Revista Alvo dos Famosos

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Conheça Marrom: ao vivo, em cores nos bastidores.

4ª EDIÇÃO • ANO 2 • JAN / FEV / MAR 2015

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Ela é Daniela Mercury! Uma artista reconhecida internacionalmente que, ao longo de 30 anos de carreira colocou, junto com outros artistas, a música baiana nas caixas de som do mundo. Dona de uma voz ímpar, a estrela da Axé Music, em entrevista exclusiva, conversou com a Revista Pôster Alvo dos Famosos sobre sua trajetória no universo da música e deu sinais de que ainda vem muito por aí. O Carnaval da artista vai homenagear os 30 anos da Axé Music e a Jovem Guarda. Confira!

ALVO DOS FAMOSOS – Daniela, em 30 anos de carreira, sem dúvidas, você é a voz da mulher que revolucionou a música baiana e contribuiu significativamente para que o som da Boa Terra fosse conhecido internacionalmente. Em qualquer canto de qualquer cidade por onde você passa, imaginamos que seja de grande responsabilidade ser reconhecida por esse trabalho que leva alegria a tanta gente. Como foi esse momento para você ao ver a sua arte admirada e conhecida em todo o mundo? Daniela Mercury – É maravilhosa essa sensação de ter conseguido, de ter vencido. Mas eu sempre acho que as novas tarefas já têm que ser cumpridas para continuar na gincana que é a vida. É uma alegria para qualquer artista receber reconhecimento e ser valorizado pela sua arte. Quando estourei com o Canto da Cidade há pouco mais de 20 anos, eu demorei para entender o que estava acontecendo. Hoje, percebo que minha música alegre e vibrante é importante para muita gente. AF – A música baiana também tem as suas fases. Como você define a fase atual?

DM – De férias para os consagrados e de construção e afirmações de carreira para os novos. A Bahia é um centro de grandes criadores, músicos, cantores e empreendedores da indústria de entretenimento e cultura. Fizemos modelos que foram imitados em todo o país. Agora é hora de trabalhar e ajustar os caminhos para prosseguir usando a vivência que já temos. A música baiana é rica ritmicamente. Temos excelentes músicos e cantores também. Somos o berço do samba, da Música Popular Brasileira. A fase atual é de transformações para melhor. O Axé é um gênero forte que ganhou o Brasil! AF – Acredita que a música baiana precisa ser revisitada? Para você, o surgimento de novos artistas traz a continuidade dessa arte na essência? DM – É importantíssimo o surgimento de novos artistas. São eles que são a continuidade da nossa arte. Eu me sinto nova a cada dia. Tento me renovar, criar coisas diferentes. Preciso me reinventar sempre. AF – Você é uma artista, ou melhor, intérprete, bastante conhecida por ousar e


Fotos: Celia Santos /Divulgação

inovar. Quem não se pergunta: o que Dani vai "aprontar" no próximo Carnaval? Aprontar no bom sentido, claro. Dá para ALVO ter ao menos uma pista de como você vai fazer "tremer o Céu de Fevereiro" em 2015 na pipoca, no bloco e no camarote? DM – Por causa dos 30 anos do axé, eu quero ver se a gente não começa tudo de novo, dá uma enlouquecida. O ideal é que a gente (da música baiana) fizesse alguma coisa em conjunto, sabe? Vou provocar alguns amigos meus para fazermos algumas coisas com mais cumplicidade. Além disso, vou levar para avenida referências da Jovem Guarda. No fundo, a gente só existe por causa deles. É óbvio que é importantíssimo que celebremos os 30 anos do axé, que nós lembremos de toda história. Aí, eu não resisti a pegar um trecho do carnaval e fazer essa homenagem à Jovem Guarda. Quando eu era pequena, Wanderléa era a minha ídola. Loirinha, com aquela mini saia, aquela bota. Era um máximo aquilo. Sabe, eles todos [além de Wanderléa] moram no meu coração. Eu gravei 'Esqueça', eu cantei 'Eu sou terrível'. A minha memória afetiva é de prestigiá-los também.

