Portal VIP 92ª Especial 156 anos de Catalão - A Saga de Bonifácio

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A saga de Bonifácio

Ele não tinha nada e construiu um império na Região de Santo Antônio do Rio Verde. Bonifácio Matías da Silva, exemplo de superação.

História da Política Catalana

Conheça os Intendentes e Prefeitos que ajudaram a construir um dos maiores municípios do Brasil. www.revistaportalvip.com.br

92ª EDIÇÃO – AGOSTO 2015 DISTRIBUIÇÃO POR ASSINATURA E VENDA EM BANCA PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

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HOMENAGEM

A saga de

Bonifácio Matías Texto: Revista Portal VIP – Maysa Abrão / Fotos: Revista Portal VIP – Maysa Abrão / Luiz Kaká / Arquivo pessoal

Ele não tinha nada e construiu um império na Região de Santo Antônio do Rio Verde. Bonifácio Matias da Silva, exemplo de superação.

Por sugestão de Mauro Camacho, amigo da Portal VIP, eu, Maysa Abrão, fui procurar Hélio Benício de Paiva Sobrinho para uma homenagem na edição especial 156 Anos de Catalão. A entrevista não foi das mais simples, depois de algumas tentativas, me recebeu em seu escritório em Catalão, onde trabalha todas as sextas-feiras após chegar de São Paulo, onde reside. Homem de negócios, Sr. Hélio leva uma vida bastante agitada em um dos maiores centros urbanos do país. Acompanhei o dinamismo deste homem atendendo dez pessoas com assuntos diferentes e ainda uma série de telefonemas, e fiquei impressionada com seu jeito de ser e a agilidade em resolver os problemas diários. Ao lhe dizer aquilo que me propunha, refutou imediatamente dizendo que não deveria ser ele o motivo ou objeto de tal homenagem, mas sim o precursor da família, o senhor Bonifácio Matías, que foi o grande senhor de terras do Distrito de Santo Antônio do Rio Verde nos anos de 1950. Então, a convite do Sr. Hélio e de sua esposa, dona Berta, fui até a sede da Fazenda Pouso Alegre, em Santo Antônio do Rio Verde e pude conhecer o quão lindo são aquelas terras. Em um almoço, descontraído e saboroso, partimos para contar a saga de Bonifácio Matías que, no início do século 20, foi morar naquela região e escreveu uma grande história, a qual passaremos a narrar.

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Filho de Fortunato Matías da Silva e Maria Pereira, Bonifácio teve uma infância e adolescência de muitas privações como quase todos daquela época, e cresceu ajudando o pai na lida do gado. A casinha simples, na qual morou com os pais e irmãos Virgilina, João Batista e Martinho está no mesmo lugar há mais de cem anos. Bonifácio começa sua trajetória comprando terras ao lado da fazenda de seu pai e se torna negociante de gado. Cruzava o Rio Paranaíba a cavalo, pelo Porto das Gamelas, próximo a Davinópolis, indo comprar gado na região de Patrocínio e Coromandel, e naquela época a viagem durava cinco dias. Ali, em Patrocínio, havia um grande senhor de terras chamado Francelino Nunes de Paula, filho de Manoel Nunes de Paula e Maria Angélica de Jesus, família tradicional daquela região. Francelino era casado com Carolina Caixeta de Jesus e pai de Maria Francelina, Etelvina, Emiliano, Francisca, Rufina, Lindolfo, Adelina, Salvina, Florípedes e Idalina. Certo dia, em uma de suas viagens, Bonifácio conhece a jovem Etelvina Nunes Caixeta e se encanta com sua beleza, tendo um motivo a mais para viajar até Patrocínio. Entre tantas idas e vindas, Bonifácio cria coragem e pede ao pai da bela Etelvina sua mão em casamento. O matrimônio acontece em 1910 e Bonifácio traz a moça para morar em um rancho que construiu até que sua casa ficasse pronta. Etelvina, vaidosa, larga

Da esquerda para direita: Onofre, Geraldo, Etelvina e Bonifácio no dia do casamento da dona Maria com o Dr. Ismar Benicio em 8/12/1948

tudo e vem morar num pequeno rancho construído entre dois pés de manga. Um século se passou, o rancho foi demolido, mas os pés de manga foram preservados no mesmo lugar. Casa pronta, ao se mudar, Bonifácio nomeia a propriedade de Fazenda Pouso Alegre, edifica sua família e começa a sua Saga de grande comprador de terras. Teve com Etelvina, oito filhos, Ferdinando, Geraldo, Onofre, Maria,


HOMENAGEM

Amália, Ermelinda, Lindolfo e Anália, sendo que dois últimos morreram em tenra idade. Homem visionário e batalhador, construiu um império com recursos próprios e em pouco tempo, auxiliado pelos filhos varões que permaneciam ao lado do pai. As filhas foram estudar no internato em Patrocínio. Ele criava porcos e não media esforços, os colocava no carro de boi e viajava durante uma semana até Paracatu para vendê-los. Com isso, inicia a compra de terras na chapada de Santo Antônio do Rio Verde. O tempo passa, e aquele homem simples e humilde prospera. No início da década de 50, havia três mil pessoas garimpando em Santo Antônio do Rio Verde, mais precisamente dentro da fazenda de Bonifácio. Ali, acharam uma pedra de diamantes de 208 quilates e que, por ser uma pedra muito grande foi nomeada de João Netto em homenagem ao ex-prefeito de Catalão. Não era só um diamante, mas uma pedra preciosa que chegou a ser a oitava maior pedra do mundo. Bonifácio chegou a fazer uma pista de pouso para receber o avião Paulistinha prefixo PPREP, do empresário e ex-prefeito João Netto de Campos. Os anos se passaram,

por ser cardíaco e por falta de condições de atendimento médico naquela região, Bonifácio precisou se mudar para Catalão. Com isso, no fim da década de 50, comprou uma casa na Avenida 20 de agosto, onde residiu até a morte, em 15 de novembro de 1960, deixando dez mil alqueires de terras para serem divididos entre os filhos. Se hoje estivesse vivo, o nobre senhor estaria com uma fortuna avaliada entre as grandes fortunas rurais de Goiás. O neto Hélio revela que, das terras que o avô deixou, apenas uma parte é da família. “Minha tia Amália, mesmo residindo em Goiânia, é a única que ainda possui tudo que foi herdado por ela. Quem morava na fazenda do meu avô era o tio Onofre e minha mãe herdou a fazenda Cabaças, que hoje é a fazenda Maná. Por volta de 1968 o gado teve um recuo muito grande, com isso, os filhos homens venderam todas as propriedades herdadas, mas as mulheres mantiveram. Nesse momento para preservar a história, a minha mãe troca a fazenda Cabaças com o tio Onofre, que era dono da fazenda Pouso Alegre. Minha mãe morava em Uberlândia, mas estava sempre indo à fazenda para cuidar de tudo e assim ela foi tocando a vida, sempre venden-

Hélio com a mãe Maria Matías

Primeiro pivô central em Catalão

A partir de então, Sr. Hélio começa uma fase de expansionismo e para investir nessa fazenda abre mão do chapadão e começa as atividades agropecuárias com a exploração de lavouras e pecuária. Em 1995, inicia na avicultura, onde na fazenda, é instalado o primeiro núcleo aviário, composto de três barracões. Por ter sido uma atividade que deu certo, em 2002 expandiram e implantaram mais três novos núcleos. Em 2011 foram implantados mais dois novos núcleos. Para a integração das atividades, instalaram uma fábrica de ração, onde é processada toda alimentação das granjas e pecuária. Sr. Hélio que cria gado da raça Brangus, sob a responsabilidade de www.revistaportalvip.com.br

do e comprando gado de leite, gado de cria e como todo fazendeiro local, aqui tirava o leite, fazia e vendia queijo, bem como os bezerros. A ideia de minha mãe era preservar a fazenda e nessa mesma época, fui estudar em São Paulo, tornando-me engenheiro civil pela Politécnica. Já meu pai, Ismar Benicio de Paiva, era advogado e não se interessava por terras. Em 1987, o governo de Iris Rezende recebeu uma verba do fundo japonês para fazer eletrificação rural de Goiás. Em 1988, o prefeito Haley Margon fez uma reunião em sua casa e convidou os fazendeiros da região. Na ocasião, Haley anuncia que possui a verba para fazer a eletrificação rural, porém só iria fazer para aquele que comprometesse colocar pivô central. Incentivado por Benicio Aldo, senhor Hélio abraça a ideia de irrigar e em julho de 1988, o primeiro pivô central de Catalão entra em operação para produzir sua primeira safra de feijão, irrigando um solo bruto, recém desmatado, que o gaiato ironizou: “O feijão que der aqui, vou “cumer tudinho”, não teve como fazê-lo! Foram 4.000 sacas na primeira safra. “Com a morte de meu pai, logo após, em julho de 1988, assumi definitivamente a Fazenda Pouso Alegre”, conta Hélio.

sua filha Bia Paiva, que são criados em outras fazendas sendo trazidos para terminação em confinamento. Pensando nisso, fizeram um Boitél, ou seja, vendem diárias para bois, onde o fazendeiro manda o animal, o mesmo é engordado em um confinamento de 100 dias e depois é levado para abate. Dentro da Fazenda opera uma Cia de Armazéns Gerais, que também presta serviços de armazenagem para terceiros, bem como para Sr. Hélio e seus familiares. Para manter toda essa estrutura, o empresário possui 107 funcionários, sendo a maior fonte de emprego de Santo Antônio do Rio Verde, cujo comércio e empresas prestadoras de serviços são ir-

rigados mensalmente pelos salários dos funcionários da Fazenda Pouso Alegre. O Sr. Hélio verticalizou sua produção, onde a lavoura fornece alimento aos animais, que os devolve à terra em forma de adubo para fertilizá-la. Portanto, trata-se de um círculo virtuoso completo, onde toda a atividade agrícola é explorada, focados no plantio e comercialização de grãos, pecuária e avicultura. Apaixonado por tudo aquilo que toca seu coração e alma, Hélio Benício Sobrinho de Paiva é um homem que vive seus dias para a família. Ou seja, para sua mãe Maria Matías Benício de Paiva, para a esposa Norberta Maria Lemos de PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

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Melo Benício de Paiva, com quem está casado há 34 anos, para os filhos Bia Paiva, que reside em Berlim, Humberto Lemos Benício de Paiva, que reside em Londres e trabalha como agente de futebol, e para a neta Maya (filha de Bia). A história do avô Bonifácio marca sua vida, trazendo aprendizado e mostrando um lado diferente da vida, principalmente a história de superação. Sua tia Amália conta que seu pai sempre dizia: “o Chapadão tem ouro”, e de fato, o ouro veio tempos depois, com a soja, que aquela terra produziria. Homem de coração bom e sentimento forte, Hélio se emociona ao recordar de um dos tantos ensinamentos do avô. “Eu devia ter meus cinco anos, quando meu avô, já doente, me ensinou

O local, onde antes eram fabricados queijo, hoje se tornou uma bela capela para a comunidade São José

Dona Maria com a irmã dona Amália e os sobrinhos Heloisa e Hélio

Os dois pés de manga preservados

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a amarrar os cadarços do sapato, e com este gesto singelo veio a lição moral: “Disse o meu avô: -“COMECE SEMPRE PELO PÉ DIREITO, PARA SEMPRE SER UMA PESSOA DIREITA”. Emocionado, Sr. Hélio se volta para mim e finaliza: “Mais importante que a grande herança material que nossos avós nos deixaram, foi a herança moral, a gênesis de um caráter indelével que se perpetua em todos os seus descendentes, e cuja nossa obrigação é transmiti-la para as gerações futuras”. Podemos dizer que Bonifácio e Hélio plantaram juntos, mas em tempos diferentes, uma semente que cresceu e virou uma linda árvore, com bons frutos. Um desses frutos é a Fazenda Pouso Alegre.

Dona Maria, a matriarca

Os 90 anos de dona Maria foram comemorados em grande estilo e uma missa, com frei Sebastião, foi celebrada na capela da fazenda

Dona Maria com o filho Hélio, com os netos Bia e Humberto e a nora Berta

A bica d’água feita por senhor Bonifácio em 1920

Batizado do Luís Felipe na fazenda

Peça feita por Bonifácio na machadinha e ficava no quarto do padre que tinha o costume de passar na fazenda e batizar as crianças da região

A Fazenda Pouso Alegre na atualidade


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Hélio Benício,

Fotos: Luiz Kaká

você também merece ser aplaudido! Maya, Bia e Humberto

“É muito difícil descrever um ídolo ou falar de uma pessoa que é a maior referência de uma família, ainda mais quando se trata da minha referência. Hélio Benicio para uns, pai para mim. Meu maior exemplo. Um homem guerreiro, competente, capaz, correto, honesto, simplesmente um homem bom que não vira as costas para aqueles que suam e lutam no dia a dia com ele. Um cara fiel às suas ideologias, crenças, família, amigos e funcionários, que em grande parte estão conosco há tantos anos e que são a extensão da nossa família. Tenho sorte de ser filho do Hélio Benício de Paiva Sobrinho e muito orgulho do meu pai. Se conseguir passar para os meus filhos um pouco do que você me ensinou, tenho certeza de que terei sido um bom pai. Obrigado por tudo. Você é o cara”. Humberto

Senhor Hélio Benício com a esposa dona Berta e a neta Maya www.revistaportalvip.com.br

“Meu pai é um homem extremamente trabalhador, o tipo da pessoa que vive, respira, come e dorme o trabalho em prol da fazenda Pouso Alegre. Um homem com uma sensibilidade tremenda em relação ao futuro, aos novos métodos de tecnológica e também em relação a aqueles que trabalham com ele. Em alguns momentos, tanta sensibilidade transborda e isso significa que nem sempre é fácil tê-lo como pai e nem como patrão. Ao mesmo tempo, assim como a água, as coisas sempre encontram o seu caminho restabelecendo o seu fluxo, fazendo da convivência com ele um verdadeiro aprendizado de vida. Acho que posso dizer isso tanto por mim, quanto por todos os outros funcionários da empresa, que aprendemos continuamente com o Sr. Hélio (assim o chamo quando estamos trabalhando), através também dos erros que ele já comentou, através da sua força, da sua garra, da sua determinação e visão de mundo. Acho que todos nós sentimos assim. ‘Não é fácil, mas realmente vale a pena’ quando estamos falando do meu pai Sr. Hélio e o seu conhecimento grandioso do mercado e sua sensibilidade magnífica que abriram, abrem e abrirão ainda o caminho de todos nós. Como filha, tenho que agradecer, desde lá atrás, ao meu bisavô, a minha avó, ao meu pai, pela herança dessa terra e seu desenvolvimento e o crescimento da mesma que sempre colocou a comida em valores da vida, a família, a honestidade, o trabalho, a garra, a união e o sempre constante exercício de paciência e desenvolvimento, tanto pessoal quanto profissional”. Bia PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

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Automóvel • Residencial • Empresarial • Consórcio • Imóvel Previdência • Saúde • Vida em grupo • Vida Individual A Castro Corretora de Seguros foi inaugurada em agosto de 2008 e desde então faz parte da vida de Catalão. Com foco, dedicação e honestidade, a empresa trabalha 24 horas por dia para proporcionar a seus clientes a segurança e a comodidade que precisam. Com uma equipe qualificada e estrutura totalmente informatizada a empresa oferece ótimos planos e serviços a seus segurados, dando assistência na hora que você mais precisa.

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Parabéns Catalão pelos seus 156 anos!

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História da Política Catalana

Construção da Igreja do Rosário

Certa vez, um velho amigo do poeta Ricardo Paranhos, o perguntou em carta, por que motivo, tendo ele sido chefe político, deputado e senador estadual durante tantos anos, nada escreveu sobre política? O escritor catalano, que faleceu em Corumbaíba e teve seus restos mortais trasladados alguns anos depois para o Morro de São João, em Catalão, respondeu: “É precisamente por ter militado na política, por lhe conhecer bem as mazelas, que lhe tenho a ela verdadeiro horror”. [...] “Quando entrei nela, o que diz de corpo e alma, era muito moço e inexperiente, cheio de ideias, de ilusões, de entusiasmo, tempo feliz em que eu enxergava tudo através de um prisma cor de rosa, em que era tão ingênuo, que poderia até – quem sabe? – ser alimentado só à salada de nuvens e pasteis de brisas... Anos depois, quando comecei a ver as coisas pelo verdadeiro prisma, me convenci de que em nossa pátria, o ideal político esta localizado na barriga, razão porque não há patriotismo, mas pátriopança; e certo disso, me afastei da política, mais que desiludido, horrivelmente enojado. Na política, quanto mais distante de nós se acha o político (fenômeno oposto ao natural), maiores proporções tem ela. À medida, porém, que nos vamos dela aproximando, o colosso vai diminuindo até ficar do tamanhinho de semente de mostarda. Foram muitos os políticos que conheci nessas condições, isto é, que eram grandes apenas vistos de longe. O que fora da política é desbrio ou falta de caráter, nela se chama habilidade! Político hábil é o que mais provas dá de trapaceiro e cínico. Na política só há dois tempos e não três: presente e futuro, particularidade que a torna mais horrível. Vale na política, quem produzindo está; presente. Vale quem ainda poderá produzir; futuro. Não vale quem produziu, se mais não pode produzir; passado. Isto prova que em política a ingratidão, que

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é uma monstruosidade, é praticada como coisa muito natural e até mesmo necessária.” Partindo da célebre crônica de alguém que teve o pai, coronel Antônio da Silva Paranhos, assassinado brutalmente em 30 de novembro de 1897, por um capitão e seus jagunços, devido aos sangrentos desentendimentos políticos que assombravam nossa cidade, a Revista Portal VIP traz nesta edição, em comemoração aos 156 anos de Catalão, nossa gratidão à esses intendentes, prefeitos e chefes políticos que construíram nossa história. A intenção da nossa equipe? Só uma, que esses nobres guerreiros não sejam esquecidos no passado, mas sempre lembrados e admirados pelo que fizeram. Cada um no seu tempo, conquistando ano a ano o progresso deste Município. No entanto, por outro lado, é chegada a hora de Catalão deixar de ser lembrada por suas carabinas de papo roxo e amarelo; ou pela pedra do bingo 44 “Justiça de Catalão”; ou terra de gente brava; ou por comentários do tipo “eu hein, antigamente tinha “Bang Bang” na praça pública de Catalão”. Digo isso, porque infelizmente nossa história é manchada de sangue e particularmente falando, confesso que ao ler a nossa história, por muitas vezes me vi parada em meio a Avenida 20 de Agosto, observando coronéis, capitães e jagunços com suas carabinas atirando uns contra os outros por conta da gigantesca rivalidade política. Na verdade, nossa Catalão foi uma cidade muito violenta e em meados de 1820 era terra de ninguém, até que certo dia, no final daquela década, aqui chegou tal fazendeiro, Coronel Roque Alves de Azevedo, natural de Bom Sucesso/MG. E como conta Ivan Sant´Anna, em Herança de Sangue, “A vila que nunca teve dono passou a ter um, senhor de


Prédio onde futuramente funcionaria por anos o Super Nicolau, dirigido por Nicolau Abrão

Registro da passagem da Comissão Cruls em 1892

Relógio da Praça Getúlio Vargas, que marcava o Centenário de Catalão www.revistaportalvip.com.br

terras, de escravos, da lei e da justiça”. No entanto, não parou por aí, pois durante quatro meses de muita leitura e pesquisas no Museu Cornélio Ramos onde tive ajuda e muito incentivo dos funcionários Guilherme Weber, Vaneli Ferreira Leão, Regina Rodovalho, Ana Mendes e Yamara Venâncio a quem sou muito grata, entendi que depois do temido coronel Roque, muitos foram os forasteiros que aqui chegaram e quiseram mostrar poder através das suas armas. Homens que matavam os adversários e cortavam suas orelhas para colocarem no pescoço como patuá. Confesso que nunca havia lido a história do Catalão de ontem, uma história que achei fascinante e que, ao mesmo tempo, me causou náuseas devido ao grande derramamento de sangue. Às vezes inconformada, buscava entendimento com meus amigos Marcial Campos, que muito me ajudou a entender e descobrir fontes de pesquisa. “Ah esses coronéis”! (risos). E com meu amigo, professor José Francisco, o Chiquinho, pois é vasto seu conhecimento sobre grandes momentos da nossa história. Depois de tantas leituras, tive que me conformar com aqueles episódios de violência e entender que aqueles homens que acreditavam que homem de verdade não leva desaforo para casa e atiravam pelo gosto de ver o corpo cair, sessaram as matanças após o crime de 1936, quando jagunços e populares lincharam Antero da Costa Carvalho. Pensei: “sessaram as matanças”, mas infelizmente as brigas políticas continuaram. E como continuaram! Cresci em meio a essas brigas e hoje minha filha passa pelo mesmo. Mesmo assim, ainda vivo a esperança de meus netos conhecerem uma Catalão de paz política, onde juntos os futuros governantes não percam tempo administrando a vida do adversário político. E me emociono ao lembrar uma publicação da Revista Portal VIP em sua 71ª edição, onde nosso recado foi um pedido de PAZ aos nossos governantes. [Todos nós sabemos que grandes brigas sempre fizeram parte da história política de Catalão, mas o que muitos não sabem é que em 2013, quatro adversários históricos e políticos veteranos trocaram a ideologia por alguns segundos de paz, ou seja, nossa cidade viveu um momento antológico da política catalana. Isso aconteceu em uma das visitas do governador a Catalão. O prefeito Jardel Sebba, o vice-prefeito, Rodrigão e o governador de Goiás, Marconi Perillo passaram coincidentemente na calçada, onde se encontrava naquele instante, um dos maiores pmdbistas da cidade, o Luizão dos Radiadores. A turma do PSDB gentilmente parou para cumprimentar o nobre cidadão catalano, com um aperto de mãos. Sem farpas políticas, Luizão recebeu os adversários do PSDB e antagonistas históricos, em um encontro cordial, respeitoso e educado, um gesto de cidadania que serviu de exemplo]. E poder voltar no tempo e registrar esses nobres senhores e suas primeiras damas, só foi possível devido a mais uma oportunidade que ganhei da diretora da Revista Portal VIP, Iliane Fonseca, a quem PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

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sou grata por acreditar na minha capacidade e por me ensinar que através do estudo da Cultura Racional encontramos sabedoria e paz para a conclusão de nossos projetos. Obrigada Ana Paula Oliveira, Letícia Cubas e Márcio Gonçalves Gomes por fazerem parte da equipe Portal VIP, uma vez que sem vocês, COM CERTEZA, nada seria possível. Obrigada Sylvio Netto Lorenzi e seu blog: “Nosso Catalão” por estar presente dirimindo as minhas dúvidas, e sempre me ajudando com informações e fotografias históricas. Obrigada Annibal Margon por todas as fotos que permitiu usarmos e que muito abrilhantam nossa revista. Obrigada Cléo Travaglini por todas as ideias preciosas a nós sugeridas. Obrigada Padre Murah Rannier Peixoto Vaz pelo belíssimo artigo sobre o Morro de São João que veio em hora certa para enriquecer esta edição. Obrigada Sr. Antônio, funcionário da Biblioteca Digital por toda atenção e paciência comigo durante a pesquisa sobre o tempo do coronelismo. “Ah esses coronéis”! Obrigada a todos os nossos patrocinadores por acreditarem na cultura de Catalão e confiarem em nosso trabalho. Obrigada Sr. Hélio Benício e dona Berta por toda confiança depositada nesse meio de comunicação. Obrigada Tânia Tartuci pelas informações. E um agradecimento a todos os familiares desses nobres intendentes e prefeitos que se dispuseram a nos ajudar neste trabalho. Bom, se esqueci de alguém, peço imensamente desculpas! No entanto, o meu muito obrigado a minha filha Badra e seu namorado Phellipe e a minha mãe Édima pela paciência, incentivo e confiança que me passaram. Sem dúvida alguma, esse trabalho é para vocês. Por fim, mais uma vez gostaria de registrar o maior de todos os meus agradecimentos, a padroeira de nossa cidade, minha mãezinha Nossa Senhora do Rosário. Obrigada, mil vezes obrigada! Uma boa leitura e um Salve aos nossos governantes históricos por cada metro de cidade construída e de progresso alcançado.

Ferrovia em 1913, quando da sua inauguração

Ferrovia, 100 anos depois, em 2013

Maysa Abrão e equipe Portal VIP Um arco-íris na 20 de Agosto

Maysa Abrão no árduo trabalho de pesquisa para esta edição especial da Portal VIP

VIP Justifica A Revista Portal VIP informa que também fizeram parte do quadro de intendentes do Catalão os senhores: Marcelo Jourdan, Alberto de Miranda Storni, Raul da Nova, Pedro dos Santos Braga e Érico Meirelles. No entanto, nossa equipe procurou em arquivos da cidade algumas referências a tais personagens, mas não logramos sucesso. 14

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Foto: Tavares & Silvestre Fotografia

expediente Direção e Editoria: Iliane Fonseca / Jornalista MTE RP 2729/GO. Comercial: Officina Publicidade e Marketing / Heberton Guedes Financeiro: Rubens Nunes. Revisão: Secretária: Reportagem: Projeto Gráfico e Design: Fotografias:

Letícia Cubas. Ana Paula Oliveira. Iliane Fonseca, Maysa Abrão e Letícia Cubas. Márcio Gonçalves Gomes (64) 8144 6167 Tavares & Silvestre Fotografia, Foto Neguinho e Filmagem, Mateus André Fotografia, Revista Portal VIP / Maysa Abrão e Letícia Cubas

Assessoria Jurídica: Baden Powell & Mourão Advogados | 64-3441 7021 Distribuição Própria: Officina Publicidade & Marketing CNPJ 08.694.369/0001-53 Os artigos assinados expressam, especificamente, a opinião de seus autores.

CONTATOS: 64 3442 6963 / 8133 1707 www.revistaportalvip.com.br revistaportalvip@gmail.com Rua N. Sra de Fátima, 585, B. N. Sra de Fátima / Catalão GO

Envie temas para reportagens, sua sugestão pode ser o próximo destaque VIP. revistaportalvip@gmail.com


Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus, destaque na educação dos catalanos.

Ao passar pelo centro da cidade, em especial pelas Avenidas 20 de Agosto e Raulina Fonseca Paschoal é possível ver um quarteirão inteiro ocupado por um colégio comprometido com a educação, tendo como base a espiritualidade e a filosofia de Santo Agostinho. Essa obra, sem a menor sombra de dúvidas, tem repercussão significativa na sociedade catalana e região. Ao longo de quase um século de existência, o Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus foi palco de inúmeras histórias marcantes na vida de vários catalanos, que estudaram nesta instituição. Hoje, com uma proposta de ensino inovadora, o Mãe de Deus continua fazendo a diferença na educação e promoção humana de quase mil e seiscentos alunos. Coordenadora pedagógica: Maria Juventina

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O Colégio se orgulha de fazer parte e contribuir na história dos 156 anos de Catalão. Parabéns!

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Que esta cidade seja sempre abençoada e protegida pelo grande mestre, Jesus. PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

João de Cerqueira Netto

C

omo relata a Revista Portal VIP Edição Congadas de 2015, João de Cerqueira Netto era Filho de Manoel Pereira de Cerqueira e Emerenciana Netto Carneiro. Delegado de Polícia e 1º intendente de Catalão, João de Cerqueira Netto nasceu em Araxá/MG, terra natal também de sua irmã Maria, ou Mariquinha, como era chamada. O casal de filhos se mudou para Catalão com os pais, onde receberam uma sesmaria no local conhecido como Ribeirão. Em época não determinada, Emerenciana separou-se do marido. O irmão de João e Mariquinha, Pedro Netto Carneiro nasceu depois da separação de sua mãe. Seu pai era um senhor de Araxá, Frederico Augusto Montandon; Dos filhos de Manoel e Emerenciana, Maria, deixou Catalão com o casamento. João, o filho legítimo, e Pedro, o filho natural de Emerenciana, deixaram numerosa descendência, ou seja, o ramo legítimo dos Cerqueira Netto, e os Netto Carneiro.

