Revista Prevenção 1ª Edição

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SETEMBRO DE 2016 – Edição I – Ano I

Revista Prevenção

Nossa Revista

Revista trimestral sobre Segurança e Saúde do Trabalho Diretor: Victor de Souza Barbosa Sede: Rua Maria de Freitas Leite, S/N, Bairro: Outra Banda – Maranguape- CE CEP: 61942-150 Fone: (85) 98815-0509 https://www.facebook.com/revistaprevencao E-mail: contatoinova386@gmail.com Editora: Inova Publicações Editoriais Textos: Daniele Silva Rodrigues e Johnnys de Carvalho Colunistas: Salete Romero e Mardônio Andrade Capa, ilustrações e edição de arte: Victor de Souza Barbosa PUBLICIDADE: Viação Penha, CEED cursos, Fred Wash dedetização, Escola Técnica de Maracanaú e A2 Segurança e Saúde no Trabalho. ASSINATURA: Trimestral, de forma gratuita, através da página no Facebook: https://www.facebook.com/revistaprevencao A Revista Prevenção não se responsabiliza por opiniões expostas em artigos assinados, sendo estes de responsabilidade de seus autores. Reprodução de artigos somente com a autorização do editor

É com muita satisfação que a INOVA Publicações Editoriais, lança no mercado a Revista Prevenção. Nossa revista tem periodicidade trimestral, voltada para o mercado de Segurança do trabalho e tem como objetivo informar sobre Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente de Trabalho. Nosso público alvo, são os técnicos de segurança, médicos, enfermeiros, engenheiros de segurança do trabalho, trazendo notícias, entrevistas e reportagens sobre o assunto e suas especialidades. Nossa distribuição ocorrerá em Fortaleza e regiões metropolitanas (Aquiraz, Caucaia, Chorozinho, Eusébio, Guaiuba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba e São Gonçalo do Amarante), Complexo Portuário do Pecém, Sobral, Juazeiro do Norte e toda região do Cariri, chegando ao mercado cearense com foco na troca de experiências sobre o segmento e orientar quanto a diversos assuntos deste segmento.

ENTREVISTAS Os desafios de uma técnica em segurança de trabalho no canteiro de obras - página: 4 A técnica de segurança Laura Pimentel, fala sobre sua carreira e os desafios enfrentados.

Seções

Uma nova gestão e um sorriso pela luta! - página: 12 Rosendo Neto, presidente do Sintest-CE, fala sobre os desafios de estar em frente ao sindicato.

Categoria

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Emprego

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Sérgio Maia - Página: 22 O experiente técnico em segurança, Sérgio Maia, fala à respeito de sua carreira e da responsabilidade de um Tst nas empresas.

Fiscalização

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Inves�mentos

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Fique ligado

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Pensamento Tst’s

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ARTIGOS Não basta ser motorista, tem que saber dirigir com segurança! Página: 8 A palestrante e consultora especializada em Psicologia e segurança, Salete Romero, fala sobre os erros mais comuns dos condutores.

Você sabia?

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Whatsapp

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A importância da segurança no dia a dia

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Medicina do trabalho

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O mercado para estágios de segurança do trabalho Página: 28 Mardônio Andrade, técnico de segurança do trabalho e CEO da empresa A2 Segurança e Saúde no Trabalho, fala sobre o mercado atual para estagiários na área de segurança.

De olho na Segurança

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NR’s atualizadas

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Profissionais proficientes

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Qualidade dos cursos técnicos de SST

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CATEGORIA

A importância do Técnico de Segurança do Trabalho

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profissional Técnico de Segurança no trabalho é o responsável pelo uso dos procedimentos adequados e seguros na hora de executar tarefas e atividades que uma empresa exige. A maior preocupação do profissional é cuidar do trabalhador, sempre alerta para que ele esteja fazendo o bom uso de meios que o permitam trabalhar com segurança dentro do ambiente de trabalho e repassando orientações aos empresários para que trabalhem dentro daquilo que a lei exige, cumprindo Normas e Leis. O responsável pela segurança na empresa sugere, aponta, relata, avalia e investiga os possíveis pontos em que possa ocorrer algum acidente ou prevenir para que o desastre maior não aconteça. O profissional é o elo de ligação entre o trabalhador e empregador quando o assunto é segurança no trabalho, possuindo então um perfil de liderança, sociabilidade, comunicação, iniciativa e ética. O Técnico de Segurança do Trabalho possui grande responsabilidade dentro da empresa pelo fato de seu trabalho estar ligado diretamente ao trabalhador como ser humano. A ineficiência e omissão destes profissionais pode acarretar em acidentes de forma geral, pode deixar o empregador desguarnecido de informações que possam lhe levar ao pagamento de multas quando aplicadas pelos Fiscais do MTPS e ainda trazer consequências drásticas ao próprio profissional TST, no caso com a perda do seu registro que lhe é emitido pelo MTPS.

Algumas das rotinas do Técnico de Segurança do Trabalho Esse profissional acumula algumas funções, desde a administração do setor até o acompanhamento em testes de segurança que ocorrem na empresa. Conheça algumas: 1-Elabora e corrige as normas internas da empresa, a partir da análise de condições da empresa e suas probabilidades de riscos. Além de planejar e programar os serviços de higiene e segurança para erradicar e minimizar os riscos. 2-Administra a área de segurança e proteção da empresa, consultando o estoque de materiais e instrumentos disponíveis para uma futura reposição e racionalização dos iguais. 3-Cria procedimentos de segurança da empresa, além de orientar os subordinados para o cumprimento exemplar do que foi proposto com o intuito de prevenir os riscos. 4-Acompanha as inspeções de segurança dos equipamentos contra incêndio, junto com empresas especializadas. 5-Auxilia junto com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), prestando a devida assessoria a partir da legislação vigente. 6-Orienta, fiscaliza e treina quanto ao uso de equipamentos que garantem a proteção individual que ocorre com acompanhamento e distribuição racional.

Jair Antonino da Silva, Técnico de Segu- Janaina Barros de Oliveira, Técnica de Serança do Trabalho, natural da cidade de gurança do Trabalho, natural da cidade de Maranguape-ce, 31 anos, atuando há 5 Fortaleza-ce, 23 anos, atuando há 1 ano e anos na área da construção civil, atual2 meses na área da construção civil. mente reside na cidade de Tijucas do Sul no Paraná.

Dayane Cristina Vieira dos Santos, Técnica de Segurança do Trabalho, natural da cidade de Fortaleza-ce, 26 anos, atuando há 4 meses na área da aviação no Aeroporto Internacional Pinto Martins. REVISTA PREVENÇÃO

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ENTREVISTA Para você o que é a Segurança do Trabalho? A segurança do trabalho gira em torno de tudo na minha vida. Segurança não é só chamar atenção, é um modo de vida que você precisa incorporar, dar o exemplo. Segurança é orientar, escutar o problema do colaborador, tem que ser psicólogo, orientador, médico e socorrista, além de técnico. Muitas vezes você precisa ouvir o lado do trabalhador, saber a necessidade que ele passa. Depois que você ouve, consegue saber se o equipamento que ele usa é o adequado, se está causando desconforto, se precisa adaptar. Segurança é saber observar o ambiente e criticar para tornar melhor a vida do trabalhador em relação aos riscos em que ele está exposto.

Os desafios de uma Técnica em Segurança do Trabalho no canteiro de obras Laura Pimentel trabalha como Técnica em Segurança do Trabalho desde 2010, de lá pra cá já passou por grandes empresas e hoje faz parte da Construtora Colmeia. Em entrevista ela conta como a profissão mudou nestes seis anos, quem lhe incentivou, além de contar como lida com preconceitos por ser uma mulher em um ambiente denominado masculino, que nem o da construção civil. Os desafios da mulher acontecem em todas as profissões, mesmo em épocas de empoderamento, mas Laura não parece se abalar, construiu sua carreira dentro da área que desejava, sempre buscando se aperfeiçoar e amadurecer de modo que isso reflita no seu trabalho.

Como você começou e se interessou em ser técnica em segurança de trabalho? Antes de trabalhar como técnica em segurança eu trabalhava em um escritório, fazia curso durante a noite e durante o dia eu trabalhava. Tive contato com um amigo que trabalhava como técnico em segurança e achava interessante, conversei com ele e fui procurar mais. Conheci um professor que me ajudou muito, Mardonio Andrade, e através dele fui procurar mais sobre a área, fiz curso de NR10, NR12 e Emergencista, fui me aprofundando e interessando, além de ir atrás do estágio.

O professor Mardônio Andrade, poderia ser considerado seu maior incen�vador? Sim, ele me incentivou bastante. Além do Davi Lopes, um profissional amigo meu, com o qual eu tive o primeiro contato e conhecimento da área. Depois fiz o curso e conheci o Mardônio. Eu fazia o curso, gostava e não levava tão a sério. Um dia o Mardônio conversou comigo e disse que se eu quisesse ter sucesso eu precisava correr atrás porque eu tinha potencial, foi uma sacolejada, a partir daí que levei mais a sério. Os dois foram os que mais incentivaram, O Davi me inspirando e o Mardônio por me encaminhar na profissão. ٤

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Qual sua opinião sobre a área de segurança para a mulher? Hoje em dia o mercado está um pouco mais fácil para a mulher, tem engenheiro que procura profissional do sexo feminino por ser mais criteriosa, apesar de ainda haver muito preconceito dentro da área. Quando eu comecei, essa área ainda era um ambiente muito masculino, eu enfrentava muito problema com trabalhador que não queria receber orientação de mulher, que dizia: “ah, eu não vou ser mandado por mulher”, “ah, não vou fazer isso porque foi uma mulher que disse”. Porque infelizmente nosso público, da construção civil, ainda é um pouco ignorante, no sentido de falta de conhecimento. Muitos ainda tem essa visão de não querer ser mandado por mulher, às vezes por ser uma mulher mais nova, que tem a idade da filha deles ou pelo simples fato de ser uma mulher. No começo eu sentia um preconceito muito grande, levei alguns ‘nãos’, mas hoje posso dizer que a tendência é melhorar, o que não significa que as barreiras ainda não continuem.

Na sua opinião, hoje em dia existem mais oportunidades para mulheres nesse mercado? Ainda existe o preconceito por ser uma área masculina, as direções preferem homens. Já fui para entrevistas de emprego que ouvi “Ah não, gostei de você mas é mulher”. Mas a partir do momento que você busca se qualificar,


LAURA PIMENTEL que mostra o seu diferencial e que a questão de gênero é irrelevante diante da sua qualificação profissional, eu acredito que o mercado vai expandindo.

máquinas e equipamentos, e a partir do momento que é mais cobrado você tem força para que aquilo aconteça porque você sabe que vai ser cobrado do outro lado. Tem empresas que fazem segurança porque é obrigatório por lei e existem empresas que entendem que segurança é um investimento e não um desperdício.

Com quantos trabalhadores você já chegou a lidar dentro do canteiro de obras? Na primeira empresa já cheguei a trabalhar com 300 funcionários, o mesmo número da Colmeia.

Você já sofreu preconceito dentro da área? Já sofri preconceito de trabalhador. Ele estava em determinada situação trabalhando em altura e precisava estar acoplado, usar cinto e fui conversar com ele que disse que não ia me ouvir, porque não ia perder o tempo dele ouvindo uma mulher falando.

E como você contornou a situação? Eu tive o apoio da administração e do mestre (de obra). Eu vi que indo conversar com ele de uma forma legal não deu certo então entrei em contato com o mestre que me ajudou, juntos conversamos com o trabalhador, que foi punido. Aos poucos fui trabalhando com ele que essa questão de segurança tem que ser feita não porque sou mulher e ele homem, mas sim pelo bem dele e consegui contornar a situação. Depois ele foi me ouvindo e consegui ter um bom relacionamento com ele.

Você está na profissão desde 2010, o que mudou de lá para cá? Eu amadureci muito, eu era uma pessoa

difícil de lidar, eu queria que as coisas acontecessem e hoje você vê que existem formas melhores de caminhar, há “o caminho das pedras” como dizem, e quando você amadurece o seu lado profissional amadurece junto. Meu primeiro emprego foi muito difícil, ainda tinha muita gente que não queria trabalhar com mulher. Lembro do primeiro mestre de obras com quem trabalhei, o Mairton, me ajudou muito em relação a isso, sempre me apoiava. De lá pra cá eu fui evoluindo em saber lidar com o trabalhador e fazer a segurança acontecer. As normas também vão evoluindo, hoje em dia existe a NR35, que tem especificação em trabalho na altura e quando acontecia um acidente era mais grave, não existiam equipamentos que hoje existem. Hoje em dia através da NR35 existe talabarte com abs, com elástico, em Y, em I e naquele tempo era só o antigo canarinho com a corda azul, o trabalhador caia e se quebrava todo. Hoje ele possui um sistema de amortecimento, algo que melhora para gente como profissional também, até para o socorro que prestamos para a pessoa. A questão de segurança do trabalho, se renova muito, hoje há uma maior cobrança da NR12, a segurança do trabalho em

Você já sofreu algum �po de assédio dentro do ambiente de trabalho? As vezes tem coisas que você escuta e deixa passar para evitar uma situação e as vezes você responde. O assédio acontece e você tem que saber lidar com ele, infelizmente acontece em todas as áreas e não somente na minha.

Como é sua relação com os trabalhadores? Posso dizer que em 90% é boa, não dá pra ser 100%. Mas tenho um bom relacionamento com os colaboradores, a gente se ajuda. Posso dizer que é determinante na postura que a administração interna tem em relação aos colaboradores. Nossa administração é muito unida, sou muito apoiada, é muito importante na minha área. O técnico em segurança que não tem apoio do engenheiro, do mestre ou dos encarregados não faz nada. Nosso papel é orientar, a gente não pega no martelo e faz, a gente diz o que melhorar, o resto da administração é que faz o negócio rodar. A união e o respaldo que o engenheiro me dá é decisivo no meu trabalho diário, isso torna meu relacionamento melhor com os colaboradores, pois eles nos enxergam unificados.

