Academic Portfolio

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Introdução O presente portfólio é uma selecção de trabalhos académicos elaborados entre Setembro de 2008 e Dezembro de 2012, por mim, Inês Fernandes, enquanto aluna do mestrado integrado em arquitectura do IST Lisboa e intercambista na FAU Universidade de São Paulo.

Contactos http://cargocollective.com/inesfernandes nes_ff@hotmail.com +55 (11) 997 101 428

Índice CV

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Casa Zumthor

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O Fadista Negro

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Um palco na Boavista

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Roncão D’El Rei

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Avenida Gago Coutinho

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Antigo Quarteirão dos Bombeiros

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Paraisópolis

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Quarteirões Abertos

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CV EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Dez 2011 Jan - Dez 2012

Estagio em escritório de Arquitetura Terra e Tuma arquitectos associados, São Paulo (Brasil) Estagio em escritório de Arquitetura Isay Weinfeld, São Paulo (Brasil) EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

2007 - 2012 Jun 2011 - Jun 2012 2003 - 2007 Jul 2006 2008 - 2010

2009 - 2010

Ag 2010 Desde Set 2011

Mestrado integrado em Arquitetura Instituto Superior Técnico, Lisboa (Portugal) Programa de Intercâmbio FAU USP, São Paulo (Brasil) Cursos de Inglês CAA – Centro Anglo Americano, Vila Real (Portugal)

COMPETÊNCIAS PESSOAIS Língua Materna Outras Línguas

Curso Intensivo de Espanhol Academia Mester, Salamanca (Espanha) Membro ativo - Grupo universitário musical representanto o IST, tocando musica popular Portuguesa Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico, Lisboa (Portugal) Membro ativo – Organização de eventos escolares NucleAR - Nucleo de Estudantes de Arquitectura do IST, Lisboa (Portugal)

Português Inglês (Avançado) Certificate in Advanced English - Nível Europeu C1, Certificado por Cambridge Espanhol (Avançado)

Competências informáticas

Desenho Técnico (Avançado): AutoCAD ArchiCAD Artlantis

Trabalho voluntário – Bilheteria Andanças – Festival de dança e musica do mundo, Viseu (Portugal)

Adobe (Básico): Photoshop Ilustrator InDesign

Trabalho voluntário TETO Brasil, São Paulo (Brasil)

Office (Básico): Microsoft Office (Word, Excel, PowerPoint) 1


Casa Zumthor Reconhecimento e intervenção

Data Setembro a Dezembro 2008 Desafio Investigação, registo e análise de uma casa singular dos

séculos XX-XXI com posterior desenvolvimento de um projecto de extensão incluindo uma garagem, instalação sanitária, biblioteca e atelier de pintura.

Resposta Através de um gesto de rotação de uma linha limite da

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casa existente nascem três novos níveis que acompanham o declive do terreno e correspondem a três espaços diferentes que pretendem abrir o piso enterrado para o exterior, fazendo-o comunicar com a envolvente tal como o resto da casa faz. Garagem Local de convite á interioridade, transição entre dentro e fora. Espaço polivalente, gerador de volumetrias e fundador de novas funcionalidades não existentes na casa. Biblioteca/atelier Dois espaços intimamente comunicantes dedicados á imaginação e liberdade que se fundem num só. Estes espaços gozam de grande privacidade e autonomia em relação à casa e uma forte ligação com a envolvente tranquila da natureza exterior. Instalação sanitária Espaço de bem-estar e reflexão. O elemento água assume o protagonismo e introduz uma atmosfera privada de tranquilidade e serenidade.

Garagem

Biblioteca Atelier

Instalação Sanitária


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Em Baixo: Corte | Em cima: Planta de subsolo | Escala 1:400


O Fadista Negro Projecto de grupo - Aterro da Boavista Data Março a Abril 2009 Desafio A zona do aterro da Boavista é resultado de sucessivas alterações da linha de costa. Criado para cumprir funções industriais e portuárias, hoje em dia não cumpre nenhuma delas. Neste exercício foi-nos proposto a reestruturação urbana desta área desde o edificado aos espaços públicos.

