Jornal Imagem da Ilha - 2ª quinzena/março/2015

Page 1










>

D E C O R A T I V A S Oncinha pintada, zebrinha listrada, coelhinho peludo...

Arq. Mário Pinheiro pinheiro@psfarquitetura.com.br

Palavra de arquiteto

D2

Acesse www.imagemdailha.com.br e surpreenda-se com a Versão Digital

Em épocas tão turbulentas não pude deixar de comentar o assunto, mesmo não se tratando da principal pauta deste editorial. Após algumas manifestações de inconformidade com o governo, contra os políticos e contra o caminho em que o país está se posicionando diante de um cenário mundial, é hora de dizer: basta! O Brasil está agonizando, pois o peso da corrupção, a volta da inflação e o aumento dos impostos transformam o nosso dia a dia em um verdadeiro caos. Mas não vamos desistir do nosso país, isso ficou muito claro, a nação se uniu e iremos às ruas quantas vezes forem necessárias, pois não queremos viver em outro país, queremos viver em outro Brasil. Uma das coisas que mais ouvi dos governantes é de que não entenderam o foco das manifestações. É simples, é só acompanhar os destaques das manchetes dos principais jornais do mundo. Qual é a dúvida, afinal? Reformas políticas, tributárias e sociais, um novo Brasil. Um grande ambiente de proposições positivas a favor das mudanças, mais do que um partido, o nosso compromisso é com o justo e com o certo. Fica muito claro que o país já não roda mais, todos os setores freiam bruscamente e é chegada a hora de nos reinventarmos. Penso que a grande lição é que muitas vezes precisamos chegar no fundo do poço para reconstruir a nossa própria historia. O que podemos fazer é começar por Florianópolis, com nossas ruas, ciclovias, mobilidade em geral, urbanismo e Plano Diretor. Por que ainda não?

Experiência única

Florianópolis, SC • 2ª Quinzena de Março de 2015 Foto: Divulgação/Portobello

Novos acabamentos

Com mais de 235 expositores nacionais e internacionais, a 13ª edição da Expo Revestir – Feira Internacional de Revestimentos, realizada entre os dias 3 e 6 de março, em São Paulo, foi encerrada com visitação superior a 61 mil profissionais, muitos deles de Florianópolis. Simultaneamente à feira, aconteceu o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, onde os profissionais tiveram a oportunidade de assistir a palestras e debater sobre as tendências do mundo arquitetônico. Promovida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, Louças Sanitárias (Anfacer), o evento é um dos principais do mundo em soluções em revestimentos, louças sanitárias e metais e é conhecido como a Fashion Week da Arquitetura e Construção. O arquiteto catarinense Beto Gebara, do escritório Gebara & Filártiga Arquitetos, contou sobre o que viu durante o evento: “Chamou-me a atenção não a quantidade de novidades apresentadas, mas sim os novos acabamentos para peças já conhecidas do mercado. Acho isso positivo porque dá tempo para que o mercado absorva gradativamente as novidades”, destaca. Alguns destaques, segundo o arquiteto, são os cobogós, blocos vazados inicialmente feitos de cimento, que são atualmente encontrados em diversos materiais, como vidro, madeira, cerâmica e até porcelana.

Entre as tendências em revestimentos estão os blocos vazados chamados de cobogós

Encantando ambientes

O arquiteto Roberto Rita, responsável pelo projeto de diversos empreendimentos arquitetônicos em Florianópolis assume uma nova posição. Há alguns anos, ele projeta também esculturas, as Micunfas, que enfeitam e dão personalidade a vários espaços, dentre eles alguns prédios de Florianópolis. Para o residencial Encantos do Mar, no Campeche, projetado e construído pela Pinheiro e Serrano Fonseca Arquitetura, as esculturas “Micunfas Encantados” estão postadas em uma grande esquina e tem quatro metros de altura. “Elas insinuam com um gesto de cumprimento aos pedestres com a intenção de encantar e alegrar o ambiente e as pessoas”, conta Roberto Rita.

Foto: Divulgação

Cores e estampas que encantam e permitem ao ambiente uma experiência singular no mais alto nível de sofisticação. Elas estão presentes na coleção Jardin Bohème, da Orlean, com exclusividade na loja Paula Papéis e Tecidos. A marca inglesa Harlequim buscou inspiração em elementos naturais e paisagens ao ar livre para produzir esta charmosa coleção que apresenta o espírito boêmio em padrões instigantes e em uma seleção de cores vibrantes que reúne estampas, bordados, tecidos tramados e voils.

