MARCOS FREITAS BARBOSA
HUMOR ENTRE PESSOAS SÉRIAS
Índice Prefácio......................................................01 De Alarico Portieri, cronista e poeta natural de Razzo........04 DROPPER ......................................................08 De Cláudia Matarazzo, jornalista, socialite em São Paulo......11 DROPPER ......................................................13 De Darcy Bressone, “O Mundo, o Brasil, o Homem”...............16 DROPPER ......................................................18 De Henri Robert, Os Grandes Processos da História.............22 DROPPER ......................................................31 De Jânio Quadros Neto- Sobre seu avô Jânio Quadros (Memorial à História do Brasil)...........................................33 DROPPER ......................................................37 De Jarbas Passarinho, autor de “Um Híbrido Fértil”............39 DROPPER ......................................................44 De Machado de Assis (obras completas).........................48 DROPPER ......................................................51 De Mauro Almeida, jornalista, autor de “Flashes Europeus”.....54 DROPPER ......................................................55 De Nair Lacerda e algumas de suas quatrocentas anedotas históricas....................................................59 DROPPER ......................................................66 De Piero Calamandrei, no livro, “Eles os Juizes, vistos por nós, os advogados”. A luta do Pretório....................70 DROPPER ......................................................73
De Roberto Campos (Deputado Federal, ex Ministro de diversas pastas, autor de “A lanterna na Popa”)........................77 DROPPER ......................................................81 De Viriato Corrêa, Personagens e Fatos da História Brasileira....................................................83
À Guisa de Prefácio: Henri
Bergson,
filósofo,
dizia
que,
diante
de
uma
anedota engraçada, cada povo reage diferentemente: Um inglês ri três vezes: a primeira vez, por educação; a segunda, quando
quando
realmente
lhe
explicam
entendeu.
Um
a
anedota; alemão
ri
a
terceira,
duas
vezes,
apenas: a primeira por educação; a segunda, quando lhe explicam a parte espirituosa da anedota. Um francês ri uma vez só, porque compreende tudo. Um americano não ri
nunca, porque já conhecia aquela anedota havia muito tempo.
Despertar o bom humor, eis tudo. Esse o espírito
deste livro que, na verdade, não passa
de compilação de trabalhos, cuja finalidade precípua é romper o ineditismo de fatos interessantes, à margem de acontecimentos espírito,
históricos,
opiniões
e
ou
repetir
comentários
frases
tombados
de
de
lábios
ilustres... A
narração
será
entremeada
“dropper”
de
para
que
a
despertar
o
leitura se torne mais fácil, ágil e engraçada. Esse o objetivo dos autores. NON NOVA SED NOVE. @@@ O
Objetivo
humor,
deste
humor
“flashes”,
trabalho,
sensato
colhido
e
em
repetimos,
é
equilibrado,
trabalhos
de
extraído
pessoas
de
sérias
e
inteligentes. Nossa gratidão a Dario de Almeida Magalhães (Figuras e Momentos), Roberto Campos (A Lanterna na Popa), Jarbas Passarinho
(Um
Híbrido
Fértil),
Jânio
Quadros
Neto
(Jânio Quadros, Memorial à História do Brasil), Marcel Souto Mayor (As Vidas de Chico Xavier), Mauro Almeida (Flashes Europeus), Piero Calamandrei (Eles, os Juízes, Vistos por Nós, os Advogados), Nair Lacerda (Grandes Anedotas da História), Cláudia Matarazzo (Gafe não é pecado), Viriato Corrêa (Gaveta de Sapateiro), Vivaldi Moreira (O Velocino de Ouro), Machado de Assis (Obras Completas) desta obra.
e
outros,
por
nos
ensejar
a
oportunidade
O
agradecimento
é
sincero
e
efusivo.
Não
podíamos
deixar de fazer, aqui, este registro. POR QUE ESCREVEMOS? Pela mesma razão que o fazia Paul Valéry: j’ecris par
faiblesse, escrevo por fraqueza; e Knut Hamsun: “escrevo para abreviar o tempo”. Pitigrilli mostra que a verdade é outra: escreve-se porque se tem o prazer em escrever, porque escrever, antes de mais nada, revela o prazer que se colhe da leitura, sementeira da primeira. Só gosta de escrever quem gosta de ler. Esta modesta compilação só tem um objetivo: despertar o humor. O francês diz que o HUMOR É A GINÁSTICA DA INTELIGÊNCIA. Freud, no seu ESTUDO SOBRE O CHISTE E SUA RELAÇÃO COM O INCONSCIENTE, montou uma teoria sobre o chiste. Afirma que a “piada, inconscientemente, mobiliza no ouvinte todas as emoções e sentimentos de perda, inveja e aqueles de que os humanos são capazes. O ouvinte percebe alguma coisa na piada que faz com que ele se identifique com o teor do que está sendo dito, mas, afinal, trata-se de uma piada e quando a técnica narrativa revela tratar-se mesmo de um gracejo, tudo aquilo mobilizado não tem mais serventia e vira RISO. O riso provocado pelo piadista, assim, seria o alívio para a pessoa reprimida”. Bem, essa a explicação Freudiana... Nair Lacerda, que se dedicou ao HUMOR, diz que a história pode ser engraçada, mas não precisa ser
obrigatoriamente engraçada. Pode ser a narrativa curta, que tanto pode ser engraçada, como pitoresca, dolorosa ou mesmo trágica. A fábula, ou a parábola, são formas de anedota. Tudo
que
se
pretende
aqui
só
tem
uma
intenção:
divertir, levar à meditação, reavivar o humor dos que souberam e quiseram fazer...HUMOR! Aludindo aos álamos de que se extrai a celulose, diz melancolicamente CLEMENCEAU: “um livro é a morte de uma árvore!” Só
nos
resta,
Altíssimo!
então,
invocar
a
misericórdia
do
De ALARICO PORTIERI, cronista e poeta, natural de RAZZO
Paulo sempre
Nei,
poeta
entregue
de a
valor,
mas
libações
boêmio
inveterado,
alcóolicas,
viu-se
abandonado pelos colegas no vão de uma porta. Um amigo passou, sacudiu-o:
- Que fazes aqui, Paulo Nei? - Espero o bonde. - Mas aqui não passa bonde nenhum. - Você sabe lá do futuro? respondeu-lhe o boêmio
@ Informa
Alarico
Portieri
que,
ao
tempo
em
que
fora
revisor do “Diário da Noite”, em São Paulo, em cada erro
que
se
deixava
descontava
na
folha
“cochilo”.
Assim,
passar de
no
jornal
pagamento
aliás,
faziam
um
todos
a
empresa
tanto os
pelo
jornais
paulistanos daquela época.
@ ALARICO PORTIERI, em seu “Brasileiros dentro e fora do Anedotário”,
reproduz,
por
curosidade,
alguns
“Cochilos” de grandes escritores: Eis alguns deles: - “Vamos – disse Peter – procurando o GUARDA-CHUVA para enxugar as suas lágrimas” (EMILIO ZOLA, “Lourdes”). - “Começo a ver mal, exclamou a pobre cega” (BALZAC, “Beatriz”) - “Pobre Maria! Cada vez que percebe o ruído de um cavalo
que
se
aproxima,
acredita
que
seja
eu!
(FRANCISCO CHATEUBRIAND, “O Duque Montbazon”) - “a tripulação do navio tragado pelas ondas constava de vinte e cinco marinheiros que deixaram centenas e centenas de viúvas na miséria” (GASTON LEROUX, “Dramas Íntimos”).
@
Astolfo Serra, em seu livro “A Balaiada”, narra que um Governador
do
Maranhão,
após
uma
forte
epidemia
de
gripe, baixou o seguinte decreto: - art. primeiro: Fica extinta a gripe no Maranhão. -
art.
segundo:
Revogam-se
as
disposições
em
contrário.
@ Da.
Maria
Zenith
de
Andrade,
taquígrafa-revisora
da
Assembléia Legislativa de São Paulo, através de Alarico Portieri, reuniu “algumas pérolas dos parlamentares”: §
“Então o lavrador entrega a terça-parte, ou seja, a metade da produção...”
§
O leite tipo C, o mais frequentemente usado, possui um altíssimo teor de BATERIAS...
§
“Pedimos, Sr. Presidente, a construção de uma ponte ligando a margem esquerda à margem direita do rio. E a seguir: “Estamos certos de que o governo atenderá a aflição da ponte...”
§
O
deputado,
em
1960,
falava
da
Tribuna
sobre
o
problema do café no Brasil. Um colega, desatento, acreditou
que
o
orador
falava
mal
do
magistério,
aparteando-o agressivamente. O orador explicou que estava falando sobre o café e nada tinha a ver com o professorado. §
O aparteante não se deu por achado: “E por acaso professor não toma café?..”
@
Um rábula pernóstico, dizia aos jurados: - Senhores jurados, eu estou montado no Código Penal... Quintino Cunha, do lado oposto, rebateu fulminante: - Pois faz mal em montar animal que não conhece.
@ Certa
vez,
Joaquim
Nabuco
desentendeu-se
com
Rui
Barbosa, comentando: “_ É pena! Rui não tem obra espontânea, impessoal, é sempre reflexa, sempre provocada”. Rui, assim, replicou: - Nabuco bem pode fazer tal crítica: dos seus livros, um é sobre seu pai e outro é sobre ele próprio...
@ Na
vinda
epidemia
de de
D.
João
piolho
VI
nos
para
o
navios
Brasil, e
as
houve
forte
mulheres
foram
obrigadas a rasparem a cabeça quando aqui chegaram. As nossas
patrícias,
pensando
que
isso
fosse
moda
européia, também mandaram raspar a cabeça. É o que nos conta o historiador Buarque de Holanda.
@ – “Graça Aranha ou Aranha sem Graça”, assim o chamou Coelho
Neto,
após
um
discurso
empolado
e
sem
fim
visível, proferido pelo primeiro na Academia Brasileira de Letras.
@ Nos três dias que antecederam a execução de Tiradentes, por ordem do Senado e da Câmara, as casas da cidade do
Rio de Janeiro mantiveram-se, à noite, iluminadas, sob pena de severo castigo.
@ Dizia
Agripino
Grieco
que
“o
Zé
Américo,
como
romancista, dava sono e, como ministro, tirava o sono”.
@ Vital Brasil, glória nacional, contraiu febre amarela e a peste bubônica. “Sobreviveu a elas. Foi motorneiro de bonde durante o dia e,à noite, estudava”.
@ O primeiro recenseamento no Brasil deu-se no ano de 1871, com 9.930.478 habitantes.
@ A chamada “Guerra dos Farrapos” recebeu tal denominação porque
os
haveres.
revoltosos
dispunham
de
poucos
recursos
e
DROPPER Lamartine
Babo
foi
a
uma
repartição
dos
telégrafos
tratar de um assunto qualquer. Enquanto esperava diante do balcão, viu que um funcionário da casa tirava um lápis do bolso e transmitia em pancadas de morse, para um companheiro ao lado, a seguinte mensagem: "Feio e magro” lápis
. e
Lamartine, transmitiu
que
foi
sobre
o
telegrafista, balcão,
outra
puxou
um
mensagem:
“Feio, magro e também telegrafista”.
@ O
livro
de
Hitler
–
“Conversações
Secretas”
–,
que
dizem ser uma colcha de retalhos, assim doutrina seus auxiliares sobre os ingleses: “Eles amam a música, mas esse amor não é correspondido”.
@ De
um
patrão
neurastênico
para
a
secretária,
quando
esta lhe disse que o lápis estava na orelha dele: “não tenho tempo a perder, diga logo em qual orelha”.
@ Uma
mulher
de
noventa
anos
tinha, então, noventa e cinco:
dizia
a
Fontenele,
que
- A morte esqueceu-se de nós! - Chh! – respondeu o filósofo, pondo um dedo na boca, fale baixo!
@
A rainha Guilhermina, da Holanda, estando em Berlim, foi convidada a assistir a um desfile militar. Em
primeiro
soldados olhou
de
para
lugar, um
desfilaram
metro
sua
e
hóspede
algumas
oitenta
de
imperial
companhias
altura. e
ouviu
O
de
Kaiser dela
o
comentário: “não são bastante altos!” Em seguida, passou um regimento inteiro, composto de homens que mediam nada menos que um metro e noventa de altura. “- Não são, ainda, bastante altos”, observou a rainha, sorridente. - Mas como, que quereis dizer com isso? perguntou o Kaiser. - “Quero dizer” – respondeu Guilhermina – “que quando abrimos
as
comportas
e
as
nossas
eclusas,
a
profundidade das águas nas zonas inundadas ultrapassa dois metros e meio.” Talvez fosse a lembrança dessa resposta famosa o que levou o Kaiser a respeitar a neutralidade da Holanda.
@
Hitler, preocupado com a morte, indagou de uma vidente quando chegaria seu dia final. - Morrereis num dia de festa dos judeus, foi a resposta que recebeu. - Diga-me, em que dia de festas dos judeus, morrerei? - Não sei – declarou a vidente – porque, seja qual for o dia de vossa morte, será um dia de festa dos Judeus!
@ De John Keats, poeta inglês, sobre o Amor: “Nada me faz ver tão fortemente o ridículo quanto o amor. Creio que o homem apaixonado faz a mais desoladora figura deste mundo”.
@ Jobert de Lamballe, cirurgião francês, costumava dizer aos clientes: não coma tanto, você pode viver com um terço daquilo que come! - Alguém lembrou de perguntar-lhe: e que faremos com os outros dois terços? - Ajudam os médicos a viver! – foi a resposta.
@ Catarina
de
Médicis
nunca
foi
à
cidade
de
Saint
Germain. Certo dia, um astrólogo lhe dissera que São Germano veria sua morte. Quando, entretanto, estava para morrer, chamaram com urgência o confessor. A rainha perguntou-lhe como se chamava:
Saint-Germain,
Majestade,
foi
a
resposta.
Catarina de Médicis, com efeito, faleceu logo depois.
De CLÁUDIA MATARAZZO, jornalista, socialite em São Paulo Este
fato
é
contado
por
Cláudia
Matarazzo,
no
seu
festejado “Gafe não é pecado”: O
Presidente
católico
do
Rotary
fervoroso.
Club
Depois
do de
Brasil, passar
santista, por
toda
é a
rigorosa
burocracia
do
Vaticano,
conseguiu
uma
audiência com o Papa. Na ante-sala do Vaticano, suava frio, mãos trêmulas. Ao entrar na sala onde era aguardado, avançou com os braços estendidos e não se conteve: - Sua Santidade, Deus o abençoe!... Cláudia
Matarazzo
faz
o
comentário
malicioso:
“caso
único de alguém que foi a Roma e abençoou o Papa”... @ Outra
passagem
contada
pela
jornalista
Cláudia
Matarazzo: O barão Von Klein, vizinho de sua mãe, fora jantar em casa de sua mãe. Na conversa que se travou, percebeu-se o barulho de alguma coisa que estava sendo triturada. Não demorou muito para se descobrir o “creque-creque”: o barão comia pistache com casca, tão composto como se pistache
com
casca
fosse
algum
prato
típico
da
Alemanha. Como é de boa educação que os anfitriões acompanhem o convidado na prática de qualquer deslize, as mandíbulas dos
presentes
respeitaram
o
gesto
do
convidado.
