Peckolt historia plantas alimentares 1871 v 1

Page 1



H

I

S

T

O

R

I

A

DAS

E

D

O

B

R

A

S

DE

I

L

CONTENDO GENERA.LIDA.DES SOBRE A AGRICULTORA BRASILEIRA, A CULTURA, USO E COMPOSIÇÃO CRIMINA DE CADA UMA DELLAS POR ^HEODORO pECKOLT Dr. Phil. hon. pela Academia Leopoldfuo-Carolina Oerm&nla, Pkarmaceutico honorário da Casa Imperial, Official da Imperial Ordem daRos» Cavalleiro da Estrella Polar da Suécia, Membro de varias AssoclaçSei Scientiâcag do Brasil e da Allemanha, etc.

RIO

D E

JANEIRO

BM CASA DOS BMTORES-PBOPRIKTARIOS 1UARDO <fe HENRIQUE LAEMMERT 68, Rua do Ouvidor, 1871

68



E X C E L S O

M O N A R O H A

0 SMHOE D. PEDRO II

Sテ。IO IMPERADOR DO BRASIL

O JPKOTXCTOK DAS SCIENCIAS

Tributo de profunda homenagem

OFFBRECB

O AUTOS

Illeoiloro

feeWf.



Í N D I C E

G E R A L

PRÓLOGO CAPITULO

I . — Brasil

PAG.

•.

1

»

I I .—Geologia.

»

I I I . — Hydrographia.

5

»

I V — Clima.

7

»

V

»

VI.—A

»

V I L — Campos.

46

»

V I I I . — Matto virgem

48

»

I X . —Substancias nutritivas em geral.

65

»

X . — Hortaliças.

88

»

X I . — Adubos

93

»

X I I . — Bebidas.

97

»

XIII.—Vocabulário

—Solo agricultura em

2

24 geral

42

107



' M a

b r a s i l

« N o s t e u s r i o s d i a m a n t i n o s , « N a s t u a s florestas v i r g e n s Nas tuas m o n t a n h a s d'ouro Tens m i l esquadras, m i l pontes, Se a j u n t a o m a i o r t h e s o u r o E nas e n t r a n h a s dos m o n t e s Que o m u n d o p ô d e i n v e j a r ! » T u d o para u m m u n d o c o m p r a r ! » És o Creso das nações, O o r g u l h o de t o d a a t e r r a : T u d o o q u e é g r a n d e se e n c e r r a No t e u seio c r e a d o r ».

« Eu não praguejo da lavoura provida O b r a ç o creador e i n f a t i g a v e l , Q u e as a r t e s a l i m e n t a , e q u e c o n v e r t e Com m á g i c o poder u m g r ã o em ouro. H o m e m sou, e do f r u c t o , que a c u l t u r a Da t e r r a colhe, m e u sustento f o r m o ; C o n h e ç o o m é d i o t e r m o , a s ã balisa Q u e os l i m i t e s c o n t é m ao u s o h u m a n o : M a s i m p r o v i d a s r u i n a s sem p r o v e i t o , Sem plano, sem f u t u r o 1 ! ! — s i m , lastimo A p e r d a i r r e p a r á v e l de e l e m e n t o s De i n v e j á v e l g r a n d e z a I V e j o c a m p o s S e m e a d o s d e a r b u s t o s ociosos, V e j o nos m o n t e s m i l r o ç a d o s á r i d o s , L a r g o s v a l l e s de i n ú t e i s * c a p o e i r a s , D e r e p t í s e de f e r a s p o v o a d o s , S e m que a m ã o do c u l t o r , m ã o poderosa, E m f é r t e i s r e g i õ e s destra converta T a n t o s t e r r e n o s do d e s l e i x o i m p é r i o . C h o r o dos b o s q u e s a r i q u e z a i m m e n s a , C h o r o das f o n t e s o b e n i g n o a m p a r o , Dos r i o s a r i q u e z a , e o ar s a u d á v e l Q u e as florestas e x p a n d e m d o seu s e i o . »



P R Ó L O G O

A

tendência

das

sciencias

que sempre

onde a inclinação

o estudo

visitar u m

paiz

ins-

tropical,

do m e u espirito pudesse

Sinto-me

Brasil para

para

naturaes devia naturalmente

p i r a r - m e o desejo de

satisfeita.

tive

feliz

minha pátria

por

ler

ser

escolhido

adoptiva:

na

o

riqueza

e variedade de productos naturaes elle nada t e m que

invejar a qualquer

Não

é agora

do

mundo.

o c c a s i ã o de descrever a

impres-

são que experimentei r?

trar na

magnífica

outro

paiz

n o a n n o de 1 8 4 7

bahia

ao

do R i o de J a n e i r o ;

aspecto da v e g e t a ç ã o tropical produzio-me s e n s a ç ã o q u e desisto Levado

pelo

de

de

chegada Janeiro,

onde

fiz

e

desejo ardente

viajei

de

uma

percorrer

e

Espirito

botânicas;

tempo no R i o Doce c o m a tribu e v o l t e i ao R i o d e J a n e i r o

em

o

depois da m i -

pelas p r o v í n c i a s

Minas-Geraes

collecções

o

descrever.

i n t e r i o r d o p a i z , p a r t i seis m e z e s nha

en-

passei dos

Junho

do

Rio

Santo, algum

Nacnenuk de

*

1850.


X Em

1851 estabeleci-me

me occupei

nas

dezesete annos

horas de

em

Gantagallo,

vagas

trabalho

que com

me a

onde

deixarão

parte

pra-

tica d a c h i m i c a , sem-me esquecer de c o m p l e t a r as

minhas

logicas. ramo

collecções

Todos

das

annos,

aquelles que

sciencias

facilmente

botânicas

que

os

qualquer

comprehenderão

trabalhos

de

apezar de feitos p o r m ã o s m e n o s

deverá naturalmente encontrar-se que

possa

isso

pesará

atenuar

ser

as

no

aproveitada

em

espirito

leitor

faltas que

do

os a m i g o s palmente

na p r o d u c ç ã o

bem

substancias

esquecer

cimento

para

encontrará. diárias

mais

com

princido

sólo

necessárias

naturalmente

occupar-me essencialmente

duetos ; a m i n h a

Não

publico:

a lavoura, e a uberdade das

cousa

sensato

certamente

para a vida, d e s e n v o l v e r ã o - m e i d é a de

hábeis,

i n s t r u i d o s q u e se o c c u p a v ã o com

tantos

alguma

A c o m p a n h i a e as c o n v e r s a ç õ e s

bém

pharmaco-

cultivão

naturaes

entre

e

desses p r o -

profissão n ã o deixou-me

as p l a n t a s

cansarei

tam-

medicinaes.

em demonstrar

p e r f e i t o das

a

substancias

que que

o

conhenos

ser-

vem

d i a r i a m e n t e para a n u t r i ç ã o e gozo é da m a i s

alta

importância.

po tem

tem-

u m campo vastíssimo de actividade

vista do grande tem

O a g r i c u l t o r do nosso

de l i d a r ,

n u m e r o de p r o d u e t o s c o m mas

essa

circumstancia,

em que

muito

*


longe

de

excluir, torna

os c o n h e c i m e n t o s

productos,

meio

de

tirar

veito

pecuniário

característico inherentes mes

com

cada paiz

até

porque

mais

da

sua

é

certeza

desses este

o

todo

o pro-

um

cunho

cultura.

a agricultura

que

ao

necessários

botânicos e chimicos

mesmos

E m

ainda mais

depende

terreno,

tem

de

circumstancias

do clima,

dos

costu-

e instrucções do povo. Para o viajante

ob-

servador n ã o p ô d e passar desapercebida a enorme

differença

que

Suissa e

existe

tica

da

que

principia a fundar

entre

o rancho

uma

fazenda

de

m o se d á

entre

as

culturas

de

café,

Europa

do

Norte p

quanto

na

sobre

nossas florestas s e c u l a r e s : uma

fazenda

da

Allemanha

canna,

Inglaterra

a

producção

etc.

carne

p r i n c i p a l m e n t e a a t t e n ç ã o d a classe

café,

as m a g n i f i c a s

assucar,

de a g r i c u l t u r a

milho,

florestas cacáo,

são pois

como

productora

para

etc.

Os

muito

produzir trabalhos

universaes : apenas são

m o d i f i c a d o s s e g u n d o as c i r c u m s t a n c i a s q u e ma

ce-

occupa

da sociedade, o A m e r i c a n o derriba c o m trabalho

e

Ern-

c u l t i v o dos

de

os

o mes-

reaes é a p r i n c i p a l tarefa d á a g r i c u l t u r a , na

rús-

do nosso a g r i c u l t o r ,

destroços

nossas

u m a casa

aci-

citámos.

Emprehendi completo

sobre

primeiramente a

agricultura

um do

trabalho Brasil:

vi


xn felizmente em para u m

tempo

t r a b a l h o de

que

me

f a l l a v ã o as

forças

tal o r d e m ; demais

a im-

p r e s s ã o de u m a o b r a t ã o extensa e x i g i a g r a n d e s sacrifícios resolvi

pecuniários;

fazer

u m

mudei o meu

trabalho

mais

plano

elementar

q u e a b r a n g e s s e o m a i s p o s s i v e l as q u e s t õ e s importantes

de

desse t r a b a l h o

interesse é a

publico.

A

e e

mais

divisão

seguinte:

I ' V o l u m e . — A a g r i c u l t u r a e as p l a n t a s a l i o

mentares e de gozo do B r a s i l e m 2

V o l u m e . — As

o

plantas como

monographias

de n u t r i ç ã o e de gozo, silvestres.

dos differenles

geral.

tanto

T a b e l l a s dos pesos

das

nossas

cultivadas e

medidas

paizes.

E s c a l a de v a l o r n u t r i t i v o das s u b s t a n c i a s a l i m e n tares. 3

V o l u m e . — T a b e l l a s das a n a l y s e s

o

tativas

das

plantas

tratadas nas

quanti-

monographias

precedentes e tabellas da q u a n t i d a d e

de

a l b u m i n a , a m i d o , assucar, g o r d u r a , e e m

azolo, geral

as s u b s t a n c i a s o r g â n i c a s

e inorgânicas

dem

e u m a escala dos c o m -

ter v a l o r n u t r i t i v o ,

postos

azotados e

4

o

po-

hydro-carbonados.

Desenhos m i c r o s c ó p i c o s lidades de

que

das

differentes qua-

amido.

V o l u m e . — A s plantas brasileiras para

t e c h n i c o : a) f i b r a s v e g e t a e s ; b) ó l e o s

uso

essenciaes;


XIII c)

óleos

pingues;

é) s u b s t a n c i a s 5

d)

tinctorias;

tannicas,

Volume.—As

o

substançias

plantas

medicinaes

do

Brasil. Os v o l u m e s

que

se s e g u e m

a este

primeiro

j á se a c h ã o m a n u s c r i p t o s e s ó p r e c i s ã o d e ras

correcções

co.

para

serem

entregues

ao

ligeipubli-

E s t e s v o l u m e s p o d e m ser c o n s i d e r a d o s i n -

dependentes

uns

dos

outros.

Se n ã o posso ter a

pretenção

de

apresentar

monographias com grande valor scientiíico d e q u e m e f a l t a r e m as m a t é r i a s e a necessária força tos

technicos,

uma

obrinha,

pouco

ao

menos

que

pode

com

a

indispensáveis

intellectual e conhecimenoífereço ser

dade para o agricultor, que um

des-

de

ao

publico

alguma

queira

se

parte scientiíica

utili-

occupar

do seu

tra-

balho. As

d i f f i c u l d a d e s de

oppõem mais não

ao

parte

contribuirão possão

substancias

de

ordem

no

para

presente

impossibilidade em

dos

sobretudo u m ramo

também

existir

completa

a

colleccionamento

indispensáveis, fazem

toda

quantidade

de

que

a

elles

eommercio,

algumas

faltas

trabalho. de

obter

A

que quasi

certas

s u f f i c i e n t e fez

sciencia

se

materiaes

quando

que algumas analyses n ã o fossem minuciosidade

que

com

feitas c o m

exige.

a


XIV A

classificação

das

monographias

occupou

s é r i a m e n t e a nossa a t t e n ç ã o . A d i s t r i b u i ç ã o plantas do-se em

segundo

o seu valor n u t r i t i v o ,

especialmente

plásticas

e- r e s p i r a t ó r i a s

niente de collocar muito

n a d i v i s ã o das tinha

basean-

substancias o

inconve-

alimentos da mesma

separadamente,

o

que

das

planta

produziria

repe-

tições inevitáveis. A

classificação

das

plantas

tânicas offerecia, a l é m

de

em familias bo-

outros i n c o n v e n i e n -

tes, o d a i n c e r t e z a d a c o l l o c a ç ã o d e a l g u m a s lugar

competente,

por

n ã o estarem

no

perfeita-

mente classificadas. A d o p t e i a o r d e m

alphabe-

t i c a , b a s e a d a s o b r e os n o m e s v u l g a r e s ; n ã o d e s conheço

entretanto a

menclatura;

pois

insuíficiencia

que

a mesma

de

tal no-

planta

muda

a l g u m a s vezes d e n o m e c o n f o r m e as p r o v i n c i a s e

até

em

porém, o

municípios

que

presente

dem

para

o

próximos.

povo,

para

Parece-nos, quem

é

trabalho, melhor aproveitará

feito a

or-

adoptada.

~ Sendo no nosso paiz extremamente variável,

r

conforme

a

cência

fructificação

deve de

e

ser

entendido

Janeiro,

pecial.

província,

quando

para não

o

tempo

das a

da

diversas província

houver

floresarvores, do

Rio

menção

es-


XT Os r e s u l t a d o s q u e a p r e s e n t o dicão

o

das analyses i n -

t e r m o m é d i o de tres analyses

cutei de cada substancia,

que fòrão

que

exe-

feitas c o m

toda a exactidão que a sciencia exige. Áquellas chimicos

plantas que j á fôrão. analysadas

h á b e i s , accrescentei

apenas

minuciosidades que n ã o tinhão mente estudada^; ao c a f é , c h á e

isto t e m

as p a r t e s q u e m e n o s ás

sido sufíicienle-

especial

applicação

vezes

vezes e m u m

a t t r a h e m a nossa

fez c o m

do

parecia menos

attenção

que me

occupasse saliente.

O

chi-

sériamente ácido

b ô n i c o atmospherico f o i verificado pelo do

vegetal

importantes compostos

micos, que

algumas

cacáo.

O facto de q u e m u i t a s

encerrão

por

car-

metho-

de Pettenkofer. Áquellas

peitava dados

analyses

de p o ü c o verificar

As

Ludwig,

dade

de

lugares

de

o

Dr.

azoto

ultimo

fôrão

verificadas

occupou-se

cinzas. M e n c i o n a r e i

o

somente

trabalho é Teuscher,

traduzir

para

sus-

Allemanha.

lente de c h i m i c a

competentes:

citação O Sr

c h i m i c o s da de

eu

fôrão por m i m man-

lente da p h a r m a c i a da

lena;

de a l g u m a s

teve

por

Geuther,

e Dr

ver

exactos

quantidades

pelos D r

cujos resultados

orgânica, universitambém

os n o m e s

nos

onde não

hou-

da bondade

que

meu. além

p o r t u g u e z este

volume,


XVI offereceu-me

desenhos

Ias q u a l i d a d e s go do f u n d o selhos

que

microscópicos

de a m i d o . do

me

de

mui

A g r a d e ç o a este

ami

coração t a m b é m

a

todos

u m

sublime

os a m i g o s

x i l i a r ã o n a r e u n i ã o das m a t é r i a s fornecendo-me

bons

as

matérias

que

para

esta

primas,

Francisco

xMendonça,

Adolpho

de

Beauclair,

Bernardo

Frederico

mingues,

Beauclair,

Victor

de

tio e

so-

Pinto

Pedro

Do-

Carlos

Burguez,

C a p i t ã o F o r t u n a t o dos Santos G o m e s ,

Júlio von

Borel

du Vernay,

Capitão

numere

R i b e i r o de

Spangenberg,

Glasiou,

obra,

A u g u s t o de

José

Clemente

au-

desenhos,

osSrs. ü r s . Conselheiro Benvenuto Magalhães Taques,

voto dí me

noticias, e x p e r i ê n c i a s , etc. I n c l u o neste

brinho,

con

deu.

Do f u n d o d ' a l m a d i r i j o agradecimento

os

Carlos e L u i z

Euler,

Bauch, J. Scheiner, Carlos S a u e r b r o n n , Guilherme Sauerbronn, Frederico e em

geral

a todos

a j u d á r ã o na m i n h a aos m e u s favores e m

amigos que bem

Esta

procurei

obra

que

me

mostrará

u t i l i s a r os seus

publico.

R i o de J a n e i r o , 1 d e

Capitão

Sauerbronn,

os C a n t a g a l l e n s e s tarefa.

Emilio

A g o s t o de 1 8 7 1 .


O

grande

Império

Sul-Americano

é

cido dos E u r o p ê o s desde o a n n o 1 5 0 0 . tempo

era

índios,

habitado

reduzidas

migração

da

por

hoje

raça

Naquelle

m a i s de 1 6 0 t r i b u s

a

fracos

branca.

comprimento

e

de

de

restos pela i m -

T u d o nelle offerece

p r o p o r ç õ e s g i g a n t e s c a s : h a rios de 1,500 de

conhe-

largura

g e t a ç ã o colossal causa espanto.

léguas

oceânica; Américo

a veVespu-

cio, que t i n h a visto outras paragens da A m e r i c a , quando idéas no que a

aportou

da

ao

Brasil

cosmographia

julgou,

sagrada que

seu

tempo,

ter

os

confins

do p a r a í s o terrestre.

idéa

do

encontrado

nada

antigo navegante pareça

poética,

não

aquelles

que

seria

conforme

dominavão menos Ainda

pessoalmente

do que

exageração

certamente estranhável

puderão

as

para

admirar

as

magnificencias de t ã o bello paiz. Estas paisagens p. B.

1


grandiosas rios

com

perspectivas

gigantescos

gestosas

de

longínquas,

assombreados

verdura

por

eterna,

palmeiras e sambambaias

estes

mattas

estas

ma-

numerosas

arbóreas, cujas f ô r m a s

f a z e m l e m b r a r os e s p l e n d o r e s d a v e g e t a ç ã o diluviana,

a

brandura

constante

clima,

os

variados e brilhantes matizes dos p á s s a r o s e

dos

insectos,

en-

t u d o isto devia á

cantar a fantasia d'aquelles Ainda minava

a

jantes que

mais

primeira

vista

navegantes'

quando j á

imaginação,

este

se

tarde,

do

ante-

a

achamos

sciencia do-

entre

sentimento p r o f u n d o de

patentêa

com

palavras

os

via-

admiração

enthusiasticas :

« t o d a s as vezes q u e o a s p e c t o d e s t e n o v o m u n d o se a p r e s e n t a Lery,

aos m e u s

o l h o s », e x c l a m a o v e l h o

« l e m b r o - m e i n v o l u n t a r i a m e n t e das p a l a -

vras do propheta: Senhor, q u ã o grandes e maravilhosas ração

s ã o as t u a s o b r a s ! ! !

encontramos

Claude

nas

» A

mesma

expressões

do

admipadre

d'Abbeville

GEOLOGIA.

Pôde-se dividir o paiz em duas formações o-eoWicas

differentes

Império

está

mar,

cidade

a

tractos

de

situada,

A por

leste

da

capital

traz da alta serra

de S. P a u l o . D ' e l l a p a r t e m

montanhas

do

elevadas

com a

do

dous

direcção


para

o

n o r t e , as

quaes apezar de p a r c i a l m e n t e

interrompidas fórmão u m todo continuo. 0 oriental a c o m p a n h a a costa do m a r e de rochas primitivas,

ramo

compõe-se

p r i n c i p a l m e n t e de

gneiss;

o

occidental principia mais para o interior com

a

serra da Mantiqueira, estendendo-se

á

primeira,

numa

distancia de 4 0

parallela

a 60

leguàs

d a m e s m a , a t é a l é m d a l a t i t u d e de P e r n a m b u c o . E l l a se c o m p õ e e s s e n c i a l m e n t e d e s c h i s t o s c r y s talíin-os

cujas camadas

inclinadas para

o S. E .

f a z e m t o d a s estas serras a p p a r e c e r m a i s Í n g r e m e s p a r a o lado do interior. T o d o o paiz situado a l é m destas o de

montanhas

districto

terreno

porém

da

sulcada

constituição

existe o u t r a de

montanhas

ouro,

todo

o mar é terra

de* r i o s

importantes.

riquezas;

geológica

n ã o menos

schistosas

emquanto

vizinhas

das

serras,

importância.

do interior

produzem

principalmente

diamantes

q u e as m o n t a n h a s g r a n i t i c a s

costa f o r n e c e m m u i t o p o u c o destas

e

d a q u i f i n a l m e n t e segue-se u m a t e r -

difFerença,

desta

ultima

agricultura,

e

vem

região

se

a

ser q u e os

dedicão

habitantes

exclusivamente

e m q u a n t o q u e os d o i n t e r i o r c u l -

t i v ã o a m i n e r a ç ã o p o r s e r e m os m e t a e s intrínseco

ne-

da

ceira

á

campos;

e n t r è . elles e

differentes mineraes, e

de

difFerença da vegetação é conseqüência

cessária

As

contido

matto virgem

Esta

ê

suficiente

para

poderem

de

valor

pagar

as


custas do t r a n s p o r t e mal

longínquas

e

conservadas.

A

serra

principio a

por estradas

do

mar

S.

Paulo

das serras g r a n i t i c a s q u e

beira-mar.

Órgãos

p e r t o de

Parte

com

o

acompanhão

d'ella f ô r m a

suas n u m e r o s a s

fôrma

a

serra

dos

subdivisões,

limi-

tada a E . pelo largo arco do rio P a r a h y b a . o rio Doce e o Belmonte ha o u t r a serra

Entre

análoga,

m a s de d i r e c ç ã o differente, a serra dos A y m o r é s . A l é m d'esta u l t i m a segue a serra Griboia, e de l á ao

S.

Francisco a

serra

de

Trapanga,

ao n o r t e d o r i o c o n t i n u a d e b a i x o d o serra

de I t a p e r a b a .

parão-se ção de

do

das

serras

mar e

rizontaes de câo

de

Ramos importantes, que

se-

do -interior,

tomão a

differentes rios.

encontrão-se

formação

altas

cretácea,

direc-

além

rochas

ho-

que

communi-

a estas p a r a g e n s d o B r a s i l u m aspecto

ticular, Ao

qual

nome

cortão

Pernambuco

a

bem

differente

sul do r i o de

mações

do

resto

do

par-

Império

S. F r a n c i s c o n ã o e x i s t e m f o r -

secundarias

Muito

differente

é o

aspecto

do

paiz

no

in-

terior, a leste d a g r a n d e serra, á q u a l E s c l i w e g e deu é

o nome

de

serra do E s p i n h a ç o

uniformemente coberto

vando

o

mesmo

caracter

Todo

de

campos,

até

ao

elle

conserda

cordi-

lheira, n ' u m a e x t e n s ã o de 3 0 0 a 5 0 0 l é g u a s geographicas.

A

formação

geológica

pertence

ao


5

floetz

primitivo.

Schistos

argilaceos

mente

stractificados, calcareos de t r a n s i ç ã o

b e r g a n g s - K a l k ) e rochas análogas á fórmão

o terreno

de

Goyaz

e

Minas a

de

leste

regular(Uè-

grauwacke d e S.

Fran0 interrom-

cisco,

de

Matto-Grosso,

pidos

e m raros i n t e r v a l l o s p o r schistos

crystalfi-

n o s l e g i t i m o s c o m o os d a s e r r a d e S a n t a M a r t h a . A

serra

para

as

cisco

dos

das

nascenças do

continuação immensos nas

e

do

dos

dous

lugar a

Vertentes

ao

Rio para

E.

Prata. rios

da

juncção

Fran-

m a r c a os l i m i t e s d o s

E m

estão

S.

do

v a r i a s p a r t e s os quasi

terreno

afHuentes

em contacto;

interposto

dous

dous

Amazo-

ha

c a p i t a l de Matto-Grosso,

dos

se-

do P a r a n á , m a s a sua

systemas hydrographicos

sul

a

affluentes do

Grande

uniformidade do

muito

dos

de p o u c a e l e v a ç ã o

um onde

facilitaria

systemas

por

um

canal.

HYDROGRAPHÍA, ETC.

Este terreno tão grandioso, de superfície tão variada, rios,

retalhado

divide-se

secções

é

o

de

uma

naturalmente

hydrographicas.

systema Prata;

por

do o

numerosos

em quatro

grandes

raia boreal f ô r m a

ò

Amazonas, como a meridional o dò

terceiro S.

A

rede de

situado

Francisco,

o

n o m e i o destes dous esgoto

natural

das


chapadas graphico de

rios

do

interior;

emfim de

e

-

o quarto systema

hydro-

comprehende o grande

segunda

ordem

que

numero

ficão

entre

o

S. F r a n c i s c o e o P r a t a Entre seis

as

vinte

situadas

diterrâneas.

á

províncias do Brasil

beira-mar;

Porém

a

ha

só quatro

maior

parte

deza-

são

das

me-

provín-

c i a s m a r í t i m a s a l c a n ç ã o as t r e s d i f f e r e n t e s z o n a s de

vegetação

de

que

acima

fallámos;

a

praia

areienta e beira-mar, propriamente d i t a — a dos m a n g u e s — a s tas

serras c o m seus declives, c o b e r -

de m a t t o s v i r g e n s , e os c a m p o s .

Os

n ã o m o s t r ã o a relva densa dos prados compõem-se ladas

de

plantas

gramineas

últimos

europêos: altas,

u m a s das outras, c o m folhas rijas,

de c ô r verde pallida. se

plantas

zona

iso-

seccas,

Nos intervallos encontrão-

herbaceas de varias famílias. E m l u -

gares menos estéreis apparecem arvores isoladas, baixas,

de

casca

grossa,

ramos

symetricos

e

f o l h a s p a l l i d a s seccas f o r m a n d o u m m a t t o p o u c o denso:

chama-se

leiro

coberto

os

r a m o s se

este t e r r e n o

quando

o

matto

taboleiro

tabo-

é tão junto

que

tocão.

E m

terrenos

getação

ainda

férteis mais

desenvolve-se

viçosa,

carrascos,

uma

arbustos

e n c h e m os i n t e r v a l l o s das a r v o r e s ; chamão-se

e

cipós

estes m a t t o s

caracterizados

mais f a v o r á v e i s pelo epitheto de

e

ve-

nos

fechados.

casos


Catingas norte

chamão-se

os

terrenos

tempo

do

mattos

da

mattos

e m certas p r o v í n c i a s

cobertos

calor perdem Europa

a

no

de

arvores, que

folhagem,

inverno ;

como

sendo

b e m densos caracteriza-se

do no os

estes

como

Carras-

quenhos Capões dos

são pequenas

campos,

da

dos

de

virgens.

virgens

o matto, mada

vegetação

mattos

restas

ilhas de m a t t o n o m e i o

Os

produzem

uma

segunda

capoeira,

esta

rica, mas differente terrenos

depois

contando

mais

palavra

despido do

de

de

do paiz campos

montanhas povoado

não

vegetação,

interior

posta

Sertão

ou o

de

paiz

designa

mas

de

de

um

vinte

deserto

sim uma seja

mattos

planicies,

costuma

cha-

Capoeirão.

inhabitada, ou

flo-

derribado

vegetação arbórea

annos de existência chama-se A

de

das

paragem ella com-

virgens,

e ainda depois

a conservar o

de de

mesmo

nome,

CLIMA.

O clima do Brasil é muito variado, desde o os

norte 32°

s u j e i t o aos de

análogo verão ,

latitude

ao q

de

tempo

raios do sul,

Portugal. das

sol equatorial a t é

onde E m

águas,

reina

um

clima

o

nosso

geral coincide

com

o


inverno do hemispherio boreal; p o r é m tanto

o

varião

principio muito

ventos

de

etesios

vessando dade,

o

que

entretem

como uma

ou

geraes

despejada

duração

provincia

Atlântico

os

a

o

rios

o

modo

em

t o d a s as p r o v í n c i a s ,

locaes

contribuem

toda

para

do

humi-

do

Brasil,

esplendor

principaes

provincia

em

da

mesmo

e muitas

causas grande

meteorológicos

paiz :

conveniente fallar do clima,

cada

de

produzir uma

phenomenos

Os atra-

influencia n ã o obra do

a superfície

l ó g i c a s , e dos

chuvas

outra.

solo

e

Esta

de

a

impregnão-se

vegetação.

variedade

das

Brasil

(südost-passat)

sobre

grandes

no

portanto

em

julgamos

das d i f f e r e n ç a s

geo-

productos naturaes

de

particular.

l. PEOVINCIA DO AMAZONAS.—Clima quente e a

muito h u m i d o ; chuvas irregulares e

abundantes,

principalmente

Julho.

de

Novembro

chuvas

diluviaes

do

equatorial.

sol Esta

é

em

rime, tanos,

p r o v i n c i a , de geral plana,

na

parte

6,000

com

boreal;

um

pouco

léguas

O

terreno

fértil.

Os

com a criação

de

em

o

é rica em

geral

habitantes

é

quadradas,

rios

e com de

As calor

e x c e p ç ã o da serra

coberta de m a t t o s v i r g e n s ,

campos. muito

moderão

até

e

Papân-

alguns

alluvião

occupão-se

e

mais

gado e pescaria do que c o m a


9

-

agricultura ; a principal productos naturaes

e x p o r t a ç ã o consiste

das

florestas,

nos

p . e x . '. a b o r -

racha, o u r u c ú , sassafraz, p i c h u r y , f a v a cheirosa e

guaraná.

Muito

tartaruga

cuja

garmente

chamado

importante

carne

e

oleo

a

PROVÍNCIA DO PARÁ, O

rias.—Clima

mente

e

mezes

: d'ahi

margens.

humido,

e

Muito

entre

sêcca

no

no

hora

do

sempre As s

ão

de

verão

inverno

as

baixas e planas,

estação anno;

e a

volver-se,

e humida

milho

produz

manhãs

cheios

suas

terrivel uso

A difFerença é pouco no-

a

e as

á

tarde;

qualquer tardes são

quadradas desta p r o v i n c i a e

de

terreno

é

duas

plantado ou

tres

agricultura principia a

a

diariamente

fertilidade, p o r é m O

toda

agradáveis.

léguas

immensa

em

i n d i g e n a s ao

irregularmente

mas

frescas e 40,000

ali-

freqüente-

alli

Pirarucu.

chove

chove

dia,

povoadas.

é

a t t r i b u i d a pelos

estações

como

Os rios estão

commum

peixe

tável ;

vul-

a i n s a l u b r i d a d e de

c o m o alimento do as

ovos,

transbordão

provém

elephantiasis,

dos

da

paiz das especia-

quente

seis

pesca

população.

a vizinhança do Amazonas. durante

a

m a n t e i g a de t a r t a r u g a ,

menta u m a grande parte da

2.

é

sua p r i n c i p a l

de

alluvião,

muito em

qualquer

colheitas

apenas a

riqueza

pouco

por

desen-

é constituida


— pelos productos são

borracha,

paíba,

fava

10

espontâneos

salsaparrilha, de

tonca

e

c r a v o , e as c a s t a n h a s d o cacáo,

-

algodão,

fumo,

da

natureza,

urucú,

oleo

pichury,

Pará;

taes

de co-

baunilha,

cultiva-se a l g u m

mandioca,

e

canna

de

assucar.

