Revista conviversc ed01

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Mais que uma revista, um convite ao bem-viver.

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CON IVE R Ano I | EDição Nº01 | Agosto 2016

Santa Catarina

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SUCESSO DE VENDAS! MAIS DE 85% VENDIDO

A ESQUINA MAIS

CHARMOSA

DE IMBITUBA

Piscina aquecida com Spa

Reebok Fitness Center

Espaço de Convívio com Lareira

Salão de Jogos 7 ball

Espaço Kids

Salão de Festas com Espaço Gourmet

SALÃO DE FESTAS COM ESPAÇO GOURMET PISCINA AQUECIDA COM RAIA E SPA SAUNA SECA REEBOK FITNESS CENTER 6

SALA DE JOGOS 7 BALL PLAYGROUND INFANTIL ESPAÇO DE CONVIVIO COM LAREIRA ESPAÇO KIDS SALA DE CINEMA Imagens meramente ilustrativas. Empreendimento sob o registro de incorporação nº r.3-19.690 do Registro de Imóveis da Comarca de Imbituba

Realização: INCORPORADORA

giesta.com.br

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Expediente

equipe #1 editora

ANA VARGAS DTR3786-SC jornalismo@rscportal.com.br

JORNALISTA Ana Vargas leonardo fraga impresso.redacao@gmail.com

Comercial Luciana Uliano Renildo Ferreira Michely Lara Cavalcante Mariana Nauck Gilberto Bressan Cheilla Borges.

Diretor de Arte Tiago Vulcanis DRT 5553/sc impresso.imagem@gmail.com

Imagem Ana Vargas, Leonardo Fraga, Rafael Fraga, Mariana Nauck

impressão Grafica Soller

Foto da Capa: Mariana Nauck

Av. Santa Catarina,836. Sala 1e2 Centro de Imbituba - SC - CEP 88780 000

55 (48) 3255-3282 Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessáriamente, a opinião da revista.

www.rscportal.com.br www.radio89fm.com.br radiofrequenciagaropaba.com.br impressocatarinense.com.br 10

Mais que uma revista, um convite ao bem-viver. Caro leitor Quando o projeto da Revista Conviver surgiu, ela não tinha esse nome, e muito menos esse formato. A Rede Souza de Comunicação tinha a ideia de inovar e acrescentar mais uma mídia a sua extensa carteira de mídias. Há um ano desenhamos, pensamos e montamos o que você tem nas mãos hoje. Um projeto feito com todo cuidado, carinho e pesquisa que você merece. Para que o projeto saísse do plano das ideias e fosse para o tangível, a Rede Souza de Comunicação montou uma equipe para a produção de conteúdo, que através de pesquisa de público e mercado chegaram a esse produto final; Conviver. A partir de hoje vamos invadir sua casa, consultório, escritório e vamos fazer com que você se identifique da melhor maneira possível. Nosso intuito é informar, trazer a tona processos que incentive você a mudar sua casa, seu modo de ver a vida. Além das mais diversas dicas, receitas e bem estar, tudo isso para que conviva com a realidade de cada um que nós entrevistamos. Buscamos inspiração e inspirar todos vocês. Seja bem vindo a Conviver e delicie com cada história.

Ana Vargas Editora

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ìndice

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60 22 Entrevista

A vida com o HIV

60 Arte

A arte hiper-realista de Luciano Blanck

A história de Maria, 49 anos, uma mulher comum, que contraiu o vírus HIV há 20 anos

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26 Decoração

O charme da iluminação

Obras em cerâmica impressionam pelo realismo

66 Empreendedorismo

Construindo sonhos em prol do Skate

A iluminação planejada ajuda a criar climas e cenários diferentes

34 Dicas Construção Piscina artigo de luxo que sai barato

Paulo Herculano Já construiu mais de 30 pistas de skate em cinco estados

72 Casamento Um sonho real

Casar na praia não é mais um sonho impossível, pode se tornar realidade

Um espaço onde toda a família possa aproveitar nas estações mais quentes do ano

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42 Arquitetura

A moda das placas de caco de azulejos

76 Gastronomia

Rafael Miralha Cheff por acaso

1970 a febre do piso de caquinho chegou à Imbituba/SC

52 Sustentabilidade Dois projetos sustentáveis com estilos diferentes

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O cheff tem restaurante recomendando pelo Guia 4 Rodas e já foi tema de diversos blogues

88 Cultura Arte, Música, Ação!

O rapper e professor de artes Bernardo Saíbe explora várias maneiras de expressão

Projetos sustentáveis fazem a diferença no ecossistema e na vida de quem habita a construção

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Imbituba Garden

Raancon Construtora e Incorporadora busca qualidade e crescimento Fundada em 14 dezembro de 2011, a Raancon Construtora e Incoporadora, vem se destacando no mercado atual de construção civil na cidade de Imbituba (SC), e é hoje responsável pelos maiores projetos e empreendimentos de obras civis em geral em sua cidade. O atual sócio e fundador da empresa o engenheiro Anderson Cristiano Maximiano iniciou sua carreira profissional como ajudante de seu pai na construção de casas e pequenos prédios residenciais. Com suas habilidades, alcançou grandes destaques em sua maneira de trabalhar, e desta forma, Anderson sonhou ir mais além e fundou a Raancon. Hoje com escritório instalado na Avenida Santa Catarina, 836, Sala 3, Centro de Imbituba, a Raancon é constituída pela sociedade do engenheiro Anderson Cristiano Maximiano e Engenheiro Osny de Souza filho, e diretor administrativo Guilherme Santos Souza. A empresa possui uma equipe de colaboradores que atuam de forma a cumprir a missão

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da empresa e expandir a marca Raancon. Percebe-se que é nítido o crescimento no ramo de construção civil no Brasil e na cidade de Imbituba em si, assim sendo, a Raancon vem demonstrando que existe mercado, que está em ascensão e que está pronta para atender as necessidades da área. Sempre inovando e buscando conquistar negócios de peso, desenvolvendo soluções adequadas aos clientes, e considerando que o sucesso da empresa está no resultado de uma cultura voltada para a qualidade, o trabalho em equipe e a boa utilização de informações e tecnologias na geração e captação de novos negócios, buscando constantemente a satisfação do cliente e colaboradores.

Residencial Bellas Artes Missão:

Valores:

A missão da Construtora e Incorporadora Raancon é contribuir de forma inovadora e com qualidade nos processos de planejamentos e construções das suas obras e serviços. Desenvolvendo parcerias sólidas de confiança, transparência e benefícios mútuos para todos os públicos de sua cadeia de valores. Buscando a satisfação dos clientes, parceiros e colaboradores, visando a cada dia uma melhoria contínua.

Partimos do princípio de que tudo se inicia com um sonho, um desejo, e que através do esforço, empenho e dedicação podemos tornar possível e real o que almejamos. Considerar o próximo como a si mesmo, e a Deus sobre todas as coisas, nos permite enxergar além das diferenças, e é desta forma que buscamos construir relacionamentos próximos com colaboradores, parceiros e clientes. Sabendo que o amor pelo que se faz é o segredo do sucesso, procuramos desenvolver nossas ações com zelo, transparência na condução dos negócios e busca incessante pela melhoria contínua dos processos. Ser considerada uma empresa diferenciada, e destaque em nosso município e estado de Santa Catarina é o nosso alvo.

Visão: A Raancon visa atender as necessidades do ramo de construção civil e incorporações com inovação, qualidade e eficiência.

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Há 40 anos no mercado, a Polimix é hoje uma das maiores empresas prestadoras de serviços de concretagem do Brasil. Além de estar presente em 21 estados brasileiros, com capacidade anual para fornecer 10.800.000 de metros cúbicos de concreto, a Polimix também está em outros países como Argentina, Bolívia, Colômbia, Panamá, Peru e Estados Unidos. Com mais de 4.000 integrantes, 2.000 equipamentos e 198 unidades estrategicamente localizadas, a Polimix garante eficiência e qualidade no atendimento de pequenas, médias e grandes obras. 16

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roteiros

f/nunesconstrucaoseca

Fotografia: Rafael Fraga

Praia da vila. Imbituba/SC A EMPRESA A Nunes Construção Seca e Divisórias foi fundada em 2008, com o objetivo de trazer a inovação e a mais alta tecnologia em construção civil para a região Sul do Brasil. Tornando-se referência na região em que atua

no

segmento

de

distribuição

de

materiais

para

construção

seca.

Sendo

a

melhor

relação

custo/benefícios para montadores e construtoras. Prezamos pelo respeito ao meio ambiente e demonstramos isso na prática, utilizando materiais ecologicamente corretos, diminuindo a geração de resíduos e também o consumo de água. Oferecemos a melhor tecnologia e os melhores resultados para sua construção, seguindo os padrões definidos pela legislação brasileira.

LINHA DRYWALL Drywall (Gesso acartonado) é o nome dado a um sistema que substitui as paredes internas convencionais. Compreende chapas de gesso parafusadas em estruturas de aço galvanizado, podendo ser utilizado em paredes retas ou curvas. Esta tecnologia já é utilizada na Europa e nos Estados Unidos há mais de 100 anos, e vem ganhando muito espaço no mercado brasileiro de construção civil.

LINHA DE FORRO MODULAR Sua extensa variedade de produtos encontra aplicações ilimitadas na construção civil, na arquitetura, na decoração e no design de interiores, e oferece soluções que atendem as necessidades de projetos nas áreas corporativa, comercial, residencial, educacional, hospitalar e hoteleira, entre outras. A simplicidade na instalação é um dos grandes diferenciais dos forros modulares e removíveis. Diferentemente dos forros monolíticos, eles são montados como em um sistema de encaixes, com fácil acesso a estrutura superior. Não há tratamentos de juntas nem juntas de dilatação como em sistema.

Distribuidor:

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Braço do Norte/SC - 48 3658.2208 / 9931.6865 Rodovia SC 438 Km 32, 1826 - Trevo comercial@nunesconstrucaoseca.com.br Tubarão/SC - 48 3053.0284 Rua José Freitas Junior, 158 - Vila Esperança distribuicao@nunesconstrucaoseca.com.br

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ENTREVISTA

Saúde

A vida com o H IV A história de Maria, 49 anos, uma mulher comum, que contraiu o vírus HIV há 20 anos. TEXTo: Ana Vargas As mais de 700 mil pessoas que convivem com o vírus HIV (Aids) no Brasil, além de possuir a doença sofrem com outros problemas como a depressão e a insegurança de não poder viver plenamente. Especialistas, profissionais de saúde e voluntários concordam que hoje, com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível levar uma vida saudável, independente de ser soropositivo. Mesmo com tantas pesquisas e estatísticas, somente sentindo na pele que é possível descrever como enfrentar a doença dia após dia, durante toda a vida. A senhora Maria de Lurdes (nome fictício), de 49 anos e residente de Imbituba, Santa Catarina é quem conta esta história, desde o momento que contraiu o HIV, todas as dificuldades, alegrias e tristezas que passou e como vive hoje. A década de 80 foi marcada pela Aids, com notícias diárias de figuras públicas que contraíram e faleceram com a doença. Foi no início dos anos 90 que Maria descobriu que tinha o HIV, após seu marido ter adoecido. Sua vida mudou radicalmente depois deste acontecimento. Casada, trabalhava e cuidava de uma filha de seis meses, uma vida feliz e estável aos 29 anos. Pedro (nome fictício), seu marido começou a se sentir estranho, com enjoos, passava mal. Os sintomas da doença eram poucos conhecidos ainda mais em uma cidade pequena como Imbituba. Quando Pedro foi diagnosticado com HIV, já haviam se

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passado 3 anos e 8 meses desde quando sentiu os primeiros sintomas e o destino de sua família já estava mudado.

A verdade Quando Maria ficou sabendo da real doença de seu companheiro muitos sentimentos se misturaram a sua cabeça. O principal era: Por quê com eles e como isso teria acontecido em sua família. Na época, o casal morava em Criciúma/ SC e teve que mudar radicalmente sua vida. Pedro foi morar com os pais em Imbituba e Maria continuou mais um tempo na cidade. Os médicos de Pedro convidaram Maria a fazer o exame de HIV e foi aí que ela descobriu que também havia contraído a doença. Maria conta que durante os quatro anos até descobrir que tinha a doença, continuava tendo relações sexuais com o marido sem proteção.

