Aldeia - Centro Educacional Pluridisciplinar

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"Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire


UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação

Aldeia CENTRO EDUCACIONAL PLURIDISCIPLINAR

INGRID MACIEL CAMPOS Orientador: Raul Penteado Campus Campinas - 2021



Dedico esse Trabalho aos meus avôs paternos Maria de Lurdes (in memoria) e José Campos (in memoria) e meus avôs maternos Maria Iolanda e José Maciel.


"Depois

de pronto, todos querem participar dos seus projetos. Valorize aqueles que acreditaram nos seus rascunhos." Douglas Liandi

Apesar desse trabalho ser apresentado como indivudual, não posso deixar de agradecer a todos aqueles que estiveram comigos nessa longa trajetória de cinco anos e principalmente aqueles que ajudaram esse projeto ser realidade. Agradeço primeiramente a Deus, pela sua misericórdia infinita e por ter me dado graça para realizar esse trabalho e me presenteado com todos os agradecimentos seguintes. Dele, por Ele e para Ele são todos os dias da minha vida. Agradeço aos meus Pais, Caetano e Rita, por tudo o que sempre fizeram por mim, mas principalmente por terem minha educação como ampla prioridade, e sempre me apoiarem, me ajudarem quando os trabalhos pareciam impossíveis, me incentivarem quando eu achava que não ia mais conseguir. Essa formação é mais de deles, que minha. Agradeço ao Leonardo, meu companheiro, por toda paciência que teve, pelas noites mal dormidas, por segurar a minha mão e me me ajudar, sem você seria tudo mais difícil. Agradeço aos meus familiares, que sempre incentivaram e apostaram na minha educação,


principalmente os meus Avós e minha prima Caroline Lima. Aos meus amigos, por aguentarem meus surtos e entenderem as ausências, em especial, minha melhor amiga Gabrielle, que sempre me auxiliou e era minha válvula de escape e Porto Seguro. Agradeço aos meus colegas de faculdades, durante o curso por sorte tive o prazer de fazer alguns grandes amigos, me ensinaram e aprendemos muito juntos, agradeço pela paciência e tolerância de todos com quem convivi, destaco aqui meus amigos Natalia, Camila, Maria Eduarda, Pablo, Alana, Caroline, Isis, Brenda, Fernando e Cristian, que foram de grande importância para elaboração deste trabalho. Agradeço a todos as empresas, que tive oportunidade de trabalhar durante o curso, em especial toda a equipe da ADNS SOUZA ARQUITETURA E INTERIORES, pela oportunidade, pela paciência, pelos auxílios e ensinamentos. Agradeço a todos os professores com quem pude conviver durante todos os anos de formação, sempre terei o prazer de admirar pessoas inteligentes e inspiradoras, destaco aqui a Prof. Dr. Paula Braga, a Prof. Dr. Geise Pasquotto, o Prof. Me Décio Pradella, e também a Prof Elaine Melo pelo suporte dado ao longo do projeto. Um agradecimento especial ao meu orientador Prof Me Raul Penteado, obrigada por ter me escolhido, obrigada por ter permanecido, obrigada por ter feito mais do que lhe foi solicitado, foi uma honra e um prazer imenso dividir esse trabalho com você, esse trabalho é tão seu, quanto meu.

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R es u mo e Ap r es ent a çã o

I nt r od u çã o R ef er enci a l Teór i co A ná l i s e Ur ba na

Ju s t i f i ca t i v a


105 113 131 1 59

A ná l i s e d e L ot e

P r oj et os R ef er enci a i s O P r oj et o

R ef er enci a i s B i bl i og r a f i ca s

Ob j et i v os 103



LISTA DE SIGLAS ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ONU – Organização das Nações unidas PNE – Plano Nacional de Educação PDE ANL – Aliança Nacional Libertadora LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação FDE – Fundação para o Desenvolvimento da educação IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica PMC - Prefeitura Municipal de Campinas MEC - Ministerio de Educação e Cultura EE - Escola Estadual EMEF - Escola Municipal de Ensino Fundamental EMEI - Escola Municipal de Ensino Infantil FUNDEB- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Secadi - Secretaria de Educação continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão

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Lista de Figuras 8  FIGURA 01: Escola Grega - Fonte: Carta Capital. Acesso em 04 de abril de 2021 29  FIGURA 02: Maquina Copiadora - Fonte: Freepik. Acesso em 06 de abril de 20201 30  FIGURA 03: Françies Fénelon- Fonte: personaggi-illustri.sigratis.it Acesso em 28 de maio de 2021 31  FIGURA 05: Friedrich Frobel- Fonte: Granger Acesso em 28 de maio de 2021 31  FIGURA 04: John Dewey- Fonte: chungta. com Acesso em 28 de maio de 2021 31  FIGURA 06: Maria Montessori- Fonte: chungta.com Acesso em 28 de maio de 2021 32  FIGURA 07: Jean Piaget - Fonte: wikipidia. media Acesso em 16 de junho de 2021 32  FIGURA 08: Jean Piaget - Caractersticas do Desenvolvimento - Fonte: Elaborado pela autora 33  FIGURA 10: Paulo Freire Fonte: novaescola. orgbr Aceso em 30 de maio de 2021 33  FIGURA 09: Lev Vygotsky Fonte: novaescola. orgbr Aceso em 30 de maio de 2021 35  FIGURA 11: ODS 4 Fonte: ONU.com Acesso em 30 de abril de 2021 37  FIGURA 12: Ensinamento dos Jesuitas Fonte: revistahcsm.coc.fiocruz.br. Acesso em 30 de abril de 2021 38  FIGURA 13: Missão São Miguel Arcanjo- Fonte: Todo Estudo Acesso em 25 de maio de 2021 39  FIGURA 14: Marquês de Pombal - Fonte: / pt.wikipedia.org Acesso em 25 de maio de 2021 40  FIGURA 15: Imperial Collegio Pedro II - Fonte: extra.globo.com Acesso em 23 de maio de 2021 40  FIGURA 16: 180 anos de Colegio Pedro II -

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Fonte: /pt.wikipedia.org Acesso em 25 de maio de 2021 41  FIGURA 17: Ministro Gustavo Capanema Fonte: FolhapressAcesso em 07 de junho de 2021 42  FIGURA 18: Plano de Desenvolvimento da Educação - Fonte: MEC Acesso em 03 de junho de 2021 47  FIGURA 19: Fundação para o desenvolvimento da Educação. - Fonte: FDE Acesso em 05 de junho de 2021 49  FIGURA 20: Diogo Antônio Feijó. - Fonte: / multirio.rio.rj.gov.br Acesso em 09 de junho de 2021 50  FIGURA 22: Escola Técinca Bento Quirino Fonte: /iabcampinas.org.brAcesso em 09 de junho de 2021 50  FIGURA 21: Colégio Culto á Ciência - Fonte: /educacao.sp.gov.br Acesso em 09 de junho de 2021 54  FIGURA 23: José Pacheco - Fonte: revistaeducacao.com.br. Acesso em 09 de junho de 2021 55  FIGURA 24: Método de desenvolvimento Fazer a Ponte - Fonte: Elaborado pela autora 56  FIGURA 25: Seis Dimensões da Escola da Ponte - Fonte: Elaborado pela Autora 57  FIGURA 27:José Pacheco conversando com alunos. Fonte: Reprodução. Acesso em 12 de maio de 2021 57  FIGURA 26:Sala de aula na Escola da Ponte Fonte: PetecaPortal. Acesso em 12 de maio de 2021 58  FIGURA 28: Seis Dimensões da Escola da Ponte - Fonte: Elaborado pela Autora


59  FIGURA 29: Prática Pedagógica Proejto âncora - Fonte: Projeto Ancora. Acesso em 28 de abril de 20201 59  FIGURA 30: Vista geral do Projeto Âncora - Fonte: Projeto Ancora. Acesso em 28 de abril de 20201 59  FIGURA 32: Atividade coletiva na Tenda Fonte: Projeto Ancora. Acesso em 28 de abril de 20201 59  FIGURA 31: Leitura ao ar livre - Fonte: Projeto Ancora. Acesso em 28 de abril de 20201 60  FIGURA 33:CEU Heliopolis - Fonte: Prefeitura de São Paulo. Acesso em 20 de maio de 2021 61  FIGURA 35:Salão pós derrubada - Fonte: Pedro Nogueira/ Portal Aprendiz. Acesso em 19 de maio de 2021 61  FIGURA 34:Diretor Braz Nogueira na derrubada das paredes Fonte: Transbordas. Acesso em 20 de maio de 2021 69  FIGURA 36: a Figura 43 : Imagens das ZEIS. Fonte: Google Earth- Acesso em 20 de março. 76  FIGURA 37: Esquemas morfologicos - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas análises feitas na região. 91  FIGURA 38: Tipos de Inteligências MultiplasFonte: Elaborado pela Autora 94  FIGURA 40: Escola Normal e Praça Antônio Carlos em 1945 - Fonte Arquivo de Ramon Brandão . Acesso em 20 de maio de 2021 95  FIGURA 41: Planta da Escola Caetano de Campos - Projetada e construída por Ramos de Azevedo - caetanodecampos.com.br/. Acesso em 20 de maio de 2021 96  FIGURA 43:Predio da Secretaria da Educação

de São Paulo - Fonte Design para Escritório. Acesso em 20 de maio de 2021 96  FIGURA 42: Predio da Secretaria da Educação de São Paulo - Fonte Portal Aprendiz 99  FIGURA 44: Grupo Escolar Visconde de Congonhas do Campo - Fonte: Arquitetura Escolar . Acesso em 20 de março de 2021 99  FIGURA 45: Grupo Escolar Visconde de Congonhas do Campo - Fonte: Oliveira, 2007. Acesso em 20 de Maio de 2021 100  FIGURA 46: CIEPS - Fonte: Estadado do Rio de Janeiro. Acesso em 25 março de 2021 101  FIGURA 47: CIACs - Fonte: Wikipidia.com. Acesso em 29 de março de 20021 101  FIGURA 48: CEU - Fonte: Governo de São Paulo. Acesso em 19 de junho de 2021 103  FIGURA 49: CEU Pimentas - Fonte: archdaily. com.br. Acesso em 1 de junho de 2021 103  FIGURA 50: CEU São Bernardo do CamposFonte: arcoo.com.br. Acesso em 1 de junho de 2021 105  FIGURA 51: Carências por privação segundo Malaguzzi. Fonte: Elaborado pela Autora 108  FIGURA 52: Grafico de Faixa Etária Fonte: Elaborado pela Autora com base nos dados do IBGE e da Prefeitura Municipal de Campinas 114  FIGURA 53:Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2018. Acesso em 15 de março de 2021 114  FIGURA 55: Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2015 Acesso em 15 de março de 2021 114  FIGURA 54:Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2018 Acesso em 15 de março de 2021

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114  FIGURA 56: Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2015 Acesso em 15 de março de 2021 115  FIGURA 57:Vista de dentro do terreno - Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021 115  FIGURA 59: Vista do Terreno - Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021 115  FIGURA 58:Vista de dentro do terreno - Vista do por do sol Campinas- Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021 115  FIGURA 60: Rua do entorno com pavimentação em andamento com entulho - Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021 117  FIGURA 61: Corte do Terreno Fonte: Elaborado pela autora 118  FIGURA 62: Esquema de Estudo Bioclimático Fonte: Elaborado pela autora 121  FIGURA 63: Desenho da Escola - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021 122  FIGURA 65:Vista da escola - Fonte: Archadaily Acesso de 1 de junho de 2021 122  FIGURA 64: Vista da escola - Fonte: Archadaily. Acesso de 1 de junho de 2021 123  FIGURA 68: Impantação - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021 123  FIGURA 67:Vista da area publica - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021 123  FIGURA 66: Desenho da Escola - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021 124  FIGURA 71: Rua Publica que corta o projetoW - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021 124  FIGURA 69: Primeira Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1

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de abril de 2021 124  FIGURA 70: Segunda Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021 125  FIGURA 73: Terceira Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021 125  FIGURA 72: Quarta Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021 126  FIGURA 74: Corte 1 - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021 126  FIGURA 75: Fachada - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021 126  FIGURA 76: Corte 2 - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021 127  FIGURA 78: Vista da escola - Fonte: Archadaily. Acesso de 1 de junho de 2021 127  FIGURA 77: Vista da escola - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de junho 128  FIGURA 79:Área Interna da Escola - Fonte: VMDO. Acesso em 15 de março de 2021 129  FIGURA 80:Área Interna da Escola - Fonte: VMDO. Acesso em 21 de março de 2021 129  FIGURA 81:Área Interna da Escola - Fonte: VMDO. Acesso em 21 de março de 2021 130  FIGURA 82: Planta Baixa Primeiro Andar Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 130  FIGURA 85: Biblioteca- Fonte: VMDO. Acesso em 21 de março de 2021 130  FIGURA 83: Ginásio - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021


130  FIGURA 84: Áreas Comuns - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 130  FIGURA 86: Biblioteca- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 130  FIGURA 87: Brinquedoteca- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 131  FIGURA 89: Sala de Colaboração- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 131  FIGURA 88: Planta Baixa Segundo Andar Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 131  FIGURA 90: Sala Nuvem- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 131  FIGURA 92: Área Comum Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 131  FIGURA 91: Sala de Professores- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 132  FIGURA 94:Área Interna - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 132  FIGURA 93: Mobiliário Interno - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021 133  FIGURA 95: Desenho de Paisagismo Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021 134  FIGURA 96: Villa Walluma- Fonte ArchDaily. Acesso em 25 de março de 2021 135  FIGURA 97: Planta Baixa - Fonte ArchDaily Acesso em 25 de março de 2021 135  FIGURA 98: Corte AA - Fonte ArchDaily. Acesso em 25 de março de 2021 136  FIGURA 101: Corte BB - Fonte ArchDaily Acesso em 25 de março de 2021 136  FIGURA 99: Passarela e Centrealidade Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021 136  FIGURA 100: Passarela Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021 137  FIGURA 102: Patio de atividade centralFon-

te: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021 137  FIGURA 104: Predio NoturnoFonte: Archadaily Acesso em 25 de março de 2021 137  FIGURA 103:Acesso ao nivel superior Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021 144  FIGURA 105: Plano de Massas Fonte:Elaborado pela autora 145  FIGURA 106: Fluxograma. Fonte:Elaborado pela autora 146  FIGURA 107: a 117: Desenvolvimento da Forma Fonte: Elaborado pela autora 147  FIGURA 108: Platôs desenvolvidas ao Longo do terreo - Primeiro Semestre - Fonte: Elaborado pela Autora 147  FIGURA 109: Murros de arrimo Fonte: Elaborado pela autora 148  FIGURA 110: Platôs Desenvolvidos no terreno - Forma final - Fonte: Elaborado pela Autora 148  FIGURA 111: Corte esquematico do Terreno. Fonte: Elaborado pela Autora 148  FIGURA 112: Pesperctiva da Área Exterma Fonte: Elaborado pela Autora 149  FIGURA 113: Pesperctiva da Setorização do Terreno. Fonte: Elaborado pela Autora 150  FIGURA 114: Pesperctiva Área de Lazer. Fonte: Elaborado pela Autora 159  FIGURA 115: Pesperctiva dos fundos Fonte: Elaborado pela Autora 160  FIGURA 120: Pesperctiva Vista Superior Fonte: Elaborado pela Autora 160  FIGURA 116: Pesperctiva da área de descanso Fonte: Elaborado pela Autora 160  FIGURA 117: Pesperctiva da área de Playground Fonte: Elaborado pela Autora 160  FIGURA 118: Pesperctiva da área de Central

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Fonte: Elaborado pela Autora 160  FIGURA 119: Pesperctiva do ponto de onibus Fonte: Elaborado pela Autora 161  FIGURA 121: Mobiliários Gerais área externa. Fonte: Elaborado pela Autora 162  FIGURA 122: Pesperctiva Vista Superior Fonte: Elaborado pela Autora 162  FIGURA 123: Pesperctiva Vista Superior Playgrond Fonte: Elaborado pela Autora 163  FIGURA 124: Mobiliários Playground . Fonte: Elaborado pela Autora 164  FIGURA 125: Pesperctiva Vista Superior área de exercicios Fonte: Elaborado pela Autora 165  FIGURA 126: Mobiliários Área de Exercicios. Fonte: Elaborado pela Autora 166  FIGURA 127: Piso Emborrachado - Fonte: 166  FIGURA 129: Pedra Portuguesa- Fonte: 166  FIGURA 128: Deck de Madeira- Fonte: 166  FIGURA 130: Mapa de Paisagismo . Fonte: Elaborado pela Autora 169  FIGURA 131: Pesperctiva entrada Lateral Fonte: Elaborado pela autora 170  FIGURA 132: Pesperctiva Axonometrica com setorização Fonte: Elaborado pela autora 171  FIGURA 133: Corte em Pesperctiva - Estudo Bioclimatico Fonte: Elaborado pela autora 172  FIGURA 134: Vista Leste - para ver os brises da fachada - Fonte: Elaborado pela autora 172  FIGURA 135: Pesperctiva do brise - Fonte: Elaborado pela autora 172  FIGURA 136: Det. em corte do funcionamento do Brise na fachada - Fonte: Elaborado pela autora 173  FIGURA 137: Pesperctiva Quadra Poliesportiva Fonte: Elaborado pela autora