• Paula Papéis e Tecidos • Rua: Almirante Lamego, 1.455 – Loja 12 Shopping Praia de Fora – Centro • Fones: 3222-8392/ 9919-1379 • www.paulapapeis.com.br

Rita apresenta as esculturas Micunfas Encantados, que ficam na esquina de um residencial no Campeche


Acesse www.imagemdailha.com.br e surpreenda-se com a Versão Digital

Florianópolis, SC • 2ª Quinzena de Março de 2015

>

D3

C O N C E I T O

Espaços de convivência Parklets viram tendência em São Paulo e prometem chegar por aqui

A

Da redação

mbientes temporários de lazer e convívio onde anteriormente havia vagas de estacionamento público de carros atraem simpatizantes em cidades como São Paulo e chamam a atenção de moradores de Florianópolis. São os parklets, que provocam uma reflexão sobre o uso atual do espaço urbano, cada vez mais dedicado aos automóveis, em forma de avenidas, viadutos e estacionamentos. Tem profissional da área querendo trazer esse conceito aqui pra cidade logo, logo. Os parklets são plataformas que podem ser equipadas com bancos, floreiras, mesas, cadeiras, guarda-sóis, aparelhos de exercícios físicos, outros elementos de mobiliário, rede wi fi, entre outros, mas sempre com a função de recreação ou de manifestações artísticas. É uma extensão do calçamento que faz que pedestres e ciclistas tenham uma área onde possam utilizar e ocupar. Onde surgiram Os primeiros parklets foram construídos em São Francisco, na Califórnia (EUA), buscando-se criar ambientes mais amigáveis para pedestres e ciclistas. No Brasil o conceito surgiu em São Paulo, em 2012. A primeira implantação aconteceu no ano seguinte, mas somente em 2014 foi criado um decreto que regulamenta a instalação dos parklets. Lá, sua implantação pode ser de iniciativa pública ou de qualquer munícipe (pessoa física ou jurídica). Os custos financeiros referentes à instalação, manutenção e remoção do parklet são de responsabilidade exclusiva do mantenedor. Entre as restrições estão, por exemplo, a instalação em locais onde haja faixa exclusiva de ônibus, ciclovias ou ciclofaixas, ou em vias com limite de velocidade acima de 50 km/h.

Fotos: Reprodução

Em São Paulo, os parklets fazem parte da arquitetura da cidade desde 2013

Os primeiros parklets surgiram em São Francisco (EUA) e logo se espalharam para outras cidades norteamericanas, como Nova York

EspaçOs ideais em FlOripa Aqui em Florianópolis, alguns arquitetos, como Marina Abati Rizzati, defendem a ideia: “Acredito que a cidade possa receber os parklets porque temos poucos espaços públicos para descanso e lazer com qualidade, bonitos, bem pro-

jetados e que atraiam as pessoas para que fiquem lá”, destaca. Ela já tem ideia dos locais em que os equipamentos poderiam ser instalados com sucesso, como nas avenidas Othon Gama D`eça e Hercílio Luz, no Centro,

nos bairros Ingleses e Canasvieiras, no Norte da Ilha, e no calçadão da rua Felipe Schmidt, no coração da cidade. “Nesses locais tem um grande fluxo de pessoas e muitas vezes não existem locais apropriados para descansar”, lembra.



Femina SUPLEMENTO MENSAL IMAGEM DA ILHA

• Página F3 Foto: Reprodução

• Ano 10 • Número 105 • Florianópolis • Março 2015

Saúde Alerta às mulheres

Foto: Frank Silveira

Especialista fala sobre a endometriose

OutOnO

dA vez Nova estação traz tendências cheias de elegância

• Página F4

Um conjunto clássico que pode ganhar pitadas de luz com composições e acessórios


F2

Acesse www.imagemdailha.com.br e surpreenda-se com a Versão Digital

Florianópolis, SC • 2ª Quinzena de março de 2015

> MOV I M E N T O

Fisioterapia para o público infantil Conceito Bobath é aliado no tratamento de crianças com problemas motores

O

Os terapeutas aplicam exercícios que contribuem para o desenvolvimento dos movimentos dos pequenos