Revolta Foram dias de revolta e muita tristeza. Nesse meio tempo, Pedro contou como acreditava que tinha contraído o vírus. “Ele me traiu, simples assim, eu estava de quarentena, ele foi para casa de prostituição e naquela noite infeliz, ele mudou

“Maria contraiu o vírus há 20 anos, após uma traição do seu marido. Desde então procura a melhor forma de viver”

nossos destinos”, disse Maria. Muita gente questionou se Maria iria abandonar o marido nessa hora, apesar da raiva e do desgosto ela decidiu seguir em frente ao lado dele. “Nós começamos o tratamento mais ou menos juntos. Eram muitos comprimidos, uma responsabilidade gigantesca, pois meu marido ficou completamente revoltado. “Eu também fiquei, porém eu queria viver, tinha uma filha para criar. Não podia deixar tudo para trás, mas eu tive sim um momento de raiva, joguei algumas coisas na “cara” dele. Vim morar em Imbituba, minha família me pediu para largar dele e seguir em frente, mas eu decidi ficar e encarar a nova realidade. Eu amava ele, apesar de ter sido traída, te ter essa doença que não tem cura. Lembro como se fosse hoje que eu falei para minha mãe que iria enfrentar a situação por três pessoas; meu pai, pela minha filha e principalmente por mim. Eu enfrentei tudo, eu estava certa do eu queria, porém a minha dúvida era se nossa filha estava infectada pelo vírus também, pois eu também não tinha certeza que ele teria me passado depois que nossa filha nasceu”.

Os remédios Enfrentar a doença foi difícil, mas ela não desistiu. Tomou mais de dez tipos de remédios diferentes, uns horríveis, outros um pouco melhores. “Fui cobaia com toda certeza. O AZT era muito ruim e depois tomei vários tipos de remédio. Havia um que tinha que estar sempre na geladeira. Tinha épocas que tomava mais de sete comprimidos por dia. A diferença entre eu e meu marido é que ele não seguiu o tratamento, bebia, fumava, e não se cuidava de jeito nenhum, ele faleceu com 33 anos. Ficou mais de seis meses internado, eu fiquei do lado dele, sem arredar o pé. Eu fiz tudo que eu poderia fazer, ele esqueceu que conhecia várias pessoas. Foram momentos bem ruins, nossa filha foi ver ele apenas duas vezes durante a internação, ela ficava muito abalada quando via naquele estado,” contou Maria. A última vez que a filha de Pedro o viu, ele a reconheceu e chorou silenciosamente, ela tomada pela emoção não conseguiu ficar muito tempo ao lado do pai. Semanas depois, Pedro faleceu.

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entrevista

H IV : sintomas, transmissão e

saúde

prevenção

Sintomas

Vida que segue Depois que Pedro faleceu, Maria recomeçou sua vida. “Em um momento de fragilidade segui com o tratamento, conseguiu se aposentar, minha filha cresceu”. Maria começou a frequentar a ISO, um grupo de apoio a pessoas que passam por algum trauma, doença ou grande perda. Quando a filha de Maria fez 16 anos ela contou porque o pai havia falecido e revelou que era soropositivo. “Eu ensaiava a anos em como seria essa conversa com a minha filha, auxiliada pelos psicólogos da ISO, eu fui contando aos poucos, até que ela mesma se deu conta e me questionou, foi quando eu abri o jogo e contei tudo. Até então minha filha achava que o pai tinha falecido de câncer. Ela foi essencial para eu seguir meu caminho, eu tive total apoio dela para seguir em frente”. Maria ficou nove anos sem ter um namorado, depois se começou a engatar pequenos romances, saia bastante e aproveitou a vida. “Eu tive um namorado por nove meses, decidi contar para ele que eu tinha HIV, depois de quatro meses ele me deixou. Depois namorei outra pessoa, esse também tinha o vírus, nós ficamos três anos juntos. O problema era que

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ele não queria usar o preservativo, e os médicos mandam que que a gente use, para não misturar as cargas virais e fazer com que um ou outro piore. Terminei com ele e segui em frente”, argumentou Maria.

Hoje Passados 20 anos, Maria é casada com alguém que não tem o vírus e que sabe que ela é portadora do HIV. Tem uma vida completamente normal, eles optaram por não contar nada para a família dele. Maria tem 49 anos, sofre com algumas frustações pessoais, os remédios causam efeitos, na pele, no humor, mas ela segue em frente e afirma que a vida pode ser levada com a doença de forma normal. Maria nunca deixou de fazer o tratamento contra o HIV e hoje tem uma carga viral baixa, com poucas chances da doença se manifestar. “Não é impossível ter um amor, um emprego, amigos e até mesmo ser uma pessoa saudável, eu aprendi a viver com HIV, mas eu afirmo que se prevenir, usar o preservativo é essencial para que as pessoas não passem pelo passei. São muitas dúvidas, muitos remédios, consultas. Então o melhor é usar o preservativo, e ser feliz,” encerrou Maria com um belo sorriso.

Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves. Na fase aguda, os sintomas duram de três a oito semanas. Na crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ou no esôfago e no intestino. Cerca de 70% dos portadores permanece de duas a três décadas na chamada forma assintomática ou indeterminada da doença.

Transmissão Somente em secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno, o vírus aparece em quantidade suficiente para causar a moléstia. Para haver a transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá através de relação sexual (heterossexual ou homossexual), ao se compartilhar seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto durante a gestação ou o trabalho de parto e durante a amamentação.

Prevenção Para evitar a transmissão da aids, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão. Além disso, as mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos.

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Casa

Decoração

O charme da

iluminação TEXTo: Ana Vargas Fica cada vez mais evidente que a iluminação é de extrema importância na decoração. Além da função básica de iluminar o ambiente na ausência de luz natural, a iluminação planejada ajuda a criar climas e cenários diferentes. Como na maioria das vezes não é possível, ou é muito caro fazer o rebaixamento em gesso para colocar mais pontos de luz, a melhor solução possível nesses casos é usar os trilhos de iluminação. Eles correm sobre a laje ou forro existente e são instalados os spots, estes são direcionados levando a luz até os pontos necessários. A beleza da iluminação com

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trilhos é o que inicialmente atrai as pessoas. Ela gera um elegante efeito cênico e cria uma atmosfera mais intimista, moderna e receptiva. Além de ser uma iluminação pontual, por isso, na medida certa. Todavia, esse projeto guarda outro benefício, que faz bem, muito bem, ao bolso. Podem ser usadas lâmpadas de LED nesse tipo de projeto. Elas possuem alta durabilidade e consomem menos energia, além disso, possuem design mais discreto e sofisticado. Além da estética outro fator que contribui muito para quem está construindo ou reformando, é o custo beneficio.

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Casa

Decoração

Lojas

Sala/Quartos

No caso das lojas onde o produto deve ser destacado, pode-se utilizar lâmpadas AR 111 com grau de abertura um pouco mais fechado. Nas demais áreas da loja pode se usar lâmpadas Halopar com grau de abertura maior. É muito importante também saber se a rede elétrica do local onde você vai fazer essa iluminação suporta o tipo e a quantidade de lâmpadas que você pretende colocar, por isso procure sempre ajuda profissional. Os profissionais de arquitetura destacam a importância da contratação de um profissional para realizar um projeto e fazer a instalação.

Na sala se o cliente deseja destacar os quadros dispostos dando a impressão que eles estão expostos em uma galeria de arte, deve-se usar um trilho linear que acompanha toda a extensão da parede, nele são posicionadas lâmpadas que dão destaque para as obras. O mais interessante é a mobilidade que os trilhos podem dar nesses casos. Por exemplo, se uma obra de arte for retirada e substituída por outra, o arranjo de lâmpadas também pode ser modificado. Isso seria uma vantagem dos trilhos sobre os pontos de iluminação fixos em forros de gesso.

Lâmpadas de led além de trazerem charme ao ambiente tem um excelente custo benefício 28

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Casa

Cerpalo investe em qualidade

Decoração

Investimentos devem deixar consumidor menos tempo sem energia elétrica.

Sala do Centro de Operações da Distribuição - COD

Led a iluminação de baixo custo A iluminação de um ambiente é extremamente importante, mas uma questão importante é a economia na conta de luz. Além disso, há diferença do tipo de luz que emitem, elas também diferem no consumo de energia e durabilidade. Os leds deixaram de ser a iluminação do futuro para fazerem parte do presente, o preço delas diminuiu e pode se adquirir uma com potência mediana por apenas R$ 17,00. Seu sucesso se deve ao seu baixíssimo consumo de energia, inferior inclusive ao das fluorescentes e até 85% menor que o das incandescentes. Além disso, sua durabilidade, que pode chegar a 50 mil horas, tem impulsionado sua fama. Os leds geram pouca luz e são normalmente usados

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dentro de sancas ou para compor efeitos visuais. Para iluminar um ambiente todo, são necessários muitas lâmpadas ou pontos de led. Mas há promessa no mercado de que sua luminosidade aumente em 50% em dois anos, então esse um investimento que vale realmente a epna. Apesar de seus altos preços, os Leds costumam compensar no custo benefício porque reduzem a conta de energia e duram muito, exigindo pouca manutenção. Mas na hora de comprar um LED é necessário atenção: o mercado está repleto de marcas e nem todas são de qualidade, é necessário pedir referência a um profissional da área para saber qual comprar.

Fazer investimentos para melhorar a rede elétrica é uma meta da Cooperativa de Eletricidade de Paulo Lopes – Cerpalo na gestão Nilso Pereira. Durante este ano de 2016 serão investidos mais de R$ 3 milhões em obras de extensão e melhoria de rede. Deste valor, R$ 2 milhões estão sendo investidos em um novo alimentador e R$ 150 mil foram investidos na implantação de um sistema de automação, controle e supervisão da subestação. Segundo o presidente da Cerpalo Nilson Pereira esse é um investimento crucial para o desenvolvimento da cooperativa. “Nós prestamos um serviço e precisamos que ele chegue aos consumidores com excelência, por isso investimos em automação que é a modernização de um programa que faz com que achemos as falhas da rede elétrica mais rapidamente e que consigamos reestabelecer a energia daqui mesmo da central, assim temos uma resposta para nossas falhas muito mais rápido que o normal,” afirma Nilson O Engenheiro Eletricista Eder Sobrinho, alega que esse investimento facilita tanto a vida do trabalhador da Cerpalo quanto do consumidor de energia. “Vamos supor que falte luz no bairro Ibiraquera e que seja apenas um pequeno reparo a ser feito, nós conseguimos reestabelecer o sistema daqui da central em Paulo Lopes, muito mais rápido do que antes, primeiro tinha Foto: Divulgação

que ir a campo, fazer uma análise do problema para podermos ligar novamente a energia”, explicar Eder A Área de Automação de Sistemas tem a responsabilidade de implementar as ações tecnológicas do Centro para suporte à operação de sistemas elétricos de potência, desde a aquisição e comunicação de dados do processo, até a supervisão, controle e proteção do sistema, gestão das informações e análise de perturbações. Já o outro grande investimento feito durante esse ano foi o alimentador de energia na praia da Pinheira, através dali vamos ter mais energia para podermos suportar o aumento de população da região. Segundo o engenheiro Eletricista Alexandre Passos o investimento foi R$ 2 milhões e vai melhorar significativamente a queda de energia principalmente em horários de pico e na temporada. “Com toda certeza esse rede foi adquirida para que a população não sofrer com a falta de energia, mesmo assim nós alertamos para que a população evite usar chuveiros, secadores, maquinas de lavar dentro do horário de pico que vai das 18h30mim às 21h30min”, explica Alexandre. Com aquisição desse alimentador a rede ficou reforçada em 30% são 14 km de rede a mais e uma potência triplicada para poder atender a demanda. 31


Informação

Direito

posse injusta é menos comum na nossa região, onde o procedimento é utilizado em larga escala para regularizar áreas adquiridas com a documentação precária, porém cedidas de boa fé pelo antigo posseiro (recibos, contratos de compra e venda, cessões de posse, entre outros). O que muitos não sabem é que, nos casos de aquisições de boa fé, a lei permite que o tempo das posses seja somado, ou seja, aquele que adquire uma área de um posseiro que a detém por 20 anos (por exemplo), poderá imediatamente requerer a usucapião, pois adquire justamente este direito. Além disso, uma área matriculada é muitíssima mais valorizada no mercado em relação a terrenos sem documento,

Usucapião uma síntese histórica e a nova modalidade extrajudicial Na região de Imbituba, Garopaba e Imaruí, por força de parcelamentos entre herdeiros de antigas áreas rurais que foram engolidas pelo avanço dos centros urbanos, é muito comum a venda de imóveis que não possuem matrícula na prefeitura. Mas afinal, o que é preciso ser feito para conseguir esse número e matricula que dá a posse do terreno, o que n é a ação de usucapião? Qual a sua origem? Para que serve na prática? Estas e muitas perguntas sempre vêm a tona e não merecem ficar sem respostas. Fonte do ordenamento jurídico, o Direito Romano, na sua famosa “Lei das XII Tábuas”, foi o primeiro a prever textualmente o direito de usucapir bens imóveis. Para que se

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possa entender, desde aquela antiga lei até a vigente nos dias de hoje, quem provar que por determinado período de tempo deteve o imóvel como seu, sem oposição de terceiros, poderá requerer que uma situação de fato, a posse, seja reconhecida como um direito, a propriedade, muito mais amplo. Até mesmo no caso de uma invasão intencional de uma área com matrícula, caso o dono permita e não tome qualquer atitude no sentido de proteger seu direito, passado o prazo previsto em lei, o invasor poderá requerer a propriedade via Ação de Usucapião, isto porquê visa proteger e valorizar a função social do imóvel. Cumpre esclarecer que esta hipótese de

pois além da garantia de não estar se comprando “gato por lebre”, abre espaço para a obtenção de financiamentos bancários, tanto para aquisição como para construção, obtenção das devidas viabilidades de construção, etc., vantagens que entre inúmeras outras chamam a atenção. Pelos motivos acima, a ação de usucapião judicial ainda é a campeã nas Comarcas de Garopaba e Imbituba em número de processos, pois cada vez mais tanto os novos moradores quanto os antigos buscam a regularização dos seus imóveis, não somente para obterem a valorização do bem, mas principalmente dormirem tranquilos quanto a documentação do seu principal patrimônio.