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174  FIGURA 140: Pesperctiva da arquibancada Fonte: Elaborado pela Autora 174  FIGURA 139: Pesperctiva da rampa. Fonte: Elaborado pela Autora 174  FIGURA 138: Pesperctiva da Escada Fonte: Elaborado pela Autora 174  FIGURA 141: Pesperctiva da rampa Externa Fonte: Elaborado pela Autora 175  FIGURA 143: Pesperctiva da Escada InternaFonte: Elaborado pela Autora 175  FIGURA 142: Pesperctiva da Escada Fonte: Elaborado pela Autora 175  FIGURA 144: Pesperctiva da rampa InternaFonte: Elaborado pela Autora 176  FIGURA 145: Axonometria da Estrutura Fonte: Elaborado pela Autora 177  FIGURA 148:Laje Nervurada Fonte: Elaborado pela Autora 177  FIGURA 146: Cobertura Metalica Fonte: Elaborado pela Autora 177  FIGURA 149: Alvenaria Estrutural Fonte: Elaborado pela Autora 177  FIGURA 147: Esquema de Lignt Stell Frame Fonte: Elaborado pela Autora 178  FIGURA 152: Alvenaria Estrutural Fonte: Elaborado pela Autora 178  FIGURA 150: Esquema de Lignt Stell Frame Fonte: Elaborado pela Autora 178  FIGURA 151:Laje Nervurada Fonte: Elaborado pela Autora 179  FIGURA 153: Cobertura Metalica Fonte: Elaborado pela Autora 181  FIGURA 154:Porta Camarão Fonte: Elaborado pela Autora 181  FIGURA 155: Mesas Modulares Fonte: Ela-


borado pela Autora 182  FIGURA 156:Pesperctiva Biblioteca Fonte: Elaborado pela Autora 182  FIGURA 157:Pesperctiva Biblioteca Fonte: Elaborado pela Autora 183  FIGURA 158: Sala Multiuso Fonte: Elaborado pela Autora 183  FIGURA 159: Sala Multiuso Fonte: Elaborado pela Autora 184  FIGURA 160:Pesperctiva Auditorio Fonte: Elaborado pela Autora 184  FIGURA 161: Detalhamento de Corte do Auditório Fonte: Elaborado pela Autora 185  FIGURA 163:Pesperctiva Auditorio Fonte: Elaborado pela Autora 185  FIGURA 162:Pesperctiva Auditorio Fonte: Elaborado pela Autora 186  FIGURA 165:Pesperctiva Vista Bancada Fonte: Elaborado pela Autora 186  FIGURA 166:Pesperctiva Vista Bacia Sanitária Fonte: Elaborado pela Autora 186  FIGURA 164:Pesperctiva Vista superior dos banheiros Fonte: Elaborado pela Autora 186  FIGURA 167:Pesperctiva Vista Bacia Sanitária Fonte: Elaborado pela Autora 187  FIGURA 168: Sala de Culinária Fonte: Elaborado pela Autora 187  FIGURA 169: Sala de Culinária Fonte: Elaborado pela Autora 188  FIGURA 171: Refeitorio Fonte: Elaborado pela Autora 188  FIGURA 170: Refeitorio Fonte: Elaborado pela Autora 189  FIGURA 173: Laboratorio de Quimica Fonte: Elaborado pela Autora

189  FIGURA 172: Laboratorio de Quimica Fonte: Elaborado pela Autora 190  FIGURA 175: Laboratorio de Computadores Fonte: Elaborado pela Autora 190  FIGURA 176: Sala Multimidia Fonte: Elaborado pela Autora 190  FIGURA 174: Laboratorio de Robotica Fonte: Elaborado pela Autora 191  FIGURA 178: Rádio Fonte: Elaborado pela Autora 191  FIGURA 177: Estudio FotograficoFonte: Elaborado pela Autora 191  FIGURA 179: Sala de Produção Fonte: Elaborado pela Autora 192  FIGURA 180: Sala de Artes Marciais Fonte: Elaborado pela Autora 192  FIGURA 182: Sala de Teatro Fonte: Elaborado pela Autora 192  FIGURA 181: Sala de Dança Fonte: Elaborado pela Autora 193  FIGURA 184: Sala de Artes Fonte: Elaborado pela Autora 193  FIGURA 186: Maquetaria Fonte: Elaborado pela Autora 193  FIGURA 183: Sala de Artes Fonte: Elaborado pela Autora 193  FIGURA 185: Maquetaria Fonte: Elaborado pela Autora 194  FIGURA 189: Sala de Música Fonte: Elaborado pela Autora 194  FIGURA 187: Sala de Música Fonte: Elaborado pela Autora 194  FIGURA 188: Sala de Música Fonte: Elaborado pela Autora 195  FIGURA 190: Vista Lateral - Rua Serra Geral

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Fonte: Elaborado pela autora 196  FIGURA 191: Vista Lateral - Rua Serra Geral Fonte: Elaborado pela autora 198  FIGURA 192: Entrada do Projeto. Rua Serra da Pedra Bonita Fonte: Elaborado pela autora 199  FIGURA 193: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora 201  FIGURA 194: Vista do Por do sol Fonte: Elaborado pela autora 202  FIGURA 196: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora 202  FIGURA 195: Vista Quadra Fonte: Elaborado pela autora 203  FIGURA 197:Pomar - Fonte: Elaborado pela autora 203  FIGURA 198: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora 204  FIGURA 199: Redário Fonte: Elaborado pela autora 204  FIGURA 200: Área de Playground Fonte: Elaborado pela autora 205  FIGURA 201: Redário- Vista NoturnaFonte: Elaborado pela autora 206  FIGURA 202: Área de contemplação Fonte: Elaborado pela autora 206  FIGURA 203: Vista Lateral Fonte: Elaborado pela autora 207  FIGURA 204: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora 207  FIGURA 205: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora 208  FIGURA 206: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora 208  FIGURA 207: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

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209  FIGURA 208: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 210  FIGURA 210: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 210  FIGURA 209: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 211  FIGURA 212: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 211  FIGURA 211: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 212  FIGURA 214: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 212  FIGURA 213: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 213  FIGURA 216: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 213  FIGURA 215: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 214  FIGURA 218: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 214  FIGURA 217: Área de Contemplaçaõ Fonte: Elaborado pela autora 215  FIGURA 219: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 216  FIGURA 220: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora 216  FIGURA 221: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 217  FIGURA 223: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 217  FIGURA 222: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 218  FIGURA 224: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 218  FIGURA 225: Pesperctiva Externa Fonte:


Elaborado pela autora 219  FIGURA 227: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 219  FIGURA 226: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora 223  FIGURA 229: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

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RESUMO Resumo CAMPOS, Ingrid Maciel. Aldeia - Centro Educacional Pluridisciplinar. TCC (Graduação. Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade São Francisco, Campinas, 2021. O presente trabalho Final de Graduação apresenta os resultados da elaboração do projeto arquitetônico para a Aldeia, um Centro Educacional Pluridisciplinar, implantado na região sudeste de Campinas-SP, com o intuito de trazer para a região um espaço de conexão entre educação, cultura e lazer. A ALDEIA é um Centro Educacional contra turno com o funcionamento no horário oposto ao que os alunos vão à escola, e também funciona como uma área de lazer para a comunidade. Palavras-chave: Educação de qualidade, Lazer, Fazer a Ponte.

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ABATRACT Abstract CAMPOS, Ingrid Campos. AMAR-ELO Centro Educacional Pluridisciplinar. TCC (Graduação. Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade São Francisco, Campinas, 2021. This final graduation work presents theresults of the elaboration of the architectural project for the Aldeia, a Multidisciplinary Educational Center, implemented in the southeast region of Campinas-SP, to bring to the neighborhood a space of connection between education, culture and leisure. A ALDEIA is a counter-shift Educational Center, so works at the opposite time which students go to school, and beyond this function, it also works as a leisure area for the community. Keywords: Quality education, Leisure, Bridging.

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Motivação Pessoal

"We don't need no education.

We don't need no thought control." Another Brick In The Wall - Pink Floyd


A motivação para realização desse trabalho, vem de uma insatisfação com o modelo de educação tradicional, onde as cadeiras são enfileiradas, o professor é a pessoa principal dentro da sala de aula e as provas, sempre feitas da mesma forma, são usadas apenas como método avaliativo; não abraçando toda a diversidade de pessoas, habilidades e inteligências. E isso é refletido nas arquiteturas das escolas, totalmente muradas, com grades e limitações, um lugar que deveria ser de liberdade, mas a sua arquitetura reflete uma prisão. Durante a minha vida escolar, tive o privelégio de conhecer lugares que contribuiram de maneira ímpar para a construção de conhecimento como: visitar a Estação Ciência em São Paulo, e e enteder como se formavam os terremotos, visitar os inúmeros museus do Estado de São Paulo, em especial na cidade de Jundiaí e entender como eram feitas as histórias daquele lugar, ou até mesmo como surgiu algo em específico, como no Museu da Energia, que tinha atividades interativas; ou o Museu do Ferroviário que explicava toda a história da Ferrovia Santos Jundiaí. Dessa forma, o projeto reflete os meus principais ideais de educação, acreditando que ela é a principal “arma para mudarmos o mundo” (Nelson Mandela), mas fazendo isso respeitando o indivíduo, sua história, suas caracteristicas. Não somos padrões, a forma de se educar também não dever ser.

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Introdução


Este trabalho final de graduação contempla a elaboração de um projeto de arquitetura de um Centro Educacional Pluridisciplinar, ou seja, trabalha com um tema, “abordado de modo complementar, em diversas disciplinas diferentes” (Zabala, 2002, p. 33). Pretende-se implementar este equipamento educacional na região sudeste de Campinas, próximo ao Núcleo Familiar do Jardim São Fernando e Jardim Itatiaia, carentes desta abordagem globalizadora. A ALDEIA teria seu funcionamento de forma contra turno, no horário oposto ao que os alunos frequentam a escola, de forma que o que seria aprendido na escola, pudesse ser complementado de maneira mais lúdica e divertida, explorando as habilidades individuais de cada um. Além disso A ALDEIA, se apresenta também como um novo equipamento de lazer para região, trazendo qualidade de vida para toda a população.

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A temática principal do trabalho é a Educação, fazendo a princípio uma análise da educação e a sua evolução ao longo do tempo, trazendo os principais pensadores. No ano de 2015 a ONU (Organização das Nações Unidas) definiu os 17 Objetivos do desenvolvimento sustentável, que são metas a serem atingidas por todo mundo até 2030. O objetivo número 4 diz respeito a Educação de Qualidade e define metas especificas para que esse objetivo possa ser cumprido. O trabalho também apresenta o histórico da educação no Brasil, desde a chegada dos Jesuítas, passando pelas: revoluções pombalinas, a educação no Brasil Império e República Velha, as inovações trazidas no governo Vargas, a educação nos anos de ditadura e as novas leis e planos apresentados no Pós ditadura. Bem como a evolução educativa no Estado de São Paulo e dados educativos tanto nacionais, como estaduais e do município de Campinas Dentre os diversos métodos educativos existentes, o escolhido para nortear o projeto foi baseado no “FAZER A PONTE” desenvolvido por José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte, em Portugal, que desde de a sua inauguração em 1976, se destacou principalmente pela não divisão de turmas e classes, e pela autonomia dada para os alunos. Baseado nessa mesma filosofia nasceu o Projeto Âncora, que atende crianças e adolescentes em vulnerabilidade na região de Cotia em São Paulo, e assim como o Âncora outras escolas passaram a adotar esse método de ensino com mais liberdade e resultados comprovados nos exames nacionais tanto no Brasil, como em Portugal. A região onde foi idealizado o projeto foi definida nas disciplinas associadas de Projeto Integrado (PI) e Trabalho Final de Graduação (TFG), onde toda a análise urbana, diagnósticos e diretrizes, além de projetos 26

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de urbanismo, foram feitos junto com o grupo. A partir das leituras e interpretações deste recorte, foi possível se observar uma grande carência nas regiões de ocupação com altos níveis de homicídio, falta de pavimentação, sinalização e bons equipamentos de lazer. Em contra partida a região conta com um polo educativo com Universidades, dentre elas a Universidade São Francisco, e também escolas de ensino básico, o que é de suma importância para o a Aldeia, visto que um dos seus objetivos é ser ponte entre as escolas, a comunidade e o poder público e privado. Usando como referências, projetos como: a Escola Antonio Derka de Obranegra Arquitetos, que fica na cidade de Medellín, na Colômbia; a Walumba Elders Center dos Arquitetos Iredal e Pedersen Hoo, Discovery Elementary School, dos arquitetos VMDO Architects Arquiteto na cidade de Condado de Arlington, na Virginia, nos Estados Unidos. E a partir dos dados levantados,foram procuradas as melhores diretrizes projetuais, priorizando as culturas locais e o método pedagógico escolhido, concluindo com um projeto arquitetônico da Aldeia e os ensinamentos aprendidos.

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Referencial Teórico


1. que Oé que é educação? O Educação? Segundo o Dicionário Michaelis (2021) Educação significa “ato ou processo de educar; aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano; pedagogia, didática, ensino”. Para alguns teóricos tem a ideia de “trazer à luz a ideia” e “conduzir para fora”, baseados na famosa Alegoria das Cavernas de Platão. Na Constituição Brasileira de 1988 é tratada como um direito de todos, dever do Estado e da família, em conjunto com a sociedade, visando a construção do cidadão e qualificação para o trabalho. Mas podemos relacionar a educação restrita apenas ao ambiente escolar, delimitado por um espaço físico? E antes de existir as escolas

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como era o processo educativo? A educação é a construção do ser social. Para Doris Kowaltowski (2011) “é a transmissão de valores e o acúmulo de conhecimento de uma sociedade”, o processo que leva o indivíduo a se aprimorar de ensinamentos fundamentais para a inserção em seu mundo, e não precisa de um método de ensino formal e centralizado para funcionar. E por muitas vezes na história, a educação se funde a relação de dominância, como aconteceu no período das colonizações, onde é imposto um modelo de educação do povo dominante sobre um povo dominado, nas palavras de Ailton Krenak, no livro Ideias para adiar o fim do mundo “ a ideia que havia uma humanidade esclarecida que precisava ir ao encontro de uma humanidada osbscurecida, trazendo para essa luz incrível”. A educação também é um modo de vida, passado dos mais velhos para os mais novos, uma sabedoria acumulada em grupo, onde os adultos conhecedores fazem, ensinam, vigiam, incentivam, demostram, corrigem,

FIGURA 01: Escola Grega - Fonte: Carta Capital. Acesso em 04 de abril de 2021

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punem e premiam os mais novos. O aprendizado se adquire por viver experiências diversas de relações interpessoais e a comunicação dessas relações com o corpo e a consciência (Carlos, 2017). A ideia é que todas as partes da sociedade fazem parte da educação (Kowaltowski,2011). O modo de educação escolar, que usamos hoje, tem origem na Grécia, com a Paideia (origem etimológica da palavra Pedagogia) que significa ensinar os mais jovens. A escola surge com uma sistematização da transmissão de conhecimento, especilializada em ciências, técnicas e conteúdos, processo para formalização da Educação. Em Atenas essa ideia passa a ser mais defendida, para formação de cidadãos que participavam dos debates na ágora, que eram responsáveis pela cidade, visto que a cidade é o berço da democracia, mas apenas os que eram considerados cidadãos tinham acesso à educação. Os principais pensadores dessa época são Sócrates, Platão e Aristóteles, criando suas escolas de pensamentos (Fonseca,2010). Após dominar as terras Gregas, a civilização romana faz um misto entre a educação ateniense, e a espartana, focada em uma educação militar. Em Roma a educação é restrita a uma parte da sociedade. Na idade Média, o pensamento Cristão dá início a um pensamento escolástico, um método de aprendizado ocidental baseado na fé em Cristo junto as visões Platônicas e Aristotélicas, e a educação passa a ser repassada em Mosteiros, porém a educação ainda ficava restrita a uma parteFIGURA 02: Maquina Copiadora - Fonte: Freepik. Acesso em 06 de abril de 20201 da população (Fonseca,2010). Aldeia

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Com a invenção da imprensa, por Gutenberg, e o início da era protestante, acontece uma proliferação da alfabetização nas igrejas e assim a disseminação da escrita com as traduções da Bíblia, fazendo com que a Burguesia passe a ter acesso à educação. Começa então a Era do Racionalismo de Decartes e a Revolução Cientifica com Copérnico, Galileu, Kepler. Os princípios da educação nessa Escola Moderna é tornar os cidadãos Técnico-Intelectuais e não apenas bons cidadãos, com conhecimento útil. Tem um caráter nacionalista, disciplinador e normativo, e também se tem início a divisão por idade e a Educação Infantil por John Locke (Fonseca,2010). Nesse período surgiram algumas concepções pedagógicas, como o raciocínio indutivo de Francis Bacon, o empirismo de John Locke. O pensamento da formação do Ser Humano, formando e instruindo por Jan Amos Comenius, escritor da “Didática Magna” que também é conhecido por Tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos. E as ideologias de Jean Jaques Rousseau, considerado o Pai da Pedagogia moderna, coloca a criança como centro do processo de aprendizagem, e também entende que o ser humano tem a capacidade natural de aprender, minimizando os efeitos do autoritarismo e da competição, ainda segundo Genaro Fonseca (2010). Até o início do Século XX, as crianças eram vistas como adultos incompletos, e não haviam modelos de educação diferenciados para essa faixa etária e é a partir desses momentos que alguns nomes começam a se destacar nesse pensamento. FIGURA 03: Françies Fénelon- Fonte: persona O primeiro exemplo é François Féne-ggi-illustri.sigratis.it Acesso em 28 de maio de 2021 32

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lon (1651-1715), que usava o princípio de explorar a curiosidade natural das crianças, utilizando a pedagogia de jogos e Brincadeiras. Um outro nome é o de Friedrich Fröbel (1782-1852), o percursor do Jardim de Infância, que pensa as crianças como se fossem plantinhas, e tamFIGURA 05: Friedrich Frobel- Fonte: Gran- bém defende o aprendizado ger Acesso em 28 de maio de 2021 a partir das brincadeiras – usando a filosofia do aprender a aprender (Fonseca,2010). Um modelo de educação que teve relevância, é o modelo de Educação Ativa – o primeiro penFIGURA 06: Maria Montessori- Fonte: Acesso em 28 de maio samento que destaco nesse movimento é Mariachungta.com de 2021 Montessori (1870-1952), a psiquiatra desenvolveu um método pedagógico baseado na aprendizagem ativa e na autoeducação, e o ambiente escolar adaptado ao tamanho e desenvolvimento físico e cognitivo das crianças, e a crianças tem liberdade de usar e escolher os materiais. Montessori também é criadora de diversos brinquedos e materiais utilizados até hoje na educação e brincadeira, como por exemplo o “Material Dourado”. O método Montessori, nos dias atuais também se tornou uma tendência na Arquitetura de Interiores, que usam os conceitos desenvolvidos por Maria, na distribuição do layout, altura dos móveis e FIGURA 04: John Dewey- Fonte: chungta.com Acesso em 28 de maio de 2021 também forma dos mobiliários, de forma a trazer Aldeia

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independência para a Criança. Já John Dewey (1859-1952) percursor do modelo de “Escola Nova” ou “Escola Progressista” é o primeiro a criticar o sistema educacional tradicional com intelectualismo e memorização. Defende o aprendizado prático e continuo, a partir das experiências e com liberdade de pensamento para raciocínio, a ideia principal é que a Educação deve criar um ser humano para a vida (Fonseca,2010). Jean Piaget (1896-1980) estudou o processo de construção do conhecimento, e então elaborou a teoria do racionalismo ou poFIGURA 07: Jean Piaget - Fonte: wikipidia.media pularmente conhecido como Construtivismo, a Acesso em 16 de junho de 2021 partir das relações do indivíduo com o meio e com os outros, entendendo as regras, hierarquias e autoridade (Kowaltowski,2011).

