Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas
Metodologia e Análise dos Dados sobre a Região Administrativa de Campinas, Avaliação de Cenários de Ciência e Tecnologia e Recomendações para Organização e Consolidação de Parques Científicos e Tecnológicos.
Organização Domenico Feliciello Eduardo Gurgel do Amaral
Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas Novembro 2010
2
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Reitor Fernando Ferreira Costa
Vice-Reitor Edgar Salvadori de Decca
Pró-Reitor de Desenvolvimento Universitário Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva
Pró-Reitor de Graduação Marcelo Knobel
Pró-Reitor de Pós-Graduação Euclides de Mesquita Neto
Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Mohamed Ezz Din Mostafa Habib
Pró-Reitor de Pesquisa Ronaldo Aloise Pilli
Agência de Inovação - Inova UNICAMP Diretor Executivo Roberto de Alencar Lotufo 3
EQUIPE TÉCNICA DE PESQUISA Coordenação Geral Roberto de Alencar Lotufo Coordenação Executiva Eduardo Gurgel do Amaral Coordenação Técnica Domenico Feliciello Bolsistas Adalberto Mantovani Azevedo Allan Vieira Quadros Denísia Araujo Tavares Josiane Fachini Falvo Rafael Borovik Pesquisadores Colaboradores Mauro Zackiewicz - Coordenador André Drummond Carolina Rio Eduardo Urias João Furtado Mariana Zanatta Thays Murakami Assessoria Especializada Gian Calvi Lucila Martínez Sérgio Salles
4
SUMÁRIO SUMÁRIO 5 APRESENTAÇÃO
12
1.
INTRODUÇÃO
13
2.
CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CONTEMPORÂNEO
20
3.
4.
2.1
PARQUES CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS COMO ESTRATÉGIAS PARA A INOVAÇÃO
24
2.2
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NO BRASIL
38
2.3
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO
48
CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE CAMPINAS 3.1
ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL E INFRAESTRUTURA
58
3.2
PERFIL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS
60
3.3
PESQUISA E INOVAÇÃO NAS EMPRESAS
88
3.4
A REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
ATIVIDADES DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NA REGIÃO DE CAMPINAS 4.1.
5.
PERFIL DA PESQUISA NA RAC
PESQUISA DE CAMPO – A VISÃO DOS PRINCIPAIS ATORES 5.1.
7.
8.
10.
149 156 184
E DE INSTITUIÇÕES DE C&T
185
5.2.
EXPECTATIVAS E OPINIÕES DOS INSTITUTOS DE PESQUISA E GRUPOS DE PESQUISA
200
5.3
EXPECTATIVAS E OPINIÕES DAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA
218
5.4.
CONTRIBUIÇÕES DOS SETORES GOVERNAMENTAIS, EMPRESARIAIS E DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSOLIDAÇÃO DE PROJETOS, PARCERIAS E NEGÓCIOS DE BASE TECNOLÓGICA
229 231
6.1.
TEMAS E TÓPICOS TECNOLÓGICOS ESTRATÉGICOS
232
6.2.
TRAJETÓRIAS ATUAIS
233
6.3.
TRAJETÓRIAS NASCENTES
238
6.4.
FORTALECIMENTO DO SISTEMA DE INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
242
CENÁRIOS PARA A CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NA REGIÃO DE CAMPINAS
249
7.1.
INCERTEZAS CRÍTICAS E FUTUROS POSSÍVEIS
250
7.2.
CENÁRIOS POSSÍVEIS E AÇÕES ESTRATÉGICAS
255
CONCLUSÕES 8.1.
9.
109
EXPECTATIVAS SOBRE PARQUES TECNOLÓGICOS, DE ATORES SELECIONADOS DO SETOR EMPRESARIAL
DA RAC 6.
51
SÍNTESE DAS RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES
BIBLIOGRAFIA ANEXOS
257 258 263 267
ANEXO 01 – Empresas, institutos de pesquisa e outras organizações entrevistadas (novembro 2009 a abril 2010)
267
ANEXO 02 – Caracterização dos institutos de pesquisa entrevistados
270
ANEXO 03 – Caracterização dos grupos de pesquisa entrevistados
271
ANEXO 04 – Roteiros de entrevista de Institutos e Grupos de Pesquisa
273
ANEXO 05 – Empresas que participaram do levantamento das EBTs
282
ANEXO 06 – Roteiro de entrevista das Empresas de Base Tecnológica (EBTs)
287
5
FIGURAS FIGURA 1 – PERSONALIDADE JURÍDICA DOS INSTITUTOS FIGURA 2 – NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS FIGURA 3 – MUNICÍPIO DE ORIGEM FIGURA 4 – ÁREA DE ATUAÇÃO DOS GRUPOS DE PESQUISA FIGURA 5 – OBJETIVOS REFERIDOS PARA A INOVAÇÃO, PELOS GPS FIGURA 6 – DEMANDAS DE ALTA IMPORTÂNCIA PARA O GRUPO DE PESQUISA (NÚMERO DE CITAÇÕES – INCLUEM-SE RESPOSTAS MÚLTIPLAS FIGURA 7 – INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DE ALTA IMPORTÂNCIA (NÚMERO DE CITAÇÕES – INCLUEM-SE RESPOSTAS MÚLTIPLAS) FIGURA 8 – CARACTERIZAÇÃO DO PRINCIPAL PRODUTO TECNOLOGICAMENTE NOVO OU SIGNIFICATIVAMENTE MODIFICADO LANÇADO PELA EMPRESA NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS FIGURA 9 – CARACTERIZAÇÃO DO PRINCIPAL PROCESSO TECNOLOGICAMENTE NOVO OU SIGNIFICATIVAMENTE MODIFICADO DESENVOLVIDO PELA EMPRESA NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS FIGURA 10 – IMPORTÂNCIA ALTA DADA ÀS AÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO NA EMPRESA (D4) FIGURA 11 – IMPORTÂNCIA ALTA DADA ÀS MOTIVAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÕES FIGURA 12 – IMPORTÂNCIA ALTA DADA AOS INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL FIGURA 13 – IMPORTÂNCIA ALTA DADA À NECESSIDADE DE CAPACITAÇÃO E DE TREINAMENTO DOS PROFISSIONAIS NO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES INOVATIVAS FIGURA 14 – INCENTIVOS OU FINANCIAMENTOS VOLTADOS AO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES INOVATIVAS JÁ RECEBIDOS FIGURA 15 – INSTITUIÇÕES QUE JÁ RECEBERAM INCENTIVOS OU FINANCIAMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO FIGURA 16 – INSTITUIÇÕES QUE A EMPRESA JÁ RECEBEU APOIO FIGURA 17 – CATEGORIAS DE PARCEIROS QUE CONSOLIDARAM ARRANJOS DE COOPERAÇÃO PARA INOVAÇÃO NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS FIGURA 18 – IMPORTÂNCIA ALTA DADA PARA AS DEMANDAS ÀS UNIVERSIDADES E AOS CENTROS TECNOLÓGICOS E LABORATORIAIS FIGURA 19 – OBSTÁCULOS PARA REALIZAR ATIVIDADES DE INOVAÇÃO FIGURA 20 – IMPORTÂNCIA ALTA DADA AOS QUESITOS PARA JUSTIFICAR A INSTALAÇÃO DA EMPRESA EM UM PARQUE TECNOLÓGICO FIGURA 21 – FATOR MAIS IMPORTANTE PARA JUSTIFICAR UMA EVENTUAL DECISÃO DE INSTALAR UNIDADES DE NEGÓCIO E/OU P, D&I EM CAMPINAS E REGIÃO (NÃO NECESSARIAMENTE EM UM PARQUE TECNOLÓGICO)
202 202 209 210 213 214 214 219 220 220 221 221 222 222 223 224 224 225 225 226 227
GRÁFICOS GRÁFICO 1 – RELAÇÃO ENTRE INVESTIMENTO EM P&D E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE PAÍSES SELECIONADOS GRÁFICO 2 – COMPOSIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES POR INTENSIDADE TECNOLÓGICA EM 2005 GRÁFICO 3 – INVESTIMENTOS EM P&D PELOS SETORES INDUSTRIAIS E GOVERNAMENTAIS DE PAÍSES SELECIONADOS GRÁFICO 4 – DISTRIBUIÇÃO DE PESQUISADORES, EM EQUIVALÊNCIA DE TEMPO, POR SETORES INSTITUCIONAIS (%) GRÁFICO 5 – PORCENTAGEM DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS COM ATIVIDADES INOVADORAS QUE RECEBERAM FINANCIAMENTO PÚBLICO PARA ESSAS ATIVIDADES, EM PAÍSES SELECIONADOS GRÁFICO 6 – EVOLUÇÃO DA CRIAÇÃO DE PARQUES TECNOLÓGICOS, ESTADOS UNIDOS, 1951-2002 GRÁFICO 7 – COMPOSIÇÃO DO PIB MUNICIPAL DOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DA RAC EM 2007 GRÁFICO 8 – EVOLUÇÃO DO PIB DE PAÍSES SELECIONADOS PARA COMPARAÇÃO (US$ 2009) GRÁFICO 9 – DISTRIBUIÇÃO DE 285 ATIVIDADES ECONÔMICAS NA RAC SEGUNDO ESPECIALIZAÇÃO E PESSOAL OCUPADO GRÁFICO 10 – PERFIL DE ESPECIALIZAÇÃO LOCAL POR ATIVIDADES ECONÔMICAS (RAC E CAMPINAS) GRÁFICO 11 – INVESTIMENTOS EM P&D E VTI PARA DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC. GRÁFICO 12 – INVESTIMENTOS EM P&D E VTI PARA DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC: INDÚSTRIAS FORNECEDORAS ESPECIALIZADAS GRÁFICO 13 – INVESTIMENTOS EM P&D E VTI PARA DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC: INDÚSTRIAS BASEADAS EM CIÊNCIA GRÁFICO 14 – INVESTIMENTOS EM P&D E VTI PARA DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC: INDÚSTRIAS DOMINADAS PELO FORNECEDOR GRÁFICO 15 – INVESTIMENTOS EM P&D E VTI PARA DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC:
6
20 21 21 22 22 28 60 62 63 65 67 68 72 74
INDÚSTRIAS BASEADAS EM DIFERENCIAÇÃO GRÁFICO 16 – INVESTIMENTOS EM P&D E VTI PARA DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC: INDÚSTRIAS INTENSIVAS EM ESCALA GRÁFICO 17 – DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC COM MAIOR POTENCIAL PARA PARCERIAS COM UNIVERSIDADE E CENTROS DE PESQUISA GRÁFICO 18 – DIVISÕES SETORIAIS DE DESTAQUE NA RAC COM BAIXO POTENCIAL DE INOVAÇÃO GRÁFICO 19 – TRAJETÓRIAS DE SÃO PAULO, CAMPINAS E SÃO CARLOS EM RELAÇÃO A PROJETOS PIPE APROVADOS (1999-2009) GRÁFICO 20 – PERFIL DOS PROJETOS PIPE EM CAMPINAS E SÃO PAULO EM RELAÇÃO A TODOS OS PROJETOS PIPE APROVADOS (1999-2009) GRÁFICO 21 – DESEMPENHO ACUMULADO NO USO DA LEI DE INFORMÁTICA NAS PRINCIPAIS REGIÕES INDUSTRIAIS DE TICS GRÁFICO 22 – PATENTES REQUERIDAS NOS EUA POR PAÍSES SELECIONADOS (2001-2007) GRÁFICO 23 – PATENTES REQUERIDAS NOS EUA POR EMPRESAS E AUTORES RESIDENTES NA RAC, NO ESTADO DE SÃO PAULO E NO BRASIL (2001-2007) GRÁFICO 24 – RMC: PIRÂMIDES MUNICIPAIS 1980 E 2005 GRÁFICO 25 – RMC: TAXA DE ALFABETIZAÇÃO DA POPULAÇÃO COM 10 ANOS OU MAIS – 1980, 1990 E 2000 GRÁFICO 26 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS GRÁFICO 27 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS GRÁFICO 28 – PERFIS DE ESPECIALIZAÇÃO REGIONAIS NA PESQUISA PARA RAC, CAMPINAS E PIRACICABA GRÁFICO 29 – PAÍSES COM MAIS ARTIGOS INDEXADOS, ENTRE JANEIRO 1999 E AGOSTO 2009. GRÁFICO 30 – ARTIGOS INDEXADOS NA WEB OF SCIENCE NOS PAÍSES DO BRIC GRÁFICO 31 – ARTIGOS INDEXADOS NA WEB OF SCIENCE, RAC E PAÍSES SELECIONADOS GRÁFICO 32 – HISTOGRAMA DA FREQUÊNCIA DE GRUPOS DE PESQUISA POR ÍNDICE H PARA A RAC GRÁFICO 33 – HISTOGRAMA DA FREQUÊNCIA DE GRUPOS DE PESQUISA POR ÍNDICE H PARA A UNICAMP GRÁFICO 34 – RELAÇÃO ENTRE O TAMANHO DOS GRUPOS DE PESQUISA E O ÍNDICE H GRÁFICO 35 – DISTRIBUIÇÃO EM QUARTIS DO ÍNDICE H DOS GRUPOS DE PESQUISA POR GRANDES ÁREAS GRÁFICO 36 – UNICAMP FONTES DE FINANCIAMENTO À PESQUISA 2011 A 2009 GRÁFICO 37 – EMPRESAS ESCOLHIDAS PELO TECHNOLOGY PIONNERS ENTRE 2000 E 2010
78 80 85 86 93 94 103 105 106 115 132 132 133 161 163 164 165 169 170 171 172 181 232
MAPAS MAPA 1 – TIPOLOGIA DOS MUNICÍPIOS SEGUNDO O PERFIL DO PIB, 2003 MAPA 2 – REGIÃO ADMINISTRATIVA DE CAMPINAS – ARRANJOS PRODUTIVOS PRIORITÁRIOS MAPA 3 – REGIÃO ADMINISTRATIVA E REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 4 – FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES MAPA 5 – FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE USO GERAL MAPA 6 – FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE USO INDUSTRIAL ESPECÍFICO MAPA 7 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE BORRACHA MAPA 8 – FUNDIÇÃO MAPA 9 – FABRICAÇÃO DE MOTORES, BOMBAS, COMPRESSORES E EQUIPAMENTOS DE TRANSMISSÃO MAPA 10 – FABRICAÇÃO DE TRATORES E DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA AGRICULTURA E PECUÁRIA MAPA 11 – FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA DISTRIBUIÇÃO E CONTROLE DE ENERGIA ELÉTRICA MAPA 12 – FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA USO NA EXTRAÇÃO MINERAL E NA CONSTRUÇÃO MAPA 13 – FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS-FERRAMENTAS MAPA 14 – FABRICAÇÃO DE GERADORES, TRANSFORMADORES E MOTORES ELÉTRICOS MAPA 15 – FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E APARELHOS ELÉTRICOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE MAPA 16 – FABRICAÇÃO DE TANQUES, RESERVATÓRIOS METÁLICOS E CALDEIRAS MAPA 17 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS MAPA 18 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS E PREPARADOS QUÍMICOS DIVERSOS MAPA 19 – FABRICAÇÃO DE COMPONENTES ELETRÔNICOS MAPA 20 – FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO MAPA 21 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS INORGÂNICOS MAPA 22 – FABRICAÇÃO DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA USO MÉDICO E ODONTOLÓGICO E DE ARTIGOS ÓPTICOS MAPA 23 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MATERIAL PLÁSTICO MAPA 24 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS CERÂMICOS MAPA 25 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE METAL NÃO ESPECÍFICOS MAPA 26 – FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS TÊXTEIS, EXCETO VESTUÁRIO
56 57 59 69 69 69 69 69 69 70 70 70 70 70 70 71 72 72 73 73 73 73 75 75 75 75
7
MAPA 27 – TECELAGEM, EXCETO MALHA MAPA 28 – FORJARIA, ESTAMPARIA, METALURGIA DO PÓ E SERVIÇOS DE TRATAMENTO DE METAIS MAPA 29 – FABRICAÇÃO DE EMBALAGENS DE PAPEL, CARTOLINA ETC MAPA 30 – FABRICAÇÃO DE PAPEL, CARTOLINA E PAPEL-CARTÃO MAPA 31 – PRODUTOS DIVERSOS DE PAPEL MAPA 32 – FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DE CUTELARIA, DE SERRALHARIA E-FERRAMENTAS MAPA 33 – ACABAMENTOS EM FIOS, TECIDOS E ARTEFATOS TÊXTEIS MAPA 34 – FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DE JOALHERIA, BIJUTERIA E SEMELHANTES MAPA 35 – FABRICAÇÃO DE BRINQUEDOS E JOGOS RECREATIVOS MAPA 36 – FABRICAÇÃO DE SABÕES DETERGENTES, PRODUTOS DE LIMPEZA, COSMÉTICOS, PRODUTOS DE PERFUMARIA E DE HIGIENE PESSOAL MAPA 37 – ELETRODOMÉSTICOS MAPA 38 – FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA E PERIFÉRICOS MAPA 39 – PREPARAÇÃO E FIAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS MAPA 40 – FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS MAPA 41 – FABRICAÇÃO DE RESINAS E ELASTÔMEROS MAPA 42 – PRODUÇÃO DE LAVOURAS PERMANENTES MAPA 43 – HORTICULTURA E FLORICULTURA MAPA 44 – TRATAMENTO DE DADOS, HOSPEDAGEM NA INTERNET E OUTRAS ATIVIDADES RELACIONADAS MAPA 45 – ATIVIDADES RELACIONADAS À ORGANIZAÇÃO DO TRANSPORTE DE CARGA MAPA 46 – ESGOTO E ATIVIDADES RELACIONADAS MAPA 47 – ATIVIDADES DE APOIO À EDUCAÇÃO MAPA 48 – PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL EM CIÊNCIAS FÍSICAS E NATURAIS MAPA 49 – ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA PSICOSSOCIAL E À SAÚDE A PORTADORES DE DISTÚRBIOS PSÍQUICOS, DEFICIÊNCIA MENTAL E DEPENDÊNCIA QUÍMICA MAPA 50 – OPERADORAS DE TELEVISÃO POR ASSINATURA MAPA 51 – TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ MAPA 52 – TESTES E ANÁLISES TÉCNICAS MAPA 53 – LOCALIZAÇÃO DAS REGIÕES METROPOLITANAS DO ESTADO DE SÃO PAULO MAPA 54 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 55 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 56 – RMC: FLUXOS ACIMA DE 2.000 PESSOAS DA PEA OCUPADA FORA DO MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA, 1980 E 2000 MAPA 57 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 58 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 59 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 60 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 61 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 62 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 63 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 64 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 65 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 66 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 67 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MAPA 68 – DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DOS GRUPOS DE PESQUISA, PESQUISADORES E ALUNOS NA RAC
75 75 76 76 76 76 76 76 77 78 78 79 80 80 81 82 82 82 82 82 82 83 83 83 83 83 110 111 112 114 116 135 135 136 137 138 138 139 140 140 141 168
QUADROS QUADRO 1 – MEDIDAS LEGAIS DE ESTÍMULO À INOVAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS, 1980-2000 QUADRO 2 – UNIÃO EUROPEIA: ESTRUTURA DA ESTRATÉGIA DE LISBOA (2000) QUADRO 3 – OBJETIVOS, PRIORIDADES E INICIATIVAS DA ESTRATÉGIA UE 2020 QUADRO 4 – ESTRATÉGIA UE 2020: AÇÕES DA INICIATIVA EMBLEMÁTICA “UMA UNIÃO DA INOVAÇÃO” QUADRO 5 – EIXOS, LINHAS DE AÇÃO E PROGRAMAS DO PLANO NACIONAL DE CTI 2007 – 2010 DO MCT, BRASIL QUADRO 6 – PADRÕES SETORIAIS DE INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA, ELABORADO A PARTIR DA CARACTERIZAÇÃO DE PAVITT (1984) E DAS ESPECIFICIDADES BRASILEIRAS QUADRO 7 – RMC: PERFIL DOS INVESTIMENTOS ANUNCIADOS NOS MUNICÍPIOS – 1997 / 2005 QUADRO 8 – EMPRESAS INDICADAS PELOS GRUPOS DE PESQUISA DA UNICAMP COM AS QUAIS FORAM REALIZADAS PARCERIAS QUADRO 9 – CARACTERIZAÇÃO DAS ABORDAGENS DE CAMPO REALIZADAS QUADRO 10 – PROPOSTAS E AÇÕES ELABORADAS PELOS PRINCIPAIS ATORES REGIONAIS, VISANDO A IMPLANTAÇÃO DE PARQUES TECNOLÓGICO NA RAC
8
28 31 35 36 42 66 130 177 185 230
QUADRO 11 – CARACTERÍSTICAS E DISTINÇÕES ENTRE PARQUES TECNOLÓGICOS E PARQUES CIENTÍFICOS QUADRO 12 – CENÁRIOS POSSÍVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO BASEADO EM INOVAÇÃO NA RAC
249 256
TABELAS TABELA 1 – REGIÕES BRASIL PARQUES TECNOLÓGICOS EM OPERAÇÃO, EM IMPLANTAÇÃO E NA FASE DE PROJETO EM 2008 TABELA 2 – MÉDIA PERCENTUAL DOS DISPÊNDIOS EM C&T EM RELAÇÃO À RECEITA DOS ESTADOS* TABELA 3 – DISTRIBUIÇÃO DEMOGRÁFICA POR TAMANHO DE MUNICÍPIO – ESTADO DE SÃO PAULO (1970, 1980, 1991 E 2000) TABELA 4 – PRODUTO INTERNO BRUTO E POPULAÇÃO DOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DA RAC EM 2007 (R$ 2009) TABELA 5 – PIB, POPULAÇÃO E ÁREA DE PAÍSES SELECIONADOS PARA COMPARAÇÃO COM A RAC (US$ 2009) TABELA 6 – ATIVIDADES ECONÔMICAS DE DESTAQUE NA RAC SEGUNDO GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO E PESSOAL OCUPADO, COM COMPARAÇÃO AO BRASIL E QUANTIDADES DE MESTRES E DOUTORES TABELA 7 – PESSOAL OCUPADO EM ATIVIDADES RELACIONADAS À EDUCAÇÃO NA RAC, CAMPINAS, JUNDIAÍ E PIRACICABA TABELA 8 – ESTIMATIVA DOS GASTOS INDUSTRIAIS TOTAIS COM INOVAÇÃO E P&D NA RAC TABELA 9 – PRINCIPAIS TEMAS FINANCIADOS PELOS EDITAIS FINEP DE SUBVENÇÃO ECONÔMICA PARA INOVAÇÃO EM EMPRESAS E A PARTICIPAÇÃO RELATIVA DA RAC E DA CIDADE DE CAMPINAS TABELA 10 – MONTANTES CAPTADOS PELOS MUNICÍPIOS DA RAC PARA PROJETOS DE INOVAÇÃO SUBVENCIONADOS (2006 A 2009 TABELA 11 – MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM MAIS RECURSOS CAPTADOS PARA PROJETOS DE INOVAÇÃO SUBVENCIONADOS (2006 A 2009) TABELA 12 – EMPRESAS DA RAC COM PROJETOS DE INOVAÇÃO SUBVENCIONADOS (2006 A 2009) TABELA 13 – MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO COM PROJETOS PIPE APROVADOS (1999-2009) TABELA 14 – EMPRESAS DA RAC COM PROJETOS DE PESQUISA EM PARCERIA NO PITE (1997-2009) TABELA 15 – EMPRESA COM PROJETOS PITE EM PARCERIA COM INSTITUIÇÕES DE PESQUISA DA RAC (1997-2009) TABELA 16 – ÁREA DE PESQUISA DOS PROJETOS PITE DO LADO DAS EMPRESAS DA RAC E OUTRAS REGIÕES (1997-2009) TABELA 17 – ÁREAS DE PESQUISA DOS PROJETOS PITE DO LADO DAS INSTITUIÇÕES DE PESQUISA DA RAC E OUTRAS REGIÕES (1997-2009) TABELA 18 – PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS BENEFICIADAS PELA LEI DO BEM, COM DESTAQUE PARA RAC, RMSP E ESTADO DE SÃO PAULO (2006-2008) TABELA 19 – EMPRESAS DA RAC BENEFICIADAS PELA LEI DO BEM (2006-2008) TABELA 20 – QUANTIDADE DE PRODUTOS APROVADOS PARA INCENTIVO DA LEI DE INFORMÁTICA (2001-2009) TABELA 21 – QUANTIDADE DE PRODUTOS APROVADOS PARA INCENTIVO DA LEI DE INFORMÁTICA (2001-2009) NOS MUNICÍPIOS DA RAC TABELA 22 – EMPRESAS DA RAC BENEFICIADAS PELA LEI DE INFORMÁTICA (2001-2009) TABELA 23 – PERFIL TEMÁTICO-SETORIAL DAS PATENTES REQUERIDAS NOS EUA POR EMPRESAS E AUTORES RESIDENTES NA RAC E NO ESTADO DE SÃO PAULO (2001-2007) TABELA 24 – EMPRESAS E INSTITUIÇÕES DA RAC (OU COM AUTORES RESIDENTES NA RAC) IDENTIFICADAS COM PATENTES REQUERIDAS NOS EUA (2001-2007) TABELA 25 – POPULAÇÃO E TAXAS MÉDIAS ANUAIS DE CRESCIMENTO: BRASIL, ESTADO DE SÃO PAULO E RMS PAULISTAS EM 1970, 1980, 1991, 2000 E 2007 TABELA 26 – PARTICIPAÇÃO DAS RMS PAULISTAS NO TOTAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E DO ESTADO DE SÃO PAULO EM 1970, 1980, 1991, 2000 E 2007 TABELA 27 – DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DA RMC SEGUNDO TAMANHO DOS MUNICÍPIOS EM 1991 E 2000 TABELA 28 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS TABELA 29 – REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS TABELA 31 – PARTICIPAÇÃO DA RMC NO PIB NACIONAL (EM %) TABELA 32 – PARTICIPAÇÃO DA RMC NO PIB DO ESTADO DE SÃO PAULO (EM %) TABELA 33 – RMC: DISTRIBUIÇÃO MUNICIPAL DO PIB E DO VALOR ADICIONADO EM 2004 TABELA 34 – RMC: BALANÇA COMERCIAL EM 2007 E 2008 TABELA 35 – RMC: INVESTIMENTOS ANUNCIADOS, SEGUNDO PORTE DO EMPREENDIMENTO – 1997 A 2005 TABELA 36 – RMC: INVESTIMENTOS ANUNCIADOS SEGUNDO SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA – 1997 A 2005 TABELA 37 – RMC: INVESTIMENTOS ANUNCIADOS SEGUNDO SUBSETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA – 1997 A 2005 TABELA 38 – RMC – INVESTIMENTOS ANUNCIADOS NA INDÚSTRIA SEGUNDO INTENSIDADE TECNOLÓGICA – 1997 A 2005
40 59 55 61 62 63 84 88 90 91 91 92 93 96 96 97 97 99 101 102 103 104 107 107 111 112 113 117 118 119 119 121 122 123 123 124 125
9
TABELA 39 – RMC: INVESTIMENTOS ANUNCIADOS SEGUNDO ORIGEM DO CAPITAL – 1997 A 2005 TABELA 40 – RMC: TIPOS DE INVESTIMENTOS ANUNCIADOS TABELA 41 – RMC: INVESTIMENTOS ANUNCIADOS SEGUNDO MUNICÍPIO TABELA 42 – RMC: INVESTIMENTOS IMPLANTADOS – 1998 / 2002 – VALORES EM MILHARES DE R$ TABELA 43 – RMC: GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE – 2003 TABELA 44 – RMC: POPULAÇÃO SEGUNDO CONDIÇÃO DE ATIVIDADE (EM MIL PESSOAS) TABELA 45 – RMC: DISTRIBUIÇÃO DOS TRABALHADORES SEGUNDO POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO (EM %) TABELA 46 – RMC: VARIAÇÃO MÉDIA ANUAL DO ESTOQUE DE EMPREGO FORMAL SEGUNDO GRANDES SETORES (%) TABELA 47 – RMC: DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGOS FORMAIS SEGUNDO RAMOS INDUSTRIAIS (EM %) TABELA 48 – RMC: DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGOS FORMAIS SEGUNDO RAMOS DO COMÉRCIO E DOS SERVIÇOS (EM %) TABELA 49 – RMC: DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO FORMAL NOS GRANDES ESTABELECIMENTOS SEGUNDO GRAU DE INSTRUÇÃO (EM %) TABELA 50 – RMC: ESTRUTURA DO VAF INDUSTRIAL – 1980 A 1998 (EM %) TABELA 51 – RMC: ESTRUTURA DO VAF INDUSTRIAL – 2000 A 2007 (EM %) TABELA 52 – RMC: DISTRIBUIÇÃO DO VAF INDUSTRIAL SEGUNDO MUNICÍPIOS DA RMC – 2000 A 2007 (EM %) TABELA 53 – RMC: ESTRUTURA SETORIAL DO VALOR ADICIONADO DOS SERVIÇOS – 2001 (EM %) TABELA 54 – GRUPOS DE PESQUISA, PESQUISADORES E ESTUDANTES ATUANTES NA RAC TABELA 55 – GRUPOS DE PESQUISA E RECURSOS HUMANOS DEDICADOS À PESQUISA POR INSTITUIÇÃO PRESENTE NA RAC TABELA 56 – INSTITUIÇÕES DE PESQUISA PRESENTES NA RAC TABELA 57 – DISCIPLINAS PREDOMINANTES NOS GRUPOS DE PESQUISA DA RAC TABELA 58 - ARTIGOS INDEXADOS DO BRASIL, ESTADO DE SÃO PAULO E RAC E PROPORÇÕES REGIONAIS FRENTE AO PIB. TABELA 59 – POSIÇÃO RELATIVA DO BRASIL FRENTE AOS BRICS NAS 25 PRINCIPAIS DISCIPLINAS ACADÊMICAS BRASILEIRAS, SEGUNDO QUANTIDADE DE PUBLICAÇÕES INDEXADAS TABELA 60 – POSIÇÃO RELATIVA DA RAC E DE MUNICÍPIOS SELECIONADOS NAS DISCIPLINAS IMPORTANTES NO BRASIL, SEGUNDO QUANTIDADE DE PUBLICAÇÕES INDEXADAS TABELA 61 – POSIÇÃO RELATIVA DA RAC E DE MUNICÍPIOS SELECIONADOS EM OUTRAS DISCIPLINAS IMPORTANTES NA RAC, SEGUNDO QUANTIDADE DE PUBLICAÇÕES INDEXADAS TABELA 62 – POSIÇÃO RELATIVA DA RAC E DE PAÍSES SELECIONADOS NAS DISCIPLINAS IMPORTANTES NA RAC TABELA 63 – ÍNDICES H MÉDIOS E INSTITUCIONAIS PARA INSTITUIÇÕES DE PESQUISA DA RAC TABELA 64 – ÍNDICES H DOS MUNICÍPIOS DA RAC TABELA 65 – GRUPOS DE PESQUISA DE DESTAQUE NA RAC COM HGS ≥ 25 (CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, CIÊNCIAS AGRÁRIAS, CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA, CIÊNCIAS DA SAÚDE) TABELA 66 – GRUPOS DE PESQUISA DE DESTAQUE NA RAC COM HGS ≥ 15 (ENGENHARIAS, CIÊNCIAS HUMANAS, LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES, CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS) TABELA 67 – PRINCIPAIS MUNICÍPIOS EM CAPTAÇÃO DE RECURSOS COMPETITIVOS DOS FUNDOS SETORIAIS TABELA 68 – CAPTAÇÃO DE RECURSOS COMPETITIVOS DOS FUNDOS SETORIAIS PELOS MUNICÍPIOS DA RAC TABELA 69 – DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS CAPTADOS POR FUNDO SETORIAL, RAC E BRASIL TABELA 70 – VARIAÇÕES NA PARTICIPAÇÃO DA RAC NA CAPTAÇÃO DE RECURSOS POR FUNDO SETORIAL (2000 A 2009) TABELA 71 – RECURSOS COMPETITIVOS INVESTIDOS PELOS FUNDOS SETORIAIS NO BRASIL (2000 A 2009) E, CAPTADOS PELA RAC TABELA 72 – CONVÊNIOS FIRMADOS PELA UNICAMP ENTRE 2006 E 2008 TABELA 73 – TIPO DE ORGANIZAÇÃO QUE REALIZOU CONVÊNIOS DE PESQUISA COM UNICAMP (2006 A 2008) TABELA 74 – UNICAMP – FINANCIAMENTO À PESQUISA EM R$ DURANTE OS ÚLTIMOS ANOS TABELA 75 – NÚMERO E VALORES DE CONVÊNIOS DE PESQUISA COM UNICAMP (2006 A 2008), POR SETORES ECONÔMICOS TABELA 76 – NÚMERO E VALORES DE CONVÊNIOS DE PESQUISA COM UNICAMP (2006 A 2008), POR DISCIPLINAS ACADÊMICAS. TABELA 77 – ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS PESQUISADORES DOS IPS TABELA 78 – DEFINIÇÃO DAS PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA E EM INOVAÇÃO TABELA 79 – TIPOS DE INCENTIVOS / FINANCIAMENTOS RECEBIDOS TABELA 80 – FINALIDADES DOS INCENTIVOS OU FINANCIAMENTOS RECEBIDOS TABELA 81 – COOPERAÇÃO PARA INOVAÇÃO, CATEGORIAS DE PARCEIROS TABELA 82 – FINALIDADE DA(S) COOPERAÇÃO(ÕES) DOS IPS TABELA 83 – GRAU DE IMPORTÂNCIA DAS DEMANDAS DOS INSTITUTOS ÀS UNIVERSIDADES E
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125 126 127 128 133 142 142 143 144 145 145 147 148 148 149 157 157 159 160 164 166 167 167 168 170 171 173 173 174 175 175 176 176 179 180 180 182 183 203 203 204 204 205 205
ÀS EMPRESAS PRIVADAS TABELA 84 – AS DEMANDAS E AS NECESSIDADES DO INSTITUTO PARA AMPLIAR A CAPACIDADE DE INOVAÇÃO TABELA 85 – OBSTÁCULOS ENCONTRADOS PELOS IPS PARA REALIZAR ATIVIDADES DE INOVAÇÃO TABELA 86 – GRAU DE IMPORTÂNCIA DOS REQUISITOS PARA JUSTIFICAR A INSTALAÇÃO DO INSTITUTO EM UM PARQUE TECNOLÓGICO TABELA 87 – IPS: SUGESTÕES DE POLÍTICA PARA AUMENTAR A ATRATIVIDADE DA RMC PARA ATIVIDADES DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA TABELA 88 – DEMANDA POR CONTRATAÇÃO DE PESQUISADORES SEGUNDO NÍVEIS DE FORMAÇÃO TABELA 89 – NECESSIDADE DE CAPACITAÇÃO E DE TREINAMENTO DOS PROFISSIONAIS NO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES INOVATIVAS TABELA 90 – FORMAÇÕES ESPECÍFICAS MAIS DEMANDADAS PELOS GPS TABELA 91 – DEMANDAS DO GRUPO DE PESQUISA (H9) TABELA 92 – GRAU DE IMPORTÂNCIA DOS INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL PARA O GRUPO DE PESQUISA TABELA 93 – IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES OFERECIDAS POR UNIVERSIDADES E POR EMPRESAS PRIVADAS PARA O GRUPO DE PESQUISA TABELA 94 – GPS: SUGESTÕES DE POLÍTICA PARA AUMENTAR A ATRATIVIDADE DA RMC PARA ATIVIDADES DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA TABELA 95 – PRINCIPAL SETOR DE ATIVIDADE
206 207 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 219
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APRESENTAÇÃO O presente relatório expõe os resultados finais do Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas, realizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo. A elaboração dos dados e informações a seguir apresentados foi resultante de um conjunto de estudos incluindo pesquisa documental e de bancos de dados disponíveis, bem como pesquisa de campo e a realização de encontros e oficinas de trabalho com os atores relevantes da Região de Campinas. Tendo em vista os diferentes formatos dos levantamentos e estudos, optou-se por uma apresentação que integra este conjunto de informações por áreas temáticas. Nesse aspecto, o Capítulo Um aborda a Ciência, a Tecnologia e a Inovação como elemento de desenvolvimento econômico e social de sociedades selecionadas, visando identificar suas principais características e como as mesmas vem sendo incorporadas, ou não, nas políticas e projetos nacionais de desenvolvimento por várias esferas governamentais. O Capítulo Dois caracteriza a Região Administrativa de Campinas e a Região Metropolitana de Campinas do ponto de vista mais global, tanto no que se refere ao seu desenvolvimento social quanto econômico, destacando-a como importante polo econômico e de ciência e tecnologia. Posteriormente, o Capítulo Três expõe especificamente a caracterização dos setores produtivos regionais buscando avaliar a sua participação no âmbito da pesquisa, desenvolvimento e inovação, apontando os setores que mais se destacam, bem como aqueles com potencial de estabelecimento de parcerias nos empreendimentos dos Parques Científicos e Tecnológicos regionais. O Capítulo Quatro avalia as instituições de ciência e pesquisa regionais também buscando apontar os potenciais existentes, em termos de disciplinas e produção científica, que podem vir a se constituir em importantes áreas de parceria, para o desenvolvimento de tecnologia e inovação. No Capítulo Cinco apresenta-se um conjunto de questões referentes à integração entre os setores públicos, privados e de ciência e tecnologia, além de aspectos relacionados à organização e funcionamento dos Parques Científicos e Tecnológicos. Finalmente, o Capítulo Seis expõe uma análise de cenários e de potenciais para o desen12
volvimento de áreas de ciência, tecnologia e inovação na região e, um conjunto de recomendações relacionadas às estratégias e políticas a serem implementadas de suporte à organização e consolidação dos Parques Científicos e Tecnológicos regionais. Durante a execução do projeto tornou-se evidente que a estratégia de desenvolvimento e consolidação de Parques Científicos e Tecnológicos era limitante para dar conta da complexidade de potenciais e expectativas da Região Administrativa de Campinas, tendo sido ampliado o escopo do estudo, buscando incluir análise e diretrizes que possam contribuir para a implantação de uma Região do Conhecimento. Nessa perspectiva, incluíram-se recomendações que possibilitam a concretização dessa Região do Conhecimento, entendendo que toda a comunidade da região e seus diferentes setores devem estar focados e alinhados num projeto regional no qual a ciência, a tecnologia e a inovação podem colaborar para o desenvolvimento sustentável, a qualidade de vida e o progresso econômico e social. Espera-se que o presente estudo possa efetivamente contribuir com a organização do Parque Científico da Unicamp e com os Parques Tecnológicos da Região de Campinas. Neste sentido, vale a pena acentuar os esforços empreendidos pela Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo e da Fundação Fórum Campinas que, junto com a INOVA Unicamp tem propiciado a aproximação dos diferentes setores envolvidos com estes empreendimentos, bem como possibilitado o desenho de um inovador sistema regional de Parques Tecnológicos e de uma Região do Conhecimento.
1. INTRODUÇÃO O Projeto de Polo de Inovação da Unicamp estabeleceu como objetivo geral formular, viabilizar e implementar proposta de implantação do Polo de Inovação da Unicamp, visando ampliar as oportunidades de: formação de alunos, valorizar a pesquisa; criar projetos de empresas inovadoras; e, contribuir na produção e transferência de conhecimentos, tecnologias e inovação aos setores públicos e privados, na perspectiva de apoiar o desenvolvimento socioeconômico da região de Campinas e do estado de São Paulo. Definiu ainda como objetivos específicos: •
Ampliar a interação da Universidade com os demais atores do Sistema Nacional de
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Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da criação de interfaces com a sociedade que estimulem a emergência de pesquisa colaborativa e multidisciplinar com organizações públicas e privadas interessadas no desenvolvimento científico e tecnológico e na promoção da inovação; •
Auxiliar na promoção da interação entre a Universidade e organizações públicas e privadas como forma de ampliação das oportunidades de formação de alunos, de valorização da pesquisa e de empreendimentos nascentes inovadores a partir dos recursos humanos formado na Universidade;
•
Propiciar a emergência de projetos selecionados e inovadores, a serem desenvolvidos por empresas brasileiras em parceria com grupos de pesquisa e pesquisadores de unidades da Unicamp em colaboração com organizações pública e privadas e que ofereçam oportunidades de participação, por meio de bolsas e estágios, a alunos de graduação e de pós-graduação da Unicamp;
•
Efetivar a infraestrutura adequada para a residência temporária, em suas instalações, de projetos inovadores, desenvolvidos em parcerias com organizações públicas e privadas;
•
Apoiar os projetos pré-residentes selecionados de negócios inovadores.
