TEJEREBA - COMPLEXO ESPORTIVO GUARUJÁ|SP

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Reestruturação do Complexo Tejereba E da praça Horácio Lafer

Complexo Tejereba | Guarujá-SP usjt arquitetura e urbanismo 2014 Orientador Luis Mauro Freire Orientanda Ingrid Pivato


IMAGEM 2- lina bo bardi (Roma, 5 de dezembro de 1914 — São Paulo, 20 de março de 1992) .

―A luta entre abstração e mimese, espírito e matéria, razão e tradição, concepção e representação, cultura e natureza, arte e vida.‖

Consideração de josep maria montaner sobre a obra Sesc Fábrica da

Pompéia de Lina Bo Bardi no livro ―A Modernidade Superada: arquitetura, arte e pensamento do século XX. Barcelona: G. Gili, c2001. 220 p. 13‖


Agradecimentos A Universidade São Judas Tadeu, que me ofereceu suporte para prosseguir a profissão. Principalmente ao Prof. Luis Mauro Feire por este ano tão instigante de aprendizado, acalmando minha ansiedade e pelas longas conversas, que transcenderam o campo da arquitetura e urbanismo, pois levarei para toda a vida. Aos grandes amigos pela colaboração no processo do Trabalho Final de Graduação e pela amizade em si, que é o mais importante. À minha família, por compreender as dificuldades e pelo apoio de sempre, em especial ao meu pai Luiz Antonio pivato Filho e à minha mãe Selma Monteiro de Oliveira Obrigada.


ÍNDICE 00.Apresentação............................................. 00.1. Resumo.................................................. 00.2. Objeto | Tema......................................... 00.3. Justificativa............................................ 00.4. Metodologia | Cronograma.....................

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01.Precedentes.............................................. 01.1. Guarujá.................................................. 01.1.1. dados............................... 01.1.2. formação da cidade.......... 01.1.3. bens culturais..................

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01.2. Terreno.................................................... 01.2.1. especificações técnicas..... 01.2.2. parâmetros legais............. 01.2.3. edificadas......................... 01.2.4. localização....................... 01.2.5. fotos................................ 01.3. Referências projetuais............................. 01.3.1.sesc franca....................... 01.3.2.sesc pompéia....................... 01.3.3.praça das artes..................

14 14 15 18 21 23 24 25 28 30

02.Projeto....................................................... 34 02.1. Memorial justificativo............................... 35 02.2. Programa.................................................. 38 02.3. Peças gráficas......................................... 39 02.4. Desenhos explicativos.............................,. 47 02.5. Imagens do projeto................................... 49 02.6. Conclusão................................................ 53 03.Bibliografia................................................. 55 03.1. Bibliográficas........................................... 56 03.2. Digitais......................................................57 03.3. Fonte imagens............................................ 58


Complexo Tejereba| Guarujá-SP

IMAGEM 3- perspectiva do projeto

Apresentação Resumo O projeto de revitalização do complexo Tejereba e da praça Horácio Lafer na praia da enseada no Guarujá. A pesquisa do objeto e do tema ―Complexo esportivo – Guarujá : voltado às necessidades da cultura local e a identificação das potencialidades do projeto‖ buscou compreender a importância do equipamento, entender as transformações necessárias para suprir o máximo de necessidades voltadas à cultura, esporte e lazer e também materializar ao máximo questões teóricas importantes. Pretendeu-se configurar um projeto arquitetônico que possibilite um possível contato entre as classes sociais e que seja acessível a todos.

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Objeto | Tema

JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA

Os espaços não construídos, a cultura do esporte e lazer junto a cultura local foram o objeto de estudo escolhido justamente por sua capacidade reestruturadora, pois quando a rua, o esporte, o lazer e a cultura se complementam, ressalta-se o caráter das centralidades, intensifica o uso e o interesse de quem circula e vive no local, gerando maior movimentação e mais autonomia para quem utiliza o espaço.

Guarujá – SP, Antiga Ilha de Santo Amaro O município é dividido em dois distritos, Guarujá e Vicente de Carvalho, estes possuem sua economia baseada no veraneio, comércio e no Porto. Abrigam duas realidades distintas, ou seja, sua sede possui uma vocação turística e se mantém viva três vezes ao ano, já Vicente de Carvalho concentra uma grande população fixa, baseada no comércio e no Porto, aquecida o ano inteiro

IMAGEM 4- VICENTE DE CARVALHO

IMAGEM 5- PRAIA DO TOMBO | GUARUJÁ

O estudo feito através de pesquisas aponta que o Pré-Sal causará um crescimento no turismo, nos empregos e nas vendas, porém para suportar a intensidade do fluxo que está por vir é necessário desenvolver a infraestrutura do município. O Guarujá possui apenas um Clube de Golf particular a 7,6km do terreno e um estádio municipal, situado a 4,2km, estes, são os únicos equipamentos direcionados ao esporte. A requalificação do centro esportivo Tejereba e da praça Horácio Lafer, tem como objetivo servir como equipamento urbano qualificado para a população residente, futura e flutuante.

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Necessidades da cultura local Potencialidades de projeto Através de pesquisas concluiu-se que a potencialidade do Guarujá consiste no turismo, na expansão portuária e nas atividades econômicas associadas à cadeia de petróleo (Pré-Sal). A expansão portuária e retro portuária deverão alavancar a economia, porém a cidade não está preparada para esse crescimento, dentre outros problemas de infraestrutura, há falta de equipamentos culturais e esportivos, ocasionando com isso menor qualidade de vida aos habitantes, bem como também aos visitantes. O estudo aponta a necessidade de um planejamento sustentável do crescimento, com isso foi feito uma pesquisa de projetos direcionados à carência dessa demanda. Nota-se que foi realizado um projeto de criação de um retro porto e qualificação do espaço em Vicente de Carvalho, um apoio ao porto de Santos que ficará aproximadamente 6km de distancia do terreno do complexo, e o projeto tende a atender a demanda e fornecer empregos aos moradores e eventuais imigrantes futuros.

IMAGEM 6- PROJETO RETROPORTO

A região foi analisada e pode-se concluir que a infraestrutura não acompanhou o desenvolvimento do município, apesar do centro possuir grande parte dos comércios, serviços e bens culturais, faltam equipamentos voltados para o esporte e para a cultura. O complexo existente é dificilmente utilizado e não possui ligação com o entorno, nota-se que é um fato indispensável a importância da praça para a população, portanto a união dos equipamentos urbanos é um potencial de grande valor no projeto.