FIGURA 08: Jean Piaget - Caractersticas do Desenvolvimento - Fonte: Elaborado pela autora

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Para ele o desenvolvimento pode ser dividida em estágios sendo eles Não existe uma didática especifica criada por Piaget, apenas características de cada fase de desenvolvimento, e a partir desses os professores oferecem estímulos para os seus alunos (Kowaltowski,2011). Lev Vygotsky (1896- 1934) é um psicólogo, e sua teoria teve como base o desenvolvimento do indivíduo a partir do seu processo sócio-histórico, ou seja, como resul09: Lev Vygotsky Fonte: novaescola.orgbr tado das suas vivências. (Kowaltowski,2011).FIGURA Aceso em 30 de maio de 2021 A sua mais famosa teoria é a da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD), para Vygotsky existem dois tipos de desenvolvimento: - Desenvolvimento Real: que são as atividades que as crianças resolvem sozinhas - Desenvolvimento Potencial: Atividades que as crianças precisam de auxilio de um adulto ou superior para resolver. O espaço entre esses dois desenvolvimentos, é conhecido como a Zona de Desenvolvimento Proximal, é a fase de maturação do desenvolvimento. Cada criança, segundo a sua vivência se encontra em uma ZDP, e cabe ao educador compreender a fase de cada aluno, FIGURA 10: Paulo Freire Fonte: novaescola.orgbr Aceso em 30 de maio de 2021 e auxilia-lo individualmente, para que se alAldeia

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cance o objetivo coletivo (Zanella, 2004). O Brasil, tem um grande representante conhecido mundialmente, Paulo Freire (1921-1997), que foi um pedagogo reconhecido, via a educação como uma pratica de dominação e opressão. Uma das suas propostas é a Educação Popular, com influência de uma ideologia socialista, com uma educação feita pensando no povo, respeitando as suas especificidades. Para Freire todo ato cultural é pedagógico. Freire (1996) foi responsável por desenvolver um método de alfabetização, sem o uso de cartilhas e material didático. Na sua ideologia dizia que homem que acreditava em si se torna capaz de dominar todos os instrumentos de ações, inclusive a educação. Mas em 1964, com o golpe militar, o método de Freire foi considerado subversivo e foi abortado.

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Educação de Qualidade ODS 4:2.ODS 4: Educação de Qualidade Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são apelos globais estabelecidos pela ONU em 2015 para erradicar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, e também garantir a paz e a prosperidade, até 2030. O 4 Objetivo é a Educação de Qualidade e tem como meta principal:

“Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” (“Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” – ONU, 2015)

FIGURA 11: ODS 4 Fonte: ONU.com Acesso em 30 de abril de 2021

Dentro desse objetivo geral, alguns objetivos específicos também foram estipulados como garantia de educação básica a todos os jovens por meio de uma educação formal, que deve primar pelo desenvolvi-

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mento dos indivíduos em todas as etapas da educação. A liberdade e a cidadania passam por uma educação de qualidade, despertando e potencializando as habilidades do ser humano como um todo. A Educação de Qualidade gera melhorias em outras áreas como, a melhoria na alimentação, saúde, inserção no mercado de trabalho e na educação. Condições favoráveis ao processo e Ensino/Aprendizagem são: - Menor número de alunos por classe e mediador para os alunos com deficiência física ou transtornos de aprendizagem - Escolas seguras - Água, Esgoto e Eletricidade - Material Didático - Acessibilidade No Brasil o Programa Nacional de Educação (PNE) vigente, está em acordo com o que o ODS estabelece, com um rigor maior de detalhes especificidades visto que pretende trabalhar com a realidade brasileira. O objetivo principal de garantia ao acesso à educação básica, foi incluído na constituição federal com a Emenda nº59, de 2009, garantindo a educação básica e obrigatória dos 4 aos 17 anos. Além disso existem diversos programas como a Secretaria de Educação e Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), que implementa políticas em diferentes temáticas. Para o financiamento existe o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

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3. Educação do Brasil no Brasil Histórico da Educação Antes da chegada dos colonizadores ao continente sul-americano, o processo educacional das tribos nativas, se dava pela Tradição Oral, a partir da passagem das informações dos mais velhos para os mais novos, através do diálogo. Porém, no processo de colonização a educação é usado como um método de dominação, os portugueses impõem seus modos de vida aos nativos e a ponte entre eles, e a educação é feita pelos Jesuítas, advindos da Companhia de Jesus, de 1534 período da Contrarreforma (Contra posição a Reforma Protestante). Essa doutrinação do “Novo Mundo” (América e África) foi feita com base em um documento escrito por Inácio de Loiola, o Ratio Studiorium – a pedagogia Jesuítica, segundo Bello (1992) o ensino contava com as primeiras letras como curso elementar, no ensino secundário tinham os cursos de Letras e Filosofia e para formação de sacerdotes, os cursos de Teologia e Ciências Sagradas em nível superior. Com a chegada dos Jesuítas ao Brasil foi em 1549, Padre Manuel da Nobrega e Padre Anchieta são nomes de grande destaque, o principal objetivo era a pacificação e a catequização, a fim de torná-los em mão de obra para serem aproveitados (Fonseca,2010). A FIGURA 12: Ensinamento dos Jesuitas Fonte: revistahcsm.coc.fiocruz.br. Acesso em 30 de abril de 2021 Pedagogia Brasílica, ou Aldeia

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FIGURA 13: Missão São Miguel Arcanjo- Fonte: Todo Estudo Acesso em 25 de maio de 2021

seja, a aplicada no Brasil foi por dois séculos. O único método aplicado era o da aculturação (Arcanjo e Hanashiro, 2010) e se baseava em aprender a língua das tribos e a partir disso ensinar os hábitos europeus, com o avanço desse movimento passaram a ser criados grandes colégios, que são as grandes missões que existiam espalhados pela América, mas esse processo incomodou a corte. Segundo Fernanda Aracanjo e Midori Hanashiro (2010): Durante todo o período chegaram inúmeros jesuítas, construindo e formando várias escolas de instrução elementar e colégios; afinal a educação não era direcionada apenas aos índios, mas também para as crianças da terra, sendo elas brasileiras ou portuguesas.

Então o primeiro ministro de Portugal, Sebastião José de Carvalho, conhecido como Marquês de Pombal, expulsa os Jesuítas das terras Brasileiras, suprimindo todas as escolas e o sistema escolar existente e consolidado (Fonseca,2010). Com a saída dos Jesuítas, Marques de Pombal, inicia as Refor-

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mas Pombalinas, que impactam também na educação. Essa reforma foi baseada nos ideais iluministas, com uma educação intelectual, ou seja, ensino de Geografia, História, Matemática e Direito. A educação nunca foi tratada como prioridade tanto no Brasil, como em Portugal, por isso faltava um método, uma estrutura curricular, material didático, professores e dinheiro. Os filhos dos mais ricos iam para Europa para estudar, mas normalmente a sua formação não era pedagógica, então a educação no Brasil era feita pelos poucos letrados existentes (Fonseca,2010). Em 1759, é lançada uma reforma dos estudos em Portugal e a colônia, sistema conhecido como “Aulas Regias” – porém no Brasil o primeiro concurso é feito em 1760, mas a primeira aula nesse novo modelo só é dada 14 anos depois. As aulas particulares, assim como hoje, sempre tiveram o papel de suprir as carências do sistema Público de ensino. Contudo, FIGURA 14: Marquês de Pombal - Fonte: /pt.wikipedia.org Acesso em 25 de maio de 2021 nunca houve, segundo Piletti (1991) um sistema educativo comparado ao jesuítico, e após a sua expulsão a educação foi resumida a nada. Durante o Brasil Império, ocorreram mais mudanças: em 1800 no Seminário de Olinda, começa um novo modelo de escola secundarista com um currículo moderno incluindo ciências exatas, história natural e gramatica da língua portuguesa. Oito anos depois com a chegada da Família real portuguesa, vem também um modelo de instituição educacioAldeia

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FIGURA 15: Imperial Collegio Pedro II - Fonte: extra.globo.com Acesso em 23 de maio de 2021

FIGURA 16: 180 anos de Colegio Pedro II Fonte: /pt.wikipedia.org Acesso em 25 de maio de 2021

nal e então surgem as primeiras faculdades do Brasil. Em 1837, a Escola “Imperial Collegio Pedro II” se torna um modelo pelo ministro Bernardo de Vasconcellos – o Plano Pedagógico e Currículo Pedro II. Em 1854 na reforma Couto Ferraz, acontece a regulamentação e a instrução primaria e secundária. Apesar de todas essas medidas, a educação ainda era um privilégio de poucos, segundo Genaro Fonseca (2019) na proclamação da república grande parte da população brasileira era analfabeta No início do regime republicano, o Voto era oportunizado apenas aos cidadãos que eram alfabetizados, e então surgem as reformas educacionais com o objetivo de gerar eleitores. Vale ressaltar também que o regime amplamente difundido nessa fase era o Voto de Cabresto, que era a imposição de voto por parte dos coronéis pra garantir que seus candidatos fossem eleitos. Dentre as reformas podemos citar a de Benjamin Constant, a de Epitácio Pessoa (1901), que propunha a equiparação dos colégios secundários com o Colégio Pedro II, Lei Rivadavia Corrêa e a Reforma Carlos Maxiliano (1915), sendo todas essas paliativas, não mudando a estrutura educacional. Porém a desigualdade social e educacional continuava exacerbada, privilegiando a educação da elite

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(Fonseca,2010). Na década de 1920, ocorrem diversas crises mundiais, e assim como todas as mudanças sociais, políticas e econômicas, essa também reverbera na Educação. Durante a Era Vargas, o ministro da Educação e Saúde Pública, Francisco Campos propõe melhorias na qualidade do ensino, porém o problema da quantidade de vagas continua e assim começa uma cultura da reprovação, nessa mesma época come- FIGURA 17: Ministro Gustavo Capanema - Fonte: FolhapressAcesso em 07 de junho de 2021 çam os movimentos sociais como Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasileira. A ANL surge com o movimento da Escola Nova. A Constituição de 1934, traz a educação como dever do estado. Quando, Gustavo Capanema assume o ministério da educação, em 1942, ele cria o Senai e o Senac (Fonseca,2010). No governo de João Goulart, acontece as reformas de base com o Plano de Alfabetização de Paulo Freire. Porém diante de uma “ameaça comunista”, os militares assumem o poder no Brasil com o Golpe de 64, com Marechal Castelo Branco, nesse período ditatorial de grande repressão o ensino foi privatizado e continuou nas fases dominantes. A educação passou a ter como objetivo a criação de mão de obra para gerar lucros, criando por exemplo cursos técnicos para serem oferecidos a comunidade e assim o ensino superior continuava elitizado, e com a Lei n 5540/68, houve a promoção da Reforma universitária, com a instituição de Vestibular para as universidades públicas e o aumento de vagas em Aldeia

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escola privada por exemplo (Piletti, 1991) Pós ditadura, e com a nova constituição, conhecida como Constituição Cidadã que foi promulgada em 5 de outubro de 1988, estabelecendo na parte educacional mudanças como gratuidade do ensino público, ensino fundamental obrigatório e valorização dos profissionais de ensino (Brasil,1988). Junto a ela foi criada a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a Lei 9394/96 que dão suportes legais para uma educação de qualidade. Durante o processo de redemocratização do Brasil, aconteceu uma politica de massificação do processo de alfabetização, boa parte da população foi alcançada, porém os resultados foram negativos qualitativamente, pois foi desconsiderado os fatores garantidores de um ensino de qualidade como: valorização dos profissionais de educação, estruturas físicas adequadas, matérias didáticos e pedagógicos pertinentes, ferramentas tecnológicas funcionais, dentre outros. (Sabino e Roque, 2006) No ano de 2007, é promulgado a Lei do Fundeb, que definiu uma fonte de recursos destinados à educação e também acontece o lançamento do PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação, com diversos objetos para suprir a carên-FIGURA 18: Plano de Desenvolvimento da Educação Fonte: MEC Acesso em 03 de junho de 2021 cia da educação no Brasil.

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Influência da família no proceso de Ensino e Aprendizagem e 7. formação Referência metodológica na do indivíduo Durante o processo de ensino, a família exerce uma importante função, sendo considerada fundamental na formação social do ser, segundo Castro (2000) é a “célula mater da sociedade”, oferecendo as condições básicas de sobrevivência e auxílio no seu desenvolvimento social, cognitivo e afetivo, sendo o local onde o indivíduo pode vivenciar e assim ampliar seu repertorio na aprendizagem e no desenvolvimento (DESSEN, POLONIA, 2007). Por isso a interação entre família e a e scola se torna fundamental, para o desenvolvimento das crianças e jovens, e por consequência o desenvolvimento da sociedade, são peças de uma mesma engrenagem, que precisam estar alinhadas, para seu perfeito funcionamento, entendendo que a aprendizagem não fica apenas restrita ao ambiente escolar (BARTHOLO, 2001, apud LIMA, 2009). No contexto familiar, o ensino vem com a pratica e imitação (Ariès, 1981), como acontecia nos primórdios já citados anteriormente neste trabalho. A Legislação Brasileira, já prevê na sua Constituição Federal (1988) que: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. [...] Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de

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negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. [...] (BRASIL, 1988).

E no Estatuto da criança e do Adolescente (ECA), de 13 de julho de 1990, essa ideia é reforçada: Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho [...] Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. [...] Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. Art. 56. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. [...] Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar (BRASIL, 1990).

É na escola que os conteúdos curriculares são assegurados, ensinados até a sua compreensão (DESSEN, POLONIA, 2007), e na família que se inicia as primeiras aprendizagens, e são exercidos os primeiros controles de impulsos (MELO, 2013), e encarregada de passar seus valores, culturas

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e ideias, além de proporcionar o bem estar dos indivíduos ( DESSEN e POLONIA, 2007). Entende-se então que família e ezscola são agentes socializadores, que agem em conjunto para preparar os indivíduos para suas vidas: social, econômica e cultural (AGNER e NUNES)

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Educação no Estado São Paulo 4. Educação do de Estado de São Paulo

O Estado de São Paulo se desenvolveu de um modelo Rural Agrário para urbano Industrial, e por isso precisava de uma mão de obra especializada para Industria e Comércio. E isso resultou em um sistema educacional muito bem organizado, que reergueu o Estado um aparato após a Depressão Econômica de 1929, se destacando como a maior economia do País. Contudo, a maioria das crianças ainda estava fora das escolas. Em 1987, foi criada a Fundação para o Desenvolvimento da Educação, com o objetivo de viabilizar e executar as políticas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, fazendo pesquisas, implantando e gerindo projetos para garantia do bom funcionamento e aprimoramento da Rede Pública de ensino. Entre suas tarefas estão: construir escolas; reformar, adequar e manter prédios, salas de aula e instalações; oferecer materiais e equipamentos necessários à Educação; e viabilizar a capacitação de dirigentes, professores e agentes, visando sempre a melhor qualidade do ensino. (Governo de são Paulo)

Uma das atribuições do FDE, é a viabilização de obras das escolas, para que isso seja feito de forma organizada, a instituição auxilia na seleção do terreno, elaboração do projeto arquitetônico, a execução da obra e

FIGURA 19: Fundação para o desenvolvimento da Educação. - Fonte: FDE Acesso em 05 de junho de 2021

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o fornecimento de mobiliário e equipamentos, todo esse conhecimento técnico é contido em uma serie de catálogos que contemplam: ambientes/ distribuição, mobiliário, componentes e serviços. E são revisados e atualizados periodicamente. (FDE)

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5. Educação em Campinasde Campinas Educação no municipio Em 1759, Campinas não contava com colégios e nem foi abrangido na politica de aulas regias feitas pós expulsão dos jesuítas. O início da educação formal começou com padres e leigos com alguma instrução que ofereciam catecismo e ensino de primeiras letras, um nome que se destacou nessa época na cidade foi de Diogo Antônio Feijó que lecionou até 1818. (Vieira, 1960) No ano de 1814, o Professor Régio Bernardo José da Silva foi nomeado como Professor oficial da Vila (na época a região de Campinas FIGURA 20: Diogo Antônio Feijó. - Fonte: /multirio.rio.rj.gov.br Acesso em 09 de junho de 2021 tinha esse título), vale ressaltar que nessa época existiam poucas escolas no país e a maioria se concentrava no Rio de Janeiro. Campinas no final do século XIX viveu a famosa fase dos “barões do café”, e a cidade era dividida entre grupos de elite, que era a cidade glamurosa, a cidade sem brilho e sujam dos trabalhadores braçais, que se dividiam entre escravos, libertos e imigrantes. Nesse cenário de desigualdade, a educação passou a ser pauta da elite campineira, alguns deles defendiam educação para todos, tanto os da elite quanto os da os trabalhadores, e nessa época grandes nomes se envolvem na construção e manutenção das escolas como Campos Salles, Francisco Quirino dos Santos e Francisco Glicério. (Vieira, 1960) Difundia-se na época uma doutrina positivista, que defendiam uma nova proposta de educação, que garantia o desenvolvimento social, acabando com a ignorância da população, que era dimensionada pelo analfabetismo, fazendo com que a nação prosperasse. O Movimento de construção de escolas foi difundido

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pelos intelectuais e oficiais do exército e os grandes fazendeiros da região construíram inúmeras escolas na região de Campinas, que eram destinadas tanto para a elite quanto para os mais pobres. São dessa época as seguintes escolas e colégios: Colégio Cesariano ou Perseverança, Colégio Florence, FIGURA 21: Colégio Culto á Ciência - Fonte: /educacao.sp.gov.br Acesso em 09 de Colégio Internacional, entrejunho de 2021 outras escolas sustentadas por imigrantes, e diversos cursos. Em 1900, as escolas de Campinas eram isoladas, e contavam com professores que trabalhavam com classes multisseriadas. No centro da cidade existiam os grupos escolares, que funcionavam de forma semelhante as escolas atuais, o primeiro grupo do estado construído foi em campinas, por Francisco Glicério, inaugurado em fevereiro de 1897, com um projeto de Ramos de Azevedo. Em 1910, é inaugurada a Escola Prática de Comércio, que depois é transformada em Escola Técnica Bento Quirino, que oferecia ensino profissional masculino gratuito, o Instituto em 1915 tece um prédio projetado por Ramos de Azevedo, que foi assumido pelo estado em 1927 e em 1950 foi transformado FIGURA 22: Escola Técinca Bento Quirino - Fonte: /iabcampinas.org. em Ginásio Industrial. (Vieira, 1960) brAcesso em 09 de junho de 2021

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Referencial Téorico


Dados Educativos 6.Dados educativos - IDEB O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), foi criado em 2007, pelo Inep com o objetivo de medir a qualidade do ensino nacional e estabelecer meta para melhoria do ensino nacional. É um indicador nacional, calculado com dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicado. A seguir o histórico dos dados bienais de 2007 a 2019, nacionais, estaduais e municipais.