3.

a

GOYAZ,

a provincia aurifera.—Esta pro-

vincia geral

mediterrânea secco.

A

goza

estação

trovoadas n o m e z de porém nas

as

chuvas

partes

das

um

clima

concentrão-se De

nas partes

mais

de

até Abril, preferencia

Maio até Julho elevadas

m u i t a s vezes a p o n t o d e p r e j u d i c a r as e

em

chuvas c o m fortes

Novembro dura

montanhosas.

temperatura

de

a

diminue

bananeiras

cannaviaes. O

terreno,

pouco

com

22,000

léguas

com

excepção

montanhoso,

quadradas, de

é

seus l i -

mites orientaes e boreaes, onde existem extensas chapadas pouco habitadas e conhecidas pelo n o m e de sertão. catingas raras: rio

A maior parte da provincia consta e

poucos

entre

Corumbá.

a criação

ellas O

campos.

Regiões férteis são

distinguem-se paiz

do gado, de

é que

de

muito

as

beiras

próprio

produz

do para

annualmente

umas 106,000 c a b e ç a s ; cultiva-se a l g u m a canna, fumo porque

e

leguminosas, o

transporte

porém

nada

absorveria

se o

exporta

valor

da


— mercadoria.

i\

A t é o f i m do século passado a pro-

v i n c i a t i n h a e x p o r t a d o 3 1 0 , 7 8 4 l i b r a s de ouro, e ainda

4.

a

hoje fornece

5,000 oitavas

PROVÍNCIA DE MATTO-Q-ROSSO.—

por

causa

mas

da

em

mente e

sadio.

Setembro,

Dezembro por

sereno,

de

e

O clima

extensão

geralmente e

aímualmente.

da

provincia,

é variado

chuvas

principião

As

augmentão

gradualmente

Fevereiro, interrompidas ordinariaalgumas

conhecido

Janeiro

»

Esta

semanas pelo

de

tempo

n o m e de

provincia

é

quadradas ;

montanhoso, nícies,

mediterrânea

da

terreno

é

mas possue t a m b é m

cobertas

mensas

o

de gramineas,

mattas

provincia.

virgens, O

paiz

como

secco

« Veranico

e t e m de s u p e r f í c i e a e n o r m e e x t e n s ã o de léguas

até

48,000

ondulado

e

extensas pla-

arbustos,

e im-

indica

nome

o

é pouco conhecido e e m

grande parte inexplorado. Matto-Grosso dous

pontos

brasileira; zonas

a

650 O

de

mais

para

n'uma

phicas,

léguas é

distantes

o

o

entre

sul

de

770

pelo

distancia.

muito

fértil, por

impedem a exportação

si

mas

da

léguas

costa

geograe

Prata

as d i f f i c u l d a d e s

estes e s p a ç o s de

c o m os

Madeira e Ama-

Paraguay

de

communicação

pelos rios

norte pelo

extensão

e para

paiz

communica

productos

immensos agrícolas.


As

principaes

na

producção

12

riquezas de

mercio

de

mundo

inteiro.

da provincia

consistem

ouro, c r i a ç ã o de g a d o e com-

ipecacuanha,

que

ella

d i s t r i b u e ao

5. PEOVINCIA DO MARANHÃO.—E' quente e a

humida;

o

briza

mar,

do

Dezembro,

calor

chuvas,

que

é moderado pela

constante

de

margens

vezes

regularmente

Maio

c a h e m desde o mez

superfície

desta mar

das

provincia ha

centro

planicies é

provincia numero guma

cortado é de

muito

a

importância,

ductos

são

trovoadas;

léguas

desigual:

quadradas perto

emquanto

algodão,

e

arroz

V i a n n a e de M e a r i m j á

o

Esta

regada por grande

criação mas

do

que

p o r serras ramificadas. fértil

fins

« c h u v a s de c a j u ».

extensas,

muito rios;

em

de O u t u b r o a l g u -

16,000

é

As

acompanhadas

de g r a n d e s

mas chuvas fracas chamadas A

sadio, c o m

do rio P a r n a h y b a .

principião

principalmente em

Junho até

d i a de N . E . e d u r a n t e

de D e z e m b r o , s ã o m u i t o f o r t e s e

ás

de

O clima é geralmente

das que

littoral é

soprando

a noite de E . excepção

no

do

os e

gado

é

de al-

principaes

pro-

canna.

se e n c o n t r ã o

Perto

de

plantações

de c a f é . 6 PROVÍNCIA DE PIAUHY. — E' quente, hua

mida e insalubre, principalmente na

vizinhança


dos de

rios.

-

A s chuvas s ã o menos f r e q ü e n t e s apezar

j á principiarem

o

13

verdadeiro

á s vezes

tempo

das

em

Outubro;

águas,

que

se

tingue por fortes e continuas trovoadas, Janeiro Junho vento

até e

A b r i l ou Maio.

de

S.

E.

por u m

representão

uma

primavera

Mais

da

p r i v a as a r v o r e s e os a r b u s t o s

folhagem;

as

o

plantas

augmento

menores

Maio,

incessante

contínua. sêcca

tarde

dis-

d u r a de

Os mezes de

Julho, refrescados

mas

do

calor e

seccão

da

sua

e

pe-

recem. A provincia tem 105,000 léguas quadradas de

superfície. O

composto extensas por

de

terreno

pequenos

« campos

magníficas

palmeiras ;

a

é desigual, ondulado e outeiros.

geraes

mattas

parte

Ha

» , ornados

de piassava

planícies em

e de

parte outras

o r i e n t a l distingue-se p o r ca-

tingas extensas. O terreno \ apezur d " m u i t o fértil, é

pouco cultivado.

riqueza e

o maior

O

gado

forma

a r t i g o de

a

principal

e x p o r t a ç ã o da pro-

vincia. 7 O clima do CEARA é humido e moderado a

á beira-mar, geralmente eleva-se

secco

e

salubre.

quente para o sertão, A

temperatura

extraordinariamente, mas

no

mas

sertão

as n o i t e s s ã o

frescas e claras. A s chuvas s ã o irregulares ; p r i n cipião

ordinariamente

em

Janeiro ou Março,

e


— durão

até

Junho,

teiros

sem

que a

gotta

porem

veis, d e s t r u i d o r a s

A

— passão-se

terra seja

de c h u v a ;

de g r a n d e s

14

annos

refrescada

d'ahi

resultão

de t u d o

o

que

por

uma

seccas terrívive,

e

causa

desastres.

superfície

é

de

3,625

o terreno, e m geral

léguas

desigual,

quadradas;

eleva-se

pouco

p o u c o desde a costa a t é a t t i n g i r a a l t u r a de ou tres

in.

m i l pés na

serra

de

Ibiapaba.

a

dous

A

parte

i n t e r i o r da p r o v i n c i a c o m p õ e - s e de g r a n d e s valles e planícies circuladas de m o n t a n h a s Os i n d í g e n a s mimoso,

dão

e podem

até

morrer.

podem A

interior o

caracterisadô

vores durante

sem

ao

o

tempo

por

O

vegetar

cafezeiro n'aquella

e

o resto

rea, e ao terreno de

a

de

larangeira

é pela

lhares

de

de

libras

pertence

á

parte

formação

calca-

alluvião. riqueza

cuja cera exporta annualmente.

8. PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE. O a

não

maior

café ; t e m extensos bosques

carnaúba,

as f o l h a s

consecutivas

vincia ; ha algumas culturas d'algodão, de

ar-

região.

O gado constitue a principal

e pouca

sertão

cujas

perdem

seccas

constituição geológica

vulcânica ;

n o m e de

catingas,

secco

soffrer duas

pedregosas.

da de

procanna

nativos

muitos

mi-


— clima

é

secco

e

em

pouco

abundantes

Março

e durão

semelhantes As

15

-

geral

sadio.

As

principião regularmente

perto

a t é J u l h o : d ' a h i p r o v é m seccas

ás do

Ceará.

em da

terreno costa,

ondulado

e para

outeiros e serras p o u c o maior

parte

de

o

e

mattos

Ha

m e n t e de Brasil.

Só na

parte

interior;

gado

midades meira

fôrma

p e r t o da costa

canna

e

dos

de

a

grande

principal

carnaúba,

fertili-

principal-

e abundância

de p á o

riqueza

e nas m o n t a n h a s

algodão; no sertão rios

oriental

verdadeiros

riquezas mineraes,

o u r o e de ferro,

O

por

elevadas e cobertas pela

em terrenos

grandes

baixo

centro recortado

catingas.

virgens,

con-

arenoso,

e nas serras mais altas e n c o n t r ã o - s e

va-se

em

2 , 0 0 0 l é g u a s q u a d r a d a s de s u p e r f í c i e

sistem

dade.

chuvas,

encontra-se

culti-

e nas

também

do

proxia

pal-

cuja cera f o r m a u m artigo

de

exportação

9.

a

PROVÍNCIA

DA

PARAHYBA.

Clima

quente

e

secco, m a s sadio, r e f r e s c a d o p e l a constante briza do

mar.

As

chuvas

costumão

principiar

em

M a r ç o e d u r a r a t é J u l h o , p o r é m h a seccas c o m o nas duas provincias A

superfície

o terreno

é

é

muito

antecedentes.

de

2,600

desigual,

léguas

quadradas;

atravessado

pela


10

serra, B o r b o r e m a e s u a s r a m i f i c a ç õ e s ; ças partes e

da

provincia

charnecas.

secco,

O

uma

terreno

sagacidade

e v i t a r os a g u i l h õ e s meliacia) pelo

a

para

do

O

giganteus)

muito

consideravelmente

comer-lhe

miolo

serve

ultima

catingas

geralmente

admirável

se

n ã o soubesse

folhas para

do

para

parte

a alcachofra

as

fogo servem

sede.

A

é

ter-

da folha da Macambira (Bro-

renovo central;

acção e

consistem e m

e o gado soffreria

com

duas

amaciadas

Mandacurú o

pela

saciar-lhes a f o m e

mesmo

da provincia

fértil- e p r o d u z c o m

formada

(

Cactus

fim.

possue u m

a b u n d â n c i a canna,

sólo

algodão

e viveres

10. A PROVÍNCIA DE PERNAMBUCO não tem a

clima

uniforme:

a

costa

é quente

e

humida,

apezar de refrescada pela briza do m a r ; o

sertão

é secco e q u e n t e , m a s n ã o i n s a l u b r e . O t e m p o

das

á g u a s d u r a r e g u l a r m e n t e de M a r ç o a t é J u l h o , e o tempo

secco

Esta de

de A g o s t o

provincia tem

uma

superfície

até 4,467

bastante

se n a t u r a l m e n t e e m t r ê s z o n a s

Fevereiro. léguas desigual,

comprehende

a

costa n ' u m a

10

a

15

é

constituída

de

alluvião,

« matta

e

baixo,

» , bem

e

divide-

differeníes. A

meira

léguas,

quadradas

conhecido

pri-

largura, por

pelo

terreno

nome

irrigado, e c o n f o r m e seu

de

de

nome


17

indica, coberto de ricos m a t t o s ; t e r r e n o eminentemente

fértil

e

próprio

principalmente A

de

segunda

p a r a t o d a s as

culturas,

canna.

zona offerece u m onde

e

as

leguminosas.

terceira, e m f i m , comprehende

o

sertão,

terreno

cadas,

contendo

pedregosas,

alto

que

ção do gado.

cultiva

cortado

chapadas

a

Nos

PROVÍNCIA DAS ALAGÔAS.

humido

e

limites

extensas

rio

de

S.

febre

mattas

e

mais é

porém

littoral, como indica

de

2,055

lagôas e

as

do

espécie

de

a intermittente. as

da

chuvas

léguas o nome

grandes

de

grandiosas

gulo N . O. existem serras. reza

como

moléstia

pro-

são mais

quadradas. da

provincia

planícies

i n t e r i o r o t e r r e n o se e l e v a e

coberto

do

regulares.

O

senta-se

terrível

mesmas que

superfície

nosas ; p a r a o

a

Carneirada,

A

contém muitas

cria-

a provincia

typhica e

as

antecedente,

freqüentes

para a

e

periódicas.

reina

ou

estações são

vincia

com

seccas

v i r g e n s ; nas margens

chamada

adynamica

As

extensas,

ramifi-

sadio, n ã o só n o l i t t o r a l ,

Francisco

vulgarmente

p o r serras

O clima é muito

pouco

nas

algodão

n ã o servem senão

P i a u h y occorrtem seccas ll.

o

ondulado,

pouco irrigado, A

se

sólo

são múltiplos:

entre

areapre-

mattas; no

an-

Os productos da n a t u o u t r o s existe

carvão


de

pedra.

mente

12.

a

Os

18

habitantes

— applicão-se

á cultura da canna e do

PROVÍNCIA DE SERGIPE.

principal-

fumo.

O clima desta

p r o v i n c i a a s s e m e l h a - s e a o d e A l a g o a s ; os m a t t o s do littoral A

são humidos

superfície

geralmente montanhas

é

de

Esta provincia

e muito

duas l é g u a s gura de

pôde

ser

baixadas

e

dividida

em

quatro

o< l i t t o r a l

are-

com

uma

largura. A segunda

tem

de l a r -

alternadas

cerca de de

muitas

comprehende

terreno argiloso e

terra

com

quadradas,

léguas mais ou menos, e

paragens

com

léguas

p o b r e de v e g e t a ç ã o ,

de

quatro

secco.

consideráveis.

zonas: a p r i m e i r a noso

o sertão

1,080

desigual, pouco

e

de

húmus

pedregoso.

doze l é g u a s de

A

compõe-se fértil

e

terceira

de

zona,

largura, consta

M a s s a p é , sobreposta á

a

formação

de

calca-

rea. E s t a r e g i ã o c o n t é m ricas c u l t u r a s , p r i n c i p a l m e n t e de c a n n a e de pertencente se

á

segunda,

léguas A mas de

á

de

algodão. A quarta,

f o r m a ç ã o de e

mede

schistos,

cerca

de

assemelha-

vinte

e

duas

largura.

v e g e t a ç ã o offerece differentes alternativas, o t e r r e n o é secco e s ó serve p a r a a

gado.

pelas

emfim,

E m

suas

geral

riquezas

a

provincia mineraes:

se

criação

distingue

achão-se

alli


diamantes, gesso, 13.

a

ouro, carvão

mármore,

PROVÍNCIA DA BAHIA.

cido pelo n'uma em

nome

de pedra,

nitrato

de

soda,

ardosia, giz, etc.

O littorrd, conhede

« Recôncavo

largura que attinge

de

» , estende-se

12

a

15

léguas

t o r n o d a B a h i a d e T o d o s os S a n t o s ,

lhe v e m

o

nome.

O

littoral

ao

secco e arenoso; o do sul, m u i t o

d'onde

norte desta extenso, é

mido e bem irrigado. O clima é em

é hu

geral

quente

e humido, e o sertão

q u e n t e e s e c c o ; as

chuvas

s ã o copiosas e

de

durão

Esta provincia, das,

é

partes

muito

com 14,836

montanhosa,

limitrophes

Groyaz.

Janeiro

O littoral

das é

até

Junho.

léguas

quadra-

principalmente

provincias

baixo,

nas

de M i n a s

coberto

de

e

densas

m a t t a s , c o r t a d o de rios n u m e r o s o s , e m u i t o f é r t i l : fornece a maior parte provincia. immensas a terríveis ças

das

das

O interior—o

riquezas agrícolas sertão—

formado por

chapadas e campos estéreis, é exposto seccas, p r i n c i p a l m e n t e nas

provincias

Cria-se g a d o

de

no sertão,

Pernambuco na zona

vizinhane

Piauhy

intermediária,

onde existe t a m b é m a l g u m a l a v o u r a , nas e nos lugares mais A do

provincia Brasil,

da

frescos.

da Bahia é

produz

serras

uma

das m a i s

m u i t o assucar,

algodão, cacáo, mantimentos

fumo,

e madeiras

de

ricas café, lei.


20

produz

De

mineraes

algum ouro

em

quantidade extraordinária

na

e

diamantes

chapada

Dia-

mantina. 14. A PROVÍNCIA DO ESPIRITO-SANTO, possue a

um

clima humido, mas temperado e sadio. As chuvas

Novembro A

d u r ã o de D e z e m b r o , e á s vezes

até Abril.

superfície,

de

1,820 l é g u a s

quadradas,

montanhosa, c o m poucas várzeas, e m parte tanosa, O

de

e c o b e r t a de

grandiosas

terreno é muito fértil

rencia café,

assucar,

é

pan-

florestas.

e produz

de

prefe-

algodão e mandioca.

15. PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO.—O clima é a

temperado e agradável,

no

interior muito

A estação chuvosa dura ordinariamente vembro até Abril,

mas

o tempo

mado inverno, é o

tempo

dias c h u v o s o s ; de

Agosto

tuma reinar u m tempo

de

N o -

secco, a h i c h a -

frio, e até

sadio.

conta

muitos

Novembro cos-

instável.

Esta provincia é pequena, p o r é m a

mais

c u l t i v a d a de t o d a s ; t e m 1 , 4 5 0 l é g u a s P e l a serra dos Ó r g ã o s é d i v i d i d a e m

quadradas. duas

partes

distinctas: serra acima, a parte boreal, que tém

os

e serra de

mais

ricos districtos de

abaixo,

terrenos

situada á

planos

café

do

beira-mar,

igualmente

bem

muito

con-

Brasil,

composta férteis,


occupados

pela

21

-

c u l t u r a de c a f é , c a n n a e m a n t i -

mentos. 16.

a

clima é

PROVÍNCIA DE MINAS-GERAES.—0

sadio

e

temperado; no

sertão

secco e

o t e m p o das á g u a s , mais constante

quente;

que na

pro-

v i n c i a d o R i o , d u r a r e g u l a r m e n t e de O u t u b r o o u N o v e m b r o até Maio. Esta provincia, a mais montuosa do I m p é r i o , t e m fície.

As

serras que

mediterrâneo

2 0 , 0 0 0 l é g u a s de

super-

p e r c o r r e m este v a s t o

reunem-se

n'um

central

para

f o r m a r tres

raes.

Os rios da bacia septentrional correm para

o S. F r a n c i s c o ; raná, e

as

bacias

angulo

paiz

os d a b a c i a

águas

da

muito

próprio

a

oriental

rios,

O terreno é para

austral para

bacia

para dar origem a vários consideráveis.

hydrographicas natu-

mais

rico

em

agricultura.

o Pa-

reunem-se ou

menos

mineraes

e

Cultiva-se

t o d a s as p l a n t a s i n t e r t r o p i c a e s , p r i n c i p a l m e n t e o café, o algodão, cria

a canna

e o

fumo; a provincia

m u i t o gado, e fornece a capital do

Império

de carne, q u e i j o e t o u c i n h o . 17 A PROVÍNCIA DE S. PAULO, é quasi inteiraa

mente

situada

fóra

dos t r ó p i c o s

e possüe,

fora

do littoral, u m clima temperado, a g r a d á v e l , e récommendavel

p r i n c i p a l m e n t e aos E u r o p è ó s .

A

beira-mar é h u m i d a e q u e n t e ; e m certas paragens o bócio e a elephantiasis s ã o e n d ê m i c o s .


As

estações

R i o de

s ã o a n á l o g a s á s d a p r o v i n c i a do

Janeiro;

as

chuvas

sào

ás

vezes

mais

tardias. A s 1 0 , 1 2 0 l é g u a s q u a d r a d a s d a sua

superfície

são geralme nte pouco montanhosas, c o m e x c e p ç ã o da p a r t e austral, onde a serra de C u b a t ã o , l e l a ao m a r , d i v i d e a

paral-

provincia e m duas

partes:

a beira-mar é baixa e humida, a parte occidental é alta, m u i t o vegetaes

fértil, e produz a maior parte

europêos, a parreira,

o u t r o s cereaes, p o r é m o

café, a canna,

de

o linho, o trigo

preferencia

o c h á da

índia e o

se m u i t o g a d o . A r i q u e z a m i n e r a l é principalmente em

dos e

cultiva-se f u m o ; cria-

considerável,

ferro.

18. PROVÍNCIA DE SANTA CATHARINA.— Clima a

temperado agradável receu

esta

leiro.

»

As

e

sadio:

pela

temperatura

e pela regularidade das e s t a ç õ e s p r o v i n c i a o n o m e de

1,200 l é g u a s q u a d r a d a s

compõem-se

de

ilhas

e terra

mattas virgens ; colonisação

Europa

ahi

é uma

sua

firme;

superfície o

terreno,

está coberto

provincia muito

de E u r o p e o s .

produzem

me-

« paraiso brasi-

de

pouco montanhoso e feitilissimo,

para

sempre

própria

Os vegetaes

perfeitamente,

de

e

da se

e x p o r t a l i n h a ç a , t r i g o , cebolas, etc ; p r o d u z i g u a l mente

café,

algodão,

arroz,

assucar

e

farinha


-

23

-

d e m a n d i o c a . C r i a - s e m u i t o g a d o e j á se e x p o r t o u para a

capital do

r á v e i s de

I m p é r i o quantidades

manteiga,

producto

da

conside-

industria al-

lemâ E x i s t e m nesta p r o v i n c i a importantes m i n a s de c a r v ã o , e muitas outras

riquezas

mineraes.

19. PROVÍNCIA DE PARANÁ.— Clima sadio e a

t e m p e r a d o , s e m e l h a n t e ao d o s u l da E u r o p a . A s u p e r f í c i e desta p r o v i n c i a é de 8 , 0 0 0 quadradas.

O

littoral

é

alto, ondulado, composto

léguas

baixo, o interior de vastas

mais

mattas

vir-

g e n s e de extensos c a m p o s ao N . O . O t e r r e n o é muito fértil,

e

podia

f o r n e c e r os

d u c t o s q u e S a n t a C a t h a r i n a , se cultivado. mente 20.

mesmos

fosse

mais

Exporta-se café, algodão e

probem

principal-

mate.

a

PROVÍNCIA

DO

RIO-ORANDE

C l i m a m u i t o temperado e sadio. de M a i o

até

Outubro; um

a b a i x a á s vezes

DO

S U L . —

O inverno dura

v e n t o f r i o de S.

a temperatura

a ponto

E.

de p r o -

duzir gelo. A

s u p e r f í c i e de 8 , 2 3 0 l é g u a s q u a d r a d a s é p e l a

m a i o r p a r t e p l a n a ; p a r a S. e p a r a O . se c a m p o s lações

a perder

chamadas

estendem-

de vista, c o m suaves Cuchillos,

cortados

ondu-

por

uma

serra e suas r a m i f i c a ç õ e s . O littoral é baixo, cortado por grandes

lagôas;


-

24

a beira-mar, pela maior

— parte deserta

é coberta de collinas de a r ê a q u e

e

estéril,

o vento

muda

de u m l u g a r p a r a o u t r o . A p a r t e q u e f i c a ao n o r t e da serra é coberta de numerosos fôrma e

rios;

a

ricos mattos e regada que

u m oceano de

fica

muito

sul e

gado.—

geralmente muito

b o m trigo,

a oeste

campos cobertos de g r a m a

c a p õ e s — as d e l i c i a s d o O terreno é

ao

por

fértil:

produz

cevada, centeio, milho,

man-

dioca, canna e a l g o d ã o . Cultiva-se m u i t o c a n h a m o e linho; duzem

as a r v o r e s com

fructiferas

abundância,

da

E u r o p a pro-

bem como a parreira,

que j á fornece quantidade c o n s i d e r á v e l de v i n h o . N ã o devemos esquecer o lupulo,

que p ô d e

p r o v i n c i a ser c u l t i v a d o c o m v a n t a g e m . A de

gado é bastante extensa

todo o Império

de

carne

para

criação

fornecer

secca, de

nesta

quasi

que faz

u m

commercio importante.

SOLO. A camada superior do nosso planeta, destinado

á

producção

productos mação

de

das

plantas

vadas

decomposição

antiga

substancias

vegetal,

ou

recente,

humosas,

é das

rochas

misturadas

resultantes

espontaneamente

no mesmo terreno.

formada

da

pelos

de com

foras

destruição

nascidas o u culti-


— O

valor

productivo

sencialmente compõem:

das as

modificão, a seu

25

~

do

terreno

substancias

substancias

menos

de

reno

tem

lugar

terra

terrenos

com

certa

o

apenas

o

a

independência,

turfa,

com

utilisados

pela

o

ter-

arado

agricultura

lavradia propriamente dita,

tamente

subjacente

ou a

até

o

superior

camada

a

ca-

penetra

o

obtenção

das

substancias

Além

disto

a

o r d i n a r i a m e n t e m a i s r i c a de

porque

os r e s i d u o s d a s

cultivadas quasi só nella apodrecem, b é m pelo estrume

de

pelo contacto repetido

atmosphericos.

superior é

húmus, não

na

rápida

nella contidas, agentes

trabalhos da lavoura

consiste

u m a decomposição mais

os

é

fundo immedia-

qual n ã o

effeito p r i n c i p a l dos

mineraes

do

que

a

enxada.

camada

com

que

n ã o predominarem pelo

m a d a superior, distingue-se

na

es-

h u m o s o das m a t t a s v i r g e n s , etc.

Nos

O

mineraes

orgânicas

volume e adquirirem

como

depende

plantas

mas

tam-

empregado.

N o s t e r r e n o s d e m a t t o v i r g e m d e i x ã o as q u e i madas u m estrume mineral, que é u m de

substancias

inorgânicas

convenientes á

tura ; a capina de substancias a

orgânicas

d e c o m p o s i ç ã o dessas substancias

p o r isso deve-se executar a primeira

limpa.

accrescimo

o

cul-

accelera

mineraes,

e

mais cedo possivel


— O

terreno

alimentos

é

para

26 a

mineraes:

depende

da

planta a portanto

abundância

dos

única sua

f o n t e de

fertilidade

mesmos

mineraes

e m f ô r m a o u e s t a d o a s s i m i l á v e l . T o d a s as p l a n t a s , sem distincção,

para

phosphorico

sulphurico,

da

e

inagnesia

plantas retos

e

do

requerem e

do

Por ou

silicio;

também

muitos vegetaes

lável,

certas

da

cal,

familias

emtanto

parecem

ácido

de

chloru-

estas

duas

indispensáveis

nascem

nas

regiões

a

inte-

Brasil.

se a c h a

a

alcalis,

as m a r í t i m a s ,

no

que

conseguinte

não

dos

ferro ;

ioduretos ;

substancias

riores

nutrir-se p r e c i s ã o de

planta

quando

no não

falta

terreno

uma

d'ellas,

sob f ô r m a assimi-

floresce o u

n ã o attinge

o

seu c o m p l e t o d e s e n v o l v i m e n t o . LTaqui

f a c i l m e n t e se

deduz que,

cimento que tivermos da das se

formações o

terreno

cada

uma

pobres dos

de

dos

composição

rochas,

offerece

elementos

vegetaes.

Assim

p.

elementar

poderemos

proveniente da

d'ellas

pelo conhe-

decomposição

depósitos

necessários ex. :

concluir

ricos

á

do

terreno Porém

dir-se

do

ou

nutrição

explica-se a ferti-

lidade dos terrenos v o l c a n i c o s c o m p a r a d o s a esterilidade do que p r o d u z a

de

com

pedra areenta

ou

areento.

uma

condição

necessária

para

deci-

effeito de u m t e r r e n o d e t e r m i n a d o n a


producção certas

vegetal

27

assenta

circumstancias

quaes dependem

proporções

quantitativas

partes que

mais

como

(quartzio)

verificação

de

do

as

terreno,

p r i n c i p a l m e n t e das f o r m a s de

das

rochas,

na

physicas

aggregação

productos

constituem, e

que

vulgares

barro

o

da

elles

das

contém

dos

decomposição

das

( s i l i c a t o de a l u m i n a ) , a r ê a

e c a r b o n a t o de cal,

assim como

das

substancias c o m p r e h e n d i d a s pelo n o m e de h ú m u s . Raras

vezes

a

c u l t u r a é capaz de m u d a r ra-

d i c a l m e n t e as p r o p o r ç õ e s d e a r ê a , que

depende

barro, etc,

a c o n s t i t u i ç ã o p n y s i c a de

um

de ter-

reno, emquanto pude facilmente pela e s t r u m a ç a o accrescentar quantidades calinas

e de á c i d o s ,

s u f f i c i e n t e s de bases a l -

necessárias

á

nutrição

das

plantas. Do

que

natural

fica

dos

e x p o s t o se v ê q u e a

terrenos

se

basêa

classificação

essencialmente

1.° N a p r o p o r ç ã o d o s e l e m e n t o s t é r r e o s ,

:

como

barro, arêa, cal. 2.°

Na

apresentão gação

em

fôrma

com

no

terreno,

que

ou

pôde

communicar

sicas

ao

solo

ou

os m e s m o s

arêa

3.°

cal

que

m u i t o fina, as

estes

elementos

n o estado de

se

aggre-

existem;

assim

que,

semelhante

ao

lodo,

mesmas

qualidades

que o barro.

N a o r i g e m geognostica do terreno.

phy-


4.°

28

Finalmente, na quantidade e na

de h ú m u s

qualidade

existente.

Schübler

a p r o v e i t o u as d i f f e r e n t e s c o m b i n a -

ç õ e s de argilla, a r ê a ,

cal e h ú m u s para a seguinte

classificação : 1.° T e r r e n o de

de

barro

50 °/ , consistindo

o

0

subdivisões:

a)

tendo a t é 5 °/

0

2.°

contendo resto

terreno

em

d'este

arêa, com

de b a r r o calcareo,

as

con-

d e c a l , e b) t e r r e n o n ã o c a l c a r e o .

Terreno

a r g i l l o s o , c o m as m e s m a s

v i s õ e s , contendo a r ê a e 3 0 a 5 0 °/ de 0

3.°

mais

subdi-

barro.

Terreno argilloso areento, calcareo o u n ã o ,

contendo arêa c o m 20 a 30 °/

0

de b a r r o ,

que

se

p ô d e extrahir pela lavagem. 4.° T e r r e n o de a r ê a argilloso calcareo o u n ã o , contendo a r ê a c o m 10 a 2 0 °/ de 0

5.° 10 °/ 6.°

Terreno

de b a r r o c o m

0

resto

terra

de

ou

não,

com

arêa.

cal, c o m

consiste

marnenta,

losa-areenta, argilla,

10

em arêa. A)

areenta-argillosa,

a

C)

50 °/

As

barrenta,

B)

0

de

a

0

de

barro;

subdivisões s ã o : argillosa, c o m

a r e e n t a - a r g i l l o s a , D)

conforme

argil-

presença do barro, da

etc, E ) terreno marnento humoso conten-

do mais de 5 0 °/ 7.°

calcareo

Terreno marnento, contendo 5 a 20 °/

carbonato o

areento,

barro.

0

de

húmus.