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Importância do complexo

Metodologia | cronograma

De acordo com o estudo de necessidades justifica-se o projeto no município, porém a potencialidade e deficiência do entorno não busca se fundamentar apenas nos argumentos citados, mas também pela importância da cultura e pluralidade, a partir da reflexão da necessidade de espaços esportivos e culturais públicos qualificados e da revitalização da praça e suas funções dentro do espaço urbano, que atraem e entretém o público que os visitam e isso ocorre porque estes são locais interativos, que despertam o convívio e proporcionam descontração do cotidiano. A diversidade de pessoas contribuiria para a dissipação dos diferentes usos, ativaria os espaços vazios não construídos e a convivência social, proporcionando maiores vínculos com os equipamentos próximos, seja pelo incentivo a cultura urbana, seja pela revitalização do espaço, seja pela maior movimentação do local, com isso maior segurança.

Intenciona-se a reestruturação do complexo com a Praça Horácio Lafer, através da metodologia por abordagem dedutiva, ou seja, do geral para o específico com base no cronograma de produção do trabalho. Foi elaborado o diagnóstico do município do Guarujá, que identifica a história do Guarujá, costumes dos habitantes, bens patrimoniais, dados, domínio do entorno, as condições culturais, edificadas, naturais, legais, necessidades do município e análise destes. Com isso determinou-se o objeto de estudo, a justificativa que parte de entrevistas com moradores e com a população flutuante , observação da vida cotidiana, estudos de referências, dados, pesquisas e comparação de pesquisas gráficas. Após esse estudo possibilita-se a produção do projeto no contexto urbano, representados graficamente.

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Complexo Tejereba| Guarujá-SP

IMAGEM 7- Guarujá Década de 60. Ponta das Galhetas, Asturias , Praia das Pitangueiras, Praia da Enseada. Década de 60 Terreno do complexo indicado na imagem

precedentes O estudo sobre a cultura e esporte não busca se fundamentar apenas em textos, mas também em dados como do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), fotos e estudo da população, evidenciando suas qualidades, potencialidades e deficiências, para que o projeto seja implantado de modo que possa equilibrar estes dados, acrescentando qualidade aos usos. O intuito é investigar analisar e registrar as informações mencionadas.

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Guarujá Dados O Guarujá é um município com quase 300 mil habitantes que se dividem em dois distritos: Guarujá e Vicente de Carvalho, abaixo segue informações retiradas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi realizada a comparação de dados com Santos, por ser uma cidade vizinha com grande importância para São Paulo e para o Guarujá. Segundo a página da prefeitura de Santos, o município foi elevado à categoria de cidade em 26 de janeiro de 1839. Guarujá População aproximada: 300 habitantes.

Área da unidade territorial SP Guarujá: 250.418 m² SP Santos: 385.112 m²

De acordo com os dados citados, nota-se uma diferença considerável entre os dados de Santos e Guarujá, pois a cidade portuária é mais desenvolvida e possui uma movimentação econômica mais antiga e estável. ―A cidade é antes de mais nada um imã, antes mesmo de se tornar local permanente de trabalho e moradia‖ (ROLNIK, Raquel . O que é Cidade. São Paulo, 1988, p. 13) A Cidade atrai movimento de pessoas, com isso Santos possui o porto que movimenta consideravelmente a economia que depende do transporte marítimo de São Paulo, portanto pode-se estimar um aumento constante da imigração de pessoas para o Guarujá, por ser município vizinho.

Área aproximada: 150,00m² Índice de desenvolvimento População Residente

humano municipal

SP Guarujá: 290.752

SP Guarujá: 0,751

habitantes

SP Santos: 0,840

SP Santos: 419.400 habitantes

População residente alfabetizada SP Guarujá: 250.418 habitantes SP Santos: 385.112 habitantes

IMAGEM 8- Mapa Geral com Destaque da localização próxima entre Guarujá e Santos.

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Formação da cidade Para compreender a urbanização do Guarujá cabe destacar alguns aspectos históricos. Segundo o Portal de História e Cultura da Prefeitura de Guarujá, em 1502 a cidade situada na Ilha de Santo Amaro, foi visitada pela primeira vez pelos exploradores portugueses. André Gonçalves, Américo Vespúcio e sua armada. Mais precisamente essa visita ocorreu na parte ocidental da Ilha, conhecida atualmente como Praia Santa Cruz dos Navegantes. Nesse ano Houve uma expedição armada comandada por eles, ancorou na costa ocidental da Ilha Guaibê, posteriormente chamada de Ilha Santo Amaro, após isso fundaram o Porto de São Vicente na Ilha fronteiriça. Por volta de 1701 a 1800 (séc. XVIII) a Ilha não possuía grandes condições de fixação ao homem, por conta da sua topografia montanhosa e de difícil acesso. Os selvagens possuíam apenas a extração de óleo de Baleia, pesca e poucos engenhos de açúcar como atividade econômica e eram aliados dos piratas franceses, o que tornou mais difícil a colonização por parte dos colonos portugueses.

Os turistas que iam ao Guarujá, tomavam um pequeno trem a vapor que seguia até a frente do Grande Hotel na Praia das Pitangueiras. O serviço de transporte com o trem foi desativado em 1960.Em 1910 o trem possuiu um pequeno ramal entre o Guarujá e o atual bairro Santa Rosa, em frente ao bairro da ponta da praia em Santos com extensão aproximada de 3km. Em 1910 esse ramal foi desativado, sendo construída uma estrada de rodagem. Em 1918 é implantado um serviço de balsas entre a Ponta da Praia e Santa Rosa, viabilizando o tráfego direto de automóveis entre Santos e Guarujá.

―A cidade, enquanto local permanente de moradia e trabalho, se implanta quando a produção gera um excedente, uma quantidade de produtos para além das necessidades de consumo imediato‖ (ROLNIK, Raquel . O que é cidade‖. São Paulo, 1988, p. 16) Portanto em 1832 o Guarujá passa a ter condição de vila, em 1850 inicia seu desenvolvimento, sendo esta inaugurada em 2 de setembro de 1893.