Para a sua efetivação, a Unicamp conta com um conjunto de estruturas e projetos, incluindo importantes áreas e grupos de pesquisa, bem como inúmeros projetos de parcerias na produção de conhecimentos, tecnologias e inovação em desenvolvimento, que lhe propicia o alcance destes objetivos. No entanto, levantava-se a necessidade de criar estímulos e maior apoio institucional visando não só a transferência de tecnologia e a colaboração dos setores públicos e privados, mas também o aumento de oportunidades de atuação de seus professores e alunos no campo da ciência, tecnologia e inovação. Indicava-se também a necessidade de definir e implementar diretrizes e incentivos que permitissem que pesquisadores e alunos, da Universidade, viessem a participar de projetos de parcerias com setores produtivos, privados e públicos. Nesse aspecto, o projeto proposto pela Unicamp buscava avaliar as potencialidades institucionais, mas também as potencialidades regionais e do estado de São Paulo, de modo a possi-
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bilitar a elaboração de um Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação, por parte da Universidade, que fosse coerente com a realidade locorregional e, que pudesse efetivamente contribuir para o desenvolvimento científico e socioeconômico. Considerando ainda as atuais iniciativas locorregionais quanto à implantação de Parques Científicos e Tecnológicos, o estudo sobre os desafios e potencialidades externas e fortalezas e fragilidades internas deveria ser realizado com a perspectiva de contribuir com a elaboração do Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação dos Parques Tecnológicos e Científicos de Campinas e do Polo de Inovação da Unicamp. Essa perspectiva requeria a realização de estudos técnicos em profundidade, sobre: o perfil local das competências científicas e suas perspectivas; as áreas e linhas de pesquisa de maior potencial de geração de negócios e/ou de atração de investimentos produtivos; as atividades empresariais intensivas em tecnologia da região e sua evolução esperada; e, as necessidades de infraestrutura tecnológica e de serviços de apoio, de forma a orientar os perfis do Polo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científico e Tecnológico de Campinas. O referido estudo foi planejado de modo a atingir vários objetivos específicos, incluindo: •
Realizar o mapeamento das empresas regionais de base tecnológica e da infraestrutura e serviços tecnológicos existentes, visando detectar os potenciais existentes nos setores públicos e privados;
•
Conhecer os cenários de evolução da indústria da base tecnológica regional suas perspectivas futuras, as possibilidades de atração de investimentos e, as possibilidades de implantação de novos setores e segmentos industriais;
•
Reconhecer as lacunas e os investimentos necessários para a criação de capacitações complementares e para a dotação de infraestrutura e de serviços de apoio aos setores públicos e privados de base tecnológica;
•
Caracterizar, em maior profundidade, o perfil da pesquisa de excelência, na região, através da análise de publicações, projetos de pós-graduação, formação de recursos humanos, projetos de pesquisa e de transferência de tecnologia, entre outros;
•
Detectar as lacunas e gargalos institucionais, os investimentos necessários e competências científicas complementares necessárias à consolidação da pesquisa no médio prazo;
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•
Caracterizar a interação universidade – institutos – empresas e das incubadoras de empresas existentes, com a finalidade de observar o potencial de geração de novos projetos, parcerias e negócios de base tecnológica.
Considerando a complexidade do estudo proposto já havia sido indicada a necessidade de utilização de pressupostos da pesquisa exploratória e da pesquisa ação, na medida em que se previa a necessidade de aproximações sucessivas aos objetos alvo do estudo, bem como o envolvimento dos principais atores-chaves na definição de diretrizes e perspectivas futuras, quanto à utilização, pelo setor produtivo, da pesquisa, da tecnologia e da inovação. Nesse aspecto, o projeto apresentado à Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo já indicava que este tipo de pesquisa permitiria conhecer a variável de estudo tal como se apresenta, seu significado e o contexto em que se inseria, favorecendo o refinamento dos dados de pesquisa e o desenvolvimento e checagem das hipóteses, aumentando o grau de objetividade da própria pesquisa ao definir os problemas com maior precisão. Por outro lado, o estudo exploratório possibilitaria lançar mão de um conjunto de técnicas e instrumentos que permitiriam aliar as vantagens de se obter os aspectos qualitativos das informações à possibilidade de posteriormente quantificá-los. Essa associação realiza-se no nível de complementaridade, levando à ampliação da compreensão do fenômeno em estudo. Assim, a pesquisa exploratória aparece como um recurso que proporciona ao pesquisador conhecer e propor ações diante do elemento estudado. Para a sua realização foram utilizados dados, informações e estudos de diversas fontes de informação e de documentação, incluindo: Seade, IBGE, Finep, Fapesp, Agemcamp, Agência de Inovação (Inova) da Unicamp, Núcleo de Estudos de População (Nepo) e Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Unicamp, Institutos de Economia e Geociências da Unicamp, Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo, Documentos do Projeto de Estudo de Viabilidade do Parque Científico e Tecnológico de Campinas (Finep) e na Internet. Nessa perspectiva, foi realizada uma primeira aproximação que objetivou sistematizar os dados secundários e estudos já existentes sobre a Região Administrativa de Campinas e sua Região Metropolitana, buscando identificar as informações e análises já elaboradas sobre o objeto de estudo, assim como perceber os vazios e insuficiências de dados e análises a serem buscados numa segunda fase. Numa segunda aproximação, foram coletados dados mais atualizados e desenvolvidas novas análises e abordagens dos dados disponíveis, visando ressaltar os diferenciais da Região
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Administrativa de Campinas em relação ao Brasil e ao estado de São Paulo, de modo a caracterizar seus potenciais e fragilidades, tanto no que se refere aos setores produtivos, quanto à produção de ciência, tecnologia e inovação. Além disso, foi desenvolvido um conjunto de pesquisas de campo tendo como foco as empresas, as instituições de ciência e tecnologia e alguns entes governamentais, buscando informações mais qualitativas, através de entrevistas e questionários, visando complementar os dados quantitativos. As amostras incluídas nestes estudos de campo foram não aleatórias, uma vez que se buscava entender aspectos que complementassem os dados, através da abordagem de atores relevantes, nos assuntos tratados. Foi desenvolvida ainda uma dinâmica coletiva, através da realização de seminário e oficina de trabalho, que objetivou a participação de um conjunto ampliado de atores chaves da Região de Campinas na definição dos principais problemas e das estratégias a serem observadas para o efetivo desenvolvimento e consolidação dos Parques Científicos e Tecnológicos regionais. Nesse aspecto, o seminário cumpriu o papel de disseminar informações, esclarecer questões complexas e levantar o debate entre os setores diretamente envolvidos, de modo que na oficina de trabalho pudesse ocorrer a contribuição mais balizada destes mesmos atores sobre as principais ações a serem realizadas para a implantação e consolidação dos parques tecnológicos na região. Com essa abordagem buscou-se integrar ao estudo não só apenas a visão dos pesquisadores e técnicos do assunto, mas também a opinião, as expectativas e os problemas identificados pelos segmentos governamentais, empresariais e das demais instituições de ciência e tecnologia da região. Essa fase do projeto também cumpriu com o objetivo de aproximação dos setores públicos, empresariais e de ciência e tecnologia, buscando elaborar propostas que possibilitem a integração contínua e permanente, entre os mesmo, já que empreendimentos da envergadura de parques tecnológicos e de regiões do conhecimento requerem a constituição de uma rede sustentável entre estes atores sociais. Quanto aos aspectos conceituais adotados partiu-se da constatação que a aquisição do conhecimento é fundamental na promoção do desenvolvimento regional, sendo a inovação um componente central da dinâmica do sistema produtivo na atualidade. No entanto, o conhecimento não pode ser concentrado ou apropriado indevidamente, sendo imprescindível a elaboração de políticas regionais e setoriais formuladas localmente e integradas nacionalmente.
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Para Boloña (2006), o processo de desconcentração da ciência e da tecnologia precisa ser concentrado, no sentido de as ações públicas precisarem constituir centros regionais de referência que simultaneamente atraiam investimentos e promovam a difusão do desenvolvimento para outros subespaços. As políticas de educação, ciência e tecnologia ao criarem universidades públicas e institutos de pesquisas, contribuem para a formação de pesquisadores (básicos e ampliados), de infraestrutura técnico-científica e o aumento da competitividade das cadeias produtivas mais dinâmicas. Entretanto, a comunidade científica não pode se limitar à produção do conhecimento, sendo importante a avaliação e a validação do mesmo, além de conjugá-lo com políticas setoriais e regionais. O desafio é integrar a cadeia do conhecimento regional, sub-regional e nacional no processo de promoção das inovações e da modernização das técnicas convencionais em setores já estabelecidos. Nesse contexto, o Estado tem a função de articular os projetos e formar redes de pesquisa e desenvolvimento com capacitação científica. No Brasil, as cadeias do conhecimento estão concentradas nas unidades federativas mais fortes, o que produz assimetrias regionais e a fragmentação das estruturas produtivas. Muito se apregoa sobre a necessidade de um projeto nacional que amenize as disparidades regionais quanto à matriz tecnológica, de acordo com uma estratégia de desenvolvimento dos sistemas locais de inovação e reforço da integração nacional. Uma das formas de promoção da desconcentração concentrada no país é o estabelecimento de polos regionais de referência em áreas estratégicas. Os polos ampliam a infraestrutura científica e tecnológica e permitem a conexão com redes interdisciplinares de pesquisas nacionais e internacionais. Nesse aspecto a região de Campinas tem se caracterizado como um polo regional de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, reconhecido inclusive em nível internacional, mas carente ainda de políticas adequadas que promovam a integração da cadeia do conhecimento ao processo de promoção das inovações e de modernização das técnicas nos setores produtivos locorregionais. Por outro lado, os Parques Tecnológicos e Científicos têm sido utilizados como instrumentos de políticas públicas que visam estimular a implementação de atividades econômicas, com alto valor agregado e geração de empregos que exigem elevada qualificação.
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Além disso, muitos desses empreendimentos são utilizados também para a revitalização de áreas devido à atração de novas atividades produtivas, e utilizados também para imprimir novas dinâmicas de desenvolvimento socioeconômico (Zouain, Damião e Catharino, 2006). De acordo com Vedovello (2000), “Os parques tecnológicos e as incubadoras de empresas são considerados importantes mecanismos de política, tanto industrial e tecnológica quanto de desenvolvimento regional. Entretanto, sua complexidade exige o desenvolvimento de instrumentos políticos adequados para sua implementação” 1. Segundo Steiner, Cassim e Robazzi , “Parques Tecnológicos são ambientes de inovação. Como tal, instrumentos implantados em países desenvolvidos e em desenvolvimento para dinamizar economias regionais e nacionais, agregando-lhes conteúdo de conhecimento. Com isso, essas economias tornam-se mais competitivas no cenário internacional e geram empregos de qualidade, bem-estar social, além de impostos.” 2
1 VEDOVELLO, C. Aspectos Relevantes de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 7, n. 14, dez. 2000, p. 24. 2 STEINER, J. E.; CASSIM, M. B. & ROBAZZI, A. C. “Parques Tecnológicos: Ambientes de Inovação. Instituto de Estudos Avançados da USP”, arquivo PDF, s.d., em www.iea.usp.br/artigos
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( '(6(192/9,0(172
&217(0325Æ1(2 2. CIĂŠNCIA,&RP TECNOLOGIA, INOVAĂ‡ĂƒO E DESENVOLVIMENTO CONTEMPORĂ‚NEO R DGYHQWR GD VRFLHGDGH GD LQIRUPDomR D SDUWLU GR ~OWLPR TXDUWLO GR VpFXOR ;; GHFRUUHQWH GD DFHOHUDomR GR DYDQoR FLHQWtILFR H WHFQROyJLFR R Com o advento da sociedade H daVRFLDO informação partir do quartil do sĂŠculo XX, decorGHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR GRV a SDtVHV H Ăşltimo GDV FRPXQLGDGHV WRUQRX VH renteH[WUHPDPHQWH GHSHQGHQWH GR XVR LQWHQVLYR GH QRYDV WHFQRORJLDV H FRQKHFLPHQWRV da aceleração do avanço cientĂfico e tecnolĂłgico, o desenvolvimento econĂ´mico e social dos paĂses e das comunidades tornou-se extremamente dependente do uso intensivo de novas XVR VHULD UHVSRQViYHO WDQWR SDUD REWHU YDQWDJHQV FRPSHWLWLYDV QR tecnologias e(VVH conhecimentos.
PHUFDGR JOREDOL]DGR TXDQWR SDUD DOFDQoDU PHOKRU TXDOLGDGH GH YLGD QXP TXDGUR GH Esse uso seria responsĂĄvel tanto para obter vantagens competitivas no mercado globalizaGHVHQYROYLPHQWR VXVWHQWiYHO do, quanto para alcançar melhor qualidade de vida num quadro de desenvolvimento sustentĂĄvel. $V GXDV ~OWLPDV GpFDGDV GR VpFXOR ;; DVVLVWLUDP DR HVIRUoR GH IRUPXODomR H As duas Ăşltimas dĂŠcadasS~EOLFDV do sĂŠculoH XX ao esforço formulação e EXVFDP implantação LPSODQWDomR GH SROtWLFDV GH assistiram PRYLPHQWRV SODQRV de H SURMHWRV TXH de polĂticas pĂşblicas e de movimentos, planos e projetos que buscam desenvolver novos arranGHVHQYROYHU QRYRV DUUDQMRV FRQKHFLPHQWRV H SURFHVVRV QR VHQWLGR GH SRWHQFLDOL]DU R jos, conhecimentos e processos no sentido de potencializar o desenvolvimento econĂ´mico-social GHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR VRFLDO D SDUWLU GR XVR LQWHQVLYR GD FLrQFLD H GD WHFQRORJLD a partir do uso intensivo da ciĂŞncia e da tecnologia, principalmente considerando que: SULQFLSDOPHQWH FRQVLGHUDQGR TXH •
Existe uma forte correlação entre o grau de desenvolvimento de um paĂs e seu esforço ƒ ([LVWH XPD IRUWH FRUUHODomR HQWUH R JUDX GH GHVHQYROYLPHQWR GH XP SDtV H em C,T&I, conforme mostrado no grĂĄfico abaixo, que indica o pequeno esforço do BraVHX HVIRUoR HP & 7 , FRQIRUPH PRVWUDGR QR JUiILFR DEDL[R TXH LQGLFD R sil quando comparado, por exemplo, com a Coreia do Sul.H[HPSOR FRP D &RUHLD AlĂŠm disso, a composição SHTXHQR HVIRUoR GR %UDVLO TXDQGR FRPSDUDGR SRU das exportaçþes de produtos segundo intensidade tecnolĂłgica, nos diferentes paĂses, GR 6XO $OpP GLVVR D FRPSRVLomR GDV H[SRUWDo}HV GH SURGXWRV VHJXQGR confirma a importância da tecnologia no desenvolvimento econĂ´mico atual (GrĂĄfico LQWHQVLGDGH WHFQROyJLFD QRV GLIHUHQWHV SDtVHV FRQILUPD D LPSRUWkQFLD GD 1).
WHFQRORJLD QR GHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR DWXDO *UiILFR GrĂĄfico 1 - Relação entre Investimento em P&D e Desenvolvimento EconĂ´mico de PaĂses Selecionados
)RQWH 2&'( H 0&7 apud 0&7
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Gråfico 2 - Composição das Exportaçþes por Intensidade Tecnológica em 2005 Gråfico 2 - Composição das Exportaçþes por Intensidade Tecnológica em 2005
)RQWH 0DULDQR /DSODQH apud 0&7 )RQWH 0DULDQR /DSODQH apud 0&7
ƒ
•
2V SDtVHV FRP HFRQRPLDV GHVHQYROYLGDV WrP IRUWH DWLYLGDGH GH 3' , QDV
HPSUHVDV ILQDQFLDGDV SRU HODV SUySULDV SHOR JRYHUQR *UiILFR 1R Os paĂses com economias desenvolvidas tĂŞm forteH atividade de PD&I nas empresas, ƒ 2V SDtVHV FRP HFRQRPLDV GHVHQYROYLGDV WrP IRUWH DWLYLGDGH GH 3' , QDV FDVR GR elas %UDVLO R LQYHVWLPHQWR GDV LQG~VWULDV PRVWUD VH DEDL[R GRV financiadas por prĂłprias e pelo governo (GrĂĄfico 3). No casoEHP do Brasil o investiHPSUHVDV ILQDQFLDGDV SRU HODV SUySULDV H SHOR JRYHUQR *UiILFR 1R (8$ 8QLmR (XURSHLD 2&'( GDGDV FDUDFWHUtVWLFDV GH VXD HYROXomR mento das indĂşstrias mostra-seH bem abaixo dosDV EUA, UniĂŁo Europeia e OCDE, dadas FDVR GR %UDVLO R LQYHVWLPHQWR GDV LQG~VWULDV PRVWUD VH EHP DEDL[R GRV as caracterĂsticas de sua evolução no territĂłrio nacional, refletindo-se na baixa incorpoQR WHUULWyULR QDFLRQDO UHIOHWLQGR VH QD EDL[D LQFRUSRUDomR GH SHVTXLVDGRUHV (8$ 8QLmR (XURSHLD H 2&'( GDGDV DV FDUDFWHUtVWLFDV GH VXD HYROXomR ração deQR VHWRU HPSUHVDULDO *UiILFR pesquisadores no setor empresarial (GrĂĄfico 4). QR WHUULWyULR QDFLRQDO UHIOHWLQGR VH QD EDL[D LQFRUSRUDomR GH SHVTXLVDGRUHV GrĂĄficoQR VHWRU HPSUHVDULDO *UiILFR 3– Investimentos em P&D pelos setores industriais e governamentais de paĂses selecionados GrĂĄfico 3– Investimentos em P&D pelos setores industriais e governamentais de paĂses selecionados
)RQWH ([WUDtGR GH 0&7 Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional: 3ODQR GH $omR ¹ $SUHVHQWDomR %UDVtOLD 0&7 S )RQWH ([WUDtGR GH 0&7 Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional: 3ODQR GH $omR ¹ $SUHVHQWDomR %UDVtOLD 0&7 S
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Gråfico 4– Distribuição de pesquisadores, em equivalência de tempo, por setores institucionais (%) Gråfico 4– Distribuição de pesquisadores, em equivalência de tempo, por setores institucionais (%)
)RQWH 0DLQ 6FLHQFH DQG 7HFKQRORJ\ ,QGLFDWRUV Âą 2(&' Âą H 0&7 6(;(& $6&$9 &*,1 apud 0&7 )RQWH 0DLQ 6FLHQFH DQG 7HFKQRORJ\ ,QGLFDWRUV Âą 2(&' Âą H 0&7 6(;(& $6&$9 &*,1 apud 0&7
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ƒ $OJXQV SDtVHV PXGDUDP GUDVWLFDPHQWH VHX SDGUmR GH GHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR DWUDYpV GH SROtWLFDV LQGXVWULDLV DUWLFXODGDV FRP DV SROtWLFDV GH Alguns paĂses mudaram drasticamente seu padrĂŁo de desenvolvimento econĂ´mico HFRQ{PLFR DWUDYpV GH SROtWLFDV S~EOLFRV LQGXVWULDLV DUWLFXODGDV FRP DV SROtWLFDV GH & 7 , LQYHVWLQGR UHFXUVRV HP HPSUHVDV LQGXVWULDLV FRP atravĂŠs de polĂticas industriais articuladas com as polĂticas de C,T&I, investindo recur& 7 , LQYHVWLQGR UHFXUVRV S~EOLFRV HP HPSUHVDV LQGXVWULDLV FRP DWLYLGDGHV LQRYDGRUDV *UiILFR sos pĂşblicos em empresas industriais com atividades inovadoras (GrĂĄfico 5). DWLYLGDGHV LQRYDGRUDV *UiILFR
GrĂĄfico 5– Porcentagem das empresas industriais com atividades inovadoras que receberam financiamento pĂşblico para essas atividades, em paĂses selecionados GrĂĄfico 5– Porcentagem das empresas industriais com atividades inovadoras que receberam financiamento pĂşblico para essas atividades, em paĂses selecionados
)RQWH 9LRWWL %DHVVD apud 0&7 )RQWH 9LRWWL %DHVVD apud 0&7
2EVHUYDQGR DV preocupaçþes QRYDV SUHRFXSDo}HV FRP R GHVHQYROYLPHQWR QDo}HV no Observando as novas com o desenvolvimento das naçþesGDV embasadas 2EVHUYDQGR DV SUHRFXSDo}HV FRP R GHVHQYROYLPHQWR GDV QDo}HV HPEDVDGDV XVR GD FLrQFLD GD WHFQRORJLD GD LQRYDomR SRGHP VHU estratÊgias LGHQWLILFDGDV uso da ciência, daQR tecnologia eQRYDV da inovação, podem H ser identificadas diferentes e pro22
HPEDVDGDV QR XVR GD FLrQFLD GD WHFQRORJLD H GD LQRYDomR SRGHP VHU LGHQWLILFDGDV
postas, elaboradas inicialmente nos EUA e posteriormente pela Comunidade Europeia 3, que vão além do simples aumento de gastos em C,T&I e que se referem à implementação de políticas para desenvolver novos instrumentos de financiamento e fortalecimento da inovação e da pesquisa em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, ganham força estratégias voltadas à criação de incubadoras de empresas inovadoras, agências de inovação, parques tecnológicos, polos regionais de competitividade, sistemas regionais de inovação e de regiões do conhecimento. Esses projetos, com diferentes dimensões e enfoques, possibilitam observar que, ao longo do tempo, o foco inicial de apoio ao desenvolvimento de empresas inovadoras, que respeitassem o meio ambiente e que pudessem melhorar a competitividade econômica das localidades, foi se ampliando no sentido de passar a focar territórios e a necessidade de integração dos diferentes setores sociais e não apenas os setores produtivos, na busca de novos patamares de desenvolvimento sustentável. Estudos divulgados pelo BNDES apontam alguns fatores para o sucesso desses empreendimentos, incluindo: a) infraestrutura à disposição dos mesmos e do entorno onde se localizam, considerando as condições de habitação, transporte, saneamento e comunicação, entre outras; b) a presença de universidades e centros de pesquisa com elevado grau de excelência na região, responsável pela formação e treinamento de recursos humanos, pela difusão do espírito empreendedor entre seus estudantes e as empresas locais; c) características das empresas locais, especialmente seu tamanho, o setor onde atua e o nível de atividade em P&D; d) empreendedorismo capaz de gerar a implantação de novas empresas e também o uso de inovações e a mudança de comportamento; e) fundos públicos e privados capazes de gerar investimentos em novas empresas quanto em programas específicos 4. Além disso, esses empreendimentos integram vários setores como Universidades, Centros de Pesquisa, empresas, “acadêmicos empresários”, agentes financeiros, governos, autoridades e agências de desenvolvimento, o que requer o desenvolvimento de ações e processos complexos de articulação e integração.
3 A este respeito podem ser consultadas as obras: Inteligent Cities - Cidades Inovadoras e Competitivas para o Desenvolvimento Sustentável, Programa Interreg IIIC, 2006,mimeografado; BRUNET, M. - Dos Parques Tecnológicos aos Polos de Competitividade - O modelo Francês de Inovação Tecnológica, 2006, mimeografado; e Relatório “Diagnóstico dos elementos e atores potenciais para a planificação de um sistema regional de inovação”, Géo Alliance Internacional INC, setembro 2002, mimeografado. 4 VEDOVELLO, C. Aspectos Relevantes de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 7, n. 14, dez. 2000, pp. 273-300.
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Em termos de Brasil, as questões referentes a esse novo tipo de desenvolvimento, com base na inovação, na ciência e na tecnologia, têm experimentado avanços, com grande retardo quando comparado com os países da Comunidade Europeia ou mesmo da América do Norte. A elaboração de políticas e de apoios financeiros para esses empreendimentos foi concretizada em meados da década de 2000, através de algumas legislações específicas e como parte da política de ciência e tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia. O Brasil é considerado um país “intermediário” no mundo, em termos de capacidade produtiva e acadêmica, e tem condições de seguir o exemplo desses países para atingir um patamar que se aproxime ao dos países desenvolvidos. O país tem assistido à implantação de projetos e experiências que na realidade buscam refazer os caminhos já experimentados por outros países, como as incubadoras de empresas, as agências de inovação, os parques tecnológicos e os arranjos produtivos locais (APL). Grande parte desses projetos foi implementada via setor de ensino superior e outros têm sido formulados pelas administrações públicas das cidades, principalmente aquelas de médio e grande porte, em todas as regiões do país.
2.1
PARQUES CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS COMO ESTRATÉGIAS PARA A
INOVAÇÃO A implantação de Parques Científicos e Tecnológicos como estratégias para a inovação possuem sua origem mais remota nos EUA, sendo posteriormente difundidas para a Comunidade Europeia e demais regiões do planeta. Nos EUA não existe uma política federal de apoio a parques tecnológicos (Wessner, 2009). Em geral, o suporte direto aos parques é iniciativa de estados e governos locais, como municípios e condados. Não obstante, medidas federais de estímulo à inovação e à cooperação universidade-empresa têm sido indiretamente importantes para o desenvolvimento dos parques tecnológicos dos EUA. A atuação direta de órgãos federais no sistema de Parques Tecnológicos dos EUA limita-se à administração de parques federais como o Parque de Ciência e Tecnologia Sandia, localizado no estado do Novo México. Inaugurado em 1998, o Sandia visa atrair empresas atuantes nas suas principais áreas de atividade, energia e microeletrônica, como também, o Parque de Pes-
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quisa da NASA (National Aeronautics and Space Administration), de 1998, localizado na região do Vale do Silício junto a um dos laboratórios da agência. As finalidades desse Parque são desenvolver e utilizar capacitações locais de interesse da NASA, gerar renda para o laboratório e transferir tecnologia para o setor privado, ampliando o apoio às atividades da agência (Wessner, 2009). Nos Estados Unidos os primeiros parques tecnológicos começaram a ser organizados na década de 1950, e os bons resultados obtidos motivaram diversas outras iniciativas nos EUA e no mundo nas décadas seguintes. Os principais parques dessa época foram criados em torno do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Universidade de Stanford e Universidade da Carolina do Norte (Wessner, 2009). Os dois primeiros parques são identificados na literatura como parques “espontâneos”, isto é, cujo desenvolvimento ocorreu sem um planejamento prévio. Já o Parque da Universidade da Carolina do Norte foi deliberadamente planejado. Inaugurado em 1951, o primeiro parque tecnológico dos EUA localiza-se junto à Universidade de Stanford, na região conhecida como Vale do Silício. Desde a década de 1930, a região abrigava uma indústria de produtos eletrônicos, que se fortaleceu com a grande demanda ocasionada pela Segunda Guerra Mundial. Nessa época, a Universidade começou a desenvolver atividades de criação de empresas através da cooperação com a universidade, com a finalidade de obter contratos de fornecimento de equipamentos militares (Kenney e von Burg, 1999), criando em 1946 o Stanford Research Institute (Cohen e Fields, 1998). Após a Segunda Guerra Mundial, as compras governamentais motivadas pela guerra fria seguiram sendo o motor do crescimento da indústria eletrônica regional. Em 1951 foi inaugurado o Parque Tecnológico de Stanford (Stanford Industrial Park), composto por empresas já estabelecidas na região e diversas start-ups. Por volta de 1955, a indústria de transistores adquiriu importância central na área de eletrônica, surgindo na região diversas empresas que dominaram esse novo mercado, a partir de arranjos cooperativos promovidos pelo Parque. Nos anos de 1960 as universidades da região continuaram a desenvolver atividades voltadas à transferência de tecnologia, como o oferecimento de bolsas para pesquisadores nas empresas e cursos de curta duração para os funcionários. Nessa época, as empresas também se envolveram nas atividades acadêmicas, influenciando a elaboração de currículos e enviando profissionais para atuarem como docentes nas universidades. Nas décadas de 1960 e 1970 a região se torna a líder internacional no design e produção de circuitos integrados e chips de computador, tornando-se líder na área de informática e tecnologias de informação nas décadas seguintes (Hulsink, Manuel e Bouwman, 2007).
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O sucesso do sistema de empresas de base tecnológica do Vale do Silício se traduz na alta renda per capita da região, em média de US$ 46 mil anuais, bem superior à média americana de US$ 29 mil (Cohen e Fields, 1998). A região é especializada em microeletrônica, informática, biotecnologia, equipamentos médicos e sistemas de liberação de fármacos. Concentra 21% do capital de risco dos EUA, possuindo uma significativa oferta de serviços para empresas de base tecnológica, incluindo empresas de gestão de capital de risco e propriedade intelectual, agências de recrutamento e assessorias de marketing. A base acadêmica da região é composta de três universidades: a Universidade de Stanford, a Universidade da Califórnia em Berkeley e a Universidade da Califórnia em São Francisco. A Rota 128, localizada no estado de Massachusetts, é o segundo parque mais antigo dos Estados Unidos, ancorado principalmente no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que desde o início do século XX tornou-se um modelo de empreendedorismo acadêmico (Hulsink, Manuel e Bouwman, 2007). Como o Vale do Silício, possui indústrias de eletrônicos desde os anos de 1930, fortalecidas durante a Segunda Guerra Mundial e a guerra fria. Após a Segunda Guerra Mundial, um grupo de empresários e membros de universidades da região criou o American Research Development, um fundo de venture capital cujo objetivo era financiar empreendimentos em tecnologias emergentes (Kenney e von Burg, 1999; Hulsink, Manuel e Bouwman, 2007). Na Rota 128 nunca houve a criação formal de um parque tecnológico como em Stanford. Após perder espaço na área de eletrônicos durante a década de 1980, devido ao declínio da indústria de minicomputadores, principal indústria eletrônica da região, (Kenney e von Burg, 1999), a Rota 128 desenvolveu uma forte especialização na área de pesquisa biomédica e mais recentemente em biotecnologia (Hulsink, Manuel e Bouwman, 2007). Kenney e von Burg (1999) creditam o sucesso do Vale do Silício e da Rota 128 à interação entre as instituições presentes nessas regiões, especialmente as empresas de base tecnológica e os investidores de capital de risco. O desenvolvimento das instituições de suporte e das empresas de base tecnológica cria um ciclo virtuoso de inovação e geração de riqueza, alimentado pelo aproveitamento de oportunidades tecnológicas em negócios promissores e de rápido crescimento, que geram recursos que criam mais oportunidades e realimentam o ciclo. Os autores também destacam as possibilidades de diversificação e a larga aplicação das tecnologias envolvidas, especialmente as tecnologias de componentes eletrônicos no Vale do Silício, que criam múltiplas oportunidades tecnológicas. O Parque de Pesquisa Triângulo (Research Triangle Park) se diferencia do Vale do Silício e da Rota 128 por ter sido deliberadamente planejado. Nos anos de 1950, a Carolina do Norte
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era um dos estados mais pobres dos EUA, sendo o 49o estado americano em termos de renda per capita (Mc Mahan, 2009), com forte evasão dos recursos humanos formados pelas universidades locais (Hardin, 2008). Frente a isso, líderes das universidades e do setor privado da região planejaram a criação de um parque tecnológico em torno das Universidades da Carolina do Norte, em Chapel Hill, Universidade Duke e Universidade da Carolina do Norte, em Durham (Wessner, 2009; Hardin, 2008). As atividades do Parque de Pesquisa Triângulo se iniciaram em 1955 com a divulgação, dentro e fora do estado, do potencial da região para a instalação de empresas. No mesmo ano, investidores privados criaram a Pinelands Corporation, dedicada à aquisição de terras para o parque, visando beneficiá-las e revendê-las. Contudo, esse modelo de gestão privada inicialmente adotado não progrediu. Em 1957 a Pinelands foi adquirida pelo Research Triangle Institute. Essa instituição sem fins lucrativos foi criada com doações de empresários do estado, cuja colaboração foi condicionada pela mudança do caráter do parque, que passou de empreendimento imobiliário privado a instituição voltada ao interesse público, essencialmente o crescimento econômico regional. A partir daí o parque começou a se desenvolver lentamente. Em 1964 foi criada a Triangle Universities Center for Advanced Studies, com a finalidade de fortalecer a cooperação com as três universidades regionais. Contudo, o empreendimento só se consolidou em 1965, com a instalação de um centro de serviços do Departamento de Saúde dos EUA, no qual foram investidos US$ 70 milhões. As áreas de atuação do Parque de Pesquisa Triângulo são principalmente a área de ciências da vida (29% dos ocupantes), Tecnologias de Informação (21%), serviços tecnológicos (15%), ciência dos materiais e engenharia (13%) e associações, fundações e institutos de pesquisa (11%) (Hardin, 2008). O foco das atividades do parque é na área de saúde, destacando-se as áreas de fármacos, serviços de saúde e equipamentos médicos, o que decorre da presença de faculdades de ciências médicas e farmacêuticas em duas das universidades pertencentes ao parque. Apesar de não receber subsídios diretos, o parque se beneficia de benefícios de governos locais e do governo estadual, que assumem parte dos custos de manutenção além do fornecimento de serviços de água, esgoto e segurança. Além disso, o Departamento de Comércio da Carolina do Norte auxilia o parque na atração e recrutamento de empresas, e o governo estadual eliminou a taxação municipal para as empresas do parque desde 1985.
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$SHVDU GH QmR UHFHEHU VXEVtGLRV GLUHWRV R SDUTXH VH EHQHILFLD GH EHQHItFLRV GH JRYHUQRV ORFDLV H GR JRYHUQR HVWDGXDO TXH DVVXPHP SDUWH GRV FXVWRV GH PDQXWHQomR DOpP GR IRUQHFLPHQWR GH VHUYLoRV GH iJXD HVJRWR H VHJXUDQoD $OpP GLVVR R 'HSDUWDPHQWR GH &RPpUFLR GD &DUROLQD GR 1RUWH DX[LOLD R SDUTXH QD DWUDomR H UHFUXWDPHQWR GH HPSUHVDV H R JRYHUQR HVWDGXDO HOLPLQRX D WD[DomR PXQLFLSDO SDUD DV HPSUHVDV GR SDUTXH GHVGH Gråfico 6– Evolução da criação de parques tecnológicos, Estados Unidos, 1951-2002
)RQWH /LQN
(QWUH D H[SHULrQFLD SLRQHLUD GH 6WDQIRUG HP DWp IRUDP FULDGRV Entre a experiĂŞncia pioneira de Stanford, em 1951, atĂŠ 1979 foram criados doze parques GR]H SDUTXHV WHFQROyJLFRV QRV (VWDGRV 8QLGRV 1R LQtFLR GD GpFDGD GH tecnolĂłgicos nos Estados Unidos. No inĂcio da dĂŠcada de 1980, contudo, o ritmo de inauguração FRQWXGR R ULWPR GH LQDXJXUDomR GH QRYRV SDUTXHV H[SHULPHQWD XP IRUWH FUHVFLPHQWR de novos parques experimenta um forte crescimento (GrĂĄfico 6), motivado principalmente pela *UiILFR PRWLYDGR crise econĂ´mica dos anosSULQFLSDOPHQWH SHOD FULVH HFRQ{PLFD GRV DQRV GH $ FULVH de 1980. A crise motivou a intensificação de esforços conjuntos de uniSHUPLWLVVHP DRV (VWDGRV GH 8QLGRV HQIUHQWDU D FRQFRUUrQFLD JOREDO 16) /LQN PRWLYRX D LQWHQVLILFDomR FRQMXQWRV GH Ă XQLYHUVLGDGHV ,QVWLWXWRV GH versidades, Institutos de Pesquisa eHVIRUoRV Universidades visando geração de ganhos de produtivida H 8QLYHUVLGDGHV YLVDQGR j JHUDomR GH JDQKRV GH SURGXWLYLGDGH TXH de 3HVTXLVD que permitissem aos Estados Unidos enfrentar a concorrĂŞncia global (NSF, 2010; Link, 2009).
2V HVIRUoRV GH LQWHQVLILFDomR GH DWLYLGDGHV GH & 7 , QRV (8$ QD GpFDGD GH Os esforços de intensificação de atividades de C,T&I nos EUA na dĂŠcada de 1980 inclu LQFOXtUDP D DGRomR GH PHGLGDV GH SROtWLFD FLHQWtILFD H WHFQROyJLFD TXH YLVDYDP Ăram a adoção de medidas de polĂtica cientĂfica e tecnolĂłgica que visavam intensificar o uso LQWHQVLILFDU R XVR FRPHUFLDO GD WHFQRORJLD JHUDGD QD DFDGHPLD WUDQVIRUPDQGR D 3 ' comercial da tecnologia gerada na academia, transformando a P&D em inovação atravĂŠs do HP LQRYDomR DWUDYpV GR HVWtPXOR D DUUDQMRV FRRSHUDWLYRV H GH WUDQVIHUrQFLD GH estĂmulo a arranjos cooperativos e de transferĂŞncia de tecnologia (Quadro 1). WHFQRORJLD 4XDGUR Quadro 1– Medidas legais de estĂmulo Ă inovação nos Estados Unidos, 1980-2000
Medida
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Ano
Technology innovation Act
University and small business patent procedures act (Bayh-Dole Act)
Research and experimentation tax credit Small business innovation
Descrição
)DFLOLWRX D WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLD GH SURSULHGDGH GH LQVWLWXLo}HV GR JRYHUQR IHGHUDO SDUD RXWUDV LQVWLWXLo}HV S~EOLFDV H SULYDGDV WRUQRX REULJDWyULD D H[LVWrQFLD GH HVFULWyULRV GH WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLD HP ODERUDWyULRV IHGHUDLV 3HUPLWLX D SHTXHQDV HPSUHVDV XQLYHUVLGDGHV H 21*V GHWHU D SURSULHGDGH GH LQYHQo}HV GHVHQYROYLGDV FRP UHFXUVRV IHGHUDLV DOpP GH SHUPLWLU TXH ODERUDWyULRV IHGHUDLV FHGHVVHP GLUHLWRV GH SDWHQWHV SDUD RUJDQL]Do}HV SULYDGDV &RQFHGLD LVHQo}HV ILVFDLV HP IXQomR GD UHDOL]DomR GH 3 ' QDV HPSUHVDV &ULRX R SURJUDPD GH LQRYDomR HP SHTXHQDV HPSUHVDV 6%,5 TXH
Quadro 1– Medidas legais de estĂmulo Ă inovação nos Estados Unidos, 1980-2000
Medida
Ano
Technology innovation Act
University and small business patent procedures act (Bayh-Dole Act)
Research and experimentation tax credit Small business innovation development act
National cooperative research act
Patent and Trademark Clarification Act Federal technology transfer act
Omnibus trade and competitiveness act National competitiveness technology transfer act National cooperative research and production act National technology transfer and advancement act 7HFKQRORJ\ WUDQVIHU FRPPHUFLDOL]DWLRQ DFW
)RQWH 16) H /LQN
Descrição
)DFLOLWRX D WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLD GH SURSULHGDGH GH LQVWLWXLo}HV GR JRYHUQR IHGHUDO SDUD RXWUDV LQVWLWXLo}HV S~EOLFDV H SULYDGDV WRUQRX REULJDWyULD D H[LVWrQFLD GH HVFULWyULRV GH WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLD HP ODERUDWyULRV IHGHUDLV 3HUPLWLX D SHTXHQDV HPSUHVDV XQLYHUVLGDGHV H 21*V GHWHU D SURSULHGDGH GH LQYHQo}HV GHVHQYROYLGDV FRP UHFXUVRV IHGHUDLV DOpP GH SHUPLWLU TXH ODERUDWyULRV IHGHUDLV FHGHVVHP GLUHLWRV GH SDWHQWHV SDUD RUJDQL]Do}HV SULYDGDV &RQFHGLD LVHQo}HV ILVFDLV HP IXQomR GD UHDOL]DomR GH 3 ' QDV HPSUHVDV &ULRX R SURJUDPD GH LQRYDomR HP SHTXHQDV HPSUHVDV 6%,5 TXH SUHYLD D GHVWLQDomR REULJDWyULD GH XPD SDUFHOD IL[D GRV UHFXUVRV GH DJrQFLDV IHGHUDLV HP SURMHWRV GH SHTXHQDV HPSUHVDV (VWLPXODYD D FRRSHUDomR HQWUH HPSUHVDV SULYDGDV SDUD SHVTXLVD SUp FRPSHWLWLYD IOH[LELOL]DQGR D OHJLVODomR DQWLWUXVWH )DFLOLWDYD D WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLD GH DJrQFLDV IHGHUDLV SURWHJLGDV SRU OLFHQoDV H SDWHQWHV 3HUPLWLX D ODERUDWyULRV IHGHUDLV UHDOL]DU DFRUGRV GH 3 ' FRP LQVWLWXLo}HV H[WHUQDV H QHJRFLDU OLFHQoDV GH LQYHQo}HV JHUDGDV QRV ODERUDWyULRV )DFLOLWDYD D FRRSHUDomR S~EOLFR SULYDGD SDUD D JHUDomR H FRPHUFLDOL]DomR GH WHFQRORJLD ([SDQGLX R Federal technology transfer act
'LPLQXLX DV UHVWULo}HV j FULDomR GH joint YHQWXUHV SDUD 3 '
$XPHQWRX RV LQFHQWLYRV SDUD DUUDQMRV FRRSHUDWLYRV HQWUH HPSUHVDV H LQVWLWXLo}HV S~EOLFDV GH SHVTXLVD $XPHQWRX D DWUDWLYLGDGH GD DTXLVLomR GH WHFQRORJLD JHUDGD HP LQVWLWXLo}HV IHGHUDLV SRU HPSUHVDV DOpP GH HVWDEHOHFHU FULWpULRV GH PRQLWRUDPHQWR GRV FRQWUDWRV
([HPSORV UHFHQWHV GH SDUTXHV WHFQROyJLFRV QRV (8$ LQFOXHP R 3DUTXH Exemplos recentes de parques tecnolĂłgicos nos EUA incluem o Parque TecnolĂłgico de 7HFQROyJLFR GH %DOWLPRUH QR HVWDGR GH 0DVVDFKXVHWWV FULDGR HP FRP D Baltimore, no estado de Massachusetts, criado em 1991 com a finalidade de dinamizar a ecoILQDOLGDGH GH GLQDPL]DU D HFRQRPLD ORFDO 0XQLDN 2 SDUTXH IRL LQLFLDWLYD GD nomia local (Muniak, 2004). O parque foi iniciativa da administração pĂşblica local e de investidoDGPLQLVWUDomR S~EOLFD ORFDO H GH LQYHVWLGRUHV SULYDGRV IRFDQGR D iUHD GH res privados, focando a ĂĄrea de biotecnologia. Os investimentos incluĂram a construção de trĂŞs ELRWHFQRORJLD 2V no LQYHVWLPHQWRV FRQVWUXomR GH exemplo WUrV &HQWURV GH ĂŠ3HVTXLVD Centros de Pesquisa valor total deLQFOXtUDP US$ 220D milhĂľes. Outro recente o Parque de Pesquisa de Purdue, criado em 2002 em torno da Universidade de Purdue, no estado de Indiana (Lechtenberg, 2009). O parque ĂŠ administrado pela Fundação de Pesquisa Purdue e pelo Discovery Park, instituiçþes ligadas Ă universidade, e foi criado no âmbito de um programa estadual de estĂmulo a parques tecnolĂłgicos, cujo principal incentivo ĂŠ permitir Ă s empresas incubadas abater recursos investidos no parque dos impostos estaduais. De acordo com a Association of University Research Parks (2007) o parque norte-americano tĂpico ĂŠ gerido por uma universidade ou ONG vinculada a uma universidade, ocupado por empresas (72% do total de ocupantes), laboratĂłrios da universidade (14%) e agĂŞncias do governo (5%). As ĂĄreas mais comuns sĂŁo Tecnologia da Informação, fĂĄrmacos, serviços cientĂficos e engenharia. O orçamento anual desses parques ĂŠ em geral superior a US$ 1 milhĂŁo, a maior parte gerada pelas atividades do parque, sendo o restante financiado por universidades e/ou por ĂłrgĂŁos do setor pĂşblico.