Resposta O projecto pretende redefinir as funções deste troço de

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cidade, ligá-la ao rio e às áreas envolventes, explorar vivências a diferentes cotas e apresentar a tradição dos bairros adjacentes com uma nova leitura através do elemento pátio - “O Fadista Negro”. Toda a malha do aterro é reestruturada através da sugestão de módulos quadrangulares de edificado que variam em altura e vão definindo espaços semi-privados e públicos e patamares percorríveis a diferentes cotas. No nível térreo é criado um novo desenho de ruas que se tocam em pontos-chave do aterro. Os boqueirões passam a ser elementos construídos cuja função é a articulação entre a colina e o rio. Começam em dois pontos-chave (miradouro do adamastor e rua das gaivotas), bifurcando na Av. da Boavista em busca de enfiamentos visuais na outra margem. Na linha de água engancham na margem e criam múltiplos espaços e relações com o rio. Na malha construída estes elementos definem o vazio, e, ao aproximarem-se da margem definem o cheio, o construído, ganhando corpo e novas funções. A linha de comboio e a Av. 24 de Julho são parcialmente enterradas, deixando de ser uma barreira. Esta opção permitiu abrir uma enorme praça pedonal de importância ao nível da cidade de Lisboa, articulando o rio com a estação do cais-do-sodré, o mercado da ribeira, o jardim e o novo teatro. Surgem ainda novos transportes que cosem esta nova área com a colina. A circulação automóvel no interior do aterro é reestruturada. As três universidades artísticas existentes são agrupadas num pólo e articuladas funcional e fisicamente por espaços de utilização comum: biblioteca, cineteatro e galerias de exposição. Junto à zona ribeirinha surge uma área favorável à saúde e lazer: piscinas, ginásios, ciclo-via, academias de artes e residências de estudantes, gerando assim uma nova dinâmica entre as zonas ribeirinha e “universitária” do aterro.


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Um palco na Boavista Equipamento público Data Abril a Junho 2009 Desafio Projectar um edifício de equipamento público a partir da solução urbana definida num exercício anterior.

Resposta O edifício deve reflectir os seus usos. Um teatro é um local de mudança, de troca, de partilha, de emoção. É um local em constante mutação que recebe variadas actividades e necessita de ser flexível e dinâmico, podendo acolher espectáculos radicalmente diferentes com exigências de dimensões, espaços, equipamentos e características distintas. A aproximação entre o espectador e o artista é essencial neste projecto. Este conceito vem diluir a noção física de plateia e palco, abrindo novas possibilidades de uso e transformação de ambientes. Vivências O edifício permite três níveis diferentes de vivências interiores e exteriores: Zonas de interface do edifício com a cidade, nomeadamente as entradas e espaços de recepção e circulação do edifício, que permitem actividades mais informais, como um prolongamento de rua. Zonas semi-privadas, nas quais se incluem os espaços dos dois auditórios principais e a cobertura visitável, onde o tipo de espectáculos já têm uma maior dimensão. E ainda a zona privada do edifício onde se incluem as zonas de administração, zonas exclusivas para artistas e material de espectáculo, zona esta que ocupa toda a área inferior do teatro. As fachadas são versáteis e comunicam com o exterior devido á composição de painéis LEDS. A cobertura é percorrível assemelhando-se a um terreno de declives suaves e pode ser acedida por escadas nos três pontos de entrada do edifício e gosa de uma vista de 360 graus para a cidade. Foi pensada como um espaço livre, sem restrições de uso para eventos informais onde o público estaria misturado com os artistas e a distribuição de palco a plateia seria livre.