IMAGEM 9- Mapa Geral com Destaque em Praia Grande, São Vicente, Santos, Vicente de Carvalho, Guarujá e Bertioga

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Edifício ―Sobre as Ondas‖ e ―Casa de Pedra‖ Bem Tombado

Morro do Botelho Bem Tombado

O Edifício ―Sobre as Ondas‖, foi projetado pelos arquitetos Oswaldo Corrêa Gonçalves e Jayme Campello Fonseca Rodrigues, construída em 1945. Segundo o Condephaat o edifício é considerado como um dos primeiros exemplares da arquitetura moderna vertical a ser construído no litoral. O projeto implica questões modernas, como curvas, pilotis, planta livre e terraço jardim.

O Morro do Botelho chega a um desnível de 160m em relação à planície e é coberto por mata pluvial de encosta. No sopé do morro possui um manancial conhecido como ―biquinha‖, o morro possui aspectos importantes para a paisagem e constitui um rico abrigo à rica fauna remanescente do ecossistema insular, segundo o Condephaat. O Morro do Botelho localiza-se próximo ao terreno destinado ao projeto do Complexo Esportivo.

IMAGEM 10- Ambas construções estão localizadas na formação rochosa que divide as praias de Pitangueiras e Astúrias.

IMAGEM 12- morro do botelho Morro do Botelho

Terreno

IMAGEM 11- morro do botelho

A ―Casa de Pedra‖ foi projetada por Henrique Cristofani, o ―Verona‖, (escritório de Gregori Warchavchik), construída em 1945. A casa utilizou rochas como parede e apoio, o projeto possui questões modernas como lajes planas, elementos geométricos, materiais como ferro e vidro.

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Fortaleza de Itapema, Farol e Anexos Bem Tombado

Forte da Barra Grande Bem Tombado

A Fortaleza de Ipanema, Farol e Anexos é localizado em São Vicente, recebeu diversos nomes ao longo do tempo, como: Forte do Pinhão e Fortaleza Santa Cruz de Itapema ou Vera Cruz do Itapema . A arquitetura típica de fortes consiste em uma muralha em pedra que envolve a área e cria um pátio, ao meio encontra-se o mirante e uma construção pequena que abriga depósitos. Em pontos estratégicos localizam-se guaritas, para a guarda da área.

Segundo o Condephaat, por volta do ano 1850, inicia-se a construção do ―Forte da Barra Grande‖, localizado no Extremo Sul da Ilha de Santo Amaro, tinha como objetivo fazer a defesa da área contra ataques constantes dos índios e piratas. As terras foram concedidas por Martim. Afonso de Souza, através das sesmarias. Passou por reformas e foi desativado em 1911, o edifício foi restaurado pelo Iphan e reaberto ao público em 1999.

imagem 14-

forte da barra grande

imagem 13- fortaleza de itapema

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Terreno Especificações técnicas Via de PEDESTRES

Praça Horácio lafer - Área 15636,03m² Terreno complexo esportivo – área 13646,36m² Logradouro rua 3-2-134 (via de pedestres) rua silvio daige, 336 -568 rua marivaldo fernandes, 644-836 avenida miguel estéfano, 278-454

demolições • A demolição das construções existentes no terreno se justifica por suas disposições não beneficiarem o intuito do projeto. •

A demolição da construção existente na praça horácio lafer se justifica pela condição de uso

IMAGEM 15- planta terreno

Uso – institucional Zoneamento – zeip | zona especial de interesse público

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Parâmetros legais De acordo com o Plano Regional estratégico o terreno esta localizado em uma ZEIP- Zona Especial de Interesse Público, estas, são espaços de ações prioritárias que destinam-se a melhoria da qualidade de vida e possuem normas próprias de uso e ocupação do solo destinadas primordialmente a implantações específicas . Os projetos feitos para o terreno pertence a ZEIP e será aprovado mediante ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (CMDUH), portanto não possui coeficiente de aproveitamento, taxa de permeabilidade, taxa de ocupação e recuos estabelecidos.

Plano diretor CAPÍTULO VI DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS Art. 87-A. Os projetos estratégicos municipais consistem em ações e propostas prioritárias de intervenção no espaço geográfico municipal, urbano ou de preservação ambiental, destinados à melhoria da qualidade de vida por meio da recuperação, reestruturação, requalificação e melhoria de áreas degradadas do Município, bem como destinados ao desenvolvimento econômico equilibrado.

§ 1º Os projetos estratégicos municipais estão incluídos nas Zonas Especiais de Interesse Público - ZEIP; Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, Zonas Especiais de Interesse Turístico ZEIT, Zonas Portuária, Retroportuária e Aeroportuária e nas ampliações dos sistemas viário e de drenagem. § 2º O Poder Público Municipal poderá incluir, alterar ou excluir os projetos estratégicos relacionados neste capítulo de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH. CAPÍTULO II DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE PÚBLICO Art. 78. As Zonas Especiais de Interesse Público - ZEIP são áreas do território municipal com normas próprias de uso e ocupação do solo, destinadas primordialmente à implantação de projetos estratégicos de grande impacto no desenvolvimento urbano e econômico do Município, incluindo-se equipamentos públicos, privados ou em regime de parceria público privada, com parâmetros de uso e ocupação do solo diferenciados. Art. 80. Os projetos para o aproveitamento das zonas especiais tratadas neste Capítulo deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH, devendo ainda os planos de ação para a implantação dos referidos projetos serem oficializados por legislação específica.

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Zoneamento O mapa destaca o zoneamento do Guarujá, sendo assim o terreno está localizado na Zona Especial de Interesse Público – (ZEIP) entre duas zonas divergentes, de Alta densidade e Baixa Densidade. A zona de média densidade localiza-se próxima à via Estrutural ―Av. dom Pedro I‖. Na ―Praia das Pitangueiras‖ alta densidade e próximo a ―Av.Miguel Estéfano‖, na ―Praia da Enseada‖ densidade baixa e média. IMAGEM 16- mapa sem escala- plano diretor

IMAGEM 17- (Fonte: Mapa pessoal, baseado no Plano diretor)

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macrozoneamento O Macrozoneamento do município, diferencia áreas urbanas das que possuem proteção ambiental. Nota-se o traçado urbano retilíneo na planície próxima ao mar. O Morro da Campina, Morro do Botelho e o Morro do Maluf, são áreas protegidas ambientalmente. O mapa destaca a Mobilidade do Guarujá, diferencia as vias quanto ao grau de movimentação da cidade . O terreno possui uma via de pedestres, uma via local e uma via coletora nos seus extremos. Paralelamente possui duas vias estruturais importantes para o município. De acordo com os dados citados acima, pode-se concluir que o terreno possui boa localização .