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Os parques inaugurados nos anos de 1980 eram essencialmente empreendimentos imobiliários. Visavam atrair empresas estabelecidas, tinham pouca interação com as universidades e ofereciam poucas opções de serviços (Association of University Research Parks, 2007). Já os parques criados nos anos de 1990 focavam a atração de centros de P&D em áreas específicas, além de apoiar novas empresas oferecendo serviços de infraestrutura e amenidades. Nos anos de 2000 os parques começam a ser planejados para uso misto (residencial/comercial), diminuindo o foco na atração de grandes empresas ou institutos âncoras, intensificando-se o estímulo às parcerias entre universidades e empresas e ampliando-se o leque de serviços oferecidos, como organização de eventos, transporte, manejo de resíduos, entre outros. A tendência é que os parques dos EUA foquem áreas específicas de conhecimento, se envolvam em planos de desenvolvimento regional geridos por diversas instituições, mantenham pessoal ocupado em desenvolver a cooperação entre as instituições participantes e ofereçam espaços compartilhados para atividades acadêmicas e empresariais. Por outro lado, os países que compõem a União Europeia (UE) compartilham de objetivos comuns em termos de política de inovação, baseados na “Estratégia de Lisboa” ou “Agenda de Lisboa”. Em março de 2000, o Conselho Europeu de Lisboa estabeleceu que o objetivo estratégico da UE para a primeira década do século XXI seria tornar-se a mais competitiva e dinâmica economia do mundo baseada no conhecimento, capaz de um crescimento sustentável da economia, com mais e melhores empregos e maior coesão social. Nesse sentido, a promoção de inovação é o pilar central da Estratégia de Lisboa, visto que é o elemento-chave para uma empresa, setor, região ou país se tornar competitivo. A Estratégia de Lisboa é um conjunto de linhas de ação política interdependentes dirigidas à modernização e crescimento sustentável da economia europeia, através do incremento da produtividade, com base na valorização dos recursos humanos e no modelo europeu de proteção social, tendo sido delineada em março de 2000, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia Essa Estratégia compõe-se de um conjunto complexo de políticas de desenvolvimento que envolve questões econômicas, sociais e ambientais, numa perspectiva integrada, procurando solidificar um conceito de desenvolvimento sustentável para a Europa. A consecução do objetivo estratégico para a primeira década do século XXI no espaço da União Europeia, exposto anteriormente, pressupõe uma estratégia global que vise: •
Preparar a transição para uma economia baseada no conhecimento, através da aplicação de melhores políticas no campo da sociedade da informação e da pesquisa e
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desenvolvimento (P&D), bem como da aceleraรงรฃo do processo de reforma estrutural para fomentar a competitividade e a inovaรงรฃo; โ ข
Modernizar o modelo social europeu, investindo nas pessoas e combatendo a exclusรฃo social; e,
โ ข
Sustentar as perspectivas econรดmicas e as favorรกveis previsรตes de crescimento, aplicando uma adequada combinaรงรฃo de polรญticas macroeconรดmicas.
A estrutura das polรญticas da Estratรฉgia de Lisboa estรก organizada em quatro grandes conjuntos de aรงรตes, sistematizadas no quadro a seguir.
Quadro 2- Uniรฃo Europeia: Estrutura da Estratรฉgia de Lisboa (2000 Aรงรตes
(FRQRPLD PDLV FRPSHWLWLYD H GLQkPLFD EDVHDGD QR FRQKHFLPHQWR
0RGHUQL]DU R PRGHOR VRFLDO HXURSHX DWUDYpV GR LQYHVWLPHQWR QDV SHVVRDV H GD FRQVWUXomR GH XP (VWDGR 3URYLGrQFLD DWLYR H GLQkPLFR
D 0RGHUQL]DomR GR (VWDGR HQTXDQWR JHVWRU H UHJXODGRU GR HVSDoR S~EOLFR DWUDYpV GD FDSDFLGDGH OHJLVODWLYD GD SROtWLFD RUoDPHQWDO GD JDUDQWLD GR IRUQHFLPHQWR GRV VHUYLoRV GH LQWHUHVVH JHUDO GR FRPEDWH j IUDXGH H HYDVmR ILVFDLV H j HFRQRPLD LQIRUPDO E 'HVFHQWUDOL]DomR GD VRFLHGDGH GH LQIRUPDomR F &ULDomR GH XP HVSDoR HXURSHX GH SHVTXLVD H LQRYDomR G &ULDomR GH DPELHQWH IDYRUiYHO DR GHVHQYROYLPHQWR GH HPSUHVDV LQRYDGRUDV H 5HIRUoR GD FULDomR GR 0HUFDGR ,QWHUQR I ,QWHJUDomR GRV PHUFDGRV ILQDQFHLURV J &RRUGHQDomR GDV SROtWLFDV PDFURHFRQ{PLFDV QRWDGDPHQWH GDV ILQDQoDV S~EOLFDV D &RPEDWHU D GHSHQGrQFLD WHFQROyJLFD H D EDL[D TXDOLILFDomR GD SRSXODomR E 3URPRYHU HPSUHJRV VXVWHQWiYHLV FRP EDVH QD PDLRU TXDOLILFDomR H WUDQVSDUrQFLD QR PHUFDGR GH WUDEDOKR H DEROLU WRGDV DV IRUPDV GH GLVFULPLQDomR F 0RGHUQL]DU D SURWHomR VRFLDO DVVHJXUDQGR D YLDELOLGDGH H VXVWHQWDELOLGDGH GR VLVWHPD GH SHQV}HV H JDUDQWLQGR D TXDOLGDGH GRV VHUYLoRV GH VD~GH G 3URPRYHU D LJXDOGDGH HQWUH KRPHQV H PXOKHUHV H 3URPRYHU D LQFOXVmR VRFLDO FRPEDWHQGR D SREUH]D HVSHFLDOPHQWH DWUDYpV GH SROtWLFDV DWLYDV GH HPSUHJR HGXFDomR VD~GH H KDELWDomR D 3URPRomR GR GHVHQYROYLPHQWR GDV HQHUJLDV UHQRYiYHLV FRPR DOWHUQDWLYD j XWLOL]DomR GH HQHUJLDV IyVVHLV
$VVHJXUDU R HTXLOtEULR DPELHQWDO DWUDYpV GH XPD HILFLHQWH JHVWmR GRV UHFXUVRV TXH PHOKRUHP D TXDOLGDGH E 0LQLPL]DomR GRV HIHLWRV GDV DOWHUDo}HV FOLPiWLFDV H GD GHVHUWLILFDomR SULQFLSDOPHQWH QDV GH YLGD DWXDO H IXWXUD GDV RUODV FRVWHLUDV SRSXODo}HV H TXH SHUPLWD D VXVWHQWDELOLGDGH GR PRGHOR F &RQWUROH GR YROXPH GH HPLVV}HV GH JDVHV SROXHQWHV HXURSHX GH GHVHQYROYLPHQWR G 0HOKRULD GRV VLVWHPDV GH FROHWD H WUDWDPHQWR GH UHVtGXRV VyOLGRV XUEDQRV H LQGXVWULDLV D 'HILQLomR GR 0pWRGR $EHUWR GH &RRUGHQDomR 3URPRYHU XP QRYR PpWRGR E 'HWHUPLQDomR GH FDOHQGiULRV HVSHFtILFRV SDUD D H[HFXomR GRV REMHWLYRV GH FRRUGHQDomR F (VWDEHOHFLPHQWR GH LQGLFDGRUHV TXDQWLWDWLYRV H TXDOLWDWLYRV SDUD FRPSDUDomR G )L[DomR GH SURFHVVRV GH DYDOLDomR H 'HPDUFDomR GD SDUWLFLSDomR GRV SDUFHLURV VRFLDLV HVSHFLDOPHQWH SRU YLD GR GLiORJR PDFURHFRQ{PLFR
)RQWH &RQVHOKR (FRQ{PLFR H 6RFLDO (ODERUDomR SUySULD
$ LQWHUOLJDomR GDV YiULDV SROtWLFDV SRGH UHVXPLU VH QDV VHJXLQWHV SROtWLFDV JOREDLV D 0HOKRULD GD FRPSHWLWLYLGDGH GDV HPSUHVDV $V SULQFLSDLV Do}HV GR (VWDGR QHVWD SROtWLFD UHIHUHP VH j PHOKRULD GD IXQomR
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A interligação das várias políticas pode resumir-se nas seguintes políticas globais:
a) Melhoria da competitividade das empresas As principais ações do Estado nesta política referem-se à melhoria da função de enquadramento regulamentar e administrativo, bem como à provisão de serviços de interesse geral e à promoção de políticas de incentivo ao investimento e à qualidade dos bens e serviços. Além disso, a promoção do espírito empresarial e de desenvolvimento das pequenas e médias empresas (PMEs), especialmente as mais inovadoras, vem na sequência das medidas do reforço ao setor produtivo. A necessidade de inovação empresarial implica ações de relação do setor produtivo com o sistema de formação profissional, inicial e contínua, como uma das linhas de orientação fundamentais do Processo de Copenhague. No sentido do apoio à inovação, o desenvolvimento da pesquisa e a transferência dos seus resultados para o setor produtivo é outra das ações para a melhoria de competitividade das empresas. No âmbito da produção e concorrência numa economia aberta, a educação e a pesquisa são o fator estrutural mais importante de reequilíbrio das condições de competitividade. Nesse sentido, são cruciais a criação, com as consequentes medidas de política de implementação, dos Espaços Europeus de Ensino Superior e da Investigação. O enquadramento e as políticas macroeconômicas complementam as condições de competitividade para as empresas. Nesse quadro, segundo a Estratégia, torna-se necessário compatibilizar a estabilidade orçamentária, o crescimento econômico e a criação de empregos. A política orçamentária assume grande importância, notadamente sua execução de forma mais ou menos rígida, assim como a articulação entre as perspectivas conjuntural e estrutural.
b) Desenvolvimento do modelo social europeu A consolidação do modelo social europeu faz parte integrante do modelo de desenvolvimento europeu e da sua própria identidade. O modelo social europeu baseia-se nos seguintes pilares fundamentais:
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•
Bom desempenho econômico;
•
Sistemas de proteção social e de educação de elevado nível;
•
Importância do diálogo social;
•
Serviços de interesse geral, cujo âmbito abrange atividades essenciais à coesão social.
c)
Promoção do desenvolvimento sustentável
O conceito de desenvolvimento sustentável constitui um tripé em que o econômico, o social e o ecológico são equivalentes e têm a mesma prioridade. O desenvolvimento sustentável implica medidas de política nos domínios da indústria, agricultura e energia, compatíveis com o consumo de recursos, através de processos que garantam a renovação ou a contenção de utilização. Ademais, no documento Estratégia de Lisboa há o reconhecimento de que só é viável uma política integrada quando é derivada da coordenação das várias políticas. Logo, a Estratégia é viável através de sua execução em nível de cada estado-membro. Outro fator essencial para a viabilidade dessas políticas é sua efetiva compreensão e aceitação pelos cidadãos. Para sua implantação, cada estado-membro se compromete a relatar regularmente as ações em curso no âmbito da Estratégia de Lisboa, assim como os passos dados e os sucessos alcançados, como forma de informar os outros estados-membros sobre as ações concretizadas e de preveni-los das ações que ainda não foram efetivadas. Os resultados alcançados até 2010 são insuficientes e muito desiguais no espaço da União Europeia. A maioria dos estados-membros não deu a necessária importância às resoluções da Estratégia de Lisboa, possivelmente por dificuldades de agenda ou por terem assumido um maior envolvimento nas questões conjunturais, em desfavor dos problemas estruturais, parte deles resultantes das alterações nos fatores externos (preço do petróleo, guerras etc.). Tem sido dada prioridade à vertente econômica, através de visões estreitas de competitividade europeia, em prejuízo das dimensões sociais e ambientais, o que subverteu o sentido e a originalidade da Estratégia de Lisboa. Dessa situação tem resultado um déficit de informação e, sobretudo, um déficit de políticas de médio/longo prazo que contribuam para que os objetivos sejam alcançados.
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Em março de 2010 a Comissão Europeia lançou uma nova agenda, denominada Estratégia UE 2020, que visa desempenhar um papel estruturante na consolidação do projeto europeu, agregando uma estratégia de curto prazo, de saída da atual crise econômica e financeira, com uma estratégia de desenvolvimento econômico sustentável no longo prazo. A Estratégia EU 2020 atenta para a importância de uma governança econômica reforçada. Desse modo, essa estratégia está assentada em dois pilares: a abordagem temática abaixo descrita, que combina três prioridades com cinco grandes objetivos; e relatórios por país, que ajudam os estados-membros a definirem suas estratégias de retorno ao crescimento e finanças públicas sustentáveis. A Comissão Europeia propõe para a UE no horizonte de 2020 a fusão de três prioridades que se reforçam mutuamente e se desdobram em sete iniciativas emblemáticas que visam estimular o progresso no âmbito de cada tema prioritário. Além disso, foram estabelecidos cinco grandes objetivos mensuráveis que irão enquadrar o processo e que deverão ser traduzidos em objetivos nacionais, quais sejam: emprego, pesquisa e inovação, alterações climáticas e energia, educação e luta contra a pobreza (ver Quadro 3).
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HPEOHPiWLFDV TXH YLVDP HVWLPXODU R SURJUHVVR QR kPELWR GH FDGD WHPD SULRULWiULR $OpP GLVVR IRUDP HVWDEHOHFLGRV FLQFR JUDQGHV REMHWLYRV PHQVXUiYHLV TXH LUmR HQTXDGUDU R SURFHVVR H TXH GHYHUmR VHU WUDGX]LGRV HP REMHWLYRV QDFLRQDLV TXDLV VHMDP HPSUHJR SHVTXLVD H LQRYDomR DOWHUDo}HV FOLPiWLFDV H HQHUJLD HGXFDomR H OXWD FRQWUD D SREUH]D YHU 4XDGUR
Quadro 3 – Objetivos, Prioridades e Iniciativas da Estratégia UE 2020 GRANDES OBJETIVOS
(OHYDU D WD[D GH HPSUHJR GD SRSXODomR FRP LGDGH HQWUH H DQRV GR QtYHO DWXDO GH SDUD SHOR PHQRV $WHQWD VH SDUD PDLRU SDUWLFLSDomR GDV PXOKHUHV H GRV WUDEDOKDGRUHV LGRVRV EHP FRPR SDUD PHOKRU LQWHJUDomR GRV PLJUDQWHV QD SRSXODomR DWLYD
,QYHVWLU GR 3,% HP 3 ' PHOKRUDQGR DV FRQGLo}HV GR LQYHVWLPHQWR HP 3 ' SHOR VHWRU SULYDGR EHP FRPR EXVFD VH GHVHQYROYHU XP QRYR LQGLFDGRU TXH PHQVXUH D LQRYDomR
5HGX]LU DV HPLVV}HV GH JDVHV FRP HIHLWR GH HVWXID HP SHOR PHQRV UHODWLYDPHQWH DRV QtYHLV GH $XPHQWDU SDUD D TXRWD GH HQHUJLDV UHQRYiYHLV QR FRQVXPR ILQDO HQHUJpWLFR H DPSOLDU HP D HILFLrQFLD HQHUJpWLFD
5HGX]LU D WD[D GH HYDVmR HVFRODU GH MRYHQV SDUD D WD[D DWXDO p H DXPHQWDU D SHUFHQWDJHP GD SRSXODomR FRP LGDGH HQWUH H DQRV TXH FRQFOXLX R HQVLQR VXSHULRU GH SDUD QR PtQLPR
5HGX]LU HP R Q~PHUR GH HXURSHXV TXH YLYHP DEDL[R GR OLPLWH GH SREUH]D QDFLRQDO R TXH SHUPLWLUi WLUDU GD VLWXDomR GH SREUH]D FHUFD GH PLOK}HV GH SHVVRDV
PRIORIDADES
1. CRESCIMENTO INTELIGENTE
2. CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL
3. CRESCIMENTO INCLUSIVO
'HVHQYROYHU XPD HFRQRPLD EDVHDGD QR FRQKHFLPHQWR H QD LQRYDomR
3URPRYHU XPD HFRQRPLD PDLV HILFLHQWH QD XWLOL]DomR GRV UHFXUVRV PDLV HFROyJLFD H PDLV FRPSHWLWLYD
)RPHQWDU QtYHLV HOHYDGRV GH HPSUHJR TXH DVVHJXUH D FRHVmR VRFLDO H WHUULWRULDO
INOVAÇÃO
CLIMA, ENERGIA E MOBILIDADE
EMPREGO E QUALIFICAÇÕES
, ³Uma União da inovação”: HVWD LQLFLDWLYD HPEOHPiWLFD REMHWLYD PHOKRUDU DV FRQGLo}HV JHUDLV H R DFHVVR DR ILQDQFLDPHQWR SDUD D SHVTXLVD H LQRYDomR SDUD UHIRUoDU D FDGHLD GH LQRYDomR H DFHOHUDU RV QtYHLV GH LQYHVWLPHQWR HP WRGD D 8QLmR
,9 “Uma Europa eficiente em termos de recursos”: GHVWLQDGD D FRQWULEXLU SDUD GLVVRFLDU FUHVFLPHQWR HFRQ{PLFR GD XWLOL]DomR GRV UHFXUVRV DWUDYpV GD GHVFDUERQL]DomR GD HFRQRPLD GD LPSODQWDomR GH QRYRV SURFHVVRV H WHFQRORJLDV GR DXPHQWR GD XWLOL]DomR GDV IRQWHV GH HQHUJLD UHQRYiYHLV GD PRGHUQL]DomR GR VHWRU GRV WUDQVSRUWHV H GD SURPRomR GD HILFLrQFLD HQHUJpWLFD
9, ³Agenda para novas qualificações e novos empregos”: SDUD PRGHUQL]DU RV PHUFDGRV GH WUDEDOKR IDFLOLWDQGR D PRELOLGDGH GD PmR GH REUD H FDSDFLWDomR GDV SHVVRDV FRP D ILQDOLGDGH GH DPSOLDU D SDUWLFLSDomR QR PHUFDGR GH WUDEDOKR H HVWDEHOHFHU PHOKRU FRUUHVSRQGrQFLD HQWUH RIHUWD H GHPDQGD GH PmR GH REUD
COMPETITIVIDADE
LUTA CONTRA A POBREZA
9 ³Uma política industrial para a era da globalização”: D ILP GH PHOKRUDU R DPELHQWH HPSUHVDULDO HVSHFLDOPHQWH SDUD 30(V H DSRLDU R GHVHQYROYLPHQWR GH XPD EDVH LQGXVWULDO VyOLGD H VXVWHQWiYHO DSWD SDUD HQIUHQWDU D FRQFRUUrQFLD PXQGLDO
9,, “Plataforma europeia contra a pobreza”: SDUD TXH D FRHVmR VRFLDO H WHUULWRULDO SHUPLWD DVVHJXUDU DPSOD GLVWULEXLomR GRV EHQHItFLRV GR FUHVFLPHQWR H GR HPSUHJR H SDUD TXH DV SHVVRDV HP VLWXDomR GH SREUH]D H GH H[FOXVmR VRFLDO SRVVDP YLYHU GLJQDPHQWH H SDUWLFLSDU DWLYDPHQWH QD VRFLHGDGH
EDUCAÇÃO ,, ³Juventude em movimento”: HVWD LQLFLDWLYD EXVFD DSULPRUDU RV UHVXOWDGRV GRV VLVWHPDV GH HQVLQR H UHIRUoDU D FDSDFLGDGH GH DWUDomR LQWHUQDFLRQDO GR HQVLQR VXSHULRU GD (XURSD SOCIEDADE DIGITAL ,,, “Agenda digital para a Europa”: WHP R LQWXLWR GH DFHOHUDU D LPSODQWDomR GD ,QWHUQHW GH DOWD YHORFLGDGH H SHUPLWLU D XWLOL]DomR GR PHUFDGR ~QLFR GLJLWDO SRU SDUWH GDV IDPtOLDV H HPSUHVDV )RQWH $GDSWDGR GD &RPLVVmR (XURSHLD
Na primeira iniciativa emblemática, “Uma União da inovação”, são definidas algumas ações que serão executadas tanto pela Comissão Europeia como pelos estados-membros no âmbito nacional, conforme mostra o Quadro 4.
35
1D SULPHLUD LQLFLDWLYD HPEOHPiWLFD ³8PD 8QLmR GD LQRYDomR´ VmR GHILQLGDV DOJXPDV Do}HV TXH VHUmR H[HFXWDGDV WDQWR SHOD &RPLVVmR (XURSHLD FRPR SHORV HVWDGRV PHPEURV QR kPELWR QDFLRQDO FRQIRUPH PRVWUD R 4XDGUR Quadro 4– Estratégia UE 2020: Ações da Iniciativa Emblemática “Uma União da Inovação” Ações da Comissão Europeia L &21&/8,5 R (VSDoR (XURSHX GD ,QYHVWLJDomR SDUD GHVHQYROYHU XPD DJHQGD GH SHVTXLVD HVWUDWpJLFD FHQWUDGD HP GHVDILRV FRPR D VHJXUDQoD HQHUJpWLFD RV WUDQVSRUWHV DV DOWHUDo}HV FOLPiWLFDV H D XWLOL]DomR HILFD] GRV UHFXUVRV D VD~GH H R HQYHOKHFLPHQWR GD SRSXODomR RV PpWRGRV GH SURGXomR HFROyJLFRV H D JHVWmR GRV VRORV YLVDQGR DLQGD UHIRUoDU D SURJUDPDomR FRQMXQWD FRP RV HVWDGRV PHPEURV H DV UHJL}HV LL 0HOKRUDU DV FRQGLo}HV JHUDLV SDUD TXH DV HPSUHVDV LQRYHP RX VHMD FULDU D SDWHQWH ~QLFD GD 8( H XP WULEXQDO HVSHFLDOL]DGR HP PDWpULD GH SDWHQWHV PRGHUQL]DU R UHJLPH GRV GLUHLWRV DXWRUDLV H GDV PDUFDV UHJLVWUDGDV PHOKRUDU R DFHVVR GDV 30( j SURWHomR GD SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO DFHOHUDU D FULDomR GDV QRUPDV GH LQWHURSHUDELOLGDGH PHOKRUDU R DFHVVR DR FDSLWDO H XWLOL]DU SOHQDPHQWH DV SROtWLFDV GH HVWtPXOR j GHPDQGD D H[HPSOR GD FRQWUDWDomR S~EOLFD H GD UHJXODPHQWDomR LQWHOLJHQWH LLL ,PSOHPHQWDU DV ³SDUFHULDV HXURSHLDV GH LQRYDomR´ HQWUH D 8( H RV HVWDGRV PHPEURV D ILP GH DFHOHUDU R GHVHQYROYLPHQWR H DSOLFDomR GDV WHFQRORJLDV QHFHVViULDV SDUD UHVSRQGHU DRV GHVDILRV LGHQWLILFDGRV $ SULPHLUD SDUFHULD LQFOXLUi RV VHJXLQWHV WHPDV ³FRQVWUXLU D ELRHFRQRPLD DWp ´ ³WHFQRORJLDV IDFLOLWDGRUDV HVVHQFLDLV SDUD R IXWXUR LQGXVWULDO GD (XURSD´ H ³WHFQRORJLDV TXH SHUPLWDP jV SHVVRDV LGRVDV YLYHU DXWRQRPDPHQWH H VHU VRFLDOPHQWH DWLYDV´ LY 5HIRUoDU H GHVHQYROYHU R SDSHO GRV LQVWUXPHQWRV GD 8( GH DSRLR j LQRYDomR D H[HPSOR GRV IXQGRV HVWUXWXUDLV IXQGRV GH GHVHQYROYLPHQWR UXUDO 3URJUDPD 4XDGUR GH 3 ' H 3ODQR SDUD DV 7HFQRORJLDV (QHUJpWLFDV (VWUDWpJLFDV ± 3ODQR 6(7 SRU PHLR GD UDFLRQDOL]DomR GRV SURFHGLPHQWRV DGPLQLVWUDWLYRV IDFLOLWDQGR R DFHVVR DR ILQDQFLDPHQWR HP HVSHFLDO SDUD DV 30(V H SDUD FULDU LQFHQWLYRV LQRYDGRUHV UHODWLYDPHQWH DR PHUFDGR GR FDUERQR QRWDGDPHQWH SDUD DV HPSUHVDV SLRQHLUDV Y 3URPRYHU SDUFHULDV GR FRQKHFLPHQWR H UHIRUoDU D DUWLFXODomR HQWUH R VLVWHPD HGXFDWLYR DV HPSUHVDV H D SHVTXLVD H LQRYDomR H SURPRYHU R HPSUHHQGHGRULVPR DWUDYpV GR DSRLR jV -RYHQV (PSUHVDV ,QRYDGRUDV Ações dos Estados-Membros L 5HIRUPDU RV VLVWHPDV QDFLRQDLV H UHJLRQDLV GH 3 ' H LQRYDomR SDUD SURPRYHU D H[FHOrQFLD H D HVSHFLDOL]DomR LQWHOLJHQWH UHIRUoDU D FRRSHUDomR HQWUH DV XQLYHUVLGDGHV D SHVTXLVD H DV HPSUHVDV UHFRUUHU D SURJUDPDV FRQMXQWRV H HVWLPXODU D FRRSHUDomR WUDQVIURQWHLUDV HP iUHDV HP TXH D 8( SURSRUFLRQD YDORU DFUHVFHQWDGR DGDSWDQGR RV SURFHGLPHQWRV QDFLRQDLV GH ILQDQFLDPHQWR HP FRQIRUPLGDGH FRP YLVWD D DVVHJXUDU D GLIXVmR GD WHFQRORJLD HP WRGR R WHUULWyULR GD 8( LL $VVHJXUDU XP Q~PHUR VXILFLHQWH GH OLFHQFLDGRV HP FLrQFLDV PDWHPiWLFD H HQJHQKDULD H RULHQWDU RV FXUUtFXORV HVFRODUHV SDUD D FULDWLYLGDGH D LQRYDomR H R HPSUHHQGHGRULVPR LLL 'DU SULRULGDGH jV GHVSHVDV QR FRQKHFLPHQWR SULQFLSDOPHQWH YLD LQFHQWLYRV ILVFDLV H RXWURV LQVWUXPHQWRV ILQDQFHLURV FRP R LQWXLWR GH SURPRYHU R DXPHQWR GR LQYHVWLPHQWR SULYDGR HP 3 ' )RQWH &RPLVVmR (XURSHLD (ODERUDomR SUySULD
TXH VH UHIHUH j de HVWUDWpJLD SDUTXHV FLHQWtILFRV H naWHFQROyJLFRV No que1R se refere à estratégia parques GH científicos e tecnológicos ComunidadeQD Euro&RPXQLGDGH (XURSHLD IRUDP REVHUYDGRV H VLVWHPDWL]DGRV GDGRV D UHVSHLWR GH peia foram observados e sistematizados dados a respeito de Portugal e Espanha, considerando 3RUWXJDO H (VSDQKD FRQVLGHUDQGR TXH QR SHUtRGR GR SUHVHQWH HVWXGR DOJXQV SDUTXHV que no período do presente estudo alguns parques destes países foram objeto de visita por parte GHVWHV SDtVHV IRUDP REMHWR GH YLVLWD SRU SDUWH GH SHVTXLVDGRUHV GD ,129$ 8QLFDPS de pesquisadores da INOVA Unicamp. 2V SDUTXHV WHFQROyJLFRV GD (VSDQKD H GH estão 3RUWXJDO HVWmR em DQFRUDGRV HP e Os parques tecnológicos da Espanha e de Portugal ancorados universidades XQLYHUVLGDGHV H LQVWLWXWRV WHFQROyJLFRV $ $VVRFLDomR GH da 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV GD institutos tecnológicos. A Associação de Parques Tecnológicos Espanha (APTE) considera (VSDQKD $37( FRQVLGHUD FRPR SRQWR QHYUiOJLFR GH XP SDUTXH D FRQH[mR primordial HQWUH como ponto nevrálgico de um parque a conexão entre universidade-instituto-empresa, paraXQLYHUVLGDGH LQVWLWXWR HPSUHVD o desenvolvimento de empreendimentos com capacidade SULPRUGLDO SDUD R inovadora. GHVHQYROYLPHQWR
GH
HPSUHHQGLPHQWRV FRP FDSDFLGDGH LQRYDGRUD Ao analisar as informações acerca dos parques nos dois países, podemos identificar se tores principais de P&D incluindo: informática, telecomunicações, eletrônica, novos materiais, alimentos e biotecnologia para saúde. Os parques têm como regra explícita a recusa no acolhi36
mento de empresas que realizem atividades poluentes. No geral, os parques tecnológicos que obtiveram maior sucesso são geridos por empresas privadas, de acordo com modelos de sociedade anônima, fundações e institutos, consideradas mais flexíveis em relação à gestão pública. Entretanto, tanto na Espanha como em Portugal, a criação e a consolidação de parque tecnológico exigem a participação de governos locais e regionais. Os empreendimentos nascidos em incubadoras ou residentes em parques têm maior probabilidade de sobreviverem em relação aos demais. Essas EBTs têm acesso mais rápido a concessão de incentivos fiscais e renúncia de um percentual do imposto a pagar. Após a crise econômica de 2008, a maioria dos países desenvolvidos implantou mudanças no modelo produtivo, no sentido de garantir a sustentabilidade do crescimento econômico. Tendo como base o material disponibilizado por Manella (2009), pela Anprotec (2006) e Wainova (2009), destacam-se alguns aspectos específicos dos parques tecnológicos da Espanha e de Portugal. Na Espanha é elevada a taxa de sucesso das empresas incubadas nos parques tecnológicos, desempenho creditado principalmente à adoção de políticas específicas, como a criação de empresas vencedoras (seleção de grupo de empresas a serem seguidas), a presença de empresas-âncora que compõem o cluster (p.ex.: Grupo Media, Microsoft, Telefonica etc.) e a criação de metas de desempenho para as empresas apoiadas. Na Catalunha, as empresas escolhidas como foco de políticas públicas têm metas a serem atingidas quanto à exportação ou à internacionalização. A experiência da entidade do Barcelona Activa em acompanhar as empresas, após o auxílio e suporte oferecido, é bastante relevante como forma de avaliação das intervenções realizadas. As principais associações de parques tecnológicos da Espanha são: •
Associação Científicos e Tecnológicos da Espanha (APTE): criada em 1989, atualmente possui 78 membros distribuídos em 17 regiões autônomas diferentes, recentemente reestruturado para abrigar pequenas redes com objetivos específicos de promover o desenvolvimento de novos parques, negócios e a cooperação entre o campo da ciência e da indústria.
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•
International Association of Science Parks (IASP): rede internacional de ciência e tecnologia em parques, criada em 1984, que conecta profissionais no desenvolvimento de parques, incubadora de negócios baseada em inovação, instituições de P&D, universidades e especialistas em desenvolvimento econômico e tecnológico e transferência de conhecimento ao redor do mundo; e
•
Red de Parques Tecnológicos del País Basco (RPTE): criado em 1995, foi pioneiro na administração de parques no estado espanhol. É uma das mais consolidadas redes da Europa, com alto potencial de crescimento, garantindo a interação entre ciência, tecnologia e empresa. Foi criado no sentido de alavancar o desenvolvimento tecnológico e inovativo do país Basco.
Em Portugal, destaca-se a Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia (Tecparques), criada em 1999, com o objetivo de promover e adicionar valor aos parques de ciência e tecnologia portugueses e garantir a interação com outras organizações nacionais e internacionais relativas á inovação e transferência de conhecimento, como suportar a base inovativa das companhias.
2.2
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NO BRASIL Segundo dados da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos
de Tecnologias Avançadas (Anprotec), divulgados pela Revista ComCiência, “as incubadoras de empresas no Brasil apresentaram em 2001 um crescimento de 17,7%. Hoje são 151 espalhadas pelo país, totalizando mais de 1100 empresas residentes que geram cerca de 7.000 empregos. O número de empresas que já saíram das incubadoras é de 400 e algumas delas faturaram no ano passado mais de R$ 1 milhão” 5. Em 2006, dados da própria Anprotec estimavam mais de 370 incubadoras em operação no Brasil, das quais 68% localizadas nas regiões Sul e Sudeste, indicando um crescimento expressivo no período de 2001 a 2006, e localizando o país entre os três primeiros, em número de incubadoras, no mundo.
5 “Incubadoras de empresas ficam mais fortes no Brasil”, Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, SBPC/ Labjor, de 25.11.2001, em http://www.comciencia.br/especial/incuba/incuba01.htm.
38
(P GDGRV GD SUySULD $QSURWHF HVWLPDYDP PDLV GH LQFXEDGRUDV HP RSHUDomR QR %UDVLO GDV TXDLV ORFDOL]DGDV QDV UHJL}HV 6XO H 6XGHVWH LQGLFDQGR XP FUHVFLPHQWR H[SUHVVLYR QR SHUtRGR GH D H ORFDOL]DQGR R SDtV HQWUH RV WUrV SULPHLURV HP Q~PHUR GH LQFXEDGRUDV QR PXQGR 3RU RXWUR ODGR =RXDLQ 'DPLmR H &DWKDULQR LQGLFDP TXH QR %UDVLO RV SDUTXHV WHFQROyJLFRV WrP VLGR FRQVLGHUDGRV FRPR SRWHQFLDLV IDFLOLWDGRUHV GR SURFHVVR Por outro lado, Zouain, DamiĂŁo e Catharino (2006) indicam que “no Brasil, os parques GH WUDQVIRUPDomR GD SURGXomR FLHQWtILFD H WHFQROyJLFD HP LQRYDo}HV FRPR DJHQWHV tecnolĂłgicos tĂŞm sido considerados como potenciais facilitadores do processo de transformação GH IRPHQWR GH HPSUHVDV GH EDVH WHFQROyJLFD H GH Do}HV LQRYDGRUDV QDV HPSUHVDV da produção cientĂfica e tecnolĂłgica em inovaçþes; como agentes de fomento de empresas de HVWDEHOHFLGDV DOpP GH LQVWUXPHQWRV GH GHVHQYROYLPHQWR´ $VVLP YiULDV H[SHULrQFLDV base tecnolĂłgica e de açþes inovadoras nas empresas estabelecidas; alĂŠm de instrumentos de H HVWXGRV WrP VLGR UHDOL]DGRV SDUD DGHTXDomR GHVVHV PRGHORV jV FDUDFWHUtVWLFDV H desenvolvimentoâ€?. Assim, vĂĄrias experiĂŞncias e estudos tĂŞm sido realizados para adequação DRV FRQWH[WRV QDFLRQDLV desses modelos Ă s caracterĂsticas e aos contextos nacionais. 'H DFRUGR FRP R 3DQRUDPD GD $VVRFLDomR 1DFLRQDO GH (QWLGDGHV De acordo com o Panorama da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empre3URPRWRUDV GH (PSUHHQGLPHQWRV ,QRYDGRUHV $QSURWHF H[LVWLDP QR %UDVLO Âł endimentos Inovadores (Anprotec) existiam no Brasil “42 parques tecnolĂłgicos em 2005, sendo SDUTXHV WHFQROyJLFRV HP VHQGR TXH HVWDYDP HP IDVH GH SURMHWRV HP que 14 estavam em fase de projetos, 13 em implantação e 15 em operaçãoâ€? 6 . Em 2008 jĂĄ eram LPSODQWDomR H HP RSHUDomR´ (P Mi HUDP SDUTXHV WHFQROyJLFRV 73 parques tecnolĂłgicos, concentrados nas regiĂľes Sul e Sudeste, sendo 25 em operação, 17 FRQFHQWUDGRV QDV UHJL}HV 6XO H 6XGHVWH VHQGR HP RSHUDomR HP LPSODQWDomR H em implantação e 32 em fase de projeto (Tabela 1), mostrando uma forte concentração nas re HP IDVH GH SURMHWR 7DEHOD PRVWUDQGR XPD IRUWH FRQFHQWUDomR QDV UHJL}HV 6XO H giĂľes Sul e Sudeste. 6XGHVWH Tabela 1– RegiĂľes Brasil parques tecnolĂłgicos em operação, em implantação e na fase de projeto em 2008
Status
Sul
Sudeste
Nordeste
Norte
Operação
11
9
5
0
CentroOeste 0
Implantação
5
8
1
1
2
Projeto
7
18
1
3
3
)RQWH $QSURWHF (ODERUDomR ,129$ 8QLFDPS
(P WHUPRV GH SROtWLFDV SDUD R VHWRU R 3ODQR 1DFLRQDO GH &7, 3$&7, GR 0LQLVWpULR GD &LrQFLD H 7HFQRORJLD QR %UDVLO SRU TXDWUR HL[RV Em termos de polĂticas para o setor, o Plano Nacional de FRPSRVWR CTI (PACTI) 2007 - 2010 do MiHVWUDWpJLFRV OLQKDV GH DSUHVHQWD por JUDQGH Do}HV YROWDGD DR de nistĂŠrio da CiĂŞnciaH e Tecnologia no DomR Brasil composto quatroSDUWH eixosGDV estratĂŠgicos e 21 linhas LQRYDomR QDV voltada HPSUHVDV H HP iUHDV HVWUDWpJLFDV FRP IRUWH e ação,GHVHQYROYLPHQWR apresenta grandeH parte das açþes ao desenvolvimento e inovação nas empresas LQIOXrQFLD QR GHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR EUDVLOHLUR $V PHWDV DWp GR 3$&7, VmR em ĂĄreas estratĂŠgicas, com forte influĂŞncia no desenvolvimento econĂ´mico brasileiro. As metas DV VHJXLQWHV atĂŠ 2010 do PACTI sĂŁo as seguintes: •
ƒ ,QYHVWLPHQWR HP 3 ' DXPHQWDU RV LQYHVWLPHQWRV JOREDLV HP 3 ' LQWHUQR Investimento em P&D: aumentar os investimentos globais em P&D interno de 1,02%,
GH HP SDUD GR 3,% em 2006, para 1,5% do PIB; 
•
Inovação nas empresas: ampliar a participação empresarial de 0,51%, em 2006, para
=28$1 HW DO 3DUTXH 7HFQROyJLFR GH 6mR 3DXOR DV HVSHFLILFDo}HV GR SURMHWR QR FRQWH[WR GH XPD 3ROtWLFD 3~EOLFD /RFDO /RFXV &LHQWtILFR 0,65% Y Q do PIB, doSS total de investimentos em P&D;
•
Formação de recursos humanos: elevar o número de bolsas concedidas pelo CNPq de
6 ZOUAN, et al. - Parque TecnolĂłgico de SĂŁo Paulo: as especificaçþes do projeto no contexto de uma PolĂtica PĂşblica Local. Locus CientĂfico, v. 1, n. 1, 2006, pp. 4-9.
39
65.000 em 2006, para, pelo menos, 95.000 em 2010, dando ênfase às engenharias e áreas relacionadas à PITCE; e •
C&T para o Desenvolvimento Social: implementar 400 centros vocacionais tecnológicos, implementar 600 novos telecentros, e ampliar as Olimpíadas de Matemática, com a participação de 21 milhões de alunos e a concessão de 10.000 bolsas para o ensino médio, em 2010.
Para a consecução dessas metas, o plano de ação contempla os seguintes objetivos principais: •
Aperfeiçoar as instituições, a gestão e a governança da política de C,T&I;
•
Expandir e consolidar a capacidade de pesquisa científica e tecnológica do País, ampliando de forma substancial o apoio financeiro à C&T em geral e à formação e à fixação de recursos humanos, priorizando as engenharias e as áreas relacionadas com a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE);
•
Ampliar o apoio à inovação e ao desenvolvimento tecnológico das empresas, acelerando o desenvolvimento de tecnologias avançadas e de setores portadores de futuro e massificando programas de extensão e capacitação tecnológica, com ênfase nas empresas de micro, pequeno e médio porte;
•
Fortalecer as atividades de P&D e de inovação em áreas estratégicas para o crescimento e o desenvolvimento do País, com ênfase em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), insumos para a saúde, biocombustíveis, agronegócios e o programa nuclear;
•
Contribuir para o desenvolvimento e a equidade regional e social, em especial das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte; e
•
Popularizar a ciência e promover a geração, a difusão e o uso de conhecimentos para a melhoria das condições de vida da população.
Esses objetivos complementares e articulados entre si serão alcançados mediante ações agrupadas nas quatro prioridades estratégicas do plano, que estão diretamente relacionadas com os quatro eixos estratégicos que norteiam a atuação do PNCTI, que serão, por sua vez, contempladas por meio de 21 linhas de ação, que se desdobram em 87 programas (ver Quadro 5).
40
1.
Expandir e consolidar o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação
(SNCTI), atuando em articulação com o setor empresarial e os governos estaduais e municipais para ampliar a base científica e tecnológica nacional. Além de revitalizar e consolidar a cooperação internacional com ênfase nas áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. As principais linhas de ação deste eixo são: 1.1.
Consolidação institucional do SNCTI;
1.2.