Grafico 01. IDEB Campinas - Fonte: Elaborado pela autora com Base nos dados do IDEB

Ens. Fund 1 - Meta Ens. Fund 1 Ens. Fund 2 - Meta Ens. Fund 2 - Meta

2007 5 4,1 4,8 4,1

2009 5,3 4,3 5,2 4,3

2011 5,7 4,6 5,3 4,3

2013 6 5 5,7 4,4

2015 6,2 5,3 6,3 4,6

2017 6,4 5,6 6,4 4,8

2019 6,7 5,8 6,5 5,2

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Grafico 02. IDEB - São Paulo - Fonte: Elaborado pela autora com Base nos dados do IDEB

Ens. Fund 1 - Meta Ens. Fund 1 Ens. Fund 2 - Meta Ens. Fund 2 - Meta

2007 4,6 3,9 4,8 4

2009 4,9 4 5,3 4,3

2011 5,3 4,7 5,4 4,4

2013 5,6 5,1 5,8 4,4

2015 5,8 5,3 6,2 4,7

2017 6,1 5,6 6,5 4,9

2019 6,3 5,8 6,5 5,2

Grafico 03. IDEB - Brasol - Fonte: Elaborado pela autora com Base nos dados do IDEB

Ens. Fund 1 - Meta Ens. Fund 1 Ens. Fund 2 - Meta Ens. Fund 2 - Meta

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2007 3,9 3,5 4,2 3,8

Referencial Téorico

2009 4,2 3,7 4,6 4

2011 4,6 3,9 5 4,1

2013 4,9 4,4 5,2 4,2

2015 5,2 4,7 5,5 4,5

2017 5,5 5 5,8 4,7

2019 5,7 5,2 5,9 4,9


- Taxa de Alfabetização

Campinas

Região Metropolina de Campinas

Estado de São Paulo

Grafico 04. Taxa de Analfabetismo Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Demográfico. Resultados do Universo.,Fundação Seade.

Definição: Consideram-se como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever ou que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram, e as que apenas assinavam o próprio nome.As pessoas capazes de ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhecem são consideradas alfabetizadas. (IDEB 2017)

Mapa de Alfabetização Entre 80 e 93,6% Entre 93,6 e 96,5% Entre 96,5 e 98,3% Acima de 98,3% Setor com população idosa majoritariamente analfabeta (acima de 65%) Escolas

500 m

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Referência Metodológica 7. Referência metodológica José Pacheco, nasceu dia 10 de maio de 1951, em Porto, Portugal. Iniciou a faculdade de Engenharia Elétrica, mas mudou para a área da Educação intrigado com os padrões de ensino aplicados há 200 anos, e assim se formou mestre em Ciência da Educação pela Universidade de Porto. Segundo Pacheco “Percebi que na engenharia teria menos a descobrir, enquanto na educação ainda estava tudo por fazer” Após se formar, lecionar por 7 anos, não conseguia entender por que alguns alunos não conseguiam aprender e por isso eram FIGURA 23: José Pacheco - Fonte: revistaeducacao.com. reprovados, então se juntou a ou- br. Acesso em 09 de junho de 2021 tros professores igualmente inconformados para poder entender o que poderia ser feito. Então em 1976, fundou a Escola da Ponte, com base nos princípios da metodologia desenvolvida por ele de “Fazer a Ponte”. Em 2007, Pacheco mudou-se para o Brasil, onde em 2011, iniciou como colaborador o Projeto Âncora, na cidade de Cotia, que segue os mesmos princípios da Escola da Ponte, assim como o Âncora, diversas escolas em São Paulo têm usado o método como sua Base de ensino. No Brasil, Pacheco participou de projetos junto ao Ministério da Educação, e atualmente é Coordenador Pedagógico da ECOHABITARE, uma empresa social que tem como objetivo a criação de comunidades sustentáveis a partir da aprendizagem.

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Referencial Téorico


Metodologia desenvolvida por José Pacheco

FIGURA 24: Método de desenvolvimento Fazer a Ponte Fonte: Elaborado pela autora

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a.

Escola da Ponte

A Escola da Ponte foi fundada em 1976, no município de Santo Tirso (próximo à cidade do Porto). O principal diferencial é não ter a divisão entre classes, e cada um dos alunos é tratado como único. Os alunos de diferentes idades se organizam em grupos heterógenos e dinâmicos, a partir de interesse comum para desenvolver projetos de pesquisa. Os princípios da escola são a Liberdade, Responsabilidade e a Solidariedade. O conhecimento é importante, mas não tanto como a vivencia. A autonomia é muito importante, bem como as relações interpessoais “o aprender se faz junto, na troca de experiências, de ideias, de gostos e de sonhos” (Projeto Ancora), e entende o território como lugar de aprendizagem. E são usados diversos dispositivos (praticas escolares) para aplicar o método – como a caixa dos segredos, onde os alunos colocam críticas, elogios e sugestões.

FIGURA 25: Seis Dimensões da Escola da Ponte - Fonte: Elaborado pela Autora

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Referencial Téorico


O trabalho é feito em seis dimensões: Os professores são chamados de Tutores, e são responsáveis por criar as bases e pesquisas, ensinar e auxiliar a pesquisar (relacionar, sintetizar, avaliar) e a ideia principal é que essas informações se tornem ações. No momento a Ponte, ainda não conta com uma escola que tenha uma arquitetura que comtemple totalmente todos os seus pontos, José Pacheco aponta que seria importante um centro de descoberta para compartilhar o conhecimento, nichos hexagonais para pesquisas em grupos e tarefas individuais, e também arvores e curso d’agua para interação com o meio ambiente.

FIGURA 26:Sala de aula na Escola da Ponte Fonte: PetecaPortal. Acesso em 12 de maio de 2021

FIGURA 27:José Pacheco conversando com alunos. Fonte: Reprodução. Acesso em 12 de maio de 2021

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b.

Projeto Âncora

O projeto se iniciou, em 2015, como um espaço de atividades extra curriculares, para o desenvolvimento do aprendizado, pratica e multiplicação de cidadania com Crianças e Adolescente que foram expulsas das escolas e viviam em grande vulnerabilidade, e eram da periferia de São Paulo. Em 2012, se tornaram a Escola Projeto Âncora de Educação infantil e Ensino Fundamental, usando das de experiências educacionais, culturais, artísticas e esportivas que complementam o ensino escolar. Os valores da Escola foram definidos, com os 5 valores comuns escritos após uma dinâmica que Pacheco fez com os professores, e são ele:

FIGURA 28: Seis Dimensões da Escola da Ponte - Fonte: Elaborado pela Autora

A Instituição está instalada em terreno de 12.000 m² na cidade de Cotia e dispõe de uma infraestrutura com salas de aprendizagem, laboratórios, quadra de esportes, circo, biblioteca, cozinhas, pista de skate, refeitório, hospedaria, assim como áreas verdes, arborizadas com frutíferas, canteiros de ervas e uma horta

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Referencial Téorico


FIGURA 29: Prática Pedagógica Proejto âncora - Fonte: Projeto Ancora. Acesso em 28 de abril de 20201

FIGURA 30: Vista geral do Projeto Âncora - Fonte: Projeto Ancora. Acesso em 28 de abril de 20201

FIGURA 32: Atividade coletiva na Tenda - Fonte: Projeto Ancora. Acesso em 28 de abril de 20201

FIGURA 31: Leitura ao ar livre - Fonte: Projeto Ancora. so em 28 de abril de 20201

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Aces-


c.

EMEF Campos Sales

Localizada em Heliópolis, na periferia de São Paulo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Campos Salles, passou por uma transformação curricular, após ser percebida a grande dificuldade na relação entre alunos e Professores e também um centro de tráfico de drogas próximo a escola. Então, em 2007 em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e a comunidade, as grades que separavam a escolas foram retiradas e a escola fez integração com a praça (que era o principal ponto de venda). O diretor Braz Nogueira, inspirado pela Escola da Ponte, apresenta essa nova forma de ensinar e aprender, que era pautado pelas duas ideias centrais de tudo passa pela educação e a escola é um dos meios de articulação da comunidade. A principal mudança feita foi derrubar as paredes entre as salas, as transformando em grandes salões, e as mesas individuais deram lugar a mesas de grupos de 6 pessoas, e ao invés de aulas tradicionais os alunos recebem roteiros de estudo para seguirem de forma autônoma e são assessorados pelos tutores (professores). Os resultados são visíveis nos censos e provas aplicados pelo governo.

FIGURA 33:CEU Heliopolis - Fonte: Prefeitura de São Paulo. Acesso em 20 de maio de 2021

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Referencial Téorico


FIGURA 34:Diretor Braz Nogueira na derrubada das paredes Fonte: Transbordas. Acesso em 20 de maio de 2021

FIGURA 35:Salão pós derrubada - Fonte: Pedro Nogueira/ Portal Aprendiz. Acesso em 19 de maio de 2021

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Educação Inclusiva e Universal

O conceito de escola de qualidade e equitativa para todos está diretamente ligada com uma Educação Inclusiva, ou seja, um mesmo ensino capaz de alcançar da mesma forma a todos, independente das suas características pessoais, psicológicas ou sociais (Arnaiz,2005), seja ela de qualquer natureza, enfatizando mais a diversidade que a semelhança (Ballard, 1997). Desde a década de 1980, o movimento de Educação especial vem crescendo no mundo, porém de forma enclausurada, como se estivessem em um mundo a parte. Nesse período diversos movimentos sugiram com diversas convenções para chegar na melhor estratégia para todos. A mais importante delas é a Conferencia em Salamanca em 1994, que é a mais decisiva e que ajuda a impulsionar a Educação Inclusiva em todo mundo, participaram dela 92 governos e 25 organizações internacionais, e foi estabelecido um plano de ação norteador para as escolas acolherem todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas e outras(Arnaiz,2005),. A Declaração de Salamanca proclama que: - Todas as crianças têm direito à educação e deve-se dar a elas a oportunidade de alcançar e manter um nível aceitável de conhecimentos; - cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprias; - os sistemas de ensino devem ser organizados e os programas aplicados de modo que tenham em conta todas as diferentes características e necessidades; - as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns;

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Referencial Téorico


- as escolas comuns devem representar um meio mais eficaz para combater as atitudes discriminatórias, criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade integradora e alcançar a educação para todos. (Unesco, 1994)

Vale ressaltar que a Educação Inclusiva é uma questão de Diretos Humanos, que defende que não se pode segregar nenhuma pessoa por conta da sua deficiência, dificuldade de aprendizagem, gênero ou cor, sendo importante para erradicar a ampla desigualdade e injustiça social. E esse modelo de ensino não busca atender apenas os alunos com necessidades educacionais especiais, mas sim todos os alunos (Arnaiz,2005). Dessa forma a escola deve estar pronta para atender todos os tipos alunos, tanto nas questões pedagógicas quanto na sua arquitetura.

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Análise Urbana


O Projeto fica localizado na cidade de Campinas, a maior cidade da região Metropolitana de Campinas (RMC) no Estado de São Paulo. O recorte foi feito com base nas pesquisas e ajustado conforme os levantamentos iam sendo desenvolvidos e para poder abraçar uma área com essas tipologias diversas, levando em conta a diversidade de classes sociais no local, e as problematicas a serem resolvidas no local. A área de estudo abrange os seguintes bairros: 1- Jardim São Gabriel, 2- Jardim do Vale, 3- Vila Carminha, 4- Jardim Cura d’Ars, 5- Vila Santa Odila, 6- Swift, 7- Jardim Santa Eudoxia, 8- Jardim Carlos Lourenço, 9- Jardim Andorinhas, 10- Jardim Itatiaia, 11- Jardim Itayu, 12- Jardim New York, 13- Jardim São Pedro, 14- Chacara São Domingos 15- Parque dos Cisnes.

Sem Escala

Mapa 01: Escalas Multiplas Fonte: Elaborado pela Autora - Base Google Earth

*Área definida junto com o grupo da materia de Projeto Integrado- Brenda Silva, Cristian Nascimento, Gessica Eduarda, Luis Fernando, João Batista, Júlia Campos, Mariana Luna, Marcelle Ribeiro

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Mapa de Inserção Urbana

Curso D’agua Rodovias Avenidas Principais Linha Férrea Cidade de Valinhos Área do Projeto 200 m Mapa 02: Inserçaõ Urbana - Fonte: Elaborado pela Autora - Base Google Earth

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Análise Urbana

Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim Universidade: - Unip - Universidade São Francisco - Faculdade São Leopoldo Mandic


A área de Inserção do projeto fica situada na divisa entre as cidades de Valinhos e Campinas, é proxima a região central de Campinas, portanto contando com uma boa infraestrutura básica. Nessa região existe um Polo universitário, composto pela Universidade São Francisco, Universidade Paulista e a Faculdade de Medicina e Odontologia São Leopoldo Mandic, que trazem uma grande movimentação para área. Passa na área também uma linha férrea, que atualmente só conta com serviços de carga, mas com a pandemia o fluxo foi reduzido segundo relato dos moradores. A região também conta com diversos cursos d’agua que compõe as bacias do Riberão Anhumas e Riberão Samambaia. Na Região também acontece um grande contraste de de gabarito entre os altos prédios e as casas dos Núcleos Familiares, os núcloes estão em área de Zona Especial de Interresse Social de Regularização, atualmente não contam com pavimentação asfaltica, e algumas casas se encontram em risco geotécnico.

Tempo de deslocamento

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Mapa de zoneamento ZM2 - Zona Mista 2 (Média densidade)

ZC2 - Zona Central 2 (Média densidade)

Área fora do perímetro urbano

ZM2 - Zona Mista 2 (Média densidade) 200 m

Mapa 03: Zoneamento - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nos dados da Prefeitura Municipal de Campinas - Base Google Earth

Residencial de média densidade ( Uso residencial, misto e não-residencial de baixa e média incomodidade adequados a hierarquia viária).

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Análise Urbana

Definida pelos eixos do DOT (Desenvolvimento Orientado pelo transporte) de média densidade habitacional com mescla de usos residencial, misto e não residencial de baixa, média e alta incomodidade.

Terreno do projeto


Mapa de ZEIS

1

2

3 200 m

Mapa 04: ZEIS- Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nos dados da Prefeitura Municipal de Campinas - Base Google Earth

4

Áreas de ocupação irregular e ZEIS Terreno do projeto

FIGURA 36: a Figura 43 : Imagens das ZEIS. Fonte: Google EarthAcesso em 20 de março.

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DADOS CENSITÁRIOS Mapa de Densidade Demografica

Mapa 05: Densidade Demografica - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nos dados da Prefeitura Municipal de Campinas - Base Google Earth

200 m

0 - 2879 hab/km² 2880 - 5838 hab/km² 5839 - 10102 hab/km² 10103 - 20009 hab/km² 20010 - 636058 hab/km²

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Análise Urbana

Terreno do projeto


DADOS CENSITÁRIOS Mapa de Distribuição de Renda

200 m

Mapa 06: Distribuição de Renda - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nos dados da Prefeitura Municipal de Campinas - Base Google Earth

Renda média domiciliar entre 1,4 e 3,5 salários mínimos

Terreno do projeto

Renda média domiciliar entre 3,5 e 5,1 salários mínimos Renda média domiciliar entre 5,1 e 8,1 salários mínimos Renda média domiciliar entre 8,1 e 44,3 salários mínimos Setor censitário com menos de 100 habitantes Setor censitário desabilitado

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Mapa de Uso e Ocupação do Solo

200 m

Habitação Comércio Serviço Institucional Áreas Verdes Vazio

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Análise Urbana

Mapa 07: Uso e Ocupação do Solo- Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos Base Google Earth

Terreno do projeto


Mapa de Gabarito

200 m

1 a 2 Pavimentos 3 a 5 Pavimentos 6 a 10 Pavimentos

Mapa 08: Gabarito - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos - Base Google Earth

Terreno do projeto

11 a 15 Pavimentos 16 a 20 Pavimentos +21 Pavimentos

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Mapa de Cheios e Vazios

200 m

Vazios Cheios Terreno do projeto

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Análise Urbana

Mapa 09: Cheios e Vazios - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos - Base Google Earth


Mapa de Morfologia Urbana

200 m

Áreas de Vulnerabilidade

Mapa 10: Morfologia Urbana - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos - Base Google Earth

Vias Principais Demais Vias Terreno do projeto

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Os lotes não tem definição de tamanho ou testada, é super presente a autoconstrução, utilizando Tijolo cerâmico, muitas vezes sem reboco, ou barracos de madeira, as ruas grande parte delas sem pavimentação não tem separação entre as faixas de rolamento e passeio público, é comum a presença de vielas entre as construções.

-Tamanho de Lote: 250 m² -Testada do Lote: 10 m -Com recuos laterais. A maioria das edificações seguem os recuos frontal e lateral. A grande maiorias das construção são feitas de Alvenaria, rebocadas e pintadas, com muros baixos e portões com elementos vazados as calças são grandes.

-Tamanho de Lote: 250 m² -Testada do Lote: 10 m A maioria das edificações seguem os recuos frontal e lateral. A grande maiorias das construção são feitas de alvenaria, rebocadas e pintadas, com muros baixos e portões com elementos vazados as calças são grandes.

FIGURA 37: Esquemas morfologicos - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas análises feitas na região.

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Análise Urbana


Mapa de Áreas Verdes

200 m

Curso D’agua Nascente APP Preservada APP Não Preservada

Mapa 11: Áreas VerdesW - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos e Informações da Prefeitura Municipal de Campinas - Base Google Earth

Maciço Arbóreo Terreno do projeto

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Mapa de Sucetibilidade á Indundação

200 m

Curso D’agua Ponto de recorrencia de Inudação e Enchente Baixa Suscetibilidade a Inundação Média Suscetibilidade a Inundação Alta Suscetibilidade a Inundação Terreno do projeto

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Análise Urbana

Mapa 12: Sucetibilidade á Inundação - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos e Informações da Prefeitura Municipal de Campinas - Base Google Earth


Mapa de Hierarquia Viária e Sentido das vias Av. Alberto Medaljon

Av. Eng. Antonio Francisco de Paula Souza

Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira

Av. Eng. Augusto Figueiredo

Rodovia Francisco Von Zuben

200 m

Curso D’agua Rodovias Vias Arteriais Vias Coletoras Diretriz via Arterial Diretriz via Coletora

Mapa 13: Hierarquia Viária e Sentido das vias - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos - Base Google Earth

Terreno do projeto

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Mapa de Fluxo

200 m

Baixo Fluxo

Mapa 14: Fluxos - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos - Base Google Earth

Médio Fluxo Alto Fluxo Terreno do projeto

As análises de Fluxo na Região levaram em consideração as informações sobre Trânsito do Google Maps nos dias 08/03(segunda) as 20h15, dia 12/03 (sexta) as 10h45 e dia 14 (domingo) as 19h24 (a cidade de Campinas se encontrava na fase Vermelha na pandemia do Covid-19 que pode impactar nos fluxos da região), nas visitas realizada dia 13/03 das 14h as 17h, e também nas nossas percepções de vivencia da área.