IMAGEM 18- mapa sem escala- plano diretor

IMAGEM 17- (Fonte: Mapa pessoal, baseado no Plano diretor)

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TERRENO

IMAGEM 19- Uso do Solo , Mapa sem escala (Fonte: MAPA PESSOAL MONTADO SOBRE Plano Diretor)

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TERRENO

IMAGEM 20- Gabarito, Mapa sem escala (Fonte: MAPA PESSOAL MONTADO SOBRE Plano Diretor)

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Uso do solo e gabarito O entorno do terreno abriga diversos tipos de uso, com isso surge o potencial de articular a movimentação das diferentes atividades. De acordo com o estudo, considera-se que há uma centralização de equipamentos ocorrendo na região central da cidade e o uso do solo é predominantemente residencial, a estética das edificações de renda média alta, está em boas condições e o entorno é fragmentado por vias retilíneas. As edificações próximas ao mar e à ―Av. Miguel Estéfano‖ possuem um gabarito menor e as construções médias e altas estão próximas à via estrutural ―Av. Dom Pedro I‖ e ao Morro da Campina e por fim as construções que possuem gabarito muito alto estão à beira mar, por possivelmente trazem parte do plano diretor da praia das Pitangueiras que é ocupada predominantemente por edifícios muito altos. O projeto conta com esporte, lazer e cultura como grupos que praticam atividades recreativas, competições e encontros culturais.

Imagem 21- Praia da Enseada

Imagem 22- Praia das Pitangueiras

Imagem 17: Mapa sem escala, onde destaca os locais citados no texto e nas fotos. - Mapa pessoal baseado no Plano diretor)

Imagem 23- Praia da Enseada

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Localização

O mapa destaca a localização do terreno, e as conexões entre o continente e a Ilha, que promovem a chegada e a contribuição à facilidade de acesso e com isso desenvolvimento do Guarujá. As ligações consistem na Balsa do Porto de Santos, Balsa de Bertioga e na Rodovia SP-055 (Rodovia PiaçagueraGuarujá).

IMAGEM 24- mapa sem escala- localização do terreno

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O mapa destaca a localização de pontos que possuem importância para o movimento interno do município, nota-se um centro com maior concentração de equipamentos e certa proximidade do terreno em relação aos pontos. Os equipamentos e as vias estão em boas condições, porém possui insuficiência na área da saúde e do esporte no município. Há muitas vezes congestionamento nas vias principais em feriados e férias.

IMAGEM 25- mapa sem escala - pontos positivos, equipamentos no entorno

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1- Teatro (Fonte: Google Maps)

2- Ginásio (Fonte: Acervo Pessoal)

(FONTE: GOOGLE MAPS)

5- Rua Marivaldo Fernandes (Fonte: Google Maps)

4- Forum (Fonte: Google Maps)

6- Praça (Fonte: Acervo Pessoal)

10-Área de convivência (Fonte: Acervo Pessoal)

7- Praça (Fonte: Acervo Pessoal)

11- Campo (Fonte: Acervo Pessoal)

8- Piscina Existente (Fonte: Acervo Pessoal)

12- Quadra Poliesportiva Acervo Pessoal)

3- Via de Pedestres(Fonte: Google Maps)

(Fonte:

9- Bocha (Fonte: Acervo Pessoal)

13- Av. Miguel Estéfano (Fonte: Google Maps)

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Referências projetuais Os estudos de forma, função, estrutura e programa não surgem de repente, por isso será apresentada uma seleção de pesquisa sobre projetos que acrescentaram ideias importantes e potencializaram novas soluções de projeto. Desta forma tais referencias têm o objetivo de criar um novo raciocínio, ou seja, uma nova interpretação do edifício a ser criado com o contexto que o complexo esportivo se encontra. Os projetos selecionados direcionam-se á ativação dos espaços através da cultura e lazer, que funcionem em conjunto com o entorno. A partir disso foram criadas categorias de análise importantes a serem analisadas, sendo estas: edifício como catalizador, relação com o entorno, acesso e praça de convivência. As categorias foram selecionadas com o objetivo de identificar a importância das diferentes estratégias de projeto, com isso ressalta-se a intensidade de atração das pessoas a partir das atividades sociais estabelecidas, a necessidade do equipamento no entorno, a forma de acesso que foi adotada e sua relação com o uso, acesso e passagem. foram selecionados três projetos que foram importantes para a elaboração do complexo: Sesc Franca, Sesc Pompéia e Praça das Artes.

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Sesc franca O projeto foi feito para o SESC Franca e ganhou segundo lugar no concurso, foi elaborado pelo escritório SPADONI & ASSOCIADOS, e registrou-se Franscisco Spadoni como autor. O material foi publicado no site ―Concursos de Projeto‖ em Abril de 2013. O programa foi analisado em subcategorias e ilustrados de forma que demonstre as atividades exercidas em cada pavimento e suas dimensões gerais. A construção da ideia partiu das condicionantes substanciais, compreender o terreno, o entorno e o programa criado, dogmatizados pelos maiores espaços de uso: Ginásio e Piscina. Foi estudada a relação da via com o projeto e as áreas públicas de convivência internas. Esse projeto possui um terreno com declive significativo , ao contrario do terreno no Guarujá, porém foi de grande importância para o projeto da distribuição programática do complexo esportivo.

IMAGEM 27- Estacionamento

IMAGEM 28- Primeiro Pavimento

IMAGEM 29- Segundo Pavimento IMAGEM 26- corte longitudinal

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Edifício como catalisador

Relação com o entorno

O projeto do Sesc representa um grande significado para a cidade e um notável crescimento em todos os setores, tanto pelo intuito programático do equipamento como pelo impacto que o mesmo causa nas áreas envoltórias. O Sesc possivelmente se tornará um signo da região, já que, o entorno está desprovido de lugares públicos que proporcionem acesso à cultura, esporte e lazer, contudo os elementos programáticos tendem a atrair o público.

O terreno do projeto é um complemento ao estádio municipal da cidade e se encontra próximo à faculdade de direito. O Sesc tem como papel fundamental não só atrair, como se adequar ao seu entorno incorporando o estádio e às vias de acesso para que o uso dos moradores seja interno e externo.