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Os edifícios envolventes transformam-se pela presença deste equipamento, tornando-o a ele próprio um palco gigante da cidade. A abertura de pátios permite aumentar o sentido de descoberta que o edifício oferece no interior, trazendo essas sensações para a cidade e contaminando estes espaços de vida. Os espaços privados ocupam todo o vazio deixado pela elevação das bancadas, galeria e praça de recepção mantendo a possibilidade de alterar os espaços conforme as necessidades dos artistas, através de paredes móveis. Existem duas zonas de bastidores e/ou salas de ensaios: em baixo da praça de recepção do teatro e em baixo do palco do auditório principal, ao lado do fosso de orquestra, que também pode ser utilizado como sala de ensaio, elevador de cargas ou entrada em palco. As arrumações são o mais amplas possivel, podendo ser contínuas abrindo as paredes móveis. Recepção A praça de recepção e distribuição do edifício está elevada um piso do solo libertando a área inferior para usos privados. O acesso é feito por uma escadaria que permite a sua utilização como bancada informal de ensombramento para os utilizadores do jardim/praça ou como plateia para eventos de rua. Esta praça de recepção goza de uma enorme clarabóia permitindo que a luz inunde este espaço oferecendo-lhe um carácter informal entre o interior e exterior. As instalações sanitárias e cafetaria de apoio ao teatro pertencem a este espaço podendo ser individualizadas por uma parede móvel. Espectáculo As outras duas entradas acedem à galeria de exposições e distribuição que tem um papel crucial na organização do espaço global assumindo funções transformáveis e transformantes. Esta galeria é coberta pelas bancadas do auditório principal e contem três momentos de alargamento que funcionam como nós de acesso ás bancadas do auditório, podendo, para além de distribuir, albergar funções de palco, plateia ou os dois em simultâneo. Estes três nós penetram no interior das bancadas do auditório principal criando plataformas que podem ser utilizadas como pequenos palcos complementares ou autónomos. Os dois palcos principais estão ao nível térro e, através de paredes amovíveis que os delimitam, é possível abri-los para o exterior, permitindo que a cidade faça parte do espectáculo ou cenário. 7


8 Corte Ecala 1:400


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Roncão D’El Rei Habitação Unifamiliar

Data Setembro a Dezembro 2009 Desafio Projectar 48 residências unifamiliares, com uma área bruta de 175 m2 e dois quartos cada, para a herdade do Roncão D’El Rei, no Alentejo, nas margens da barragem do Alqueva. Resposta Foram projectadas três tipologias diferentes de

habitação unifamiliar, elaborando o desenho urbano de todo o território, tendo apenas uma das tipologias sido desenvolvida. Os dois primeiros grupos de habitação distribuem-se em fila ao longo do dorso principal do terreno, ocupando as duas vertentes, explorando diferentes paisagens e orientações solares, enquanto um terceiro se apodera do cabeço final do território. A tipologia trabalhada (ao longo da linha de festo, a sul) desenvolve-se em dois volumes que nascem do terreno, separando a zona social da zona privada da casa. Estes sofrem uma rotação à medida que se agrupam, procurando diferentes orientações visuais e o perfeito acompa- nhamento do terreno, garantindo privacidade a todas as casas. O volume superior balança-se sobre a entrada da casa proporcio-nando uma zona de sombra exterior. A zona dos quartos ocupa o piso superior abrindo um deles para a paisagem e privatizando o outro, através da introdução de um pequeno pátio. No piso inferior as áreas sociais da casa desenvolvem-se livremente em open-space privilegiando a zona da sala que se afasta em direcção à paisagem. 10


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À esquerda: Plantas piso superior e térreo Escala 1:500 | À direita: Cortes | Em Baixo: Alçado | Ecala 1:250


Gago Coutinho Plano urbano e habitação colectiva Data Março a Junho 2010 Desafio Esta reconhecida avenida de entrada na cidade

encontra-se descalibrada pela incoerência entre perfil de arruamento e cércea das construções, pela falta de relacionamento com a arriba do parque da Bela Vista e pelo subaproveitamento do seu potencial para implementação de equipamentos de usos mistos, geradores de vivências urbanas intensas. Neste projecto pede-se a reestruturação do plano de pormenor desta avenida, incluindo a integração de espaços habitacionais colectivos, capazes de regenerar este troço de cidade.

Resposta A proposta procura a continuidade da malha urbana da

cidade adjacente através da abertura de um novo bairro de habitação transversal à avenida que liga a zona elevada de Chelas ao bairro de Alvalade, permitindo mais cruzamentos e interação entres estas duas áreas de cidade desconexas. Na continuidade deste novo bairro surgem novos edifícios de equipamento e habitação que transpõem a diferença abrupta de cotas entre a avenida e o parque da Bela Vista, funcionando como elos de ligação e continuidade. O edificado vai abrindo espaços públicos e semi-públicos de transição entre o urbano e cosmopolita da avenida e o natural e tranquilo do parque. Pretende-se que este se estenda para sul, aproveitando os terrenos baldios adjacentes, requalificando-os e rematando as traseiras habitacionais de limite. Os novos edifícios permitem a fluidez dos espaços verdes em seu redor, sendo as circulações automóveis de acesso controladas, na procura de uma vivência habitacional tranquila e saudável apoiada na exploração de espaços semi-privados de carácter centralizado promovendo atitudes de troca, vizinhança e sentido de comunidade. O edifício de habitação desenvolvido é susceptível de ser adaptado a diferentes situações do plano. O primeiro piso acolhe funções de comércio, os dois pisos seguintes de escritórios e por último 7 pisos de habitação com duas tipologias distintas, T2 e T3, distribuídas em galeria. 12


