Bullying - Manual de Apoio aos Diretores de Turma

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2010

Bullying - A violência entre pares Manual de Apoio

José Ilídio Alves de Sá



Índice

Consequências do bullying ………………………………………………………..

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Definição de bullying ……………………………………………………………….

5

Tipos de bullying ……………………………………………………………………

7

Actores do bullying …………………………………………………………………

10

8 mitos sobre o bullying ……………………………………………………………

14

Dados sobre o bullying …………………………………………………………….

16

O que devem fazer os pais ………………………………………………………..

18

O que devem fazer as escolas ……………………………………………………

23

Sítios na Internet …………………………………………………………………...

26

Questionário sobre bullying ……………………………………………………….

28

Jogos ………………………………………………………………………………...

36

Jogos interactivos ………………………………………………………………….

39

Banda desenhada ………………………………………………………………….

41

Provérbios …………………………………………………………………………..

43

Pensamentos ……………………………………………………………………….

44

Músicas ……………………………………………………………………………...

46

Textos ……………………………………………………………………………….

57

Vídeos ……………………………………………………………………………….

74

Outras actividades …………………………………………………………………

83

Bibliografia ………………………………………………………………………….

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Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Consequências do bullying Qualquer acto de indisciplina, de violência ou do bullying, praticado por alunos (ou por adultos) assume, em menor ou em maior grau, uma dimensão prejudicial para o normal funcionamento de um estabelecimento de ensino e, concomitantemente, para o quotidiano dos que o frequentam. -Para a vítima… • sequelas físicas (nódoas, arranhões, indumentária rasgada…); • continua e sofrida degradação do seu bem-estar físico e psicológico; • sentimento de tristeza e de desolação; • permanente luta interior; • falta de confiança; • baixa na auto-estima; • dificuldades de concentração. • crescente sentimento de culpa; • isolamento social; • crescente absentismo escolar; • maior insucesso escolar; • risco de depressão; • suicídio; -Para a escola… • degradação do clima global de escola; • deterioração do normal desenvolvimento das actividades na sala de aula; • crescente desmotivação por parte de alunos, de docentes e não docentes e de pais e encarregados de educação; • engrandecer do sentimento geral de medo e insegurança; • baixa no rendimento académico dos alunos; • crescente isolamento dos alunos; • deterioração das competências sociais e relacionais dos elementos da comunidade escolar; • falta de assiduidade; • insucesso e abandono escolar; • imagem para o exterior da incapacidade da escola em promover um clima saudável e positivo;

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Definição de bullying ―É preciso saber olhar para os olhos de uma criança para saber o que vai na alma.‖ (Torrente Ballester)

O que é o Bullying? Quatro definições…

―Um aluno está a ser vítima de bullying quando ele ou ela se encontra exposto, de forma repetida e ao longo do tempo, a acções negativas por parte de um ou mais alunos‖ (Olweus, 2005: 9)

―Uma forma de comportamento agressivo que, para além de ser deliberado, provoca normalmente dor; trata-se, por outro lado, de um comportamento persistente, que perdura, por vezes, ao longo de semanas, meses ou, até, anos e que faz com que seja difícil para aqueles que são vitimados poderem defender-se. Por trás da maior parte das manifestações de bullying encontramos um abuso de poder e um desejo de intimidar e de dominar‖. (Sharp & Smith, 1995: 1)

―Um comportamento que pode ser definido como o ataque repetido – físico, psicológico, social ou verbal – por aqueles que se encontram numa situação de poder, que é formal ou situacionalmente definido, sobre aqueles que são impotentes para resistir, com a intenção de causar sofrimento para o seu próprio ganho ou gratificação.‖ (Besag, 1989: 4)

―Um abuso sistemático de poder.‖ (Rigby, 2002: 1)

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Definição de bullying • Três principais elementos que caracterizam o comportamento levado a cabo por um bully:

O seu carácter agressivo e a intenção em provocar dor

A desproporcionalidade de poder entre agressor e vítima

O seu carácter repetitivo ao longo do tempo

• Questões a considerar: 1. A intencionalidade do acto…como medir? …tratou-se de brincadeira? …existiu maldade? 2. A repetição do acto… como detectar? … como quebrar o silêncio das vítimas e dos pares? 3. A desproporcionalidade de poder…de que forma se pode manifestar?

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Tipos de bullying O bullying pode manifestar-se de forma directa ou indirecta. Actos

Bullying

-bater -socar -dar cotoveladas -pontapear -puxar o cabelo -beliscar -arranhar Físico

-empurrar -cuspir -rasteirar -agredir com recurso a objectos -forçar comportamentos sexuais

Directo “…ataques

-obrigar a vítima a realizar tarefas servis contra a sua vontade -roubar haveres

abertamente confrontacionais”

-estragar material -extorquir dinheiro

-chamar nomes -insultar -pôr alcunhas desagradáveis -mentir ou tecer comentários com conteúdo ofensivo à vítima ou à Verbal

sua família -gozar -ameaçar -provocar -fazer reparos racistas e/ou que salientam qualquer defeito ou deficiência

-difundir comentários maliciosos sobre os atributos e/ou condutas Indirecto “…ataques manipulativos secretos”

de alguém com vista a destruir a sua reputação -excluir sistematicamente a vítima de grupos -ameaçar com frequência a perca de amizade -difundir rumores -enviar sms / emails -tirar imagens de telemóvel comprometedoras ou do visado em situações ridicularizadoras

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Tipos de bullying Existe, ainda, um terceiro tipo de bullying – o Cyberbullying

Com a exponencial democratização do uso das Tecnologias de Informação e de Comunicação ocorrida nos últimos anos (com o evidente destaque, por um lado, para o surgimento alucinante de telemóveis equipados com complexos dispositivos multifunções e, por outro, para a banalização da utilização da internet de banda larga), uma nova tipologia de bullying tem vindo a ser crescentemente utilizada pelos jovens na escola, e fora desta, para achincalhar, em alguns casos de forma muito violenta, os seus pares.

O cyberbullying pode ser definido como um acto agressivo e intencional levado a cabo por um grupo ou por um indivíduo utilizando formas electrónicas de contacto, de forma reiterada e ao longo do tempo, exercido sobre uma vítima que não se pode defender facilmente. Simões & Carvalho (2009: 104)

Tipos de cyberbullying mais comuns:

-com recurso aos telemóveis: • chamadas abusivas ou silenciosas, • envio ofensivo de mensagens escritas (SMS) • uso nocivo de fotografias ou vídeos por via do seu envio a terceiros

-recorrendo à Internet: • envio de e-mails com conteúdo negativo • abusos ocorridos em redes sociais (chat-rooms) • recurso às mensagens instantâneas ou a • criação de websites com a clara intencionalidade de atingir terceiros

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Tipos de bullying Aspectos que distinguem o bullying ‗tradicional‘ do cyberbullying.

Bullying

Cyberbullying • Agressão de carácter repetitivo, embora muitas vezes perpetuada por terceiros • Forma encapotada de agressão • Poder assimétrico que pode dever-se à „invisibilidade‟ do agressor ou às suas elevadas competências no uso das tecnologias de informação e comunicação • Ocorre com mais frequência a partir da adolescência • Ocorre com maior frequência fora do espaço da escola

• Agressão de carácter repetitivo • Forma aberta de agressão • Poder assimétrico que pode dever-se às características físicas / psicológicas ou às competências relacionais / comunicacionais que evidencia • Ocorre desde a infância • Ocorre com maior frequência dentro do espaço da escola • Pode manifestar-se de forma directa (física / verbal) ou indirecta. • As vítimas podem procurar ajuda junto de colegas ou de adultos • As vítimas são atingidas em locais onde a presença / vigilância dos adultos não existe • As vítimas não relatam as agressões de que estão a ser alvos; quando o fazem, partilham o sucedido com um colega e menos com os adultos (professores e pais) • Dificuldades das vítimas em resolver a situação • Dificuldades dos adultos em detectar as agressões e em prestar apoio à vítima, sobretudo nos casos de bullying indirecto • Maior sensibilização e consciencialização por parte dos adultos • Pode envolver observadores, mas normalmente não em número muito elevado • Os agressores actuam de forma calculista, evitando a visibilidade dos seus actos sobretudo em relação aos adultos – docentes e não docentes

• Mais associado ao bullying indirecto • As vítimas não têm local onde se possam refugiar • As vítimas podem ser atingidas a qualquer altura e em qualquer lugar • As vítimas não relatam as agressões de que estão a ser alvos • Dificuldades das vítimas em resolver a situação • Dificuldades dos adultos em detectar as agressões e em prestar apoio à vítima • Menor sensibilização e consciencialização por parte dos adultos • Envolve um número de observadores consideravelmente elevado • Os agressores estão protegidos pelo anonimato, permitindo que não sejam identificados, punidos ou alvo de retaliações; maior desinibição por parte do agressor • Os agressores não assistem à reacção da vítima, não avaliando assim as consequências dos seus actos

• Os agressores assistem à reacção da vítima in loco • Para além das marcas físicas, as consequências, de ordem psicológica, podem não ser de imediato detectadas

• Evidências materiais das agressões podem ficar guardadas

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Actores do bullying ―Todos nós, ao longo da vida, já presenciámos ou participámos em situações de agressão, assumindo o papel de agressor, vítima, observador passivo ou interveniente.‖ Pereira (1997: 18)

A vítima

Factores físicos

• aparência física

Beane (2006)

• mais nova

Seixas (2005, 2006)

• mais débil

Thompson et al. (2003)

• deficiência

Factores

• ansiedade

Batsche (1994)

psicológicos/comportamentais

• baixa auto-estima

Costa & Vale (1998)

• envergonhado

Martins (2009)

• introversão

Mora-Merchán (2006)

• cautela

Olweus (2005)

• insegurança

Pearce & Thompson (1998)

• não assertivas

Pepler & Craig (2000)

• silêncio

Ruiz & Mora-Merchán (2009)

• sensibilidade

Seixas (2005; 2006)

• diferente

Sharp & Smith (1995)

• necessidades educativas especiais

Smith (2000)

• emocionalmente reactivo

Veenstra (2005)

• rejeição

Benítez & Justicia (2006)

• solidão

Costa & Vale (1998)

• dificuldades de socialização

Martínez (2002)

• sem amigos próximos

Nansel et al. (2001)

• baixa popularidade

Pearce & Thompson (1998)

• redes sociais de apoio pobres

Pepler & Craig (2000)

Factores relacionais

Ruiz & Mora-Merchán (2009) Sharp & Smith (1995)

Factores familiares

• filho único

Mellor (1997)

• viver apenas com um progenitor

Serrate (2009)

• sobreprotecção das mães

Simões & Carvalho (2009) Smith (2000)

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Actores do bullying

As vítimas de bullying podem ainda ser divididas em dois subtipos: - vítimas activas / provocadoras (Costa & Vale (1998: 28-29) ou agressivas (Pepler & Craig, (2000: 32) - vítimas passivas

3.1.1. Sinais de alerta -Na escola… alunos que, com regularidade… • são gozados ou ridicularizados, tratados com alcunhas ofensivas • são insultados, menosprezados • são intimidados, inferiorizados • são ameaçados, dominados, subjugados • são objecto da ira, enxovalhados • são empurrados, agredidos, esmurrados, pontapeados • são apanhados em brigas numa posição de pouca defesa • são objecto de roubos ou que vêem o seu material destruído • são vistos com pisaduras, cortes, arranhões, roupa rasgada sem motivo aparente (sinais primários)

• são vistos sozinhos e excluídos dos grupos dos colegas durante os intervalos • são considerados os menos populares da turma • são os últimos a serem escolhidos para fazerem parte de uma equipa • são vistos junto dos seus professores ou de outros adultos nos intervalos • evidenciam dificuldades em falar em público e transmitem uma imagem de ansiedade e de insegurança • manifestam sentimentos de tristeza ou de desconforto (sinais secundários)

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Actores do bullying

O agressor – bully

Factores físicos

Factores psicológicos

Factores relacionais

Factores académicos

• activo

Costa & Vale (1998)

• mais velho

Pearce & Thompson (1998)

• mais forte

Ramirez (2001)

• tendências comportamentais agressivas

Coloroso (2003)

• impulsivo

Costa & Vale (1998)

• necessidade de exercer domínio

Formosinho

• extrovertido

(2001)

• auto-confiante

Martins (2009)

• forte auto-estima

McEachern (2005)

• assertivo

Olweus (2005)

• caprichoso

Pearce & Thompson (1998)

• falta de controlo

Seixas (2006)

• pouca preocupação com o mal-estar

Serrate (2009)

causado

Simões & Carvalho (2009)

• manipulador

Beane (2006)

• maquievelismo

Coloroso (2003)

• perspectiva egocênctrica do mundo

Costa & Vale (1998)

• socialmente confiante

Formosinho

• boas aptidões comunicacionais

(2001)