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ENTREVISTA Essa união é di�cil de acontecer ou também exis�u nas outras empresas em que você trabalhou? Sou uma pessoa um pouco difícil de lidar, mas no modo geral eu tive um bom relacionamento, só não tive com uma engenheira, que era mulher, e tínhamos muito conflito. Como você vê a empresa lidando com o SESMT?

A nossa empresa leva a sério, nos reunimos mensalmente. O SESMT da empresa é formado por mim, além de três técnicos. Nos reunimos e analisamos o que deu certo e errado no mês, o que um fez e pode ser copiado em outra obra, a gente é levado muito a sério em relação as questões de segurança. Trabalhamos com o sistema QuizQuality , que me permite fiscalizar o canteiro sem de PAS (Plano de Ação de Segurança).

Como funciona o PAS? É uma ação para sair do papel. Identifico o problema, faço o registro fotográfico, sugiro uma solução, dou prazo e nomeio um responsável por isso. O PAS vem dando muito certo, graças ao QuizQuality que informatizou as fiscalizações, ele transforma as NRs em um questionário e vou respondendo como forma de facilitar o serviço de fiscalização.

Como é alinhar seu nome ao da Colmeia, que possui décadas de história? Foi ótimo ingressar, me tornar uma ‘abelha’ (nome dado a quem trabalha na empresa), trabalho na Colmeia há 3 anos e cheguei aqui ‘verde’. Era acostumada a trabalhar de uma outra forma, a Colmeia veio para inovar em relação a segurança e a minha carreira. Eu conheci o QuizQuality aqui na Colmeia, até então trabalhava no canteiro com pranchetas e muitas folhas. Eu entrei na Colmeia nesse processo de mudança para o QuizQuality, o que me trouxe um crescimento profissional estrondoso. Na implantação consegui muitos contatos e vários profissionais vieram na empresa para poder conhecer o sistema, que é a tendência para a segu ٦

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rança do trabalho se informatizar, e aliar meu nome com esse time, que foi pioneiro, para mim foi de grande crescimento profissional e muito importante. Eu cheguei na Colmeia e era acostumada a bater de frente com os mestres mas percebi que aqui era um time, todos trabalham em parceria, o que representa um salto para o meu crescimento profissional.

Você já trabalhou em outras empresas do ramo da construção civil como a CHC, Época e MRV, você sempre pensou em estar dentro da área da construção civil para aplicar o seu conhecimento? Eu comecei a procurar vaga na área antes de me formar, nunca quis indústria. Sempre busquei a construção civil, desde quando comecei a realizar pesquisas, busquei saber como funcionava a rotina e também realizava visita técnica.

Mas por que a construção civil e não uma indústria, por exemplo? Há uma grande diferença do técnico da indústria para o da construção civil. O técnico da construção civil sabe caminhar melhor por todos os aspectos da profissão, por ser um ambiente dinâmico, você vê um pouco de tudo. Não que a indústria não seja diversificada, na construção o que rege é o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho) e na indústria o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), mas podemos ver que na obra há uma maior aplicação do conjunto das normas como o trabalho

em altura, máquinas e equipamentos, área de vivência, você vê a norma no seu dia-a-dia de uma forma mais vívida do que na indústria, na minha opinião.

Quais suas metas na profissionais? O que você deseja alcançar que ainda não realizou? Eu iniciei um curso de engenharia de produção, mas pretendo voltar. Quero me especializar em segurança do trabalho e infelizmente em Fortaleza ainda não existe um curso superior de Segurança no trabalho. Para você ser um engenheiro de segurança no trabalho, é preciso fazer uma engenharia para se especializar. Até existe o curso de tecnólogo de Segurança no Trabalho, mas ainda não há credibilidade, vou sempre baixando algum conteúdo pela internet. Você tem que ser desenrolado, saber conversar e questionar, o conhecimento é importante para ter propriedade porque tudo que vem da segurança é questionado, qualquer medida para se tomar é questionada, então você precisa estar por dentro para saber criticar e responder. Então o conhecimento das normas e a forma de tratar as pessoas formam um bom técnico.

Nossa administração é muito unida, sou muito apoiada, é muito importante na minha área. O técnico em segurança que não tem apoio do engenheiro, do mestre ou dos encarregados não faz nada


LAURA PIMENTEL

O que é necessário para ser uma boa técnica? Quando fazemos o curso de segurança, saimos iludidos, costumamos pensar que é tudo lindo, que a lei vai será aplicada a tudo e quando chegamos na obra é como se ‘estourássemos um balão’, você vê a realidade. Para ser um bom técnico é necessário estudar, é importante se atualizar, porque o manual de normas vai sempre se atualizando, por isso desisti de comprar, vou sempre baixando pela internet.

Uma dica aos novos profissionais que pretendem entrar na área O mercado está passando por uma fase complicada devido a crise no país. Mas a dica é não ter medo, mesmo sabendo que existe a possibilidade de levar um ‘não’. Ter consciência da responsabilidade porque muita gente tem a visão de que um técnico de segurança do trabalho não faz nada, fica só na mesa e não é bem assim, temos uma responsabilidade para carregar. Saber andar de mãos dadas com o setor da administração, ter essa parceria com o engenheiro e mestre de obras é um ponto chave.

Jogo Rápido

Mulher na Obra – Um olhar criterioso SESMT – Importante para o bom funcionamento de uma obra de grande porte Massa trabalhadora – A base, todos estamos trabalhando em torno deles. Sindicado do TSTs – Um sonho que pode ser possível tornar realidade Acidente nas Obras – Pode ser evitado Construtora Colmeia – Excelência Fiscalização do MTE – Necessário para a evolução da segurança Selos de qualidade das Construtoras – Cer�ficação do nosso bom trabalho Prevenção – Orientação e treinamento

A partir do momento que você busca se qualificar, que mostra o seu diferencial e que a

questão de gênero é irrelevante diante da sua qualificação profissional, eu acredito que o mercado vai expandindo.

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PAPO RETO

Não basta ser motorista, tem que saber dirigir com segurança! Antes de repetir o clichê de que há uma “indústria de multas”, é preciso se dar conta de que o que a alimenta é de fato, uma oferta muito grande de atitudes inadequadas de condutores.

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esmo conhecendo as regras, quantas vezes já fizemos aquela conversão proibida e não recebemos nenhuma multa? Aquele sinal vermelho ultrapassado perto de casa. Desde que não haja fiscalização e o caminho esteja aparentemente livre, lá vamos nós para mais uma infração invisível.

Antes de repetir o clichê de que há uma “indústria de multas”, é preciso se dar conta de que o que a alimenta é de fato, uma oferta muito grande de atitudes inadequadas de condutores.

Salete Romero

Palestrante, Consultora Especialista em Psicologia e Segurança no Trânsito Autora do Livro: Erros Bem-Intencionados...no Trânsito - O que todo motorista precisa saber!...Mas acredita que já sabe!

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Atitudes essas que, por vários anos (principalmente antes do Código Transito Brasileiro — CTB/1998) muitas vezes não tiveram punição e, dessa forma, contribuíram para um comportamento inadequado e repetitivo, como que se tornando “natural”, quase que cultural em “burlar” as regras. Como uma atitude natural — já fazendo parte de nossa cultura em burlar as regras — porque todos sempre fazem ou sempre fizeram — fica um questionamento quando essa atitude até então “aceita” seja agora repreendida; principalmente dessa forma: multa — autuação — dinheiro. Essas atitudes que nos acostumamos a tomar sem nenhum comprometimento, sem nenhum dano, nem sempre são contempladas com uma punição e, quando são, ela ocorre em razão de uma atitude errada frente a uma regra que está ali por algum motivo. A questão é tão grave que o motorista defensivo ou o pedestre mais consciente de sua fragilidade no trânsito, costuma olhar antes para confirmar se os veículos realmente pararam naquele cruzamento no momento em que o semáforo está vermelho, para então seguirem mesmo na sua preferencial, mas nem sempre com sensação de que estão em segurança. De certa forma, devido à observação desse tipo de desvio em toda parte, nos acostumamos a imaginar que o outro não irá respeitar as regras e por isso, nós acabamos aceitando o errado para nos defendermos de acidentes, muitas vezes abrimos mão de nossa preferencial, para estabelecer segurança em relação ao outro. Esse agora passa à ser o nosso dever!


A engenharia de tráfego, em qualquer lugar do mundo, tem a mesma preocupação quando marca um local com um tipo de sinalização: a fluidez ou a segurança. Estamos falando de pequenas ações, que ao nosso ver, de imediato, nos dão uma impressão que não irão trazer nenhuma consequência... Mas sabemos que transitar em velocidade maior que a permitida, ultrapassar em locais proibidos, deixar de usar o cinto de segurança ou o capacete são atitudes comuns em locais onde sabemos que não há fiscalização e por isso, continuamos fazendo. Isso tudo acontece porque as regras existem, mas não há condição viável de fiscalizar o cumprimento de todas elas. Isso tudo está tão naturalizado em nosso comportamento, que aquele que obedece as regras de trânsito, com efeito, costuma se sentir inadequado, mesmo errado, porque tudo o que enxerga a sua volta são pessoas desrespeitando códigos simples de segurança. Isso vale pra você que ao trafegar em velocidade média, ouve buzinas intermináveis atrás de si e aos jovens que são ridicularizados quando usam o capacete em um domingo à tarde ensolarado junto aos amigos. Há uma espécie de ditadura do erro para a qual não devemos nos curvar. Uma atitude inadequada de um motorista é capaz de promover a repetição do mesmo ato em outros e a coisa vai se alastrando em níveis perigosos. É preciso muita segurança de espírito para saber que está dirigindo da maneira certa, mesmo quando todos lá fora andam descumprindo as regras. Importante perceber aqui, caro leitor, que provavelmente muitas vezes fui influenciada pelo outro condutor quando ouvi uma buzina, ou uma pressão de velocidade do veículo que está atrás de mim, ou quando parada no congestionamento vi outro condutor indo pelo acostamento. Ora, se eu já fui influenciada por outros condutores a fazer o que sei que não era o correto ( já que sou habilitada e conheço as regras de segurança no trânsito) significa então que uma atitude inadequada minha pode influenciar a atitude do outro em fazer coisas inadequadas ou inseguras. E necessitamos prestar atenção nisso e não nos deixar levar pela pressão que outros condutores fazem quando estão junto à nós, pois, caso ocorra um acidente comigo em função de me deixar levar por esta pressão, o mais provável é que este outro não assuma a sua responsabilidade.


EMPREGO

A crise nos grandes pólos industriais do Ceará

A região metropolitana sofre com a falta de oportunidades de trabalho Em entrevista à revista Prevenção, os encarregados do Sine-Idt de Maranguape, Amanda Nojoza e José Maria falam sobre a crise e as consequências no mercado de trabalho, comentam sobre como a crise tem afetado o nosso país, a forma que tem atingido a empregabilidade na região metropolitana de Fortaleza e nos dão dicas de quais são as melhores maneiras para os candidatos se capacitarem para conquistar uma vaga, o perfil profissional que as empresas tem buscado e muito mais. A crise econômica no país tem afetado diversos setores, em alguns foram reduzidas as ofertas de emprego e segundo Amanda Nojoza, houve redução na área de calçados, “No momento as empresas não estão contratando, fazem até seleção, mas infelizmente fui informada que não teremos contratação ainda nesse mês de Agosto”. Também nos informou que uma empresa, ligada ao setor vestuário, que fica localizada no Maracanaú, também solicita a parceria do Sine Maranguape para as contratações, “Foram feitas várias seleções, em torno de umas cinquenta pessoas, mas entrei em contato para saber se estavam precisando de mais funcionários e me deparei com um quadro muito ruim, sendo informada que a empresa estava trabalhando com banco de horas, quer dizer, que ontem a empresa não funcionou, somente para o pessoal do Recursos Humanos” Diante desta crise, ultimamente as empresas estão solicitando colaboradores, fazendo entrevistas, mas as contratações acabam não acontecendo.

SINE-IDT registra aumento na procura de empregos e redução na oferta de vagas

Empresas de diversos setores procuram o Sine para contrações. “No caso de uma empresa do setor vestuário, viram uma demanda muito boa, só que de uma hora pra outra foi cancelada, teve processo seletivo, mas não houve contratação” Mesmo diante desta crise, existem setores que apresentam melhorias. Amanda informa que as melhores oportunidades tem ocorrido na área da construção civil, “Estamos trabalhando com uma empresa de engenharia, aqui de Maranguape, ela está realizando uma obra em Fortaleza, no bairro Jacarecanga e só solicitou funcionários que residem em Maranguape. Pela obra ser em Fortaleza, poderiam ter selecionado pessoas de lá para sair um custo menor, mas não, uma das exigências é a moradia aqui, o que achamos muito bom, inclusive, na quarta- feira passada tivemos uma seleção com mais de cinquenta homens, para as funções de auxiliar de carpinteiro, carpinteiro, ferreiro, auxiliar de ferreiro e servente”. A região metropolitana é composta por 14 municípios (Caucaia, Maranguape, Pacatuba, Aquiraz, Maracanaú, Eusébio, Itaitinga, Guaiuba, Chorozinho, Pacajus, Horizonte, São Gonçalo do Amarante, Pindoretama e Cascável) e questionamos

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em qual desses municípios estariam sendo gerados um maior número de novos postos de trabalho. Segundo o Sr. José Maria, o município de Maracanaú tem sido o que mais oferece vagas, mas não por ter aumentado o fluxo e sim devido ser um polo industrial. Porém empresas de grande porte não tem realizado contratações. Neste atual momento, nenhum município da região metropolitana tem se destacado à nível de empregabilidade. “Ano passado tivemos um ano muito bom, em que conseguimos atingir todas as metas mas esse ano tem sido difícil”. Já Amanda Nojoza afirma que “Neste ano, a única meta que conseguimos atingir foi a do mês de Junho, que por sinal era uma meta baixa”. No caso dos técnicos de segurança do trabalho, questionamos se o mercado também está em queda para esse tipo de profissional e fomos informados que apenas uma empresa solicitou a contratação ao Sine de Maranguape. “Surgiu a vaga em uma empresa de eletrodomésticos, mas o processo não foi concluído junto ao Sine”.


