moginews.com.br Domingo, 24 de novembro de 2013
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Fim de ano
Confraternização é ótimo momento para treinamentos motivacionais
Atividade bem-elaborada para a festa pode contribuir para entrosar mais os colaboradores e gerar valorização Bruna Costa
Da reportagem local
Funcionários desmotivados, sem interação com a empresa e sem interesse para realizar seu próprio trabalho, podem fazer com que a organização vá de mal a pior. Para que isso não ocorra, o diretor-executivo da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), Alexandre Slivnik, conta que investir no talento dos colaboradores, por meio de treinamentos motivacionais, é uma forma de obter resultados extraordinários. Por isso, ele explica que é preciso aproveitar todas as oportunidades para desenvolver os talentos, nem que seja por meio de simples ações. “As festas de fim de ano sempre são animadas e marcantes e, portanto, podem ser uma excelente oportunidade de juntar a equipe com o objetivo de celebrar o ano que passou e apresentar as perspectivas para o próximo ano”, destaca. Para Slivnik, a confraternização é um momento de sensibilização única, mas ele alerta que é importante lembrar que é preciso ser estratégico e colocar ações de desenvolvimento mais lúdicas com chances de interação entre os colaboradores, como, por exemplo, jogos e dinâmicas para se trabalhar em equipes. “Não adianta, nesse momento, palestras com conteúdos em excesso e atividades que não sejam interativas. É preciso investir em dinâmicas para que as pessoas saiam com a percepção que se divertiram e, como consequência, aprenderam”, diz. Já o diretor-executivo e coach da Avancorp, José Aquino, comenta que muitas festas de confraternização são organizadas de tal
Empresa não pode esquecer, porém, que a confraternização é uma festa e não um treinamento, por isso ações têm de ser adequadas
Rotina deve incluir essas ações Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), Alexandre Slivnik, não é interessante que os supervisores, líderes e chefes avaliem os participantes em treinamentos, pois eles estão lá para o desenvolvimento. “Se estiverem sendo avaliados, podem não estar 100% presentes nesse importante processo de desenvolvimento. Afinal, o treinamento deve objetivar o sucesso do profissio-
Objetivo O lúdico deve ser usado para construir atitudes e conhecimentos
nal e não da empresa. O sucesso da empresa é uma consequência do sucesso das pessoas que para ela trabalham”, explica. Para o diretor-executivo e coach da Ekoá Jogos Empresariais, Monclair Cammarota, os treinamentos são, de uma forma geral, parte do trabalho e, por isso, os funcionários devem ter ciência de que estão sendo avaliados e precisam ter uma atitude de aprendiz e serem proativos. “Pessoas que reclamam ao serem convidadas a participar de
um treinamento passam a imagem de desmotivadas e pouco comprometidas com a empresa”, afirma. Em contrapartida, o sóciodiretor e coach da Avancorp, José Aquino, defende que as pessoas são avaliadas o tempo todo e, mesmo que seja uma festa, sem qualquer outro tipo de atividade, os funcionários devem saber que estão em um ambiente patrocinado pela empresa e que é natural que o seu comportamento seja avaliado. “Por outro lado, líderes
precisam entender que é um momento diferente, mais tranquilo, e devem estimular um comportamento mais relaxado, mais livre”, lembra. Para Cammarota, o comportamento demonstrado em um treinamento é similar ao demonstrado no dia a dia. Por isso, ele cita que é importante a presença das lideranças durante essa atividade, pois, assim, ele poderá conhecer melhor as pessoas com quem trabalha. (B.C.)
forma que não permitem a integração das pessoas e que dependendo do porte da empresa ou dos diferentes perfis de funcionários, é comum que a maioria dos funcionários fique em pequenos grupos, conversando com quem já se relacionam no dia a dia. Ele acrescenta que fazer um treinamen-
to motivacional na confraternização, pode criar um ambiente mais controlado, além de estimular as pessoas a interagirem com as demais.
Cammarota, complementa dizendo que uma das possibilidades para motivar os colaboradores na festa, é utilizar os jogos empresariais. De acordo com ele, essa é uma metodologia que utiliza o lúdico para construir conhecimento, habilidade e atitudes. “É importante que se te-
Jogos Por isso, o diretor-executivo e coach da Ekoá Jogos Empresariais, Monclair
nha conhecimento na área de desenvolvimento de pessoas e jogos para conduzir uma atividade como essa e entregar resultados para a instituição. Algumas perguntas são fundamentais, como O que é importante desenvolver? Quanto tempo será dedicado para essa atividade? Como será o processamento da atividade?”, acrescenta. Além disso, Cammarota afirma que por meio desses jogos, é possível trabalhar planejamento, eficiência, comunicação e até ajudar o indivíduo a lidar com problemas. Além disso, Slivnik complementa que alguns estudos comprovam que a motivação gera status de felicidade e traz mais resultados para a empresa, além do engajamento da equipe que também merece destaque. Segundo ele, é nas confraternizações de fim de ano, principalmente naquelas onde as famílias são envolvidas, que os colaboradores sentem orgulho de mostrar como é a empresa na qual trabalha e quem são os colegas de trabalho. Cammarota alerta, porém, que o momento de confraternização é uma festa e não um treinamento e essa percepção tem de estar muito clara para a empresa, pois, do contrário, a organização corre o risco de frustrar seus colaboradores. “É muito bom para o time realizar confraternizações. Podem ser várias ao longo do ano. Comemorar resultados positivos, aniversários, nascimento do filho de alguém e, claro, comemorar o encerramento de um ano de atividades. Equipes que comemoram suas vitórias tendem a ter maior engajamento para construir novos resultados”, conclui.