
*Nós somos a Igreja do Senhor hoje, embaixadores de Cristo nesta terra, e, portanto, temos parte nesta missão. *Diante desta realidade, nossa responsabilidade neste chamado nos leva a olharmos com mais atenção para a evangelização em nossa Igreja e a considerarmos sobre nossa caminhada como discípulos do Senhor.
*Como, em nossa Igreja, a evangelização tem acontecido? *Podemos encontrar a resposta perguntando para nós mesmos: o que tenho feito hoje para a Igreja de Cristo? *Teríamos provavelmente duas respostas: 1) Participo de um ou mais ministérios na Igreja. 2) Apenas participo dos cultos. Sendo assim, onde estaria a evangelização? Será que todos têm respondido ao chamado do Senhor?
Concílio Local Mesa do Concílio Local
CLAM Ministério de
Ministério de
Ministério de
Ministério de
Ação Docente
Expansão Missionária
Ação Social
Ação Administrativa
Pontos
Min. de
Instituições
Ação Social
locais
Congregações
Pregação
Tesouraria Local
Ministério Ministério de Escola Instituições Grupos Societários Dominical da Criança Educação Cristã Ensino
Secretaria da Igreja
Ministério de Música e Arte
Ministério da
Ministério da
Ministério de
Ministério de
Família
Comunicação
Ornamentação
Oração e Intercessão
Ministério da Administração
Ministério de Apoio Pastoral
Concílio Local Mesa do Concílio Local
CLAM Ministério de
Ministério de
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Ação Docente
Expansão Missionária
Ação Social
Ação Administrativa
Pontos
Min. de
Instituições
Ação Social
locais
Congregações;;
Pregação
Tesouraria Local
Ministério Ministério de Escola Instituições Grupos Societários Dominical da Criança Educação Cristã Ensino
Secretaria da Igreja
Ministério de Música e Arte
Ministério da
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Ministério de
Ministério de
Família
Comunicação
Ornamentação
Oração e Intercessão
Ministério da Administração
Ministério de Apoio Pastoral
*Poderíamos argumentar que a Missão deveria ser realizada pelo Ministério Pastoral e pelo Ministério de Evangelização e Expansão Missionária. *Contudo, não seria isso uma contradição, visto que Jesus enviou TODOS a pregar o Evangelho e a fazer discípulos? *Infelizmente, apesar de equivocada, esta argumentação tem tomado conta das Igrejas e o resultado tem sido lamentável.
*Pode-se constatar isto analisando estatísticas das Igrejas Metodistas no Brasil ou da nossa própria Igreja local:
-Quantos novos convertidos têm sido introduzidos na Igreja a cada ano? -Quantos membros da Igreja estão envolvidos com a Evangelização? -Onde está a ênfase evangelística nas programações dos ministérios e grupos societários da Igreja local? -Quantas pessoas eu ganhei para Jesus neste ano, ou então, desde que me converti?
*Se olharmos para a Igreja, encontraremos um Ministério de Missões Ativo? *Torna-se impossível negar que, apesar de terem existido alguns movimentos evangelísticos, como as Fogueirinhas, ou a aplicação das Quatro Leis Espirituais, os quais conseguiram envolver apenas parte dos membros, a ênfase dos cristãos e, consequentemente, das igrejas, tem se limitado apenas à sua manutenção.
*Se olharmos um pouco ao redor poderemos ver o quanto as pessoas estão carentes do amor e do senhorio de Jesus, a começar com a nossa própria família e vizinhança. *Jesus nos revelou que o Pai quer que todos se salvem, a ponto de dar Seu único Filho para isso!
*Imagine o quanto nossa família, cidade e país serão abençoadas quando se tornarem discípulos do Senhor! “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos” Mateus 9.37
*O Senhor Jesus afirmou: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” João 15.1-8
*Como poderemos dizer que permanecemos em Jesus se desobedecermos à Sua ordem? *Cabe à Igreja anunciar o Evangelho, e a Igreja é você, é cada um de nós! *Assim como Jesus escolheu Seus discípulos, ensinou-os a viver no caminho do Senhor e os enviou, assim também devemos agir. *Cada um de nós deve não somente ganhar pessoas para Jesus, mas também caminhar com elas para consolidá-las na fé, discipulá-las e enviálas para ganhar outras pessoas, assim como fizeram os apóstolos, Paulo, Timóteo e muitos outros.
ESCADA DE CRESCIMENTO
ESCADA DE CRESCIMENTO
*A Dinâmica do Discipulado
Nossa missão: Fazer discípulos/as Nossa estratégia: Discipulado Nosso Plano de Ação: Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar Portanto, ganhar, consolidar, capacitar e enviar são ações que contribuem para que o objetivo final seja alcançado: Fazer discípulos e discípulas de Jesus, que se tornem discipuladores e discipuladoras em nome de Jesus.
GANHAR São todas as ações realizadas pela igreja e que levam pessoas a conhecerem Jesus e o receberem como Senhor e Salvador de suas vidas. Quando alguém se converte, dizemos: Ganhamos mais uma vida pra Jesus! No discipulado o elemento chave para ganhar pessoas para Cristo é o testemunho pessoal. Pregamos com a vida e, se preciso, usamos palavras. No primeiro momento, quando o discipulado está sendo implantado na comunidade, incluímos aos poucos nos grupos os membros da igreja, mas lembre-se que o objetivo maior é gerar discípulos e não transformar membros da igreja em membros de grupos. Wesley tinha seu objetivo bem definido: “Nada a fazer a não ser ganhar almas.” Para tanto, vamos usar vários meios: 1) Células evangelísticas; 2) Evangelismo pessoal; 3) Evangelismo de rua; 4) Decisão na Igreja; 5) Eventos com o fim de apresentar Jesus. Vamos priorizar as células evangelísticas, mas todas a ações que a Igreja está acostumada a realizar e outras que o Espírito direcionar devem ter como objetivo primeiro levar pessoas ao encontro de Jesus.