Devido ao desemprego, uma das dúvidas mais frequentes é sobre qual perfil profissional as empresas tem buscado. O Sr. José Maria informa que “No momento atual tem sido para trabalho em produção e costureiras, pois na região existem muitas facções”. Mesmo Maranguape sendo uma das dez maiores economias do estado, por conta do atual momento, as vagas tiveram redução. Quando tratamos de idade, para as contratações que estão sendo realizadas, a faixa etária varia de vinte e dois à cinquenta anos. “No momento o maior interesse tem sido o Jovem-aprendiz, eles estão sendo contratados mais, porque não tem grande custo, quem paga é o estado e a demanda está muito grande também”. Afirma Amanda Nojosa. Todo o trabalhador precisa de dicas para buscar sua vaga, inclusive os Técnicos de Segurança do trabalho, o Sine informa que a qualificação sempre trará melhores oportunidades para os candidatos. Sabemos que um dos direitos do trabalhador é o seguro-desemprego e o Sine é um dos locais onde o trabalhador pode buscar o seu benefício, porém houve uma queda no recebimento este ano. O Sr. José Maria afirma que “Teve uma queda, atendíamos na faixa de trinta à trinta e cinco por dia e haviam dias em que as pessoas tinham que ir embora e voltar depois porque não conseguíamos atender, mas agora mesmo não está aparecendo.” Os encarregados do Sine - idt lembram que existe a questão do desemprego e também as alterações que ocorreram para receber o seguro, pois houve um aumento no tempo de serviço prestado para o recebimento. Amanda também informa, que nos últimos três meses percebe-se uma pequena melhoria no número de vagas em comparação ao início deste ano, mas nada comparado ao ano passado. “Antes aqui era lotado, estávamos ofertando muitas vagas, hoje pela manhã estava lotado, mas devido terem espalhado um boato de que tinham muitas vagas. Realmente houveram muitas, nessa parte da construção civil, houve um aumento, mas ao mesmo tempo uma grande queda tam-

bém e agora que está começando a melhorar, porque é muita gente procurando nessa área, coisa que pra gente conseguir um servente, era difícil, há um, dois anos atrás. Hoje em dia não. Eu acho que tenho um envelope que deve estar chegando aos cem somente com currículos de servente, com diversas qualificações, pessoas que nem se enquadram no perfil da vaga. Até mesmo carpinteiros, pedreiros, não ficavam desempregados de jeito nenhum, não precisavam colocar currículo em nenhum lugar. Como a gente costuma dizer, costureira também não fica desempregada, tem facção em todo o canto, mas ultimamente não tem sido assim”. Os responsáveis pelo SINE dão dicas para os candidatos conseguirem seus empregos: “Escolaridade influencia muito, principalmente para os deficientes. Muitos deficientes não tem muita qualificação, não tem escolaridade e acham que devido ser uma obrigatoriedade da empresa, elas necessitam deles e acabam se acomodando por isso. Mas é necessária a qualificação, tem empresas, como o Senai, que irá abrir uma sede em Maranguape, que estava precisando de uma pessoa para o administrativo, deficiente e foi uma luta para encontrar, por que não tinha qualificação, muitas vezes existe a vaga, mas a pessoa não está no perfil. Fizemos uma seleção com três pessoas, para uma empresa no Maracanaú e não conseguimos preencher a vaga por falta de qualificação, muitas vezes os candidatos não tem estudo, estudando até a 5ª ou 6ª série, sendo que seria necessário ter no mínimo o primeiro grau completo, para eles que são homologados.”

A cobrança de experiência que é um dos requisitos que a maioria dos candidatos reclama, persiste “Existe a cobrança de experiência, inclusive tivemos uma empresa que solicitou que o candidato deveria ter no mínimo três anos de experiência em determinadas empresas. Exigindo também a quantidade de filhos, idade, estado civil. As empresas estão visando a questão dos custos a mais, e no caso ter a qualificação e o tempo de serviço é muito bom, já pra não ser necessário ensinar a função” O Sine IDT utiliza os seguintes serviços para a divulgação das vagas existentes: “Divulgamos através de E-mails, rádio, nesse caso a rádio local Maranguape, com carro de som (Pedrinho do som). O site não costumamos usar muito. O Sine IDT trabalha com o MTE, que divulga as vagas, mas nós aqui dessa unidade, não temos muito contato com e-mail, divulgamos mais pelo boca a boca”. Informa Amanda. O trabalhador pode consultar a vaga em casa, pela internet, e em seguida se encaminhar ao Sine, solicitar a cartinha caso se enquadre na vaga oferecida e ir até a empresa. O site para consulta é o http:// www.sineidt.org.br/Principal.aspx. O Sine de Maranguape funciona de Segunda à Sexta, das 08:00 às 17:00 horas. E em caso de dúvidas, entrar em contato pelo número (85) 3341-5958.

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ENTREVISTA

Uma nova gestão e um sorriso pela luta O Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho do Ceará (SINTEST) passa por mudanças desde que a nova gestão assumiu seu papel. Rosendo Neto assumiu a presidência em Abril de 2015 e em entrevista para a Revista Prevenção afirma buscar mudanças para melhorias na área da segurança de trabalho. Além de acréscimos na comunicação do sindicato, para que os profissionais possam ser ouvidos, o presidente marca sua gestão com a desfiliação da Federação dos Trabalhadores Empregados e Empregadas no Comércio e Serviços do Estado do Ceará (Fetrace), para se filiar a Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest), buscando que a categoria tenha seu valor dentro do segmento da Federação que lhe pertence. O presidente também falou um pouco sobre a sua história e de oposições que ainda rondam sua gestão.

É verdade que o SINTEST é o sindicato mais an�go do Brasil neste segmento?

Hoje o Ceará tem aproximadamente vinte mil profissionais. Como o sindicato pretende conseguir mais filiações e respeito da categoria? O nosso sindicato, Sindicato dos Técnicos em Segurança de Trabalho do Ceará (SINTEST), foi o primeiro sindicato de técnicos em segurança do trabalho no Brasil, o percursor. A federação e outros sindicatos foram fundados cinco anos após nossa fundação.

O SINTEST tem sede própria? Funciona em que horário? O SINTEST hoje tem sede própria, na rua Barão do Rio Branco, número 1.071, no Edifício Lobras, sala 713, funcionando de Segunda à Sexta de 13 às 18 horas, com atendimento em geral.

Com a nova diretoria do sindicato, assumida há pouco mais de um ano, nós estamos funcionando em todos os setores que o sindicato se propõe, para chamar todos os técnicos de segurança. Existe visita às escolas, trabalho de contato em palestras, eventos e principalmente o convite para o técnico participar das discussões. Isso tudo para os profissionais tomarem posse do que é deles, pois o Sindicato não é da direção e sim dos técnicos. Na verdade o Sindicato não é formado de paredes e sim de pessoas.

Por que o técnico deve ser afiliado ao sindicato? O SINTEST na nossa administração, está abrindo as portas novamente para o Técnico em Segurança. A importância da filiação é o fortalecimento da categoria. As discussões tem aumentado, à fim de que possamos avançar nas conquistas pela categoria de Técnicos.

Você é formado e sindicalizado há quantos anos? Sou formado há 10 anos e sindicalizado há 7 anos.

Quantos associados existem hoje no SINTEST? Hoje possuímos 500 associados.

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“O Sindicato não é da direção e sim dos técnicos.

Na verdade o Sindicato não é formado de paredes e sim de pessoas.


ROSENDO NETO Nesse primeiro ano de direção, houveram algumas mudanças. Percebe-se uma abertura para que os profissionais possam par�cipar ainda mais do sindicato, como se deu essa decisão? Quando assumimos o sindicato, vimos que questões administrativas não estavam atualizadas, como registro na Receita Federal e outras coisas. Nosso primeiro deslumbrar foi organizar administrativamente o sindicato, organizamos o registro da diretoria, atualização de endereço no site do MTE, Receita Federal, formalização na aquisição de funcionários para o Sindicato e vimos que o atendimento era muito importante. Quando assumimos havia muita reclamação da gestão passada, que as portas do sindicato estavam fechadas, telefone não atendia e o site era inoperante. Então fizemos um trabalho em cima desses fatores que estavam deficientes. O site foi uma ferramenta muito importante, hoje ele possui mais de 41 mil acessos e todos os passos que o sindicato dá são registrados lá. Tudo muito claro para que o técnico entenda. Outra coisa muito importante foi designar a secretária para que ela não deixe de responder e-mails, cobrando as respostas das perguntas que foram repassadas para a diretoria e presidente, assim as pessoas não ficam mais sem respostas das suas demandas.

Houve também uma abertura de novos canais de comunicação, como as redes sociais e o próprio site, qual a importância de elementos assim para o bom andamento da organização? Hoje no mundo digital é muito importante para a imagem de uma empresa ou pessoa, que suas mídias sociais sejam atualizadas e principalmente tra-

tratando tudo com respeito. Pedimos que nossas mídias sociais sejam respondidas, haja interação, porque quem está do outro lado precisa ser respondido. Hoje vemos que é importante para qualquer avanço e mobilização a alimentação dessas mídias, ainda tem a vantagem de ser mais barata e muitas vezes gratuita. O alcance é importante em virtude que o sindicato não tem recurso para outras mídias mais caras.

O que você considera como maior avanço na sua gestão? Quando assumimos pensávamos em algo menor, a intenção era organizar e fazer funcionar, mas fomos avançando. O maior avanço aconteceu no dia 25 de Junho, pois o sindicato que historicamente estava filiado à Federação dos Trabalhadores Empregados e Empregadas no Comércio e Serviço do Estado do Ceará (Fetrace), uma federação que não se relaciona com nossa categoria, enquanto todos os sindicatos da categoria no Brasil estavam filiados à Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest) e por desejo da categoria conseguimos fazer essa assembleia para o processo de filiação ao Fenatest.

Por que essa filiação é importante? A Federação do comércio tem seu valor de luta para o comerciário, não atende a especificidade da nossa categoria. E se filiar ao Fenatest é importante porque estamos nos filiando a quem entende o que precisamos para crescer no nosso ambiente de trabalho. Hoje estamos em um lugar que conhece as especificidades da nossa profissão e podemos avançar nas questões mais importantes para o desenvolvimento da categoria nacionalmente.

Quais outros temas foram abordados nessa assembleia que ocorreu dia 25? A assembleia foi específica da desfiliação do Fetrace para a filiação ao Fenatest. Foi um momento histórico para o sindicato no Estado do Ceará, com a participação de aproximadamente cem trabalhadores, além da presença de sete sindicatos de outros estados nos apoiando e discutindo a importância do fortalecimento da nossa federação, para o crescimento da nossa categoria, deslumbrando o futuro, principalmente dos técnicos em segurança do trabalho. categoria.

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ENTREVISTA Quem hoje é seu maior parceiro na gestão?

Quais as maiores dificuldades em estar a frente do sindicato?

É importante citar que o maior apoiador da nossa gestão é o técnico em segurança, de certa forma ele vinha desprestigiado pelo sindicato, pois era um local que teria que lhe representar e ele encontrava um vácuo. Hoje ele encontra na nossa gestão alguém que os escute, alguém que abre as portas para ouvi-los, então são nossos maiores apoiadores. Claro que temos pessoas importantes aqui na diretoria como a Marlize que é nossa secretária, Maciel que é um diretor ativo, além de outros diretores como o Reginaldo, Júlio Cesar, Aquileu, todos da diretoria para não esquecer ninguém e profissionais que trabalham em suas empresas mas não deixam de estar aqui. A diretoria é vasta e aqueles que não apoiavam estão entendendo que queremos renovar e fazer com que o sindicato funcione para a categoria.

A luta é que a contribuição Sindical seja repassada para o nosso sindicato, porque muitas vezes a contribuição da categoria é repassada para outro, pelo fato de estarmos atuando em várias áreas, e isso enfraquece a nossa luta. Precisamos pagar água, luz, internet e outras despesas. Mas não são essas dificuldades que nos fazem baixar a cabeça. Estamos lutando para o aumento de arrecadação, que já cresceu 40%, mas ainda há um campo grande para ser trabalhado e estamos fazendo isso. Os desafios são grandes, mas há vontade de informar para categoria sobre elas e aceitar a ajuda, pois o sindicato está aberto.

Você é professor na área, qual a diferença dos dois cargos para a sua vida pessoal? E como ser professor ajuda em presidir o sindicato? Ser professor foi onde nasceu tudo, eu estava em sala de aula e os alunos perguntavam sobre o Sindicato e às vezes eu não tinha o que dizer, não tinha como me informar, ia na sede e estava fechada. Então eu buscava muito pois sou inquieto e necessito saber o que está errado, caminhei até conseguir a confiança e ser presidente. Não há diferença, temos que estar preparados para mediar conflitos em todas as profissões. É como se um fosse a evolução do outro, o aluno que está em sala de aula vai ser o técnico de segurança e você deve estar preparado em qualquer instituição para mediar os conflitos que existem. Esses conflitos, que podem ser chamados de interesses e ideias, existem para serem levados para o bem comum da categoria.

Então foi na sala de aula que nasceu a vontade de ser o presidente do Sindicato? Não foi algo pensado, foi uma construção, aconteceu com o tempo. Eu vinha para cá, participava de reuniões, fiquei três anos como diretor, aprendendo. E a gestão passada me perguntou se tinha interesse em ser presidente e confirmei. Lancei meu nome com chapa única e fui escolhido por aclamação. ١٤

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Você reforça não ser um “Sindicalista Profissional”, como isso ajuda na sua gestão e andamento do seu cargo? Eu não militava na vida sindical, possuo experiência no bairro que nasci, Pirambu. Tinha uma grande influência na área social, com experiência tanta na área social, como na cristã. Me deparei com uma nova realidade no sindicato e você precisa ser humilde para dizer que não possui experiência, mas que tem vontade de fazer. Na verdade, estamos cercados de pessoas que tem experiência e irão nos ajudar. Quando estamos em uma presidência somos um motivador da equipe, aquele que coloca a máquina para rodar. Essa definição de inexperiência me traz uma curiosidade para cada dia conhecer mais.