• popularidade média entre pares

Martins (2009)

• impopular entre o pessoal da escola

Seixas (2006)

• falta de competências sociais básicas

Simões & Carvalho (2009)

• quadro de reprovações

Nansel et al. (2001)

• atitude negativa face à escola

Ramirez (2001)

&

&

Simões

Simões

• dificuldades em acompanhar o normal ritmo de aprendizagem

Factores familiares

• viver com alguém que não os pais

Mellor (1997)

• relação negativa com os pais

Seixas (2006)

• menor apoio dos pais • exposição à agressão e conflito entre adultos

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Actores do bullying

As testemunhas - bystanders

―Todo o jovem que, não integrando necessariamente o grupo dos agressores, assiste - na qualidade de testemunha – a episódios de bullying no recreio, no campo de jogos, no corredor do bloco ou, até, na cantina da escola.‖ Thompson et al., (2003: 37)

―As testemunhas de bullying, que presenciam as agressões e optam por não intervir, não escapam igualmente às suas consequências negativas, pois também eles perdem o sentimento de segurança.‖ (Bedell et al., 2005: 59)

Cinco subtipos

Características

Apoiantes (supporters)

-aqueles que apoiam o bully, mas que desempenham um papel activo na agressão

Apoiantes passivos (passive supporters)

-admiram o agressor, mas não manifestam o seu apoio de forma aberta

Espectadores descomprometidos (disengaged onlookers)

-assistem ao que acontece, mas não tomam posição

Prováveis defensores (possible defenders)

-não gostam das agressões, sentem que devem ajudar, mas não o fazem

Defensores do alvo (defenders of the target)

-desaprovam as agressões e ajudam (ou tentam fazê-lo) a vítima

não

Olweus (2005)

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8 mitos sobre o bullying

Mito n.º 1: O bullying é uma fase que faz parte da vida. Todas as crianças e jovens conseguem ultrapassar essa fase. Realidade: O bullying não é ―normal‖ nem pode ser entendido como um comportamento

socialmente

admissível.

Aceitar

tal

comportamento

confere

inequivocamente mais poder aos/às intimidadores/as. As crianças e jovens devem ser educados no sentido de saberem respeitar os outros e de conviverem de forma saudável.

Mito n.º 2: Se uma criança ou jovem contar a alguém que está a ser vítima de bullying, será pior uma vez que a intimidação de que estará a ser alvo aumentará.

Realidade: O contrário é que poderá acontecer. Quanto mais ignorarmos o bullying, mais ele ocorrerá. Estudos demonstram que o bullying só pára quando os adultos e / ou os pares o denunciam e se envolvem activamente em defesa da vítima.

Mito n.º 3: O bullying é um problema da escola e só os/as professores/as é que se devem preocupar com ele.

Realidade: O bullying é um problema social que diz respeito a todos. Por vezes, pode ocorrer, também, fora da escola, nomeadamente na rua, em casa, nas actividades desportivas, nos centros comerciais, nos campos de férias ou, mesmo, com adultos nos seus locais de trabalho.

Mito n.º 4: As crianças e jovens que intimidam os outros nascem assim.

Realidade: O bullying é um comportamento aprendido e essas condutas anti-sociais podem, portanto, ser mudadas.

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8 mitos sobre o bullying

Mito n.º 5: Os agressores (bullies) são normalmente alunos impopulares, altos e fortes. Realidade: Os bullies emergem nas mais diversas combinações e formatos – alguns são

enormes e musculados, outros são pequenos e esguios; alguns são inteligentes, outros nem por isso; alguns são bem-parecidos, outros nem por isso; alguns são populares e outros são particularmente detestados por todos.

Mito n.º 6: Apenas os rapazes exercem bullying sobre os colegas. Realidade: Os rapazes utilizam mais certas formas de bullying directo verbal e / ou físico, que são as mais visíveis. As raparigas, por sua vez, recorrem mais frequentemente ao bullying indirecto que não é tão perceptível como o directo.

Mito n.º 7: Os bullies escolhem as suas vítimas por elas serem ‘diferentes’. Realidade: Qualquer aluno pode ser escolhido pelo agressor. Os bullies tornam alvos das suas agressões os pares que parecem estar num contexto de inferioridade ou de fragilidade física ou psicológica.

Mito n.º 8: Não existe bullying na minha escola, pois não assisto a qualquer tipo de incidente desse tipo. Realidade: Os bullies, como manipuladores que são, agem de forma calculista quase sempre longe do olhar dos outros, sobretudo dos adultos. Contudo, em muitas situações, actuam dentro do espaço da sala de aula sem que o professor se aperceba. (In brochura da Associação de Mulheres Contra a Violência – AMCV - http://www.amcv.org.pt/ e Horne, A., Orpinas, P., NewmanCarlson, D., & Bartolomucci, C. (2004). Elementary School Bully Busters Program: Understanding Why Children Bully and What to Do About It. In D. Espelage & S. Swearer (Eds.), Bullying in American Schools. A Social-Ecological Perspective on Prevention and Intervention. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers)

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Dados sobre o bullying

Em Portugal …

 primeiros estudos realizados em 1993/1994 no Minho (Braga e Guimarães)  entre 20 a 25% dos jovens portugueses são / foram vítimas de algum tipo de bullying  entre 15 a 20% dos jovens portugueses estão / estiveram envolvidos em alguma forma de bullying na qualidade de agressores

Tipos de bullying…

 o bullying verbal é a forma de agressão mais usual entre os jovens  o bullying tende a diminuir com a idade (inicia-se nas faixas etárias mais baixas, logo aquando da frequência do jardim-de-infância, aumentando gradualmente ao longo do 1º Ciclo do Ensino Básico e atingindo o seu auge ao longo dos 2º e 3º Ciclos – entre os 12 e os 15 anos de idade)  o bullying físico declina igualmente com o decorrer da idade enquanto que o bullying indirecto aumenta

As vítimas…

 as vítimas do bullying são, num número expressivo de situações, mais novas ou mais fracas do que os seus agressores  as raparigas são objecto de agressão indiscriminadamente por colegas de ambos os géneros, ao passo que é mais raro os alunos serem maltratados por alunas  os alunos são, por outro lado, mais alvo de bullying directo (físico) do que as alunas  as raparigas experienciam mais frequentemente formas verbais de agressão – chamar nomes desagradáveis – ou indirectas (sociais) – ser excluídas do grupo de pares, ninguém falar com elas, ser alvo de rumores desagradáveis

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Dados sobre o bullying Os agressores…

 os alunos envolvidos em episódios de bullying frequentam normalmente a mesma turma ou o mesmo ano de escolaridade da sua vítima  os rapazes envolvem-se claramente em actos de agressividade com maior frequência do que as raparigas

Locais de maior risco…

 um número significativo de episódios de bullying ocorre em alguns espaços exteriores da escola – recreio, campo de jogos, atrás dos edifícios – seguindo-se outros locais como a sala de aula, os corredores, a cantina, os balneários, as casas de banho ou junto à portaria

O bullying e o tamanho da turma / escola...

 não parece existir co-relação entre bullying e o tamanho da turma ou da escola

O bullying e os estratos sociais de onde provêm os alunos…

 não parece existir co-relação entre bullying e os estratos sociais de onde provêm os alunos

O bullying e a localização da escola…

 não parece existir co-relação entre bullying e a localização da escola (geográfica, zona rural / urbana)

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O que devem fazer os pais Se o seu filho está a ser vitimado:

―Os pais dos alunos envolvidos nestes episódios não estão familiarizados com esta problemática e, quando o estão, apenas dialogam com os seus filhos acerca de algumas das suas vertentes.‖ (Olweus, 2005: 21)

• O que sentirá:  Preocupação  Transtorno  Frustração  Impotência  Revolta

• Fique atento aos sinais de alerta: Apresentação de danos corporais (cortes, arranhões, nódoas negras…) para os quais não são adiantadas explicações convincentes. Mudança súbita nos padrões comportamentais: -maior silêncio -maior isolamento -maior agressividade -maior exigência de atenção -angústia constante -menor apetite -pesadelos Manifestações constantes de indisposição física para ir à escola: -dores de barriga, de cabeça

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O que devem fazer os pais -vomitar Demonstração súbita de falta de interesse pela escola: -decréscimo no aproveitamento escolar -falta de assiduidade Desaparecimento inexplicado de bens materiais, de dinheiro, das senhas de almoço. Tentativas de fuga de casa ou de suicídio.

• O que não deve fazer: Minimizar, explicar ou justificar o comportamento do agressor. Ignorar o sucedido. Aconselhar o seu filho a evitar o agressor. Aconselhar o seu filho a ripostar ao agressor. Assumir atitudes precipitadas. Confrontar directamente o agressor ou os pais do agressor.

• O que deve fazer: Leve o seu filho muito a sério caso ele lhe comunique que está a ser vítima de agressão, pois, para além de necessitar da sua ajuda, ele precisa de sentir que está do seu lado. Demonstre total disponibilidade e abertura para que o seu filho possa falar consigo acerca de tudo que ele quiser.

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O que devem fazer os pais

Adopte uma postura instrutiva e construtiva, não contribuindo para o agravamento da situação. Ouça o que ele tem para lhe relatar, com calma e de forma atenta. Anote todo o tipo de informação relacionada com o(s) dia(s), a(s) hora(s), o local, o nome do(s) agressor(es) e eventuais testemunhas. Ajude o seu filho a sentir que ele não é culpado pela situação e que ele não merece ser vítima de agressão. Reforce a auto-estima do filho, levando-os a pensarem por si e a encararem as contrariedades da vida como problemas que devem ser resolvidos. Fale com ele acerca do que ambos podem fazer para pôr fim às situações de agressão. Aconselhe-o a relatar as agressões ao seu Director de Turma ou a outro professor. Dirija-se à escola e comunique o sucedido ao Director de Turma do seu educando. Faça-o com calma e de forma clara de modo a que possa ser encontrada uma solução para pôr fim às agressões. Exponha a situação ao Director da escola caso o Director de Turma não tenha conseguido resolver o problema. Incentive o seu filho a continuar a falar consigo acerca da sua vida na escola, passe mais tempo com ele e demonstre-lhe o seu apoio incondicional.

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O que devem fazer os pais

2. Se o seu filho é o agressor: • Fique atento aos sinais de alerta: Exibição usual de condutas agressivas (bater, pontapear, empurrar, uso de linguagem ofensiva). Manifestações de comportamentos impulsivos (frustração, fúria). Recurso à agressão como meio privilegiado para resolver problemas. Necessidade de: -controlar ou exercer domínio sobre terceiros; -humilhar ou achincalhar outras crianças. Manifestação de atitudes cruéis para com outras crianças ou animais de estimação. Ausência de sentimentos de empatia / insensibilidade face aos sentimentos evidenciados por terceiros, revelando egocentrismo. Culpabilização de terceiros por actos praticados, nunca assumindo a sua autoria. Atitudes de provocação deliberada de outras crianças.

• O que deve fazer: Mantenha a calma e procure saber junto do seu filho o(s) motivo(s) pelo qual ele agride os colegas. Explique ao seu filho que qualquer tipo de comportamento agressivo é intolerável. Procure, em conjunto com o seu filho, formas de compensar a vítima. Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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O que devem fazer os pais Apoie o seu filho caso ele seja objecto de um procedimento disciplinar na escola. Passe mais tempo com o seu filho, acompanhando mais de perto o seu comportamento. Promova um clima de tranquilidade e de harmonia nas suas relações familiares. Evite que o seu filho veja filmes violentos ou que aceda a jogos virtuais com o mesmo cariz.

2. Se o seu filho é testemunha: • O que deve fazer: Fale com o seu filho com regularidade acerca do seu dia-a-dia na escola. Incentive o seu filho a denunciar qualquer tipo de comportamento agressivo que ocorra na escola. Ajude-o a desenvolver as competências necessárias para que ele se sinta suficientemente confiante para relatar essas condutas. Mostre-lhe que o silêncio só poderá contribuir para piorar a situação. Dirija-se à escola no sentido de ter a certeza de que existem mecanismos na escola que possam garantir a segurança do seu filho caso ele denuncie esses comportamentos agressivos.

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O que devem fazer as escolas

4 - O sistema educativo responde às necessidades resultantes da realidade social, contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários e valorizando a dimensão humana do trabalho. 5 - A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua transformação progressiva. Artigo 2º da Lei nº 49/2005, de 30 de Agosto - Lei de Bases do Sistema Educativo

―A escola partilha a responsabilidade de alguns problemas comportamentais evidenciados pelos seus alunos pelo que não deve culpabilizar apenas a sociedade, a família e as crianças.‖ (Besag, 1989: 101) ―A escola desempenha um papel fundamental no que toca ao apoio que pode dar às crianças e jovens que se encontram envolvidos em situações de bullying. Em primeiro lugar, a escola deve garantir que existem poucas oportunidades para a sua ocorrência, ao mesmo tempo que deve implementar um trabalho a longo prazo para apoiar as crianças que evidenciam dificuldades de socialização.‖ (Besag, 1989: 100)

• È obrigação da escola: Garantir o bem-estar e segurança de todos os seus alunos. Apresentar-se como local exemplar e inequivocamente favorável ao processo de ensino/aprendizagem.