CONSOLIDAR Consolidar é o acompanhamento que se dá ao novo convertido até que ele esteja firmado em Cristo. Consolidar é firmar o fruto para que ele cresça com qualidade.
A consolidação inicia na decisão da pessoa por Cristo e vai até que ela esteja firme. A consolidação bem feita é determinante para que o fruto vingue e cresça com qualidade. A recomendação é que este se torne um ministério específico dentro da igreja. Todo/a novo/a convertido/a deve passar pelo ministério de consolidação. Este realiza com o/a recém-nascido/a, um conjunto de ações coordenadas com o objetivo de que o/a novo/a convertido/a seja firmado/a na fé e na comunidade.
DISCIPULAR (Ensino e Capacitação) Discipular é o caminho prático, isto é, o serviço que em amor nós prestamos aos salvos em Cristo Jesus. Discipular é compartilhamento de vida: é investir sua vida em outros para que eles cresçam em Cristo. Como diz Paulo a Timóteo (IITm 2.2), é transmitir o que Deus tem nos dado a outros para que também eles possam transmitir a outros. Discipular é formar líderes com o caráter de Cristo. Discipular exige dedicação do tempo, talentos, dons e recursos que Deus tem nos dado para o desenvolvimento de pessoas, por isso não é possível de ser realizado com um grande número de pessoas. Discipulado é comparável a educação de filhos. O ideal é ter tantos discípulos quantos você possa cuidar e formar com qualidade. No discipulado capacita-se vidas através do Curso de Capacitação de Líderes (CCL) e da participação nos pequenos grupos de Discipulado, onde o irmão/ã recebe orientações cristãs sobre a moral, a ética cristã e o caráter, preparando-o para uma vida cristã frutífera. O processo de ensino e formação nos discipulado acontece de maneira vivencial de acordo com as seguintes etapas: 1º - Eu faço, eles vêem, eu explico o que fiz. 2º - Nós fazemos juntos, enquanto explico o que fazemos e tiro as dúvidas. 3º - Eles fazem, eu vejo, os afirmo, motivo e corrijo, se necessário, enfatizando o que é importante no que fizeram. 4º - Eles fazem, eu os acompanho, nós avaliamos juntos o que foi feito e corrigimos o que for necessário. 5º -Eles são enviados a fazer sozinhos. (Pode ser que uma etapa precise ser praticada várias vezes até se passar para outra.)
Escola Dominical: Na Igreja Metodista temos, na ED, nossa agência de capacitação. Nos últimos anos temos visto as escolas e universidades diversificarem seus ambientes de aprendizado, já que o dinamismo da própria vida requereu uma reinvenção de sua estrutura. De maneira alguma o Curso de Capacitação de Líderes substitui a Escola Dominical. Pelo contrário, ela continua capacitando para a missão. Neste caso, suas salas podem abrigar a classe de consolidação (novos/as convertidos/as) e as outras capacitações podem funcionar como cursos em extensão. Acreditamos que a palavra não é substituição e sim readaptação. Vale muito a criatividade, traço inconfundível da personalidade divina, a qual carregamos em nós através do DNA de nosso Pai. Haja criatividade para criar filhos/as!!!
ENVIAR Enviar é a resposta de que quem acolheu a graça salvadora, santificadora e serve a Deus e ao próximo com alegria. Quando somos enviados em missão, damos resposta clara que o discipulado em nossa igreja ministerial não se fecha em si mesmo, pelo contrário, sai em serviço de Deus ao encontro de outras pessoas que necessitam de salvação, santificação e serviço. Temos que tomar o cuidado para não adiar demais o envio e perder o melhor momento de frutificação das pessoas. Como Paulo disse a Timóteo, procuramos pessoas fieis e idôneas (II Timóteo 2:2), ou seja, o que importa é o caráter. Observação: Sabemos que nem todos/as que passam pelo Curso de Capacitação de Líderes tem perfil para liderar grupos pequenos. Porém, como nossa Igreja é uma Igreja de dons e ministérios, estes/as, poderão ser aproveitados/as em ministérios, projetos e grupos societários... O que não falta é espaço para lideranças, já que os dons e os ministérios é o Espírito quem distribui como bem lhe apraz.
Mas como faremos isso? A base fundamental para alcançar este objetivo é a vida com Deus. Ao discipular os apóstolos, Jesus teve que ser um exemplo de vida com Deus, a fim de ensiná-los e então enviá-los por todo o mundo. Diante disto, a Igreja Metodista desenvolveu o Programa de Discipulado, cujo objetivo é conduzir todo crente à pratica de uma vida com Deus íntegra e abundante, de maneira que se torne um verdadeiro discípulo de Cristo, ganhando não crentes, consolidando, discipulando e enviandoos. Todo o processo ocorrerá através dos relacionamentos pessoais, conforme o exemplo de Jesus.