T e r r e n o calcareo, contendo mais de 2 0

°/

0


— de

carbonato

de

29

cal,

com

as

mesmas

subdi-

visões. 8.° de

Terreno

humoso,

contendo

substancias orgânicas,

trahir pela

agua

e

os

que

m a i s de 5 ° /

se

podem

a l c a l i s ; t e m as

0

ex-

mesmas

subdivisões. Em que o

outro tempo

continha

que

não

1/2

continha

1/2

encerrava

essas pois

1

c h a m a v a - s e rico a 5 °/

terreno

de h ú m u s ;

regular

a 1 1/2

mais

designações

0

um

° / ; e pobre

de

1/2

céssão

de

°/

;

0

porém

ser

que hoje

applicaveis,

sabe-se b e m q u e o h ú m u s n ã o p e r t e n c e

ingredientes dos quaes depende a f e r t i l i d a d e de n e n h u m A

maior

Império cobrem

parte

occupa quasi

innumeras

tivavel nito,

todo

aspecto

o

mica

e

apparece

o a

são

prorompendo

por

apresenta tractos com

as

que

com

suas

que

sob i n -

espinhaço cul-

conforme

tres elementos E m

calca rea da

fôrma

margens

serras

conhecidas Este

fendas de

das

neste

principalmente em gra-

feldspatho. formação

cultivadas

Brasil, e

variável

dos seus

immediatamente

encostas

denominações.

aggregação

miadas.

terras

do paiz consiste

de

treita,

das as

aos

terreno.

ramificações

numeraveis

a

o

0

á :

certos

côr

o quartz, districtos

primitiva, serra

que

granitica,

comprida,

parallelas

e

e

mas

es-

bem l i -


Nos á

terrenos

dos

careo

de

de t r a n s i ç ã o ,

m í l i a de Em

-

campos, pouco

cultura, a formação

floetz primitivo,

30

do terreno c o m p õ e - s e

ardosia e

favoráveis

argilacea,

de certos

de

grauwacke.

uma

terra onde

c o m s i g o as

as

partes

leves das m a t é r i a s das

serras

mais

resultantes

rochas e a c a b ã o , pela

mesmo sua

processo,

o r i g e m : as

sitadas nos

alternão

por

finas da

e

as

pelas

decomposição

do

lugar

partes mais grossas ficão

águas,

mais baixas

e na

e

l u g a r e s de d e d i v e s

foz

se

mais

repetição continua

afastá-las

altos e e m

com

chuvas

f o r t e s , e m q u a n t o as m a i s s u b t i s s ã o l e v a d a s longe

cal-

mineraes da fa-

as p l a n í c i e s , os o u t e i r o s c o m o s v a l l e s , as levão

do

accumulão

dos

nas

do de

depomais mais partes

rios.

N e s t e p a i z q u a s i t o d o s os r i o s o f f e r e c e m e x e m plos desta petição

lavagem

natural; a multiplicada

dos nomes de R i o V e r m e l h o , R i o N e g r o ,

e t c , j á i n d i c a bastante a t é que p o n t o suas s ã o carregadas de m a t é r i a s

dos

rios

m o d o , pelas

formão-se

terras

trasbordamento, e

baixadas

exclusivamente

depositadas são ura

águas

t é r r e a s de c ò r e s d i f -

ferentes. Os terrenos de a l l n v i ã o nas beira

re-

na

deste

occasião

verdadeiro

á

do

producto

d'agua. Estas

s ã o as d i f f e r e n t e s c a u s a s

variedade dos

terrenos.

naturaes

da


— Na

em

primeiro

mental ; a segunda, da repartição do

effeito

getaes

e na

terrenos,

lugar a

temos

causa

a

destes

agentes;

accumulação

dos

terceira causa

da

mais limitada

acção

mesmas

funda-

n a sua

emfim,

restos

ve-

variedade influencia e

simultânea

rochas

dar

destas

causas

origem

a

cobrem

os

sitios mais

elevados,

o r d i n a r i a m e n t e os t e r r e n o s

podem

terrenos

qualidade m u i t o differente. Seixos e a r ê a

ahi

de

saliente.

Pela as

rochas

p h y s i c a das c h u v a s e dos ventos,

achamos

menos

das

t a m b é m importante, provem

mecânico

na vegetação

dos

-

composição chimica

reconhecer

e

31

de

grossa

representando

de

sambambaia,

emquanto que arêa fina, argilla ou barro cobrem os

declives

xadas,

suaves,

enchem

as p l a n i c i e s e b a i -

formando o terreno do matto.

Afora

estes

dados

fornecidos

pela

sciencia

geológica, a experiência, apoiada em observações numerosas,

fornece

juizo

a q u a l i d a d e dos terrenos.

p.

sobre

ex.:

ferem

que o

certas arvores

terreno

outras o barrento, á

sua

maior

outro meio

areento, e

que

perfeição

em

de

formar

Sabemos

e plantas outras

úteis

o

/

pre-

calcareo,

muitas emfim terrenos

um

chegão

misturados

ou argillosos. Assim

f a c i l m e n t e se c o n c l u e d a q u a l i d a d e d a

v e g e t a ç ã o para a qualidade do terreno productor


desta, de se

sortè

poderá

mostrou

32

que a cada variedade de

applicar a

ser

a

cultura que a

mais proveitosa para

D'esta arte o cultivador brasileiro,

terreno

experiência elle. só por

sua

l o n g a e x p e r i ê n c i a e sem precisar de analyse c h i mica ou

geognostica, distingue pela

specção do matto

virgem,

as

simples in-

qualidades de

um

terreno destinado á c u l t u r a ; pela difFerença

das

e s p é c i e s a r b ó r e a s e l l e e s t a b e l e c e as s e g u i n t e s d i visões

entre

os t e r r e n o s c u l t i v a v e i s c o b e r t o s

de

matto-virgem: l .

Q u a l i d a d e . — T e r r a superior, onde

a

abun-

d ã o os t r o n c o s a n t i q u i s s i m o s , c o l l o s s a e s d e O l e o vermelho, rubú, fraz,

Jacarandá-tan,

Gurataia-poca, Catinga Cedro,

de veado,

Jiquitibá,

Arco

Pellado, Aroeira

siuma,

etc.

O milho a semente,

e

arroz

30

derribado

deixado entregue algum tempo,

brotadas

de

pipa,

promettem pagar

SassaCanella

das

o matto,

a

si m e s m o ,

das

raizes

arvores e

que

Páo

Chry-

vezes colhei-

Este terreno, se

fôr por

na cultura do milho,

u m a capoeira

algumas

200

o café d á boas

annos e mais.

annos empregado

produz

porco,

rajada, Taboca,

e o feijão 4 0 ;

tas d u r a n t e de

de

Gua-

Sucupira, Tinguaciba, Guarema,

d'alho,

pois

Jacarandá-rosa,

formará

alguns

e depois passado

fechada que já

de-

ainda

mencionadas,

principalmente

se


distingue

33

pela a b u n d â n c i a

de C o r i n d i ú b a .

t i n u a a ser m u i t o f é r t i l n a s 2.

posteriores.

Q u a l i d a d e . — É caracterisada pela p r e s e n ç a

a

das

culturas

Con-

arvores

seguintes:

Araribá,

Grarapa,

b a t i m ã o , Páo-rei, Canna-fistula, B r a ú n a , Urucurana,

Canjerana,

Catagúa,

Bar-

Peroba,

Maria-preta,

C a n e l l a - m i r i m , C a n e l l a de brejo, Canella batalha, Canella

preta,

raúma,

de

cheiro,

Canella

ga-

n ã o r e p r o d u z a semente mais de

150

Ipé, Taquara-assú,

O milho vezes,

o

arroz

vegeta

com

annos,

porém

de

Canella

100

e

vigor,

e

etc.

o feijão

20;

d á colheitas

o cafezeiro durante

s e m p r e i n f e r i o r e s á s dos

primeira qualidade;

a capoeira que

terrenos vem

pois deste m a t t o p r o d u z A r á r i b a , U n h a de Timbó-arvore, pouca A

P á o de

lagarto,

30

de-

vacca,

Taquara-assú

e

Corindiúba. 3

qualidade,

a

designada

como

terra

ruim,

se d i s t i n g u e p e l a p r o d u c ç ã o d e T a p i n h o a m , M u recy,

Páo-Pereira,

zido,

Negra-mina,

Quina A renos

do R i o , capoeira de

Cipó-Timbó,

que

terceira

s u c c e d e ao

de

ser

feijão

apenas

co-

Serrapalheira,

matto

qualidade fornece Anda-assú,

rende pouco,

dição

Milho

etc.

Drago, Monjolo, O milho

S a n g u e de b u r r o ,

plantado

nos

Sangue

Agoniada

e

reproduzem

a

de

Sapê.

e isto mesmo c o m a muito

ter-

con-

cedo;

o arroz

semente

O

e

café


— ainda lado

34

-

d á colheitas soffriveis, mas u n i c a m e n t e do soalheiro,

e por 12 annos mais o u

do lado n o r u e g a n ã o d á Todos

estes t e r r e n o s

menos;

nada. produzem

a l é m disto a

m a n d i o c a , q u e c o n s t i t u e , c o m as b a t a t a s d o c e s , a p r i n c i p a l c u l t u r a das terras de t e r c e i r a q u a l i d a d e . As

batatas,

sendo

a terra lavrada

de S e t e m b r o a t é F e v e r e i r o ,

e plantada

produzem

colheitas

enormes. A

terra coberta

mente

pela

Sambambaia

é

geral-

estéril.

Nos

altos das

serras

encontra-se

f i c a ç ã o dos terrenos m a i s o r d i n á r i o s .

uma

modi-

O bago

do

cafezeiro n ã o madurece mais, p o r é m o m i l h o , arroz e o feijão ainda d ã o á s vezes colheitas veitosas:

o

as p l a n t a s

sol de

Janeiro

é

menos

exigem mais tempo para

Querendo-se

indagar

de

mais

o

pro-

ardente

e

madurecer.

p e r t o as

rela-

ções existentes entre o terreno e a p l a n t a ,

depa-

ra-se á s v e z e s * c o m v e r d a d e i r a s

anomalias,

cuja explicação n ã o basta s ó a

experiência.

para

As mesmas plantas n ã o p r o d u z e m igualmente bem

em

gilloso.

cada Uma

rosamente, grão

mero

de

nalmente

terreno arvore

para

boas

vegeta

calcareo

no principio

ou

depois

cessarem

durante

um

certo

d i m i n u e m estas,

inteiramente.

ar-

vigo-

depois m o r r e r de r e p e n t e ;

colheitas

annos,

areento,

até

um nufi-


— Este pelo

pbenomeno

facto,

de

35

-

é ordinariamente

uma

ou

outra

das

produzido substancias

elementares que c o m p õ e m o terreno irem ficando successivamente menos abundantes, e acabarem por

desapparecer

cessarem ladas

de

pela

planta.

e

toda

lhante

existir e m raiz

Então

fórmão-se

inteiramente, fôrma

possão

esta

o ú pelo tal,

que

s e r v i r de

apresenta

cultura da

terreno

mesma

torna-se

assimi-

elemento

aspecto

vegetações cryptogamicas

a

menos

doentio,

sobre

planta

de

prevenir

impossivel. Neste

ou remediar

dar

raes,

f a l t a tiver sido i n d i c a d a pela

chimica,

reduzidas

ser a b s o r v i d a s ,

as

as

Tor-

substancias m i n e analyse

a u m a f ô r m a tal que plantas

caso

ensinar

o mal.

nando-se a cuja

ao terreno

ella,

e m seme-

só u m exame chimico aprofundado pode os m e i o s

á

possão

n ã o t a r d a r ã o a recu-

perar seu a n t i g o v i g o r . Para

explicar melhor

como exemplo, pratica. que todos

A

facto bastante

decomposição

abundão sabem,

emquanto

um

este p h e n o m e n o ,

das

terrenos

os p r o d u z i d o s

de

commum

rochas

no Brasil fornece em

cito, na

graniticas

geral,

como

mediocre fertilidade,

pelo T r a p p são

riquis-

simos. A a n a l y s e c h i m i c a de u m e o u t r o m i n e r a l offerece

differenças

consideráveis,

mas

cons-

tantes. F ó r a o silicio e a a l u m i n a , c o m m u m a ambos, o g r a n i t o c o n t é m quantidades

consideráveis


de potassa e

cal, o

stancias

em

proporções Ora,

sóda, p o r é m

gnificantes emquanto

36

magnesia

Trapp

como

proporções

e

oxydo

possue

abundância,

quasi

conter todas

em

de

todas e

ferro,

estas

todas

insi-

ellas

subem

iguaes.

um

t e r r e n o p a r a ser

estas s u b s t a n c i a s

fértil

em

deve

quantidades

notáveis, será fácil ver a v a n t a g e m que o T r a p p leva

ao

granito,

indispensáveis se c o n c l u e mentar consiste que

a

por

que

com

conter

faltão

a

certos

este

elementos

ultimo.

facilidade que o meio de

fertilidade

de

um

terreno

aug-

granitico,

e m a j u n t a r - l h e as s u b s t a n c i a s

faltão

D'ahi

mineraes

n a sua c o m p o s i ç ã o . E i s a r a z ã o

q u e n a E u r o p a se e m p r e g a d e s d e t e m p o s principalmente a

cal nas

suas

por-

antigos

differentes c o m -

posições para a m e l h o r a dos terrenos provenientes da decomposição gado muito

do

antes

a e x p l i c a ç ã o deste E n t r e os dos

que

o

a

c h i m i c a tivesse

modiíicadores

homem

occupa

n e n t e e d i g n o de ser e s t u d a d o . a m b i ç ã o de forço

obter ricas

do

um

emi-

E s t i m u l a d o pela

estrumado pelas por uma

mas pouco

o vigor

pouco

caracter

c o l h e i t a s p e l o m e n o r es-

duz abundantemente a

dado

lugar

possivel, d e r r i b a elle e q u e i m a

mattos; o terreno

empre-

proceder.

agentes

terrenos,

granito ; methodo

serie

os

bellos

cinzas de

pro-

annos ;

da vegetação

vai


-

37

diminuindo,

e as p l a n t a s ,

acabão

s u c c u m b i r aos insectos vorazes,

ás

por

vegetações

parasiticas. O

destruir

outro pedaço

mesmos

phenomenos

mesma

abundância

mesma

diminuição

Como

o

cada

segador

de

homem

matto

tornão

do e

vez mais fracas,

a

principio pela

n'uma

virgem,

vai e

os

succeder-se,

a

é seguida pela

mesma

rica

então

ou

falha

seára,

o

final.

colono,

passo a n t e passo, p e n e t r a neste m a r de v e r d u r a ; os g i g a n t e s v e g e t a e s ,

p r o d u c t o s seculares,

esmagados pelo progresso em

anno

clareando

da

cahem

cultura. De

o machado

cada

anno

vez

mais

as s o m b r a s d e s t a m a r a v i l h a d a n a t u r e z a , e c o n t i nuando contra

de

geração

diante de si u m

deixa atrás Tempo cia

em

um

en-

esgotado.

sem

duvida

fará

sentir

se

emquanto

m u r o de verdes mattos,

paiz n ú e

virá

humana

geração

em

que a influen-

nestes mesmos

ter-

renos e m sentido i n v e r s o : a d e s t r u i ç ã o dos mattos será

seguida

por

outra

geração

que,

forçada

pelas circumstancias, p r o c u r a r á restabelecer pela cal,

a

marga,

indicados

o

pela

chimica,

renos esgotados. gredirá

com

melhor,

e

ou a

por

força

mais

que

vagar

um

meios

a n t i g a dos ter-

do

que

a

prodes-

fazer g r a n d e s d e s p è z a s de

de d i n h e i r o para, p o r por

outros

Certamente a regeneração

muito

truição ; ella t e r á tempo

gesso,

um

tratamento

aproveitamento judicioso

das


propriedades tura

chimicas do

apropriada

á

clima, regenerar meiro

38

sua

terreno, p o r u m a cul-

o r i g e m g e o g n o s t i c a e ao

a fertilidade destruida pelo pri-

colono.

O cultivador brasileiro distingue mais ou n o s as l.

a

seguintes qualidades Terra

xadas

á

de

molle.—Alluvião beira

terrenos:

das p l a n i c i e s e bai-

dos rios;

tação colossal; terreno

me-

desenvolve u m a

vege-

magnifico para a cultura

da canna de assucar, e i g u a l m e n t e f a v o r á v e l p a r a a p r o d u c ç ã o dos 2. de

a

cereaes.

Massapé.—

cor

Terreno argilloso gordo,

parda,

ás

vezes

denegrida,

fino,

amollecido

pelas c h u v a s e a d h e r e n t e s aos p é s c o m u m a c e r t a viscosidade, d'onde lhe v e m o

nome.

Impróprio

para c u l t u r a do café, mas excellente p a r a e

canna

milho. 3.

a

Terra

vermelha.—

Terreno productor

c a f é p o r excellencia; é u m a argilla de t e r c i a r i a , á s vezes areenta, de ferro, de c o r

de

formação

i m p r e g n a d a de o x y d o

avermelhada, que de preferencia

c o b r e os d e c l i v e s das s e r r a s g r a n i t i c a s , e d e b a i x o dos a l l u v i õ e s camadas 4.

a

nome arêa

de

Apiou, de

das baixadas, f ô r m a mais de

45

muitas

palmos.

mais conhecido entre Arêa.

finamente

— Consiste lavada,

vezes

em u m

lançada

á

o p o v o pelo terreno costa

de

pelos


movimentos produz

do

39

mar,

de

mandioca

e

— eôr

branca,

que

guandos.

A n a l y s e i u n i c a m e n t e as d i f f e r e n t e s q u a l i d a d e s d e t e r r e n o , t o m a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o as

distinc-

ç õ e s q u e o c u l t i v a d o r e s t a b e l e c e s e g u n d o a difFerença N. do

da

vegetação

1.

Terreno

nelles

de primeira

formação

producção N.

2.

de

de

café

Terreno

dito

( p r i m i t i v a ) . A m b a s as proximidade

de u m

da fertilidade N.

qualidade

tirado

3.

do

e

milho. dito,

formação

amostras

Terreno

4.

fôrão tiradas

p é de o l é o - v e r m e l h o ,

de

segunda

Tiiado

amos-

côr avermelhada

bom

a

de

5.

n.

productor

de

do

para

mesmo

de

derribado

ser

plantado.

l u g a r d ' o n d e se

3.

Terreno uma

depois

prompto

exaetamente

melfada

N.

terreno

o matto,

produzido

mação

da

fiador

qualidade,

granitica,

O mesmo

queimado

K

calcarea

milho.

N.

tirou

para

terreno.

escura, f o r m a ç ã o café e

quasi

granito, excellente

tra t i r a d a do m a t t o v i r g e m , de

e

observada.

m a t t o v i r g e m , de c ô r castanha escura,

preta, da a

arbórea

^ de

Massapé,

colheita de

escura,

de

depois m i l h o , de

consistência

Terreno

eôrfaver-

plastiea/;

granitica. 6.

de/ter

for-

1

que

não produz

milho,

mas

sim


-

40

boas colheitas

de café, de c ô r clara a v e r m e l h a d a

e pardacenta.

Formação

N. de

7

Terreno

de terceira

Sambambaia.

destruição queima ; nhum

Tirado

do

ainda

de

Seria

Terreno

algum

próprio rapé; tirado

Sambambaia,

inferior

coberto

dous annos depois

produz

batata doce. C ô r de 8.

qualidade,

café, p o r é m

para

a

formação de

um

do m o r r o f ô r m a alto

um

ne-

cultura

morro

plano

de

granitica. coberto

ha 25 para 30 annos.

inclinado ; o

da

m a t t o ; d e t e r i o r a d o p o r excesso de

milho.

N.

granitica.

A parte levemente

n ã o d á nem café nem

milho.

Formação granitica. a. De

Terreno côr

tirado

castanha

dedos ; n o duz

clara,

fogo toma

superior

do

morro.

pulverisavel entre

a

os

c ô r de t i j o l o . N ã o p r o -

café n e m milho.

b. Côr

da parte

Terreno de

tirado

rapé ,

pulverisavel

e

/ da parte

consistência algum tanto

inferior mais

N,

onde è

um

Barreiros

salgado,

pequeno

p r o c u r a d o dos

lamberem

o

menos

No

sal.

pelo

Terreno muito

/

d ' a q u e l l e q u e á s vezes

espaço

do

animaes

Estes

matto

virgèm,

selvagens

lugares,

rara

denomimdos

p o v o , s ã o f a v o r á v e i s ao fértil.

fogo

Produz algum

nenhum milho.

9 . Terreno

occupk

morrò.

firme,

plástico.

tinge-se de v e r m e l h o p a r d a c e n t o . café, p o r é m

do

caçídor.


As

amostras

fôrão

41

tiradas

em tempo

enxuto.

1M 100 GRAMMOS DE TERRA (*). M. 1 2 3 9 4 5 6 7 8 a 8b Saes solúveis em 0,088 0,100 0,134 0,218 0,070 0,044 0,210 agua Saes solúveis em ácidos mineraes 13,625 5,098 9,137 16,530 46,857 20,790 43,000 13,500 6,905 26,538 Silicatos insolu83,500 86,481 75,899 72,735 44,142 50,760 58,100 64,050 64,762 59,142 veis. Azoto.

1,6%

F o r ç a hygroscopica

43 °/

EM 100 GRAMMOS N.l DE TERRA.

2

0

l°'o 0,4o/

0

30°/

0

39 % 36°/ 29,5°/ 0

4

3

5

0

6

44°/

0

8 a

7

9

8b

Humidade ou 9,933 6,283 12,344 8,479 16,571 19,440 20,066 12,000 20,620' agua . Substancias orgâ,12,200 1,667 2,169 2,486 1,594 20,926 8,960 8,366 10,396 7,713 nicas . Chloro 0,014 0,018 0,002 0,004 0,002 0,100 Vestg 0,033 0,022' 0,066 s

Ácido carbônico.

0,150 1,030 0,202 1,580 0,200 0,100 0,166 0,166 Vestg

s

sulphurico. 0,042 0,716 0,342 0,102 0,343 0,913 0,011

1,850

0,206 0,038

phosphoro. 0,128 0,175 0,106 0,282 0,077 0,013 Vestg

0,055 Vestgs

s

silicico (siliça solúvel). 0,500 1,795 0,404 1,995 0,214 0,400 0,166 0,100 0,050 9,758 silicico (Arêa insolu71,250 68,073 73,899 69,735 42,678 45,000 57,666 45,200 46,075 32,304 vel). Oxydo de ferro. . 2,450 5,830 2,445 3,677 5,464 5,820 6,466 5,960 8,075 6,605 Oxydulo de manVestg 0,022 0,008 ganez 13,825 11,656 7,892 9,656 12,643 19,796 6,591 25,940 16,987 34,739 Alumina . Cal . 0,025 2,446 0,404 0,408 0,585 0,090 0,017 0,305 0,100 0,267 s

0,010 0,063 0,057 0,011

0,382 0,031

0,312

Magnesia.

0,026 Vestg Vestg

Potassa.

0,002 0,200 0,045 0,777 0,003 0,003 Vestg 1,050 0,262 0,001 0,084 0,019 1,219 0,251 0,059 0,020 1,850 1,350 2,183

Soda

s

s

s

(*) As casas em branco somente iudicão que as substancias que a ellas se referem não fôrão verificadas, mas não que ellas não existão.


— Do que

exame o

do

terreno

42

quadro

de

precedente

sambambaia

conclue-se

p o d e r i a ser

fa-

cilmente m e l h o r a d o pelo accrescimo de u m a certa quantidade de

ácido

poderia

de m a t é r i a s

phosphorico ou phosphato ser

queimados; humosas mais

O

por

e

sob

a

riqueza

grande terrenos

p r o v a de si

mesmo

sapé

fornecido

dos

huma

fazem

a

a

fôrma

que

de

café

quantidade

fertilidade

de

em

em

substancias

nos

referimos é

de

um

algum

gesso

ao

mais

e

não

terreno. Mas-

abundância

bastava-lhe

de

ossos

q u e estas substancias

produzir milho

dar

a

de cal, que

terreno p a r a assemelhar-se

saria unicamente para

sólidas, principalmente

preci-

guano,

uma

e

pequena

phosphatos.

A AGRICULTURA EM GERAL. A agricultura brasileira ha poucos annos sahio

do

berço.

cultivavão mente

o

algumas

Os í n d i o s

alguns

antes da

fructos e

mamoeiro,

o

outras plantas

descoberta

viveres, principal-

milho,

a

tuberosas

mandioca que,

e

apezar

da imperfeita cultura, fornecião-lhes u m a comida abundante ductos erão

e

variada,

espontâneos

pouco

das

alternada florestas.

extensas e apenas

o gasto d o m é s t i c o ;

muitas

com As

os

pro-

culturas

sufncientes

para

tribus até n e m plan-

t a v ã o , e s u s t e n t a v ã o - s e unicamente dos

productos


da

caça

e

dos

43

dotes

-

espontâneos

de u m clima

generoso. A fertilidade de

canaes

extraordinária

naturaes devia

de

sem duvida convidar

p a r a a a g r i c u l t u r a os E u r o p ê o s Quasi do

todas

mundo

mas

as p l a n t a s ,

que

escala

recém-chegados. qualquer

parte

proviessem, prosperavão

aqui,

naturalmente

maior

u m paiz rico

de

principioü-se

aquelles

a

cultivar

vegetaes que

em

promettião

maior proveito. E m primeiro lugar

naturalisou-se

a

uma

canna

de

abastança

assucar,

ás

do

cacáo

indigenas.

algodão,

o

o

cafezeiro

quasi

artigo mina

de

siasmo se

logo

mais

dar

provincias

o

prosperou

para

erão

300

de

annos

maneira

por

para

essa

o

supprimissem

ou

ficar

mas

fez

com

deixassem

de

fumo,

Seguio-se tarde,

e

sendo

o

exportação

Brasil;

cultura

O

mais

a

i m p o r t a n t e de

ouro

norte.

grande

e

uma

o

enthu-

que

outras

se

estabe-

lecer. Nas a

partes

interiores

agricultura está

onde

a

clima

offerecem

ainda

fertilidade

ninguém industrial.

dimculta

pôde

do

sem

c e s s á r i o ao h o m e m , commercial

de

muitas

no

estado

terreno grande

onde a

a

provincias

e

o

primitivo: favor

trabalho

distancia do

troca

esperar grande

dos

o

do ne-

centro

productos,

desenvolvimento


— Os

productos

cipalmente

dado,

e x p o n t â n e o s da natureza,

nas

abundantes

44

provincias

que,

se

formarião

a

do

fossem base

de

prin-

norte,

são

tno

colhidos

com

cui-

u m c o m m e r c i o ex-

tenso. A

historia

que

todos

modo

do

os

até

gênero

povos

que

o

humano

tem

provado

do

mesmo

principiárão

augmento

da

população c a

d i m i n u i ç ã o dos p r o d u c t o s silvestres estimulassem a

actividade ;

entre

este

nós quando

systema

pequena,

de

Janeiro.

mas

systemas

partes

do

de

Brasil pelas

influencias

locaes:

de

do

a g r i c u l t u r a nas

podem

cinza.

gastas,

muita.

mente

esgotada,

arbórea pécies que

Esta

o

differentes

terra,

Capoeira, quasi matto

e

das

comparados cultura

a

em

terra

Logo

ao es-

adubada

que

os

saes

nutritivas em

geral

descansar a terra por se

produzirá

plantas

compõem

ser

deixa-se

chamada de

ser

substancias

haver

do

da

uma

se a c h ã o

do Rio

clima

por

e as

a

differenças

rudimentario,

mineraes

com

diversidades,

tado

pela

do

m o s t r ã o poucas

afolhamento

vez,

Amazonas

industriosa provincia

reclamadas

systema

sensivel

comparamos a exportação

hydrographico

da

Os

facto torna-se b e m

não

estiver

uma nova

vegetação

composta todas virgem.

total-

de

es-

differentes

das

Se

o

terreno


45

estiver i n t e i r a m e n t e e m p o b r e c i d o de nutritivas, voltará, por

assim dizer, a

ante-diluviana—a vegetação baias ) t ã o detestada pelos Considerando-se portação,

pôde

os

o

substancias vegetação

de fetos

(sambam-

cultivadores.

d i f f e r e n t e s a r t i g o s de ex-

nosso

paiz

ser

dividido

em

zonas de p r o d u c t o s n a t u r a e s , p o r q u e raras vezes a

mesma

com

fazenda

mais

de u m

cultivando

outros

próprio

das de

modo café,

cacáo,

anil

O mate,

e

producto

e

possuimos

de

canna,

de c r i a ç ã o

exportação,

ou

para

o

de de

dedicados

a

f u m o , de gado.

O

fazen-

algodão, urueú e o

pequena

escala.

guaraná

espontâneos da

todos, f o r m a n d o de

se

particular tratará

a cada

da agricultura e m a

ou

e

outros

natureza,

preferencia

pobres.

cultura

productos

nunca

nos

de

cada

um

capitulos

destes

especiaes

u m delles, só fallando-se a q u i geral.

primeira

pregão-se quasi —que

occupará

sómente

senão em

são productos

o dote dos

Para

se

plantações

a g o m m a elástica, o

pertencem

Da

de

vegetaes

n ã o se p l a n t ã o

artigos

plantação

consumo.

Deste

de

de

plantação

entre

nós,

em-

exclusivamente terrenos virgens sofFrêrão a

cultura.

Os

terrenos

d i v i d e m - s e e m d u a s g r a n d e s c l a s s e s : as p l a n i c i e s relvosas

chamadas

campos,

com

as

differentes


— transições

para

o

46

-

matto,

e

a

terra

de mattos

virgens.

CAMPOS. A região dos campos fôrma um espaço infinito,

cujas

çadas,

n ã o o f F e r e c e m p o n t o d e d e s c a n s o a, v i s t a .

E'

um

suaves o n d u l a ç õ e s m o l l e m e n t e tra-

oceano

de g r a m i n e a s , c u j a s hostes

tuão brandamente

flnc-

á viração, encerrando

alguns

g r u p o s de arvores, c o m o ilhas, c h a m a d o s

capões.

Os

campos

prados por

distinguem-se essencialmente

não formarem uma relva

mas

tufos

nos

mattos. Entre

numeras deriào dos

separados

plantas

entre

estas

que

nos

desenvolver por

prados,

contínuo,

pelo

que

espécie, como gordura

matar

arvores

moutas prosperão inmattos

f a l t a de

suffoca toda

a

contínua,

s i , c o m o as

contrario,

vemos,

dos

a

por

não

sol.

se

A

po-

grama

fôrma

um

todo

planta

de

outra

exemplo,

sambambaia,

o

capaz

capim-

de

tanta

resistência. A do

difFerença

differente feitio

nas plantas encravando de

das

uma

duas de

vegetações

suas

raizes,

depende as

quaes

dos prados r a s t e j ã o h o r i z o n t a l m e n t e todo

rêde,

o

terreno

emquanto

plantas gramineas dos

como que

as

nas

mattas

raizes

das

campos são simplesmente


47 flbrosas

e

quasi

terrenos

na

pobre

e

verticaes.

região

tante : n ã o

faltão

dos

de

em

plantas

tuberosas

Melhor godão,

em

as

em

certos

é

cons-

vegetação

muito

elles n ã o p r o -

pequena

o

quantidade.

produzem

milho

e

se

os

cultivadores

introduzir se

o arado

lembrarão

disposição

pudessem

emquanto

alo

colhei-

resolver-se

e o adubamento;

elles

o

mesmo

fumo, que darião sem duvida abundantes tas,

dos

c a c á o , n e m arroz,

lugares

leguminosas,

não

geral

duzem café, n e m canna, n e m e

fertilidade

campos

tractos

mesquinha ;

A

a

d'isso n ã o

tiverem

á

sua

m i l h a r e s de l é g u a s de terras virgens.