* Novidade Desde março deste ano, com a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil, a usucapião também pode ser encaminhada diretamente no Cartório de Registro de Imóveis, desde que cumpridas determinadas exigências previstas na lei, as quais podem ser esclarecidas pelo advogado da confiança do interessado. Em que pese o detalhamento de documentos e exigências muito maiores, tendo em vista a ausência de fase probatória, a Usucapião Extrajudicial está se mostrando muito mais ágil em

relação ao rito judicial. O instituto da usucapião extrajudicial se insere no fenômeno moderno da desjudicialização do direito, caracterizado pelo deslocamento de competências do Poder Judiciário para órgãos extrajudiciais, notadamente as serventias notariais e registrais, agilizando o procedimento, descongestionando o judiciário e trazendo ao cidadão uma forma mais célere de regularizar seu imóvel. Esse processo visa agilizar tempo para se conseguir a matricula da propriedade.

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DESIGN

TRUÇÃO

Piscina artigo de luxo que sai

barato TEXTo: Ana Vargas

Q

uando construímos uma casa pensamos logo nas áreas de lazer e isso inclui na maioria das vezes uma área externa, um espaço onde toda a família possa aproveitar nas estações mais quentes do ano. A piscina é um dos itens mais cotados e instalados nas residências e certamente que você já se perguntou que opções existem e qual delas é a melhor para si. Cada caso é um caso, e o que vai definir a sua escolha final é a conjugação de diversos fatores, entre os quais a tipologia da área, o tamanho, a quantidade de pessoas que a irá utilizar, mas, sobretudo o preço que está disposto a gastar. Foto:Divulgação

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DESIGN

TRUÇÃO

CoNSt rução

Antigamente só quem tinha um grande poder aquisitivo, tinha uma piscina em casa. Hoje com o aumento de produção das piscinas e vários tipos e estilos, os preço também caíram um pouco e a forma de se pagar ficou mais facilitada. Na verdade, já se foi o tempo que ter piscina em casa, era um luxo quase impossível de se realizar. Os preços das piscinas variam conforme o tamanho e o modelo. O preço das piscinas compactas da IGUI estão em média entre 4 mil e 11 mil reais e o seu tamanho varia de 3,5m a 4m de comprimento, 0,8m a 1,2m de profundidade e por volta de 2m de largura. As piscinas de tamanho médio medem por

Os tipos de piscinas são os mais variados e vai também de acordo com o gosto e do resultado que o cliente busca. Confira alguns dos tipos:

volta de 2,40m a 3,50m de largura e de 5m a 7m de comprimento com a profundidade por volta de 1,4m e custam de 5 mil a 17 mil reais. Já as piscinas maiores possuem de 3m a 4m de largura e de 8m a 10m de comprimento com o preço que varia de 9 mil a 70 mil reais. As especiais com detalhes personalizados custam de 18 mil a 70 mil reais. Hoje para ter uma piscina de vinil, por exemplo, em sua casa, você pode fazê-la a R$ 4.000,00 e com prestações de R$300,00 ao mês. Essa facilidade é que tem ganhado a cada dia, mais e mais pessoas que se entregam a construção de uma em casa ou na casa de campo ou praia.

Betão Por entre as piscinas enterradas, são as mais comuns, ainda que também as mais dispendiosas. São construídas, como o nome indica, com recurso ao betão armado, sendo depois revestidas com um material mais impermeável, como gesso ou azulejo. A grande vantagem que têm é serem totalmente personalizáveis, adaptando-se a todos os tipos de terreno, assumindo o formato e o tamanho que desejar: des-

de que a sua área o permita, a sua imaginação é o limite – e claro, o seu orçamento. A durabilidade deste material é também superior à dos restantes, assim como a sua reparação é também mais acessível. A grande desvantagem é o preço que, dependendo também do projeto, pode assumir contornos impeditivos. Por outro lado, se mantiver as os planos simples, será provavelmente a melhor opção.

Painéis de Aço ou Resina Este tipo de estrutura recorre a painéis colocados estrategicamente, que constituem a “concha” na qual será colocado o liner, funcionando como um revestimento. Estes painéis podem ser em aço ou em resina, e as características deste processo de construção fazem com que os custos sejam bastante inferiores. Não sendo tão durável como o betão, tem ainda assim uma longevidade mais que aceitável. No primeiro caso, o aço, tratase da solução mais barata, e sendo também mais flexíveis, permitem maior liberdade em relação ao formato final. Por outro lado, são também mais vulneráveis à corrosão, o que exige maiores cuidados de manutenção, sobre-

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www.spartapiscinasespas.com.br/piscinas-de-vinil

tudo no que diz respeito a fugas para o solo. Uma solução para este problema é a alternativa em alumínio, mais dispendiosa, mas

também mais durável. Ainda assim, por ser menos maleável, não permite a mesma flexibilidade que o aço.

Fotos:Divulgação 37


DESIGN

CONTRUÇÃO Fibra de Vidro São as que menos tempo levam a instalar e também as mais baratas. No entanto, o mesmo motivo que oferece estas vantagens constitui também a grande desvantagem: são módulos préfabricados, e por isso a sua escolha está limitada à oferta existente. Por outras palavras, pode escolher qualquer formato que deseje desde que o fornecedor o tenha em catálogo. Comparando com as tipologias que o betão e os painéis permitem, e não obstante a diversidade que, de fato, existe neste tipo de piscinas, acabará por perceber que se trata de uma limitação que o poderá deixar desconfortável, sobretudo se já tinha algo em mente. As piscinas em fibra de vidro são liners pré-fabricados: é apenas necessário criar e preparar o buraco e instalá-la. Poderá ter a sua piscina pronta para encher num espaço inferior a uma semana!

Piscinas de Superfície Um dos transtornos gerados pela construção de uma piscina é a escavação que ela implica. Contudo, os transtornos podem ser amenizados. Uma alternativa bem mais prática são as piscinas instaladas diretamente à superfície, sem ser necessário recorrer a obras complexas e trabalhosas. Estas piscinas podem ser de vários tipos, incluindo os já referidos painéis ou fibra de vidro (devidamente adaptadas). Outra alternativa, talvez mais comum, é as piscinas em lona. Não sendo tão atrativas (nem duráveis) como as restantes, são por outro lado muito mais simples de instalar, podendo fazê-lo você próprio, e muito mais baratas. Além disso, são também portáteis, sendo um investimento que o acompanhará se mudar de casa. Na verdade, todas as piscinas de superfície são removíveis, não tendo que ser obrigatoriamente deixadas para trás com a casa. 38

O segredo das piscinas de borda infinita Não à toa o nome dado às piscinas cuja água parece sumir no horizonte é infinita. A sensação de amplitude obtida pelo transbordamento em uma das laterais estabelece mesmo uma conexão maior com o meio ambiente. Daí a importância de se ter uma paisagem tão surpreendente quanto o próprio desenho da estrutura para completar o conjunto. O maior benefício desse tipo de projeto é a vista panorâmica. Ela confunde a água com o céu, o jardim, o mar e até as montanhas. O efeito de imensidão é conseguido, na verdade, por meio de um truque realizado durante a construção da piscina. Uma estrutura mais baixa que a oficial (cerca de dois centímetros menor) é construída ao lado de onde haverá o transbordamento, criando um vão, de modo a receber a água excedente sem ser percebida. Um sistema de filtragem é instalado no fundo da calha para que a água captada possa voltar ao reservatório principal. A construção terá ainda melhores resultados quando o terreno apresentar declive e a piscina ficar no lugar mais alto.

Por segurança, a parede externa da calha deve ter cerca de vinte centímetros de largura, para que não haja riscos caso alguém decida sair da água por esse lado (o que não é indicado). A estrutura de recuo é o ponto mais caro do projetoque estima custo em torno de R$ 2 mil por metro quadrado nesse tipo de estrutura. Isto é, valor 15% acima do de um projeto de piscina convencional. O efeito infinito ainda pode ser acentuado pelo contato de ao menos uma borda com o terreno (o que também ajuda na segurança) e pelo uso de revestimentos em cores semelhantes à da tonalidade predominante no ambiente. Isso significa que na presença do mar ao fundo, o ideal é abusar do azul escuro, já na da montanha, adotar algo esverdeado dará melhor resultado. O estilo de arquitetura da casa também deve ser observado e seguido no momento de estabelecer a estética da piscina. Entretanto, as especialistas ressaltam que o ar moderno – repleto de geometria e linhas retas – é o mais recomendado para obter o resultado desejado. 39


DESIGN

CONTRUÇÃO

Confira dicas de como

limpar sua piscina TROCA DA ÁGUA A água de sua piscina é permanente, ou seja, sendo bem cuidada jamais haverá necessidade de troca. Mesmo que por eventual descuido ela esteja bastante irregular. Deverá ser tratada e será totalmente recuperada. Poderá estar com o PH desajustado, com ALGAS ou até mesmo com sujeira em excesso. Seguindo as instruções de decantação e aspiração ela voltará a estar em condições de uso. ATENÇÃO !!! Nunca esvaziar sua piscina, pois, dependendo das condições, construtivas e tipo de terreno poderá haver prejuízos irrecuperáveis para a estrutura de alvenaria, tais como trincas ou rachaduras, bem como para o vinil. Observe que não estarão cobertos por garantia quaisquer danos causados em decorrência desse fato. Ao redor da piscina e da casa de máquina, deverá ser realizado pelo menos 1 MT. De contra piso e pedra, para evitar infiltração de fora para dentro devido as chuvas. 40

É de fundamental importância que o nível do PH (Alcalinidade e Acidez), do Cloro Residual e o controle de Algas, sejam mantidos de acordo com o abaixo exposto, pois deles dependerão a durabilidade do VINIL, dos equipamentos e principalmente a saúde de seus usuários. A não observância dessas instruções poderá provocar manchas e uma rápida e acentuada descoloração no VINIL, além de danificar acessórios e equipamentos. Filtre a água de sua piscina diariamente por um mínimo de 4 a 8 horas, retrolave a areia do filtro após esse período e limpe o cesto do pré–filtro a cada 3 dias.

PRODUTOS QUÍMICOS FUNÇÃO ESPECIFICA DE CADA PRODUTO: Cloro.................................................... Bactericida e germicida Algicida de Manutenção................Evita a formação de algas Algicida de Choque..............................................Eliminar algas. Decantador líquido...................Decantar impurezas da água. Redutor de PH (-PH................................Reduzir o nível de PH Barrilha leve (+PH).................................... Elevar o nível do PH. Clarificante................. Clarifica a água e melhora a filtragem.