1880 - Ten. Cel. João de Cerqueira Netto, 1 intendente do Catalão

João de Cerqueira Netto foi o primeiro, de muitos “Netto” na política catalana.

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Pedro casou-se com Henriqueta Cristina da Silveira e do matrimônio nasceram Augusto, Benjamim, Joaquim (Quinca), Emerenciana (Sana), José e Benvinda (Rola). Pedro morreu ainda jovem, por volta de 1880, deixando viúva Henriqueta com seis filhos. A viúva, certo dia, comentou com seu cunhado João de Cerqueira Netto que havia recebido uma proposta de casamento de um senhor de Paracatu, sentindo-se disposta a aceitar a oferta, pois lhe era muito difícil criar os filhos sozinha. João propôs casar-se com ela, pois, como tio das crianças, seria um bom padrasto. Desse casamento nasceram Mário de Cerqueira Netto, o Nhôzico, João de Cerqueira Netto e Felicidade, a Yayá. Família devota de Nossa Senhora do Rosário, João de Cerqueira Netto, ao vir de Araxá com os pais, fizera uma promessa à santa que, se aqui prosperasse, haveria de erigir uma igreja em sua honra, onde sua festa seria comemorada com toda solenidade. João foi extremamente bem sucedido. Iniciou mais ou menos em 1873, a construção da nova igreja. Era uma construção ampla e sólida, coberta por telhas coloniais de barro, em frente a um descampado. Mas, naquela época, o então tenente-coronel João de Cerqueira Netto, exercia o cargo de provedor da Irmandade e encabeçou a infeliz ideia de trocar a velha capelinha Madre de Deos, construída em 1822 por Don Pedro II, pela nova igreja, construída por sua família. Infeliz, porque a velha capelinha veio a desmoronar, deixando os negros sem igreja.

A Revista Portal VIP lembra aos catalanos que toda essa história sobre a Igreja de Nossa Senhora do Rosário está contada em detalhes na Revista Portal VIP, Edição Congadas, de 2015.


CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Antônio Gonçalves da Silva

Início do século - Av. 20 de Agosto - Trecho entre o Boticário e a Praça Getúlio Vargas

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aquela época, o Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, assim descreveu o Catalão de 1910. “No Catalão existem cerca de 500 casas, igreja, cemitério, algumas ruas mal alinhadas, bons prédios, mas sem elegância. É a cidade mais meridional do Estado, talvez a primeira pelo seu comércio e é abastecida por um grande rego d’água potável. Ao norte da cidade, fica o Morro da Saudade, em cujo encima está edificada uma pequena capela dedicada a São João. A população da cidade é de 2.000 almas e a do município de 30 mil. As riquezas minerais foram superficial e ligeiramente exploradas por alguns mineiros procedentes de Bagagem. Nessa época havia duas linhas postais: a primeira vinha de Bonfim a Araguari passando por Catalão; e outra, do Catalão a Santo Antônio do Rio Verde, com duas viagens mensais. A ponte do Ipê Arcado entre Catalão e Araguari era metálica e foi concluída sob a direção do engenheiro Dr. Mellor.” Foi naquela época que apareceu um novo jornal no Catalão – Gazeta de Catalão -, dirigido por Elizeu da Cunha e Miguel José da Costa. Esse mesmo jornal, na sua Seção Especial, sob o título “Última Hora”, publicou artigo contra o Sr. Moisés Teixeira, nesse jornal referido como Moysés Sant´Anna, usando linguagem violentíssima. Com isso, o deputado goiano Eduardo Sócrates leu na Câmara dos Deputados o seguinte telegrama: “A situação no Catalão é gravíssima. Elyseu e Ayres querem depor o intendente, exercendo pressão sobre o Conselho Municipal. O delegado de Polícia está de pleno acordo com o regime de violência e despautérios. As vítimas pedem auxílio. Vou requerer Habeas-Corpus. Saudações Moysés Sant’Anna”. A Revista Portal VIP publica alguns trechos de uma edição do Jornal Gazeta de Catalão, em que é comentada a violência da cidade naqueles tempos. “Catalão, outrora o terror daqueles que procuravam as plagas goianas pelos desatinos de toda espécie que nela consumaram, é hoje, pode-se dizer, a terra em que se apodera de todos os espíritos o influxo benefício da civilização. Não é o Catalão de priscas eras, em que o bacamarte era a própria justiça, protetora de ladrões e assassinos. [...] Felix Cristo, o terrível Felix Cristo, depois dos índios Afonso, foi uma das principais figuras no Catalão, a mais respeitável pela crueldade que sabia imprimir aos seus delitos. Assassino perverso que era Felix Cristo, autor de dezenas de assassinatos no Catalão era pelos dirigentes políticos do município recebido na cidade com honras de general, que general o era como

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comandante em chefe de outros malfeitores. Na cidade, sem nunca haver conhecido cadeia, apesar de seus grandes crimes, passeava tranquilamente, trazendo a tiracolo a sua querida carabina com as fitas proporcionais ao número de suas vítimas. Teve como seu sucessor David Cocó, homem não menos terrível pela sua boçal malvadeza, do mesmo modo acariciado, tendo a cidade como seu mais seguro refúgio, conquanto soubesse impor disciplina aos seus comandados. Como um dos generais do último reinado, o mais hábil, o mais corajoso aparece nos últimos tempos Antônio Candido, o terrível e amaldiçoado assassino do Conego Aurélio Elias de Souza. [...] Imagine-se a confusão em que andavam os destinos desta terra onde os criminosos quanto mais perversos, tanto mais estimados e catados.” O intendente em exercício era Antônio Gonçalves da Silva, açougueiro. Como intendente municipal assinou contrato com Antônio Guimarães de Faria e David Camões de Mendonça para fornecer energia elétrica e iluminação pública durante o período de 30 meses. Naquele mesmo ano, a Intendência Municipal contratou os serviços de David Camões de Mendonça para construir a linha telegráfica da cidade de Catalão ao distrito de Santo Antônio do Rio Verde. Antônio Gonçalves da Silva foi diversas vezes intendente do Catalão, uma vez que o poder hoje exercido pela prefeitura, naquela época era exercido pela Câmara Municipal, pelo conselho de intendência e pela intendência municipal. Antônio Gonçalves foi casado com Anna Rosa Pacheco, porém nossa equipe não conseguiu descobrir seus descendentes.

Rua da Alegria (20 de Agosto) ao lado do atual Colégio Joaquim Araújo em 1903

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A família Supermercado Primavera celebra com os catalanos mais um ano de vida próspera da bela Catalão e deseja a cada cliente que tenha sempre a oportunidade de viver um cotidiano de fartura e alegria.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Paulino Ribeiro Guimarães

Major Paulino Ribeiro Guimarães

P

aulino Ribeiro Guimarães era casado com a professora Palmyra Porto Guimarães, filha de Francisco Alves (Figueiredo) Porto e de Josefina Ferreira Damasceno. Do matrimônio nasceram Dily, Portugal, Virgílio, Olinda e Austrália Porto Guimarães. Oficial do Exército, era conhecido por todos como Major Paulino e em Catalão assumiu o cargo de delegado no ano de 1892. Em setembro de 1892, a polícia que naquela época vivia sob o comando dos Paranhos (Coronel Antônio da Silva Paranhos), foi chamada para separar uma briga da família Ayres e o bando do índio Afonso. Com apenas nove oficiais na delegacia, Major Paulino não atendeu as exigências. O ataque dos dois grupos resultou na morte de três homens dos Ayres e a retirada do bandoleiro de Afonso da cidade. Frustrados, o restante dos Ayres saiu pela cidade a cavalo atirando para todos os lados. Então, Major Paulino pediu reforço ao mestre Quincas (veterano da Guerra do Paraguai) e junto aos seus nove praças colocaram

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o grupo dos Ayres para correr. Naquela ocasião, Major Paulino aproveitou que estava com a moral em alta e proibiu o porte de armas dentro dos limites da cidade. Decisão essa que deixou os moradores muito descontentes, uma vez que, naquela época os homens da cidade sem armamento se sentiam totalmente nus. Afinal de contas para eles, ser homem significava ter um revólver na cintura e uma carabina no ombro. Indignado, o capitão Palmyra e Paulino Ribeiro Guimarães Carlos Andrade mandou que um dos seus capangas, Domingos Calaça, passasse armado na porta da casa do delegado. A provocação não deu em outra, Major Paulino deu ordem de prisão à Domingos. Ao saber da prisão, o capitão ordenou que seus capangas fossem até a casa do major e exigissem a liberdade do pistoleiro. Major Paulino era vizinho do senador Paranhos e naquele instante, cidade pequena, toda a comunidade já estava concentrada a espera da luta. Os Ayres correram armados para a casa do capitão Andrade, onde estavam o chefão José Maria Ayres e Elyseu Cunha, que queriam o tiroteio. Às dez da manhã do dia 16 de dezembro de 1892, teve início o que a história nomeia de “Primeiro Fogo de Catalão”. Tiros eram disparados da casa do capitão, bem como da residência dos Paranhos, onde estavam os familiares, o intendente Cerqueira Netto, o juiz da comarca, o delegado Paulino e muitos jagunços. O tiroteio durou uma hora e foi interrompido porque dona Belisária Paranhos, mulher do senador, teve uma crise nervosa. Na verdade, isso foi apenas uma desculpa, uma vez que os Paranhos estavam em desvantagem numérica. Os Ayres aceitaram o cessar-fogo, mas com a condição dos Paranhos se retirarem da cidade. Os Paranhos aceitaram. Naquele confronto não houve mortes. Inconformados, ao decorrer do dia alguns tiros resultaram na morte de um jagunço. Morte essa aceita pelos dois lados, pois não ficava bem tiroteio em Catalão sem defuntos. Os Paranhos reuniram a família e saíram da cidade, voltando um pouco antes do enfrentamento que ficaria conhecido como o Segundo Fogo de Catalão.

(Fonte: Herança de Sangue – Um faroeste brasileiro de Ivan Sant´anna).

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Orgulho de há 23 anos fazer parte da história de Catalão! Fotos: Arquivo pessoal / Tavares e Silvestre Fotografia

O restaurante idealizado pelos irmãos Ênio e Marcos acompanhou o desenvolvimento de Catalão. Moderno, funcional e sem perder a tradição do melhor sabor da comida feita em casa, o Cantina’s é referência para quem gosta de comer bem. Com mais de 70 opções de pratos, entre frios e quentes, e bufett com mais de 15 opções de carnes na churrascaria, o Cantina’s está aberto de domingo a domingo, inclusive feriados, das 11hs às 14hs. Para maior comodidade de seus clientes, uma brinquedoteca acomoda os pequenos e um estacionamento amplo garante segurança para o cliente.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Elyseu da Cunha

Cadeia onde ficou preso o capitão Carlos de Andrade pelo assassinato do senador Paranhos

Partidários dos Ayres nas vésperas do segundo fogo. O jagunço Veridiano está no centro da foto, em primeiro plano. Atrás dele, à direita, o coronel Ayres, de barba branca e o capitão Carlos de Andrade de barba preta

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agunço temido por toda comunidade catalana, Elyseu da Cunha era um homem ruim e violento. Na manhã do dia 16 de janeiro de 1892, participou do tiroteio que na cidade ficou marcado como o “Primeiro Fogo de Catalão”. Foi um dos assassinos do senador Antônio da Silva Paranhos no dia 30 de novembro de 1897. A morte do senador acendeu o estopim do “Segundo Fogo”, que teve início na noite do dia 30 de novembro de 1897. Elyseu esteve presente e foi peça fundamental nesse tiroteio, o qual teve fim na madrugada do dia 2 de dezembro de 1897. Acusado de coautor do assassinato do senador Paranhos, o esperto Elyseu da Cunha escapou. Caçado, andou se escondendo pelas matas que bordejavam o Paranaíba. Depois se recolheu na própria chácara, em Anhanguera. O cabo Anastácio, chefe do destacamento, deu ordens aos soldados: “invadir, arrancar, trazer vivo ou morto.” Recepção violenta e intensa, pois Elyseu e sua companheira Rita Ferro colocaram os soldados para correr. Sabendo que a tropa voltaria, Elyseu resolveu fugir levando seu filho Isaac da Cunha. Pai e filho retornaram a Catalão onze anos mais tarde. Desta vez, com 47 anos e politicamente bem escorado, assume a cadeira de intendente. Marcylio Ayres, filho do Coronel José Maria Ayres, velho aliado político dos Cunha, pleiteia um segundo julgamento para Elyseu sobre a morte do senador. No dia do julgamento, além de duas testemunhas que depuseram no processo anterior haverem morrido, outras duas não foram encontradas, e das seis intimadas, nenhuma compareceu. O júri concluiu que o réu não atirara em ninguém. Naquele tempo, cresceram boatos de que Elyseu iria invadir a casa dos Paranhos. Com medo, Ricardo Paranhos foi embora para Araguari/MG e Alfredo Paranhos para Estrela do Sul/MG. Com isso, é marcado o fim da era Paranhos

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Estação Ferroviária em 1908

em Catalão. Nessa época surgiram os apelidos “papo roxo” para o partido Republicano e “papo amarelo” para o Democrata. Nomes que remetiam às chapas das carabinas nas cores dos partidos que se digladiavam em lutas ferrenhas. Em 1912, podia-se encontrar Elyseu vagando pelas ruas da cidade, falando sozinho e brigando consigo mesmo. Foi encontrado morto no dia 27 de agosto de 1912. Isaac da Cunha herdou os ensinamentos do pai, sabia ser político e matador, mas morreu jovem. No dia 29 de junho de 1917, na Festa de São Pedro, Amadeu da Cunha, irmão de Elyseu e tio de Isaac, enfiou uma faca na barriga do sobrinho e o jovem morreu segurando as próprias vísceras. No local também estava Oswaldo da Cunha, primo de Isaac e sobrinho de Amadeu que, ao se recuperar do susto, sacou seu revólver e matou o tio. Acabara ali a era dos Cunha em Catalão.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Christiano Victor Rodrigues

ATA assinada por Christiano Victor Rodrigues

Christiano Victor Rodrigues

Filho de Francisco Victor Rodrigues (Chico Manco) e Felicidade da Silveira Rodrigues (Dadinha), Christiano Victor Rodrigues dividiu a atenção dos pais com os irmãos Josias Leopoldo, Maria Leopoldina, Arminda I, Alceu, Virgílio, Arminda, Leopoldo, Benvinda, Benildes, Zenaida, Marietta, Izabel e Gastão Victor Rodrigues. Destes treze irmãos, Maria Leopoldina, Arminda I, Virgílio, Marietta e Izabel faleceram em tenra idade. Foi seu pai, Chico Manco, quem inaugurou a Farmácia Felicidade no século XIX. Christiano iniciou seus estudos de Agrimensura na Politécnica do Rio de Janeiro, mas por motivos alheios a sua vontade, não pode terminar o curso. Já seus irmãos, foram os primeiros catalanos a se formarem em escolas superiores. Mas não foi a ausência do diploma que o desvalorizou, pois Christiano é lembrado por muitos escritores como uma das mais robustas inteligências de Catalão. Dizem que o que aprendeu foi suficiente para pô-lo em vantajoso destaque. Não era formado em farmácia, mas foi um dos mais competentes farmacêuticos do Estado e aplicava a medicina com acerto e segurança, quando não havia médicos em Catalão. Muitos também são os relatos de que Christiano tinha produções literárias inéditas, de valor, mas que jamais as publicou e nem mostrou a ninguém. Fato triste para os catalanos, uma vez que seriam obras de grande valor, bem como patrimônios de nossa história. Christiano era casado com Amazilia e pai de Júlia (quando entrou para o convento adotou o nome de Madre Maria de Jesus Victor Rodrigues), Victorita (Madre Lúcia Victor Rodrigues), Madre Florência, Francisco (Dr. Chiquinho), Aparecida, Maria José, Lourdes e José. O poeta Ricardo Paranhos nos conta em seu livro “Obras com-

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pletas de Ricardo Paranhos” que a casa onde morou Bernardo Guimarães também foi residência de Christiano. “A casa pertence hoje ao ilustre farmacêutico Christiano Victor Rodrigues, que transformou por completo tornando-a uma das vivendas mais confortáveis da cidade. Reside nela com a família e vive feliz, sob todos os pontos de vista. É proprietário de uma das maiores e mais importantes farmácias do Estado. Sem ter necessidade de dinheiro, pois já era possuidor de fartos recursos, tirou a pouco cem contos de réis na loteria, o que prova que o caiporismo da casa desapareceu com o volver dos anos.” Em 1890, mais precisamente em 27 de maio, Christiano, então membro da comissão nomeada para a medição dos terrenos ocupados por particulares, foi juntamente com o seu colega, José Alvares da Silveira Machado, com aviso e ciência do proprietário Paulino Ribeiro Guimarães ao seu pasto situado à margem do Córrego Beatriz e juntos procederam a medição do terreno por ele ocupado e verificaram que o referido terreno continha 315.594 metros quadrados. Com o título de major, em 1897 Christiano tomou posse no novo Conselho Municipal de Catalão, junto ao Cel. Antônio da Silva Paranhos, Ten. Cel. João de Cerqueira Netto, Cap. Teófilo de Barros, Maj. João Gomes Figueira, Manoel Jeronimo de Sant´Anna e Ten. Cel. Joaquim Felipe Estrela. Já no fim do século XIX, Christiano estabeleceu a Pharmacia Felicidade no local, onde hoje ainda funciona com o mesmo nome na Avenida 20 de Agosto. Em 1912 foi conselheiro municipal do então intendente João da Veiga Jardim. Em 26 de março de 1916 o coronel Jocelyn Gomes Pires, então intendente municipal, passou o exercício do cargo ao seu substituto, Cel. Christiano Victor Rodrigues. Em 23 de janeiro de 1919, Christiano participou da comissão que concluiu manifesto a população, solicitando ajuda para a construção de uma nova matriz. (Fonte: “Memorial do Catalão” de Antônio Miguel Jorge Chaud).

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Fotos e texto: Assessoria SIMECAT

Catalão está completando 156 anos e nós, do SIMECAT, nos orgulhamos em fazer parte desta história de crescimento e desenvolvimento. Há 11 anos o Sindicato está na luta em defesa dos trabalhadores metalúrgicos, contribuindo para o progresso do município e ajudando a impulsionar e fortalecer a economia. A família metalúrgica tem o seu valor. Este é o momento para relembrar e celebrar todas as conquistas do povo catalano.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Francisco da Silva Ribeiro

A Praça Getúlio Vargas, bucólica

Av. 20 de Agosto em 1917

Centro de Catalão

Jardim Público Municipal

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capitão, tenente, major e coronel Francisco da Silva Ribeiro era casado com Maria Rosa Pacheco Ribeiro e pai de Joviano Ribeiro, Ovídio Ribeiro, Joaquim Ribeiro, Maria Natividade, Américo Ribeiro e outros. Comerciante desde a década de 1890, lidava também com aluguel de pastos e foi Intendente do Catalão por diversas vezes. Porém, em 13 de setembro de 1917, o Jornal Correio do Catalão estampou a fotografia do membro do Conselho Municipal do Catalão, do qual foi presidente duas vezes, Francisco da Silva Ribeiro, tendo assumido o cargo de intendente municipal. Segundo registros históricos, era dono de uma das maiores fortunas do município e prestou relevantes serviços à cidade. Infelizmente a Revista Portal VIP não conseguiu ter acesso a uma edição do Jornal Correio do Catalão daquele dia.

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Já são 19 anos... registrando momentos catalanos com qualidade reconhecida. Ivan Ribeiro da Silva, o Neguinho, e sua equipe têm a satisfação de participar do cotidiano da cidade oferecendo serviços fotográficos com capricho. Neste momento festivo em que Catalão celebra 156 anos, Foto Neguinho e Filmagens quer cada dia mais, registrar todas as alegrias e as belezas de viver em nossa cidade.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

José Maria da Silva Ayres

Catalão em 1892, foto tirada pela Comissão CRULS

Coronel Ayres

J

osé Maria da Silva Ayres, mineiro de Abaeté, antigo arraial de Marmelada, era um homem rancoroso e dotado de instintos sanguinários, registra a história. O escritor Ivan Sant´Anna conta em sua obra “Herança de Sangue” que no ano de 1879, o então subdelegado José Maria da Silva Ayres denunciou o seu superior, o delegado João de Cerqueira Netto ao governo da província. Na ocasião, revoltado por nada ter sido feito sobre o assassinato do comerciante português José Pereira de Gouvêa Guerra, José Maria alegou que o seu superior acobertava os criminosos. Naquele tempo, os conservadores representados por José Maria dominavam a política não só em Goiás, como também na Corte. Em Catalão, a briga era composta pelos Paranhos de um lado e os Ayres, os Andrade e os Cunha do outro. Com isso, a cidade testemunhou nos anos seguintes duas sangrentas lutas fratricidas, denominadas de Primeiro e Segundo Fogo. Dois acontecimentos de adversários políticos, que ficaram marcados como páginas negras na história de nossa cidade. Em 1882, o então presidente da Província, Cornélio Pereira Magalhães, certifica que a matriz da

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cidade do Catalão está bem adiantada, graças à ajuda dos fiéis e também da comissão nomeada pelo governo da província composta pelo vigário e cônego Luiz Antônio da Costa, João de Cerqueira Netto, Francisco Victor Rodrigues (Chiquinho Manco) e José Maria da Silva Ayres. Fazendeiro, dono de pastagens de aluguel, o homem nomeado para ser intendente do Catalão e juiz de paz do mesmo em 1885, era considerado mal e dizem que acreditava que homem que fosse homem jamais poderia levar desaforo para casa. No ano de 1891, duas forças políticas que apoiavam o governo do coronel Constâncio Ribeiro da Maya se enfrentavam brutalmente. Uma destas forças era dirigida por José Maria da Silva Ayres e a outra, pelo coronel Antônio da Silva Paranhos. Em 19 de setembro de 1892, José Maria enviou emissários à Vazante para chamar os índios Afonsos a fim de assassinarem o coronel Paranhos. Assassinato esse, que viria a acontecer apenas no dia 30 de novembro de 1897 pelos criminosos, capitão Carlos Antônio de Andrade e os jagunços Messias Garcia, Elyseu da Cunha, Veridiano, Franklin Toró, João Paulo e João Evangelista. Livertino Leão Sobrinho, Coronel aposentado da Polícia Militar do Estado de Goiás, relata em sua obra “Causos Goianos”, que, “Naquele dia o tiroteio era ininterrupto, dia e noite, contando também com a participação dos Ayres que moravam na praça bem enfrente ao sobrado. Seu chefe era o patriarca José Maria Ayres, apelidado pelos adversários de José Tabaco, tal a quantidade de rapé que ele consumia”. Alguns anos mais tarde o capitão Carlos Andrade foi assassinado de forma brutal na cadeia pública, Elyseu da Cunha fugiu com seu filho Isaac e José Maria passou a liderar sozinho a oposição na cidade. Contudo, dez anos mais tarde Elyseu retornou ao Catalão e devido as voltas que a política dá, assumiu a cadeira de intendente. Com isso, conseguiram acabar com a era Paranhos no município. Em 02 de fevereiro de 1911 estava reunido o Partido Democrata, no qual José Maria ocupava o cargo de vice do presidente Henrique da Veiga Jardim. Partido esse que alcançou a vitória no dia 6 de março daquele mesmo ano contra a oposição local com 423 votos.

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Parabéns Catalão pelos seus 156 anos!

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156 anos de progresso! Homenageamos os catalanos por mais um aniversário desta maravilhosa cidade e aproveitamos a oportunidade para agradecer a cada cliente pela confiança nestes 25 anos de história. E reforçamos nosso compromisso de continuar prestando serviços de qualidade.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

João da Veiga Jardim

Registro da inauguração da ferrovia

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oão da Veiga Jardim morava no distrito de Santo Antônio do Rio Verde, porém, a fim de tomar posse do cargo de Intendente Municipal do Catalão para o qual foi eleito, mudou-se com sua família para Catalão. Eleito em 1912, teve como 1° vice Theotônio Ayres da Silva, 2º vice José Correia de Mesquita e 3° vice João Batista de Deus. Seus conselheiros municipais foram o major Christiano Victor Rodrigues, capitão Pedro Ayres da Silva, major José Balduíno da Silva, José da Silva Campos, Francisco Mastella, Eustáquio Ribeiro de Macedo, José Vigário da Costa e os respectivos suplentes. No dia 24 de julho de 1912, João da Veiga Jardim comunicou sua posse e informou que a partir daquele momento estaria todos os dias úteis no Paço do Conselho Municipal, das 12 às 16 horas. E assim, o intendente cumpriu com sua palavra, pois eu, Maysa Abrão, tive a honra de ler todas as Atas assinadas por ele em sua gestão e afirmo que não são poucas. As mesmas comprovam a presença do intendente desde sua posse até o último dia de gestão, trabalhando diariamente e incansavelmente em prol da cidade. No segundo semestre de 1912, o Conselho Municipal mandou por em hasta pública o serviço de iluminação e fornecimento de força e energia elétrica do Catalão. Na mesma época, o Conselho criou um novo distrito com a denominação de Anhanguera, cuja sede seria a Estação de Samambaia, onde rapidamente se levantou um povoado. No entanto, como o ditado de que nada nesse mundo é perfeito, foi na intendência de Veiga Jardim que, mais uma vez, as divergências políticas tiraram o brilho de uma grande festa. No dia da inauguração da Estrada de Ferro Goiás no Catalão, a diretoria da ferrovia convidou o poeta Ricardo Paranhos para fazer discurso na solenidade. Ri-

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cardo residia em Araguari/MG desde 1908, quando Elyseu da Cunha, na intendência do Catalão, ameaçou invadir a casa dos Paranhos para matá-los, fazendo com que, amedrontados, fossem embora, Ricardo para Araguari e Alfredo para Estrela do Sul/ MG, marcando o fim da era Paranhos. Entretanto, horas antes da inauguração, Isaac da Cunha, filho de Elyseu da Cunha e também inimigo dos Paranhos, não se conformou com a indicação. Quando Ricardo desceu do trem especial, aproximou-se dele e disse: “Bico calado! Se falar, morre. Entendeu?” O poeta noUma das centenas de atas de vamente amedrontado, retornou Veiga Jardim a Araguari e a solenidade ficou sem a sua participação. O episódio provou que quem mandava era o chefe político do Catalão. Contudo, o progresso continuou e em 1913, Miguel José da Costa lançou um jornal apartidário com o nome de Fronteira do Sul. Já em 13 de maio de 1914, foi inaugurada a Estação Telegráfica do Catalão. Em 15 de janeiro de 1915, o tenente coronel João da Veiga Jardim, pela Lei nº 39, criou o distrito de Goiandira.