Qual o maior desafio da sua gestão? Tentar avançar na credibilidade com a categoria. Recebemos o sindicato com uma categoria que não acreditava na gente, porque encontrava dificuldades, com portas fechadas, sem comunicação e hoje nosso maior desafio é mostrar que quem está aqui é outra gestão, uma outra diretoria que está buscando fazer coisas para a categoria. Hoje o sindicato funciona com funcionários, contas atualizadas no contador, uma assessoria jurídica com o Doutor Hugo Vitor, que atende toda Terça-feira de 13 às 18 horas. Conseguimos afiliar o sindicato ao Fenatest e estamos pensando nas convenções coletivas das categorias para o segundo semestre. das categorias para o segundo semestre.

Quanto, em média, ganha um profissional da área? O sindicato vê a possibilidade de um piso salarial? Hoje nós temos uma situação muito difícil, alguns profissionais ganham um salário mínimo e outros ganham até seis salários. Para o sindicato tratar isso é muito complicado, o objetivo para o segundo semestre é fazer a proposta das convenções coletivas, visto que a categoria ainda não possui um piso salarial. Essa possibilidade nasce da união da categoria. Para aprovar piso salarial precisa juntar todo o Brasil, precisamos de votação, da política, dos deputados, ter uma base para isso. Temos um caminho árduo pela frente. Hoje os acordos e convenções coletivas são os remédios enquanto essa luta não sai. Estamos engrossando essa luta à fim de passarmos para a Federação.

Qual a definição de Convenção Cole�va e Acordo cole�vo? Acordo coletivo é quando você fecha uma proposta de salário e benefícios para a categoria com uma empresa. A convenção coletiva é quando você fecha esse mesmo acordo de salário, que possui seus valores por lei, quando são assinados e homologados, com outro sindicato, chamado de sindicato patronal.


Qual o principal foco da sua gestão, hoje, visando o sindicato? O salário é um grande desafio de todo sindicato, que nasce para lutar pela categoria e melhorar suas condições e essas condições passam pela luta salarial. No segundo semestre e até o final de nossa gestão, em 2018, duas coisas tem um foco importante, que são a luta pelo conselho de classe que está caminhando bem em Brasília, estamos visitando os deputados federais, engrossando a voz e a questão do salário como as convenções coletivas. Visto que a questão salarial é de essencial importância para a manutenção da categoria. Você fica na categoria quando ganha bem, caso não ganhem as pessoas migram para outras.

Quais as intenções para uma maior valorização do profissional? Valorizamos a categoria desde que abrimos as portas do sindicato, estamos chamando a responsabilidade para as lutas da categoria. Quando a sociedade civil, as empresas e os órgãos começarem a ver o sindicato como algo forte, que representa a categoria, poderemos avançar cada vez mais para defender o Técnico em Segurança, das questões básicas até as mais complicadas, principalmente com apoio jurídico e luta por benefícios,

por defesa e possíveis assédios na empresa. Hoje tem empresa que contrata o técnico e não o deixa executar seu trabalho. Com essa credibilidade que buscamos alcançar, nós iremos conseguir defender esses direitos que são essenciais para a categoria.

Qual a atuação hoje do Marvão? Hoje ele atua como diretor financeiro.

Ele como ex-presidente ajuda e apoia a nova diretoria? Hoje ele é uma oposição. Na assembleia (do dia 25 de Junho) ele foi contra, mas estamos abertos para ouvir críticas e ter uma convivência harmônica com a oposição. Isso não vai nos intimidar a defender os técnicos em segurança, todos os sócios, os que não são sócios, alunos, não importa. Nós iremos fazer o trabalho para todos da profissão.

Quais os planos para os próximos anos e o que você pretende disponibilizar para os associados até o fim da gestão? Uma das principais metas é colocar o sindicato no lugar que ele merece, um lugar de destaque. No próximo ano queremos uma maior representatividade dentro da categoria. Essa representatividade é importante, se o sindicato representar os trabalhadores, as outras coisas ele ganhará, virá com o tempo.

ROSENDO NETO

Recebemos o sindicato com uma categoria que não acreditava na gente

porque encontrava dificuldades, com portas fechadas, sem comunicação

e hoje nosso maior desafio é mostrar para a categoria que quem está aqui é outra gestão, uma outra diretoria

que está buscando fazer coisas para a categoria.

Jogo Rápido O presidente Neto: Cara obstinado O professor Neto: Sonhador O SINTEST: Instituição importante A Marliza: Nossa secretária, fundamental Maciel: Braço direito A Diretoria Gestão 2015/2018: União A categoria TST: O sentido de tudo Segurança do trabalho: Essencial O Futuro do Sindicato: Representação da categoria

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FISCALIZAÇÃO

MTE multa Rio 2016 em R$315mil por empregados sem CLT na Vila Olímpica mete erros que não tornam mais possível a relação trabalhista com a empresa, como por exemplo, condutas desonestas, fraude, furto, violação de segredos da empresa, Desídia (repe�ção de faltas), embriaguez no expediente, entre outros. 6-FÉRIAS REMUNERADAS Após um ano de trabalho, os empregados tem direito a 30 dias de férias remuneradas, no valor da remuneração mensal, aditada do adicional de 1/3. O pagamento deve ser realizado até dois dias antes do início das férias. 7-AVISO PRÉVIO É o comunicado da rescisão de contrato de Auditores do Ministério Público do Trabalho e Emprego, em vistoria na vila olímpica. trabalho. No momento em que o empregador ou trabalhador desejar rescindir o contrato de trabalho, deverá no�ficar a outra O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) DIREITOS QUE TODO fiscalizou em Julho, dia 27, as obras da TRABALHADOR DEVE SABER parte. Caso o empregado peça demissão e não cumpra o aviso de 30 dias, o empregador Vila Olímpica e constatou a existência de tem o direito de descontar o salário corresfuncionários sem carteira de trabalho aspondente ao aviso das contas. Quando o tra1-VALE TRANSPORTE sinada, contratos temporários e carga ho- Bene�cio que o empregador deve fornecer balhador é demi�do, o período do aviso prérária exaustiva. O valor da multa aplicada ao trabalhador para o seu deslocamento ao vio deverá ser indenizado pelo empregador. é de aproximadamente R$500 por funcio- trabalho e do trabalho para a sua residência. Conforme lei 7.418 de Dezembro de 1985. Não nário, somando um valor de R$315 mil. Folha do ponto mostra carga horária abusiva, faz parte da remuneração e não tem natureza conforme Ministério público A fiscalização, realizada através da Su- salarial. É permi�do pela lei que o emprega(Foto: Matheus Rodrigues -G1) perintendência Regional do Trabalho, dor efetue desconto salarial de até 6% (seis nas obras dos apartamentos que pas- por cento) do salário básico do empregado.

sam por reformas, aconteceu pela manhã do dia 27 e encontrou cerca de 630 empregados sem qualquer tipo de contrato ou carteira assinada e com regime de trabalho que chegava a 23 horas. Foram encontradas, pelo MTE, folhas de ponto que marcavam horade entrada às 7 horas e saída às 6 horas e informações como “não dobrei”. Além das irregularidades apresentadas, o comitê também será autuado por embaraço fiscal devido não ter entregue documentos que comprovem a contratação dos funcionários, objetos solicitados diretamente no escritório do comitê no dia da fiscalização. O Comitê diz que “a atuação do Ministério Público sem a análise dos documentos descumpre um acordo firmado com a Rio 2016” e que a documentação será apresentada. Apesar da autuação, os trabalhadores continuaram trabalhando por não haver grave e iminente risco na situação de trabalho. ١٦

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2-CARTEIRA ASSINADA Direito dos trabalhadores em geral, rurais, urbanos e domés�cos. É o documento que registra a vida profissional do funcionário. Ficando registradas informações que garantem direitos como seguro-desemprego, aposentadoria e o FGTS (Fundo de Garan�a por Tempo de Serviço). 3-VALE ALIMENTAÇÃO É um auxílio fornecido pela empresa aos seus funcionários, serve para a alimentaação, compras em supermercados, padarias e etc. Não é obrigatorio para as empresas, sendo faculta�vo o pagamento deste bene�cio. Conforme a CLT, o pagamento do vale alimentação não deve ultrapassar 20% do salário do empregado. 4-HORA EXTRA É o período em que o trabalhador excede a jornada habitual que consta em seu contrato de trabalho. Ela pode ocorrer antes do início do expediente, no intervalo, após o expediente ou em dias que não constam no contrato (Sábado, Domingo e feriados). 5-DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA Acontece quando o empregado

co

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INVESTIMENTOS

Inves�mentos em saúde e segurança no trabalho dão retorno posi�vo às empresas Pesquisa do SESI mostra que, na visão de 76,4% dos gestores, importância dada pela indústria brasileira ao tema crescerá nos próximos cinco anos. Para 13,2%, esta atenção deverá aumentar significativamente investimentos em saúde e segurança no trabalho.

P

esquisa inédita do Serviço Social da Indústria (SESI) com 500(quinhentas) médias e grandes empresas mostra que, para 48% delas, ações para aumentar a segurança no ambiente laboral e promover a saúde de trabalhadores reduzem as faltas ao trabalho. Para 43,6%, esses programas aumentam a produtividade no chão de fábrica e 34,8% apontam que essas ações reduzem custos. Por esses motivos, as empresas dão grande importância ao tema. No levantamento, realizado entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016, 71,6% das indústrias afirmaram dar alta atenção à saúde e segurança dos trabalhadores.

Além disso, na visão de 76,4% dos entrevistados, o grau de atenção da indústria brasileira ao tema deve aumentar nos próximos cinco anos – para 13,2%. A pesquisa mostra ainda que a alta importância dada ao tema está relacionada, sobretudo, à preocupação com o bem-estar do trabalhador, a maior conscientização das empresas e à prevenção de acidentes de trabalho. De acordo com o diretor de Operações do SESI, Marcos Tadeu de Siqueira, essa importância dada pelas empresas ao tema se reflete na redução dos acidentes e doenças do trabalho no Brasil. Dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, apontam que o número de acidentes de trabalho por grupo de 100 mil trabalhadores caiu mais de 17% entre 2007 e 2013 – de 1.378, em 2007, para 1.142, em 2013. “Os acidentes e doenças trazem grande variedade de despesas, desde custos médicos e indenizações aos trabalhadores, famílias até perda de produtividade e desgaste da imagem das empresas”. ١٨

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Promoção da Saúde A pesquisa mostra ainda que 60% das empresas dão grande importância a programas de promoção da saúde de trabalhadores, que vão além do cumprimento de requisitos legais. Entre as principais ações estão a gestão dos afastamentos por doenças, executada por 87,8% das indústrias, e o monitoramento de aspectos ergonômicos no ambiente de trabalho, feito por 84% dos empreendimentos. Exemplo de empresa que vai além das exigências legais quando o assunto é saúde e segurança no trabalho é a Coteminas, do setor têxtil. Nas unidades de João Pessoa e Campina Grande, com cerca de 4 mil funcionários, realiza desde 2009 diagnósticos para mapear as necessidades dos trabalhadores e planeja ações juntamente com o SESI para combater os principais problemas de saúde dos funcionários. Na primeira pesquisa, a indústria identificou mais fortemente problemas de obesidade, sedentarismo e uso de drogas. A partir daí, a Coteminas passou a desenvolver projeto de reeducação alimentar de trabalhadores e dependentes e reavaliou o próprio cardápio de refeições servidas nas fábricas com ajuda de nutricionistas. “Envolvemos a família nesse projeto porque muitas vezes as esposas são quem fazem a comida dos funcionários”, explica o gerente de Recursos Humanos e Gestão da Qualidade da empresa, Iran Cosme. Além disso, a empresa passou a intensificar campanhas de estímulo à prática esportiva e combate ao uso de drogas. “Hoje, as incidências de uso de cigarro e álcool entre os funcionários são mínimas e passamos agora a dar mais suporte aos familiares”, conta Cosme. Essas iniciativas contribuíram para a elevação do bem-estar e melhoria da saúde dos trabalhadores. “Além da melhoria do ambiente de trabalho, com essas ações conseguimos reter talentos”, comemora.


Retorno Financeiro Outro exemplo de empresa que valoriza a saúde e segurança no trabalho é a fabricante de equipamentos Voith Hydro, de São Paulo, com cerca de 2 mil funcionários. Desde 2007, os líderes são capacitados em gestão da segurança no trabalho,supervisionam e orientam os trabalhadores para questões como uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e procedimentos de risco. “Por questões legais, muitas empresas têm especialistas em saúde e segurança no trabalho e a tendência é dos gestores passarem a responsabilidade total sobre a segurança dos trabalhadores a esses profissionais. Isso é pouco efetivo para empresas que buscam resultados nessa área”, destaca o gerente de Qualidade,Saúde e Segurança da Voith,MauroPires. Segundo ele, os chefes imediatos têm influência no comportamento dos trabalhadores e em considerar esses aspectos em avaliações de desempenho, por exemplo. Na Voith, aspectos de segurança dos trabalhadores são considerados no Programa de Participação nos lucros e resultados (PLR) “Essa valorização do tema

provoca, inclusive, cobranças de uso de EPIs entre os próprios funcionários”, diz Pires. Em praticamente dez anos, a taxa de frequência de acidentes na empresa caiu de 25 para 2, por mil horas trabalhadas, dentro dos padrões mundiais de segurança. Em algumas unidades, não há mais registros de acidentes. “Isso contribuiu para que reduzíssemos, em algumas fábricas, o Fator Acidentário de Prevenção (FAT), de 3% sobre a folha de pagamento, para 1,8%, uma excelente economia”, declara Pires.

Principais Desafios Além do setor de máquinas e equipamentos, outros setores industriais considerados no levantamento do SESI foram construção, instalação e manutenção, indústria metalúrgica, indústria alimentícia, vestuário, embalagens e plásticos, têxtil, papel e celulose, calçados, energia, madeireiro, bebidas, entre outros.

Na visão das empresas, os aspectos da área de saúde e segurança que mais prejudicam a produtividade dos trabalhadores são acidentes e estresse no trabalho seguidos de doenças crônicas não-transmissí- veis, como problemas osteomusculares, pressão alta e diabetes.