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História

Cerâmica

Do refugo ao lucro:

A moda das placas de caco de azulejos Uma ideia original de um trabalhador da indústria cerâmica paulista, que não tinha dinheiro para comprar o azulejo que ele mesmo produzia, fez com que surgisse a moda de reaproveitar o refugo dos azulejos, que eram jogados fora, para revestir casas. Ainda hoje pode-se ver em Imbituba, onde a novidade chegou na década de 1970, casas ainda revestidas com o material. TEXTo: Leonardo Fraga Na metade do século XX, uma moda na construção civil surpreendeu por ser uma ideia simples que se mostrou uma jogada de mestre das cerâmicas do país para lucrar com o refugo dos pisos e azulejos. Os azulejos que quebravam nos fornos, ou ficavam com má qualidade eram jogados fora, sem utilidade eram até mesmo enterrados em grandes buracos, até que na década de 1950, em São Paulo os funcionários das principais indústrias cerâmicas, sem dinheiro para comprar o próprio produto que faziam, usavam o refugo dos azulejos para usar na pavimentação de suas casas. São Paulo era servido por duas indústrias cerâmicas principais que produziam uma lajota cerâmica quadrada (algo como 20x20com) composta por quatro quadrados iguais. As lajotas eram produzidas nas cores

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vermelha (a mais comum e barata), amarela e preta. Eram usadas em piso de residências de classe média ou comércio. Os terrenos da grande São Paulo na época mediam 10x30m ou no mínimo 8x25m, lotes com área para jardim e quintal que eram revestidos com o piso cimentado, com uma monótona cor cinza. Os operários não tinham dinheiro para comprar as lajotas cerâmicas que produziam, por isso cimentar era a regra. Certo dia, um dos empregados de uma das cerâmicas e que estava terminando sua casa não tinha dinheiro para comprar o cimento para cimentar todo o seu terreno e lembrou do refugo da fábrica, caminhões e caminhões por dia que levavam esse refugo para ser enterrado num terreno abandonado perto da fábrica. O empregado pediu que

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Foto: Katiuscia Dier Francisco


História

Cerâmica

ele pudesse recolher parte do refugo e usar na pavimentação do terreno de sua nova casa. Claro que a cerâmica topou na hora e ainda deu o transporte de graça pois com o uso do refugo deixava de gastar dinheiro com a disposição. A maior parte do refugo recebida pelo empregado era de cacos cerâmicos vermelhos, mas havia também os amarelos e pretos. O operário misturou todos os cacos e criou uma obra de arte, quebrando a monotonia do vermelho contínuo. A casa do simples operário então ficou bonita e gerou comentários dos vizinhos, também trabalhadores da fábrica. A ideia se espalhou e todos começaram a pedir caquinhos e a cerâmica adorou, pois parte do seu refugo começou a ter uso e sua disposição ser menos onerosa. Com a popularização dos pisos de caquinhos, a diretoria comercial de uma das cerâmicas descobriu ali uma fonte de renda e passou a vender, a preços módicos, pois refugo é refugo, os cacos cerâmicos. O preço do metro quadrado do caquinho cerâmico era da ordem de 30% do caco integro. A moda foi tão grande que começou a faltar caquinho cerâmico, tornando-se peças valiosas como a peça inteira e impoluta. Na falta de caco, as peças inteiras começaram a ser quebradas pela própria cerâmica. O preço dos caquinhos subiu e o preço

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do metro quadrado do refugo era mais caro que o metro quadrado da peça inteira. Nos anos 1960 a história terminou na região com o surgimento dos prédios em condomínio e a classe média que usava esse caquinho foi morar nesses prédios e a classe mais simples passou a morar em lotes menores (4x15m) ou morar em favelas.

1970 a febre do piso de caquinho chegou à Imbituba/SC A Indústria Cerâmica de Imbituba - ICISA foi fundada pelo visionário Henrique Lage em 1919 com a finalidade de fabricar louças para suprir os navios passageiros da Organização Henrique Lage que na época fazia a linha Rio-Imbituba-Porto Alegre. Com o passar dos anos foi abolida a fabricação de louças e iniciada a produção de azulejos. Com a morte de Henrique Lage, em 1941, a Cerâmica esteve à beira da falência e a esposa do empresário, Dona Gabriela Besanzoni Lage nomeou Diretor Gerente o Dr. João Rimsa e logo em seguida a indústria começou a prosperar. Quando assumiu a empresa, a ICISA contava apenas com 42 empregados e em 1951 já estava com 300. Com o pas-

sar dos anos e sob a administração Rimsa, a empresa sempre teve como princípio ser um local onde a família imbitubense pudesse trabalhar, “Dr. João Rimsa não deixava nada faltar. Ele administrava mais pelo social. Fazia de tudo para aumentar o número de empregados, para ajudar as famílias imbitubenses. Ele queria o pai, filho, todos trabalhando na mesma empresa”, comenta Zuleide Miguel de Paula, que trabalhou 17 anos na empresa como Auxiliar de Almoxarife e depois Chefe de Compras. Pensando na família dos funcionários, especialmente nas mulheres deles, o Dr. João Rimsa deu a ideia na década de 1970 de reaproveitar o refugo dos azulejos para

O Dr. João Rimsa, administrador da Indústria Cerâmica Imbituba que deu a ideia de usar o refugo dos azulejos para uma atividade para as famílias dos trabalhadores

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História

Cerâmica

Casa na Avenida Santa Catarina em Imbituba é totalmente revestida com placas de azulejos

a fabricação de placas com cacos, da mesma maneira que aconteceu em São Paulo na década anterior. Segundo funcionários que trabalharam com Rimsa, ele fez isso para dar uma ocupação às mulheres dos funcionários e gerar renda às famílias. A própria Indústria Cerâmica fornecia os azulejos nas cores que queriam. Oferecia também a cola, uma mistura de trigo ou polvilho com água quente e o papel para juntar os cacos. A empresa transportava o refugo até as casas que produziam as placas. Segundo a pesquisadora Katiuscia Dier Francisco, que vem realizando um projeto fotográfico resgatando este período da cidade, a montagem das placas era um momento especial. “Conversando com as pessoas que participavam da confecção das placas, elas contaram que eram momentos de muito lazer, onde as famílias se reuniam e o dinheiro arrecadado com a venda das placas era

pouco, mas o momento era muito divertido”, ressalta Katiuscia. Segundo a pesquisadora, o mais difícil era encontrar os cantinhos, “o primeiro detalhe era separar os cantos para formar o azulejo inteiro, para o acabamento ficar mais bonito. Se não tivesse o canto, usava-se a torques, uma espécie de alicate para cortar o piso. Quem era caprichoso procurava esses cantos”, ressalta. Após as famílias confeccionarem as placas, elas voltavam para a indústria, onde eram vendidas, sendo que o que ia fora, se tornava lucro novamente. A maioria das casas que usaram a técnica ainda hoje estão com as placas. A moda acabou quando algumas pessoas começaram a pegar os pisos, fazerem as placas e venderem por conta própria. Foi quando a Cerâmica cortou o fornecimento do material, encerrando esse momento histórico no município. Fotos: Leonardo Fraga/ Katiuscia Dier Francisco

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Endereço: BR101, km 344 – São Cristóvão – Tubarão /SC

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Sustentabilidade

Construção

Dois projetos sustentáveis com estilos diferentes Os projetos fazem a diferença no ecossistema e na vida de quem habita a construção. TEXTo: Ana Vargas Para quem imagina que um residencial em uma praia paradisíaca possa trazer só malefícios para o local está muito enganado. Alguns cuidados durante a elaboração do projeto e desenvolvimento da obra são essenciais para o garantir uma obra sustentável e bem feita. Um residencial com seis unidades e um restaurante está começando a ser construído na Praia do Rosa, ao total a construção terá 645m². O projeto feito e executado pelo arquiteto Eduardo Maia, tem como objetivo diminuir os impactos ambientais na região. Para alcançar seu objetivo Maia conseguiu uma certa liberdade para implantar dezenas de detalhes que fazem a diferença no final da obra. “Temos um bom valor financeiro para

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podermos trabalhar e as ideias estão sendo aceitas pelo proprietário do residencial. Meu intuito é minimizar o impacto ambiental, então vamos utilizar algumas técnicas e materiais adequados”, argumenta o arquiteto. Uma das principais ações sustentáveis é a captação e água da chuva, aquele aguaceiro que cai do telhado em dias de tempestade merece um destino mais nobre do que causar enchentes ou simplesmente escoar pelas galerias de esgoto. “O reuso da chuva é um investimento. Entre 35 e 50% da nossa demanda de água destina-se a fins não potáveis, e um projeto doméstico de coleta pluvial atende a esse índice”, explica Maia. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou uma regra para

Eduardo Maia Arquiteto e Urbanista.

tornar o processo mais seguro: só se pode reaproveitar a água captada em coberturas, nunca a proveniente de pisos. Bebê-la ou usá-la no banho está fora de cogitação. “Tecnicamente, até dá para transformá-la em potável, mas o processo custa caro. Por isso, o uso mais comum se dá em descargas, rega de jardins, lavagem de carros e calçadas e até para completar a piscina, que será tratada com cloro e é isso que vamos fazer nesse residencial,”. Vão ser usados equipamentos de reuso adaptam-se às calhas e aos condutores já existentes na construção. Mas é importante lembrar que essa água nunca deve se misturar àquela fornecida pela rede pública, que é potável. Ela requer reservatório e encanamento próprios.

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Sustentabilidade

Construção

Painéis solares

Plantas Nativas Uma das estratégias para se manter a obra dentro da sustentabilidade é o uso do Paisagismo Sustentável que é o uso de plantas nativas da região no projeto. Além de aproveitar a beleza da natureza local, o uso dessas plantas garante a manutenção da biodiversidade da região e proporciona alimentação para fauna local, inclusive em insetos que ajudam no controle das pragas. Essas plantas se adequam mais facilmente ao regime de chuvas da região, diminuindo o consumo de água. “Essa estratégia será usada no paisagismo e no telhado verde do restaurante, chamamos isso de arquitetura de bioclimática, visamos manter a mesma vegetação dos arredores para não causar ainda mais impactos. Além de deixar tudo mais bonito e com temperatura mais amena, mantendo um conforto tér-

mico”, afirma o arquiteto. Outro grande benefício do uso de plantas nativas é o cultural: adoção dessas plantas do paisagismo coloca as pessoas em contato com a natureza original da região em que habitam, o que muitas delas desconhecem. O projeto também conta com a colocação de painéis solares que geram energia elétrica grátis a partir do sol e de forma muito simples, sem mecanismos móveis, sem gerar resíduos e sem necessidade de manutenção. O painel solar é o principal componente de um sistema de energia solar e é formado por um conjunto de células fotovoltaicas que geram energia através da luz do sol. Quando o sol atinge a célula os elétrons se movimentam gerando uma corrente elétrica.

Existem inúmeras variações de painéis fotovoltaicos, mas para que se tenha uma ideia, um painel típico terá aproximadamente 1 m² e pesa pouco mais de 10 Kg, é feito de 36 células solares capazes de produzir cerca de 17 volts em corrente contínua e uma potência de até 140 Watts. Os modelos geralmente variam de 5 até 300 Watts de potencia máxima, dependendo da intenção de uso e tecnologia empregada. Além disso, um sistema pode possuir muitos painéis fotovoltaicos e montados de diferentes formas. Dessa maneira, pode-se trabalhar tanto com as potências como as tensões de saída desejadas do sistema de energia solar. “Esse que está planejado ser implantado ele não armazena a energia, ela é produzida para ser utilizada no momento, quem usa diz que ela empata a conta de energia elétrica quem tem esse painel normalmente só paga a conta mínima de luz, porém o investimento é alto e muitas vezes deixado de lado pelo proprietário do empreendimento”, afirma Maia. Obra visa o reaproveitamento dos resíduos gerando um ambiente menos poluído e mais limpo. Ao total serão 14 meses até o projeto estar totalmente pronto para ser habitado.

Ficha técnica: Eduardo Maia Arquiteto e Urbanista. CAVA 94838-1 Imagens - Claudio Osni Santos Silva Acadêmico de Engenharia Civil - UNISUL E- Ciclo- sua pegada mais leve

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Sustentabilidade

Construção

Uma construção

diferente

Um terreno especial com uma vista privilegiada, um cantinho da lagoa, um pedacinho do mar, assim está localizada a casa de Pedro Isfer e Nathalia Feiten. Além do local privilegiado a construção da casa do casal chama atenção nos mínimos detalhes. O projeto não poderia ser diferente, ele engenheiro ambiental, ela design de interiores e paisagista montaram um projeto sustentável. A casa com 270m² foi toda construída com tijolo ecológico, madeiras de reflorestamento, além de painéis fotovoltaicos e reaproveitamento de água da chuva.