Noblesse oblige! @ O
conceito
seguinte:
de
chique
quanto
mais
no
Japão
perto
é do
mais
ou
menos
cru,
melhor.
o Os
convidados, morrendo de fome e com o organismo todo desregulado
pela
viagem,
vendo
aquelas
lagostas,
camarões e infinitos frutos do mar passando pela sua
frente semivivos, foram obrigados a experimentarem pelo menos
um
pouco
de
cada,
ainda
tendo
de
elogiar
e
agradecer. Arigatô, arigatô... @ A cena se passa num draguetto, em Veneza. Bárbara,
entre
amigos,
assiste
aos
preparativos
de
Carnaval. Fixando a vista, ela vê a soprano Aprille Millo, recostada no parapeito. Bárbara, maliciosamente, comenta com o marido, em português: - se essa mulher, de tão gorda, soltar um pum num saco de
confete
aqui,
vai
ser
carnaval
no
Brasil
o
ano
todo... A
diva
havia
acabado
de
voltar
de
uma
temporada
no
Brasil e estava com um português afiadíssimo. Entendeu, palavra
por
palavra,
o
comentário,
sem
precisar
intérprete. O ataque da soprano foi violento, com uma torrente de impropérios nada adequada para uma voz tão festejada. Bárbara, humildemente, dizia em português: -
minha
senhora,
me
desculpe,
eu
não
sabia
que
a
senhora entendia português, juro que não sabia... (fato narrado por Cláudia Matarazzo, “Gafe não é pecado”)
DROPPER O Papa Paulo VI, fã ardoroso de Frank Sinatra, disse à mãe
do
cantor,
Dolly
Sinatra:
seu
filho
está
muito
perto de Deus! @ Dean Martin, que sempre fazia o tipo de bêbado crônico, vivia, na verdade, sempre sóbrio, e dizia: bebo, mais ou menos, um décimo do que finjo beber. @ Frank Sinatra levava o hábito de higiene a tal ponto que
Ava
Gardner,
sua
ex-mulher,
declarou
sobre
ele:
“não me surpreenderia se o pegasse lavando sabonete”. @ Frank Sinatra era tão dedicado a Shirley Maclaine, que certa
vez
tentasse
lhe
disse:
“Ah,
prejudicá-la,
só
como para
gostaria que
eu
que
alguém
pudesse
matar
esse alguém por você.” @ Conselho Magalhães:
de “A
Maquiavel, força
é
citado
por
ineficiente
sem
Dario a
Almeida
audácia,
a
astúcia, sem a força, é impotente. É necessário unir uma à outra, imitar, ao mesmo tempo, o leão e a raposa. O leão não sabe livrar-se de uma cilada, a raposa não sabe defender-se dos lobos.” @
Segundo Rivarol, citado por Dario Almeida Magalhães, há duas
verdades
que
não
se
deve
separar
neste
mundo!
Primeiro, que a soberania reside no povo; segundo, que o povo não deve jamais exercê-la! @
Carlos Lacerda, ao tempo em que vivia de abraços com Jânio Quadros, costumava dizer que Jânio se elegia para os cargos públicos com os seus defeitos e administrava o poder com suas qualidades. @ No banquete oferecido em 31 de janeiro, a bordo do Club Med II, entre outros personagens convidados, Zico foi o grande destaque. A tripulação e os serventes do veleiro fizeram fila para obter autógrafos do jogador, chamando Zico de “White Pelé”. @ Rui
Barbosa
defendia,
perante
o
Supremo
Tribunal
Federal, uma causa de suma importância. Dizia, mesmo,
habeas corpus era a Nação. Mal o ínclito advogado começou a falar, foi advertido pelo Presidente do STF que o advogado deveria ser o mais breve possível, porquanto o regimento concedia, aos oradores, apenas quinze minutos. A resposta de Rui Barbosa explode, tempestuosa e candente, em termos que só dele se tolerariam: “observo a Vossa Excelência que deste modo prefiro não defender a causa. Esta causa é de tal magnitude que se o que
a
verdadeira
impetrante
do
Tribunal
está
resolvido
a
não
a
ter
comigo
a
magnanimidade que tem tido em outras sessões, pois que, apenas em momentos não poderei usar da palavra para defender esta causa, que tem direito de ser escutada com
paciência,
prefiro,
repito,
deixar
aos
honrados
membros do Tribunal, a responsabilidade e o arbítrio da decisão que queiram tomar. Após significativo silêncio, disse o Presidente: “V. Exa. me desculpe, eu apenas fiz ver ao nobre advogado a necessidade de ser breve em suas considerações. E Rui prosseguiu: não há nada pior para um orador do que falar com a pressa a esporear-lhe os passos. E o prodigioso Tribuno falou quanto quis, várias
vezes
aclamado
pelo
público
que,
vibrando,
acompanhava a empolgante pugna judiciária. O episódio vem narrado por Dario Almeida Magalhães, no seu livro “Figuras e Momentos”. @ ÓBIDOS, situada no norte de Portugal, foi presenteada, em 1250, a Isabel de Aragão, pelo marido Dom Diniz, uma vez que a esposa se maravilhara com a região. Tornou-se então
uma
tradição:
a
cidade
passou
a
ser
dote
de
núpcias de todas as rainhas portuguesas até 1834. @ O público é maravilhosamente tolerante. Perdoa tudo, menos a genialidade. (Oscar Wilde) @ Um dos piores problemas do sucesso é que sua receita tem mais ou menos os mesmos ingredientes do “estresse”. (G. Marx)
@ O que torna insuportável a vaidade alheia é que ela fere a nossa. (François Pitou, escritor francês) @ O único tirano que aceito neste mundo é a voz interior. (Mahatma Gandhi) @ A cachaça é considerada a primeira bebida destilada no Brasil,
com
os
primeiros
alambiques
trabalhados
por
escravos. Em Paty de Alferes, existe o maior museu de cachaça, inaugurado em 1991, com um acervo de 1.400 marcas
da
bebida
recolhidas
em
todas
as
regiões
do
país. @ A venda da cachaça foi proibida na Bahia, em 1653, para não competir com a bagaceira portuguesa!
De DARCY BESSONE, “O Mundo, o Brasil, o Homem” No sistema capitalista, ocorre a exploração do homem pelo homem; no sistema socialista, é o inverso!
@ O paradoxo da liberdade, segundo Platão, é que o homem livre pode, em claro desafio à liberdade, clamar por um TIRANO!
@
O tratamento igual dos desiguais engendra a iniquidade.
@ Somos espírito e carne, mas a carne é, dos dois, o elemento fundamental.
@ A sociedade democrática está por criar, e não existe em parte alguma. As desigualdades dos homens as excluem.
@ Nos
países
socialistas,
proletariado,
mas,
não
sim,
existe a
a
ditadura
do
sobre
o
ditadura
proletariado.
@ Capital é apátrida. Não tem compromisso com fronteiras nacionais.
@ A teoria de Marx não passou de uma fábula contada por um
grande
homem
e
criada,
de
pés
juntos,
por
uma
multidão cheia de fé.
@ Falando sobre país subdesenvolvido, Singer, citado por Darcy
Bessone,
diz
que
um
país
atrasado
é
como
uma
girafa, difícil de descrever, porém, logo que se vê se reconhece.
@ A fome e o medo são inimigos da liberdade. A idéia de segurança econômica é essencial, portanto, ao conceito de liberdade.
@ Uma das atividades mais bem pagas na Rússia continua sendo a dos acadêmicos – o elevado escalão da carreira cientista. salário
de
À
época
da
União
aproximadamente
Soviética,
15.000
rubros
tinham
um
mensais,
enquanto que o salário mínimo não ia além dos 400.
@ A verdadeira solução cristã, ditada pelo Evangelho, não se relaciona com o mundo social-jurídico. A atitude de Jesus, em relação às instituições temporárias, era de neutralidade ou indiferença.
@ Os
dilatados
períodos
de
férias
escolares,
especialmente no fim do ano letivo, reduzem o tempo de estudo e estabelecem hiatos excessivos, que afetam a memorização do conhecimento.
DROPPER Avizinhava-se a Revolução Francesa, mas os nobres não se
davam
conta
continuavam
a
espirituosa.
disso. se
Figura
Marqueses,
dispor de
ao
realce
duques,
gosto
da
naqueles
condes,
galanteria dias
era
a
Duquesa do Maine, atraente e espirituosa. Certo
dia,
a
duquesa
indagou
do
marquês
de
Saint-
Aulaire, um octogenário, por qual motivo não buscava a confissão religiosa. Ele, com espírito, lhe replicou em versos: Sem cessar vós me aconselhais, Que me vá confessar. Pastora, crede-me eu vos juro: Nada me pesa na consciência Fazei-me pecar, por favor, Depois eu farei penitência. A resposta da duquesa veio pronta: Em apuros vos veríeis Se eu cedesse à insistência, E muito mais com o pecado Do que com a penitência
@ Um
general
inglês,
para
impedir
que
os
soldados
esfregassem o nariz na manga, fez coser uma fila de botões sobre o pulso, e ainda, hoje, nós usamos três botões na manga, sem saber o por quê.
Há modas que passam; outras que somem como o vento. Dizia Madame de Châtela, grande modista francesa: les
femmes nulles suivent la mode, les Iprétentieuses l’exagerente, mais les femmes de goût pactisent agréablement avec elle”.
@ O
Ministério
aplicações proposta
da
da do
Cognitiva” “Prótese
multimídia MEC
em
deixou-se
contagiar
e
em
falava
que
de
o
entrou
em
criar
computador
Inteligência”,
compreendeu, Cláudio
Educação
inclusive
Sales,
que
o
seria
a
usado do
A
“Ecologia
que
coordenador
considerou
devaneio.
uma
coisa
pelas
como
ninguém Programa,
proposta
“pura
retórica”.
@ Hoje, no Japão, não existe casa chique que não exiba o banheiro mais “high tech” de que se tem notícia. Não exige papel higiênico e o vaso traz, embutidos, a ducha e o secador. Os assentos são aquecidos e acionados por botões e as privadas são autolimpantes com ventiladores aromatizados. Preço: quatro mil dólares!
@ Fofoca da coluna do Swann: Silvia Amélia, hoje baronesa de
Waldner,
manteve
um
romance
secreto
com
Roberto
Carlos. Foi para ela que o “Rei” compôs “Detalhes”. Na sua passagem pelo Rio, a baronesa, saudosa, viveu os velhos
tempos
Metropolitan.
ouvindo
e
aplaudindo
“Detalhes”
no
@ Artur
Diniz,
conceituado
professor
da
UFMF,
citando
Jung Sung: “o desemprego deixou de ser um mal social para
se
transformar,
em
muitos
casos,
em
um
bem
econômico. Por isso, nos últimos tempos, importantes empresas
têm
feito
grandes
esforços
para
implantar
programas de redução de empregos; quanto mais demitem, mais o valor das ações sobe, enriquecendo acionistas e executivos”.
@ Colunista conhecido do jornal “Globo” diz que
a mulher
mais bonita do Brasil é homem (Roberta Close).
@ Tudo que chega perto da memória da falecida princesa Diana vira ouro. Paul Burrel, que serviu a princesa durante anos como mordomo, continua recusando todas as ofertas
milionárias
que
recebe
para
escrever
livro
sobre seus anos com a princesa. Em compensação, tal prova
de
fidelidade
o
transformou
no
mordomo
mais
disputado do mundo. As duas últimas ofertas que recebeu foram de Mel Gibson e do todo-poderoso proprietário da fábrica de jatos Gulistream, Sr. Ted Forstmann.
@ A
relação
direta
entre
a
tolerância
com
pequenos
delitos e a ocorrência de maiores crimes, ainda não foi percebida entre nós, diz o Senador José Serra. Trata-se de uma advertência contra o moderno penitenciarismo que
pretende implantar, na legislação penal, nada menos de dezessete penas alternativas!
@ Não existem mulheres frígidas, apenas mal esquentadas, diz
a ginecologista Albertina Takiuti.
@ Não existem homens impotentes, existem apenas mulheres incompetentes, dizia Venero Caetano da Fonseca.
@ As mais patéticas descrições do campo são feitas quando se
está
sentado
no
próprio
quarto,
na
cidade,
sentimento mais aberto ao homem! (Pitigrilli)
@ ... Não
aceito
exterior.
Só
palestrar sei
falar
sobre mal
economia do
Brasil
brasileira em
no
português.
(Mário H. Simosen)
@ No Chile, o carcereiro que dá fuga a um preso recebe pena semelhante a do fugitivo!
@ Berlim é uma cidade maravilhosa, mas tudo de mau gosto. (Bertold Brecht)
@
Certa
feita,
procurou
o
um
produtor
padre
de
televisão
franciscano
inglesa
Agnellus
BBC
Andrew,
reclamando uma prova da existência do céu e do inferno. A
resposta
veio
curta
e
direta:
é
simples,
basta
morrer!
@ Ofereço uma vantagem aos meus adversários: se pararem de falar mal de mim, deixo de falar a verdade sobre eles! (Adlen Stevenson, político americano)
@ Quando um filósofo completa uma resposta, ninguém mais se lembra qual foi a pergunta. (Andree Gide)
@ Vivemos
a
civilização
do
conhecimento
mas
não
da
sabedoria. A sabedoria é o conhecimento temperado pelo juízo. (Arnol Toynbee, historiador inglês)
@ Pessoas sofrem russo)
simples com
as
sofrem noras.
com
as
(Anton
sogras. P.
Intelectuais
Chevok,
dramaturgo
De HENRI ROBERT Os Grandes Processos da História Henri
Robert,
falando
sobre
o
Amor:
“é
a
grande
história! A temperatura dos amorosos jamais é igual. Quando a de um sobe, a do outro desce. Os amorosos nunca estão em uníssono.”
@ Lavoisier foi executado quando vigorava na França a LEI DO PRAIRIAL, que suprimia os defensores. Os acusados eram
remetidos
qualquer
ao
defesa.
cadafalso, Robespierre
sem
a
oportunidade
achava
o
de
andamento
processual muito lento... Em seis semanas, ocorreram mais de mil e quatrocentas condenações à morte.
@ “Trago à Convenção a Verdade e a minha Cabeça, depois de
ouvirdes
(advogado
a
primeira,
Chaveau
podereis
Lasgarde,
em
dispor
da
defesa
segunda” de
Maria
Antonieta). Ao terminar a defesa, onde pôs toda sua alma, um gendarme o segurou pela gola e deu-lhe voz de prisão.
@ Na França, segundo os costumes do país, falar de cabeça descoberta
é
o
símbolo
da
reconhecida aos advogados.
@
liberdade
da
palavra,
Exemplo de tolerância do advogado aceitando a defesa do acusado
de
quem
tudo
o
separava,
não
é
raro
na
história. BERRIER, chefe do partido legistimista, tomou a defesa de Napoleão III. O advogado permanece à causa da desventura, qualquer que seja o lado da barricada e a cor da bandeira.
@ No
dia
da
Napoleão
abertura
quis
do
mundo
embaraçar
oficial
Chaveau
das
Tulherias,
Lagarde,
o
notável
advogado francês. “- Chaveau Lagarde – disse-lhe – temos de discutir um assunto: defendeste Maria Antonieta! - Sir, respondeu ele, eu defendi a rainha da França! A
resposta
pareceu
suficiente
àquele
que
se
fizera
proclamar imperador dos franceses.
@ Henri
Robert,
Bonaparte
é
narrando
acometida
de
um
fato
dor
anedótico:
de
dentes.