SERVIÇOS O SESI oferece soluções em saúde e segurança no trabalho e promoção da saúde adequadas à cada realidade empresarial. São serviços de consultoria que visam reduzir os custos das empresas, melhorar a saúde e o bem-estar de trabalhadores e aumentar a produtividade nas indústrias. Recentemente a instituição lançou o Programa SESI de Gestão do Absenteísmo em 15 estados. A iniciativa envolve desde diagnóstico para entender as causas de afastamentos do trabalho à propostas de soluções, como criação e mudanças em políticas de SST da empresa e melhor gerenciamento de exigências legais para evitar custos adicionais com, por exemplo, o Fator Acidentário de Prevenção (FAP).

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FIQUE LIGADO

SESI é referência em serviços de saúde e segurança do trabalho

Instituição foi apontada espontaneamente por 20,5% dos gestores empresariais, em levantamento da FSB Pesquisa

O Serviço Social da Indústria (SESI) é a instituição mais lembrada no Brasil quando o assunto é saúde e segurança do trabalho. É o que mostra estudo do Instituto FSB Pesquisa com 500 (quinhentas) médias e grandes empresas, feita entre Outubro de 2015 e Fevereiro de 2016. O SESI foi apontado espontaneamente como referência no tema por 20,5% dos gestores entrevistados. De acordo com o diretor de Operações do SESI, Marcos Tadeu de Siqueira, esse resultado é fruto de trabalho da instituição que, há 70 anos, empenha-se em aumentar a competitividade e produtividade da indústria por meio da oferta de serviços de qualidade, em saúde e segurança no trabalho. “Nos últimos anos, estamos intensificando ainda mais essa linha de atuação, promovendo serviços de consultoria, cursos e treinamentos, avaliação do ambiente físico da empresa com identificação de situações de risco e elaboração de plano de ações com medidas para eliminar ou reduzir riscos de acidentes”, afirma Siqueira.

Em Março deste ano, foi lançado em 15 estados o Programa SESI de Gestão do Absenteísmo. A iniciativa envolve desde diagnóstico para entender as causas de afastamentos do trabalho à propostas de soluções, como criação e mudan ças em políticas de saúde e segurança no trabalho e promoção da saúde.

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423 unidades móveis SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E PROMOÇÃO DA SAÚDE 1.042.485 trabalhadores beneficiados 3.072.856 procedimentos de reabilitação, enfermagem e odontologia 998.611 doses de vacinas aplicadas em trabalhadores e dependentes

Em 2015, o SESI atendeu mais de um milhão de trabalhadores em serviços de saúde, segurança e promoção da saúde.

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749 unidades operacionais fixas

2.595.489 consultas médicas realizadas

Resultados

Entre os serviços nacionalmente prestados, estão consultorias em saúde e segurança do trabalho, campanha de vacinação e consultas médico-odontológicas. A instituição também desenvolve o Programa de Alimentação “Saudável na Indústria”, para promoção de práticas alimentares saudáveis entre trabalhadores e seus familiares. Em 2015, aproximadamente 180 mil pessoas foram beneficiadas pela iniciativa.

Resultados

EDUCAÇÃO Educação

Criado em 1º de julho de 1946, o SESI também oferece , desde o início, serviços de educação básica, educação de jovens e adultos e educação continuada para milhares de pessoas em todo o país. Só em 2015, foram realizadas mais de 371 mil matrículas em educação básica e quase 1,6 milhão de matrículas em educação continuada.

371.336 matrículas em educação básica 170.492 pessoas atendidas em educação de jovens e adultos 31.096 matrículas no programa de educação básica articulado com a educação profissional 1.586.667 matrículas em cursos de educação continuada 6.035 crianças em creches


PENSAMENTO TST’s “Trabalhe com segurança e terá sua vida sempre respeitada e intacta” Jair Antonino “Da natureza e da minha vida quero sempre cuidar, colocando trabalho seguro em primeiro lugar!” Ruthyelle Andrade “No trabalho não improvise, sua família não vai poder improvisar um pai!” Adriano Souza “Uma vida por outras vidas!” Luana Dorian Siqueira

“Prevenindo hoje para colher o amanhã”

Maciel Silva

“Ser um Técnico em Segurança do Trabalho não tem preço, é muito mais que amor” Josenir Souza “Fazer segurança do trabalho não é proteger valores, é sim proteger a saúde e a vida do trabalhador” Mardônio Andrade “O sábio antevê o perigo e protegesse, mas os imprudentes passam e sofrem as consequências” Dayane Cristina “Não importa o que estejas fazendo, faça sempre com segurança, pois a alegria está na vida” Dayane Cristina “Segurança do trabalho é igual ao tempo.... Não para!” Marcelo Paixão

“EPI no armário não protege operário! Dayane Cristina

“Respeite a vida, trabalhe com segurança”

Ireudo Junior

“Não lamente o acidente que já ocorreu, comemore o acidente que você evitou” Dayane Cristina “O ato de segurança não é aquele que se faz depois do acidente e sim o que se faz para que o mesmo não aconteça” Aroldo Pires “Segurança do trabalho é igual ao tempo.... Não para!” Marcelo Paixão

“Uma empresa com acidente zero, só depende de você!” Jair Antonino REVISTA PREVENÇÃO

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SERGIO MAIA

O técnico também precisa fazer sua parte, se aprofundar, estudar, é o que faz a diferença na entrevista e na hora de trabalhar.

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tuando há 14 anos no segmento de Segurança do Trabalho, Sergio Maia, atualmente faz parte do time da EU Montage, uma empresa Dinamarquesa com mais de 20 anos de atuação no mundo. O trabalho de Sérgio é coordenar quatro Técnicos em Segurança do Trabalho, além de ser o responsável da área. Maia tem formação pedagógica pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e também atua lecionando em instituições com cursos voltados para o segmento, além de ter sua própria ٢٢

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assessoria, Sermatec, com trabalhos voltados para a Segurança do Trabalho. Ele traz para a entrevista sua bagagem com nomes como o da Coelce e experiências na área de energia elétrica e construção civil, além de energia eólica, falando de acidentes no trabalho, o papel do SESMT e a importância da profissão. Dicas para recém formados e a situação do ensino tecnológico na área da Segurança do Trabalho, também são pautas da entrevista.


Há quanto tempo você é formado e atua em Segurança do Trabalho?

Você gosta do que faz?

Sou formado e atuo há 14 anos.

Sem sombra de dúvida. Para mim foi uma excelente escolha, eu abri mão de outras profissões, sou especialista na área do meio ambiente, tenho formação pedagógica pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Minha área técnica é que me dá até hoje subsídio para manter meu padrão de vida, todas as coisas que obtive foram através da atividade de Segurança do Trabalho.

Na sua vasta experiência neste segmento, o que mais lhe chamou a atenção para a Segurança do Trabalho?

Você também atua lecionando. Há quanto tempo?

Em 2002, eu trabalhava em uma empresa de distribuição de chocolates e lá conheci uma pessoa que trabalhava na área de Segurança do Trabalho. Eu acompanhava, participava das reuniões e vi a importância do profissional prevencionista. Aquilo me mostrou que eu também poderia fazer parte desse time de profissionais. Em seguida iniciei o curso de Segurança o Trabalho.

Qual foi sua primeira experiência profissional na área de Segurança do Trabalho? Foi na área elétrica, trabalhando para a Companhia Energética do Ceará, Coelce.

Qual o papel do TST dentro de uma empresa? É um profissional em nível técnico com atribuições voltadas para as prevenções de acidentes, inclusive problemas relacionados ao comportamento, o psicológico, inserido no bojo da NR17 que versa sobre a questão de ergonomia. Hoje as empresas estão começando a observar o comportamento de profissionais administrativos e operacionais, no que diz respeito ao comportamento por diversos aspectos, como stress e cobrança pelas atividades e isso leva o trabalhador à problemas psicológicos, que são detectados também pelo técnico de segurança que atua dentro dessas empresas.

Sou professor desde 2006. Já lecionei no Senai da Barra do Ceará, atualmente leciono na Escola Técnica do Maracanaú, no curso de Segurança do Trabalho e na Escola Técnica Padrão, na Messejana, nos cursos de formação de Eletricista e de Eletrotécnica. Também ministro cursos de capacitação dentro da área de Segurança do Trabalho.

Dentre tantos alunos que você ensinou, houveram destaques dentro da área? Tive a sorte de aproximadamente, 20% dos alunos terem êxito na sua atividade. Consegui inserir alguns no Mercado de Trabalho, inclusive no mercado eólico. Alguns dos técnicos que tem destaque no mercado são Wilton Viana, Sansão Pinto, Alex Pereira e Clenilson. Também tenho diversos amigos que tem outras profissões e atuam na área de Segurança do Trabalho.

Você já formou e contribuiu de alguma forma para formação de vários profissionais neste segmento. Qual a sua opinião sobre essa polarização ocorrida nos úl�mos anos e o consequente surgimento de tantas escolas de formação de Segurança do Trabalho? Seria interessante um acompanhamento mais preciso da formação desses novos profissionais. O que se vê é uma redução da carga horária, no que diz respeito ao conhecimento das disciplinas aplicadas. Quando alguns desses profissionais concluem o curso observamos que ficam a desejar nas entrevistas, conversamos com esses recém-formados e podemos ver que ainda possuem dúvidas em assuntos. JOGO RÁPIDO Segurança do Trabalho – Profissão que tem seu mérito Coelce – Exemplo de segurança EU Montage – Empresa excelente para trabalhar Alunos de Segurança do Trabalho – Minha cachaça Escola Técnica do Maracanaú – Aonde iniciei Sérgio Maia - Profissional que vivencia uma a�vidade que faz toda a diferença, a prevenção Acidente de Trabalho – Algo ruim Acidente Fatal – Sem palavras Vicente – Grande amigo e parceiro Amigos no Segmento - Vários Sintest - Importante REVISTA PREVENÇÃO

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SERGIO MAIA Como você vê o mercado Qual dica você deixa aos no- ter um inglês técnico, básico, pois tratade trabalho no ramo eóli- vos formados que entram mos com profissionais de outros países. co para os TST’s iniciantes? no mercado de trabalho? Qual a expecta�va para a sua As normas são as mesmas, a dificuldade Os cursos técnicos na área não são vida profissional? é que alguns profissionais tem o impulso de entrar na área, mas não fazem o preparo prévio. Tudo que você vai fazer dentro do ramo profissional precisa ser observado. Vejo muitos profissionais que não se preparam para entrar no mer cado, é um mercado crescente e temos apenas 4% do potencial de instalação do setor eólico no nordeste. A previsão é que até 2030 estejamos atuando, os parques são montados e ainda há manutenções, não há redução de contratados.Os profissionais precisam se reciclar, se atualizar. Você é visto de outra forma quando se especializa dentro do segmento.

iguais, o conselho que dou é que os alunos de qualquer curso, necessitam fazer sua parte, precisam abraçar o conhecimento e atividade que estão querendo levar para o futuro. Há muitas normas para aprender, é humanamente impossível, por exemplo, você discorrer sobre a NR18 em 40h/aula, além de prática, seminário, visita de campo e etc. Os alunos não querem mais comprar nem apostila, acham caro, eles precisam se debruçar. Há cursos que acontecem em cinco sábados e o aluno comparece a dois dias, como consegue aprender? Ele precisa ter conhecimento, se especializar.

Como você observa o papel da fiscalização do MTE junto as empresas?

Quais dicas importantes você pode dar para quem pensa em trabalhar no ramo eólico?

Por ser uma atividade nova e por grande parte ser desenvolvida em dunas, praias, áreas serranas e serrados, dificultam as ações do MTE. Há visita do Ministério, mas não é constante, eles solicitam as responsabilidades mas não com a periodicidade que deveriam.

Se prepare no que diz respeito ao conhecimento das normas NR10, NR11,

Como você vê o Surgimento de um veículo de comunicação voltado aos TST’s e Engenheiros de Segurança do Trabalho, �picamente nordes�no, com foco em especial ao Estado do Ceará? Eu acredito que toda situação e condição que venha para difundir e propagar o trabalho voltado para prevenção é de suma importância, é interessante que uma empresa se comprometa com o assunto. Todo dia é transmitido na TV os problemas de segurança pública, nem sempre o de segurança do trabalho. Até hoje confundem segurança do trabalho com segurança patrimonial. ٢٤

REVISTA PREVENÇÃO

NR12, NR33, NR35, busque conhecer como se desenvolve a construção de um parque eólico, tipo de máquina e riscos presentes dentro da área de montagem. Os parques eólicos são grandes, possuem muita mata, houve o desmatamento e afeta a fauna, fazendo com que haja acidentes com animais peçonhentos, por estarem estressados. Se prepare, vá com calma, seja humilde para aprender e ouvir. Também é importante

Além das duas profissões, eu tenho uma assessoria que presta serviço para outras empresas, a Sermatec, com palestras, treinamentos e outros serviços. Minha perspectiva é atuar somente no segmento de formação, com treinamentos e estender essa área para a comercialização de EPI. Isso acontece em todos os segmentos, mas quando se trata de profissionais da prevenção que vão buscar ações, que irão proteger o trabalhador, precisam estar preparados, pois as ações deles é que podem prevenir uma tragédia. Mas isso não irá acontecer de um dia para o outro, até porque só uma parte dos alunos vai ter êxito ou realmente atuar, pois alguns entram no curso por impulso ou por ter um conhecido que trabalha na área.

Por que essa categoria não é tão reconhecida como deveria por patrões e empregados? Isso acontece em todos os segmentos, a área de segurança do trabalho por ter uma obrigatoriedade dimensionada na NR4, inclui esses profissionais por obrigação, mas o técnico precisa fazer a diferença dentro do seu segmento. O mercado é sazonal, mas mesmo nas baixas estações o profissional continua atuando. Eu vejo que o técnico também precisa fazer sua parte, se aprofundar, estudar, é o que faz a diferença na entrevista e na hora de trabalhar.