Promover valores universais (respeito pelos outros, a tolerância, a solidariedade) entre os seus alunos.

Fomentar um clima natural de serenidade, harmonia e tranquilidade entre todos os elementos da comunidade escolar. Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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O que devem fazer as escolas

Divulgar, praticar e garantir rotinas regulares que possam garantir, de forma inquestionável, o bem-estar, a alegria e a segurança dos nossos jovens. Estimular o diálogo entre todos os elementos da comunidade educativa (alunos, pessoal docente e não docente, pais / encarregados de educação). Considerar o bullying e quaisquer outros tipos de comportamentos

violentos inequivocamente inaceitáveis. Difundir junto de todos os elementos da comunidade educativa procedimentos que sirvam para relatar acontecimentos intimidatórios. Prestar apoio aos pais e encarregados de educação de alunos vítimas de bullying.

• O que é que não resulta no combate ao bullying: Abordagens ou medidas isoladas e inconsistentes. Políticas de ―tolerância zero‖ inflexíveis. Aconselhamento desestruturado (individual ou em grupo). Retenção dos alunos no mesmo ano de escolaridade. Suspensão ou expulsão do aluno agressor sem que existam medidas de acompanhamento para o comportamento transgressor. Segregação de alunos com comportamentos diferenciados. Junção de alunos com comportamentos agressivos numa mesma turma.

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O que devem fazer as escolas

• O que é que resulta no combate ao bullying:  Adopção de uma postura determinada.  Promoção de um ambiente seguro para todos os elementos da comunidade escolar.  Intolerância para quaisquer comportamentos de violência.  Definição clara de regras que não permitam comportamentos de bullying. Implementação de programas de prevenção e de intervenção ao nível da escola. Envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa (alunos, direcção, pessoal docente e não docente, psicólogo, pais / encarregados de educação, instituições) na dinamização de esses programas.  Dinamização de sessões de esclarecimento / formação. Aplicação e monitorização de medidas que, embora estabeleçam limites firmes, não sejam meramente punitivas. Implementação de programas que: -melhorem o clima da sala de aula; -ajudem os alunos a desenvolver competências comportamentais; -privilegiem uma abordagem junto dos alunos (aconselhamento, mediação, resolução de conflitos, formação); -promovam o papel modelar dos adultos.  Desenvolvimento de actividades no espaço da sala de aula.  Divulgação de informação.

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Sítios na Internet

Nome do Sítio

Endereço

APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

http://www.apav.pt/portal/

Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco

http://www.cnpcjr.pt/

MiúdosSegurosNa.Net Tito de Morais PortalBullying – Centro de Ajuda Online Tânia Paias ProCiv – EsmgaSegura Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida - Espinho Projecto Dadus Comissão Nacional de Protecção de Dados Programa de Redução do Comportamento Agressivo Entre Estudantes (Brasil)

http://www.miudossegurosna.net/

http://www.portalbullying.com.pt/

http://esmgasegura.blogspot.com

http://dadus.cnpd.pt/

http://www.bullying.com.br

Anti-bullying Alliance (Reino Unido)

http://www.anti-bullyingalliance.org.uk

Bullies to Buddies (Canadá)

http://www.bullies2buddies.com/

Bully Blocking (Austrália) Bully Free Program Allan Beane (Estados Unidos da América)

http://www.bullying.com.au/

http://www.bullyfree.com/

Bullying Org (Canadá)

http://www.bullying.org/public/

Bullying No Way (Austrália)

http://www.bullyingnoway.com.au

Bullying UK (Reino Unido)

http://www.bullying.co.uk/

BullyWatch (Reino Unido) International Bullying Prevention Association (Estados Unidos da América)

http://www.bullywatch.org/

http://www.stopbullyingworld.org/

School Bullying and Violence (União Europeia)

http://www.bullying-in-school.info

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Recursos

Recursos

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Questionários sobre bullying

Este questionário serve para testares os teus conhecimentos sobre o bullying e sobre as consequências que esta problemática poderá ter sobre os alunos. As respostas que darás às questões que te são colocadas servirão, em primeiro lugar, para reflectires e encontrares motivação para aprofundar os teus conhecimentos sobre esta temática. Tenta, portanto, assinalar a resposta que consideras ser a melhor para cada uma das seguintes questões.

1. O bullying é… a). uma forma deliberada de magoar alguém ou de provocar medo nessa pessoa. b). uma brincadeira que acontece entre amigos. c). uma agressão pontual em que um aluno agride outro, por exemplo, no campo de jogos.

2. O bullying acontece quando um aluno… a). bate, pontapeia, esmurra, empurra, rasteira, puxa o cabelo ou insulta outro aluno. b). exclui um outro aluno de um grupo ou equipa; impede outro colega de se dirigir onde pretende; critica um colega pela roupa que veste. c). é vítima das situações descritas nas alíneas a). e b).

3. Que tipo de aluno pode ser vítima de bullying? a). O aluno que é alvo das atenções da turma – o que fala mais ou é o ‗palhaço da turma‘. b). O aluno que parece de ser objecto fácil de agressão – solitário; diferente em termos psicológicas diferentes; inseguro. c). O(a) aluno(a) popular, atraente e com grande confiança.

4. Quais são alguns dos sinais que mostram que um aluno está a ser alvo de bullying? a). Infelicidade, ansiedade, nódoas negras, procura de desculpas para ficar em casa, queda das notas. b). Curiosidade, vontade de dormir, calma, melhoria das notas. c). Agressividade, aumento do interesse no exercício físico, confiança extra.

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Questionários sobre bullying

5. Quando um aluno é vítima de bullying, a quem costumam contar o sucedido? a) Aos pais. b) A um professor ou a um adulto em quem confiam. c) Ao melhor amigo ou irmã / irmão.

6. Os pais podem ajudar um(a) filho(a) que está a ser alvo de bullying? a) Não. Trata-se de um problema com o qual os jovens têm que conviver. b) Sim. Os pais podem ensinar técnicas de auto-defesa ou informar a polícia. c) Sim. Os pais podem ajudar o(a) seu/sua filho(a) a lidar com a situação, oferendo carinho e apoio e procurando informar os responsáveis da escola acerca da situação.

7. Existe um bully (agressor) típico? a). Sim. Alguém que necessita de se sentir importante e sob controlo porque se sente infeliz ou vítima (ele/a própria de agressão). b). Sim. Alguém que apresenta um problema de ordem mental que justifica o seu comportamento anti-social. c). Sim. Alguém que ‗cresceu‘ de forma precoce e que procura mostrar que merece o respeito dos colegas.

8. Os agressores podem sofrer consequências a longo prazo? a). Não. Acabam por ser personagens importantes na área da política, dos negócios e da indústria. b). Sim. Acabam por ter resultados escolares negativos e problemas negativos quando atingem a idade adulta. c). Talvez. As consequências que podem vir a sofrer dependem de factores como a dieta, o exercício e os hobbies.

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Questionários sobre bullying

Questionário – Respostas

1. A. O bullying é uma forma deliberada, por parte de uma ou mais pessoas, para magoar ou assustar outra com palavras, comportamentos ou acções. 2. C. O bullying pode incluir acções como: ameaçar; provocar; chamar nomes; excluir colegas; impedir que se desloquem a sítios que pretendam; empurrar ou bater; ou outras formas de abuso físico. 3. B. Os agressores acabam normalmente por escolher alguém que parece fácil de magoar. Podem escolher alguém que: apresenta características diferentes; solitários; apresenta dificuldades no aproveitamento escolar; apresenta insegurança; é mais novo ou mais pequeno no tamanho. 4. A. Alguns dos sinais podem incluir: -o desejo de ficar em casa, fingindo que está doente -a procura de evitar os agressores -nódoas negras ou arranhões -mudanças ao nível do comportamento -perda de peso -perda de confiança -baixa no rendimento académico -depressão

5. C. Os jovens que são vítimas de bullying podem não contar, em primeira mão, o sucedido aos adultos – pais ou docentes. Costumam confidenciar com um colega ou um irmão / uma irmã antes mesmo de partilhar o incidente com um adulto. Podem sentir receio ou vergonha em

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Questionários sobre bullying partilhar a sua situação ou, até, manifestar falta de confiança no papel que os adultos podem desempenhar na resolução do problema.

6. C. Os pais podem ajudar os seus filhos na tentativa de encontrar soluções práticas ou ‗ideais‘ ou não violentas que procurem não agravar a situação. Os pais devem comunicar qualquer tipo de ocorrência aos responsáveis escolares.

7. A. Os agressores adoptam estes comportamentos a partir dos ambientes em que se inserem. Estes comportamentos fazem com que os agressores se sintam importantes. Podem ter necessidade em ter controlo sobre outras pessoas.

8. B. Os agressores sofrem consequências a longo prazo ao nível: do desempenho académico; da falta de competências sociais e relacionais. Podem adoptar o mesmo tipo de comportamentos no contexto laboral ou familiar.

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Questionários sobre bullying Questionário - Mitos sobre o bullying Depois de leres as seguintes afirmações, refere se as mesmas são Verdadeiras, Falsas ou assinala a Outra resposta. Verdadeiro

Falso

Outra

Os rapazes agridem mais do que as raparigas.

Os bullies são inseguros e têm uma auto-estima baixa.

Os bullies não têm amigos.

Os bullies têm mais poder do que as suas vítimas.

O bullying acontece em todos os grupos sociais – entre crianças, jovens e adultos.

As vítimas devem ignorar os comportamentos de bullying.

Os bullies não têm a intenção de magoar as suas vítimas. São apenas brincadeiras.

Os outros jovens devem manter-se afastados do conflito entre agressores e vítimas pois podem passar a serem alvos também.

Em muitas ocasiões as vítimas são agredidas por culpa própria.

Manter o bullying em silêncio ajuda o agressor.

Denunciar um agressor irá tornar as coisas mais difíceis para a vítima.

Os rapazes e as raparigas manifestam os mesmos níveis de vitimação, mas as raparigas são menos vítimas de bullying directo.

O bullying não acontece entre amigos.

O bullying diz apenas respeito a duas pessoas – o agressor e a vítima.

Os professores costumam intervir para pôr fim ao bullying.

Professores e pais precisam ajuda dos alunos para saberem qual a verdadeira extensão do bullying.

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Questionários sobre bullying

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Questionários sobre bullying

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Questionários sobre bullying

Retirado de Storey, K., Slaby, R., Adler, M., Minotti, J., & Katz, R. (2008). Eyes on Bullying . . . What Can You Do? A toolkit to prevent bullying in children’s lives. Newton, MA, USA: Education Development Center, Inc.

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Jo g o s “Bullying”

Preenche as palavras cruzadas seguindo as seguintes pistas:

Horizontal 1 Aquele que sofre as agressões 4 Tipo de bullying mais comum

Vertical 2 O que deves fazer quando vires um colega a ser agredido 3 Tipo de bullying com recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação 5 Aquele faz sofrer os outros

8 Sentimento da vítima depois de ser agredida 9 Tipo de bullying mais frequente entre 6 Pessoa da escola a quem deves relatar as os rapazes agressões 10 Tipo de bullying mais frequente entre 7 Local da escola onde ocorrem mais as raparigas agressões

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Jo g o s Sopa de Letras “Tipos de bullying”

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Tenta encontrar as seguintes formas de bullying directo (físico e verbal)

ameaçar

gozar

arranhar

insultar

bater

mentir

beliscar

pontapear

cuspir

rasteirar

empurrar

roubar

estragar

socar

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Jo g o s Sopa de Letras “Valores”

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Tenta encontrar as seguintes palavras

Ajuda

Lealdade

Amizade

Paz

Compreensão

Respeito

Fraternidade

Solidariedade

Honestidade

Tolerância

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Jogos interactivos

NSTeens

Url - http://www.nsteens.org/Games

SoSafe

Url - http://www.sosafe.org.uk/games/

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Jogos interactivos

Stop Bullying Now!

Url - http://www.stopbullyingnow.hrsa.gov/kids/games/default.aspx

Kids Against Bullying

Url - http://www.pacerkidsagainstbullying.org/

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Banda desenhada

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Banda desenhada

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Provérbios Amizade A conselho amigo, não feches o postigo. Amigo disfarçado, inimigo dobrado. Ao bom amigo, com teu pão e teu vinho. Aquele que me tira do perigo, é meu amigo. Defeitos do meu amigo, lamento mas não maldigo. Muitos conhecidos, poucos amigos. Nem o amigo se conhece na bonança, nem o inimigo se oculta na tribulação No aperto do perigo, conhece-se o amigo Os amigos são para as ocasiões. Quem te avisa, teu amigo é.