Paulina
Chamado
às
pressas, o dentista quer arrancar o dente enfermo, mas Paulina
desanda
em
pranto,
tomada
de
terror
ante
o
sofrimento. - “Não é nada”, assegura-lhe Júlio de Canouville, seu preferido,
que
se
achava
junto
dela
e,
para
melhor
prová-lo, escancara a boca e faz com que lhe arranquem um dente são. Paulina, com tal exemplo, deixa extrairlhe o dente!
@
Conta Henri Robert que Luís de Rohan, que recebeu o chapéu
cardinalício
em
1778,
tinha
rendimentos
superiores a um milhão de libras por ano, o que não o impedia de contrair dívidas clamorosas. Só na criadagem tinha 14 mordomos, 25 criados de quarto, 180 cavalaços na estrebaria e 700 camas para seus hóspedes. Quando criticado, e severamente criticado pela família real, com insolência, dizia: “é preciso não tornar a religião demasiada severa, a fim de não a transformar num deserto”. Caído em desgraça com a família real, em virtude do famoso “escândalo do colar”, que comprometera a honra de Maria Antonieta, viu-se confinado na Bastilha, onde dispunha efetivamente de dois apartamentos e tinha para seu serviço pessoal três empregados. Oferecia, muitas vezes, banquetes à sua mesa com vinte talheres e farta champanhe a comemorar alegremente aquilo que dizia, “o triunfo final de minha inocência”.
@ Bonaparte, general, sempre mantinha o Sargento Junot perto de sua posição. Certo dia, uma granada explode perto dos dois e levanta um turbilhão de terra. Junot, que
escrevia
sobre
os
joelhos
uma
carta,
exclama
alegremente: “- tanto melhor! Assim não terei necessidade de areia para secar a tinta!
@
Foi Bonaparte que restabeleceu a Ordem dos Advogados na França, suprimida pela Revolução. Foi ele que ordenou a confecção
do
Código
Civil
Francês,
considerado
monumento jurídico. Conta-se que quando Napoleão deu a uma velha mendiga, na porta da Igreja Saint’Jean de Valença, uma esmola, esta
lhe
agradeceu
proféticas:
-
com
“Obrigado,
as
seguintes
senhor,
eu
vos
palavras auguro
uma
coroa”.
@ No retiro que lhe foi imposto pela Inglaterra, uma ilha verdadeiramente inabitável, os homens acabam depressa onde as plantas não se desenvolvem. (Bonaparte)
@ Napoleão costumava dizer: “- eu comando ou eu me calo”. Era corso e, como tal, fiel não só às afeições como aos ódios.
@ Sobre Robert
os
tormentos
gostava
de
que
impuseram
dizer
que
“um
a
Napoleão,
destino
Henri
implacável
persegue os algozes!” Seus algozes conheceram um futuro cruel!
@ A história dos nossos dias nos ensina que é desacertado mostrar-se
implacável
para
com
um
inimigo
vencido.
Cativo, Napoleão permaneceu como um herói. Conferindo a Bonaparte
a
auréola
de
martírio,
o
Regente
da
Inglaterra
contribuiu
para
a
sua
glória
e
para
a
eternidade de sua lenda.
@ Sagrado Bispo de Amiens, depois de saltar as etapas eclesiásticas,
Monsenhor
de
Bombelles
tem
família
constituída e dois filhos. Numa recepção oficial, o porteiro pergunta-lhe a quem devia anunciar e ele respondeu: - ao Bispo de Amiens e aos seus dois filhos. O
porteiro
perturba-se,
mas
o
espirituoso
prelado
o
acalma com estas palavras: “- Anuncie então o Bispo de Amiens e os dois sobrinhos de seu irmão!
@ Napoleão Bonaparte sempre esquivou-se de escrever com o próprio punho. Tem uma letra ilegível. Uma centena de suas cartas antigas não puderam, ainda, ser decifradas.
@ Recolhido à ilha de Santa Helena, dizia Napoleão ao seu fiel
Marchand,
que
o
acompanhara
no
exílio:
“
–
na
posição em que me encontro, não vejo nobreza senão na canalha
que
não
dei
importância
e
não
vejo
canalha
senão na nobreza que eu criei.”
@ Diz
Henri
Robert
que
a
vida
longa
é
privilégio
dos
magros. Os que se deixam invadir pela gordura não podem mais conservar, passados os sessenta anos, as ilusões das longas esperanças e dos dias numerosos pela frente.
@
Dizia
Napoleão
sistema
Bonaparte,
europeu,
um
“eu
código
pretendia
europeu,
fundar
um
Corte
de
uma
Cassação européia; não haveria mais que um único povo na Europa”.
@ Os despojos de Napoleão, transferidos para a França, emocionaram o povo, que chorou pelas ruas. Todavia, sobre a morte de Napoleão, dizia Lord Byron: “viveste demasiado e tua morte, que devia ter abalado a Terra, não a emocionou mais que a queda de uma folha seca”.
@ O Duque de Orléans, que foi regente da França, possuía todas as qualidades de homem amável e todos os germes do grande homem. Por uma espécie de fatalidade, seu caráter
não
produzia
frutos.
Explicava-se,
com
um
engenhoso apólogo, essas particularidades da natureza do Duque de Orléans: - “As Fadas – diziam – foram convidadas para assistir ao seu nascimento e cada uma o dotou com um talento, de sorte que ele teve todos. Infelizmente, uma velha fada, que ficara esquecida, chegou depois das outras e disse: Ele será dotado de todos os talentos, seja! Exceto o de fazer bom uso deles!”
@ Padre
Dubois
fora
licenciosidades.
favorecido
com
as
mais
precoces
Ambicioso, instou com Luís XIV para que lhe concedesse o chapéu de cardeal, mas o rei lhe advertiu de que o salto
era
grande,
o
que
lhe
poderia
quebrar
o
espinhaço. Mas, como o seu antigo discípulo, Duque de Orléans, tornou-se regente, logrou fazer-se Arcebispo de Cambrai, apesar de sua vida escandalosa. - É, diziam as más línguas – o único meio que o Regente encontrou
para
obrigar
Dubois
a
fazer
a
primeira
comunhão!
@ Os defeitos dos grande homens, observou Pascal, acham, sempre, mais imitadores do que as suas boas qualidades.
@ O Duque de Orléans
teve sete filhos legítimos e três
ilegítimos. E como lhe falassem de outros, respondia: - Oh! Esses são arlequins! - Arlequins?! - Sim! a vestimenta de arlequim não é feita de panos diferentes?!
@ O
Marechal
de
Saxe
conhecia
a
guerra
como
ninguém.
Estimava seus soldados e era querido por eles. Um
dia,
um
general
lhe
propôs
um
ataque
súbito
aos
inimigos, que custaria, disse, apenas a vida de uns vinte granadeiros! - “Uns vinte granadeiros! – exclamou Maurício de Saxe, indignado ante aquela desenvoltura desdenhosa. Como o senhor fala! Ainda se fossem uns vinte generais!
@ O Marechal de Saxe formulou aquele grande princípio de que Napoleão, mais tarde, tanto se valia: “todo segredo da guerra está nas pernas do soldado!”
@ Após a morte de Luís XV, a verve do povo pôs na rua este epitáfio: “Aqui jaz Luís pela Graça de Deus! (Ci-
git Louis par la grâce de Dieu!)
@ Guardas do Papa perseguiram e prenderam, no palácio de Cristina
da
Suécia,
um
jovem
acusado
de
delito.
A
rainha protestou energicamente, exigindo a libertação do preso à invocação do direito de asilo. O Papa Inocêncio XI, como resposta, suprimiu o direito de asilo de que gozavam as Embaixadas. Luís
XIV,
da
França,
recusou
a
proposta.
O
Papa
ponderou-lhe que a Espanha havia aceitado a supressão do direito. Luís XIV respondeu orgulhosamente: “Estou habituado a dar o exemplo, e não a segui-lo”.
@ Quando Maria Antonieta casou-se com o delfim, futuro Luís XVI, a família real e as princesas, de acordo com o costume tradicional, vieram saudar os novos esposos, ainda deitados lado a lado. No
dia
seguinte,
a
Princesa
de
Guémenée
quarto nupcial e não encontrou o delfim. - Mas como? Perguntou, ele já se levantou!
entrou
no
- Ele não se levantou, pois não dormiu aqui! Maria Antonieta só voltou a ver o esposo na hora do almoço. - Dormiste bem? Perguntou o delfim. - Muito bem, replicou Maria Antonieta, acrescentando com malícia: - Não havia ninguém para impedir.
@ Para compreensão das horas trágicas dos dias 6 e 7 de outubro de 1789, devia-se reparar na frase do deputado Françoise Mirron, atento a Declaração dos Direitos do Homem,a
qual
La
Fayette
trouxera
da
Filadélfia:
“Tremei, porque o povo, depois de ter sido bigorna, pode tornar-se martelo”.
@ Luís XIII, de saúde débil, em um só ano, recebeu 47 sangrias, ingeriu 213 purgantes e tomou 215 lavagens. E os
médicos
ainda
o
censuravam
por
não
se
mostrar
bastante dócil com as prescrições salutares.
@ As
cozinhas
criados,
das
Tulherias
se
dividiam
que
ocupavam, em
só
sopeiros,
elas,
159
assadores,
copeiros, trinchantes, etc.
@ A
BASTILHA,
segundo
Henri
Robert,
foi
uma
prisão
“caluniadíssima”. Nela, só se entrava por ordem real; destinava-se aos nobres, celas
não
eram
mobiliadas.
às pessoas de posição. As Cada
prisioneiro
mandava
levar para lá os seus próprios móveis, instalando-se, muitas
vezes,
luxuosamente.
No
inverno,
os
compartimentos eram aquecidos por estufa ou lareira. Os
presos
vontade.
podiam Se
alimentar-se
não
se
à
sua
dispusessem
custa
a
e
à
gastar,
sua eram
alimentados pela contabilidade da Bastilha, que tinha um governador. O
Marquês
servido,
de
Sade
tinha,
diariamente,
no
frango
cardápio recheado
que
lhe
era
com
túberas,
pastéis de presunto, castanhas e creme de chocolate. Mme. de Stael confessa que os seus anos na Bastilha figuram entre os mais felizes de sua vida e admite com sinceridade: “No fundo do coração, eu estava longe de desejar a liberdade”. Os
prisioneiros
jogar
cartas
podiam
e...
reunir-se,
namorar.
escrever
Festins
eram
memórias,
dados,
com
alimentação principesca. Na Bastilha é que teria sido confinado o “Máscara de Ferro”, produto da intriga de Voltaire,
que
identificava
o
misterioso
prisioneiro
como irmão de Luís XIV e pretendente ao trono real. A história
realmente
registra
a
presença
de
um
prisioneiro que trazia constantemente uma máscara, não de ferro, mas de feltro, e cuja identificação nunca pôde
ser
feita,
a
despeito
do
interesse
de
Maria
Antonieta e de outras figuras do reino. A informação que
se
tem
é
a
de
que
se
tratava
de
um
príncipe
italiano, envolvido em intriga. Alexandre Dumas serviuse do episódio para escrever uma novela.
@
Do ponto de vista político, Henrique VIII foi, talvez, um grande rei; do ponto de vista moral, não passou de um ignóbil personagem. Após criar a Igreja Anglicana, forma que encontrou para desvencilhar-se da resistência papal
ao
seu
pretendido
casamento
com
Ana
Bolena,
mandou matar todos os papistas que repeliram a Igreja criada por ele, por inspiração de Cromwell: 2 cardiais, 19
bispos,
marqueses,
13
abades,
300
500
cavaleiros,
priores, 12
61
barões
cônegos,
12
cristãos,
62
plebeus, além de uma pobre velha de 78 anos, a Condessa de Salisbury, que teve que ser arrastada ao cepo da decapitação. Ordenou a morte de Thomas Cromwell, seu serviçal
conselheiro,
atribuindo-lhe
o
insucesso
conjugal com a Quarta esposa, a alemã Ana de Clèves.
@ Cristóvão Colombo fixava em 150 anos o termo para o fim do mundo. Henrique VII, pai de Henrique VIII, deixou dinheiro para rezarem missas pelo repouso de sua alma durante 150 anos.
DROPPER Sobre o escândalo Clinton, com suas aventuras eróticas: Pesquisa de opinião imaginada pelo humorista Letterman, do Times: (Você aceitaria dormir com Clinton?) Respostas: 19% das mulheres: não; 13%, sim; 68%, nunca mais.
@ A mulher que veste bem, despe mal!
@ Delfim
Neto,
economista
e
deputado,
sobre
a
recente
queda de juros que considerou INEXPRESSIVA: é como se as
águas
de
um
tanque
baixassem
de
3,88
para
3,45
metros. Não adianta, porque continua morrendo afogado quem não puder nadar.
@ João Ubaldo Ribeiro para um amigo: seu fígado está uma calamidade, à beira de um ATAQUE DE NERVOS!
@ E para outro amigo: vamos, homem! Você está com o pique de uma tartaruga sedada!
@ Acontece
que
advogado
e
o
há que
dois não
tipos tem!
de
presos:
(adv.
o
Joaquim
falando sobre as regalias de seu constituinte)
@
que
tem
Espínola,
Nos Estados Unidos, através de testes de habilidade, os pais vão aferindo o conhecimento dos filhos. No Brasil, criou-se quando
o
a
PROVÃO,
vaca
já
no foi
último para
ano
o
do
terceiro
brejo!
(Elio
grau,
Gaspari,
jornalista)
@ A
revolução
de
1964
nunca
errou!
(General
Jayme
Portela, chefe militar do Gabinete do Presidente Costa e Silva)
@ Afirmam
alguns
pressionado
musicólogos
por
dívidas
e
que
o
genial
doenças,
Mozart,
para
compor
rapidamente e ganhar dinheiro, plagiou o REQUIEM, sua missa
fúnebre,
da
Sinfonia
de
Veneza,
de
Anfossi,
escrita há 16 anos atrás.
@ O fenômeno na França se chama “Geração Canguru”, na Alemanha “Casa da Mamãe”, na Espanha “Minha Taberna”. É que, por dificuldades financeiras e maior tolerância dos pais, os jovens permanecem na casa dos progenitores até
mesmo
depois
de
trinta
anos,
o
que
raramente
acontecia no passado, principalmente após-guerra.
De JÂNIO QUADROS NETO – Sobre seu avô Jânio Quadros Memorial à História do Brasil Depois de uma discussão sobre a época em que Ronald Reagan
chegara
ao
poder,
assim
se
expressou
o
ex-
Presidente referindo-se ao neto: - Eloá, chame o médico com a maior urgência. - Que foi, Jânio? Ele respondeu: - Seu neto Jânio está muito doente. Ele tem diarréia oral e não consegue parar de falar merda.
Todos que estavam na sala deram uma risada. Mais tarde, quando todos saíram, o meu avô me disse: - Muito bem, o senhor tem razão, mas nunca me corrija na frente dos outros.
@ Meu avô manipulava a imprensa como ninguém. Vai ficar na história a resposta dele “Porque o senhor bebe?” - Bebo porque é líquido, se sólido fosse, comê-lo-ia.
@ Muitos criticaram o Jânio quando ele criou a Guarda Civil Metropolitana. Uma jornalista, com a intenção de denegrir a imagem de Jânio, o abordou e falou: - Um Guarda Civil matou alguém a tiros. Meu avô imediatamente respondeu: - Mas é claro que foi a tiros. A senhora queria que fosse a pauladas?
@ Meu
avô
conversava
com
a
Primeira-Ministra
da
Inglaterra, Margaret Thatcher. Nesta conversa meu avô disse à Dama de Ferro, como ela era conhecida, que o único político, no Brasil, que ele respeitava e achava inteligente, era o Roberto Campos.