Formação de recursos humanos para C,T&I: ampliar o número de bolsas de for-
mação, pesquisa e extensão do CNPq, com foco nas engenharias e áreas prioritárias, bem como favorecer a inserção de pesquisadores – engenheiros e doutores – nas empresas; e 1.3.
Infraestrutura e fomento da pesquisa científica e tecnológica: através do apoio a
projetos, incluindo as redes formadas por universidades, centros de pesquisa e institutos tecnológicos. Além disso, este primeiro eixo busca viabilizar o uso eficiente de todos os mecanismos inovadores criados pelas Leis de Inovação e do Bem e aperfeiçoar os instrumentos da Lei de Informática. Outro objetivo é aperfeiçoar a gestão dos Fundos Setoriais e dos programas e projetos estratégicos ou prioritários, no que a regulamentação do FNDCT em muito contribuirá; inclusive aperfeiçoar a gestão das agências de fomento do MCT - FINEP e CNPq. 2.
Promover um ambiente favorável à inovação nas empresas, fortalecendo a Políti-
ca Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE). As principais linhas de ação são:
41
Quadro 5โ Eixos, Linhas de Aรงรฃo e Programas do Plano Nacional de CTI 2007 โ 2010 do MCT, Brasil Eixos Linhas de Aรงรฃo Programas &RQVROLGDomR ,QVWLWXFLRQDO GR &RQVROLGDomR LQVWLWXFLRQDO GR 6LVWHPD 1DFLRQDO GH & 7 , 6LVWHPD 1DFLRQDO GH & 7 , $PSOLDomR H FRQVROLGDomR GD FRRSHUDomR LQWHUQDFLRQDO
I - Expansรฃo e consolidaรงรฃo do Sistema Nacional de C,T&I
)RUPDomR GH 5HFXUVRV +XPDQRV SDUD & 7 ,
,QIUD HVWUXWXUD H )RPHQWR GD 3HVTXLVD &LHQWtILFD H 7HFQROyJLFD
$SRLR j ,QRYDomR 7HFQROyJLFD QDV (PSUHVDV II - Promoรงรฃo da inovaรงรฃo tecnolรณgica nas empresas
7HFQRORJLD SDUD D ,QRYDomR QDV (PSUHVDV ,QFHQWLYR j &ULDomR H j &RQVROLGDomR GH (PSUHVDV ,QWHQVLYDV HP 7HFQRORJLD ร UHDV 3RUWDGRUDV GH )XWXUR %LRWHFQRORJLD H 1DQRWHFQRORJLD 7HFQRORJLDV GD ,QIRUPDomR H &RPXQLFDomR
,QVXPRV SDUD D 6D~GH
%LRFRPEXVWtYHLV III - Pesquisa, desenvolvimento e inovaรงรฃo em รกreas estratรฉgicas
(QHUJLD (OpWULFD +LGURJrQLR H (QHUJLDV 5HQRYiYHLV
42
)RUPDomR TXDOLILFDomR H IL[DomR GH UHFXUVRV KXPDQRV SDUD & 7 , $SRLR j LQIUD HVWUXWXUD GDV LQVWLWXLo}HV FLHQWtILFDV H WHFQROyJLFDV ,&7V H GH LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD WHFQROyJLFDV ,37V )RPHQWR DR GHVHQYROYLPHQWR FLHQWtILFR WHFQROyJLFR H GH LQRYDomR 3URJUDPD QRYD 513 ยฑ LQWHUQHW DYDQoDGD SDUD HGXFDomR H SHVTXLVD 8QLGDGHV GH 3HVTXLVD &LHQWtILFD H 7HFQROyJLFD GR 0&7 $SRLR ILQDQFHLUR jV DWLYLGDGHV GH 3 ' , H j LQVHUomR GH SHVTXLVDGRUHV QDV HPSUHVDV $SRLR j FRRSHUDomR HQWUH HPSUHVDV H ,&7V ,QLFLDWLYD QDFLRQDO SDUD D LQRYDomR &DSDFLWDomR GH UHFXUVRV KXPDQRV SDUD D LQRYDomR ,PSOHPHQWDomR GH &HQWURV GH 3 ' , (PSUHVDULDLV 6LVWHPD %UDVLOHLUR GH 7HFQRORJLD ยฑ 6,%5$7(& 3URJUDPD 1DFLRQDO GH DSRLR jV ,QFXEDGRUDV H DRV 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV 31, ,QRYDU ยฑ )RPHQWR j FULDomR H j DPSOLDomR GD LQG~VWULD GH FDSLWDO HPSUHHQGHGRU venture capital QR %UDVLO 8VR GR SRGHU GH FRPSUD SDUD HVWLPXODU R GHVHQYROYLPHQWR WHFQROyJLFR QDV HPSUHVDV QDFLRQDLV GH WHFQRORJLD &RPSHWLWLYLGDGH HP ELRWHFQRORJLD 3URJUDPD GH & 7 , SDUD QDQRWHFQRORJLD $SRLR DR GHVHQYROYLPHQWR WHFQROyJLFR GDV LQG~VWULDV GH HOHWU{QLFD H GH VHPLFRQGXWRUHV 3URJUDPD GH HVWtPXOR DR VHWRU GH VRIWZDUH H VHUYLoRV 7HFQRORJLDV GLJLWDLV GH FRPXQLFDomR PtGLDV H UHGHV )iUPDFRV H PHGLFDPHQWRV 3URGXWRV PpGLFRV H ELRPDWHULDLV .LWV GLDJQyVWLFRV +HPRGHULYDGRV 9DFLQDV 3URJUDPD GH GHVHQYROYLPHQWR WHFQROyJLFR SDUD R ELRGLHVHO 3URJUDPD GH & 7 , SDUD R HWDQRO ,PSOHPHQWDomR GH LQIUD HVWUXWXUD QDV LQVWLWXLo}HV GH HQVLQR H SHVTXLVD QDFLRQDLV QDV iUHDV GH JHUDomR WUDQVPLVVmR H GLVWULEXLomR * 7 ' H XVR ILQDO GH HQHUJLD HOpWULFD ([SDQVmR PRGHUQL]DomR H PDQXWHQomR GD LQIUD HVWUXWXUD SDUD SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR WHFQROyJLFR HP JHUDomR WUDQVPLVVmR H GLVWULEXLomR H XVR ILQDO GH HQHUJLD HOpWULFD 3URJUDPD GH & 7 , SDUD WUDQVPLVVmR GH HQHUJLD HOpWULFD FRP rQIDVH HP ORQJD GLVWkQFLD 3URJUDPD GH & 7 , SDUD RWLPL]DomR GRV DWLYRV GR VLVWHPD HOpWULFR 3URJUDPD GH & 7 , HP PRGHORV GH SODQHMDPHQWR H RSHUDomR GR VLVWHPD HOHWUR HQHUJpWLFR 3URJUDPD GH & 7 , SDUD DXPHQWR GD TXDOLGDGH GH HQHUJLD H GD HILFLrQFLD HQHUJpWLFD 3URJUDPD GH & 7 , SDUD D HFRQRPLD GR KLGURJrQLR 3URJUDPD GH & 7 , SDUD HQHUJLDV UHQRYiYHLV
Eixos
Linhas de Aรงรฃo
3HWUyOHR *iV H &DUYmR 0LQHUDO
III - Pesquisa, desenvolvimento e inovaรงรฃo em รกreas estratรฉgicas $JURQHJyFLR
%LRGLYHUVLGDGH H 5HFXUVRV 1DWXUDLV
$PD]{QLD H 6HPL ร ULGR 0HWHRURORJLD H PXGDQoDV FOLPiWLFDV
3URJUDPD HVSDFLDO
3URJUDPD QXFOHDU
'HIHVD 1DFLRQDO H VHJXUDQoD S~EOLFD
Programas $PSOLDomR GD LQIUD HVWUXWXUD QDV LQVWLWXLo}HV GH HQVLQR H SHVTXLVD QDFLRQDLV QDV iUHDV GH SHWUyOHR JiV QDWXUDO HQHUJLD H PHLR DPELHQWH ([SDQVmR PRGHUQL]DomR PDQXWHQomR H LQIUD HVWUXWXUD SDUD 3 ' WHFQROyJLFR QDV iUHDV GH SHWUyOHR JiV QDWXUDO H ELRFRPEXVWtYHLV 3URJUDPD GH 3 ' WHFQROyJLFR SDUD DV DWLYLGDGHV GH UHILQR 3URJUDPD GH 3 ' WHFQROyJLFR SDUD DV DWLYLGDGHV GH H[SORUDomR GH SHWUyOHR H JiV QDWXUDO 3URJUDPD GH S 3 ' WHFQROyJLFR SDUD DV DWLYLGDGHV GH SURGXomR GH SHWUyOHR H JiV QDWXUDO 3URJUDPD GH 3 ' WHFQROyJLFR SDUD DV DWLYLGDGHV GH WUDQVSRUWH GH SHWUyOHR H JiV QDWXUDO 3URJUDPD GH 3 ' WHFQROyJLFR SDUD DV DWLYLGDGHV GH JiV QDWXUDO 3URJUDPD GH 3 ' WHFQROyJLFR SDUD DV DWLYLGDGHV GH GHVHQYROYLPHQWR VXVWHQWiYHO SDUD D iUHD GH SHWUyOHR H JiV QDWXUDO 3URJUDPD GH & 7 , SDUD SURGXomR H XVR OLPSR GR FDUYmR PLQHUDO ยฑ 3UR&DUYmR 3 ' , HP DOLPHQWRV $XWRPDomR DJURSHFXiULD FRP IRFR HP HPSUHHQGLPHQWRV GH SHTXHQR SRUWH 3 ' , HP VLVWHPDV LQRYDGRUHV GH SURGXomR DJURSHFXiULD $UWLFXODomR LQWHUQDFLRQDO SDUD R DYDQoR GD & 7 , YROWDGD SDUD R DJURQHJyFLR 5HFXSHUDomR GDV 2UJDQL]Do}HV (VWDGXDLV GH 3HVTXLVD $JURSHFXiULD 2(3$6 SDUD R IRUWDOHFLPHQWR GR 6LVWHPD 1DFLRQDO GH 3HVTXLVD $JURSHFXiULD & 7 , DSOLFDGD j ELRGLYHUVLGDGH H DRV UHFXUVRV QDWXUDLV & 7 , SDUD D H[SORUDomR GRV UHFXUVRV GR PDU 3 ' , HP DTXLFXOWXUD H SHVFD & 7 , QD $QWiUWLFD & 7 , SDUD UHFXUVRV KtGULFRV 'HVHQYROYLPHQWR WHFQROyJLFR H LQRYDomR HP UHFXUVRV PLQHUDLV ยฑ 3UR0LQHUDO 3URJUDPD LQWHJUDGR GH & 7 , SDUD D FRQVHUYDomR H R GHVHQYROYLPHQWR VXVWHQWiYHO GD 5HJLmR $PD]{QLFD & 7 , SDUD R GHVHQYROYLPHQWR VXVWHQWiYHO GR 6HPL ร ULGR 3URJUDPD QDFLRQDO GH PXGDQoDV FOLPiWLFDV 3UHYLVmR GH WHPSR H FOLPD 3URJUDPD &($ ยฑ &HQWUR (VSDFLDO GH $OFkQWDUD 3URJUDPD 9/6 ยฑ 9HtFXOR /DQoDGRU GH 6DWpOLWHV 3URJUDPD 300 ยฑ 6DWpOLWHV GH REVHUYDomR GD 7HUUD EDVHDGRV QD 3ODWDIRUPD 0XOWL 0LVVmR 3URJUDPD &%(56 ยฑ 6DWpOLWH 6LQR %UDVLOHLUR GH 5HFXUVRV 7HUUHVWUHV 3URJUDPD $&6 (PSUHVD EL QDFLRQDO $OFkQWDUD &\FORQH 6SDFH &DSDFLWDomR WHFQROyJLFD H IRUPDomR GH UHFXUVRV KXPDQRV SDUD R VHWRU DHURHVSDFLDO &RQVROLGDomR GR DUFDERXoR OHJDO GD iUHD QXFOHDU $PSOLDomR GR FLFOR GR FRPEXVWtYHO QXFOHDU QD ,1% &RQFOXVmR GD SODQWD SLORWR GH SURGXomR GH 8) FRQYHUVmR HP $UDPDU &DSDFLWDomR H DGHTXDomR GD 18&/(3 SDUD D IDEULFDomR GH FRPSRQHQWHV GDV QRYDV XVLQDV QXFOHDUHV ,PSOHPHQWDomR GH XPD SROtWLFD EUDVLOHLUD GH JHUHQFLDPHQWR GH UHMHLWRV UDGLRDWLYRV (PSUHVD %UDVLOHLUD GH 5DGLRIiUPDFRV ยฑ (%5 $o}HV GH 3 ' , H FDSDFLWDomR YROWDGDV SDUD D UHWRPDGD GR 31% & 7 , SDUD D GHIHVD QDFLRQDO & 7 , SDUD VHJXUDQoD S~EOLFD
43
Eixos
Linhas de Ação
3RSXODUL]DomR GD & 7 , H PHOKRULD GR HQVLQR GH &LrQFLDV
IV - C,T&I para o desenvolvimento social
7HFQRORJLDV SDUD R 'HVHQYROYLPHQWR 6RFLDO
)RQWH 0&7 3URJUDPDV GR 3ODQR 1DFLRQDO GH &7, Âą
Programas $SRLR D SURMHWRV H HYHQWRV GH GLYXOJDomR H GH HGXFDomR FLHQWtILFD WHFQROyJLFD H GH LQRYDomR $SRLR j FULDomR H DR GHVHQYROYLPHQWR GH FHQWURV H PXVHXV GH FLrQFLD H WHFQRORJLD 2OLPStDGD %UDVLOHLUD GH 0DWHPiWLFD GDV (VFRODV 3~EOLFDV Âą 2%0(3 &RQWH~GRV GLJLWDLV PXOWLPtGLD SDUD HGXFDomR FLHQWtILFD H SRSXODUL]DomR GD & 7 , QD ,QWHUQHW ,PSOHPHQWDomR H PRGHUQL]DomR GH &HQWURV 9RFDFLRQDLV 7HFQROyJLFRV 3URJUDPD QDFLRQDO GH LQFOXVmR GLJLWDO $SRLR j SHVTXLVD j LQRYDomR H j H[WHQVmR WHFQROyJLFD SDUD R GHVHQYROYLPHQWR VRFLDO 3URJUDPD &RPXQLWiULR GH 7HFQRORJLD H &LGDGDQLD & 7 , SDUD R GHVHQYROYLPHQWR UHJLRQDO FRP HQIRTXH HP GHVHQYROYLPHQWR ORFDO Âą $3/V $SRLR j SHVTXLVD H DR GHVHQYROYLPHQWR DSOLFDGRV j VHJXUDQoD DOLPHQWDU H QXWULFLRQDO 3HVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR DJURSHFXiULR H DJURLQGXVWULDO SDUD LQVHUomR VRFLDO &DSDFLWDomR HP & 7 , SDUD R 'HVHQYROYLPHQWR 6RFLDO
$SRLR j LQRYDomR WHFQROyJLFD QDV HPSUHVDV HVWLPXODU D FRRSHUDomR Apoio Ă inovação tecnolĂłgica nas empresas: estimular a cooperação entre emHQWUH HPSUHVDV H LQVWLWXLo}HV FLHQWtILFDV H WHFQROyJLFDV ,&7V H IRPHQWR presas e instituiçþes cientĂficas e tecnolĂłgicas (ICTs) e fomento Ă implementação de Centros de j LPSOHPHQWDomR GH &HQWURV GH 3HVTXLVD 'HVHQYROYLPHQWR H ,QRYDomR Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Empresariais; 2.1.
(PSUHVDULDLV 2.2.
Tecnologia para a inovação nas empresas: estruturar o Sistema Brasileiro de Tec 7HFQRORJLD SDUD D LQRYDomR QDV HPSUHVDV HVWUXWXUDU R 6LVWHPD nologia (Sibratec), formado por um conjunto de entidades atuantes na promoção da inovação e %UDVLOHLUR GH 7HFQRORJLD 6LEUDWHF IRUPDGR SRU XP FRQMXQWR GH na realização de serviços tecnológicos para empresas, buscando apoiar o desenvolvimento das HQWLGDGHV DWXDQWHV QD SURPRomR GD LQRYDomR H QD UHDOL]DomR GH empresas, a oferta de prestação de serviços tecnológicos, sendo estes voltados para TecnoloVHUYLoRV WHFQROyJLFRV SDUD HPSUHVDV EXVFDQGR DSRLDU R gia Industrial Båsica (TIB), a realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação GHVHQYROYLPHQWR GDV HPSUHVDV D RIHUWD GH SUHVWDomR GH VHUYLoRV (P,D&I), de extensionismo, de assistência e de transferência de tecnologia, pelo apoio às pequeWHFQROyJLFRV VHQGR HVWHV YROWDGRV SDUD linha 7HFQRORJLD %iVLFD nas e mÊdias empresas, pelo fortalecimento dos APLs. Essa de ação,QGXVWULDO estrutura-se por uma
7,% D UHDOL]DomR GH que DWLYLGDGHV GH redes SHVTXLVD GHVHQYROYLPHQWR H combinação de instrumentos jå existentes, envolvam de apoio ao desenvolvimento LQRYDomR 3 ' , GH diversas H[WHQVLRQLVPR GH DVVLVWrQFLD GH WUDQVIHUrQFLD empresarial e que sejam lideradas pelas instâncias de governo H e pelo setor privado; 2.3.
GH WHFQRORJLD SHOR DSRLR jV SHTXHQDV H PpGLDV HPSUHVDV SHOR Incentivo à criação GRV e à consolidação empresas intensivas em tecnologia: IRUWDOHFLPHQWR $3/V (VVD de OLQKD GH DomR HVWUXWXUD VH SRU XPD am-
pliar recursos para FRPELQDomR apoiar incubadoras de empresas parques tecnolĂłgicos, contribuindo para o GH LQVWUXPHQWRV Mi eH[LVWHQWHV TXH HQYROYDP UHGHV GH
aumento do faturamento e das exportaçþes dessas empresas com o objetivo de gerar e consoliDSRLR DR GHVHQYROYLPHQWR HPSUHVDULDO H TXH VHMDP OLGHUDGDV SHODV dar empresas inovadoras capazes de autogestão, especialmente no que diz respeito à geração GLYHUVDV LQVWkQFLDV GH JRYHUQR H SHOR VHWRU SULYDGR e à difusão de inovação; estimular a criação e a ampliação da indústria de capital empreendedor aumentando ,QFHQWLYR j o número FULDomR eH o j FRQVROLGDomR GH LQWHQVLYDV HP fazer (venture capital), escopo dos fundos deHPSUHVDV investimento; bem como
WHFQRORJLD DPSOLDU UHFXUVRV SDUD DSRLDU LQFXEDGRUDV GH HPSUHVDV H uso do poder de compras do Estado. SDUTXHV WHFQROyJLFRV FRQWULEXLQGR SDUD R DXPHQWR GR IDWXUDPHQWR H GDV H[SRUWDo}HV GHVVDV HPSUHVDV FRP R REMHWLYR GH JHUDU H FRQVROLGDU 44
Os vetores fundamentais para fortalecer a ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) são o incremento na produção científica e a consolidação e a abertura de novas linhas de pesquisa e novos cursos de pós-graduação, assim como a exploração de novas e diversificadas fontes de formação avançada no País. Desse modo, a formação de recursos humanos qualificados continuará sendo um dos principais elementos de sustentação da política de C,T&I. 3. Fortalecer as atividades de pesquisa e inovação em áreas estratégicas para o País. São setores intensivos em tecnologia, que apresentam transversalidade setorial, multidisciplinaridade técnico-científica e grande potencial inovador e dinamizador da economia que, aliado ao significativo peso no balanço de pagamentos, justificam sua seleção. Além de áreas mais sensíveis à soberania e segurança do País que também são de fundamentais para seu desenvolvimento. A saber: 3.1.
Biotecnologia e nanotecnologia: incorporar a biotecnologia e a nanotecnologia no
desenvolvimento de novos produtos e processos; 3.2.
TICs: promover e apoiar atividades de formação e capacitação de recursos hu-
manos em TICs, incentivar as atividades de P,D&I e de produção, via cooperação entre ICTs e empresas, da instalação e da ampliação de empresas de manufatura e de serviços no País. Os segmentos contemplados são: (i) indústria de eletrônica e de semicondutores; (ii) software e serviços; (iii) tecnologias digitais de comunicação, de mídias e de redes, incluindo TV Digital, comunicação sem fio, redes de banda larga e telecomunicações em geral. Além disso, pretende aperfeiçoar os instrumentos de gestão da Lei de Informática e outros marcos legais; 3.3.
Insumos para a saúde: incentivar o desenvolvimento de produtos e processos em
áreas estratégicas para o Ministério da Saúde com vistas à expansão das atividades da indústria. Outros objetivos são: incentivar a modernização da base industrial, mediante a definição de marcos regulatórios, linhas de crédito e de fomento; estimular a formação de sistemas de inovação; impulsionar a capacitação de recursos humanos para o gerenciamento empresarial do P,D&I nesse setor. 3.4.
Energia: promover a P&D de fontes de energias renováveis e de tecnologias ener-
géticas limpas e eficientes, com destaque em biodiesel e etanol. Além de apoiar a implementação e expansão da infraestrutura de P,D&I e de desenvolver novas tecnologias para geração, transmissão, distribuição e uso final de energia elétrica; e da consolidação do programa de C,T&I para a economia do hidrogênio;
45
3.5.
Petróleo, gás e carvão mineral: apoiar as atividades de P&D tecnológico para as
atividades de exploração, produção e transporte de petróleo e gás natural, bem como refino de petróleo. Outro ponto diz respeito às ações voltadas para o desenvolvimento sustentável nas áreas de petróleo, gás natural e carvão mineral; 3.6.
Agronegócio: incrementar a base de conhecimentos científicos e tecnológicos ne-
cessária à inovação, considerando as dimensões técnico-econômicas e enfatizando aquelas relacionadas à segurança alimentar e nutricional e às novas frentes abertas pela tecnologia de alimentos, como alimentos de qualidade, a nutracêutica e alimentos funcionais; desenvolver metodologias, equipamentos e sistemas para ampliar a automação agropecuária com foco em empreendimentos de pequeno porte; intensificar a articulação internacional para o avanço da C,T&I no agronegócio; 3.7.
Biodiversidade e Recursos Naturais: criar e aperfeiçoar os mecanismos e instru-
mentos de proteção à biodiversidade nacional e ao conhecimento sobre ela produzido; 3.8.
Amazônia e Semiárido: ampliar e modernizar a infraestrutura; formar e fixar pes-
soal qualificado; desenvolver e consolidar as redes de pesquisa; 3.9.
Meteorologia e mudanças climáticas: ampliar e integrar a capacidade nacional de
previsão de tempo, clima e qualidade do ar, com produtos para as áreas de agricultura, recursos hídricos, energia, transporte, defesa civil, saúde, turismo e lazer. Promover o desenvolvimento de tecnologias que impliquem menores emissões líquidas antrópicas de gases de efeito estufa; 3.10.
Programa Espacial: desenvolver e utilizar tecnologias espaciais na solução de
problemas nacionais, incluindo as questões associadas ao monitoramento ambiental, à observação do território nacional e do levantamento de recursos naturais, ao controle de tráfego aéreo e às comunicações de governo. Estabelecer uma infraestrutura espacial, composta de centros de lançamento, veículos lançadores e satélites; 3.11.
Programa nuclear: criar e desenvolver capacitação para a execução das ações da
proposta do novo Programa Nuclear Brasileiro (PNB), e fortalecer institucionalmente a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) do MCT; implementar uma política nacional de tratamento de rejeitos; 3.12.
Defesa nacional e segurança pública: apoiar a infraestrutura de pesquisa das ICTs
nessas áreas; a capacitação de recursos humanos; a inovação em empresas nacionais; e as
46
parcerias entre ICTs e órgãos públicos para a formulação, a implementação e a avaliação de políticas de segurança pública e de combate à criminalidade. 4.
Promover a popularização e o ensino de ciências, a universalização do acesso
aos bens gerados pela ciência, bem como a difusão de tecnologias para a inclusão e o desenvolvimento social. 4.1.
Popularização de C,T&I e melhoria do ensino de ciências: apoiar programas, pro-
jetos e eventos de divulgação científico-tecnológica e de inovação; estabelecer cooperação internacional para a realização de eventos de educação e divulgação científico-tecnológica e de inovação; produção de material didático inovador e de conteúdos digitais na internet para apoio a professores e estudantes; 4.2.
Tecnologias para o Desenvolvimento Social: articular, fomentar e promover ações
para a produção, a difusão, a apropriação e a aplicação do conhecimento de C,T&I como instrumento de desenvolvimento social, econômico e regional do país, bem como mecanismo de inclusão digital, mediante o desenvolvimento de P,D&I voltados para as tecnologias sociais e de inclusão social, por meio de processos metodológicos participativos. Para atingir as metas e cumprir os objetivos aos quais se propõe, o plano conta com recursos federais da ordem de R$ 41 bilhões, aportados por ministérios parceiros e empresas estatais, em clara demonstração da importância conferida ao papel da C,T&I no desenvolvimento nacional. No que se refere ao apoio a parques tecnológicos foi criado o Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PNI)7 , que objetiva fomentar a consolidação e o surgimento de parques tecnológicos e incubadoras de empresas que contribuam para estimular e acelerar o processo de criação de micro e pequenas empresas, caracterizadas pelo elevado conteúdo tecnológico de seus produtos, processos e serviços, bem como por intensa atividade de inovação tecnológica e pela utilização de modernos métodos de gestão.
7 Portaria MCT nº 139, de 10 de março de 2009 - Institui o Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos – PNI
47
2.3
CIĂŠNCIA, TECNOLOGIA E INOVAĂ‡ĂƒO NO ESTADO DE SĂƒO PAULO No estado de SĂŁo Paulo, a PPA do perĂodo de 2004 – 2007 jĂĄ incluĂa açþes para ampliar
a cooperação entre o setor produtivo e as instituiçþes de pesquisa, buscando nĂŁo sĂł fomentar o uso da ciĂŞncia e tecnologia, mas tambĂŠm introduzir a questĂŁo da inovação nas agendas das universidades paulistas8. Em termos de ciĂŞncia e tecnologia e, pesquisa e desenvolvimento, SĂŁo Paulo constitui-se numa das Unidades Federadas com maior dispĂŞndio, em termos de percentual de gastos sobre a receita dos estados (Tabela 2). O complexo institucional responsĂĄvel pela pesquisa no Estado ĂŠ diversificado, reunindo 72 instituiçþes, dentre as quais trĂŞs universidades estaduais, seis universidades federais, 16 universidades privadas (que produzem pesquisa), 21 institutos tecnolĂłgicos, sete centros de pesquisa e um laboratĂłrio nacional, alĂŠm de uma sĂŠrie de hospitais vinculados a essas instituiçþes.  
Tabela 2– MÊdia percentual dos dispêndios em C&T em relação à receita dos estados*
1R FHQWUR GR VLVWHPD GH SHVTXLVD SDXOLVWD HVWmR DV WUrV JUDQGHV XQLYHUVLGDGHV S~EOLFDV GR HVWDGR D 8QLYHUVLGDGH GH 6mR 3DXOR Âą No centro do sistema de pesquisa paulista estĂŁo 863 D 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO 3DXOLVWD as trĂŞs grandes universidades pĂşblicas do Âł-~OLR GH 0HVTXLWD )LOKR´ Âą 8QHVS Âą H D 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV Âą estado: a Universidade de SĂŁo Paulo – USP, a Universidade Estadual Paulista “JĂşlio8QLFDPS de Mesquita (VVDV VmR DV WUrV PDLRUHV LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD GR HVWDGR H RFXSDP UHVSHFWLYDPHQWH Filhoâ€? – Unesp – e a Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Essas sĂŁo as trĂŞs maiores R ž ž H ž OXJDUHV QR %UDVLO HP WHUPRV GH JUXSRV H OLQKDV GH SHVTXLVDV QR %UDVLO´ instituiçþes de pesquisa do estado “e ocupam, respectivamente, o 1Âş, 3Âş e 5Âş lugares no Brasil
em termos de grupos e linhas de pesquisas no Brasil� 10. 6RPD VH D LVVR R SHVR GR FRQMXQWR GH UHFXUVRV KXPDQRV GHGLFDGRV D FLrQFLD H
WHFQRORJLD GRV TXDLV FHUFD GH PLO SHVTXLVDGRUHV DWXDYDP QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR HP 8 HTXLYDOHQWHV D GR WRWDO QDFLRQDO PLO SHVTXLVDGRUHV $OpP GLVVR GDGRV GD Instituto de Pesquisas TecnolĂłgicas do Estado de SĂŁo Paulo. Diretoria de PolĂtica. Industrial e TecnolĂłgica. Agenda de competitividade para a economia paulista. 2 ed. SĂŁo Paulo, 2007. 136p. GH LQGLFDYDP TXH QR HVWDGR FRQFHQWUDYDP VH GRV LQJUHVVDQWHV QR 9 )DSHVS Idem nota anterior. 10 Unicamp – AnuĂĄrio de Pesquisa 2007, em http://www.unicamp.br/anuario/2007, acesso em 06.06.2008.
PHVWUDGR H GRV QRYRV GRXWRUDQGRV GR %UDVLO
48
4XDQWR DRV VHWRUHV SURGXWLYRV QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR R PDLRU SRUWH GDV
Soma-se a isso o peso do conjunto de recursos humanos dedicados a ciência e tecnologia, dos quais cerca de 18,3 mil pesquisadores atuavam no estado de São Paulo em 2002, equivalentes a 28% do total nacional (64,8 mil pesquisadores). Além disso, dados da Fapesp de 2004 indicavam que no estado concentravam-se 38% dos ingressantes no mestrado e 54% dos novos doutorandos do Brasil. Quanto aos setores produtivos no estado de São Paulo, o maior porte das empresas, mas também o maior dispêndio unitário, fazem do estado o responsável por cerca de 57% das despesas com atividades internas de P&D empresarial realizadas no país – ou seja, aquelas atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas no âmbito da própria empresa. Mais da metade (53%) do pessoal ocupado em atividades de P&D no setor privado também está em São Paulo. Uma concentração ainda maior é observada quando se examina a procedência das patentes depositadas no INPI: cerca de 58% delas têm origem em empresas com sede no estado11. As primeiras iniciativas do estado de São Paulo para a criação de parques tecnológicos ocorreram na década de 1980, nos municípios de São Carlos e Campinas. Esses esforços ganharam consistência apenas em 2002, por meio de contrapartidas oferecidas em projetos financiados pela Finep para estudos de viabilidade para os empreendimentos de Campinas, São Carlos e São Paulo. Desde então, vislumbrou-se a criação de uma ação coordenada para a implantação destes empreendimentos no estado. Assim, em dezembro de 2004, foi firmado um convênio entre a então Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, hoje Secretaria de Desenvolvimento, e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp, que deu início ao projeto de implantação do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. A partir desse convênio, foram realizadas atividades coordenadas para a implantação de cinco parques tecnológicos nos municípios de São Paulo, Campinas, São Carlos, São José dos Campos e Ribeirão Preto. Além desses, existem outros candidatos, como Piracicaba e São José do Rio Preto. Os municípios selecionados apresentaram, em comparação a outros municípios do Estado, os maiores índices de: 1) empresas participantes do Programa de Inovação Tecnológica
11 Pacheco, C. A. & Brito Cruz, C. H. Instrumentos para o desenvolvimento - desafios para C&T e Inovação em São Paulo.
49
em Pequenas Empresas – PIPE/Fapesp; 2) número de doutores formados por ano; e 3) concentração industrial. Sendo esses fatores escolhidos como uma aproximação da presença local de iniciativas de inovação tecnológica e potencial de criação de novos negócios baseados em conhecimento12. O Decreto no 50.504, de 6 de fevereiro de 2006, do Governo do Estado, instituiu o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos como instrumento de articulação entre os parques existentes no estado e com o objetivo de fomentar, apoiar e impulsionar as iniciativas de criação e implantação dos mesmos13. Segundo o decreto, os parques tecnológicos consistem em empreendimentos criados e geridos com o objetivo permanente de promover a pesquisa e a inovação tecnológicas e dar suporte ao desenvolvimento de atividades empresariais intensivas em conhecimento.14 Nesse sentido, a sua implantação deve ser realizada na forma de projetos urbanos e imobiliários que prevejam a utilização de áreas específicas para localização de empresas, instituições de pesquisa e serviços de apoio. No caso da região de Campinas, estudo da Unicamp já apontava, em 2003, a sua vocação para a criação de novas empresas de base tecnológica, devido ao seu destacado desenvolvimento socioeconômico, em relação ao estado de São Paulo e ao País e, às suas características como importante centro de pesquisa, educacional e comercial que aglutina expressivas aglomerações industriais. Além disso, a região conta com uma importante infraestrutura de rodovias, ferrovias e aeroporto que permitem torná-la um dos principais corredores de importação e exportação do país. Em termos de inovação a região de Campinas possui a maior proporção de empresas inovadoras em comparação com a média nacional, além de constituir uma das 46 localidades, em todo o mundo, classificadas como centros tecnológicos de importância (technology hubs). Para essa situação contribuem não só as grandes universidades localizadas na região, mas também um expressivo número de institutos de pesquisa e de empresas que investem em P&D e inovação.
12 Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Diretoria de Política. Industrial e Tecnológica. Agenda de competitividade para a economia paulista. 2 ed., São Paulo, 2007. 136p. 13 Estado de São Paulo, Diário Oficial, Decreto no 50.504, de 6 de fevereiro de 2006, v. 116, número 25, seção 01. 14 Idem.
50
Acrescenta-se a esse quadro as várias iniciativas que têm sido adotadas pelo município de Campinas e por demais instituições locais, desde a década de 1980, para a formação de polos tecnológicos, como alternativas de desenvolvimento locorregional. Nesse aspecto, podem ser assinalados: a criação de Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec); a implantação de incubadoras de empresas; a destinação de áreas territoriais para a implantação de Parques Tecnológicos, os Polos I e II da Ciatec; a criação da Fundação Fórum Campinas e da Agência de Inovação da Unicamp, como importantes iniciativas voltadas ao fomento e estímulo do uso da ciência, da tecnologia e da inovação, bem como para a promoção de integração entre setor produtivo, governo e setores de produção científica e tecnológica. Entretanto, apesar dos inúmeros aspectos positivos apresentados por Campinas e região para a implementação dos modernos empreendimentos de parques tecnológicos, tem se constatado uma grande morosidade na sua concretização, ao lado da ausência de política industrial e/ou de ciência e tecnologia consistente, para o município de Campinas, capaz de coordenar ou estimular a necessária interação entre os atores e setores envolvidos. Nesses aspectos, os dados e estudos apresentados, nos próximos capítulos, buscam não só caracterizar as potencialidades regionais, mas também identificar as principais fragilidades e os desafios a serem enfrentados para a efetiva implantação dos parques tecnológicos na região e a constituição de uma Região do Conhecimento que envolva todos os setores num projeto de desenvolvimento sustentável em prol da qualidade de vida e do progresso econômico e social.
3.
CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE CAMPINAS A Região Administrativa de Campinas (RAC) abriga importantes polos de pesquisa cien-
tífica e tecnológica, dos quais fazem parte centenários institutos e universidades de renome internacional. O prestígio alcançado na área de Ciência e Tecnologia (C&T) está intimamente ligado ao desenvolvimento econômico da região. Especialmente Campinas, cidade que impulsionou as transformações de toda a região adjacente, ganhou relevância no cenário nacional com o crescimento da produção de açúcar. Ao final da década de 1930 a cidade já era considerada a capital paulista do produto, ampliando o seu caráter de centro regional de trocas e tornando-a a rota de circulação de açúcar.
51
É importante ressaltar que antes mesmo dessa cultura agrícola surgir, a cidade já era dotada de uma rede de caminhos mais ou menos bem estruturados – implantada durante o estabelecimento do Caminho dos Guaiases – que ligava São Paulo ao interior do País rumo a Goiás com vistas a viabilizar a atividade de mineração. No entanto, o que conferiu a Campinas o caráter definitivo de localidade central foi a construção do sistema ferroviário, na última metade do século XIX, visando a acompanhar a expansão da atividade cafeeira pela região. Parte do capital auferido com esta atividade foi canalizada não somente para a própria produção agrícola como também para a melhoria da infraestrutura e para outros ramos industriais vinculados ou não ao café, tais como maquinário para beneficiamento, implementos agrícolas e manufaturas. A demanda por alimentos e tecidos (destinados a abastecer o mercado consumidor que se instalava na região) e por maquinários tornou-se o embrião de um polo industrial na Campinas do início do século XX. Tal movimento surgiu simultaneamente ao surto de industrialização do Brasil que, ainda na primeira metade do século, estava associado à economia cafeeira. Posteriormente, a desconcentração da produção econômica da região metropolitana de São Paulo em direção ao interior e ao restante do Brasil, constatada desde a década de 1970, abriu perspectivas para o desenvolvimento de sub-regiões e transformou o interior paulista na segunda maior região industrial do País na década de 1990. O processo de desconcentração teve o primeiro impulso com as políticas públicas de investimento do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento) na década de 1970; posteriormente, com a crise que afetou a indústria paulistana na década de 1980, que estimulou a modernização e a diversificação dessa atividade e repercutiu no fraco desempenho do emprego industrial da região metropolitana de São Paulo. Embora a indústria da capital não tenha encolhido significativamente nesse período, reduziu-se sua participação no VTI nacional e da UF. Concomitantemente, implementaram-se políticas de substituição de derivados do petróleo (Pró-Álcool) e de incentivos às exportações, que fortaleceram a agroindústria. Ambas impulsionaram a economia de Campinas e da região (historicamente detentora de capacidades na cultura da cana). Ademais, a economia agrícola diversificou-se, com ênfase para cana-de-açúcar, laranja, avicultura, horticultura, fruticultura e rebanho leiteiro. Não menos importante é a extensa rede de pequenas e médias empresas instalada em Campinas, que permite sinergia entre as diversas atividades econômicas e gera benefícios intangíveis decorrentes das economias de aglomeração. Além disso, contribui na reorganização
52
da produção e da gestão da força de trabalho, especialmente das grandes empresas, devido à introdução de novas tecnologias no padrão de industrialização da Segunda Revolução Industrial. Nos anos de 1980, a interiorização do desenvolvimento paulista permitiu a consolidação de uma estrutura econômica regional integrada e diversificada formada pelos setores agrícola, agroindustrial e industrial – neste caso com destaque para as áreas de mecânica, metalurgia, transportes, química, farmacêutica e telecomunicações –, acompanhadas por uma infraestrutura complexa e por uma rede de comércio e de serviços diversificados de dimensão macrometropolitana. Parte expressiva dessa rede de comércio e de serviços diversificados está instalada em Campinas, e ocupa posição de destaque no atendimento às demandas regionais – por meio de grandes bancos, hospitais, serviços médicos especializados, grandes shopping centers, importantes universidades (PUC-Campinas, Unicamp) e centros nacionais e estaduais de pesquisa e desenvolvimento (IAC, ITAL, CTI, Embrapa, LNLS, entre outros.). As atividades de pesquisa na região surgiram a fim de atender demandas inicialmente específicas da área agrícola, como é o caso do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). O IAC (órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo), criado em 27 de junho de 1887, foi fundado pelo imperador D. Pedro II para desenvolver pesquisas na área da cafeicultura (principal atividade econômica da época), sendo a mais antiga instituição de pesquisa agrícola em atividade da América Latina e a referência em pesquisas relacionadas ao agronegócio. O interior de São Paulo foi beneficiado pela modernização da agricultura e pela implantação de políticas federais e estaduais em centros de pesquisa e ensino e em projetos de infraestrutura de transporte e de comunicação. Novos investimentos voltaram-se ao setor agrícola em expansão no interior, com destaque para as lavouras para a exportação, o setor sucroalcooeiro relacionado ao projeto do Pró-Álcool e a indústria de máquinas, equipamentos e insumos básicos. A agroindústria do interior paulista amenizou em grande medida os efeitos da queda do emprego industrial e reforçou a pauta de exportações nacionais, aumentando a participação no PIB nacional de 5,7%, em 1970, para 7,7%, em 2003. O processo de “interiorização” da indústria paulista (Negri, 1996) mudou o foco dos projetos e dos investimentos para cidades de médio porte, suportadas por infraestrutura e malha viária que motivaram a instalação de parques produtivos. A participação da indústria de transformação do interior paulista passou de 25,3%, em 1970, para 43,3%, em 1985, 48,1%, em 1995,
53
58,5%, em 2000, e 61,7%, em 2003. Mudança clara do Mapa econĂ´mico da unidade federativa, pulverizando a dinâmica econĂ´mica15. O movimento espacial de “periferizaçãoâ€? econĂ´mica repercutiu na redução do peso relativo da população da capital no total da unidade federativa, o que pode ser constatado na Tabela 2. O municĂpio de SĂŁo Paulo, o Ăşnico com mais de 2 milhĂľes de habitantes, representava 33,9% da população estadual em 1970, perdendo participação nos prĂłximos anos censitĂĄrios, chegando a 28,2% em 2000. Em oposição, os municĂpios de porte mĂŠdio, com população entre 100 mil e 500 mil, foram as que mais cresceram a participação, de 22,0%, em 1970, para 29,7%, em 2000. Tabela 3– Distribuição demogrĂĄfica por tamanho de municĂpio – Estado de SĂŁo Paulo (1970, 1980, 1991 e 2000)
Classe de tamanho dos municĂpios (mil habitantes)
Ano 2000
Ano 1991
População
%
População
Ano 1980
%
População
Ano 1970
%
População
%
$Wp
(QWUH H
(QWUH H
(QWUH H
(QWUH H
(QWUH H PLO
0DLV GH PLO
Total do estado
37.032.403
100,0
31.588.925
100,0
25.042074
100,0
17.770.975
100,0
)RQWH &HQVRV GHPRJUiILFRV H &DQR S
2 IOX[R SRSXODFLRQDO PHWUySROH LQWHULRU RFRUUHX GH PDQHLUD GHVLJXDO HP VXDV O fluxo populacional metrópole-interior ocorreu de maneira desigual em suas 14 regiþes UHJL}HV DGPLQLVWUDWLYDV $V PDLRUHV WD[DV GH FUHVFLPHQWR SRSXODFLRQDO QD GpFDGD administrativas. As maiores taxas de crescimento populacional na dÊcada de 1990 ocorreram GH RFRUUHUDP QDV 5$V GH &DPSLQDV H GH 6RURFDED WD[D PpGLD DQXDO GH nas RAs de Campinas e de Sorocaba (taxa mÊdia anual de 2,3%), seguido por São JosÊ dos VHJXLGR SRU 6mR -RVp GRV &DPSRV H 6DQWRV $V 5$V FRP RV PHQRUHV Campos e Santos (2,1%). As RAs com os menores crescimentos foram Presidente Prudente FUHVFLPHQWRV IRUDP 3UHVLGHQWH 3UXGHQWH $UDoDWXED H %DUUHWRV (0,8%), Araçatuba (1,0%) e Barretos (1,1%)16. A rede de cidades de São Paulo tornou-se mais robusta e complexa, mas a capital conti$ UHGH GH FLGDGHV GH 6mR 3DXOR WRUQRX VH PDLV UREXVWD H FRPSOH[D PDV D nuou no comando a despeito da perda de sua participação demogråfica e industrial e a populaFDSLWDO FRQWLQXRX QR FRPDQGR D GHVSHLWR GD SHUGD GH VXD SDUWLFLSDomR GHPRJUiILFD H ção continuou concentrada em suas duas maiores RAs – São Paulo e Campinas – que agregam LQGXVWULDO H D SRSXODomR FRQWLQXRX FRQFHQWUDGD HP VXDV GXDV PDLRUHV 5$V ¹ 6mR mais de 60% do total da unidade federativa, o que mostra o caråter limitado da interiorização. 3DXOR H &DPSLQDV ¹ TXH DJUHJDP PDLV GH GR WRWDO GD XQLGDGH IHGHUDWLYD R TXH Este movimento Ê descrito como de PRVWUD R FDUiWHU OLPLWDGR GD LQWHULRUL]DomR (VWH PRYLPHQWR p GHVFULWR FRPR GH centralização e descentralização que estrutura uma nova hierarquia FHQWUDOL]DomR H GHVFHQWUDOL]DomR TXH HVWUXWXUD XPD QRYD 15 16
KLHUDUTXLD HVSDFLDO QR HVWDGR FRP LPSRUWkQFLD FUHVFHQWH GDV
Cano (2007). Para 1970, 1980 e 1985, censos industriais e demais anos, estimativa do VAF. DJORPHUDo}HV XUEDQDV GR LQWHULRU VHP TXH D 5063 SHUFD VXD Conforme analizado por Cano (2007, p. 27).