Escutar Escuta cem vezes, e fala uma só. Inimigos Cem amigos, é pouco; um inimigo é muito. Nenhum dos meus inimigos desprezarei, se for bom; nenhum amigo louvarei, se for mau.

Inveja Aos olhos da inveja todo o sucesso é crime. Rir Muito riso, pouco siso. Ninguém se ria com o mal do vizinho, que o seu pode vir a caminho. Tristeza Tristezas não pagam dívidas. União A união faz a força. In http://www.portaldaliteratura.com Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Pensamentos

Apoiada, a coragem nasce até mesmo naqueles que são muito cobardes. Homero

Autoconfiança é o primeiro segredo para se atingir o sucesso. Ralph Waldo Emerson

Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo. Mark Twain

Todos os problemas uma vez resolvidos são simples. Armando Oscar Cavanha

Vive mal quem só vive para si. Alfred de Musset

A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos. Honoré de Balzac

A calúnia é sem dúvida, o pior dos flagelos, visto que faz dois culpados e uma vítima. Heródoto

Aqueles cuja conduta mais dá para troçar são sempre dos outros os primeiros a falar. Jean Molière

Contra a maledicência não há muralhas. Jean Molière

Deixarás de temer quando deixares de ter esperança. Séneca Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Pensamentos

Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio. Umberto Eco

Aqueles que nunca sofreram não sabem nada; não conhecem nem os bens nem os males; ignoram os homens; ignoram-se a si próprios. François Fénelon

Não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade individual. Pierre Nouy

Eu sou da cor daqueles que são perseguidos. Alphonse de Lamartine

Quando o homem é muito feliz, fica sozinho; e fica igualmente sozinho quando é muito infeliz. Panait Istrati

A responsabilidade da tolerância está com os que têm a visão mais ampla. George Eliot

Tolerância é paciência concentrada. Thomas Carly

A violência leva à violência, e justifica-a. Théophile Gautier

A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. Benedetto Croce

In http://www.portaldaliteratura.com

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Músicas "Breakdown" – Jack Johnson I hope this old train breaks down Then I could take a walk around And, see what there is to see And time is just a melody All the people in the street Walk as fast as their feet can take them I just roll through town And though my windows got a view The frame I'm looking through Seems to have no concern for now So for now

I need this Old train to breakdown Oh please just Let me please breakdown

This engine screams out loud Centipede gonna crawl westbound So I don't even make a sound Cause it's gonna sting me when I leave this town All the people in the street That I'll never get to meet If these tracks don't bend somehow And I got no time That I got to get to Where I don't need to be So I

I need this Old train to breakdown Oh please just Let me please breakdown Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas I need this Old train to breakdown Oh please just Let me please breakdown I wanna break on down But I cant stop now Let me break on down

But you cant stop nothing If you got no control Of the thoughts in your mind That you kept in, you know You don't know nothing But you don't need to know The wisdoms in the trees Not the glass windows You cant stop wishing If you don't let go But things that you find And you lose, and you know You keep on rolling Put the moment on hold The frames too bright So put the blinds down low

I need this Old train to breakdown Oh please just Let me please breakdown I need this Old train to breakdown Oh please just Let me please breakdown I wanna break on down But I cant stop now Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas

Everybody Hurts – R.E.M.

When the day is long and the night, the night is yours alone, When you're sure you've had enough of this life, well hang on Don't let yourself go, 'cause everybody cries and everybody hurts sometimes

Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along When your day is night alone, (hold on, hold on) If you feel like letting go, (hold on) When you think you've had too much of this life, well hang on

'Cause everybody hurts. Take comfort in your friends Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone

If you're on your own in this life, the days and nights are long, When you think you've had too much of this life to hang on

Well, everybody hurts sometimes, Everybody cries. And everybody hurts sometimes And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on Hold on, hold on, hold on, hold on, hold on, hold on Everybody hurts. You are not alone

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Músicas I'm With You – Avril Lavigne

I'm standin' on the bridge I'm waitin' in the dark I thought that you'd be here by now There's nothing but the rain No footsteps on the ground I'm listening but there's no sound

Isn't anyone tryin' to find me? Won't somebody come take me home? It's a damn cold night I'm tryin' to figure out this life Won't you take me by the hand? Take me somewhere new I don't know who you are But I'm, I'm with you I'm with you Hmm hmm hmm

I'm looking for a place I'm searching for a face Is anybody here I know? 'Cause nothing's going right And everything's a mess And no one likes to be alone

Isn't anyone tryin' to find me? Won't somebody come take me home? It's a damn cold night I try to figure out this life Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas Won't you take me by the hand? Take me somewhere new I don't know who you are But I'm, I'm with you I'm with you Yea yea

Oh, why is everything so confusing? Maybe I'm just out of my mind Yea eee yeah, yea eee yeah Yea yee yea, yea eee yeah,yeah

It's a damn cold night Tryin' to figure out this life Won't you take me by the hand? Take me somewhere new I don't know who you are But I'm, I'm with you, yea I'm with you, yea

Take me by the hand Take me somewhere new I don't know who you are But I'm, I'm with you, yea I'm with you, yea

Take me by the hand Take me somewhere new I don't know who you are But I'm, I'm with you, oh I'm with you I'm with you Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas Keep Holding On – Avril Lavigne You're not alone Together we stand I'll be by your side, you know I'll take your hand When it gets cold And it feels like the end There's no place to go You know I won't give in No I won't give in

Keep holding on 'Cause you know we'll make it through, we'll make it through Just stay strong 'Cause you know I'm here for you, I'm here for you There's nothing you could say Nothing you could do There's no other way when it comes to the truth So keep holding on 'Cause you know we'll make it through, we'll make it through

So far away I wish you were here Before it's too late, this could all disappear Before the doors close And it comes to an end With you by my side I will fight and defend I'll fight and defend Yeah, yeah

Keep holding on 'Cause you know we'll make it through, we'll make it through Just stay strong 'Cause you know I'm here for you, I'm here for you There's nothing you could say Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas Nothing you could do There's no other way when it comes to the truth So keep holding on 'Cause you know we'll make it through, we'll make it through

Hear me when I say, when I say I believe Nothing's gonna change, nothing's gonna change destiny Whatever's meant to be will work out perfectly Yeah, yeah, yeah, yeah

La da da da La da da da La da da da da da da da da

Keep holding on 'Cause you know we'll make it through, we'll make it through Just stay strong 'Cause you know I'm here for you, I'm here for you There's nothing you could say Nothing you could do There's no other way when it comes to the truth So keep holding on 'Cause you know we'll make it through, we'll make it through

Keep holding on Keep holding on

There's nothing you could say Nothing you could do There's no other way when it comes to the truth So keep holding on 'Cause you know we'll make it through, we'll make it through

Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas Nobody's Home – Avril Lavigne

I couldn't tell you why she felt that way, She felt it everyday. And I couldn't help her, I just watched her make the same mistakes again.

What's wrong, what's wrong now? Too many, too many problems. Don't know where she belongs, where she belongs. She wants to go home, but nobody's home. It's where she lies, broken inside. With no place to go, no place to go to dry her eyes. Broken inside.

Open your eyes and look outside, find the reasons why. You've been rejected, and now you can't find what you left behind. Be strong, be strong now. Too many, too many problems. Don't know where she belongs, where she belongs. She wants to go home, but nobody's home. It's where she lies, broken inside. With no place to go, no place to go to dry her eyes. Broken inside.

Her feelings she hides. Her dreams she can't find. She's losing her mind. She's fallen behind. She can't find her place. She's losing her faith. Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas She's fallen from grace. She's all over the place. Yeah,oh

She wants to go home, but nobody's home. It's where she lies, broken inside. With no place to go, no place to go to dry her eyes. Broken inside.

She's lost inside, lost inside...oh oh yeah She's lost inside, lost inside...oh oh yeah

Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas Runaway Train – Soul Asylum

Call you up in the middle of the night Like a firefly without a light You were there like a slow torch burning I was a key that could use a little turning

So tired that I couldn't even sleep So many secrets I couldn't keep Promised myself I wouldn't weep One more promise I couldn't keep

It seems no one can help me now I'm in too deep There's no way out This time I have really led myself astray

CHORUS Runaway train never going back Wrong way on a one way track Seems like I should be getting somewhere Somehow I'm neither here no there

Can you help me remember how to smile Make it somehow all seem worthwhile How on earth did I get so jaded Life's mystery seems so faded

I can go where no one else can go I know what no one else knows Here I am just drownin' in the rain Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Músicas With a ticket for a runaway train

Everything is cut and dry Day and night, earth and sky Somehow I just don't believe it

CHORUS

Bought a ticket for a runaway train Like a madman laughin' at the rain Little out of touch, little insane Just easier than dealing with the pain

Runaway train never comin' back Runaway train tearin' up the track Runaway train burnin' in my veins Runaway but it always seems the same

Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Textos

Histórias!

A minha história é o seguinte: Tenho 24 anos e durante quase todo o meu percurso escolar fui vítima de bullying. Os meus agressores sempre foram diferentes de ano para ano. No 1º e no 2º anos da primária era vítima de um colega meu que era 1 ou dois anos mais velho do que eu. A minha família não sabe mas esse colega e mais outro até tentaram abusar sexualmente de mim, só que eu consegui fugir. Depois no 3º ano fui estudar para um externato e aí as minhas agressoras eram três colegas minhas, ou melhor uma e as outras duas eram uma espécie de escravas dela, que faziam tudo o que ela mandava. Elas faziam quase tudo: a que era a chefe tentava intimidar-me, só uma delas é que queria ser minha amiga, só que a outra não a deixou. Lembro-me que uma vez numa festa de carnaval na escola não queriam que uma colega nossa que estava no primeiro ano me emprestasse a maquilhagem. Até tinham chegado ao ponto de me roubarem o material escolar (os marcadores), mas não tinha como provar que as coisas eram minhas. Os meus amigos eram a turma do 4º, os rapazes do 3º ano e algumas pessoas do 1º e do 2º ano. Os professores não sabiam o que haviam de fazer. Quando passei para o 4º ano fiquei lá na escola na 1ª parte do primeiro período e fiz o resto do ano numa pequena escola primária numa terra onde o meu avô trabalhava antes de se reformar. Aí nessa escola eu dava-me bem com os meus colegas, porque eles eram os meus companheiros de brincadeiras quando ia visitar os meus avós. O único problema era a professora dessa escola, acho que ela sentia que tinha sido castigada por ter ido dar aulas numa terra tão pequena! e como eu era um bocado viva, tornei-me na vítima preferida da professora. Lembro-me duma vez de ela tinha deixado todos os meus colegas irem almoçar, mas a mim só me deixava sair quando resolvesse um problema de matemática, e quanto mais insistia para ela deixar-me ir almoçar, mais ela dizia que não, até que finalmente deixou-me ir embora. A meio do caminho encontrei a minha avó e ela deu-me um estalo porque estava muito preocupada comigo e pensava que eu tinha atrasado de propósito para a hora de almoço. Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Textos Quando eu contei a ela o que se tinha passado a minha avó arrependeu-se logo do que me tinha feito e pediu-me desculpa. Outra situação que se tinha passado nesse ano lectivo foi o facto de me terem falsamente acusado de ter colocado raticida nos nossos copos que usávamos para bochechar os dentes no fim da hora do almoço. O 5º ano foi o pior da minha vida, na minha turma estavam alguns dos meus amigos de infância e aqueles com quem eu tinha andado na primária, pensava que se fosse mais divertida e mais engraçada me achariam piada. Mas revelou-se totalmente o contrário: era maltratada tanto dentro como fora da minha turma por algumas pessoas; aqueles que eu julgava que eram meus amigos viraram-se contra mim, na minha turma havia uma ou duas raparigas que andavam a arranjar intrigas só para eu ficar mal vista. Fiquei muito desiludida com algumas pessoas que eu julgava que eram minhas amigas. Passei de ano e fui viver para outra terra. No 1º período do 6º ano estive no limite de perder a minha sanidade mental. Quando mudei de escola colocaram-me numa das turmas mais problemáticas da escola. O problema era as aulas de música: aí eu era vítima de dois rapazes e um deles era repetente. Fizeram de tudo: desde baterem-me dentro da sala de aula, mal o professor virava as costas, até chegarem ao ponto de um dia esconderem as minhas coisas (nesse dia tinha tentado fazer queixa deles no conselho executivo, mas fui impedida por uma auxiliar de acção educativa, ela em vez de me apoiar levou-me de volta para a sala de aula). A directora dessa turma dizia-nos para não nos metermos uns com os outros, mas era impossível. Cheguei mesmo faltar às aulas de música só para fugir às agressões e refugiava-me na biblioteca. Um dia estive sozinha com essa directora de turma e contei toda a verdade do que eles me faziam, contei também que um dia à saída da aula que eles tinham tentado agredirem-me mas a minha sorte foi que uma professora ia a passar e impediu-os de fazerem isso. Ela depois confrontou-os e eles diziam que era sempre mentira. Havia também o problema que eles eram superprotegidos pelo resto da turma, não sei dizer se era por amizade ou se era por medo. Cheguei mesmo quase a ser agredida por algumas das raparigas dessa turma. Mas corri o mais rápido que pude até à porta do refeitório onde estava uma fila de alunos para ir almoçar e eles impediram que elas também me agredissem. Em casa também cheguei a receber uma carta da escola a dizer que corria o risco de chumbar, não tinha motivação nenhuma, mas tentavam ajudar-me no que podiam, principalmente a minha avó, ela tinha encorajado a apresentar queixa deles no conselho executivo, mas quando me puseram frente a frente com um deles, simplesmente perdi a coragem, foi por medo. Até que finalmente conseguir mudar de turma, onde eu encontrei aqueles que são até hoje os meus melhores amigos, apesar de continuar a ser vítima de bullying, tanto desses dois rapazes da minha ex-turma, como de um grupo de rapazes do 8º ou 9º Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Textos ano. Estive assim até ao final desse ano, até que a nossa recebeu durante 3 anos uma rapariga de outra terra e alguns de nós tínhamos sido vítimas dela: desde ela andar à briga com algumas raparigas da minha turma, até mesmo tentar cortar os pulsos em plena sala de aula, numa espécie de chantagem psicológica. Bem, estivemos juntos até irmos para a escola secundária, alguns foram para áreas diferentes e outros para outras escolas. A turma onde me colocaram nem era boa nem era má. Mas por problemas pessoais acabei por chumbar de ano e alguns deles também, até que vieram pessoas de outros sítios e juntaram-se a nós e estávamos a darnos bem uns com os outros. Até que quando a nossa turma passou para o 11º juntou-se com outra turma e foi aí que os problemas começaram novamente: intrigas e mais intrigas. Desta vez não houve violência física. Havia mais exclusões ou até mesmo discriminações. O conselho que dou a todos que sofrem de bullying que não tenham medo, desabafem com os vossos pais e professores, porque é isso que os vossos agressores querem, que vocês tenham medo deles! Os professores também devem estar mais preparados para este tipo de problemas, não podem nunca serem passivos. e tanto os pais das vitímas como dos agressores têm que estar mais atentos ao que se passa na vida dos vossos filhos, porque eles podem ter graves problemas e vocês não dão problemas. É preciso ir ao fundo deste problema e tentar resolvê-lo, quanto mais pressão e mais união houver provavelmente deixará de existir bullying em toda a parte. E já agora, parabéns ao vosso site, isto é um bom caminho para resolver este problema.