Serviço: Escola do Corpo Fones: 3234-9919/ 3233-4233 www.escoladocorpo.com.br

tratamento de bebês e crianças com dificuldades do movimento exige um atendimento especializado, que siga uma filosofia de cuidado e vá além da aplicação de técnicas ou a realização de exercícios. É nesse intuito que o Conceito Bobath, um método de tratamento centrado em manuseios específicos, se propõe a atender as demandas dessa clientela com características tão especiais. O Conceito Bobath foi desenvolvido na Europa pós-guerra, nos meados do século XX, e tem sido constantemente atualizado, o que o torna uma abordagem de tratamento viva e contemporânea. Atualmente, os terapeutas habilitados por este conceito se baseiam na biomecânica do desenvolvimento motor para a aplicação de manuseios e exercícios utilizados para melhorar o movimento de crianças com diferentes condições. Beneficiam-se desta forma de abordagem os bebês prematuros,

aqueles com atraso no desenvolvimento, as crianças com paralisia cerebral, síndrome de Down, mielomeningocele e outras condições que interferem na realização do movimento ou na aquisição do desenvolvimento motor adequado. Além das mãos do terapeuta facilitando a realização dos exercícios, são utilizados diferentes equipamentos como bolas e rolos, aplicados em um contexto de descontração visando despertar na criança o interesse e o gosto pelo movimento. Além do atendimento, preconiza-se informar e orientar a família sobre como aproveitar as situações e atividades do dia a dia da criança para explorar ao máximo suas potencialidades. Os fisioterapeutas da Escola do Corpo, embasados nos princípios e na filosofia do Conceito Bobath, propõem-se a oferecer um ambiente descontraído e prazeroso para melhorar o movimento de bebês e crianças.

> MEd I cI N a p rE V E N T I Va Por Dr. Jamil Mattar Valente Médico cardiologista

Existem diferenças entre as diversas estatinas existentes no mercado?

N

o Brasil, assim como em outros países, existem diversas estatinas sendo comercializadas. O médico prescreve uma, a pessoa passa a tomá-la. O que acontece é que muitas pessoas desconhecem as vantagens e desvantagens de cada uma delas. As estatinas que temos aqui no Brasil são: atorvastatina, pitavastatina, pravastatina, rosuvastatina e a sinvastatina. A potência de cada uma delas é diferente na redução de colesterol e proteção contra eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Utilizadas em doses de potências equivalentes, a proteção contra eventos cardiovasculares é semelhante. Os efeitos colaterais que elas podem

causar também são semelhantes, mas algumas causam efeitos adversos com mais facilidade do que outras. O custo mensal para uma dose de manutenção também difere entre elas. Aqui no País, a sinvastatina é subsidiada pelo governo e tem um custo bem pequeno para o usuário. Em outros países há subsídio também para outras estatinas. A rosuvastatina e a atorvastatina são as mais potentes. A sinvastatina quando usada na dose máxima de 80 mg para ser equivalente às outras estatinas mais potentes, pode causar com mais frequência a destruição das células dos músculos esqueléticos, a chamada rabdomiólise. Nessa dose, portanto, ela deve ser evitada, e os pacientes que necessitam

tomar dose equivalente a essa devem usar a rosuvastatina ou a atorvastatina. As diretrizes de várias sociedades de cardiologia na América e na Europa para tratamento de colesterol elevado e aterosclerose, de um modo geral, tendem a recomendar o uso da rosuvastatina ou da atorvastatina por serem as mais potentes e também as que possuem mais estudos comprovando os seus benefícios. As estatinas têm importantes interações com outros medicamentos. A principal envolve as enzimas responsáveis pela eliminação das estatinas

pelo fígado. As enzimas do fígado, especificamente as do citocromo P-450, são responsáveis pela eliminação de todas as estatinas do organismo, com exceção da pravastatina e da rosuvastatina. Portanto, medicamentos que bloqueiam a ação destas enzimas hepáticas aumentam os níveis de estatinas como a atorvastatina e a sinvastatina no sangue, mas não da rosuvastatina ou da pravastatina. O aumento da sinvastatina no sangue ou da atorvastatina, pelo uso concomitante com medicamentos que bloqueiam a ação destas enzimas hepáticas, eleva significativamente o risco de rabdomiólise.