Para que o Programa de Discipulado se torne uma verdade nas Igrejas, adotou-se uma estratégia de transição, partindo da atual maneira de caminhar da Igreja em direção ao seu despertamento evangelístico. TRILHO DE FORMAÇÃO DE DISCÍPULOS/AS O discipulado é um processo em que levamos alguém a passar por quatro estágios da escada de crescimento: ganhar, consolidar, discipular e enviar. Existem algumas estruturas que são fundamentais na execução desse processo, o qual chamamos de trilho de formação do/a discípulo/a. O/a discípulo/a tem um caminho, degraus que, se galgados, ajudarão a crescer como discípulo/a e a cumprir o chamado da Grande Comissão. São estes:
1. A CÉLULA EVANGELÍSTICA
A célula é uma excelente estratégia para se desenvolver os valores e processos do discipulado, pois nela ganhamos, consolidamos, treinamos e enviamos. Primeiramente, desafiamos todos/as os/as irmãos/ãs da célula a orar e jejuar durante um período por pelo menos três pessoas do seu convívio e também testemunhar a elas. Depois, convidamos essas pessoas para o encontro da célula. Normalmente, a palavra compartilhada é evangelística e o objetivo é despertar as pessoas para Jesus. Quando a pessoa é despertada e se interessa por conhecer mais, a pessoa que a convidou para participar da célula tem a responsabilidade de, como testemunha, levá-la a conhecer a Jesus Cristo e recebê-lo como Senhor e Salvador da sua vida e ajudá-la a se integrar na célula.
Já está provado que se as pessoas não conseguem desenvolver de três a cinco relacionamentos de amizade nos grupos dos quais participam, oitenta e sete por cento das pessoas não permanecerão nesse grupo por mais que gostem da estrutura do grupo; ou seja, por mais que gostem de uma igreja, do louvor, do sermão, da estrutura do culto, do templo, se as pessoas não desenvolverem relacionamentos não permanecerão na igreja. Esse é o outro objetivo da célula evangelística, ajudar as pessoas a desenvolverem esses relacionamentos de amizade antes de virem para o culto no templo. Quando vem participar do culto, já vem com os vínculos formados na célula, com isso, noventa por cento permanecem.
A reunião da célula evangelística é semanal e a estrutura básica de uma célula é: 1) BOAS VINDAS: o/a líder promove a apresentação dos visitantes e lhes dá as boas vindas. 2) LOUVOR: (10’) Canta-se uma ou duas músicas (nos grupos onde não há quem toque, pode-se tocar um CD ou realizar apenas uma oração de gratidão. 3) QUEBRA-GELO: (dura de 5’ a 10’) Alguma dinâmica que promova a descontração do grupo, especialmente quando há visitantes (ex. pedir a cada um que resuma em uma frase o que de mais importante lhe aconteceu durante a semana. 4) PALAVRA: (20’) Os líderes recebem uma folha com o esboço do estudo que devem ministrar e seguem o roteiro. Recebem esse estudo de seus líderes na célula de discipulado (estrutura que veremos a frente). A estrutura do estudo é simples e deve ser ministrada numa linguagem simples acessível ao novo que chegou na célula. Devemos ter cuidado com palavras e expressões que só tem sentido para quem é crente. A linguagem deve ser acessível a qualquer pessoa. 5) APELO E ORAÇÃO DE ENTREGA: (5’) todo estudo encerra com um apelo na célula evangelística. Normalmente o apelo já vem embutido na conclusão do estudo. 6) ORAÇÃO FINAL: (5’) Tempo de intercessão pelas necessidades especificas de cada pessoa e pelos alvos da célula. 7) AVISOS: (10’) transmitir informações importantes da Igreja e da célula. Os estudos são direcionados pelo pastor da Igreja, provendo a todos os Grupos de Discipulado a ministração do mesmo assunto.
2. ENCONTRO DE RENOVAÇÃO ESPIRITUAL (COM DEUS) No segundo momento, a célula envia esse novo crente ao Encontro de Renovação Espiritual (com Deus). Esse retiro é uma estratégia de impacto na vida das pessoas, visando ganhá-las e consolidar a decisão por Jesus Cristo. (1. Carta Pastoral do Colégio Episcopal, “Testemunhar a graça e fazer discípulos e discípulas, página 40 2. Orientação Regional Para o Discipulado, página 7)
O retiro acontece em três dias, tendo início na sexta-feira e terminando no domingo à tarde. Existem quatro palestras de preparação para o encontro que são ministradas antes da pessoa ir, a isso se chama de pré-encontro, também existem quatro palestras que são ministradas normalmente uma semana após o encontro. O objetivo é ajudar a pessoa que está começando a vida cristã a saber como agir para não perder o que recebeu no encontro. Chamamos isso de pós-encontro. Após o encontro a pessoa também é estimulada a participar do Curso de Capacitação de Líderes (CCL).
A chegada do encontro acontece durante o culto vespertino dominical e há uma flexibilidade na liturgia para ouvir os testemunhos dos encontristas. No culto de recepção os familiares dos encontristas são convidados. A chegada do Encontro deve ser celebrada com festa e gratidão por toda a comunidade. O Encontro de Renovação Espiritual (com Deus) é um retiro espiritual com o objetivo de impactar os/as participantes a ponto de marcar suas histórias de fé. E é também de desafio a uma nova vida em Cristo Jesus. Apesar de ser um retiro para pessoas que ainda não tiveram um encontro com Cristo, a princípio, mesmo aqueles/as que já se encontraram com Ele, são convidados/as a participar. Pra quê? Para renovo da fé, para confronto com a realidade humana, para experimentar a dinâmica do discipulado e para poder trabalhar nos próximos encontros servindo àqueles/as que, como já dissemos, ainda não conhecem a Jesus.