Tijolo ecológico O tijolo ecológico é hoje uma bela alternativa “verde” à utilização dos tijolos tradicionais. Isso porque, tanto em sua composição quanto em seu processo produtivo, o tijolo ecológico (também chamado de tijolo modular) diferenciase dos tijolos tradicionais em muitos quesitos. Na composição, por envolver uma mistura de materiais como cimento, água e solo. E em seu processo produtivo, por ser esse de modo mecânico ou manual, onde o tijolo ecológico recebe até seis toneladas de pressão, obtendo, assim,

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forte ligação do grão, fazendo com que o processo de queima do forno, amplamente utilizado na fabricação de tijolos tradicionais (além de bastante poluente), seja desnecessário. “Resolvemos usar o tijolo em boa parte da casa, pois há diversas vantagens na utilização do mesmo. Seu modelo de produção é por meio da prensa hidráulica ou eco-manual, onde a pressão exercida é de seis toneladas, tornando-o regular, com faces lisas e que proporcionam um encaixe perfeito, viabilizando assim uma maior precisão também no cálculo de tijolos necessários na obra essa é uma vantagem, “argumenta Pedro. A utilização dos tijolos ecológicos evita a necessidade do uso de materiais como arame, madeira, pregos e folhas de parede pronta para a instalação da rede elétrica, hidráulica, pois ele possui furos que facilitam a passagem da fiação. Ele facilita o isolamento acústico e térmico, o que possibilita tanto o aquecimento como o resfriamento do ambiente de maneira natural também reduz a umidade nas paredes. Além de aumentar a resistência da estrutura, facilita toda a construção, uma vez que seu molde permite o encaixe fácil e rápido, sem a necessidade de utilização de gesso ou azulejos.

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Sustentabilidade

Construção

Área gourmet Uma parte da casa do casal Pedro e Nathalia foi projetada para receber amigos, jogar conversa fora, a área gourmet, totalmente sustentável tem a reutilização da água da chuva, energia fotovoltaica que alimenta todas as luzes externas da casa. “Pensamos em um local descontraído, onde pudéssemos reunir as pessoas queridas, sempre pensando na sustentabilidade, no telhado da área colocamos uma placa fotovoltaica para gerar energia, através dali ligamos ela nas luzes dessa peça e de toda a iluminação externa da casa. O telhado vivo faz com que não precisemos de ar condicionado, pois ele deixa o ambiente neutro”, explica o engenheiro ambiental.

Decoração A parte interna da casa foi decorada pela Design de Interiores Nathalia Feiten,

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ela aproveitou a textura e cor do tijolo ecológico, trouxe alguma peças da indonésia seguindo um estilo mais rústico com peças em madeira, e toques na decoração como a luminária desenha por ela. “Seguimos um estilo mais praiano e aproveitamos peças balinesas, sempre mesclando estilo e conforto”, afirma Nathalia.

Cuidados João Larcerda cuida da casa do casal com cuidado e zelo, ele faz a manutenção, cuidando da área externa, corte de grama, cuida da residência enquanto o casal viaja a trabalho. “Ele exerce um papel fundamental que é cuidar do nosso bem da forma que nós desejamos”, explica Nathalia.

Ficha técnica: Pedro Isfer - Engenheiro Ambiental Nathalia Feiten - Design de interiores Imagens - Ana vargas

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Arte Garopaba

A arte hiper-realista de Luciano Blanck

Obras em cerâmica realizadas em Garopaba/SC mostram personagens como pescadores, rendeiras e benzedeiras que parecem vivos. Expressþes detalhadas e um trabalho impecåvel do artista autodidata Luciano Blanck impressionam pelo realismo. TEXTo e fotos: Leonardo Fraga 60

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Arte Garopaba

A

cerâmica, segundo estudiosos é a mais antiga das indústrias. Ela nasceu no momento em que o homem começou a utilizar-se do barro endurecido pelo fogo. Desse processo de endurecimento, obtido casualmente, a cerâmica passou a substituir a pedra trabalhada, a madeira e mesmo os utensílios domésticos. Além de objetos úteis, a facilidade com que se molda o barro para formar as peças também fez com que surgisse uma forma de arte expressiva, como as esculturas. O porto alegrense Luciano Blanck usa a cerâmica para expressar sua arte criando bustos e obras incríveis que parecem ter vida. Pescadores, rendeiras, santos e até mesmo personagens da cultura pop são moldados por suas mãos autodidatas e se tornam obras de arte que embelezam ambientes. Residindo em Garopaba há 11 anos, Luciano e a esposa Mônica se mudaram para a cidade catarinense após sofrer um assalto em Porto Alegre e para fugir da vida corrida e perigosa da cidade grande, acharam em Garopaba uma nova chance de recomeçar. Formados em educação física, os dois chegaram sem nada, apenas com uma casa comprada e precisavam cuidar da filha de apenas cinco anos. “Foi em um trabalho de escola de minha filha no final de 2012, que acabei descobrindo a arte com argila e cerâmica. Sempre gostei de artes, desenhava um pouco melhor que meus amigos e quando fiz minha primeira obra, vi que o formato tridimensional da escultura oferece um realismo, que é o que gosto de fazer”, ressalta Luciano. Alguns bustos são hiper-realistas, com rugas, dentes perfeitos e detalhes minuciosos. “Com uma técnica de luz e sombra, algumas peças parecem estar vivas e depen-

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dendo de onde se vê, há a nítida impressão que a peça está olhando”, comenta o artista que aprendeu as técnicas sozinho. “Era apenas para minha diversão, e quando alguns amigos nos visitavam eu dava algumas peças, mas minha esposa não gostava”, comenta Luciano. Muitas pessoas começaram a se interessar pelas peças, querendo comprar, “mas não era possível vende-las, pois são extremamente frágeis, eu ainda não queimava o barro para endurecer. Depois de muita pesquisa na internet eu aprendi as manhas do barro e aprendi que tinha que queimar”, comenta Luciano que foi até Porto Alegre em uma exposição de um artista que fazia esculturas em ferro, “peguei o cartão dele e mandei uma mensagem perguntando se ele dava algum curso de cerâmica, porque ele fazia algumas obras desse tipo, ele disse que não dava cursos mas me indicou uma pessoa em Enseada de Brito que poderia me dar uns toques”. O seu João, contato que Luciano recebeu apresentou um barro melhor, com mais liga e o artista aprendeu com Dona Inês em Garopaba a fazer a queima das peças, para ficarem duras. “Com o barro apresentado pelo seu João eu comecei a fazer peças cada vez mais detalhadas. Minha técnica é uma mistura de modelar com esculpir. Eu faço o contrário da maioria que prefere fazer a peça oca, eu faço a peça em barro maciço e depois retiro o excesso. É mais difícil e trabalhoso, mas depois que se aprende se torna fácil”, ressalta Blanck. Para Luciano era apenas uma pilha de barro, um hobby, mas para sua esposa, Mônica Angra Blanck era uma oportunidade, pois o trabalho de seu marido era incrível. “Minha esposa trabalha em uma pousada na Praia do Rosa e a proprietária se inte-

ressou em vender as peças. Eu duvidei que daria certo e ela levou algumas peças que ficaram expostas no local. Uma semana depois estava na praia com minha família quando o telefone toca. Havia vendido minha primeira peça. E dali em diante foi uma bola de neve”, comentou Luciano que teve que produzir mais peças para repor as que saiam. “No início levei pescadores, romeiros, benzedeiras, algo que tinha a ver com praia e vi um nicho que eu poderia investir. Antes fazia duas peças por semana, agora é quase uma por dia”. Como é muito comum ver peças de cerâmica de santos, Luciano também fez esculturas neste tema, porém um pouco mais estilizadas, “desenvolvi uma identidade para me destacar e meus santos são um pouco

mais “cheinhos””, comenta. O artista vê também que a área turística da região é muito apegada às atividades que utilizam a natureza, e há uma carência de locais e coisas a se fazer, quando está chovendo por exemplo. “Com obras de artistas locais a se visitar, poderia ser algo chamativo para os turistas e também mais um atrativo para a cidade”, comenta. Blanck já vendeu mais de 100 peças e pretende se dedicar apenas às obras em cerâmica no futuro, “já parei com todas as atividades que realizava e hoje trabalho o dia inteiro nisso. Há épocas como o verão que é muito boa as vendas, mas há épocas que não é muito rentável, mas é algo que me dá muito prazer e fico muito feliz sabendo que as pessoas gostam de minha arte e as querem decorando seus ambientes”, ressalta.

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Arte Garopaba

Luciano e sua esposa MĂ´nica, felizes com o sucesso das esculturas Blanck

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Empreendedorismo SKATE

Construindo sonhos em prol do

Skate TEXTo e fotos: Leonardo Fraga

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Paulo Herculano trocou São Paulo pela Califórnia imbitubense, a Vila Esperança, onde começou a unir o que mais gosta que é andar de skate com a construção de pistas, fomentando assim a modalidade em toda a região. Já construiu mais de 30 pistas de skate em cinco estados. Dedicação, suor e muito amor pelo esporte.

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Empreendedorismo SKATE

Bowl Praia do Rosa

Foi na década de 1960, na Califórnia que surgiram os primeiros skates. Em uma época de seca na região e maré baixa, os surfistas colocaram rodinhas nas pranchas e começaram a trocar a água pelo asfalto. Com o tempo o skate foi se modificando, foram criados campeonatos e profissionalizando a modalidade. Criando e explorando cada vez mais as manobras, os skatistas aproveitaram as piscinas vazias de casas chiques da Califórnia para realizar manobras cada vez mais radicais. Foi na década de 1970 que surgiram os primeiros surfistas de piscinas, ou “Bowls”. Muitos anos depois e a quilômetros da Califórnia, Paulo Herculano encontrou em Imbituba, Santa Catarina, uma maneira de unir o que mais gosta, que é andar de skate com a construção dos chamados Bowls. No bairro Vila Esperança, uma espécie de Califórnia Imbitubense, que oferece várias opções de esporte e lazer, como praia, dunas, asfalto para o Downhill, ventos fortes para o Wind, Surf e KiteSurf, além de uma beleza natural espetacular, 68

foi onde Herculano montou a Sul Skate e construiu com a ajuda de amigos um Bowl de madeira, que atraiu vários amantes do esporte. Foram realizados campeonatos, o bowl se popularizou por todo o país e Herculano ficou reconhecido no cenário como referência neste tipo de construção. Em 2005, Paulo Herculano deixou sua cidade natal em São Paulo, atraído por Imbituba. Tinha o sonho de construir, com a ajuda de moradores locais o primeiro Bowl de madeira na cidade. Depois de algumas tentativas, conseguiu montar no bairro a pista que existe até hoje. O bowl foi construído com a ajuda dos próprios skatistas e custou cerca de R$ 5.000,00, dinheiro vindo da rescisão contratual de Paulo, quando trabalhou em uma empresa no sul do Brasil. No local também montou uma pizzaria e a pista sempre foi aberta ao público. Mas o desejo de fazer mais pelo esporte o motivou a aprender mais, com a intenção de construir mais pistas e assim fomentar a prática do skate. “Comecei a fazer pistas há 20 anos e nesse tempo foram mais de

Paulo Herculano testando a pista em Curitibanos. Trabalho e lazer ao mesmo tempo

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Empreendedorismo SKATE 20 construídas e destruídas, até aprender de fato como fazer. Trabalhei três anos em Porto Alegre com fibra e piscinas e isso me ajudou muito. Meu diferencial foi sempre racionalizar tempo, material e dinheiro para que a pista não ficasse tão cara e assim eu pudesse construir”, ressalta Herculano. A primeira pista que foi contratado para fazer foi em Curitibanos, Santa Catarina e custou R$ 12 mil reais. Custo muito abaixo do mercado. “Depois ajudei a construir uma pista de concreto em Garopaba e lá trabalhei com uma das maiores empresas do ramo, a Spot. Foi um enorme aprendizado”, comentou Herculano que logo saiu e montou sua própria empresa com a ajuda de seu irmão que é arquiteto. Todos os projetos são feitos pelo próprio Herculano, com a experiência e procurando sempre a melhor manobra para todos os públicos. Em uma empresa de blocos cimentícios no próprio bairro de Vila Esperança, Herculano com a ajuda da empresa desenvolveu os blocks, que são as beiradas da pista de skate, onde sofre mais impacto devido às manobras. “Para cada tipo de Bowl, há uma curvatura e tenho

que fazer blocks diferentes. Cada forma de block me custou cerca de R$ 200,00. Todos os desenhos são meus, eu boto dificuldades e me preocupo principalmente com quem vai utilizar a pista”, ressalta. Herculano comenta que há uma enorme dificuldade em construir os Bowls, principalmente devido às interpéries e imprevistos durante a construção. “O custo geralmente sai muito alto e algumas vezes era eu que tinha que arcar com isto. Mas agora, com a empresa já fixada no mercado eu posso ter mais liberdade para negociar e tocar as obras da melhor maneira, sempre pensando no melhor para o skate”, comentou Paulo. A primeira pista que Herculano ajudou a construir foi em 1995, em Taboão da Serra, São Paulo com Marcelo Massari, mesma pessoa que apresentou o skate a ele. Desde então já foram 30 pistas construídas em cinco estados diferentes, com diversos formatos e estilos de acordo com o desejo dos proprietários. “No fim eu não faço por dinheiro, apesar de querer viver disso, mas principalmente faço pelo skate, para fomentar o esporte, fazer pistas e marcar minha passagem aqui”, enfatiza Herculano.