AF – O tradicional Pôr do Som vai dar o tom do que vai acontecer na avenida? DM – O Pôr do Som é sempre um show mais calmo do que o Carnaval. Algumas vezes faço relação com meu tema do Carnaval, outras vezes não. Surpresa! (risos). AF – Seu último trabalho foi lançado ano passado em CD. Já há um novo discoou DVD a caminho? Dá umas dicas do que vem por aí... DM – Estou em estúdio gravando o novo disco que traz muitas canções de minha autoria. É um CD pós-moderno, sem pé nem cabeça,mas muito dançante (risos). AF –Uma artista que coloca na voz a cultura, a religião, o amor, a figura damulher, do homem, do negro e do branco, a natureza, a cidade, o mundo... De onde vem tanta inspiração? DM – Vem da vida, do que observo do mundo. Sou uma mulher do mundo, livre. Minhas influências na MPB e no Rock também são muito importantes para minhas criações.

“ É a identidade de minha carreira. A minha negritude artística” AF –Por falar em retratos da voz, a sua relação com os blocos afro também é evidente em sua carreira. De que forma essas entidades influenciam o seu trabalho? E como você define o samba-reggae na composição da artista Daniela Mercury? DM – Os (blocos) afro são minha essência. Eu tenho o samba reggae de Neguinho do Samba como principal ritmo do meu Axé. Já gravei mais de 50 sambas afro e reggae em meus álbuns e é a identidade de minha carreira. A minha negritude artística. AF – Agora, na linha Marília Gabriela (risos): Daniela Mercury por Daniela Mercury? DM – Sou livre, densa e inexplicável. Não caibo em padrões, nem rótulos.



Foto: Celia Santos / Divulgação

CANTO DA CIDADE PRODUÇÕES Contatos para shows: 55 71 9166-6967 / 55 71 2109-5555 CANTO DA CIDADE PRODUÇÕES Assessoria de Imprensa: Contatos para shows: 55 71 9166-6967 / 55 71 2109-5555 55 71 9122-7035 Assessoria de Imprensa: 55 71 9122-7035 www.DanielaMercury.art.br www.DanielaMercury.art.br


um homem SÓ A banda de

Alexi Jazz encara o desafio de produzir todos os sons para fazer música

O “furacão”, como ele mesmo define a música na própria vida, trouxe para Alexi um lado criativo que nem imaginava existir. “Quando comecei a tocar não tinha grana para comprar instrumentos. Então, ficava imitando os instrumentos na voz e comecei a desenvolver esse lado de tocar só com a boca. Com o tempo, identifiquei uma pedaleira que faz loop station (repetição de comandos)”, recorda. Alexi Jazz detalha o processo de criação. “Faço o loop das programações de boca e também com instrumentos. Gravo parte por parte e, no final, dá

uma música completa. É interessante para o público porque dá para ver a construção da canção. As pessoas gostam de ver”, comemora. O menino do bairro São Caetano, em Salvador, cresceu sob a influência de gigantes da música nacional e internacional. Entre seus mestres estão Djavan, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, AllJarreau e JarleBernhoft. “Aprendi muito ao ouvir falar, escutar e estudar. São grandes exemplos para mim e inspiram o meu trabalho”, arremata Alexi. Em janeiro, o artista lança seu terceiro disco. “É um EP com cinco músicas próprias. Fazer essa música experimental é libertador”, reforça. Além do trabalho inédito, Alexi Jazz colocou em prática a partir de novembro o projeto “Música nas Praças”. “Quero ter contato mais próximo com o público para popularizar o loop. Muitos fãs e amigos querem ver de perto”, argumenta. Onde o projeto pode ser visto? “Em diversos locais onde o Verão pede”, diz o multi-instrumentista.

Foto: Divulg

Os primeiros acordes no violão foram dados aos 16 anos. Depois, vieram o cavaquinho, o baixo, a bateria e uma banda completa. Nenhuma novidade, não fosse por um detalhe: todos os sons são produzidos por um só artista, o cantor Alexi Jazz. Agora multi-instrumentista, ele lembra que nem pensava em saber de música. “Meu irmão insistia para eu aprender a tocar, mas só queria jogar bola. De repente, um turbilhão na minha vida. A música chegou de forma avassaladora”, descreve o jovem músico, agora com 33 anos.

ação

Por Leo Barsan

Faço o loop das programações de boca e também com instrumentos. Gravo parte por parte e, no final, dá uma música completa. É interessante para o público porque dá para ver a construção da canção. As pessoas gostam de ver. Alexi Jazz


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Marrom

Jornalista com 30 anos de carreira é xodó de artistas baianos consagrados Por Leo Barsan Foto: Angeluci Figueiredo/ Divulgação