3. A CONSOLIDAÇÃO Como já dito, cada novo convertido deve receber um membro da célula para acompanhá-lo, que se responsabilizará por consolidá-lo em sua decisão por Jesus e também ajudá-lo a se integrar na vida da Igreja. É um discipulado inicial realizado por meio de reuniões individuais. Essa consolidação pode ser realizada em 12 semanas através de uma reunião planejada de uma hora semanal para compartilhar temas pertinentes aos primeiros passos da vida cristã. Após essas semanas, o novo discípulo deverá receber a continuidade do acompanhamento através de um discipulado individual, em frequência quinzenal ou mensal, ajudando-o a continuar crescendo no processo de discipulado.
4. CURSO DE CAPACITAÇÃO DE LÍDERES O Curso de Capacitação de Líderes (CCL) é um espaço de formação na vida de todos aqueles/as que passaram pelas etapas do Pré-encontro, Encontro e Pós-encontro. Esse é um padrão de formação da visão do discipulado. É inegociável e as etapas não podem ser queimadas pela pressa de iniciar as células e formar de maneira inconsistente as pessoas que serão futuros líderes de células. Consideramos o CCL uma ferramenta fundamental, o coração do discipulado, pois sem desenvolvimento de líderes, não há frutos. Nada de ajustar ou negociar para agradar as pessoas. Devem existir critérios para que, no futuro, não haja problemas no desenvolvimento do discipulado. Uma má formação dos discípulos compromete toda a visão de termos discípulos/as saudáveis espiritualmente, com o caráter tratado.
Os principais objetivos do Curso de Capacitação de Líderes são: • capacitar, num período de nove meses a um ano, cada discípulo dentro da visão do Reino de Deus e da Igreja; • fornecer o ensino necessário a cada discípulo para seu bom desenvolvimento na vida cristã e liderança; • envolver toda a igreja em uma capacitação sistemática da fé cristã; • habilitar discipuladores para que, uma vez capacitados, possam capacitar outros; • descobrir líderes potenciais para envolvimento nas diferentes áreas da igreja; • gerar segurança na igreja, como um todo, de que os seus discipuladores possuem qualificação necessária para acompanhamento individual e nas células.
O Curso pode ser desenvolvido em três módulos: Fundamentos da fé, Caráter Cristão e Ide e Fazei Discípulos. Em Fundamentos da fé, o conteúdo é a base da doutrina cristã, Dons e Ministérios e Metodismo. Caráter cristão trata de princípios espirituais sobre transformação da alma e santidade. Ide e Fazei trata da visão e prática de células e o processo do discipulado.
MÓDULO I
MÓDULO II
MÓDULO III
FUNDAMENTOS DA FÉ
CARÁTER CRISTÃO
IDE E FAZEI DISCÍPULOS
1. O Pecado 2. O Arrependimento 3. A Salvação 4. O Novo Nascimento 5. A Fé 6. O Batismo 7. A Santificação 8. O Espírito Santo 9. A Bíblia 10. A Igreja 11. O Testemunho 12. A Santa Ceia 13. A Imposição de Mãos 14. Dons e Ministérios 15. Escola Dominical 16. O Metodismo 17. Como vencer os obstáculos
1. Caráter Cristão 2. Coração Submisso 3. Coração Servo 4. Coração Ensinável 5. Coração Fiel 6. Coração Amoroso 7. Coração Manso 8. Coração Perdoador 9. Coração Alegre 10. Coração Purificador 11. Coração Bondoso
1. O poder da Visão 2. Movidos por uma Visão 3. Visão – base e conceituação 4. Célula, o Centro da Multiplicação 5. Célula, o seu nascimento 6. Célula e sua Dinâmica 7. Consolidação 8. Consolidação, um Trabalho com Zelo 9. O Discipulado 10. Discipulado, um Grupo para a Excelência 11. O Líder no Discipulado 12. Líder Tratado, Líder Abençoado
5. REENCONTRO (PARA NOVOS LÍDERES DE CÉLULAS) O objetivo do Reencontro é proporcionar um aprofundamento no tratamento do caráter do/a discípulo/a de forma específica nos sentimentos e nas emoções. Não existe discípulo/a pronto/a, pois todos/as necessitam do trabalhar do Espírito Santo em sua vida para ser liberto/a de limitações psicológicas, de traumas e de tudo aquilo que inibe o seu potencial em Cristo. O Reencontro também acontece em um final de semana, começando na sexta-feira à noite e indo até domingo à tarde. Serve de cura interior e de um grande despertamento na vida dos/as líderes em formação para serem enviados/as para abrir a sua célula.