FHQWUDOLGDGH QR SURFHVVR GH DFXPXODomR D GHVSHLWR GH YHU 54
UHGX]LGD VXD SDUWLFLSDomR UHODWLYD QDV HVWUXWXUDV SURGXWLYDV H
espacial no estado, com importância crescente das aglomerações urbanas do interior, sem que a RMSP perca sua centralidade no processo de acumulação, a despeito de ver reduzida sua participação relativa nas estruturas produtivas e demográficas estaduais (Cano, 2007). A RA de São Paulo passou a dividir suas funções com a RA de Campinas, mas manteve-se como principal centro industrial, comercial, financeiro e de serviços. A região de Campinas foi beneficiada pela instalação de novas plantas produtivas e pelo maior adensamento da rede de cidades e consolidou-se como o principal núcleo no processo de “interiorização”, totalmente conectada à economia nacional e internacional. Além da proximidade da capital, a RA de Campinas é beneficiada por uma malha viária (rodoviária, aérea e ferroviária) que facilita a integração inter e intrarregional e uma diversificada base econômica, que consegue articular indústria de ponta, complexos agroindustriais e um terciário muito dinâmico. Devido à sua rede de pesquisa e ensino de qualidade, a RAC atraiu uma gama de empresas de base tecnológica que desencadeou uma série de serviços, o que levou Pacheco (2004) a considerar a “vocação central” da região. A estrutura produtiva regional da Região Administrativa de Campinas é bastante complexa e diversificada, caracterizando-se por uma agricultura moderna, pelo mais expressivo parque industrial do interior do estado de São Paulo e por um setor de serviços moderno, sofisticado e de alta tecnologia. A tipologia dos municípios segundo o perfil do PIB (Mapa 1) mostra que 12 municípios têm sua atividade econômica voltada, predominantemente, para a agropecuária (grupo 1); 19 para as atividades agropecuárias e terciárias (grupo 2); oito dedicam-se, principalmente, à indústria simples (grupo 3); dez são voltados à indústria complexa (grupo 4); 24 possuem agroindústrias (grupo 5); sete são multissetoriais (grupo 6); e sete têm sua economia caracterizada por atividades do setor terciário (grupo 7). A RA de Campinas é a segunda região do estado de São Paulo em valor de produção industrial, atrás apenas da Região Metropolitana de São Paulo, e responsável por mais de 10% do total da produção industrial nacional. Abrange desde áreas industriais tradicionais como automotiva, têxtil, metalúrgica, alimentícia, petroquímica e farmacêutica até nichos da produção de ponta em telecomunicações, eletrônica, informática e química fina.
55
MAPA 1– Tipologia dos MunicĂpios Segundo o Perfil do PIB, 2003
)RQWH )XQGDomR 6HDGH
$ industrial IXQomR regional LQGXVWULDO tem UHJLRQDO WHP VH FDUDFWHUL]DGR SRU DEULJDU VHWRUHV A função se caracterizado por abrigar setores modernos e plantas industriais articuladas em grandes e complexas cadeias relevantes participaPRGHUQRV H SODQWDV LQGXVWULDLV DUWLFXODGDV HP produtivas, JUDQGHV H com FRPSOH[DV FDGHLDV çþesSURGXWLYDV FRP na produção estadual. UHOHYDQWHV SDUWLFLSDo}HV QD SURGXomR HVWDGXDO
$ GLYHUVLILFDomR H R da SHVR GD HVWUXWXUD LQGXVWULDO GD 5$ FDUDFWHUL]DP VH SRU A diversificação e o peso estrutura industrial da RA caracterizam-se por setores marVHWRUHV PDUFDQWHV SRGHQGR VH GHVWDFDU cantes, podendo-se destacar: •
ƒ 2 3ROR 3HWURTXtPLFR GH 3DXOtQLD FRPSRVWR SHOD 5HSODQ GD 3HWUREUDV H O Polo PetroquĂmico de PaulĂnia, composto pela Replan, da Petrobras, e por outras
SRU RXWUDV HPSUHVDV GR VHWRU TXtPLFR H SHWURTXtPLFR empresas do setor quĂmico e petroquĂmico; •
ƒ 2 SDUTXH Wr[WLO GH $PHULFDQD 1RYD 2GHVVD H 6DQWD %iUEDUD GÂ?2HVWH O parque tĂŞxtil de Americana, Nova Odessa e Santa BĂĄrbara d´Oeste;
•
ƒ 2 FHUDPLVWD HP 6DQWD *HUWUXGHV $UWXU 1RJXHLUD 3HGUHLUD H 3RUWR O ceramista em Santa Gertrudes, Artur Nogueira, Pedreira e Porto Ferreira; )HUUHLUD
•
O de papel e celulose, em Limeira e JundiaĂ; ƒ 2 GH SDSHO H FHOXORVH HP /LPHLUD H -XQGLDt
•
Polo de alta tecnologia de Campinas e Hortolândia. ƒ 3ROR GH DOWD WHFQRORJLD GH &DPSLQDV H +RUWROkQGLD
AlĂŠm disso, na regiĂŁo localizam-se importantes Arranjos Produtivos17 , priorizados pela po$OpP GLVVR QD UHJLmR ORFDOL]DP VH LPSRUWDQWHV $UUDQMRV 3URGXWLYRV lĂtica de desenvolvimento do estado de SĂŁo Paulo, como indicado no Mapa 2. SULRUL]DGRV SHOD SROtWLFD GH GHVHQYROYLPHQWR GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR FRPR LQGLFDGR
QR 0DSD
56
17 Aglomeraçþes de empresas localizadas em um territĂłrio, que apresentam especialização produtiva e mantĂŞm algum vĂnculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como governo, associaçþes empresariais, instituiçþes de crĂŠdito, ensino e pesquisa. $JORPHUDo}HV GH HPSUHVDV ORFDOL]DGDV HP XP WHUULWyULR TXH DSUHVHQWDP HVSHFLDOL]DomR SURGXWLYD H PDQWrP DOJXP YtQFXOR GH DUWLFXODomR LQWHUDomR FRRSHUDomR H DSUHQGL]DJHP HQWUH VL H FRP RXWURV DWRUHV ORFDLV WDLV FRPR JRYHUQR DVVRFLDo}HV HPSUHVDULDLV LQVWLWXLo}HV GH FUpGLWR HQVLQR H SHVTXLVD
MAPA 2 - Região Administrativa de Campinas – Arranjos Produtivos Prioritårios
)217( 6HFUHWDULD GH 'HVHQYROYLPHQWR GR *RYHUQR GR (VWDGR GH 6mR 3DXOR
2 SULQFLSDO HL[R LQGXWRU GD DWLYLGDGH LQGXVWULDO GD UHJLmR IRL D 9LD $QKDQJXHUD O principal eixo indutor da atividade industrial da regiĂŁo foi a Via Anhanguera, ao redor da GD a TXDO VH das LQVWDORX D industriais, PDLRULD GDV SODQWDV LQGXVWULDLV SULQFLSDOPHQWH HP qualDR se UHGRU instalou maioria plantas principalmente em JundiaĂ, Vinhedo, Valinhos, -XQGLDt 9LQKHGR 9DOLQKRV &DPSLQDV 6XPDUp $PHULFDQD 1RYD 2GHVVD H /LPHLUD $ Campinas, SumarĂŠ, Americana, Nova Odessa e Limeira. A localização geogrĂĄfica e o sistema viJHRJUiILFD H R VLVWHPD YLiULR UHJLRQDO daIRUDP IDWRUHV permitindo SULPRUGLDLV a QR ĂĄrio ORFDOL]DomR regional foram fatores primordiais no desenvolvimento agroindĂşstria, ligação
comGHVHQYROYLPHQWR GD DJURLQG~VWULD SHUPLWLQGR D OLJDomR FRP DV UHJL}HV SURGXWRUDV GH as regiþes produtoras de matÊrias-primas e mercados consumidores e terminais exportação.PDWpULDV SULPDV H PHUFDGRV FRQVXPLGRUHV H WHUPLQDLV H[SRUWDomR
VXDV GLYLV}HV PDLV UHSUHVHQWDWLYDV p D GH DOLPHQWRV H EHELGDV 1R de Uma de8PD suasGH divisĂľes mais representativas ĂŠ a de alimentos e bebidas. No segmento VHJPHQWR GH intermediĂĄrios, SURGXWRV GH EHQV LQWHUPHGLiULRV GHVWDFDP VH D as LQG~VWULD TXtPLFD H DV produtos de bens destacam-se a indĂşstria quĂmica e divisĂľes de papel e celulose,GLYLV}HV GH SDSHO H FHOXORVH ERUUDFKD H SOiVWLFR IDUPDFrXWLFD PLQHUDLV QmR PHWiOLFRV borracha e plĂĄstico, farmacĂŞutica, minerais nĂŁo metĂĄlicos e, no segmento de bens de capital ĂŠH QR VHJPHQWR GH EHQV GH FDSLWDO p LPSRUWDQWH D SUHVHQoD GR UDPR PHWDO PHFkQLFR importante a presença do ramo metal-mecânico, de divisĂľes de mĂĄquinas e equipamentos
e deGH GLYLV}HV GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV H GH DXWRPyYHLV automĂłveis. &DPSLQDV SRVVXL DLQGD HVFDOD SDUD GHVHQYROYHU XP FRQMXQWR GH DWLYLGDGHV WUDGLFLRQDOPHQWH HQFRQWUDGR QDV JUDQGHV FDSLWDLV GR 3DtV 6HX VHWRU WHUFLiULR HQJORED
57
Campinas possui ainda escala para desenvolver um conjunto de atividades tradicionalmente encontrado nas grandes capitais do País. Seu setor terciário engloba um desenvolvido segmento de serviços, com destaque para os complexos universitário, cultural e hospitalar; grandes redes educacional, bancária, imobiliária e de transportes; comércio de grande porte ou especializado; rede de alojamento e alimentação; e serviços pessoais diferenciados.
3.1
ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL E INFRAESTRUTURA A Região Administrativa - RA - de Campinas é formada por 90 municípios (Mapa 3), dos
quais 19 compõem a Região Metropolitana de Campinas. A RA ocupa uma área de cerca de 27.079 km², que representam 10,9% do total do território do estado e a RMC por aproximadamente 3,7 mil km² (0,44% do território brasileiro e 1,5% do paulista). A RA de Campinas agrega mais de 6 milhões de habitantes ou cerca de 15% do montante estadual. O crescimento demográfico da RA foi de 2,3% entre 1991 e 2000, superior ao do estado (1,8%) e ao do País (1,6%); a taxa de urbanização atingiu 92,8% 18. Trata-se do maior agrupamento urbano de São Paulo e contempla sete regiões de governo: São João da Boa Vista, Rio Claro, Campinas, Piracicaba, Limeira, Jundiaí e Bragança Paulista. O PIB da RAC é 13,8% do total paulista e 4,9% do total nacional. Em 2005, além do município de Campinas, com 1.029.898 habitantes, a RA possuía quatro municípios com mais de 200 mil habitantes: Piracicaba (356 mil), Jundiaí (346 mil), Limeira (272 mil) e Sumaré (221 mil); e dez com mais de cem mil habitantes: Americana (196 mil), Rio Claro (185 mil), Hortolândia (184 mil), Santa Bárbara d´Oeste (182 mil), Indaiatuba (172 mil), Bragança Paulista (140 mil), Mogi Guaçu (137 mil), Atibaia (127 mil), Araras (112 mil) e Várzea Paulista (103 mil). Trata-se, portanto, de uma rede de cidades muito bem estruturada a partir de Campinas, com a presença de cidades médias muito importantes.
18
58
Cano (2007, p. 50).
MAPA 3– Região Administrativa e Região Metropolitana de Campinas
$ UHJLmR FRQWD FRP XPD LPSRUWDQWH LQIUDHVWUXWXUD GH URGRYLDV IHUURYLDV H A regiĂŁo conta com uma importante infraestrutura de rodovias, ferrovias e aeroportos que DHURSRUWRV TXH SHUPLWHP WRUQi OD XP GRV SULQFLSDLV FRUUHGRUHV GH LPSRUWDomR H permitem tornĂĄ-la um dos principais corredores de importação e exportação do paĂs19. H[SRUWDomR GR SDtV O fluxo de transporte rodoviĂĄrio regional ĂŠ suprido por excelente malha rodoviĂĄria, onde se 2 IOX[R GH WUDQVSRUWH URGRYLiULR UHJLRQDO p VXSULGR SRU H[FHOHQWH PDOKD destacam as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, que fazem a ligação com a cidade de SĂŁo URGRYLiULD RQGH VH GHVWDFDP DV URGRYLDV $QKDQJXHUD H %DQGHLUDQWHV TXH ID]HP D Paulo e o interior do estado atĂŠ o limite com Minas Gerais; a rodovia Dom Pedro I, que liga CamOLJDomR FRP D FLGDGH GH 6mR 3DXOR H R LQWHULRU GR HVWDGR DWp R OLPLWH FRP 0LQDV pinas Ă Dutra e Ă FernĂŁo Dias; a Adhemar de Barros, que liga a regiĂŁo ao sul de Minas Gerais; e *HUDLV D URGRYLD 'RP 3HGUR , TXH OLJD &DPSLQDV j 'XWUD H j )HUQmR 'LDV D a Santos Dumont, que dĂĄ acesso Ă Castello Branco e Ă regiĂŁo de Sorocaba. $GKHPDU GH %DUURV TXH OLJD D UHJLmR DR VXO GH 0LQDV *HUDLV H D 6DQWRV 'XPRQW TXH
Gi DFHVVR j &DVWHOOR %UDQFR H j UHJLmR GH 6RURFDED A infraestrutura de transportes inclui, tambĂŠm, ferrovias que fazem a ligação Mato Grosso do Sul ao Porto de Santos; a Santos-JundiaĂ, alĂŠm da hidrovia TietĂŞ-ParanĂĄ – que tem sua porta $ LQIUDHVWUXWXUD GH WUDQVSRUWHV LQFOXL WDPEpP IHUURYLDV TXH ID]HP D OLJDomR de entrada no municĂpio de Piracicaba – e inĂşmeras estradas vicinais. A regiĂŁo ĂŠ servida, ainda, 0DWR *URVVR GR 6XO DR 3RUWR GH 6DQWRV D 6DQWRV -XQGLDt DOpP GD KLGURYLD 7LHWr pelo gasoduto BolĂvia-Brasil. 3DUDQi Âą TXH WHP VXD SRUWD GH HQWUDGD QR PXQLFtSLR GH 3LUDFLFDED Âą H LQ~PHUDV
HVWUDGDV YLFLQDLV $ UHJLmR p VHUYLGD DLQGD SHOR JDVRGXWR %ROtYLD %UDVLO A regiĂŁo abriga ainda o Aeroporto Internacional de Viracopos, o segundo maior do Brasil em movimento de carga aĂŠrea e o primeiro em volume e valor de importação, e conta, ainda, $ UHJLmR DEULJD DLQGD R $HURSRUWR ,QWHUQDFLRQDO GH 9LUDFRSRV R VHJXQGR com o Aeroporto Campo dos Amarais de Campinas e os aeroportos de Bragança Paulista, JunPDLRU GR %UDVLO HP PRYLPHQWR GH FDUJD DpUHD H R SULPHLUR HP YROXPH H YDORU GH diaĂ, Piracicaba, Araras, Pirassununga e SĂŁo JosĂŠ do Rio Pardo. LPSRUWDomR H FRQWD DLQGD FRP R $HURSRUWR &DPSR GRV $PDUDLV GH &DPSLQDV H RV
DHURSRUWRV GH %UDJDQoD 3DXOLVWD -XQGLDt 3LUDFLFDED $UDUDV 3LUDVVXQXQJD H 6mR 19 -RVp GR 5LR 3DUGR Os dados sobre a RA Campinas estão embasados na obra Região Administrativa de Campinas, Coordenadoria de Planejamento e Avaliação, São Paulo, janeiro 2007, arquivo PDF.
2V GDGRV VREUH D 5$ &DPSLQDV HVWmR HPEDVDGRV QD REUD 5HJLmR $GPLQLVWUDWLYD GH &DPSLQDV &RRUGHQDGRULD GH 3ODQHMDPHQWR H $YDOLDomR 6mR 3DXOR MDQHLUR DUTXLYR 3')
59
3(5),/ '$6 $7,9,'$'(6 (&21Ă?0,&$6 3.2 PERFIL DAS ATIVIDADES ECONĂ”MICAS 3(5),/ '$6 $7,9,'$'(6 (&21Ă?0,&$6 $ FLGDGH GH &DPSLQDV p R SROR FHQWUDO GD 5$& FRQFHQWUDQGR TXDVH GD A cidade$ FLGDGH GH &DPSLQDV p R SROR FHQWUDO GD 5$& FRQFHQWUDQGR TXDVH GD de Campinas ĂŠ o polo central da RAC, concentrando quase 20% da atividade DWLYLGDGH HFRQ{PLFD H GD SRSXODomR 2XWURV PXQLFtSLRV FRPSOHWDP XP JUXSR TXH DWLYLGDGH HFRQ{PLFD H GD SRSXODomR 2XWURV PXQLFtSLRV FRPSOHWDP XP JUXSR TXH econĂ´mica e da população. Outros 10 municĂpios completam um grupo que responde por â…” da UHVSRQGH SRU Ň€ GD HFRQRPLD GD UHJLmR H TXDVH PHWDGH GD SRSXODomR UHVSRQGH SRU Ň€ GD HFRQRPLD GD UHJLmR H TXDVH PHWDGH GD SRSXODomR economia da regiĂŁo e quase metade da população. Tabela 4. Produto interno bruto e população dos principais municĂpios da RAC em 2007 (R$ 2009). Tabela 4. Produto interno bruto e população dos principais municĂpios da RAC em 2007 (R$ 2009).
)RQWHV ,%*( H ,3($ )RQWHV ,%*( H ,3($
'H XPD YRFDomR RULJLQDOPHQWH DJUtFROD D 5$& VH WRUQRX XPD UHJLmR GH De uma vocação originalmente agrĂcola, a RAC se tornou uma regiĂŁo de economia essen'H XPD YRFDomR RULJLQDOPHQWH DJUtFROD D 5$& VH WRUQRX XPD UHJLmR GH HFRQRPLD HVVHQFLDOPHQWH IXQGDPHQWDGD HP DWLYLGDGHV LQGXVWULDLV H GH VHUYLoRV cialmente fundamentada em atividades industriais e de serviços. Atividades agrĂcolas de alguma HFRQRPLD HVVHQFLDOPHQWH IXQGDPHQWDGD HP DWLYLGDGHV LQGXVWULDLV H GH VHUYLoRV $WLYLGDGHV DJUtFRODV GH DOJXPD UHOHYkQFLD QRV PXQLFtSLRV PDLV e relevância persistem apenas nos municĂpios maisSHUVLVWHP perifĂŠricosDSHQDV aos grandes centros industriais $WLYLGDGHV DJUtFRODV GH DOJXPD UHOHYkQFLD SHUVLVWHP DSHQDV QRV PXQLFtSLRV PDLV SHULIpULFRV DRV JUDQGHV FHQWURV LQGXVWULDLV H GH VHUYLoRV H DLQGD DVVLP FRUUHVSRQGHP de serviços e, ainda assim, correspondem principalmente a lavouras permanentes com elevado SHULIpULFRV DRV JUDQGHV FHQWURV LQGXVWULDLV H GH VHUYLoRV H DLQGD DVVLP FRUUHVSRQGHP SULQFLSDOPHQWH D ODYRXUDV SHUPDQHQWHV FRP HOHYDGR SDGUmR WHFQROyJLFR padrĂŁo tecnolĂłgico. SULQFLSDOPHQWH D ODYRXUDV SHUPDQHQWHV FRP HOHYDGR SDGUmR WHFQROyJLFR GrĂĄfico 7– Composição do PIB municipal dos principais municĂpios da RAC em 2007 GrĂĄfico 7– Composição do PIB municipal dos principais municĂpios da RAC em 2007
)RQWH ,%*( )RQWH ,%*(
60
5HIHUrQFLDV H[WHUQDV j 5$& IRUDP HVFROKLGDV SDUD PHOKRU FRQWH[WXDOL]DU DV LQIRUPDo}HV GH & 7 , $OpP GD LQVHUomR QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H QR %UDVLO IRL VHOHFLRQDGR XP FRQMXQWR GH SDtVHV 1RYD =HOkQGLD &LQJDSXUD ,VUDHO H ,UODQGD WRGRV ReferĂŞncias externas Ă RAC foram escolhidas para melhor contextualizar as informaçþes FRP DOJXPD VLPLODULGDGH j 5$& VHMD HP SRSXODomR iUHD RX 3,% H WRGRV FRP de C,T&I. AlĂŠm da inserção no estado de SĂŁo Paulo e no Brasil, foi selecionado um conjunto de UHOHYkQFLD HP FLrQFLD WHFQRORJLD H LQRYDomR paĂses: Nova Zelândia, Cingapura, Israel e Irlanda, todos com alguma similaridade Ă RAC, seja em população, ĂĄrea ou PIB, e todos com relevância em ciĂŞncia, tecnologia e inovação. ,VUDHO LQYHVWH GH VHX 3,% HP 3 ' R TXH R WRUQD R 3DtV FRP R PDLRU
LQYHVWLPHQWR UHODWLYR GR PXQGR $ PpGLD GD 2&'( p GH 2 LQYHVWLPHQWR Israel investe 4,65% de seu PIB em P&D, o que o torna o PaĂs com o maior investimento reSULYDGR HP ,VUDHO DOFDQoD GR 3,% R TXH WDPEpP p PDLRU TXH HP TXDOTXHU SDtV lativo do mundo. A mĂŠdia da OCDE ĂŠ de 2,26%. O investimento privado em Israel alcança 3,64% GD 2&'( ,VUDHO HP IRL R TXLQWR SDtV GR PXQGR HP Q~PHUR GH DUWLJRV do PIB, o que tambĂŠm ĂŠ maior que em qualquer paĂs da OCDE. Israel, em 2006, foi o quinto paĂs FLHQWtILFRV LQGH[DGRV SRU PLOKmR GH KDELWDQWHV 2&'( do mundo em nĂşmero de artigos cientĂficos indexados por milhĂŁo de habitantes (OCDE, 2008). ,UODQGD p R SDtV GD 2&'( TXH PDLV FUHVFHX HQWUH H $ PpGLD Irlanda ĂŠ o paĂs da OCDE que mais cresceu entre 1989 e 2008. A mĂŠdia anual de cresciDQXDO GH FUHVFLPHQWR GR 3,% HP SDULGDGH GH SRGHU GH FRPSUD FRQVWDQWH IRL GH mento do PIB (em paridade de poder de compra constante) foi de 6,5% (OCDE, 2008). 2&'( Cingapura ĂŠ hoje o paĂs mais especializado em nanotecnologia. A proporção de patentes &LQJDSXUD p KRMH R SDtV PDLV HVSHFLDOL]DGR HP QDQRWHFQRORJLD $ SURSRUomR em nanotecnologia no paĂs ĂŠ trĂŞs vezes maior que a mĂŠdia do mundo. Por sua vez, os paĂses GH SDWHQWHV HP QDQRWHFQRORJLD QR SDtV p WUrV YH]HV PDLRU TXH D PpGLD GR PXQGR 3RU lĂderes no mundo em patentes de nanotecnologia sĂŁo os Estados Unidos (42%), JapĂŁo (17%), VXD YH] RV SDtVHV OtGHUHV QR PXQGR HP SDWHQWHV GH QDQRWHFQRORJLD VmR RV (VWDGRV Alemanha (10%) e Coreia do Sul (3,7%) (OCDE, 2008). 8QLGRV -DSmR $OHPDQKD H &RUHLD GR 6XO 2&'( Tabela 5– PIB, população e ĂĄrea de paĂses selecionados para comparação com a RAC (US$ 2009)
$OpP GHVVHV R JUXSR GRV %5,&V TXH DOpP GR %UDVLO UH~QH 5~VVLD Ă‹QGLD H AlĂŠm desses, o grupo dos BRICs (que alĂŠm do Brasil reĂşne RĂşssia, Ă?ndia e China) ĂŠ tam&KLQD p WDPEpP XWLOL]DGR FRPR UHIHUrQFLD SDUD VLWXDU R GHVHPSHQKR GR %UDVLO H GD bĂŠm utilizado como referĂŞncia para situar o desempenho do Brasil e da RAC em relação Ă pro5$& HP UHODomR j SURGXomR GH FRQKHFLPHQWR H LQRYDomR dução de conhecimento e inovação. &LQJDSXUD p KRMH R SDtV PDLV HVSHFLDOL]DGR HP QDQRWHFQRORJLD $ SURSRUomR Cingapura ĂŠ hoje o paĂs mais especializado em nanotecnologia. A proporção de patentes GH SDWHQWHV HP QDQRWHFQRORJLD QR SDtV p WUrV YH]HV PDLRU TXH D PpGLD PXQGLDO 3RU em nanotecnologia no paĂs ĂŠ trĂŞs vezes maior que a mĂŠdia mundial. Por sua vez, os paĂses VXD YH] RV SDtVHV OtGHUHV QR PXQGR HP SDWHQWHV GH QDQRWHFQRORJLD VmR RV (VWDGRV lĂderes no mundo em patentes de nanotecnologia sĂŁo os Estados Unidos (42%), JapĂŁo (17%), 8QLGRV -DSmR $OHPDQKD H &RUHLD GR 6XO 2&'( Alemanha (10%) e Coreia do Sul (3,7%) (OCDE, 2008).
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GrĂĄfico 8 - Evolução do PIB de paĂses selecionados para comparação (US$ 2009)
)RQWHV ,%*( ,3($ H %DQFR 0XQGLDO
A RAC se como o terceiro maior parque industrial do Brasil e importante elo logĂs$ destaca 5$& VH GHVWDFD FRPR R WHUFHLUR PDLRU SDUTXH LQGXVWULDO GR %UDVLO H tico. As atividadesHOR econĂ´micas diversificadas internamente e entre os municĂpios. LPSRUWDQWH ORJtVWLFR sĂŁo $V bastante DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV VmR EDVWDQWH GLYHUVLILFDGDV Alguns municĂpios se destacam pela produção agrĂcola, em especial na fruticultura (Indaiatuba, LQWHUQDPHQWH H HQWUH RV PXQLFtSLRV $OJXQV PXQLFtSLRV VH GHVWDFDP SHOD SURGXomR Itatiba, Itupeva, HP Jarinu, JundiaĂ, Valinhos e Vinhedo) e floricultura enquanDJUtFROD HVSHFLDO QD Louveira, IUXWLFXOWXUD ,QGDLDWXED ,WDWLED ,WXSHYD (Holambra), -DULQX -XQGLDt to outros possuem atividades concentradas na produção industrial tradicional, como setor tĂŞxtil /RXYHLUD 9DOLQKRV H 9LQKHGR H IORULFXOWXUD +RODPEUD HQTXDQWR RXWURV SRVVXHP (Americana, Nova Odessa e Santa BĂĄrbara d’Oeste) e petroquĂmico (PaulĂnia). Setores de proDWLYLGDGHV FRQFHQWUDGDV QD SURGXomR LQGXVWULDO WUDGLFLRQDO FRPR VHWRU Wr[WLO dução e prestação de serviço com tecnologia avançada concentram-se em Campinas, Hortolân $PHULFDQD 1RYD 2GHVVD H 6DQWD %iUEDUD GÂś2HVWH H SHWURTXtPLFR 3DXOtQLD dia e JaguariĂşna. 6HWRUHV GH SURGXomR H SUHVWDomR GH VHUYLoR FRP WHFQRORJLD DYDQoDGD FRQFHQWUDP VH
HP &DPSLQDV +RUWROkQGLD H -DJXDUL~QD A diversidade da economia da RAC a aproxima do perfil da prĂłpria economia brasileira, exceto pela ausĂŞncia de atividades demandadoras de grandes ĂĄreas, como a pecuĂĄria. HĂĄ pre$ GLYHUVLGDGH GD HFRQRPLD GD 5$& D DSUR[LPD GR SHUILO GD SUySULD HFRQRPLD sença de lavouras permanentes, horticultura e floricultura, atividades agrĂcolas mais intensivas EUDVLOHLUD H[FHWR SHOD DXVrQFLD GH DWLYLGDGHV GHPDQGDGRUDV GH JUDQGHV iUHDV FRPR em tratos culturais e tecnologia e viĂĄveis em pequenas unidades produtoras prĂłximas aos granD SHFXiULD +i SUHVHQoD GH ODYRXUDV SHUPDQHQWHV KRUWLFXOWXUD H IORULFXOWXUD des centros consumidores. DWLYLGDGHV DJUtFRODV PDLV LQWHQVLYDV HP WUDWRV FXOWXUDLV H WHFQRORJLD H YLiYHLV HP A composição industrial, por sua vez, ĂŠ bastante variada. Dentre as atividades econĂ´micas SHTXHQDV XQLGDGHV SURGXWRUDV SUy[LPDV DRV JUDQGHV FHQWURV FRQVXPLGRUHV que apresentam concentração na regiĂŁo, hĂĄ destaque para as indĂşstrias automobilĂstica, de material plĂĄstico, $ FRPSRVLomR LQGXVWULDO SRU VXD YH] p EDVWDQWH YDULDGD 'HQWUH DV DWLYLGDGHV cerâmica, metal-mecânica, tĂŞxtil, farmacĂŞutica e diversos ramos da indĂşstria quĂmica. HFRQ{PLFDV TXH DSUHVHQWDP FRQFHQWUDomR QD UHJLmR Ki GHVWDTXH SDUD DV LQG~VWULDV A fabricação de componentes eletrĂ´nicos, equipamentos de comunicação, eletrodomĂŠstiGH PDWHULDO SOiVWLFR FHUkPLFD PHWDO PHFkQLFD Wr[WLO IDUPDFrXWLFD H cos e DXWRPRELOtVWLFD maquinĂĄrio e ferramentas para a indĂşstria e agricultura completam o quadro de atividades
GLYHUVRV GD LQG~VWULD TXtPLFD $ IDEULFDomR GH FRPSRQHQWHV HOHWU{QLFRV econômicas queUDPRV se destacam na RAC. HTXLSDPHQWRV GH FRPXQLFDomR HOHWURGRPpVWLFRV H PDTXLQiULR H IHUUDPHQWDV SDUD D A seleção das atividades mais relevantes na região foi realizada a partir dos dados da Rais LQG~VWULD H DJULFXOWXUD FRPSOHWDP R TXDGUR GH DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV TXH VH GHVWDFDP
2008 (Relação Anual de Informaçþes Sociais) em relação ao pessoal ocupado, segundo a CNAE QD 5$& (Classificação Nacional de Atividades Econômicas, desagregada em 285 atividades distintas).
Foram escolhidas atividades que empregassem pelo menos mil pessoas e que tivessem na $ VHOHomR GDV DWLYLGDGHV PDLV UHOHYDQWHV QD UHJLmR IRL UHDOL]DGD D SDUWLU GRV
GDGRV GD 5DLV 5HODomR $QXDO GH ,QIRUPDo}HV 6RFLDLV HP UHODomR DR SHVVRDO 62
RFXSDGR VHJXQGR D &1$( &ODVVLILFDomR 1DFLRQDO GH $WLYLGDGHV (FRQ{PLFDV GHVDJUHJDGD HP DWLYLGDGHV GLVWLQWDV )RUDP HVFROKLGDV DWLYLGDGHV TXH HPSUHJDVVHP SHOR PHQRV PLO SHVVRDV H TXH WLYHVVHP QD UHJLmR SHOR PHQRV DFLPD GR GREUR pelo GD menos LPSRUWkQFLD WrP da QDFLRQDOPHQWH 8P GH HVSHFLDOL]DomR regiĂŁo acima TXH do dobro importância que tĂŞmtQGLFH nacionalmente. Um ĂndiceIRL de espeFDOFXODGR foiGH PRGR TXH H VLJQLILFD TXH D que DWLYLGDGH QD UHJLmR WHP tem D PHVPD cialização calculado de modo que e = 1 significa a atividade na regiĂŁo a mesma parSDUWLFLSDomR SURSRUFLRQDO DR SDGUmR GR UHVWDQWH 3DtV &RPR R 3,% GD 5$& de p 5% do ticipação proporcional ao padrĂŁo do restante do PaĂs.GR Como o PIB da RAC ĂŠ prĂłximo brasileiro, atividade que empregue mil pessoas RAC e tenha = 1 terĂĄ aproximadamente SUy[LPR uma GH GR EUDVLOHLUR XPD DWLYLGDGH TXH na HPSUHJXH PLO eSHVVRDV QD 5$& H 20WHQKD H mil pessoas empregadas no Brasil; se e = 2, a mesma atividade deverĂĄ ter aproximadamente WHUi DSUR[LPDGDPHQWH PLO SHVVRDV HPSUHJDGDV QR %UDVLO VH H D dez mil noDWLYLGDGH PaĂs, mostrando densidade de atuação atividade econĂ´mica XPD duas vezes PHVPD GHYHUi uma WHU DSUR[LPDGDPHQWH GH] nessa PLO QR 3DtV PRVWUDQGR maior. GHQVLGDGH GH DWXDomR QHVVD DWLYLGDGH HFRQ{PLFD GXDV YH]HV PDLRU GrĂĄfico 9– Distribuição de 285 atividades econĂ´micas na RAC segundo especialização e pessoal ocupado
)RQWH 5DLV
2 TXDGUDQWH GH LQWHUHVVH VXSHULRU p R pelas IRUPDGR SHODV DWLYLGDGHV O quadrante de interesse (superior direito) GLUHLWR Ê o formado atividades importantes para SDUD D 5$& muitos SRU UHSUHVHQWDUHP PXLWRV HPSUHJRV H DR importantes PHVPR WHPSR a LPSRUWDQWHV RAC (por representarem empregos e, ao mesmo tempo, serem em termos deVHUHP LPSRUWDQWHV HP WHUPRV GH HVSHFLDOL]DomR HP especialização em relação ao padrão brasileiro). UHODomR DR SDGUmR EUDVLOHLUR Tabela 6– Atividades econômicas de destaque na RAC segundo grau de especialização e pessoal ocupado, com comparação ao Brasil e quantidades de mestres e doutores
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Tabela 6– Atividades econômicas de destaque na RAC segundo grau de especialização e pessoal ocupado, com comparação ao Brasil e quantidades de mestres e doutores
Tabela 6– Atividades econômicas de destaque na RAC segundo grau de especialização e pessoal ocupado, com comparação ao Brasil e quantidades de mestres e doutores
)RQWH 5DLV
Os outros dois quadrantes reúnem atividades economicamente menos relevantes, mas 2V RXWURV GRLV TXDGUDQWHV UH~QHP DWLYLGDGHV HFRQRPLFDPHQWH PHQRV ainda assim com alguns casos de grande especialização na RAC que podem vir a ganhar imporUHOHYDQWHV PDV DLQGD DVVLP FRP DOJXQV FDVRV GH JUDQGH HVSHFLDOL]DomR QD 5$& TXH tância no futuro. Entre elas, estão atividades que demandam tecnologia, a fabricação de material SRGHP YLU D JDQKDU LPSRUWkQFLD QR IXWXUR (QWUH HODV HVWmR DWLYLGDGHV TXH GHPDQGDP ferroviårio (e = 6,6; po = 899), a fabricação de aparelhos eletromÊdicos, eletroterapêuticos e WHFQRORJLD D IDEULFDomR GH PDWHULDO IHUURYLiULR H SR D IDEULFDomR GH equipamentos de irradiação (e= 2,7; po = 560), e a fabricação de fibras artificiais e sintÊticas (e DSDUHOKRV HOHWURPpGLFRV HOHWURWHUDSrXWLFRV H HTXLSDPHQWRV GH LUUDGLDomR H SR )RQWH 5DLV = 2,9; po = 540).
H D IDEULFDomR GH ILEUDV DUWLILFLDLV H VLQWpWLFDV H SR 2V RXWURV TXDGUDQWHV UH~QHP DWLYLGDGHV O quadrante superiorGRLV esquerdo concentra as atividades maisHFRQRPLFDPHQWH tĂpicas do padrĂŁoPHQRV brasileiro
TXDGUDQWH VXSHULRU HVTXHUGR FRQFHQWUD DV que DWLYLGDGHV PDLVdeWtSLFDV UHOHYDQWHV PDV DLQGD DVVLP FRP DOJXQV FDVRV GH JUDQGH HVSHFLDOL]DomR QD 5$& TXH e, apesar de2 gerarem muitos empregos, nĂŁo sĂŁo atividades diferenciam, fato, a GR RAC do SDGUmR H DSHVDU GH JHUDUHP PXLWRV HPSUHJRV QmR VmR DWLYLGDGHV TXH SRGHP YLU D JDQKDU LPSRUWkQFLD QR IXWXUR (QWUH HODV HVWmR DWLYLGDGHV TXH GHPDQGDP restante doEUDVLOHLUR PaĂs. Nesse grupo estĂŁo incluĂdas atividades de administração pĂşblica, comĂŠrcio, GLIHUHQFLDP GH IDWR D 5$& GR transporte UHVWDQWH GR 3DtV HVWmR LQFOXtGDV GH restaurantes, atendimento hospitalar, rodoviĂĄrio, educação superior, fabriWHFQRORJLD D IDEULFDomR GH PDWHULDO IHUURYLiULR H 1HVVH SR JUXSR D construção, IDEULFDomR DWLYLGDGHV GH DGPLQLVWUDomR FRPpUFLR UHVWDXUDQWHV cação de alimentos e serviços a S~EOLFD empresas, para ficar apenas nas DWHQGLPHQWR principais. KRVSLWDODU DSDUHOKRV HOHWURPpGLFRV HOHWURWHUDSrXWLFRV H HTXLSDPHQWRV GH LUUDGLDomR H SR WUDQVSRUWH URGRYLiULR HGXFDomR VXSHULRU FRQVWUXomR IDEULFDomR GH DOLPHQWRV H H D IDEULFDomR GH ILEUDV DUWLILFLDLV H VLQWpWLFDV H SR Em algumas das 49 atividades econĂ´micas especializadas importantes para a RAC, a VHUYLoRV D HPSUHVDV SDUD ILFDU DSHQDV QDV SULQFLSDLV
regiĂŁo chega a2 concentrar de umHVTXHUGR quarto daFRQFHQWUD força de trabalho brasileira, como no caso TXDGUDQWH mais VXSHULRU DV DWLYLGDGHV PDLV WtSLFDV GR de fabricação de EUDVLOHLUR equipamentos para comunicação, de mĂĄquinas equipamentos de uso SDGUmR H DSHVDU GH JHUDUHP fabricação PXLWRV HPSUHJRV QmR eVmR DWLYLGDGHV TXH na extração mineralGH e na construção fabricação deGR mĂĄquinas-ferramenta. AlĂŠm disso, em todos GLIHUHQFLDP IDWR D 5$& e GR UHVWDQWH 3DtV 1HVVH JUXSR HVWmR LQFOXtGDV essesDWLYLGDGHV casos, a proporção relativa de mestres e doutores empregadosDWHQGLPHQWR ĂŠ ainda maior em compaGH DGPLQLVWUDomR S~EOLFD FRPpUFLR UHVWDXUDQWHV KRVSLWDODU ração ao padrĂŁo nacional, nĂŁo obstante serem nĂşmeros acanhados no absoluto, especialmente WUDQVSRUWH URGRYLiULR HGXFDomR VXSHULRU FRQVWUXomR IDEULFDomR GH DOLPHQWRV H se comparados a paĂses mais desenvolvidos. VHUYLoRV D HPSUHVDV SDUD ILFDU DSHQDV QDV SULQFLSDLV
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PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV GH XVR QD H[WUDomR PLQHUDO H QD FRQVWUXomR H IDEULFDomR GH PiTXLQDV IHUUDPHQWD $OpP GLVVR HP WRGRV HVVHV FDVRV D SURSRUomR UHODWLYD GH PHVWUHV H GRXWRUHV HPSUHJDGRV p DLQGD PDLRU HP FRPSDUDomR DR SDGUmR QDFLRQDO QmR REVWDQWH VHUHP Q~PHURV DFDQKDGRV QR DEVROXWR HVSHFLDOPHQWH VH FRPSDUDGRV D SDtVHV PDLV GHVHQYROYLGRV $ SRVLomR UHODWLYD GR SHVR GH FDGD DWLYLGDGH HP UHODomR D WRGDV DV GHPDLV A posição relativa do peso de cada atividade em relação a todas as demais atividades em DWLYLGDGHV HP XP GHWHUPLQDGR UHFRUWH WHUULWRULDO FRPSDUDGR FRP D SRVLomR UHODWLYD GH um determinado recorte territorial, comparado com a posição relativa de todas as atividades no WRGDV DV DWLYLGDGHV QR %UDVLO p RXWUR PRGR (eGH D HVSHFLDOL]DomR H DV Brasil, ĂŠ outro modo de perceber a especialização as SHUFHEHU lacunas) de uma regiĂŁo ou municĂpio. ODFXQDV GH XPD UHJLmR RX PXQLFtSLR (QTXDQWR D IDEULFDomR GH HTXLSDPHQWRV GH Enquanto a fabricação de equipamentos de comunicação ĂŠ a 72a atividade que mais emprega D DWLYLGDGH SHVVRDV QD 5$& HOD p tempo DSHQDV D FRPXQLFDomR p D ĂŠ pessoas na RAC, ela apenas a 182aTXH no PDLV Brasil.HPSUHJD Essa medida informa ao mesmo a imporD QR %UDVLO (VVD PHGLGD LQIRUPD DR PHVPR WHPSR D LPSRUWkQFLD ORFDO H QDFLRQDO tância local e nacional da atividade e permite, graficamente, uma boa visĂŁo de conjunto.