A riqueza de detalhes sobre o meio artístico baiano começou a ser construída quando ele ainda era um jovem estudante que morava na Liberdade, em Salvador. Osmar Martins tinha 17 anos.De repente, estava envolvido com o universo da música e de artistas da Boa Terra. “Entrei na Tribuna da Bahia, que queria fazer coisas novas e precisava de alguém para escrever sobre música. Fiquei inseguro, mas encarei”, lembra ele. Hoje, para encontrá-lo ao vivo e em cores basta chegar à redação do jornal Correio, na Federação. Lá está ele: Marrom. Assim é conhecido um dos jornalistas mais queridos entre artistas da Bahia e do Brasil. Prova disso é a origem do nome pelo qual o rapaz é carinhosamente chamado. “Foi a própria Alcione (cantora)! Ela veio a Salvador fazer divulgação e começou a me chamar de ‘Meu Marrom’. Uma colega, na época, ouviu e começou a repetir. Aí, pegou”, diverte-se o colunista, blogueiro, radialista e apresentador. Sim, Marrom é um profissional multimídia. Tem blog, assina coluna em jornal, faz um ‘Fuzuê’ na Bahia FM e também apresenta o Carnaval de Salvador na TV

Bahia. Quase 30 anos de carreira – e de muito trabalho – lhe renderam bom relacionamento com artistas consagrados. Por exemplos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Saulo, Daniela Mercury e Ivete Sangalo. “Apesar disso, só vou na casa do artista se for convidado. Em camarim, fico no máximo três minutos por que ali é um espaço sagrado. Dou um beijo, faço um carinho e vou embora”, ressalta. Como essa proximidade com os artistas não é pura badalação, Marrom enfatiza: “A vida não é só festa. Para mim, fica mais complicado por que estou em um lugar onde todos gostariam de estar. Quem não queria? É o meu trabalho”. Por sinal, ele alerta, sua atividade é realizada com muita cautela. “Não publico nada sem checar. Tenho as minhas fontes e isso me dá muitas exclusivas, mas sei dos meus limites”, pondera. A relação com o público também cresceu. “Na minha trajetória, tornei-me conhecido aos poucos, até apresentar o Carnaval na TV pela primeira vez. Em uma semana fiquei mais conhecido que todo o tempo que já estava no Jornalismo. Até autógrafo pedem,

poses para fotos. No início, não sabia o que fazer”, diz Marrom, aos risos. Embora com trânsito livre no mundo artístico baiano, o jornalista define-se como “bastante reservado” e afirma não se interessar pela vida particular dos artistas. “Acho que a vida pessoal não deve ser exposta e não tenho o direito de fazer isso. Sempre pautei o jornalismo de informação. O que me interessa é o artista do palco”, assegura. Mas, cá entre nós, Marrom sabe ou não sabe de uns babados dos bastidores? “Sei de muitas coisas... Impublicáveis, inclusive”, responde, às gargalhadas.

Na minha trajetória, tornei-me conhecido aos poucos, até apresentar o carnaval na TV pela primeira vez. Em uma semana fiquei mais conhecido que todo o tempo que já estava no jornalismo. Marrom


DICA DE

Fotos: Divulgação

DECORAÇÃO Busco soluções racionais para melhor confortabilidade! Às vezes, a simplicidade é a melhor solução para um bom projeto. Não existe o melhor projeto, e, sim, um bom, porque o novo de hoje já estará ultrapassado amanhã. Essa questão tem que ser uma grande preocupação do profissional. Prefiro matérias que tenham responsabilidade social. Transformar o pensamento do cliente em produto é uma grande responsabilidade. O design nasceu junto com o homem e nada mais é que a empregabilidade de soluções sobre uma necessidade física que provoca sensações, alimentando-se de ergonomia, valores renováveis e da estética. Com o mundo contemporâneo o assunto é muito discutido, mas penso que quase sempre de forma equivocada.

Consultor Paulo Almeida

Marcel Machado designer de interiores

mapadesigner10@gmail.com


EXPEDIENTE: Publicação Trimestral da Alvo dos Famosos Produções Artísticas e Comércio Ltda. Coordenação Editorial e Direção: Sílvia Fran - DRT 2681/BA Jornalista Responsável: Leo Barsan - DRT 3297/BA Capa e Pôster (Fotos): Celia Santos

Projeto Gráfico: Imagem Brasil Produções Direção de Arte e Diagramação: Rodrigo Rocha Impressão: LR Pirchio ME. Tiragem: 10.000 exemplares (Trimestral) Distribuição Gratuita: Salvador - Bahia - Brasil


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