6. O GRUPO DE DISCIPULADO (GD) O Grupo de Discipulado diferente de uma célula normal; é uma reunião semanal ou quinzenal do discipulador com seus discípulos que já multiplicaram e abriram suas células, ou seja, é um grupo de líderes. O objetivo é alimentar e aprofundar o conhecimento sobre o discipulado e realizar uma capacitação contínua na vida dos discípulos. Os discípulos necessitam serem sempre alimentados dentro da visão para estarem sempre crescendo nos princípios do Reino de Cristo. Esse contato do/a discipulador/a com os/a discípulos que já multiplicaram pressupõe três momentos. São eles: O primeiro momento é quando passamos para os/as discípulos/as o esboço do estudo que eles repassarão na sua célula, explicando-o. Também passamos um estudo para os/as discípulos/as; ou seja, neste momento passamos o alimento que eles darão aos outros e também os/as alimentamos.
No segundo momento, tratamos dos problemas que os/as discípulos/as têm enfrentado em suas células; divulgam-se os avisos de eventos e outros que precisam ser dados, recebem-se relatórios e outras tarefas que têm a ver com o funcionamento estrutural do discipulado. Além desses dois momentos que acontecem durante a reunião de discipulado, a célula de discipulado também possui um momento de oração e ministração sobre a vida dos/as discípulos/as e, algumas vezes, um momento social como um café, almoço, jantar para motivar o entrosamento entre os participantes dessa célula. A célula de discipulado não é aberta a visitantes, como a evangelística, e é restrita a um número de dez a quinze pessoas, por isso há a necessidade de entrosamento, para que se tornem uma equipe de excelência no desenvolvimento de discípulos/as e líderes de célula. O terceiro momento que o discipulador/a deve ter com seus/suas discípulos/as é o momento pessoal, que não acontece em grupo, é individual. Nessa hora, o/a discípulo/a tem a oportunidade de abrir assuntos pessoais que ainda não se sente a vontade para abrir no grupo e é a oportunidade que o/a discipulador/a tem para, por meio da convivência, da amizade e de um relacionamento cheio de amor, ministrar e influenciar a vida do/a discípulo/a.
*O resultado deste processo é simples: o evangelismo passa a ser praticado individualmente e em cada multiplicação o número de convertidos aumenta exponencialmente. *Por exemplo, considere um grupo inicial de 10 discípulos. Assim que este multiplicar, cada discípulo convidará até 13 pessoas para seu novo grupo. Supondo que cada uma convide 5 pessoas, após a 1ª multiplicação existirão 50 discípulos. Após a 2ª multiplicação, já serão 250 pessoas. Na 3ª, este número passa para 1250 discípulos! *Considerando que serão convidados não convertidos para os grupos, o número de pessoas evangelizadas sempre crescerá!
*Assim, diferentemente de outros movimentos evangelísticos, o Programa de Discipulado passa a envolver TODOS os membros da Igreja, não mais como um ministério específico da Igreja, mas como um estilo de vida de cada crente! *O resultado é que, ao invés de subtrair de outros ministérios, este programa vem somente adicionar na vida da Igreja, não mudando em nada a estrutura da Igreja.
Veja como isso ocorre: a Igreja hoje possui seus ministérios e seus membros se dedicam de forma praticamente exclusiva ao uso de seus dons, enquanto o evangelismo é, basicamente, tarefa do Ministério Pastoral e do Ministério de Evangelização e Expansão Missionária.
Ministério da
Ministério da
Ministério de
apoio pastoral
administração
educação cristã
Ministério da ação social Ministério da criança Sociedade de Mulheres
Ministério da oração e intercessão
Ministério da família Sociedade de Homens
Ministério da música e arte
Ministério da ornamentação
Ministério da comunicação
Ministério da
Ministério de
escola dominical
Expansão Missionária
Sociedade de Jovens
Sociedade de Juvenis
Com o Programa de Discipulado como base, a prática dos dons e ministérios não muda em nada, contudo o evangelismo passa a ser um estilo de vida de todos, tornando-se presente em todas as atividades da Igreja.
Ministério da
Ministério da
apoio pastoral
administração
Ministério da ação social
Ministério da oração e intercessão
Ministério da criança
Ministério da família
Sociedade de Mulheres
Sociedade de Homens
educação cristã
Ministério de
Ministério da música e arte
Ministério da ornamentação
Ministério da comunicação
Ministério da
Ministério de
escola dominical
Sociedade de Jovens
Sociedade de Juvenis
Programa de Discipulado
Expansão Missionária
A vida comum da Igreja permanece e, na verdade, se fortalece, adicionando-se à prática do dia a dia as reuniões nas casas, o que tornará a comunhão e a unidade da Igreja cada vez mais intensa e abençoadora.
Ministério da
Ministério da
Ministério de
apoio pastoral
administração
educação cristã
Ministério da ação social
Ministério da oração e intercessão
Ministério da criança Sociedade de Mulheres
Ministério da família Sociedade de Homens
Ministério da ornamentação
Ministério da música e arte Ministério da comunicação
Ministério da
Ministério de
escola dominical
Expansão Missionária
Sociedade de Jovens
Programa de Discipulado
Sociedade de Juvenis
+
A igreja em discipulado não anula a igreja de dons e ministérios. Pelo contrário, andam juntas, pois “cada metodista é um/a missionário/a, é pastoreado/a num pequeno grupo, exerce seu dom em um ministério e pertence a um grupo societário.” Numa igreja que vive o discipulado como estilo de vida, os ministérios e as sociedades são veículos através dos quais o/a discípulo/a de Cristo presta seu serviço a Deus e à comunidade. No plano nacional (2012-2016, p. ), uma das ênfases do discipulado é : Promovê-lo na perspectiva da salvação, santificação e serviço. “Também o movimento Wesleyano impõe uma prática do discipulado focado na salvação, na santificação e no serviço em nossa caminhada cristã. “As classes, como recriação da comunidade de fé, foram o segredo da implantação do movimento metodista”. As classes produziram uma igreja inserida em sua realidade utilizando uma estrutura de testemunho, mútuo amparo e instrução. Elas tornaram possível o crescimento, não apenas em termos numéricos, mas em qualidade e estilo de vida pessoal e comunitário. Wesley dizia não conhecer religião que não fosse social”. (PLANO NACIONAL MISSIONÁRIO, 2012-2016, p. 22).