Você por muitos anos já vem atuando no segmento de energias, trabalhou no sistema COELCE, em empresas como CAM Brasil e Proinco, hoje você está na EU Montage. Na sua opinião é mais fácil fazer segurança do trabalho no sistema Coelce ou no ramo eólico? A eletricidade se trata de um campo de


risco e a Coelce é uma das Companhias que tiro o chapéu na área de Segurança, porque tudo que você for realizar em atividade operacional na Companhia existe um procedimento. O trabalhador só é matriculado para trabalhar no sistema depois que passa por todos os treinamentos, sem esses treinamentos ele não vai a campo. Então não é à toa que a Coelce, dentro das companhias em nível Brasil, é uma das empresas que tem o menor número de acidentes no trabalho. Tem ganhado diversos prêmios, foi agraciada com a medalha Eloy Chaves e isso vem porque a Coelce investiu bastante na própria Segurança do Trabalho com bons profissionais, realizando treinamentos, pois eles precisam se atualizar, se reciclar e estudar.

quando já estávamos atuando em outros países na montagem de parque eólico. Fizemos essa parceria com a Suzlon para a construção dos parques da empresa

A EU montage tem mais de 20 anos de atuação no mundo todo, por que escolheu Fortaleza para se instalar como sede? Pela região ser propícia para instalações desses aero geradores. O Estado do Ceará é privilegiado pelos ventos e os primeiros investidores do Ceará, Wobben, que instalou os primeiros aero geradores na região da Prainha e na sequência vieram outros, como a Suzlon que iniciou em 2007 quando já estávamos atuando em outros países na montagem de parque eólico, fizemos essa parceria com a Suzlon para a construção dos parques da empresa

E em comparação com a Construção Civil, qual o melhor ambiente para desempenhar com maior Como a empresa vê o SESMT? eficiência, o papel da segurança Por se tratar de uma empresa que chedo trabalho? gou com um conhecimento europeu, lá Isso acontece em todos os segmentos, a área de segurança do trabalho por ter uma obrigatoriedade dimensionada na NR4, inclui esses profissionais por obrigação, mas o técnico precisa fazer a diferença dentro do seu segmento. O mercado é sazonal, mas mesmo nas baixas estações o profissional continua atuando. Eu vejo que o técnico também precisa fazer sua parte, se aprofundar, estudar, é o que faz a diferença na entrevista e na hora de trabalhar.

Já presenciou algum acidente de trabalho? Dentro da empresa que estou atualmente, a EU Montage, nunca tivemos um acidente de natureza grave ou fatal. Tivemos rotatividade de 400 funcionários, atuando em diversas cidades do país e não tivemos um fato do tipo. Posso dizer que continuo tendo sorte, sabemos que há fatalidades, infortúnios, mas sempre policiei para que nada de ruim acontecesse com os trabalhadores, pois tanto o trabalhador perde como a família, a sociedade e o governo que tem um trabalhador sequelado recebendo benefícios, além da baixa autoestima de quem se acidenta. Os primeiros aero geradores na região da Prainha e na sequência vieram outros, como a Suzlon que iniciou em 2007,

também existem os prevencionistas, então ela dá a devida importância e preza pelos profissionais, não é à toa que estou atuando na empresa desde 2011. Ela não mede esforços para contratar profissionais que atuam na área. Eu fico na maior parte do tempo na matriz, coordenando quatro profissionais, mas toda atividade que temos é acompanhada pelo técnico que é contratado pela EU Montage.

Como é ter parte de sua responsabilidade na inspeção de trabalhos a 70 ou 80 metros de altura? Costumo ver que educamos mais dizendo não do que sim, não basta dizer não, você deve dar a justificativa. Quando você orienta e evidencia o trabalhador, tudo se torna mais fácil. Percebi que é mais fácil dentro de um segmento que exige normas rígidas do que atuar dentro de um segmento aonde as coisas são mais liberadas, quando se trata de proteção, prevenção e integridade para proteger o trabalhador, deve ser levado a sério. Há o trabalhador que só dá importância quando ele tem a real noção daquilo que foi repassado. Hoje vejo que o profissional da segurança não é mais visto como uma polícia, um fiscal que os trabalhadores tinham medo, hoje com o advento da tecnologia os representantes da CIPA se sentem envaidecidos por mandar registros do que acontece na obra.

VOCÊ SABIA? INTERDIÇÃO X EMBARGO O embargo e a interdição são medidas adotadas de maneira urgente, a par�r da constatação de situação de trabalho que possa caracterizar risco grave e iminente ao trabalhador. Conforme a NR 03, item 3.1.1, Conceitua-se grave e iminente risco, casos em que: “Toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade �sica do trabalhador.” – O Embargo é aplicado somente em obras da construção civil, reforma, montagem, instalação e manutenção. – A Interdição é aplicada somente em máquinas, setores de serviços, equipamentos. Tanto o Embargo, como a interdição, podem ser de maneira total ou parcial. Primeiramente é necessária uma auditoria realizada no local, pelos Auditores do Trabalho, em seguida o laudo deverá ser encaminhado para a Delegacia Regional do Trabalho, onde o Delegado Regional do Trabalho, poderá decretar seu Embargo ou Interdição, após constatar a exposição dos trabalhadores em grave e iminente risco. Em seguida, os responsáveis pelo estabelecimento ou obra, serão informados à respeito dos riscos que seus funcionários estão expostos e deverão realizar a correção, porém os trabalhadores que forem realizar essas correções, devem estar com proteções adequadas. Durante a paralisação, referente ao Embargo ou Interdição, os trabalhadores devem receber seu salário, como se es�vessem em exercício. REVISTA PREVENÇÃO

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Whatsapp Em nosso grupo de WhatsApp o administrador enviou a seguinte pergunta para os componentes: Gostaria de saber porque a categoria ainda é pouco privilegiada e reconhecida como peça fundamental nas empresas. E como vocês acham que os profissionais podem fazer para contribuir com a melhoria da categoria, mesmo com todos os problemas das empresas que “travam” direta e indiretamente o trabalho dos SESMT’s? Diversos técnicos da área de segurança deram suas opiniões a respeito do mercado atual e o que pode ser feito para a sua melhoria.

Angélica Damasceno Domingos (26 anos,

estudante do quarto semestre de Técnica de Segurança do Trabalho na Instituição Grau Técnico Montese) Também acho que nossa desvalorização, muitas das vezes se dá por conta da falta de informação e diálogo. Entramos em uma empresa não para pegar no pé ou fazer com o que o empregador gaste dinheiro, mais sim para salvar vidas, trazer uma melhoria e bem estar de todos que compõem e colaboram com a mesma.

David Lopes (34 anos, Tecnólogo em Construção de Edifícios, Técnico de Segurança do Trabalho e Assessor Técnico em Brigada de Incêndio, atuando há 10 anos em segurança.) Acredito que exista um gargalo nas escolas profissionalizantes. Os profissionais saem mal formados e cheios de crenças limitantes, acreditando que a profissão é ruim, paga mal, não querem fazer nenhuma capacitação depois de dois anos de formados e ainda por cima consideram a profissão ruim. Acredito que temos que levar soluções eficazes, simples e com um custo razoável. Buscando capacitação sempre, mudança de crenças, visitas de benchmarking e a união da categoria.

Josenir Alves de Souza

Laura Waldenia Gomes Pimentel

(27 anos, Técnica de Segurança do Trabalho atuando a 7

anos no mercado). Na minha opinião é porque o investimento feito em segurança (lembrando que as empresas são obrigadas a fazer tal investimento) geralmente não é visto de modo positivo. Realmente não é barato e a maior parte dos empregadores não observam o retorno (coisa que nós da área sabemos que é diário) infelizmente só se nota a segurança durante uma fiscalização ou quando ocorre um acidente.

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(40 anos, Técnico de Segurança do Trabalho). Acredito que seja pela falta de Incentivo do próprio governo junto ao ministério do trabalho. Exigem muito das empresas, mas pra se fazer segurança, tem que existir profissionais motivados, e essa iniciativa deveria partir do próprio Ministério do trabalho, exigindo um piso salarial de respeito e não esse salário vergonhoso que recebemos.

(27 anos, Técnica de Segurança do Trabalho com 8 anos de formação, cursando na instituição FANOR o sétimo semestre de Engenharia civil) Em minha opinião são vários fatores como: falta de PROFISSIONAIS na área que comprem e vendam a idéia da segurança (quando aplicável), ou seja, aponte as deficiências e sugestões de melhoria, sejam coerentes nas solicitações abordando todos os pontos (negativos e positivos) e embasando os mesmos para adequação daquele problema. Existe a falta de habilidade no tratamento com os funcionários (são eles que justificam o nosso trabalho), Instituições que mascaram a verdadeira importância e sentido de acordarmos todos os dias e sairmos do nosso lar para cuidar de vários pais de família (olha só o tamanho da responsabilidade). Por nos desestimularmos com o primeiro problema que nos deparamos, em que não foi solucionado da forma que a lei manda e começarmos à achar que todos serão tratados assim e não darmos o poder de escolha para o empregador decidir. Jarella Acioli de Almeida


Mardônio Andrade (33 anos, Técnico de

Segurança do Trabalho, Assessor Técnico em Brigadas de Incêndios, Gestor de SESMT atuando a 8 anos no mercado). Dentre os vários pontos para a desvalorização, gostaria de enumerar aqueles que eu considero importantes: 1 - Os profissionais de SST devem sim, serem bons vendedores do aspecto segurança do trabalho. Precisamos de profissionais que além de manterem suas rotinas diárias, sejam capazes de vender bem a idéia para ambos os lados (empregadores e empregados) à cerca da Segurança do Trabalho. 2 - O sindicato vem apresentando evolução, mas me convenci que este sindicato só terá força, quando for reconhecido como tal por Tst’s e empresas. 3 - O receio de muitos Tst’s de trabalhar em parceria com os fiscais, imaginam que os fiscais hajam contra o trabalho do Tst e enganam-se, afinal a fiscalização só ajuda. 4 - Não existe um meio para o reconhecimento dos profissionais, nenhum tipo de mídia ou algo que reconheça e valorize os profissionais que temos. ( E olha que temos muitos). 5 - As leis enrigessem mais não o tanto que deveriam. Quando a coisa aperta muito como foi o caso da NR12, a política entra em cena, os legisladores que muitas vezes escolhemos não são representantes dos interesses coletivos, do povo, mas sim representantes dos próprios interesses, basta observar que dos quase 513 deputados por baixo tem 400 empresários, estão muito mais preocupados com as penas que podem vir junto à empresa e fazem como fizerem na Nr citada, cancelam. 6 - A formação dos Tst’s não tem uma base de aplicação, cada escola passa um projeto de formação diferente, com disciplinas muitas vezes que em nada ajudam a formação do profissional, contemplando apenas a carga horária e ainda colocam dentro de sala professores que não tem o mínimo de conhecimento para aplicação de conteúdo, que por muitas vezes necessita de vivência teórica e prática. Ex: Esta semana conheci um “professor” que dá aulas de primeiros socorros, sendo o mesmo Tst, sem formação na área de saúde e que nunca foi ao menos Tst , ou seja nunca trabalhou como tal. Obs.: Outro dia uma fiscal do MTE questionou em uma empresa que assessoramos, o porque de um Tst ter aplicado uma palestra sobre Dst e Aids, afirmando como podia um profissional que não estudou palestrar sobre esses temas... Em síntese estou há 8 anos no mercado sempre atuando, ao longo desses anos houve sim uma melhora silenciosa, os patrões tem ficado mais receosos com o aspecto Segurança e Saúde Ocupacional, a coisa parece que vem melhorando não dá forma que todos querem, mas vem melhorando, temos que entender é que jamais teremos regras, leis e políticos como na Europa ou mesmo nos Estados Unidos, portanto o que cabe é tentar cadenciar a situação, aceitando essas melhorias lentas. Só pra todos terem uma idéia, os políticos tentam desfazer as leis e os únicos profissionais que brigam pra que as mesmas fiquem de pé lá no congresso, são os auditores fiscais.

Ireudo Almeida

(25 anos Técnico de Segurança do Trabalho e Assessor Técnico em Brigadas de Incêndios). Eu acredito que a categoria é desvalorizada por conta de nós mesmos, devido a “necessidade”. Outrora, sabemos que a instituição que regulamenta nossa profissão MTE, falha conosco. Uma vez que somos funcionários do MTE, juntamente com a fiscalização dos serviços que as empresas prestam, era pra eles exigirem também a presença desses profissionais. Ou seja, não era para os auditores fiscalizarem somente as não conformidades das empresas e sim para exigirem nossa presença lá. Pois nós que nos responsabilizamos pelo andamento de segurança da empresa, dentre eles: fiscalização, emissão de documentos de SST, treinamentos, orientações, acompanhamento de atividades e demais afazeres. Sabemos que existe a distribuição dos profissionais pela NR, mas e as empresas que não se enquadram? Enfim, são vários pontos a serem analisados. O sindicato que era pra ajudar a alavancar a categoria, anda a passos curtos ainda. Embora temos ouvido algumas melhorias, sabemos que para ser um sindicato ativo e operante, é necessário mais empenho de quem está na frente dessa tarefa, que eu reconheço, não é fácil.

Renata Pinheiro (28 anos, formada em Técnica de Segurança no Trabalho, atuando a 4 anos no mercado). Eu acredito que é por falta de fiscalização nas empresas. Se toda empresa, independente de grau de risco fosse obrigada à ter um técnico, as coisas seriam bem diferentes E se a fiscalização por parte do MTE e outros órgãos competentes fiscalizassem com mais rigor e com mais periodicidade, as empresas veriam a importância do nosso papel dentro delas, assim vindo a valorização que se precisa.