Ana, 24 anos PU BLIC AD A POR SE M BU L LY I N G HT T P :/ /SE M BU LLY IN G. B LO GS POT .COM /

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Textos

Provocadores e agressores sempre existiram nas escolas. Alimentam-se do medo e insegurança de outros miúdos. Se antes roubavam o dinheiro do almoço, batiam ou insultavam, tudo no recreio ou no caminho da escola para casa, hoje a Internet e os telemóveis são o seu novo território de ‗caça'. ‗Bully', o termo inglês para designar estes provocadores, tornou-se comum para designar a agressão repetida entre pares em que há desigualdade de poderes. Para os bullies qualquer razão é boa para se humilhar ou ameaçar outro miúdo: ser muito alto, muito baixo, gordo, magro, ter uma religião, etnia ou sexualidade diferente, ter dificuldades de aprendizagem ou ser o mais esperto da turma. À conta disso há quem vá parar ao psicólogo, quem fique doente, falte às aulas, mude de escola e até quem se suicide.

Tragédias começaram no ciberespaço Em 2006 Megan Meier, uma adolescente norte-americana a dias de completar o seu 14.º aniversário, enforcou-se depois de ter recebido mensagens humilhantes e enraivecidas de um tal Josh Evans, supostamente um rapaz de 16 anos com quem tinha começado a namoriscar online. Mas ‗Josh' era, na verdade, Lori Drew, a mãe de uma ex-amiga de Megan, que criou uma conta no site Myspace, com a ajuda da filha e de uma amiga, para obter informações e humilhar Megan, uma vingança pelo facto desta ter, alegadamente, caluniado a sua filha. Numa das mensagens podia ler-se "O mundo seria um lugar melhor sem ti". O caso foi a tribunal, mas Lori foi ilibada de responsabilidade no suicídio de Megan. No Reino Unido, o bullying há muito assumiu contornos assustadores. Uma das organizações que mais se bate pelo fim do fenómeno, a ‗Bullying UK', tem um dos sites mais visitados em http://www.bullying.co.uk/. Segundo a organização, em média 16 jovens cometem Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Textos suicídio, todos os anos, por serem alvos de bullying. Naquele país, a partir dos 10 anos, uma criança assume responsabilidade criminal pelos seus actos e existem leis para punir o bullying. Mas isso não impediu que, em Janeiro de 2009, a britânica Megan Gillan, de 15 anos, tomasse uma overdose fatal de analgésicos depois de receber insultos dos colegas no seu site da rede social Beebo sobre as suas "roupas e aparência miserável". A mãe de Megan contou que, na véspera do suicídio, a filha lhe tinha dito que não iria à escola na manhã seguinte, ao que lhe terá respondido negativamente: Megan tinha um teste de ciências e não convinha faltar. Mas prometeu-lhe que iria buscá-la logo depois e que a filha não teria de ficar na escola o resto da tarde. A mãe crê que não se tratou de um suicídio e antes de uma tentativa de parecer mal disposta na manhã seguinte, de modo a ser dispensada de ir à escola, ou como uma chamada de alerta.

Redes sociais, terreno de caça Com o advento da Internet e dos telemóveis, os métodos dos bullies refinaram-se: insultos, chantagem, roubo de identidade - alguém abre uma conta fazendo-se passar por outra pessoa -, publicação de fotos embaraçosas, boatos e calúnias publicados em sites de redes sociais, ameaças constantemente enviadas para telemóveis e e-mails. Já há histórias nacionais de quem tenha aberto contas em sites de redes sociais como Facebook, Hi5 ou Myspace em nome de ex-namorados (ou namoradas), publicando fotos íntimas e o número de telefone da pessoa em causa, associando-a a convites de índole sexual. E alunos que fizeram o mesmo a professoras. A Internet é a arma perfeita para os bullies, como explica Daniel Cardoso, investigador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e responsável nacional do projecto EU Kids Online 2. "Através da sensação de anonimato, instantaneidade e facilidade da transmissão de mensagens, passa facilmente a ideia de que se pode fazer muita coisa sem grandes consequências. Por outro lado, é muito mais fácil também carregar no botão de ‗bloquear pessoa'." Uma ideia partilhada também por Joel Haber e Jenna Glatzer no livro ‗Bullying, Manual Anti-agressão' (Casa das Letras): "O facto de ser anónimo pode também fazer com que desapareçam sentimentos de culpa ou empatia - afinal, o agressor não tem de ver as lágrimas nos olhos do alvo."

Quem são os agressores Margarida Gaspar de Matos, psicóloga clínica e professora da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, debruça-se sobre o tema no livro ‗Jovens com Saúde: Diálogo com uma Geração' (Texto Editora), no capítulo ‗Os Novos Horizontes dos Internautas'. Para a autora, o ciberbullying é "a perseguição sistemática e deliberada por parte de alguém mais forte sobre outro (e devemos sempre neste fenómeno considerar os provocadores, os provocados e as vítimas provocadoras/duplo estatuto)." Daniel Cardoso acrescenta: "Nem Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Textos toda a agressão online é cyberbullying, porque nem toda ela é continuada no tempo - podem ser apenas episódios esporádicos, não correlacionados, num curto espaço de tempo. A questão do anonimato torna ainda mais difícil separar as duas coisas." Mas quem são os agressores? "Podemos pôr a hipótese que os jovens provocadores na vida ‗real' são os mesmo provocadores online, que acrescentaram este procedimento ao seu reportório de provocações, mas podemos também pôr a hipótese que o cyberbullying permite a jovens menos robustos fisicamente retaliar online as provocações de que são alvo ‗ao vivo', na escola. O envolvimento em actos de bullying está associado a isolamento na escola e na família, mal-estar físico e psicológico", diz a psicóloga. Só em casos extremos e muito raros é que podemos falar em jovens com graves problemas emocionais e psicológicos, distantes, pouco emotivos e hostis e relações muito agressivas na família, que gostam de humilhar e magoar sem justificação. A equipa coordenada pela psicóloga vai, este ano, estudar o fenómeno do ciberbullying a nível nacional, um projecto que nos dará as primeiras luzes sobre o fenómeno. "No cyberbullying as ameaças, insultos, piadas e assédio sexuais são as práticas mais frequentes, embora ainda não tenhamos a certeza da sua distribuição nos dois géneros", continua a psicóloga. Se tradicionalmente o fenómeno está muito mais ligado aos rapazes, as meninas começam a ganhar terreno usando as novas tecnologias, como explica Daniel Cardoso. "Este tipo de agressão está mais associado ao bullying feminino - boatos, insultos, agressões verbais no geral. Apesar de ainda não existirem dados para Portugal, alguns estudos norte-americanos apontam para uma igual distribuição de género no cyberbullying."

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Textos I Care Because...

"So growing up in a small town, I was one of the only people who was bigger, I was not very smart, I was not very popular, and people treated me like I was just a nobody. My whole life I have had those people call me fat, stupid, worthless, I have had them tell me to kill myself, say I would not be missed if I was gone, call me ugly. Honestly there is not a single more harmful thing in this world then bullying. People need to see how much it can hurt someone, and not only that one person but many other people around them, due to those people I grew up with, I will now forever have a part of me feel that what they said was true, and that will forever affect me, and my friends, and my family. it will one day affect my future husband and children, and those people who called me names never will know who they have affected beyond the person they once knew. well now I am a strong person, I love my family and friends, I have a lot of friends, many people find my outgoing personality wonderful and I love making people smile. I have got myself a great career, and I am making a great life for myself. So I proved those people wrong. bullying needs to stop!" Kelsi, 18, AB

"I have had a friend that was bullied everyday at school from maybe 1st grade to 4-5th. She would get stones thrown after her, she would be threatened by knife, or beaten up or called names. Me and some other friends of mine went to some teachers to talk about it, but they would just ignore it. Or if someone did care, they would just say "stay away from that person that do this. Just ignore it then he would stop," etc.. We got our parents involved and they did so much to help us with this problem. They would go to the principal and ask if he could arrange so this person who bullied her could go to another school. But he couldn't do it. The principal said after a lot of discussions "Just wait to you start in 8th grade, then everything will be alright." But to wait 3-4 years to stop the bullying, it's just ridiculous. Bullying should never be ignored! Now when I think of it, I get so mad over that nobody could make her feel good about herself, she would just be ignored by the teachers. Now she's doing fine, but bullying really have had an effect on her. Who could blame her? Thanks to Demi Lovato for doing something about this. I'm from Norway, so sry for bad english. :p " Linda, 15, Nw

"I care because my little 12 year old cousin tried to commit suicide because she was bullied by a group of boys at her school. I love her dearly and I want Bullying to stop. NOW!!!! For everyone's ake, Please help stop bullying. You CAN and WILL make a difference." Briyanna stickland, 15, DE Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Textos "I care because I have a 15 year old son that has Aspergers, a form of autism. Aspergers does not define who he is, it is just a part of him. He is a wonderful friend to anyone who takes the time to get to know him. Just this week I had to pick him up from school after he had been bullied and pushed by a fellow student. He was in tears. This boy has been calling him names for a couple of weeks now. Hopefully after intervention from the school, this will stop. I only hope that this website and the message reaches as many teens as possible. There is no excuse for abuse and words hurt just as much as fists. I can’t wait to show him this website when he gets home from school. Thank you for spreading the message! A grateful and PROUD mom of a really great kid with Aspergers." Kelly Helsper, 42, GA

"I was bullied nonstop in grade school. Being bullied has affected me so much. I want to speak out against bullying because it can cause a lot of harm to your self-image and it will ruin your self-confidence. Every single person has a right to live their life and be who they are. I am so glad Demi speaks out against bullying. She is one of the biggest role models in my life. Love you Demi!" Dana, 15, NJ

"I care because everyone is human. Everyone has feelings. When I was in 4th grade, up until 6th or 7th people would make fun of me and call me mustachio because I had a bit of upper lip hair. They'd call me a guy, and it bothered me so much because obviously I am a girl. I hated it, I wanted to go away and never come back. Everyone needs to realize everything they say could potentially effect someone's life. Which could affect someone else's life. You could be the start of a horrible chain reaction." Cassandra, 15, PA

"I’m being bullied and it's not a good feeling most people call me a dumb blonde because I'm very slow on catching on (I'm not a blonde, I’m Hispanic/black/Italian).It hurts me when my friends say it even though I don't show how I'm really feeling." Alissandra, 13, VI

"All throughout high school I was bullied for different reasons. It affected my confidence and made me hate who I was. I ended up doing cyber school for my senior year because the bullying was too much, I was afraid to go back. My mom has helped me a lot through this and I just take life day by day now, trying to stay positive about the person I am."