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Drogaria Felicidade Fazendo história com os catalanos! Temos orgulho de ser uma das mais tradicionais empresas de Catalão, e agradecemos a cada cliente e amigo o apoio, a confiança e a deferência nestes muitos anos de história.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Manoel Gomes de Paiva Rezende

Catalão num registro de 1920

Catalão num registro de 1920

E

m 1920, o censo demográfico feito em Catalão mostrou a existência na zona urbana de 2.500 habitantes. Na Intendência Municipal tomava posse o intendente

eleito Coronel, Manoel Gomes de Paiva Rezende, popular Nequinha Gomes. Papo-amarelo e correligionário de Isaac da Cunha, a história conta que Nequinha era um homem sério, trabalhador e pacífico, ao contrário do filho Salomão de Paiva. Beberrão, brigão e baderneiro, Salomão junto a Salvianinho, Cabeleira e Isaac da Cunha tornariam inesquecíveis os anos 20 do Catalão. Na gestão de Nequinha Gomes, a Lei Municipal nº 9 autorizou o intendente a abrir concorrência para a instalação de luz elétrica na cidade. Com isso, no dia 14 de julho de 1923, o intendente inaugurou a

Morro do São João em 1920

eletrificação no Catalão. Em 30 de dezembro de 1922, o intendente inaugurou a Estação da Estrada de Ferro Goiás, no distrito de Ouvidor, na época município de Catalão. E foi em 1923 que o Catalão Futebol Clube conseguiu o título de campeão goiano. Maria das Dores Campos, a Mariazinha conta em sua obra “Catalão: Estudo Histórico e Geográfico”, que foi no exercício de Nequinha Gomes que nossa cruz do Anhanguera foi daqui retirada, quando o Juiz de Direito Luiz Ramos de Oliveira Couto, goiano da Velha Capital tirou este marco histórico. A nobre professora descreve ainda que, Nequinha Gomes como um homem simples e honesto, sendo eleito intendente, trabalhou ativamente, dedicando-se exclusivamente a administração, e seu quatriênio foi eficiente.

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Catalão Futebol Clube em 1923

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

10 º

anos

Prefeito

Salomão de Paiva Rezende

Morro de São João em 1920

Bairro São João em 1920

T

odos nós sabemos da fama que Catalão tem em todo o estado, sendo conhecida por seu histórico de violência. Natural de Estrela do Sul/MG, segundo registros históricos, era um pistoleiro valente. Maria das Dores Campos, a Mariazinha conta em sua obra, “Catalão: Estudo Histórico e Geográfico” que Salomão de Paiva era turbulento e valentão, aproveitava-se da intendência de seu pai, o Coronel Manoel Gomes de Paiva Rezende, popular Nequinha Gomes, para fazer arruaças. Salomão substituiu seu pai na direção do executivo municipal e relatos da professora contam que durante a noite Salomão juntava-se a um grupo de rapazes arruaceiros e saia para beber. Bêbados, eles atiravam nas poucas lâmpadas elétricas da cidade. No dia seguinte, como ele próprio era o Intendente Municipal, mandava repor as lâmpadas que havia estourado na noite anterior. Os registros mostram que ele era violento e que vivia com revólver em punho, colaborando, naquela época, para um ambiente de medo na cidade. Ainda segundo a obra de Mariazinha, por conta do intendente, a população tinha medo de sair de casa e se recolhia mais cedo, uma vez que ele não respeitava ninguém. Em certa ocasião, entrou a cavalo na residência do delegado Furtado Mendonça, apenas para desafiá-lo. No outro dia o delegado se demitiu. “Foi um período difícil e triste para a história de Catalão. Ao substituir o pai, foi eleito a custa de violência, pois nesta época o voto não era secreto e o eleitor, que não precisava ler, votava publicamente, com elementos ao lado lhe influenciando o voto. Por conta de seu jeito acabou somando desafetos. Um soldado da polícia por nome “Caldeira”, negrão forte, deu baixa e tornou-se seu guarda-costas, na voz geral seu jagunço, entre muitos outros.”, relata Mariazinha. Fisicamente, Salomão era um homem forte e bonito, de olhos e cabelos claros, que gostava de brincar e agradar crianças e moças, sendo gentil quando desejava. O escritor, poeta, contista, cronista, pensador, pesquisador, historiador e produtor cultural Cornélio Ramos nos

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ATA da Intendencia em 1924 assinada por Salomão de Paiva

revela em sua obra “Catalão de ontem e de hoje”, que “Salomão foi um cidadão estranho. Às vezes revelava-se justo e bondoso, outras, violento e perverso. Carregava em si uma dupla personalidade”. Mandava seus jagunços matar seus adversários e depois comparecia ao enterro, e ainda mandava condolências à família do morto. Acusado de muitas mortes daquela época, jamais foi processado ou preso por seus crimes, porém, as rixas políticas o fizeram brigar com muitos adversários, o que causou sua morte aos 50 anos, no dia sete de setembro de 1924. Naquele dia, mataram também o “Caldeira”. Com aquele episódio, chegava ao fim as violências daquele que deixou uma marca negativa na história do Catalão.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

11º

anos

Prefeito

Mário de Cerqueira Netto (Nhôzico)

Registro das bodas de ouro de Mário e Juvenília

Mário de Cerqueira Netto, o Nhôzico

A

ntepassados contam que Mário de Cerqueira Netto, (Nhôzico) nasceu em 4 de março de 1886. Natural de Catalão, era filho de João de Cerqueira Netto e Henriqueta Cristina e a exemplo do pai foi intendente de Catalão e ocupou também o posto de Juiz Municipal. Pai de onze filhos, o décimo primeiro Prefeito de Catalão foi casado com Juvenília de Campos Netto. Político atuante e de prestígio, foi exemplo para os filhos João Netto de Campos e Jaci de Campos Netto, que também se destacam na política municipal e estadual. No ano de 1924, o então intendente de Catalão Salomão de Paiva foi brutalmente assassinado, com isso, Nhôzico que era o vice-intendente assumiu o

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cargo. De personalidade alegre, gostava de festas e em sua gestão ofereceu ao povo catalano a Banda de Música do Maestro José Gonçalves Valim Pirahy, que posteriormente foi substituída pela Banda do Maestro Eduardinho. Maria das Dores Campos, a Mariazinha relata em uma das suas obras que essas bandas animavam os domingos na praça do jardim e também tocavam em vários outros eventos, inclusive na Festa de Nossa Senhora do Rosário. Mariazinha conta ainda que a princípio, o mentor político dos “Nettos” era Getúlio Vaz, casado com Dagmar, sobrinha de Nhôzico, porém, com a Revolução de 1930, Getúlio afastou-se da política e José Netto Carneiro, irmão de Nhôzico assumiu a liderança. Sylvim Netto, do Blog Nosso Catalão, relata que Domingos Netto de Velasco, primo de Nhôzico, político de âmbito nacional, elegeu-se senador pelo estado do Rio de Janeiro e fundou em Catalão o PSB – Partido Socialista Brasileiro, pelo qual em 1947 João Netto de Campos elegeu-se Prefeito de Catalão (o primeiro prefeito eleito pelo voto direto). Em 1924, quando os meios de transporte eram difíceis e os problemas muitos, Nhôzico mandou quatro de seus filhos para Uberaba/MG (João, Jacy, José e Arari) onde foram matriculados no Colégio Diocesano, em regime de internato. As ligações políticas de Nhôzico transcendiam as fronteiras do município e do estado, prova disso foram as festividades que lhe prepararam os filhos por ocasião de seu aniversário em 1944. O evento foi noticiado em jornais de toda a região, inclusive Triângulo Mineiro, onde seu filho João Netto mantinha grande relacionamento com criadores de zebu. Quando João Netto assumiu a prefeitura em 1947, o pai Nhôzico foi de grande participação nas decisões políticas de Catalão. Mário de Cerqueira Netto faleceu em Catalão no dia 24 de setembro de 1969.

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CATALÃO

12º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Augusto Netto Carneiro

Ao ser construída por Augusto Netto Carneiro, a Praça Getúlio Vargas ganhou o nome de Praça Eugênio Caiado Jardim

A

ugusto Netto Carneiro ocupou o cargo de Intendente Municipal de Catalão de 1927 a 1929. Filho de Pedro Netto Carneiro Leão e Henriqueta Cristina da Silveira Netto, dedicou sua vida à cidade. De acordo com a professora Maria das Dores Campos, a Mariazinha, em sua obra “Catalão: Estudo Histórico e Geográfico”, ele ocupou vários cargos públicos, destacando-se sempre por grande prudência e compreensão em todos os seus atos. Foi presidente do Conselho Municipal por volta de 1910, ocasião esta em que Catalão atravessou uma fase de grande desenvolvimento econômico e social. Ocupou por largo período o cargo de juiz municipal, tornando-se o protótipo do Juiz, pois era um homem sensato, amante da justiça, sereno e tranquilo, de porte altivo e sóbrio, amigo de todos conforme relatos de Mariazinha, que destaca também sua administração benéfica e eficiente, cuidando de problemas econômicos e sociais. “Construiu o nosso jardim (Praça Getúlio Vargas), apesar do município naquela época dispor de uma arrecadação diminuta. Foi o nosso jardim público considerado o melhor do Estado de Goiás com uma bonita e perfeita iluminação embutida, que pela deficiência de energia elétrica precisou ser abandonada e modificada”, conta a professora em sua obra. Augusto Netto Carneiro militou politicamente ao lado do líder Alfredo Paranhos e com a morte do mesmo, tornou-se orientador político da tradicional família Netto. Isso aconteceu pelo fato de Augusto ser o mais velho entre os irmãos José, Emerenciana, Benjamin, Maria Benvinda, Joaquim, Mário, João e Felicidade. Político que sempre agia como elemento pacificador, Augusto Netto Carneiro, foi dono de uma mocidade próspera financeiramente, mas empobreceu com a política. Dona Mariazinha ressalta que mesmo sem recursos materiais, nunca perdeu e sim aumentou ainda mais seu valor moral e administrativo ocupando vários cargos importantes. “Teve por muitos anos grande força política em suas mãos, sendo um fiel e dedicado correligionário do eminente e prestigioso Leopoldo de Bulhões, o qual foi Ministro da Fazenda. Porém, mesmo com tantas possibilidades para enriquecer, morreu pobre, não legando à sua família, senão um nome honrado e uma vida impoluta.

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Augusto morreu em

1929, quando ainda ocupava o cargo de

Intendente Municipal,

mas seu prestígio político

teve continuidade através de alguns irmãos.

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Noiva Luana foto: Daniel Teixeira Fotografia

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CATALÃO

13º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Antônio de Paiva Sampaio

Ata com registro sobre a proibição da criação de porcos na cidade

A

Revista Portal VIP não conseguiu nada sobre a biografia do 13º Prefeito do Catalão, porém encontramos uma passagem interessante desse prefeito e que achamos importante dividir com os leitores, uma vez que Catalão, felizmente, através de Fernando Goulart Marcelino, promove esses concursos até os dias atuais. O médico coloproctologista e Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Hélio Mo-

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reira, em 10 de outubro de 2009, publicou em seu Blog Minhas Crônicas, “A MOÇA MAIS BONITA DE CATALÃO”. Na crônica, Hélio repercute sobre um concurso para eleger a mais bela senhorita de Catalão em 1929 e os concursos para musa dos times de futebol profissional do nosso Estado. Moreira deixa claro que não é intuito dele fazer um comparativo, porém, para curiosidade, relata um acontecimento ocorrido na cidade de Catalão no início do século XX e que foi publicado no jornal “O Araguary” de Araguari, no Triângulo Mineiro. “Foi justamente neste ano de 1929 que a cidade de Catalão promoveu um concurso para eleger a mais bela senhorita da cidade. A razão deste concurso era a necessidade de se escolher a representante do município para o certame que seria realizado na capital do Estado, onde a vencedora iria disputar, com as representantes dos outros municípios, o título de Miss Goyaz. O Intendente Municipal informava, por meio de edital, “que as despesas desta viagem, ida e volta, seriam a expensas do município e a candidata que fosse escolhida como a mais bela do estado ainda faria jus ao prêmio de 1:500$000 a ser oferecido pela redação do jornal “O Democrata” e as despesas da viagem, ida e volta, ao Rio de Janeiro, seriam custeadas pela redação do jornal “A Noite”. Finalmente, informava ainda o edital, “caso ocorresse que a candidata vencedora estivesse impossibilitada de ir, pessoalmente, à capital de Goyaz, a mesma se obrigaria a enviar à redação do jornal “O democrata” uma fotografia, para que pudesse ser julgada pela Comissão Central do concurso”. No dia 17 de fevereiro de 1929, segundo informa o citado jornal “na sala do Paço Municipal de Catalão, com a presença do Senhor Major Antônio de Paiva, Intendente Municipal, senhores Luiz Alcântara de Oliveira e Diocles Gomes Barbo de Siqueira, procedeu-se a apuração dos votos. Aberta a urna, constatou-se 265 cédulas, devidamente assinadas pelos respectivos votantes, cuja apuração, de acordo com as instruções da Comissão Central do Estado, indicou o seguinte resultado: Dália Sampaio 173 votos, Flora Sylvia Victor Rodrigues 33 votos, Floracy Artiaga 13 votos, Gloria Porto Guimarães 4 votos, Marieta de Melo 3 votos, Dhalia Branca do Brazil 2 votos, Hilda Margon 2 votos, Amélia Kotnick 2 votos, Ignácia Guimarães 1 voto, Astréa Bretas 1 voto, Maria da Rocha 1 voto, Helena Paranhos 1 voto. Deixaram de serem apurados 25 votos por não preencherem os requisitos exigidos para o concurso. À vista do resultado acima obtido, a Comissão proclamou a senhorita Dália Sampaio a mais bela deste município. A Revista Portal VIP não conseguiu acesso a uma fotografia da senhora Dália Sampaio, mas gostaríamos de prestar uma homenagem a ela, bem como ao intendente. Caso nossos leitores tenham informações dos mesmos, favor entrar em contato com a Portal VIP pelo telefone: (64) 3442 6963, ou através do e-mail revistaportalvip@gmail.com.

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CATALÃO

14º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Álvaro Paranhos de Mendonça

D

e acordo com o Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro 1891 a 1940, Ano 1924/ Edição C00080 - Pag: 1172, “CATALÃO Cidade, sede da comarca do município, situada sobre quatro encostas formadas pelo ribeirão Catalão (Pirapitinga) vertentes da Taquara, Beatriz e Grota. Tem uma Estação de Estrada de Ferro, telegrapho, telefone, uma Álvaro Paranhos de Mendonça igreja matriz sob a invocação de N. S. Madre de Deus, uma capella de São João no alto Morro da Saudade, e um templo de culto protestante. Conta 450 casas e 8.000 habitantes”. O catalano Álvaro Paranhos de Mendonça nasceu no dia 14 de abril de 1888, filho de David Camões de Mendonça e Elisa Angélica Paranhos, sobrinho do poeta Ricardo Paranhos, seu avô, o senador Paranhos foi assassinado numa emboscada em frente à sua casa, onde hoje é o prédio do William Tartucci, na esquina da Avenida 20 de agosto com a Praça Getúlio Vargas. Tendo estudado pouco tempo em São Paulo, Álvaro foi encarregado do recenseamento da zona de Catalão no governo de Epitácio Pessoa, entre 28

de julho de 1919 e 15 de novembro de 1922. Casou-se com Dilly Guimarães (filha de Major Paulino e também irmã de Portugal Porto Guimarães) e do matrimônio nasceram Maria Isabel (casada com o ex-deputado Estadual João Netto de Oliveira), Rio Branco Paranhos, Rivadávia de Mendonça, Ruy, Irmã Yolanda, Ivone, Yoli Camões de Mendonça, Yara, Riolando e Rubens Mendonça. Destes, apenas Yolie e Ruy são vivos e residem em São Paulo. Assim como seu pai, Álvaro foi um dos fundadores da Loja Maçônica “Paz e Amor III” de Catalão. Filiado ao Partido Democrata, Álvaro foi membro do Conselho Municipal do Catalão, Intendente Municipal Interino e deputado Estadual, 11ª Legislatura (1929-1930). Fotógrafo profissional, Álvaro Paranhos morreu jovem. Após sua morte, sua esposa mudou-se para São Paulo levando os filhos, exceto Yolanda e Maria Isabel.

Primeiros maçons - O segundo sentado, da direita pra esquerda é Júlio Paschoal, depois é Álvaro Paranhos

José Isaac Morato do Couto dedica a Antônio Guimarães de Faria, em 1905. O fotógrafo Álvaro Paranhos

Angélica Paranhos, Davi Camões de Mendonça e o filho Álvaro Paranhos

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Sylvio Netto Lorenzi, do Blog Nosso Catalão, revela que o quadro abaixo é uma homenagem que Álvaro Paranhos fez a seu tio Ricardo Paranhos. Nele, Álvaro transcreveu de próprio punho o célebre poema, “Despedida de Catalão”, de autoria de Ricardo Paranhos.

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Fotos: Cristiane Paes

Conheça um pouco sobre a Franquia Ortobom em Catalão, através desta entrevista com os proprietários da Franquia André Ribeiro e Luciana Silva Só.

Luciana, André e princesa Mariana

Portal VIP: Como é para vocês participarem do crescimento de Catalão com a Franquia Ortobom? Luciana e André: Nos sentimos muito honrados em fazer parte do crescimento de nossa cidade, esperamos que cada dia surja mais espaço para empresas, grandes ou pequenas e que estas possam gerar mais empregos e principalmente melhor qualidade de vida para seus habitantes. É muito gratificante fazer parte da história de Catalão e queremos sempre contribuir para o seu desenvolvimento. Portal VIP: Como surgiu o projeto Ortobom na vida de vocês? Luciana e André: Era um sonho antigo nosso abrir uma franquia, só não imaginávamos que seria a segunda

maior rede de franquias do Brasil e nem que trabalharíamos com a maior empresa de colchões da América Latina. Era de interesse da Ortobom abrir uma loja exclusiva em Catalão e foi em um acaso que nos encontraram, por sorte tínhamos o perfil e em pouco tempo vimos nosso sonho se tornar realidade. Portal VIP: Quais são os diferenciais da empresa? Luciana e André: Começa pela marca consolidada, quando se fala em colchão a primeira marca que vem à cabeça é a Ortobom, hoje pelo menos 70% do mercado de colchões é da Ortobom, é uma empresa na qual podemos confiar. O principal diferencial são os produtos, expomos uma linha exclusiva, ou seja, os produtos que vendemos só

podem ser encontrados nas franquias e aqui em Catalão só nossas duas lojas que os catalanos usufruem destas opções exclusivas. Depois, é algo de que a cidade carece muito, que é atendimento, e procuramos dar a nosso cliente um atendimento diferenciado. Não visamos apenas o lucro, na verdade nosso interesse é fidelizar o cliente e isso só é possível vendendo o produto certo para ele. Já vimos em muitos lugares o vendedor empurrar o produto mais caro no cliente só para ganhar uma comissão maior, fazem isso sem ouvir a necessidade do cliente, sem procurar saber o que realmente ele busca e acaba que nesses casos o cliente não retorna e ainda fala mal do produto, sendo que na maior parte das vezes não é que o produto seja ruim, apenas não é o produto certo para aquele cliente. Estamos constantemente preocupados em ouvir nosso cliente pra atendermos a sua real necessidade. Muitos chegam perguntando qual o melhor colchão, e a resposta quem tem é nosso cliente, já que o que é bom para um, nem sempre é para o outro. Para ter o colchão ideal precisa ser levado em conta o biótipo do cliente e o conforto que ele busca, o gosto é algo individual. Para conseguirmos um melhor atendimento, algo diferenciado, estamos constantemente treinando nossos consultores, principalmente através dos cursos oferecidos pela fábrica. Como trabalhamos somente com a linha exclusiva Ortobom, nossos consultores conhecem afinco o produto, e desta forma sabemos o que estamos oferecendo, tornando mais fácil e eficiente o atendimento ao cliente. Portal VIP: Existem planos para o futuro? Luciana e André: Temos planos de expansão, queremos tornar nossa marca e produto ainda mais conhecidos em Catalão e região. Para isso, estamos sempre realizando grandes promoções, feirões nas cidades vizinhas e a Ortobom está sempre lançando novas linhas de colchões para oferecer, além de preço, os melhores produtos. Portal VIP: Qual a mensagem de vocês para a Catalão que cresce a cada dia? Luciana e André: Desejamos que os catalanos tenham muito mais motivos para celebrar e festejar.

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CATALÃO

15º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Jocelyn Gomes Pires

De acordo com José Maurício Paschoal Salles, o carro seria este, que aparece nesta foto e que foi vendido a João Paschoal no exato dia em que a foto foi tirada. Jocelyn é o mais alto de chapéu e à frente está João Paschoal (pai de Ênio, Sílvio e Júlio Paschoal)

Jocelyn Gomes Pires

J

ocelyn Gomes Pires nasceu em 1874, em Vila Real de Queluz, hoje Conselheiro Lafaiete/MG. Filho de José Pires Gomes e Maria da Trindade Pires Gomes, ainda jovem mudou-se para Catalão. Aqui conheceu e casou-se com a filha de portugueses, Arminda Patriarca Pires com quem teve os filhos: Moedson, Dália, Olavo, Pedro, Tharciso e Maria. A neta de Jocelyn, Maria José (filha de Tharciso), conta que a diferença de idade entre eles era grande, mas normal para aquela época. “Vovô tinha mais de 30 anos e vovó apenas 13 quando se casaram. Papai nos contava que ela era linda, loira de olhos azuis.” Maria José revela ainda que o avô foi dono do primeiro automóvel de Catalão. “Vovô ia até São Paulo e lá em uma concessionária importada comprava carro vindo da Alemanha. O primeiro carro de Catalão veio de locomotiva, todo desmontado e aqui ele mandou montar.” Jocelyn foi na verdade, Coronel Jocelyn Gomes Pires. Proprietário da Fazenda

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Saudade, tinha jagunços que andavam ao seu lado sempre atentos para garantir a segurança. De acordo com Celso Gomes Pires, neto do coronel, nessa fazenda Jocelyn montou uma usina onde se fabricava açúcar cristal. “Meu avô era devoto de São João Batista e nomeou a usina de São João. Ali eram fabricados a Pinga São João e o açúcar São João. Hoje ainda é possível ver a base de cimento do que restou.” Celso revela também que foi o avô quem fundou o Cemitério Municipal, quando era intendente, “O Cemitério antigo estava localizado onde hoje é a Praça Duque de Caxias, quando meu avô foi intendente, ou seja, prefeito, ele fundou o cemitério. O primeiro corpo a ser enterrado ali foi de Antônio Gerônimo Pires, que era escravo do meu bisavô, pai do Jocelyn e que com a abolição, foi meio que adotado pela família e acabou sendo meio irmão de criação do intendente”. Homem bravo, mas de coração caridoso, foi também o nobre coronel quem doou ao município as terras que abrigam a capela de São João, no alto do Morro da Saudade. “Aquelas terras pertenciam as Sesmarias que meu avô herdou, com isso ele doou para que ali fosse construído o Morro de São João”, conclui Celso Gomes Pires. Presidente em 1913 da primeira diretoria do Sindicato dos Criadores de Catalão, Jocelyn teve como 1º vice: Francisco Felipe da Silveira, 2° vice: João Batista de Paiva, 1°secretário: Mário de Siqueira Netto, 2°secretário: João Hummel e como tesoureiro, Pedro Ayres da Silva. De acordo com a obra Memorial do Catalão, de Antônio M.J. Chaud, no dia 12 de janeiro de 1916, o intendente municipal de Catalão, pela resolução nº 1 desta data, concedeu recursos para a construção de um coreto de madeira na Praça da República, posteriormente chamada de Praça Eugênio Jardim e agora Praça Getúlio Vargas. Em 26 de março de 1916 passou o exercício do cargo ao vice-intendente municipal de Catalão, Christiano Victor Rodrigues. No dia 4 de abril, reassumiu o cargo onde ficou até 7 de setembro daquele ano. Jocelyn morreu em 1935.

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CATALÃO

16º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Diógenes Dolival Sampaio

De João Margon para Diógenes Sampaio

1947 a abril de 1948, secretário de Estado do Interior e Justiça, governo Coimbra Bueno, deputado estadual, UDN, 2ª Legislatura, de 1951-1955. Também foi Legionário de 1930, Dirigente do Partido Social Republicano/PSR, situação pós 30. Filiado à União Democrática Nacional, pós 1945, Conselheiro Administrativo do Banco do Estado de Goiás e faleceu em 14 de maio de 1982.

Diógenes Dolival Sampaio

F

ilho do fazendeiro e coronel Luiz de Paiva Sampaio e da dona de casa Ermelinda Evangelista da Rocha Sampaio, o industrial e advogado formado pela Faculdade de Direito de Goiás, Diógenes Dolival Sampaio nasceu em 21 de maio de 1900 em Catalão. Casado com Auristela, era pai de Alda, Luiz, Maria Helena e Dora. Dotado de princípios democráticos, Diógenes foi prefeito de Catalão em 1930, deputado estadual de 1935-1937, eleito 6º suplente do PSR, assume em 15 de abril de 1937. Assume como deputado estadual, UDN, Constituinte e 1ª Legislatura de 1947-1951. Foi presidente da Assembleia Legislativa de abril de 1948 a abril de 1949; Vice-presidente de julho de

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De acordo com Antônio Azzi, no livro “Catalão Ilustrado” Diógenes era um homem de espírito inovador e esclarecido. Ao seu ideal de liberdade e progresso, aliava-se destemeroso patriotismo, tanto assim que na direção dos negócios do Município imprimiu ao seu governo diretrizes inteligentes. Foi realmente fecunda e proveitosa sua atuação administrativa. De acordo com seu programa, levou a efeito numerosos empreendimentos de interesse público. Suas obras, dada relevância, lhe consagraram a administração, de passo que concorreram elas, sobremaneira, para melhoria dos aspectos urbanos na época como abertura, alargamento, sargeteamento, cascalhamento, abaulamento de vias públicas; construção e reconstrução de pontes, autovias e de um campo de aviação; reorganização do aparelho administrativo da municipalidade, principalmente do serviço de contabilidade; difusão do ensino na zona rural e auxílio a estabelecimentos de instrução e beneficência; amortização de dívidas passivas e reajustamento das finanças municipais.