No que diz respeito aos ministérios Nas experiências vivenciadas em outras igrejas que estejam sendo conduzidas sob que modelo for, nota-se que todo/a novo/a convertido/a quer, de alguma forma, se envolver com trabalhos ao Senhor e à comunidade. O serviço é um dos frutos que a nova vida em Cristo produz. Neste caso, os diversos ministérios, que temos no nosso modelo de igreja, podem funcionar como agências missionárias através da qual o serviço é prestado a Deus e ao próximo. A prioridade são os pequenos grupos, mas não tem como eles não desaguarem nos ministérios. O fim não é o grupo e sim o cumprimento integral da missão.
Existe uma conexão entre o discipulado em células e os Dons e Ministérios, conforme podemos observar na Carta Pastoral do Colégio Episcopal – “Testemunhar a Graça e Fazer Discípulos e Discípulas” (página 20): “Desenvolver os objetivos do Discipulado resumidos nesses três aspectos: crescimento dos novos membros, integração no programa de Dons e Ministérios da Igreja e formação e treinamento de novos líderes (convivência, comunhão e aprimoramento das pessoas em seu relacionamento interpessoal, consigo mesmas e com Deus, segundo necessidades e condições específicas). O discipulado não é, portanto, mais um programa da Igreja, mas está em relação direta com a dinâmica de Dons e Ministérios, que orienta os membros da Igreja no cumprimento da missão, sobretudo da Grande Comissão”. (Mateus 28: 18-20).
De acordo com a orientação do Colégio Episcopal, "Todos os membros das nossas igrejas, inclusive o ministério pastoral, serão incentivados a se vincular a uma classe wesleyana (grupo de discipulado, célula, equipes, etc.) sob orientação metodológica do Colégio Episcopal, a fim de dar unidade a este projeto". (Carta Pastoral: Discípulas e Discípulos Nos Caminhos da Missão Cumprem o Mandato Missionário de Jesus. Carta do Colégio Episcopal para o Biênio 2012-2013. p.14). Para que isso ocorra, é necessário iniciar um processo de transição nas comunidades locais, visando à implantação de grupos de células que, além de viabilizar o discipulado, se tornarão uma base para a igreja. Este processo pode gerar em seu início alguns conflitos internos, tendo em vista o fato de que ele propõe a quebra de alguns paradigmas na vida da igreja. Por isso, sempre é necessário que ocorra uma boa reforma na visão missionária do/a Pastor/a e da Igreja Local. Podem surgir, durante o processo, tensões, desconfianças ou até membros da igreja contrários à visão do discipulado. Nessas circunstâncias, é necessário ter paciência e, principalmente, dependência de Deus e da sua palavra, pois o discipulado é bíblico e, de forma geral, este processo de transição pode levar algum tempo.
Também consideramos claramente que é de total responsabilidade do ministério pastoral da igreja a condução do processo de implantação do discipulado. É o/a pastor/a quem deve trabalhar os conceitos, ele é quem deve implantar e ser o/a primeiro/a professor/a do Curso de Treinamento de Líderes e o/a primeiro/a líder de célula. O discipulado não pode ser tratado como mais um Ministério da igreja ou mais uma atividade e programação local ou algo semelhante. O/a pastor/a não deve “terceirizar” o discipulado para outros coordenadores nem deixar ser visto como opcional. O discipulado precisa ser trabalhado como a base da igreja, com vistas ao cumprimento da Grande Comissão, mobilizando cada membro a ir e fazer discípulos, enquanto os programas de Dons e Ministérios locais mobilizam corpo para o serviço de edificação e aperfeiçoamento dos crentes e servir a comunidade local com seus dons e talentos. Novamente, afirmamos que, no processo de implantação do discipulado, não é pretensão mudar as estruturas de governo da nossa igreja, nem isolar suas tradições. Pelo contrário, cremos que o discipulado como estratégia deva dinamizar a igreja a cumprir a missão pela qual ela existe: “participar na ação de Deus no seu propósito de salvar o mundo”.
O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO PASSO A PASSO PASSO 1: Investir um período em passar a visão com clareza e objetividade para a Igreja Local Para a implantação acontecer de forma segura, o/a Pastor precisa ensinar sobre a visão do discipulado, muitas vezes repetindo todo processo até que se torne compreendido por todos. Pode-se fazer seminários ou pregações intencionais e sistemáticas por um tempo suficiente para quebrar paradigmas e formar uma nova expectativa na Igreja. Isso requer determinação do/a líder. Pode acontecer que alguns membros da igreja local se cansem de ouvir falar do processo da implantação, por isso é preciso estar esclarecido e seguro. É fundamental passar a visão na igreja local com tranquilidade, para não haver divisão no corpo de Cristo. PASSO 2: Mobilizar toda Igreja num projeto de oração pela implantação do discipulado Muita oração é a chave para todo o processo de discipulado dar certo em qualquer igreja. Por isso, começar com um grande projeto de oração irá facilitar todo o processo. Pode fazer um projeto com 30 dias de Oração e Jejum, vigílias, oração todos dos dias no prédio da Igreja, etc..