GD DWLYLGDGH H SHUPLWH JUDILFDPHQWH XPD ERD YLVmR GH FRQMXQWR Gråfico 10 – Perfil de especialização local por atividades econômicas (RAC e Campinas)
)RQWH 5DLV
$ SDUWLU GD WLSRORJLD GHVHQYROYLGD SRU .HLWK 3DYLWW SDUD FODVVLILFDU HPSUHVDV A partir da tipologia desenvolvida por Keith Pavitt20 para classificar empresas industriais seLQGXVWULDLV VHJXQGR R VHX SHUILO VHWRULDO GH LQRYDomR YHULILFD VH TXH QD 5$& VH gundo o seu perfil setorial de inovação, verifica-se que na RAC se destacam diversas indústrias GHVWDFDP GLYHUVDV LQG~VWULDV TXH QHFHVVLWDP GH 3 ' GH SRQWD SDUD LQRYDU HPSUHVDV que necessitam de P&D de ponta para inovar (empresas baseadas em ciência), mas tambÊm um expressivo grupo de indústrias fornecedoras especializadas e baseadas em diferenciação que 3DYLWW .HLWK 6HFWRUDO SDWWHUQV RI WHFKQLFDO FKDQJH WRZDUGV D WD[RQRP\ DQG D WKHRU\ 5HVHDUFK 3ROLF\ 1HP
VHPSUH p SRVVtYHO HQTXDGUDU SHUIHLWDPHQWH WRGDV DV DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV design QD WLSRORJLD RULJLQDO 'HVVH PRGR IRL LQFOXtGD D tipicamente inovam por meio de melhorias em produtos, e qualidade, buscando diferenFDWHJRULD ³EDVHDGD HP GLIHUHQFLDomR´ SDUD PHOKRU FDUDFWHUL]DU HPSUHVDV FRP QtYHLV GH FDSDFLWDomR H FRQWH~GR WHFQROyJLFR PDLV
DOWR TXH DV PDQXIDWXUDV WtSLFDV ciar-se junto a seus clientes.
20 - Pavitt, Keith. (1984). Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory, Research Policy, 13(6). Nem sempre ĂŠ possĂvel enquadrar perfeitamente todas as atividades econĂ´micas na tipologia original. Desse modo, foi incluĂda a categoria “baseada em diferenciaçãoâ€? para melhor caracterizar empresas com nĂveis de capacitação e conteĂşdo tecnolĂłgico mais alto que as manufaturas tĂpicas.
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EDVHDGDV HP FLrQFLD PDV WDPEpP XP H[SUHVVLYR JUXSR GH LQG~VWULDV IRUQHFHGRUDV HVSHFLDOL]DGDV H EDVHDGDV HP GLIHUHQFLDomR TXH WLSLFDPHQWH LQRYDP SRU PHLR GH PHOKRULDV HP SURGXWRV GHVLJQ H TXDOLGDGH EXVFDQGR GLIHUHQFLDU VH MXQWR D VHXV FOLHQWHV Quadro 6 - Padrþes setoriais de inovação na indústria, elaborado a partir da caracterização de Pavitt (1984) e das especificidades brasileiras
$ VHJXLU DV DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV GH GHVWDTXH QD 5$& VmR ORFDOL]DGDV HP A seguir, as atividades econĂ´micas de destaque na RAC sĂŁo localizadas em relação a UHODomR D VHXV UHVSHFWLYRV PXQLFtSLRV PRVWUDQGR D GLVWULEXLomR HVSDFLDO H RV ORFDLV seus respectivos municĂpios, mostrando a distribuição espacial e os locais em que ocorrem mais HP TXH RFRUUHP PDLV FRQFHQWUDGDV HYLGHQFLDQGR DVVLP RV dentro DUUDQMRV SURGXWLYRV concentradas, evidenciando, assim, os arranjos produtivos existentes da regiĂŁo. Para as H[LVWHQWHV GHQWUR sĂŁo GD apresentadas UHJLmR 3DUD estimativas DV DWLYLGDGHV VmR DSUHVHQWDGDV atividades industriais, para oLQGXVWULDLV valor da transformação industrial e SDUD R YDORU GD WUDQVIRUPDomR LQGXVWULDO H SDUD RV JDVWRV LQRYDomR H do paraHVWLPDWLYDV os gastos em inovação e P&D. Essas estimativas foram calculadas a HP partir dos dados 3 ' (VVDV HVWLPDWLYDV IRUDP FDOFXODGDV D SDUWLU GRV GDGRV GR ,%*( SDUD R HVWDGR GH IBGE para o estado de SĂŁo Paulo (PIA 2007 e Pintec 2005), aproximadas para a RAC em função da proporção do 3,$ pessoal ocupado na regiĂŁo relação ao pessoal noIXQomR estado GD de SĂŁo 6mR 3DXOR H 3LQWHF em DSUR[LPDGDV SDUD D ocupado 5$& HP Paulo (Rais 2007 2005, respectivamente). Dada a natureza agregada das estatĂsticas dispoSURSRUomR GR e SHVVRDO RFXSDGR QD UHJLmR HP UHODomR DR SHVVRDO RFXSDGR QR HVWDGR nĂveis, estimativas sĂŁo aproximaçþes apoiadas nas hipĂłteses deQDWXUH]D que o padrĂŁo de agregação GH as 6mR 3DXOR 5DLV H UHVSHFWLYDPHQWH 'DGD D DJUHJDGD GDV de valor das indĂşstrias da RAC nĂŁo ĂŠ diferente da mĂŠdia do estado de SĂŁo Paulo e deGH que o HVWDWtVWLFDV GLVSRQtYHLV DV HVWLPDWLYDV VmR DSUR[LPDo}HV DSRLDGDV QDV KLSyWHVHV esforço de inovação ĂŠ homogĂŞneo dentro de uma mesma divisĂŁo setorial. A segunda hipĂłtese ĂŠ TXH R SDGUmR GH DJUHJDomR GH YDORU GDV LQG~VWULDV GD 5$& QmR p GLIHUHQWH GD PpGLD mais difĂcil de sustentar, uma vez que ĂŠ sabido que mesmo empresas de um mesmo setor podem GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H GH TXH R HVIRUoR GH LQRYDomR p KRPRJrQHR GHQWUR GH XPD apresentar esforços muito dissimilares em termos de inovação e P&D. As estimativas de gastos PHVPD GLYLVmR VHWRULDO $ VHJXQGD KLSyWHVH p PDLV GLItFLO GH VXVWHQWDU XPD YH] TXH p com inovação e P&D devem, portanto, ser lidas como indicativas do comportamento setorial e VDELGR TXH PHVPR HPSUHVDV GH XP PHVPR VHWRU SRGHP DSUHVHQWDU HVIRUoRV PXLWR nĂŁo como valores exatos. GLVVLPLODUHV HP WHUPRV GH LQRYDomR H 3 ' $V HVWLPDWLYDV GH JDVWRV FRP LQRYDomR H
3 ' GHYHP VHU OLGDV FRPR LQGLFDWLYDV GR FRPSRUWDPHQWR H QmR O gråfico 11 SRUWDQWR mostra a relação entre o investimento estimado de P&D e VHWRULDO o valor da transforFRPR YDORUHV H[DWRV mação industrial (VTI) para todas as divisþes setoriais de destaque na RAC. Ambos indicadores foram normalizados pelo número de pessoas ocupadas para melhorar a comparabilidade. A principal constatação Ê que muitos setores se encontram em uma situação de baixo VTI com baixo investimento em P&D. É arriscado estabelecer relaçþes de causa-efeito entre os dois indicadores, mas Ê importante notar que setores altamente competitivos (isto Ê, capazes de adi cionar muito valor a seus produtos) não necessariamente estão apoiados em investimentos significativos em P&D e que setores com elevados investimentos em P&D nem sempre conseguem converter esses esforços em valor. As causas dessa diversidade precisam ser buscadas caso a
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caso, em função das dinâmicas competitivas e concorrenciais, das estruturas de mercado e das cadeias produtivas. Gráfico 11– Investimentos em P&D e VTI para divisões setoriais de destaque na RAC. 97, SHVVRDO RFXSDGR 5 PLOK}HV
*DVWRV FRP 3 ' SHVVRDO RFXSDGR 5 PLO
)RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV
2 JUiILFR PRVWUD D UHODomR HQWUH R LQYHVWLPHQWR HVWLPDGR GH 3 ' H R YDORU Do ponto de vista da promoção local de empresas de base tecnológica, importa identificar GD WUDQVIRUPDomR LQGXVWULDO 97, SDUD WRGDV DV GLYLV}HV VHWRULDLV GH GHVWDTXH QD 5$& os casos em que se possa ampliar, ou sustentar, o VTI a partir do incentivo à inovações e investi$PERV LQGLFDGRUHV IRUDP QRUPDOL]DGRV SHOR Q~PHUR GH SHVVRDV RFXSDGDV SDUD mentos em capacitação e P&D. Os mecanismos para isso serão tão mais eficazes quanto forem PHOKRUDU D FRPSDUDELOLGDGH $ SULQFLSDO FRQVWDWDomR p TXH PXLWRV VHWRUHV VH respeitadas as particularidades e potencialidades setoriais. HQFRQWUDP HP XPD VLWXDomR GH EDL[R 97, FRP EDL[R LQYHVWLPHQWR HP 3 ' e DUULVFDGR HVWDEHOHFHU UHODo}HV GH FDXVD HIHLWR HQWUH RV GRLV LQGLFDGRUHV PDV p LPSRUWDQWH QRWDU TXH VHWRUHV DOWDPHQWH FRPSHWLWLYRV LVWR p FDSD]HV GH DGLFLRQDU
3.2.1 Indústrias Fornecedoras Especializadas
PXLWR YDORU D VHXV SURGXWRV QmR QHFHVVDULDPHQWH HVWmR DSRLDGRV HP LQYHVWLPHQWRV VLJQLILFDWLYRV HP 3 ' H TXH VHWRUHV FRP HOHYDGRV LQYHVWLPHQWRV HP 3 ' QHP Na RAC, destacam-se 13 divisões setoriais das indústrias de transformação com alta conVHPSUH FRQVHJXHP FRQYHUWHU HVVHV HVIRUoRV HP YDORU $V FDXVDV GHVVD GLYHUVLGDGH
centração de pessoal ocupadoFDVR em relação ao HP Brasil (Gráfico 12), que podem ser consideradas SUHFLVDP VHU EXVFDGDV D FDVR IXQomR GDV GLQkPLFDV FRPSHWLWLYDV H do tipo fornecedoras especializadas. FRQFRUUHQFLDLV GDV HVWUXWXUDV GH PHUFDGR H GDV FDGHLDV SURGXWLYDV
'R SRQWR GH YLVWD GD SURPRomR ORFDO GH HPSUHVDV GH EDVH WHFQROyJLFD LPSRUWD LGHQWLILFDU RV FDVRV HP TXH VH SRVVD DPSOLDU RX VXVWHQWDU R 97, D SDUWLU GR LQFHQWLYR j LQRYDo}HV H LQYHVWLPHQWRV HP FDSDFLWDomR H 3 ' 2V PHFDQLVPRV SDUD LVVR VHUmR WmR PDLV HILFD]HV TXDQWR IRUHP UHVSHLWDGDV DV SDUWLFXODULGDGHV H SRWHQFLDOLGDGHV VHWRULDLV
,QG~VWULDV )RUQHFHGRUDV (VSHFLDOL]DGDV 1D 5$& GHVWDFDP VH GLYLV}HV VHWRULDLV GDV LQG~VWULDV GH WUDQVIRUPDomR
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Gråfico 12– Investimentos em P&D e VTI para divisþes setoriais de destaque na RAC: indústrias fornecedoras especializadas 97, SHVVRDO RFXSDGR 5 PLOK}HV
*DVWRV FRP 3 ' SHVVRDO RFXSDGR 5 PLO
)RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV
&RPR DSRQWRX 3DYLWW HVVH WLSR GH LQG~VWULD WHQGH D LQRYDU YLD DTXLVLomR GH Como apontou Pavitt, esse tipo de indústria tende a inovar via aquisição de equipamentos, HTXLSDPHQWRV FDSDFLGDGH GH HQJHQKDULD H GHVLJQ TXDOLGDGH H ERD LQWHUORFXomR FRP capacidade de engenharia e design, qualidade e boa interlocução com seus clientes do que via VHXV FOLHQWHV GR TXH YLD 3 ' $V DWLYLGDGHV PDLV LQWHQVLYDV WHFQRORJLFDPHQWH WHQGHP P&D. As atividades mais intensivas tecnologicamente tendem a apresentar um maior VTI e, denD DSUHVHQWDU XP PDLRU 97, H GHQWUH HODV DTXHODV UHODFLRQDGDV FRP R IRUQHFLPHQWR tre elas, aquelas relacionadas com o fornecimento de equipamentos para o setor elÊtrico são as GH HTXLSDPHQWRV SDUD R VHWRU HOpWULFR VmR DV TXH DSUHVHQWDP PDLRU LQWHQVLGDGH HP que apresentam maior intensidade em P&D. Entretanto, os baixos valores de VTI por funcionårio 3 ' (QWUHWDQWR RV EDL[RV YDORUHV GH 97, SRU IXQFLRQiULR LQGLFDP TXH QD 5$& PXLWDV indicam que na RAC muitas das empresas nessas indústrias encontram dificuldade em adicioGDV HPSUHVDV QHVVDV LQG~VWULDV HQFRQWUDP GLILFXOGDGH HP DGLFLRQDU YDORU D VHXV nar valor a seus produtos, seja por estarem submetidas a poucos grandes clientes, seja por SURGXWRV VHMD SRU HVWDUHP VXEPHWLGDV D SRXFRV JUDQGHV FOLHQWHV VHMD SRU apresentarem deficiências tecnológicas e de produtividade que limitam seus ganhos relativos. A DSUHVHQWDUHP WHFQROyJLFDV H GH nos SURGXWLYLGDGH TXH OLPLWDP VHXV JDQKRV distribuição destas GHILFLrQFLDV indústrias pode ser observada Mapas a seguir. UHODWLYRV $ GLVWULEXLomR GHVWDV LQG~VWULDV SRGH VHU REVHUYDGD QRV 0DSDV D VHJXLU
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MAPA 4 - Fabricaรงรฃo de peรงas e acessรณrios para veรญculos automotores
MAPA 5 - Fabricaรงรฃo de mรกquinas e equipamentos de uso geral
MAPA 6- Fabricaรงรฃo de mรกquinas e equipamentos de uso industrial especรญfico
MAPA 7 - Fabricaรงรฃo de produtos de borracha
MAPA 8 - Fundiรงรฃo
MAPA 9 - Fabricaรงรฃo de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissรฃo
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOKmR DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
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MAPA 10 Fabricaรงรฃo de tratores e de mรกquinas e equipamentos para agricultura e pecuรกria
MAPA 11 - Fabricaรงรฃo de equipamentos para distribuiรงรฃo e controle de energia elรฉtrica
MAPA 12 - Fabricaรงรฃo de mรกquinas e equipamentos para uso na extraรงรฃo mineral e na construรงรฃo
MAPA 13 - Fabricaรงรฃo de mรกquinas-ferramentas
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 14 - Fabricaรงรฃo de geradores, transformadores e motores elรฉtricos 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
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3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR
3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 15 - Fabricaรงรฃo de equipamentos e aparelhos elรฉtricos nรฃo especificados anteriormente 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 16 - Fabricação de tanques, reservatórios metålicos e caldeiras 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOKmR DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
'R de SRQWR YLVWD GD GLVWULEXLomR HVSDFLDO &DPSLQDV 3LUDFLFDED Do ponto vista GH da distribuição espacial, Campinas, Piracicaba e JundiaĂ sĂŁo os H muni-XQGLDt VmR RV PXQLFtSLRV FRP PDLRU GHQVLGDGH GH HPSUHVDV H SHVVRDO RFXSDGR cĂpios com maior densidade de empresas e pessoal ocupado. Outros municĂpios se destacam 2XWURV PXQLFtSLRV VH GHVWDFDP DWLYLGDGHV HVSHFtILFDV PDV D JUDQGH SDUWH disem atividades especĂficas, mas a grandeHP parte dos fornecedores especializados encontra-se GRV IRUQHFHGRUHV HVSHFLDOL]DGRV HQFRQWUD VH GLVWULEXtGD SRU PXLWRV PXQLFtSLRV $ tribuĂda por muitos municĂpios. A aglomeração mais nĂtida ĂŠ na fabricação de mĂĄquinas e equipamentos para usoPDLV na extração mineral e na construção, bastante concentrada em Piracicaba. DJORPHUDomR QtWLGD p QD IDEULFDomR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV SDUD XVR
QD H[WUDomR PLQHUDO H QD FRQVWUXomR EDVWDQWH FRQFHQWUDGD HP 3LUDFLFDED ,QG~VWULDV %DVHDGDV HP &LrQFLD 3.2.2 IndĂşstrias Baseadas em CiĂŞncia 1HVWH JUXSR DSDUHFHP DV LQG~VWULDV TXH PDLV LQYHVWHP HP 3 ' $V Neste grupo, aparecem as indĂşstrias que mais investem em P&D. As empresas atuam em HPSUHVDV DWXDP HP QHJyFLRV TXH UHTXHUHP 3 ' SDUD VHUHP FRPSHWLWLYRV QD negĂłcios que requerem P&D para serem competitivos, na maior parte dos casos. Na RAC, as PDLRU SDUWH GRV FDVRV 1D 5$& DV LQG~VWULDV TXtPLFDV VH GHVWDFDP FODUDPHQWH indĂşstrias quĂmicas se destacam claramente em termos de capacidade de agregar valor e pela HP WHUPRV GH FDSDFLGDGH GH DJUHJDU YDORU H SHOD GLVSRVLomR HP UHDOL]DU disposição em realizar investimentos em P&D. LQYHVWLPHQWRV HP 3 ' As empresas de equipamentos e materiais para uso em saĂşde agregam menos valor que $V HPSUHVDV GH HTXLSDPHQWRV H PDWHULDLV SDUD XVR HP VD~GH DJUHJDP as farmacĂŞuticas, mas gastam mais em P&D por funcionĂĄrio que estas. As empresas farmacĂŞuPHQRV YDORU TXH DV IDUPDFrXWLFDV PDV JDVWDP PDLV HP 3 ' SRU IXQFLRQiULR TXH ticas, e tambĂŠm as empresas de componentes eletrĂ´nicos presentes na regiĂŁo, gastam relativaHVWDV $V HPSUHVDV IDUPDFrXWLFDV H WDPEpP DV HPSUHVDV GH FRPSRQHQWHV mente pouco em P&D (se comparadas com suas concorrentes no mundo) por atuarem como elo HOHWU{QLFRV SUHVHQWHV QD UHJLmR JDVWDP UHODWLYDPHQWH SRXFR HP 3 ' VH de ligação em cadeias de produção mais comoditizadas. Entretanto, enquanto as farmacĂŞuticas FRPSDUDGDV FRP VXDV FRQFRUUHQWHV QR PXQGR SRU DWXDUHP FRPR HOR GH OLJDomR adicionam muito valor em função de altos preços de venda, as eletrĂ´nicas trabalham com mar-
FDGHLDV GH SURGXomR PDLV FRPRGLWL]DGDV (QWUHWDQWR HQTXDQWR DV gensHP muito mais apertadas. IDUPDFrXWLFDV DGLFLRQDP PXLWR YDORU HP IXQomR GH DOWRV SUHoRV GH YHQGD DV
Jå a situação das empresas atuantes em equipamentos de comunicação Ê preocupante. HOHWU{QLFDV WUDEDOKDP FRP PDUJHQV PXLWR PDLV DSHUWDGDV Por um lado, são as que mais investem em P&D, em grande medida incentivadas pela Lei de -i D VLWXDomR GDV HPSUHVDV DWXDQWHV HP HTXLSDPHQWRV GH FRPXQLFDomR Informåtica. Por outro lado, mostram-se pouco capazes de gerar valor em um mercado alta-
p SUHRFXSDQWH 3RU XP ODGR VmR DV TXH PDLV LQYHVWHP HP 3 ' HP JUDQGH
71
PHGLGD LQFHQWLYDGDV SHOD /HL GH ,QIRUPiWLFD 3RU RXWUR ODGR PRVWUDP VH SRXFR PHGLGD LQFHQWLYDGDV SHOD /HL GH ,QIRUPiWLFD 3RU RXWUR ODGR PRVWUDP VH SRXFR FDSD]HV GH JHUDU YDORU HP XP PHUFDGR insuficiente DOWDPHQWH ou FRPSHWLWLYR 2 na 3 ' UHDOL]DGR mente competitivo. O P&D realizado pouco eficaz geração de valor FDSD]HV GH JHUDU YDORU HP XP mostra-se PHUFDGR DOWDPHQWH FRPSHWLWLYR 2 3 ' UHDOL]DGR PRVWUD VH LQVXILFLHQWH RX SRXFR HILFD] QD JHUDomR GH YDORU ORFDOPHQWH localmente. PRVWUD VH LQVXILFLHQWH RX SRXFR HILFD] QD JHUDomR GH YDORU ORFDOPHQWH Gråfico 13– Investimentos em P&D e VTI para divisþes setoriais de destaque na RAC: indústrias baseadas em ciência Gråfico 13– Investimentos em P&D e VTI para divisþes setoriais de destaque na RAC: indústrias baseadas em ciência 97, SHVVRDO RFXSDGR 97, SHVVRDO RFXSDGR 5 PLOK}HV
5 PLOK}HV
*DVWRV FRP 3 ' SHVVRDO RFXSDGR *DVWRV FRP 3 ' SHVVRDO RFXSDGR 5 PLO
5 PLO
)RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV )RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV
'R SRQWR GH YLVWD HVSDFLDO DV DWLYLGDGHV EDVHDGDV HP FLrQFLD WHQGHP D VH 'R SRQWR GH YLVWD HVSDFLDO DV DWLYLGDGHV EDVHDGDV HP FLrQFLD WHQGHP D VH Do ponto de&DPSLQDV vista espacial, atividades baseadas em ciĂŞncia tendem QR a se localizar ORFDOL]DU HP H HP asWRUQR GR SROR SHWURTXtPLFR GH 3DXOtQLD FDVR GDV em ORFDOL]DU HP &DPSLQDV H HP WRUQR GR SROR SHWURTXtPLFR GH 3DXOtQLD QR FDVR GDV Campinas e em torno do polo petroquĂmico de PaulĂnia no caso das empresas quĂmicas. JundiaĂ HPSUHVDV TXtPLFDV -XQGLDt PRVWUD VH IRUWH HP FRPSRQHQWHV HOHWU{QLFRV H ,WDSLUD QD HPSUHVDV TXtPLFDV -XQGLDt PRVWUD VH IRUWH HP FRPSRQHQWHV HOHWU{QLFRV H ,WDSLUD QD mostra-se forte em componentes eletrĂ´nicos e Itapira na indĂşstria farmacĂŞutica. LQG~VWULD IDUPDFrXWLFD LQG~VWULD IDUPDFrXWLFD
MAPA 17 - Fabricação de produtos farmacêuticos MAPA 173HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV - Fabricação de produtos farmacêuticos 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
72
MAPA 18 - Fabricação de produtos e preparados quĂmicos MAPA 18 - Fabricação de produtos diversose preparados quĂmicos diversos 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 19 - Fabricação de componentes eletrônicos
MAPA 20 - Fabricação de equipamentos de comunicação
MAPA 21 - Fabricação de produtos quĂmicos inorgânicos
MAPA 22 - Fabricação de instrumentos e materiais para uso mÊdico e odontológico e de artigos ópticos
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOKmR DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
,QG~VWULDV 'RPLQDGDV SHOR )RUQHFHGRU 2 SDGUmR WtSLFR GH LQRYDomR QDV HPSUHVDV FODVVLILFDGDV SRU 3DYLWW FRPR
3.2.3 IndĂşstrias Dominadas pelo Fornecedor
GRPLQDGDV SHOR IRUQHFHGRU HQYROYH D DTXLVLomR GH WHFQRORJLDV H VROXo}HV D SDUWLU GH
WHUFHLURV HP JHUDO IRUQHFHGRUHV HVSHFLDOL]DGRV RX EDVHDGDV HP FLrQFLD 'HVVH O padrĂŁo tĂpico de inovação nas empresas classificadas por Pavitt como dominadas pelo PRGR R 3 ' WLSLFDPHQWH UHDOL]DGR SRU HVVDV HPSUHVDV SHVD PDLV SDUD R ODGR GR fornecedor envolve a aquisição de tecnologias e soluçþes a partir de terceiros, em geral forneGHVHQYROYLPHQWR GH SURGXWRV GR TXH SDUD R ODGR GD SHVTXLVD DR PHVPR WHPSR TXH cedores especializados ou baseadas em ciĂŞncia. Desse modo, o P&D tipicamente realizado por DWLYLGDGHV GH PDUNHWLQJ H YHQGDV DVVXPHP HOHYDGD LPSRUWkQFLD SDUD DV HPSUHVDV essas empresas pesa mais para o lado do desenvolvimento de produtos do que para o lado da pesquisa, ao mesmo tempo que atividades de marketing e vendas assumem elevada importância para as empresas.
73
2 SDGUmR WtSLFR GH LQRYDomR QDV HPSUHVDV FODVVLILFDGDV SRU 3DYLWW FRPR GRPLQDGDV SHOR IRUQHFHGRU HQYROYH D DTXLVLomR GH WHFQRORJLDV H VROXo}HV D SDUWLU GH WHUFHLURV HP JHUDO IRUQHFHGRUHV HVSHFLDOL]DGRV RX EDVHDGDV HP FLrQFLD 'HVVH PRGR R 3 ' WLSLFDPHQWH UHDOL]DGR SRU HVVDV HPSUHVDV SHVD PDLV SDUD R ODGR GR GHVHQYROYLPHQWR GH SURGXWRV GR TXH SDUD R ODGR GD SHVTXLVD DR PHVPR WHPSR TXH DWLYLGDGHV GH PDUNHWLQJ H YHQGDV DVVXPHP HOHYDGD LPSRUWkQFLD SDUD DV HPSUHVDV
Gråfico 14– Investimentos em P&D e VTI para divisþes setoriais de destaque na RAC: indústrias dominadas pelo fornecedor
A contribuição para a inovação, nesses casos, aparece muito mais na forma de novos produtos do que no aprimoramento de processos, equipamentos, componentes, matĂŠrias-primas ou ingredientes. Para o consumidor final, as empresas do tipo dominada pelo fornecedor sĂŁo as mais visĂveis. SĂŁo tambĂŠm as mais numerosas. Na RAC, os casos de destaque apresentam-se espacialmente bem distribuĂdos, com exceção dos setores de tecelagem (Americana e arredores) e bijuterias (Limeira). O setor tĂŞxtil apresenta um baixĂssimo gasto em P&D e pouca adição de valor, possivelmente em virtude da concorrĂŞncia que sofre de produtos importados.
74
MAPA 23- Fabricaรงรฃo de produtos de material plรกstico
MAPA 24 - Fabricaรงรฃo de produtos cerรขmicos
MAPA 25 - Fabricaรงรฃo de produtos de metal nรฃo especรญficos
MAPA 26 - Fabricaรงรฃo de artefatos tรชxteis, exceto vestuรกrio
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 27 - Tecelagem, exceto malha
MAPA 28 - Forjaria, estamparia, metalurgia do pรณ e serviรงos de tratamento de metais
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
75
MAPA 27 - Tecelagem, exceto malha
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 29 - Fabricaรงรฃo de embalagens de papel, cartolina etc 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 28 - Forjaria, estamparia, metalurgia do pรณ e serviรงos de tratamento de metais
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 30 - Fabricaรงรฃo de papel, cartolina e papel-cartรฃo 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 31 - Produtos diversos de papel
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 33 Acabamentos em fios, tecidos e artefatos tรชxteis 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOKmR DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOKmR DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
76
MAPA 32 - Fabricaรงรฃo de artigos de cutelaria, de serralharia e-ferramentas 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 34 Fabricaรงรฃo de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOKmR DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 33 Acabamentos em fios, tecidos e artefatos tĂŞxteis
MAPA 34 Fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOKmR DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOKmR DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOKmR DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 35 - Fabricação de brinquedos e jogos recreativos 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOKmR DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOKmR DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
3.2.4 Indústrias Baseadas em Diferenciação
Os setores baseados em diferenciação formam uma categoria que, nos paĂses mais desenvolvidos, se enquadra ou junto Ă s indĂşstrias baseadas em ciĂŞncia ou junto Ă s dominadas pelo fornecedor, mas que aqui apresenta caracterĂsticas distintas. SĂŁo indĂşstrias que apresentam um padrĂŁo tecnolĂłgico superior Ă mĂŠdia das indĂşstrias dominadas pelo fornecedor sem chegar, no entanto, a um grau de sofisticação que permita identificĂĄ-la como baseada em ciĂŞncia. SĂŁo empresas que possuem departamentos de marketing e de desenvolvimento de produtos bem estruturados e que sĂŁo capazes de lançar novos produtos com bastante frequĂŞncia, buscando diferenciar sua oferta tambĂŠm pela dimensĂŁo da qualidade. Na RAC, as empresas de produtos de limpeza e higiene pessoal executam gastos per capita em P&D bem acima da mĂŠdia, enquanto a fabricação de eletrodomĂŠsticos e de equipamentos de informĂĄtica sĂŁo mais modestos, mas ainda assim acima da mĂŠdia. Os VTIs nĂŁo sĂŁo tĂŁo expressivos, indicando certa intensidade em mĂŁo de obra qualificada e concorrĂŞncia acirrada em relação aos preços.
77
1D 5$& DV HPSUHVDV GH SURGXWRV GH OLPSH]D H KLJLHQH SHVVRDO H[HFXWDP JDVWRV SHU FDSLWD HP 3 ' EHP DFLPD GD PpGLD HQTXDQWR D IDEULFDomR GH HOHWURGRPpVWLFRV H GH HTXLSDPHQWRV GH LQIRUPiWLFD VmR PDLV PRGHVWRV PDV DLQGD DVVLP DFLPD GD PpGLD 2V 97,V QmR VmR WmR H[SUHVVLYRV LQGLFDQGR FHUWD LQWHQVLGDGH HP PmR GH REUD TXDOLILFDGD H FRQFRUUrQFLD DFLUUDGD HP UHODomR DRV SUHoRV Grรกfico 15 - Investimentos em P&D e VTI para divisรตes setoriais de destaque na RAC: indรบstrias baseadas em diferenciaรงรฃo 97, SHVVRDO RFXSDGR 5 PLOK}HV
*DVWRV FRP 3 ' SHVVRDO RFXSDGR 5 PLO
)RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV
Mapa 36- Fabricaรงรฃo de sabรตes detergentes, produtos de limpeza, cosmรฉticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
78
Mapa 37 - Eletrodomรฉsticos
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
Mapa 36- Fabricação de sabþes detergentes, produtos de limpeza, cosmÊticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
Mapa 37 - EletrodomĂŠsticos
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
Mapa 38 - Fabricação de equipamentos de informåtica e perifÊricos 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
,QG~VWULDV ,QWHQVLYDV HP (VFDOD
3.2.5 IndĂşstrias Intensivas em Escala $V LQG~VWULDV LQWHQVLYDV HP HVFDOD QmR VmR XP WLSR GRPLQDQWH QD 5$& (P DSHQDV WUrV FDVRV HODV DSDUHFHP FRP GHQVLGDGH VXSHULRU j PpGLD QDFLRQDO VHPSUH HP LQG~VWULDV As indĂşstrias intensivas em escala nĂŁo sĂŁo um tipo dominante na RAC. Em apenas trĂŞs OLJDGDV j SUHVHQoD GD LPSRUWDQWH UHILQDULD GH SHWUyOHR 5HSODQ HP 3DXOtQLD casos elas aparecem com densidade superior Ă mĂŠdia nacional, sempre em indĂşstrias ligadas Ă TXH FRPSDUDWLYDPHQWH DR SHVVRDO RFXSDGR D 5HSODQ QmR p VXILFLHQWH presença da1RWD VH importante refinaria de petrĂłleo Replan, em PaulĂnia.
SDUD GHVWDFDU D UHJLmR QD DWLYLGDGH GH UHILQR PDV WDQWR HPSUHVDV TXtPLFDV LQWHQVLYDV HP Nota-se que, comparativamente ao pessoal ocupado, a Replan nĂŁo ĂŠ suficiente para desHVFDOD FRPR EDVHDGDV HP FLrQFLD VH GHVWDFDP HP UHODomR j PpGLD QDFLRQDO 1R FDVR GDV
tacar a regiĂŁo na atividade de refino, mas tanto empresas quĂmicas intensivas em escala como LQWHQVLYDV HP HVFDOD RV GHVWDTXHV ILFDP SRU FRQWD GH SURGXWRV TXtPLFRV RUJkQLFRV UHVLQDV baseadas em ciĂŞncia se destacam em relação Ă mĂŠdia nacional. No caso das intensivas em H HODVW{PHURV H ILEUDV Wr[WHLV VLQWpWLFDV HVWD HP $PHULFDQD escala, os destaques ficam por conta de produtos quĂmicos orgânicos, resinas e elastĂ´meros e fibras tĂŞxteis sintĂŠticas (esta em Americana).
79
Gråfico 16– Investimentos em P&D e VTI para divisþes setoriais de destaque na RAC: indústrias intensivas em escala 97, SHVVRDO RFXSDGR 5 PLOK}HV
*DVWRV FRP 3 ' SHVVRDO RFXSDGR 5 PLO
)RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV
MAPA 39 - Preparação e fiação de fibras têxteis 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOKmR DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
80
MAPA 40 - Fabricação de produtos quĂmicos orgânicos 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
MAPA 41 - Fabricação de resinas e elastômeros
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV 97, HVWLPDGR 5 ELOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP LQRYDomR 5 PLOK}HV DQR *DVWRV HVWLPDGRV FRP 3 ' 5 PLOK}HV DQR 3HVVRDO HP 3 ' HVWLPDGR
$ LQWHQVLGDGH GH HVFDOD LPSOLFD WDPEpP LQWHQVLGDGH GH FDSLWDO H RV YDORUHV SDUD R A intensidade de escala implica tambĂŠm intensidade de capital e os valores para o VTI 97, WHQGHP D VHU DOWRV PHVPR TXH DV PDUJHQV OtTXLGDV VHMDP PXLWDV YH]HV EDVWDQWH tendem a ser altos, mesmo que as margens lĂquidas sejam muitas vezes bastante reduzidas. O UHGX]LGDV 2 LQYHVWLPHQWR HP 3 ' p RULHQWDGR D PHOKRUDU FRQWLQXDPHQWH RV SURFHVVRV investimento em P&D ĂŠ orientado a melhorar continuamente os processos, buscando pequenas EXVFDQGR SHTXHQDV PHOKRULDV WpFQLFDV TXH GHYLGR DRV JUDQGHV YROXPHV DFDEDP SRU melhorias tĂŠcnicas que, devido aos grandes volumes, acabam por produzir ganhos significativos SURGX]LU JDQKRV VLJQLILFDWLYRV GH UHQWDELOLGDGH de rentabilidade.
2XWUDV $WLYLGDGHV (FRQ{PLFDV
3.2.6 Outras Atividades EconĂ´micas 1mR IRUDP UHDOL]DGDV HVWLPDWLYDV SDUD RV JDVWRV QDV DWLYLGDGHV GH LQRYDomR H 3 ' GDV DWLYLGDGHV QmR LQGXVWULDLV TXH VH GHVWDFDP QD 5$& XPD YH] TXH D 3LQWHF ,%*( QmR HVWXGD D PDLRU SDUWH GDV DWLYLGDGHV GH VHUYLoRV RX DJUtFRODV 7RGDYLD QHVWD VHomR HVVDV NĂŁo foram realizadas estimativas para os gastos nas atividades de inovação e P&D das DWLYLGDGHV HVWmR UHXQLGDV H VXDV GLVWULEXLo}HV HVSDFLDLV FRPSOHPHQWDP D GHVFULomR GR SHUILO atividades nĂŁo industriais que se destacam na RAC, uma vez que a Pintec/IBGE nĂŁo estuda a HFRQ{PLFR GD UHJLmR maior parte das atividades de serviços ou agrĂcolas. Todavia, nesta seção, essas atividades estĂŁo reunidas e suas distribuiçþes espaciais complementam a descrição do perfil econĂ´mico da 1RV SUy[LPRV FDStWXORV ILFDUi HYLGHQWH TXH QD 5$& D LQRYDomR QmR RFRUUH DSHQDV regiĂŁo. QD LQG~VWULD 6HUYLoRV H DJULFXOWXUD VmR WDPEpP DOYR GH SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR H
IRQWHV GH JHUDomR GH YDORU EDVHDGR HP FRQKHFLPHQWR Nos prĂłximos capĂtulos, ficarĂĄ evidente que na RAC a inovação nĂŁo ocorre apenas na indĂşstria. Serviços e agricultura sĂŁo tambĂŠm alvo de pesquisa e desenvolvimento e fontes de geração de valor baseado em conhecimento.