@ Carlos Lacerda, quando admirador e correligionário de Jânio
Quadros,
dizia
que
Jânio
se
elegia
defeitos e governava com suas qualidades.
@
com
seus
O Presidente era formal e engraçado. Eu só o chamava de você. Em inglês, língua que falava desde criança. Não há outro modo formal de tratamento. Ele só me chamava de senhor. - Vovô, nós somos amigos e eu sou seu neto. Você podia chamar-me de você. Ele respondeu-me: -
Podia,
sim,
intimidades
com
mas
o
protocolo
moleques
proíbe
imbecis,
que
rigorosamente é
o
caso
do
senhor. Não respondi nada, só dei risadas.
@ Chegando em casa, Jânio disse aos jornalistas que iria falar com Aí
os
Roberto Marinho.
jornalistas
perguntaram
sobre
o
que
meu
avô
falaria com o Dr. Roberto. O Jânio respondeu: -
Vou
perguntar-lhe
onde
ele
achou
esses
repórteres
retardados pois preciso ter certeza de que ninguém de lá trabalhe na minha Prefeitura.
@ O
humorista
Jô
Soares
adorava
fazer
piadas
sobre
o
Jânio. Numa abertura do programa “Viva o Gordo”, Jô fazia
uma
sátira
de
meu
avô
com
um
cotonete.
Eu
observei a meu avô: - Mas, vovô, você pode levar as brincadeiras de Jô a sério. Então,
com
perguntou:
uma
expressão
preocupada
e
séria,
Jânio
“- O senhor vê aquele lixo? Veja, Camargo, a juventude inteira está doente. Nem o meu neto escapou”. Jânio virou-se para mim e falou: - Não quero saber que o senhor tenha assistido àquele programa de novo. Fãs de Jô Soares são proibidos de frequentar
a
minha
casa.
O
senhor
é
completamente
ignorante; Respondi: - Com o nome que tenho o senhor queria que eu fosse o quê?
@ Certo agente da polícia federal estava estacionando o seu carro numa rua de São Paulo, em lugar proibido. Quando Jânio e o seu comboio passavam pela rua, o então Prefeito ordenou que todos parassem. Baixou a janela e disse: - Estou comunicando-lhe que o senhor está multado. O agente respondeu: - Sou agente federal! Jânio falou para um dos seguranças: - Este senhor está provavelmente armado e ele não tem documentos. Por favor, confisque a arma dele.
@ - Durante a época em que Jânio era Prefeito e eu me hospedava em casa dele,
assistia uma novela que era
cantada pelo grupo Roupa Nova. Eu cantava aquela música o
dia
inteiro.
Prefeitura,
Uma
depois
noite
de
bateu na mesa e berrou:
em
ouvir-me
que
Jânio
cantar
a
chegou música,
da ele
“Se o senhor cantar essa maldita música outra vez, eu mando prendê-lo por desacato à autoridade e tentativa de provocar insanidade num ex-Presidente da República e no Prefeito de São Paulo. É crime contra a segurança nacional e inafiançável. Eu respondi: - Minha avó não deixaria. Jânio, bravo, gritou: - Então, mando prendê-la, também, por cumplicidade. Nunca mais cantei-a em frente ao Jânio. Achei melhor não provocá-lo, porque uma vez ele multou seu próprio carro, só para fazer marketing.
DROPPER Um
deputado
federal
gaúcho
discursava
na
Tribuna
da
Câmara e se derramava em elogios ao povo do seu Estado. O deputado mineiro, Último de Carvalho, era conhecido por seu espírito brincalhão perante os colegas. À certa altura
do
discurso
do
deputado
sulino,
o
deputado
mineiro fez-lhe uma provocação qualquer, oportunidade em que o riograndense alardeou com vibração: “Fique V. Exa. sabendo que no Rio Grande do Sul só há macho!” Último de Carvalho, maliciosamente, repostou: “Em Minas Gerais, há meio a meio, e nós estamos muito satisfeitos com isso”.
@ Muita gente ignora que Machado de Assis era um exímio enxadrista.
Considerava
o
xadrez
um
esporte
intelectual, que produz emoção estética. Alguns chegam a considerar o jogo uma ciência, daí sua titulação de “jogo-arte-ciência”. Machado de Assis não poderia ser qualificado
de
“imortal”,
na
expressão
comum
dos
enxadristas. Mas ele gostava daquilo que hoje se chama “Xadrez Poético”: criava “problemas” com as peças do tabuleiro, aficionados
submetendo-os, do
esporte,
através com
dos
singulares
jornais, premissas
aos de
vocação e de capacidade.
@ A respeito de xadrez, há uma história que chega ser edificante,
a
respeito
de
ALEKHINE,
um
dos
maiores
enxadristas que o mundo conheceu e que jogava partidas simultâneas contra diversos jogadores. Nascido no interior da Bulgária, era havido como um menino
de
escassa
inteligência.
Seu
pai,
à
noite,
costumava jogar xadrez com o pároco local, em partidas sempre
presenciadas
por
Alekhine,
o
qual,
silenciosamente, observava a movimentação dos lances. Certo dia, quando o pai movimentara uma peça, o menino espontaneamente, gesticulou no sentido de que o lance fora errado. O pai repreendeu-o com o olhar, mas o cura interrompeu o jogo e pediu à criança que prosseguisse na movimentação das peças. Foi daí que se verificou o talento e a criatividade de Alekhine,
que
futuramente
se
revelou
um
dos
maiores
mestres de xadrez do mundo.
@ O
pastor
anglicano
John
Salter
defende
uma
tese
de
ruim
publicada em jornal de sua paróquia. Segundo
ele,
era
inevitável
que
algo
acontecesse à princesa Diana – e a culpa é da família real, que, depois do divórcio, mandou retirar o nome dela
da
lista
oficial
de
pessoas
a
quem
os
fiéis
dirigem preces durante as celebrações religiosas.
Alguém que vive protegido pelas orações de tanta gente, e perde isso de um dia para outro, sofre efeitos negativos – disse.
@
Ao se despedir do cargo de presidente da Radiobrás, o ex-deputado
Maurício
Fereira
Lima
soltou
a
seguinte
pérola: “no Serviço Público a roda é quadrada, pois não anda.
@ O técnico sabe quase tudo de alguma coisa, enquanto o político sabe alguma coisa de quase tudo. O técnico oferece opções, o político assume decisões”. (Rondon Pacheco)
@ Conta-se de uma jovem senhora do Edifício Chopin que confessa ao marido: É grave, mas não dá para esconder: estou
apaixonada
por
Cláudio
Lins.
E
o
marido
cabisbaixo: “eu também”. (Coluna do Swan)
De JARBAS PASSARINHO, autor de ‘Um Híbrido Fértil’
Narra
o
então
“Concluída
a
senador oração
do
Jarbas
Passarinho
senador
Brossard
o
episódio:
sob
grandes
aplausos, pediu a palavra o líder do Governo, Petrônio Portela.
Começou
causando
suspense,
adjetivações. E acusou veemente: - Este discurso do Senador é um plágio!
com
as
suas
O
senador
pelo
Rio
Grande,
Brossard,
sentara-se
na
segunda fileira à direita, ocupada pelo MDB. Não se conteve.
Sem
pedir
aparte,
alterou
a
voz
e
contra-
atacou: - “Plágio não, pois o discurso foi meu. Eu ampliei o que
pronunciei
Repeti-me,
ao
na
Câmara
contrário
de de
Deputados. Vossa
Não
Excelência
plagiei. que
não
pode repetir o que disse no dia 1º de abril de 1964. Repito-me porque minha vida tem sido uma linha reta, o que a sua não é. Petrônio sentiu a farpa. Acusou o golpe. Balbuciou. Pressuroso, pedi um aparte ao líder, visando
a
dar-lhe
tempo
para
recompor-se,
e
fui
sarcástico: O senador pelo Rio Grande jacta-se de ter uma vida conforme uma linha reta, o que é duvidoso, mas nem sempre isso é louvável. Correções de órbita, aqui e acolá, podem provar evolução do pensamento, enquanto que a linha reta pode ser falta de inteligência. Por exemplo, a toupeira só se movimenta em linha reta. (O Senador Brossard não podia, pelo Regimento Interno, dirigir-se a mim, que aparteava o orador da Tribuna). Eu terminei o aparte ironicamente. - Longe de mim, porém chamar o ilustre senador pelo Rio Grande de toupeira...
@ Muitos
oficiais,
aceitaram fidelidade, contrário,
fazer o
para ao
que
oferecia,
servirem
General o
Denys
General segundo
no Lott
o
Rio um não
General
de
Janeiro,
juramento
de
exigia.
Ao
Saldenberg,
“condições
honrosas
de
reintegração
nas
finalidades
comuns”, isto é, nas atividades do Exército.
@ O enorme ponto fraco da Petrobrás é ser sensível às influências
políticas
dos
Governadores,
por
exemplo,
uma decisão de onde furar. Exemplificando, só por essa influência Maranhão,
podia-se ou
em
ter
Presidente
perfurado
em
Carolina,
Prudente,
com
seiscentos
metros de diabásio. Acrescente-se que interesses outros pesavam na opinião pública. O relatório Link, como sabotagem, foi acusado de negar a existência de petróleo no Brasil!
@ Gustave le Bon, hoje ignorado, escreveu que não foram os reis que fizeram a matança de São Bartolomeu ou as guerras religiosas, como não foram Robespierre, Danton e
Sain
procedem
Just
que
da
alma
fizeram das
o
terror.
multidões.
“A
Tais
movimentos
multidão,
por
instinto, obedece sempre a um agitador, na maior parte das vezes – um homem de pensamento e ação”.
@ Eu demitira um parente de Da. Yolanda, da Previdência Social. Interpelado pela primeira dama, mantive minha decisão. O diálogo, por telefone, foi áspero. Dois dias depois, eu despachava com o Presidente. Fui preparado para demitir-me. Recebido serenamente, como de costume, tratei dos assuntos da Pasta, sem interrupção da pauta que me levara. Ao cabo, o Presidente me perguntou:
- É tudo que tinha a tratar? Imaginei que então viria o affair familiar à baila. Sim,
era
tudo
–
disse
eu.
De
pé,
informalmente,
o
Presidente pôs a mão sobre meu ombro e disse: -
Passarinho,
Yolanda
é
problema
meu,
não
seu.
E
convidou-me para jantar.
@ O Presidente Castelo Branco, mostrou-me uma relação de nomes,
indagando:
qual
destes
nomes
parece
para suceder-me, já que, infelizmente, não é
o
melhor
possível
escolher um civil? Surpreso embora, já que ele me dava a honra de opinar, comecei por estranhar a data. Disse-lhe que o mandato dele não se esgotaria em 31 de janeiro de 1966, mas em 1967. Ao que o Presidente me respondeu, peremptório: Não
jurei
obedecer
senão
o
Ato
Institucional
e
a
Constituição e não a prorrogação do meu mandato, que em nenhum momento pleiteei. Chovia,
quando
pessoalmente
à
o
Presidente
garagem
do
Castello
Palácio
da
levou-me Alvorada,
despedindo-se com esta frase: - Vou lhe dar um conselho asiático: preocupe-se, mas não muito.
@ “Os chamados castellistas faziam divulgar, fartamente, anedotas depreciativas quanto à inteligência de Costa e Silva.
Todavia, o Colégio Militar usava simular patentes para os
alunos.
“Coronel
Costa
Aluno”
e e
Silva
voltou
Castello
nas
Branco,
férias
que
como
também
se
destacava nos estudos, era “Tenente Aluno”, na Escola de Realengo, do Rio de Janeiro, Artur da Costa e Silva era
o
terceiro
colocado,
em
melhor
posição
do
que
Castello Branco.
@ Era
nosso
desejo
ardente
contribuir
para
sanear
a
Magistratura, punindo os venais e prestigiando aqueles que,
nada
obstante
todas
permanecem
nela,
dignidade.
Pensávamos
democracia garantia
profundamente homens
uma a
privações
honrando-lhe
estável
de
as
que
no
magistratura
injustiçados.
se
íntegra.
Entretanto,
de
teríamos
quando
aninha
provações,
tradições
somente
Brasil,
revolta
as
e
nos
uma
tivéssemos Sabemos
a
quão
corações
aconselhados
dos por
prestigioso chefe militar e amigo dileto, decidimos não tocar na mais alta Corte da Justiça local. Seguíamos o exemplo
federal.
Jovem
capitão,
fui
iludido
por
um
general, Ministro da Guerra. Inexperiente político, fui enganado por magistrados...
@ Certa feita, perguntei ao Dr. Ulysses, que se irritava muito
com
os
atrasos
dos
deputados
às
reuniões:
o
senhor sabe a diferença, em matéria de relógio, entre militares e os senhores civis? - Não, respondeu curioso.
E eu concluí: - É que nós usamos os relógios para marcar horas e minutos, e os civis como simples ornamentos, sem nenhum compromisso com o tempo. O
militar
traz
o
relógio
para
conferir
as
horas.
O
civil, apenas como adorno.
@ Escreveu Jarbas Passarinho, no seu HÍBRIDO FÉRTIL: -
Senhor,
covarde,
conceda-me que
não
só
a
graça
sinta
a
de tua
que
eu
ajuda
não em
seja
minhas
vitórias, mas que também possa achar a doce pressão de tua mão, em meus fracassos (Tagore, “Prece ao Senhor”).
@ E, lembrando Hamlet, de Shakespeare: “Seja tu casto como o gelo e puro como a neve e ainda assim não escaparás à calúnia”.
@ Jarbas Passarinho foi Ministro quatro vezes: Trabalho, Educação, Previdência e Justiça. Avisado de que era nome no bolso de
Maluf para a
quinta pasta, a Agricultura, emendou: “Ué, se o Serra pode cuidar de mosquito, eu também posso tomar conta de feijão!...”
DROPPER A lição trágica dos nossos
dias vem de Maquiavel e das
entrelinhas de seu tratado político: OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS. (Vivaldi Moreira)
@ Conversava-se sobre a honestidade dos policiais com a nova lei de trânsito, quando alguém cortou: “para mim, só existe um cara honesto: é aquele que joga “purrinha” pelo telefone e se confessa perdedor”.
@ O calor da mocidade é que mantém normal a temperatura do mundo. (Bernanos)
@ Todos
os
simpatia.
problemas Honoré
de
conjugais Balzac
se
resolvem
intitulou
seu
quando livro
há “De
Phisiologie du Marriage” quando, no ambiente social em que viveu, deveria intitulá-lo “Pathologie du Marriage”. (Vivaldi Moreira)
@ Os homens não se preocupam em formar opiniões. Sentemse
felizes
por
encontrá-las
confeccionadas.
(Oscar
Wilde)
@ Se eu escrevo: “o homem foi apanhado pelo automóvel”, isto é reportagem. Mas se acrescento: “o pobre homem levava um pacote de biscoitos para a filha doente”,
isto
já
é
literatura.