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Textos Tori, 17, PA

"Hi Everybody, My best friend and me used to be bullied when I was in elementary school. Then I went to high school and now I'm in my fifth year. Because I used to be bullied, I try now to stop it. When I see that somebody's being bullied I say something or just go to her/him and say that they have to forget everything. 'Cause I know everybody is special in his/her own way. You shouldn't listen to other people. It's the differences between everyone that makes it fun to live, 'cause we can always learn from each other. If we were all the same it would just be boring. Everybody's different and special. And you should always remember that. Always! Bullying isn't cool, everybody should stop immediately. Just think about this: only say or do something to other people if you would like it if they did or say it to you. My parents say this all the time, and it's true. Believe in yourself and know that you can be everything you want to be. Don't care about the others. I know it's hard, because I went through the same things. But I believe that we can change this. With all my love. Evelien xx" Evelien, 15, BE

"I have been through all types of bullying verbal physical cyber and txt and I'm telling you its not fun to be bullied!! it hurts and I have been dealing with bullying since primary and am still dealing with it to this very day. I want to help people out there who are being bullied in any way I can you know everyone goes through it and we just need it to stop! so sign this petition it will be the best feeling you ever have knowing that you have helped in some way possible with helpings kids deal with bullying. thank you." Leanzah Walsh, 16, New Zealand

"I used to live in South Dakota when I was 12, Now I moved to Virginia. When I got to my new school I thought I'd be fine and make some great friends, but as a few days passed, life got difficult. I made some friends but these three girls, who were popular but mean told some of my friends not to talk to me, and every lunch, nobody wanted to sit next to me, and when the girls pass me they threw stuff on me and called me names. And they would whisper to girls right in front of me and spread rumors about me constantly and I would be the last girl to be picked for partners or a team activities. A girl spread a rumor once about me that if anyone touched or talked to me, They would become ugly, and the only person who supported me was my best friend Bella, When it was home time they would shout after me "Look, its Danielle the Ogre, Run everyone before she gets you!" and i would run home crying. I begged my parents If I could get homeschooled but It was hard to find a teacher. So we moved to Texas and I made good friends in my New School :) Bullying isn't nice, It hurts people's feelings. We should stand up I wanna thank Demi Lovato and Teens Against Bullying for helping me. "

Danielle, 16, TX Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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"I never really was bullied, but I always became friends to those who were bullied. Like last year, a girl named Laura she was new to the country and she made expressions that kids our school took it the wrong way. The would come up to her and say mean things. She was new, but she understood everything. I never called her names I actually gave her advice. And the funny thing was those girls who insulted her were actually my friends. Yea, my group was like the ones everyone scared. I dont want people to be scared of me. I like making friends the NICE way. So be an outcast of your group, even if they dont agree with you. It can make a difference,"

Michelle, 14, NY

"Since middle school I've lost all my friends and now I have none. It almost stopped in grade 6 when I met a girl named Kayla, but the mean popular girl at my school stole her away and all the other almost friends I had. I had to stay in the washroom for every single recess, waiting for the bell to ring because I didn't want to be a "loner" at recess. I was way too shy to talk to anyone at my school and the mean girl tormented me and gossiped about me. This year I still have no friends. I’m confused and don't have any idea how to make friends. It seems like everyone in my school already has a friend/friends at my school. And I'm not exactly the most attractive girl at my school either."

Kelly, 12, CA

"I've always been bullied about my weight. Ever since I was really really young, everybody thought it was funny and they would laugh. It still hurts to think about it today; almost 10 years later. I have really low self-esteem and I hate the way I look. No matter how many people say that I'm pretty, I have a hard time believing them because of all of the negative comments I've gotten in the past. Now that I'm no longer going to the same school as the bullies and things are a bit easier now, I know I'm not the only person out there being teased because of their weight. All of this needs to stop not only because it's unnecessary, but because life could be so much easier without all the negativity. "

Gaby, 16, TX

In Pace Center - http://www.pacer.org/bullying/icarebecause/bullysupport.asp

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Even Popular Girls Can be Bullied

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Letter to a Bully Dear KC, I’m not sure that you remember me; it was for only a short time that we knew each other. But it was in that brief span of life that you had made my existence painful and nearly unendurable. My name is Audrey. In that land of preteen hierarchy called middle school, I was made the victim by your cruel words and actions. It must take some sort of genius to do as you did; to turn away those I had been friends with, and those I would never know. To spread rumors with no foundations in reality; to plant their seeds and reap the withered fruits they produced. To tear me apart with a surgical precision that left me breathless and alone. But perhaps I grow too poetic in my nostalgia, too gracious in my words of praise. Your intelligence was no more than that of a pouting child with power; perfect skin and hair, the magic combination of popularity. It had all started out when you moved to our school. You had sat alone at lunch, and I wanted to make you feel welcomed; like you belonged right here with all of us. Now, it feels like that was my first mistake - compassion. Had I never felt it, perhaps I would have never known you. My second mistake was a family vacation. In the one week I was gone, you had managed to turn my friends away from me. I realize I was not the most attractive girl in our grade. I suffered acne and greasy hair, glasses and of course the social-murder of braces. And it was tinder to the fire you started. I was a lesbian, you told them. A pervert, something less than human, and a slew of words that would make a sailor blush. For a middle schooler, such words are gold, though. Most of us didn’t even know the words, much less what they meant. And so, their violent connotations equated to hatred turned against me. It meant no one to sit with at lunch, no friends at recess, no partners on class projects only laughing taunts and unsure, nervous stares. I was made a pariah, the leper of school, exiled to the fringes of social life. I had never, nor have I since, been that depressed in my life. I was unable to focus on school work and instead buried myself in books, words far away from my own. I went to worlds that kept me from crying, from feeling lonely. As long as I Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Textos was surrounded by words, I didn’t need anything else. I hardly ate during this time, and so more fodder was added to the abuse. I had hit a growth spurt, and weighed about 100 pounds. Of course I looked awkward and felt worse than that; I was hitting puberty less gracefully than most, and suffering for it. My temperament became volatile and angry towards family. They couldn’t help me, and I couldn’t tell them what was happening. I was too embarrassed. Finally, a teacher took notice of my depression, and with my parents, confronted me. And all I could do was cry. I was so relieved that someone knew that things were going to change. I didn’t need to be afraid of going to school every day. Most likely, you will never know the pain you caused me, KC. I can’t help but believe that anyone with that sort of knowledge would even start that sort of harassment. But then, I am often wrong. It took me a very long time to feel comfortable around people again. I still feel as if, at any time, strangers could twist my words into something monstrous. I now tend to come off as cold and standoffish, and up until about four years ago, making friends was a difficult process. I am older now, and a little wiser. I can take care of myself these days, and surround myself with people who care about me. I understand that humans are capable of major and absolute destruction. But they are also capable of wonderful miracles; of kindness and moments of profound beauty. I understand that now. I know that in each person is some sort of goodness. I see how miserable people are when they put others down. There is no real joy in their actions, only more pain; they were torturing that flame of good nature, dousing it in water and drowning. I think that might have been you, KC. You were lonely and hurting. So you wanted someone to comprehend that pain. And I did. And I feel sorry for you. No one should ever have to experience those feelings. I still may have difficulties forgiving you, but strangely, you have truly given me a great gift - the capacity for empathy. I hope that you some day can feel the same way and finally love and respect yourself. Sincerely, Audrey In Reclaiming Youth International - http://www.reclaiming.com/content/node/121

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A Boy the Bullies Love to Beat Up, Repeatedly

Billy Wolfe, a target of bullies for years, at the school bus stop near his home in Fayetteville, Ark. By DAN BARRY Published: March 24, 2008

All lank and bone, the boy stands at the corner with his younger sister, waiting for the yellow bus that takes them to their respective schools. He is Billy Wolfe, high school sophomore, struggling. Moments earlier he left the sanctuary that is his home, passing those framed photographs of himself as a carefree child, back when he was 5. And now he is at the bus stop, wearing a baseball cap, vulnerable at 15. A car the color of a school bus pulls up with a boy who tells his brother beside him that he‘s going to beat up Billy Wolfe. While one records the assault with a cellphone camera, the other walks up to the oblivious Billy and punches him hard enough to leave a fist-size welt on his forehead. The video shows Billy staggering, then dropping his book bag to fight back, lanky arms flailing. But the screams of his sister stop things cold. The aggressor heads to school, to show friends the video of his Billy moment, while Billy heads home, again. It‘s not yet 8 in the morning. Bullying is everywhere, including here in Fayetteville, a city of 60,000 with one of the country‘s better school systems. A decade ago a Fayetteville student was mercilessly harassed and beaten for being gay. After a complaint was filed with the Office of Civil Rights, the district adopted procedures to promote tolerance and respect — none of which seems to have been of much comfort to Billy Wolfe.

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Textos It remains unclear why Billy became a target at age 12; schoolyard anthropology can be so nuanced. Maybe because he was so tall, or wore glasses then, or has a learning disability that affects his reading comprehension. Or maybe some kids were just bored. Or angry. Whatever the reason, addressing the bullying of Billy has become a second job for his parents: Curt, a senior data analyst, and Penney, the owner of an office-supply company. They have binders of school records and police reports, along with photos documenting the bruises and black eyes. They are well known to school officials, perhaps even too well known, but they make no apologies for being vigilant. They also reject any suggestion that they should move out of the district because of this. The many incidents seem to blur together into one protracted assault. When Billy attaches a bully‘s name to one beating, his mother corrects him. ―That was Benny, sweetie,‖ she says. ―That was in the eighth grade.‖ It began years ago when a boy called the house and asked Billy if he wanted to buy a certain sex toy, heh-heh. Billy told his mother, who informed the boy‘s mother. The next day the boy showed Billy a list with the names of 20 boys who wanted to beat Billy up. Ms. Wolfe says she and her husband knew it was coming. She says they tried to warn school officials — and then bam: the prank caller beat up Billy in the bathroom of McNair Middle School. Not long after, a boy on the school bus pummeled Billy, but somehow Billy was the one suspended, despite his pleas that the bus‘s security camera would prove his innocence. Days later, Ms. Wolfe recalls, the principal summoned her, presented a box of tissues, and played the bus video that clearly showed Billy was telling the truth. Things got worse. At Woodland Junior High School, some boys in a wood shop class goaded a bigger boy into believing that Billy had been talking trash about his mother. Billy, busy building a miniature house, didn‘t see it coming: the boy hit him so hard in the left cheek that he briefly lost consciousness. Ms. Wolfe remembers the family dentist sewing up the inside of Billy‘s cheek, and a school official refusing to call the police, saying it looked like Billy got what he deserved. Most of all, she remembers the sight of her son. ―He kept spitting blood out,‖ she says, the memory strong enough still to break her voice. By now Billy feared school. Sometimes he was doubled over with stress, asking his parents why. But it kept on coming. In ninth grade, a couple of the same boys started a Facebook page called ―Every One That Hates Billy Wolfe.‖ It featured a photograph of Billy‘s face superimposed over a likeness

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Textos of Peter Pan, and provided this description of its purpose: ―There is no reason anyone should like billy he‘s a little bitch. And a homosexual that NO ONE LIKES.‖ Heh-heh. According to Alan Wilbourn, a spokesman for the school district, the principal notified the parents of the students involved after Ms. Wolfe complained, and the parents — whom he described as ―horrified‖ — took steps to have the page taken down. Not long afterward, a student in Spanish class punched Billy so hard that when he came to, his braces were caught on the inside of his cheek. So who is Billy Wolfe? Now 16, he likes the outdoors, racquetball and girls. For whatever reason — bullying, learning disabilities or lack of interest — his grades are poor. Some teachers think he‘s a sweet kid; others think he is easily distracted, occasionally disruptive, even disrespectful. He has received a few suspensions for misbehavior, though none for bullying. Judging by school records, at least one official seems to think Billy contributes to the trouble that swirls around him. For example, Billy and the boy who punched him at the bus stop had exchanged words and shoves a few days earlier. But Ms. Wolfe scoffs at the notion that her son causes or deserves the beatings he receives. She wonders why Billy is the only one getting beaten up, and why school officials are so reluctant to punish bullies and report assaults to the police. Mr. Wilbourn said federal law protected the privacy of students, so parents of a bullied child should not assume that disciplinary action had not been taken. He also said it was left to the discretion of staff members to determine if an incident required police notification. The Wolfes are not satisfied. This month they sued one of the bullies ―and other John Does,‖ and are considering another lawsuit against the Fayetteville School District. Their lawyer, D. Westbrook Doss Jr., said there was neither glee nor much monetary reward in suing teenagers, but a point had to be made: schoolchildren deserve to feel safe. Billy Wolfe, for example, deserves to open his American history textbook and not find anti-Billy sentiments scrawled across the pages. But there they were, words so hurtful and foul. The boy did what he could. ―I‘d put white-out on them,‖ he says. ―And if the page didn‘t have stuff to learn, I‘d rip it out.‖ In The New York Times - http://www.nytimes.com

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Vídeos

Título: Alinha Autor: Manuel Guerra Descrição: Vídeo produzido por Manuel Guerra, aluno do 12.º ano, e que registou o testemunho de 5 alunos: Catarina (17 anos); Francisco (17 anos); Mário (18 anos); Diogo (17 anos); Tiago (18 anos).