Imagem 26- fachada

Imagem 27- entrada principal

Imagem 28- fachada

Imagem 30- terreno do projeto indicado na imagem

Imagem 29- praça de convivência

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Acessos

Praça de convivência

O acesso principal é uma continuidade do espaço urbano, pois a entrada do edifício é parte da calçada. A praça de convivência é o acesso público e a partir dela acessa o primeiro pavimento onde possui um hall superior para a rua Rio Grande do Sul, sendo um acesso secundário ou saída em nível. Os fluxos internos concentram-se basicamente em torno da praça central e nas ruas dos setores.

Possui duas praças, uma na entrada, quase como uma extensão da calçada vedada por vidros e outra no pavimento superior, com parte arborizada. Ambas dividem usos predominantes, ou seja, de um lado a área de ações culturais e socioeducativas e do outro a área administrativa e o núcleo de serviços em saúde. Em torno dela se articulam, em três níveis, os principais programas não especializados: Atendimento, Foyer, Cafeteria, restaurante, Galeria e Biblioteca, a partir dela ruas especializadas, em dois níveis, conduzem, ao setor esportivo cultural.

Imagem 31- planta pavimento térreo

Imagem 32- planta primeiro pavimento

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Sesc pompéia O SESC possui o surrealismo brasileiro, o prazer da união entre a cultura e a pluralidade. Segundo Lina Bo Bardi, o projeto foi dedicado aos jovens, às crianças e à terceira idade, todos unidos no mesmo espaço. Lina cria ambientes agradáveis e proporciona aos usuários locais para se expressarem, a arquiteta estudou os espaços não construídos e deu oportunidade aos usuários fazerem parte do ambiente, com isso a população se apropriou do Sesc e o torna um projeto esportivo cultural que proporciona grandes sensações e funcionalidade a quem frequenta.

Imagem 33 - Galpões restaurados

1 – Conjunto esportivo com piscina, ginásio e quadras(5pavimentos duplos) 2 - Lanchonete, vestiários, salas de ginástica, lutas e danças(11 pavimentos) 3 – Torre da caixa d’ água. 4 - Grande Deck/Solarium com espelho d’água e cachoeira. 5 - Almoxarifado e oficinas de manutenção 6 – Ateliers de cerâmica, pintura, marcenaria, tapeçaria, gravura e tipografia. 7 – Laboratório fotográfico, estúdio musical, sala de danças e vestiários (3 pavimentos) 8 – Teatro com 1200 lugares 9 – Vestíbulo coberto do teatro para espetáculos. 10 – Restaurante self-service para 2000 refeições e choperia (noite). 11 – Cozinha industrial. 12 – Vestiários e refeitórios dos funcionários (2 pavimentos) 13 – Grande espaço de estar, jogos de salão, espetáculos e mostras expositivas, com a grande lareira e o espelho d’água. 14 – Biblioteca de lazer, lajes abertas de leitura e videoteca. 15 - Pavilhão das grandes exposições temporárias 16 – Administração geral do centro (2 pavimentos)

Imagem 34 - Edifício construído

Imagem 35 – planta sesc pompéia

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Edifício como catalisador

Acessos

Esse projeto torna-se um signo urbano por ser um centro de cultura e lazer localizado na Vila Pompéia em SP, que reúne elementos programáticos atrativos, e elementos arquitetônicos projetados que acreditam no potencial de criação da população. O projeto absorve o lugar e mantêm os galpões da antiga fábrica, com isso propõe a manutenção do espaço livre e sugere a estes atividades catalisadoras com usos populares permeados por espelhos d’água, comércios, bibliotecas, exposições que sugerem atividades e conceitos que revitalizam o lugar

O fluxo a partir do entorno existente não estabelece diretrizes para o projeto de forma monumental, contudo o conceito presente trata essencialmente da continuidade espacial. O projeto trata de forma superficial a relação com o pedestre, pois a calçada permanece com sua dimensão independente do percurso de acesso ao edifício, se utilizando ainda uma porta como obstáculo visual.

Imagem 37 - Acesso indicado por seta vermelha em planta

Praça de convivência

Imagem 36 - Praça externa

Relação com o entorno O conjunto Pompéia tem um teor expressionista por conta da formação europeia da arquiteta, mas também possui o surrealismo brasileiro, o prazer da união feita através da cultura, segundo Lina Bo Bardi, o projeto foi dedicado aos jovens, às crianças e à terceira idade, todos unidos no mesmo espaço. O edifício mantem os galpões e promove usos públicos em sua entrada. O projeto permanece com elementos que remetem à história local e trata questões populares, com isso pode-se concluir que a relação com o entorno é feita a partir da história local e pela própria capacidade reestruturadora proporcionada pela importância da cultura e pluralidade.

A Praça de convivência interna possui uma loja Sesc, espaço expositivo, biblioteca, espaço de estar e propõe ao usuário liberdade de expressão. O espaço é inacabado com o objetivo de doar ao usuário o poder de criação no e com isso cuidar dele como se fizesse parte do mesmo. A praça de convivência de entrada possui inicialmente uma lanchonete e distribui os demais usos, o caminho conduz os usuários ao edifício construído para abrigar os demais elementos programáticos. Imagem 38 - Praça interna

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Praça das artes Há projetos que se impõem soberanos como o templo de Salomão no Bairro do Brás em São Paulo e outros que precisam se acomodar em situações adversas espaços comprimidos com situações e edifícios existentes, a Praça das Artes se enquadra nesse segundo perfil. Há algum tempo a cidade de SP tenta reverter a degradação que ocorre no centro histórico, onde permanecem grandes bancos e entidades financeiras com o intuito de não dar continuidade a distribuição selvagem de novos centros terciários, novos pedaços urbanos isolados como Alphaville. Através dessa linha de raciocínio, foram feitos projetos para a revitalização do centro de São Paulo. Entre 2000 e 2004 durante o mandato progressista de Marta Suplicy iniciou o Plano ―Morar no Centro‖, introduzindo habitações dentro das edificações antigas, a partir disso alguns projetos prosseguiram. O projeto da Praça das Artes foi promovido pela secretaria municipal de cultura do governo municipal dirigido por Gilberto Kassab (2008-2012) inaugurado em dezembro de 2012 o edifício foi elaborado para abrigar o Conservatório Dramático e Musical, incluindo espaços para dança, dirigido pelos arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, com a colaboração do arquiteto Marcos Cartum. A solução se adapta à estrutura urbana da quadra e permanece a relação com os edifícios preexistentes de finais do século 19 e princípios do 20 como o cine Cairo, próximo ao teatro municipal, do qual se restaurou a fachada e manteve o marco histórico cultural no edifício. O programa foi ajustado em quatro partes da quadra e gerou-se um espaço livre no térreo, ou seja, um ambiente público urbano na praça de convivência do projeto. O entorno trata-se de espaços abandonados e o edifício relaciona três ruas distintas. As diferentes passagens de pedestre no interior da quadra reordena e enriquece parte do centro de São Paulo. Atualmente o Edifício é acessado por duas vias, na próxima fase será executada a fachada principal, que se volta para o Vale do Anhangabaú.