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18º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Anísio de Oliveira Gomides

D

e acordo com Antônio Azzi (em memória), no livro “Catalão Ilustrado” de 1937, Anísio de Oliveira Gomides foi eleito em 1º de dezembro de 1935 sob a legenda do PSR e tomou posse em sessão realizada a 29 do mesmo mês e ano, no cargo de Prefeito de Catalão. Nesta última data também se empossaram, nos seus cargos de vereadores municipais, Diógenes Dolival Sampaio, Dr. José Bernardo Félix de Souza, José Neto Carneiro, Enéas da Fonseca, Francisco Neto, Pio Gomes da Silva e Eustáquio Ribeiro de Macedo. Sobre a administração do prefeito Anísio, Azzi conta que um cunho de rigorosa honestidade, a par de esclarecidas diretivas, Sabino, filho do ex-prefeito Anísio constantemente presidiu aos serviços da administração municipal, excedendo-se sempre em zelos tanto o Executivo como o Legislativo. E que, os serviços prestados pelo Governo Municipal em todos os setores da administração – obras públicas, educação e saúde, finanças, etc. – consideram-se importantes para o munícipio. Para que possamos formular um juízo mais exato sobre a administração de Anísio de Oliveira Gomides, Antônio Azzi publicou a transcrição de alguns tópicos da mensagem e relatório por ele apresentados à Câmara Municipal, em 25 de janeiro de 1937. “Fiel ao compromisso por mim assumido, e norteado minha atuação administrativa, em conformidade com as diretrizes delineadas no meu programa de governo... continuação... A minha missão como Chefe do Executivo é somente a de administrar os negócios municipais, inteiramente alheio, por esse lado, às influências de ordem política ou pessoal. A política, não há negar, é que me conduzira ao poder executivo. Dela, porém, me tornei alheio no tocante à administração, embora faça e continue a fazer parte, lealmente do partido sob cuja legenda fôra eleito. Assim pensara, assim fiz, assim venho fazendo, e assim ei de fazer, tendo por primordial objetivo realizar uma administração tanto quanto possível eficiente, escoimada de faltas viciosas”... continuação ... Apraz-me focalizar, agora, os principais fatos da minha administração no período financeiro de 1936. A despesa fichada para a amortização da dívida passiva era de 30:000$000. Agindo com todo o escrúpulo e segurança, sem mesmo ferir interesses aos credores da prefeitura, procedi a amortização de dívidas na quantia total de 22:927$100. Devo frisar que as dívidas assumidas por minha administração e que deixaram de ser pagas por motivos independentes de minha vontade, são realmente diminutas, quase nada pesando as finanças do município. O serviço de iluminação pública da cidade referente aquele exercício foi por mim pago integralmente. Em virtude da redução da dívida passiva, que se vai operando em conformidade com a verba para ela destinada, as finanças municipais melhoraram e hão de melhorar cada vez mais, dado o rigoroso critério observado para tal fim... “Dentre os serviços públicos pela minha administração realizados, destaco os seguintes: Conclusão dos serviços da autovia que vai dessa cidade até o porto do Lalau, do Rio Paranaíba, ligando este município ao de Araguari; Construção de um necrotério no cemitério público municipal e sargeteamento das avenidas deste; Reconstrução de uma

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Família Anísio, num belo registro

Anísio com familiares e alguns soldados

ponte sobre o Ribeirão Pirapitinga, localizada na saída para Goiandira; Sargeteamento, cascalhamento, abaulamento e limpeza em diversas vias públicas, e realização de outros melhoramentos na cidade.” Anísio foi casado com Bernardina e pai de Aníbal, Sabino, Severo, Josefina, Aparecida, Lázara e Joana. A professora Maria das Dores Campos, a Mariazinha, conta em sua obra “Catalão: Estudo histórico e Geográfico” que no período de 1939 a 1945 aconteceram alguns episódios da Segunda Guerra Mundial. Dentre eles, o dia 8 de maio de 1945, quando os rádios gritavam acaloradamente uma alvissareira notícia. A guerra terminou. Sabino de Oliveira Gomides, filho do ex-prefeito, Anísio de Oliveira Gomides, participara da Guerra e Mariazinha conta a reação do pai ao saber da notícia. “Sr. Anísio era um homem sóbrio e calmo, ponderado, não propenso às expansões e arrebatamentos entusiásticos e vibrantes. Porém diante do quadro que estava vivendo, tendo seu filho Sabino na sangrenta guerra, não se conteve. Transformando-se num líder vibrante de entusiasmo saiu, para espanto de todos, à frente de grande multidão que se formou instantaneamente. Homens e mulheres de todas as idades e camadas sociais percorreram as ruas calmas de Catalão, numa vibração de felicidade e desafogo incontidos.”

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CATALÃO

19º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Públio de Souza

CATALÃO FUTEBOL CLUBE - 1937 - Dr. Jamil Sebba, Luíz Sampaio, João Adão, Gabriel Nino, Divano Sampaio, Nego Lourenço, Talles Campos, Filogônico, Webber Campos, Manuelzinho, Frutuoso e Leandro. Agachados: Moédson Pires e Waldemar Ferrugem.

1938 - Churrasco na chácara de Luiz Holl, vendo-se o Prefeito Públio entre Olavo, Maedson e Tarciso Gomes Pires, Iacer Calixto, Oswaldo Schlag, José Kotnik, João Paschoal, Antônio Azzi, Cristóvão Bibica e outros. FOTO: “Memorial do Catalão Antônio Miguel Jorge Chaud”

P

ara entender um pouco quem foi o prefeito Públio de Souza, a Revista Portal VIP cita alguns editais registrados em atas, datadas de 1937 a 1938.

De ordem do S.R. Tenente Públio de Souza, Prefeito Municipal de Catalão, ficam todos os proprietários dentro da zona urbana, que tenham em seus quintais, pés ou touceiras de banana, intimados a mandar arrancá-las até o dia (10) de janeiro próximo entrante e depositá-las na rua onde o caminhão da Prefeitura fará a remoção para local apropriado, sob pena desse trabalho ser executado por esta Repartição e acrescido de mais vinte por cento (20%). (Prefeitura municipal. Edital n. 1, 13 de dezembro de 1937). [...] ficam concedidas quarenta e oito (48) horas de prazo para a retirada de porcos existentes dentro do perímetro urbano e a consequente limpeza de locais onde eram os ditos animais conservados, sob pena de apreensão dos mesmos, além de multas por parte desta Repartição e do Serviço Sanitário do Estado, a cujo Departamento dar-se-á, pelos meios legais, imediato conhecimento de tão grave infração ao Regulamento de Higiene Pública. (Prefeitura municipal. Edital n. 2, 20 dezembro de 1937). O médico Jamil Sebba (em memória), em 1988 cedeu entrevista ao jornal quinzenal “A Voz do Sudeste”. Pai do atual prefeito de Catalão, Jardel Sebba, o nobre médico contou sobre o início de sua carreira em Catalão, trabalhando para Públio de Souza. Quando retornou a Catalão recém-formado e disposto a medicar, em início de 1938, Jamil Sebba começou a trabalhar sob os auspícios do então prefeito Públio, nomeado pelo interventor Pedro Ludovico, dentro da ordem política ditatorial da época. Sebba considerava que “Públio foi um grande prefeito, uma pessoa que serviu como um trator dentro do mato, desmatando os costumes e reprovando as maneiras que o povo tinha.” [...] “Ele proibiu inclusive que

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as pessoas sentassem na calçada. Era muito comum o pessoal no final da tarde sair e conversar na porta da rua. Mandou também que todos os pés de banana fossem arrancados dos quintais.” O afã regulamentador do prefeito na pachorrenta vida de Catalão, na época, prossegue Jamil Sebba fez com que “ele começasse a interferir em coisinhas como, por exemplo, os carreiros de boi não podiam entrar na cidade tocando os bois com facão na cintura, era proibido carregar galinha na Proibição de despejo de madeira em manguara, etc.” [...] “Públio me local público chamou para nomear como médico do município, prometendo como pagamento a isenção de impostos. Depois de algum tempo, o Estado me cobrou o imposto com juros e eu perdi meu trabalho”. Tendo trabalhado um ano como médico escolar, Jamil Sebba lembrava que “Públio reorganizou as escolas, fez muita coisa numa cidade muito parca de recursos, que não tinha nada”, concluiu. Públio não marcou apenas a vida do médico Jamil Sebba, mas a de muitos catalanos da época. Visionário do progresso, no pouco tempo em que exerceu o poder no município, o prefeito obrigou a população a construir banheiros nas residências e acabar com as famosas bananeiras nos quintais. Uma forma de progredir a cidade, nem que fosse apenas pelo saneamento básico. As pessoas contam que Públio realizou um bom governo, quando mais de 20% do orçamento municipal foram aplicados na Instrução Pública. Públio foi sucedido pelo prefeito Armando Storni em 1940.

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CATALÃO

20º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Aníbal Jajah

A foto retrata a inauguração da Chevrolet em Catalão. Na mesma, de acordo com Sylvio Netto, do Blog Nosso Catalão, estão Aníbal, conhecido como Dr. Jajah, Coronel Frazão, atrás do Cel Frazão está Dr. Jamil Sebba e ao seu lado Nazir Safatle. Na sequência está Cristiano Aires e atrás de si um dos donos da empresa, Silvio Netto. Depois João Rabelo, Nain Fayad, Marcos Arruda, Olavo Pires, Jorge Afiune e Siloé Pires.

Anibal Jajah - foto tirada no jazigo da família, em Jataí

F

ilho do grande fazendeiro e político Assad Boatie Jajah, seu pai casou-se com Ermoza Gabriel Tobias Jajah, com quem teve três filhos e mais tarde constituiu uma segunda família e dessa, tendo como esposa Maria Evaristo David, surgiram mais oito filhos, dentre eles, Aníbal Jajah. Natural de Jataí/GO, nasceu em 23 de maio de 1907 e cursou o ginásio no Colégio São Vicente de Paula, hoje Museu Imperial de Petrópolis. O pai de Aníbal, Assad Boatie Jajah era membro da antiga Guarda Nacional e morreu no Rio de Janeiro, em 25 de maio de 1927. Seu corpo foi embalsamado e conduzido para Jataí para sepultamento. Quando de sua morte, apareceram no inventário somente os filhos da primeira mulher, Esmeralda e Moysés Jajah, pois uma das filhas já havia falecido. Assad deixou cinco propriedades rurais, totalizando uma área de 2.837 alqueires, uma chácara nas cercanias da cidade e duas casas. 31,6% do montante do seu patrimônio era dinheiro vivo. De todo esse patrimônio, nenhum dos oito filhos

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da segunda família e nem a mulher tiveram participação na partilha. Nessa época, Aníbal era casado com Maria Luíza de Velasco Jajah e em 1931 ingressou na Polícia Militar do Distrito Federal e lá, na antiga Capital da República, fez o curso de Direito, bacharelando-se em 1937. A convite do governador de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, foi prefeito de Santa Rita do Paranaíba e prefeito de coalizão do município de Catalão. Na Ata da Fundação da Santa Casa, consta o nome de Aníbal Jajah sendo titular da seção jurídica, junto aos Drs. Tharsis Campos, José de Campos Meireles, Florindo Braga e José Netto de Campos. Com exceção do Dr. Tharsis Campos, os outros não tiveram participação no processo de construção da Santa Casa. Aníbal foi ex-procurador do Estado e exerceu, por muitos anos, o cargo de Promotor de Justiça na Comarca de Catalão. Foi professor em Jataí e durante 17 anos exerceu a profissão de advogado na região goiana da Estrada de Ferro. Em 1954 assumiu as Secretarias do Interior e Justiça e a de Segurança Pública por solicitação do governador Jonas Ferreira Alves Duarte. Em 1955, o governador José Ludovico de Almeida o levou para a Procuradoria Geral da Justiça. Em seguida veio o governo do José Feliciano Ferreira e o manteve na função até a sua morte. Para a cidade de Jataí, Aníbal Jajah foi um jataiense que se destacou a custa dos próprios méritos e hoje permanece desconhecido na sua terra, bem como em Catalão, a exemplo de tantos outros, embora seu nome seja nome de Rua em Jataí e Itumbiara. Aníbal Jajah faleceu em 03 de abril de 1961, no Rio de Janeiro. (Fonte: Blog Nosso Catalão e Site Histórias de Jataí).

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CATALÃO

21 º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Armando Storni

Av. 20 de Agosto na década de 40

A

rmando de Miranda Storni nasceu no dia 21 de agosto de 1907. Natural de Santa Maria/RS, era filho de Fernando Storni e Vitória Natércia Vargas de Miranda Storni. Nomeado prefeito do Catalão de 1940 a 1942, no dia 2 de janeiro de 1940, nomeou Randolfo Campos para agente municipal de estatística de Catalão. Naquele mesmo ano, o prefeito também contratou com o construtor Francisco Tozzi a construção do Grupo Escolar 10 de Novembro. Afastado do cargo em 1941, Armando de Miranda Storni passou por julgamento na capital do Estado de Goiás sendo absolvido e alvo de grande manifestação de apreço dos catalanos da época. O que provou a administração daquele jovem prefeito ter cativado a simpatia dos catalanos. Na época, ficou conhecido no Estado consolidando a fama de bom e dinâmico administrador. Por isso mesmo sua volta à prefeitura teve repercussão por vários municípios goianos. Apesar de curta gestão administrativa, Storni realizou grandes atos e conta com um grande acervo de obras, como a rede rodoviária que ligou o município a todas as cidades vizinhas; abertura das estradas, que foi o principal fator do surto de progresso da cidade, evidenciando pelo grande incremento nas construções prediais, o que constituiu verdadeira transformação do aspecto urbano. Acrescentando ainda outras obras, como a fundação de escolas, melhoramentos urbanos, e muitas outras. Conseguimos então, perceber o porquê de tamanha acolhida festiva de que foi alvo o prefeito de Catalão. Para entender melhor, no dia 28 de agosto de 1941, o Jornal O Pirapitinga, do diretor Onofre Matías, com os redatores J. Martins, Lourdes Sampaio e Willian Tartuci, publicaram a seguinte notícia: “A volta do Sr. Armando M. Storni, D.D. Prefeito de Catalão”. No conteúdo o seguinte texto: “A 4 do corrente mez, sob a direção do prefeito interino, Sr. Raul da Nova, partiu de Catalão rumo a Goiânia, a maior caravana até hoje feita em nossa terra para uma manifestação a um homem público. Assistir à absolvição inânime do Sr. Armando Storni, o prefeito querido da cidade, foi objetivo desta gente, que não mediu sacrifícios nem olhou distância para dar apoio ao seu chefe do executivo. No dia 5 foi oferecido a caravana um lauto copo de chop no Automóvel Club, falando em

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Sala de Estudos de Ciência no Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus em 1941

nome do ofertante, o Dr. Anibal Jajah. No dia imediato, pudemos mais satisfeitos, apreciar as obras principaes de Goiânia, entre elas, o palácio, o mercado, o Liceu de Artes e Ofícios, o leprosário e a uzina de força e luz, uma produção de 720HP, traduzindo o progresso constante e diário daquela metrópole. Tudo nos causou admiração, não só pela solidez das construções, como também pela ponta de arte que vae em todas elas. A 7 do mesmo, estávamos de regresso a nossa terra. Como estava anunciada a chegada do Sr. Storni para o dia 13, partiam desta cidade cerca de 25 a 30 carros, com destino a Goiandira, para se encontrar com o Sr. Armando. Este logrou evitar a manifestação, talvez pela sua modéstia ou talvez por atraso na sua partida. Na madrugada de 14, pelo ruído de fogos e música, a cidade se achava toda engalanada. Deixava desfilar até o Jardim Público, mil e tantos escolares para assistirem uma missa campal celebrada em ação de graças pelo retorno de nosso prefeito, pelo Rvdo. Mons. Dr. Guilherme; dando-se em seguida na Prefeitura, o reempossamento do cargo. Em seguida a convite do Dr. Raul da Nova, o povo se dirigia para a chácara do Sr. Calixto Abrão para saborear um apetitoso churrasco. (cerca de 2.500 pessoas). À noite, na sede do CRAC, houve animado baile, que se prolongou até altas horas. Felicitações de “O Pirapitinga” ao Sr. Armando Storni e ao povo de Catalão”. Agosto de 1941.

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CATALÃO

24º

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Randolfo Campos

R

andolfo Campos nasceu no dia 24 de janeiro de 1873. Mineiro de São Gotardo, era filho de José da Silva Campos e Joaquina Lina de Campos. Aos 18 anos, de religião protestante, era ministro da igreja e morava em “Bagagem”, hoje, Estrela do Sul/MG, onde trabalhava como pregador e redator de um jornal. Nesta mesma época foi notado e convidado a iniciar estudos no Colégio Internacional de Campinas/SP. Habilitado em concurso público, ocupou, vitaliciamente, com extremado zelo o cargo de 2º tabelião e oficial do Registro Geral das Hipotecas. Devido a uma epidemia de febre amarela abandonou o estado paulista e transferiu-se para Lavras, onde ficou por dois anos. Em seguida foi para São João Del Rei e depois se matriculou no Colégio Mackenzie/SP. Alguns anos passados fixou residência em Catalão, onde trabalhou como professor e jornalista. Advogado, músico, poeta e escritor, Maria das Dores Campos, a Mariazinha, o descreve em sua obra “Gente Nossa”. “Seus escritos refletem bravura de caráter, que não se intimidava diante de mesquinhas perseguições políticas. Lutava de peito aberto contra os oportunistas que sacrificavam o progresso público em proveito próprio,

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com uma coragem e audácia próprias de sua alma nobre e inteligência esclarecida. Muitas vezes foi citado em crônicas de jornais, como um dos mais cultos homens do Sul do Estado de Goiás.” Randolfo Campos foi professor e inspetor do Curso Normal, no Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus, onde trabalhava sem cobrar remuneração, apenas para ajudar o recém-fundado estabelecimento de ensino. Mariazinha relata ainda, que por duas vezes seu tio Randolfo Campos foi advogado gratuito da família. “Tivemos dois processos em casa, um contra mim e outro contra papai, originados de perseguições políticas de Diógenes Dolival Sampaio e Pedro Ludovico Teixeira... Com tio Randolfo aprendi a enfrentar a vida com altivez e confiança e não temer as mesquinhas ameaças políticas, que podem nos tirar o ordenado, que é o nosso ganha pão, mas jamais poderão torcer ou aniquilar o nosso ideal de formação, feito de justiça e integridade moral.” Comparado por Mariazinha com o Professor Antônio Miguel Jorge Chaud da década de 30, Campos era um homem de aparência calma, falava geralmente baixo e pausadamente, mas sua voz se tornava alta, altiva quando o assunto pudesse impedir ou promover o progresso de Catalão. Maria das Dores Campos, em sua obra “Catalão: Estudo Histórico e Geográfico” descreve a luta de Randolfo Campos para que a cruz do Anhanguera, marco histórico da cidade, não fosse transferida para a capital — à época, a Cidade de Goiás — em 1916: “Na ocasião de se retirar a cruz, houve forte campanha entre aquele Juiz de Direito e o Sr. Randolfo Campos, advogado e jornalista, homem de grande cultura que defendeu pelo Correio de Catalão, jornal editado naquela época em Catalão, a ideia de se conservar a cruz, no local colocado por Bartolomeu Bueno da Silva, como marco histórico da Bandeira. Nesta ocasião, dominava a política estadual os “Caiados de Castro”, dos quais Randolfo Campos era adversário político, e o povo catalano, confundindo sua luta patriótica e heroica em pugnar ardorosamente pela conservação do marco histórico, como se fosse uma questão política, não lhe deu a devida atenção e apoio moral, deixando o grande catalano lutar sozinho”. Na juventude, o músico ministrava aulas de acordeon e violão e foi durante essas aulas que surgiu um romance entre ele e a jovem Benildes Donai Victor Rodrigues. O casamento aconteceu em 1899 e deste nasceram Clóvis, que faleceu com quatro anos, Tharsis, Áurea – falecida aos dois anos e Jairo. Com o passar dos anos a família se mudou para o Rio de Janeiro, onde Campos ficou viúvo em 1919. Do Rio, transferiu-se para Belo Horizonte e dai regressou a Catalão. Em 1922, casou com Henriqueta Borges Campos e deste casamento nasceram Héber e os gêmeos Maria José e José Mário. Prefeito interino de Catalão, também foi secretário em vários governos municipais e juiz municipal em Ipameri. Randolfo Campos faleceu em Catalão no dia 6 de julho de 1947 deixando um caderno escrito, de próprio punho, com 54 poesias. É patrono da cadeira número 11 da Academia Catalana de Letras, cujo ocupante é o escritor Haroldo Luiz Pires Campos.


CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

“Muitas vezes foi citado em crônicas de jornais, como um dos mais cultos homens do Sul do Estado de Goiás”.

Corpo técnico e administrativo do jornal Goiaz e Minas — Em pé, da esquerda para direita: 1) Lourival Álvares de Campos (menino); 2) Tomé Paranhos; 3) Absaí de Andrade; Teobaldo Aires da Silva: (menino); 4) Álvaro Paranhos; João Leal; 5) Randolfo Campos — Sentados: 1) Francelino Franklin Ferreira; 2) Ricardo Paranhos; 3) não identificado; 4) Mestre Quincas (com seu filho); 5) Dr. Bretas; 6) Cristiano Victor Rodrigues

Em frente à tipografia do jornal Goiaz e Minas — Da esquerda para direita: 1) Randolfo Campos; 2) Francelino Franklin Ferreira; 3) Teobaldo Aires da Silva: (menino); 4) João Leal; 5) Lourival Álvares de Campos (menino com jornal nas mãos); 6) criança assentada; 7) desconhecido; 8) Álvaro Paranhos; 9) Absaí de Andrade; 10) Tomé Paranhos; 11) Ricardo Paranhos

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Henriqueta Campos, esposa de Randolfo Campos

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CATALÃO

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Francisco Balduíno Santa Cruz

Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus na década de 40

D

e acordo com a tese de doutorado defendida no IG/UNICAMP de Julho de 2002, baseado em TAVARES, Giovana Galvão. Zoroastro Artiaga – o

divulgador do sertão goiano (1930- 1970). “Em Goiás o interventor federal Pedro Ludovico Teixeira, através do Decreto-Lei n. 647 de 27/04/1938, nomeou Abel Soares de Castro e Francisco Balduíno Santa Cruz e Joaquim Câmara Filho, este último substituído por Zoroastro Artiaga (Decreto-Lei n. 846 de 18/ junho/1938), para elaborar o novo projeto do quadro territorial

Ofício sobre desapropriação de terreno

do Estado que teve como objetivo realizar estudos e definições cartográficas dos municípios goianos, originando o documento: Divisão Territorial do Estado de Goiaz no ano de 1940. Tal documento somou-se aos dos outros estados brasileiros com a finalidade de compor uma radiografia do país.” Em 1943 a convite do governador de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, o professor Fran-

com Maria de Lurdes Morais Balduíno e pai de Thelma, Luciana

cisco Balduíno Santa Cruz foi prefeito do município do Catalão.

e outros. Advogado militante inscrito na OAB-GO em 31 de de-

Com isso, nomeou o poeta e ex-desembargador do Tribunal de

zembro de 1944, durante sua administração municipal fundou o

Justiça do Estado de Goiás, Rivadávia Licínio de Miranda para o

Jornal “O Catalão”, expedido pela prefeitura como um órgão in-

cargo de secretário da prefeitura. Balduíno Santa Cruz era casado

formativo das ações do Prefeito.

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International House Mais que um curso de idiomas, uma experiência de vida!

Estar preparado é essencial para aproveitar oportunidades. Em um mundo moderno como o que vivemos, a habilidade de dominar uma língua estrangeira é mais que necessária, é vital para o sucesso de uma profissão, de uma carreira. Catalão passou a contar com uma empresa que garante o desenvolvimento dessa habilidade baseada em métodos internacionais. Facilitar o aprendizado e garantir a fluência é o compromisso dos professores da International House. Proporcionando uma extensão de sete cursos, sendo eles, Português, Inglês, Espanhol, Francês, Japonês, Italiano e Alemão, a International House faz do aluno um cidadão do mundo, com segurança para usufruir das inúmeras possibilidades que o mundo oferece. O empreendedor responsável pelo sucesso da escola, Renato Aires da Silva, esclarece que a instituição conta com uma infraestrutura ímpar e um corpo de funcionários altamente qualificados. “Nossos professores passam por um programa de capacitação que permite que estejam em constante atualização e possam, assim, oferecer dinamismo nas aulas.” E por se destacar no mercado catalano pelo empreendedorismo e comprometimento com sua clientela, a Revista Portal VIP ofereceu a homenagem Top of Mind à International House. “O prêmio Top of Mind é uma grande vitrine, nele estão os que conseguem se destacar no mercado junto ao consumidor e em 2015 esperamos ser novamente reconhecidos pelo trabalho que estamos realizando”, destaca Renato.

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CATALÃO

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Luiz Alcântara de Oliveira

Biblioteca Digital no ano de sua inauguração

F

ilho de Ernesto C. de Oliveira e Maria Alcântara de Oliveira, o ex-prefeito, médico e poeta, Luiz Alcântara de Oliveira nasceu em Quixadá/CE, no dia 31 de julho de 1896. Ainda naquele estado nordestino, começou seus primeiros estudos na grande capital Fortaleza. Anos depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em medicina, mudando-se a seguir para Catalão. Aqui, dedicou o resto de sua vida às comunitárias. O escritor, poeta, contista, cronista, pensador, pesquisador, historiador e produtor cultural, Cornélio Ramos, nos conta em sua obra “Letras Catalanas” que, Luiz Alcântara foi prefeito municipal do Catalão nomeado (estado novo) de maio de 1944 a outubro de 1945. No setor literário, deixou poesias espalhadas em várias publicações. Cornélio revela ainda como foi a morte do médico no dia 5 de maio de 1964. “Sua morte se deu em circunstâncias emocionais, quando atendia um doente seu amigo, (Irineu Rosa) – ao sentir que o mesmo expirava, faleceu também, instantaneamente, no mesmo local. O sepultamento de ambos foi feito simultaneamente no cemitério local.” “No começo do mundo apareceu Eva, que do Céu corrida sai, muitos anos depois Agar nasceu, D´Eva a Agar longe se vai! O Zé pede a um padeiro, homem de escacha, que as vítimas da guerra dê também. Ele arruma no Zé dura “bolacha”, cada um dá do que tem! Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe, Que cada um se segure antes que a coisa desabe.” (Provérbios - Luiz Alcântara de Oliveira).

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Antigamente a Fundação Cultural Maria das Dores Campos possuía em seu espaço a Biblioteca Pública Municipal “Dr. Luiz Alcântara de Oliveira”, com um ambiente pedagógico e vasto acervo de aproximadamente 12 mil livros. Atualmente, o prédio da Biblioteca Digital “Prof. Antônio Miguel Chaud” comporta a Biblioteca Municipal “Dr. Luiz AlDocumentos registram a atuação de Luiz Alcântara cântara de Oliveira”. Um espaço inaugurado pelo ex-prefeito Adib Elias Junior em 2007 e que disponibiliza acervo com aproximadamente 30 mil livros com obras didáticas e literárias de intelectuais da nossa história como Ricardo Paranhos, Roque Alves de Azevedo, Gastão de Deus Victor Rodrigues, Mariazinha Campos, Maria do Rosário Cassimiro, Cornélio Ramos e tantos outros. O espaço também oferece ao público 35 computadores com internet.

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Parabéns Catalão pelos seus 156 anos! Deixo aqui o meu cumprimento a todos os cidadãos Catalanos, aqueles que nasceram nessa terra e aqueles que acolheram como sua cidade natal de coração. Parabéns Catalão, que possamos seguir sempre buscando novos horizontes.


CATALÃO

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Ozark Vieira Leite

Ozark, homem leal

O

zark Vieira Leite foi um homem de muitos amigos e de caráter destacável pela humildade e hombridade. Filho de Ozório Leite e Olinda Vieira Leite dividiu o carinho dos pais com os irmãos: Ozório, Palmira, Olinda e Pompeu. Na vida pública foi honorável pelos trabalhos que desenvolveu inclusive sendo doador de sangue no laboratório do Dr. João Martins Teixeira. “Quando montei meu laboratório em Catalão, o Sr. Ozark residia em frente ao mesmo. Já o conhecia pessoalmente, mas pela vizinhança nossa, a amizade ficou mais sólida e por várias vezes ele doou sangue para pessoas carentes que não tinham familiares para fazer a colaboração”, conta Dr. João Martins. Segundo Dr. João, Ozark foi sócio e também diretor do antigo CRC (Clube Recreativo Catalano). “Foi um homem de fácil convivência, que ajudou a impulsionar o CRC, hoje conhecido como CRAC (Clube Recreativo Atlético Catalano). Muito alegre e extrovertido, frequentou assiduamente as festas que aconteciam naquele tempo, inclusive a festa de Nossa Senhora do

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Ozark com os netos Leonel e Rodrigo

Rosário.” Profissionalmente, trabalhava criando bovinos, como revendedor de reprodutores de Zebu e teve como sócio João Batista de Paiva. Atuou na política sendo prefeito de Catalão na década de 40 pela Rep. Discricionária e em 1963, ao lado do seu vice, Paulo Hummel, que assumiria de 1964 até 1965. Liberal e extremamente correto, Ozark Leite gostava de ajudar as pessoas. “Bastava saber da dificuldade de alguém, para ir até aquela pessoa e resolver o problema. Ele foi muito amigo do meu pai e quando meu pai faleceu, eu era menino, acredito que ele se sentiu na obrigação de me ajudar e foi onde surgiu nossa sociedade. Até hoje costumo dizer que todos os princípios que adquiri na vida foram-me dados por Ozark Leite”, ressalta João Batista de Paiva. Falecido na década de 90, Ozark deixou muitas saudades e uma família extensa, fruto de dois casamentos. Com a primeira esposa, Aurora Paranhos, teve três filhos: Edmilson, Ednice e Maria Eunice. Já no segundo, com Elza Leite Dayrell, teve seis filhos: Ozarkito, Oldo, Osório, Ênia, Olinda e Olízio.

