“Cabelos brancos! dai-me, enfim, a calma/ A esta tortura de homem e de artista:/ Desdém pelo que encerra a minha palma,/ E ambição pelo mais que não exista;” Olavo Bilac in: Fogo-Fátuo 28 de março – Pela manhã, parte de nosso gabinete se envolveu em uma reunião preparatória para o encontro que teríamos, à tarde, com o governo municipal. Enquanto isso, a outra parte esteve no Palácio das Artes acompanhando o lançamento do programa “Rede Cegonha”, com a presidente Dilma e o secretário Helvécio Magalhães, nossa “prata da casa”. À tarde, liguei para o secretário de Governo, Josué Valadão, que recebeu as reivindicações de uma comissão de representantes do movimento cultural da cidade, que fizeram uma passeata até a PBH. Conseguimos do secretário o compromisso de colocar em marcha o processo eleitoral para o Conselho de Cultura de BH e garantir os recursos destinados à lei de incentivo municipal para o segmento. Foi um desdobramento da audiência pública ocorrida no dia 23 e estou satisfeito com o andamento das coisas.
Na Assembleia Legislativa, debate com a Comissão da Verdade, instalada pela Comissão Brasileira de Anistia e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência para recuperar detalhes dos anos de chumbo na história de nosso país. 29 de março – Participei de uma audiência pública sobre o projeto Vila Viva no Morro do Papagaio/Barragem Santa Lúcia. Há muito, somos parceiros dessa comunidade e prestamos nosso apoio para que o Vila Viva respeite as características culturais da região. No início da noite, conferimos o título de honra ao mérito ao professor José
Márcio Barros, um parceiro antigo, desde a época em que fui secretário municipal de Cultura. Uma noite muito agradável, confraternizando ex-alunos e amigos tantos. Uma merecida homenagem a uma pessoa que dedicou sua vida e sua energia ao pensar e ao fazer cultural. 30 de março – Recebi na Câmara Municipal alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) da Escola Padre Francisco Carvalho. Fiquei muito contente por ter sido escolhido para recepcioná-los, pois são jovens estudantes com mais idade. Falei sobre a lei que substitui as sacolas plásticas e dos problemas que eles têm para se inserir na comunidade. À noite, o gabinete participou da assembleia da Sociedade Independente da Música (SIM). Estamos empenhados em contribuir com a eleição do Conselho de Cultura e a entidade tem um papel importante na representação dos músicos da cidade. 31 de março – Gravei, pela manhã, no estúdio da TV Câmara, uma entrevista sobre a lei que substitui os sacos plásticos, cujas sanções entram em vigor no
dia 18 de abril. Afirmei que tanto os sacos oxibiodegradáveis quanto as demais alternativas ecologicamente corretas podem ser utilizadas pelo comércio. O assunto tá “bombando” e vocês não se esqueçam, heim! Depois, no início da tarde, participei, junto com a presidente do Conselho Municipal do Patrimônio, Michele Arroyo, de uma audiência na Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal. Alguns vereadores estão muito interessados em retirar o caráter deliberativo dos conselhos da cidade. Faço um alerta, pois o dispositivo representa um avanço no processo de participação popular, garantido pela Constituição de 1988. Se isso acontecer, será um retrocesso inaceitável. Por isso, peço a todos vocês que se manifestem também contrários a esse projeto que tramita na Câmara. O Conselho do Patrimônio preserva nossa memória e o espaço urbano. O vereador Leo Matos, que solicitou essa audiência, está interessado em diminuir o poder desse conselho. À noite, na Biblioteca Pública, o lançamento da revista “Cultura e Pensamento”, da ONG Contato, com um debate sobre “Políticas Públicas e Cooperação Internacional na Esfera Cultural”, com a presidente da Fundação Clóvis salgado, Solanda Steckelberg, do ex-diretor de Cultura da OEA, Fernando
Vicário, e do ex-secretário-executivo do MinC, Alfredo Manevy. Uma revista bem feita e rica de textos para o debate. O papo foi bom e também a oportunidade de conversar com velhos amigos e amigas. 1 o de abril – Pela manhã, mais uma reunião preparatória para o encontro que ocorreria na segunda-feira, no Teatro Marília, discutindo o edital para a eleição do Conselho Municipal de Cultura. É isso: afinar tamborins e azeitar a construção democrática. O esforço diário de compatibilizar os vários interesses que existem na cidade. No gabinete, recebi também a visita de Alan Borges, aluno da Estácio de Sá, com uma entrevista sobre a função da política, inclusão social e participação do movimento estudantil na vida do país. 4 de abril – O prefeito Márcio Lacerda, obedecendo a disposição legal, esteve na Câmara Municipal para prestar contas de sua ad-