Imagem 39 - Fachada Cine Cairo

Imagem 40 - Rua Conselheiro Crispiniano

Imagem 41 - Fachada Vale do Anhangabaú

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Programa

Imagem 45 - Rua Conselheiro Crispiniano

Imagem 42 – Perspectiva com intervenção pessoal

Imagem 46 - Fachada Conselheiro Crispiniano

Imagem 43 - Perspectiva

Imagem 44 - Detalhe escada, a esquerda está o Vale do Anhamgabaú

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Acessos

Edifício como catalisador O edifício não se torna um signo por se localizar no centro de São Paulo, local com muito movimento e símbolos históricos, contudo o projeto representa os conflitos culturais e os espaços que devem ser criados no centro de São Paulo, com isso consolidando-se como intervenção urbana que requalifica a área.

O projeto tende a requalificar parte do centro de São Paulo, com isso compreende a carência de espaços vazios e a situação sócio-política que se encontra. O edifício se desenvolve na Rua formosa(Vale do Anhangabaú), Avenida São João e Rua Conselheiro Crispiano, visando ocupar e prolongar o espaço urbano, através da extensão quase natural da via. As imagens deixam clara a intenção de permeabilidade através do térreo livre de caráter público

Relação com o entorno O autor do projeto estuda a importância histórica do local e restaura a fachada tardo-barroca do velho Cine Cairo em processo de desapropriação incorporando-a no projeto. A praça das artes está localizada no centro, com isso um grande fluxo de pessoas e sua diversidade cultural se unem a equipamentos diversos e conflitos culturais, assim sendo o projeto se torna um exemplo bem sucedido de como se adequar e incorporar o entorno, onde completa o local e revitaliza o centro, movimentando-o culturalmente diversas horas e dias por semana. O edifício propõe um alívio ao entorno funcionando como passagem, local de estar, espaço para manifestações ou eventos em qualquer hora do dia e principalmente como equipamento cultural. De acordo com os itens citados acima, pode-se concluir que o entorno se relaciona ao máximo com o projeto.

Imagem 48 - Acessos

Praça de convivência A compreensão da natureza do lugar enquanto o espaço resultante de fatores sociopolíticos, na formação da cidade e a identificação dos espaços de tensão na forma de vida do centro resultaram na criação de um equipamento urbano cultural que possui o térreo livre como alívio aos que passam por alí. O arquiteto liberta em um espaço comprimido a vontade de respirar, o Praça de Convivência do projeto, pode ser considerada como a área mais importante do edifício, sendo por sua permeabilidade, relação com a quadra, local para encontros e manifestações, distribuição dos elementos programáticos e principalmente pela junção de todos os elementos que resultam na capacidade reestruturadora do projeto. Imagem 49 - Praça de convivência

Imagem 47 - Implantação

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conclusão

Edifício como catalisador De acordo com os fatos citados pode-se concluir que o edifício se torna catalisador através dos elementos programáticos, ou seja, da forma como foi distribuído e pela importância de sua própria capacidade reestruturadora.

Relação com o Entorno Deverá dar procedência à história local, adequar-se ao entorno e compreender a importância do terreno a sociedade.

Acesso O acesso principal deve ser uma continuidade do espaço urbano sem obstáculos que impeçam o edifício de exercer sua máxima capacidade catalisadora.

Praça de Convivência A Praça distribui os elementos programáticos mais públicos, com isso se une a rua e são separados minuciosamente pelo acesso. O local de convivência é o espaço mais interessante do projeto e deve ser trabalhado de forma que os usuários se sintam responsáveis e parte do ambiente.

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Complexo Tejereba| Guarujá-SP

Imagem 50 – perspectiva projeto

projeto Considerando-se a importância cultural, o projeto traz esse aspecto de suma importância para a concepção formal, que parte da geometria retangular no edifício e formas poligonais no paisagismo, de modo que podem dar continuidade aos traços e gerar diferentes conexões, porém que funcione em conjunto com o terreno plano. A forma possibilita enxergar o edifício, a praça, o mar e a serra de maneira incomum, de diversos pontos estratégicos. Contempla-se no cotidiano a apropriação do espaço não construído como anexo ao lazer cultural e esportivo da vida coletiva.

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Memorial justificativo Conceito do projeto A identidade visual do complexo tem o propósito de captar o aspecto bruto da natureza, com o uso de formas irregulares. Utiliza-se um único acabamento curvo e contínuo na fachada como elemento conectivo com a ideia de imagem das ondas do mar. Os elementos que abrigam vegetação engastados no projeto tem o objetivo de conectar o edifício com a praça e a natureza do entorno. As placas perfuradas na fachada do edifício, fornecem conforto térmico e os furos nas folhas metálicas propõem iluminação natural durante o dia e uma visão externa do edifício iluminada durante a noite. Os elementos com vegetação na fachada e a cobertura foram revestidos com placas de concreto. A estrutura do projeto é composta por concreto com cobertura metálica estruturada por treliças e as rampas e passarelas por perfis metálicos.