Até que

ponto a terra

dos

campos

s e r i a sus-

c e p t í v e l d e m e l h o r a m e n t o , p r o v ã o os r i c o s j a r d i n s dos seus h a b i t a n t e s . A do

cultura matto

desses

mattos,

immensas.

que

dotados

destróem

de

o

para

cavallar

os

de

com-

fertirestos

refrescar planicies emprego

ahi

dos

Elles f ó r m ã o

numerosos

da Europa, voltou

milhares

acima

últimos

principal

e vaccum ;

partes

grande

os

destinados a

ás

gramineas, são

é p a r a a c r i a ç ã o de gado.

zido m a n s o gem;

se

Porém

Eldorado

gado

capões,

geralmente Assim

um

limita-se

á s i l h a s d o oceano de

lidade.

campos

campos

chamadas

parámos terrenos

dos

o ao

rebanhos cavallo,

de tra-

estado selva-

b o i s e v a c c a s se m u l t i p l i c ã o


— sem

cuidado

dores

48

a l g u m para enriquecer

d'estes p a s t o s

emfim

onde

os

grado

todas

as

naturaes;

habitantes

dos

é

os possui-

esta a

região

trópicos,

theorias physiologicas,

se

má o sus-

t e n t ã o e x c l u s i v a m e n t e c o m c a r n e , e, — c o m u n i a riqueza

de

importão

milhares da

e

Europa

milhares a

de

manteiga

vaccas — , e

o

queijo!

da

Europa

MATTO VIRGEM. A região da matta virgem tem sido até agora o verdadeiro campo Sem

d u v i d a os

do agricultor.

mattos e campos

na p r i m a v e r a a d o r n ã o - s e de elegante de

bellas

grupos côres,

flores;

de pela

folhagem e

v ê m - s e arranjados

arvores, que symetria

pela

com

arte,

h a r m o n i a de

suas

de suas f ô r m a s d e l e i t ã o

a

vista; p o r é m incomparavelmente mais rica,

mais

variada, mais brilhante pelo

de

suas

trópicos:

tudo

côres se

é

a, v i d a

desenvolve

mattos

virgens

creadora,

que

sob em

o

sol

contraste dos

p r o p o r ç õ e s gigantescas,

fórmão pela

sua

os

typos

selvageria

attrahe a vista e excita a a d m i r a ç ã o de t o d a a r e g r a

e

d'esta

symetria.

botânicas, consistem

força

primordial

pela

ausência

Estes mattos,

tendo representantes de q u a s i todas

e os

as

con-

familias

em uma reunião variada

arvores de e s p é c i e s differentes.

de


49

Emquanto u m a grande ropeos

se

parte

c o m p õ e de u m a

dos

única

mattos

eu-

e s p é c i e de

ar-

v o r e s , os n o s s o s s ã o d e u m a v a r i e d a d e i n f i n i t a , a p o n t o d e se a v i s t a r r a r a m e n t e plar da mesma um

espécie

destes p a t r i a r c h a s

nomia

ao

m a i s de u m

mesmo

exem-

tempo.

Cada

vegetaes t e m sua p h y s i o -

especial, differente d a

do

vizinho;

cada

u m destes g i g a n t e s e s t á isolado, s e m u m a

familia

de descendentes q u e

produz

o

rodeie; cada u m

flores e fructos e m t e m p o fica p r ó x i m o ,

differente do que

e os c e r n e s d a m a d e i r a

lhe

indestruc-

tivel são t ã o duros que fazem quebrar o aço. J á de l o n g e apparece o t r o n c o esbelto do P á o Rei

elevado

Sapucaia

sobre

com

todo

cheirosas ;

melho

resto da floresta:

sua f o l h a g e m n o v a c ô r de

cobre u m a cássia ornada flôres

o

de

a

rosa

c a c h o s d o u r a d o s de

de o u t r o lado vê-se o oleo ver-

distillando

lagrimas

balsamicas,

as L e g u m i n o s a s , as M y r t a c e a s , centos de outras e s p é c i e s

as

e assim

Palmeiras

e

differentes de todas

as

familias f ó r m ã o u m c h á o s de arvores c o m troncos geralmente mais altos e esbeltos do que effeito da densidade cópas u m segundo

grossos,

d o m a t t o , c o b r i n d o c o m suas matto

menos

alto intrincado

e quasi i m p e n e t r á v e l , c o m p o s t o de arbustos, e

cipós

parasitas. O

matto cortado para fins agrícolas

chama-se

derribada. p.

B.

4


— N o m e z de M a i o roçar

o

matto

50

ordinariamente principia-se a

miúdo,

arvores, que debaixo prosperão, mas ções

da

sua

os

da

só alli

arbustos sombra

e

pequenas

espessa n ã o só

parecem

existência.

procurando a

-

a c h a r as

Os enormes

luz, sobem

ao

ápice

arvores, d e v e m necessariamente

condi-

cipós das

que,

maiores

ser c o r t a d o s p a r a

que

as a r v o r e s , s e g u r a s p o r estes c a b o s n a t u r a e s

não

se

quéda,

desviem ferindo

da o

direcção calculada

derribador.

de

sua

depois

t r a b a l h o p r e l i m i n a r v a i - s e d e r r i b a n d o as

deste

grandes

arvores, p o d e n d o v i n t e pessoas e m u m d i a l i m p a r para cerca de u m alqueire estalão

os

gigantes

estampido

de

de

plantas. G e m e m

vegetaes,

trovão

se

até

que

precipitão

com

e o

arrastando

comsigo centos de i r m ã o s mais fracos que a m ã o do derribador só tinha ferido com alguns de m a c h a d o , p a r a facilitar a sua Triste reza!

espectaculo

golpes

quéda.

para o admirador da

A r v o r e s seculares que

terríveis

tempestades,

cahem

m ã o do

homem, para

serem

natu-

resistirão

ás

mais

debaixo

da

fraca

transformadas

em

cinza. Desta formados

m a n e i r a os

mattos

e m plantas

alimentares ;

a

produzir

e

dos

a

animaes,

enriquecer

própria que

a terra

virgens

substancia

depois

da

são trans-

estas dos

morte

passão homens

torna

para nova producção ;

a

alter-


nativa

eterna

lemo-nos dada

ao

a

vida

e

a morte!

com a consideração homem,

augmentar

o

dominio da As

entre

seu

que

os

de que a t e r r a f o i

mattos

bem-estar

e

cahem

para

mezes p a r a

derribadas

seccar, e

derribadas

o

do

de

meiado

alguns

de A g o s t o

A q u e i m a de

extensas exige m u i t a p r e c a u ç ã o e expara

plantações

proteger

próximas,

acendedores, muito longe

que no

dictão

o

não

mas

ás

a

vezes

meio

os

mattos

própria t e m que

e

formar u m a

dos

arriscar-se

plano

terreno e a direcção de

batalha.

A

a t ê a - s e c o m a v i d e z n a s f o l h a s seccas, crescendo

vida

mi

destas m a t é r i a s i n n a m m a -

veis; a conformação do vento

estender

precisão

em diante póde-se-lhes deitar fogo.

/

para

civilisação.

arvores

periência,

Conso-

subindo

pelos galhos

labareda immensa.

do

chamma propaga-se

miúdos

até*

Sons confusos e

t e r r í v e i s s a h e m d o i m m e n s o b r a s e i r o , as

taquaras

r a c h a n d o i m i t ã o u m f o g o . d e p e l o t ã o , e os r o c h e dos

fendem-se c o m o estampido da artilharia.

f u m a ç a cobre

o

céo, e o sol avermelhado

o seu f u l g o r e p r o d u z que

só pôde

occasião

de

no espirito u m a

ser b e m a v a l i a d a p o r apreciar

este

A

perde

impressão

q u e m j á teve

triste espectaculo.

O

a r a b a f a d o c o m p r i m e os p u l m õ e s . P o r m u i t o s d i a s os t r o n c o s tinuão

abrazados;

por

das

arvores

f i m apparece

um

convasto


— terreno

coberto

de

52

-

cinza e

esqueletos

vegetaes

carbonisados, e s p e r a n d o a c h u v a , p r e c u r s o r a dos trabalhos agrícolas, estrume

para fertilisar

a

terra

com

inorgânico.

Distinguem-se tres g r á o s n o efíeito d a queima das

derribadas.

l.° e

Bem

queimado.

medianos

Todos

os

galhos

miúdos

forão transformados e m cinza e n ã o

f i c a r ã o s e n ã o os g r o s s o s t r o n c o s c a r b o n i s a d o s . 2.°

Salpicado.

O fogo saltou vários lugares ; a

sua a c ç ã o f o i i n c o m p l e t a . N e s t e caso

reduzem-se

os g a l h o s

queimá-los

em

pedaços

e procura-se

parcialmente. 3.°

Requeimado.

O fogo f o i tão forte que n ã o

s ó q u e i m o u as a r v o r e s g r o s s a s , m a s certo

ponto a superfície da terra. Esta terra

cinada

é

de pouco da

familia

muito tempo dos

desfavorável á cultura. cobre-se fétos, que

r e n o s e s t é r e i s e se p r o p a g a

ella

terra

requeimada

de

Depois

com

ter-

rapidamente.

vestida

de de

Pouco a pouco, pela destruição

a n n o s acha-se nova

da

verdura-

sambambaia,

formão-se lugares a l g u m tanto mais férteis, hindo plantas

cal-

sambambaia,

se c o n t e n t a

D e p o i s de u m a l o n g a serie a

calcinou até

j á pouco mais exigentes.

atra-

Assim,

depois de alguns annos a t e r r a p ô d e sustentar c a p i m g o r d u r a que,

cobrindo

prolifico

a

o

terra


53

e retendo a humidade, bambaia, inimiga Mais tarde

de

apparecem

côr

de

em

sam-

a l g u m ponto mais

magros,

Cardia, seguida

flôres

depois

s u f f o c a os g r é l o s de

d a a g u a (#).

fértil vários arbustos sombria

fogo

ordinariamente

pelo cipó

(Bignonia

de

S.

a

João,

ignea.

Vell.),

a Agoniada.

Assim,

emquanto

pouco

a

pouco

a

terra

c o b r e d e a r b u s t o s , as i n f l u e n c i a s d e s t r u i d o r a s elementos e n c o n t r ã o folhas e galhos nova camada m e n t a r as

maiores

obstáculos;

accumulados torna

de

substancias

raizes

a

próprias

se dos

pelas

formar-se para

de arvores m a g e s t o s á s

e

alicriar

novo matto. Analysei

as

cinzas

das differentes f õ r m á ç Õ ê s

de m a t t o , c o l h e n d o depois em

da

q u e i m a " as

differentes lugares de cada derribada

t u r a n d o as N.

1.

porções

Cinza

de

de

granito;

excellente

N.

2.

annos).

Cinza

primeira

de

e

mis-

competentes. derribada

Terreno

cinzas

de

matto

qualidade,

productor

derribada

T e r r e n o de p r i m e i r a

de

de

virgem.

formação

de

café e milho.

capoeirão

qualidade,

(de 1 2 de

for-

m a ç ã o c a l c a r e a ; p r ó p r i o p a r a a c u l t u r a de m i l h o e íeijao. (*) Este processo natural prova quão util seria á imitação calculada do mesmo em todos os terrenos esterilisados pela sambambaia.


X.

3.

Cinza

de

derribada

de

capoeira

(<le f i

annos). Terreno de primeira qualidade, de form a ç ã o g r a n i t i c a ; p r ó p r i o p a r a a c u l t u r a de

milho

e teijao. N. 4. Cinza de Sambambaia. Terreno de formação granitica; para cultura de mandioca e batata

d o c e ; r e c o l h i d o s o b r e o t e r r e n o 8b

(veja-

se pag. 40 Analyse das terras).

BM 100 GRAMMOS DE CINZA..

W. 1

Ácido carbônico. Chloro Iodo Ácido sulphurico » phosphor (Ácido) Siliça solúvel Oxydo de ferro.. Oxvduio ganez de manOxydo de cobre.. Cal Magnesia Alutninia Potássio Sódio. Silício

1,200 1,450 1,974 9,200 0,442 ^ 0,715 1,393) 0,700 2,225 ( S 0,040 3,200 42,868 26,002 0,071 4,572 0,180 0,042 Vestigi.' Vestig 5,761 0,530 .2,693 40,080 6,970 13,000 7,420 5,000 19,009 luu,02ü 100,000 99,969

cinza da

agente

para

terrenos

N. 4

». 3

36,666 36,250 32,333 1,240 0,6J9 0,227 0,016 1,196 0,006 em 10,000 gram. 0,625 1,374 1,133 1,786 0,8õ8 0,478 0,635 1,995 4,632

0

A

N. 2

1

sambambaia fornecer

p o b r e s dessa

2,466 7,366 4,733 1,300 2,896 3,466 59,566 99,900

seria

ácido

u m

excellente

phosphorico

aos

substancia.

Os Romanos já conhecião bem a estrumação pelas

cinzas.

Palladius diz que a cinza de

fertilisao campo por cinco annos. Catão aconselha

lenha


— queimar se

nos

possão

melhorar

a

incendiavão getação

55

campos

todas

as

aproveitar

de

uma

seguinte.

Os

indigenas

os c a m p o s

para

que

não

colheita

para

do

provocar

Brasil

uma

ve-

melhor.

A i m p o r t â n c i a dos elementos vegetação

da

cinza para

e principalmente para a producção

combinações

orgânicas

foi provada por

c outros chimicos distinctos; carbônico, o ammoniaco novas c o m b i n a ç õ e s fertilisadoras mattos

partes

orgânicas.

parte

Liebig o ácido

é

Das

pela

substancias

combustão

absorvida

pela

dos

terra;

o u t r a eleva-se aos ares e m f o r m a de f u m a ç a , contém carbono, mais

tarde

de

e a agua n ã o formarião

produzidas

só u m a

sem ellas,

a

hydrogeno,

azoto

voltar e fertilisar

e agua

que para

nova geração

ve-

getal. N a o c c a s i ã o de g r a n d e s queimas de

derribadas

p ô d e a quantidade de á c i d o c a r b ô n i c o contido n o ar s u b i r ao d e c u p l o

do

dia c l a r o d o m e z de

Julho, anterior ás

achei

3,9

volumes

de

estado

normal. E m

ácido

um

queimas,

carbônico,

termo

m é d i o e m c a d a 1 0 , 0 0 0 v o l u m e s d e ar,, e m q u a n t o que n o mez de A g o s t o , e m u m v é o de f u m a ç a ,

um

achei na

dia abafado

mesma

ar, 3 1 , 9 v o l u m e s de á c i d o c a r b ô n i c o , que

porção

desceu

a

3,4.

A

chuva

de

quantidade

depois das p r i m e i r a s trovoadas fortes

chuvas

por

desta

com fôrma


-

56

-

i m p r e g n a d a de á c i d o c a r b ô n i c o é superior a qualquer

irrigação artificial, n ã o

pelos

elementos

que c o n t é m , mas t a m b é m e principalmente como dissolvente

das s u b s t a n c i a s i n o r g â n i c a s

na terra e nas mas

cinzas, i n s o l u v e i s e m

facilmente solúveis em agua

Finalmente

ainda

algumas

i m p o r t â n c i a dos mattos que impellidos

em

parte

pela

pos

e pela ignorância do

pura,

palavras

sobre

destruindo,

necessidade,

mas

mattos

maior

grupo

bitavel

sem

plantas,

de

gru-

do

reino

vegetal,

e

natureza;

fórmão

como

a t e r r a seria

inha-

a faculdade particular que t e m se

unirem

em

tante

grupos.

perigo: só unidas são

força

Plantas

das

tempestades

lierbaceas

cobrem

a

aos

e gramineas

terra;

deixão

de

cons-

do

protegem-nas

dessecamento

pouco

fórmão-se

sua vez p r o t e g e m

com

absoluto. arbustos

plantinhas

sua

que raios

sombra

de

pouco

a

Assim e

sol.

primeiras

v ã o nascendo experimentar a i n f l u e n c i a dos d o sol, mas

a

resistir

raios

s ã o as

as

das

S e m ella

capazes

e

tal

pittoresco

v i d a de cada p l a n t a e m p a r t i c u l a r c o r r e r i a

um

cul-

valor daquelles

pela sua e x t e n s ã o e m a s s a

e na economia da

que

em

tradicionaes de

exercem a maior influencia no aspecto

á

a

vegetaes.

Os o

agua

carbonada.

estamos

parte t a m b é m por systemas tura,

contidas

mattos

que

o d e s e n v o l v i m e n t o das

por

outras


57

-

plantas: debaixo de sua s o m b r a a terra a humidade necessária nhas

delicadas

como

as

das

entranhas

da

terra

ou,

terra. das

em

mais

Quando

a

as

arvores

da

chuva,

quéda.

D'ahi

que

se

n ã o podem,

humidade

das

sorte a superfície da cobre-se de

absorvem

a deixa

de

plantas

uma a

camada

humidade

f i l t r a r e descer

e

para

declives. o

matto

r e c e b e m , f o l h a a p ó s f o l h a , as

gottas

moderadas

rebenta

assim

Ellas são absorvidas

que

tenras

dellas,

trovoada

ficial da terra, culo

Desta

falta

a pouco

os l u g a r e s

raizes

arvores

de folhas m o r t a s só pouco

p a r a n u t r i r certas p l a n t i -

arvores, attrahir a

debaixo

miúdas

cujas

conserva

as

eternamente arvores

v ê que

um

sobre

na rapidez

de

pela camada

sua

super-

h u m i d a pelo obstá-

oppõem terreno

á

evaporação.

coberto

de m a t t o

é eminentemente p r ó p r i o p a r a fazer nascer olhos d'agua;

por

outra

parte

a

presença

constante

de h u m i d a d e n o i n t e r i o r dos m a t t o s p r o d u z evaporação continua, tura

mais

Ambos

e

tempera-

fresca. os

phenomenos

gnificativos. Das fontes rios—grandes

portanto uma

uma

são

nascem

igualmente os

si-

córregos,

a r t é r i a s — q u e , encaradas

os

sob dif-

ferentes p o n t o s de vista, t a n t o p r o v e i t o nos t r a zem

m e l h o r a n d o o nosso

b e m -estar. O

segundo

p o n t o n ã o é menos i m p o r t a n t e . Os mattos,

pela


contínua

evaporação

que

dcterminào,

baixar a temperatura da atmosphera, a humidade chuva.

Os

nella

fazem

condensão

contida e provocào

mattos no

circulo da

assim a

natureza

pro-

d u z e m o effeito de u m g r a n d e r e f r i g e r a n t e . 0

mar

represe n t a o a l a m b i q u e d o q u a l , p o r e f f e i t o s dos r a i o s s o l a r e s , a a ^ u a e m v a p o r se e l e v a n a phera.

0

ventos

que

d'agua.

ofricio

do

levào

que

tubo

conduetor

comsigo

e

se c o n d e n s a

fazem

espalhão

sob

atmos-

fôrma

os

o vapor

de

chuva

logo que encontra u m a t e m p e r a t u r a m a i s baixa, circumstancia mente fica as

na

esta

que

vizinhança

demonstrado. chuvas,

regào

as

Ainda

paiz

dos

seáras outro

mattos,

pela

mattos,

será

tanto

mais

tempos

cynia

se

norte,

a uma

a antiga

grandes

que o

por

rigor

de

estendia

Germania

grupos

acima

attrahem

vizinhança

de

um

e

dos limites

clima da Suécia moderna.

quanto

de mais

vegetaes,

o sol

também

clima

frio.

a matta

da Suissa

60

possuia

clima

parte

quando

de

o

debaixo de u m

outra

César,

distancia

que

fresco

p o d e ser m u i t o b e n é f i c o

exagerar

como

essa p r o p r i e d a d e

á

que

Xos

em

e

abundar

pode

sua

effeito p r o d u z

dos

mas

principal-

do lavrador.

elle

abrazador,

lugar

Os mattos p o r t a n t o

espalhào-na

refrigerante cada

tem

dias

mais

de ou

her-

para

o

viagem, menos

O urugallo, a

o

reuna,


— o

glotão,

o

recuarão Grécia, suir

o

elem

para que

e

o

no

59

outros

norte

animaes

erão

tempo

de

alli

manha

Hesperidas;

fornecem

hoje

indigenas.

H o m e r o devia

clima actual da Allemanha,

os f r u c t o s d a s

que

a

generosos

A

pos-

produz hoje

França e a

vinhos,

Alle-

prova evi-

dente do m e l h o r a m e n t o do clima depois do principio d a

nossa

aqui na ha

era.

serra

vinte

dos

annos

districto

E x e m p l o mais novo temos órgãos,

não

laranjas

em

Nova-Friburgo:

se p o d i ã o

colher naquelle

n e m bananas

como

agora

se

colhem. Tudo

isto p r o v a

a t é á evidencia, que a

des-

t r u i ç ã o dos m a t t o s t e m p o r c o n s e q ü ê n c i a n a t u r a l um do

augmento clima,

de

t a n t o de c a l o r c o m o sorte que

férteis p o d e m por em

terras

esta causa

de

sequidão

em outro tempo ser t r a n s f o r m a d a s

desertos. Podessem

t o d o s os B r a s i l e i r o s t e r s e m p r e

lembrança

este p e r i g o !

mental

nosso

do

Mas

proceder

a

a

causa

este

em

funda-

respeito e de

tantos outros males está na escravidão.

A

nossa

lavoura,

é

muito

menos

praticada

productiva

culando-se pregado vestuário,

o

para e as

valor

por do

mão que

das

c o m p r a dos perdas

escrava,

muitos pensão.

terras,

o cabedal

escravos,

infalliveis

Calem-

o sustento,

por moléstias,

mortes, e t c , o lucro, m á o grado a fertilidade do


terreno,

60

é pequeno.

-

P o r isso o c u l t i v a d o r

pro-

c u r a e s g o t a r as t e r r a s o m a i s d e p r e s s a p o s s i v e l ; para

laboriosa

p r e f e re de

a

mais

estrumação

estrumação unicamente não

faltão

tentá-lo,

a seus

durar

a

escravidão,

Brasil

n ã o soffreráõ

Outro sarem em

erro

que

substancias

mattos

filhos

e os

geral

o

terreno

getação,

faltão-lhe

grande

cafezeiro

de

Emquanto

pois

da cultura no

melhoramento.

os f a z e n d e i r o s é p e n -

virgem.

inorgânicas

e elle d a r á

sus-

n ã o produz

matto

cinzas:

para

methodos

entre

pelas

virgens

netos.

braços;

bem

Dêm-se-lhes

necessárias

igualmente

á

bem

Arábia?

cesso

do interior,

ve-

em

ter-

do

que

cujos

sensiveis para

chamar

da

ou

Ainda

desta

nós

ha

os

todas,

chuvas,

com-

districtos J á hoje

provincia do de

de

natural

os m a r í t i m o s .

na

pro-

destruição

para

r e p a r t i ç ã o das

o clima

O

effeitos s e r ã o

a mais descoberta

igualdade

foram

mais

uma

virgens

café!

c u l t u r a entre

m u i t o sensivel

Janeiro,

tardo

da

mattos,

muito

isto

excellente

infallivelmente

dos

mente

é

colhe

invariável

produzir pleta

E

as

sua

r e n o s n ã o v i r g e n s . O n d e e s t ã o os m a t t o s da

senão

Rio

pela e

de des-

póde-se

provincia u m clima

bas-

inconstante. de

outra

incumbidos

e os

importantíssima mattos.

Assim

os r e g u l a d o r e s n a t u r a e s d e v e n t o e d a

juncção

como

são

humidade,


— também ar,

e

lhes

por

61

coube

esta

a

falta

— tarefa

de

sobrevem

léstias

epidêmicas.

As

plantas

suem

a

de

absorver

faculdade

de t r a n s f o r m á - l o s ácido aos

purificar

repetidas em

o

mo-

geral, pos-

certos

gazes e

n a sua p r ó p r i a substancia.

O

carbônico particularmente, tão prejudicial

nossos ó r g ã o s

quantidades possue

a

respiratórios, é absorvido em

enormes

faculdade

pelos vegetaes, cada de

absorver

e

folha

decompô-lo

e m seus e l e m e n t o s c o n s t i t u i n t e s : e e x y g e n i o p a r a ser

exhalado

de

novo,

transformado

em

substancias

bo-hydratados,

como

sucar,

etc.

das

o

oleo,

plantas,

lares ;

acção

durante

a

o

carbônico

E

fácil de

truição ao

processo

nuamente

é

noite a

funçcão pelos o

exhalar

a um

em

aos

innumeros

processos

de

fermentação,

acabaria

vivos. plantas

phenomeno

uma raios

parte

do

do sol.

gaz o

tão

qual

desfavorável sendo

conti-

de

combustão,

apodrecimento

por prevalecer na

at-

O o x y g ê n i o pelo contrario exhalado

pelas

verdadeiro

suffocar todos

e

entes

o

de

so-

os

é

ponto

diurna

l a r g a e x h a l a p e l a res-

por

a

car-

raios

p i r a ç ã o de t o d o o reino a n i m a l , pela

mosphera

ser

i m p o r t â n c i a dessa des-

respiratório,

produzido

a

dá-se

absorvido

de

para

alimentares

favorecida

apreciar

contínua

carbono

a m i d o , a g o m m a , o as-

Esta

contrario : ellas t o r n ã o ácido

e o

ingrediente

vital

da


— atmosphera gânicas nos

o

Além

no

ar

de

vigor e

dos

carbônico

quasi

todos

também

ao r e i n o monio.

servem

vegetal,

destruição

ha

inimigos de

exemplos

para

citar a campanha

bitantes,

a

sem

fallar

da

de

do

alimento

insalubridade

o

am-

q u e a,

insalubridade.

Roma,

outr'ora tão

a cidade

que

vida

provar

dos m a t t o s é causa de

hoje,

outros

principalmente

fértil, e a Sicilia que sustentava onde

bem-estar

vários

igualmente

como

Abundão

do

que

campos.

ácido

que

or-

é sua a b u n d â n c i a

do

animal,

Basta

f a v o r e c e as t r a n s f o r m a ç õ e s

sentimento

sentimos

gazes,

de nosso c o r p o ;

que

que

61

eterna,

s o f f r e m os

impossibilita

ha-

a

cul-

tura. Nesta um

provincia do

facto notório

zendeiros,

que

Rio

de

confirmado aliás

Janeiro

por

temos

t o d o s os f a -

precisando

quasi

e x c e p ç ã o de m a c h i n a s m o v i d a s p o r a g u a , ser

tidos

depois

por

de

competentes

derribado

agua augmenta. lugares

E m

onde, f ó r a da

pestades, n ã o

juizes

o matto toda

a

a

matéria:

de g r a n d e s

gotta

de

que

de

tocar

emquanto

mente

humidos,

moinhos,

e,

da

mostrão-se

agua;

d e s c o r t i n a d a s as c a b e c e i r a s , f o r m á r ã o - s e capazes

devem

quantidade

parte

oceasião

corria uma

da

sem

de

matto

depois

de

derribado

mas

córregos

outros

cobertos

tem-

erão

sitios leve-

o matto


-

63

-

transformárão-se em bréjos palmos É

de

que

na

Europa

alguns

acontece

e a d i m i n u i ç ã o das á g u a s

constante

de

agua.

sabido

trario,

cobertos

do

é

desapparecimento

o

con-

conseqüência

dos mattos. E u

mesmo convenci-me d a v e r d a d e dos factos a c i m a allegados, teça

nas

O

porém

duvido

matto

de sua v e g e t a ç ã o

virgem, absorve

de h u m i d a d e , t a n t o pois

da

mar

n ã o deixão

destruição

aquosos,

e

as

de

ainda

para

veias

arvores

que

depois

a p e n a s as

estradas

dores

as

brizas

uma

comsigo

os

parte

muito

a

será

a terra

agua,

produzem

córregos.

Estas

que

penetiarfaltão o

sol

dos mattos

menores,

de

as não

em

dos nossos

mas

que

podem-se

despidas

Outubro

augmento,

t o r n a a-

modo

bem freqüentadas

absolutamente

cahem

menor

a humidade, porque a terra

Outra observação

que

e

e

do

vapores

mais

regatos ;

v e m apoiar esta e x p l i c a ç ã o :

chuvas não

esponja

formar

plantas

considerar como

t e r r a ; de-

destruição

de

enormes

da

levar

consumiâo

exuberância

como

impregnar

para

da

ar

acon-

costa.

com a

condensada,

cobrir-se

getação.

do

que

pôde logo exhaurir logo

mesmo

quantidades

desta

seja e n t ã o

suínciente lhe

o

provincias affastadas da

nosso

d'elles

que

de vecultiva-

as p r i m e i r a s ou Novembro

diminuição

primeiras chuvas

despertão

de a


61

-

v e g e t a ç ã o dos mattos, c t a l é o gasto d a h u m i d a d e que

o matto faz nesta

não

são

factos

da

humidade

nella

supra-mencionados

armazenada.

não fórmão

phenomeno isolado; depois do plantio e m d o « P i n u s m a r i t i m a » n o s Landes vou-se

chuvas

s u n i c i e n t e s e as r a i z e s a t t r a h e m d a ter-

ra ainda parte Os

o c c a s i ã o , q u e as

um

França

de Medoc

obser-

o dessecamento g r a d u a l e e s p o n t â n e o

de

m u i t o s p â n t a n o s e lagoas nesse d i s t r i c t o i n s a l u b r e . Feita a

derribada e a queimada, apparece

terra cultivada, depois da p r i m e i r a c h u v a , vegetação espécies

de

herbaceas

uma

e arbustos,

de

m u i differentes da antiga v e g e t a ç ã o ,

as

quaes crescem

plantas

com tal a b u n d â n c i a que

necessária u m a capina, q u a l i d a d e de e s t r u m e . tes d o j o i o

toma-se

que v e m a f o r m a r Todos

estes

são productos da luz,

nova

representanque

precisão

directamente da i n f l u e n c i a dos raios solares decompor plantas,

na

o ácido

carbônico

primeira vegetação

absorvido. de

uma

para Essas

roça,

ahi levadas pelo vento e pelos p á s s a r o s ,

são

e é essa

a r a z ã o pela q u a l s ã o todas de bagos succulentos, de

grãos

carurú, A

ou

sementes

com

plumas,

da é p o c a

de

plantação

para

nutrição

como

o

etc.

respeito

dos diversos

vegetaes

h o m e m , tratarei mais extensamente nas

e

cultura

e gozo

do

monogra-

phias de cada vegetal, n a segunda parte d a obra.


65

-

SUBSTANCIAS N U T R I T I V A S E M

G E R A L .

Pelas diversas funcções animaes, os órgãos gastão-se e torna-se n e c e s s á r i o , para que o equil í b r i o n ã o se r o m p a , q u e a l g u m a c o u s a os r e f a ç a na

proporção

capaz o

de

deste gasto.

Toda

a

substancia

preencher t a l f i m t e m seientificamente

nome

de

alimento.

P o r p r o c e s s o d e s i m p l e s s o l u ç õ e s , os a l i m e n t o s p o d e m ser s e p a r a d o s e m d i f f e r e n t e s p a r t e s

consti-

tuintes

; estes

são

que

ainda

s ã o os

compostos

siveis, c h a m a d o s micos.