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Asa Corretora de Seguros e Veículos

Fotos e texto: Revista Portal / Maysa Abrão

O empresário que ajuda os catalanos a dormirem tranquilos

D

epois de trabalhar no Banco do Brasil por 19 anos, Danúbio Castro resolveu construir seu próprio sonho e começou a história da Asa Corretora de Seguros. Naquela época, início da década de 90, a cidade tinha carência de atendimento na área de seguros. Em 28 de agosto de 1995 deu o passo rumo ao empreendedorismo.Iniciou tendo como sócio, Júnior da JMK, por um ano e meio, e a Asa ganhou terreno sob a gestão de Danúbio. Foram 18 anos e meio atendendo a demanda na Praça da Velha Matriz e agora, com ambiente amplo e confortável, a Asa Corretora de Seguros está na Av. Raulina Fonseca Paschoal. Relembrando a história da empresa, Danúbio se conta sobre a primeira cliente. “Abri a Asa dia 28 de agosto, um mês antes, 27 de julho, não tinha nem aberto o escritório e a Drª Elaine Rosa Teixeira (provedora da Santa Casa) me procurou dizendo: “Você vai sair do banco? Vou... Você vai mexer com seguro? Vou... Então vou ser sua primeira

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cliente, o primeiro seguro que você vai fazer é o meu”, e assim aconteceu. Seguramos o Golf preto da Elaine e não paramos mais”, destaca ao afirmar que hoje tem a família toda da provedora como cliente. A Asa não parou. Já são milhares de contratos de seguros fechados em quase duas décadas de existência, tendo uma das maiores carteiras de novos e renovação/mensalmente do Sudeste Goiano. Danúbio Castro, além de contar com a dedicação das filhas Isabella e Gabriella, tem Márcio Peres e Ademar como grandes colaboradores, juntamente com uma equipe de 15 profissionais para oferecer o melhor atendimento 24hs por dia, possibilitando que o cliente Asa durma tranquilo. Além de seguros, a Asa também é Asa Veículos, oferecendo as melhores condições para quem quer comprar e trocar de veículo, através de parceria com José Eliseu. E quem pensa que Danúbio está pensando em se aposentar, está enga-

nado! Este dedicado empresário, aos 59 anos de vida, abriu uma nova empresa: Só Vida, Corretora de Seguros. “Essa empresa vai trabalhar somente com seguros de vida. Minha intenção é que daqui háquatro anos essa empresa seja também um grande negócio. Estamos trabalhando com dedicação e amor, plantando os frutos para termos uma colheita farta”, destaca ao salientar a alegria de comemorar 20 anos de mercado oferecendo seguro empresarial, automóveis, residência, seguro de vida e seguro de equipamentos agrícolas através da Asa Corretora de Seguros e Veículos. “Catalão é a minha cidade, quando viajo e alguém pergunta de onde sou, falo: sou de Catalão. É uma cidade onde a gente vive muito bem, cidade maravilhosa, gosto de morar aqui, valeu a pena empreender aqui, valeu a pena crescer junto com a cidade”.

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CATALÃO

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Prefeito

Antônio Miguel Jorge Chaud

Chaud e Juscelino Kubitschek em 1956

O mestre em todos os sentidos, Chaud

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refeito por duas vezes, Antônio Miguel Jorge Chaud, o professor Chaud ajudou a escrever a história de Catalão participando ativamente da vida social, política, esportiva e educacional do município. Nascido em 22 de maio de 1923, em Catalão, o filho dos imigrantes árabes Miguel Antônio Chaud e Cauqueb Chaud foi casado com Maria Sampaio Nogueira com quem teve oito filhos. Educador nato, cultivou o gosto de educar por mais de 60 anos, sendo mestre de Matemática e Inglês em várias escolas como o Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus e Colégio Estadual João Netto de Campos. Professor Chaud, como era carinhosamente conhecido, também revelou um espírito em-

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preendedor: construiu o Ginásio Presidente Roosevelt em 1948, hoje escola Paroquial São Bernardino de Siena. Orador fluente, cultivava hábitos como fazer leitura diária e dizia que as pessoas precisavam ficar atentas ao que acontece no mundo, no país, no estado e na comunidade em que vivem para poder então desenvolver opinião sobre as coisas e atuar como agente de transformação. Outro costume preservado era o uso contínuo de terno, pois o autor dos livros “Imigrantes em Catalão e Memorial do Catalão”, duas obras importantíssimas para a história da cidade, não sabia ficar sem paletó e gravata. Segundo ele, o gosto pelo vestuário surgiu quando tinha treze anos e foi morar em São Paulo para estudar. “Se roupa esquentasse o corpo, no deserto todos andariam pelados”, dizia em tom de brincadeira para justificar que não sentia calor. Presidente do CRAC em 1947, fundador da ACIC/CDL, secretário da indústria e comércio de Goiás e prefeito de Catalão, o professor se viu político por acaso, já que a primeira vez que assumiu o comando da cidade com 21 anos, foi por nomeação do então interventor do estado de Goiás, General Xavier de Barros, e em 1956 pela massa eleitoral. Membro dos festejos do centenário de Catalão e sesquicentenário da Independência do Brasil nesta cidade, Prof. Chaud se sobressaiu como prefeito, tendo inclusive recebido um diploma de honra ao mérito das mãos do então presidente Juscelino Kubitschek em 1956, quando Catalão figurava entre os cinco municípios de maior progresso. Dono de uma vida social ativa, foi membro do Rotary Clube, do Lions, foi provedor da Santa Casa de Misericórdia e membro efetivo da Academia Catalana de Letras, onde ocupou a cadeira de nº 5, cujo patrono é Galeno Paranhos. Bem-humorado, o homem culto sempre foi um porto seguro para todos que dele precisavam. O mestre morreu no dia 10 de março de 2006 deixando um legado que muito orgulha Catalão.

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Prefeito

Luiz Ribeiro Horta

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Revista Portal VIP entrou em contato com a família do 30º Prefeito do Catalão, mas até o fechamento desta, não obtivemos resposta. Sabemos que Luiz Ribeiro Horta foi o primeiro prefeito de Três Ranchos/GO, a partir de sua emancipação política, uma vez que, aquela cidade pertencia a Catalão até 1948, tornando-se independente em 19 de outubro de 1953. Também descobrimos, através da Wikipédia, que os trilhos de ferro foram de grande importância para nossa região, pois foi através deles que “vieram professores e outros técnicos, como o farmacêutico Luís Ribeiro Horta, cuja prática profissional (incluída a de médico) fez dele importante figura política em toda região, tendo sido vereador na cidade de Catalão antes de ser prefeito de Três Ranchos por três mandatos; ainda hoje, os moradores mais antigos da margem mineira do Paranaíba se lembram de como se deslocavam para cá em busca dos bons serviços do “Seu Luís””. Gabriela Guimarães Jeronimo relata em sua dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem - nível de Mestrado - da Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Estudos da Linguagem, em 2014 que, “Em Três Ranchos se formou o aglomerado urbano com um número de habitantes suficiente para se elevar à categoria de cidade e para que isso se tornasse realidade coube ao farmacêutico Luiz Ribeiro Horta, então vereador representante da região, diligenciar junto ao prefeito de Catalão à época, João Netto de Campos, para que a emancipação fosse decretada, o que deveras aconteceu [...] sob a chancela do então governador de Goiás Dr. Pedro Ludovico Teixeira (MELO, 2008, p. 25)”. Luiz Ribeiro Horta foi prefeito interino do Catalão na década de 40. Caso você tenha informações sobre esse nobre senhor, favor entrar em contato com a Revista Portal VIP pelo telefone: (64) 3442 6963, ou através do e-mail revistaportalvip@gmail.com, que teremos prazer de realizarmos as devidas homenagens.

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Prefeito

João Netto de Campos

Em solenidade: Maria das Dores Campos, Jane Goulart Marcelino e o marido Adv. Jamil Marcelino, João Netto de Campos, Altair e esposa, Prof. João Martins, Pedro Goulart. Ao fundo, Jales Rabelo. Nesta época (final da década de 1960), creio, João Netto de Campos era o prefeito municipal

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utodidata, o fazendeiro e agropecuarista João Netto de Campos, conhecido como Velho Guerreiro, nasceu em Catalão, no dia 19 de janeiro de 1911. Filho de Mário de Cerqueira Netto, o Nhôzico e Juvenília de Campos Netto, dividiu a atenção dos pais com mais dez irmãos, mas apenas ele (João Netto) e seu irmão Jacy de Campos Netto se destacaram na política municipal e estadual. Maria das Dores Campos, a Mariazinha, relata em seu livro “Gente Nossa” de 1985 que João Netto de Campos, o Joãozinho, fez seus estudos primários no Colégio Sagrada Família, dirigido pelos padres Agostinianos, transferindo-se depois para o Ginásio Diocesano de Uberaba/MG, onde em regime de internato, fez o 4° e 5° ano primário. “Foram para Uberaba conjuntamente os quatro irmãos: Joãozinho, Zezé, Jacy e Arari. Sendo ele o mais velho, já com 13 anos, quando tomara gosto pelo trabalho da fazenda, não se interessava muito pelos estudos, estando sempre com o pensamento na agradável lida da roça, que lhe absorvia o espírito. Com 15 anos estava de volta, dedicando-se com prazer aos trabalhos da fazenda do pai.” Aos 18 anos casou-se com Maria Isabel de Mendonça Netto, vindo a ser pai de Mário Mendonça Netto (Deputado Estadual, 1955- 1959), Yedda, Álvaro e Marly. Apaixonado pelas atividades rurais, atra-

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À esquerda do Capitão do navio estão Da. Maria Izabel, João Netto de Campos e seu irmão Darcílio com a esposa Zilda, que o acompanharam até o porto de Santos, juntamente com Yara, irmã de Da. Izabel (a primeira à esquerda). Atrás do capitão está Silvio Netto de Campos, também irmão de João Netto e que o acompanhou até o México


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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Inauguração do Aeroporto de Catalão em 1952. A foto registra a aeronave da Aerovias Brasil ao pousar

Teco-teco de João Netto de Campos

vés do tio Zeca Netto, com quem era muito ligado, fez amizade com grandes criadores de gado e lavouristas do Triângulo Mineiro, principalmente Araguari, Uberlândia e Uberaba. Mariazinha nos relata um João Netto de temperamento ousado e corajoso. “Joãozinho avançava nas atividades pecuaristas da região, tornando-se famoso e conhecido pelas grandes boiadas exportadas para o Estado de São Paulo, especialmente para os frigoríficos de Barretos. Também se expandia na lavoura, conseguindo notáveis colheitas de cereais como arroz, milho, feijão e cana-de-açúcar, sustentando a usina de açúcar “Martins”, durante vários anos”. Moderno e audacioso, aquele Netto usava técnicas e máquinas de última geração. Em 1943 resolveu mudar para Uberaba e naquela cidade mineira teve grandes negócios pecuários, vivendo em contato com grandes pecuaristas do Triângulo Mineiro. Mauro Campos Netto, sobrinho de João, conta ao Blog da jornalista Deise Bastos Pasquarelli, que logo nos pós-guerra, idos de 1945, o tio quis estreitar laços com países que haviam se aliado naquele período conturbado. Criador de gado Zebu, embarcou num navio petroleiro, no porto de Santos, aproximadamente 300 cabeças para o México. “Depois da viagem, o gado ficou numa quarentena por conta da prevenção de possíveis contágios, como febre aftosa. Mas, na verdade, o que acontecia ali era um embargo, pois os Estados Unidos não queriam o gado brasileiro no México. Depois de 120 dias da chamada quarentena, o gado foi vendido (não foi negociado como era pretendido) e o país ordenou que cada proprietário matasse e enterrasse os animais, pondo fim a uma história que certamente teria rendido frutos”, conta Mauro. Ainda sobre esse episódio, Mariazinha nos revela que nessa luta estiveram Joãozinho e seu irmão Sílvio em contato com Eisenhower, então presidente dos Estados Unidos. “Terminada essa pendência, regressou ao Brasil e chegando a Catalão foi recebido pela população como herói devido às manchetes em grandes jornais. Possuía um avião teco-teco, e ao chegar nele no campo de pouso, ao pé do morro de São João, foi

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João Netto e uma de suas paixões, os bovinos

Em 1968, posse de João Netto de Campos como prefeito e José Teodoro de Souza como vice

recebido com calorosos aplausos pela multidão que o esperava e o trouxe a pé até a casa de seu pai.” Após esse acontecimento, João Netto voltou para Uberaba e nessa época surgiu a nova constituição que determinava as eleições. Com isso, Mariazinha relata que o partido de oposição precisava de um grande candidato para fazer frente ao partido do governo, não só forte pelo amparo legal, como pelo seu candidato - Ovídio Carneiro, homem de grande prestígio

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Na década de 50, João Netto e Juscelino inspecionam local onde seria construído o Aeroporto de Catalão

eleitoral e fortes qualidades pessoais. Assim surgiu a candidatura de Joãozinho, sendo lhe enviado em Uberaba, onde residia, um abaixo assinado de três mil assinaturas, pedindo regressar à sua cidade, como candidato da oposição. “A tradição política de sua família; a sua ousadia na exportação de gado; o término da segunda grande guerra e o fim do regime da ditadura do estado novo foram fatores que lhe deram estrondosa vitória sobre seu adversário. Assim entrava em 1947, aos 35 anos, João Netto de Campos na política para governar o município depois de uma ditadura de 17 anos. O senador Domingos Netto de Velasco, seu primo, fundou em Catalão o Partido Socialista do Brasil - PSB; e Joãozinho triunfava por esse partido sendo o primeiro prefeito eleito no Brasil pelo Partido Socialista Brasileiro.” Veja alguns feitos do primeiro prefeito eleito pelo voto direto, em 1946, cargo para o qual seria eleito mais uma vez em 1969: Construiu diversas estradas levando a comunicação e o transporte a grandes e pequenas fazendas e até mesmo a ranchos, onde se plantava ou se colhia cereais. Construiu pontes no município e na cidade. Ajudou a lavoura, comprando um conjunto de tratores e arados, que atendiam os fazendeiros da região. Participou com sua administração com todas as iniciativas de importância da comunidade, como o posto agropecuário, a Santa Casa de Misericórdia, o aeroporto, a ponte sob o Rio São Marcos. Para dois benefícios em Catalão, ele que não contava com o apoio do governo de Goiás, amparou-se ao Estado de São Paulo, então governado por Adhemar de Barros, que veio visitar Catalão, dando a solução para a criação da agência do Banco do Brasil e a energia elétrica, que pertencendo a particulares, não correspondia às necessidades da cidade. Ajudou na criação de um ginásio misto estadual, o Banco do Estado de Goiás e o Colégio Estadual que leva seu nome. Como homem público foi ainda Deputado Estadual, PSP, 2.ª Legislatura, 1951-1955. Deputado Federal, suplente do PSP, 1955-1958. Deputado Estadual, PDC-MTR, 5.ª Legislatura, 1963-1967, Prefeito Municipal de Catalão, MDB, 1970-1972. Deputado Estadual, MDB, 8.ª Legislatura, 1975-1979. Vice-prefeito Municipal de Catalão. PMDB, 1983-1988. Vereador da Câmara Municipal de Catalão, PL, 1989-1992. Suplente de Vereador, Câmara Municipal de Catalão, PSDB, 1992-1996. Filiações partidárias: PSB, PSP, PDC, MDB, PMDB, PL e PSDB. Exerceu em Catalão expressiva liderança, onde em comícios falava verdades nuas e cruas, onde passou a ser chamado de Velho Guerreiro. Em seus discursos políticos ficou marcado pelo jargão “Povo meu, gente minha”. No Blog Nosso Catalão, Sylvio Netto Lorenzi, neto de João Netto, nos conta que a vida do avô não foi marcada apenas por seus feitos políticos, mas também por alguns episódios que demonstraram como era seu caráter de pessoa dada, principalmente, à caridade e solidariedade. “Não é de hoje que a política sempre

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Maria Izabel, João Netto de Campos e Silvio Netto de Campos

O Deputado Estadual João Netto de Campos recebendo o vice-governador de São Paulo, Dr. Erlindo Salzano

João Netto e populares

motivou o acirramento das forças envolvidas no processo. E foi a política que levou às vias de fato João Netto e um primo de sua esposa, Palissy Guimarães, filho de Portugal Porto Guimarães. No auge do conflito, Palissy, de cima de sua montaria, agarrou João Netto numa “gravata” e desferiu-lhe um tiro cujo projétil lhe atravessou o rosto, arrancando um pedaço do lóbulo da orelha esquerda e alojando no braço do atirador. O desfecho desse incidente foi que, vendo Palissy que muito sangrava no braço, mandou que o levassem, em seu aeroplano, para Araguari, para receber o atendimento médico necessário. E foi este mesmo aeroplano que quase matou João Netto. Certa ocasião, estando em pleno vôo, o motor começou a falhar e vindo a se apagar por completo, obrigou João a fazer pouso forçado em uma aguada próxima ao Rio Paranaíba. Após o acidente, verificou-se que haviam sabotado o tanque de combustível, misturando água de enxurrada à gasolina. E foi esse mesmo aeroplano que João Netto doou para a construção de uma das obras mais importantes de todos os tempos para Catalão e toda a região da estrada de ferro: a Santa Casa de Misericórdia de Catalão. E nestes tempos em que a moral da classe política do Brasil anda mais baixo que “diferencial de sapo”, como diz a sabedoria popular, o maior exemplo, o maior legado que João Netto de Campos deixou é que, apesar de todos os cargos para os quais foi eleito, morreu em 13 de novembro de 1996, pobre, deixando tão somente um Fusca 1981, branco. Veja mais sobre a vida desse nobre homem no link: http://nossocatalao.blogspot.com.br/search?q=jo%C3%A3o+netto+de+campos


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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Prefeito

Cyro Netto

Cyro na cadeira de prefeito

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ilho de João de Cerqueira Netto e Maria Donária Barbosa Netto, o prefeito de Catalão eleito no dia 1º de outubro de 1950, Cyro Netto tomou posse no cargo em janeiro de 1951. Natural de Catalão, Cyro nasceu no dia 1º de novembro de 1907 e viveu com os pais na fazenda até completar doze anos. Daquela época até o dia do seu casamento, morou em Catalão com o tio Lourival Álvares de Campos. Casado com Aída Brêtas Netto, filha de Enéas Tolentino de Figueiredo Brêtas e de Rita Paranhos Brêtas, tiveram doze filhos, onde atualmente (agosto de 2015), todos vivos. São eles: Maria Terezinha Netto Oliveira, Maria Lúcia, Maria Antonieta, Mauro Silvio, Maria Augusta, João Enéas, Luiz Renato, Maria Angélica, Marcelo, Gustavo Adolfo, Marcos e Lúcio Antônio. Desses doze, Antonieta, Mauro, Marcos, Maria Lúcia e João Enéas residem em Catalão. Logo após seu casamento, Cyro foi morar em Ouvidor, onde exerceu a profissão de farmacêutico. Naquela época conquistou a simpatia de toda população com seu trabalho regional, abrangendo naquela época Ouvidor e Três Ranchos. Ambas as cidades faziam parte do município de Catalão. No ano de 1943 retornou a Catalão e aqui adquiriu em sociedade com Sylvio Netto de Campos a concessionária Chevrolet. Aos 42 anos, tornou-se prefeito de Catalão, substituindo o prefeito João Netto de Campos. Em janeiro de 1955, Cyro Netto entregou a prefeitura ao prefeito eleito naquela época, professor Antônio Miguel Chaud. A gestão de Cyro Netto foi marcada por empreender um governo progressista e construir algumas obras importantes em Catalão. Destaque para o Aeroporto Municipal, uma vez que naquela época várias companhias áreas como Aerovias Brasil, Nacional e Real Aerovias faziam linhas de Catalão a

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Colocação dos paralelepípedos na av. Goiânia, hoje, 20 de Agosto

Inauguração do Aeroporto de Catalão, fotos do jornal O Popular

Construção da ponte sob o Rio São Marcos pelo Prefeito Cyro Netto


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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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São Paulo e de Catalão à Goiânia. Construiu várias escolas rurais e outras em Ouvidor e Três Ranchos que, naquela época faziam parte de Catalão. Cyro Netto iniciou os serviços de calçamento das ruas com paralelepípedos e a iluminação pública das ruas de nossa cidade. Mas, de todas as suas obras, a mais marcante foi a construção da ponte sobre o Rio São Marcos, que hoje leva seu nome, ligando a região de Catalão a Santo Antônio do Rio Verde e Davinópolis. A história conta que Cyro, tendo assumido a prefeitura com uma situação econômica pessoal razoável, veio após os quatro anos de mandato ver decair seu patrimônio. Com isso, precisou vender sua parte na sociedade na concessionária e se mudou para a capital goiana, onde adquiriu um bar para sobreviver e manter sua família. Homem honesto e correto com suas obrigações de marido, pai e cidadão, Cyro Netto foi um político conhecido por seu comprometimento com o trabalho. Cidadão simples e amigo de todos, trabalhou a vida toda, primeiro como empregado e depois como comerciante, mas sempre com afinco e dedicação em todas as funções que exerceu. Morreu em 9 de abril de1993, e mesmo exercendo o mandato de prefeito, consta que nunca recebeu nenhum centavo de aposentadoria do governo municipal e como herança, deixou um legado de honradez e coerência na defesa dos interesses do povo que representou. Na década de 90, sob a administração do prefeito José Moreira, Cyro Netto recebeu a homenagem “post mortem”, dando seu nome à subestação Rodoviária do bairro São João. José Moreira revela que foi uma homenagem digna a um grande homem e uma forma de agradecimento. “Cyro marcou época em nossa cidade e era preciso ter algo que lembrasse sua passagem pela Prefeitura de Catalão”, conclui José Moreira. (FONTE: Gustavo Adolfo Brêtas Netto, Maria Lúcia Netto Tartuci, Tânia Tartuci)

Cyro e Aida com filhos, filhas, genros e noras

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Cyro e Aida nas Bodas de Ouro do casal

O casal com os netos

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Colégio Nacional O Colégio Nacional na atualidade, acompanhando Catalão

A Universidade como foco! Fotos: Mateus André / Arquivo Nacional

Trabalhando a realização profissional do aluno, tendo como foco a aprovação para a Universidade, o Colégio Nacional atende 400 alunos com educação infantil, fundamental e médio. Fundado em 13/03/1989 como Colégio Dr. Jamil Sebba, hoje Nacional, por José Eustáquio Sousa, o Nacional já está educando a 3ª geração de alunos. Com metodologia própria e usando apostilado Anglo, a unidade só tem motivos para comemorar, juntamente o crescimento de Catalão. “Nunca pensei em fazer parte da história de Catalão, queria uma realização de vida. E hoje fazemos parte do desenvolvimento da cidade. É a dedicação de anos de uma equipe comprometida,” destacam Eustáquio e da esposa Marleide, que trabalham juntos para o crescimento do Nacional. “Acredito em Catalão como maior potência goiana em todos os sentidos, pois é um Município que tem sua economia pautada na agricultura, pecuária, mineração, montagem de veículos, pólo educacional, comércio e serviços, e tudo isso junto só poderia dar bons frutos.” Eustáquio. 84 | PORTAL VIP • AGOSTO 2015

O Colégio tem o compromisso com a formação para o futuro


Orgulho de fazer parte dos 156 anos da bela Catalão!

Registro dos alunos

O idealizado

r do Naciona

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do pré e 4ª série

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Prefeito

Jacy de Campos Netto

Jacy com Iris Rezende e Mauro Netto

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ilho de Mário de Cerqueira Netto (Nhôzico) e Juvenília Campos Netto, o prefeito Jacy de Campos Netto nasceu no Catalão em 16 de fevereiro de 1914. Médico formado pela Faculdade de Medicina, Universidade do Brasil, exerceu a profissão na área de Análises Clínicas, atuando em Catalão, Araguari e Brasília. Foi casado com Judith Pires Netto e do matrimônio nasceram Mauro Campos Netto (deputado estadual) e Heloísa (médica). Na vida política e parlamentar foi candidato a deputado estadual na Constituinte de 1947, pelo PCB; Prefeito Municipal de Catalão, PTB, 19591960; Secretário da Saúde do Estado, governo Mauro Borges, 1961-1964; Deputado Estadual, suplente do MDB, 9.ª Legislatura, 1979-1983. Assume em 04.11.1981 na vaga aberta com o falecimento do deputado Manoel da Costa Lima. Jacy de Campos Netto foi preso por três vezes após o Golpe de 1964, não sendo condenado.

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Catalão elevada a categoria de cidade


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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Congadas durante o centenário

Registro da programação com letra do hino do Município

Uma mensagem do então prefeito Jacy para o Catalão da época

Obelisco com o relógio

Desfile especial do centenário

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Foi prefeito do Catalão no ano, comemorando uma das grandes solenidades, com a participação ativa de toda a população, ou seja, o Primeiro Centenário do Catalão. O dia 20 de Agosto de 1959 caiu numa quinta-feira e o prefeito decretou sete dias de festividades, ficando marcado na memória de muitos catalanos devido à belíssima festa organizada e realizada em sua gestão. Tudo aconteceu com muita organização e no dia 26 de junho de 1959 foi instituída pelo Decreto Municipal nº 8 a Comissão dos Festejos do Centenário da Emancipação Política do Catalão, na qual tinha o juiz de direito Joaquim Araújo Leite como presidente, o prefeito Jacy de Campos Netto como vice-presidente, o professor Antônio Miguel Jorge Chaud como secretário e por fim, Severo Gomides Neto como tesoureiro. Na ocasião dos festejos, pelo Decreto Municipal nº 11 foi oficializado o Hino do Catalão, com música de Frederico Campos e letra do professor Aguinaldo de Campos Netto. No dia 14 de agosto de 1959 uma alvorada marcou o início das festividades do 1º Centenário da Emancipação Política do Município. Naquele mesmo dia, pela manhã foi realizada uma passeata escolar e esportiva com concentração na Praça Getúlio Vargas, onde foram oficializados os festejos. Pela noite, sessão de teatro no Cine Real, com a peça O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, encenada por um grupo de amadores catalanos. No dia 15 de agosto, uma missa solene da padroeira da cidade, na matriz, procissão da padroeira e conferência do Dr. Rivadária de Mendonça, no salão do CRAC. No dia 16 de agosto aconteceu uma exibição de aeromodelismo e a abertura de exposição de quadros, fotografias e obras literárias na sala da Biblioteca D. Luiz Alcântara de Oliveira. No dia 17 de agosto uma homenagem aos ex-prefeitos, ex-juízes, ex-promotores e ex-vigários do município foi realizada no salão do CRAC, seguida de conferência do Dr. Sebastião de Sant´Anna e Silva, Antônio Jorge Azzi e Dr. Pedro Vigiano. No dia 19 de agosto foi a vez do Dr. Wagner Estelita Campos realizar conferência no CRAC, seguida de uma corrida de pedestres em volta da cidade e desfile de automóveis, caminhões e outros veículos. Em 20 de agosto de 1959, dia, mês e ano do Centenário do Catalão, aconteceram os seguintes eventos: inauguração do prédio da Santa Casa de Misericórdia, de uma ponte sobre o Ribeirão Pirapitinga, oferecida pela Colônia Sírio Libanesa do Catalão; Alvorada com música, fogos, Congada e missa campal; Desfile de estudantes, esportistas e de ternos de Congo e Moçambique; Solenidade oficial; Inauguração das piscinas e parque infantil do CRAC; Visita às obras da Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo; Entrega à cidade de uma placa e de um diploma oferecido pelo Centro Acadêmico XI de Maio da Faculdade de Direito de Goiás; Partida de futebol entre as equipes do Catalão Futebol Clube e do São Paulo Futebol Clube; Desfiles folclóricos, espetáculo pirotécnico e banquete oferecido às autoridades visitantes; Baile no Clube 13 de Maio; Baile no CRAC. Naquelas festividades, também foi inaugurada a torre com o relógio erguida durante a administração do prefeito Jacy, o qual morreu em 28 de junho de 1985.