Entrou
um
componente
de
sensibilidade aberto ao homem. (Pitigrilli)
@ As conseqüências políticas para o escândalo Clinton, segundo os cientistas políticos americanos: ele ficará enfraquecido nos últimos anos de governo e se tornará
duck” (pato manco): O Presidente fica no Poder mas não manda. aquilo
que
o
americano
chama
de
“lame
@ ALVIN TOFLER, citado por Vivaldi Moreira, buscando uma nova visão do mundo: “Eu começaria por dizer que os pais devem encorajar os filhos a abandonar a escola. A escola só serve para fabricar autômatos, isto é, bons funcionários,
bons
empregados,
condicionadas
para
servirem
excelentes
no
Japão,
à
pessoas Toyota,
Mitsubishi, Seikoi, ou, nos Estados Unidos, à General Eletric ou à Ford Motor Company, isto porque a crença na
vida
depende
repetição,
e
de
tudo
grande isso
é
soma
de
tedioso,
obediência,
de
verdadeiramente
desumano”. (“O Choque do futuro”)
@ Por vezes, nas grandes conturbações sociais, os homens não ousam agir, mas as mulheres o fazem. O povo francês passava fome. Notícias de festas resplandecentes, dadas pela nobreza, excitavam o povo. Naquela manhã
de 05 de
outubro de 1770, o sino da Igreja Saint-Eustache dá o sinal
esperado.
De
todas
as
casas
saem
mulheres,
descabeladas, esfarrapadas, vociferando e gritando por pão.
E
o
grupo
que
cresce
em
cada
esquina,
vai
se
transformando numa multidão em delírio, enquanto que os homens cuidam mais de se embriagar. A mulher da revolução é a mulher dos “sans-culotte”. Os guardas não contêm as mulheres que avançam ao toque de um tambor ruflado por uma moça destemida, de pouco mais de
15
anos.
Ao
chegarem
a
Chaillot,
as
mulheres
já
somam cerca de oito mil! Começou, com as mulheres, a Revolução Francesa, o maior passo dado pela Humanidade desde o advento de Cristo.
@ Contam que a escolha de Genebra para sede da Liga das Nações
se
deve
ao
fato
de
um
criado
de
quarto
do
Presidente Wilson, durante a Conferência da Paz, ter insinuado ao mesmo que o clima de Genebra era o mais indicado para o reumatismo que o afligia. Esse criado, Joseph, tinha uma namorada, camareira genebrina...
@ Antes
de
despotismo
subir de
ao
patíbulo
Henrique
VIII,
para Ana
onde
a
Bolena
mandava escreve
o ao
mesmo um bilhete: “Sir: tivestes o cuidado de me elevar na vida. De simples senhorita, vós me fizestes marquesa de Pembroke e, de marquesa, me fizestes rainha. Agora, de rainha, vós me elevais ao grau de mártir e de santa. Eu vos agradeço”.
@
Disse de certa feita a artista Gabor: “Às vezes, tenho uma atração tão animal por uma pessoa que tenho que dormir com ela logo na primeira noite”.
@ O professor Sílvio Rodrigues, lente de Direito Civil em São
Paulo,
confessava
diariamente,
quatro
que
se
páginas
de
não
escrevesse,
matéria
de
sua
especialização, punia a si próprio com um castigo que considerava severo: não tomava yogurte naquele dia, seu alimento de preferência.
@ Afirma o professor João Batista Vilela que a finalidade social da tragédia grega era propiciar a catarse da alma pela representação intensa dos sentimentos. Por outro lado, diz o professor, a comédia pode não ser senão
uma
Engana-se,
fórmula diz
álacre
ele,
quem
de
dizer
pensa
que
coisas a
pesadas.
sátira
seja
primordialmente uma fórmula de se fazer rir. Não é. O riso na sátira é uma espécie de subproduto. A sátira é, não
raro,
o
único
veículo
suportável
para
dizer
ou
mostrar coisas tão duras, reprimidas ou tabuizadas que podem ser. É impulso natural de quem quer comunicar, tornar sua mensagem palatável. Se outro meio não se revela o mais adequado, por que não satirizar? Aliás, por que simplesmente satirizar? Esta foi a pergunta que Horácio,
antes
que
Cristo
nascesse,
fez
nos
seus
Ridentem dicere verum quid vetat? ou em vernáculo bem popular: Quem foi que disse que não se Sermones:
pode
falar
a
verdade,
fazendo
rir?”
(João
Baptista
Vilela, em artigo publicado no Estado de Minas, caderno “Pensar”).
@ Que é direito à auto-identidade sexual? Consiste,
diz
faculdade
de
o
professor
manter
fora
João do
Baptista
controle
Vilela,
social
na
externo
fatos que digam respeito ao seu modo de ser. Diz o eminente professor da UFMG que “a sociedade americana tem um fraco irreprimível pela bisbilhotice e não liga para
o
direito
da
privacidade,
face
hipócrita
da
sociedade americana”. Ao lado do direito de pessoa, existem os direitos de personalidade, que englobam prerrogativas que, tempos atrás,
não
eram
talvez
sequer
suspeitadas
e
sem
as
quais o homem não pode, hoje, verdadeiramente realizarse
no
corpo
social
em
que
vive.
Muito
já
está
assentado. Muito está por ser esclarecido, inclusive este, o “direito à auto-identidade sexual”.
De MACHADO DE ASSIS
coleção de obras
“A explicação do Dr. Pangloss é que o nariz foi criado para
uso
pareceu
do
óculos,
definitiva.
e
tal
Mas
explicação,
sabe
o
leitor
confesso, que
o
me
faquir
passa horas a olhar para a ponta do nariz, com o fim único de ver a luz celeste. Quando ele finca os olhos na
ponta
do
externas, impalpável,
nariz,
perde
embeleza-se
o
no
desvincula-se
da
sentimento invisível, terra,
das
coisas
apreende
eteriza-se.
o
Essa
sublimação do ser pela ponta do nariz não pertence ao faquir somente: é universal. O homem tem necessidade de contemplar o próprio nariz para o fim de ver a luz celeste...”
@ “- Que rumor é este, Carmen? Perguntou Aires, entre duas carícias. - Não se assuste, amigo meu; é o governo que cai. - Mas eu ouço aclamações... - Então é o governo que sobe. Não se assuste. Amanhã é tempo de ir cumprimentá-lo.”
@ Foi o caso que uma carroça estava parada, ao pé da travessa de São Francisco, e o carroceiro dava muita pancada
no
animal.
A
força
despendida
era
grande,
porque o asno ruminava se devia ou não sair do lugar, mas não obstante, apanhava que era o diabo.
Finalmente o burro preferiu a marcha à pancada, tirou a carroça do lugar e foi andando. Nos olhos do animal viu Aires
uma
expressão
profunda
de
ironia
e
paciência.
Depois leu neles um monólogo... “Enquanto te esfalfas em ganhar a vida, eu vou pensando que o teu domínio não vale muito, uma vez que me não tiras a liberdade de teimar... (“Esaú e Jacó”).
@ Era no tempo da regência. O imperador fora ao teatro de S. Pedro de Alcântara. Ao fim do espetáculo, um grande rumor
nas
vizinhanças
do
Teatro.
O
acompanhante
do
Imperador procurou saber a razão do alvoroço. Um homem, mostrando-se
indignado,
bradava
que
o
cocheiro
do
Imperador não tirara o chapéu no momento em que este chegara
à
porta
para
entrar
no
coche;
o
homem
acrescentou: eu sou RE (naquele tempo, por brevidade, os republicanos assim se chamavam) mas não consinto que faltem ao respeito a este menino!
@ Nem só de pão vive o homem. Vive de pão e de crédito.
@ O sono é a morte interina!
@ Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.
@ Loteria é mulher, acaba cedendo um dia.
@
A briga de galos é o Jochey Club dos pobres.
@ O país real, esse é bom, revela os melhores instintos; mas o país oficial, esse é caricato burlesco.
@ Em o Alienista, Bacamarte, o médico, inferniza a vida de
Itaguaí,
depois
de
prender
e
soltar
loucos
do
hospício que abrira, mudando várias vezes sua teoria sobre a loucura. Por fim, conclui que o louco é ele e morre tentando curar-se no mesmo hospício.
@ “Os
desfalques
dividem-se
em
duas
classes,
os
descobertos e os encobertos. Desfalques descobertos e o que
já
outros,
se é
descobriu, anunciado
o
nas
que
aparece
folhas
de
nos
maior
olhos
dos
circulação,
recebe a polícia, um inquérito, dois advogados, um ou dois júris, e o esquecimento, que é o lençol de nós todos.
Desfalque
encoberto
é
o
que
ainda
não
se
levantou da cama. Destes é que eu temo (...); deitam-se tarde, passam as noites com amigos, ceia lauta, algumas damas, e recolhem-se de madrugada. Não se admira que se levantem
tarde.
Economicamente,
é
Eu sinal
até de
admiro dinheiro
os
desfalques.
(...).
Não
dura
muito, algumas horas, dois ou três dias, mas o que é que dura muito neste mundo, a não serem as Pirâmides do Egito e a boa fé da minha comadre?”
DROPPER Conta-se
que
o
Conde
Greppi,
em
Milão,
frequentava
casas e teatros assiduamente. No dia em que completou CEM anos, deu um grande baile, expedindo convites assim redigidos: “O Conde Greppi convida Vossa Senhoria para festejar com ele o SEU PRIMEIRO CENTENÁRIO”.
@ TRILUSSA, grande poeta italiano, recebeu carta de uma jovem que lhe pedia para ler o manuscrito de uma novela que
lhe
enviava.
A
carta
findava
assim:
“se
faltar
alguma vírgula, por favor, ponha-a. Trilussa respondeu a carta: “de outra vez mande-me as vírgulas; eu escrevo a novela”.
@ Corre que Bernard Shaw foi interpelado por uma bela senhorinha: tenhamos um filho, que nascerá com a minha beleza
e
a
sua
inteligência.
O
pensador
retrucou
imediatamente: mas se ele nascer com a sua inteligência e com a minha “beleza”?
@ “Quando preencho um posto vago, faço um ingrato e cem descontentes”. (Talleyrand)
@
Catarina
II,
da
Rússia,
cheia
de
empáfia,
quando
a
população passava extrema fome, escrevia a Voltaire: “não
há,
no
país,
um
camponês
que
não
esteja
em
condições de por uma galinha na panela aos domingos. Há algum tempo, até preferem os perus às galinhas”.
@ Hugo Gouthier dizia que a diferença entre um técnico e um
político
é
que
o
primeiro
“dá
explicações”
e
o
segundo “ameaça explicações”.
@ Aquele filósofo não comparecia a nenhum enterro: não se pode esperar reciprocidade!
@ Anatole em “La vie fleur” dizia: amo a verdade. Creio que
dela,
a
humanidade
necessita;
porém,
tem
a
humanidade mais necessidade da mentira que lisonjeia, consola e lhe dá esperanças infinitas. Sem a mentira, a humanidade pereceria de desespero e enfado”.
@ Se
você
já
comunicou
a
alguém
que
lhe
deixará
uma
herança, a única coisa decente a fazer é morrer logo. (Samuel Butler)
@ Não existe coisa que irrite mais os vagabundos do Sena, os
“crochards”,
do
que
a
curiosidade
dos
turistas.
Quando se tenta tirar fotografias deles, é comum que
eles desçam
as calças e exibam, nadelgamente, seus
traseiros. (jornalista Mauro Almeida)
@ Fiéis aos seus hábitos de chá às cinco, os ingleses, membros da Câmara dos Comuns, reúnem-se no bar da St. Stephens’s Tavern. A direção da Câmara mandou instalar uma
companhia
parlamentares
que
soa
para
a
no
botequim,
reunião.
convocando
(jornalista
os
Mauro
Almeida)
@ A maior evidência do respeito que o povo inglês tem pelos soberanos, é o de que até os comunistas quando cumprimentam suas majestades, curvam-se perante eles do mesmo modo que o mais leal dos súditos. (jornalista Mauro Almeida)
@ Há
matemáticos
matemáticos
e
políticos,
traçam
um
disse
linha
reta
Briand; a
os
seguem
resolutamente, mesmo se ela vai esbarrar na parede; o político
vê
a
parede
e
trata
de
evitá-la.
Esta
observação é uma variante desta outra: a linha reta em política
muitas
vezes
não
é
o
caminho
mais
curto”.
(Dario de Almeida Magalhães, “Figuras e Momentos”)
De MAURO ALMEIDA, jornalista, autor de “Flashes Europeus”
De
volta
de
uma
viagem
à
Suíça,
um
novo-rico
é
interrogado por um amigo. E que tal a famosa paisagem
suíça? – “não pude ver direito, rapaz. Havia um bocado de montanhas atrapalhando a vista...”
@ Dizem
alguns
turistas
que
a
Bélgica
tem
todos
os
defeitos dos franceses e nenhuma de suas qualidades. Entrei no país, isento de prevenção, mas que força que fizeram alguns belgas para me convenceram do contrário!
@ O primeiro gondoleiro, com quem fui dar o primeiro dos clássicos passeios venezianos, quebrou dois recordes: o de habilidade no manejo do barco, que deslizava como pluma pelas águas dos canais, e o de mentiroso quanto à história, economia e tradições da cidade...
@ Procuro
com
a
máxima
discrição
e
sem
perguntar
a
ninguém, o restaurante que FECHA PARA O ALMOÇO, que segundo dizem, existe em Lisboa. Não o encontrei. Na volta, disseram-me que não procurei direito!
@ Impressa em vários idiomas, recebo à porta da igreja “SACRÉ COEUR DE PARIS” a oração que, segundo o guia, pode
ser
recitada
hipocrisia:
“Ó
ILUMINA-ME...”
DROPPER
pelos
DEUS,
que
QUE
não
crêem,
CHAMAM
AMOR,
sem SE
nenhuma EXISTES,
Caio Blinder afirma que sexo e poder costumam andar de mãos dadas. Mao Tsé Tung e sua esposa
Jian Qing fizeram um acordo:
ele poderia cair na farra e Jian fazer uma “festa” no poder e exercer influência indevida. O
dirigente
recrutava
soldadas
para
sua
cama.
Jian
ficou conhecida como a megera dos excessos ideológicos da Revolução Cultural chinesa.
@ A mineira Nayla Micherif, atual Miss Brasil, continua na batalha pelo direito de concorrer a reeleição. “Se um Presidente pode tentar ser reeleito, porque uma Miss não poderia?” diz Nayla, assistida agora por um colégio de advogados.
@ Daqui a dois anos, quando terminar seu segundo mandato, Clinton
poderá
estar
estúdio
Dream
Works,
mais de
próximo Steven
de
Hollywood:
Spielberg,
já
o
lhe
ofereceu o cargo de Presidente da firma para o dia em que deixar o poder.
@ Afirma Dustin Hoffman: “ser um grande ator hoje em dia é
irrelevante.
Não
importa
mais
a
qualidade
de
trabalho, mas o magnetismo de sua personalidade”.
@
seu
Uma
artista
Leprosário,
de
cinema,
deparou-se
em
visita
com
uma
de
irmã
caridade
a
religiosa
um
que,
conscienciosamente, limpava as feridas de um leproso. A artista sentiu náusea e exclamou: nem por um milhão de dólares eu faria isso! A
religiosa
voltou-se
para
a
visitante,
e
com
um
sorriso doce, respondeu: “EU TAMBÉM NÃO!”
@ A esquerda tem uma chance, a cada 5 anos de chegar ao poder.
E,
quando
chega,
não
sabe
governar”
(Wagner
Barelli).
@ Robert Elliot falando sobre o estresse: a regra número um
para
evitar
o
estresse
é
não
se
preocupar
com
ninharias. Regra número dois: tudo é ninharia.
@ Uma bela mulher que possui as qualidades de um homem honrado é o que de mais delicioso pode haver no mundo. (La Bruyére).