Assim

etc,

elementos de

alimentares

corpos até hoje indivi-

simples —

s ã o o s elementos

os c e r e a e s , os l e g u m e s , as

chi-

batatas,

s ã o a l i m e n t o s ; o a m i d o , o assucar, a a l b u -

mina, etc, s ã o elementos alimentares ; o carbono, o azoto, o o x y g ê n i o , o e n x o f r e , e t c , s ã o elementos

chimicos. Os alimentos

nicas

são compostos

e inorgânicas,

tantes

para

ambas

de

partes

igualmente

orgâ-

impor-

a n u t r i ç ã o d o c o r p o : estas s e r v e m

especialmente

para

a

edificação

emquanto á q u e l l a s s ã o destinadas,

do

esqueleto,

e m parte

para

a p r o d u c ç ã o do calor a n i m a l , e m parte para a reconstrucção Os

dos tecidos

muscular, nervoso,

principios orgânicos

posição

dos

que entrão

alimentos podem

ser

etc

na com-

azotados

ou


— não;

da

pende

66

quantidade

em

grande

de s u b s t a n c i a parte

o

valor

azotada

de-

nutritivo

de

u m alimento Os elementos binando-se

c h i m i c o s de que f a l l â m o s , c o m -

diversamente, d ã o f o r m a ç ã o

r e n t e s p r o d u c t o s , e n t r e os

quaes merece

a

diffe-

especial

a t t e n ç ã o os c o m p o s t o s de c a r b o n o e h y d r o g e n e o c h a m a d o hydrocarbonados; vem do

as

c o m p o s t o s ser-

especialmente para a r e s p i r a ç ã o e p r o d u c ç ã o calor

A

estes

animal.

esta

ordem pertencem

gorduras, o

o amido, a gomma,

asssucar, etc.

Os elementos a l i m e n t a r e s de q u e f a l l â m o s , s ã o formados que o

pelas

plantas á custa

existem na superfície

ammoniaco, o ácido Das

combinações

da

das

substancias

terra, como

carbônico, a

simples

assim

sejão

agua.

obtidas for-

ma-sc, p o r c o n t i n u a s u b t r a c ç ã o de o x y g ê n i o , a l bumina

e gomma ; da

primeira resultão

a l b u m i n a t o s , c o m o a l e g u m i n a [do feijão), {do milho), vegetal

sementes, c o m o

p a l m i t o (Euterpe

nosos, Uma

a zeina

e a albumina

sobretudo

acontece

edulis),

de

nos

certos

deposifruetos legumi-

etc. parte

da

gomma,

agua produz assucar; em

etc.),

i n s o l u v e l ; esta existe

tada nas do

a g l u t i n a (do trigo,

outros

amido e

combinando-se

com

outra parte transforma-se

cellulosa, desta

fórma-se

xylogena


67

e

substancia

cuticular; do

e

g o r d u r a , c o m o é fácil de

amido

nascem

cera

observar nos fructos

do a m e n d o i m ; e m f i m , outros p r o d u c t o s o r g â n i c o s tirão

sua

origem da

separação

com alguma substancia Da

de

portância

um

depende muito o valor

alimento ;

como

tal está

sólidas, próprias

do

T a n t o mais

mento quanto

pois que a sua i m -

em

substancias sangue.

combinação

elementar.

quantidade d'agua

nutritivo

ou

razão directa para

nutritivo

a

renovação

será

um

m a i s e m h a r m o n i a c o m as

nutritivo

As

isso

u m alimento para

dos ser

deve

conter mais substancias

azotadas

do

que inorgânicas, e mais

inorgâni-

orgânicas, cas d o

por

ali-

partes

constituintes do sangue estiver a p r e p a r a ç ã o seus e l e m e n t o s ;

das

que

orgânicas

substancias

não

de

azotadas.

c a d a u m destes g r u p o s s ã o

igualmente indispensáveis para a nutrição, ainda que o

organismo

as

empregue

em

proporções

d i f f e r e n t e s . O s c h l o r u r e t o s e o u t r o s saes, os c o m p o s t o s h y d r o - c a r b o n a d o s , q u e s ã o os p r o d u c t o r e s de a

gordura nutrição

em

geral, são t ã o necessários

como

a albumina e a

para

gelatina.

C a d a a l i m e n t o s e r á de t a n t a mais fácil d i g e s t ã o quanto

mais

mentos

do

0

s o l ú v e i s e transformaveis nos sangue

amido para

formar

em

forem

ser

gordura;

os. s e u s

ele-

elementos.

a s s i m i l a d o h a d e se t r a n s para

este

fim tem

de


converter-se e m

68

-

d e x t r i n a , esta

e m a s s u c a r , este

e m á c i d o l a c t i c o , e este u l t i m o e m á c i d o

butyrico,

que finalmente é transformado e m gordura. um

destes

productos

sariamente do

que

Costuma-se

que o precede

grupos:

combinações inorgânicas, como

de cozinha

e outros

phosphatos, o

As

também

de p o t á s s i o , o

orgânicas

chamadas productores Estes

corpos

não de

azotadas,

gordura,

compõem-se

elementos

que

outra

parte

pertencem

a

g o r d u r a s vegetaes existentes nas

geralcon-

respiratórios

mico da sário

á

porque,

esta

classe

plantas.

respiração, desenvolvem vida

animal.

p o r t a n t e s deste g r u p o obra As

pelo

são

as

seguintes

As

as

transformar. as

Liebig

d e s i g n a estes a l i m e n t o s p e l a d e n o m i n a ç ã o d e mentos

ou

constituem

g o r d u r a s , n a s q u a e s e l l e s se p o d e m Por

e

o x y d o de

de c a r b o n o e h y d r o g e n e o ; p o r t a n t o os m e s m o s

sal

outros.

substancias

combustiveis.

tém

e

o

c h l o r u r e t o s , os s u l p h a t o s

fluorureto

ferro, manganez

mente

immediatamente.

c l a s s i f i c a r as s u b s t a n c i a s a l i m e n -

tres

1.° A s

2.°

de d e c o m p o s i ç ã o é neces-

m a i s s o l ú v e l e de m a i s f á c i l d i g e s t ã o

aquelle

tares e m

Cada

ali-

processo chio c a l o r neces-

substancias mais

consideradas

na

im-

presente

:

gorduras vegetaes, como

os ó l e o s

gordos,


— que

para

a

69

-

alimentação

extrahimos

de

certas

sementes o u f r u c t o s . Para entrarem na nismo precisão

composição

apenas de u m a simples transfor-

mação. Depois deterem

atravessado o

dividem-se, pelo effeito da creatico, e m

do nosso orga-

glóbulos

de

estômago

bilis e do sueco paninfinita

tenuidade,

p o n t o de f o r m a r e m c o m estes l í q u i d o s u m a dadeira

emulsão,

misturadas na

e

como

corrente

conservação

maior parte plesmente

ver-

tal são absorvidas

e

sanguinea.

A s g o r d u r a s s ã o de absoluta necessidade a

a

do organismo,

para

n ã o só porque

a

da gordura existente no corpo, sim-

resulta

d a t r a n s l o c a ç ã o das

substan-

cias dessa n a t u r e z a i n g e r i d a s , m a s t a m b é m p o r q u e ellas, c o m a das

albumina,

constituem a

substancia

c e l l u l a s o r g â n i c a s , b a s e d e t o d o s os t e c i d o s ;

e m f i m s ã o os p r o d u e t o r e s organismos,

pela

do

calor próprio

c o m b u s t ã o que

em contacto c o m o oxygeneo do ar

dos

experimentão atmospherico

inspirado. B.

Substancias vegetaes a n á l o g a s á s gorduras,

e q u e se c u l a das o

podem

transformar nellas,

batatas, dos cereaes, das

assucar que existe n a canna,

cogumelos; sueco

a

gelatina

da maior parte

vegetal dos

como a

fe-

leguminosas;

nos fructos, nos ou

pectina

f r u c t o s e raizes

nosas; o m u c o vegetal o u bassarina

nos

no car-

fructos


— e sementes do

do

70

qtiingombô

ou

quiabo, na

casca

f r u c t o de c a c á o , nas b a n a n a s verdes, nas

beras de

do

inhame

tayobas

e

de

alguns carás,

e de ora-pro-nobis,

cajá, bagre,

imbirassá,

g o m m a - a r a b i c a , de

na

nas folhas

gomma

sucupira; a

pão-pelado,

tli-

do

gomma

unha

de

de

gato,

caju, cedro, e t c ; finalmente o álcool o u espirito, producto obtido

pela f e r m e n t a ç ã o do

assucar, e

tranformado pela ulterior f e r m e n t a ç ã o á c i d a oxygeneo em ácido 3.°

Os

alimentos

presentados contem

acetico, lactico,

pelas

azoto,

vegetaes

com

etc.

azotados

são

substancias albuminosas

carbono, hydrogenio,

reque

oxygenio,

e n x o f r e e m u i t a s vezes p h o s p h o r o . E s t e s

alimen-

t o s t e m p o r e f f e i t o r e p a r a r as p e r d a s q u e o c o r p o soffre a cada instante servem

para

a

pelo

exercicio da

vida, e

alimentação propriamente

dita:

c h a m ã o - s e productores do sangue e da carne

por

que s ã o elles que q u a s i e x c l u s i v a m e n t e f ó r m ã o s a n g u e , a c a r n e e os

ossos.

A s substancias mais são

a

albumina,

o

a

i m p o r t a n t e s deste fibrina

ou glúten,

grupo

e a

ca-

seina. A

albumina vegetal

encontra-se

das plantas, p r i n c i p a l m e n t e n o s sementes; a

fibrina,

ou glúten

nos

legumes

nas

suecos e

nas

sementes

dos

cereaes, e m nossas t u b e r a s de c a r á , i n h a m e , folhas de

tayoba,

etc.; a

caseina

vegetal

(Legumina)


nas

sementes

das

plantas

leguminosas

etc.)

immediatamente

debaixo

colla

vegetal,

unida

sempre

da

ao

As

epiderme;

glúten,

p a l m e n t e nos cereaes, nas t u b e r a s folhas de t a y o b a ,

(feijão,

de

a

princi-

cará,

nas

etc.

substancias

albuminosas, depois

de

trans-

formadas pelo sueco g á s t r i c o e intestinal e m u m a massa semelhante

á a l b u m i n a l i q u i d a , s ã o absor-

vidas e encorporadas contacto

com

o

ao s a n g u e onde, postas

oxygenio do

em

ar inspirado, s o f -

f r e m a t r a n s f o r m a ç ã o n e c e s s á r i a para que p o s s ã o servir para reproduzir

as

substancias

albumi-

nosas do organismo. Sabemos adulto 11

um

em termo

escravo geral

nutritiva

médio

no

Brasil

recebe

e não

por

tarde das tabellas

muito

sustento menos

principal

tempos

calculo

bem alimentado

leiro, e o fazendeiro prios para

antigos

veremos do

valor

europeo,

e m batatas,

do que

a c e r t o u c o m os

a substituição

boa

scientifico;

comparativas

consiste

1/2

o trabalhador

uma alimentação

i n t r o d u z i d a desde

experiência

e

dos differentes alimentos, o t r a b a l h a d o r cujo

de

sangue.

os f a c t o s v e m c o n f i r m a r a t h e o r i a . C o m o mais

homem

a l i m e n t o s r e s p i r a t ó r i o s , e de 4

o

roça em

pela

que

de m a t é r i a s p r o d u c t o r a s de

As^im

e

experiência

precisa diariamente

o n ç a s de

onças

da

pela

o

é

brasi-

meios

do m a t e r i a l gasto.

pró-


Os

alimentos

72

communs

aqui

consistem

c a r n e secca, t o u c i n h o , f e i j ã o , m i l h o Seria

para

desejar

fosse m a i s

que

o cará,

vulgarisado

em

e mandioca.

tão

nutritivo,

e empregado;

e

como

sobremesa a banana, igualmente saborosa e stancial, e

a

laranja

refrigerante. Os

sub-

Europeos

c h e g a n d o ao B r a s i l a c h á r ã o os i n d í g e n a s a l i m e n tando-se

com

vegetaes

inteiramente

desconhe-

c i d o s a e l l e s , p r o v a e v i d e n t e , se n e c e s s á r i o de q u e

o

mundo novo

i n f i n i t o s se a c h a v ã o O ú n i c o dos o

milho,

índios;

e

isolados

cereaes q u e

cultivado porém os

tendem ter

o v e l h o desde um

a

tempos

do outro.

o Brasil possuía

era

por poucas tribus

primeiros Portuguezes achado

fôsse,

bananeira.

de

também

pre-

Os outros

ali-

mentos vegetaes dos A b o r í g e n e s e r ã o a m a n d i o c a , a batata doce, u m a e s p é c i e de c a r á que

chamavão

d e p a p a i , os p i n h õ e s ( A r a u c á r i a ) , o c a c á o e espécie

de

noz

m u i semelhante

t a m b é m preparavão uma comida

ao

uma

amendoim;

da semente

da

taquara. O trabalho da terra á s m u l h e r e s , os h o m e n s e da guerra;

competia

exclusivamente

s ó se o c c u p a v ã o d a

a s t r i b u s q u e se s u s t e n t a v ã o

vegetaes e r ã o mais estáveis e pacificas, e m

caça com

quanto

outras, quasi exclusivamente c a r n í v o r a s , c o m o féras

mudavão

riamente.

de

asylo para

as

assim dizer dia-


As em

principaes

tribus cultivadoras, ainda

m i n i m a escala,

puyos,

73

erão

as

seguintes:

que

os

Ta-

que p l a n t a v ã o milho, mandioca e algumas

outras plantas t u b e r o s a s ; tivavão a mandioca, outras

plantas

uma bebida

a

o s Monyayos,

batata

tuberosas.

n h a n ç a do

doce,

Do

embriagante.

que c u l -

Os

mel

e

algumas fabricavão

Carijós,

na

vizi-

Paraguay,

cultivavão o milho, a ba-

tata doce, a m a n d i o c a

c o m que igualmente pre-

paravão u m a bebida fermentada; o mesmo fazião os Guaranys o milho Nas

e o s Chiquitos.

duas vezes provincias

por

O s Harayes

colhião

anno.

austraes,

principalmente

na

d o P a r a n á , os p i n h õ e s f o r m a v ã o o a l i m e n t o p r i n cipal;

demais f a b r i c a v ã o

do

m i o l o de u m a

pal-

meira u m a f a r i n h a semelhante ao s a g ú ,

chamada

farinha

a

de

guerra

,

dioca que exige c l i m a verdes

erão

pouco

para

substituir

mais

quente.

procurados

man-

Os

legumes

pelos

índios;

p o r é m as m u l h e r e s c o l h i ã o p a r a f i n s a l i m e n t i c i o s certas p l a n t a s s i l v e s t r e s , c o m o os c a r u r i i s de v a rias q u a l i d a d e s , a o palmito

serralha,

que, tanto

crú

mas principalmente como

cozido era

ali-

mento predilecto. E n t r e os f r u c t o s t i n h ã o

a

escolha; t o d a a i m m e n s a z o n a servia-lhes de escolher a

pomar,

maior variedade da matta

onde cada

seu gosto ; das

arvores

paladar

e

virgem podia

fructiferas só


_

74

-

cultivavào o

m a m o e i r o , . q u e a b u n d a v a e m redor

das

arvore

aldêas,

raça

tão

anno

pouco

depois

muito

própria

estável,

de

porque

plantada

para

unia

apenas

ura

fructos

em

abundância. C o n f o r m e c o n t ã o alguns autores certas

tribus

cultivavão t a m b é m

amendoim e o araçazeiro.

portuguezes,

a bananeira, o

As bananas

comiâo-se

cruas o u assadas n a cinza, o u reduzidas pela c o c ç ã o c o m agua: mais trabalhosa. semente mada que

de

O

o p e r a ç ã o m e n o s usada por

feijão

da

substituído

familia

lhe é equivalente e m

De

era

u m a arvore do matto

diconroque,

adubo servião

como o pijericú, o

á polpa

das

pela

virgem

cha-

artocarpeas,

valor alimentar.

certas

sementes

silvestres

pichurim e outras, mas

prin-

c i p a l m e n t e e q u a s i e x c l u s i v a m e n t e as d i f f e r e n t e s e s p é c i e s de p i m e n t a , de

que

fazião uso

exces-

sivo. C o m t u d o os t r i b u s i n d i a s q u a s i s e m erão antropophagas, era a

carne,

e o

seu a l i m e n t o

excepção essencial

e m q u a n t o a p o d i ã o o b t e r ; c o m o as

féras, d e v o r a v ã o t u d o que lhes parecesse

comes-

tível.

Guaranys,

E n t r e o s Caypaguas,

e entre nem

o

Cobras,

os filho

Urinos,

nem

r a m o dos o

p a i p o u p a v a o filho

o p a i : u m servia de

formigas, minhocas,

de t o d a a q u a l i d a d e e r ã o

pasto

ao outro.

lagartos e

vermes

devorados c o m

avidez.


As

comidas que lhes f ô r ã o offerecidas pelos

meiros

descobridores

servas,

doces, e t c ,

do Brasil, como erão

pri-

p ã o , con-

repudiadas

por

elles;

io-ual h o r r o r m o s t r a v ã o a o v i n h o e á s b e b i d a s pirituosas,

que

lhes

agradáveis e tão &

d e v i ã o ser

mais

es-

tarde

tão

destructoras.

Os Portuguezes

achando o milho e a mandioca

como planta j á cultivada, j u n t á r ã o - l h e s todas

as

mais

paiz,

de

da

sua

plantas

modo

que

úteis o

que

Brasil,

vingavão

em

conseqüência

excellente

posição, possue

todas

plantas

as

outro paiz do A

hoje

tal riqueza

conhecidas,

como

de

nenhum

mundo.

mais importante

para

a vida humana é a

orande f a m í l i a das g r a m i n e a s , pelos cereaes, p a r e c e m ao d e s e n v o l v i m e n t o na : toda a

no

que,

representadas

f o r m a r a base n e c e s s á r i a

moral da

sociedade

a g r i c u l t u r a basea-se

Lmorámosa i n d a g a ç õ e s as

huma-

nelles.

p á t r i a de q u a s i t o d o s elles. mais acuradas

dos

viajantes

As nao

pude°rão descobrir a O r i g e m do trigo, do centeio, da cevada, achem dição

da aveia,

em e

estado

nem

lugar

selvagem.

a historia dão

onde

elles

Sómente

a

numerosos

se tra-

indícios

de

q u e v i e r ã o d o O r i e n t e , d ' o n d e e m g e r a l se d e r i v a a grande

m a i o r i a d e t o d a s as

altas p l a n í c i e s o berço

da

plantas

Asia parece terem

ateis;

as

sido t a n t o

dos povos civilisados c o m o a p a t n a

das


plantas e

animaes

76

úteis.

Os

cereaes t e m

acom-

panhado o h o m e m por toda a parte. Bellas colheitas

dão

Catharina e do Rio a

cevada

provincia Serra

dos

Rio

p r o v i n c i a de

Grande

produzem do

na

do S u l ;

muito

de

Órgãos.

bem

Janeiro Porém

o centeio e nesta

nas

a

Santa

alturas

nossa

cereaes

tantas

do

novo

mundo

contradicções,

não

que,

tem

o

único

máo

grado

sido

p r i v a r do seu d i r e i t o d a n a c i o n a l i d a d e A

possivel

americana.

s e g u n d a de nossas p l a n t a s alimentares

i m p o r t â n c i a é o feijão preto (Phaseolus naturalisado mília

no

Brasil e

chamado

pelo p o v o reconhecido;

quotidiano

do

predilecta

das

pobre

como

crianças.

da

cultura

especial, o a l i m e n t o de t o d o s , é o m i l h o , dos

nossa

derasus),

o pai

de f a -

elle f ô r m a do rico;

pela

a

o

pão

comida

A l g u n s autores

attri-

buem-lhe origem asiática e outros africana. Esta qualidade

de f e i j ã o

é

acompanhada

de

numero

i m m e n s o de outras v a r i e d a d e s de c ô r e s e

origens

d i f f e r e n t e s , as q u a e s p r o d u z e m t o d a s m u i t o b e m , m a s n ã o s e r v e m de a l i m e n t o d i á r i o . O guando, que

substitue a lentilha, gosta

b e i r a - m a r , o n d e á s vezes os g a l h o s q u e b r ã o o peso entre

das v a g e n s . os í n d i o s

roque, igual em cultivadas.

Puris

O

representante e

Coroados

valor nutritivo

era

do

da com

feijão

o

Dicon-

a muitas

plantas


— 77 O

arroz, de p á t r i a

vado em

toda

a

desconhecido,

parte,

não

mas

falta

em

culti-

refeição

nenhuma. 0

g r ã o de m a s s a m b a r á ,

desprezado

como

mento, n ã o d e i x a de ser m u i t o n u t r i t i v o , e as s e m e n t e s d e l a g r i m a em

ali-

como

de N o s s a Senhora,

ricas

fecula r e c o m p e n s a r i ã o a cultura. A

terceira entre

as p l a n t a s

alimentares

Brasil é a m a n d i o c a , e m centenas de Dão-lhe em

a África por pátria,

formando u m arbusto imprópria para gem,

com

mim

ella

mattas

existe

virgens

raiz fibro-lenhosa e

ser c o m i d a .

sujeita p o r

variedades.

porém

estado s e l v a g e m nas nossas

do

Esta

planta selva-

á c u l t u r a , j á depois

tres annos p r o d u z i o raizes farinaceas veis, e seria c e r t a m e n t e

e comestí-

u m facto notável

terem

os s e l v a g e n s t r a n s f o r m a d o u m a r a i z v e n e n o s a lenhosa e m

uma tubera

Numerosíssima tares,

que

rivalisar Dellas

em

com

é

as

as

de

a

glúten

cereaes; a

tuberas e

de

espécies de

a de

poderem

bulbifera

produz tuberas

alimen-

sabor

todos

riquíssima

ponto

Helmia

que

t r i b u das

batatas

varias

e

comestível.

valor nutritivo

sobretudo

Dioscoreas,

pateiro,

é a

de

os

aéreas e subterrâneas, é sobretudo

paizes.

família carás,

das ricos

s u b s t i t u i r os

chamada ao

podem

cará

mesmo

sa-

tempo

notável.

As Aroideas offerecem ainda maior variedade


que

a família

com de

suas

animaes; níficas

grandiosas

importante para

c o b r i n d o os

folhas

em

fôrma

mesmo

tempo

A

tayoba

cultivada, e

suas

batatas

suas

folhas

A

familia

necedora

de

batata

terreno, mente as

roxo A por

em

em

partes, o

por

seu

beras

dos

previne

miasmaticas. mangarito

o f f e r e c e m nas

carurú. que

nenhuma

fornece

a

o u t r a c o m o for-

se s a t i s f a z sempre

que

carregado chamada

pátria; escala ser

até

e é

igual-

alimentar

em

todas

o

o

hoje

espalhada

também

voltou

é cultivada no

Brasil

que

valor alimentar

desde

branco mais puro.

ingleza,

o nosso

qualquer

apresentão

ella do

com

certas

partes do m u n d o ,

sua

menor

para-sol,

saboroso

substancia

variedades,

t o d a s as a

que

colheitas

batata

para

e

doce,

mais

ramo

c o m suas mag-

Marantaceas,

cede a

um

alimentação

exhalações o

inhame

amido

rica

suas

de

delicioso

das

não

a

agglomeradas,

um

araruta,

A

as

0

fôrma

pântanos

ao

com

-

tuberosa precedente

batatas

cultura

78

em

clima

muitas menos

inferior

a

outras propicio

muitas

tu-

nossas

Convém

de

uma

planta leguminosa, o J a c u t u p é , que mesmo

crua

possue u m coco;

emfim

sabor

c o m o as

citar a raiz tuberosa

agradável

semelhante

lingüiças fumaçadas,

ao do

guardão-se


na

fumaça,

fórmão Os

de

um

79

uma

-

colheita para

alimento

fructos, como

estimado as

alimentos respiratórios,

variedade

comparativa

grande

valor

considerados

ponto hygienico. camente a Os

permitte

meios

de

a

á

sua

attribuirantes

gozo

até

ser

certo

P o r e x c e p ç ã o p ô d e passar uni-

banana.

fructos

pelo

porém

nutritivo ; devem

como

e

Mineiros.

pertencem

classe d o s

Ihes

outra,

dos

tuberas,

não

a

sabor

geralmente

do

Difficil tarefa importância

que será

dos

pelo a

são seu

mais

estimados

valor

alimentar.

apreciação

fructos pelo

scientifica

seu v a l o r

da

gastro-

n ô m i c o , t a n t o m a i s q u a n t o os g o s t o s s ã o m u i d i s crepantes. A p e n a s nos s e r á p e r m i t t i d o algumas

regras

n a sua O

o

que

nos p o s s ã o

dos

condições

ácido,

o

fructos depende seguintes :

assucar, a estas

podem

s u b t r a h i r ao

até

desfavorável

ultimas

entre

as

insoluveis, e a a g u a . sobretudo

a

essencialmente

das

gomma,

involvendo

relações

entre

a pectina,

etc.;

substancias gosto

uma

substancias

preponderão

sensação

»

as tanto

agradável

substancias maior

o

apreço

solúveis em

ácido,

proporção solúveis,

D'esta p r o p o r ç ã o

dos f r u c t o s p r o d u z sobre a l i n g u a .

soluveis,

guiar

distribuição.

sabor

das

geraes,

estabelecer

que

depende a

carne

Quanto sobre geral

as

mais as obtém

ino


— fructo.

A

cultura

assucar, e

80

aug/menta

diminue a

duzidos anno

da

em

mesma

c

espécie

differentes

maior

proporção riqueza

de

annos,

insoluveis. A s lhantes

entre

de

o

sueco,

offerecem mais

do sub-

diversos

f r u c t o pro-

acharemos

assucar e

groselhas

só pela

das

comparamos

e m que a temperatura f o i mais

melhor

não

proporção

do ácido livre

stancias i n s o l u v e i s .— Se exemplares

á

favorável, e

menos

no

o ácido,

substancias

e outros f r u c t o s semegosto

quantidade

de

ácido

livre,

absoluta

desta

subs-

tancia, como t a m b é m por conterem menos g o m m a e pectina para envolver o ácido. Como nhum

diz F r e m y ,

pôde

conseguinte tido

ser é

o

pectina

duvidoso

caracter

de

m e n t a r e s aos c o r p o s a f f i n s d a os

ácidos

ximão-se

modo

ne-

se s e r á

permit-

substancias

ali-

pectina. Comtudo

parapectinico e metapectinico approdo

assucar pela

reduzindo

do

de cobre

e de

dância

de

transformada e m assucar; p o r

muito

attribuir

a

de

sua

mesmo modo potassa.

reacção

chimica,

o t a r t r a t o de o x y d o

Descobri grande

abun-

ácido parapectinico na raiz da

bana-

n e i r a , a s s i m c o m o e m t o d o s os n o s s o s f r u c t o s q u e contêm tannino, e tenho-lhes

dado

o

nome

de

glucotannino. Importantíssimo presenta

o

é

realmente o papel

tannino em

toda

a

vida

que revegetal:


— sua

relação

compostos

é intima

do

resulta

tannino

plantas,

com

o

mas

por

não

e m tecidos

periodicidade. o

differe e

até

abunda

directa

diminue c o m

do

A

nas

E'

de

nicos :

certo

os

nas

e m cellulas dif-

lei geral,

plantas da

em

vida

provável

oxalico

acontece

ácidos

que

com

malico,

abundão

repardiversas

nos

pro-

vegetal,

e

que elle i n f l u a

fortemente n a f o r m a ç ã o do assucar nas como

pro-

observa-se u m a certa

vigôr

esta.

outros

quaes

Póde-se enunciar como

tannino

porção

dos

e

lignificação.

ferentes ; n a sua a p p a r i ç ã o

que

amido

hydro-carbonados,

vavelmente tição

81

os

plantas,

ácidos

orgâ-

citrico,

tartarico

e

fructos

carnosos

e

succulentos. De

todos

malico, quer

elles o m a i s

presente

em

em

estado

de

binação

com

m o d o se

encontra o

cipalmente o

seu

a

quasi

potassa

e a

fructos e

nas

os

cal;

dos

o ácido fructos,

quer

ácido citrico,

limão

é

todos

liberdade,

naquelles

nome,

espalhado

em do

commesmo

contido prinquaes deriva

laranjas,

ananazes,

limas, a m e i x a d a í n d i a , j a b o t i c a b a , m a r a c u j á , etc. O

ácido

tartarico

mas encontra-se nos ananazes, mente

é

característico

das

uvas,

e m muitos outros fructos, como

figos,

elle existe

t a m a r i n d o s , etc. em

combinação

Ordinariacom

a

tassa o u c o m c a l c o m o n o f r u c t o d o C a j u . p. B.

6

po-


O

ácido

oxalico

nos

fructos,

mente

pitanga, verdes

82

-

apparece mas

menos

encontra-se

e em diminuta proporção e nos f r u c t o s de

ao

paladar,

certos óleos Os

delles

ticular. maior

O

do se

devido

o u etheres

tirão

aos

M u i t o s delles

s ã o ricos de

talvez

saudáveis

O sul do

os

fructos

os

trópicos.

tem

a

mal:

palmeiras, stituem A

o

a

as

que

isso

maçãs, pêras e

n ã o se as

entre

nozes a t é a g o r a abundan-

vezes,

os e n s a i o s d e abundantes

floresce

raras

e

t e m re-

naturalisação entre

dos

nossos

fructos

nós

a

;

as

sub-

é

a

banana,

a l i á s d e o c c u p a r l u g a r e n t r e os a l i m e n t o s

hydro-carbonados ; a banana

da terra é tida por

indígena; temos mais a banana jas

e por

produz perfeitamente

oliveira

produz

espe-

vantajosamente.

rainha

digna

tão

par-

nelles

picante

tannino

A s castanhas e

todos

gosto

paizes do n o r t e .

que

Império

temente, p o r é m sistido

sabor

f r u c t o s dos

europeos,

dado

um

numerosos,

desenvolve

o

cial, estranho

outros.

de

de ó l e o s essenciaes o u etheres

d'onde

menos

olfacto

particulares.

muito

trópicos

ao

existência

distinguem por

proporção

especificos,

á

Brasil são

sol dos

nossa

maracujá-assú.

essenciaes

fructos

muitos

é

na

nas bananas

O a r o m a dos f r u c t o s , t ã o a g r a d á v e l como

freqüente-

innumeras variedades

de S . T h o m é ,

cu-

adornão e enriquecem


as n o s s a s f a z e n d a s . naneira,

mas

planta

Rivalisa tocarpeas, da

merecião

as

suas

da

ba-

sementes

n ã o é cultivada

as

Musaceas

plantações

tão

ricas

em

alisenão

bem

ser m a i s

da

fruta

nós

o fôro

de

pão

e

alimentar,

cosmopolita,

nacional

(*) ;

de

extensas.

planta

Bahia

a f a m i l i a das A r -

substancia

indico,

da

próxima

ornamental.

côco

entre côco

Tirania,

até agora

com e

jaca,

O

A

-

distingue-se pelas

mentares, como

83

com

sob

elle

adquirio

o

nome

de

competem

os

seus i r m ã o s , os c o q u e i r o s i n d í g e n a s ,

productores

de

sabor

fructos quasi

todos

úteis

e

de

t a n t e v a r i a d o , p a r a s a t i s f a z e r t o d o s os O

amendoim,

vulgarmente

para tantas p r e p a r a ç õ e s , escala; é

um

a

saborosa

ramo

differentes

de

commercio,

espécies

paladares.

mindobi,

próprio

é cultivado em

castanha e

Pará,

as

sementes

de Sapucaia,

que

substituem

d e g o s t o d e m a ç ã . O f r u c t o d a Araucária em

amido,

sustentava

grande

do

amêndoas europêas, o ultimo contém u m

rico

bas-

tribus

já das as

embrião (pinhão),

inteiras

de

í n d i o s ; a a m ê n d o a deliciosa do A r a r i x á ( n o R i o de J a n e i r o ) , ambas cinco

da

a s s i m c o m o as c a s t a n h a s d o

familia

annos

das

produzem

(*) No Rio de Jnnniro.