Bowl de concreto realizado em Garopaba. 150m² usando nas bordas Coping Blocks e azulejos

Saiba Mais: www.sulskate.com.br

Laura Q. Tosetto

Arquiteta e Urbanista CAU SC- A61340-1

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(48)9631 9884 | contato@tosettoprojetos.com.br www.tosettoprojetos.com.br Rua Ismael Lobo, 29| Sala 04 |CEP 88495 000 Garopaba | SC

Bowl Ibiraquera 71


Casamento

Praia do rosa

Um sonho real O sonho de casar a muito tempo foge do tradicional sim na igreja e ganha espaço em lugares diferentes e paradisíacos. O número de Destinations Weddings tem crescido no mundo todo e aqui em Imbituba não é diferente, a Praia do Rosa em Ibiraquera se tronou uma referência em casamentos à beira mar. Aproximadamente 50 casamentos acontecem ali por ano, esse número já foi bem menor, mas desde 2012 cresceu em mais de 300%.

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Pousadas foram se adequando para poder ajudar os casais apaixonados a realizarem seu sonho, hoje cerca de oito pousadas já tem um espaço adequado para casamentos, desde os mais reservados até aos maiores. Além da parte estrutural equipes especializadas em organizar e decorar foram ganhando espaço e realizando dezenas de casamentos. A Fazenda Verde by Neco é um dos lugares que mais recebe casamentos, são mais de 40 por ano, de todos os portes e jeitos. Pessoas que se conheceram do outro lado do mundo resolvem se unir na Praia do Rosa, considerada uma das 30 mais belas do mundo e faz parte do seleto grupo internacional Clube das Baías Mais Belas do Mundo, que conta com a chancela da UNESCO. O cenário exuberante faz com que as pessoas queriam casar lá e começar uma nova etapa da vida ali. Para auxiliar nessa caminhada longa que é organizar um casamento existem as consultoras e cerimonialistas, decoradoras que fazem todo esse sonho se tornar realidade. As Casamenteiras do Rosa é uma das assessorias que ajudam os noivos a colocarem em pratica suas ideias. Bartira Venturella Soares e sua mãe Nisinha Venturella trabalham no mercado de casamentos há mais de 10 anos, Bartira cerimonialista tem o papel de ajudar a noiva nos mínimos detalhes desde escolha do local até contato com fornecedores, que com seu olhar atento e minucioso cuida de cada detalhe até o final da festa, já ajudou a realizar mais de 300 casamentos. Quem escolhe casar em um destination wedding ganha muito mais tempo pra comemorar do que um casamento tradicional realizado no local onde os noivos moram. O final de semana é inteiramente dedicado ao momento do casal e se torna

dois dias de pura felicidade e comemoração. Os noivos e os convidados podem organizar atividades extras de lazer, jantares ou um dia na praia, aulas de yoga, trilhas dentre outras atividades. Na sexta, geralmente, ocorre um jantar de boas-vindas aos noivos e convidados, uma despedida de solteiro diferente com a integração dos amigos e familiares de ambos. No sábado, acontece a cerimonia, que pode ser a beira mar, em uma pousada ou até mesmo nas igrejas próximas. As cerimônias de casamento na Praia do Rosa têm início, geralmente, às 17 horas. A festa começa à luz do dia e terminam com a luz da lua, alguns casais tem a sorte de ter a lua cheia brilhando em cima do mar durante sua festa. Quem está pensando em aderir a esse estilo, precisa se organizar e se programar com antecedência: a maioria das pousadas não realiza casamentos na alta temporada. Os meses mais procurados são março, abril, setembro e dezembro. De acordo com Bartira Soares, cerimonialista – e que também casou no Rosa – na grande maioria, a lista de convidados é reduzida em relação ao usual nas grandes cidades, proporcionando um casamento

Casar na praia não é mais um sonho impossível, pode se tornar realidade basta ter a assessoria correta. 73


Casamento

Praia do rosa mais íntimo, romântico e ainda com um custo menor. “A grande vantagem é fazer as malas para casar num cenário paradisíaco”. Ela diz que esses casamentos já se tornaram tendência mundial – pelo Rosa, já passaram noivos de várias nacionalidades: australianos, britânicos, sul africanos, franceses, americanos e brasileiros de todas as partes do país. “A presença dos convidados é quase que total. As pessoas ficam extasiadas com tanta beleza, que chegam a agradecer aos noivos por terem presenciado e vivenciado momentos de encantamento e prazer”. Os casais que escolhem a Praia do Rosa como local para seu casamento não tem um único perfil, vão desde os mais novos e despojados até os mais tradicionais. Para quem pensa que a localização da Praia do Rosa possa se tornar um empecilho, aliás, toda essa exclusividade é o seu charme, lá você encontra empresas especializadas para ajudar você a realizar seu sonho, desde a cerimonialista, decoração, DJ, fotografia e até salão de beleza com equipe que atende nas dependências das pousadas. A qualidade dos serviços não perde em nada para as cidades grandes. A vantagem de casar na praia só pode contar quem viveu esse momento. Fotos: Cícero cavalli

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Gastronomia

Praia do rosa

Rafael Miralha

Cheff por acaso Perfeição. O cheff tem restaurante recomendando pelo Guia 4 Rodas e já foi tema de diversos blogues especializados em gastronomia. TEXTo: Ana Vargas Fotos: Lex Kozlik / Lilian Lima

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udar de vida, trocar de cidade e conhecer novas formas de viver são os anseios de várias pessoas no mundo. Rafael Miralha 40 anos, trocou sua vida pacata, de economista, pelas panelas e receitas deliciosas que serve no restaurante Urucum, onde é proprietário e cheff. Quando decidiu ser economista aos 17 anos quando ingressou na UFRGS em Porto Alegre, a única coisa que ele sabia e que um dia teria seu próprio negócio. Rafael trancou a matricula na faculdade e foi morar na Califórnia, estudou, trabalhou. Voltando de um ano de viagem pelos EUA, Rafael voltou a universidade se formou em economia, trabalhou na Caixa Econômica, e voltou para San Diego. Nesta segunda vez que morou na fora estudou e conseguiu um emprego em um restaurante indiano, onde ficou mais próximo da culinária e começou a se interessar pela arte da gas-

tronomia. “Sempre fui muito focado em ter o meu próprio negócio era a única coisa que eu sabia, nunca imaginei que teria um restaurante e seria cheff desse lugar. Fui para o exterior para estudar e juntar dinheiro para montar o meu negócio, era isso que eu sabia”, contou Rafael. Nesse meio tempo Rafael e sua ex-namorada também era capixaba, começou a fazer jantares com comidas típicas, nesse momento ele teve o start , de quem sabe um dia trabalhar com culinária. “Voltamos para o Brasil, eu e minha ex-namorada, fomos para o Espirito Santo, mas eu sabia que eu não queria ficar lá, então decidimos vir para Praia do Rosa, em Imbituba, que era um lugar que eu já conhecia e tinha adorado. Meu primeiro emprego foi como recepcionista em uma grande pousada e foi aí que surgiu a oportunidade de abrir o Urucum, arrendei o espaço na pousada e de recepcionista virei dono de restaurante”.

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Gastronomia

Praia do rosa

Começo de um cheff Urucum começou há 12 anos, e desde lá nasceu um cheff, Rafael começou administrando e empregando as receitas que ele já fazia e criando outras, mas no iníco sua função era de administrador, quem cozinhava era outra cheff. O nome do restaurante tem tudo haver com a comida tipicamente brasileira, Em tupi-guarani urucum significa vermelho e simboliza força e proteção, e não poderia ser diferente, pois ele quer passar esse identidade do restaurante. O tempo foi passando e Rafael se especializou administrando seu próprio restaurante, e aos poucos tomando conta da cozinha, até que um dia sua cheff decidiu se desligar da empresa e após dezenas de testes com outras pessoas, decidiu enfrentar as panelas e mergulhar no tempero capixaba. Assim foi testando as receitas e nesse meio tempo nasceu a paixão pela gastronomia. Com o ato de cozinhar o objetivo do Cheff é deixar as pessoas felizes com o sabor de seus pratos e mostrar que a comida brasileira pode ser uma apreciada da melhor forma possível. Após 12 anos de experiência Rafael explica que se tornou Cheff pela necessidade de poder tomar conta do seu próprio negócio e saber de cada detalhe. “Eu vi que jamais poderia ter sucesso sem saber tudo dos pratos do restaurante, realmente cozinhar é minha paixão. Foi assim que me tornei Cheff, e assim expandi meu negócio abrindo também a linha de eventos, faço economato de casamentos, me especializei em finger foods e fui virando cheff aos poucos. Acho que a melhor escola foi a pratica. Hoje eu falo que meu maior desafio é atender a todos com excelência”.

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Gastronomia

Praia do rosa

Receita Moqueca Capixaba Chef Rafael Miralha do Restaurante Urucum Tempo de Preparo: 25 a 30 minutos Rendimento: 2 a 3 pessoas

Receita dos acompanhamentos da moqueca capixaba: Pirão A moqueca capixaba tradicional e autêntica tem os seus fiéis acompanhantes, o pirão, a farofa e o arroz branco. Aqui no Urucum não poderia deixar de ser diferente, portanto, vai as receitas urucum destes acompanhamentos tradicionais.

Pirão de frutos do mar.

INGREDIENTES: - 500 gr de filé de robalo em postas marinadas suavemente com limão - 3 tomates médios maduros - 2 cebolas médias - 1 colher de sopa de pasta de alho com azeite de oliva - 3 colheres de azeite de oliva de sementes de urucum - 3 ou 4 colheres de sopa de coentro fresco desfolhado - 3 colheres de cebolinha verde picada - 1 colher de azeite de oliva extravirgem - sal e pimenta do reino preta a gosto

Ingredientes: 100 ml caldo de algum fruto do mar 1 tomate grande maduro 1 cebola média 1 colher de sobremesa de pasta de alho com azeite de oliva 2 colheres de sopa de azeite de oliva de urucum 3 colhéres de sopa de cebolinha verde 3 colhéres de sopa de coentro 100 ml de água 50g de farinha de mandioca 1 colhér de sopa de azeite de oliva

MODO DE PREPARO:

Modo de fazer:

Corte a cebola em cubos médios e frite no azeite de oliva até dourar. Adicione a pasta de alho e frite até escurecer o alho. Adicione 2 colheres de azeite de urucum e o tomate cortado em cubos médios. Deixe refogar com a panela tampada (se necessário, adicione um pouco de água) mexendo de vez em quando. Depois coloque as postas de robalo e, na metade do cozimento, vire para que o robalo cozinhe igualmente dos dois lados. Deixe o molho ferver mais um pouco para encorpar. Finalize colocando o coentro, a cebolinha verde, o sal, a pimento e o azeite de urucum restante.

Refogue a cebola (bem picada) até dourar, coloque a pasta de alho o azeite de oliva de urucum e o tomate (bem picado), deixe refogar um pouco e adicione a água o caldo de frutos do mar e deixe o molho refogar até encorpar, adicione a farinha de mandioca e mexa intensamente em fogo alto por mais 10 minutos, finalize com o coentro a cebolinha a pimenta preta o sal e o azeite de oliva.] A consistência do pirão deve ser expessa, caso fique muito líquido adicione mais um pouco de farinha de mandioca.

Truque do Chef: Que preferir mais cremoso adicione catupiry, cerca de duas colheres de sopa bem cheias. Utilize postas espessas de rolado, aumentado o tempo de cozimento e liberando mais líquido para a moqueca. Isso deixará o caldo mais encorpado e saboroso.