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Homenagem aos que fizeram muito pelo Município de outrora

A Rainha do Centenário Nailor Campos

Alunas do Nossa Senhora Mãe de Deus no desfile do centenário

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Prefeito

Paulo Hummel

“A retirada dos bloquetes para mim foi como arrancar um dente sem dar anestesia” Paulo Hummel Em 1960 foi eleito prefeito de Catalão, Ozark Vieira Leite. Em 1964, Ozark foi cassado, assumindo Paulo Hummel, até 1965. A administração de Hummel foi marcada pelo calçamento com os conhecidos bloquetes. Naquela época, o progresso foi tão intenso que virou crônica do médico Jamil Sebba (pai do prefeito Jardel Sebba).

“Catalão, 7 de julho de 1965 Bom dia para você prefeito de Catalão de 1965. Ontem cumprimentamos os homens que sob a sua batuta constroem o calçamento e fazem a rede de esgoto da cidade; o sonho que acalentava há mais de 30 anos o povo catalano está, agora, vendo-o realizado graças ao seu dinamismo. Muita gente está sendo beneficiada pelo esgoto sanitário e pelo calçamento que pouco a pouco vai cobrindo as nossas ruas num ritmo até meio acelerado. Mas muita gente está achando ruim os benefícios que a cidade está recebendo – ou por atraso ou por economia. Mas meu amigo Paulo, esse mundo é assim mesmo. O calçamento amanheceu ontem com um grande letreiro que ninguém entendia – MEP. A princípio achei que já era o vereador Ênio Paschoal que já estava fazendo propaganda para o próximo pleito, aliás eu não achei, foi ele mesmo que me explicou – Movimento Ênio Paschoal. Mais adiante o locutor que está lendo essa crônica me explicou que MEP queria dizer: Mate Esse Prefeito! Achei jocoso o dístico e estive pensando que esse desejo de te matar deve existir em quem, de fato, não quer ver Catalão andar porque para parar Catalão só mesmo te matando, e isso nós não vamos consentir. Paulo Hummel, você com sua marca está tornando o blokete conhecido com o nome PH. E o PH está tapando nossas tortuosas ruas, cobrindo a sua poeira, apagando a característica principal de nosso atraso, do nosso engatinhamento na senda do progresso que toda corruptela mal se antecipa e nela se envereda. Foram precisos cento e seis anos de idade para que os nossos dirigentes enxergassem que precisávamos calçamento e esgoto? Ou foi preciso que você tomasse posse da prefeitura para fazer isso? Tem hora que a gente fica pensando, matutando as coisas, os problemas de Catalão e concluímos: “É preciso muita abnegação, muita vontade de trabalhar para um povo, para fazer isso que você está fazendo. E não se iluda meu amigo Paulo, que mal você saia da prefeitura vão surgir substitutos que achem que o calçamento não é primordial e que o esgoto sanitário não é tão indispensável. Enfim são pontos de vista não é isso? O três de outubro

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De acordo com Sylvim Netto, do Blog Nosso Catalão, “A foto mostra a recém-criada Guarda Mirim de Trânsito. Iniciativa do então prefeito Paulo Hummel (em 1964) a pequena corporação não possuía verba específica, posto que sua criação não havia sido referendada pela Câmara de Vereadores. Sendo assim, os pequenos vigilantes eram trajados e mantidos às custas da Primeira Dama. O comandante da corporação, de acordo com o ex-prefeito, fora enviado à capital do Estado onde permaneceu por 10 dias realizando estágio no órgão de trânsito local.

Câmara de Vereadores de Catalão em 1959, ano do centenário da cidade. Da esquerda pra direita e de cima para baixo: Antônio, Onofre Matias, Geraldo Gentil Aires, Clarimundo Guilho, Geraldo Rocha, José Teodoro, Wander Pereira, Carlindo Gonçalves, João Paranhos, Afonso Carísio, Alcides Silva Pereira, Paulo Hummel, Nilo Margon, Zequinha da Miúda e Anísio Rosa.


CATALÃO

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já está pelas portas e nós teremos que escolher o prefeito, mas, vocês, que constituem aquilo que se chama em política de cúpula, é que têm que escolher os candidatos. Portanto, senhor prefeito, já está na hora de você ir para a fábrica de pedras do calçamento, se você ainda estiver em casa. Restam-lhe poucos meses para você entregá-la para quem possa continuar fazendo-a funcionar. E nesse alvorecer de um novo dia de trabalho profícuo é que nós lhe desejamos um bom dia, um bom dia pra você.” Em 2009, os famosos bloquetes PH foram substituídos por pavimentação asfáltica. Naqueles dias, procurado pela Revista Portal VIP, Paulo se emocionou ao lembrar com carinho dos primeiros bloquetes sendo colocados na rua do cinema em 1964 e falou sobre a retirada dos bloquetes das ruas de Catalão. “Desde os anos em que fui político aprendi á respeitar os direitos do cidadão, quem esta com o poder na mão têm o direito de fazer e não fazer, embora errado. E o povo me deu o direito de fazer, se hoje não os temos mais, respeito à maneira de pensar daquele que os tirou, apesar desta pessoa não ter pensado em momento algum na economia em se retirar algo que dura duzentos anos e colocar um asfalto que tem de ser reformado de dois em dois anos. Muitas cidades do Brasil gostariam de ter suas ruas com bloquetes porque isso é luxo, é sadio. O asfalto de fato é bonito, mas não dura e dizer que é por conta do esgoto isso é desculpa porque existe maquinário que faz esse trabalho com os bloquetes e é vergonhoso pois Catalão até hoje tem bueiros que fedem dentro da cidade. Fico pensando porque não pegam todo esse dinheiro que gastam com o asfalto e não investem em educação, saúde e tantas outras necessidades de nossa cidade? Então tirar os bloquetes e até mesmo sem me comunicar foi algo que me doeu demais. Foi tão ruim o que senti, é algo tão condenável em um homem que prefiro me calar”, finalizou Paulo Hummel com lágrimas nos olhos.

De acordo com Paulo Hummel Jr. A foto refere-se à inauguração do Grupo Escolar José Eliseu Marques, na região da Custódia, um dos 13 construídos por Paulo Hummel na sua gestão. Além do Prefeito, estão presentes na foto os alunos da escola, a professora Júlia Leão, Maria do Rosário Aires (Delegada Regional do Ensino), José Cândido (dono da fazenda) e funcionários da Prefeitura (Domingos Borges, Ubiratan, Marilda e Vitalino).

Naquele mesmo dia, questionei ao ex-prefeito sobre o progresso de Catalão nos anos 2000 e ele me disse que foi de água para vinho. Para ele o melhor prefeito que Catalão já teve em aspecto de visão, idealismo, respeito ao próximo e amor de verdade à sua cidade foi Jacy de Campos Netto. Mas, em matéria de obras feitas para a cidade, o ex-prefeito tira o chapéu para Adib Elias Júnior. Inauguração do Grupo Escolar José Eliseu Marques, na região da Custódia.

Trabalhadores da fábrica de Bloquetes inaugurada pelo ex-prefeito Paulo Hummel, em meados da década de 1960. Os bloquetes ali fabricados saiam com as iniciais PH (Paulo Hummel). A fábrica ficava em um terreno ao lado da antiga Clínica D. Bernardina, na esquina das ruas Dr. William e Cel. Afonso Paranhos.

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O goleiro Nego, campeão pelo CRAC em 1967, Silvio Salomão, Batel, Zique Abrão e o prefeito Paulo Hummel no Genervino da Fonseca

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Prefeito

Leovil Evangelista da Fonseca

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ilho de João Alfredo da Fonseca e Erondina Evangelista da Fonseca, o ex-prefeito de Catalão, Leovil Evangelista da Fonseca era irmão de Leopoldo, Genervino, Maria, Lili, Raulina, Olinda, Iolanda, Elvira e das gêmeas Anita e Anica. Leovil foi casado com Iriné da Costa Evangelista e desse matrimônio nasceram João Alfredo e Ana Maria. Dono das fazendas Picada, que vendeu em 1987 para Pedro Paulo Batista e a fazenda Pé do Morro, o fazendeiro também é pai de Marília e Leovil, o prefeito de muitos feitos Leovil Júnior. Advogado e industrial aposentado, foi sócio junto com o irmão Genervino e o amigo Nilo Margon Vaz da Charqueada Irmãos Fonseca. O escritor, poeta, contista, cronista, pensador, pesquisador, historiador e produtor cultural, Cornélio Ramos, nos deixa em sua obra “Catalão de ontem e de hoje”, que Leovil foi um dos melhores prefeitos que a cidade já teve. Cornélio, considerado um dos mais importantes personagens da cidade de Catalão, relata os feitos de Leovil. “Primeiramente, chamou para sua principal secretaria um adversário político de seu partido, levando em conta sua competência, colocou na secretaria da fazenda, Sabino Rosa Pena. Formou sua equipe sem cor política, usando concurso na seleção de seus auxiliares. Reorganizou totalmente os serviços municipais, impôs uma administração dinâmica, rígida, disciplinada, a ponto de desagradar alguns correligionários. Não era de fazer caridade com o dinheiro do povo.” (...) “Reconstruiu praças, calçou as ruas principais, arborizou e ajardinou as avenidas, construiu uma Estação Rodoviária com recurso exclusivo da Prefeitura, determinou uma avaliação geral dos imóveis, executou criterioso reajuste dos impostos, disciplinou rigorosamente a arrecadação e mais que tudo isto: trabalhou de graça! Seus honorários foram totalmente destinados à construção da Vila Raulina, com 32 moradas para abrigar famílias pobres, realização que exigiu ainda, complementação por parte da firma Irmãos Fonseca, da qual era integrante.” Ramos conta ainda que houve uma pretensão da Câmara de Vereadores que criou uma Lei mudando o nome da Rua Dr. Pedro Ludovico para Rua Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. O prefeito vetou a Lei e justificou. “Pedro Ludovico é ainda a maior reserva moral desse Estado.” Cornélio registra ainda, que Leovil solicitou ao DETRAN um comando para fiscalização do trânsito a fim de ordenar o tráfego de veículos na cidade e corrigir os abusos. “Uma das primeiras pessoas a ser flagrada em falta foi D. Iriné. O guarda, ao tomar conhecimento que se tratava da esposa do prefeito, embaraçouse, procurando comunicar-se com ele. Leovil respondeu com tranquilidade: “A mulher do prefeito não é diferente das outras, cumpra o seu dever”. Outra feita foi às três freiras Agostinianas que procuraram a tesouraria da prefeitura para quitação de taxas de calçamento e foram cientificadas de que estavam sujeitas a multa devido ao prazo para o

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pagamento vencido no dia anterior. Reclamaram, solicitando perdão da multa. As religiosas foram até o prefeito expondo o caso, Leovil calado tirou do bolso um talão de cheques, preencheu uma folha com o valor da multa e entregou as freiras dizendo: “Reclamação atendida”. Mas, as religiosas, verificaram ser o cheque da conta particular de Leovil e, delicadamente, agradeceram a boa vontade do prefeito, devolvendolhe, todavia, o cheque. Cornélio Ramos conta em sua crônica o “Prefeito Circunspecto”, vários outros feitos do nobre prefeito que foi escolhido para ser candidato na convenção do partido Arena e aceitou o desafio. Homem de muita autoridade, trabalhador, austero e honesto quando eleito prefeito de Catalão, estava completando o curso ginasial. Alguns anos mais tarde, formou-se em Direito pela Universidade de Uberlândia/MG. Morreu na manhã do dia 24 de dezembro de 1987. O complexo esportivo em Catalão, que ganhou seu nome, é considerado um dos cartões postais da cidade.

Iriné, a companheira de Leovil

Convite de Paulo Fayad Sebba ao prefeito Leovil

Segundo Sylvim Netto, o evento da foto é uma reunião festiva dos confrades do Lions Clube de Catalão, no salão de festas do Col. Est. João Netto de Campos. Alguns dos presentes: Oscar de Faria, Leovil da Fonseca, Pereira (Banco do Brasil), Eurípedes Macedo, Jurandir da Telegoiás, Wilson Naves, Onofre Rocha e outros


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Prefeito

Bento Rodrigues de Paula esportes da Rádio Liberdade FM, localizada no estádio Genervino da Fonseca passou a se chamar Cabine Bento Rodrigues de Paula. Participaram do descerramento da placa autoridades, funcionários da Liberdade FM e familiares do homenageado.

Bento sendo cumprimentado pelo vice-governador de São Paulo, Erlindo Salzano. A ocasião marca um evento realizado como parte das festividades da inauguração do Aeroporto de Catalão

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m 1966 tomou posse no cargo de prefeito municipal de Catalão, Leovil Evangelista da Fonseca (em memória) e o vice-prefeito Bento Rodrigues de Paula (em memória). Em 1969, com o pedido de afastamento do titular, Bento Rodrigues de Paula assume a Prefeitura de Catalão. De família pobre, Seu Bento, como era conhecido, nasceu numa fazenda às margens do Rio São Marcos, onde juntamente com outros sete irmãos, teve do pai, Aguiar de Paula, o exemplo da retidão no trabalho. O homem que construiu uma história de sucesso enfrentou muitas batalhas para vencer na vida. Bento foi casado com Dona Guiomar, com quem teve quatro filhos, que lhe deram doze netos e sete bisnetos. Um dos comerciantes de maior sucesso em Catalão, juntamente com seus irmãos Ovídio, José e Sebastião, montou um posto de combustíveis e uma loja de peças para automóveis, onde funciona o Posto Aguiar. Foi venerável da Loja Maçônica Paz e Amor III e autor do livro autobiográfico “A História de uma Luta”. No ano de 1957 a parte filantrópica da Loja Maçônica Paz e Amor III se responsabilizou pela construção de um abrigo para pessoas carentes, órfãs e viúvas. A ação liderada pelo venerável Bento Rodrigues de Paula foi concretizada com ajuda de recursos de outras Maçonarias do país e participação ativa dos membros do quadro social e da sociedade catalana. Construiu-se, então, o Lar dos Órfãos Pobres – Casa das Viúvas, que abrigava e dava guarda aos menos favorecidos. O nobre filho da Dona Celina contava que não teve oportunidade de estudar como gostaria, mas adquiriu conhecimento e sabedoria na escola da vida. Como político, de 1955 a 1960, foi vereador pela antiga Arena e em 1969 dirigiu os destinos do município e depois eleito vereador por várias vezes. Obras como a urbanização da Av. João XXIII, pavimentação da Av. José Marcelino e conclusão da escola Wagner Estelita Campos foram marcas da sua administração. Estável financeiramente, sonhava ter uma rádio e em 1987 o sonho tornou-se realidade e o desafio radiofônico começou em 1988 com a Liberdade FM. O saudoso empresário tinha orgulho em ter trabalhado muito para adquirir o que teve, por ter sido um trabalho sério, sem dar prejuízo a ninguém. Reconhecido pela comunidade pelos projetos sociais que idealizou como a verificação de pressão arterial e do autoexame da mama, morreu aos 88 anos, deixando a todos os catalanos um exemplo de vida. Em reconhecimento a sua história, em julho de 2013, a cabine da equipe de

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Dona Guiomar, a companheira de Bento

Parabéns para Bento de Paula

Iliane e Rubens da Revista Portal VIP fazendo uma justa homenagem ao catalano Bento, com troféu Top of Mind

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

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Prefeito

Silvio Paschoal cronista, pensador, pesquisador, historiador e produtor cultural, Cornélio Ramos, nos revela em sua obra “Catalão de ontem e de hoje”, que “devido ao seu temperamento explosivo, sua franqueza, sua maneira às vezes, rude de enfrentar os problemas municipais, valeu-lhe por parte de seus adversários o apelido de ‘Cavalo da Arena’”. Arena porque foi prefeito em 1972, pela legenda ARENA. Ramos cita ainda que o fato não irritava o nobre prefeito. “Ao contrário, e para provar a maneira esportiva com que recebeu a ofensa, comprou uma pequena estatueta de um cavalo branco e colocou sobre sua mesa de trabalho, como mascote, ou símbolo da sua vitória”, revela Cornélio ao concluir que o apelido, de certa forma, caiu bem sobre o prefeito, pois quando o partido político ficou sobre franco declínio em todo o Estado, foi Paschoal quem quase sozinho, o carregou. Anos depois, candidato a deputado, o irmão do deputado Ênio Paschoal fez sua campanha percorrendo as ruas da cidade montado em um cavalo branco e com tamanho prestígio foi eleito com grande votação nas urnas. Foi deputado estadual, PDS, 10ª Legislatura, 1983-1987 e deputado estadual, PFL, 11ª Legislatura, 1987-1991. Silvio Paschoal também foi servidor do Tribunal de Contas do Estado, ligado à área de saúde. Vice-presidente do Clube Recreativo Atlético Catalano - CRAC. Em 2008, o ex-prefeito Adib Elias inaugurou o Centro de Diagnóstico, que levou o nome de Silvio Paschoal.

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ilho de João Paschoal e Raulina da Fonseca Paschoal, o catalano Silvio Paschoal nasceu no dia 27 de janeiro de 1932. Médico formado pela Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, encarava a profissão como ato de amor. Trabalhava na região de Catalão e amava a Santa Casa de Misericórdia de Catalão. Foi o primeiro obstetra com título de especialista em Catalão. Também foi um grande pediatra, clínico geral, cirurgião e anestesista. Era casado com Maria Braga Paschoal e pai de Raulina e Fernando. Considerado um grande cidadão catalano, o médico exerceu a função por mais de 30 anos. Em Catalão, foi vereador, prefeito no período de 1972 a 1976 e deputado estadual. A grande marca de Silvio Paschoal foi seu trabalho incansável em prol das pessoas mais necessitadas. Quando prefeito canalizou o Córrego Pirapitinga, quando buscou verbas no governo federal para canalizar dois quilômetros do ribeirão. Com isso, o prefeito beneficiou os aspectos urbanos com uma melhoria visual da região e ainda no setor da saúde. Homem de coragem, ousado e de princípios, atendia a todos sem restrição, garante a história. O escritor, poeta, contista,

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Médicos da Santa Casa na década de 80: Haroldo Campos, Elaine Teixeira, Evilberto Rebouças, Fernando Aires, João Martins Teixeira, Wilson Mendes, João Sebba, Silvio Paschoal, Roberto Marot, Delmo Mosca, Jeovah Ferreira do Nascimento, Eduardo Caixeta, Aguinaldo Mesquita e Arnaldo de Paiva. FOTO: facebook do jornalista Pidim / Jornal O Catalão


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A dupla vencedora das eleições de 1971, Silvio (Prefeito) e João Moreira (Vice)

Uma das obras mais importantes de Catalão é a canalização do Córrego Pirapitinga, iniciada na administração de Silvio Paschoal, a benfeitoria causou polêmica por conta da desapropriação da faixa de imóveis que ficam nas margens. Na fotografia, além do prefeito Silvio Paschoal, estão seus irmãos Ênio e Júlio, o engenheiro Hélio Levy, que foi deputado federal por Catalão

A companheira Maria Braga

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Inauguração da Estação de Tratamento de Água da Saneago, ao lado do Morro de São João, nos anos 1970, durante a administração de Silvio Paschoal

Cavalo da Arena, referência positiva para Silvio Paschoal

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Prefeito

José Evangelista da Rocha José Evangelista também foi rotariano, vicentino, cursilhista, ministro da eucaristia, tesoureiro da Festa de Nossa Senhora do Rosário por vários anos, leonino e fundador da ADISGO - Associação dos Diabéticos do Sudeste Goiano.

O prefeito José atuando

Eleito prefeito de Catalão em 1976, tomou posse em janeiro de 1977. Acostumado à retidão e honestidade com que sempre conduzira suas funções no frigorífico e avesso as artimanhas da máquina político-administrativa, José passou por grandes dissabores no período em que permaneceu no cargo. Como exemplo, segundo a história, no seu primeiro dia de mandato, recebeu de um de seus secretários um talão de cheques e um bloco de papéis em branco para que assinasse. Sem vacilar, disse-lhe que tinha como princípio jamais assinar um documento sem antes ler seu conteúdo. Após dois anos de mandato, sofreu um enfarto, fato que o levou a renunciar por recomendação médica e devido a pressão familiar. Pai de Cairo, Fábio e Sônia, foi casado com Olívia Paranhos Rocha. Ao recordar o passado, Olívia conta que no final de 1978, já recuperado do problema de saúde, ela e o marido foram prestigiar o circo que acabara de chegar a Catalão. Naquela mesma noite, ela ouviu um barulho diferente vindo do alpendre de sua casa e ao olhar pela janela viu dois leões bem próximos à janela. Apavorada, acordou José, que também levou um grande susto. Logo, todos os vizinhos começaram a preocupar com a situação. Depois de um tempo chegaram os funcionários do circo e resolveram o problema. No dia seguinte, não se falava em outra coisa. Alguns achavam que era intriga da oposição, já que se tratava da residência do prefeito, outros diziam que havia sido uma visita patrocinada pelo Lions Clube ao leonino José Rocha.

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osé Rocha foi um catalano bastante atuante no que diz respeito à comunidade. Começou a trabalhar ainda menino com funções diversificadas, dentre elas, guia de cego e vendedor de doces. Na adolescência trabalhou com o tio Lamartine Evangelista, em Cumari/GO, onde ficou conhecido como Zé do Lamartine. Aos dezoito anos, foi sócio fundador do Frigorífico Santa Terezinha. Como era ainda muito jovem para entrar na sociedade, seu irmão, Geraldo Rocha, solicitou ao pai, Idelfonso Rocha, que emancipasse José. Durante o período em que ocupou a função administrativa na indústria, José tornou-se a “face” da empresa. Sua calma e a maneira afável com que tratava os credores, bancários e empregados, angariou para a empresa grandes benefícios, sobretudo durante tempos de crises. Era muito comum ouvir de credores como Santinho Borges e Alceu Dias o seguinte comentário: “A gente vai zangado ao frigorífico cobrar uma dívida vencida, mas depois de dois dedos de prosa com o José, a gente acaba concordando não só em rolar a dívida, mas também emprestando ainda mais”.

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Registro de uma obra inaugurada pelo prefeito José Evangelista

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Prefeito

Divano Elias da Silva

O prefeito Divano Elias e o governador do estado Irapuan Costa Jr. na inauguração da Estação Rodoviária no alto do morro das Três Cruzes

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ivano Elias da Silva foi prefeito de Catalão de 1979 a 1982. Casado com Glória de Fátima, teve os filhos Divano Junior, Renato, Maria Ivana, Raquel e Francisco. Renato Elias da Silva, administrador de empresas, filho de Divano Elias, diz que o pai veio de origem humilde, criado em fazenda e que perdeu a mãe muito cedo, sendo criado pelo pai e irmãos. “Essa humildade, ele carregou a vida toda, ele se dava bem com todos, independentemente de cor, credo, religião ou posição política, atendia e tratava todos de maneira igual”, enfatiza. Quanto à relação com a vida política, Renato conta que não foi nada programado. O pai recebeu o convite para ser vice-prefeito na chapa de José Rocha e quando este sofreu um infarto, Divano assumiu o cargo. “O mandato foi prorrogado por mais dois anos e meu pai encarou a política como uma forma de ajudar os outros”, conta ao salientar que a família orgulha-se de tudo que o patriarca conseguiu realizar como prefeito. “Para nossa família, é um prazer saber que ele fez muito por Catalão numa época em que não ha-

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O prefeito e vice eleitos nas eleições de 1975, José Rocha (atrás de Silvio Paschoal) e Divano

Antônio Fleury e Teodoro recebem troféu das mãos do ex-prefeito Silvio Paschoal e o prefeito Divano Elias


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viam tantos recursos. O prédio da prefeitura, que está aí até hoje, é um destes feitos que apesar de reformado, ainda traz a marca do meu pai”, ressalta. No dia 20 de agosto de 1981, Divano viabilizou a edificação de casas populares na cidade. Para isso, doou três áreas para o BNH, sendo 400 lotes na Vila Saudade, 200 lotes no Castelo Branco e 114 na Vila Liberdade II. Dois meses depois, o prefeito refutou os termos da matéria divulgada pelo Jornal do Brazil sobre prováveis obras realizadas para terceiros e desmentiu com farta documentação as informações divulgadas com má-fé. Em agosto de 1982, Divano inaugurou o novo prédio para o Mercado Municipal, atual Centro Comercial Maria Helena, com 800 metros quadrados de área. Naquele mesmo dia, 20 de agosto, o prefeito inaugurou o Centro Administrativo Pirapitinga, sede do Executivo. No mês de dezembro, a professora Maria do Rosário Cassimiro, reitora da Universidade Federal de Goiás, enviou correspondência ao prefeito Divano agradecendo a contribuição valiosa que emprestou à implantação do Campus Universitário da UFG no Catalão. A então reitora discursou para o Jornal Folha de Goyaz no dia 21 de dezembro de 1983. “Um agradecimento ainda especial quero reiterar ao ilustre ex-prefeito de Catalão, Divano Elias, em cuja gestão deram os primeiros passos e se desenvolveram os primeiros grandes entendimentos, tomando-se as primeiras fundamentais providências para que pudesse o sonho do Campus Avançado de Catalão converte-se em realidade. Acredito que foi ele o porta-voz fiel dos anseios de uma comunidade que, desde alguns anos, seguramente mais de uma década, aspirava pela presença da universidade em seu seio.” Divano Elias também foi responsável pela construção dos postos de saúde de Pires Belo e Santo Antônio do Rio Verde, da Praça da Rodoviária, vários ajardinamentos, doação de áreas para a construção da agência do IPASGO, da OSEGO, do INSS, instalação do Parque Florestal, pavimentação de dezenas de ruas e logradouros, construção de 13 escolas rurais, instalação de cerca de 40 mil metros de meios-fios e construção de dezenas de pontes na zona rural. Duas décadas depois de sua gestão, o prefeito Adib Elias Júnior, em homenagem ao ex-prefeito, inaugurou a Unidade de Saúde Divano Elias da Silva, situada à Rua Geraldo Belo da Silva (antiga Rua Goiandira), nº 135, para a população do bairro Setor Universitário e bairros vizinhos. No dia 01 de outubro de 2012, o prefeito Velomar Gonçalves Rios entregou a reforma, ampliação e modernização daquela unidade, que teve o seu tamanho dobrado com a construção de novas salas, consultórios e novos aparelhos para o melhor atendimento da população. Também foi na gestão de Velomar Rios, mais precisamente no dia 15 de dezembro de 2010, que aconteceu a inauguração da revitalização e ampliação do Centro Administrativo, nomeado de Érico Meireles. O prédio da prefeitura, que foi inaugurado em 1982, na administração do prefeito Divano Elias da Silva, nunca havia passado por uma reforma na parte externa. Porém, naquela época, Velomar justificou ser importante valorizar os patrimônios públicos e que a adequação daquele espaço era para trazer mais conforto aos funcionários do executivo municipal e também às pessoas que procuram atendimento na prefeitura, já que para Rios o prédio da prefeitura é um cartão postal da nossa cidade. (FONTE: Memorial do Catalão, Antônio Cha ud / Vultos Catalanos, Coelho Vaz / Portal Catalão).