Malvaceas, j á no ricas

colheitas.

Ceará, fini

de


— A s numerosas ornamento

das

do

nossas de

interior.

agradável

no

refresco

A

estado

bebida

de laranjas e limas

sobremezas,

fresco,

análoga

abundão Í

gratuito

ameixa

distillada c o m o caroço, uma

variedades

p o n t o de s e r v i r e m jante

do

Canadá,

fornece

Kirsch

tã<

quando»

rico em ácido ao

ao v i a

prussico

que

vem

Europa. O

mamoeiro,

u m a das

arvores mais

das pelos í n d i o s pela f a c i l i d a d e c o m e

fructifica,

produz

semelhante gadas

ao

pelos

em

melão;

abundância suas

cozinheiros

folhas

para

que um são

amollecer

cultiva cresc< fructí empre carnei

coriaceas. O

f r u c t o de

Jaracarathiá,

precedente,

abunda

mas

de

depois

mestivel

e

em

assado

m u i t o p r ó x i m o d<

um na

leite

cinza

medicinal

torna-se

co

saboroso.

O g e n i p a p o , as

differentes espécies de

p a r í , os m a r a c u j á s d e f l ô r e s

bacu-

magnificas e fructoi

q u e v a r i ã o d e s d e o t a m a n h o d e u m a a z e i t o n a at< ao de u m a c a b e ç a de c r i a n ç a , t o d o s elles

contén

u m a polpa deliciosa e refrigerante. As

attas e

frutas da

condessa

p e l a sua p o l p a a r o m a t i c a e Riquissima em das m y r t a c e a s . pa a

arvores

distinguem-s<

delicadissima. fructiferas é a

familií

O p r i m e i r o l u g a r entre ellas o c c u

cerejeira do í n d i o

chamada

jaboticabeira


— Pelo feitio,

mas

85

-

n ã o pelo

citadas a p i t a n g a e a c e r e j a

sabor, m e r e c e m do

Pará.

0

rissimo c a m b u c á m e r e c e u o sobrenome arvore dos

risonha. araçás,

Numerosas em

parte

s ã o as

ser

sabo-

índio

de

variedades

ricos e m tannino, varie-

dades o b t i d a s p o r u m a

cultura

continuada

por

longos annos pelos í n d i o s . A

goiabeira,

commum,

que

cobre

nos

fornece

o

espontaneamente

doce

grandes

renos e f o r m a a s s i m p o m a r e s p ú b l i c o s . o

doce

grumixama, a

j a m b o c o m cheiro de

mais

agradável

ter-

Seguem

cabelluda,

o

r o s a s , e m f i m as d i f f e r e n t e s

guabirobas, n ã o d e s a g r a d á v e i s m e s m o n o estado selvagem, mas

capazes p r o v a v e l m e n t e de

grandemente amelhorados pela Os f r u c t o s de

cajú

m o n a d a dos habitantes

serem

cultura.

e de c a j á s e r v e m p a r a l i dos t r ó p i c o s .

O abacate, de b e l l o feitio de p ê r a , p r o d u z a b u n dantemente

e e m poucos annos o seu creme

getal, mas faltando-lhe o á c i d o n e c e s s á r i o ser a g r a d á v e l a o

vepara

paladar.

A s sementes de j a t o b á , cobertos de assucar pela p r ó p r i a natureza, c o n t ã o numerosos apreciadores. O ananaz, c u j o n o m e fructo licioso,

s i g n i f i c a rei

t ã o succulento, dotado vem

em

todo o

paiz

de

em

grego,

a r o m a t ã o de-

com

abundância;

mas como n a E u r o p a certos f r u c t o s só c h e g ã o

ao

u l t i m o g r á o de p e r f e i ç ã o e m districtos l i m i t a d o s ,


assim o ananaz das p r o v i n c i a s d o abacaxi

sobrepuja

variedades

de

em

O

mesmo

excellencia

ananazes,

o enthusiasmo dos

norte,chamado a

e justifica

todas

as

largamente

escriptores.

póde-se

dizer

da manga,

perfeita-

mente naturalisada entre n ó s , que attinge o auge da

perfeição na provincia

muitos é proclamada tropicaes; tinaceo

e apezar

faz-se

a

Bahia, e que

por

r a i n h a dos f r u c t o s inter-

de u m f r a c o sabor t h e r e b i n -

uso diário

que n ã o acontece

da

com

delia

todos

sem enfastiar, o

os

f r u c t o s dos tró-

picos. Entre

as

plantas

nores a familia das

mais

Ampelideas,

Ella

cresce

produz

p r o d u c t o r a s de f r u c t o s m e importante é sem duvida a

que

comprehende

n o nosso

duas

vezes

paiz

por

a

parreira.

magnificamente,

anno

os

seus

e

doces

cachos. O

morango,

apezar

a b u n d â n c i a sendo b e m

de

estrangeiro,

só nos

lugares

fructos comparáveis O

pepino,

vados que dade,

a

em

toda

a

parte,

elevados e frescos

produz

aos e u r o p e o s e m

tamanhos.

melancia e o melão forão

n a Á s i a desde tempos r e m o t o s .

facilmente apodrece exige

com

cultivado.

O m a r m e l e i r o cresce b e m porém

por

O

excesso de

cultura cuidadosa, mas a

cultimelão, humi-

melancia,


— j á conhecida dos

87

antigos

chega a q u i a d i m e n s õ e s Fóra mattos

destes h a

Israelitas no E g y p t o ,

gigantescas.

m u i t o s f r u c t o s q u e os n o s s o s

produzem

espontaneamente,

os

mesmo no estado selvagem s ã o m u i t o

quaes

agradáveis

e ganharião consideravelmente com u m a cultura h è m dirigida.

Assim a abutua—a

dios—, o abiu j á cultivado differentes

espécies

debaixo

nomes

de

de

Lucuna

,

ín-

lugares,

conhecidas á

t ã o rica em arvores fruc-

tiferas; a a m b a ú b a

mansa,

differentes espécies

de

banana de

certos

dos

differentes, pertencentes

f a m i l i a d a s Sapotaceas,

A

em

uva

a

alme cegueira e

a m o r a s de

selva

macaco, da familia

as

(Rubus).

das

Aroideas,

f o r m a u m f r u c t o de peso de 10 a 1 2 l i b r a s semelhante a u m m o r a n g o gigantesco. bacupari

de

que

ácima

O bacuri, e o

fallâmos,

são

fructos

comestiveis; a v a g e m do i n g á c o n t é m u m a polpa doce e

agradável.

Muitos fructos, especialmente provincias

do

norte, merecem

o Curititibá,

Sorva,

a

Massaranduba,

que substitue gaba, o

Pequiá,

da

Muricí, notável

Bahia, o CoParanarí,

U x i , Oiti

e

fructiferas do P a r á e Amazonas.

a

pelo seu leite

o de vacca, o I m b u s e i r o ,

Cupuassú,

nas

a nossa a t t e n ç ã o :

taes s ã o e n t r e o u t r o s o M u c u g ê bio,

abundantes

outras

a

Manplantas


-

88

-

H O R T A L I Ç A S

Esta denominação parece ainda mais vaga que a de

« fructos. »

Os

pepinos, gilós,

gelas, tomates, batatas, nabos, tados

entre

Certamente

as

hortaliças,

uma

p o r t a n t o os p r o d u c t o s

podem

ser

serão

como

em

além

consumidos sem contados geral

das

as

entre

raizes

substancias

f ó r m ã o o esqueleto

ou

exacta

dimcil;

fogo

d e v e r i ã o ser c o n -

fructos

separação

berin-

raizes?

seria

bem

vegetaes que n ã o a

as

acção

prévia

hortaliças,

pobres

em

do

assim

amido

c i t a d a s , os p r o d u c t o s

o u as p a r t e s d e u m a

e, que

planta.

Sabemos pela physiologia que a proteina presentada

pela carne, ovos, etc. , n ã o p ô d e servir

exclusivamente para

a nutrição do homem,

h a de ser,por assim dizer, d i l u i d a p o r ricas

de

mesmo infestos. homem

re-

compostos

desde

dupla os

substancias

hydro-carbonados, úteis

tempo por augmentarem Esta

mas

o volume

necessidade

tempos

mais

induzio

r e m o t o s ao

das h o r t a l i ç a s p o r u m a i n t u i ç ã o q u a s i A m a i o r p a r t e dessas s u b s t a n c i a s

ao dos o uso

instinctiva. não

contém

<le c o r p o s a l b u m i n o s o s s e n ã o a a l b u m i n a v e g e t a l solúvel,

e mesmo

quantidades porém,

desta

ordinariamente

insignificantes; algumas

como

a folha

de

Tayoba

e

apenas

hortaliças o

palmito


fazem, segundo esta

regra,

a

as

89

m i n h a s analyses, e x c e p ç ã o

ponto

de

serem comparáveis

a

aos

cereaes. Uma

s u b s t a n c i a c o m m u m a t o d a s as

verdes

é a chlorophyla

glúten

constitue,

que

segundo

hortaliças

combinada Liebig,

« deposito v e r d e dos suecos

o

com

o

chamado

vegetaes.

»

Nestes

ú l t i m o s e l l a s ó se a c h a s u s p e n s a , n ã o d i s s o l v i d a , e

parece

não

organismo Outras o

assucar,

mente

ter

importância

mentos

para

o

humano. substancias os á c i d o s

representadas

proporção

alguma

orgânicas, como a orgânicos, nas

muito inferior

propriamente

achão-se

hortaliças, á

fécula,

que

porém

existe

ditos. M u i t o

igualem

nos

ali-

ao c o n t r a r i o

c o s t u m a ser a p r o p o r ç ã o d a c e l l u l o s e ; ao em relação á s outras substancias fixas: e m

menos todas

domina a agua,e de m o d o t a l que e m algumas

at-

tinge e passa o a l g a r i s m o de 9 0 ° / . U m a d i f f e r e n 0

ç a n o t á v e l e n t r e as h o r t a l i ç a s p r o v e m d a d i f f e r e n ça na

quantidade de m a t é r i a s

i n c o m b u s t i v e i s de

cinzas q u e elles d e i x a o . E n t r e as b a s e s i n o r g â n i c a s , constituídas p r i n c i p a l m e n t e pela potassa, a

soda,

a cal, a magnesia, a a l u m i n a , o ferro, o manganez, predomina e m geral a potassa. Dos

ácidos

acha-se

com

preferencia o

phos-

phorico, p o r é m o á c i d o s u l p h u r i c o encontra-se muitas

hortaliças

em

boa quantidade;

em

notáveis


— em

outras

são

combinação é o iodo

o

-

chloro,

com

que

90

potassa

achei

nas

o

ácido

nitrico

(salitre);

folhas

p o l p a de c a f é . O p r ó p r i o sabor

mais

inorgânicos.

de potassa, o

manganez,

broccoli

de

cal e

m a g n e s i a , as f o l h a s d e t a y o b a c o n t é m i o d o , como

vêr-se-ha

mais

na

das p l a n t a s é deri-

A b o r r a g e m c o n t é m salitre, a alface o é rico

raro

de t a y o b a e

v a d o da sua riqueza r e l a t i v a e m s á e s

o palmito

em

largamente

nas

etc,

tabellas

analyticas do terceiro v o l u m e deste t r a b a l h o . P o u c a s das nossas h o r t a l i ç a s s ã o i n d i g e n a s Brasil. palmito, rival

O

primeiro lugar entre

o espargo

do espargo

do matto

europeo;

ellas

amargo

substituído

agradável. pelas

O

garito,

á pela

saborosas,

pela

serralha mas

alface; igual

empregadas as

distincto por

muito

azotada

delicada

e pela

valor tem

sabor

espinafre é mais

folhas de t a y o b a ,

carne,

no

o

segue-se i m m e d i a t a -

rosas e que, c o m o substancia paráveis

occupa

virgem,

mente o pati, que lhe é semelhante, um

do

folha

sabo-

são

com-

do

man-

beldroega, para

que

menos

substituir

a

folhas mucilaginosas

d a o r a - p r o - n o b i s . D e b a i x o do n o m e de c a r u r ú

o

povo comprehende varias plantas pertencentes

a

d i v e r s a s f a m i l i a s , p r i n c i p a l m e n t e os A m a r a n t h o s , o

Syphocampelos,

a

phytolacca,

os

Sonchus;

entre outras t a m b é m a herva moura, p l a n t a venenosa da E u r o p a amansada sob o sol dos t r ó p i c o s .


— Estas

hortaliças

enxame maior

de

e

brasileiras

numerosas

parte

paizes,

91

s ã o seguidas pelo

plantas

exóticas,

cosmopolitas, oriundas

que

acompanharão

de

pela

diversos

a civilisação

por

toda a parte. Os

fructos do giló

e da

beringéla são muito

estimados apezar do sabor

amargo.

G r a n d e é o n u m e r o das productos e

sabor

da

e

duzem

cultura, tão

que

espécie,

nem

muito

bem

A Atriplex

a

entre

viçosa

pátria

primitiva.

e

de

supersticiosa elle

recusa

talvez

se

O

no

como do

uso; as

de

sódio)

Melhor

introduzido

das

e

na

um

estado

ao

da

pro-

beterraba,

gosto

amargo, foi

uma

resultado

quentes

Antilhas,

(o

d á folhas com

que

que

applicação

obtivemos

cul-

crença

paizes

suas t u b e r a s

sua

terrenos

ligarem

com

é

dos

selvagem,

nos

não

Grécia,

planta

de

por

produzir

norte,

« acelga»,

que

aipo,

Gregos, seu

mesma

trópicos.

mãi

pudesse a l c a n ç a r

chlorureto dância.

mangold,

beira-mar,

pelos

os

á

feitio

de o r i g e m a s i á t i c a , cresce

por ahi

não comestível

tivado

entre

nós

menos

pertencer

p r o v i r e m do

hortensis,

vigorosamente;

salgados

de

da couve,

differentes em

parecem

apezar

conhecida

variedades

do

do

abunApiou

produz

tuberas

S u l da

Europa,

farinaceas. O espargo,

planta

littoral do


-

92

exige tratamento cuidadoso. A a l c a c h o f r a , oriunda

da

rabo

Europa de

assim

austral,

cavallo ou

como

apodrece

rabão,

o rabano

do

preto

mormente o nabo-chinez,

nete.

O mesmo acontece que

chega

a

sul

da

Rússia,

produzem

bem,

allemã,

facilmente. O

muito

chamado

raba-

com a cenoura, planta

um

grande

desenvolvi-

mento. O

espinafre, originário

ferior'

â

tayoba;

cultivado dígena A

do

por

cresce que

ter

alface,

d a P é r s i a e muito muito

aquella

vindo

que

de

bem

saborosa

paiz

e

in-

é

mais

planta

in-

estrangeiro.

dizem natural do Caucaso,

gozava da estima dos Persas n o t e m p o

de

b y s e s e, m u i a p r e c i a d a p e l o s G r e g o s e

Romanos

antigos,

cresce

entre

chicorea allemã, licadeza A

nós

viçosamente

como

sem comtudo p o s s u í r e m

do sabor

que

desenvolve

endivia, p r ó x i m a da chicorea,

na

Cam-

a

O a g r i ã o das

que parece

Chypre, dância

é do

pouco nosso

tado selvagem, O

nosso

nas r o ç a s de

pepino

cultivado, agrião

iguala em do

O

da

oripelos

da ilha

termos

mesmo

do

abun-

em

es-

sabor.

matto, trepadeira vulgar

q u a l se

mesmo

por

que,

como joio, d á u m a

azeitona,

deliciosa.

o

hortas, n a t u r a l

de-

Europa.

ginaria do Oriente, é preferida p a r a salada Chins.

a

se

fruta do

faz

pôde

uma

tamanho conserva

dizer dos

tenros


— machiehes mente A nas tas

93

-

e do xuxii, sem valor alimentar, s ó -

rico

em

sueco

âquoso.

salsa q u e a i n d a existe e m e s t a d o s e l v a g e m montanhas da Macedonia, assim como muioutras

plantas

aromaticas

originárias

pela

maior parte das m a r g e n s d o M e d i t e r r â n e o , lisa e m

vigor

das i n d í g e n a s ,

e

perfume

que

c o m as

n ã o lhe

riva-

nossas labia-

são em

nada

infe-

riores . Todas

as

asiática,

e

produzem

vinagreiro

mundo, tempo

cebolas,

aqui

de

origem

pelos povos me-

com

abundância.

f o r n e c e g r a t u i t a m e n t e aos p o b r e s

O

tomate,

hoje espalhado

por

O o

todo o

desafia a c l a s s i f i c a ç ã o , sendo ao m e s m o fructo,

acontece

de

o alho, t ã o prezado

ridionaes,

vinagre.

variedades

com

hortaliça

e

tempero;

o j o á ; e n ã o ha

que m u i t a s outras

plantas

do

o

mesmo

duvida alguma nosso bello paiz

se p r e s t a r i ã o a s e r e m p e l a c u l t u r a t r a n s f o r m a d a s em

saborosas

hortaliças.

ADUBOS. É por causa de seus óleos essenciaes e resinas,

q u e as

f o l h a s , as n ô r e s ,

m e n t e s , as cascas e r a i z e s empregadas O

calor

como tropical

os

de certas

f r u c t o s e seplantas s ã o

adubos. favorece

essencialmente

a


producção

destes

Alguns

ralmente proporção mas

em

-

ingredientes

facto e o paladar.

mentar,

94

delles

excessiva,

todos

os

preciosos

para

cheiro dos alimentos, m a s

e

o

e

n ã o servirem só para melhorar também

conservá-los.

Certamente tempos

o

remotos

ciaes entre

a

uso

dos

Europa

da

autores

a i n d a h o j e se vimento abuso

da

ao

homens

ros,

O

Oriente.

civilisação

civilisação;

Com o

visto

civilisados, ao

como

contrario

nosso a b e n ç o a d o

sobre

os

da

pois

média, como

e

como

desenvol-

m o d e r n a reduzio-se

actual,

enérgicas

idade

tempos,

p r e f e r e m os g o z o s d e l i c a d o s

impressões

em

poderosa

uso excessivo,

daquelles

faz no

ponto

commer-

influencia

como na

destes i n g r e d i e n t e s os

relações

nossa

que j á naquellas é p o c a s ,

attestão

que

e as t e r r a s l o n g i n q u a s

exerceu

desenvolvimento

fazia-se

adubos,

provocava

Asia intertropical,

os

energia

a digestão, e e m geral substancias i n -

o

no

essen-

facilitar

por

para

ali-

o verdadeiro valor

dispensáveis gosto

natu-

c a s o s os ó l e o s

e se n ã o f o r e m d e u m a

s ã o meios

accelerar

contem

d i m i n u t a de substancia

c i a e s e as r e s i n a s c o n s t i t u e m destes vegetaes,

que excita o o ol-

em dos

este geral

bárba-

e refinados ás sentidos.

paiz, procedendo-se

com

c u i d a d o c o n f o r m e as d i f f e r e n ç a s g e o l ó g i c a s e c l i matericas,

p r o d u z i r i a f a c i l m e n t e as

especiarias


— de t o d a s

95

as r e g i õ e s .

verticaes d o de C e y l ã o

sol

N o P a r á , debaixo dos

equatorial, obtem-se

e a noz-moscada

férteis baixadas

tão rico e m espalhados pela

dos

do M a r a n h ã o

tados a p i m e n t a d a

das

índia.

oleo ethereo,

a

cultura,

nia,

um

como

merecem

daria bons

resul-

O craveiro da

índia,

conta muitos parentes

as n o s s a s e s p é c i e s

importante

craveiro

m e n ç ã o as

Calypthr

antes,

da

de

artigo

terra:

etc,

nas

de

no sul

da

e não falta senão

assim a

sentido Euge-

q u a e s as

próprias

essencial.

Europa,

por todo o I m p é r i o ,

expor-

Myrtus,

loureiro, originário da Asia, mas

matado

cravos variado,

nesse

e s p é c i e s de

folhas a b u n d ã o e m oleo 0

nas

pelas nossas provincias ; a p e r f e i ç o a -

formarião

tação,

canella

moluccos ;

s u p l a n t a r i ã o o d a í n d i a p e l o seu a r o m a e

raios

hoje

acli-

desenvolve-se

bem

como

o

cardomomo,

industria para

t i r a r delles

muito proveito. O

aniz

herva

estrellado

doce

ropea,

de o r i g e m

o açafrão,

produzirião

proveniente

o

muito

asiática,

coentro,

bem

em

igualmente

estrangeira,

ponto

de

quasi

Os ricií,

nossos

mattos

tão agradável

aromas

da

canella

e

do

Japão, quasi

outras

a eu-

plantas

paiz;

a

gen-

multiplica-se

a

joio

virgens ao

hoje

nosso

gibre,

tornar-se

e

do

fornecem

paladar, cravo,

pois e

em

o

Pije-

reúne

os

todos

os


— sentidos poucos

96

-

pôde substituir a pimenta da o conhecem, e apodrece

Jamaica;

desprezado

nos

mattos. A

pimenta propriamente

cida

e

estimada

pelos

berta do Brasil; estas

se

possue

modifica

tancias

índios,

era

conhe-

antes d a

desco-

numerosíssimas

variedades

quaes

dita j á

do

um

Capsicum,

ardor

segundo

a

inorgânicas

que

são

entre

nós

cada

uma

das

lhe

é

especial

quantidade

que

contém.

de

subs-

Algumas

se a c h ã o d e t a l m o d o d o m e s t i c a d a s , q u e o isento i n t e i r a m e n t e de capsicina, salada.

A

baunilha

Ocotea

t ã o apreciada

e Dipterix

quantidade

c o m os

rnary,

As

etc.

pilodaphne cravo; dron

cascas

possuem

de

os

os f r u c t o s de

de

em

todo

Decypellium

aromas

óleos

p r o d u c t o s das essenciaes e

das

nós

grande C u -

e

Cryptocaria

e do

Ayoden-

com muitos

nossas florestas, ricos e m

resinas

aromaticas, das

pertenLabiadas

compostas, r e p r e s e n t ã o dignamente

a classe

das

especiarias,

e rivalisarião

f e i t a m e n t e c o m a s e s p e c i a r i a s d a í n d i a se cultivadas

com igual

Mes-

da canella e do

centes p r i n c i p a l m e n t e á s f a m i l i a s e

o

àeJSFectan-

Pichurim,

rivalisão c o m a noz moscada;

outros

fructo,

j á se e x p o r t ã o e m nomes

é usado como

m u n d o , as f a v a s c h e i r o s a s d a s e s p é c i e s dra,

e

esmero.

entre per-

fôssem


97

B E B I D A S . Fóra da agua e do leite, fornecidos pela natureza,

ha

grande n u m e r o de bebidas

de q u e

usão

os p o v o s c i v i l i s a d o s c o m o os s e m i - "

bárbaros,

e são diariamente

lhões

homens.

de

chá, de

todas

as

Tanto uma as

o

esta

offerece

serem

sidades

da

antes vida;

siologicamente talvez

qüe uma

das

vinho,

para

da

gozos

historia

t e m de c o m m u m

substancias do

vegetaes,

que

ghy-

eíficaz das

primeiras, chamado

cinco

cafeína,

differe m u i t o pouco Ú a theobromina, influencia

sobre a

exerce

reconstituição

do corpo h u m a n o . E m t o d o o caso parece curioso que sua

bebida

centes

ás

os

muito

differentes povos preparassem

de rjredilecção famílias

mais

das

e

á s neces-

reconhece-se

que o principio

poderosa

e

abundante

bebidas

aos

(o c a f é

cada

observações

comtudo

seis

a kola,

o

o effeito de

matéria

preparadas c o m

pertencerem

pertencem

cerveja, o

como

estas

por. m i -

espirituosas.

mais interessantes Todas

classe

a

bebidas

preparação

dellas

absorvidas

o mate,

chocolate^

mais a

natural.

e

A

o café, o g u a r a n á , Sudan),

artiíiciaes

plantas

a

perten-

differentes entre

si,

e

q u e n ã o t e m de c o m m u m s e n ã o este ú n i c o p o n t o , de

fornecerem

admirável, P. B.

cafeína:

seguido

pelos

instincto próprios

certamente selvagens 7


— e

que certamente

physiologica difficil de do

café

daquella

revolução

do na

-

falia em favor da

provar e

98

substancia.

que

a

Nem

generalisação

chá produzirião vida

importância

social dos

uma

seria

do

verdadeira

povos.

Os actuaes f o r n e c e d o r e s de c a f e í n a s ã o a a

África

e a

America,

sentada por

um

por dous:

Asia

café, que

a

nos

conquistador é u m a noz

Asia,

sendo a primeira

vegetal,

cada

deu o

do

uma

repre-

das

chá; a

outras

África

m u n d o inteiro,

igualmente

aso

e

productora

a

o

kola

de

ca-

f e i n a ; a A m e r i c a debaixo do sol e q u i n o x i a l produz

o

guaraná,

mas

também

que

é o mais

o mais

rico

em

cafeína,

e x c i t a n t e d e t o d o s os

seus

c o n g ê n e r e s ; nas partes m a i s austraes da A m e r i c a temos

o mate

que,

apezar

de ser

representante

mais pobre em substancia activa, b e m poderia no futuro da

tornar-se

um

importante

rival

chá,

filho

dominou

da

China,

no Thihet,

na

passou

predilecção.

do

Himalaya,

T a r t a r i a , nas

planicies

inhospitaes da Sibéria, e m f i m e m toda a e

adquirio

Hollanda, maior seguio do

chá

índia. Cada paiz possue a sua bebida de

O

do

o privilegio

da

querida

Inglaterra, Austrália, assim

parte da America a

bebida

bandeira

do

Coran pela Asia e pela África,

e

as

na

como

Septentrional.

propheta

Rússia,

O

na

café

doutrinas

estendendo-se


— de

u m lado

sobre

o archipelago

99

a

-

Europa,

índio.

Está

do

outro

adoptado na

sobre

Europa

hoje esta b e b i d a u n i v e r s a l p e l a A l l e m a n h a , Á u s tria, F r a n ç a , se ^pelas

Suécia e Bélgica.

Antilhas

está geralmente

De lá

e pela America do

adoptada.

A

kola,

e

o mate n ã o t i v e r ã o f o r t u n a de

e

apenas

suas

se

estendêrão

pátrias

A noz

estendeu-

além

Sul, onde o

guaraná

conquistadores dos

limites

de

respectivas.

da kola circula como moeda e m

certas

partes da Á f r i c a , e p o r isso n ã o d e i x a de t e r importância;

p o r é m é pouco

sua

apreciada no

inte-

rior. O m e s m o acontece c o m o g u a r a n á , f i l h o Brasil,

q u e se

dental

da

estendeu apenas

America,

cacáo

e á cóca,

figura

unicamente

onde

emquanto

importância tem

como

pela costa

no

resto

droga.

Mais

alguma

dominar na

de H o r n ;

trangeiros

fez conquistas.

nos

e

f o i a d o p t a d o de

Ame-

paizes O

seguio e x c l u s i v a m e n t e os c o n q u i s t a d o r e s americanos,

em

parte ainda

centro-

preferencia

agora

na que

o seu

dominio,

e

hoje, muitos povos

possuião

os

seus c h á s especiaes, p r o v a v e l m e n t e t o d o s de c a f e í n a ,

es-

cacáo

E u r o p a pelos p o v o s de o r i g e m latina. A n t e s o café e o c h á estabelecessem

ao

do m u n d o

rica do S u l a t é o cabo não

Occi-

faz concurrencia

o mate, por

ainda

do

ainda

analysados.

que

em

isentos

parte fôssem

até


O

P e r ú possue

100

-

a cóca

(Ipadú no

Amazonas)

f o r t i f i c a n t e ; n o s E s t a d o s - U n i d o s a Monarda nece

o c h á Oswego,

Jersey, o

o Prinos

c h á dos

e o

Cassine,

Apalachos,

Labrador,

o

delicias dos

de pelles n o Canadá.

o Aunothos

Canadá,

A

bebida

o c h á de

Ledum

a

New-

talvez cafeinifera, dá

caçadores e e

for-

o

negociantes

Gaultheria

especial

dos

c h á de

o c h á do mdigenas

do

C a b o d a B o a - E s p e r a n ç a se p r e p a r a c o m a s f o l h a s da Cyclopia;

o c h á d e B o u r b o n q u e se

consome

u a i l h a d e S. M a u r í c i o s o b o n o m e d e « f a l i a m » consiste e m u m a i n f u s ã o das f o l h a s de A n g r e c u m fragrans Os

Th.

Malayos

em

Bencoolen preparão

com

as

folhas de u m a m y r t a c e a , da G l a p h y r i a , c o n h e c i d a por

elles p e l o n o m e de « a r v o r e d a v i d a

u m a bebida que lhes substitue o Na Europa

empregão-se

fplhas

differentes

muito Sul,

de ao

norte

em Nova

as

México a

c h á de

herva

no Brasil:

entre

de

para o mesmo

R-ubus.

Granada

Alstonia como

e

fim

infusão

da

Santa F é de B o g o t á ;

no

Maria,

mesmo

Congonha chamão

de s y m p l o c o s

do

as f o l h a s

tão commum

usa-se

das

folhas

o

mesmo

A s s i m o c h á de f r a d e é f o r n e c i d o p o r

Lantana;

as

compostos;

de plantas de differentes f a m i l i a s p a r a fim.

índia.

Na America

empregão

Santa

nós

c h á da

Labiadas

de

longa »

erroneamente

e a Villarsia, o

uma uma

agradável


— 6Ü&

de

pedestrè,

o

10Í — craveiro da terra

e

outras

folhas s ã o e m p r e g a d a s d o m e s m o m o d o .

Todàs

estas b e b i d a s p o r é m v ã o d e s a p p a r e c e n d o , n ã o s ó pèla influencia crescente pela

destruição

matéria

das

do café, como

florestas

que

tâmbem

forneciãd

prima.

Também thèiforme

a

Austrália

prepara

c o m a s f o l h a s d e Carrea,

uma

bébidá

e os i n s ü l á -

nos d o P a c i f i c o o f a z e m c o m as d o

Leptospernium.

O Brasil f o i bastante favorecido pelo

Creadòí

p a r a p o d e r f o r n e c e r p o r s i s ó t o d a s essas stancias d e g o z o p a r t i c u l a r d a

provincia de

S.

Paulo,

m é n t e b e m e m t o d a s essas Órgãos

e de outras

riosa p r e p a r a ç ã o

r a m o de c t d t u r á

e produziria igualalturas da Serra dos

que o café das

sub-

humánidadé.

O cháforma u m importante na

á

repudia. À labo-

stias f o l h a s ê o p r i n c i p a l

obstáculo á p r o p a g a ç ã o

destá

cultura.