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Dica do Chef: Adicione peixe ou siri para encorpar o sabor do pirão.

Farofa e arroz Para terminar a série de receitas sobre a moqueca capixaba e seus acompanhamentos, vamos a farofa de sementes de urucum e o arroz branco.

Farofa: Ingredientes: 100 gr farinha de mandioca 2 colhéres de sopa de pasta de alho com azeite de oliva 4 colhéres de sopa de azeite de oliva de sementes de urucum 2 colhéres de sopa de cebolinha verde 2 colhéres de sopa de azeite de oliva Modo de preparo: Coloque o azeite de oliva em uma frigideira(fogo baixo), adicione a pasta de alho refogue para dourar e coloque o azeite de oliva de sementes de urucum, despeje a farinha de mandioca mexendo sem parar e misturando bem com o azeite da frigideira. Permaneça mexendo a farinha até ela ficar crocante e sem umidade, então adicione a cebolinha verde e desligue o fogo, mexendo por mais alguns instantes, finalize com sal e pimenta do reino branca.

Dica do Chef: Tome cuidado para misturar bem a farinha de mandioca com o azeite logo que ela for ao fogo, pois assim a cor da farofa ficará mais uniforme.

Arroz branco Ingredientes: 1kg de arroz branco 2 litros de água 3 colhéres de óleo de soja Mode de preparo: Coloque o óleo de soja em uma panela com fogo alto e adicione o arroz, frite o arroz por alguns minutos e despeje a água, misturando uma vez, adicione o sal e deixe cozinhar o arroz. Quando a água estiver quase toda evaporada, coloque o fogo bem baixo e deixe secar a água, em seguida desligue o fogo, tampe a panela e reserve por alguns minutos. Dica do Chef: Para o arroz ficar bem al dente é importante que assim que a água seque o fogo seje desligado e ele termine de cozinhar no próprio bafo com a tampa fechada.

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empreendedorismo

NEGÓCIOS

TEXTo: Ana Vargas Ale, lager, pilsen, dunkel, weiss. Nos últimos anos, esses termos têm se incorporado ao vocabulário de parte dos consumidores, acompanhando uma tendência de diversificação do mercado nacional de cervejas – alimentada por bebidas importadas e pela produção brasileira de pequenas empresas. Junto a isso estão surgindo inúmeras oportunidades de negócio, como bares especializados e franquias. O país conta hoje com mais de 240 cervejarias, segundo Luiz Vicente Mendes, diretor comercial da Brasil Bier, feira realizada em Belo Horizonte que reúne dezenas de

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pequenos produtores da bebida. Para ele, o fenômeno é similar ao que ocorreu 30 anos atrás nos Estados Unidos, quando lá havia essa quantidade de cervejarias (hoje, são 2,4 mil). “No nosso caso, as microcervejarias estão crescendo a uma taxa de 20% ao ano, enquanto os beer pubs crescem cerca de 30%. É um potencial enorme.” Assim demonstra o fato de que, em 17 anos, o número de fábricas de cerveja artesanal quase triplicou nos EUA, passando de 1.564 em 1999 para mais de 4.200 em 2016, segundo informa o meio especializado “Beer Marketer Insight” (BMI).

Cerveja Artesanal Seja qual for o clima, a cerveja é sempre uma boa pedida, foi pensando nisso que o casal de gaúchos Cecilia Muller e Marcelo Estrella desenvolveram a Phare Cervejaria. A história dels com a cerveja começou muito antes de montarem a estrutura física da cervejaria. Em 2008 Marcelo e seu irmão começaram com uma brincadeira de fazer cerveja para os amigos e foram “pegando gosto” pela produção.

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Gastronomia

Praia do rosa

A brincadeira foi crescendo e Marcelo começou a testar novas receitas, até chegar na primeira cerveja que hoje leva o nome de Garopaba Blond Ale. Para entrar nessa aventura do feitio das cervejas muitos testes foram realizadas segundo Marcelo as primeiras cervejas tinha aroma, cor, mas o gosto não era perfeito foi em 2010 que ele e seu irmão conseguiram alinhar, sabor, aroma e textura. Nesse mesmo tempo as vendas começaram para os conhecidos, para os colegas de trabalho e amigos. Mas foi em 2015 que Marcelo e Cecília decidiram largar sua vida na cidade grande e se aventurar pelo pequeno paraíso de Garopaba. A ideia do casal era produzir e comercializar as cervejas. Tudo foi milimetricamente calculado pelo casal, o espaço onde funciona a cerveja foi totalmente montado por eles, desde a elétrica até os rótulos, tudo foi idealizado pelo casal. A montagem do local começou a ser feita

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em junho e só em novembro ela foi colocada para funcionar a todo o vapor. Então no final de 2015, eles inauguraram a Phare é a primeira microcervejaria da cidade de Garopaba. Atualmente são produzidos na cervejaria 10 estilos de cervejas de alta fermentação, cada uma lembrando uma praia da região.

Fabricação

de não ter necessidade de utilizar conservantes, e sim o puro malte. Enquanto uma grande indústria produz em cerca de 10 dias, as cervejas artesanais precisam de 20 a 40 dias, em média, para chegar ao produto final” explicou Marcelo. Para fazer cerveja, se seguirmos os princípios da lei de pureza alemã (Reinheitsgebot) só precisaremos de quatro ingredientes: Água, Malte, Lúpulo e Fermento. Acontece que cada um dos componentes possui diversas variedades e pode ser dosado em diferentes quantidades. Além disso, no processo o tempo e a forma como eles são adicionados também modifica o resultado. Por isso fazer cerveja muitas vezes se aproxima de uma arte do que uma ciência. É claro que é possível padronizar suas produções, mas quanto maior é a padronização exigida maior atenção a qualidade dos ingredientes, processo de fabricação e aos equipamentos deve ser dada.

Água A água corresponde a mais de 90% da matéria prima empregada na fabricação da cerveja, por isso ela é sempre lembrada pela sua importância. No Brasil sempre a qualidade da cerveja fora associada à qua-

lidade da fonte de água que a cervejaria utiliza. Isso há algum tempo atrás poderia influenciar, mas atualmente existem processos laboratoriais para corrigir ou adequar as propriedades da água para a produção cervejeira industrial. Se não formos levar em conta o custo das correções podemos transformar qualquer água potável em um ingrediente padronizado.

Malte O malte é fundamental na fabricação de cerveja, pois é ele o responsável pela cor e corpo (densidade) da cerveja, atuando também na composição do sabor e aroma. A razão média de uso é de 200 gramas para cada litro de cerveja, porém isso vai depender do rendimento obtido no processo bem como a qualidade do malte utilizado. Produzimos malte a partir da germinação parcial (interrompida) dos grãos de cereais. A princípio qualquer cereal pode ser malteado, tal como: milho, aveia, trigo, centeio e principalmente a cevada. A cevada é geralmente utilizada porque possui um alto teor de proteínas em quantidade suficiente para fornecer os aminoácidos necessários a levedura. O malteamento é um processo obtido basicamente em cinco etapas.

Sem conservantes, sem corantes, sem aromatizantes. Cervejas saborosas e aromáticas que harmonizam com amigos reunidos, família unida, muitas risadas, comemorações e energias positivas esse é o objetivo da maioria das cervejarias artesanais. “O diferencial deste tipo de cerveja está no processo de fabricação, o método artesanal conta com volumes menores, além

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EMPREENDEDORISMO

NEGÓCIOS Lúpulo O lúpulo é uma planta trepadeira que tem o hábito de crescimento em locais de clima frio e com abundância de luz solar (dias longos). Desta planta utilizamos as flores das plantas fêmeas. Esta flor possui um formato de cone e no seu interior encontra-se a lupulina. O lúpulo é considerado o “tempero” da cerveja. Ele que dá a identidade de muitas cervejas de alguns estilos muito apreciados por nós. O uso de lúpulo na fabricação de cerveja

remonta a 736 d.C. no sul da Europa Central, o que é relativamente recente na história de 8 mil anos de fabricação de cerveja no mundo. Com essas diversas qualidades a cervejaria atinge uma gama maior de tipos de clientes, a demanda vem crescendo bastante no Brasil nos últimos anos. Os cervejeiros sabem que os consumidores de cervejas artesanais e gourmet têm uma relação especial com a bebida e o que a Phare propõe é ampliar ainda mais essa experiência, recriando o ato de servir e degustar a cerveja.

Dicas Para que você não sacrifique o prazer de comer fora mesmo em tempos de crise, preparamos umas pequenas dicas de quem está em Garopaba e Imbituba. Com ampla gastronomia, nestas cidades é possível se comer bem, mesmo você sendo vegano, clássico ou seja um adorador de lanches. O restaurante Ygarapaba fica no Centro da cidade e abre tanto no inverno quanto no verão. Lá você desfruta de um ambiente aconchegante, ótimo atendimento e delicioso buffet com diversas opções tanto de peixe, quanto carne, um buffet com diver-

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sidade enorme de saladas perfeito para quem gosta de praticidade e comida boa. Para aos adeptos de uma comida bem mais natural o Natural Bistrô fica na estrada da Barra a 700 metros da SC 434. E lá com certeza você encontra uma série de comidas veganas. Na alimentação vegana, o objetivo é não consumir produtos de origem animal: carne, peixe, lacticínios, ovos, mel e outros ingredientes de origem animal. São duas opções bem diferentes que agradam os mais variados gostos que você não pode deixar de experimentar se visitar Garopaba.

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Beleza

FItNESs Objetivo. Cleyci Cardoso é atleta de Imbituba e já ganhou algumas competições

Fisiculturismo

um esporte de dedicação Sacrifício, suor e dedicação. Elementos presentes na vida de três jovens fisiculturistas. O fisiculturismo é uma pratica que visa o desenvolvimento dos músculos corporais a partir do hipertrofismo, ou seja, aumento no volume da massa muscular. O fisiculturismo não é considerado um esporte oficial, no entanto existem competições para saber quem possui o corpo com os músculos mais desenvolvidos. O fisiculturismo, como forma de competição, existe nos jogos Pan-Americanos e Asiáticos, no entanto ainda não foi incluído nos Jogos Olímpicos. Nas competições são analisadas principalmente a força, a pro-

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porção, o tamanho, a definição e a estética dos músculos. Um dos objetivos principais do esporte é a ausência de músculos subdesenvolvidos, ou seja, toda estrutura muscular do competidor deve estar no seu ápice de desenvolvimento.

Imbituba Em Imbituba Cleyci Cardoso busca reconhecimento através do esporte. A paixão por musculação progrediu depois de alguns anos praticando artes marciais. Foi apresentada ao Muay Thai muito cedo e logo após deu início as atividades na aca-

demia, que começou voltada à estética e beleza. “Eu comecei a praticar musculação porque parei de lutar e engordei, mas quando vi mudanças significativas em meu corpo, fui me interessando e gostando cada vez mais do esporte”, conta Cleyci. A musculação é um dos esportes mais antigos e conhecidos do mundo. Aliadas ao marketing visual e cuidados com o corpo, competições de fisiculturismo estão crescendo no país. Fisiculturismo é uma modalidade esportiva que consiste em exercícios de resistência progressiva para controlar e desenvolver os músculos do corpo, tendo assim uma melhor formação muscular. Apesar de primitivo, é um esporte carente de informação e que sofre muito preconceito diante da sociedade em geral. “Nós atletas sofremos muito com os pré-julgamentos. Quem vê o produto final não imagina o quanto nos dedicamos para chegar até um palco. Restrições alimentares, treinos intensos, performance, rotina exaustiva, entre outros requisi-

tos necessários para se tornar um atleta”, ressalta Cleyci. Está cada vez mais presente na mídia reportagens sobre os mais diferentes aspectos relacionados a corpo perfeito, seja ele por meio de dietas e treinos clássicos ou alternativos. O problema é que muitas vezes a busca pelo corpo ideal leva as pessoas a métodos exagerados e prejudiciais a saúde, colaborando com a má interpretação da sociedade perante o esporte e estilo de vida adotado por esses atletas. “Não é um dia, um treino, uma salada. É persistência e comprometimento, é procurar evoluir sempre. Hoje tenho uma equipe de profissionais que me ajudam e sem dúvidas tem um papel importante nessa jornada, mas tem que ter empenho da sua parte. É uma vida dedicada ao esporte, e você precisa entender que assim como qualquer outro atleta, das mais variadas modalidades, tudo é questão de dedicação e amor ao que faz”, completa a atleta. Os especialistas mostraram que é possível levar uma vida saudável planejando e administrando o tempo e a rotina e estabelecendo pequenas metas para chegar ao objetivo final. Comer bem, fazer exercício ao menos três vezes por semana faz com que as pessoas possam ter uma vida bem mais saudável e longa.