ministração. Uma manhã de formalidades e salamaleques, quebrada apenas pela proposta cabulosa do prefeito de examinar os projetos de lei dos vereadores antes que tramitem na Casa. Acreditem se quiser: tive também mais uma reunião sobre a cultura de BH. Depois, recebi a visita da produtora cultural Wanda Sgarbe, com um projeto interessante. Estou com ele em mãos e vou ver o que pode ser feito. À tarde, a reunião sobre o Conselho de Cultura de BH no Teatro Marília transcorreu muito bem. Foi formada uma comissão de artistas e do Poder Público para mudanças no decreto e no edital de eleição do conselho. Acho que começamos bem — o movimento cultural percebendo a importância de se mobilizar e de pressionar o Executivo Municipal a caminhar. Nosso gabinete estava lá. À noite, estive com companheiros do PT na ALMG para pensarmos a cidade, o partido, as alianças e o processo sucessório municipal. São os tijolinhos que, dia a dia, vamos colocando na construção política. 6 de abril – Minha assessora Ângela Mourão me representou no Colóquio Internacional da Escola de Arquitetura/UFMG, pois esta-
mos traba-lhando a questão da ocupação do espaço urbano e pensando a cidade em seus limites e possibilidades. Nosso companheiro Cacá Brandão coordenou o seminário. À tarde, tive uma conversa rápida com os alunos da EM Caio Líbano Soares, dentro do projeto multidisciplinar “O mundo do trabalho e suas perspectivas”. Falei do interesse pessoal e do coletivo e da importância de eles perceberem que a cidadania não é feita só de direitos, mas também de deveres, de participação, de batalha e de responsabilidades. Na sequencia, uma equipe da TV do Tribunal do Trabalho esteve em meu gabinete para falarmos da lei das sacolas plásticas. Mais uma vez, ressaltei a legalidade dos comerciantes usarem o oxibiodegradável. A lei pegou e vai provocar em todos nós mudanças profundas de comportamento, não só em relação ao uso do plástico mas à questão ambiental e ao cuidado com a cidade. No fim da tarde, estive no Fórum de Defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), no Conselho Regional Serviço Social. Falei do projeto que tramita na Câmara Municipal para extirpar o caráter deliberativo dos conselhos e eliminar a participação popular direta nessas instâncias. Eles estão se mobilizando
contra esse retrocesso democrático, articulando-se com os demais conselhos da cidade. Temos que incendiar BH para evitar que a Câmara cometa o assassinato da conquista constitucional de 1988. À noite, reunião sobre o projeto Vila Viva na Barragem Santa Lúcia. É a história que já falei a vocês: o gabinete sempre presente nos debates sobre o Morro do Papagaio, um processo que requer muitas reuniões para ser construído. 7 de abril – Pela manhã, junto com outros vereadores, recebi a secretária Nacional de Direitos Humanos, ministra Maria do Rosário, na CMBH. Em seguida, recepcionei alunos da AMAS, quando falei de cidadania, direitos e deveres e participação popular. A rapaziada formulou perguntas e a conversa foi muito boa. Elogiei o esforço deles e o trabalho de suas professoras em buscar reflexões sobre outros caminhos que se apresentam. Entrementes, minha fiel escudeira Cida participava de reunião no Comitê pela Mobilização Social na Educação, no Uni-BH, com propostas para ampliar a participação da família no processo de educação da garotada.
Depois do almoço, fui à Funarte ouvir os companheiros Marta Porto, que trabalhou na FMC, e César Piva, que possui um importante trabalho sobre a cultura de Cataguazes, sobre o que pensam para a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, para onde foram designados. Conversa boa, quando enfatizei que o que esperamos com a eleição de Dilma é a continuidade das políticas desenvolvidas no governo Lula. O Ministério da Cultura tem acúmulo para aprimorar e ampliar as políticas públicas de cultura no país. À noite, estive na festa de aniversário de minha sobrinha Marina, filha do Henrique e da Regina, moça cigana andaluza. Um beijo, querida! 8 de abril – Pela manhã, estive com a secretária municipal de Educação, Macaé Evaristo, conversando sobre educação infantil, escola integrada, inclusão de alunos. Enfim, o assunto é pertinente à Comissão de Educação que presido na Câmara Municipal. À tarde, como no dia anterior, recebi, muito honrado, a visita de mais uma garotada da AMAS. M esmo tema e mesma conversa, que a mim proporciona muito prazer. Obrigado, mais uma vez, ao pessoal da entidade por terem me escolhido.
Depois, gravei uma entrevista à TV Horizonte sobre as sacolas plásticas. Registrei a legalidade do uso de sacolas oxibiodegradáveis e de outras alternativas ecológicas. À noite, no Centro Cultural UFMG, o gabinete presente no debate “A Juventude Okupa a Cidade”, dentro da proposta do mandato de pensar o espaço urbano de BH como área de embate e de possibilidades. Puxando a conversa, os professores Juarez Dayrell e Paulo Carrano, além da participação da moçada. É isso aí!
P. S. 1 - Na manhã do dia 6, fui ao Parque Municipal com a Amanda e o Davi. Ele foi reaberto sem umas tantas árvores, mas ainda está bonito e gostoso. Estava com saudades. O Davi, muito alegre e a Amanda também. Demos comida aos patos e andamos de carrossel. O papel verdadeiro de vovô e de vovó. P. S. 2 – No dia 9, no bar da Taninha, comemoramos o aniversário da queridíssima Titia Dedéia!
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