MAPA 42 - Produção de lavouras permanentes 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 43 Horticultura e Floricultura 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
81
GDV DWLYLGDGHV QmR LQGXVWULDLV TXH VH GHVWDFDP QD 5$& XPD YH] TXH D 3LQWHF ,%*( QmR HVWXGD D PDLRU SDUWH GDV DWLYLGDGHV GH VHUYLoRV RX DJUtFRODV 7RGDYLD QHVWD VHomR HVVDV DWLYLGDGHV HVWmR UHXQLGDV H VXDV GLVWULEXLo}HV HVSDFLDLV FRPSOHPHQWDP D GHVFULomR GR SHUILO HFRQ{PLFR GD UHJLmR 1RV SUy[LPRV FDStWXORV ILFDUi HYLGHQWH TXH QD 5$& D LQRYDomR QmR RFRUUH DSHQDV QD LQG~VWULD 6HUYLoRV H DJULFXOWXUD VmR WDPEpP DOYR GH SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR H IRQWHV GH JHUDomR GH YDORU EDVHDGR HP FRQKHFLPHQWR
MAPA 42 - Produção de lavouras permanentes 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 43 Horticultura e Floricultura 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 44 - Tratamento de dados, hospedagem na internet e outras atividades relacionadas 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 46 - Esgoto e atividades relacionadas
MAPA 47 - Atividades de apoio à educação
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
82
MAPA 45 - Atividades relacionadas à organização do transporte de carga
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 46 - Esgoto e atividades relacionadas
MAPA 47 - Atividades de apoio à educação
MAPA 48 - Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciĂŞncias fĂsicas e naturais
MAPA 49 - Atividades de assistĂŞncia psicossocial e Ă saĂşde a portadores de distĂşrbios psĂquicos, deficiĂŞncia mental e dependĂŞncia quĂmica
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 50 - Operadoras de televisĂŁo por assinatura 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 51 - Torrefação e moagem de cafÊ 3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
MAPA 52 - Testes e anĂĄlises tĂŠcnicas
3HVVRDO RFXSDGR (VWDEHOHFLPHQWRV
$WLYLGDGHV GH (GXFDomR 2V GDGRV GD 5DLV SDUD DV DWLYLGDGHV GH HGXFDomR QD 5$& PRVWUDP JUDQGHV
83
3.2.7 Atividades de Educação Os dados da Rais 2008 para as atividades de educação na RAC mostram grandes distorçþes em relação aos padrĂľes mĂŠdios nacionais (Ăndice e de especialização). A regiĂŁo estĂĄ prĂłxima ao padrĂŁo nacional em termos de pessoal dedicado Ă educação superior e Ă educação fundamental, mas apresenta grande defasagem em relação ao ensino mĂŠdio e principalmente em relação ao ensino tĂŠcnico. A baixa importância dada ao ensino tĂŠcnico no Brasil ĂŠ um fato conhecido e, junto com a baixa formação de engenheiros, ĂŠ reconhecida como um dos fatores limitantes da capacidade de inovação e da competitividade das empresas brasileiras. Em Campinas, mas tambĂŠm em Piracicaba, a polarização entre ensino universitĂĄrio e ensino tĂŠcnico ĂŠ muito elevada (com uma deficiĂŞncia em ensino tĂŠcnico ainda maior que a mĂŠdia brasileira), com provĂĄveis reflexos negativos sobre o perfil da mĂŁo de obra disponĂvel para as atividades de inovação. Tabela 7– Pessoal ocupado em atividades relacionadas Ă educação na RAC, Campinas, JundiaĂ e Piracicaba
)RQWH 5DLV
3RWHQFLDO SDUD SDUFHLUDV H FRPSHWLWLYLGDGH QD LQG~VWULD GD 5$&
$V GLYLV}HV VHWRULDLV PDLV LQWHQVLYDV HP JDVWRV GH 3 ' VmR DV FRP PDLRU SRWHQFLDO 3.2.8 Potencial para parceiras e competitividade na indústria da RAC SDUD HVWDEHOHFHU SDUFHULDV GH SHVTXLVD FRP XQLYHUVLGDGHV H FHQWURV GH SHVTXLVD $V SDUFHULDV EHP VXFHGLGDV QmR VXEVWLWXHP R 3 ' SULYDGR DR FRQWUiULR R IRUWDOHFHP 6HP As divisþes setoriais mais intensivas em gastos de P&D são as com maior potencial para XPD EDVH parcerias GHVHQYROYLGD HP SHVTXLVD GR ODGR GDV eHPSUHVDV D DVVLPHWULD WRUQD VH bemXP estabelecer de pesquisa com universidades centros de pesquisa. As parcerias LPSHGLPHQWR D XPD YHUGDGHLUD SDUFHULD -sucedidas não substituem o P&D privado; ao contrårio, o fortalecem. Sem uma base desenvolvida em pesquisa do lado das empresas, a assimetria torna-se um impedimento a uma verdadeira Gråfico 17– Divisþes setoriais de destaque na RAC com maior potencial para parcerias com universidade e centros de pesquisa
parceria.
84
$V GLYLV}HV VHWRULDLV PDLV LQWHQVLYDV HP JDVWRV GH 3 ' VmR DV FRP PDLRU SRWHQFLDO SDUD HVWDEHOHFHU SDUFHULDV GH SHVTXLVD FRP XQLYHUVLGDGHV H FHQWURV GH SHVTXLVD $V SDUFHULDV EHP VXFHGLGDV QmR VXEVWLWXHP R 3 ' SULYDGR DR FRQWUiULR R IRUWDOHFHP 6HP XPD EDVH GHVHQYROYLGD HP SHVTXLVD GR ODGR GDV HPSUHVDV D DVVLPHWULD WRUQD VH XP LPSHGLPHQWR D XPD YHUGDGHLUD SDUFHULD Gråfico 17– Divisþes setoriais de destaque na RAC com maior potencial para parcerias com universidade e centros de pesquisa
)RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV
$V LQG~VWULDV GD com 5$& FRP PDLRU SRWHQFLDO SDUD GHVHQYROYHU SDUFHULDV FRP As indústrias da RAC maior potencial para desenvolver parcerias com universidades eXQLYHUVLGDGHV H FHQWURV GH SHVTXLVD YLVDQGR 3 ' SDUD LQRYDomR LQFOXHP centros de pesquisa visando P&D para inovação incluem: •
Fabricação de equipamentos de comunicação; ƒ )DEULFDomR GH HTXLSDPHQWRV GH FRPXQLFDomR
•
Fabricação de produtos quĂmicos inorgânicos; ƒ )DEULFDomR GH SURGXWRV TXtPLFRV LQRUJkQLFRV Fabricação de produtos e preparados quĂmicos diversos;
• •
•
Fabricação de sabĂľes, detergentes, produtos de limpeza, cosmĂŠticos, produtos de perƒ )DEULFDomR GH SURGXWRV H SUHSDUDGRV TXtPLFRV GLYHUVRV fumaria e de higiene pessoal; ƒ )DEULFDomR GH VDE}HV GHWHUJHQWHV SURGXWRV GH OLPSH]D FRVPpWLFRV SURGXWRV Fabricação de produtos quĂmicos orgânicos; GH SHUIXPDULD H GH KLJLHQH SHVVRDO Fabricação de equipamentos e aparelhos elĂŠtricos nĂŁo especificados anteriormente
•
Fabricação de instrumentos e materiais para uso mĂŠdico e odontolĂłgico e de artigos ƒ )DEULFDomR GH SURGXWRV TXtPLFRV RUJkQLFRV
•
Ăłpticos;
•
Fabricação de resinas e elastômeros;
•
Fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elÊtrica.
Por outro lado, a situação tĂpica na RAC ĂŠ a de empresas com baixo investimento em P&D. Essas empresas, na grande maioria dos casos, sĂŁo demandantes de serviços tĂŠcnicos, de engenharia ou consultoria e buscam a universidade do mesmo modo que buscariam empresas especializadas de consultoria ou engenharia. Entretanto, a escassez de empresas especializadas na RAC, seu alto preço (ou baixa qualidade) e a falta de oferta de serviços tecnolĂłgicos pĂşblicos canaliza a demanda para a universidade. Ainda mais grave, como mostra o GrĂĄfico 18, ĂŠ que a grande maioria das indĂşstrias da RAC estĂĄ aprisionada em um equilĂbrio perigoso, aliando baixos investimentos em P&D e baixo 85
VTI. As empresas nessa situação se apoiam em estratĂŠgias competitivas que nĂŁo priorizam a inovação (ou, ainda mais importante, a capacidade de produzir inovação). O baixo VTI indica baixa intensidade de capital ou alta pressĂŁo nos preços (ou ambos). Ora, a partir do momento que vantagens como logĂstica, localização e disponibilidade de mĂŁo de obra deixarem de ser tĂŁo importantes, essas empresas perderĂŁo seus principais fatores de competitividade. GrĂĄfico 18Âą 'LYLV}HV VHWRULDLV GH GHVWDTXH QD 5$& FRP EDL[R SRWHQFLDO GH LQRYDomR
)RQWH (VWLPDWLYDV D SDUWLU GD 3,$ 3LQWHF H 5DLV
O antĂdoto para um possĂvel esvaziamento industrial da regiĂŁo, em algum momento no fu2 DQWtGRWR SDUD XP SRVVtYHO HVYD]LDPHQWR LQGXVWULDO GD UHJLmR HP DOJXP PRPHQWR turo, ĂŠ a criação de novas vantagens de localização, mais sofisticadas e de difĂcil imitação. Para QR IXWXUR p D FULDomR GH QRYDV YDQWDJHQV GH ORFDOL]DomR PDLV VRILVWLFDGDV H GH GLItFLO isso, em primeiro lugarHP serĂĄSULPHLUR preciso reverter a posição desfavorĂĄvel no ensinoGHVIDYRUiYHO tĂŠcnico e de QR nĂvel LPLWDomR 3DUD LVVR OXJDU VHUi SUHFLVR UHYHUWHU D SRVLomR
mĂŠdio. Em seguida, promover a criação e a atração de empresas especializadas em serviços HQVLQR WpFQLFR H GH QtYHO PpGLR (P VHJXLGD SURPRYHU D FULDomR H D DWUDomR GH HPSUHVDV tecnolĂłgicos, de engenharia e de consultoria. Por fim, a criação de mecanismos que facilitem e HVSHFLDOL]DGDV HP VHUYLoRV WHFQROyJLFRV GH HQJHQKDULD H GH FRQVXOWRULD 3RU ILP D FULDomR aprofundem as oportunidades de parcerias de pesquisa e desenvolvimento com a base cientĂfica GH PHFDQLVPRV TXH IDFLOLWHP H DSURIXQGHP DV RSRUWXQLGDGHV GH SDUFHULDV GH SHVTXLVD H e tecnolĂłgica existente na regiĂŁo. GHVHQYROYLPHQWR FRP D EDVH FLHQWtILFD H WHFQROyJLFD H[LVWHQWH QD UHJLmR Em resumo ĂŠ possĂvel afirmar que a RAC destaca-se como o terceiro maior parque indus(P UHVXPR p SRVVtYHO DILUPDU TXH D 5$& GHVWDFD VH FRPR R WHUFHLUR PDLRU SDUTXH trial do Brasil e importante elo logĂstico, com suas atividades econĂ´micas bastante diversificadas LQGXVWULDO GR %UDVLO H LPSRUWDQWH HOR ORJtVWLFR FRP VXDV DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV EDVWDQWH – de fruticultura e floricultura a tĂŞxtil, de auto peças e metal-mecânica a quĂmica e farmacĂŞutica, GLYHUVLILFDGDV Âą GH IUXWLFXOWXUD H IORULFXOWXUD D Wr[WLO GH DXWR SHoDV H PHWDO PHFkQLFD D passando por eletrĂ´nicos e equipamentos de comunicação, plĂĄsticos, cerâmicos e produtos de TXtPLFD e H IDUPDFrXWLFD SDVVDQGR SRU HOHWU{QLFRV H HTXLSDPHQWRV FRPXQLFDomR limpeza higiene pessoal. Setores de produção e prestação de serviço comGH tecnologia avança-
SOiVWLFRV SURGXWRV GH da OLPSH]D KLJLHQH SHVVRDO 6HWRUHV SURGXomR H da tambÊmFHUkPLFRV fazem parteH da economia região. H Campinas Ê o polo central da GH RAC, concentranSUHVWDomR GH VHUYLoR FRP WHFQRORJLD DYDQoDGD WDPEpP ID]HP SDUWH GD HFRQRPLD GD UHJLmR do quase 20% da atividade econômica e da população. &DPSLQDV p R SROR FHQWUDO GD 5$& FRQFHQWUDQGR TXDVH GD DWLYLGDGH HFRQ{PLFD H GD Com base na anålise de dados da Rais 2008 em relação ao pessoal ocupado segundo SRSXODomR
CNAE, em algumas das 49 atividades econĂ´micas especializadas importantes para a RAC, a re-
&RP EDVH QD DQiOLVH GDGRV GD de 5DLV brasileira HP UHODomR DR SHVVRDO RFXSDGR gião chega a concentrar mais de GH 25% da força trabalho (fabricação de equipamen86
VHJXQGR &1$( HP DOJXPDV GDV DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV HVSHFLDOL]DGDV LPSRUWDQWHV SDUD
tos para comunicação, de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e na construção e fabricação de máquinas-ferramenta). Um exame mais detalhado dos padrões setoriais de inovação nas indústrias releva a presença de setores com significativos esforços de investimento em P&D, no geral nas chamadas indústrias baseadas em ciência (química e TICs). Entretanto, muitos setores encontram hoje dificuldade de adicionar valor em sua produção e muitos setores investem relativamente pouco em inovação e P&D. A distribuição espacial das atividades principais produtivas revela que, apesar da ocorrência de aglomerações setoriais em alguns municípios, as empresas encontram-se bem distribuídas, valendo-se da boa logística da região e das distintas oportunidades que tanto os principais centros quanto os municípios menores podem oferecer. A região está próxima ao padrão nacional em termos de pessoal dedicado à educação superior e fundamental, mas apresenta defasagem em relação ao ensino médio e principalmente ao ensino técnico. Em Campinas e Piracicaba a polarização entre ensino universitário e ensino técnico é elevada, com deficiências em ensino técnico ainda maiores que a média brasileira. Das 49 atividades econômicas destacadas na RAC, são relativamente poucas as que podem ser consideradas com alto potencial para parceiras de P&D com universidades e centros de pesquisa. Em síntese, as empresas com maior potencial podem ser identificadas nas indústrias de TICS, química fina, cosméticos e higiene pessoal, equipamentos médicos e equipamentos elétricos. Há também espaço significativo para atração de empresas prestadoras de serviços técnicos especializados e de serviços de engenharia e, certamente, muitas oportunidades podem ser criadas a partir de áreas de excelência nas universidades e centros de pesquisa, como ficará claro mais adiante. Embora estratégias competitivas baseadas na capacidade interna de inovação não sejam as predominantes nas empresas da região, há espaço e oportunidade para desenvolvê-las.
3.3
PESQUISA E INOVAÇÃO NAS EMPRESAS Medidas de inovação em empresas são reconhecidamente imprecisas e difíceis. Indicado-
res típicos, como o número de patentes, são pouco eficazes para as empresas brasileiras, que 87
VLVWHPiWLFRV MXQWR jV HPSUHVDV EUDVLOHLUDV 2V UHVXOWDGRV HQWUHWDQWR VmR GLVSRQLELOL]DGRV por razþes históricas e culturais patenteiam pouco. O IBGE, por meio da Pesquisa de Inovação DSHQDV GH PRGR DJUHJDGR SRU XQLGDGHV GD IHGHUDomR $ ~OWLPD SHVTXLVD 3LQWHF GLVSRQtYHO Tecnológica p GH (Pintec), realiza, desde 1998, levantamentos sistemåticos junto às empresas brasileiras. Os resultados, entretanto, são disponibilizados apenas de modo agregado por unidades
6HJXQGR D 3LQWHF GDV HPSUHVDV SDXOLVWDV DWXDQWHV HP DWLYLGDGHV GDV da federação. A Ăşltima pesquisa Pintec disponĂvel ĂŠ de 2005. LQG~VWULDV H[WUDWLYDV H GH WUDQVIRUPDomR UHDOL]DUDP GLVSrQGLRV YLVDQGR Segundo a Pintec 2005, das 31.968 empresas paulistas atuantes em atividades das indĂşsLQRYDomR trias extrativas e de transformação, 7.643 (24%) realizaram dispĂŞndios visando inovação. 2V JDVWRV HPSUHVDULDLV HP LQRYDomR HP 6mR 3DXOR FKHJDUDP D GR WRWDO GDV Os gastos empresariais em inovação em SĂŁo Paulo chegaram a 3,5% do total das receitas UHFHLWDV OtTXLGDV QHVVDV HPSUHVDV LQFOXLQGR DV UHFHLWDV GDV HPSUHVDV TXH QmR GHFODUDUDP lĂquidas nessas empresas (incluindo as receitas das empresas nĂŁo declararam gastos).H A JDVWRV $ PDLRU SDUFHOD GHVVHV UHFXUVRV IRL SDUD que DTXLVLomR GH PiTXLQDV maior parcela (48%) desses recursos foiUHSUHVHQWDUDP para aquisição de mĂĄquinas e equipamentos. As ativiHTXLSDPHQWRV $V DWLYLGDGHV GH 3 ' GRV JDVWRV WRWDLV FRP LQRYDomR dades de P&D gastosGH totais com inovação, ou 0,8%H[WUDWLYDV da receita H lĂquida RX GD representaram UHFHLWD OtTXLGD 22% GR dos XQLYHUVR HPSUHVDV GDV LQG~VWULDV GH do universo de empresas das indĂşstrias extrativas e de transformação. WUDQVIRUPDomR Os percentuais paulistas sĂŁo ligeiramente superiores aos nacionais, que mostram um gas2V SHUFHQWXDLV SDXOLVWDV VmR OLJHLUDPHQWH VXSHULRUHV DRV QDFLRQDLV TXH PRVWUDP toXP emJDVWR P&D de 0,6% sobre receita lĂquida, vindo de 22% das empresas dasGDV indĂşstrias extrativas HP 3 ' GH a VREUH D UHFHLWD OtTXLGD YLQGR GH HPSUHVDV GDV eLQG~VWULDV de transformação (a tabulação empregada D ĂŠ aWDEXODomR HipĂłtese 3, que relaciona gastos para a UF H[WUDWLYDV H GH WUDQVIRUPDomR HPSUHJDGD p D os+LSyWHVH TXH onde se localiza as instalaçþes de P&D da empresa; no caso de nĂŁo haver divisĂŁo formal de P&D UHODFLRQD RV JDVWRV SDUD D 8) RQGH VH ORFDOL]D DV LQVWDODo}HV GH 3 ' GD HPSUHVD QR FDVR os gastos vĂŁo para a UFIRUPDO onde GH se localiza(m) a(s) unidade(s) que pelo maiorD V valor GH QmR KDYHU GLYLVmR 3 ' RV JDVWRV YmR SDUD D 8) respondem RQGH VH ORFDOL]D P adicionado). XQLGDGH V TXH UHVSRQGHP SHOR PDLRU YDORU DGLFLRQDGR
Numa aproximação direta para a RAC, a partir de sua participação no PIB industrial pau1XPD DSUR[LPDomR GLUHWD SDUD D 5$& D SDUWLU GH VXD SDUWLFLSDomR QR 3,% LQGXVWULDO lista, 18,5% em 2005, estima-se um gasto de R$ 3,6 bilhþes em atividades de inovação nas SDXOLVWD HP HVWLPD VH XP JDVWR GH 5 ELOK}HV HP DWLYLGDGHV GH LQRYDomR empresas das indústrias extrativas e de transformação, e de R$ 780 milhþes em PLOK}HV atividades de QDV HPSUHVDV GDV LQG~VWULDV H[WUDWLYDV H GH WUDQVIRUPDomR H GH 5 HP P&D. Em percentuais, isso significou, em 2005, 0,7% do PIB da região. DWLYLGDGHV GH 3 ' (P SHUFHQWXDLV LVVR VLJQLILFRX HP GR 3,% GD UHJLmR Tabela 8– Estimativa dos gastos industriais totais com inovação e P&D na RAC
)RQWH ,%*( H HODERUDomR SUySULD
(VWDV HVWLPDWLYDV QmR LQFOXHP DWLYLGDGHV GH VHUYLoRV FRPR GHVHQYROYLPHQWR GH Estas estimativas não incluem atividades de serviços como desenvolvimento de softwares, VRIWZDUHV GLVWULEXLomR GH HQHUJLD H iJXD WUDWDPHQWR GH HVJRWRV KRUWLFXOWXUD H IORULFXOWXUD H distribuição de energia e ågua, tratamento de esgotos, horticultura e floricultura e outras. TamRXWUDV 7DPEpP QmR LQFOXHP RV JDVWRV FRP 3 ' UHDOL]DGRV SHOR JRYHUQR HP XQLYHUVLGDGHV bÊm não incluem os gastos com P&D realizados pelo governo em universidades e centros de H FHQWURV GH SHVTXLVD pesquisa. 88
De todo modo, os valores indicam uma densidade de investimentos em P&D por empresas que é o dobro da média nacional, e quase 11% do total nacional. Em outras palavras, pelo menos 1 real de cada 10 reais investidos em P&D pelas empresas no Brasil é investido na RAC. Para avançar na compreensão da inovação realizada nas empresas da RAC, a abordagem adotada neste capítulo consistiu em examinar o perfil das empresas capazes de captar recursos competitivos oferecidos por diversos instrumentos públicos de apoio à inovação em empresas. As fontes de informação selecionadas incluem os principais instrumentos de apoio à inovação nas empresas disponíveis no país. Desse modo, o estudo se fundamentou na análise de: •
Empresas com projetos de pesquisa aprovados nos Editais de Subvenção da Finep (predominam pequenas e microempresas);
•
Pequenas empresas com projetos de pesquisa apoiados pelo PIPE Fapesp;
•
Empresas com projetos de pesquisa em parceria com universidades e ICTs (PITE Fapesp);
•
Empresas que obtém benefícios da Lei de Informática e fazem investimentos compulsórios em P&D interno e externo;
•
Empresas que declararam atividades de P&D e obtiveram incentivos fiscais previstos pela Lei do Bem;
•
Empresas e inventores residentes na RAC que detêm patentes no Escritório de Patentes dos EUA (USPTO).
3.3.1. Finep Subvenção Econômica A Finep iniciou o programa de Subvenção Econômica de projetos de inovação em empresas em 2006, e em quatro editais (2006, 2007, 2008, 2009) já contemplou 811 projetos em 610 empresas. Os valores dos projetos do primeiro edital não estão disponíveis, o valor total dos três outros editais soma quase 1,3 bilhão de reais (ano-base 2009). Para cada edital, temas específicos foram priorizados, além da alocação compulsória de 30% dos recursos nas regiões Norte e Nordeste.
89
3DUD YLDELOL]DU DV DQiOLVHV GHVWH HVWXGR DV FLGDGHV VHGHV GRV SURMHWRV H VHXV Para viabilizar as anĂĄlises deste estudo, as cidades sedes dos projetos e seus temas foWHPDV IRUDP LGHQWLILFDGRV H RV SURMHWRV IRUDP FODVVLILFDGRV HP QRYH WHPDV SULQFLSDLV H XPD ram identificados e os projetos foram classificados em nove temas principais e uma categoria de FDWHJRULD GH PLVFHOkQHD $V FODVVLILFDo}HV HPSUHJDGDV SHOD )LQHS YDULDP GH DQR SDUD DQR miscelânea. As classificaçþes empregadas pela Finep variam de ano para ano, adotamos uma DGRWDPRV XPD TXH SXGHVVH FRPSDWLELOL]DU R PHOKRU SRVVtYHO WHPDV H VHWRUHV %LRHQHUJLD que pudesse o j melhor possĂvel, temas e setores. Bioenergia ficou junto Ă energia ILFRX MXQWR j compatibilizar, HQHUJLD H QmR $JUR7HF PHVPR VHQGR D ELRHQHUJLD SDUWH GR DJURQHJyFLR e7,&V YROWDGDV j 6D~GH WHOHPHGLFLQD DXWRPDomR GH KRVSLWDLV FDGDVWURV GH SDFLHQWHV HWF nĂŁo Ă AgroTec, mesmo sendo a bioenergia parte do agronegĂłcio; TICs voltadas Ă SaĂşde (telemedicina, automação de hospitais, cadastros de pacientes etc.) ficaram em SaĂşde; o mesmo ILFDUDP HP 6D~GH R PHVPR FULWpULR IRL DGRWDGR SDUD 7,&V DSOLFDGDV D GHIHVD DHURQiXWLFD H critĂŠrio foi adotado para TICs aplicadas a defesa, aeronĂĄutica e espaço e agricultura. HVSDoR H DJULFXOWXUD Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e SaĂşde se destacam como os princi7HFQRORJLDV GD ,QIRUPDomR H &RPXQLFDomR 7,&V H 6D~GH VH GHVWDFDP FRPR RV pais temas financiados. SULQFLSDLV WHPDV ILQDQFLDGRV Tabela 9– Principais temas financiados pelos editais Finep de subvenção econĂ´mica para inovação em empresas e a participação relativa da RAC e da cidade de Campinas
)RQWH )LQHS H HODERUDomR SUySULD
$ 5$& FDSWRX SURSRUFLRQDOPHQWH D VHX 3,% GR %UDVLO PDLV SURMHWRV QRV A RAC captou, proporcionalmente a seu PIB (4,7% do Brasil), mais projetos nos temas AgroWHPDV $JUR7(& TXH UH~QH WHFQRORJLDV YROWDGDV DR DJURQHJyFLR (QHUJLD %LRQHUJLD TEC (que reĂşne tecnologias voltadas ao agronegĂłcio), Energia & Bionergia, Saneamento, SaĂşde 6DQHDPHQWR 6D~GH H 7,&V &DPSLQDV FRP GR 3,% QDFLRQDO JDQKD DLQGD PDLV e TICs. Campinas (com 1% do PIB nacional) ganha ainda mais destaque em AgroTEC e TICs. GHVWDTXH HP $JUR7(& H 7,&V Numa comparação mais prĂłxima, com o estado de SĂŁo Paulo, a RAC se destaca muito no 1XPD FRPSDUDomR PDLV SUy[LPD FRP R HVWDGR GH 6mR 3DXOR D 5$& VH GHVWDFD tema AgroTEC e destoa nos temas Aeroespacial e Defesa & Segurança PĂşblica, ambos muito PXLWR QR WHPD $JUR7(& H GHVWRD QRV WHPDV $HURHVSDFLDO H 'HIHVD 6HJXUDQoD 3~EOLFD presentes no estado (especialmente em SĂŁo JosĂŠ dos Campos), mas ausentes na RAC. DPERV PXLWR SUHVHQWHV QR HVWDGR HVSHFLDOPHQWH HP 6mR -RVp GRV &DPSRV PDV Dentro da RAC, Campinas ĂŠ o municĂpio com mais empresas que se mostraram capazes DXVHQWHV QD 5$& 90
Tabela 10– Montantes captados pelos municĂpios da RAC para projetos de inovação subvencionados (2006 a 2009
de captar os recursos de subvenção da Finep e tambĂŠm o conjunto com maior diversidade temĂĄtica. Tabela 10– Montantes captados pelos municĂpios da RAC para projetos de inovação subvencionados (2006 a 2009
)RQWH )LQHS H HODERUDomR SUySULD
'HQWUR GD 5$& &DPSLQDV p R PXQLFtSLR FRP PDLV HPSUHVDV TXH VH PRVWUDUDP FDSD]HV GH FDSWDU RV UHFXUVRV GH VXEYHQomR GD )LQHS H WDPEpP R FRQMXQWR FRP PDLRU )RQWH )LQHS H HODERUDomR SUySULD
GLYHUVLGDGH WHPiWLFD
GD (2007 5$& a&DPSLQDV p R PXQLFtSLR PDLV HPSUHVDV TXH VH PRVWUDUDP Em'HQWUR trĂŞs anos 2009), a Finep alocou emFRP Campinas mais de 80 milhĂľes de reais em (P WUrV DQRV D D )LQHS DORFRX HP &DPSLQDV PDLV GH PLOK}HV GH FDSD]HV GH SURMHWRV FDSWDU RV GH GH VXEYHQomR GD empresas )LQHS H GHVVDV WDPEpP R FRQMXQWR FRP PDLRU projetos de inovação deUHFXUVRV empresas. VĂĄrias dessas sĂŁo start-ups tecnolĂłgicos, como UHDLV HP GH LQRYDomR HPSUHVDV 9iULDV HPSUHVDV VmR VWDUW XSV GLYHUVLGDGH WHPiWLFD pode ser visto FRPR na prĂłxima Itapira se destaca por causa daVH empresa do ramo WHFQROyJLFRV SRGH tabela. VHU YLVWR QD SUy[LPD WDEHOD ,WDSLUD GHVWDFD CristĂĄlia, SRU FDXVD GD farmacĂŞutico. HPSUHVD &ULVWiOLD GR UDPR IDUPDFrXWLFR (P WUrV DQRV D D )LQHS DORFRX HP &DPSLQDV PDLV GH PLOK}HV GH UHDLV Campinas, HP &DPSLQDV SURMHWRV LQRYDomR GH cidade HPSUHVDV 9iULDV HPSUHVDV de GH fato, ĂŠ a terceira brasileira comGHVVDV maior captação de VmR recursos de subGH IDWR p D WHUFHLUD FLGDGH EUDVLOHLUD FRP PDLRU FDSWDomR GH VWDUW XSV UHFXUVRV WHFQROyJLFRV FRPR SRGH YLVWR WDEHOD ,WDSLUD VH GHVWDFD SRU FDXVD GD venção da Finep, com umaVHU mĂŠdia de QD 2,2 SUy[LPD milhĂľes de reaisGH UHDLV SRU SURMHWR por projeto. GH VXEYHQomR GD )LQHS FRP XPD PpGLD GH PLOK}HV HPSUHVD &ULVWiOLD GR UDPR IDUPDFrXWLFR Tabela 11– MunicĂpios brasileiros com mais recursos captados para projetos de inovação subvencionados (2006 a 2009)
&DPSLQDV GH IDWR p D WHUFHLUD FLGDGH EUDVLOHLUD FRP PDLRU FDSWDomR GH UHFXUVRV GH VXEYHQomR GD )LQHS FRP XPD PpGLD GH PLOK}HV GH UHDLV SRU SURMHWR Tabela 11– MunicĂpios brasileiros com mais recursos captados para projetos de inovação subvencionados (2006 a 2009)
)RQWH )LQHS H HODERUDomR SUySULD
91
Tabela 12– Empresas da RAC com projetos de inovação subvencionados (2006 a 2009)
)RQWH )LQHS H HODERUDomR SUySULD
92
3URMHWRV 3,3( )DSHVS
Projetos 3URMHWRV 3,3( )DSHVS
3.3.2. PIPE (Fapesp)
2 SURJUDPD GH DSRLR j SHVTXLVD HP SHTXHQDV HPSUHVDV GD )DSHVS H[LVWH GHVGH 2 SURJUDPD GH DSRLR j SHVTXLVD HP SHTXHQDV HPSUHVDV GD )DSHVS H[LVWH GHVGH Mi WHQGR ILQDQFLDGR SURMHWRV 2 SURJUDPD ILQDQFLD H[FOXVLYDPHQWH SURMHWRV GH OMi programa de apoio à pesquisa em2 pequenas empresas da Fapesp existe desde 1997, WHQGR ILQDQFLDGR SURMHWRV SURJUDPD ILQDQFLD H[FOXVLYDPHQWH SURMHWRV SHVTXLVD HP SHTXHQDV HPSUHVDV GH EDVH WHFQROyJLFD QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR 1mR GH Ki já tendo financiado 881 projetos. O programa financia exclusivamente projetos de pesquisa SHVTXLVD HP SHTXHQDV HPSUHVDV GH EDVH WHFQROyJLFD QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR 1mR Ki em GDGRV VREUH RV YDORUHV FRQFHGLGRV D FDGD SURMHWR PDV R 3,3( WLQKD DWp XP OLPLWH GH pequenas empresas de base tecnológica no estado de São Paulo. Não há dados sobre os valoGDGRV VREUH RV YDORUHV FRQFHGLGRV D FDGD SURMHWR PDV R 3,3( WLQKD DWp XP OLPLWH GH 5 PLO SRU SURMHWR DPSOLDGR GHSRLV SDUD 5 PLO res concedidos a cada projeto, mas o PIPE tinha, até 2007, um limite de R$ 500 mil por projeto, 5 PLO SRU SURMHWR DPSOLDGR GHSRLV SDUD 5 PLO ampliado $V depois para R$ FLGDGHV GH 625 6mR mil. 3DXOR &DPSLQDV H 6mR &DUORV FRQFHQWUDP ERD SDUWH GDV $V FLGDGHV GH 6mR 3DXOR &DPSLQDV H 6mR &DUORV FRQFHQWUDP ERD SDUWH GDV SHTXHQDV HPSUHVDV FRQWHPSODGDV SHOR SURJUDPD PDV Ki JUDQGH TXDQWLGDGH GH PXQLFtSLRV As cidades de São Paulo, Campinas e São Carlos concentram boa parte das pequenas SHTXHQDV HPSUHVDV FRQWHPSODGDV SHOR SURJUDPD PDV Ki JUDQGH TXDQWLGDGH GH PXQLFtSLRV FRP SURMHWRV DSURYDGRV $ 5$& REWHYH GHVGH SURMHWRV 3,3( HP SHTXHQDV empresas contempladas pelo programa, mas há grande quantidade de municípios com projetos FRP SURMHWRV DSURYDGRV $ 5$& REWHYH GHVGH SURMHWRV 3,3( HP SHTXHQDV HPSUHVDV aprovados. A RAC obteve, desde 1997, 241 projetos PIPE, em 180 pequenas empresas. HPSUHVDV Tabela 13– Municípios do estado de São Paulo com projetos PIPE aprovados (1999-2009) Tabela 13– Municípios do estado de São Paulo com projetos PIPE aprovados (1999-2009)
)RQWH )DSHVS )RQWH )DSHVS
2 Q~PHUR GH SURMHWRV FUHVFHX FRQWLQXDPHQWH DWp FDLQGR GHSRLV GLVVR 2 Q~PHUR GH SURMHWRV FUHVFHX FRQWLQXDPHQWH DWp FDLQGR GLVVR O número de projetos cresceu continuamente até 2007, caindo depois disso, provavelmenSURYDYHOPHQWH SRU FDXVD GD HPHUJrQFLD GH RXWURV SURJUDPDV GH DSRLR j GHSRLV LQRYDomR HP SURYDYHOPHQWH SRU FDXVD GD HPHUJrQFLD GH RXWURV SURJUDPDV GH DSRLR j LQRYDomR HP te por causa da emergência de outros programas de apoio à inovação em empresas (até 2007, HPSUHVDV DWp RV SURJUDPDV GD )DSHVS HUDP RV SULQFLSDLV LQVWUXPHQWRV VH QmR RV
HPSUHVDV DWp RV SURJUDPDV GD )DSHVS HUDP RV SULQFLSDLV QmR RV os programas da Fapesp eram os principais instrumentos, se não osLQVWUXPHQWRV VH únicos) ~QLFRV
~QLFRV
Gráfico 19 - Trajetórias de São Paulo, Campinas e São Carlos em relação a projetos PIPE aprovados (1999-2009) Gráfico 19 - Trajetórias de São Paulo, Campinas e São Carlos em relação a projetos PIPE aprovados (1999-2009)
)RQWH )DSHVS )RQWH )DSHVS
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&DPSLQDV D SDUWLU GH SHUGHX R VHJXQGR OXJDU SDUD 6mR &DUORV H YLX VXD &DPSLQDV D SDUWLU GH SHUGHX R VHJXQGR OXJDU SDUD 6mR &DUORV H YLX VXD Campinas, a partir de 2005, perdeu o segundo lugar para São Carlos e viu sua distância GLVWkQFLD SDUD 6mR 3DXOR FUHVFHU ,VVR SRGH WHU RFRUULGR SRU FDXVD GD rQIDVH TXH HVVHV GLVWkQFLD SDUD 6mR 3DXOR FUHVFHU ,VVR SRGH WHU RFRUULGR SRU FDXVD GD rQIDVH TXH HVVHV para São Paulo crescer. Isso pode ter ocorrido por causa da ênfase que esses municípios deram PXQLFtSLRV GHUDP D SURJUDPDV GH LQFXEDomR GH HPSUHVDV (P &DPSLQDV DSHVDU GD D SURJUDPDV GH LQFXEDomR GH HPSUHVDV (P existência &DPSLQDV GD aPXQLFtSLRV programas GHUDP de incubação de empresas. Em Campinas, apesar da de DSHVDU incubadoras H[LVWrQFLD GH LQFXEDGRUDV LPSRUWDQWHV D RIHUWD QmR FUHVFHX WDQWR H[LVWrQFLD GH LQFXEDGRUDV LPSRUWDQWHV D RIHUWD QmR FUHVFHX WDQWR importantes, a oferta não cresceu tanto. 'R SRQWR GH YLVWD WHPiWLFR DV SHTXHQDV HPSUHVDV LQRYDGRUDV GH &DPSLQDV VH 'R SRQWR GH YLVWD WHPiWLFR DV SHTXHQDV HPSUHVDV LQRYDGRUDV GH &DPSLQDV VH Do ponto de vista temático, as pequenas empresas inovadoras de Campinas se destacam GHVWDFDP HVSHFLDOPHQWH QDV iUHDV GH (QJHQKDULD (OpWULFD &LrQFLD GD &RPSXWDomR GHVWDFDP HVSHFLDOPHQWH iUHDV GH (QJHQKDULD &LrQFLD Química, GD &RPSXWDomR especialmente nas áreas deQDV Engenharia Elétrica, Ciência(OpWULFD da Computação, Ciência e 4XtPLFD &LrQFLD H 7HFQRORJLD GH $OLPHQWRV H ,PXQRORJLD 4XtPLFD &LrQFLD H 7HFQRORJLD GH $OLPHQWRV H ,PXQRORJLD Tecnologia de Alimentos e Imunologia. 2 JUiILFR D VHJXLU FRPSDUD D GHQVLGDGH GH SURMHWRV SRU iUHDV GH SHVTXLVD QDV 2 JUiILFR D VHJXLU FRPSDUD D GHQVLGDGH GH SURMHWRV SRU GH nas SHVTXLVD QDV O gráfico a seguir compara a densidade de projetos por áreas deiUHDV pesquisa cidades seFLGDGHV VHOHFLRQDGDV HP UHODomR j GHQVLGDGH GHVVDV iUHDV HP WRGR R SURJUDPD 3,3( HQWUH FLGDGHV VHOHFLRQDGDV HP UHODomR j GHQVLGDGH GHVVDV iUHDV HP WRGR R SURJUDPD 3,3( HQWUH lecionadas em relação à densidade dessas áreas em todo o programa PIPE entre 1999 e 2009. H H O perfil das empresas, considerada toda a RAC, altera-se apenas ligeiramente em relação 2 SHUILO GDV HPSUHVDV FRQVLGHUDGD WRGD D 5$& DOWHUD VH DSHQDV OLJHLUDPHQWH HP 2 SHUILO GDV HPSUHVDV FRQVLGHUDGD WRGD D 5$& DOWHUD VH DSHQDV OLJHLUDPHQWH HP a Campinas. UHODomR D &DPSLQDV UHODomR D &DPSLQDV O contraste entre Campinas, São Paulo e São Carlos mostra o menor peso de Campinas 2 FRQWUDVWH HQWUH &DPSLQDV 6mR 3DXOR H 6mR &DUORV PRVWUD R PHQRU SHVR GH FRQWUDVWH HQWUH de &DPSLQDV 3DXOR H de 6mR &DUORV PRVWUD R PHQRU SHVR GH em temas2 como Engenharia Materiais,6mR Engenharia Produção e Genética. &DPSLQDV HP WHPDV FRPR (QJHQKDULD GH 0DWHULDLV (QJHQKDULD GH 3URGXomR H *HQpWLFD &DPSLQDV HP WHPDV FRPR (QJHQKDULD GH 0DWHULDLV (QJHQKDULD GH 3URGXomR H *HQpWLFD Gráfico 20 – Perfil dos projetos PIPE em Campinas e São Paulo em relação a todos os projetos PIPE aprovados (1999-2009) Gráfico 20 – Perfil dos projetos PIPE em Campinas e São Paulo em relação a todos os projetos PIPE aprovados (1999-2009)
)RQWH )DSHVS )RQWH )DSHVS
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3URMHWRV 3,7( )DSHVS
3.3.3 Projetos PITE (Fapesp) 2 SURJUDPD 3,7( GD )DSHVS DSRLD SURMHWRV GH SHVTXLVD UHDOL]DGRV HP SDUFHULD HQWUH HPSUHVDV H LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD ORFDOL]DGDV QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR )RUDP O programa PITE da Fapesp apoia projetos de pesquisa realizados em parceria entre SURMHWRV DSRLDGRV GHVGH VHP OLPLWHV GH YDORU
empresas e instituiçþes de pesquisa localizadas no estado de São Paulo. Foram 130 projetos
apoiados desde 1997, sem limites de valor. 3DUD D 5$& D FRQVWDWDomR PDLV LPSRUWDQWH D SDUWLU GR KLVWyULFR GH ILQDQFLDPHQWR
GH SURMHWRV GH LQRYDomR SHOR 3,7( p TXH QD UHJLmR R ODGR GD SHVTXLVD DSDUHFH FRP PDLV Para a RAC, a constatação mais importante a partir do histórico de financiamento de proGHVWDTXH TXH R ODGR GDV HPSUHVDV jetos de inovação pelo PITE Ê que, na região, o lado da pesquisa aparece com mais destaque que o lado das empresas.
Empresas da RAC apenasDSHQDV de 28 projetos, enquantoHQTXDQWR instituiçþes de pesquisa (PSUHVDV GD participaram 5$& SDUWLFLSDUDP GH SURMHWRV LQVWLWXLo}HV GH da SHVTXLVD região participaram de 46. As instituiçþes da RAC participaram inclusive mais que as instiGD UHJLmR SDUWLFLSDUDP GH $V LQVWLWXLo}HV GD 5$& SDUWLFLSDUDP LQFOXVLYH PDLV
tuiçþes da RMSP e mais que qualquer outra região do estado de São Paulo (nos programas TXH DV LQVWLWXLo}HV GD 5063 H PDLV TXH TXDOTXHU RXWUD UHJLmR GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR QRV da Fapesp os financiamento apenas podem ser realizados no território paulista). AlÊm disso, a SURJUDPDV GD )DSHVS RV ILQDQFLDPHQWR DSHQDV SRGHP VHU UHDOL]DGRV QR WHUULWyULR SDXOLVWD maior parte dos parceiros empresariais das instituiçþes de pesquisa da RAC vieram de fora da $OpP GLVVR D PDLRU SDUWH GRV SDUFHLURV HPSUHVDULDLV GDV LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD GD 5$& RAC. Por outro lado, as empresas da RAC buscaram proporcionalmente mais as instituiçþes de suaYLHUDP GH IRUD GD 5$& 3RU RXWUR ODGR DV HPSUHVDV GD 5$& EXVFDUDP SURSRUFLRQDOPHQWH própria região do que as empresas de outras regiþes.