@ O homem que finge estar apaixonado é mais sedutor que aquele que realmente está (Ninon de Leclos, amante do cardeal Richelieu)
@ O Governo do Estado de Schleswing-Hostein, e mais três outros
Estados
alemães,
reintroduziram
o
sistema
de
aulas separadas por sexo, para aumentar as chances de aprendizado
das
meninas.
Na
Renânia,
haverá
aulas
separadas
para
algumas
disciplinas,
como
matemática,
física, química, informática e esportes. O projeto tem o apoio da Universidade de Frankfurt. A conclusão é a de que as meninas, embora tirando notas mais altas, não desenvolvem todo o seu potencial ao lado
dos
meninos;
sentem-se
inibidas,
enquanto
os
meninos se mostram arrogantes.
@ Aludindo
aos
álamos
de
que
se
extrai
a
celulose,
analisava melancolicamente Clemenceau: “um livro é a morte de uma árvore”.
@ Balzac encontrou o título de um romance na tabuleta de uma
loja.
Molière
achou
o
nome
para
uma
de
suas
personagens na tabuleta de um farmacêutico. a realidade serve ao escritor apenas naquilo que observa em si”. (Pitrigrilli,
no
livro
Pitrigrilli
fala
sobre
Pitrigrilli)
@ É intelectual, ou seja, “um homem que põe a tônica da vida
no
poder
da
palavra”.
(Vivaldi
Moreira,
“O
Velocino de Ouro”)
@ “Sujeito sem sal nem pimenta vivia à parte na vida, incompreendido, sequioso de encontrar uma mulher que o amasse. Dava-se à leitura de romances e sonhava para si uma
aventura
completa”.
livro “Segredo Conjugal”)
(Vivaldi
Moreira,
citando
o
@ “Afirmou
um
filósofo
que
personalidades
diversas:
aquela
outros
que
os
coexistem, aquela
supõem
em
que
que
nós,
três
pensamos
ser;
somos;
aquela
que
somos efetivamente”. (Vivaldi Moreira, “O Velocino de Ouro”)
@ Um diretor de jornal, na véspera da Páscoa, orientou um jornalista:
“
–
amanhã
é
preciso
falar
em
Jesus”
–
Falar bem ou falar mal?, indagou o repórter. (Júlio F. Escobar)
@ Quando
o
livro
CORAÇÃO,
de
Edmundo
de
Amicis,
foi
traduzido em 60 línguas, um empregado de Finanças lhe disse: “O senhor escreve, eu sei, mas além disso, o que faz de sério?” (Alfredo Panzini).
@ O
comediógrafo
trabalhou depois
por
de
40
Roberto algum
anos
Bracco
tempo de
na
triunfo
que,
quando
Prefeitura nos
de
palcos
da
jovem, Nápoles, Europa,
encontrou um antigo colega que lhe disse: “que lástima haveres abandonado o teu lugar na Prefeitura. Com o teu talento terias chegado a chefe de seção!”.
@ “Os escritores do século passado dispunham de um grande recurso:
a
mais.
fotografia
A
descrição.
Hoje
matou
a
descrição
não
definitivamente
a
funciona paisagem
escrita. Lamartine, em seu “Lago”, diz muito menos do
que o opúsculo ilustrado de uma agência de turismo; diz-se, corretamente, que uma fotografia vale por mil palavras” (Jules Bernard)
@ Na União Soviética os homens de letras gozam de grande prestígio
porque
escritores
os
Stalin
arquitetos
já da
proclamava
alma.
Na
serem
América,
os
disse
Stinbeck, “os escritores estão em condição inferior a do
acróbata
e
somente
superior
às
focas
na
estima
popular”.
@ “Não nos é desconhecido buscarem muitos homens notáveis à
causa
de
profissional
um ou
esplendor político,
medíocre”. (Vivaldi Moreira)
social, fora
do
de
seu
âmbito
de
triunfo um
lar
De NAIR LACERDA e algumas de suas quatrocentas anedotas históricas D. Pedro II e o Duque de Caxias olhavam e apreciavam o quadro de Pedro Américo, “Batalha de Avaí”, quadro que trazia na pintura a figura do próprio Caxias. O imperador observou a fisionomia sombria do militar e lhe indagou o motivo do carrancismo. Caxias
respondeu
pintor
Pedro
entredentes:
Américo
me
viu
“
–
em
E
onde
combate
foi
com
a
que
o
farda
desabotoada e a camisa aparecendo?”
@ Harriet Beecher Stowe, ainda menor, escreveu o romance “A Cabana do Pai Tomás”. Nos Estados, quando rebentou a guerra
da
Secessão
o
Presidente
Lincoln
manifestou
desejo de conhecer a escritora, dizendo-lhe: “Então foi você, pequenina assim, que desencadeou esta guerra tão grande?” Porque
“A
faísca
que
Cabana
do
atirara
Pai o
Tomás”,
país
na
sabidamente,
estupenda
luta
foi
a
entre
escravagistas e antiescravagistas, ante a alma piedosa da autora daquele livro que tanto comoveu os Estados Unidos...
@ Bismarck
foi
sempre
taciturno,
pouco
disposto
a
dar
explicações. Depois da guerra de 1870, tornou-se mais
fechado. Adoecendo, veio ter a sua cabeceira, a seu chamado, um médico conceituado, Dr. Schwninger, também áspero em suas expressões. Depois
de
cuidadoso
exame,
o
médico
passou
a
fazer
perguntas ao Chanceler de Ferro. À terceira pergunta, Bismarck gritou: “- Vamos acabar com esse interrogatório? Pare com as perguntas”. - Como quiser, Alteza, respondeu o médico. Mas como não posso
fazer
o
tratamento
sem
lhe
fazer
perguntas,
melhor chamar o veterinário! Bismarck
trocou
olhar
furibundo
com
o
médico,
mas
condescendeu: pode fazer as perguntas!”
@ A poesia de Robert Browning, inglês, tinha muito de hermética.
Carlyle,
malicioso,
ao
aparecer
uma
das
obras de Browning, SORDELLO, escreveu-lhe este bilhete: “Meu caro Browning, minha mulher leu e apreciou o teu Sordello
e
escrevestes,
gostaria se
de
Sordello
saber, é
um
de
ti
homem,
mesmo, um
país
que ou
o um
livro?”
@ O Papa Paulo III confiou a Michelangelo a pintura, no Vaticano, da cena do JUÍZO FINAL. Biagio de Cesene, mestre-de-cerimônia constantemente
o
do
artista
Vaticano, diante
dos
nus
interrompia que
se
iam
juntando na imensa composição do artista. Reputava um
escândalo.
Farto
do
maçador,
Michelangelo
retratou-o
entre as figuras que se encontravam no inferno. Indignado, Cesena foi suplicar ao Papa que obrigasse o artista a refazer aquele rosto, sem demora. Paulo III, divertido com a história, declarou: se ele te tivesse colocado
no
esforço
e
purgatório, retirar-te
vá
de
lá, tal
eu
poderia
lugar,
mas
fazer
um
estás
no
nulla est redemptio. Não tenho autoridade para influir ali. Até hoje, quem quer que observe a tela JUÍZO FINAL de Michelangelo, no Vaticano, poderá ver, no ângulo à direita, a fisionomia do infeliz Biagio de Cesena. inferno,
meu
caro,
e
bem
sabes
que
ali
@ Conforme
lhe
parecia
mais
conveniente,
o
duque
de
Savóia, Carlo Emanuele I- ora se aliava à França, ora à Espanha- tinha uma casaca interessante: branca de um lado, vermelha do outro. Quando estava com a França, usava
o
vermelho. originado
lado
branco.
Quando
com
É
possível
que
desse
a
expressão
“virar
a
a
Espanha, hábito
casaca”
o
lado
tenha
para
os
se que
mudam de opinião política.
@ Uma
das
grandes
habilidades
de
Carlitos
era
fazer
imitações. Certa vez, para divertir seus convidados, cantou
uma
ária
lírica
surpreendeu os presentes.
italiana,
episódio
que
Alguém comentou então com Carlitos: - Por que nunca nos disse que sabia cantar assim? - “Mas eu não sei cantar! Protestou o genial Carlitos. Eu só estava imitando o Caruso!”
@ Collodi, famoso escritor italiano, saía abatido de um cassino
por
ter
perdido
nada
menos
de
mil
liras
no
jogo. Encontrou-se com o editor Felice Patti, a quem contou sua desdita. Paggi pediu que Collodi passasse em seu escritório no dia
seguinte,
adiantando-lhe
que
lhe
daria
as
mil
libras. Dia seguinte, Collodi passou no escritório do editor, onde encontrou realmente as mil libras com um instrumento
pelo
qual
Collodi
se
comprometia
a
entregar, ao editor, dentro de um ano, um livro para crianças. E Collodi, que nunca se dedicara a semelhante gênero, produziu
a
maravilha
de
graça
e
imaginação
que
é
PINÓQUIO.
@ Quando
Cook
descobriu
animal
estranho,
que
a
Austrália,
jamais
tinha
deparou visto
em
com
um
parte
alguma. Interessado, mandou um marinheiro informar-se dos nativos qual era o nome do animal. O marinheiro voltou com a resposta: CANGURU, é o nome do animal. Mais tarde, descobriu-se que “canguru”, na linguagem dos nativos, significava: “Que é que você está dizendo?
@ Cristina da Suécia parecia ter grande desprezo pelos representantes
do
próprio
sexo.
Costumava
dizer:
“-
Gosto dos homens, não por serem homens, mas por não serem mulheres”.
@ Voltaire, após escrever a tragédia OLIMPIA, mandou para o
escritor
D’Alembert
uma
cópia,
escrevendo
sobre
a
capa: “esta Tragédia foi escrita em seis dias”. Como opinião crítica, D’Alembert devolveu-a a Voltaire com as
seguintes
palavras:
“o
autor
não
deveria
ter
repousado no sétimo dia”. Voltaire, modestamente, fez revisão de seu trabalho.
@ FERNANDO II, DE Bourbon, tinha grande senso de governo e costumava dizer: “Meu povo é governado com três FF: força, festas e farinha”.
@ A
Princesa
de
Maine
indagou
de
Fontenelle,
nas
costumeiras sessões sociais que promovia, que diferença existia entre ela e um relógio. Fontenelle respondeu imediatamente: o relógio marca as horas e Vossa Alteza faz esquecê-las.
@ Anatole France costumava dizer aos jovens escritores: “acariciai longamente a vossa frase e ela terminará por sorrir”.
@
Em uma das visitas feitas por Hitler a Roma, o marechal Goering o acompanhou, e, na estação repleta, deu um grosseiro repelão junto de um cavalheiro italiano. Este reclamou desculpas, mas o enxudioso nazista voltou-se, também, e atirou ao outro, orgulhosamente: - Eu sou Hermann Goering! E o cavalheiro sorrindo, acalmado e desdenhoso: - Como desculpa, é pouco, mas como explicação é mais do que suficiente!
@ Guilherme II, da Prússia, era muito vaidoso e a seu respeito corriam anedotas em que ficava patente aquela sua fraqueza. Diziam, por exemplo: Que diferença há entre o Senhor Deus e Guilherme II? E a resposta era: “Deus criou todas as coisas, e Guilherme II reformou-as todas, de ponta a ponta”.
@ Um escritor qualquer, em busca de escândalo, lançou um artigo
segundo
existido.
o
Anatole
qual
Jesus
France,
Cristo
jamais
Clemenceau
e
teria outros
escritores comentavam o artigo, quando chegou Hébrard Adrien, político francês, que, tomando conhecimento do assunto, disse com ar fingidamente pesaroso: -
Que
séculos
pena! de
O
homem
atraso!
Se
foi os
sabido!
@
descobrir pobres
isso
mártires
com
vinte
tivessem
O
Conselheiro
parlamentar,
Lafayete
costumava
Rodrigues ser
Pereira,
aparteado
famoso
constantemente
pelo Senador Diogo Velho. Certo dia, quando Diogo Velho renitia num aparte, Lafayette respondeu-lhe: “- sacer
locus, puer, extra mingite!” Meio encafifado, Diogo Velho lançou um olhar indagador para seu vizinho, o barão de Cotegipe, que sussurrou a tradução: “O lugar é sagrado, menino, vá urinar lá fora!” A hilaridade foi geral...
@ A
melhor
definição
de
cultura,
deu-a
Carl
Larsson,
pintor sueco. Alguém lhe perguntou se tinha lido todos os livros de sua biblioteca. - Sim, disse o pintor, eu li todos. - O Senhor tem imensa cultura, então! - O que leio esqueço. É preciso que tudo se leia e que muito
se
esqueça:
o
que
sobrar
é
exatamente
a
cultura...
@ Numa roda em que muito se discutiam antepassados, A. Lincoln declarou, risonho: - Não me importa saber quem foi meu avô, estou muito interessado em saber quem será o meu neto”.
@ Paderewski,
célebre
pianista,
que
foi
Presidente
da
Polônia, dera um concerto particular numa casa de novorico, que o artista detestava.
Terminada
uma
das
peças,
uma
senhora
indagou
ao
pianista: “isso que tocou é muito bonito. Quem compôs? - Beethoven, minha senhora. -
Ah,
é
verdade.
O
que
faz
ele
agora,
continua
compondo? - Não, minha senhora – respondeu sério. Ele agora está decompondo.
@ RASPUTIN, monge nascido na Sibéria, que exerceu enorme influência
na
corte
russa,
dizia
cinicamente:
“só
o
arrependimento e a contrição nos podem dar a salvação da alma. Mas de que nos poderemos sentir contritos e de que
nos
arrependeremos,
previamente? depois
É
gozemos
preciso, os
se
não
portanto,
benefícios
do
tivermos pecar,
pecado
para
que
arrependimento.
Por
isso, quando Deus nos envia as tentações, temos o dever de sucumbir a elas”.
@ Orson Welles, ator, não era nada modesto. Começou uma conferência nos seguintes termos: -
sou
diretor
e
produtor
de
filmes,
ator
teatral
e
cinematográfico, escritor, produtor
teatral, escrevo,
represento
mágico
publiquei
e
dirijo
vários
em
livros,
rádio, toco
sou
violino
e
e
pintor,
piano
muito
bem. Parou, lançou um olhar que varreu a platéia, e perguntou: - Não é uma pena que existam tantos “eus” e tão poucos “vocês”? (a platéia estava exígua).
DROPPER Roberto
Talma
pretende
filmar
“NOSSA
SENHORA
DA
APARECIDA”, a primeira película sobre a padroeira do Brasil. Ela, segundo o cineasta, será uma espécie de Jesus
Cristo
reconstitui
nacional.
suas
O
filme
aparições,
começa
figuras
em
1780
e
míticas
como
a
mulher do pescador, entre outras coisas. O filme sobre a Santa terá proporções de filme épico.
@ A coluna Swann, do Globo, diz que o comando do PSDB irá se reunir com um item curioso na pauta: um desagravo ao governador Mário Covas, chamado de “bundão” num artigo assinado pelo jornalista Clóvis Rossi.
@ Da.
Lúcia,
Unidos,
esposa
Flecha
de
do
nosso
Lima,
embaixador
indagada
sobre
nos a
Estados
diferença
entre a Inglaterra e os Estados Unidos, em termos de moda, comida e decoração, respondeu: “A Inglaterra tem melhores lembrar
antigüidades. uma
Washington polícia
brincadeira
sobre
o
é
inglesa;
mecânicos,
alemães;
céu os os
Mas
essa
que e
o
ouvi
comparação numa
inferno.
cozinheiros, amantes,
me
faz
recepção
Céu
é
onde
franceses;
italianos,
e
em a os
tudo
organizado pelos suíços. Inferno é onde os chefs são
ingleses; os mecânicos, franceses; os amantes, suíços; a polícia, alemã e tudo organizado pelos italianos.”