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Análise Urbana


Mapa de Linhas de Ônibus

200 m Mapa 15: Linhas de Ônibus- Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nos dados da EMDECBase Google Earth

Terreno do projeto

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Mapa de Diagnástico

100 m

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Análise Urbana

Mapa 16: Diagnóstico - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos - Base Google Earth


Mapa de Diagnástico Curso D’agua Área de ocupação irregular, ZEIS de indução, área de preservação permanente (APP) ocupada, infraestrutura precária, escassez de espaços de lazer com bons mobiliários, sem pavimentação, alta densidade demográfica e baixa renda; Falta de equipamentos de educação, infraestrutura moderada; Área de ocupação irregular, APP ocupada em área de recorrência e suscetibilidade de Inundação; Gabarito alto, alta renda, densidade demográfica, próximo à grandes instituições; Área de fácil acesso a universidades com habitação unifamiliares, com gabarito baixo e acesso a infraestrutura, mobiliário. Média renda, alto índice de alfabetização; Presença de ecoponto, serviços de infraestrutura e comunicação; via de alto fluxo; novos empreendimentos na região; conexão Campinas - Valinhos; Áreas passíveis de expansão imobiliária - área vazia e sujeita a especulação imobiliária; Linha férrea - Barreira física. Falta de conexão viária, sem iluminação, sem sinalização, caminhabilidade precária e perigosa; Área predominantemente de habitação unifamiliares, com gabarito baixo e com acesso a infraestrutura. Média renda, alto índice de alfabetização; Vegetação degradada seguindo o Ribeirão Samambaia, que está em risco devido a sua má preservação e por falta de mata ciliar - falta de mobiliário urbano, falta de calçada, com muito mato, entulho - baixa caminhabilidade; Habitações unifamiliares, com gabarito baixo e com acesso a infraestrutura, , média renda. Alto índice de alfabetização com fácil acesso a rodovias; Área de ocupação na obra embargada, irregular Terreno do projeto

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Mapa de Diretrizes

100 m

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Mapa 17: Diretrizes - Fonte: Elaborado pelo grupo de Projeto Integrado com base nas visitas na área e levantamentos - Base Google Earth

Análise Urbana

DIRETRIZES GERAIS HABITAÇÃO: -Requalificação das habitações precárias da região. MEIO AMBIENTE : -Criação de um Eixo verde em toda a região, através de Parque lineares ao longo dos córregos, grandes avenidas e praças. MOBILIDADE: -Requalificação de ruas e calçadas precárias. -Criação de novas vias de ligação entre bairros. EDUCAÇÃO: -Criação de novos equipamentos e programas de educação LAZER: -Criação de novos equipamentos de lazer. -Recuperação dos equipamentos de lazer existentes.


Mapa de Diretrizes Curso D’agua Criação de mobiliário com identidade para toda a a área Propor conexões entre as vias que percebemos a necessidade de melhorar a circulação entre os bairros, assim criando um fluxo sem desvios. Linha férrea - Inserção de equipamentos de iluminação e avisos sonoros Requalificação das passagens de pedestres sobre a linha do trem, com sinalização, acessibilidade, pontos de permanência e mobiliários adequados. Criação de passagens de automóveis conectando os bairros que estão separados pela linha do trem. Regulamentação de vias, pavimentação, sinalização, mobiliário e acessibilidade Criação de escolas e espaços educativos Estudo da obra embargada para que as melhores medidas sejam dadas tanto a construção quanto para as famílias que a ocupam. Regularização da área junto a prefeitura e criação de um projeto de assistencia tecnica. Remoção das casas próximas ao córrego, recuperação da mata ciliar e criação de parque linear, realocação de famílias e criação de uma ONG. Criação de um parque linear ao longo dos córregos, promovendo a recuperação da mata ciliar e a recuperação hídrica, gerando tam bém um espaço de lazer e permanência em toda a região Criação de um parque linear ao longo das avenidas Área destinada a realocação das famílias. Criação de Moradia estudantil para atender a demanda das universidades da região e cooworking comunitario Criação de FABLAB integrando diversos atores, promovendo novas oportunidades de emprego. Criação de um parque/praça para requalificar e proporcionar espaços de permanência ao local, conectados ao parque linear. Criação de equipamentos de cultura e lazer para estimular o convívio social e promover a integração com a comunidade Área de risco geotecnico com recorrencia de enchentes - realocação de população Sentido para onde as familias vão ser removidas Inserção de EcoPonto na região Terreno do projeto

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Justificativa


Para uma educação de qualidade, é preciso pensar em uma rede de ensino, que envolva a escola, a comunidade e as iniciativas público e privadas. Esse capítulo aborda as justificativas para construção do edifício, apresentando dados educativos, explicando os conceitos de inteligências múltiplas e educação Pluridisciplinar, um breve histórico da educação no Brasil e as percepções que os espaços causam através da Psicologia Ambiental e por fim uma análise das escolas da região e o público alvo do projeto.

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Dados educativos das Provas Brasil A seguir serão apresentados os dados bseados nos resultados Da Prova Brasil 2019, onde foi calculado a proporção de alunos com aprendizado adequado a sua etapa escolar. A Prova Brasil avalia as notas dos alunos e os divide em 4 níveis de uma escala de proficiência: Insuficiente, básico, Proficiente e Avançado, e o portal QEdu considera aprendizado adequado os alunos dos níveis proficiente e avançado. (QEDU,2019)

Tabela de Aprendizado dos Alunos

Grafico 05. Tabela de Aprendizado dos alunos Fonte: QEdu

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Justificativa


Porcentagem de Aprendizado dos Alunos

Grafico 06. Porcentagem de Aprendizado dos alunos Fonte: QEdu

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Inteligências Multiplas Mas será que a melhor formar de medirmos a educação é através de provas, que buscam padrões de alunos? Howard Gardner, em 1979, iniciou os estudos sobre os talentos internos das crianças, com o foco principal naquelas que eram rotuladas como “incapazes de aprender”. Em 1983, lança o livro Frames of mind (Estruturas da Mente) onde apresenta as primeiras ideias de Inteligências Múltiplas que a principio eram sete e depois mais uma é acrescentada. (Sabino e Roque, 2006) Gardner questionou o Quociente de Inteligência (QI), por ir contra a ideia de uma formula única, que faz com que muitos talentos sejam desmerecidos, o sistema tradicional entende a inteligência como capacidade operacional de responder a testes. Já a Teoria de Inteligências Múltiplas pluraliza o conceito de inteligência tradicional, e a entendendo como a capacidade de resolver problemas, partindo de uma Situação problema, definindo seus objetivos e traçando uma rota, que pode ser feita de diversas maneiras. (Sabino e Roque, 2006) A Teoria das Inteligências Múltiplas é uma ferramenta que contribuirá com o processo de ensino e aprendizagem, onde o professor privilegie características pessoais dos alunos no aprendizado dos conteúdos.

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Justificativa


FIGURA 38: Tipos de Inteligências Multiplas- Fonte: Elaborado pela Autora

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Educação Pluridisciplinar Segundo Zabala (2002), as escolas normalmente apresentam um modelo de educação Multidisciplinar, que é a organização das disciplinas de maneira independente umas das outras, sem que aja relação entre elas, porem existem outros modelos de educação como: - Interdisciplinar – interação entre duas ou mais disciplinas, que por vezes se tornam uma, como por exemplo a junção da Biologia e da Química, que resulta na Bioquímica. - Transdisciplinar – interação global dentro de um sistema totalizador com o objetivo de construir uma ciência que explique a realidade sem fragmentação. - Pluridisciplinar – escolhida para fazer o projeto – pressupõe a relação complementar entre as disciplinas, podendo abordar um mesmo tema em diversas áreas.

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Justificativa


Histórico da Arquitetura Escolar no Brasil Brasil Colônia Durante o Brasil colônia, a Igreja e instuições religiosas eram as principais responsáveis pela educação no país, mas tem muitos relatos quanto a padrões pedagógicos ou arquitetônicos (Brito Cruz e Carvalho 2004 apud Kowaltowski,2011)

Brasil Império Nos tempos do Império, existem poucos registros sobre a arquitetura escolar que constam que havia um sistema unificado em todo território que definia padrões pedagógicos e arquitetônico e era ligado à Igreja. (Kowaltowski,2011)

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Primeira República No final do século XIX, durante a Primeira Republica, a arquitetura que se destacava no Brasil era a Neoclássica inspirados pelo estilo francês, imponente, simétrica, com pé direito elevado, térreo acima do nível da rua com o acesso com imensas escadarias. Internamente a arquitetura também acompanhava os valores culturais da época, como por exemplo dividindo áreas Femininas e masculinas. Nesse período também começam as primeiras preocupações com a saúde e higiene. Os partidos arquitetônicos eram sempre semelhantes, a adaptação era feita através de um porão, que ventilava os assoalhos de madeira e que variava conforme a topografia. Nesse mesmo período, as edificações escolares ficavam junto as praças, como referência ao poder e a ordem política. (Kowaltowski,2011)

FIGURA 40: Escola Normal e Praça Antônio Carlos em 1945 - Fonte Arquivo de Ramon Brandão . Acesso em 20 de maio de 2021

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Justificativa


Era Cafeeira No início do século XX, com a era do café e a crescente da industrialização aumentou a importância da educação, que passou a ser obrigatória, universal e gratuita. A produção arquitetônica era feita por arquitetos de renome internacional, destaca-se nesse período a arquitetura de Ramos de Azevedo. O Programa era composto por salas de aula e alguns ambientes administrativos. Já os edifícios que abrigavam as Escolas Normais, eram mais grandiosos e seu programa mais complexo, com biblioteca, anfiteatros e laboratórios. Segundo Doris Kowaltowski (2011) O prédio escolar é essencialmente organizado pela disciplinam, como espaço de controle assim como a sala de aula, cada aluno ocupa o seu lugar, com o professor na frente, em posição de supervisão. Nessa Disposição arquitetônica, relacionam-se o poder e o saber; ela é uma herança do acampamento militar e um modelo de observação mediante sua geometria que desenha uma “rede de olhares que se controlavam uns aos outros”, de acordo com Foucault. (P. 85)

FIGURA 41: Planta da Escola Caetano de Campos - Projetada e construída por Ramos de Azevedo - caetanodecampos. com.br/. Acesso em 20 de maio de 2021

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FIGURA 43:Predio da Secretaria da Educação de São Paulo - Fonte Design para Escritório. Acesso em 20 de maio de 2021

FIGURA 42: Predio da Secretaria da Educação de São Paulo - Fonte Portal Aprendiz

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Justificativa


Décadas de 1920-1930 Em 1922, ocorrem as manifestações da Semana de Arte moderna, e anos mais tarde acontece a Revolução de 1930, esses eventos tiveram um grande impacto na educação e nas artes, e consequentemente na Arquitetura Escolar. A primeira constituição de 1934, obriga os munícios a investirem 10% da arrecadação tributária em educação, construção e manutenção de prédios escolares (Kowaltowski, 2011 P.85), isso é aplicado em São Paulo em 1943, com o prefeito Prestes Maia e convênios com o Estado. Getúlio Vargas, do espação a uma educação pública, moldando o país para uma sociedade moderna e democrática. Em 1935, intelectuais lançam o manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia a universalização da escola Pública, laica e gratuita, um dos principais nomes desse manifesto é Anísio Teixeira. Sobre as Construções nesse período a Fundação de Desenvolvimento da Educação (FDE,2018) fala: As construções escolares passaram a retratar o crescimento político, social e econômico da educação no País. Com a finalidade de modernização, formavam-se as equipes de professores, médicos, pedagogos, arquitetos e outros profissionais que contribuíam para delimitar os parâmetros de projetos subordinados a Secretaria de Educação e Saúde.

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Em 1934, é consolidado o Código de Saboya, que definia critérios de projeto e impunha regras como (Transcrição- Artigas, 1999): Art 435 – As escolas terão um pavimento apenas, sempre que possível, e caixa de ar de cinquenta centímetros, no mínimo, convenientemente ventilada. Art 438 – Altura mínima das salas de classes será de quatro metros Art 442- A superfície total das Janelas de casa dala de classe corresponderá, no mínimo, a quinta parte da superfície do Piso. Art 443 – A forma retangular será a preferida para as salas de classe e os lados do retângulo guardarão a relação de dois para três.

O Programa arquitetônico contava com salas que deveriam ser amplas e claras, deveria ter auditório, sala de educação física, jogos, canto, cinema educativo, sala de festas, de reunião, biblioteca, instalações para assistência medica, dentária e higiênica. Outras regras técnicas também deviam ser respeitadas como ventilação, pisos, largura dos corredores e escadas, quadro negro, vestiário e instalações de água potável e sanitárias. O estilo arquitetônico seguido na época era o Moderno, e a arquitetura escolar também acompanhou esse movimento em sua grande maioria. Uma arquitetura racionalista, sem ornamentações, com formas simples e aberturas predominantemente horizontais. Nesse período, se destaca o arquiteto Silva Neves, com uma construção que não tinha nenhuma referência ao estilo histórico, e sim formas geométricas simples, concreto armado, pátio interno sob pilotis e grandes aberturas envidraçadas (Kowaltowski, 2011). A principal diferença desse período, para as construções da Primeira República é a liberdade na implantação. 100 Justificativa


FIGURA 44: Grupo Escolar Visconde de Congonhas do Campo - Fonte: Arquitetura Escolar . Acesso em 20 de março de 2021

FIGURA 45: Grupo Escolar Visconde de Congonhas do Campo - Fonte: Oliveira, 2007. Acesso em 20 de Maio de 2021

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1940 até os dias atuais

Devido ao grande crescimento industrial em São Paulo na década de 1940, surge uma nova demanda socioeconômica, que gera a necessidade de uma modernização na educação e na construção escolar, em função disso, em 1949, é criado um convenio entre o Estado de São Paulo e o municío chamado “Convenio Escolar”, que dá início a um novo período da história da arquitetura escolar paulista (FDE, 1998) Em um movimento diferente que se via no Brasil, onde mais importava a quantidade de alunos que a qualidade do ensino, Anísio Teixeira que na época era Secretário da Educação da Bahia, se inspirou nas escola-parque norte-americana, e idealizou um sistema em que a educação da sala de aula fosse complementada por uma educação dirigida. Funcionava atividades complementares de educação física, sociais, artísticas e industriais. Esse sistema de integração na educação, que é a base do presente projeto, ressurge em diversos momentos históricos e diversos lugares do país como: • CIEPS – Centros Integrados de Educação Pública (1980 – Rio de Janeiro)

FIGURA 46: CIEPS - Fonte: Estadado do Rio de Janeiro. Acesso em 25 março de 2021

102 Justificativa


• CIACs - Centro de Atendimento Integral à Criança (1990 – Governo Federal – Fernando Collor)

FIGURA 47: CIACs - Fonte: Wikipidia.com. Acesso em 29 de março de 20021

CEUs – Centros Educacionais Unificados (2001/2004)

FIGURA 48: CEU - Fonte: Governo de São Paulo. Acesso em 19 de junho de 2021

Porém, grande parte dessas propostas são inciativas isoladas, sem um projeto político pedagógico, que gera uma não continuidade, e não conseguindo assim gerar os objetivos declarados. Aldeia

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A Arquitetura das escolas parques ainda seguem os princípios modernistas, e tem como conceito ser o ponto de convívio da comunidade. Os terrenos devem ser bem aproveitados, aplicando os princípios da racionalização da construção. No Rio de Janeiro, as escola-classe, projetadas por Helio Duarte, mostram as trações da arquitetura moderna característica da “Escola Carioca” (Bastos,2009 apud Kowaltowski ,2011), as plantas eram distribuídas em forma de “U” ou “H”, os tetos são planos ou inclinados em meia água, e os pilotis são encontrados no térreo, os painéis de vidros são protegidos por elementos vazados. Contudo, foram negligenciados alguns pontos importantes, como biblioteca entre salas de aulas, sanitários distantes das salas e o conforto térmico, acústico e de iluminação que foram preteridos em função da forma. (Kowaltowski,2011 P. 90) Para Artigas, a virada de década de 1950 para 1960, exigiu uma nova concepção arquitetônica, em que os prédios educacionais aplicassem novas técnicas construtivas, com elementos pré-fabricados. Nos ambientes internos, os pisos eram tacos de madeira; ladrilhos cerâmicos para os sanitários e circulações; escadas de concreto revestidas com granilite, o galpão era cimentado; as janelas eram de caixilhos metálicos (ferro) e, para ventilação cruzada nas salas de aula, tubos circulares de cimento amianto embutidos nas paredes, do lado oposto às janelas. (FDE,1998 apud Kowaltowski, 2011 P. 90_

Atualmente os projetos escolares, em São Paulo, apresentam novas formas, que fogem do convencional, com novos fechamentos por venezianas industriais translucidas e telas metálicas. Os projetos tem uma tendencia a serem compactos e verticais.

104 Justificativa


Na cidade de São Paulo, um grande destaque de arquitetura educacional são os CEUs, que integram a escola e a comunidade em um único local, otimizando os equipamentos e serviços. Exerce a função de “catalisador” urbano por estarem em áreas de construções precárias. Espera-se que sua presença exerça uma marca positiva no bairro. A Padronização em instituições públicas é comum, e buscam atender os objetivos socioeconômicos, a racionalidade construtiva e a funcionalidade, e o mesmo acontece na Arquitetura Escolar. Mas essa padronização também é muito criticada por não levar em consideração as peculiaridades do local, como orientação solar e ventos predominantes ou forma do lote topografia e o seu entorno, no momento da construção, desencadeando uma serie de falhas. A produção em série, além de causar uma monotonia de repetições, pode se tornar inadequada para servir a comunidade e não contribuir para a paisagem urbana Um ambiente escolar harmonizado com o território onde está inserido potencializa suas práticas, aproxima novas pessoas do processo pedagógico e rompe com a divisão estabelecida entre escola e território (Danilo Mekari,2018)

FIGURA 49: CEU Pimentas - Fonte: archdaily.com.br. Acesso em 1 de junho de 2021

FIGURA 50: CEU São Bernardo do Campos- Fonte: arcoo.com.br. Acesso em 1 de junho de 2021

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Psicologia Ambiental A construção do ambiente escolar deve ser feita de maneira a complementar e compor o sistema pedagógico da instituição, sem esquecer que o edifício é resultado da expressão cultural da comunidade. Doris Kowaltowski, diz que “O arquiteto, ao definir os espaços e usos da instituição escolar, pode influenciar a definição do conceito de ensino na escola” (Kowaltowski,2011, P.12)

Segundo Moser (1998), a Psicologia Ambiental é a Inter-relação entre as pessoas e o meio, entendendo que as pessoas modificam o espaço, porém o espaço também provoca mudanças e influencias nos indivíduos. No ambiente escolar, a arquitetura tem um impacto simbólicos podendo facilitar ou inibir comportamentos. Os moveis existentes e a sua distribuição dizem sobre as expectativas quanto a ocupação do local, e percepção é confirmada na vivencia. Outro fator que influencias são as condições ambientais, acústica, temperatura, insolação, ventilação e Luminosidade, que interferem diretamente na sociabilidade dos usuários. ( Sommer, 1973) Complementando essa visão, Garcia aponta argumentos no contexto sociocultural dos centros urbanos brasileiros, um quadro de carências múltiplas devido a tipos de privação:

106 Justificativa


FIGURA 51: Carências por privação segundo Malaguzzi. Fonte: Elaborado pela Autora

O ambiente, para Malaguzzi (1999), é visto como um terceiro educador, de forma com que toda a estrutura e organização deve ser pensado de forma a estimular as potencialidades das crianças O ambiente deve ser pensado de forma que priorize as experiências afetivas, construindo as estruturas mentais e as relações. Sendo a arquitetura da edificação um dos pilares da educação de qualidade, com artifícios atrativos e que ajudem na concentração dos usuários.