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14 Planta Piso-Tipo | Escala 1:600


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Alรงado rebatido exterior | Escala 1:1000


Quarteirão dos Bombeiros Renovação urbana Data Setembro 2010 a Junho 2011 Desafio Criação de um Centro Cívico num quarteirão pertencente aos Bombeiros Sapadores de Lisboa, numa tentativa de revitalização e redefinição do lugar e das pré-existências. Resposta Uma reunião de usos e funções que definem um quarteirão

sólido e hermético, garantindo a continuidade urbana, a re-organização e a valorização do espaço público, nomeadamente de situações negligênciadas - como o largo da esperança. Pequenas aberturas para o seu interior marcam a transição de escalas urbanas desvendando um miolo calmo e surpreendente. Um espaço cultural desenvolve-se no interior da terra e vai espreitando timidamente a superfície no centro como um chão de pedra partido em que os bocados saltam do lugar em todas as direcções, permitindo criar espaços ao ar livre com diferentes características e a diferentes cotas, contaminando, ainda, o edicado envolvente desde o seu interior. Na habitação tipologias simples e em duplex encaixam-se num complexo balanço afirmando a sua frescura. A residência de estudantes partilha com o Hostel uma estrutura metálica de escadas desafiando o improviso e dando asas à apropriação do espaço. O Hostel, por sua vez, confina pequenos fragmentos -quartos/cubos - dentro da casca pré-existente do quartel enquanto que a biblioteca explora a exterioridade desses volumes cumprindo funções distintas no seu interior. A galeria de exposições funde-se com o auditorio interior, exterior e com o infantário e o lar de idosos, assegurando a interligação destes espaços e a produção e visita activa e gratuita de novas formas de arte, fundindo-se descontraidamente na paisagem quando se ofereçe como passagem entre duas cotas distintas. Desta maneira, para além de polarizador de funções este espaço é, sobretudo, agregador de cidadãos de todas as faixas etárias. Associado a estes espaços dinâmicos aparecem os ateliers que articulam um buraco de circulação central e organizador deste nucleo artistico e jovem. Espaços dedicados à saúde física são também pensados como parte integrante da rotina diária, oferecendo rampas que olham em todas as direcções e fecham um ciclo saudável de bem-estar. 16


Miradouro

Edifício reabilitado para cafetaria e bar

Rua das Francesinhas

Infantário

Auditório Exterior

Lar de Idosos

Biblioteca

Saúde e Desporto

Galeria de Exposições

Circulação vertical

Remate das traseiras existentes

Primeira Residência Habitação de Estudantes

Estudios e Ateliers

Passagem urbana

Antigo Quartel dos Bombeiros: Hostel

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18 À direita: Planta Habitação; Residência; Hostel

À esquerda: Planta Biblioteca; Estúdios | Escala 1:400


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Paraisópolis Habitação social Data Setembro a Novembro 2011 Desafio Desenho de edifícios de habitação social com apartamentos de 75 m2 na favela de Paraisópolis em São Paulo. O trabalho dividiu-se num desenvolvimento em grupo, definindo um plano de pormenor e estratégias de conjunto, e desenvolvimento individual de aproximação a um dos edifícios do conjunto.