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O MERCADO PARA ESTÁGIOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO

M

ais um dia de trabalho termina e novamente são inúmeros pedidos de estágio, tanto por e-mail, telefone ou por whatssap. São pedidos de futuros profissionais que estão iniciando seus cursos, em conclusão ou ainda aqueles que já concluíram a carga horária teórica. Fico perplexo com tantas pessoas em busca para tão pouca oferta e tantas escolas que nem mesmo chegam a preparar um núcleo de integração para estágio, parecendo que a formação do profissional é apenas um sub bruto de um bom negócio, no caso a venda de cursos técnicos. Esse “bom negócio” é considerado apenas para uma das partes, resultando, muitas vezes na formação de profissionais mal qualificados, que amontoam-se em busca da primeira oportunidade de estágio e consequentemente de emprego. O mercado está à cada dia mais exigente, em busca de profissionais que de alguma forma conseguiram escalar o grande muro que separa sala de aula da realidade. Daqui mais alguns instantes, outro quase profissional acabará desistindo, devido à grande concorrência, para uma escalada tão alta, em seguida tendo que enfrentar uma realidade ainda mais dura. A reação em cadeia é uma das responsáveis por acabar contribuindo para formação de tantos profissionais despreparados, que ainda tem dúvidas sobre muitas questões relacionadas ao dia a dia do TST, como por exemplo, a legislação de forma geral. Isso acaba contribuindo ainda mais para a tese de que no mundo da segurança do trabalho só ficam os melhores, os mais capacitados, com currículos mais bem elaborados e conhecimento mais aprofundado. Se o empresariado brasileiro soubesse que cultivar profissionais de segurança do trabalho em seus quadros é um ótimo negócio, tendo entre os benefícios uma grande economia, talvez desta maneira, conseguiríamos abrir as portas para estágios e vagas para profissionais. Entendo que isso é responsabilidade de muitos, dos profissionais que já estão no mercado, das escolas que deveriam fazer campanhas e apresenta-las as empresas, do poder público que pouco investe ou do próprio empresariado que não percebe ou percebeu ainda o tamanho da importância social e econômica para o seu negócio.

Atualizado

Comunicativo

Criativo

Inovador

Proativo

Para se conseguir um estágio nesse momento atual da crise é importante seguir as seguintes dicas: 1-Ter um bom currículo, possuir capacitações voltadas para a área de atuação. 2-Ter vocação e gostar de segurança do trabalho. 3-Ter boa apresentação, saber vender o profissional que você quer ser para aquela empresa 4-Estar atento ao mercado, segmentos de trabalho, fazer networking. 5-Estar disposto a aprender, sem esperar recompensa financeira de imediato 6-Saber trabalhar em equipe. 7-Estar acima da média no quesito conhecimento, diante aos seus colegas de sala. 8-Entender que fazer segurança do trabalho não é fazer uma revolução e nem tão pouco impor regras, ao contrário disso, fazer segurança é orientar patrões e empregados 9-Colocar em prática o que aprendeu em sala, por muitas vezes será quase impossível, não se frustre e busque alternativas. 10-65% do que lhe foi ensinado em sala, foi feito de forma equivocada, não é aplicável ou está ultrapassado. Resumidamente, quando for possível, não deixe de participar de eventos, debates, cursos, palestras, seminários, visitas, grupos, redes sociais. Conhecimento não tem preço e nem volume. Quanto mais melhor! Mardônio Andrade de Sousa. -Técnico de Segurança do Trabalho e CEO da empresa A2 Segurança e Saúde no Trabalho mardonio_09@hotmail.com


a Importância da segurança no dia a dia No mundo em que vivemos uma das coisas que mais prezamos é a segurança. No dicionário encontramos o seguinte significado: 1.ação ou efeito de tornar(-se) seguro; estabilidade, firmeza. 2.estado, qualidade ou condição de quem ou do que está livre de perigos, incertezas, assegurado de danos e riscos eventuais; situação em que nada há a temer. Para que possamos viver da melhor maneira possível, precisamos nos sentirmos assegurados de qualquer tipo de risco, seguirmos com segurança, firmeza e estabilidade, tanto na vida pessoal como na profissional. A segurança está em todos os setores de uma organização, tanto de uma casa quanto no de uma nação. No âmbito militar, caracteriza-se como um conjunto de medidas tendo como objetivo a preservação da liberdade, combatendo qualquer manifestação que tente limitá-la, pretendendo defender o território ou o grupo que estão sendo ameaçados. Também existe o termo segurança nacional, onde encontramos os métodos para a defesa da integridade de uma nação. Profissionalmente falando, a palavra segurança também pode expressar uma pessoa que tem a função de garantir a proteção e o bom funcionamento das normas. E no caso, está pessoa pode ser representada através da figura do Técnico de segurança do trabalho. Essa é uma área que tem como principal função a criação e implementação de normas para a prevenção de acidentes dentro das organizações. Essas normas são essenciais para todo e qualquer tipo de indústria, à fim de proteger os funcionários, trazendo-lhes a segurança necessária para a execução de suas tarefas em diversas áreas, como em indústrias, em que o funcionário trabalha com materiais químicos, processos de produção potencialmente nocivos, na construção civil, em que corre riscos trabalhando em altura ou altas temperaturas e em setores administrativos, onde ocorre o esforço repetitivo. Pensando nesta categoria, criamos a Revista Prevenção, à fim de divulgar e esclarecer dúvidas sobre esta área tão importante para toda e qualquer instituição, além é claro de reconhecer empresas e profissionais que dão o seu melhor para garantir que acidentes e doenças não ocorram. Pretendemos repassar informações sobre Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente de Trabalho. Tendo como público alvo os SESMT’s, Recursos Humanos, Engenheiros, Técnicos de Segurança do Trabalho, Médicos, Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Trabalho, trazendo notícias, entrevistas e reportagens sobre o assunto e suas especialidades.

O tema segurança ultimamente tem sido muito abordado e as empresas tem começado a compreender a importância deste profissional, porém ainda existem muitas dúvidas sobre quais são realmente suas funções, as suas especialidades e sua formação. Este profissional é muito importante para o bom andamento do trabalho, assegurando a segurança dele e de toda a equipe. Atuante em todo tipo de empresa, tendo a definição da quantidade necessária no dimensionamento do SESMT, previsto na NR 4, em que é analisada a quantidade de funcionários e o grau de risco da empresa. A formação deste profissionais é de nível técnico, regulamentada pela Lei nº 7.410, de 27 de Novembro de 1985. Na descrição da profissão é o profissional que participa da elaboração e implementação de políticas de saúde e segurança no trabalho (SST), também responsáveis por realizar auditorias, avaliação e acompanhamento na área. Ajuda no controle de doenças, acidentes, melhorando a qualidade de vida e do meio ambiente. Gerenciam documentação de SST, desenvolvem ações educativas na área de segurança e saúde no trabalho, recomendam medidas de prevenção e controles de acidentes, entre outros. O Técnico de segurança no trabalho torna-se a ponte entre a diretoria e os funcionários, pois este profissional estará analisando as precisões dos trabalhadores e repassando para os responsáveis, à fim de realizar as alterações para a melhoria. É um cargo de muita responsabilidade e dificuldades muitas vezes aparecem, entre elas está o trabalho de convencer o empregador a investir na prevenção, pois quando falamos em investimentos, trata-se do lado financeiro e não são todas as empresas que querem investir em algo que ainda não aconteceu. O técnico também tem a grande dificuldade de convencer o funcionário de que ele é o maior responsável por sua segurança, por isso é importante que o mesmo tenha espaço para ministrar palestras de conscientização, sendo um é um processo contínuo de aprendizado. É necessário saber antecipar os riscos, tendo realmente uma visão de prevenção, visualizando o futuro e não se prendendo somente ao presente, precisando de inteligência para ultrapassar os obstáculos que irão surgir, sabendo colocar em prática o que se aprende em sala de aula, pois irá lidar com todos os tipos de pessoas, posições e opiniões diferentes e muitas vezes contrárias ao que é preciso ser feito. É um trabalho que demanda muita responsabilidade. Trabalhar com prevenção é estar vigilante, prestando atenção no ambiente, nas pessoas envolvidas e no processo de trabalho de forma geral. Prestar segurança é a arte de cuidar, proteger e guardar. Autor: Daniele Rodrigues

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MEDICINA DO TRABALHO

A medicina do trabalho e a Companhia Siderúrgica do Pecém(CSP)

Evenete Marson Santos é formada há quase 25 anos em Medicina, natural de São Paulo. Estudou Clínica Médica por dois anos e após isso trabalhou com Auditoria em Saúde, à princípio não �nha muita noção do que se tratava, mas a Auditoria despertou o interesse na área administra�va, levando-a para Pós-Graduação em Administração Hospitalar, onde se descobriu na área administra�va. Se especializou em Geriatria mas con�nuou trabalhando com Auditoria, Consultoria e Gestão de Saúde, o que considera o pilar para a preparação da carreira futura de Médica do Trabalho. Após a Geriatria venho a atuação como perita, à par�r do convite de um colega que já era da área, iniciou então a perícia na área cível e na Jus�ça Federal, então venho o interesse para a área da Jus�ça Trabalhista, se especializando assim em Medicina do Trabalho, onde atua há seis anos. Evenete também é proprietária da Soberana Saúde Ocupacional, uma empresa que atua nas áreas de Auditoria, Consultoria e Gestão, desde 1997, oferecendo gestão das Normas Regulamentadoras, capacitação da equipe de segurança, diminuição de acidentes de trabalho, programas de gestão e conscien�zação de saúde do trabalho, além de traçar o perfil saúde-doença de cada trabalhador no quesito consultoria. Já trabalhou na Dufry do Brasil, responsável pelos freeshops dos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Vira Corpus, com uma média de 1.500 funcionários. Também já atuou como Médica Examinadora, prestando serviço especializado com In Company, onde conseguiu aplicar o seu trabalho em uma variedade de locais. Já em Fortaleza a primeira empresa que trabalhou foi a Camed, depois na Indra, uma empresa espanhola que faz a terceirização dos tele operadores da Caixa Econômica Federal, área que já conhecia por se tratar de jovens na mesma faixa etária que atendia na Dufry. Em janeiro de 2015 é contratada para a Companhia Siderúrgica do Pecém, após quatro meses estava atuando em três empresas.

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Medicina do Trabalho O principal motivo da mudança de São Paulo para Fortaleza foi a qualidade de vida. Após pesquisar cidades como Palmas, Campo Grande e Fortaleza, ficou deslumbrada com as características da capital cearense e principalmente com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que se deve no seu entendimento ao Porto do Pecém e ao Pólo Industrial de Maracanaú. A mobilidade para ir até o Pecém também agrada, sua viagem dura em torno de uma hora, duas horas a menos se comparada à São Paulo. Começou sua carreira em Fortaleza trabalhando na Camed como auditora, cargo que conseguiu após uma prévia visita a cidade e uma busca por empresas que poderiam lhe contratar. Mesmo sentindo que a cidade ainda tem uma cultura de contratação por indicação, ela não desistiu e fez as malas, se arriscou mesmo sabendo que seu salário seria inferior ao valor pago na capital paulista. Após um ano de Camed, ela entrou na Indra e desde 2015 integra o quadro de funcionários da Companhia Siderúrgica do Pecém. Atualmente em fase de desmobilização, passando de 13 mil funcionários para 8 mil, número que ainda cairá para 3 mil até final de agosto por entrarem em fase de operação, o que demanda menos recurso humano do que a fase de construção. A rotina na Siderúrgica se divide em atendimento de consulta por demanda, quando o funcionário chega no posto de trabalho e passa mal, é levado para o ambulatório para ser avaliado, medicado e colocado em observação, se há melhora o profissional é liberado para o posto de trabalho, caso não, ocorre a condução para levá-lo embora, se for um caso grave há transferência com solicitação de ambulância e se for trauma há o atendimento no local. Há também a gestão do absenteísmo e recebimento da parte documental. Medicina do Trabalho Evenete acredita que o médico do trabalho é a intersecção entre o trabalhador, empregador, médico assistencial e até a Previdência Social, usando seus conhecimentos técnicos isento de qualquer parcialidade, podendo oferecer para todas as partes aquilo que há de melhor. Sendo assim se sente a vontade e procura atuar no dia-a-dia desmistificando a ideia de que tem que defender a empresa. Seu objetivo é defender o próprio CRM e o profissionalismo acima de qualquer coisa. “Meu carimbo pode ser só um carimbo para quem olha, mas minha vida profissional está ali” ressalta a doutora.

O futuro do médico do trabalho, de acordo com Evenete, é que ele seja o profissional de confiança da empresa e do trabalhador e assim que ela procura trabalhar na sua rotina diária. Essa confiança também é adquirida através dos prontuários montados pela medicina do trabalho, o que na visão de Evenete, também como perita judicial, um documento vale mais que mil palavras e faz toda a diferença. Ela já presenciou casos em que a falta desses documentos ou uma documentação falha, conseguiu privilegiar o desprivilegiado e vice-versa. Zelar pela parte documental é essencial e que, segundo ela, muitos médicos ainda falham por não ter noção da importância de todos os documentos, desde um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) bem feito até atendimentos bem descritos no ambulatório, se possível digitado para evitar ilegibilidade. Sua experiência com saúde do trabalho sempre foi muito positiva, suas opiniões técnicas foram respeitadas e as solicitações atendidas, como abrir uma Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Até hoje não passou por problemas relacionados às suas decisões, sempre esteve munida de documentos para se guardar profissionalmente, pois apesar de tudo, a empresa pode não querer respeitar sua decisão, o que pode ser descrito no prontuário que a sugestão correta foi solicitada. De acordo com a profissional, o médico do trabalho ainda precisa quebrar o paradigma em que o leigo o enxerga como “o médico que não quis fazer medicina” ou “o médico que não quer pôr a mão no funcionário e faz aquela consulta de cinco minutos”, uma cultura construída há anos. Ela acredita que isso ajuda o bom profissional, aquele que se sobressai no mercado fazendo o diferencial. Evenete se diz feliz com a carreira construída, pois ela procura fazer diferente e ainda alia sua experiência com o cargo de auditora, o que lhe dá um tino investigativo que se alinha ao bom senso e o conhecimento técnico.