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Escolas da Região

2

3

1

4

Mapa 18: Escolas da Região Fonte: Elaborado pela Autora - Base Google Earth

100 m

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164 m

Número de Alunos: - Creche: 67 alunos - Pré- escola: 251 alunos - Educação Espacial: 10 alunos Com acessibilidade, cozinha.

333 m

2. EMEF Floriano Peixoto Presidente

Número de Alunos: - Ens. Fund I: 274 alunos - Ens. Fund. II: 160 alunos - Educação Especial: 24 alunos - EJA: 88 alunos Com acessibilidade, cozinha, laboratório de informatica, sala de leitura, quadra de esporte.

974 m

3. E.E. Professor Corlolano Monteiro

Número de Alunos: - Ens. Fund. II: 347 alunos - Ens. Médio: 379 alunos - Educação Especial: 14 alunos - EJA: 107 alunos Sem acessibilidade. Com cozinha, laboratório de informatica, laboratório de ciência, sala de leitura, quadra de esporte.

4. EMEF Leonor Savi Chalb 1 km

Distância entre a Aldeia e as Escolas da Região

1. EMEI Comecinho de Vida

Número de Alunos: - Ens. Fund I: 234 alunos - Ens. Fund. II: 126 alunos - Educação Especial: 9 alunos Com acessibilidade, cozinha, laboratório de informatica, sala de leitura, quadra de esporte. Aldeia

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Publico-Alvo O Público alvo foi escolhido baseado nas análises de população da região segundo o Censo do IBGE DE 2010 e no numero de alunos por ciclo que estão matriculados nas escolas da região. Percebe-se a grande população entre 5 e 15 anos (22,8&%), que Faixa Etária corresponde ao Ciclo do Ensino Fundamental I e II, que também é a maior quantidade de alunos nas escolas. Para uma educação de qualidade, é preciso pensar em uma rede de ensino, que envolva a escola, a comunidade e as iniciativas público e privadas. A ALDEIA traz a proposta de fazer a ponte entre todos esses atores sociais, um Centro PluFIGURA 52: Grafico de Faixa Etária Fonte: Elaborado pela Autora com base nos dados do IBGE e da Prefeitura Muniridisciplinar, com o objetivo principal de cipal de Campinas proporcionar a liberdade para aprender e aprimorar os conhecimentos aprendidos na escola de maneira pratica, lúdica e em conjunto, usando como base o método desenvolvido por José Pacheco. A região escolhida para abrigar o projeto, tem problemáticas semelhantes as do Projeto Ancora e da EMEF Campos Sales, como a violência e criminalidade. Por essa razão a a ALDEIA tem como base trazer qualidade de vida através da educação e lazer, tirando as crianças e adolescentes das ruas e se tornando uma referência de desenvolvimento.

110 Justificativa


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Objetivos


Objetivo Geral Auxiliar crianças e adolescentes no aprendizado das matérias dadas na escola, através de atividades práticas e interativas integradas a comunidade, em um Centro Educacional Pluridisciplinar - Aldeia.

Objetivo Geral - Ser um lugar de experiências educacionais democráticas, emancipatórias e inovadoras; - Ser um Centro Educacional que promova a a Educação Inclusiva, a partir da arquitetura. - Ser a Ponte entre as escolas, as familias, a comunidade e o poder publico e privado. - Projetar uma arquitetura que acompanhe a Metodologia de “fazer a Ponte” - Ser uma referência de desenvolvimento para o território e comunidade; - Ser um centro de promoção da justiça social no território e na comunidade;

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Análise de Lote


3 8 Sem Escala Mapa 19: Mapa de Localização do Lote Fonte: Elaborado pela Autora - Base Google Earth

25 4 6 7 1

O terreno escolhido para o projeto fica localizado no bairro Vila Orozimbo Maia, na região dos núcleos familiares do Jardim São Fernando e Jardim Itatiaia. Proximo ao córrego do Proença. Área aproximada: 16 mil m2 Segundo os dados de zoneamento disponíveis pela Prefeitura de Campinas, essa área é um patrimônio público e não segue o desenho viário projetado pela PMC, devido as ocupações do seu entorno. Algumas vias próximas não tem pavimentação. Atualmente o local segue vazio com vestigios de ocupação de circo e é usado apenas como travessia pelos pedestres. Possui pouca arborização e presença de pontos com descarte de resíduos.

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1.

FIGURA 53:Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2018. Acesso em 15 de março de 2021

3.

FIGURA 55: Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2015 Acesso em 15 de março de 2021

116 Análise de Lote

2.

FIGURA 54:Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2018 Acesso em 15 de março de 2021

4.

FIGURA 56: Vista do Terreno - Fonte: Google Street View - 2015 Acesso em 15 de março de 2021


5.

FIGURA 57:Vista de dentro do terreno - Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021

7.

FIGURA 59: Vista do Terreno - Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021

6.

FIGURA 58:Vista de dentro do terreno - Vista do por do sol Campinas- Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021

8.

FIGURA 60: Rua do entorno com pavimentação em andamento com entulho - Fonte: Elaborado pela autora - Maio 2021

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Zoneamento Previsto na Área

ZM2 - Zona Mista 2 Residencial de média densidade ( Uso residencial, misto e não-residencial de baixa e média incomodidade adequados a hierarquia viária). Usos permitidos: I-HU:habitaçãounifamiliar; II-HM:habitaçãomultifamiliardestinadaamaisdeumahabitaçãonolote; III-CSEI:destinadaaocomércio,serviço,institucionalouindustrial; IV-HCSEI:mista,destinadaàhabitação,comércio,serviço,institucionale/ouindustrial.

Permeabilidade na ZM2 (Zona Mista 2) Para usos não residenciais (Misto) Lotes menores que 5.000,00m² - 0,1 Lotes maiores que 5.000,00m³ - 0,2

Recuos e Afastamentos (Zona Mista 2) Para lotes com área maior que 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) na ZM1 e ZM2: 1. 1,50m (quando houver aberturas para todas as divisas do lote e áreas comuns); 2. 5,00m em relação a vias particulares frontais; 3. 2,00m em relação a vias particulares laterais;

118 Análise de Lote


Topografia A

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Sem Escala

A topogafia de toda a area de estuda, é acentuada, e esse fenomeno também acontece no terreno escolhido. Um declive de 25 metros, sendo que na Rua Serra da Pedra Bonita tem uma topografia leve.

Rua Serra da Pedra Bonita

APP Córrego do Proença

Rua Serra da Saudade

FIGURA 61: Corte do Terreno Fonte: Elaborado pela autora

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Estudo Bioclimático

APP

Córrego do Proença

Oeste

Leste Ventos Predominantes FIGURA 62: Esquema de Estudo Bioclimático Fonte: Elaborado pela autora

Os Ventos Predominantes vem da região Sudoeste, mas variam dependendo da estação. Existe uma área de APP proxima, mas degradada, e com maciços árboreos ao longo do terreno. A área é residencial e não tem região com grandes ruidos e fluxos de veiculos.

120 Análise de Lote


Análise de Área ZEIS de Regularização Núcleo Familiar Jardim São Fernando

APP não Preservada Córrego do Proença

R. Serra Geral

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R. Serra da Saudade

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Caminho de Pedestres existente

R. Serra da

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Sem Escala Aréa de Linhão de Energia (Alta Tensão) Mapa 20: Análise do Lote Fonte: Elaborado pela Autora Base Google Earth

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Projetos Referênciais


1-

Sem Escala

Mapa 21: Localização das Escola Antonio Derka: Elaborado pela Autora - Base Google Earth

Escolas Existentes

FIGURA 63: Desenho da Escola - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021

Escola Antonio Derka Arquitetos: Obranegra Arquitectos Local: MEDELLIN, COLÔMBIA Ano: 2008 Área Construída: 7500 m²

Localizada em umas das zonas mais violentas da cidade de Medellín, no bairro Salto Domingo Sálvio. Faz parte do programa “Medellín a mais educada” (2004-2007), que tinha como objetivo melhorar a qualidade da educação Pública, e ampliar a infraestrutura escolas nos bairros menos favorecidos. Esse programa faz parte de uma série de programas desenvolvido pelo governo de Medelín desde 2001, que iniciou com a recuperação de espaços públicos e bacias hidrográficas, contendo também a realocação de habitação, criação de equipamentos esportivos e educativos, em diversas áreas, a tornando como uma cidade modelo, e exemplo para todo o mundo, a Escola Antonio Derka fica em um local estratégico fazendo conexão entre duas escolas já existentes.

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O conceito do projeto é um edifício amável e familiar, reinterpretando a tipologia morfológica da região com terraços, varandas, ruas e etc. Usa-se também o conceito de escola aberta – eliminando os limites físicos e mentais do colégio, tornando a edificação um referencial e integrante da comunidade, com atividades educativas, culturais e recreativas. A área que recebeu o projeto tinha 13.000 m², e uma topografia com 35% de inclinação, e no terreno foram encontrados caminhos de pedestres preexistentes de acesso ao Bairro La Torre, que foram preservados durante o projeto. Devido a topografia muito acidentada associada a falta de planejamento público, as zonas periféricas da cidade careciam de espaços públicos, por isso aproveitando a vista privilegiada do terreno foi pensado um grande mirante na área, como um lugar de encontro para a comunidade. A disposição na planta foi feita em “L”, por conta da irregularidade do terreno, gerando um pátio aberto para as atividades escolares.

FIGURA 64: Vista da escola - Fonte: Archadaily. Acesso de 1 de junho de 2021

FIGURA 65:Vista da escola - Fonte: Archadaily Acesso de 1 de junho de 2021

124 Projetos Referenciais


FIGURA 66: Desenho da Escola - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021

FIGURA 68: Impantação - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

FIGURA 67:Vista da area publica - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021

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FIGURA 69: Primeira Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

FIGURA 71: Rua Publica que corta o projetoW - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de abril de 2021

FIGURA 70: Segunda Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

126 Projetos Referenciais


FIGURA 73: Terceira Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

FIGURA 72: Quarta Planta - Fonte: Plataforma Arquitectura Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

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FIGURA 74: Corte 1 - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

FIGURA 75: Fachada - Fonte: Plataforma Arquitectura Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

FIGURA 76: Corte 2 - Fonte: Plataforma Arquitectura - Arquivo Issu. Acesso em 1 de abril de 2021

128 Projetos Referenciais


PROGRAMA DE NECESSIDADES 1. Aulas 2. Laboratórios 3. Espaços Públicos 4. Serviços 5. Biblioteca 6. Auditório 7. Sala de Professores 8. Brinquedoteca 9. Pátio 10. Tenda 11. Camarins 12. Refeitório 13. Sala de Informações 14. Área de Limpeza e Equipamentos 15. Área Administrativa 16- Estacionamento

FIGURA 77: Vista da escola - Fonte: Archadaily. Acesso em 1 de junho

O que pretendo levar para o meu projeto: - O impacto positivo que um prédio educacional traz a toda comunidade, gerando educação de qualidade, segurança e lazer para todos. - Solução para Topografia acidentada. - Forma das sala em angulos de 90 graus apesar da forma externa do prédio - Mirante abertos para o externo

FIGURA 78: Vista da escola - Fonte: Archadaily. Acesso de 1 de junho de 2021

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2-

Discovery Elementary School Arquitetos: VMDO Architects Arquiteto Local: Arlington, Virgínia - EUA Ano: 2016

Localizada no Condado de Arlington, na Virginia, é a primeira escola projetada no século 21. Foi projetada pensando em ser uma escola que a construção apoiasse como e onde os alunos aprendem. Todos os espaços da escola são organizados de forma a integrar perfeitamente: Design, Sustentabilidade e Aprendizagem. Com o ideal que os alunos são os criadores do futuro e com um método de ensino voltado para o futuro e baseada na investigação. O edifício foi projetado como um prédio de energia zero, ou seja, a quantidade de energia produzida anualmente por fontes de energia renováveis é igual a quantidade de energia usada anualmente, inclusive tem certificações como a LEED Zero Energy do US Green Building Council. A escola foi projetada para atender as deman-

130 Projetos Referenciais

Sem Escala

Mapa 22: Localização das Discovery Elementary School : Elaborado pela Autora - Base Google Earth

Escolas Existentes

FIGURA 79:Área Interna da Escola - Fonte: VMDO. Acesso em 15 de março de 2021


das de crescimento do Condado, que é o que mais cresce na Virginia. E pensado para se alinhar com a colina, para minimizar o seu tamanho na visão do pedestre. O projeto também se aproveita da Topografia para criar espaços acadêmicos diferenciados e espaços de jogos, separados por níveis primeira infância, primário e fundamental. O primeiro andar traz o tema de animais encontrados nos ecossistemas terrestres e o segundo andar os elementos do céu. O mobiliário da escola também foi pensado para criar uma variedade de cenários para apoiar a educação, como bancos, Puff, mesas e cadeiras com alturas ajustáveis e até mesmo um escorregador entre os andares. Além de salas de aula com divisórias flexíveis.

FIGURA 81:Área Interna da Escola - Fonte: VMDO. Acesso em 21 de março de 2021

FIGURA 80:Área Interna da Escola - Fonte: VMDO. Acesso em 21 de março de 2021

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Planta Baixa - Primeiro

FIGURA 82: Planta Baixa Primeiro Andar - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Ginásio

FIGURA 83: Ginásio - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Calendario Solar

FIGURA 86: Biblioteca- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Brinquedoteca Biblioteca FIGURA 85: Biblioteca- Fonte: VMDO. Acesso em 21 de março de 2021

Áreas Comuns FIGURA 84: Áreas Comuns - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

132 Projetos Referenciais

FIGURA 87: BrinquedotecaFonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Espaços Centrais

Casas de campo de Quintal

Administração

1 ano - Floresta

Aprendizagem Comum

2 ano - Oceano


Planta Baixa - Segundo

FIGURA 88: Planta Baixa Segundo Andar - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Sala Nuvem

FIGURA 89: Sala de Colaboração- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Sala de Professores

FIGURA 91: Sala de Professores- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Sala de Colaboração

3 ano - Atmosfera 4 ano - Sistema Solar 5 ano - Galaxia

FIGURA 90: Sala Nuvem- Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

Classes especiais Serviços Área comum

FIGURA 92: Área Comum Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

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PROGRAMA DE NECESSIDADES 1- Espaços Centrais 2- Administração 3- Aprendizagem Comum 4-Casas de campo de Quintal 5- Saka de aula -1 ano – Floresta 6- Sala de aula 2 ano - Oceano 7- Sala de aula - 3 ano - Atmosfera 8- Sala de aula - 4 ano - Sistema Solar 9- Sala de aula - 5 ano – Galaxia 10- Classes especiais 11- Suporte

FIGURA 93: Mobiliário Interno - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

O que pretendo levar para o meu projeto: - Distribuição dos ambientes internos - Mobiliários internos e externos

FIGURA 94:Área Interna - Fonte: VMDO Acesso em 21 de março de 2021

134 Projetos Referenciais


3 Walumba Elders Center

Sem Escala

Mapa 23: Walumba Elders Center Elaborado pela Autora - Base Google Earth

FIGURA 95: Desenho de Paisagismo Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021

Arquitetos: Iredal e Pedersen Hook Local: WARMUN, AUSTRÁLIA Ano: 2014

Em 2011, o povoado de Warmun, Gija Country East Kimberley, na Austrália Ocidental, sofreu uma grande inundação e foi devastada, e 300 moradores tiveram que deixar sua cidade natal. Uma das reconstruções foi o Centro de Atendimento a idosos da Walumba. O projeto foi baseado nas necessidades culturais e sociais, e cumpre os requisitos de um Centro de Atenção aos Idosos. O terreno selecionado é estratégico ao lado da escola da comunidade e do centro comunitário, para que os idosos cumpram o seu papel social com educadores e lideres culturais, transmitindo os conhecimentos aborígines e a língua gija para os mais novos. A edificação conta com Residência para os idosos e funcionários e atende as suas necessidades subsistências, uma cozinha comercial e serviço de

Aldeia

135


“refeição sobre rodas”, lavanderia, refeitório comum, zona de atividades separadas por gênero e o centro um grande pátio para outras atividades comuns. A área comum conta com fogueira, cochos de artes e mais locais para atividades. Devido a Inundação, o projeto foi elevado 2,4 metros, e todo o acesso é feito por passarelas, rampas e escadas, com a ideia de uma ponte, não apenas fisicamente, mas também na ideia de fazer a passagem de conhecimento dos mais velhos para os mais jovens. Os telhados fazem a definição de grandes varandas, para dar sombra e proteção contra intempéries. E para auxiliar nas atividades noturnas, toda parte de iluminação também foi pensada pra gerar espaços seguros com luzes de LED. Sempre pensando nas soluções bioclimáticas como zonas de atividade de passagem aberta, ventiladores de parede, plantações de sombra e plantações de redução de poeira.

FIGURA 96: Villa Walluma- Fonte ArchDaily. Acesso em 25 de março de 2021

136 Projetos Referenciais


FIGURA 97: Planta Baixa - Fonte ArchDaily Acesso em 25 de março de 2021

FIGURA 98: Corte AA - Fonte ArchDaily. Acesso em 25 de março de 2021

Aldeia

137


FIGURA 101: Corte BB - Fonte ArchDaily Acesso em 25 de março de 2021

FIGURA 99: Passarela e Centrealidade Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021

FIGURA 100: Passarela Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021

138 Projetos Referenciais


FIGURA 102: Patio de atividade centralFonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021 FIGURA 103:Acesso ao nivel superior Fonte: Archadaily. Acesso em 25 de março de 2021

O que pretendo levar para o meu projeto: - Forma da Arquitetura - rementendo a historia da região - A comunicação com a natureza FIGURA 104: Predio NoturnoFonte: Archadaily Acesso em 25 de março de 2021

Aldeia

139


Projeto


Contextualizando o Conceito “É PRECISO UMA ALDEIA INTEIRA PARA

EDUCAR UMA CRIANÇA” Provérbio Africano

O Proverbio Africano, desde o início de sua formação até os diais atuais, se refere que toda a aldeia ou comunidade precisa estar empenhada no processo de educação. Desse modo, é preciso uma rede para que a educação funcione com qualidade. Esta rede é composta por diversos atores da cidade, dentre eles, podemos citar a comunidade, o governo, as iniciativas privadas, entre outros. E a partir do funcionamento da educação de qualidade todos os setores e autores da sociedade são beneficiados. Nesse mesmo sentido, outro ponto de destaque, é que a forma educacional das aldeias, onde todos eram empenhados na educação, foi a primeira a surgir como forma de educação no Brasil. Por isso o conceito Principal do trabalho é a ALDEIA. E a partir desse se dividem os conceitos secuncários.

