CONTRIBUIÇÃO DA
Musicoterapia NA EVOLUÇÃO DO INDIVÍDUO
Arlete Martins Ingrid Niara 2013 Meca Vargas
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Contribuição da Músicoterapia na Evolução do indivíduo.
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A música esta
presente desde o nascimento do homem, em todas as culturas de diferentes civilizações. Hoje a música não é só vista como obra de “artistas” que compõe letras auto biográficas, músicas de protestos, letras de historias cotidianas comuns as pessoas, românticas, declaradas a alguém entre outras. Através da música foi descoberto que ela tem enumeras funções, estimula a comunicação entre os dois lados do cérebro, seus diferentes ritmos e contextos consegue atingir a um publico diferente e não apenas de forma supérflua, a música consegue também ativar partes do cérebro associadas com a emoção consegue acalmar, reduz o sentimento de ansiedade, solidão, depressão, através dela também altera algumas regiões do cérebro ao combate do mal de Alzheimer, amplia o raciocínio e é benéfica em muitos aspectos.
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Quando Você faz música, parece curar algo nas pessoas. (Michel Berger)
Desde os tempos imemoriais que o homem busca a cura dos males do corpo e espírito, essas buscas permeiam por vários meios, a musicoterapia hoje é um dos meios mais utilizados para a cura desses males, após tomado o conhecimento dos benefícios que a música pode trazer ao indivíduo, após estudos científicos e relatos de terapêuticos, surge a musicoterapia. A musica além de ser ouvida ela também pode ser sentida, talvez o fato dela proporcionar tanta evolução em um paciente com deficiências psíquicas.
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O caráter imaginativo e inspirativo da música no mundo físico, possibilita ao homem de confrontar-se com ela livremente na experiência interior. (Rudolf Steiner)
Surgimento da Musicoterapia Presente desde o nascimento do homem, em A muito tempo a humanidade usa dos artifícios materiais e humanos para responderem algumas questões do seu cotidiano, para favorecer sua sobrevivência e melhorar seu estado, a arte por estar presente nesse meio torna se uma fonte de desenvolvimento para o ser humano. Hoje chamada de musicoterapia, a música vem servindo cada vez mais para tratamentos psicológico e físicos, porém essa função de usar a música como fonte de terapia já vem sendo usada a muito tempo.
É a partir do século XX cerca de 1945/50 que a musicoterapia torna-se uma ciência e passa a ser considerada uma disciplina cientifica possuindo uma característica própria mas também relacionada com outras áreas como a arte, a medicina e a psicologia. Mas antes dessas datas já existem indícios de que os povos antigos já usavam a música como meios terapêuticos, eles acreditavam na força que a música propõe as pessoas.
Foi na civilização Egípcia que foram descobertos os primeiros indícios da música como fonte de terapia, os papiros escritos por médicos já mencionavam a importância da música na fertilidade da mulher, em relatos da mitologia grega também a escritos sobre o poder calmante e terapêutico da música. Segundo Pitágoras as desarmonias internas causadas no interior do corpo poderiam ser curadas pela música devido ao seu poder de harmonia o mesmo usava a música para expulsar os causadores de doenças e estabelecer a harmonia no corpo e na alma. Cláudio Galeno medico e filosofo Romano acreditava que a música poderia currar a depressão e o estado de tristeza. A musicoterapia é recente como ciência e teve o seu desenvolvimento nos Estado Unidos a partir da 2ª Guerra Mundial em hospitais para a reabilitação dos feridos da guerra, quando músicos profissionais foram contratados para uma interação interdisciplinar com a intenção de distrair os ex combatentes da guerra e os que foram atingidos por ela tanto fisicamente quanto psicologicamente. Os bons resultados mediante a esse processo foram positivos logo de imediato o quadro clinico das pessoas que participavam provocou mudanças. Quando percebido isso a equipe de saúde entendeu que não bastava ser um profissional de música tinha também que ser um terapeuta para o sucesso da atividade. Jacqueline Verdeau-Paillés, Neuropsiquiatra e Terapeuta contribuinte para a evolução da psiquiatria com a terapia de música, ela desenvolveu um método de musicoterapia receptivo com base em ouvir trechos de músicas e sons, chefe do Hospital Psiquiátrico de Limoux (França) Jacqueline também contribuiu para a descoberta da Musicoterapia quando cuidava de um esquizofrênico delirante, que se comunicava através de monossílabas e andava o dia inteiro em círculos pela instituição difícil de manter contato com o paciente apenas contatos breves e superficiais, um dia, o pai do paciente relata que no fim de semana que o filho passou em casa, percebeu uma reação surpreendente no filho, ele teria parado suas caminhas em frente a TV, no mesmo momento que era exibido um concerto de órgão, ficou atento em frente a TV em quanto era exibido o concerto . A doutora por sua vez resolveu observar por ela mesma colocando para tocar um disco. O paciente esquizofrênico parou ao ouvir os primeiros compassos da música. A partir dai Jacqueline dedicou se a estudar sobre o uso da música como forma de terapia para os seus pacientes.