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da sua diversidade. A proposta procura agrupar a individualidade e personalidade de cada habitação, procurando nunca se afastar da pequena escala da comunidade. Assim, as premissas essenciais são a fragmentação dos blocos de habitação e a liberdade de organização dos cómodos interiores. Cada unidade habitacional é composta por seis cómodos correspondentes a módulos pré-fabricados de dimensões fixas. A sala é o maior comodo, seguida pelos quartos e cozinha, com metade do tamanho do primeiro. A área de serviço e instalação sanitária têm, por sua vez, metade da dimensão destes. Para permitir o acesso e circulação no interior dos apartamentos surge um corredor central que assume a posição de espinha vertebral contínua ao longo de todos os pisos de apartamentos, cumprindo assim uma função, não só de distribuição interior, mas também de apoio estrutural e de instalações. A partir desta linha cada família tem liberdade de moldar as várias divisões ou mesmo a casa inteira, desde que todos os comodos sejam iluminados e ventilados naturalmente, e possam ser autónomos entre si, podendo a sua função interna ser alterada no futuro. Todos os pisos e todos os apartamentos são diferentes, criando uma riqueza e variedade volumétrica e permitindo a existência de espaços de varanda exterior para casa apartamento. O edifício desenvolvido conta com um piso térreo comercial, que complementa as funções urbanas da região. Este definem uma composição volumétrica que permite a abertura de passagens a meio dos edifícios, onde surgem os acessos verticais às habitações que se formalizam em escadas metálicas pré-fabricadas com flexibilidade de localização em planta.

Planta Plano de Pormenor | Escala 1:1000

Resposta A unidade formal de uma favela é conseguida através


1 2 3 4 5 6 7

Cortes Construtivos escala 1:20 | 1- Painel de concreto pré-fabricado tipo tilt-up | 2- Soalho de madeira | 3- Impermeabilização | 4- Camada de regularização 5- Concreto | 6- Enchimento de isopor | 7- Painel treliçado | 8- Escada metálica | 9- Rufo em zinco | 10- Lajetas

Planta Piso 2 | Escala 1:200

3 4 9 10

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Quarteirões Abertos Dissertação Teórica Final de Curso

Data Desenvolvimento de Outubro 2011 a Outubro 2012 Defesa a 30 de Novembro 2012

Desafio Desenvolvimento de uma dissertação teórica de mestrado com um tema, organização e abordagem escolhidas pelo aluno. Este trabalho foi realizado durante

o ano de intercâmbio em São Paulo, mas defendido em Lisboa, na escola de origem.

Resposta Publicação em: http://issuu.com/inesff/docs/quarteiroes_abertos https://fenix.ist.utl.pt/cursos/ma/dissertacoes (2011/2012) As cidades são o reflexo mais directo e duradouro das relações humanas e da organização em sociedade. Estas são formadas por elementos e por categorias de espaços que podem ir desde espaços públicos como a rua e a praça, a espaços privados como edifícios construídos e terrenos privatizados. Morfologicamente, o quarteirão é um elemento urbano que mistura, agrupa e, ao mesmo tempo, divide os espaços públicos dos privados. Muitas vezes detentor de ambiguidades na separação destas duas atmosferas, é um elemento pouco valorizado e por vezes deixado de lado no planeamento da cidade. Tipologicamente, e ao longo da história, existem várias maneiras de organizar e construir um quarteirão interna e externamente, mas o mais interessante deste elemento é a possibilidade de articular espaços cheios e vazios, mediando a transição entre domínios abertos e fechados, públicos e privados. O objectivo da dissertação é analisar e compreender a possibilidade do quarteirão urbano se abrir para a cidade, criando espaços semi-públicos de transição que podem ser integrados numa rede de mobilidade pedonal complementar, de proximidade e vizinhança, e paralela aos espaços públicos “tradicionais”. O pátio aparece como elemento de características flexíveis e potenciais de transformação e articulação entre os espaços construídos e vazios, detentor de uma escala mais aproximada das necessidades humanas e de relacionamentos sociais. Em complemento da revisão bibliográfica, são estudadas as visões de vários autores sobre as características que tornam os espaços públicos lugares vivos, seguros, funcionais e atraentes para a utilização diária urbana. À luz de um contexto histórico e da compreensão das características e potencialidades do pátio, do quarteirão e das características físicas que contribuem para a vivência e utilização de um espaço colectivo, são analisados exemplos existentes de espaços públicos e intervenções dentro de quarteirões em duas cidades opostas a nível geográfico, social e histórico: Lisboa e São Paulo. O estudo assenta na análise por observação apoiada nas dimensões histórica, legal, morfológica, funcional e sensorial dos espaços em estudo, e na comparação das suas diferenças e semelhanças que permitem verificar a veracidade e coerência dos pressupostos dos capítulos anteriores e a possibilidade de adequação destas características a novos espaços projectados. 22


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