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Inauguração da prefeitura pelo prefeito Divano Elias, José Rocha e Prof. Chaud

Comício em 1982. No palanque Jaime Câmara, Valdivino Duarte e Divano Elias

Dr. Rômulo, Eustáquio, Dr. Eduardo Caixeta e o ex-prefeito Divano

Glória, a primeira dama dedicada

Família do ex-prefeito na entrega da reforma da Unidade de Saúde Divano Elias da Silva

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Prefeito

Haley Margon Vaz

Haley Margon e João Netto de Campos

Haley Margon Vaz

C

idadão responsável, cumpridor de seus deveres como homem comum e público, Haley Margon Vaz está casado desde 1955 com Joana Gomides Vaz, chamada por todos como Dona Joaninha. Pai de Haley, Ricardo e Letícia, revela que a vontade de servir sempre foi o que motivou o ex-prefeito de Catalão a entrar e seguir carreira política. Foi presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Presidente Roosevelt, onde funcionou o Colégio Anchieta. Foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal. Ajudou a fundar o partido MDB. Em 1982, Catalão o elegeu prefeito, tomando posse no dia 1 de fevereiro de 1983. Para Haley, de todas as suas realizações, a que gerou mais frutos foi dar o primeiro passo para a criação do Campus da UFG em Catalão. Pois, mais tarde, após muito trabalho puderam concretizar este sonho. No dia 7 de dezembro de 1983, pela Portaria 189, a Unidade Acadêmica de Catalão da Universidade

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Federal de Goiás se tornou Campus Avançado. Também trabalhou muito para criar o CESUC, porque sempre acreditou que não se faz progresso sem educação. Dentre suas ações, destacamos quando o prefeito propôs aos vereadores o congelamento de seus salários e eles aceitaram. E quando assumiu a Secretaria da Fazenda, com a necessidade de fazer drásticos cortes de gastos, começou adotando uma moringa para tomar água da SANEAGO, em substituição à água mineral até então consumida. No dia 24 de agosto de 1985, o prefeito Haley Margon Vaz e o governador Iris Rezende Machado inauguraram a Ponte dos Carapinas sobre o Rio São Marcos. No dia 1 de fevereiro de 1986 foi a vez de o prefeito inaugurar a ponte José Rabelo sobre o Rio Verde, ligando Catalão a Guarda-Mor/ MG. Um dia depois, inaugurou a Escola Agrícola Municipal e os postos de serviços telefônicos da Telebrás em Pires Belo e Santo Antônio do Rio Verde. No dia 11 de setembro de 1988 realizou o Mutirão da Moradia, construindo num só dia 250 casas para pessoas carentes. Naquele mesmo mês, no dia 17 ele e a primeira dama alegraram a comunidade entregando uma rede de água tratada de 1.000 metros, beneficiando 40 residências e 70 km de eletrificação rural para servir Olhos d´Água, Pedra Branca e Sapé. Dona Joaninha, coordenando as Legionárias do Bem-Estar Social, fez a entrega de cinco casas às famílias carentes. Continuando as entregas de setembro de 1988, a população recebeu120 escrituras de terrenos no bairro São José. No dia 31 de dezembro de 1988 Haley concluiu seu mandato de prefeito, empossando para o quatriênio 89-93 o médico Aguinaldo Gonçalves Mesquita.


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De 1989 a 1990, Haley foi Secretário Geral do Ministério da Agricultura, a convite do então ministro Iris Rezende Machado. Em muitas ocasiões, assumiu o Ministério interinamente. Logo após, foi eleito deputado federal com votação expressiva em 211 municípios goianos. Mas, em 1991, atendendo a outro convite do então governador de Goiás, passou a ocupar o cargo de Secretário da Fazenda. Atuou também em 1998 como Secretário da Indústria e Comércio. Ainda em 1988, Haley e Joaninha foram festeiros da 112ª Festa do Rosário. Para Haley, a experiência de ter sido festeiro foi única. “As barracas eram poucas, porém a fé e a devoção já perduravam por centenas de anos e era algo marcante.” O “Jornal em Pauta”, do dia 29 de outubro a 11 de novembro de 1988, publicou a seguinte nota: “O prefeito Haley Margon Vaz entregou à população de Catalão mais de 35.000 metros de asfalto somente esta semana que passou, além disso, foram entregues também quadras de esportes e pontes beneficiando mais ainda moradores dos bairros carentes de nossa cidade”. No mesmo jornal, o secretário da cultura daquele ano, Edson Democh fala da administração da primeira dama. “Falar da administração de Haley Margon é o mesmo que falar da administração de Joana Gomide Margon no trabalho social. Essa mulher fez do seu trabalho um apostolado do dia a dia. Joana não ficou a sombra do prefeito, mas foi uma das alavancas da administração. D. Joana não está sozinha no seu trabalho, tem com ela dezenas de legionárias que contribuem para que essa entidade tenha sempre sucessos.” Em 14 de Julho de 2010, o Portal Catalão Notícias publicou em seu site a seguinte matéria: “A Direção do Campus Catalão da Universidade Federal de Goiás (UFG), a Prefeitura de Catalão e o ex-prefeito Haley Margon Vaz realizaram na última terça-feira, 13, no Cartório do 1° Ofício de Notas, a assinatura do registro de escritura do terreno de 50 mil m², doado pelo ex-prefeito em março de 2009. O terreno faz parte de uma das áreas de expansão do Campus que irá abrigar futuramente novas instalações e unidades de pesquisa para atender vários cursos e os mais de 2 mil alunos da instituição. A área, localizada no perímetro urbano do município fica a 500 metros do Campus, próximo ao Setor Universitário e faz divisa com uma área de preservação ambiental”. No dia 09 de junho de 2014, o site da Revista Portal VIP, publica a matéria: “Obra da nova sede da Secretaria de Meio Ambiente recebe doação de R$ 10 mil do ex-prefeito de Catalão Halley Margon Vaz, do PMDB”.

Dona Joaninha, a fiel companheira de Haley.

Haley e Joaninha com amigos na comissão da Festa do Rosário

Haley Margon nos estúdios da Rádio Cultura

Haley divide seu tempo entre fazenda e cidade e não pensa em voltar ao cenário político, mas sempre que solicitado por colegas do meio se diz pronto a dar sua contribuição. Afinal, durante toda vida fez muitos contatos, inclusive fora do país e o saldo de tudo isso, sempre que possível, reverte em benefícios para Catalão. Bom, a verdade é que o prefeito Haley Margon revolucionou os métodos administrativos, sendo um prefeito que ajudou a comunidade como um todo.

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Haley Margon e os vereadores Vandeval Florisbelo e João Sebba

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Prefeito

Aguinaldo Gonçalves Mesquita praça em Pires Belo; quatro quadras de esportes, iluminação e alambrados em outras; construção de vários galpões; ponte sobre o Rio São Bento; construção e reforma de 28 pontes/mata-burros; abertura da Avenida Raulina entre as Ruas Araguaia e Ricardo Paranhos; recuperação do asfalto nas ruas da cidade; reforma da cadeia, da subestação rodoviária, do calçadão da represa do Clube do Povo, das casas da Vila Raulina; a manutenção de 50 escolas rurais, uma escola agrícola e três escolas urbanas, além de várias obras em Pires Belo. Em setembro de 1990, o prefeito reformou parte das instalações antigas da Escola Parque para acomodar a 3ª Companhia Independente da Polícia Militar do Estado de Goiás. Inaugurou o Posto de Saúde Paulo de Tarso Salviano no Bairro Pio Gomes”.

Aguinaldo e Daniel, o parceiro no trabalho como médico

A

guinaldo Gonçalves Mesquita nasceu no dia 29 de outubro de 1948, parto realizado com a parteira Maria Preta, na fazenda São Domingos, naquela época, Fazenda Laranjeiras. Considerado um dos melhores obstetras do município, aos 65 anos, Aguinaldo Mesquita atua desde 1976 como médico ginecologista-obstetra, sendo 39 anos na Santa Casa. Para o médico que já fez mais de 11 mil partos na cidade, cada parto foi um momento surpreendente. A paixão dele pela medicina está presente em histórias de muitas famílias de Catalão e cidades vizinhas, pois hoje realiza partos de terceira geração, ou seja, fez da mãe, da filha e agora da neta. Aposentado há dois anos, Aguinaldo reduziu a quantidade de partos porque acredita que atualmente tem trabalhado respeitando as suas condições físicas. Nos procedimentos cirúrgicos, ele conta a ajuda do jovem médico Daniel, mas nem pensa em parar de trabalhar. Para ele, ajudar no nascimento de uma vida é uma satisfação diária e parar somente por impossibilidade. Aguinaldo iniciou a vida política no PFL em 02 de janeiro de 1986 e em 1989, concorrendo com adversários do PMDB, PL e do PT, foi o primeiro prefeito eleito por aquele partido em Catalão, com 7.722 votos. No dia 01 de janeiro de 1989 foi empossado no cargo de prefeito para o quatriênio 89-93, tendo como vice-prefeita a professora Maria da Glória Rosa Sampaio. Naquele mesmo ano, o prefeito nomeou Claudia Aires Teixeira para a direção da Casa da Cultura e a professora Neura Ferreira Rocha de Paula para a coordenação da Secretaria Municipal de Educação. Na obra “Memorial do Catalão”, professor Antônio M.J. Chaud nos deixa alguns dos feitos realizados por essa gestão. “No dia 10 de julho de 1989 inaugurou o Posto de Saúde Dr. Lamartine Pinto de Avelar. Em um ano e meio de administração, Aguinaldo realizou 229 mil metros de pavimentação asfáltica; 3.200 metros de esgoto pluvial; 29 mil metros de meio-fio; 18 salas de aula; a Praça dos Estudantes e outra

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Com o slogan voltado para o aspecto de que Catalão deveria ser mais humana, o médico também desenvolveu o Programa Saúde da Mulher. Em entrevista ao Jornal DIÁRIO DE CATALÃO, em 2005, publicado pelo Site Portal Catalão, Aguinaldo Mesquita, ainda no PFL, conta que teve grande participação na eleição do prefeito Eurípedes Pereira, cujo vice era sua esposa Maria Ângela. “Com a morte de Eurípedes e com a dificuldade enfrentada pela Maria Ângela ao assumir a prefeitura, começamos a nos aproximar do candidato e posteriormente do governador Marconi Perillo, uma pessoa que considero amiga da minha família. Hoje, ele tem participação expressiva nas minhas decisões políticas”. Sobre a saída do PFL e sua filiação ao PSDB, Aguinaldo revelou que apesar de ele e Maria Ângela terem sido “isolados” do partido, aquele fato não deixou mágoa. No Partido Progressista (PP), Aguinaldo Mesquita fez dobradinha nas penúltimas eleições municipais, naquela época com o deputado estadual Jardel Sebba (PSDB). Afastado da política nos últimos anos, Aguinaldo não descarta a possibilidade de concorrer novamente ao voto dos catalanos.

Aguinaldo, Bento da Rádio Liberdade e Regina Félix em lançamento de projeto social da emissora


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Prefeito

José de Fátimo Moreira seguiu colocar a Avenida 20 de Agosto com a cara de “Um Novo Tempo”. Na saúde, houve dezenas de realizações. Em 1996, Catalão era a segunda cidade do Estado de Goiás em número de postos de atendimento público, perdendo apenas para Goiânia e a primeira em qualidade de atendimento e serviços colocados à disposição da comunidade. Na ação social, casas foram reformadas, materiais de construção foram distribuídos e em parceria com o governo do estado 450 casas com água, luz, asfalto e meio fio foram construídos. No âmbito das crianças desprotegidas, o trabalho foi gratificante através da FUMBEM. Na cultura, foi criada uma fundação com o nome de Maria das Dores Campos, a qual em 1996 mudou-se para onde deve ser sua sede definitiva, ou seja, no prédio do antigo Fórum. Em relação às Congadas, a administração subvencionou, uniformizou, divulgou e as fez atravessar fronteiras não só do município, mas também do Estado, pois foi mostrada no Rio de Janeiro em desfile da Escola de Samba Unidos do Viradouro, onde brilhou com dignidade e beleza.

Marta Moreira e José Moreira, companheiros de uma vida

N

atural de Goiandira/GO, o filho de João Moreira de Mello e Irene de Lima Moreira dividiu a atenção dos pais com mais seis irmãos. Casado há 41 anos com Marta Moreira, é considerado por toda família, como um ser humano excelente, tranquilo e companheiro. Para as filhas Ana Christina, Fernanda e Karla, um exemplo de admiração por ser um pai amigo e confidente. O ex-prefeito considera-se um bom cozinheiro e nas horas de lazer gosta de ir para a fazenda. Aos 71 anos completados em 16 de agosto de 2015, o médico que escolheu a pediatria como ofício de vida é considerado pelos netos como a expressão do amor. Fã de política, conduziu o governo municipal de Catalão no período de 01 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996. Eleito pelo PMDB com 13.814 votos, num total equivalente a soma de votos dos demais candidatos, ou seja, com notável maioria. José Moreira foi um daqueles prefeitos que tomou posse, assumiu a prefeitura, organizou a equipe, arregaçou as mangas e partiu em busca das realizações planejadas. Foram centenas de obras, infelizmente não temos como publicar todas, mas a equipe Revista Portal VIP selecionou algumas. No dia 16 de agosto de 1996, coincidentemente aniversário do então prefeito daquele ano e dessa repórter que vos escreve, José Moreira inaugurou o Palácio da Justiça Frederico Campos e o Auditório Paulo Fayad Sebba. Na ocasião, estiveram presentes a população, o governador do Estado de Goiás Maguito Vilela, secretários de Estado, deputados estaduais e desembargadores. Ao adentrar o palácio era possível ouvir e ver o músico João Abrão dedilhando as teclas do seu órgão, dando brilhantismo àquela noite. Foi, enquanto durou, a maior obra pública civil do Estado de Goiás, sendo 3.630 m2 de área construída. No dia 20 de agosto, daquele mesmo ano, aniversário do Catalão, o prefeito José Moreira inaugurou o CAIC – Centro de Atendimento Integral as Crianças. Foi também no dia 20 de agosto, mas de 1994 que ele inaugurou a Cidade da Criança, construída em frente ao lago do Clube do Povo. Na educação, muitos foram seus feitos, dentre eles a ampliação das Escolas Municipais Maria Bárbara Sucena, Santa Inês, Nilda Margon Vaz, Pedro Netto Paranhos e Wilson da Paixão. A construção das Escolas Municipais Agrícola, Joaquim Ferreira, Frei João Francisco, Nossa Senhora da Guia e Viriato Cardoso. Em 1995, Moreira mudou o aspecto urbano da principal avenida da cidade, onde foram construídas calçadas no estilo Copacabana, nova iluminação, floreiras, estacionamentos de veículos e o prefeito con-

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Para maior conforto de todos quantos compartilham dos eventos festivos, uma sede com 1.150 m2 foi construída, dotada de uma infraestrutura invejável, denominada Centro Social do Folclore e do Trabalhador, e ao longo do ano é utilizado para outros fins de interesse da comunidade. A Igreja de São João foi tombada como patrimônio histórico da cidade, restaurada e seu entorno calçado com pedras de amolar bem ao estilo da época em que foi construída. Inaugurou o Terminal Rodoviário São João “Prefeito Ciro Netto”, entre outras obras.

Início da construção do CAIC São Francisco de Assis

Prédio do Fórum de Catalão

Terminal de Coletivos Cyro Netto

Morro de São João em 1995

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Prefeito

Eurípedes Pereira Ferreira corpo de Eurípedes após entrar na garagem. O prefeito também chegou a disparar um tiro de calibre 38”. Na época, muitas foram às notícias publicadas nos jornais da cidade, estado e país. A Revista Portal VIP selecionou algumas e preserva as fontes: “Dois suspeitos do crime chegaram a ser presos, mas foram absolvidos por falta de provas”; “Os homens acusados pelo crime acabaram mortos perto de Anápolis”; “Os quatro policiais militares presos sob acusação de participar de um suposto Esquadrão da Morte estão sendo investigados no assassinato de Eurípedes Pereira”; “Eurípedes era fornecedor (garimpeiros) e existem muitas lendas em torno de sua morte, que é um grande mistério e que talvez tenha sido influenciado por questões ligadas a garimpo”. Verdade ou mentira, o fato é que após 17 anos de sua morte, o crime permanece um mistério. O assassinato do prefeito teve muita comoção popular na época e hoje, assim como o martírio de Antero em 16 de agosto de 1936, fica na história de Catalão como mais uma ferida que não cicatriza. Com a morte do prefeito, a vice-prefeita Maria Ângela, esposa de Aguinaldo Mesquita, assumiu a prefeitura. No dia 6 de julho de 2011, o então prefeito de Catalão, Velomar Rios, reinaugurou em Goiânia a Casa de Apoio de Catalão. Naquela ocasião, o presidente da Câmara, Deusmar Barbosa, lembrou que a iniciativa de ter uma Casa de Apoio em Goiânia partiu do ex-prefeito Eurípedes e que já na gestão do ex-prefeito Adib Elias, aprimorou o atendimento com a mudança para uma casa maior.

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urípedes Pereira Ferreira iniciou suas atividades políticas no ano de 1970 como presidente da ARENA em Três Ranchos. Posteriormente, o filho de Roldão Pereira Carneiro e Luzia Ferreira Carneiro filiou-se ao PFL e antes de candidatar-se a deputado estadual, ao PTB. Em Três Ranchos, além de exercer o cargo de prefeito de 1989 a 1992, foi incentivador do turismo local e do esporte. Casou-se com Janete Coelho Pereira, que também foi prefeita de Três Ranchos. Do matrimônio nasceram Luciana e Eurípedes Júnior. Empresário dos ramos imobiliário, de turismo e de pedras preciosas, o ex-prefeito chegou a cursar parte do curso de Direito no Centro de Ensino Superior de Catalão (CESUC). Conhecido como “Euripão” se vivo estivesse, estaria com 72 anos, completados no último 11 de agosto. Natural de Três Ranchos, o ex-secretário da Prefeitura de Três Ranchos, 1977-1978 e ex-deputado estadual, PTB, 13ª Legislatura, 19951999, surpreendeu a todos após vencer Haley Margon nas eleições de 1996 para prefeito de Catalão. Eleito para administrar o município de 1997 a 2000, teve curta legislatura. Uma emboscada no início de agosto de 1998 tirou-lhe a vida. O Jornal Opção, n° 1.286 conta que, “Eurípedes Pereira Ferreira morreu aos 55 anos, cravejado por sete tiros calibre 38, quando chegava em casa no início da noite de domingo, 2 de agosto de 1998. A perícia técnica concluiu que foram disparados 17 tiros e destes, sete atingiram o

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Corujinha, Ricão, Eurípedes, Paulo César, Galvão Bueno e J de Oliveira no estádio do CRAC

Comitê político de Eurípedes

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Prefeito

Maria Ângela Borges Mesquita

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atural de Catalão, Maria Ângela Borges Mesquita nasceu no dia 22 de fevereiro de 1950. A ex-prefeita do Catalão, casada há 39 anos com o médico e tam-

bém ex-prefeito do Catalão Aguinaldo Gonçalves Mesquita, com quem tem três filhos: Isadora, Hugo César e Gustavo, foi professora por dez anos. Maria Ângela traz consigo somente boas lembranças da época que lecionava. Primeira-dama na gestão 1989-1992, afirma ter sido um período gratificante, com muito trabalho direcionado à vida humana. Em 1997 foi empossada como vice do candidato eleito naquele ano, Eurípedes Pereira Ferreira. Em 1998, devido a morte do prefeito Eurípedes, assassinado em 02 de agosto daquele ano, Maria Ângela se torna a primeira mulher a governar a Prefeitura catalana. Aos 65 anos, Maria Ângela orgulha-se pela missão que jamais pensaria em cumprir, mas que ao lhe ser apresentada encarou com muita coragem, força e determinação. Nas eleições municipais de 2000, Maria Ângela foi candidata para o cargo de prefeita pelo Partido Democratas - DEM. Caseira e familiar, gosta de curtir a família, bem como uma boa música e uma leitura de qualidade.

O Restaurante do Marmita faz parte do cotidiano dos catalanos e festeja cada conquista da cidade com comida caseira feita com muito capricho. Aproveite a comodidade e peça sua refeição.

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anos

Prefeito

Adib Elias Júnior 2001-2004. Foi reeleito prefeito para o mandato de 2005-2008. Adib foi o primeiro médico a se filiar ao PMDB catalano. Durante a gestão Adib realizou inúmeras obras que marcaram Catalão. Das inúmeras realizações, citamos algumas: Hospital Materno Infantil, urbanização da Av. Dr. Lamartine e da Av. Raulina Fonseca Paschoal, criação do Cursinho Pré-vestibular Israel Macedo, apoio ao CRAC na conquista do segundo título de campeão goiano, criação do Centro de Convivência da Terceira Idade João Fayad, investimento no novo CCPA com amplas e modernas instalações, criação do CAPS, investimentos na ampliação e melhoria do Pronto Socorro da Santa Casa, além de investimentos na melhoria da rede municipal de ensino, na rede pública de saúde, na infraestrutura rural em termos de estradas, pontes e mata-burros, melhoria urbana com recuperação de milhares de quilômetros da malha viária, dentre outras conquistas, inclusive para os distritos de Santo Antônio do Rio Verde e Pires Belo. Naquela época, ao fazer um balanço das duas gestões como prefeito de Catalão, o pmdbista que ficou conhecido como “trator”, por conta de sua característica como prefeito realizador de grandes obras, disse sair extremamente alegre e sem nenhuma decepção. “Saio feliz e com o sentimento de dever cumprido. Tenho absoluta certeza de que mesmo não agradando a todos, cada um na sua intimidade admite que transformamos a cidade. Fizemos, com certeza, uma das mais profícuas administrações de todo o interior do país nestes oito anos e colocamos Catalão no debate das discussões econômicas e sociais de todo o Brasil. Tenho absoluta certeza de que construímos muito mais do que aquilo que planejamos inicialmente.”

F

ilho do comerciante Adib Elias (em memória) e da dona de casa Lindóya Fayad Elias (em memória), o catalano Adib Elias Júnior nasceu no dia 11 de setembro de 1952 compondo uma família de cinco irmãos: Suzete, Marcos Fayad, Carlos César e Gedean (irmão por parte de pai). Casado com Adriete Corradi da Fonseca Elias desde 1981, tem dois filhos: Patrícia e Guilherme. Formou-se em medicina em 1977 pela Faculdade de Medicina Souza Marques/RJ, onde foi líder estudantil. Exerceu a profissão de médico por 18 anos e em 1994 iniciou na carreira política como candidato a deputado estadual pelo PL, ficou na suplência da 13ª Legislatura de1995 a 1999. Assumiu o mandato em 17 de abril de 1995, na vaga de Antonino Andrade, nomeado para Secretaria de Estado do Entorno. Candidato à reeleição de deputado estadual pelo PMDB eleito para a 14ª Legislatura (1999-2003) como o 5º deputado mais votado no Estado com mais de 25 mil votos. Foi líder da bancada do PMDB em 2000, renuncia ao mandato em 1º de janeiro de 2001 para assumir o mandato de prefeito de Catalão,

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Nas últimas duas décadas, Adib (que cumpre mais um mandato como deputado estadual pelo PMDB, eleições realizadas em 2014, quando obteve 36.732 votos) se tornou quase uma unanimidade como administrador público, mas o médico se vê como um cidadão que não sabe viver sem trabalhar e uma pessoa que quando traça um objetivo quer cumpri-lo.

SAE, municipalizada e exemplo para o Brasil naquela época


CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Hospital Materno Infantil

Museu Municipal Cornélio Ramos

Biblioteca Digital

A bela paisagem formada pelo Lago Monsenhor Souza, conhecido como Lago do Adib

Reestruturação da Av. Dr Lamartine

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Catalão Sistema Fieg/Ascom

Celebrando as conquistas e construindo o futuro

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Acostumados aos grandes números, Catalão completa, dia 20 de agosto, 156 anos de puro crescimento. Reconhecendo a importância da cidade no desenvolvimento da economia goiana, ampliamos a festa celebrando 25 anos do Clube SESI no dia 17 de agosto.

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CATALÃO

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Velomar Rios

Registro de entrega de laboratórios de informática a 100% das escolas municipais

Neusa e Velomar recebendo homenagem

V

elomar Gonçalves Rios nasceu em Americano do Brasil/GO, em 24 de setembro de 1959. É o terceiro filho de Ataídes Rios Sobrinho (em memória) e Maria Pinto Rios, casal que teve oito filhos. De infância simples, o ex-prefeito morou na roça até os 17 anos, onde tinha que caminhar 14 quilômetros diários para ir à escola rural. Para vencer na vida, vendeu frutas na rua, engraxou sapatos e foi balconista. Formou-se em Direito pelo CESUC - Centro de Ensino Superior de Catalão. E foi no CESUC que aos 26 anos ajudou a criar e foi eleito o primeiro presidente do Diretório Acadêmico do CESUC. Naquela época, como liderança estudantil, já filiado ao PMDB, atuou em Brasília junto ao Ministério da Educação pela autorização e reconhecimento dos cursos oferecidos pelo CESUC. Casado há 25 anos com Neusimar Rios (Neusa), é pai de Maísa, Murilo e Matheus. A carreira pública teve início na década de 80 na Secretaria de Obras, na gestão de Haley Margon. Dali em diante foi promovido a chefe de gabinete do Prefeito e a presidente da Empresa Municipal de Habitação de Catalão, coordenando o programa de construção de casas populares. Em 1991, foi Chefe de Gabinete da Secretaria Estadual da Fazenda e representou Ca-

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talão no governo de Iris Resende. Na administração do prefeito José Moreira (1993 a 1997), ocupou a chefia de gabinete da prefeitura. Em 1998, novamente pela pasta de Haley Margon, assumiu a chefia de gabinete da Secretaria de Indústria e Comércio. Nas gestões de Adib Elias, comandou o IPASC e criou o PRÓ-SAÚDE; assumiu a Secretaria para Assuntos Comunitários, quando criou o Programa Prefeitura nos Bairros e a Central de Atendimento Poupa Prazo; assumiu a Secretaria de Finanças, da qual se licenciou para ser candidato a prefeito. Em 2008, quando Catalão contava com um eleitorado de 56.834, compareceram às seções 50.568 eleitores, Velomar foi eleito com 25.139 votos, tomando posse no dia 1º de Janeiro de 2009. Segundo ele, em sua gestão foram realizadas 309 obras, das quais citamos algumas: • Construção de 30.200m de esgoto; pavimentação de 100% das ruas existentes, na ocasião, nos distritos de Pires Belo e Santo Antônio do Rio Verde; • Programa de moradia beneficiando 10.892 famílias; • Elevou o índice de desenvolvimento da educação básica de 4.6 para 5.3, sendo o prefeito de Goiás que mais recebeu premiações em 2009 pelo MEC; • Primeiro prefeito do Brasil a implantar robótica em 11 escolas do Ensino Fundamental; • Criou o Plantão de Férias nas creches, ato inédito em Goiás; a Jornada Ampliada levando arte e lazer aos alunos da zona rural; Escola de Tempo Integral; • Inaugurou o Centro de Educação Infantil Alba Mathias Mesquita, no Setor Aeroporto; o CMEI Ruth Silva, no Pontal Norte; a Escola Professora Maria Conceição Martins


CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Silva em Santo Antônio do Rio Verde; o CMEI Escola Eva Francisca de Mesquita em Pires Belo; • Implantou atendimento médico no Núcleo de Convivência Social João Fayad; • Inaugurou a nova base do SAMU e contratou 43 concursados da prefeitura; • Foi o primeiro prefeito do interior a implantar um Complexo Regulador do SUS; • Criou o Centro Integrado Odontomédico Edson Faiad com plantão odontológico 24 horas; • Criou a Casa de Apoio de Catalão na área da saúde (CAC); • É o prefeito pioneiro no Centro-Oeste na vacinação contra câncer de colo de útero; • Criou o cemitério de animais e o ECOPonto, no Aterro Sanitário;

Neusa recebendo o prêmio em Curitiba-PR.