Foto: IFBB Santa Catarina 89


Cultura

hip hop

Arte, Música, Ação ! O rapper e professor de artes Bernardo Saíbe explora várias maneiras de expressão, como música, desenhos e cinema. Está desenvolvendo uma animação em Stop Motion da música “Level Up”. O clipe é orgulhosamente apresentado por ser “independente” e de baixo orçamento. Criatividade explorada de várias maneiras por quem desde os 12 anos transborda de ideias e não as abandona no papel. TEXTo e fotos: Leonardo Fraga

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Cultura

hip hop “Liberto minha alma, com calma e bem tranquilo Descanso minha mente de frente de um paraíso Imbituba minha cidade, aqui me localizo Anos se passam e o Rap aqui ainda tá vivo!” Canta o rapper, artista e professor de artes Bernardo Saíbe na música Safári, de seu grupo E.V. a Sigla. Natural de Imbituba/SC, Bernardo, 29 anos, sempre explorou o mundo artístico em suas mais variadas formas. Autodidata, aprendeu a desenhar, pintar, modelar, escrever, compor e hoje alia seu trabalho como educador à sua carreira artística. Um artista que vê nas mais variadas formas de arte uma maneira de expressar seus sentimentos. “Sempre observava, captava com alguém o que eu queria fazer ou praticar. Nunca aprendi nada sozinho, até mesmo porque ninguém aprende sozinho”, conta Saíbe e ressalta que o rap faz parte da sua vida desde os 12 anos, “escrevia rap desde muito novo e desenhava. Fazia gibizinhos brincando e já cheguei a fazer um fanzine sobre hip hop. Sempre procurando fazer algo junto ao que amo”. Aos 18 anos, Saíbe começou a procurar emprego. Foi à Tijucas, ficou em Porto Alegre por dois anos e depois cinco em Tubarão/SC, até retornar à Imbituba, onde terminou a faculdade de artes e começou a trabalhar na área. “Na escola ensino conteúdos normais, seguindo o planejamento de aula, mas sempre procurando utilizar coisas que estão na minha realidade”, conta Saíbe, “já ensinei gafitte, trabalhar com material reciclável, pintura, algo que seja divertido para os jovens e que os faça expandir suas mentes para várias maneiras de se expressar”,

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comenta. Em uma dessas aulas, foi quando Bernardo teve contanto com a realização de vídeos em stop-motion, uma técnica de animação muito usada, com recursos de uma máquina fotográfica, ou de um computador. Os modelos são movimentados e fotografados quadro a quadro. Esses quadros são posteriormente montados em uma sequência cinematográfica, criando a impressão de movimento. Nessa fase, podem ser acrescentados efeitos sonoros, como fala ou música. “Foi então que resolvi usar esta técnica para criar um videoclipe. Criei um personagem parecido comigo usando papel jornal, fita crepe e tinta, com alguns arames. Um trabalho bem artesanal e extenso, mas está ficando algo muito incrível, principalmente pelos recursos que temos”, enfatiza Saíbe. O clipe que está sendo produzido em stop-motion é da música Level Up, e mostra Saíbe em forma de boneco, a casa e outros locais, todos feitos com recursos fáceis de se achar. Hoje o grande chamariz para músicos não é mais tocar na rádio para ter seu trabalho reconhecido, mas sim fazer sucesso no Youtube, onde milhões de pessoas podem ter acesso a um baixo custo. Algumas produtoras cobram até R$ 4.000,00 por três minutos de gravação, porém os músicos que não tem esse dinheiro podem realizar produções de baixo orçamento que nem sempre são sinônimos

de clipes pobres. “O clipe pode até ser gravado pelo celular, editado no computador e depois só jogar na rede, mas é preciso usar a criatividade para atingir um bom resultado”, ressalta Saíbe. O stop motion depende principalmente de criatividade e não precisa transparecer enorme qualidade de vídeo. Com 35 anos de experiência, o inglês Barry Purves ressalta que o stop motion não precisa parecer real. “O stop motion pode se desfrutar explicitando sua própria técnica. Muitos stop motion apreciam mostrar sua técnica e isso faz parte dos seus atrativos”, destaca. Bernardo é fundador do grupo de rap E.V. a Sigla, que em 2016 ganhou uma nova roupagem, com novos integrantes se tornando E.V. a Firma. Os músicos planejam lançar um álbum com 12 a 13

faixas ainda este ano, junto ao videoclipe Level Up. Em julho visitaram produtoras em São Paulo para mostrar o trabalho que vem fazendo e na página do Facebook de Bernardo não param de aparecer músicas novas. Uma maneira do artista que transborda de ideias a todo momento botar em prática, sem esperar uma grande oportunidade, apenas por amar o que faz.

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Cultura

Cinema

Viagem à Lua e Star Wars,

desbravadores dos efeitos visuais A técnica do Stop Motion surgiu com o mágico ilusionista francês George Méiles, que adaptou seu trabalhou para o cinema, ao criar ilusões em seus filmes através da gravação de cenas quadro a quadro. Méiles bebeu de várias fontes para criar seu clássico “Viagem à Lua” em 1902, como a fantástica literatura de Julio Verne e H.G. Wells. O hoje aclamado cineasta George Lucas também bebeu de várias fontes para criar sua obraprima “Star Wars” (como Kurosawa, Buck Rogers e Flash Gordon, só para citar algumas. A velha, “nada se cria, tudo se copia”, não pode ser tão ruim assim. Na verdade, quando temos uma veia artística e queremos extravasar, normalmente algo ou alguém inspira. Em uma época em que “Planeta dos Macacos” - o original com Charlston Heston - custou U$33 milhões, Star Wars custou cerca de U$9 milhões. E olha só o que o senhor George Lucas e sua equipe de hippies-estudantes-sonhadores conseguiram nos mostrar. Foi a mesma sensação que a audiência de Meliés sentiu há 75 anos atrás, lá no início do século, ao ver

Cena clássica do filme “Viagem à Lua”, de 1902. Um marco nos efeitos visuais no início do século XX com o uso de Stop Motion

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Filmes que se destacaram com o uso de Stop-Motion Hoje em dia, o stop motion é pouco usado, porque é muito mais fácil fazer tudo no computador. Mas se a gente pesquisar, até pouco tempo atrás muitos filmes usavam stop motion corriqueiramente nos seus efeiRudolph – A Rena do Nariz Vermelho (1964)

Com uma diferença de 75 anos, o francês George Méiles e o americano George Lucas viram nos efeitos visuais uma maneira de revolucionar o cinema

aquele foguete espetado no olho da face da Lua - simplesmente genial! Portanto Méliès e Lucas tem muito mais em comum do que possa aparentar. Em épocas diferentes, criaram seus fenômenos pop que abalaram o mundo do entretenimento ocidental. Méliès tem os desbravadores que furaram o olho da lua com um foguete espacial…. Lucas tem Darth Vader e seus lightsabers. E nós temos sorte de podermos contemplar a visão maravilhosa que esses homens especiais resolveram nos mostrar.

Este é um campeão de reprises natalinas, realizado em 1964. A animação japonesa, produzida em stop-motion, teve a direção de Kizo Nagashima e Larry Roemer, e contava com lindas canções ao longo da história.

Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais (2005) Do mesmo criador de A Fuga das Galinhas, Nick Park, Wallace & Gromit foi o único longa de stop motion a ganhar Oscar de melhor animação.

tos especiais – de Guerra nas Estrelas (o jogo semelhante a xadrez dentro da Millennium Falcon) a Jurassic Park (parte dos dinossauros era stop motion usando modelos em tamanho natural). Fúria de Titãs (1981) Um dos maiores nomes do stop-motion, Ray Harryhausen trabalhou nos efeitos de alguns grandes filmes de aventura, como este, Fúria de Titãs com Cálibos, Pégaso, Medusa e a corujinha Bubo.

King Kong (1933) Clássico do terror e também da animação, faz uma boa dobradinha com o também clássico O Mundo Perdido, de 1925, inovadores na época ao misturarem atores com stop motion.

Star Wars abriu várias portas na indústria do cinema cunhando o termo blockbuster para filmes com bilheteria estupenda pois o público dava voltas e voltas nos quarteirões para ir ao cinema 95


Cultura

Cultura

HQ

Cinema As Novas Viagens de Simbad (1973) Décadas atrás existia uma série de filmes do Simbad onde atores contracenavam com criaturas em stop motion, animadas por Ray Harryhausen (Simbad e a Princesa, Simbad e o Olho do Tigre...). As novas Viagens de Simbad foi o último desses.

Jack Skellington, o rei da Cidade do Halloween, descobre o Natal, e resolve sequestrar o Papai Noel e tomar o lugar dele. Genial filme de Henry Selick, com roteiro de Tim Burton.

Noiva Cadáver (2005) A Festa do Monstro Maluco (1967) Dr. Frankenstein resolve se aposentar, e promove uma festa para escolher seu sucessor. Entre os convidados, estão Drácula, o Lobisomem, a Criatura e Dr. Jekyll & Mr. Hyde.

Fábula macabra onde um homem é disputado por duas noivas – sendo que uma delas está morta. Tim Burton produziu, escreveu e co-dirigiu (ao lado de Mike Johnson).

Jasão e os Argonautas (1963) É o filme mitológico mais famoso e importante de Ray Harryhausen, com a Hydra e a famosa cena do exército de esqueletos, citada por Sam Raimi em Evil Dead 3 – Army of Darkness.

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Sopa de Salsicha mostra a vida do ilustrador Eduardo Medeiros com muito humor

O Estranho Mundo de Jack (1993)

Eduardo Medeiros é natural de Porto Alegre e escreveu a graphic novel Sopa de Salsicha enquanto vivia em Florianópolis. Provavelmente você já viu alguma ilustração sua em jornais, revistas ou livros. Ou então você já acompanhou o seu dia a dia com os quadrinhos que publica na internet. Depois de anos narrando seu cotidiano ao lado da Baixinha, sua esposa, e depois da mudança para Florianópolis que o deixou distante dos amigos e da família, Eduardo chega num dilema: o que fazer agora? A resposta é uma graphic novel que acaba de ser lançado pela Quadrinhos na Cia.

Sopa de salsicha é quase que um diário do processo criativo — e dos bloqueios — de Eduardo Medeiros. E ele não está sozinho: Michael Bolton (When a maaaaaan loves a womaaaan…) aparece nos seus sonhos dando conselhos certeiros e salvando o seu trabalho; quadrinistas como Fábio Moon, Gabriel Bá e Rafael Albuquerque também ajudam (às vezes nem tanto assim) Eduardo a terminar o livro quando bate a preguiça de desenhar — até a Baixinha (sua esposa), que não desenha, deixa a sua marca. Mas além de ser um retrato divertido de como Eduardo se debate com as ideias para o livro, Sopa de salsicha também é uma história surpreendente sobre amadurecimento e mudanças importantes que todos nós teremos que vivenciar em algum momento de nossas vidas.

Coraline e o Mundo Secreto (2009) E o primeiro lugar fica com a adaptação do livro de Neil Gaiman, também dirigida por Henry Selick. Fofo e assustador ao mesmo tempo, e com uma animação de encher os olhos.

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Realize o sonho de ter uma casa na praia! Um dos mais bem localizados condomínios da Praia do Rosa, o Docas do Rosa Home Resort está a poucos passos do agito do centro e a uma prazerosa caminhada da praia. Os terrenos possuem de 220 a 388 metros quadrados, e alguns, além de vista para a encantadora Lagoa de Ibiraquera, possuem vista para o mar. Produto de uma arquitetura inovadora, o Jardim Linear forma uma área de recreação que circunda todo o condomínio, fazendo com que os 76 terrenos contem com duas frentes, o que possibilita mais iluminação e ventilação para todas as casas. Venha conhecer: Rua Roberto Teixeira de Souza, 503 / CEP 88.780-000 GPS: -28.120213, -48.654845

PROJETO

INCORPORAÇÃO

Terrenos a partir de R$ 156.758,68 à vista ou Entrada mais Parcelas de R$ 1.670,11 100 Plantão de vendas: (48) 9973-3433 / (41) 3072-1818

VENDAS

www.docasdorosa.com.br


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