Desenvolvimento da Musicoterapia É a partir dessa mesma data 1945/50 que os estudos sobre musicoterapia passa a dar passos largos, são desenvolvidos estudos e investigações voltadas para esquizofrênicos, adolescente, idosos entre outros. São criados também associações em vários países como nos Estados Unidos e Portugal. A National Association for Music Therapy (1950) Nos E.U.A, Timber Society for Music Therapy and Remedial Music (1958) e em Portugal a Associação Portuguesa de Musicoterapia que foi criada em 1996. Onde também foi divulgada a seguinte definição da musicoterapia. “Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos seus elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musico terapeuta qualificado, com um cliente ou um grupo, num processo planificado com o objetivo de facilitar e promover a comunicação, a relação, a aprendizagem, a mobilidade, a expressão, a organização e outros objetivos terapêuticos importantes, que vão ao encontro das suas necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais ou cognitivas. A Musicoterapia tem por objetivo desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo, a fim de melhorar a sua organização intrapessoal e/ou interpessoal e, em consequência, adquirir
A musicoterapia é abrangente e o seu modo de investigação permeiam a várias outras disciplinas como a medicina, psicologia e sociologia facilitando assim o orientador a estudar o seu paciente e saber qual a melhor técnica a ser usada com o mesmo. Entre as técnicas desenvolvidas a subdivisões entre cada uma delas, servindo para habilitar um tipo de percepção no paciente, elas podem ser tanto ativas, receptivas, associadas ou mistas. A (T.P.R.) Técnica Psicomusical Receptiva, é o processo em que o orientador toca musica para o paciente, essas sessões são voltadas para os pacientes com dificuldades motoras. O seu objetivo é estimular a afetividade e apaziguar angustias, relaxamento psicomusical, técnicas de ativação e projetivas. (T.P.A.) Técnica Psicomusical Ativa é o momento em que o paciente é orientado pelo seu terapeuta a tocar os instrumentos musicais, cantar, dançar e realiza outras atividades junto com o seu orientador, utiliza da participação ativa nos pacientes numa criação musical, o objetivo é oferecer a cada paciente um meio de se comunicar através de uma linguagem não verbal, a interação e a criatividade.
Já as (T.P.M.) Técnicas Psicomusicais ou Mistas, servem para o uso de duas ou mais técnicas para a expressão, essa técnica propõe a expressão verbal, escrita e oral, através de músicas mímicas e formas de expressão corporal. Esses métodos citados a cima podem ser aplicados em grupo ou individualmente, utilizando do corpo, a voz, o movimento corporal, tudo isso na utilização de instrumentos adaptados para deficientes e muitas vezes até instrumentos criados pela equipe para o desenvolvimento das atividades.
Profissional de Musicoterapia A formação de um profissional de musicoterapia antes de tudo deve ser como terapeuta, depois surgem as demais especializações como no ramo da saúde e ciências humanas. É necessário que o profissional possua conhecimentos na área psicológica, conhecimentos médicos, pedagógicos e musicais. No entanto um dos enfoques maiores é na área musical onde o terapeuta usa da música como artifício para o desenvolvimento psicológico e físico do seu paciente , ele é treinando para ter a percepção dos efeitos do som e da musica no ser humano, usam esses conhecimentos tanto para a prevenção, quanto no tratamento de doenças. A terapia por meio da música permeia por várias áreas tais como: Saúde Mental: Seu conhecimento deve ser voltado para transtornos mentais, neuroses, psicoses, autismos, esquizofrenias e dependências químicas. Social: Gestantes, idosos, menores em situação de riscos, detentos e familiares. Organizacional: Usado também em processos seletivos junto aos setores de RH e desenvolvimentos de equipes. Educacional: dificuldades de aprendizagem e distúrbios da fala, necessidades especiais, deficiências físicas, intelectual, sensorial auditiva/visual e múltipla. hospitalar: Câncer, HIV, pacientes terminais, e em situações pré cirúrgicas. Motora: Alterações neurológicas, derrame cerebral, demências, paralisias cerebrais e na estimulação precoce com bebês.
Instrumentos Usados nas sessões de musicoterapia As sessões são realizadas de forma que o terapeuta faça com que o paciente de algum modo comunique se através do seu corpo, como dançar, bater palmas, movimentar-se tudo isso seguindo a música, que ele possa cantar ou emitir sons. Todo esse processo tem como suporte os instrumentos musicais que vão ajudar o paciente a interagir mediante o processo terapêutico, que ele sinta se livre para pegar o instrumento, segurar, tocar, tudo isso para o seu desenvolvimento. Os instrumentos usados nas sessões são instrumentos de fácil utilização como tambores, pandeiros, chocalhos, flautas, gaitas, teclados, entre outros instrumentos que são produzidos pelos próprios pacientes junto com os seus terapeutas, a utilização dos instrumentos vão de acordo com cada paciente e a sua necessidade. - Agogô - Prato - Matraca - Raquete Sonora - Chocalho - Pau de Chuva - Tamborim - Pandeiro - Cowbell - Violão - Ganzá - Tubo Sonoro - Oceandrumm - Tumbadora - Tambor de Fendas
Conclusão Diante todo o conteúdo exposto nesse trabalho, conclui se que o Homem cada vez mais anda em busca do seu bem estar, físico e espiritual essa busca incessante faz com que seja cada vez mais seja descobertas outras formas para o desenvolvimento do ser humano, porém nem todo conteúdo encontrado é novo, o homem ao buscar o que ele chama de novo, ele por si só encontra resquícios de que essa “nova” informação que ele adquiriu em algum momento já estava sendo usada em uma época diferente, o que ele talvez muda é a forma como é trabalhada/aplicada essa nova informação. No caso da musicoterapia ela já vinha sendo aplicada por muitos filósofos e médicos esses homens já tinham estudado,tinham percebido na arte e nesse caso na música o bem estar e as mudanças que o som/ melodia/ música poderia causar ao individuo. O quem vem acontecendo desde a sua existência pra cá tem sua importância significativa tem sido a evolução do seu método de aplicação, tudo isso possível mediante as tecnologias e os estudos que vem sendo feito em cima da música e dos benefícios causados por elas no ser humano.