• Realizou os projetos: Praça Catalana, Feira do Chocolate, Carnaval na Onda da Folia, Catalão em Prosa e Verso, Piscicultura Familiar, Ação e Família, Crescer Sorrindo, Respeite a Vida, Campanha de Combate e Prevenção do Câncer de Próstata, Arraiá da Prefeitura, Agenda Popular, Coleta Seletiva de lixo, Soltura de peixes nas represas, Prefeitura nos Bairros, • Criou o Complexo Esportivo Jarbas do Nascimento; • Instalou dez academias ao ar livre, sendo uma adaptada de equipamentos para deficientes físicos; • Aderiu ao programa Minha Casa, Minha Vida; • Criou o Parque Ecológico Vereda dos Buritis;

Velomar durante visita do então presidente Lula a Catalão

• Elevou o índice de aprovação dos alunos nos vestibulares do Cursinho Israel Macedo para 90%; • Homenageado pela Associação Goiana de Previdência dos Estados e Municípios, pela gestão considerada exemplar junto à Previdência Municipal de Catalão; • A Secretária Municipal de Promoção e Ação Social, Neusa Rios, foi premiada pela Câmara Internacional de Pesquisas e Integração Social, em Curitiba-PR.

Revitalização da praça Irca da Fonseca

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Inauguração de academia ao ar livre , aqui acompanhado de José Borges

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CATALÃO

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HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Prefeito

Jardel Sebba

Jardel Sebba cumprindo o mandato como prefeito

N

as eleições municipais de 2012, o candidato do PSDB Jardel Sebba, após 100% das urnas apuradas, ficou virtualmente eleito como prefeito de Catalão com 50,1% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Adib Elias, candidato do PMDB com 46,6%. No entanto, a apuração disponibilizada no site do Tribunal Superior Eleitoral dava os votos para Jardel como não computados, uma vez que o candidato teve candidatura impugnada e precisou aguardar decisão judicial para assumir o cargo. Situação nunca vivida pelo município, ou seja, o povo catalano escolheu um dos candidatos, porém não tinha prefeito. No dia 17 de dezembro de 2012, o então presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Jardel Sebba foi diplomado prefeito do Município, juntamente com o vice, Rodrigo Carvelo, do PSDB e os 17 vereadores eleitos. Filho de Jamil Sebba e Odette Faiad Sebba, o atual prefeito de Catalão, nasceu no dia 04 de fevereiro de 1949, nesta ter-

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ra. Médico, especializado em ginecologia e obstetrícia, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense/ RJ, também é agropecuarista. Casado com Anna Abigail Teixeira Koppan Sebba, do matrimônio nasceram Eveline, Marília e Gustavo. Jardel também é pai de Jardel Sebba Filho. O prefeito catalano também foi secretário municipal da agricultura de Catalão em 1997; Deputado Estadual, PSDB, 14ª Legislatura, 1999-2003; Presidente do Diretório Municipal do PMDB de Catalão, de 1985 a 1987 e de 1995 a 1997; Vice-presidente do Diretório Municipal do Partido Liberal, PL, em Catalão, em 1997; Diretor da Associação Goiana de Criadores de ZEBU, 1993-1995; Diretor da Associação Goiana de Criadores de Nelore, 1997-1999; Sócio do Hospital Nasr Faiad; Eleito deputado pelo PL, desligou-se do partido e em 05/10/2001 filiou-se ao PSDB. Presidiu a Assembleia Legislativa de Goiás pela primeira vez entre 18 de novembro de 2004 e 31 de janeiro de 2005. Em dezembro de 2004, por cinco dias, governou o Estado interinamente. Em fevereiro de 2007 foi eleito presidente da Assembleia com ampla maioria. Prefeito eleito em 2012, no fechamento desta edição especial dos 156 anos de Catalão, ainda não havia terminado o mandato, enumeramos algumas de suas obras até o mês de agosto de 2015: Recapeamento asfáltico de dezenas de ruas, modernização de praças e avenidas, duplicação da Avenida Eduardo Bonachelo, estruturação da nova Sede da Polícia Técnico-Científica, pavimentação dos loteamentos Marconi e Jardim Paraíso, implantação do estacionamento rotativo no centro da cidade, construção das Unidades Básicas de Saúde da Vila União, Evelina Nour e Pontal Norte, nova estação de tratamento de água, construção de 12 academias ao ar livre, benefícios para os distritos de Pires Belo e Santo Antônio do Rio Verde, entre outras.

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CATALÃO

HISTÓRIA DA POLÍTICA CATALANA

anos

Nova sede do Batalhão do Corpo de Bombeiros no centro de Catalão

Unidade Básica de Saúde Dr. William Faiad no Pontal Norte

Biblioteca no Distrito de Santo Antônio do Rio Verde

Complexo Esportivo Lázaro Domingues no Jardim Primavera

Saúde em Movimento na Praça Marca Tempo

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L A N O I C NA

S N E G A L A B EM

Fazendo parte dos momentos mais alegres dos catalanos!

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Morrinho de São João Tradição e fé de gerações

Pe. Murah Rannier Peixoto Vaz Vigário da Paróquia São Francisco de Assis Lá no “Morro da Saudade”, possa a nívea capelinha onde às tardes revoando, chilram bandos de andorinhas! Foi no cimo lá do monte, foi no adro da capela, que jurou ser ela minha, que jurei ser sempre dela, vê-se o triste campo santo (PARANHOS, 1972, p. 22). Belos e apaixonados versos redigidos, histórias e romances vividos no entorno de uma Capela. Mas quando foi construída a tão famosa Capela? Qual a sua história? É o que essa pesquisa abordará e tentará tirar da poeira do esquecimento nomes, dados e datas. Tudo começou quase na virada do século XIX, na sua última década. Era Pároco de Catalão o então Cônego Francisco Ignácio de Souza, que anos mais tarde receberia ainda o título de Monsenhor. Foi importante benemérito das irmãs agostinianas e principal financiador da vinda das mesmas e para a construção do Colégio Mãe de Deus. Seu nome foi dado ao bairro Monsenhor Souza

Morro da Saudade, Colina dos Poetas ou Morrinho do São João como é mais conhecido atualmente. Ao longo dos anos cantado e declamado em prosa e verso. A velha Capela tem marcado gerações. Ricardo Paranhos talvez seja um dos mais antigos entusiastas e apaixonados por esse ambiente bucólico e aprazível que se tornou cartão postal de Catalão, um dos primeiros pontos a ser avistado quando se vem chegando a esta cidade e um dos últimos nas saudosas despedidas.

Ricardo Paranhos ao compor suas poesias, volta e meia cita a Capelinha do Morro. www.revistaportalvip.com.br

Mons. Souza

Na poesia “Despedida de Catalão”, de 06 de março de 1904 (Jornal Goyaz e Minas), a Capelinha volta a ser mencionada:

Filho legítimo de João Ignácio da Silveira e Francellina Cândida de Jesus, Francisco Ignácio de Souza nasceu na data de 22 de junho de 1850, em uma fazenda do Triângulo Mineiro, a cerca de três léguas de Uberaba/MG, até aquele tempo território da Diocese de Goiás. Ignácio era um bebê fraco e doente, necessitado de muitos cuidados de sua mãe, pois tinha constantes problemas estomacais, o que lhe ocasionava dificuldades em alimentar-se, fazendo-o, frequentemente, vomitar o que comia. PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

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Diante dessa situação, sua mãe faz uma promessa a Deus e prenuncia que aquela criança se tornaria um sacerdote, caso “escapasse” da morte. Assim, tendo nascido no seio de uma família católica, desde a mais tenra infância o pequeno Francisco passou a admirar a figura do Sacerdote, mesmo sem saber do que se tratava tal ministério. Desde cedo, ajudava seus pais nas lidas da roça. A princípio, todos trabalhavam como agregados da fazenda, mas, posteriormente, passaram a ser os proprietários. Com o dinheiro que economizaram anos a fio, seu pai comprara aquelas terras onde trabalhavam e quando seu filho já estava com 17 anos, enviou-o para estudar no Colégio de Campo Belo, administrado pelos Padres Lazaristas. Na mesma época havia estourado a Guerra do Paraguai e o fato de estar estudando o livrou de ter sido convocado. Entretanto, o desejo de ser Padre era sincero e ali começou uma longa jornada de formação até atingir a meta. Coincidindo com seu dia natalício, foi ordenado presbítero, na data de 22 de junho de 1879, juntamente com outros dois diáconos. Porém, levou um tempo até que retornasse à sua Diocese de origem, nesse meio tempo, atuou como professor em um colégio católico em Itu/SP. Ao voltar para a Diocese de Goiás, no final de 1880, a pedido de Dom Cláudio Ponce de Leão começou a dar aulas no Seminário localizado em Vila Boa, antiga Capital de Goiás, e essa missão seria desempenhada durante onze anos. Nesse período na Capital, o Padre Souza tornou-se Capelão do 20º Batalhão. Com a chegada do novo Bispo, Dom Eduardo Duarte Silva, em 28 de setembro de 1891, o Bispo tentou organizar o Santuário do Divino Pai Eterno da Santíssima Trindade do Barro Preto, atual cidade de Trindade/GO, para isso resolveu nomear o Padre Souza como Pároco Encomendado de Campinas e diretor da Romaria, por provisão de 5 de outubro. Nessa Paróquia, ele faria grandes obras sociais e ficaria à sua frente por quatro anos, até a chegada dos Padres redentoristas que o sucederam naquele local. Recebeu as honras de Cônego no dia 27 de janeiro de 1895. No início do segundo semestre daquele mesmo ano, foi provisionado Padre Cooperador de Catalão, auxiliando o Pároco, o Côn. Luiz Antônio da Costa. Entretanto, pouco depois de sua chegada, o Pároco faleceu na data de 23 de setembro, em meio a uma viagem à cidade de Paracatu. No ano seguinte, também faleceu o Pároco de Entre-Rios, atual cidade de Ipameri/GO, e o Côn. Souza também foi provisionado Pároco daquela localidade, em 19 de outubro de 1896. Percebendo a necessidade de uma nova Capela na cidade de Catalão, obteve a provisão do Bispo para levar adiante esse projeto na data de 19 de março de 1897 e começou as obras para a construção de

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uma Capela em honra de N. Sra. d’Abadia na praça chamada “Eugênio Jardim”. A tradição popular faz memória de que não respeitando um dia santo de guarda continuaram a trabalhar e tendo acontecido um acidente com uma fatalidade gerou-se uma crendice de mau agouro. Como o Côn. Trindade, autor do livro Lugares e Pessoas – Subsídios Eclesiásticos para a história de Goiás, relata em um de seus manuscritos: “os operários dessa capela não respeitando um dia santo, um veio a morrer vítima de uma queda dos andaimes da obra e outro apavorado afastou e não mais quis voltar a trabalhar sob o protesto de que N. Senhora não queria”. Desse modo, a construção da Capela não foi concluída e, segundo o Côn. Trindade, só existe algo acerca dela “por escrito em atas e na consciência dos bons”. Em 1898, em 19 de abril, foram iniciadas as obras daquela que seria o cartão postal da cidade de Catalão: a Capela do “Morrinho São João”. Contudo, a comissão que iniciou a construção, de início, não contou com o apoio do Pároco, devido faltar os requisitos exigidos pelo direito canônico, como, por exemplo, a área patrimonial e a licença do Bispo Diocesano, além da inconveniência de se construírem duas Capelas ao mesmo tempo, pois ainda se tentava construir a Capela de N. Sra d’Abadia, que estava apenas no começo.

Entretanto, a contragosto do Pároco a comissão contou com o apoio da Intendência Municipal e deram continuidade às obras. Em 9 de maio de 1898, com a presença de muitas pessoas, foi levantado o primeiro esteio da Capela em honra a São João Batista. Enquanto elementos do povo levantavam o primeiro esteio, tocava a banda de música do Maestro Joaquim Rodrigues Lopes, animando aquele momento. Como o Côn. Souza não esteve presente, quem fez a oração foi o Magis-

trado Dr. Manoel Dias Prates. A escolha do santo padroeiro se fundamenta na devoção a São João e a forte influência da tradição portuguesa das festas juninas que em Goiás também tinha deixado sua marca no povo, na cultura e na religiosidade popular. Mas de que adianta uma Capela sem a Santa Missa, sem um Padre? Os construtores correram atrás de regularizar aquela situação e suas pendências. Em 20 fevereiro de 1899 foi passada pelo Capitão José Bueno de Moraes a escritura do Patrimônio da Capela e, em 18 de junho, foi passada uma provisão assinada pelo Vigário Geral da Diocese, o Côn. Ignácio Xavier da Silva, e pelo Pároco, autorizando a criação da nova Capela de São João Batista. Todavia, a Capela só seria abençoada no ano seguinte. A escritura que regularizou as pendências contém o seguinte teor (Livro 3-C, Nº 1.447, fls. 11 do Registro de Imóveis Local): Compareceram partes entre si contratadas de, uma como doador o Capitão José Bueno de Moraes e de outra como doado São João Baptista, representado pelo Reverendo Cônego Francisco Ignácio de Souza, moradores neste Distrito (...), em presença das quais por ele doador foi dito e declarado, que possuindo UMA PARTE DE TERRAS de culturas e campos dividida, na Fazenda do Ribeirão, limitrophe com o Patrimônio desta cidade, da qual faz doação para patrimônio da Igreja de São João Baptista, o terreno seguinte: Principia do Patrimônio dessa cidade, por uma estrada que segue desta cidade flardeando o Morro de São João e que vai ter a Fazenda do Tenente Coronel João da Cerqueira Netto, seguindo pela estrada até uma outra estrada que atravessa e que segue para o Porto do Pedrão; daí, voltando a direita por esta estrada do Pedrão até outra que atravessa e que da Cidade vai ter a casa do doador; daí, voltando outra vez a direita pela estrada abaixo até dividir com o Patrimônio desta cidade; ficando de hora em diante pertencendo o referido terreno, para o fim acima dito, a Igreja de São João Baptista; podendo dispor do mesmo terreno pela forma, que julgar necessária e a benefício da Igreja de São João Baptista.

Como pode se vislumbrar nesses atritos, durante os seus quatro anos de per-


manência à frente da Paróquia de Catalão, o Côn. Souza enfrentou e tentou apaziguar momentos tensos de divisão política da população daquele município que, naquele tempo, era notoriamente conhecido pela violência e pela chamada “pistolagem”, havendo rivalidades, perseguições e, volta e meia, assassinatos de chefes políticos de ambos os lados. O Côn. Souza, sentindo-se impotente e incapaz de solucionar essa situação, como ele mesmo diz: “suspeitando a minha pouca autoridade e influência”, por meio de cartas, entrou, então, em contato com Dom Eduardo, que se encontrava em Roma, para que conseguisse uma congregação religiosa para cuidar daquela Paróquia e pacificar os ânimos do povo. Com o parecer favorável da Congregação agostiniana foram enviados cinco religiosos, que chegaram a Catalão em 2 de julho de 1899, os quais tomaram posse quatro dias depois. Em 20 de agosto, o Côn. Souza deixou a Paróquia. Em 1º de junho de 1900, a Capela de São João Batista foi abençoada pelo Padre agostiniano espanhol Alfredo Carrocera Valdés (OSA) e só depois disso seriam iniciadas as missas por ali. Assim Pe. Alfredo Carrocera começou a história deste lugar e toda a tradição que o rodeia. Mais tarde, em 1939, a Capela construída em estilo colonial degradada pelos anos foi demolida pelos padres agostinianos, quando era Pároco o Pe. Ramon Peres, e reconstruída com uma nova arquitetura, a mesma que conserva até os dias atuais. Segundo consta, um recibo foi emitido nos seguintes termos: Pago a Basílio pela demolição da Capela de São João do Morro a quantia de duzentos e doze mil réis (212$000). 20 de março de 1939 A comissão (Nota Nº 4)

O projeto de construção da nova Capela foi aprovado pelo Pe. José Galbusera, Secretário do Bispado, em 24 de abril de 1939.

Antes do término da obra, o então Arcebispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira veio fazer uma visita pastoral à Paróquia e aproveitou para ver as obras da Capela. O livro tombo da Paróquia Mãe de Deus traz mais dados sobre esta visita: A dois de maio sua Excia. comunicou desejar vir em caráter particular visitar esta Paróquia. Aqui foi recebido no dia oito. Dia nove visitou a Capela do Morro de São João, tecendo elogios pela construção da mesma. Com o empenho dos padres agostinianos e o apoio da população, no mês de junho já estava pronta e celebrou-se a novena e festa em louvor a São João e também a primeira Missa dentro da nova Capela em um altar provisório. No dia quinze demos início às novenas em louvor de São João do Morro da Saudade. As cinco horas da tarde imponente procissão acompanhou a imagem do glorioso Precursor, desde a Matriz até ao Morro. Recolocada a imagem no altar provisório da nova Capela, tiveram início as novenas que durante os nove dias estiveram muito concorridas. No dia 24 foi celebrada a primeira missa na nova Capela pelo Rvmo. P. Vigário. No relatório paroquial do final daquele ano, Pe. Ângelo Cosgaya, recém empossado como Pároco, ao destacar os principais momentos da Paróquia, ressaltou: “Merece especial menção a inauguração da Capella de São João Baptista, no Morro da Saudade, reedificada neste mesmo ano” . No ano seguinte, os festejos de São João foram ainda mais concorridos. Assim relatou o novo Pároco: E neste mês [de junho], com uma solenidade nunca vista e com afluência de fiéis que superou a da inauguração da Capela de S. João, celebrou-se a Novena e Festa de São João Batista na sua própria Capela do Morro. Administrando-se por primeira vez nesta festa e na Capela o Santo Chrisma que S. Excia. Revma., D. Emmanuel Gomes de Oliveira, delegou para tal fim o M. R. Pe. Teodoro Estalayo. D.D. Comissário Provincial dos Padres Agostinianos. Ano a ano, os párocos trazem alguns dados sobre os tradicionais festejos de São João Batista na Capela do Morro, como ocorre em 1943 quando o Pe. Rodolfo Ferreira da Cunha, que assumiu a Paróquia após a saída dos agostinianos, destaca a honestidade e o zelo dos festeiros: Realizou-se com toda a solenidade a novena e procissão de S. João Batista, na

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Capela do Morro da Saudade. Os festeiros se desempenharam perfeitamente, não só liquidando todas as despesas da festa, como pagando 700 cruzeiros pela conclusão de um novo altar e ainda entregaram um saldo de 2.650 cruzeiros, com que foram comprados todos os ornamentos para a Capela: uma cômoda e 6 bancos, faltando apenas o missal, que não se pode obter antes do fim da guerra. Retifico: o saldo 2.565 cruzeiros. Praza a Deus que os futuros festeiros continuem a dotar a Capela de ornamentações necessárias e conveniente, por exemplo, um estandarte para as procissões, mas jarros para flores e outros ornatos indispensáveis. Mesmo após a chegada dos franciscanos, em 1944, permaneceu o movimento religioso na festa de São João Batista: De 15 a 24 de junho, na matriz, a festa de São João Batista. O festeiro era Sr. Maurilho Neto Carneiro, e a festeira, Sra. Felicidade Neto Gonçalves. De costume, a festa foi realizada no morro onde fica a capela de São João Batista. Reza todas as noites na Capela. Depois o leilão, no coreto em frente da capela. Bom movimento. Frei Paulo Seibert, o Comissários Provincial, estavam na cidade nestes dias e ia à capela. Missa do encerramento na capela, e procissão em volta do morro na véspera. No ano de 1950, a renda da festa de São João tinha algumas metas: “Dia 15 iniciamos a Festa de São João Batista em benefício da Matriz e da Escola São Vicente de Paulo. Foi realizada a importância, depois das despesas, de vinte e três mil cruzeiros”. O tempo passa e dentro de três anos, serão completados 120 anos do lançamento do primeiro esteio da antiga Capela. Passam-se os anos, talvez hoje não se mantenha o mesmo entusiasmo religioso com a antiga e tradicional festa naquele local, mas continua a devoção em todo o povo catalano e dentro de seu território e, apesar do atual descuido, permanece um imenso carinho para com a Capelinha do Morro, patrimônio material e imaterial, patrimônio religioso e cultural deste município que nos remete às suas origens, à uma herança de nossos antepassados, integradora e atual, que lança-nos em uma busca das raízes, mas que faz-nos olhar para o tempo hodierno e também refletir sobre o que virá. Queira Deus, continue a velha Capela a ser um sinal de fé e de esperança e a ser a sentinela avançada que marca a religiosidade e a fé do povo catalano, e que é para todos nós cartão de visitas desta cidade. PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

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A Esther Fashion comemora com Catal達o os muitos momentos alegres vividos nestes 156 anos de vida. Foto: Revista VIP/ Maysa Abr達o

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Expo Catalão 2015. Fotos: Divulgação Expo Catalão / Revista Portal VIP / Maysa Abrão

Antecedendo as comemorações de aniversário dos 156 anos de Catalão, a população recebeu um presente especial: A Expo Catalão 2015. Em uma festa animada, que superou as expectativas, tanto da diretoria quanto do público, o parque de Exposições Waldivino Duarte recebeu mais de 70 mil pessoas. O evento teve saldo positivo em volume de negócios de expositores, torneio leiteiro e leilões. Além de toda a diversão para os adultos, o Projeto Criança no Parque, I Expo Kids, atendeu cerca de 4 mil crianças, oferecendo brinquedos, lanches e passeio pelo parque, tudo gratuito. Imagens aéreas do parque - Aero Drone

O Sindicato Rural parabeniza Catalão pelas belas conquistas adquiridas nesses 156 anos e agradece a presença de todos que prestigiaram a festa que é feita para os catalanos, e podem ir se preparando, em 2016 tem muito mais!

Parabéns Catalão!

Diretoria Sindicato Rural felizes com o resultado do evento

Cuiabano Lima

Um grande número de pessoas prestigiou o evento

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O Padre Murah abençou o dia do agricultor

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Recordar faz parte do ser humano. E nada melhor para guardar lembranças do que uma boa revelação fotográfica. Temos o prazer de oferecer aos catalanos um laboratório com excelência em revelação, além de artigos fotográficos em geral.


10 anos de amor por Catalão! Existe uma máxima de que tudo que se faz com amor, o resultado é sempre positivo. A equipe Portal VIP, desde a sua primeira formação com a participação de Bruno, João Luís, Jeferson do Portal Catalão (sócios no início do projeto) e dos inúmeros colaboradores como Angel Lima, Rosiane, Azael, Lauro Neto, Erika de Bem, Thaís, Rebeca, Joana, Ana Paula Mendonça, Rubenig, Maxwell, Adahylton, Bruna Lima, Núbia Palmério, Ruhana, Lara Cristina, Anasuene Cristina, Hávila Leonel, além de outros, e a ATUAL EQUIPE formada pelos dedicados Heberton Guedes, Maysa Abrão (Badra Abrão), Letícia Cubas, Ana Paula Oliveira, sempre estiveram imbuídos de realizar o trabalho com dedicação e responsabilidade. O resultado desta história todos conhecem: a Portal é um projeto que deu certo graças a dedicação de cada um dos que ajudaram e ajudam a escrever a história de dez anos de conquistas. No início, em 15 de junho de 2005, quando a primeira edição da VIP entrou em circulação, eram 32 páginas. Um projeto tímido, mas sério, comprometido e sempre focado em valorizar Catalão. O tempo passou, a primeira revista a circular periodicamente em Catalão cresceu, se consolidou e hoje é um dos veículos de maior importância no Município. Mantendo a tradição de valorizar o que a cidade tem de melhor – sua população – através de reportagens com temática

variada, a Portal VIP se consolidou pomposa e a cada edição é fechada com no mínimo 70 páginas. A revista não ficou somente no formato de veículo impresso. Está presente também na internet www.revistaportalvip.com.br, o qual tem atualização diária. E o nome Portal VIP também foi levado para projetos como o Buteko VIP (confraternização empresarial realizada por sete edições); Festival Cantalão (realizado em parceria com João Aluá por três anos); Top of Mind (a festa de premiação das marcas mais lembradas de Catalão, realizada há seis anos); E para celebrar os 10 anos de vida, a Revista iniciou em 15 de junho de 2015 mais um projeto: Programa Revista Portal VIP com o objetivo de entrevistar personalidades catalanas, veiculado no Canal 17 Ina Telecom (com estreia de programa sempre na quinta-feira, 19h30) e no site www.revistaportalvip.com.br via canal youtube. Por tantas realizações é que só temos motivos para agradecer. Aos amigos, familiares, aos clientes que sempre apostaram no projeto, aos assinantes pelo prestígio, aos colunistas, fotógrafos, diagramadores/diretores de arte (na pessoa do atual responsável pela criação/produção/paginação da VIP, Márcio Gomes) e demais colaboradores. Sem vocês, esse sonho não teria se tornado realidade.


O primeiro Top of Mind com a presença de Rodrigo, ex-BBB, na foto com Iliane e Rubens

Registro da equipe 2007, capa de uma edição

Edição Top of Mind

Registro do Buteko VIP em 2009, Maysa, Núbia, Iliane, Angel e Anasuene

Foto de fundo: Tavares e Silvestre Fotografia

Primeira edição da Portal VIP, de 2005


João Aluá e Iliane Fonseca, felizes com o resultado

Cantor Zé Geraldo em registro do Cantalão, com Ana Paula, Hávila, Iliane, Maysa e Núbia

Temos orgulho de fazer parte do cotidiano catalano e de registrar a senda de progresso deste Município, um dos mais prósperos do Brasil! Feliz Aniversário Catalão! Equipe Portal VIP.

A primeira entrevista do Programa da Revista Portal VIP com o engenheiro e educador Jorge Maciel

64 – 3442 6963

www.revistaportalvip.com.br /revistaportalvip

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@revistaportalvip

R. Nossa Senhora de Fátima, 585 Nossa Senhora de Fátima – Catalão / Goiás

revistaportalvip@gmail.com PORTAL VIP • AGOSTO 2015 |

137


156 anos

de Incontáveis realizações.

A equipe Revista Portal VIP parabeniza Catalão por essa história construída com muita garra. Desejamos continuar trabalhando para evidenciar as belezas desta terra e de sua gente.

tória!

Afinal são 10 anos de Portal VIP, a gente faz parte dessa his 138

| PORTAL VIP • AGOSTO 2015


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