Para projetar o complexo foi necessário compreender o espírito do local na praia de enseada, a importância do terreno e seu potencial de passagem, através disso pretendeu-se compreender a ligação da paisagem natural e da topografia com o potencial de passagem e importância da praça Horácio Lafer e do complexo esportivo. Acontecem eventos importantes para a população na Praça Horácio Lafer, pois é um local que abriga projetos culturalmente importantes, com isso se tornou um espaço de que exerce notável influência para a população, portanto o uso da área como local de manifestações, encontros e eventos foi permanecido. IMAGEM 51- encontro anual de fuscas na praça

Fundamentação teórica Texto Vittorio Gregotti – Território e Arquitetura ―revelando a natureza por meio da modificação, medição e utilização da paisagem‖ NESBITT, Kate. Uma nova Agenda para a Arquitetura. 2ª edição. , 2010, p.371 No livro, o autor Vittorio Gregotti está conectado com a pré-existênciada cidade, porém direcionado para a essência do LUGAR, ou seja, o projeto precisa fazer parte do sitio, absorver o espírito do lugar de forma que a construção só possa ser feita onde foi projetada, pois faz parte do conteúdo e junto ao contexto está completa, ele utiliza o termo ―Genius Locci‖ para explicar sua teoria.

IMAGEM 52- caminhada solidária leva milhares de pessoas à praça horaciolafer

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― Tschumi propõe que se veja a arquitetura como uma atividade humana ou como um texto aberto, em termos pós-estruturalistas. Usando o exemplo dos espetáculos e festividades, o autor imagina poder ver o corpo humano no centro das questões do espaço. A experiência do corpo que se move no espaço distingue a arquitetura da arte‖. (NESBITT, 2006, p.183). A questão programática, para Tschumi, está diretamente ligada aos eventos, pois são eles que ativam ou desativam o programa, dando-lhe uma ressignificação a partir disso. Ele afirma que ―o espaço não é simplesmente a projeção tridimensional de uma representação mental, mas é algo que se ouve e no qual se age.‖ (NESBITT, 2006, p.181) Com base no pensamento pós-estruturalista de Nesbitt, foram projetados elementos que podem ser utilizados de diversas formas. Foram pré-definidas algumas áreas como palco para pequenas apresentações, pista de skate, espaço para encontros e playground infantil, com o objetivo de proporcionar um espaço aos corpos que são os ―co-autores‖ da obra, que vivem nos espaços e darão multiplicidades de histórias e funções ao local, pois os elementos no térreo não possuem um significado único e determinado, depende das situações que os usuários podem fornecer a eles. Com base na teoria de Tschumi trata-se grande parte do térreo do projeto com conceitos pós-estruturalistas de Kate-Nesbitt. Intenciona-se a reestruturação do complexo existente e da praça de forma que a edificação futura se torne um conjunto de equipamentos urbanos com âmbito cultural de uso coletivo.

O projeto tem o propósito de permeabilizar a quadra e facilitar o acesso aos equipamentos, com isso criou-se um elemento vazio interno que serve como opção de passagem entre as vias, visando ocupar e prolongar o espaço urbano, através da extensão quase natural da calçada. Pretende-se amenizar a oposição entre o público e o privado, ou seja, as pessoas que transitam pelo entorno devem se sentir a vontade para entrar em contato com o edifício. ―O segredo é dar aos espaços públicos uma forma tal que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles, fazendo com que cada membro da comunidade contribua à sua maneira para um ambiente com o qual possa se relacionar e se identificar. ― HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, 2010, p.45 A praça de convívio interno do projeto e a Praça Horácio Lafer, possuem o objetivo de funcionar como espaço público que pertença aos usuários de forma que eles possam contribuir com o ambiente e criar uma relação que faça o colaborador se identificar, criando assim um bem-estar coletivo. Um edifício de vocação pública como essa reestruturação do espaço, deve conviver com a cidade. A escala, as alturas e implantação tem o objetivo de permitir que a arquitetura, como obra singular, conectese na estrutura da cidade, qualificando-a.

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Longe de ser um monumento e próximo da função de equipamento público onde a cidade se reconhece e estabelece seu modo de utilização. Quando trata-se de arquitetura e cidade, deve-se começar a compreender os espaços de transição como a praça e as vias no entorno O projeto parte dessa questão: conectar o edifício com a cidade, faze-lo funcionar de modo que já fizesse parte antes mesmo de existir. Pode-se concluir que o programa facilita, pois as atividades exercidas são de caráter público, concentrada num único lugar. De outro modo, uma arquitetura que se torne cidade, foi pensada em um edifício feito de ―vias e praças‖, elementos de conexão e de convívio coletivo. A Construção da ideia partiu das condicionantes substanciais, compreender o sitio e o programa criado, dogmatizadas pelos dois maiores espaços de uso: Ginásio e Piscina. O volume predominante indica que o programa deve ser organizado ao seu redor, limitandose ao lote e aproveitando o entorno valorizado. A praça interna é a essência do edifício, em torno dela se articulam, em três níveis, os principais programas não especializados que conduzem a convivência mais pública: Praça de convivência, Atendimento, Lanchonete, Biblioteca, Circo e Brinquedoteca. As rampas e passarelas articulam os espaços e fazem a conexão programática do edifício. O projeto trabalhou os espaços mais interessantes da arquitetura, as áreas não construídas, com o objetivo de conectar os usuários à obra, pois o intuito do projeto é reestruturar, com isso é necessário proporcionar espaços, tratar as áreas não construídas de forma que os usuários se torne autores da obra, vivam e proporcionem estrutura ao lugar.

O projeto conserva predominantemente os espaços pósestruturalistas no térreo, onde a comunidade se encontra, dialoga e intervém de maneira livre e criativa. Mescla-se os usos com objetivo de projetar uma arquitetura que seja utilitária, imaginativa e integrada à realidade. A obra busca alcançar seu valor de arte universal a partir da síntese entre modernidade e cultura do lugar.

imagem 53 – perspectiva do projeto

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Programa De acordo com a pesquisa de necessidades do local e do edifĂ­cio foram selecionados os ambientes a serem projetados. Estima-se suprir as necessidades de um complexo esportivo cultural como programa a seguir.

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Pdf original no site: http://ingrid-pivato.webnode.com/

Ingrid Pivato | RA: 201005402 – tfg arquitetura e urbanismo | 2014


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Desenhos explicativos Conforto térmico Os desenhos representam o estudo da forma da cobertura metálica e o conforto térmico que a mesma pode proporcionar. No desenho também é trabalhada a questão programática das rampas no vão livre e seu potencial de conexão entre os pavimentos. O desenho abaixo representa o estudo do entorno no corte longitudinal

SEMELHANÇA NO GABARITO PREDOMINANTE

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Paisagismo

imagem 54 - Pergolado utilizado no projeto da praça horácio lafer projetado atualmente na praça roosvelt-sp

Imagem 55 – acessos e passagem

Foi proposto alternativas de passagem permeabilizando a quadra, com isso um convite à entrada aos equipamentos. Foram projetados espaços como playground, pista de skate, espaço para apresentações informais, pergolado e um bicicletário. Estima-se que os usuários proponham novos usos.