Sesmt Na visão de Evenete, alguns engenheiros muitas vezes, não estão alinhados ao médico do trabalho e isso acaba afetando, principalmente, o trabalho do técnico de segurança que tem que navegar entre os dois na composição do SESMT. Em alguns casos a empresa toma a decisão de dar documentações como PCMSO, ASO e exames complementares para responsabilidade do engenheiro, o que acaba afetando o técnico de segurança. Quando o engenheiro não é muito parcial ou adepto da composição, ocorre do SESMT se dividir entre engenheiro e técnico, pelo fato do técnico ser mais próximo do engenheiro, e o médico do trabalho isolado. Em sua atuação na Companhia Siderúrgica do Pecém, ela possui uma relação excelente junto ao SESMT, trabalham em conjunto e com proximidade, o que ela acredita refletir nos funcionários. Há uma realização de Diálogo Diário de Segurança (DDS) conjunto em que um profissional participa do tema do outro, focando nas campanhas contra hipertensão, tabagismo, obesidade, imunização dos funcionários, conscientização de DST e uso de drogas. NR04 A Norma Regulamentadora 4 (NR04) exige apenas um técnico de segurança do trabalho para empresas que possuam de 50 (cinquenta) à 100 (cem) trabalhadores. A NR citada só exige o profissional da enfermagem a partir de 500 (quinhentos) funcionários, em empresas com grau de risco 1 e 2 (risco determinado à partir da classificação da atividade) o médico não precisa ser empregado e a carga horária mínima exigida é de três horas diárias. Sócia atuante da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), Evenete acredita que a NR04, que se encontra em revisão pela própria Associação, é falha e desatualizada. Em cidades como São Paulo, por exemplo, fica impossível de atuar somente três horas e compor uma renda mensal satisfatória, para que isso aconteça o profissional deveria atuar em pelo menos três empresas, o que o trânsito da cidade paulista dificulta. O caso da enfermagem, de acordo com a doutora, deveria priorizar a vida do trabalhador, não importa quantos profissionais existam na empresa. O responsável pela saúde no caso de empresas que possuem menos de 500 (quinhentos) funcionários é o técnico de segurança, que apesar da formação não possui tanta familiaridade em conduzir essas questões.Quanto a falha apontada em não empregar um médico em empresas com nível de risco 1 e 2, abre espaço para a terceirização de empresas, que podem não ser idôneas, muitas vezes cobram a mensalidade e aparecem uma vez.

no mês apenas para preencher o PCMSO, não tem um cuidado e acompanhamento direto.

Atestado de saúde ocupacional O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) define se o funcionário tem condições ou não de realizar suas funções dentro da empresa. O atestado pode ser admissional, periódico, mudança de função, retorno ao trabalho e demissional, possui informações importantes como identificação do trabalhador e riscos que existem na execução de suas tarefas, além dos procedimentos médicos a que foi submetido, deixando o trabalhador e empresa cientes de sua atual condição. Normalmente o trabalhador mente em um ASO admissional, pela necessidade de ingressar no mercado de trabalho. De acordo com a doutora as companhias possuem ferramentas para evitar esse tipo de situação, o pré-ASO é adotado por ela dentro das empresas em que atua. O método consiste em uma entrevista de saúde que acontece na seleção de novos funcionários,com a presença de um psicólogo, em que os selecionados são inseridos em um auditório e acontece a orientação e identificação da médica do trabalho. É explicado que eles irão fazer exames em uma clínica terceirizada, mas há uma médica que irá acompanha-los no dia-a-dia, que há uma necessidade de relatar doenças naquele instante, pois pode ocorrer uma realocação de uma vaga mais adequada sem que haja prejuízo para a saúde do funcionário. Essa orientação traz uma admissão mais assertiva e uma sinceridade maior dos funcionários. A triagem com esse método chega a reduzir 30% dos candidatos, o que ajuda também no absenteísmo. Absenteísmo A gestão do absenteísmo é feita a partir de cadastro de atestados em uma planilha que é analisada mensalmente a partir da Classificação Internacional de Doenças (CID) ou descritivo da doença, além de idade, função, tempo de serviço, máquina que ele opera, entre outros, além de uma conversa com o supervisor para a coleta de mais informações.

O médico do trabalho deve ter o olho clínico para analisar as situações, acompanhar a doença do trabalhador e até orientar para troca de especialista. Outro método usado por Evenete é exigir atestados inicialmente do plano de saúde fornecido pela empresa, o que ajuda a evitar atestados médicos “graciosos” oriundos do serviço público que, na visão da doutora, não possui um comprometimento quanto ao paciente. Ela, junto com a empresa, solicita o atestado do plano de saúde em primeiro caso, de um outro médico e como última alternativa aceita o atestado do Serviço Público, meio de tornar o atestado um instrumento mais fidedigno. Na Companhia Siderúrgica do Pecém, os maiores problemas de afastamento vêm de problemas de coluna ou articulares, ergonomia e esforço. A prevenção ocorre, mas Evenete acredita que poderia ser evitado na hora da seleção, se acontecesse de forma mais criteriosa. Há um número considerável de funcionários com sobrepeso, hipertensos e diabéticos, doenças que acabam sobrecarregando o organismo e predispondo a obesidade, que acaba atrapalhando na ergonomia, além do sedentarismo. PCMSO O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) tem o objetivo de prevenir, monitorar e controlar possíveis danos à saúde e integridade do empregado, detectar riscos prévios, especialmente no que diz respeito as doenças relacionadas ao trabalho. O preenchimento dele acontece a partir do CNPJ e o Código Nacional da Atividade Empresarial (CNAE) que vai sinalizar os riscos da empresa. Dados como número de funcionários e funções também são exigidas no documento. O PCMSO é consequência de outro documento, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) que vem da engenharia do trabalho. De acordo com Evenete, o PCMSO possui menos chances de erros pois vem do PPRA, onde o engenheiro faz a dosimetria e identifica tudo aquilo que vai ser usado no PCMSO. Hoje é normal vermos técnicos de segurança produzindo cursos para o preenchimento desses documentos. Para a doutora essa questão é um problema de educação no Brasil, algo pior do que podemos ver. Uma indústria universitária que visa o lucro e não qualidade, não é algo relacionado aos técnicos e esses profissionais acabam produzindo os cursos por uma questão de sobrevivência e não por agir de má fé.

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DE OLHO NA SEGURANÇA No dia a dia dos Técnicos de segurança, acontecem muitas situações em que não são utilizados EPI’s e os equipamentos de segurança necessários para o bem-estar dos trabalhadores. Pensando nisso, lançamos em nossa página do Facebook a promoção “De olho na segurança” onde técnicos enviariam fotos para o nosso e-mail, de situações impróprias e concorreriam à um par de botinas. A técnica de segurança Maria Rosiane Alves, foi a nossa vencedora, enviando a foto abaixo, em que a atividade é realizada em condições perigosas, sem o uso dos Epis necessários, em uma altura superior à 2 metros, próximo à rede elétrica, sendo que o andaime não está amarrado e encontra-se apoiado sobre tijolos para nivelar a altura do piso. Um dos funcionários está posicionado em cima de uma escada, com postura inadequada, levantando pesos desproporcionais, além da falta do uso do capacete, talabarte, luvas e óculos de segurança. Agradecemos à nossa leitora pela participação e fiquem de olho nas irregularidades, buscando ambientes de trabalho mais seguros, evitando acidentes.

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NR’s Atualizadas Modificações foram publicadas no Diário Oficial da União no dia 02/05/2016 Sete Normas Regulamentadoras (NRs) foram modificadas e as alterações publicadas no Diário Oficial da União (DOU) , entre elas: a NR 11 que trata do transporte e manuseio de materiais, a NR 12 que define medidas de prevenção na utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, NR 22 que trata da saúde e segurança ocupacional da mineração e na NR 36 trata da saúde e segurança no setor de abate e processamento de carne e derivados. As alterações nas NRs foram definidas pela Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), coordenada pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), por consenso entre governo, trabalhadores e empregadores. NR’s 04 e 10 - Tratam de serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina de trabalho e segurança em instalações e serviços em eletricidade, respectivamente, ocorreram apenas ajustes na redação das normas. NR11 – Na norma que trata do transporte, armazenagem e manuseio de materiais, foi revisado todo o Anexo I, que trata do regulamento técnico de procedimentos para o manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas. O Anexo então vigente, não contempla os avanços tecnológicos recentemente implementados (como teares multifios) pelo setor, novas soluções desenvolvidas (como ovador de contêiner), não disciplinava carga horária e conteúdo mínimos para capacitação dos trabalhadores envolvidos nas operações de movimentação e manuseio de chapas de rochas ornamentais nem fazia referência ao manuseio de chapas fracionadas, frequente em marmorarias, dentre outros.

NR12 – Define medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho na utilização de máquinas e equipamentos em todas as atividades econômicas, inclui a possibilidade de adoção de soluções ainda não previstas pelo texto em vigor para a adequação das máquinas, facilitando o cumprimento das obrigações previstas na norma sem reduzir o nível de segurança oferecido aos trabalhadores. NR22 – Na NR que trata da segurança e saúde ocupacional na mineração, será incluída uma alínea que trata do estabelecimento de sistema que permita saber, com precisão em qualquer momento, os nomes de todas as pessoas que estão no subsolo, assim como a localização provável das mesmas. NR28 – Sobre fiscalização e penalidades foram atualizados códigos utilizados pela fiscalização do trabalho.

NR36 – Na norma que trata da saúde e segurança no setor de abate e processamento de carnes e derivados, conhecida como NR de Frigoríficos, será acrescentado um anexo com requisitos específicos para três tipos de máquinas utilizadas no setor: máquina automática para descourear e retirar pele e película, máquina aberta para descourear e retirar pele e membrana e máquina de repasse de moela.

Normas – A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) atribui ao MTPS a competência de estabelecer disposições complementares aos artigos sobre saúde e segurança, o que é feito por meio das Normas Regulamentadoras (NRs). As normas têm a função de estabelecer parâmetros de segurança em setores, equipamentos e funções específicas, porque cada profissão exige um cuidado próprio para resguardar a vida e integridade física da equipe e de terceiros. CTPP - A Comissão Tripartite Paritária Permanente foi instituída pela Portaria n.º 393, de 09 de abril de 1996, com objetivo de revisar ou elaborar regulamentações na área de segurança e saúde no trabalho e de normas gerais relacionadas às condições de trabalho. Fonte: trabalho.gov.br http://trabalho.gov.br/noticias/3325-normas-regulamentadoras-sao-alteradas-para-garantir-a-seguranca-dos-trabalhadores REVISTA PREVENÇÃO

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PROFISSIONAIS PROFICIENTES Hoje pela manhã mais uma vez entro em um debate sobre o que vem a ser a tal proficiência adquirida, que se tornou famosa com o ponto da NR35, onde aponta para a questão de quem poderá ministrar treinamentos de trabalho em altura, por conta disso, até mesmo o MTE emitiu parecer, através da NR35 comentada e de forma técnica informou o que vem a ser a tal proficiência, o que ainda gera muitas dúvidas, que tentamos esclarecer todos os dias. Certo dia ouvi um Técnico de trabalho dizendo “Tenho um curso de 40 horas, sou proficiente”, está afirmação não o caracteriza no conceito legal, haja visto que proficiência vai além disso (daqui a pouco volto a este ponto). Muitas escolas e cursos prometem de forma indevida a tão famosa proficiência, vejamos por exemplo, duas questões: 1-Curso de supervisor de trabalho em alturas. 2-A carteirinha de supervisor de trabalho em alturas. Ambos são duas fantasias criadas para atrair ainda mais alunos desinformados, que não conhecem a fundo os parâmetros legais. Voltando a questão da proficiência, não será um curso com 40 ou 1.000 horas de carga horária, que irá nos gerar tal proficiência, no caso, ganhasse com vivência, experiências, cursos. Mas também é necessário haver junção de conhecimento teórico e prático, se não for dessa maneira, seria mais ou menos como a seguinte comparação: Um instrutor de auto escola que só dirigiu um carro nas aulas práticas e no teste prático no Detran, ensinando a dirigir, sendo que não tem experiência no volante. Alguém dirá: “Mas ele está habilitado!”. Mas o Detran verificará que não é o suficiente para exercer tal função. Surgem outras perguntas: - Mas como provar a tal proficiência? - Eu acompanhava os serviços em altura, possuo proficiência? - Fiz alguns cursos e trabalhava numa obra, nela acompanhava serviços em altura. Essa experiência serve? A resposta é simples: comprove seus cursos (através de certificados), suas experiências práticas (através da carteira de trabalho registrada) e também que apesar de ser TST e acompanhar as atividades de seu pessoal, também trabalhava fiscalizando em altura (através de uma declaração da empresa). Resumindo, técnicos de segurança proficientes são poucos, muitas vezes o curso é aplicado por dois profissionais, um da área de segurança do trabalho e o outro com proficiência comprovada em atividades de trabalho em altura. Pontos como esse nos trazem a grandes debates, mas sempre haverá o órgão regulador, no caso o MTE, que poderá esclarecer através dos fiscais. Devemos com isso repensar pontos e nos prepararmos para tais anúncios enganosos que vemos diariamente. Autor: Sr. Segurança do Trabalho

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QUALIDADE DOS CURSOS TÉCNICOS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO Nos últimos 10 anos no Estado do Ceará, precisamente na Região Metropolitana de Fortaleza, ocorreu um verdadeiro “booomm” de escolas profissionalizantes, principalmente com a oferta do curso de Segurança do Trabalho. O curso que em 2006 era representado por 4 ou 5 escolas. Hoje em dia tem em média, aproximadamente 34 escolas, o que levou à uma verdadeira formação em massa de “Técnicos de segurança do trabalho”, porém de forma inversa, diminuíram as vagas no segmento, levando todos a uma série de questionamentos, entre eles, o que fica mais evidente é a qualidade destes cursos. Observar todos esses pontos nos faz refletir em diversas questões, por exemplo, se é possível um docente ou segurança do trabalho que nunca atuou direta ou indiretamente aplicar uma disciplina específica teórica. Se é possível discutir segurança do trabalho sem nunca ter vivenciado e porque os grandes profissionais do mercado, que já possuem experiência, não contribuem nas salas de aula. São diversas respostas, as soluções também são muitas, entre elas, algum meio de fiscalização. Como citado anteriormente, profissionais são formados as centenas, poucos conseguem estágio e muito menos entrar no mercado de trabalho. Voltando a questão da qualidade do ensino e estrutura dos cursos, é fator preponderante que uma “empresa escola”, quando se propõe a vender um curso técnico, possua estrutura mínima para atendimento da real necessidade de seus alunos. Não basta ter salas climatizadas, confortáveis e wi- fi, vai muito além disso. Posso afirmar que docentes bem preparados e com experiência são sempre necessários. A qualidade nesse tipo de ensino é notada em pouquíssimas “empresas escolas”. Mas existem locais melhores do que outros para se fazer esse curso, com toda certeza. Basta pesquisar com profissionais da área, que poderão indicar qual seria a melhor opção. Autor: Sr. Segurança do Trabalho

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