Passo 3: Motivar toda a liderança e depois os membros da Igreja a passarem pelo Encontro de Renovação Espiritual Após a liderança ter tomado junto com o/a pastor/a a decisão de implantar o discipulado, eles deverão participar do Encontro de Renovação Espiritual, pois assim terão condições de orientar e esclarecer os demais membros da igreja que serão desafiados a participarem posteriormente do retiro. Depois que passamos para a liderança, começamos a enviar os demais membros da igreja ao retiro espiritual de impacto. Passo 4: Organizar o Curso de Capacitação de Líderes e motivar os que passaram pelo Encontro de Renovação Espiritual a se matricularem Após passarem pelo Encontro, todos/as deverão participar do CCL. Como já explicamos anteriormente, o objetivo do encontro é impactar as pessoas. Ao participar, as pessoas acabam se desarmando das desconfianças sobre o modelo de discipulado e são estimuladas a serem discipulados/as e a fazerem discípulos/as, contudo, é no Curso de Capacitação de Líderes que elas serão esclarecidas sobre o projeto. No Curso de Capacitação de Líderes é que receberão as informações básicas necessárias para entenderem e participarem do projeto.
Passo 5: Selecionar a célula-matriz e ministrar Durante o período do Curso de Capacitação de Líderes, o/a pastor/a deve avaliar os participantes para selecionar os que irão participar da célula-protótipo (grupo base de discipulado).Esse processo de seleção é chave para o sucesso do projeto, pois esta célula estabelecerá o padrão para as demais, serão o modelo referencial das outras células que surgirem. Após completar o CCL é necessário ter uma frequência mínima de 75% e alcançar a média para ser aprovado no curso, selecionamse então pessoas para compor a célula- protótipo. Essa seleção deverá ser feita entre os alunos do curso, e, como visto anteriormente, deverão ser selecionados/as segundo o caráter. As qualificações para esses/essas que comporão a célula matriz são as seguintes: •submissos; •ensináveis; •transparentes; •fiéis; •devem ouvir a voz do/a Pastor/a local; •devem ter vida consagrada; •disponíveis (estão dispostos a mexer em sua agenda pela visão); •devem ser frutíferos ou terem disposição no coração para frutificar.
Se não houver ninguém que preencha todos os critérios, os três indispensáveis são: ser ensinável, disponível e ouvir a voz do/a pastor/a. Se a pessoa tiver isso, será possível, com a ajuda de Deus, desenvolver as demais características. A célula-matriz pode ser mista, mas, na primeira multiplicação, queremos incentivar a que se tornem homogêneas (homens e mulheres separados). Isso facilita o desenvolvimento de relacionamentos pessoais e comprometidos, o que é um dos objetivos da célula, pois com pessoas do sexo oposto as pessoas podem ter mais resistência a se abrirem. Na célula-matriz, ministramos estudos que ajudarão as pessoas a desenvolverem o que é necessário para fazerem discípulos/as que geram discípulos/as; também investimos nossa vida nessas pessoas para ajudá-las a serem as multiplicadoras de vida que Deus gostaria. Também nesse período deve-se buscar vivenciar todos os valores de uma célula e sua dinâmica.
Passo 6: Motivar a chamar outros membros da Igreja que estão fazendo o CTL e ensinar na prática como funciona uma célula e como cuidar de discípulos/as Após um período de cerca de três meses ministrando esses estudos, estimula-se os participantes da célula-matriz a convidarem de uma a três pessoas da igreja que estão fazendo o curso de líderes nesse primeiro momento para participarem também. Quem convida deve acompanhar e cuidar, por isso devem observar os mesmos critérios de seleção utilizados pelo/a pastor/a para chamarem. Quando o/a pastora/ perceber que as pessoas que eles chamaram num primeiro momento já aprenderam a cuidar dos/as que eles têm chamado (entram em contato fora do dia da reunião para saber como têm passado, visitam, marcam almoços e passeios para ter tempo de convivência, assistem na hora da crise, ajudam a procurar ajuda se eles/as mesmos/as não sabem o que fazer), ou seja, aprenderam a se responsabilizar pelo crescimento de seus discípulos, é momento de liberá-los para convidar pessoas que não são da igreja para participarem. É fundamental, no processo de transição, que se equilibre a entrada de pessoas da igreja com pessoas de fora, para não correr o risco de transformarmos membros de igreja em membros de célula. É neste momento que transformamos o grupo matriz numa Célula Evangelística.
Passo 7: Motivar a participar do Reencontro No momento em que o/a pastor/a avaliar que os discípulos da célula-matriz estão preparados para serem enviados, é hora de motivá-los para participarem do Reencontro, uma ferramenta de apoio na motivação para liderar e passar a visão adiante. Passo 8: Liberar os que aprenderam e são fiéis para iniciarem suas células Se as pessoas que chamamos para participarem da célula matriz concluíram o CCL, passaram pelo Reencontro, e cada uma delas está orando e investindo para ganhar pelo menos pelo menos três pessoas de fora da igreja e são fiéis, elas podem ser liberadas para multiplicar e abrir a célula evangelística. Passo 9: Planejar a multiplicação da célula evangelística A primeira reunião da célula deve ser aquela em que o grupo sonha e compartilha alvos de crescimento, estratégias de evangelismo, estabelecem-se líderes em formação e uma data de multiplicação. Sugerimos que o grupo compartilhe sobre seus alvos, orem e jejuem por 30 dias pelas pessoas que investirão para ganhar, e então marquem um evento ponte para convidar essas pessoas que são seus alvos.