@ Adverte
a
coluna
Swann:
um
projeto
entre
os
mais
sigilosos e ambiciosos da história da Rede Globo está começando a tomar corpo. Se for aprovado, os experts prevêem para ele um ibope estrondoso: trata-se de pelo menos
quatro
horas,
ao
vivo,
dedicadas
ao
parto
de
Xuxa, previsto para Agosto. Calcula-se em 200 pessoas a equipe – entre técnicos, redatores e repórteres – que cuidará deste “especial” especialíssimo...
@ Lê-se no livro de Marcel Souto Maior (AS VIDAS DE CHICO XAVIER) uma passagem intrigante sobre o personagem. Jornalistas
da
revista
“Cruzeiro”
–
David
Nasser,
Manzon e Natividade tomaram a decisão de visitar Chico Xavier, para desmascará-lo ou “mostrar o médium”, na expressão
dos
jornalistas.
Apresentaram-se
ao
médium
como estrangeiros, sendo que Natividade apresentou-se como o intérprete dos “americanos”. Ao final, feito o rastreamento psicológico do Chico, com menção ao guia espiritual do mesmo, EMANUEL, os falsos americanos e repórteres
da
revista
ganharam
das
mãos
do
médium
livros espíritas aos quais Francisco Xavier escreveu dedicatórias. A
encenação
parecia
ter
dado
certo,
pois
em
nenhum
momento Chico Xavier exibiu qualquer desconfiança dos entrevistadores “estrangeiros”.
David Nasser, que fizera a reportagem “Chico, detetive do Além”, não chegara a uma conclusão definitiva sobre ser tratava ou não farsa do médium. Dias
depois,
verificando
os
livros
que
recebera,
de
Chico, examinando por acaso a dedicatória, depararam com a frase: “ao irmão David Nasser, oferece Emanuel”. A mesma dedicatória havia sido lançada no livro de Jean Manzon! Ao que consta do episódio descrito por Marcel Souto, Chico
Xavier
repreendeu
severamente
seu
instrutor
espiritual, Emanuel, por permitir a encenação!
@ Sílvio Caldas é o cantor que melhor soube usar sua voz. Sua técnica, sobretudo de respiração, é insuperável. Sua
maneira
de
interpretar,
de
dizer
uma
letra,
é
perfeita, diz João Máximo, crítico do jornal “O Globo”. Todavia, dizem os críticos, a partir de João Gilberto, o
canto
brasileiro
mudou.
dissesse
influenciado
incluísse
em
seus
Pouco
por
importa
Orlando
discos
canções
do
que
Silva.
ele E
se que
repertório
de
Orlando. Ele provou que qualquer um pode cantar, desde que razoavelmente afinado, de modo que a partir dele os compositores
passaram
a
ser
intérpretes
de
suas
próprias canções, tornando desnecessário os “cantores de
verdade”.
Por
isso,
pelo
próprio
seresteiro, os Sílvios Caldas saíram de moda.
@
espírito
Assim, se a bossa nova matou o cantor da seresta, o “rock” enterrou-o de vez. Com cantores tão diferentes de João Gilberto quanto João é de Vicente Celestino, mudou novamente a arte. Só que Sílvio Caldas já não tinha fôlego para resistir a essas transformações. Com Sílvio
Caldas,
entretanto,
sem
dúvida,
morre
um
estilo”. (reportagem de João Máximo para “O Globo”).
@ O European Union Bank foi o primeiro banco virtual do gênero NET. Em abril de 1977, fechou seu “site” e os diretores
sumiram,
deixando
os
clientes
a
“verem
navios”.
@ A Associação Psicológica americana, pela pesquisadora Kimberly Young, já apresentou um trabalho registrando a ocorrência Internet.
de O
uma
vício
nova é
doença:
considerado
uso
patológico
equivalente
ao
da dos
jogadores compulsivos.
@ Renato
de
Freitas,
ex
Prefeito
e
deputado
era
Presidente da MINASCAIXA, nomeado pelo Governador da época.
Os
indignados
funcionários com
os
do
estabelecimento
vencimentos
recebidos,
estavam sempre
equiparados aos do Banco do Brasil. Com a negativa de aumento pelo Presidente, os funcionários cuidaram de fazer o tradicional “funeral”, desfilando com cerimônia o caixão de enterro. Renato, do andar da Presidência,
assistiu o “funeral”; passados alguns dias, resolveram os líderes do movimento grevista pedir uma entrevista com Renato de Freitas. Este, calmamente, após ouvir os funcionários, replicou: “defunto não dá entrevista!”
@ Sobral Pinto, advogado católico, não se esquivava de defender qualquer pessoa que lhe parecesse injustiçada. Assim
é
Prestes,
que, líder
na
época
da
comunista,
Revolução,
Luiz
encontrando-se
incomunicável, procurou seus serviços.
Carlos
preso
e
Sobral Pinto,
tentou tudo, atravessando petição sobre petição perante os Juizes. Nada. O notável advogado, que sempre se dizia um profissional “de porta de cadeia”, tomou uma providência drástica: requereu ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus a favor de Carlos Prestes, invocando a “lei de proteção aos animais”. A repercussão do pedido foi tão grande na Sociedade que o Tribunal concedeu o habeas corpus!
@ Maledicências da imprensa americana dão conta determinado
Presidente
dos
Estados
Unidos,
gordo, propiciava à amante dois orgasmos: um,
que um de
tão
durante
o ato, outro, depois, quando tirava seu peso de cima dela...
De PIERO CALAMANDREI, no livro, “Eles os Juizes, vistos por nós, os Advogados”. A luta no Pretório. Um
Juiz,
que
tinha
certa
fantasia,
dizia
a
um
professor: ensine aos seus alunos que o processo não é um palco, nenhuma academia de conferencistas, nem um círculo
de
jogador
de
xadrez,
nem
uma
sala
de
esgrima... -... “nem um dormitório”, completou o professor.
@ Muitas vezes, o sono dos juizes é premeditado. É um hábil expediente do juiz para defender uma ou outra da partes contra o erro de seus advogados.
@ “Quem foi que disse que, nos processos, os debates não servem
para
nada!
Antes
dos
discursos
dos
advogados
estava em dúvida. Falou o Autor e compreendi que não tinha
razão, mas a seguir, para o bem do autor, falou
o réu e então tive que me convencer que era o autor quem na verdade tinha razão! O cliente não sabe que, muitas vezes, depois de uma vitória, devia ir abraçar comovido, não o seu advogado, mas sim o advogado do seu adversário!”
@
O Juiz que falta ao respeito ao advogado, ignora que beca
e
toga
obedecem
à
lei
dos
líquidos
em
vasos
comunicantes: não se pode baixar o nível de um, sem baixar o nível do outro.
@ Examinando-se a célebre série de desenhos que Daumier consagrou
a
gente
da
justiça,
vê-se
que
ele
nunca
deixou de fazer caricaturas de advogados sem envolver na
sátira
os
juizes.
Os
advogados
e
os
juizes
desempenham no mecanismo da justiça o papel das cores complementares na pintura. Opostos, é pela aproximação que melhor se fazem valer.
@ Para encontrar a Justiça, é preciso ser-lhe fiel. Como todas as divindades, só se manifestam àqueles que nela crêem.
@ O Estado considera como essencial o problema da escolha dos juizes. Sabe que lhes confia um poder temível, que mal exercido pode fazer passar por justa a injustiça, constranger a majestade da lei a mudar-se em campeã do mal e imprimir de maneira indelével, sobre a cândida inocência,
a
marca
sanguinolenta,
que
para
sempre
a
tornará parecida com o delito.
@ O juiz é o direito tornado homem. Na vida prática, só desse homem posso esperar a proteção prometida pela lei sob uma forma abstrata.
@ A cabeleira dos advogados ingleses, que pode parecer um anacronismo
ridículo,
supremacia pessoa
da
do
função
tem
a
sobre
profissional.
encanecido:
a
profissão
vantagem o
afirmar
a a
homem,
de
esconder
pode
ser
calvo
Este não
de
muda
de
idéia
ou
nem
de
aspecto.
@ Sem
probidade
não
pode
haver
justiça.
Mas
probidade
quer dizer também pontualidade.
@ O papel do advogado requer mais talento e mais energia que
o
do
juiz.
Encontrar
os
argumentos,
missão
do
advogado, é tecnicamente mais árduo que escolher entre esses argumentos descobertos pelo defensor.
@ Um advogado espanhol, que assistia a uma das nossas audiências
criminais,
admirava-se
por
a
bancada
dos
advogados estar colocada mais baixa que a dos juizes. Na
Espanha,
pelo
contrário,
a
tradição
exige
que
estejam colocadas ao mesmo nível, significando dessa forma que as duas missões são iguais.
@ No
juiz,
a
inteligência
não
conta.
Basta
que
seja
normal e que ele possa chegar a empreender, encarnação
quod omnes intelligunt. O que principalmente conta é a superioridade moral que deve do
homem
médio,
ser tamanha a ponto de poder perdoar ao advogado ser mais inteligente do que ele.
@ Entre
todos
os
cargos
judiciários,
o
mais
difícil,
segundo me parece, é o Ministério Público. Este, como sustentáculo da acusação, deve ser tão parcial como um advogado; como guarda inflexível da lei, deve ser tão imparcial como juiz.
DROPPER O Senador José Serra ligou para o líder do governo da Câmara, pedindo que fosse acelerada a tramitação de um projeto seu. - Luiz Eduardo, estou precisando de uma grande ajuda sua. Preciso que você indique um relator para o meu projeto. - Já está resolvido. Isso é fácil. Vou indicar agora. - Sim, mas eu preciso de um relator SEM IDÉIAS.
@ A única coisa que o Trabalho e o Capital têm em comum é o
desejo
de
cortar
a
garganta
do
outro.
(Brooks
Atkinson)
@ Agamenon pessoa
Magalhães,
de
extrema
ex-governador fealdade.
Um
de
Pernambuco,
dia,
quando
era
recebia
cumprimentos pela passagem do Ano, foi invectivado por uma
eleitora,
que
recebera
dele
uma
promessa
não
cumprida. “- O senhor é homem de duas caras”, gritou a eleitora. -
Filha,
disse
o
governador,
pensativo,
coçando
o
queixo. Se eu tivesse duas caras acha que eu usaria esta?”
@
Tirada de Batuira Martins da Costa, ex Secretário de Administração de Uberlândia: Champagne tem o mínimo de álcool e o máximo de companhia.
@ Renato
de
deputado,
Freitas, fazendo
ex
Prefeito
julgamento
espécies
de
pessoas
no
aprendem
com
os
próprios
aprendem
com
os
próprios
dos
mundo:
de
outros:
os
erros, erros,
Uberlândia “há
idiotas, os e
e
três
que
não
espertos,
que
os
sábios,
que
aprendem com os erros dos outros”.
@ A Igreja nunca penalizou muito o pecado da gula. São Fortunato, patrono dos bons comedores, não foi impedido de subir aos altares apesar de sua incontida paixão pela mesa.
@ “O
discurso
moral
da
medicina
contra
o
açúcar
já
ultrapassa os limites fixados pela liberdade de cada um. Qualquer dia, entrar numa confeitaria terá a mesma carga
moral
que
freqüentar
um
bordel.”
(Alfredo
Saramago)
@ O problema com a comida italiana é que cinco ou seis dias depois você tem fome outra vez. (George Miler, cineasta)
@ “Ele não tem um só vício que o redima”. (Oscar Wilde)
@
O noticiário americano revela que, entre os Presidentes dos
Estados
George
Unidos,
Bush,
este,
de
George
antecessor
Washington de
(1732)
Clinton,
a
diversos
mantiveram amantes, entre eles Abraham Lincoln, nome quase venerado. Frannklin Roosevelt faleceu na casa da amante,
no
Sul,
enquanto
Eleonor
Roosevelt
se
Rei,
as
encontrava em Washington.
@ Em
Versailles,
ao
lado
do
palácio
do
todas
famílias possuíam solar. Mas não se cogitava apenas de bens
materiais.
Rousseau
pusera
a
Natureza
na
moda.
Erigiam-se templos à Amizade, ao Amor, à Beneficência, etc.
Um
templo
entretanto,
foi
deveria
erigido ficar
à
sempre
Filosofia,
o
inacabado,
qual, porque
deveria ser o símbolo do conhecimento humano, que nunca chega ao fim.
@ Certa feita, conta o neto de Jânio Quadros, perguntaram a Jânio porque “ele bebia assim”. Respondeu ele: “bebo porque é líquido. Se sólido fosse, comê-lo-ia.”
@ Em meio a um pronunciamento, o Senador Roberto Requião fez
uma
pausa
para
forçar
um
diálogo.
“Na
minha
ausência, soube que um Suplente andou falando mal de mim. Concedo agora uma aparte para que possa repetir na frente
tudo
que
disse.
lividamente.”
@
O
Suplente
declinou,
“O pior discurso é o discurso longo.” (Pedro Calmon)
@ Numa audiência com o embaixador americano para tratar de
caso
grave,
o
Senador
baiano
Antônio
Carlos
Magalha~es, proibiu os assessores de fazerem qualquer registro
da
conversa.
ACM,
depois
de
uma
grave
Oh, my God! Prosseguindo a conversa e , diante de uma revelação do Senador, o Embaixador americano, a sua vez, exclamou: “Pelo Senhor do Bonfim!” revelação
do
embaixador,
exclamou:
@ No começo do ano 7º, de visita a Brasília, o então deputado estadual da Paraíba, Sócrates Pedro, teve uma audiência com o deputado federal Janduhy Carneiro, seu conterrâneo. Ao se encontrarem, o deputado estadual se apresentou formalmente. Carneiro estranhou: mas eu lhe conheço até de outras legislaturas! Sorrindo, Sócrates Pedro explicou a confusão. Não, disse ele, o senhor conversava
com
meu
irmão,
Sóstenes
Pedro,
que
foi
deputado estadual e já faleceu. Desfeita a confusão, a conversa
prosseguiu
por
alguns
Janduhy
foi
assaltado
despedir, semelhança
dos
interlocutor.
nomes
o
fez
Constrangido,
na
minutos. pela
esquecer hora
de
Na
hora
de
dúvida.
A
qual
era
o
resolver
a
dúvida se enrolou. Desculpe, mas eu esqueci seu nome! Vocé é o que morreu ou o que está vivo?
@
O jornalista Bandeira de Melo é que nos dá a notícia: José Bonifácio Lafayete Andrade aconselhava aos amigos que
não
indagassem
sobre
três
coisas:
cozinha
de
restaurante, idade de mulher e passado político.
@ Santa
Tereza
de
Ávila,
doutora
da
Igreja,
lutava
terrivelmente contra o tempo puxando um carroção, pois desejava
fazer
uma
mudança
de
convento.
Debaixo
da
chuva torrencial, com as rodas presas no lodaçal, teve, o que para ela não era incomum, uma visão de Cristo. Numa
prece
ardente,
reclamou
das
condições
que
enfrentava, sem qualquer socorro providencial. Jesus sorrindo, Ter-lhe-ia dito: “pois não é assim que trato meus amigos?” A resposta da religiosa veio pronta: “não será por isso que o Senhor tem tão poucos amigos?” A
passagem
letras, Ávila.
no
ora
narrada
livro
vem
contada,
“CONFISSÕES”,
de
com
Santa
todas
as
Tereza
de
De ROBERTO CAMPOS Deputado Federal, ex Ministro de diversas pastas, autor de “A Lanterna na Popa” No seu livro “A Lanterna na Popa”, Roberto Campos faz menção
a
dois
tipos
de
oradores,
exemplificando:
-
quando Demóstenes orava, os gregos diziam: “como fala bem”;
quando
falava
Péricles,
a
audiência
clamava:
“vamos marchar com ele”.