Florianópolis, SC • 2ª Quinzena de Março de 2015

Acesse www.imagemdailha.com.br e surpreenda-se com a Versão Digital

F3

> ENTREV I S TA

Por dentro da endometriose Doença pode acometer até mesmo mulheres que já tiveram filhos

M

Foto: Gabriela Morateli

Gabriela Morateli

ucosa que reveste a parede interna do útero, o endométrio é sensível às alterações do ciclo menstrual e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo. A endometriose é uma afecção inflamatória que pode atingir até 30% das mulheres em período reprodutivo. Ela é provocada por células do endométrio, que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar causando sintomas como dores fortes e infertilidade. Para explicar as causas e conseqüências da doença, conversamos com o médico ginecologista Jean Maillard. Imagem da Ilha: O que é endometriose? Dr. Jean Maillard: Endometriose é uma inflamação causada pelo endométrio. Endométrio é a camada interna do útero que a mulher menstrua todo mês. Basicamente são células de menstruação que se instalam fora da cavidade uterina, causando uma doença benigna inflamatória. Algumas mulheres têm uma cólica menstrual intensa, mas muitas delas começam a menstruar e têm cólicas e não necessariamente tem a endometriose. A característica mais importante da endometriose é que ela é gradativa e medicamentos para cólicas que antes faziam efeito, já não fazem mais. Isso é um sinal muito forte da doença. Outra característica é que ela causa infertilidade em até 50% das mulheres. Como é feito o diagnóstico? Vários aspectos podem auxiliar, sendo o primeiro deles que o médico deve ouvir atentamente a paciente. Depois é preciso fazer um exame pélvico ginecológico detalhado com ultra-som. As mulheres que têm endometriose mais avançada, com infiltração perto da vagina, intestino e colo de útero, um exame de toque vai mostrar isso. Essas são as mulheres que além de terem cólicas muito fortes, apresentam também dores durante a relação sexual. Não tinham antes e começam a ter em algumas posições. É bom salientar que qualquer lesão com menos de 1 cm não será mostrada nos exames e têm mulheres que apresentam focos de endometriose de milímetros. Nessas mulheres, que no exame de toque e no exame de ultra-som ou ressonância não aparece nada, pra fazer um diagnóstico definitivo é preciso fazer uma cirurgia minimamente invasiva chamada videolaparoscopia, quando é inserida uma câmera pelo

visitas tendem a diminuir.

Quais são os índices de mulheres afetadas pela endometriose? A estatística mundial é que em média 30% das mulheres possam ter a doença, dos 14 anos, ou a partir do início do ciclo menstrual, até mulheres após a menopausa. A frequência maior é ligada ao período reprodutivo.

Segundo o ginecologista Jean Maillard, cólicas menstruais fortes e constantes são sinal de alerta para a endometriose

umbigo, com anestesia geral. Além de avaliar e ver se existe a endometriose, ali já começa o tratamento, destruindo os focos.

A endometriose tem fatores genéticos? Sim. Mulheres com mães, irmãs mais velhas e tias que tiveram a endometriose são mais suscetíveis à doença. Há uns cem anos, as mulheres começavam a menstruar com 16 anos e engravidavam com 18. Hoje elas começam a menstruar com uma média aos 11 anos e engravidam lá pelos 30 e poucos. É um movimento social, pois elas precisam estudar, trabalhar e deixam a gravidez pra mais tarde. Então esses anos todos com menstruação auxiliam para que tenham a doença, pois está diretamente ligada à menstruação.

Tem como preveni-la? Sim. Existe uma linhagem de se tentar pesquisar o gene específico da endometriose para que as mulheres que tiverem esses primeiros sintomas já são conduzidas a deixarem de menstruar. Por exemplo, a jovem tem um perfil para a doença, ela faz um mapeamento genético, se ela tem um gene que vai dar 80 % de chance pra ela ter a endometriose, a gente pode bloquear a menstruação e deixá-la sem menstruar. Qual é o melhor tratamento? Depende. Se o desejo da mulher for engravidar, o indicado é fazê-la engravidar o mais rápido possível, pra que passe em todos os processos necessários para isso e depois bloqueie a menstruação. Se ela não pensa em engravidar, a menstruação é bloqueada. Existem estágios da endometriose? São quatro estágios: mínima, leve, moderada e severa. Quando maior a pon-

tuação da escala mais lesões têm. Quanto maior a grau, maior a taxa de infertilidade, menor a chance de engravidar espontaneamente e mais dores ela apresenta.

Quem são as mulheres alvo da doença? Não existe um perfil específico. As que têm mais chance são as que têm a primeira menstruação precocemente, não engravidaram até os 32, 35 anos, as que têm história familiar. Mulheres bem agitadas, com sobrecarga de atividades também são um perfil bastante visto com a doença, talvez por terem ficado mais tempo menstruando. Isso acontece também com quem já teve filhos. Às vezes são mulheres que já tinham a doença em um grau menor, conseguem engravidar, não tratam totalmente e após a gestação, volta a acontecer.