Aldeia

141


CONCEITO

PARTIDO FORMA

CENTRALIDADE

Área de convívio para a comunidade e estimulando o aprendizado FORMA

HORIZONTALIDADE

Representando as relações onde todos estão lado a lado e cooperam para o crescimento da comunidade. FORMA, CORES E

CONEXÃO COM A N AT U R E Z A

MATERIALIDADE Uso da Madeira e Ávores e Conexão com o corrego

DESENHO DOS CAMINHOS E

PERMEABILIDADE

MATERILIDADE Uso de materiais com permeabiliadade visual e conexão depedestre ao longo de todo projeto

142 O Projeto


Programa de Necessidades

O programa de necessidades foi feito após analise das referencias projetuais, em conjunto com estudos sobre o funcionamento das referencias metodologias, entrevistas do idealizador do metodo “Fazer a Ponte” de José Pacheco, dos parametros projetuais de Doris C. C. K. Kowaltowski em seu livro “Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino” e em conversas com a Psicopedagoga Caroline Reis de Lima.

Pedagogico

Administração

Ambiente

Área

Quantidade

Área Total

Ambiente Sala Multiuso Biblioteca Sala de Culinária Estúdio Musical Depósito Musical Sala de Música Sala de Teatro Sala de Artes Marciais Sala de Dança Ateliê de Artes Maquetaria Laboratório Laboratorio de Robótica Rádio Sala de Produção Estúdio Fotográfico Sala de Computador Sala Multimidia Área Livre

Área 70 m² 155 m² 41,40 m² 32,73 m² 10,32 m² 42 m² 50,40 m² 53 m² 53 m² 80,56 m² 74,80 m² 53,00 m² 53,00 m² 26 m² 26 m² 75 m² 65 m² 30,30 m² 350 m²

Quantidade 4 1 1 1 1 2 1 1 2 1 1 4 2 1 1 1 2 2 1

Área Total 280 m² 155 m² 41,40 m² 32,73 m² 10,32 m² 42 m² 50,40 m² 53 m² 53 m² 80,56 m² 74,80 m² 212 m² 106 m² 26 m² 26 m² 75 m² 130 m² 60,60 m² 350 m²

Ambiente Sala de Professores Arquivo Morto Enfermaria Sala de atendimento

Área 48 m² 11 m² 18m² 13,50 m²

Quantidade 1 1 1 3

Área Total 48m² 11 m² 18m² Aldeia 40,5 m²

143


Área Livre

350 m²

1

350 m²

Administração

Ambiente Sala de Professores Arquivo Morto Enfermaria Sala de atendimento Direção Financeiro Coordenação Secretaria

Área 48 m² 11 m² 18m² 13,50 m² 13,50 m² 13,50 m² 13,50 m² 22,50 m²

Quantidade 1 1 1 3 1 1 1 1

Área Total 48m² 11 m² 18m² 40,5 m² 13,50 m² 13,50 m² 13,50 m² 22,50 m²

Serviços

Ambiente WC Feminino WC Masculino Ambiente WC PNE WC Feminino VestiárioWC Funcionário MasculinoFeminino WC PNE Vestiário Funcionário Masculino Feminino Vestiário Funcionário WC PNE Funcionários Vestiário Funcionário DML Masculino Lavanderia WC PNE Funcionários Almoxarifado DML Despensa Lavanderia Câmara Fria Copa Cozinha Depósito de Lixo Casa de Gás Refeitorio Depósito

Área 20 m² 20m² Área 4 m² 20 m² 13,50 20m²m² 4 m² 14,50m² 13,50 m² 4,60 m² 12,15 m² 14,50m² 11,25 m² 4,60 m² 11,25 m² 12,15 m² 5,75m² 11,25 m² 9,90 m² 31,05 m² 54,87 m² 8,62 m² 5,14 m² 93,58 m² 43 m²

Quantidade 4 4 Quantidade 8 4 14 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Área Total 80 m² 80 m² Área Total 32m² 80 m² 13,50 m² 80 m² 32m² 14,50m² 13,50 m² 4,60 m² 12,15 m² 14,50m² 11,25 m² 4,60 m² 11,25 m² 12,15 m² 5,75m² 11,25 m² 9,90 m² 31,05 m² 54,87 m² 8,62 m² 5,14 m² 93,58 m² 43 m²

Ambiente Auditório Quadra Poliesportiva 1 Quadra Poliesportiva 2 Area de apresentação ao ar

Área 300 m² 800 m ² 450 m²

Quantidade 1 1 1

Área Total 300 m² 800 m ² 450 m²

530 m²

1

530 m²

Serviços

144 O Projeto


Áreas Publicas

Depósito

43 m²

1

43 m²

Ambiente Auditório Quadra Poliesportiva 1 Quadra Poliesportiva 2 Area de apresentação ao ar livre Playground Área de Esportes Redário Horta Area livre Pomar

Área 300 m² 800 m ² 450 m²

Quantidade 1 1 1

Área Total 300 m² 800 m ² 450 m²

530 m²

1

530 m²

610 m² 350 m² 390 m² 90 m² 690 m² 200 m²

1 1 1 1 1 1

610 m² 350 m² 390 m² 90 m² 690 m²

Aldeia

145


Plano de Massas A Setorização foi pensando pensando nos fluxos e divisão entre as áreas permanentemente públicas e as áreas pedagogicas que são abertas.

Área Publica Lazer

Prédio Principal

Alta Tensão FIGURA 105: Plano de Massas Fonte:Elaborado pela autora

Acessos e caminhos

146 O Projeto


Fluxograma Como ponto de partido para o projeto, foi feito um fluxograma para compreender a forma com que os ambientes seriam setorizados e também como seria o fluxo nesses ambientes, e esse fluxograma foi seguido por todo projeto.

FIGURA 106: Fluxograma. Fonte:Elaborado pela autora

Áreas Publicas

Acesso Principal

Áreas Pedagógicas

Acesso secundário

Administração

Áreas Publicas

Serviços

Áreas Publicas Áreas Publicas

Aldeia

147


Evolução da Forma 1

4

Definição da forma conforme o desenho do terreno.

Deslocamento do segundo pavimento

5

2

Abertura para o eixo central

Recorte da área central

3

6

Criação do segundo pavimento

Forma final FIGURA 107: a 117: Desenvolvimento da Forma Fonte: Elaborado pela autora

148 O Projeto


O Terreno escolhido para o projeto tem um declive de 25 metros, Evolução da Solução Topográfica

para a inserção do projeto no terreno e forma acessível, atendendo as normas de acessibilidade (NBR 9050), e sem alterações bruscas a topografia existente, foi necessario diversos estudos, que abaixo será apresentado duas soluções, a primeira entregue na primeira parte de desenvolvimento do trabalho, e a solução final apresentada após diversos estudos. Vale resaltar que ponto de partida para o projeto foi a setorização já apresentada.

Primeira Solução Apresentada:

FIGURA 109: Murros de arrimo Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 108: Platôs desenvolvidas ao Longo do terreo - Primeiro Semestre - Fonte: Elaborado pela Autora

A solução pensada foi a criaçãos de Decks suspensos formando Caixões Perdidos, que se conectavam através de rampas. Para os muros de arrimo, deixando a estrutura com uma boa resolução e estéticamente mais agradavel. Os guarda-corpo dos platos, foram criadas floreiras que trazem a segurança necessária e são incorporadas ao paisagismo.

Aldeia

149


Primeira Solução Apresentada: A partir da primeira solução apresentada, dos fluxos e setorizações definidos. Foi necessário trabalhar com uma melhor solução para a área externa, entendendo que a solução dos Caixões Perdidos não era a mais viavel. Então a ideia foi trabalhar com 4 Platôs principais, com os acessos entre eles feito através de degraus - para acessibilidade rampas “cortam” a escadaria, porém com guarda-corpo para que a segurança seja completa.

FIGURA 112: Pesperctiva da Área Exterma Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 110: Platôs Desenvolvidos no terreno - Forma final Fonte: Elaborado pela Autora

1

3D

PERFIL NATURAL DO TERRENO

CORTE A

ESC: 1 : 500

TU PERFIL NA

NATU PERFIL

RAL DO

O TERREN

FIGURA 111: Corte esquematico do Terreno. Fonte: Elaborado pela Autora

CORTE B

ESC: 1 : 500

150 O Projeto

RENO RAL DO TER

PERFIL NATURAL DO TERRENO


Setorização do Terreno Área de Exercicios Prédio Principal Área de Playground

Acesso Principal

Acessos a Área Externa Acessos de Funcionários

Acessos a Área Externa

1

Área de Playground

3D

Área de Contemplação

Área de Contemplação

Quadra

FIGURA 113: Pesperctiva da Setorização do Terreno. Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

151


FIGURA 114: Pesperctiva Área de Lazer. Fonte: Elaborado pela Autora

152 O Projeto



Implantação - Esc 1:500


Implantação Térreo Implantado - Esc 1:500


Planta do Térreo - Esc 1:200

D B

E E P18 6,20 2,20

0,00

P08 ?

P10 2,80 3,30

P09 3,30 2,50 P14 6,20 3,30

P05 1,80 1,80

BIBLIOTECA 164,01 m²

GÁS J05 100x140/0,90

P18 6,20 2,20

REFEITÓRIO 93,58 m²

P25 2,50 1,80

P08 ?

J06 155x140/1,10

LIXO

P25 2,50 1,80

J07 900x90/2,10

P09 3,30 2,50

COZINHA 54,87 m²

SALA MULTIUSO 70,70 m²

P22 1,26 2,13

P18 6,20 2,20

P14 6,20 3,30

SALA DE CULINÁRIA 47,70 m² P19 9,20 3,30

J04 690x200/0,90

P04 0,96 2,13 P20 2,02 3,00

COPA 31,05 m²

P01 CIRCULAÇÃO 0,90 3,33 7,20 m²

J02 250x200/0,90

C

ALMOXARIFADO 11,25 m²

P01 0,90 3,33

P01 0,90 3,33

J02 250x200/0,90

P03 0,70 2,10

WC PNE MASC. P01 4,00 m² 0,90 3,33 WC MASCULINO P03 14,40 m² 0,70 2,10

P20 2,02 3,00

CICULAÇÃO 10,80 m²

J01 300x200/0,90 P03 0,70 2,10

CIRCULAÇÃO 9,47 m²

P04 0,96 2,13

P03

0,70 2,10 VESTIÁRIO MASCULINO 14,85 m² P03 0,70 2,10

J01 300x200/0,90

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P02 0,86 3,33

P04 0,96 2,13

SALA MULTIUSO 70,70 m²

P03

WC FEMININO 0,70 2,10 15,30 m²

P01 0,90 3,33

P14 6,20 3,30

P03 0,70 2,10

P18 6,20 2,20

WC PNE FUNC. 4,60 m² P01 0,90 3,33

P22 1,26 2,13

WC PNE FEMININO P01 4,00 m² 0,90 3,33

P02 0,86 3,33

P20 2,02 3,00

Pr o je çã o

P03 0,70 2,10

VESTIÁRIO FEMININO P03 13,50 0,70 m²2,10 P03 0,70 2,10

J01 300x200/0,90

COORDENAÇÃO 13,50 m² J01 300x200/0,90

SECRETARIA 22,50 m²

1,22

P12 3,00 3,00

P26 5,80 2,20

P12 3,00 3,00

P01 0,90 3,33

SALA MULTIUSO 66,67 m²

P01 0,90 3,33

SALA DE ATENDIMENTO 13,50 m² P12 3,00 3,00

P03 0,70 2,10

WC PNE MASC. 4,00 m²

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P01 0,90 3,33

ARQUIVO MORTO 11,25 m²

P01 0,90 3,33

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 WC0,70 MASCULINO 2,10 15,44 m²

P03 0,70 2,10

WC PNE FEM. 4,00 m²

P01 0,90 3,33

SALA DE ATENDIMENTO 13,50 m²

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

WC FEMININO 20,68 m²

P12 3,00 3,00

P01 0,90 3,33

P03 0,70 2,10

P12 3,00 3,00

P01 0,90 3,33

P01 0,90 3,33

P01 0,90 3,33 J10 900x200/1,00

F

P01 0,90 3,33

SALA DE ATENDIMENTO 13,50 m²

DIREÇÃO 13,50 m² J02 250x200/1,00

P20 2,02 3,00

CIRC. 22,56 m²

P01 0,90 3,33

J01 300x200/1,00

P01 0,90 3,33

P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

P01 0,90 3,33

FINANCEIRO 13,50 m²

P20 2,02 3,00

P03 0,70 2,10 P03 0,70 2,10

P01 0,90 3,33

P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

P01 0,90 3,33

P01 0,90 3,33

DML 12,15 m²

P22 1,26 2,13

P18 6,20 2,20

DESPENSA 4,60 m²

P01 0,90 3,33

LAVANDERIA 11,25 m² J02 250x200/0,90

SALA MULTIUSO 70,70 m² P14 6,20 3,30

CÂMARA FRIA 11,25 m²

P21 1,96 2,13

P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

2,28

ENFERMARIA 26,24 m²

P23 ANTECÂMARA 6,63 m² 1,80 3,33

P01 0,90 3,33

P23 1,80 3,33

0,00

J01 300x200/0,90

SALA DE PROFESSORES 47,98 m²

P06 0,80 2,10

P01 0,90 3,33

0,00

S. DE COMANDO 11,25 m²

J03 400x100/0,90

0,00

J08 650x200/1,00

AUDITÓRIO 265,22 m² P06 0,80 2,10

-0,20

P01 0,90 3,33

-0,40

-0,60

-0,80

P01 0,90 3,33

-1,00

CAMARIM 8,48 m²

0,01

P23 1,80 3,33ANTECÂMARA

6,38 m²

CAMARIM 5,93 m²

P23

P23 1,80 3,33

1,80 3,33 CIRCULAÇÃO 10,10 m²

P01 0,90 3,33

CAMARIM 9,65 m²

P01 0,90 3,33

C

2

D

PAV. TÉRREO 1 : 200

F CAMARIM 10,83 m²

B


Planta do Superior - Esc 1:200

D B

DESPENSA 42,89 m²

P02 0,86 3,33

E E

P01 0,90 3,33

P16 5,30 3,30

WC MASCULINO 31,39 m² WC PNE MASC. 4,00 m² P01

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

0,90 3,33

3,50

P13 6,20 3,30

P01 0,90 3,33

WC PNE FEM. 4,00 m²

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P01 0,90 3,33

P03 P03 0,70 2,10 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10

WC FEMININO 32,28 m²

MAQUETARIA 74,80 m² P11 7,60 3,30

P23 1,80 3,33

P07 4,60 3,30

LABORATÓRIO 53,00 m²

P23 1,80 3,33

ATELIÊ DE ARTES 80,56 m² P07 4,60 3,30 P23 1,80 3,33

P23 1,80 3,33

P15 1,76 2,10

P07 4,60 3,30

P07 4,60 3,30

LABORATÓRIO 53,00 m²

SALA DE DANÇA 56,78 m²

P15 1,76 2,10

P15 1,76 2,10 P23 1,80 3,33

P07 4,60 3,30

P15 1,76 2,10

SALA DE DANÇA 49,22 m²

P07 4,60 3,30

P15 1,76 2,10

LABORATÓRIO 53,00 m²

P23 1,80 3,33

C

P15 1,76 2,10

P23 1,80 3,33

P23 1,80 3,33

SALA DE ARTES MARCIAIS 53,00 m²

P07 4,60 3,30

LABORATÓRIO 53,00 m² P01 0,90 3,33

P23 1,80 3,33

P01 0,90 3,33

WC PNE MASC. 4,00 m² BANHEIRO MASCULINO 15,73 m²

P01 0,90 3,33

P23 1,80 3,33

LABORATÓRIO DE ROBÓTICA 53,00 m²

P07 4,60 3,30

WC PNE FEM. 4,00 m²

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10 P03 0,70 2,10

P01 0,90 3,33

P03 0,70 2,10

P24 5,00 3,30

P03 0,70 2,10

BANHEIRO FEMININO 17,13 m²

Pr o je çã o

P03 0,70 2,10

P03 0,70 2,10 P03 0,70 2,10

LABORATÓRIO DE ROBÓTICA 53,00 m²

P23 1,80 3,33

P07 4,60 3,30

1,22 SALA DE TEATRO 50,40 m²

P12 3,00 3,00

P23 1,80 3,33 P23 1,80 3,33 P12 3,00 3,00

P07 4,60 3,30

SALA DE MÚSICA 41,18 m² RÁDIO 25,98 m²

P07 4,60 3,30 P23 1,80 3,33

P23 1,80 3,33

LABORATÓRIO DE COMPUTADOR 64,80 m²

SALA DE PRODUÇÃO 25,98 m²

P23 1,80 3,33

P01 0,90 3,33

LABORATÓRIO DE COMPUTADOR 64,80 m²

SALA DE MÚSICA 42,71 m²

P23 1,80 3,33

P23 1,80 3,33

2,28

F

P20 2,02 3,00

ESTUDIO MUSICAL 32,73 m²

SALA MULTIMÍDIA 30,48 m² P20 2,02 3,00

P20 2,02 3,00

SALA MULTIMÍDIA 33,12 m²

P01 0,90 3,33

3,50

P23 1,80 3,33

DEPÓSITO 10,32 m²

ESTÚDIO FOTOGRÁFICO 74,98 m²

J08 650x200/1,00 P07 4,60 3,30

P07 4,60 3,30

F C

1

D

PAV. SUPERIOR 1 : 200

B


Planta de Cobertura - Esc 1:200

D

B

E E

stica

Te lha

Te r i= moa 10 cú % sti ca

cú Telha Termoa i= 10%

Pr o je çã o

Telha Termoacústica i= 10%

C

F Telha Ter

moacús tica i= 10%

J08 650x200/1,00

F C

D

ELEVAÇÃO

1

COBERTURA 1 : 200

B


Cortes Do terreno - Esc 1:500

CORTE A ESC:1-500

CORTE B ESC:1-500

CORTE C ESC:1-500


Cortes do Edificio - Esc 1:200

CORTE D ESC:1-200

CORTE E ESC:1-200

CORTE F ESC:1-200


8,00

Elevações - Esc 1:200

ELEVAÇÃO DIREITA

1

1 : 200

10,50

10,50

9,50

8,00

3,50

0,00

2

ELEVAÇÃO ESQUERDA 1 : 200

10,50

10,50

9,50

3,50

0,00

3

0,00

ELEVAÇÃO FRONTAL 1 : 200

10,50

10,50

10,50

10,50

1,75 0,00

4

ELEVAÇÃO POSTERIOR 1 : 200

0,00


FIGURA 115: Pesperctiva dos fundos Fonte: Elaborado pela Autora


Mobiliários Gerais

Os Mobiliários do Projeto te a madeira como elemento conector, e também rementendo ao conceito de conexão com a natureza.