Passo 10: Iniciar o Grupo de Discipulado (GD) A medida que discípulos/as são enviados para liderarem suas próprias células, eles passam a participar de um outro grupo (que não é a célula-protótipo) chamado Grupo de Discipulado ou Célula de Líderes, um grupo do qual participam somente líderes que multiplicaram ou lideram células. A partir desse grupo, o pastor fará a supervisão.
A Visão do Programa de Discipulado nasceu no coração de Deus. Temos testemunhos vivos ao nosso redor de Igrejas Metodistas que adotaram esta visão e hoje são exemplos de evangelismo com responsabilidade, não levando as pessoas apenas a receber a Jesus, mas consolidando, discipulando e levando-as a discipular outras. John Wesley já dizia: “Estou decidido a não deixar as pessoas meio-adormecidas”!
“Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua
perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportastes provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeira obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.” Apocalipse 2:2-5,7 AMÉM!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: COLÉGIO EPISCOPAL. Cânones. São Paulo, Igreja Metodista, 2012.
COLÉGIO EPISCOPAL. Carta Pastoral do Colégio Episcopal da Igreja Metodista – Discípulos e Discípulas nos caminhos da missão formam uma comunidade de fé, comunhão e serviço. São Paulo, Igreja Metodista, 2014. COLÉGIO EPISCOPAL. Carta Pastoral Testemunhar a graça e fazer discípulos e discípulas. São Paulo: Igreja Metodista, 2007. COLÉGIO EPISCOPAL. Manual do Discipulado. São Paulo: Editora Cedro, 2003 (Série Discipulado, 1). COLÉGIO EPISCOPAL. Carta Pastoral do Colégio Episcopal da Igreja Metodista - Discípulos e Discípulas nos caminhos da missão cumprem o mandato missionário de Jesus. São Paulo, Igreja Metodista, 2011. COLÉGIO EPISCOPAL. Carta Pastoral do Colégio Episcopal da Igreja Metodista – Testemunhar a Graça e Fazer Discípulos e Discípulas. São Paulo, Igreja Metodista, 2008. METODISTA CENTRAL EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, Igreja. Plano de Ação da Igreja (Diretrizes e Metas para as Ações da Igreja 2012-2017). METODISTA CENTRAL EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, Igreja. Regimento Interno. São José dos Campos, 2013. METODISTA CENTRAL EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, Igreja. Plano de Ação Pastoral. São José dos Campos, 2014. METODISTA, Igreja. Plano Nacional Missionário 2012-2016. São Paulo, Igreja Metodista, 2011. METODISTA 3ª RE, Igreja. Orientação Regional Para o Discipulado. São Paulo, Igreja Metodista, 2013. METODISTA 3ª RE, Igreja. Curso de Formação de Líderes. São Paulo, 2014. REGIÃO MISSIONÁRIA DO NORDESTE. Cartilha Unidos e Unidas Pelo Discipulado. Recife, Igreja Metodista . METODISTA EM MANDAGUARI, Igreja. Programa de Discipulado. Mandaguari-PR, Igreja Metodista. METODISTA 5ª RE, Igreja. Manual do Discipulado e Prática de Células em Uma Igreja Ministerial. São José do Rio Preto-SP, Igreja Metodista, 2014. METODISTA 1ª RE, Igreja. Cartilha do Discipulado. Rio de Janeiro, Igreja Metodista. METODISTA 1ª RE, Igreja. Manual de Iniciação e Orientação do Discipulado. Rio de Janeiro, Igreja Metodista, 2014.
ANEXO 1 Quadro-resumo da Implantação Passo a Passo: 1º PASSO
Investir um período em passar a visão com clareza e objetividade
2º PASSO
Mobilizar toda a igreja para um grupo de oração e implantação do discipulado
3º PASSO
Motivar toda a liderança e depois os membros da Igreja Local a passarem pelo Encontro de Renovação Espiritual (com Deus)
4º PASSO
Organizar o curso de capacitação de líderes e motivar os que passaram pelo Encontro a participarem
5º PASSO
Selecionar a Célula-Matriz e ministrá-los
6º PASSO
Motivar e chamar outros membros da igreja e ensinar na prática como funciona uma célula e como cuidar de discípulos/as
7º PASSO
Motivar a participar do Reencontro
8º PASSO
Liberar os que aprenderam e são fiéis para iniciarem suas células
9º PASSO
Planejar a multiplicação como meta obrigatória
10º PASSO
Iniciar o Grupo de Discipulado (GD) e um sistema de supervisão e avaliação periódica da implantação e transição.
ANEXO 2 Sugestão de cronograma simples para implantação do discipulado em células: Passos
1º - Ensino Intencional
2º - Projeto de Oração 3º - Encontro de Renovação 4º - Curso de Capacitação de
Lideres 5º - Abertura de Célula-Matriz 6º - Inserção de alunos do CCL 7º - Reecontro 8º - Abertura das primeiras Células 9º - Planejamento da Multiplicação 10º - Abertura do GD
Jan
Fev
Mar
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez