Formar professores hoje: tendências, desafios e possibilidades em São Tomé e Príncipe Palavras-chave: componentes de formação; conhecimento profissional docente; formação inicial de professores; modelos de formação. Ana Isabel Andrade Centro de Investigação “Didática e Tecnologia na Formação de Formadores” / CIDTFF Departamento de Educação e Psicologia, Universidade de Aveiro Portugal aiandrade@ua.pt
Introdução Este texto pretende levantar questões e desafios que se colocam hoje à formação inicial de professores, a partir de um contexto específico, o da República de São Tomé e Príncipe, no quadro do desenvolvimento do PAISE-STP (Programa de Apoio Integrado ao Setor Educativo de São Tomé e Príncipe), nomeadamente, da sua componente 1 – Formação Inicial de professores –, com a finalidade de apoiar a reestruturação dos currículos de formação inicial de professores. Neste sentido, as questões que nos colocámos foram: Que razões nos levam a formar professores? O que têm os professores de saber? Como podem construir o seu saber profissional? Onde podem ser formados? Com quem? Como podemos nós assegurar a qualidade da sua formação? De modo genérico, podemos dizer que a investigação mostra que a maneira mais eficaz de aumentar a qualidade educacional é modificar a formação inicial de professores, sem esquecer aqueles que já estão em exercício. Na verdade, a formação de professores parece ter um impacto significativo sobre estes profissionais, sobre as suas competências e sobre os resultados que o trabalho dos professores tem sobre os alunos (Musset, 2010). Entendemos, então, por formação inicial de professores (FIP) a primeira etapa da carreira profissional de um professor, etapa que estabelece as bases para a construção de uma visão da profissão e fornece um conjunto de ferramentas básicas para fazer com que a aprendizagem aconteça nos contextos educativos. Como escreve Caena, num relatório sobre a FIP,
Universidade de São Tomé e Príncipe – 26 e 27 de novembro de 2020
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