FIGURA 116: Pesperctiva da área de descanso Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 117: Pesperctiva da área de Playground Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 118: Pesperctiva da área de Central Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 120: Pesperctiva Vista Superior Fonte: Elaborado pela Autora

Sem Escala

162 O Projeto

FIGURA 119: Pesperctiva do ponto de onibus Fonte: Elaborado pela Autora


2- Lixeira

1- Placa Informativa

3- Ponto de Ônibus

6- Cadeira de Descanso

4- Bebedouro

5- Rede

7- Banco

FIGURA 121: Mobiliários Gerais área externa. Fonte: Elaborado pela Autora

8- Postes de Iluminação

Aldeia

163


Mobiliário Playground Os mobiliários de playground tem como partido Principal o uso da madeira como elemento de conexão entre eles e a proposta é que sejam usadaos de forma ludica . 9

Sem Escala

164 O Projeto

1

7

4

FIGURA 122: Pesperctiva Vista Superior Fonte: Elaborado pela Autora

5

5

3

8

FIGURA 123: Pesperctiva Vista Superior Playgrond Fonte: Elaborado pela Autora


1- Cabo de Gerra/Pula corda

7- Trepa- Trepa em Linha

5- Balanço

2- Ponte

8- Trepa- Trepa em Aldeia

6- Sobe-Desce de Tronco de árvore

3- Pula-Pula de Pneu

4- Gangorra

FIGURA 124: Mobiliários Playground . Fonte: Elaborado pela Autora

9- Túnel e Escalador Aldeia

165


Mobiliário Exercicios No Patamar da quadra, a proposta é trazer mobiliarios que sirvam de apoio aos exercicios seguindo a linguagem da madeira, assim como no Playground e nos mobiliarios gerais como elemento conector.

3 Sem Escala

166 O Projeto

4

5

2

1 FIGURA 125: Pesperctiva Vista Superior área de exercicios Fonte: Elaborado pela Autora


2- Barra de Alongamento 1- Espaldar

3- Barra de Alongamento

5- Apoio para Abdominal

4- Barra de Exercicios FIGURA 126: Mobiliários Área de Exercicios. Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

167


Planta de Paisagismo O projeto de Paisagismo foi pensado seguindo a linguem usada nos predios e no desenho das rampas com as triangulações. AáreaderestriçãodeconstruçãoporcontadoLinhão de energia, foi usada como elemento paisagismo. Tipos de Piso Usados:

Piso Emborrachado Em toda área externa FIGURA 127: Piso Emborrachado - Fonte:

Deck de Madeira

Nos pisantes dos degraus das arquibancadas FIGURA 128: Deck de Madeira- Fonte:

Pedra Fulget No de decorrer das calçadas FIGURA 129: Pedra Portuguesa- Fonte:

168 O Projeto

Sem Escala

FIGURA 130: Mapa de Paisagismo . Fonte: Elaborado pela Autora


Aldeia

169


170 O Projeto


FIGURA 131: Pesperctiva entrada Lateral Fonte: Elaborado pela autora

Aldeia

171


Setorização

Pedagógico

Administração e Serviços

Circulação Vertical

Pedagógico

FIGURA 132: Pesperctiva Axonometrica com setorização Fonte: Elaborado pela autora

172 O Projeto


Estudo Bioclimático

Sol Nascente

Brise

Sol Poente

Brise

Uso de Vegetação Pátio aberto para facilitar a ventilação cruzada

Grandes aberturas para entrada de Iluminação e Ventilação

FIGURA 133: Corte em Pesperctiva - Estudo Bioclimatico Fonte: Elaborado pela autora

Aldeia

173


Brise deslizante As fachadas Laterais dão vista para o Leste e o Oeste, ou seja, recebem uma grande insolação. Para amezinar esses efeitos, foi pensado os Brises deslizantes, que funcionam sobre um trilho superior e inferior e permitem que a fachada seja alterada durante o dia a dia, criando um ambiente dinamico, ludico e divertido.

FIGURA 135: Pesperctiva do brise - Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 134: Vista Leste - para ver os brises da fachada - Fonte: Elaborado pela autora

174 O Projeto

Sem escala

FIGURA 136: Det. em corte do funcionamento do Brise na fachada - Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 137: Pesperctiva Quadra Poliesportiva Fonte: Elaborado pela autora

Aldeia

175


Acessos e Circulação Externas Todo projeto foi pensado para garantir a acessibilidade nas áreas externas, de acordo com a NBR 9050, que normatiza a Acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Foi idealizado escadarias de fazem a ligação entre os platos, e são utilizadas também como grandes arquibancadas e bancos, os degraus tem uma altura de 0,48m - por isso é necessário em alguns pontos a inserção de degraus intermediários que tornam a escada mais confortável. Cortando as arquibancadas, existem as rampas, pensadas a principio para serem escadas rampas, mas por conta da acessibilidade e segurança foi acrescentado um guarda corpo e corrimão, a inclinação das rampas é de 8% .

FIGURA 138: Pesperctiva da Escada Fonte: Elaborado pela Autora FIGURA 140: Pesperctiva da arquibancada Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 139: Pesperctiva da rampa. Fonte: Elaborado pela Autora

176 O Projeto

FIGURA 141: Pesperctiva da rampa Externa Fonte: Elaborado pela Autora


Circulação Vertical Interna Para vencer a altura entre os pavimentos as circulações pensadas foram, escadas e uma grande rampa. Todo projeto segue as normas de bombeiros para saídas de emergência “Instrução Técnica nº 11/2019 - Saídas de emergência” e a normas de acessibilidade (NBR 9050). Foram utilizadas três caixas escadas, dispostas de forma estratégicas nas extremidades do projeto, fazendo com que o acesso seja facil, e estando a menos de 30 metros de qualquer ponto de prédio, como pede a norma dos bombeiros. Já a rampa foi idealizada, com o objetivo principal de inclusão, se localiza na entrada do Prédio, como uma forma poética de dizer que todos são bem - vindos. Respeitando os 8% de Inclinação exigidos pela NBR 9050 - assim como guarda-corpo e corrimão, exigidos pela norma dos bombeiros.

FIGURA 144: Pesperctiva da rampa InternaFonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 143: Pesperctiva da Escada InternaFonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 142: Pesperctiva da Escada Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

177


Sistema Estrutural O sistema estrutural Idealizado é Misto. Integrando Alvenaria estrutural, Laje Nervurada, Lignt Stell Frame e Cobertura em estruta metálica, nas paredes do térreo, com quatro blocos, fazendo o papel de pilar para a sustentação da Laje Nervurada - utilizada como cobertura do desse primeiro pavimento, por conta da sua propriedade de vencer grandes vão, pensando que o projeto tem balanços de em média 10 metros. Para o segundo pavimento, a estrutra utilizada foi o Light Stell Frame, pensado na sua leveza e também propriedades termoacusticas, e na cobertura a utilização de estrutura metálica e telhas termo acústicas.

FIGURA 145: Axonometria da Estrutura Fonte: Elaborado pela Autora

178 O Projeto


Cobertura Metalica com Telha Termoacústica

FIGURA 146: Cobertura Metalica Fonte: Elaborado pela Autora

Lignt Stell Frame

FIGURA 147: Esquema de Lignt Stell Frame Fonte: Elaborado pela Autora

Laje Nervurada FIGURA 148:Laje Nervurada Fonte: Elaborado pela Autora

Alvenaria Estrutural FIGURA 149: Alvenaria Estrutural Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

179


Alvenaria Estrutural Nesse método a estrutura e vedação do edifício são executadas simultaneamente, sem necessidade de pilares e vigas, fazendo com que os blocos estruturais tenho a função portante da estrtutura. Foi escolhida para o projeto para sustentação do primeiro pavimento e fazendo o apoio para a Laje nervervurada FIGURA 152: Alvenaria Estrutural Fonte: Elaborado pela Autora

Laje Nervurada Usada para vencer grandes vãos, as nervuras formadas na Laje, as nervuras fazem a função de mini vigas, e são economicamente mais viaeis em relação a Lajes maciças, em casos de grendes vãos. FIGURA 151:Laje Nervurada Fonte: Elaborado pela Autora

Light Steel Frame Para um estrutura mais leve no segundo pavimento, a escolha foi o Lignt Stel Frame, que tem como base o aço galvanizado, e os fechamentos feitos por Lã de Rocha, que garante o isolamento termoacústico; placas de OSB e placas cimenticias e outros elementos que garantem o isolamento acústico. FIGURA 150: Esquema de Lignt Stell Frame Fonte: Elaborado pela Autora

180 O Projeto


Alvenaria Estrutural A Cobertura é feita com Telha Termoacustica, que faz a vedação de ruído e a redução térmica. Ela é composta por duas telhas metalicas convencionais, cobrindo uma EPS (isopo) Diminui a necessidade do ar condicionado no ambiente e é fácil de se adaptar ao ambiente.

FIGURA 153: Cobertura Metalica Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

181


Detalhamento Interno 182 O Projeto


Porta Retrátil A Divisão entre as salas é feita por portas camarão que podem ser usadas fechadas e abertas. A porta é revestida com lousa branca, para propocionar lousa em todas as salas.

FIGURA 154:Porta Camarão Fonte: Elaborado pela Autora

Mesa Modulares

As mesas utilizadas são triangulares e modulares, e podem ser usadas individuais, em grupos, enfileradas.

FIGURA 155: Mesas Modulares Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

183


Biblioteca A Biblioteca foi projetada com estantes para os livros, área de estudos, cantinho da leitura e recepção.Com um design simples para facilitar a leitura dos ambientes. principalmente para a s crianças.

FIGURA 156:Pesperctiva Biblioteca Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 157:Pesperctiva Biblioteca Fonte: Elaborado pela Autora

184 O Projeto


Salas Multiuso As Salas Multiuso foram pensadas para serem usadas diversas maneiras. O uso de Porta-camarão facilita a proporcina uma integração entre as salas, e os mobiliarios são poucos e leves o que também colabora para essa funcionalidade. As Salas contam com grandes aberturas, tanto nas janelas quanto na porta, proporcionando a integração com o externo.

FIGURA 158: Sala Multiuso Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 159: Sala Multiuso Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

185


Auditorio 9,50

3,30

O Auditório foi pensando com divisão de patamares internos para proporcionar a vista do palco. É previsto também uma sala de controle e uma ante-câmara. As cadeiras acessiveis foram previstas na entrada do Auditorio

0,00

-1,00 FIGURA 161: Detalhamento de Corte do Auditório Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 160:Pesperctiva Auditorio Fonte: Elaborado pela Autora

186 O Projeto

24 3,05

4,05

3,06

25

24

3,50


FIGURA 162:Pesperctiva Auditorio Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 163:Pesperctiva Auditorio Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

187


Banheiros Os baneiros foram pensados de maneira a serem acessiveis para crianças. Contando com Mictório, bacia sanitárias e Cuba na altura das crianças.

FIGURA 164:Pesperctiva Vista superior dos banheiros Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 165:Pesperctiva Vista Bancada Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 166:Pesperctiva Vista Bacia Sanitária Fonte: Elaborado pela Autora

* Os Banheiros PCD ficam em ambientes separados.

188 O Projeto

FIGURA 167:Pesperctiva Vista Bacia Sanitária Fonte: Elaborado pela Autora

** Foi projeto pensando em um banheiro do projeto, é a linguagem é seguido nos outos banheiros


Sala de Culinária A sala de Culinária conta com equipamentos de cozinhas, cooktops geladeiras e acesso fácil a cozinha da escola.

FIGURA 168: Sala de Culinária Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 169: Sala de Culinária Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

189


Refeitório O Refeitorio conta com mesa e cadeiras para que os alunos façam suas refeições e tem acesso direto com a cozinha para buscar e devolver os alimentos.

FIGURA 170: Refeitorio Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 171: Refeitorio Fonte: Elaborado pela Autora

190 O Projeto


Laboratorio de Quimica O Laboratorio conta com armarios para armazenamento, bancada com cubas , lousas e equipamentos.

FIGURA 172: Laboratorio de Quimica Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 173: Laboratorio de Quimica Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

191


Laboratorio de Robótica O Laboratorio de robotica conta com bancadas para trabalho, computadores para programações ármario para armazenamento e lousa banca. FIGURA 174: Laboratorio de Robotica Fonte: Elaborado pela Autora

Laboratorio de Computadores

A escola conta com dois laboratorios de computadores para atender os alunos.

FIGURA 175: Laboratorio de Computadores Fonte: Elaborado pela Autora

Sala Multimídia Nas salas multimidia é usado a porta retratil como sistema, para tornar as salas uma para algumas ocasiões, alem de cadeiras e projetores. FIGURA 176: Sala Multimidia Fonte: Elaborado pela Autora

192 O Projeto


Estudio Fotografico O Estúdio Fotografico conta com equipamentos necesarios para tirar fotos, além de computadores.

FIGURA 177: Estudio FotograficoFonte: Elaborado pela Autora

Rádio A Escola conta também com uma rádio, que pode ser usada para gravar podcasts e demais ações, com os equipamentos adequados. FIGURA 178: Rádio Fonte: Elaborado pela Autora

Sala de Produção A sala de produção conta com mesa para compartilhamento de Ideias e computadores.

FIGURA 179: Sala de Produção Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

193


Sala de Artes Marciais A Sala de artes marciais conta com um espelho, tatames e armário para armazenamento.

FIGURA 180: Sala de Artes Marciais Fonte: Elaborado pela Autora

Sala de Dança

A Sala de Dança é mais um ambiente que usa da porta retratil para integrar os ambientes se necessário, conta com espelhos com barras de apoio e armáios. FIGURA 181: Sala de Dança Fonte: Elaborado pela Autora

Sala de Teatro A sala de teatro conta com um grande espelho, cabideiros para armazenamento de fantasias, e cortinas-cenários.

FIGURA 182: Sala de Teatro Fonte: Elaborado pela Autora

194 O Projeto


Sala de Artes A Sala de Artes conta com bancadas de trabalho compartilhado, cavaletes de pintura e armário para armazenamento

FIGURA 183: Sala de Artes Fonte: Elaborado pela Autora

Maquetaria

FIGURA 184: Sala de Artes Fonte: Elaborado pela Autora

A Sala de Artes conta com bancadas de trabalho compartilhado, peg board de ferramentas e armário para armazenamento

FIGURA 185: Maquetaria Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 186: Maquetaria Fonte: Elaborado pela Autora

Aldeia

195


Salas de Musica A escola conta com duas sala de musica, sendo uma delas para instrumentos em geral e a outra para coral. FIGURA 187: Sala de Música Fonte: Elaborado pela Autora

FIGURA 188: Sala de Música Fonte: Elaborado pela Autora

Estúdio Musical A escola conta com um estudio musical, com isolamento acustico adequado.

FIGURA 189: Sala de Música Fonte: Elaborado pela Autora

196 O Projeto


FIGURA 190: Vista Lateral - Rua Serra Geral Fonte: Elaborado pela autora

Aldeia

197


FIGURA 191: Vista Lateral - Rua Serra Geral Fonte: Elaborado pela autora



FIGURA 192: Entrada do Projeto. Rua Serra da Pedra Bonita Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 193: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora



FIGURA 194: Vista do Por do sol Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 196: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 195: Vista Quadra Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 197:Pomar - Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 198: Vista Interna Fonte: Elaborado pela auto


FIGURA 199: Redário Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 200: Área de Playground Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 201: Redário- Vista NoturnaFonte: Elaborado pela autora


FIGURA 202: Área de contemplação Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 203: Vista Lateral Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 205: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 204: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora


RA 206: Vista Interna Fonte: rado pela autora

FIGURA 207: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 208: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 210: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 209: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 212: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 211: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 214: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 213: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 216: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 215: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 218: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 217: Área de Contemplaçaõ Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 219: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 220: Vista Interna Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 221: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 223: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 222: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 224: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 225: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


FIGURA 226: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora

FIGURA 227: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora





FIGURA 229: Pesperctiva Externa Fonte: Elaborado pela autora


Referênciais Bibliograficas


Significado de Escolástico. Disponível em <https://www.dicio.com.br/escolastico/ >. Acesso em 27 de março de 2021 SOUSA, Rainer Gonçalves. “Reformas Pombalinas”; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiab/reformas-pombalinas.htm>. Acesso em 27 de março de 2021. Educação de Qualidade. Disponível em <https://www.ipea.gov.br/ods/ods4.html> . Acesso em 27 de março de 2021 O que são os ODS. Disponível em <https://www.embrapa.br/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods/o-que-sao-os-ods> . Acesso em 28 de março de 2021 Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4. Disponível em <https://brasil.un.org/ pt-br/sdgs/4> . Acesso em 27 de março de 2021 ODS 4. Disponível em https://www.estrategiaods.org.br/os-ods/ods4/. Acesso em 27 de março de 2021 SOUSA, José Clécio Silva e. “Educação e História da Educação no Brasil”. Disponível em: <Revista Educação Pública - Educação e História da Educação no Brasil (cecierj.edu. br)>. Acesso em 28 de março de 2021 Novo, Benigno Núñez. “LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO COMENTÁRIOS” https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/direito/leis-diretrizes-bases-educacao-comentarios.htm#:~:text=A%20Lei%20de%20Diretrizes%20e,que%20se%20refere%20 %C3%A0%20educa%C3%A7%C3%A3o. FDE. Catálogos Técnicos, 2020 SEADE. Portal de Estatísticas do Estado de São Paulo, 2020 Disponível em: < https:// www.seade.gov.br// Danilo Mekari. “CEUs: a construção coletiva do espaço público” 17 Jun 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 4 Mai 2021. <https://www.archdaily.com.br/br/896499/ceus-a-construcao-coletiva-do-espaco-publico> ISSN 0719-8906 MOSER, Gabriel. Psicologia Ambiental. Estud. psicol. (Natal) , Natal, v. 3, n. 1, pág. 121-130, junho de 1998. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi IDEB. http://portal.mec.gov.br/conheca-o-ideb. Acesso em 28 de março de 2021 Aprendizado Adequadohttps://academia.qedu.org.br/prova-brasil/aprendizado-adequado/ Acesso em 30 de março de 2021 Aprendizado em Campinas https://www.qedu.org.br/cidade/1737-campinas/aprendizado Acesso em 30 de março de 2021 Plano Nacional Educacionalhttp://pne.mec.gov.br/20-perguntas-frequentes#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20o%20PNE,que%20significa%20que%20ultrapassa%20governos. Acesso em 30 de março de 2021

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