―Alinhamentos

cruzados,

experiências

contrastadas

e

consequências

variadas.

Esta é a história de vários jovens do ensino secundário que se propõem mostrar o seu dia-a-dia, depois de terem sido vítimas de bullying. Enquanto isso, a vida continua... esquizofrénica.‖

Website: http://alinha-doc.blogspot.com/

Duração: 14‘57‘‘ Língua: Portuguesa Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Vídeos

Nota de Intenções "Na vida existem várias experiências pelas quais passamos. Há quem diga que recordaremos com mais afectividade e rigor aquelas por que passámos na infância e na juventude. No entanto, a lembrança pode ser sinónimo de alegrias ou desgostos. São muitos os jovens que actualmente não se sentem bem consigo mesmo. Muitos não conseguem explicar o que sentem. Muitos desejam nem sequer pensar na escola que os atormenta. Esta é a história de muitas vidas de estudantes portugueses. O bullying, acto de violência física ou psicológica, praticado de forma intencional e continuada, é um dos problemas que mais afecta as escolas nacionais. O presente documentário pretende acompanhar vários jovens do ensino secundário e ex-vítimas de bullying, que aceitam revelar o seu dia-a-dia, que de vez em quando é atormentado pelas recordações de um passado muito próximo. As perseguições e agressões físicas ou verbais do passado continuam presentes nas suas vidas. Várias consequências reflectem-se no quotidiano. Uns conseguem ultrapassar pacificamente as recordações e outros, simplesmente, deixam de se socializar e isolaram-se em ―escapes‖. Em todas as situações serão apresentadas as atitudes actuais. Mais do que tratar o passado, pretende-se mostrar as sequelas do presente. Como agem, o que fazem, com quem se dão e como vivem em casa, na rua e na escola, e sobretudo o que sentem. Uma realidade que pode até levar ao suicídio. Esta é a estreita e complicada linha de várias vidas. Muitas histórias serão comuns a outros jovens. Mas o que se pretende, acima de tudo, é mostrar, através de exemplos e consequências, quem sofre ou sofreu de bullying. Por outro lado, o documentário pretende apresentar soluções tal como a existência de uma linha de apoio à vítima de bullying (ANP), pois só assim se poderão apoiar futuros jovens, vítimas deste problema, mas sem cair em moralismos. Deixar que as imagens evidenciem o que certamente custará dizer por algumas vítimas será a atitude a ter em conta e que, certamente, valorizará o processo artístico e criativo. Para isso, será escolhido um discurso natural, em que os movimentos desencadeados são puros e naturais, e que, juntamente com a luz e a câmara, contribuirão para a acentuação de uma ambiência de solidão ou de ritmo desenfreado. Utilizar uma linha realista é a tarefa mais importante de todo este documentário, que apesar de contar com alguns momentos fictícios, não deseja participar numa ideia de bases televisivas. Por outro lado, deseja-se integrar todas estas vidas na Sociedade contemporânea e questionar até que ponto estas foram, ou não, fruto de uma Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Vídeos mesma sociedade individualista, decadente e frenética, em que o espírito de partilha não é fomentado. Pretende-se levar o espectador a entrar neste mundo, em que o medo, a depressão, o desespero e o vazio são uma constante, e de modo a que o problema consiga ser travado. Para isso, todos os pormenores evidenciados pelas personagens serão captados, de modo, a que a atmosfera presente seja realista, e não exageradamente dramática. Neste aspecto, o respeito e a responsabilidade serão deveras importantes, para que as próprias personagens se sintam entusiasmadas com esta curta-metragem, de fins educativos/sociais. Finalmente, é importante entender que a potencialidade e a força persuasiva, que o presente documentário pode ter na divulgação do tema e na confrontação que a sociedade deve necessariamente ter, pode ser usada como arma de uma boa ―propaganda‖ contra este fenómeno, que, infelizmente, já começa a atingir os próprios adultos, no local de trabalho. A brincadeira não tem graça e leva a linhas desnecessárias."

Sinopse - "Múltiplas histórias convergem para um ponto. Vários jovens do ensino secundário, Catarina, Diogo, Francisco, Tiago e Mário, cujas vidas balançaram entre o desespero e a ridicularização, apresentam-nos o seu dia-a-dia. Retalhos de situações aparentemente banais, revelam os seus quotidianos. O vestir de uma camisola que suscita uma tensão, um copo que vai vertendo gotas de leite, um passeio solitário no meio de uma Sociedade frenética, um desenho incompreendido e uma espera inquietante, tudo situações que tornam claras as evidências procuradas. Jovens que procuram uma nova atitude perante a vida. Uns foram incompreendidos e outros agredidos. As razões infelizes foram várias. Mas ambos têm em comum momentos do dia em que, eles próprios, se tornam alvo dos olhares, de ―gozos‖, de repúdio, da confrontação, de agressão e de várias situações constrangedoras. A raiz desse ódio confuso está-lhes ainda inacessível. Alguns chegaram a pensar que essas situações seriam somente resultado das suas atitudes. Achavam ser o que os outros continuadamente afirmavam. O presente é o reflexo dessas situações passadas. Alvo de uma nova visão serão as consequências directas que actualmente são visíveis na vida destes jovens. Uma viagem cuidada a universos íntimos na tentativa de descortinar a solução para o emaranhado de todas estas linhas cruzadas. Tudo será revisitado. Um pátio de escola, um refeitório abandonado, uma rua sombria, um campo solitário e um transporte sem destino. Viagem a fantasmas incompreendidos." Retirado de: http://alinha-doc.blogspot.com/ Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Vídeos

Título: Violência na EscolaBullying at Schoolpart 1 Descrição: Vídeo produzido por alunos da Escola EB2/3 Fernão Lopes (Lisboa) onde são dados diversos testemunhos sobre o bullying. Duração: 8‘58‘‘ Língua: Portuguesa

Título: 21st Century Skills Bullying Prevention Film Competition Descrição: Vídeo produzido por alunos do 8º ano de uma escola dos Estados Unidos da América e em que são retratados diversos tipos de bullying que acontecem entre jovens. Duração: 4‘53‘‘ Língua: Inglesa Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Vídeos

Título: How Bullying Feels Descrição: Vídeo em que vários alunos descrevem o que sentem quando assistem a episódios de bullying. Duração: 1‘19‘‘ Língua: Inglesa

Título: Teens Against Bullying2 Descrição: Vídeo em que uma professor fala sobre bullying e apresenta o seu testemunho enquanto aluna. Uma abordagem específica ao bullying indirecto / relacional entre raparigas. Duração: 1‘07‘‘ Língua: Inglesa

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Vídeos

Título: What Bullying Is Descrição: Vídeo em que alunos apresentam a sua definição do que é o bullying Duração: 1‘23‘‘ Língua: Inglesa

Título: What You Can Do Descrição: Vídeo em que alunos apresentam sugestões sobre o que podem fazer sempre que assistirem a episódios de bullying. Duração: 1‘12‘‘ Língua: Inglesa Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Vídeos

Título: Childnet International - Cyber Bullying Descrição: Vídeo da Childnet International em que um aluno fala do tormento pelo qual passou como vítima de bullying (cyberbullying). Duração: 6‘30‘‘ Língua: Inglesa

Título: Bullying Girls Descrição: Vídeo da Teachers.tv em que é abordada a questão do bullying que acontece entre as alunas. Duração: 26‘58‘‘ Língua: Inglesa Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Vídeos

Título: LEGO Animated Anti-Bullying Video Descrição: Vídeo de animação com recurso a LEGOs e onde é explicado o que é o bullying e apresentados diversos conselhos. Duração: 4‘18‘‘ Língua: Inglesa

Título: UNITED Bullying Music Video - Spread The Word Descrição: Vídeo musical em que é feito um apelo à união de todos para mais facilmente combater o flagelo do bullying. Duração: 5‘08‘‘ Língua: Inglesa Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Outras actividades

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Outras actividades

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Outras actividades

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Outras actividades

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Outras actividades

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Outras actividades

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Outras actividades

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Outras actividades

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Outras actividades

O que pensamos sobre a vida escolar Teste de opinião

N.º ____ Ano e Turma ________________ Nome ___________________________________ Data ____/_____/_____

SOBRE A ESCOLA 1. Para ti a escola é um local onde: a) se transmitem novos conhecimentos

d) se proporciona convívio

b) se trabalha e aprende

e) se passa o tempo

c) se tem aulas

f) se é obrigado a estar

2. Como gostarias que a escola fosse? SOBRE AS AULAS 3. Assinala os dois tipos de aulas que preferes. Aquelas em que: a) só o professor expõe a matéria

e) o professor parte dos interesses dos alunos

b) o professor deixa participar o aluno

f) os alunos trabalham individualmente

c) os alunos expõem os temas

g) os alunos trabalham em grupo

d) se utilizam audiovisuais 4. Que outro tipo de aulas gostarias de referir? SOBRE AS MATÉRIAS A ESTUDAR 5. Consideras, de um modo geral, as matérias dadas: a) interessantes

d) ligadas à vida real

b) desinteressantes, mas úteis

e) desligadas da vida real

c) desinteressantes e inúteis 6. Que outra opinião gostarias de dar? 7. As tuas eventuais dificuldades de aprendizagem derivam: a) da pouca atenção na aula

f) dos livros inadequados

b) do facto de não te interessar o estudo

g) de não compreender o professor

c) do pouco tempo que tens para estudar

h) da rapidez no tratamento dos assuntos

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Outras actividades d) da falta de ambiente de estudo em casa

i) da impossibilidade de esclarecer dúvidas

e) da inadaptação à turma

SOBRE OS PROFESSORES 8. Indica três qualidades de que gostas:

10. E três defeitos que se devem evitar:

a) amizade

a) indiferença

b) simpatia

b) antipatia

c) compreensão

c) incompreensão

d) autoridade

d) passividade

e) espírito de justiça

e) injustiça

f) assiduidade

f) não assiduidade

g) competência

g) incompetência

9. Que outras?

11. Que outros?

COMO TE VÊS 12. Indica três qualidades:

13. Indica três defeitos:

a) atento

a) agressivo

b) persistente

b) egoísta

c) compreensivo

c) desconfiado

d) simpático

d) insolente

e) confiante

e) distraído

f) sincero

f) tímido

14. Dos provérbios citados escolhe o que melhor traduz a prática lectiva: a) A rir e a brincar se pode ensinar.

d) O silêncio não ensina nem se chama disciplina.

b) Todo o ensino atraente tem o aluno presente.

e) Não convence quem disser, prova apenas quem fizer.

c) O sábio quer aprender, o ignorante diz saber.

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Outras actividades

O que pensamos sobre a vida escolar

Para nós a Escola é um local onde:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Gostaríamos que a Escola fosse_____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Os dois tipos de aulas que preferimos são aquelas em que:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

Consideramos, de um modo geral, as matérias dadas:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

As nossas eventuais dificuldades de aprendizagem derivam:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

As três qualidades que apreciamos num Professor são:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

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Outras actividades

Os três defeitos que deveriam evitar são:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Querem conhecer-nos melhor? Então aqui estão três das nossas qualidades:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

E já agora três dos nossos defeitos:  __________________________________________________________________ 

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Finalmente, dos provérbios citados, aquele que considerámos que melhor traduzia a prática lectiva foi: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

Actividade retirada de: Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.

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Outras actividades

Como sou e o que penso Treino das competências sociais

Como sou eu?

Agressivo

Passivo

Assertivo

1. Um colega não colabora. Tu dizes a toda a gente menos a ele. 2. Sentes-te confuso com a explicação do professor e fazes perguntas. 3. Dizes ao professor “Não posso fazer o TPC” e explicas porquê. 4. Criticas a atitude dos outros. 5. Evitas certas pessoas e situações. 6. Ages de acordo com aquilo em que acreditas. 7. Perdes a calma. 8. És incapaz de dizer NÃO a um vendedor. 9. No 1º dia de aulas sentes-te à vontade para te apresentares. 10. Na fila do almoço, protestas porque um professor passou à frente.