O

Cãfe-

zéiro a c h o u entre n ó s s e g u n d a p á t r i a : e m

curtá

e s p á ç o d e t e m p o os f r u c t o s d a A b y s s i n i á t d f n á V rão-se

ü m dos mais

portação do

importantes

artigos de é i -

Brasil, e uma; fonte de riqueza. í ) é

todos os p r o d ü e í o r è s

d a c a f e í n a fàtlta-nos unica-

mente a kola. Para a cultura de cada cias zonas

de

gozo

póde-se

parallelas

norte pelo

ao

guaraáá, a

u m a dessas

substan-

dividir o Brasil e m tático equador.

Principiãó'

mais excitante

de toda»,


producto

dos

raios

102

verticaes do sol equatorial;

segue-se a p á t r i a d o c a c á o ,

filho

das

provincias

do norte, estimulante u m pouco mais brando.

A

zona

os

do

café

d e s t r o ç o s das

coincide com bellas

o trópico

florestas;

r a d o r dos povos, a g r a d á v e l a o

ahi

sobre

este

todos,

restau-

estabeleceu

seu i m p é r i o ; aceito e m t o d o o m u n d o

prohibido

pelo capricho

religioso, estendeu faz recuar todos

de n e n h u m

e

legislador

cada vez mais o seu poder,

os seus

beleceu-se o c h á , sem p o d e r c o m t u d o o seu

Sul

emfim,

rival mais e até

os

gentinas, encontramos belecido

por

um

poderoso;

no extremo

do

limites das republicas

ar-

o mate

território

firmemente

limitado,

t r a r c o m o seu c o n c u r r e n t e do n o r t e , o impede

sexta entre

esta-

concorrer

de p e n s a r que

as p r o d u c t o r a s

pensaria igualmente b e m

esta-

d'onde

e x p o r t a d o p a r a a c o s t a o c c i d e n t a l p a r a se

Nada

e

concurrentes.

Nas provincias austraes f ó r a do t r ó p i c o ,

com

não

encon-

guaraná.

a kola também, de

cafeína,

é

a

recom-

a m ã o industriosa que

a transplantasse p a r a o solo brasileiro, e p o d e r i a partilhar a zona e terreno do

guaraná.

Bebidas fermentadas. Pelo seu modo de preparação, as bebidas artificiaes

dividem-se

precedente

em

duas classes: n o capitulo

f a l l â m o s das que s ã o p r e p a r a d a s

por


—103 infusão de

certas

substancias

cadas ; a c e r v e j a , o v i n h o , de p r o v i r e m

quaes a A

tonifi-

a aguardente,

apezar

a o u t r a classe, p o i s q u e t e m

certas

transformações

principal

parte

vegetaes

e m parte de substancias infusiona-

das, p e r t e n c e m percorrer

é

a

de

das

todas

as

bebidas

sem

é s ó p e l a a g u a que ellas con-

tém q u e s ã o c a p a z e s d e

matar

a

s ê d e , isto é,

substituir n o corpo a a g u a gasta phose p h y s i o l o g i c a . A s uma

chimicas,

fermentação.

essencial

e x c e p ç ã o é* a a g u a :

bebida podem,

partes

pela

não

metamor-

aquosas

como

primeiros

tincto natural,

de

sua

homens, só

se

de

em

força alcoólica. seguindo

servião

chamadas naturaes — a

a

acontece

c o m as b e b i d a s a l c o ó l i c a s , q u e e x c i t ã o a s ê d e

Os

de

pelo contrario, diminuir

sua f a c u l d a d e d e m i t i g a r a s ê d e ,

proporção directa

que

o

seu

das duas

ins-

bebidas

agua e o leite.—'Com o

desenvolvimento progressivo do g ê n e r o humano, e crescente

conhecimento

dos meios que

o

ro-

d e i ã o c o m a c i v i l i s a ç ã o q u e m o d i f i c o u os h á b i t o s , o c c u p a ç õ e s , c l i m a s , e t c , a l i e n o u - s e esse i n s t i n c t o , e h o j e n ã o s ó os

p o v o s c i v i l i s a d o s c o m o os

incultos appetecem outros liquidos a l é m e da

mais

do leite

agua.

O processo

das

bebidas vinosas pela f e r m e n -

t a ç ã o é p r a t i c a d o d e s d e os t e m p o s m a i s

remotos.


101

r~

S a b i a - s c q u e os l í q u i d o s s a c c h a r i n os s o b

circum-

stancias a p p r o p r i a d a s , f e r m e n t ã o , t r a n s f o r m a n d o se

a s s i m e m bebidas a g r a d á v e i s ao p a l a d a r ,

excitantes e certa A

embriagantes,

sendo

mas

ingeridas

em

quantidade. chimica appareceu

mais

tarde

recer e a p e r f e i ç o a r este r a m o

de

para

escla-

industria;

os

antigos i g n o r a v ã o c o m p l e t a m e n t e o f a c t o de pela fermentação o cool

e

ácido

substancias

a s s u c a r se d e c o m p õ e e m

carbônico, e

transformavel

em

o

próprio

assucar, de

farinaceas

produzir álcool.

que

também

ál-

amido

é

maneira que

as

s ã o capazes

de

O vinho, a aguardente

e a cer-

v e j a s ã o os p r i n c i p a e s r e p r e s e n t a n t e s d a s

bebidas

e s p i r i t u o s a s , e destas s ã o t o d a s as o u t r a s

simples

variedades. Os i n d í g e n a s do Brasil, rantes

da theoria

completamente

da fermentação, j á

bebidas embriagantes

igno-

preparavão

c o m certas plantas

farina-

ceas, q u e n a s g r a n d e s festas c e l e b r a d a s e m estações

do

anno

Elles conhecião

32

erão

qualidades

preferião geralmente e de

de

servidas

as

Tucupi.

c o m excesso.

de bebidas,

preparações

mandioca debaixo do

estimado nas p r o v i n c i a s d o P a r á e Jassára

mas milho

Caou-in o

c a j ú , de g u a b i r o b a , de coco A s s a h y

de

de

n o m e de

F o r a destas conhecia-se

conhecido pelo nome

certas

e

vinho

ainda

hoje

Amazonas,

no

de

e

Maranhão.


— Outras com

bebidas

desta

a Bacaba e

Os

Carijôs,

vião-se

de

o

os mel

de

qualidade

Mongoyps e

preparavão-se

Cacáo.

da

f i m ; o s Guaycarús, da raiz

105

e

os

Payagoas

batata doce para o

da casca

da

floripondia

e curúpa.

mesmo

algarrobeira

m a n d i o c a ; o s Omaguas,

chamadas

ser-

e

das l i e r v a s

Porém

a

bebida

n a c i o n a l destes i n d i g e n a s , q u e u s a v ã o nas festas (Caou-in)

era

o

Tucupi,

que

se

bebia

quente

comoponche, (ainda que pouco appetitoso) cado

pelas

virgens

solemne consagrado Os

da pela

Portuguezes

mas

sufficiente

não para

por

Europa.

foi

um

processo

antigüidade.

introduzirão

bebidas alcoólicas da perou,

tribu

fabri-

A parreira

cultivada

satisfazer

as

finalmente

em

as

pros-

extensão

necessidades

do

paiz. A

importação

dos

vinhos

população, mas n ã o podendo

augmentou com satisfazer

o

a

con-

s u m o que p r o g r e d i a e m alta escala, d e u l u g a r á s falsificações. H o j e recebemos da E u r o p a

vinhos

de

algum

differentes qualidades, que

de

modo

derivão da uva. Sob nomes pomposos dourados

e letreiros

escondem-se m u i t a s misturas de

dente, p e d r a h u m e , assucar, bagas de ro, papoulas,

páo-Brasil

misturas, certamente

aguar-

sabuguei-

e outras drogas;

m u i t o i n f e r i o r e s ao

estas Tucupi

que pelo menos é o resultado de u m a f e r m e n t a ç ã o


— natural, como

A e

não devião

ser

— aceitas

por nós,

nem

remédio.

Nas este

106

monographias

assumpto mais cerveja

das

bebidas

largamente.

importa-se e m

muitas fabricas temos

estabelecidas;

trataremos

grande

já aqui

infelizmente

quantidade,

vantajosamente

ainda

hoje

somos

tributários do estrangeiro pelas m a t é r i a s primas, que A

o

Brasil produziria

sem difficuldade.

canna de assucar naturalisou-se facilmente,

a p o n t o de p o r a l g u n s ser t i d a p o r producto da caxaça,

fermentação do

sueco

indigena.

O

da canna,

a

fôrma u m importante ramo da industria

que dispensa a

importação

estrangeira.

A par do café, a aguardente domina o mundo inteiro. O í n d i o , esquecendo sagrado

pelos

séculos,

irresistivelmente, e

filhos

ao

fatal para

foi

a ponto de

desejo

de

o

seu

Tucupi

attrahido

conpor

ella

sacrificar mulher

a l c a n ç a r esta b e b i d a t ã o

elle.

F I M DO P R I M E I R O V O L U M E .


f

Das

V O C A B U L A E I O

plantas

que

s ã o

brasileiras citadas

e

neste

estrangeiras v o l u m e . (*)

A

Abacateiro.—Persea gratíssima Gãrtn.—Laurineas. Syn.

L a u r u s Persea

A b a c a x i . — V e j a-se

L.—Perseas.

Ananaz.—Bromelliaceas.

A b i u . — L u c u m a C a i m i t o R õ m . et

Sch.—Sapota-

ceas. S y n . A c b r a s C a i m i t o R et P, Abobreira.—Cucurbita máxima

Duth.—Cucur-

bitaceas. Syn. Cucurbita Potiro

Persa.—Cucume-

rinas. Abobreira jerimú. —

Cucurbita melopepo L . —-

Cucumerinas. Abricoteiro.— M a m m e a americana L . — Clusiaceas.—3

o

Grupo

Garcinieas.

(*) O primeiro nome indica o nome vulgar, o segundo o nome botânico, e o terceiro a familia da planta.


108

Abricoteiro do B r a s i l . — M i m u s o p s coriacea Mart. Sapotaceas. Abútua.—Botryopsis

platyphylla

Miers.—Me-

nispermeas. A ç a f r ã o da í n d i a . — C r o c u s sativus L . — Irideas. Syn.

Crocus

oííicinalis L .

A c e l g a . — Beta cicla L . — C y c o l o b e a s . —

Grupo

Chenopodieas. -Afiou.—Sium Sisarum L.—Umbelliferas.—Grupo Ammineas. Agoniada.—Plumiera lancifolia neas.—Grupo

Muell.—Apocy-

Plumirieas.

A g r i ã o . — S y s i m b r i u m p u m i l i u m St. H i l . — C r u c i feras.—Grupo

Arabideas.

A g r i ã o da horta. — N a s t u r t i u m officinale R. B r . —Cruciferas.—Grupo Aipirn.—Veja

Arabideas.

Mandioca.

A i p o . — A p i u m graveolens L . — U m b e l l i f e r a s . — Grupo

Ammineas.

Á l c a c h o f r a . — C y n a r a Scolymus L . — Compostas. —Grupo

Carduineas.

A l f a c e . — L a c t u c a sativa L . — C o m p o s t a s . — L a c tucaceas. Algarrobeira. — Prosopis Mimoseas.—Grupo

dulcis

H .

B.

K t h . —

Parkieas.

Algodoeiro.—Gossipium vitifolium L a m . — Malvaceas.—Grupo

Hibisceas.

Alho.—Allium sativum L . —Liliaceas.—Grupo Hyacyntheas. Syn. Porrum sativum Mill. Alho grosso.—Allium scorodroprasum po

Hyacyntheas.

L.—Gru-


-

109

Alho porro.—Allium

p o r m m L.—Grrupo

H y a -

cyntheas. Syn.

Pormm

commune Almacegueira. —

sativum

mill.

e

Porrum

Rchb.

A m y r i s ambrosiaca Vellos.

Burseraceas. Ambauba

mansa. — Pourouma

cecropiaeafolia

Mart.—Artocarpeas. A m e i x e i r a de C a n a d á .

\

Ameixeira da í n d i a .

]

Eriobothrya

japonica

L i n d l . — Pomaceas.

Syn. Mespilus japonica Ameixeira preta.—Prunus

Thbg.

paranaense.—Amyg-

daleas. Ameixeira da terra. — X i m e n i a americana L .

Olagineas. Syn. Heymassolia Amendoim.—Arachis

spinosa

Ambl.

hypogaea L.—Papiliona-

ceas.—Grupo Hedysareas. Amoreira.—Moras

nigra

L.—Moreas.

Amoreira da Silva.—Rubus Rosaceas.— Grrupo

brasiliensis

Mart.—•

Dalibordeas.

Ananaz.—Ananassa sativa Lindl.—Bromeliaceas. Syn. Bromelia Ananas L . S y n . Ananas sativus Schull. A n d a - a s s ú . — A n d a G o m e s ü Juss. —

Euphorbia-

ceas.—Grupo Crotoneas. S y n . A n d a brasiliensis

Radde.

Syn. Joannesia princeps Anil.—Indigofera Grupo

Anil

L . —

Vell.

Papilionaceas.—

Galegeas.

Aniz estrellado.—Illicium anisatum liaceas.—- I l l i c i e a s .

L.—Magno-


HO

Araçazeiro.—Psidium araça Grupo

Raddi.—Myrtaceas.

Pimentoideas.

Araçazeiro pera.—Psidium variabile B g . — Myrtaceas.—Pimentoideas. Syn.

Psidium Cottleganum

A r a r í b a . — Nossolia ceas.—Grupo

robusta

Sav.

Vell. —Papiliona-

Dalbergieas.

Araribá.—Arariba rubra

Mart.—Rubiaceas.

A r a r i x á (Rio).—Sterculea C h i c h a St. H i l . — S t e r culiaceas.—Grupo Arco

de

pipa. —

Sterculieas.

Erythoxylon utilissimum

Fr.

A l i e m . — E r y throxyleas. Aroeira rajado.—Schinus antiarthriticus M a r t . — Anacardiaceas. A r r o z . — O r y z a sativa L . —G r a m i n e a s . —

Grupo

Oryzeas. Arvore da vida longa. —

Graphyria. —

Myrta-

ceas. A t t a . — A n o n a squamosa L . — A n o n a c e a s . — G r u po

Anoneas.

A v e i a . — A v e n a sativa L . — G r a m i n e a s , — G r u p o Avenaceas.

B # Bacaba.— Oenocarpus Batava Mart.— Palmeiras.—Grupo

Arecineas.

B a c u p a r i . — G a r d ê n i a suaveolens V e l l . — ceas.—-Grupo

Eugardenieas.

Bacuri.—Platonia insignis Mart. — Syn.

Rubia-

Maronobea esculenta

Canellaceas, Arrud.


141

Beldroega.—Portulaca laceas.—Grupo

radicans

Mart. —Portu-

Sesuvieas.

B a n a n a de m a c a c o . —

P h i l o d e n d r o n arborescens

Schott.—Aroideas.—Grupo

Caladieas.

B a n a n a de M a d a g a s c a r . — R a v e n a l a riensis P o i r . — M u s a c e a s .

madagasca-

— Grupo

S y n . U r a n i a speciosa

Uranieas.

Will.

Ravenalia

Rich.

Banana de S ã o T h o m é . — M u s a p a r a d i s í a c a L . — Musaceas.—Grupo

Uranéas.

Banana da terra.— M u s a sapientum L . — Musaceas.—Grupo

Uraneas.

Barauna.— Melanoxylon B r a ú n a Schott.—

Cae-

salpineas. Syn. Perittium ferrugineum V o g . Barbatimão. —

Stryphnodendron

Mart.—Mimoseas.—Grupo

polyphyllum

Parkieas.

Batata doce.—Batatas edulis C h o i s . — C o n v o l v u laceas.—Grupo

Convolvuleas.

S y n . Ipomoea Batatas L a m . Syn.

C o n v o l v u l u s edulis T h b g .

Syn.

Convolvulus Batatas L .

Syn.

Ipomoea Catesbaei M e y e r .

Batata i n g l e z a . — S o l a n u m naceas.—Grupo

tuberosum

Solaneas.

Baunilha.— Vanilla aromatica Sw. — —Grupo

L.—SolaOrchideas.

Arethuseas.

Syn. Vanilla Epidendrum

Hirb.

Syn. Epidendrum Vanilla

L .

Beringela.—Solanum ovigerum L.—Solanaceas. —Grupo

Solaneas.

Syn. Solanum melongena

Murr.


— Syn.

112

-

Solanum rhytidocarpa

Mart.

Borracha. — S y p h o n i a brasiliensis W i l l d . — phorbiaceas.—Grupo

Eu-

Crotoneas.

Broccoli.—Brassica pompejana

asparagoides

L .

— C r u c i f e r a s . — Brassiceas.

C

Cabelluda.—Eugenia torhentosa Mart.—Myrtaceas.—Grupo

Eugenioideas.

Cacaozeiro.—Theobroma ceas.—Grupo Syn. Cafezeiro. — Grupo

Cacao L . — Büttneria-

Büttnerieas.

Cacao sativa L a m . Coffea

arábica

L . — Rubiaceas.—

Coffeeas.

C a f é de S u d a n . — C o l a a c u m i n a t a S c h o t t et —Sterculeaceas.—Grupo Syn.

Sterculieas.

Sterculia acuminata

Cajazeiro. — Spondias

Endl.

tuberosa

Beauv. Arrud. —

Spon-

diaceas. Cajueiro.—Anacardium occidentaleL.—Anacardiaceas. Cambucá. —

Myrciaria

Myrtaceas.—Grupo

plicato-costata Eugenioideas.

Canella batalha.—

Bg. — ,

Laurineas.

Canella do brejo ( R i o ) . — T a l a u m a ovata St. Iíil. —Magnoliajeeas. Canella

do

brejo (S

t a

Catharina). —

Nectandra

leucothirsus.—Laurineas. C a n e l l a de C e y l o n . — C i n n a m o m u m z e y l a n i c u m N . ab E . — L a u r i n e a s . — G r u p o

Cinnamomeas.


113

Canella de c h e i r o . — O r e o d a p h n e M.—Laurineas.—Grrupo

o p i f e r a N e e s et

Oreodaphneas.

Canella

garaúna.—Pomatium.—Laurineas.

Canella

mirim.—Oreodaphne.—Laurineas.

Canella p r e t a . — N e c t a n d r a m o l l i s Nees. — rineas.— G r u p o

Lau-

Nectandreas.

Syn. L a u r u s atra

Vell.'

Canella de v e a d o . — A c t i n o s t e m u m

lanceolatum

Fr. Aliem.—Euphorbiaceas. Canhamo. — Cannabis

sativa

L . —

Cannabi-

neas. Canjerana.— Cabralia canjerana Mart. —

Melia-

ceas.Trichilieas. Syn.

Trichilia canjerana

Vell.

Canna de a s s u c a r . — S a c c h a r u m o f f i c i n a r u m L . — Gramineas.—Grupo Canna

fistula.—Cássia

Andropogoneas. brasiliana

Lam.—Caesal-

pineas. Syn. Capim

Cássia grandis L i n n .

fil.

gordura. — Tristegis glutinosa

M a r t . <—

Gramineas. Cará.—Dioscorea

sativa L.—Dioscoreas.

Cará branco. —Dioscorea tuberosa

hastata

Vell.

—Dioscoreas. Cará jnimoso.—Dioscorea cinnamomifolia

Hook.

—Dioscoreas. Syn.

Dioscorea tuberosa Vell. —

Diosco-

reas. S y n . R a j a n i a brasiliensis Grieseb.—Dioscoreas.. C a r á de G u i n é . — D i o s c o r e a coreas.

valgarisMiq.—

Dios-


— Cará

do

114

mato. — Bomarea

spectabilis

Mart.—

Alstroemeriaceas. C a r á de

sapateiro.—Helmia

bulbifera.—

Dios-

coreas. Caratinga. — Dioscorea

piperifolia

striangularis

Willd.—Dioscoreas. Cardamomo.—Amomum

Cardamomum

— Zingiberaceas.—Grrupo

L . —

Amomas.

Carnaubeira.— Copernicia cerifera Mart. — meiras.—Grrupo Syn.

Pal-

Corypliineas.

C o r y p h a cerifera A r r u d .

Carurú:—Amaranthus ceas.—Grrupo

viridis L . —

Achyranteas.

C a r u r ú - a s s ú . — P h y t o l a c c a decandra laccaceas. —

Amarantha-

Grupo

L.—Phyto-

Giesekieas.

C a r u r ú amargoso. — Senecio

palustris

Vell.

Compostas. C a r u r ú de B a h i a . — C o r c h o r u s haceas.—Grupo Carurú

olitorius L . — T i -

Grevieas.

vermelho. — Amaranthus _ melancholicus

L . — Amaranthaceas. Castanha. —

Castanea

— Grupo vesca

Achyranteas.

Gaertn. —

Cupu-

liferas. Castanha

do

Pourretia

tuberculata

Mart ?—Sterculeaceas. — G r u p o

Bombaceas.

Castanheiro

Ceará. —

do P a r á . — B e r t h o l l e t i a excelsa H . et

B.—Myrtaceas.— Grupo Catagoá.—Trichilia

Lecythideas.

Catigua. —Meliaceas.

C a t i n g a de p o r c o . — C a e s a l p i n i a

porcina. M . —

Caesalpineas. C e b o l a . — A l l i u m cepa L . — L i l i a c e a s .— Hyacyntheas. Syn.

P o r r u m cepa

Rchb.

Grupo-


115

Cebola b r a n c a . — A l l i u m liaceas.—Grupo Syn.

Cedro.— Cedrela

schoenoprasum

L .— L i -

Hyacyntheas. brasiliensis M . —

Cedrelaceas.

Cedreleas.

Cenoura.—Daucus

Carota L . — Umbelliferas.—

Daucineas.

Centeio. — Grupo

Hyacyntheas.

Allium

liaceas.—Grupo

Grupo

L . — L i -

P o r r u m ascalonicum Echb.

Cebolinha. —

—Grupo

ascalonicum

Secale

cereale

L . —Gramineas.

Hordeaceas.

Cevada.—Hordeum vulgare L . — Gramineas.— Grupo

Hordeaceas.

C h á dos A p a l a c h o s . — H e x

vomitoria

Ait. —

Ili-

cineas. Syn.

I l e x cassena

Michx.

S y n . Ilex religiosa Bast. C h á de B o u r b o n . — A n g r e c u m f r a g r a n s — Orchideas. — G r u p o

Thouars.

Vandeas.

C h á do Cabo da B o a E s p e r a n ç a . — Cyclopia leoides D C . — P a p i l i o n a c e a s . — G r u p o

ga-

Padaly-

rieas. C h á do Cabo da B o a E s p e r a n ç a . — Cyclopia"genistoides Vent. — Papilionaceas.— G r u p o

Pa

dalyrieas. C h á do Cabo da B o a E s p e r a n ç a . — C y c l o p i a latifolia DC.—'Papilionaceas.—Grupo Padalyrieas. Chá

de

mel

do

Cabo. —

Cyclopia

sessiliflora

Eckbet Zeyh.—Papilionaceas.—-Grupo

Pada-

lyrieas. C h á de m e l do C a b o . — C y c l o p i a Mey.—Papilionaceas. — Grupo

intermedia E . Podalyrieas.


— C h á de

116

m e l do Cabo. — Clyclopia

Benth. —

Papilionaceas. —

brachypoda

Grupo

Podaly-

rieas. C h á do C a n a d á . — Gaulthcria Shallon Pursh.— Ericaceas.-- G r u p o Andromedcas. C h á de f r a d e . — L a n t a n a .Pseudothea St.

Hil.—

Verbenaceas.—Lantaneas. C h á da í n d i a . — T h e a chinensis Sims. — troemiaceas.—Grupo

Terns-

Camellieas.

C h á de L a b r a d o r . — L e d u m l a t i f o l i u m L . — caceas.—Grupo

Rhododcndreas.

C h á de J a m e s . — L e d u m ceas.—Grupo

Eri-

latifolium L . — Erica-

Rhododendreas.

C h á de N e w - J e r s c y . — C e a n o t h u s a m e r i c a n u s L . Rhamneas.—Grupo

Franguleas.

C h á de pedestre. — V e j a C h á de f r a d e . C h á de S a n t a F é de B o g o t á . — A l s t o n i a . — A p o cyneas.—Grupo Alstonieas. C h á de O s w e g o . — M o n a r d a d i d y m a das.—Grupo

L.—Lábia-

Rosmarineas.

S y n . M o n a r d a coccinea L . C h á da terra.—Turnera frutescens

Aubl.—Tur-

neraceas. Chicória.—Cichorium Intybus L . — Compostas. —Grupo

Hyoserideas.

Chicória crespa.—Cichorium Endivia L . — Compostas.—Grupo

Hyoserideas.

Chrysiuma.—Arundinaria?—Gramineas.—Grupo

Festucaceas.

C h u c h u . — Sechium edule Sw. — —

Cucurbitaceas.

G r u p o Sicyoideas. Syn.

Chayota

edulis

Jacq.


H7

Cipó de S. João.—Bignonia ignea Vell.—Bignoniaceas.—Grupo

Eubignonieas.

Cipó t i m b ó . — P a u l l i n i a pinnata L . — ceas.—Grupo

Sapindeas.

Cobió. — S o l a n u m —Grupo

Sapinda-

sessileflorum M . —

Solaneas.

Solaneas.

C o c a . — E r y t h o x y l o n Coca L a m . — E r y t h o x y l e a s . Coentro.—Coriandrum sativum L.—Umbelliferas.— Grupo

Coriandreas.

C o l a . — V e j a C a f é de

Sudan.

Congonha — H e x guiabensis Reiss.—Ilicineas. Congonha

g r a n d e . — M a y t e n u s communis Reis.

—Celastrineas.—Grupo Congonha grande

Evonymeas.

b r a v o . — Symplocos variabilis

Mart.—Styraceas. Congonha

miúda.—Ilex

Ilicineas. Congonha miúda

Macoucoua

brava. — Maytnus

Pers.— ligustrina

Reiss.—Celastrineas. Congonha e

de M i n a s . — V i l l a r s i a m u c r o n a t a R u i z

Pavon. —

Gentianeas. —

Grupo

Menyan-

theas. C o n g o n h a mansa (Minas). — Ilex

theezans M a r t .

—Ilicineas. Congonha

mansa

(Novafriburgo). —

Ilex

para-

guariensis St. H i l . — I l i c i n e a s . '

Congonha mansa (Rio).—Ilex medica

M.—Ilici-

neas. C o p a í b a (Rio). —

Copaifera

oblongifolia

Mart.

—Caesalpineas. Coqueiro

da Bahia. — Cocos

meiras.— G r u p o Cocoinas.

nucifera L . — P a l -


-

118

-

Corindiúba.—Arbusto.—Rhamneas C o u v e . — Brassica Grupo

?

oleracea L . — C r u c i f e r a s .

Orthoploceas.

Couve crespa. — Brassica

oleracea

crispa L . —

Cruciferas. C o u v e dos b r o c c o s . — Brassica

oleracia

Botrytis

L.—Cruciferas. Syn.

Brassica oleracea P o m p e j a n a

Couve cacbeira.—Veja Couve

L

(

nabo.

C o u v e f l o r . — Brassica oleracea

cauliflora L .

Cruciferas. Couve —

franjada.—

Brassica oleracea

sabeljica L .

Cruciferas.

Couve manteiga. — Brassica

oleracea

Murciana

L.—Cruciferas. Couve n a b i ç a . — Brassica oleracea

Napobrassica

L.—Cruciferas. Syn.

Brassica N a p u s y esculenta

Couve nabo. — Brassica oleracea

DC.

gongylodes

L .

—Cruciferas. Syn.

Brassica

oleracea

Caulo-Rapa D C .

Couve repolho b r a n c o . — Brassica oleracea

capi-

tata L . — C r u c i f e r a s . — G r u p o Orthoploceas. Couve repolho vermelho.—Brassica

oleracea

pitata rubra L . — C r u c i f e r a s . — G r u p o

ca-

Ortho-

ploceas. C o u v e de Saboya. — Brassica L.—Cruciferas.— Grupo Couve

Selenisia. —

oleracea

sabauda

Orthoploceas.

Brassica

oleracea

Seleni-

sia L . Couve mineira.—Brassica oleracea a r b ó r e a L . — Cruciferas.—Grupo

Orthoploceas.


119

Couve t r o n c h u d a . — Brassica —Cruciferas.—Grupo Couve

verde. — Brassica

Cruciferas.—Grupo

oleracea apiana L .

Orthoploceas. oleracea

viridis L . —

OrtSoploceas.

Couve v e r m e l h a . — V e j a Couve repolho vermelho. Cravo da índia. — Caryophyllus —Myrtaceas.—Grup o

aromaticus

Eugenioideas.

Syn.

Eugenia caryophyllata

Syn.

Myrtus caryophyllus

Craveiro da terra. —

Thbg. Spr.

Pseudo-caryophyllus

ceus B g . — M y r t a c e a s . — G r u p o

Syn.

Taralea oppositifolia A u b l .

ceas.—Grupo

Papiliona-

Dalbergieas.

Coumarouna

Cupuaçu.—Deltonea Curititiba. —

Papi-

Dalbergieas.

C u m a r y . — Dipterix odorata W i l l d . — Syn.

seri-

Pimentoideas.

C u m a r ú . — Dipterix oppositifolia W i l l d . — lionaceas.—Grupo

L .

odorata

Willd.

lutea.—Malvaceas.

Lacuma Rivicóa Gãrtn. —

Sapota-

ceas. D Diconroque. — Trophis brasiliensis. —Artocarpeas. E Endivia.— Veja Chicorea crespa. E r v a doce.—Pimpinella anisum L . — Umbelliferas.—Grupo

Ammineas.

Syn.

Anisum

vulgare

Gãrtn.

Syn.

Tragium anisum L k .


120

Espargo.—Asparagus officinalis L. — Liliaceas. — G r u p o Asparageas. Espinafre.—Spinacia, oleracea

L.—Chenopodeas.

— G r u p o Atriplicineas.

F

Faham.—Veja « arvore da vida longa. » Farinha secca.—Veja

P á o Rei.

Fava cheirosa.—Veja Fava

tonca.—Veja

Cumaru.

Cumary

Floripondio.—Alpinia. —Zingiberaceas.—

Gru-

po Alpinias. F e i j ã o . — Phaseolus derasus S c h r k . — Papilionaceas.— Euphaseoleas. F r u t e i r a de C o n d e s s a . — A n o n a —Anonaceas.—Grupo

obtusiflora Tuss.

Anoneas.

F r u t e i r a de p ã o . — A r t o c a r p u s incisa L . — A r t o carpeas. O

Garapa.— Apuleia polygamea.— Leguminosas. Gengibre.— Zingiber ofíicinale Rose.— Zingiberaceas.—Grupo

Zingiberas.

Syn. A m o m u m Zingiber L . Genipapeiro.— G e n i p a brasiliensis M a r t . — biaceas.—Grupo

Eugardenieas.

Syn. Genipa americana

Vellos.

G i l ó . — S o l a n u m esculentum D u n . — —

Grupo

Ru-

Solaneas.

Solanaceas.


121

Giló do r e i n o . — S o l a n u m ceas.—Grupo

— digitatum.—

Solana-

Solaneas.

Gomma arábica. —

Acácia arábica Willd. — M i -

moseas. Syn. Acácia nilotica

Delil.