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conclusão

De acordo com os estudos feitos pode-se concluir que o uso público direcionado ao esporte e cultura revela uma grande capacidade reestruturadora social e urbanística, bem como a importância do equipamento para a sociedade do Guarujá. A intenção de uma arquitetura para todos propôs o entendimento de formas projetuais indispensáveis nesse equipamento, com isso examinou-se estratégias programáticas livres, que são pré-definidas e propostas realmente pelos usuários, indentificou-se assim uma forma de conectar a Praça e o Complexo, onde não poderia desfazer da importância de cada um para a sociedade. A identificação de necessidades propôs a seleção programática e com isso as próprias intenções de uso. A liberdade fornecida pela proposta do trabalho proporcionou a formação de métodos que projetam um edifício para a cidade, forma de fazer uma arquitetura que identifique as necessidades / potencialidades do local e contribua com o usuário e o urbanismo de forma reestruturadora.

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Complexo Tejereba| Guarujá-SP

Imagem 56 – livros e computador

bibliografia

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Referências Bibliográficas ROLNIK, Raquel . O que é cidade. São Paulo, 1988 HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, 2010 TUBINO, Manoel José Gomes. O esporte no Brasil do período colonial aos nossos dias A MODERNIDADE superada: arquitetura, arte e pensamento do século XX. Barcelona: G. Gili, c2001. 220 p. ISBN 8425218950 (broch.) BARDI, Lina Bo; FERRAZ, Marcelo; SANTOS, Cecília Rodrigues dos. Sesc - fábrica da Pompéia. Portugal: Blau, 1996. 1v ISBN 9728311044 NESBITT, Kate (Org.). Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica, 1965-1995. 2. ed. São Paulo: CosacNaify, 2006 - 2014. 661 p. (Face norte) ISBN 9788575035993 (broch.)

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ReferĂŞncias digitais Google maps - https://www.google.com/maps/preview www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.8fc0ff 23d63c442aaacf3010e2308ca0/?vgnextoid=662b7d2 fbae72210VgnVCM1000002e03c80aRCRD https://www.leismunicipais.com.br/codigo-de-obrasguaruja-sp.html www2.sescsp.org.br/sesc/hotsites/arquitetura/site/uni dade.asp?cd=87741 http://elitoarquitetos.com.br/sesc/sesc.html www.archdaily.mx concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concurso-sescfranca-2o-lugar/ www.leismunicipais.com.br/plano-diretor-guarujasp.html 2.bp.blogspot.com/QZKwUF71dn8/Tc7kuwdUNeI/AAAAAAAABWI/ATF25SQG Eik/s1600/img_satelite+ilha.jpg almanarkitapema.blogspot.com.br/2011/05/ilha-desanto-amaro.html www.visiteguaruja.com/historico_cidade_guaruja.php www.guaruja.sp.gov.br/sites/default/files/lei_compleme ntar_no_108.pdf portal.guaruja.sp.gov.br/historia-e-cultura/ arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/bcmfarquitetos-complexo-esportivo-27-06-2008 www.archdaily.com.br/br/01-5642/complexo-esportivode-deodoro-slash-bcmf-arquitetos/5642_5730 portal.guaruja.sp.gov.br/en/history-and-culture/ bcnarq.blogspot.com.br200806poliesportivo-cornellde-llobregat-2006.html imagem-empresarial-socio-ambiental.blogspot.com

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Fonte imagens Nº imagem e fonte 1 Imagem pessoal montada sobre o projeto 2 www.tendere.com.br 3 Google StreetView 4 guarujamix.com 5 clovisheberle.blogspot.com 6 portal.guarujá.sp.gov 7 guarujafatosefotosdanossahistoria.blogspot.com 8 GoogleMaps 9 Mapa pessoal montado sobre GoogleMaps 10 Condephaat 11 GoogleEarth 12 Condephaat 13 Condephaat 14 Condephaat 15 Mapa pessoal montado sobre o plano diretor 16 Plano Direto do Guarujá 17 Mapa pessoal montado sobre o Plano diretor 18 Plano diretor do Guarujá 19 Mapa pessoal montado sobre o Plano diretor 20 Mapa pessoal montado sobre o Plano diretor 21 Google StreetView 22 Google StreetView 23 Google StreetView 24 Mapa pessoal montado sobre GoogleMaps 25 Mapa pessoal montado sobre GoogleMaps 26 concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concursosesc-franca-2o-lugar/ 27 concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concursosesc-franca-2o-lugar/ 28 concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concursosesc-franca-2o-lugar/

29 concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concursosesc-franca-2o-lugar/ 30 concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concursosesc-franca-2o-lugar/ 31 concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concursosesc-franca-2o-lugar/ 32 concursosdeprojeto.org/2013/04/17/concursosesc-franca-2o-lugar/ 33 Livro Sesc - Fábrica da Pompéia 34 Livro Sesc - Fábrica da Pompéia 35 livro Sesc - Fábrica da Pompéia 36 universes-in-universe.org 37 artenalente.com.br 38 www.timeout.com.br 39 fotografia.folha.uol.com.br 40 www.archdaily.com.br 41 www.revistabrasileiros.com.br 42 archdaily.com.br 43 archdaily.com.br 44 www.revistabrasileiros.com.br 45 archdaily.com.br 46 arcoweb.com.br 47 Http://www.brasilarquitetura.com/projetos.php?mn =6&img=01&bg=dwg&mn2=99 48 http://www.archdaily.com.br/br/626025/praca-dasartes-brasil-arquitetura/51228f8fb3fc4b2f650000c2 49 vejasp.abril.com.br 50 Imagem pessoal montada sobre o projeto 51 www.paraiba.com.br 52 portal.guaruja.sp.gov.br 53 Imagem pessoal montada sobre projeto 54 www.borellimerigo.com.br 55 Imagem pessoal montada sobre o projeto 56 coisasdomarco.blogspot.com

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