Coloca V para verdadeiro ou F para falso na perspectiva da pessoa assertiva.

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Outras actividades 1. Deve-se sentir culpado, quando se diz não. 2. Ser assertivo aumenta o rendimento escolar. 3. As pessoas assertivas têm controlo sobre todas as coisas. 4. Deve-se discutir os problemas primeiro com quem os motivou e só depois com um superior. 5. Tem que se ensaiar muito bem o que se vai dizer, se quiser causar boa impressão. 6. Devemos fazer as coisas a qualquer preço. 7. Quem é assertivo, tem menos dores de cabeça e é menos ansioso. 8. Em primeiro lugar devemos ter sempre em atenção aos direitos dos outros. 9. Ser manipulador causa problemas a todos. 10. Ser passivo é que é ser bom, apesar das dores de cabeça que dá. 11. Ninguém gosta dos que discordam. 12. Quem é agressivo é que consegue tudo na vida.

Fazer aos outros o que gostarias que te fizessem, deve ser o teu lema.

Em vez de dizeres... 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7)

Diz...       

Estás sempre a interromper-me! Este trabalho está uma porcaria! A única coisa a fazer é... Tu és um traidor! Seu incompetente! És um idiota! Professor venha lá aqui!

Eu gosto de falar sem ser interrompido. Este trabalho precisa de ser melhorado... Acredito que a melhor coisa a fazer é... Senti-me traído na confiança que tinha em ti! Tens de aprender a fazer melhor... Como chegaste a essa conclusão? Professor podia chegar aqui, por favor?

Actividade retirada de: Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o Director de Turma. Lisboa: Edições ASA. Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Outras actividades

Os meus valores

Autoconfiança

Contentamento

Tolerância

Introversão

Quando eu tenho autoconfiança eu confio nas minhas qualidades naturais: amor, paz, felicidade, pureza e conhecimento

O contentamento é um estado elevado e de grandeza; de quem está contente, satisfeito, alegre.

Deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniões diferentes sem nenhuma reacção defensiva ou ofensiva.

Sou voltado para o interior, para dentro de mim, não dou muito nas vistas, não gosto muito de falar, mas posso ser feliz.

Despreocupação

Cooperação

Determinação

Paciência

Ser despreocupado, aqui, significa: não se preocupar; não se afligir com as pressões externas (tempo, acção, amigos, colegas).

A cooperação é a vontade de trabalhar com os outros; de colaborar.

A determinação significa firmeza e perseverança e dá força a toda e qualquer acção empreendida.

É uma virtude que consiste em aguardar, sem queixa, os resultados das nossas acções.

Entusiasmo

Flexibilidade

Positividade

Desapego

Demonstração de alegria; é trazer vida a projectos e tarefas, construindo sonhos e ideias.

É ser forte e maleável como a planta que se verga para não partir e assim cresce e se torna mais forte.

Qualidade do que é positivo, isto é, pensa que tudo vai dar certo, tem esperança, confia em si e nas circunstâncias.

Com desapego posso ficar por cima das circunstâncias externas; fico livre das influências e contrariedades externas.

Benevolência

Integridade

Introspecção

Entendimento

É ser bondoso para com todos; é realizar com o coração cheio de amor e de compreensão.

As minhas acções reflectem o que eu mais valorizo. Eu sou o mesmo por dentro e por fora. Não engano.

Eu volto-me para dentro de mim mesmo e analiso o meu mundo interior, acções e pensamentos, à luz da minha consciência.

Eu vejo para além das aparências, para além das palavras, procurando o significado que está escondido por baixo.

Serenidade

Disciplina

Generosidade

Leveza

É estar em paz. É ter consciência do que temos de realizar, organizar o nosso trabalho e confiar no amanhã.

Uma vida ordenada, nos pensamentos e nas interacções, é uma garantia contra as armadilhas da vida. É uma expressão de respeito por mim, atenua as dificuldades e conduz-me à liberdade.

O meu coração está cheio de amor, sempre fluindo com bons pensamentos e sentimentos para todos. Sigo o meu instinto espontâneo e sou feliz.

Eu sou livre e simples. Ajo de acordo com a minha consciência e sinto-me bem comigo mesmo. Sinto-me leve.

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Outras actividades

Realeza Sou real e autêntico. Sou um rei em governar a selva de obstáculos e dificuldades, movendome através da vida com dignidade e grandeza.

Respeito Conhecendo o valor do outro, eu respeito-o por aquilo que ele é e por aquilo que conseguiu alcançar. Dou-lhe o direito de viver de acordo com os seus valores.

Estabilidade No meio da turbulência de situações inesperadas, os inexplicáveis comportamentos sem razão, quando tudo está contra mim, eu permaneço calmo seguro de que a verdade vencerá.

Doçura Qualidade do que é meigo, calmo, gentil, amoroso e adorável.

Sabedoria Eu actuo somente depois de observar, ouvir e pensar. Sou prudente. Faço aos outros o que gostaria que me fizessem, isto é, agir com rectidão.

Maturidade Pleno desenvolvimento de quem não se deixa afectar por surpresas ou por situações difíceis. Conhece a vida e sabe cuidar de si e dos outros.

Calma Eu fico estável no meio da complexidade e seguro em tempos de dificuldade.

Paz Grande calma e tranquilidade; silêncio; boa harmonia; sossego; conciliação.

Simplicidade Sou simples, natural e honesto, assim como as minhas acções. Esta virtude possibilita-me transformar grandes problemas em pequenos e ir directo à essência de qualquer questão.

Humildade Eu sou aquele que respeita a vida, a experiência e a sabedoria. Com humildade ganho o coração de todos e a possibilidade de trilhar um caminho de estabilidade, amizade e amor.

Jovialidade A alegria e o bom humor mantêm-me sempre leve e flexível. A jovialidade traz ânimo aos outros e pode transformar um rosto triste num sorriso de satisfação.

Misericórdia Eu sou tolerante e sei perdoar os erros dos outros, pois também gosto que me perdoem.

Precisão As minhas palavras, acções e pensamentos são apropriados a cada circunstância. Pontualidade, regularidade, autocontrolo são características desta virtude. Amor O amor dá significado às nossas relações, gera bons sentimentos e pensamentos e promove a cooperação, o respeito e a tolerância.

Coragem Fazendo face às dificuldades eu avalio a situação: possíveis saídas e suas consequências; faço a minha opção e mantenho-me firme, dominando o medo.

Honestidade Aquele que é honesto é feliz, pois as pessoas confiam nele e gostam da sua companhia.

Liberdade Poder escolher, agir e falar de acordo com a sua vontade. A liberdade é um direito que se conquista na medida da nossa responsabilidade.

Limpeza A limpeza é importante para a saúde física e mental e para uma relação harmoniosa com as pessoas e a natureza.

Responsabilidade A responsabilidade é uma expressão de interesse, como a habilidade de tomar conta de si mesmo e de responder pelos seus actos.

União Para haver união é necessário compartilhar, concordar e realizar uma mesma tarefa. Praticar a união é dissolver mal entendidos.

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Outras actividades

O valor que… 1. ... mais gosto...

porque...

(cola aqui o valor que escolheste)

2. ... sinto que preciso desenvolver mais... porque...

(cola aqui o valor que escolheste)

3. ... sinto que os outros observam em porque... mim...

(cola aqui o valor que escolheste)

4. ... mais pratico no seio da família...

porque...

(cola aqui o valor que escolheste)

5. ... mais pratico na Escola...

porque...

(cola aqui o valor que escolheste)

Actividade retirada de: Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o Director de Turma. Lisboa: Edições ASA. Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Outras actividades

Uma turma com problemas Resolução de conflitos

Identificação do problema

Três motivos

Medidas para alterar a situação

1.

2.

3.

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Outras actividades

Contrato Pedagógico

Aos ______________________ dias do mês de _______________________ de 200____,os alunos do ______ ano, turma ______, e o(a) Director(a) de Turma, reunidos na sala __________________, pelas ____________ horas, aprovaram o seguinte Contrato Pedagógico:

O(A) aluno(a) O(A) Director(a) de Turma O(A) Encarregado(a) de Educação

Actividade retirada de: Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.

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Outras actividades

Sociograma

Questionário

1. Quem gostarias de ter como companheiro de trabalho? 2. Quem nunca escolherias para trabalhar contigo? 3. Quem escolherias para a tua equipa desportiva ou para uma visita de estudo? 4. Com quem nunca irias fazer uma visita de estudo?

Nº________ Ano e Turma ___________ Nome ___________________________________________________ Questionário

1. Quem gostarias de ter como companheiro de trabalho? 2. Quem nunca escolherias para trabalhar contigo? 3. Quem escolherias para a tua equipa desportiva ou para uma visita de estudo? 4. Com quem nunca irias fazer uma visita de estudo? Nº________ Ano e Turma ___________ Nome ___________________________________________________

Questionário

1. Quem gostarias de ter como companheiro de trabalho? 2. Quem nunca escolherias para trabalhar contigo? 3. Quem escolherias para a tua equipa desportiva ou para uma visita de estudo? 4. Com quem nunca irias fazer uma visita de estudo?

Nº________ Ano e Turma ___________ Nome ___________________________________________________

Actividade retirada de: Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o Director de Turma. Lisboa: Edições ASA. Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010

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Outras actividades

Barómetro de atitudes

CONCORDO

DISCORDO

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Outras actividades

CONCORDO TOTALMENTE

DISCORDO TOTALMENTE

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Outras actividades

NÃO CONCORDO NEM DISCORDO

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Outras actividades

Exemplo de frases para clarificação de valores

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49.

Tomar banho é essencial para a minha vida. Ter uma boa vida é ter dinheiro para gastar. Gosto de ter as coisas, mas sem ter de trabalhar. Mentir é divertido. O trabalho é uma chatice. Quando vejo os outros com coisas de que gosto, tiro-lhas. O ruído não me incomoda dentro da sala de aula. Quando nos cruzamos com alguém devemos cumprimentar. Gosto de ver as pessoas a fumar. Os drogados devem ser presos. Os criminosos deviam ser condenados à morte. Quando me oferecem um chocolate não sou capaz de dizer que não. Quando tiro as coisas dos outros não tenho de avisá-los, uma vez que não tenho intenção de ficar com elas. Quando me tramam, estão tramados. Vender droga é um negócio como qualquer outro. Quando crescer vou namorar com o maior número de pessoas. Detesto lavar a cabeça. Os meus pais não me compreendem. Gosto que me dêem ordens. Os professores têm de fazer o que eu quero. A arrumação é importante. O lixo, no chão, não me incomoda. Posso dizer tudo o que penso, mesmo que os outros não gostem. Devo respeitar os mais velhos, falando-lhes de maneira bonita. Dizer palavrões é normal. Nas aulas posso-me levantar quando quiser. Posso tomar droga desde que seja só uma vez. Quando vou para longe peço boleia. Quando tenho dúvidas sobre o meu crescimento, falo com os meus professores. Gosto de amigos que se portem mal. Falar alto não faz mal. Nesta vida vale tudo, até fazer batota. Copiar pelos outros é ser esperto. Os professores dão melhores médias quando gostam dos alunos. Quando vemos alguém que conhecemos e vai muito carregado, ajudamo-lo. Os professores têm direito a passar nas filas porque são mais velhos e têm outras coisas importantes para fazer. Quando encontro a senha de alguém procuro vendê-la. Os meus pais gostam de mim. Bater, prova que somos valentes. Não há rapaz que se preze que não engane as meninas. Os rapazes calados e tímidos são maricas. No refeitório é divertido atirar comida aos outros. As raparigas são mais importantes quando têm muitos namorados. Estudar é ser marrão. Com a morte acaba tudo. Os meus pais não precisam de saber o que faço na escola. A minha religião é a melhor. Os brancos são mais inteligentes. Para me defender vale tudo, até inventar histórias.

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Outras actividades

50. Não ligo aos ciganos. 51. Não sou capaz de calar uma ofensa. 52. Quando sou alvo de uma injustiça, amuo. 53. Os professores devem dar conselhos. 54. Fazer queixinhas significa que me porto bem. 55. Os animais são nossos amigos. 56. Em casa gosto de ajudar. 57. A poluição não é problema meu. 58. Casas velhas são para deitar abaixo. 59. Na vida o que interessa são as aparências. 60. Adoro falar da vida dos outros. 61. Existem alterações do meu corpo que eu não compreendo. 62. Oferecer um presente significa que gostamos de alguém. 63. Pedir desculpa não é importante. 64. Devemos agradar aos nossos amigos. 65. É importante viver bem com os vizinhos. 66. Os problemas da minha terra não me interessam. 67. A vida está má, a culpa é dos governantes. 68.Falo da mesma maneira com o colega ou com o professor. 69. O Director Executivo da Escola tem de ouvir as minhas queixas, quando eu quiser. 70. A escola não serve para nada

Actividade retirada de: Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.

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