Qual é a relação da endometriose com a pílula? O anticoncepcional basicamente traz um endométrio mais escasso e faz que o nível hormonal circulante da mulher seja menor. Ele protege se for utilizado sem pausa, pois não tendo sangue menstrual ativo diminui a incidência da endometriose. Qual é o tratamento adequado? A cirurgia de videolaparoscopia, para destruir e ressecar todos os focos que se encontram. Após esse processo, a mulher ficará um tempo sem menstruar. Se a ideia não for engravidar, ela tem que ficar sem menstruar direto. De quanto em quanto tempo é necessário retornar ao médico? A revisão ginecológica é anual, claro que durante o tratamento de endometriose é preciso que a mulher consulte o seu médico com maior frequência. Mas à medida que elas vão ficando bem, essas

Quais são as conseqüências da doença? Primeiro: infertilidade. Segundo: a dor incapacitante que prejudica a qualidade de vida. São mulheres que têm que organizar a vida em função disso.

Quando a cirurgia é necessária? A cirurgia é necessária quando a mulher com mais de 25 anos e que todas as outras opções não resolveram, tentou deixar sem menstruar, ela sangra, tem dor, mesmo sem menstruar, tem uma indicação cirúrgica. Cistos, nódulos, sempre que apresentar esse tipo de evento tem que retirar.

Qual a relação da doença com a gravidez? Como a doença traz infertilidade, porque o local onde o espermatozóide encontra o óvulo está agressivo, pra tentar engravidar espontaneamente é preciso tratar. Geralmente, o processo cirúrgico é indicado para mulheres abaixo dos 35 anos, que têm bastante reserva de ovários e que o marido tem o espermograma bem normal. Nos graus maiores da inflamação, a taxa de gravidez fica um pouco menor, de 35%, 40%. Se a mulher tem mais de 35 anos e se a quantidade de óvulos é restrita, em vez de fazer a cirurgia, é mais indicado fazer a fertilização in vitro. Na fertilização, o espermatozóide encontra o óvulo fora do organismo da mulher, no laboratório, sem esse ambiente agressivo. Depois o embrião pronto é colocado dentro do útero. Outra situação não indicada é refazer a cirurgia. A cada procedimento, a capacidade do ovário de responder à gravidez diminui, pois os ovários trazem poucos óvulos. Se uma mulher com menos de 35 anos consegue ter dois embriões na primeira estimulação in vitro, ela tem até 40% de chance de engravidar. Se ela tem seis embriões bons, por exemplo, consegue chegar até 70% de chance de engravidar. Já para uma mulher de 40 anos, esse índice cai bastante, pois com essa idade ela já vai ter embriões de pior qualidade, pois o óvulo tem a idade dessa mulher. A célula com quanto mais idade, menor a qualidade e menor a capacidade de gerar embriões. Nesse caso, ela tem em média 25% de chances. Mas é sempre importante lembrar que cada caso é um caso.


F4

Acesse www.imagemdailha.com.br e surpreenda-se com a Versão Digital

Florianópolis, SC • 2ª Quinzena de Março de 2015

> moda

Sóbrio, mas não sisudo

Outono chega com propostas mais contidas, mas que podem brincar com contrastes nas composições ou combinações com acessórios Foto: Frank Silveira Maristela Amorim

A

s temperaturas já não são mais tão altas, as roupas já não estão mais tão coloridas. Mesmo que as propostas brinquem com estampas divertidas e permitam que se misture as tonalidades intensas, o clima já começa a ficar mais contido. A começar pela cor do ano, marsala, um bordô mais puxado para o marrom, que foi apontado pela Pantone para reger 2015. Na lista aparecem ainda um azul mais fechado, o preto e o branco juntos ou separados em propostas que vão indicando que está Tonalidades mais chegando a hora de cobrir escuras para o azul mais o corpo. Mesmo que e o blue jeans. Na haja uma evidência de que composição o branco a temporada de frio podeabre a produção rá estar bem mais sóbria, (Makenji) é fato, não há motivos para sisudez. Afinal, esta é também a temporada da

Fotos: Walmor de oliveira

Se preto e branco está em alta nas confecções, na linha de bolsas também faz uma boa frente. Neste modelo a estampa é texturizada (Laci Baruffi) elegância e isso pode ser traduzido em composições mais sofisticadas, ou em estilo arrojado, coberto de bom gosto e personalidade.

O marsala é esse tom de bordô com nuances de marrom na bolsa que destaca a corrente banhada a ouro. Chique! (Laci Baruffi)


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.