Syn. Mimosa arábica L a m . Groselha.—Ribes r u b r u m

L.—Ribesiaceas.

G r u m i x a m e i r a . — Stenocalyx brasiliensis B g . — Myrtaceas.— Grupo

Eugenioideas.

S y n . E u g e n i a brasiliensis L a m . Guaiabeira.—Psidium Guajava Raddi.— Myrtaceas.—Grupo

Pimentoideas.

Syn. Psidium pomiferum L . Syn. Psidium pyriferum L . Syn. Psidium sapidissimum G u a n d o . — Cajanus ceas. —

indicus

Jacq.

Sapr. —

Papiliona-

G r u p o Cajaneas.

Syn. Cajanus flavus D C . S y n . Cajanus bicolor W a l l . G u a r a b ú . — Peltogyne

Guarabú

—Caesalpineas.—Grupo G u a r a n á . — Paullinia ceas.—Grupo Guarema.—

Fr.

Aliem.—

Sophoreas.

sorbilis M a r t . —

Sapinda-

Sapindeas.

Seguiera alliacea M a r t . — P h y t o l a c -

caceas.—Grupo Guariroba. —

Petiverieas.

Campomanesia

Myrtaceas.—Grupo

crenata

Bg.

esculentus G u i l l

et

Pimentoideas.

Guingombô. —Abelmoschus Per.—Malvaceas.—Grupo

Hibisceas.

S y n . Hibiscus esculentus L . Gurataia-poca.—Galipea Diosmeas.—Grupo

dicotoma Fr.

Cuspardeas.

Aliem.—


122

11 Herva moura. —Solanum nigrum L. — Solanaeeas.—Grupo

Solaneas.

H e r v a de S a n t a M a r i a . — C l i e n o p o d i u m

ambro-

sioides L . — C h e n o p o d e a s . — G r u p o C h e n o p o dieas. 1 Imbirassú.—Carolinea macrocarpa Schl.—Sterculeaceas.—Grupo Imbuzeiro.— Spondias

Bombaceas. venulosa

Mart.—Spon-

diaceas. Ingá.—Inga

edulis M a r t . — M i m o s e a s .

Inhame.—Colocasia antiquorum

Schott.—Arbi-

deas. Syn.

Arum

Ipé.—Tecoma po

colocasia L .

Ipé Mart.—Bignoniaceas.—Gru-

Tecomeas.

Ipecacuanha. —

Cephaèlis

Rubiaceas.—Grupo

Ipecacuanha

Cephaelides.

Syn.

Ipecacuanha ofíicinalis

Syn.

Callicocca Ipecacuanha

Ipadú.—Veja

W

Arrud. Brot.

Coca.

J Jaboticabeira. — Myrciaria Jaboticaba Bg. — Myrtaceas.—Grupo Eugenioideas. Syn.

Myrtus Jaboticaba

Jacarandá-rosa. Wawra. — gieas.

Drenocarpus

Vell. microsphyllus

Caesalpineas. — G r u p o

Dalber-


123

Jacarandá-tan.—Machaerium

firmum

Fr. Aliem.

—Caesalpineas.— G r u p o Dalbergieas. Jacutupé. — grifolia

Pacbyrrbizus angulatas

f o r m . inte-

Benth.—Papilionaceas.

Jambeiro.—Jambosa —Grupo

vulgaris DC.—Myrtaceas.

Eugenioideas.

Syn.

Eugenia Jambos L .

Syn.

Myrtus Jambos K t h .

J a q u e i r a . — A r t o c a r p u s brasiliensis G o m e s . — A r tocarpeas. Jaracathiá.— Carica

dodecaphylla

Vell.—

Pa-

payoceas. Jassará.—Veja

Jissará.

Jatobá.—Hymenacea salpineas.—Grupo

stilbocarpa

Hayne.—Cae-

Sophoreas.

J i q u i t i b á . — C o u r a t a r i Estrellensis

Raddi.—Myr-

taceas.—Leoy thideas. Jissará. — Euterpe Grupo

edulis Mart. —

Palmeiras.—

Arecineas.

J ô a . — L y c o p e r s i c u m cerasiforme Dun.—Solanaceas.—Grupo

Solaneas.

K o l a . — V e j a C a f é de

Sudan.

L a g r i m a s de Nossa S e n h o r a . — C o i x L a c r y m a L . —- G r a m i n e a s . — G r u p o Syn.

Phalarideas.

Lithagrostis Lacryma Jobi

Gãrtn.


124

Laranjeira.—Citrus Aurantium Risso.— Aurnn tiaeeas.— G r u p o

(Htreas.

Svn. Citrus A u r a n t i u m L . dulcis. Syn. Citrus nobilis L o u r . Laranjeira boceta.— Citrus deliciosa T e n . — A u rantiaceas.—Grupo Laranjeira

da

Citreas.

China. — Citrus

Aurantium

nense R i s s o . — A u r a n t i a c e a s . — G r u p o Laranjeira tangerina. — —Aurantiaceas.—

Citrus

Grupo

Citreas.

margarita

Lour.

Citreas.

Laranjeira da terra. — Citrus Bigaradia —Aurantiaceas.

Sl-

— Grupo

Duham.

Citreas.

Syn. Citrus vulgaris

Risso.

Syn. Citrus A u r a n t i u m L . &

Amara.

Laranjeira turanja.—Citrus decumana Sieber.— Aurantiaceas.—Grupo

Citreas.

L a r a n j i t a s de Q u i t o . — S o l a n u m q u i t o e n s e —Solanaceas.—Grupo

Lam.

Solaneas.

L i m e i r a de u m b i g o . — C i t r u s l i m e t t a m i n o r Risso. — Aurantiaceas.—Grupo

Citreas.

L i m e i r a da Pérsia. — Citrus limetta maior —Aurantiaceas.—Grupo Limoeiro

azedo. — Citrus

Risso.—Aurantiaceas. L i m o e i r o doce —

Citreas. Limonum

—Grupo

Bignetta

Citreas.

Citrus L u m i a Risso.—

tiaceas.— G r u p o

Risso.

Auran-

Citreas.

Limoeiro do m a t o . — Citrus medica Mey.—Aurantiaceas.—Grupo L i n h o . — L i n u m usitatissimum

spinosissima

Citreas.

L.—Lineas.

Loireiro. —Laurus nobilis L . — L a u r i n e a s . — G r u po

Tetranthereas.

Lupulo.—Humulus Lupulus

L.—Cannabineas.


125

I I

Macambira.—Bromelia lacinosa Mart.— Bromeliaceas. Maça-embira.— Veja Macambira. Maceira.—Pyrus Malus L . — Pomaceas. Syn.

Malus c o m m u n i s Poir.

Machicha.— Cucumis Anguria L . — Cucurbitaceas.—Grupo

Cucumerinas.

Mamoeiro.—Carica Papaya

L.—Papayoceas.

M a n d a c u r ú . — C a c t u s giganteus? —Grupo Mandioca Poblü

Eng.—Cacteas.

Cerastreas.

brava

branca

Wawra.

(do mato). —

Manihot

M . Euphorbiaceas.— Grupo

Crotoneas. Mandioca brava utilissima

branca

(cultivada). —

Manihot

P o h l . —- E u p h o r b i a c e a s . — G r u p o

Crotoneas. Syn.

Jatropha Manihot L .

Syn.

Janipha Manihot K t h .

M a n d i o c a b r a v a r o x a (do mato). — M a n i h o t

pa-

via3folia P o h l . — E u p h o r b i a c e a s . — G r u p o Crotoneas. M a n d i o c a doce. — M a n i h o t J a n i p h a phorbiaceas.—Grupo

Pohl.—Eu-

Crotoneas.

Syn.

Jatropha Janipha L .

Syn.

Janipha Loemingi Rth.

Mandioca A y p i m . — M a n i h o t

Aipi

Pohl. — E u -

phorbiaceas.—Grupo Crotoneas. Mangabeira. —

Hancornia

Apocyneas.—Grupo

speciosa

Carisseas.

Gomes. —•


126

Manga rito.—Xanthosoma sagittifolium Schott. —Arcaicas.—Grupo

Caladicas.

Mangueira. — Mangifera indica L . Syn.

Mangifera domestica

Gãrtn.—Ana-

cardiaceas. Mangold.— Beta vulgaris L . — Chenopodeas.— Grupo

Chenopodicas.

Maracujá-assú.—Passiflora

quadrangularis

L .

—Passifloreas. M a r a c u j á branco. — Tacsonia

( b r a s i l i e n s i s ?)

Passifloreas. M a r a c u j á m a m ã o . — Passiflora

maliformis L . —

Passifloreas. Maracujá —

de suspiro. — Passiflora

edulis

Sims.

Passifloreas.

Mariá preto.—Vitex polygama C h a m . — Verbenaceas.—Grrupo

Lantanias.

Marmeleiro.— Cydonia vulgaris Pers.— ceas. Syn.

Poma-

Pyrus cydonia L .

M a s s a m b a r á . — T r a c h y p o g o n avenaceus Gramineas.—Grrupo Massaranduba

Mart.—

Andropogoneas.

(do N o r t e ) . — M a s s a r a n d i b a

amar-

ginata L a c e r d a . — Sapotaceas. Massaranduba ( R i o ) . — L u c u m a procera Mart. Sapotaceas. Massaranduba. — M i m u s o p s Sapotaceas.

elata

Fr

Aliem.

M a t e . — I l e x paraguajensis L a m b — I l i c i n e a s . Syn.

I l e x m a t é St. H i l .

Mate ( P a r a n á ) . — I l e x neas.

sorbilis

Reiss. —

Ilici-


-

127

Melancia.—Citrullus vulgaris bitaceas.—Grrupo

Schradi.—Cucur-

Bryonieas.

Svn. Cucumis citrullus

Seringe.

Syn. Cucurbita citrullus L . Syn. Anguria citrullus Blackw. Melão.— Cucumis Grupo

Melo L .

r-Cucurbitaceas.—

Cucumerinas.

Milho.—Zea

Mays

L . — Gramineas. —

Grupo

Phalarideas. Milho cozido.—Lycania incana A u b l . — C h r y s o balaneas. Monjolo.—Acácia

monjólo.—Mimoseas.

Morango. — Fragaria Grupo

vesca

L . — Rosaceas.

Fragarieas.

Syn. Fragaria vulgaris Ehrh.. M u c u g é da B a h i a . — G r u p o

Sapoteas?

M u r e c i . — B y r s o n i m a speciosa. — Mureci-guassú. —

Malpighiaceas.

B y r s o n i m a verbascifolia H . B .

K.—Malpighiaceas. Mureci-pinima (Cantagallo). — Byrsonima sophylla H

et

chry-

B.—Malpighiaceas.

Mureci-pitinga.— Byrsonima

crassifolia

D C . —

Malpighiaceas. S y n . M a l p i g h i a crassifolia L . Syn. Malpighia Moureila Aubl.

M Nabiça.—Brassica Napus esculenta DO.— Cruciferas.—Grupo

Brassiceas.

Nabo.—Brassica napus L.—Cruciferas.—Grupo Brassiceas.


128

Negra m i n a . — T r i g o n i a crotonoides. Nogueira.—Juglans Noz.—Juglans Noz

regia

regia

L.—Iuglandeas.

L.—Iuglandeas.

moscada.—Myristica

fragrans

H o u t t . —

Myristicaes. Syn. Myristica moschata

Tlibg.

S y n . Myristica officinalis L . Syn. Myristica aromatica Noz moscada

Lam.

do B r a s i l . — Cryptocaria

Mart. —Laurineas.—Grupo

moschata

Cryptocarieas.

O Oiti.—Moquilea grandiflora Mart.—Chrysobalaneas. Oliveira.—OleaeuropacaL.—Oleaceas.—Grupo Oleinae. S y n . O l e a oleaster et sativa H o f f s g et L k . S y n . Olea lancifolia

Mõnth.

Oleo vermelho. — M y r o x y l o n —Leguminosas.—Grupo Syn.

Myrospermum

peruiferum L .

fil.

Sophoreas. erythroxylum

Fr.

Aliem. Ora pro nobis. — Cactus rosa Vellos. — —Grupo

Cacteas.

Opuntiaceas.

P Páo d'alho.— Crataeva Tapia L. — Capparideas. —Grupo

Capparideas.

P á o Brasil. — Caesalpinia salpineas.— G r u p o

echinata

Lam.-—Cae-

Caesalpinieas.


— P á o de l a g a r t o . —

429

-

Casearia

parviflora

Mart.—

Samydeas. Páo

Pereira. —

Geissospermum

Vellosii

A l i e m . — Apocyneas. — Grupo Syn.

Tabernaemontana

Páo rei.— Sterculia Rex Grupo

Fr.

Plumerieas.

laevis

Mart.—

Vell.

Malvaceas.—-

Sterculieas.

Parinári.—Urostigma Parreira. — V i t i s

—Moreas.

yinifera

L . —

Ampelideas. -i—

Grupo Viteas. Parreira b r a v a . — V e j a A b u t u a . Pati amargosa.—Cocos ras.—Grupo Syn.

Cocoinas.

Cocos c r i s p a H . et B .

P a t i doce.-—Cocos Grupo

oleraceaMãrt.—Palmei-

butyracea L . — Palmeiras.—

Cocoinas.

Pellado.—Acácia ?—Mimoseas. Pepino.—Cucumis Grupo

sativa L . —Cucurbitaceas.—

Cucumerinas.

Pepino do mato. — Sicyos. — Cucurbitaceas.

Sicyoideas. Peras.—Pyrus communis

L.—Pomaceas.

Peroba.—Sideroxylon Myrsinites M a r t . —

Sapo-

taceas. Peroba

branca. —

Sapota

gonocarpa

Mart.

et

E c h l . —-Sapotaceas. Piassaba (Bahia).—Attalea fimifera

Mart.—Pal-

meiras.— G r u p o Cocoinas. Piassaba

(Pará).

Syn.

Leopoldinia

Piassaba

Wallace. Picliurim. — Nectandra

Puchury

Mart. —Laurineas.—Grupo Syn. p.

B.

major

N

Nectandreas.

Ocotea P u c h u r y major

Mart. 9

et


130

Pijericú.— Xylopia grandiflora St. Hil.—Anona. ceae.—Grupo Xylopieas. P i m e n t a de c h e i r o . — C a p s i c u m

ovatum D C . —

Solanaceas.—Grupo Solaneas. P i m e n t a de c u m a r i . — C a p s i c u m f r u t e s c e n s W i l l d . —Solanaceas. Pimenta malagueta. — Capsicum baccatum L . — Solanaceas. Pimenta Pitanga.—Capsicum cerasiforme

Willd.

—Solanaceas. Pimenta urariquena.—Veja P i m e n t ã o Pimenta do d i a b o . — V e j a P i m e n t ã o Pimentão.— Capsicum

annuum

miúdo.

miúdo. L . — Solana-

ceas. Syn.

Capsicum indicum

Lobel.

Pimentão doce.— Capsicum tetragonum

Mill.—

Solanaceas. Syn. Pimentão

Capsicum cydoniforme Hortul.

miúdo.—Capsicum

luteum

L a m . —

Solanaceas. Pimenta do m a t o . — V e j a Pijericú. Pimenta da terra.—Veja P i m e n t ã o . Pimenta da Jamaica.—Pimenta Myrtaceas. — G r u p o

officinalis B g . —

Pimentoideas.

Syn.

Myrtus Pimenta L .

Syn.

Eugenia Pimenta D C .

Syn.

Pimenta aromatica Kostel.

Syn.

Pimenta vulgaris W

Pinheiro.— Araucária brasiliana

et A r n . L a m b . — A b i e -

tineas. P i q u i á . — C a r y o c a r brasiliense St. H i l . — boleas.

Rhizo


131

Pitangueira.—Stenocalyx Michelii Bg.— Myrtaceas.—Grupo

Eugen%oideas.

Syn.

Eugenia indica

Syn.

Eugenia uninora L .

Syn.

Eugenia Michelii L a m .

Syn.

Eugenia Parkeriana

Poaya.—Veja

Michel.

D C .

Ipecacuanha.

Q

Quina do Rio.—Ladembergia hexandra Kltzsch. —Rubiaceas. — Grupo

Chinchoneas.

Syn.

Buena hexandra Pohl.

Syn.

B u ena ochraea

Syn.

Cosmib uena

Syn.

Chinchona

Endl.

hexandra

hexandra

Rz

et

Pav.

Don.

R

Rabanete.—Raphanus sativus a radicula L.— Cruciferas.—Grupo Raphaneas. Rabano branco.—Raphanus —Cruciferas.—Grupo Rabano

sativus B . griseus L .

Raphaneas.

p r e t o . — R a p h a n u s sativus G n i g e r

Cruciferas.—Grupo Rabâo.—Armoracia feras.—Grupo

L . —

Raphaneas.

rusticana F l . W e t t . — C r u c i -

Alyssineas.

Syn.

A r m o r a c i a sativa

Bernh.

Syn.

Cochlearia armoracia

L .


132

Salsa.— A p i u m sativum K o o h . — —

Grupo

Umbelliferas.

Ammineas.

Syn. A p i u m Petroselinum Syn. A p i u m vulgare

L .

Lam.

Salsaparrilha.—Smilax syphilitica H . B . Smilacineas.—Grupo

Bth.—

Convallarieas.

Samambaia.—Pteris caudata L.—Polipodiaceas. Sangue de

burro.—Terminalia.—Combretaceas.

— Grupo Terminalieas. Sangue

de d r a g o . — C r o t o n e r y t h r a e m a

Euphorbiaceas.—Grupo S a p ê . — A n a t h e r u m bicorne —Grupo

Mart.—

Crotoneas. Beauv.—Gramineas.

Anthrogoneas.

Syn. Andropogon bicornis L . Sapucaieiro.—Lecythis urnigera Mart.— Myrtaceas.—Grupo

Lecythedeas.

Sapucai-assú.—Lecythis Ollaria L . — M y r t a c e a s . — Grupo

Lecythideas.

Sapucaia branca.— L e c y t h i s lanceolata Myrtaceas.—Grupo

Lecythideas.

Sapucaia m i r i m . — L e c y t h i s po

Poir.—

Pohlü

Mart.—Gru-

Lecythideas.

Sapucainha.—Carpotroche Bixaceas.—Grupo

brasiliensis

Prockieas.

Serralha.—Sonchus laevis V e l l . — Grupo

Zucc.—

Compostas.—

Lactuceas.

Serrapalheira.—?—Papilionaceas. Sorveira.—Callophora utílis M a r t . — A p o c y n e a s . —Grupo

Carisseas.


-

133

Sucopira.—Bowdichia

-

major.—Leguminosas.—

G r u p o Sophoreas. Syn. Sebipira major

Mart.

Sucopira b r a n c a . — B o w d i c h i a B.—Leguminosas.—Grupo Sucopira

amarella. —

virgiloides H .

et

Sophoreas.

Ferreira

spectabilis

Fr.

A l i e m . — L e g u m i n o s a s . — G r u p o Sophoreas. Sucopirà vermelha.— Veja Sucopira. T Tamarindeiro.-^ Tamarindus indica L.— Leguminosas.—Grupo Taboca.—Plumiera neas.—Grupo

Caesalpineas. bicolor R . et P a v . — A p o c y -

Plumericas.

Tapinhoan.—Silvia navalium Fr. Aliem.— Laurineas. T a q u a r á . — Bambusa neas.—Grupo

Tagoara

Mart. —

Grami-

Festucaceas.

T a y o b á . — C o l o c a s i a esculenta M a r t . — Aroideas. .— G r u p o

Caladieas.

Syn. A r u m esculentum

L .

Syn. Caladium esculentum'Arrud. T i m b ó arvore.—Lonchocarpus Peckolti W a w r a . —Leguminosas.—Grupo Tinguaciba. —

Galegeas.

Xanthoxylon

Tinguaciba

Fr.

Aliem.—Xanthoxyleas. T o m a t e . — L y c o p e r s i c u m esculentum M i l l . — Solanaceas.—Grupo

Solaneas.

Syn. Solanum Lycopersicum L . T r i g o . — Triticum vulgare Will.—Gramineas.— Grupo

Hordeaceas.

Syn. Triticum sativum L a m .


Unha

de

434

vacca.— Bauhinia forticata L k . — L e -

guminosas.—Gmpo

Caesalpimas.

Syn. Bauhinia acukata U r a n i a . — V e j a Banana U r u r u . -

de

Vell.

Madagascar.

Bixa Orellana L . —Bixaceas.— G r u p o

Bixineas. Urucuran.—Hieronyma Alchornoides Fr. Aliem. —Euphorbiaceas.—Grupo

Buxeas.

Usei.—?—Rhamneas ?

Vinagreiro.—Hibiscus ceas.—Grupo

Sabdarifía

L . — Malva-

Hibisceas.

Syn. Sabdarifía rubra

Kostel.


Í N D I C E

A L P H A B E T I C O

A

Abacate Abacaxi Abiú Àbútua Açafrão da índia Acelga Ácido acetico — butyrico — carbônico — citrico — hydrochlorico — lactico — malico — metapectinico — nitrico •— oxalico — parapectinico — phosphorico — sulfujico — tartarico Adubos Afiou Agoniada Agrião — da horta Agricultura Agua Aguardente Ainolhos Aipó

PAG. 65 85 Albumina 66 86 — vegetal 87 Alcachofra 92 92 87 Alface 105 95 Algarrobeira 91 Algodão 10, l / i , 15, 17, 2 1 , 63 93 70 Alho 65 18 Alimentos 68 55 — respiratórios 87 81 Almecegueira 90 Alstonia 100 90 68 Amaranthus 87 81 Ambauba mansa 80 Ameixa do Canadá su 81 90 — da índia 82 Amendoim 67, 83 65 80 Amido 87 89 Amoras 87 — da silva 89 86 81 Ampelideas 5U 93 Analyse das cinzas Uí 91 — de terras 81, 85 33, 53 Ananaz 33 92 Anda-assü 100 Angraecum fragrans 92 Ú5 A2 Anil 95 Aniz estrellado 97 38 103 Apioú 7&, 85 100 Araça 33 91 Araribá

PAG.


— Aráriba Ararix.1 Arco do pipa Aidnsia Aièa Areia Aroeira r.ijada Aroideas Aroma dos fructos Arroz

:v.>,A locai | OÍIS 83 A i M IC dos viajantes 32 - da vida longa 11» Assahy 27, 38 AÍ-SIICÍII" 75 \lri|'lox liorlcnsis 32 Alia 77, ív Ayodondron 812 Azoto 12, 33, 77

83 83 100 10/| 05 91 8/4 96 65

B. Bacaba Bacupari Bacnri Banana — de macaco — de Madagascar — de S. Thomé — da terra — verde Barauna Barba timão Barreiros Barro

105 8/|, 87 57 70, Ò2 87 83 82 82 82 33 33 39 27

Bassorina Batata doce — inglcza Baunilha Bebidas Bebidas fermentadas Beldroega Beringela Bócio Borracha Borragem Brasil Broccoli

69 3li, 78 78 10, 96 97 102 «>0 88,91 21 9 90 1 90

C, Cabelluda 85 Canella m i r i m 33 Cacáo 10, Z|3 — preta 33 Café 1, 10, 12, l / i , 20, 2 1 , 22 — de veado •62 32, 33, Z|3. Canjerana 33 — de Sudan 97 Canna 10, 14, 15, 18, 20, 2 t , Cafeína »7 22, Wò. Cajá 70 Canna fislula 33 Cajü 70 Caouin 104 Calypthrantes 95 Capim gordura £ 6 , 52 Cambucá 85 Capina 25 Campos Zi6 Capoeira 7 32, U!i Canella 95 Capoeirão 7 — batalha 33 Capões 7, U6 — do brejo 33 Capsicum 96 — de cheiro 33 Cará 70 — garaúna 33 Cará sapateiro 77


137

65 Charnecas Carbono 95 Cbicorea Cardamomo 73 Chiquitos Carijós Carnaúba 14, 18 Chlorophyla 17 Chocolate Carneirada Carrascos 6 Chrysiúma 6 Chuchu — fechados 7 Chuvas de caju Carrasquenhos Carurú m, 90 Cinza de capoeira Carvão de pedra 17, 19, 23 — de capoeirão 70 — de derribada Caseina 100 — de mato virgem Cassine 82 — de samambaia Castanha 83 Cipó de S. João — do Ceará 10, 83 Classificação das substancias — do Pará alimentares 33 Catagua 32 Classificação dos terrenos Catinga de porco 6 Clima Catingas Caypaguas 74 Cobió 106 Coca Caxaça 22, 93 Côco da Bahia Cebola 32, 70 Côcos indicus Cedro 66 Coentro Cellulose 92 Cola Cenoura 2Zi Combinações inorgânicas Centeio 67 Compostas Cèra 83 Congonha Cereja do Pará 97 Cordia Cerveja 24, 75 Corindiúba Cevada 97, 101 Coroados Chá 100 Couves — dos Apalachos 100 Cravo — de Bourbon 100 — da índia — do Canadá 100 — d a terra — de frade 22 Cryptocaria — da índia — de Labrador 100 Cucbillos 23, 97 Cumary — de Mate — de Newjersey 100 Cupuassd 100 Curitiba — Osvvego 101 Curupa — de pedestre — de Santa Fé de Bogotá 100 Cyclopia

Decypellium Derribada Destruição dos mattos Dexlrina

96 49 36, 56 68

Diamantes Diconroque Dioscoreas Dipterix

16 92 73 89 97 32 93 12 54 53 53 53 54 53 68 27 7 87 99 83 83 95 97 68 96 100 53 33 70 91 10 95 101 96 23 96 87 87 105 100

19, 20 74, 76 77 96


138

E. Elementos alimentares — chimicos Elephantiasis Endivia Enxofre

Espargo Espinafre Estrume de cinzas Eugenia

91 90, 92 55 95

Fibrina Floripondio Frutas — do Brasil — de Condessa — de pão Fumo 10, 1

70 105 79 82 84 83

Gomma arábica Gordura Gorduras vegetaes Gramineas Groselha Grumixama Guabiroba Guando Guaraná Guaranis Gurataia-poca Guarema Guarubú

70 67 68 75 80 85 85 76 9, 97 73 32 32 32

65 65 9, 21 92 65

F. Fava cheirosa — de tonco Faham Farinha de guerra — de mandioca Feijão Ferro

9 10 100 73 66 32, 33, 76 15, 22 C

Garapa Gaultheria Gelatina vegetal Gengibre Genipapo Geologia Gesso Giló Giz Glaphyría Glucotannino Glutina Goiabeira

33 100 69 95 U 2 19 88, 91 19 100 80 66, 70 85

H. Heirayes Helmia bulbifera Herva doce Herva moura

73 77 95 90

Herva de Santa Maria Hortaliças Hydro-carbonados Hydrographia

100 88 66 5


139

i. Jmbir-asstí Imbuseiro lngá Inhame loá

70 87 87 70, 78 93

Iodo Ipadú Ipé Ipecacuanha

Jaboticaba Jáca Jacarandá-rosa Jacarandá-tan Jacutupé

81, 84 83 32 32 78

Jambo Jaracáthia Jassára Jatóba Jiquilibá

Kola

97 I-,

Labiadas 93 Leptospermum Lagrymas de Nossa Senhora 77 Limão Lantana 100 Limas Laranjas 14 Linho Ledum 100 Loureiro Legumína 66 Lucuma Leite 97 Lupulo

Macambira Maçã Machiches Mamoeiro Mandacurtí Mandioca Manga Mangaba Manganez Mangarito

16 82 93 42, 84 16 10, 20, 22, 34, 77 86 87 90 78

Mangold Manteiga — de tartaruga Maracujás Marantaceas Maria preta Marmeleiro Mármore Massambará Massapé


— Massaranduba Mate Matta Matio virgem Melancia Melão Mespilodaphne Milho — cozido Mindobi Monarda

Nabo Nectandra Negra mina Nitrato de soda

140

87 23, 97 16 48 86 86 96 9, 32, 33, 76 33 83 100

— 33 86 73 69 87 33 87 83 84 95

Monjolo Morango Monyayos Muco vegetal M nciigè Mim ei Murici Musaceas Myrtaceas Myrtus

88 Noz 96 Noz moscada do Brasil 33 Noz moscada da Índia 19

82 96 95

O. Ocotea Oiti Oleo de copaíba — vermelho

Palmeiras Palmilo Páo d'alho — Brasil — de lagarto — Pereira — Rey Paranari Pareira Pati Pectina Pellado Pepino — do matto Pequiá Pera,

96 Oliveira 87 Ora pro-nobis 10 Ouro 32 Oxygeneo

82 70, 90 11, 15, 19, 20 65

82 Peroba 66, 90 *hosphoro 32 Phytolacca 15 Piassava 33 Pichury 33 Pijericú 33 Pimenta 87 — de Jamaica 22, 86 — do reino 90 Pinhões 69 Piracurú 32 Pitanga 86 Polpa de café 92 Potassa 87 Prinos 81: Provincia de Alagoas

33 70 90 13 9 74, 95 76, 96 96 95 72 9 82 90 90 100 17


-

141 8 19 13 20 10 12 11 2i 9 15

Provincia de Amazonas — da Bahia — do Ceará — do Espirito-Santo — de Goyaz — de Maranhão — de Matto-Grosso — de Minas Geraes — do Pará — da Parahyba

»

Qualidade de queimada — dos terrenos Queimada da roça

52 Quina do Rio 32, 38 Quingombó 51

Provincia de Paraná — de Pernambuco — do Piauhy — do Rio Grande do Norte — do Rio Grande do Sul — do Rio de Janeiro — de Santa Calharina — de São Paulo Puris

23 16 12 14 23 22 21 67

33 70

R. Rabanete Rabano Rabão

92 Recôncavo 92 Rubus 92

19 87

i Salitre Salça Salsaparrilha Samambaia Sangue de burro — de drago Sapè Sapotaceas Sapucaia Serralha Serrapalheira Sassafraz

90 93 10, 32 34, 52 33 33 33 87 83 73, 90 33 9

Sertão — mimoso Solo Sonchus Sorva Substancias nutritivas — orgânicas azotadas — não azotadas Symplocos Syphocampelos Sucupira

7 14 24 90 87 65 70 70 100 90 32

T. Taboca Taboleiro —• coberto Tannino Tapinhoam Tapuyos

32 6 6 4 33 73

33 Taquara-assú Tayoba 70, 73, 78, 90 Terra estéril 34, 40, 45 39 — massapé 38 — molle 39 32, — de primeira qualidade


— Terra desegunda qualidade 33, — de terceira qualidade — que não produz milho — salgada — vermelha Terreno — areento — de arêa argilloso — argilloso areente — de barro

142

Terreno calcareo — humoso — marmento Theobromina Timbó arvore Tinguaciba Tomate Trigo Tuberas alimentares Tucupé

39 33 39 40 38 26 28 28 28 28 28

28 29 28 97 33 33 88, 93 22 77 104

U. 9 33 87

33 ü r u c ú 83 Urucurana 74 üxi

Unha devacca Urania Urinos

Vegetações cryptogamicas Verannico de Janeiro Villarsia Vinagreiro

35 11 100 93

97 104 105 105

Vinho — de caju — de guabiroba — falsificados

X. Xylopia 66

Zeina Zona de substancias de gozo

66 Zonas dos productos 101

Rio de Janeiro. 1871. Typographia Universal de Rua dos Inválidos, 61 B.

203ft/«7<a

UEMMERT,

45






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