@ Roberto Campos conversou com um bispo sobre a injustiça com que se tratava determinado padre, de reconhecida competência mas jogado no interior. O bispo explicou então os motivos que o padre não subira na carreira eclesiástica: primeiro, porque ficou muito da esquerda, o que seria contornável; segundo, vivia maritalmente com uma ex-aluna do colégio de freiras, o que seria também contornável; mas já não acreditava em Deus, o que era incontornável.
@ O
chiste
em
Cambridge,
diz
Roberto
Campos,
era
que
quando se reuniam dois economistas ingleses, sendo um Lord Keines, havia pelo menos três opiniões diferentes, pois Lord Keines seguramente teria duas. E às vezes contraditórias.
@
O economista Galbraith confidenciou a Roberto Campos que
o
problema
de
representar
o
Presidente
João
Goulart, tão desinformado em economia, era pior que a tarefa dele, Galbraith, tinha em relação ao Presidente Kennedy. Kennedy não entende nada de economia mas pelo menos sabe onde está a veia jugular, e sabe que ela não
the ass). Seu Presidente, dizia Galbraith, parece pensar que a veia jugular está “in the ass”. está
na
(in
bunda
@ Deus não é socialista e os padres não gostam que se diga, mas Deus foi um grande criador de desigualdades. Distribuiu,
com
inteligência,
bastante
injustiça,
criatividade
e
os
diligência.
dotes
de
Inexistindo
normas objetivas de justiça, torna-se perigoso tentar corrigir as injustiças divinas pela “justiça social”, ditada pelo ideólogo, burocrata ou político de plantão. Em
outras
desejável” (Roberto
palavras, e
deve-se
reconhecer
Campos,
artigo
a
considerar
a
“igualdade
impossível”.
sobre
“O
“equidade
liberalismo
e
a
pobreza”)
@ Não há mais esquerdas no Brasil, sobram apenas alguns canhotos... (Roberto Campos).
@ Outra de Roberto Campos: “CARMEN” é opera para quem não gosta de ópera...
@ Roberto Campos, que certa feita acompanhou o Presidente J.K. a Madri, narra que o mesmo foi homenageado pelo Generalíssimo Franco com um almoço. No seu livro “A Lanterna
na
Popa”
tece
comentários
sobre
Franco,
sustentando que o Generalíssimo não tinha “o physique
du role” de governante: baixo, rechonchudo, voz de falsete, mãos pequenas e moles, não exsudando o carisma dos grandes líderes. A propósito, ouvia-se uma piada Madrilena: “Ao penetrar certa vez na sala de reuniões do Gabinete, Franco deparou-se com uma violenta discussão entre dois Ministros, que não haviam dado pela sua presença. - Porque se pelean ustedes? Indagou Franco. - Hablamos de política, disseram os Ministros. - Hagan como yo, disse o Generalíssimo, “Que no me meto en politica”.
@ A diferença entre o capitalismo e o socialismo é que naquele os resultados são melhores que as intenções; neste, o contrário acontece (Winston Churchill, citado por Roberto Campos)
@ A melhor contribuição que nossas esquerdas podem dar é parar de dizer bobagens e deixar que o Brasil tenha um real banho (e não apenas uma benzedura) de liberalismo e capitalismo. (Roberto Campos)
@
Basicamente,
nosso
“empregabilidade” inadequado
derivam
nível
trabalhistas falta
medíocre
de
de
três
investimento;
desincentivadores liberdade
monopólios
de
crescimento
das
empresarial.
estatais,
as
e
baixa
fatores: b)
a)
encargos
contratações;
c)
Ao
os
esquerdas
defender reduzem
nosso
potencial de absorção de capitais privados nacionais e estrangeiros,
portanto,
nossa
capacidade
de
gerar
empregos.
@ Os
Sindicatos,
salários
dos
desempregados
hoje, já (a
protegem
empregados, não
ser
os
empregados
nada talvez
fazem
e
os
pelos
torná-los
inempregáveis).
@ Nossos políticos da esquerda não se pejam de apoiar manutenção de privilégios para o setor estatal, assim como a universidade gratuita para os ricos, surrupiando recursos que deveriam caber à educação de massa.
@ Com uma participação do comércio exterior no PIB de apenas 15%, a ECONOMIA BRASILEIRA ESTÁ LONGE DE SER GLOBALIZADA.
@ O deputado Roberto Campos avisou que não subirá este ano aos palanques eleitorais para fazer campanha. Disse ele “que não domina a linguagem punk...”
DROPPER Uma mulher sem perfume não tem futuro. (Paul Valery)
@ “O
rosto
é
o
espelho
que
reflete
a
vida
interior.”
(CHANELL, DESIGNER ARTÍSTICO).
@ Francisco
Campos,
conhecido
com
o
“Chico
Ciência”,
gênio comparável a Rui Barbosa, foi uma personalidade controvertida.
Era,
antes
e
acima
de
tudo,
um
intelectual, um homem de idéias, e não um homem dos fatos (como se requer do político). Por isso, fracassou rotundamente na vida política; dele, a este respeito, escreveu
Fernando
político...
a
de
Azevedo:
triste
circunstâncias
capacidade
adversas.
“E
“Faltava-lhe de
adaptar-se
fracassando
na
para às
política
(derrota eleitoral de 1993) voltou-se ressentidamente contra os seus próprios ideais liberais, convertendose, daí por diante, num homem de
extrema-direita. Na
meia-idade e na idade provecta era um “chico-ferro”, em política – inabordável e antipático. Prova disso é que, não obstante tudo que fez por Dores do Indaiá, abrindo caminho para a expansão do ensino secundário particular e traçando caminhos para o ensino normal de grau
superior,
que
mais
tarde
iria
surgir
nas
“Faculdades de Filosofia”, Campos apenas teve, na sua cidade
natal,
21
votos
em
Dores
do
Indaiá!
Fiuza, historiador, filho de Dores do Indaiá)
(Rubens
@ Durante a revolução liberal de 1930, tropas revoltosas do Rio Grande do Sul que avançavam através do Paraná, em direção a São Paulo, iam-se chocar com as tropas legalistas que desciam da capital de São Paulo. Grande estardalhaço
se
fez
pela
imprensa:
estava
prestes
a
travar-se a maior batalha da América do Sul. Mas os dois exércitos se confraternizaram ao redor da causa liberal, junto às margens de Itararé... O que houve, ao invés de uma grande batalha, foi uma debandada geral e açodada dos paulistas, uns pelas matas e outros para São
Paulo.
pilhéria
e
A
“maior
epigrama
batalha”
se
satírico,
converteu
na
maior
“verve”
do
poeta
na
Murilo Mendes.
@ Narra-se que Minas Gerais teve também o seu quilombo, o do Ambrósio, em modelo reduzido e disperso. Durou cerca de 65 anos entre 1630 e 1695. O reino de Ambrósio, negro
agigantado,
robusto,
formou-se
em
unidades
dispersas, nas encostas da Serra da Canastra e Serra da Saudade.
Chegou
a
reunir
cerca
de
dois
mil
negros.
Ambrósio seria um príncipe negro, de antiga raça dos reis
africanos.
Feito
prisioneiro
pelos
muçulmanos
invasores de sua pátria, fora vendido como escravo aos negreiros portugueses da Costa da Mina.
De VIRIATO CORRÊA, personagens e fatos da história brasileira Viriato Corrêa faz uma observação interessante sobre a história brasileira. Em quase todo o mundo católico, o clero tem sido um dos esteios dos tronos. No Brasil, ao contrário, o trono sempre teve o clero com um dos poderosos fatores do seu aniquilamento. Todas as nossas revoluções republicanas, todos os nossos movimentos liberais, têm ao seu lado um número espantoso de padres e frades. A Inconfidência Mineira
teve
cinco,
a
Independência,
números
incontáveis, a República, dezenas. Dizem mesmo que as agitações
republicanas
foram
feitas
pelo
clero
do
norte. Viriato Corrêa relaciona: 42 padres e 10 frades.
@ Muitas
coisas
Independência, Tiradentes, abaixo
de
se
afirmam
algumas
até
tratando-o tenente)
sobre
Proto-Martyr
desfazendo
como
e
o
que
da
simples fora
figura
alferes
vendedor
da de
(posto
ambulante.
Tiradentes, na verdade, foi uma vítima da sua humildade social. Meteu-se numa conspiração em que havia figuras do porte mental e social de Gonzaga, Alvarenga, Cláudio e outros, razão por que se teria prestado a uma posição de
“bode
expiatório”.
A
conferência
do
professor
Joaquim Feliciano, em 1907, em São Paulo, é um jato de luz
sobre
Tiradentes.
invulgar,
mas
Não
conhecia
possuía
o
alferes
satisfatoriamente
a
cultura língua
portuguesa, traduzia francês e sabia um pouco de latim. Seu irmão, Padre Domingos, propiciou-lhe educação. Era orador arrebatado, qualidade que, por certo, deu-lhe realce no movimento. É possível que ele não tivesse luz da maior grandeza na rebelião. Mas negar-lhe o valor que
a
história
injustiça...
é
lhe uma
reservou,
idiotia,
é
diz
o
mais
do
professor
que
uma
Joaquim
Feliciano.
@ Conta Viriato Corrêa que quando Lisboa foi ferida pelo terremoto de 1755, o rei mandou exigir do Brasil um donativo
“voluntário”,
portuguesa.
O
Brasil
para
mandou
reedificar e
Minas
a
Gerais,
capital que
na
época era a mais rica terra brasileira, foi quem enviou o donativo maior.
Lisboa reconstrui-se e continuamos a mandar o donativo. Em 1795, quarenta anos depois, Minas resolveu pedir ao rei
dispensa
do
tributo.
A
resposta
veio
desconcertante: Havia necessidade de construir um rico palácio real e, por isso, prorrogava-se a obrigação do donativo por mais dez anos!
@ Viriato Corrêa, no seu “Gaveta de Sapateiro”, conta que em
derredor
dos
enforcados
havia
uma
infinidade
de
abusões. uma delas é a respeito da corda que servia ao sacrifício.
Buscava-se,
freneticamente,
um
pedaço
de
corda do enforcado. Dizia-se não haver mascote melhor. A solteirona casava-se, o desempregado empregava-se, os namorados
desavindos
faziam
as
pazes,
mas,
a
superstição mais interessante era referente à calvície. Corda de enforcado, banhada em óleo era infalível: a cabeleira voltava de vez. Parece mentira, mas até os médicos não se pejavam em receitar o ungüento.
@ O episódio é interessante e vem contado à minúcia na “Gaveta
de
Sapateiro”.
D.
Pedro
tinha
verdadeira
fascinação pelo “Chalaça” (Francisco Gomes da Silva) a quem tirou de uma barbearia e levou-o para o paço. O ex-barbeiro revolta
dos
foi
tudo,
Ministros
até
conselheiro
cresceu,
do
arrimada
Império. pelo
A
braço
forte de dona Amélia. Impuseram a saída do “Chalaça”. O desvalido, em compensação, é nomeado encarregado dos negócios do Brasil na Suécia. Contrariado, D. Pedro tem
o Ministério na garganta. O seu temperamento reclama qualquer coisa para machucar os Ministros. E de que se lembrou
ele?
Foi
pessoalmente
arrumar
as
malas
de
viagem do favorito. Camisas, ceroulas, meias, gravatas, colarinhos,
frascos
de
bebida
(pois
o
Chalaça
era
borracho), ele, com suas próprias mãos, ajeitava tudo nas malas. O pior
é que o “doidão”, na expressão de
Viriato, se gabava disso. Fazia os Ministros esperarem horas e horas e quando os recebia, contava com orgulho como
cuidara
pessoalmente
das
malas
do
Chalaça.
E
narrava as minúcias da arrumação.
@ Houve
uma
época
nobiliárquicos depois
da
multidão
que
seduziu
chegada
de
em da
fidalgos
a
a
população
Corte e
paixão
isso
pelos
brasileira.
Portuguesa. como
títulos
que
Foi
Chegava
uma
deslumbrou
os
brasileiros. Quando D. João VI necessitou de dinheiro para
formar
o
Banco
do
nobiliárquicos.
Foi
negociantes
escravos,
de
uma
Brasil,
instituiu
praga:
os
todos
que
títulos
vendeiros, tinham
o
os seu
mealheiro, foram despejá-los aos pés do rei, em troca de um brasão. O jornal “Aurora”, publicado em 1803, narra
que
éramos,
à
época,
um
duque
(que
era
o
de
Caxias), nove marqueses, nove condes, cinquenta e um viscondes, trezentos e quarenta barões e fidalgos sem conta.
@
Uma das singularidades mais interessantes dos costumes de
nossos
silvícolas
prisioneiro
de
engordavam-no
era
guerra.
e,
às
o
tratamento
Levavam-no
vésperas
da
para
execução,
dado a
ao
taba,
davam
uma
mulher para os amores dos vencidos. Mas com o coração não se brinca. Quando o prisioneiro era branco, de boa aparência, já a virgem dada para os amores
do
prisioneiro
era
prisioneira
também,
mas
prisioneira do amor. Isso aconteceu, por exemplo, com Jerônimo de Albuquerque, aprisionado pelos tabajaras, que teve a paixão de Maria do Espírito Santo.
@ D. João VI tinha ódio irrefreável à sua mulher Carlota Joaquina. Quando do regresso da Corte à Portugal, o embarque devia ser a 26 de abril de 1831, mas como, no dia 25, Carlota Joaquina fazia anos, D. João, para não festejar a data, embarcou na madrugada de 25, mas só saiu mar à fora em
26.
@ Conta-se
que
na
noite
do
nascimento
do
filho
de
D.
Pedro I e dona Maria Leopoldina, o Imperador ficou em grande
vibração
Imperatriz. quarto
da
com
as
Passeava imperatriz,
primeiras
nervosamente quando
Peixoto: - Nada? - Nada! – respondeu o médico. E D. Pedro inquieto:
dores na
entrou
o
do
parto
da
ante
sala
do
Dr.
Guimarães
- Se o senhor me trouxer a notícia de um filho varão, pode pedir-me o que quiser!
@ É Viriato Corrêa que conta esta passagem histórica: foi o Padre Ildefonso Xavier Ferreira que deu sagração de realeza a D. Pedro I. Em São Paulo, horas depois do grito do Ipiranga, D. Pedro
comparece
ao
ópra.
“Viva
príncipe
o
espetáculo
de
gala
regente!
Viva
no
teatro
a
da
liberdade
brasileira! Viva 7 de setembro!” Gritava-se aos berros. Subindo a uma cadeira, o Padre Ildefonso Xavier fixou os olhos no príncipe e gritou a plenos pulmões: VIVA O PRIMEIRO REI DO BRASIL! O povo delirou. D. Pedro agradeceu. Daquela hora em diante o príncipe tinha a coroa do Brasil por aclamação popular.
E
o
delegado
do
povo,
nessa
cerimônia
importante, foi o padre Ildefonso Xavier, patriota que graças a Viriato Corrêa, a nação não esqueceu.