PDLV DV LQVWLWXLo}HV GH VXD SUySULD UHJLmR GR TXH DV HPSUHVDV GH RXWUDV UHJL}HV Algumas das empresas da RAC, com projeto PITE, tambÊm conseguiram recursos de subvenção $OJXPDV GDV HPSUHVDV GD 5$& FRP SURMHWR 3,7( WDPEpP FRQVHJXLUDP UHFXUVRV da Finep, o que aponta para estratÊgias consistentes de inovação por partes dessas
GH VXEYHQomR GD )LQHS R TXH DSRQWD SDUD HVWUDWpJLDV FRQVLVWHQWHV GH LQRYDomR SRU SDUWHV empresas. GHVVDV HPSUHVDV  
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Tabela 14– Empresas da RAC com projetos de pesquisa em parceria no PITE (1997-2009)
)RQWH )DSHVS
As empresas da RAC buscaram projetos principalmente em Engenharia ElĂŠtrica(OpWULFD (teleco$V HPSUHVDV GD 5$& EXVFDUDP SURMHWRV SULQFLSDOPHQWH HP (QJHQKDULD municaçþes), QuĂmica e Engenharia QuĂmica. WHOHFRPXQLFDo}HV 4XtPLFD H (QJHQKDULD 4XtPLFD O perfil de projetos PITE3,7( de empresas da RAC ĂŠ distinto das demais regiĂľes. Na regiĂŁo 2 SHUILO GH SURMHWRV GH HPSUHVDV GD 5$& p GLVWLQWR GDV GHPDLV UHJL}HV 1D metropolitana de SĂŁo Paulo, as empresas projetos nas ĂĄreas de quĂmica e EngeUHJLmR PHWURSROLWDQD GH 6mR 3DXOR DV privilegiaram HPSUHVDV SULYLOHJLDUDP SURMHWRV QDV iUHDV GH nharia QuĂmica, Materiais e CiĂŞncia da Computação. Campinas tem projetos de TICS mais volTXtPLFD H (QJHQKDULD 4XtPLFD 0DWHULDLV H &LrQFLD GD &RPSXWDomR &DPSLQDV WHP SURMHWRV tados ao hardware e menos ao software. Nas CiĂŞncias AgrĂĄrias (alimentos e recursos florestais GH 7,&6 PDLV YROWDGRV DR KDUGZDUH H PHQRV DR VRIWZDUH 1DV &LrQFLDV $JUiULDV DOLPHQWRV principalmente) hĂĄ ausĂŞncia quase total de empresas da RAC no programa PITE. H UHFXUVRV IORUHVWDLV SULQFLSDOPHQWH Ki DXVrQFLD TXDVH WRWDO GH HPSUHVDV GD 5$& QR
SURJUDPD 3,7( Muitas empresas de fora da RAC buscaram as instituiçþes de pesquisa da região, com destaque para temas de Ciências Agrårias. Os dados mostram que a RAC Ê referência em pes0XLWDV HPSUHVDV GH IRUD GD 5$& EXVFDUDP DV LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD GD UHJLmR quisa em mais åreas do que aquelas tipicamente demandadas pelas empresas da RAC, atraindo FRP GHVWDTXH SDUD WHPDV GH &LrQFLDV $JUiULDV 2V GDGRV PRVWUDP TXH D 5$& p UHIHUrQFLD empresas localizadas em outras regiþes. HP SHVTXLVD HP PDLV iUHDV GR TXH DTXHODV WLSLFDPHQWH GHPDQGDGDV SHODV HPSUHVDV GD
5$& DWUDLQGR HPSUHVDV ORFDOL]DGDV HP RXWUDV UHJL}HV Tabela 15 - Empresa com projetos PITE em parceria com instituiçþes de pesquisa da RAC (1997-2009)
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Tabela 15 - Empresa com projetos PITE em parceria com instituições de pesquisa da RAC (1997-2009)
)RQWH )DSHVS
Tabela 16 Área de pesquisa dos projetos PITE do lado das empresas da RAC e outras regiões (1997-2009)
)RQWH )DSHVS
Tabela 16 Área de pesquisa dos projetos PITE do lado das empresas da RAC e outras regiões (1997-2009)
)RQWH )DSHVS
Tabela 17– Áreas de pesquisa dos projetos PITE do lado das instituições de pesquisa da RAC e outras regiões (1997-2009)
)RQWH )DSHVS
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Tabela 17– à reas de pesquisa dos projetos PITE do lado das instituiçþes de pesquisa da RAC e outras regiþes (1997-2009)
Tabela 17– à reas de pesquisa dos projetos PITE do lado das instituiçþes de pesquisa da RAC e outras regiþes (1997-2009)
)RQWH )DSHVS
/HL GR %HP
/HL QR GH GH QRYHPEUR GH UHJXODPHQWRX D XWLOL]DomR GH 3.3.4. Lei$ do Bem EHQHItFLRV ILVFDLV SRU HPSUHVDV FRP SURJUDPDV GH SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR H LQRYDomR WHFQROyJLFD 3HOD /HL GR %HP DV HPSUHVDV WrP LQFHQWLYRV SDUD DPSOLDU RV LQYHVWLPHQWRV QD de 21 de novembro de 2005, regulamentou a utilização de benefĂcios FRQFHSomR GH QRYRV SURGXWRV QRYRV IDEULFDomR RX QD GH QRYDV fiscais por empresas com programas deSURFHVVRV pesquisa eGH desenvolvimento e DJUHJDomR inovação tecnolĂłgica. /HL GR %HP IXQFLRQDOLGDGHV RX empresas FDUDFWHUtVWLFDV D VHXV para SURGXWRV RX osSURFHVVRV 3DUD HPSUHVDV Pela Lei do Bem, as tĂŞm incentivos ampliar investimentos na DV concepção de A Lei no 11.196, )RQWH )DSHVS
EHQHILFLiULDV GD /HL GR %HP RV LQFHQWLYRV VmR novos produtos, novos processos de fabricação ou na agregação de novas funcionalidades ou $ /HL QR GH GH QRYHPEUR GH UHJXODPHQWRX D XWLOL]DomR GH caracterĂsticas a seus produtos ou processos. Para as empresas beneficiĂĄrias da Lei do Bem, EHQHItFLRV ILVFDLV SRU HPSUHVDV FRP SURJUDPDV GH SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR H LQRYDomR ƒ H[FOXVmR GH DWp GR OXFUR OtTXLGR GD EDVH GH FiOFXOR GD &RQWULEXLomR VRFLDO os incentivos sĂŁo: WHFQROyJLFD 3HOD /HL GR %HP DV HPSUHVDV WrP LQFHQWLYRV SDUD DPSOLDU RV LQYHVWLPHQWRV QD 6REUH R /XFUR /tTXLGR Âą &6// FRQFHSomR GH QRYRV SURGXWRV SURFHVVRV GH IDEULFDomR QD DJUHJDomR GH QRYDV • exclusĂŁo de atĂŠ 100% doQRYRV lucro lĂquido da base de cĂĄlculo RX da Contribuição social Sobre ƒ HP DWp UHIHUHQWH j VRPD GRV GLVSrQGLRV FRP 3 ' QR SHUtRGR IXQFLRQDOLGDGHV RX FDUDFWHUtVWLFDV D VHXV SURGXWRV RX SURFHVVRV 3DUD DV HPSUHVDV o Lucro LĂquido – CSLL: EHQHILFLiULDV GD /HL GR %HP RV LQFHQWLYRV VmR ƒ HP DWp QR FDVR GH LQFUHPHQWR GR Q~PHUR GH SHVTXLVDGRUHV GHGLFDGRV j • em atĂŠ 60%, referente Ă soma dos dispĂŞndios com P&D no perĂodo; SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR FRQWUDWDGRV QR DQR GH UHIHUrQFLD ƒ H[FOXVmR GH DWp GR OXFUR OtTXLGR GD EDVH GH FiOFXOR GD &RQWULEXLomR VRFLDO • em atĂŠ 20%, no caso de incremento 6REUH R /XFUR /tTXLGR Âą &6// do nĂşmero de pesquisadores dedicados Ă pesquiƒ HP DWp QR FDVR GH SDWHQWH FRQFHGLGD RX FXOWLYDU UHJLVWUDGR sa e desenvolvimento contratados no ano de referĂŞncia; ƒ HP DWp UHIHUHQWH j VRPD GRV GLVSrQGLRV FRP 3 ' QR SHUtRGR • em atĂŠ 20%, no caso de patente concedida ou cultivar registrado; ƒ HP DWp QR FDVR GH LQFUHPHQWR GR Q~PHUR GH SHVTXLVDGRUHV GHGLFDGRV j •
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redução de 50% do IPI incidente sobre equipamentos, mĂĄquinas, aparelhos e instruSHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR FRQWUDWDGRV QR DQR GH UHIHUrQFLD mentos importados para P&D; ƒ HP DWp QR FDVR GH SDWHQWH FRQFHGLGD RX FXOWLYDU UHJLVWUDGR
•
depreciação e amortização acelerada de equipamentos e bens intangíveis, respectivamente para P&D;
•
redução a zero da alíquota do IR nas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.
Para se beneficiar da Lei do Bem a empresa precisa declarar contabilmente os gastos em inovação nos itens previstos. A análise dos relatórios disponibilizados pelo MCT permite referenciar aproximadamente a RAC em relação a outras regiões do país. Os relatórios não trazem individualizados os valores dos benefícios concedidos, de modo que não é possível mapear precisamente os valores agregados no nível dos municípios. Entretanto, pelo número de benefícios concedidos a empresas segundo setores de atividades econômicas e municípios, é possível identificar um conjunto expressivo de empresas com atividades declaradas de P&D. Essa amostra não pode ser considerada um retrato fiel do perfil de inovação das empresas, já que muitas empresas que realizam P&D não buscaram, ou não puderam buscar (por razões contábeis, a empresa precisa funcionar em regime de lucro real) os incentivos. Todavia, essas restrições aplicam-se igualmente a todo o país, e a comparação entre regiões é válida. Novamente, a RAC se destaca no cenário paulista e nacional. Setores como “atividades dos serviços de tecnologia da informação” e “Fabricação de máquinas e equipamentos” aparecem com boa ênfase. Alimentos e químicos são menos representativos, se tomadosrelativamente. Tabela 18– Principais atividades econômicas beneficiadas pela Lei do Bem, com destaque para RAC, RMSP e Estado de São Paulo (2006-2008)
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Tabela 18– Principais atividades econômicas beneficiadas pela Lei do Bem, com destaque para RAC, RMSP e Estado de São Paulo (2006-2008)
)RQWH 0&7 H HODERUDomR SUySULD
$ OLVWD GH HPSUHVDV EHQHILFLDGDV SHOD GR presentes %HP SUHVHQWHV QD reĂşne 5$& um UH~QH XP A lista de empresas beneficiadas pela Lei do/HL Bem, na RAC, grupo de JUXSR GH SRWHQFLDLV SDUFHLURV SDUD DV LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD GD UHJLmR XPD YH] TXH VmR potenciais parceiros para as instituiçþes de pesquisa da regiĂŁo, uma vez que sĂŁo empresas que HPSUHVDV TXH GHFODUDUDP SRVVXLU DWLYLGDGHV VLVWHPiWLFDV GH 3 ' declararam possuir atividades sistemĂĄticas de P&D. 9iULDV GHVVDV HPSUHVDV WDPEpP EHQHILFLiULDV GH UHFXUVRV H )DSHVS VĂĄrias dessas empresas sĂŁo VmR tambĂŠm beneficiĂĄrias de recursos Finep)LQHS e Fapesp, como FRPR YLVWR QDV VHo}HV DQWHULRUHV visto nas seçþes anteriores. 1RYDPHQWH D 5$& VH GHVWDFD QR FHQiULR QDFLRQDO GH LQRYDomR FRP PDLV GH Novamente a RAC se destaca no cenĂĄrio nacional de inovação, com mais de 10% dos GRV FDVRV GH EHQHItFLRV FRQFHGLGRV SHOD /HL GR %HP 2 HVWDGR GH 6mR 3DXOR IRL R GHVWLQR casos de benefĂcios concedidos pela Lei do Bem. O estado de SĂŁo Paulo foi o destino de um )RQWH 0&7 H HODERUDomR SUySULD
GH XP SRXFR PDLV GH benefĂcios GRV EHQHItFLRV GHQWUR HVWDGR GH D pouco mais de 40% dos concedidos;FRQFHGLGRV dentro do estado deGR SĂŁo Paulo, a 6mR RAC3DXOR ficou com 5$& ILFRX FRP PDLV GH XP TXDUWR XPD IUDomR VXSHULRU j VXD SDUWLFLSDomR QR 3,% LQGXVWULDO $ quarto, OLVWD GH uma HPSUHVDV /HL GR %HP SUHVHQWHV UH~QH mais de um fração EHQHILFLDGDV superior Ă suaSHOD participação no PIB industrialQD do5$& estado (20%XP em GR HVWDGR HP (VVD LQIRUPDomR UHIRUoD D WHVH GH TXH D HVWLPDWLYD GH GR 2007). Essa informação reforça a tese de que a estimativa de 0,7% do PIB da RAC gastos em JUXSR GH SRWHQFLDLV SDUFHLURV SDUD DV LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD GD UHJLmR XPD YH] TXH VmR 3,% GD 5$& em JDVWRV HP 3 ' FDOFXODGD SURSRUomR DR 3,% LQGXVWULDO SRGH HVWDU P&D, calculada proporção ao PIB industrial,HP pode estar subestimada. HPSUHVDV TXH GHFODUDUDP SRVVXLU DWLYLGDGHV VLVWHPiWLFDV GH 3 ' VXEHVWLPDGD 9iULDV GHVVDV HPSUHVDV EHQHILFLiULDV GH UHFXUVRV )LQHS H )DSHVS Diversas empresas que podemVmR serWDPEpP classificadas em atividades nĂŁo cobertas pela Pintec 'LYHUVDV HPSUHVDV TXH SRGHP FODVVLILFDGDV DWLYLGDGHV na QmR FRPR YLVWR QDV VHo}HV DQWHULRUHV declararam atividades relacionadas Ă P&D VHU e Inovação que seHP enquadram LeiFREHUWDV do Bem, SHOD como ĂŠ 3LQWHF GHFODUDUDP DWLYLGDGHV UHODFLRQDGDV j 3 ' H ,QRYDomR TXH VH HQTXDGUDP QD /HL GR o caso das “Atividades dos serviços de tecnologias da informaçãoâ€?, “Eletricidade, gĂĄs e outras 1RYDPHQWH D 5$& VH GHVWDFD QR FHQiULR QDFLRQDO GH LQRYDomR FRP PDLV GH utilidadesâ€?, “Produção florestalâ€? e “Agricultura, pecuĂĄria e serviços relacionadosâ€?. GRV FDVRV GH EHQHItFLRV FRQFHGLGRV SHOD /HL GR %HP 2 HVWDGR GH 6mR 3DXOR IRL R GHVWLQR GH XP PDLV GH de GRV EHQHItFLRV FRQFHGLGRV GHQWUR GR GH 6mR 3DXOR D No SRXFR caso das empresas energia elĂŠtrica, por determinação da HVWDGR Aneel, todas grandes con5$& ILFRX FRP PDLV GH XP TXDUWR XPD IUDomR VXSHULRU j VXD SDUWLFLSDomR QR 3,% LQGXVWULDO cessionĂĄrias precisam investir atĂŠ 1% de seu faturamento em atividades de P&D. Parte deste GR HVWDGR HP (VVD LQIRUPDomR UHIRUoD D WHVH GH TXH D HVWLPDWLYD GH GR recurso (0,2% a 0,4%) ĂŠ recolhida ao Fundo Setorial de Energia, parte (0,1% a 0,2%) ao MinistĂŠ3,% GD 5$& JDVWRV parte HP 3 ' FDOFXODGD HP SURSRUomR DR 3,% LQGXVWULDO SRGH instituto HVWDU rio de Minas e Energia, vai para o Cepel (Centro de Pesquisa em Energia ElĂŠtrica, federal com sede no Rio de Janeiro) e parte (0,2% a 0,4%) fica com a empresa para financiar VXEHVWLPDGD projetos de P&D prĂłprios ou em parceria com outras empresas e universidades. 'LYHUVDV HPSUHVDV TXH SRGHP VHU FODVVLILFDGDV HP DWLYLGDGHV QmR FREHUWDV SHOD
3LQWHF GHFODUDUDP DWLYLGDGHV UHODFLRQDGDV j 3 ' H ,QRYDomR TXH VH HQTXDGUDP QD /HL GR 100
JUDQGHV FRQFHVVLRQiULDV SUHFLVDP LQYHVWLU DWp GH VHX IDWXUDPHQWR HP DWLYLGDGHV GH 3 ' 3DUWH GHVWH UHFXUVR D p UHFROKLGD DR )XQGR 6HWRULDO GH (QHUJLD SDUWH D DR 0LQLVWpULR GH 0LQDV H (QHUJLD SDUWH YDL SDUD R &HSHO &HQWUR GH 3HVTXLVD HP (QHUJLD (OpWULFD LQVWLWXWR IHGHUDO FRP VHGH QR 5LR GH -DQHLUR H SDUWH D ILFD FRP D HPSUHVD SDUD ILQDQFLDU SURMHWRV GH 3 ' SUySULRV RX HP SDUFHULD FRP RXWUDV HPSUHVDV H XQLYHUVLGDGHV Tabela 19– Empresas da RAC beneficiadas pela Lei do Bem (2006-2008)
)RQWH 0&7 H HODERUDomR SUySULD
3.3.5. Lei de InformĂĄtica A Lei no 10.179/01, aprovada em dezembro de 2000 e vigente desde 2001, ĂŠ uma extinção da legislação existente desde a dĂŠcada de 1990. Para obter os incentivos fiscais (15% isenção de IPI sobre os produtos incentivados: hardware para TICs produzidos no Brasil, segundo as diretrizes do Processo Produtivo BĂĄsico (PPB) definido pela Sepin/MCT), as empresas devem, como contrapartida, “investir no mĂnimo 5% de sua receita bruta em P&D, obedecendo Ă se-
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H[WLQomR GD OHJLVODomR H[LVWHQWH GHVGH D GpFDGD GH 3DUD REWHU RV LQFHQWLYRV ILVFDLV LVHQomR GH ,3, VREUH RV SURGXWRV LQFHQWLYDGRV KDUGZDUH SDUD 7,&V SURGX]LGRV QR %UDVLO VHJXQGR DV GLUHWUL]HV GR 3URFHVVR 3URGXWLYR %iVLFR 33% GHILQLGR SHOD 6HSLQ 0&7 DV HPSUHVDV GHYHP FRPR FRQWUDSDUWLGD ÂłLQYHVWLU QR PtQLPR GH VXD UHFHLWD EUXWD HP 3 ' REHGHFHQGR j VHJXLQWH GLVWULEXLomR D HPSUHVD SRGH LQYHVWLU LQWHUQDPHQWH GH VHX IDWXUDPHQWR 2 UHVWDQWH GHYH VHU DORFDGR HP FHQWURV RX LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD RX HGXFDomR XPD SDUWH REULJDWRULDPHQWH QDV UHJL}HV $PD]{QLFD guinte distribuição: a VHQGR empresa pode investir internamente 2,7% de seu 1RUGHVWH faturamento. O restante RX QR deve &HQWUR 2HVWH H SDUWH ouGHSRVLWDGR QR pesquisa )XQGR 1DFLRQDO GH 'HVHQYROYLPHQWR (2,3%) ser alocado em centros institutos de ou educação (1%), sendo, uma &LHQWtÂżFR H 7HFQROyJLFR Âą regiĂľes )1'&7 Nordeste, 3HOD IRUPD GH GLYLVmR DSUHVHQWDGD HYLGHQFLD VH D parte, obrigatoriamente, nas AmazĂ´nica ou no Centro-Oeste (0,8%) e parte SUHRFXSDomR GD OHL Nacional HP QmR de DSHQDV HVWLPXODU DV DWLYLGDGHV GH 3 ' FRUSRUDWLYR PDV depositado no Fundo Desenvolvimento CientĂďŹ co e TecnolĂłgico – FNDCT. Pela forWDPEpP YLQFXODU RV LQFHQWLYRV D IRUPDV a GH FRRSHUDomR HPSUHVDV EHQH ÂżFLDGDV ma de divisĂŁo apresentada, evidencia-se preocupação daHQWUH lei emDV nĂŁo apenas estimular asH atividades de P&D corporativo, mas tambĂŠm vincular os incentivos a formas de cooperação entre as XQLYHUVLGDGHV H LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD QXPD HVWUDWpJLD GHOLEHUDGD GH HQUDL]DU RV HVIRUoRV empresas beneďŹ ciadasWHFQROyJLFR e universidades e institutos pesquisa, numa deliberada GH GHVHQYROYLPHQWR H SURYRFDU XPD de PXOWLSOLFDomR GRV estratĂŠgia WUDQVERUGDPHQWRV GH de enraizar os esforços de desenvolvimento tecnolĂłgico, e provocar uma multiplicação dos trans FRQKHFLPHQWR DVVRFLDGRV DRV LQYHVWLPHQWRV´ bordamentos de conhecimento associados aos investimentosâ€?5. $ UHJLmR GH &DPSLQDV SRVVXL D VHJXQGD PDLRU FRQFHQWUDomR GH HPSUHVDV
A regiĂŁo de Campinas possui a segunda maior concentração de empresas beneficiadas EHQHILFLDGDV SHOD /HL GH ,QIRUPiWLFD FRQWDELOL]DQGR VH R Q~PHUR GH SURGXWRV LQFHQWLYDGRV pela Lei de contabilizando-se nĂşmero de produtos incentivados. Apenas aTXH RegiĂŁo GH 6mR o 3DXOR SRVVXL PDLV SURGXWRV LQFHQWLYDGRV D $SHQDV D InformĂĄtica, 5HJLmR 0HWURSROLWDQD Metropolitana de SĂŁo Paulo possuiGH mais produtos incentivados a regiĂŁo de LQFOXL Campinas. A reUHJLmR GH &DPSLQDV $ UHJLmR 6DQWD 5LWD GR 6DSXFDt que 0LQDV *HUDLV ,WDMXEi giĂŁo de Santa Rita do SapucaĂ, Minas Gerais (inclui ItajubĂĄ, Varginha e Pouso Alegre), com 3.266 9DUJLQKD H 3RXVR $OHJUH FRP SURGXWRV LQFHQWLYDGRV HQWUH H XOWUDSDVVRX produtos 2001 e 2009, ultrapassou a RACXPD nos Ăşltimos quatroVXSHULRU anos, quando D 5$& incentivados QRV ~OWLPRV entre TXDWUR DQRV TXDQGR DSUHVHQWRX FDSDFLGDGH GH apresentou uma capacidade superior de lançamento de novos produtos. ODQoDPHQWR GH QRYRV SURGXWRV Tabela 20– Quantidade de produtos aprovados para incentivo da Lei de InformĂĄtica (2001-2009)
)RQWH 0&7 H HODERUDomR SUySULD
NĂŁo estĂŁo disponĂveis de modo desagregado os montantes financeiros correspondentes aos incentivos. De modo geral, as empresas de TICs presentes na RAC sĂŁo maiores que as de Santa Rita do SapucaĂ, mas nĂŁo sĂŁo maiores que muitas presentes na RMSP. Em faturamento, e investimentos em P&D, ĂŠ razoĂĄvel afirmar que a RAC tambĂŠm se posiciona em segundo lugar. AlĂŠm de Santa Rita do SapucaĂ e a RMSP, outros polos tradicionais da indĂşstria de TICs, Rio Grande do Sul, ParanĂĄ e Bahia, vĂŞm mantendo atividades de lançamentos de novos produtos ao redor de suas mĂŠdias nos Ăşltimos anos. Santa Catarina, por sua vez, apresentou cresci-
102
QD 5063 (P IDWXUDPHQWR H LQYHVWLPHQWRV HP 3 ' p UD]RiYHO DILUPDU TXH D 5$& WDPEpP QD 5063 (P IDWXUDPHQWR H LQYHVWLPHQWRV HP 3 ' p UD]RiYHO DILUPDU TXH D 5$& WDPEpP VH SRVLFLRQD HP VHJXQGR OXJDU VH SRVLFLRQD HP VHJXQGR OXJDU $OpP GH 6DQWD 5LWD GR 6DSXFDt H D 5063 RXWURV SRORV WUDGLFLRQDLV GD LQG~VWULD GH $OpP GH 6DQWD 5LWD GR 6DSXFDt H D 5063 RXWURV SRORV WUDGLFLRQDLV GD LQG~VWULD GH 7,&V 5LR *UDQGH GR 6XO 3DUDQi H %DKLD YrP PDQWHQGR DWLYLGDGHV GH ODQoDPHQWRV GH 7,&V 5LR *UDQGH GR 6XO 3DUDQi H %DKLD YrP PDQWHQGR DWLYLGDGHV GH ODQoDPHQWRV GH QRYRV SURGXWRV DR UHGRU GH VXDV PpGLDV QRV ~OWLPRV DQRV 6DQWD &DWDULQD SRU VXD YH] QRYRV SURGXWRV DR UHGRU GH VXDV PpGLDV QRV ~OWLPRV DQRV 6DQWD &DWDULQD SRU VXD YH] DSUHVHQWRX FUHVFLPHQWR DFLPD GH VXD PpGLD QRV ~OWLPRV FLQFR DQRV HQTXDQWR D 5$& ILFRX DSUHVHQWRX FUHVFLPHQWR DFLPD GH VXD PpGLD QRV ~OWLPRV FLQFR DQRV HQTXDQWR D 5$& ILFRX DEDL[R GH VXD PpGLD $V GHPDLV UHJL}HV GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H[FHWR D 5063 WDPEpP mento acima de sua mĂŠdia nos Ăşltimos cinco anos, enquanto a RAC ficou abaixo de sua mĂŠdia. DEDL[R GH VXD PpGLD $V GHPDLV UHJL}HV GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H[FHWR D 5063 WDPEpP DSUHVHQWDUDP GLPLQXLomR VLJQLILFDWLYD QR ODQoDPHQWR GH QRYRV SURGXWRV SDVVtYHLV GH As demais regiĂľes do estadoVLJQLILFDWLYD de SĂŁo Paulo, a RMSP, apresentaram diminuição DSUHVHQWDUDP GLPLQXLomR QR exceto ODQoDPHQWR GH tambĂŠm QRYRV SURGXWRV SDVVtYHLV GH LQFHQWLYR SHOD /HL GH ,QIRUPiWLFD significativa no lançamento de novos produtos passĂveis de incentivo pela Lei de InformĂĄtica. LQFHQWLYR SHOD /HL GH ,QIRUPiWLFD GrĂĄfico 21 – Desempenho acumulado no uso da Lei de InformĂĄtica nas principais regiĂľes industriais de TICs GrĂĄfico 21 – Desempenho acumulado no uso da Lei de InformĂĄtica nas principais regiĂľes industriais de TICs
)RQWH 0&7 )RQWH 0&7
1D 5$& D SULQFLSDO FRQFHQWUDomR GH HPSUHVDV GH 7,&V FRUUHVSRQGH DR HL[R 1D 5$& D SULQFLSDO FRQFHQWUDomR GH HPSUHVDV 7,&V FRUUHVSRQGH DR HL[R Na RAC, a principal concentração de empresas de TICsGH corresponde ao eixo JaguariĂşna-DJXDUL~QD &DPSLQDV +RUWROkQGLD 2V DQRV H FRQFHQWUDP R UHFDGDVWUDPHQWR GH -DJXDUL~QD &DPSLQDV +RUWROkQGLD 2V DQRV H FRQFHQWUDP R UHFDGDVWUDPHQWR GH -Campinas-Hortolândia. Os anos 2001 e 2002 concentram o recadastramento de produtos preeSURGXWRV SUHH[LVWHQWHV j QRYD OHL D SDUWLU GH SRGH VH SHUFHEHU D HPHUJrQFLD GRV SURGXWRV Ă SUHH[LVWHQWHV j QRYD OHL D SDUWLU GH SRGH VH SHUFHEHU D HPHUJrQFLD xistentes nova lei; a partir de 2003, pode-se perceber a emergĂŞncia dos novos produtos.GRV QRYRV SURGXWRV QRYRV SURGXWRV Tabela 21– Quantidade de produtos aprovados para incentivo da Lei de InformĂĄtica (2001-2009) nos municĂpios da RAC Tabela 21– Quantidade de produtos aprovados para incentivo da Lei de InformĂĄtica (2001-2009) nos municĂpios da RAC
)RQWH 0&7 H HODERUDomR SUySULD )RQWH 0&7 H HODERUDomR SUySULD
JundiaĂ ĂŠ o Ăşnico municĂpio na RAC que emerge como novo polo regional de indĂşstrias de TICs, concentrando nos Ăşltimos quatro anos um nĂşmero de lançamentos de novos produtos comparĂĄvel com os municĂpios lĂderes. Itautec e Foxconn sĂŁo as principais empresas nessa cidade. Em JaguariĂşna, Motorola e Solectron sĂŁo as principais empresas. A empresa CelĂŠstica deslocou seus lançamentos para Hortolândia, onde faz par com a empresa Sanmina, como principais beneficiadas pela Lei de InformĂĄtica. 103
Em Campinas, as principais empresas beneficiadas entre 2001 e 2009 ou interromperam seus lançamentos ou, como no caso da Nortel, fecharam suas sedes ou filiais no município. Exceto pela Samsung, as grandes empresas de TICs presentes em Campinas durante a última década, deixaram de lançar novos produtos. Os dados mostram que a região de Campinas é ainda um importante centro de TICs. Entretanto, é um centro em desaceleração, especialmente em sua cidade central, Campinas. Outros municípios da RAC são hoje mais dinâmicos em TICs e outros lugares do país, em especial Santa Rita do Sapucaí (MG) e o estado de Santa Catarina, mostram trajetórias ascendentes bastante consistentes, podendo ameaçar o protagonismo da RAC em um futuro não tão distante. Tabela 22– Empresas da RAC beneficiadas pela Lei de Informática (2001-2009)
)RQWH 0&7 H HODERUDomR SUySULD
3DWHQWHV 104
Patentes O nĂşmero de patentes requeridas ĂŠ um indicador mundialmente adotado para estimar a capacidade de inovação de empresas, paĂses e setores da economia. O principal escritĂłrio de patentes do mundo ĂŠ o USPTO, dos Estados Unidos, maior mercado do mundo e referĂŞncia de relevância. Empresas detentoras de tecnologias importantes depositam patentes nos EUA, para garantir acesso a este mercado e para evitar que empresas da competitiva economia desse paĂs se tornem concorrentes. É fato conhecido a defasagem brasileira na geração de patentes. Essa defasagem fica evidente quanto comparada aos demais BRICs. O Brasil fica muito distante, mesmo em relação a paĂses comparĂĄveis com a RAC: Israel, Cingapura e Irlanda.
GrĂĄfico 22 – Patentes requeridas nos EUA por paĂses selecionados (2001-2007)
)RQWH 86372
(QWUHWDQWR JXDUGDGDV DV SURSRUo}HV D 5$& VH GHVWDFD HP UHODomR DR %UDVLO QR Entretanto, guardadas as proporçþes, a RAC se destaca em relação ao Brasil no indicador LQGLFDGRU SDWHQWHV $ SDUWLFLSDomR GH HPSUHVDV H DXWRUHV UHVLGHQWHV QD 5$& QDV SDWHQWHV patentes. A participação de empresas e autores residentes na RAC nas patentes brasileiras deEUDVLOHLUDV GHSRVLWDGDV QRV (8$ p FUHVFHQWH DWLQJLQGR QRV DQRV H positadas nos EUA Ê crescente, atingindo 15% nos anos 2006 e 2007. Gråfico 23 – Patentes requeridas nos EUA por empresas e autores residentes na RAC, no estado de São Paulo e no Brasil (20012007)
105
)RQWH 86372
(QWUHWDQWR JXDUGDGDV DV SURSRUo}HV D 5$& VH GHVWDFD HP UHODomR DR %UDVLO QR LQGLFDGRU SDWHQWHV $ SDUWLFLSDomR GH HPSUHVDV H DXWRUHV UHVLGHQWHV QD 5$& QDV SDWHQWHV EUDVLOHLUDV GHSRVLWDGDV QRV (8$ p FUHVFHQWH DWLQJLQGR QRV DQRV H Gråfico 23 – Patentes requeridas nos EUA por empresas e autores residentes na RAC, no estado de São Paulo e no Brasil (20012007)
)RQWH 86372
(QWUH H GDV SDWHQWHV UHTXHULGDV QRV (8$ SRU GHSRVLWDQWHV RX Entre 2001 e 2007, 52% das patentes requeridas nos EUA por depositantes ou inventores LQYHQWRUHV UHVLGHQWHV QR %UDVLO YLHUDP GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H YLHUDP GD 5$& 2 residentes no Brasil vieram do estado de SĂŁo Paulo, e 12% vieram da RAC. O peso da RAC em SHVR GD 5$& HP UHODomR DR HVWDGR GH 6mR 3DXOR p DOWR VDOWDQGR GH HP SDUD relação ao estado de SĂŁo Paulo ĂŠ alto, saltando de 16%, em 2001, para 28% em 2007. HP Cada patente, ao ser analisada pelo escritĂłrio de patentes, ĂŠ classificada em uma ou mais categorias existentes no sistema internacional de classificação (IPC). No perĂodo 2001 a 2007, os temas que mais se destacaram na RAC foram os ligados a produtos de higiene e cosmĂŠticos, biotecnologia, quĂmica orgânica, computação, cultivares agrĂcolas, papel e celulose e veĂculos (Tabela 23). Nas patentes depositadas, nem todas as empresas detentoras da tecnologia tĂŞm o nome identificado (isso ocorre por causa do processo de anĂĄlise, a empresa apenas ĂŠ obrigada a aparecer depois que a patente ĂŠ definitivamente concedida). Mesmo assim, numa lista nĂŁo exaustiva, nas patentes com autores da RAC, algumas empresas puderam ser identificadas, assim como a Unicamp (Tabela 24).
106
1DV SDWHQWHV GHSRVLWDGDV QHP WRGDV DV HPSUHVDV GHWHQWRUDV GD WHFQRORJLD WrP R QRPH LGHQWLILFDGR LVVR RFRUUH SRU FDXVD GR SURFHVVR GH DQiOLVH D HPSUHVD DSHQDV p REULJDGD D DSDUHFHU GHSRLV TXH D SDWHQWH p GHILQLWLYDPHQWH FRQFHGLGD 0HVPR DVVLP QXPD OLVWD QmR H[DXVWLYD QDV SDWHQWHV FRP DXWRUHV GD 5$& DOJXPDV HPSUHVDV SXGHUDP VHU LGHQWLILFDGDV DVVLP FRPR D 8QLFDPS 7DEHOD Tabela 23 Perfil temรกtico-setorial das patentes requeridas nos EUA por empresas e autores residentes na RAC e no Estado de Sรฃo Paulo (2001-2007)
)RQWH 86372
Tabela 24 - Empresas e instituiรงรตes da RAC (ou com autores residentes na RAC) identificadas com patentes requeridas nos EUA (2001-2007)
)RQWH 86372
&RP EDVH QD DQiOLVH GRV SULQFLSDLV LQVWUXPHQWRV GH DSRLR j LQRYDomR QDV HPSUHVDV GLVSRQtYHLV DWXDOPHQWH QR %UDVLO SRGH VH FRPSUHHQGHU DOJXQV DVSHFWRV GD
107
Com base na análise dos principais instrumentos de apoio à inovação nas empresas disponíveis atualmente no Brasil, pode-se compreender alguns aspectos da inovação nas empresas da RAC. No Programa de Subvenção Econômica da Finep, a RAC captou, proporcionalmente a seu PIB (4.7% do Brasil), muitos recursos para os temas Agrotec (25%), Energia & Bioenergia e Saneamento (16%), TICs e Saúde (13%). Dentro da RAC, Campinas destaca-se apresentando mais empresas capazes de captar recursos de subvenção da Finep e com maior diversidade temática. De 2007 a 2009, foram alocados pela Finep em Campinas mais de 80 milhões de reais em projetos de inovação de empresas, colocando-a em terceiro lugar entre a cidades do Brasil que mais captaram esses recursos. Os Projetos PIPE e PITE da Fapesp também foram objeto de análise. No PIPE, do total de projetos já aprovados desde o início do programa em 1997, Campinas posiciona-se em segundo lugar (155 projetos). Do ponto de vista temático, as pequenas empresas inovadoras de Campinas se destacam nas áreas de Engenharia Elétrica, Ciência da Computação, Química, Ciência e Tecnologia de Alimentos e Imunologia. Em contraste com São Paulo e São Carlos, percebe-se uma deficiência relativa em Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção e Genética. A análise do PITE, por sua vez, mostrou que em projetos de parceria entre universidades e empresas, o lado das universidades e institutos de pesquisa (46 projetos) é mais forte na RAC que o lado das empresas (28 projetos). A maior parte dos parceiros empresariais das instituições de pesquisa da RAC veio de fora da região. Os principais temas de projetos das empresas da RAC foram Engenharia Elétrica (telecomunicações), Química e Engenharia Química. Nas instituições de pesquisa coincidem Química e Engenharia Elétrica e se adiciona Ciências Agrárias, tema procurado por empresas de fora da região. Outro instrumento analisado neste capítulo é a Lei o Bem. Novamente, a RAC se destaca no cenário paulista e nacional, com ênfase nos setores como “Atividades dos serviços de tecnologia da informação” e “Fabricação de máquinas e equipamentos”, sendo que “Alimentos” e “Químicos” são relativamente menos representativos. Vale ressaltar que a lista de empresas beneficiadas pela Lei do Bem presentes na RAC reúne um grupo de potenciais parceiros para as instituições de pesquisa da região, uma vez que são empresas que declararam possuir atividades sistemáticas de P&D. Ademais, várias dessas empresas são também beneficiárias de recursos Finep e Fapesp descritos no capítulo. Outra lei de incentivo estudada foi a Lei de Informática. A região de Campinas possui a segunda maior concentração de empresas beneficiadas por essa lei, contabilizando-se o núme108
ro de produtos incentivados, perdendo somente para a Região Metropolitana de São Paulo. A principal concentração de empresas de TICs dentro da RAC está no eixo Jaguariúna-Campinas-Hortolândia, com destaque para a emersão de Jundiaí como novo polo regional de empresas de TICs. Por fim, foram considerados os depósitos de patentes nos EUA. Não obstante a defasagem brasileira na geração de patentes, a RAC se destaca neste indicador em relação ao Brasil. A participação de empresas e autores residentes na RAC nas patentes brasileiras depositadas nos EUA é crescente, atingindo 15% nos anos 2006 e 2007. Entre 2001 e 2007, 52% das patentes requeridas nos EUA por depositantes ou inventores residentes no Brasil vieram do estado de São Paulo, e 12% vieram da RAC. O peso da RAC em relação ao estado de São Paulo é alto, saltando de 16% em 2001, para 28% em 2007. Os temas que mais geraram patentes da RAC estão ligados a produtos de higiene e cosméticos, biotecnologia, química orgânica, computação, cultivares agrícolas, papel e celulose e veículos.
3.4
A REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS Neste e nos próximos itens serão apresentadas informações mais específicas sobre a Re-
gião Metropolitana de Campinas, com o objetivo de melhor qualificar o centro mais dinâmico da Região Administrativa de Campinas. A Região Metropolitana de Campinas (RMC) está localizada a noroeste da Região Metropolitana de São Paulo (Mapa 53). Na realidade, a complexidade das funções urbanas e da articulação entre as diversas cidades do entorno de Campinas já a caracterizavam como uma região metropolitana a partir de meados da década de 199021.
21 Nesur/Unicamp, Ipea, IBGE. Caracterização e tendências da Rede Urbana no Brasil, vol. I, Campinas/SP: Unicamp, 1999 (Coleção Pesquisas 3).
109
H GD DUWLFXODomR HQWUH DV GLYHUVDV FLGDGHV GR HQWRUQR GH &DPSLQDV Mi D FDUDFWHUL]DYDP FRPR XPD UHJLmR PHWURSROLWDQD D SDUWLU GH PHDGRV GD GpFDGD GH MAPA 53– Localização das Regiþes Metropolitanas do Estado de São Paulo
De acordo com a Fundação Seade, a densidade demogrĂĄfica da RMC era de 742,9 habi'H DFRUGR FRP D )XQGDomR 6HDGH D GHQVLGDGH GHPRJUiILFD GD 50& HUD GH tantes por km², mais elevada nos municĂpios de Hortolândia (3.140,0 hab./km²), SumarĂŠ (1.513,3 KDELWDQWHV SRU NPĂ° PDLV HOHYDGD QRV PXQLFtSLRV GH +RUWROkQGLD KDE NPĂ° 6XPDUp hab./km²) e Campinas (1.333,8 hab./km²). O Mapa 54 mostra a distribuição espacial da popula KDE NPĂ° H &DPSLQDV KDE NPĂ° 2 0DSD PRVWUD D GLVWULEXLomR HVSDFLDO ção, no qual observa-se: 1) maior concentração nos municĂpios situados no centro da RMC, com GD SRSXODomR QR TXDO REVHUYD VH PDLRU FRQFHQWUDomR QRV PXQLFtSLRV VLWXDGRV QR FHQWUR destaque para Hortolândia; 2) densidades demogrĂĄficas mĂŠdias nas porçþes Sul, Sudeste e 3) GD 50& FRP GHVWDTXH SDUD +RUWROkQGLD GHQVLGDGHV GHPRJUiILFDV PpGLDV QDV SRUo}HV baixas concentraçþes ao Norte22. 6XO 6XGHVWH H EDL[DV FRQFHQWUDo}HV DR 1RUWH
1HVXU 8QLFDPS ,SHD ,%*( Caracterização e tendĂŞncias da Rede Urbana no Brasil YRO , &DPSLQDV 63 8QLFDPS &ROHomR 3HVTXLVDV $ UHDOL]DomR GR GLDJQyVWLFR GHPRJUiILFR GD 50& FHQWURX VH QD FRPSRVLomR H DQiOLVH GRV GDGRV GLVSRQtYHLV QR ,%*( QD (PSODVD QR 6HDGH H QD 8QLFDPS DEDUFDQGR R SHUtRGR GH D FRP R REMHWLYR GH GHILQLU XP TXDGUR GH UHIHUrQFLD SDUD D LGHQWLILFDomR GR 22 A realização do diagnĂłstico demogrĂĄfico da RMC centrou-se na composição e anĂĄlise dos dados disponĂSHUILO PHWURSROLWDQR veis no IBGE, na Emplasa, no Seade e na Unicamp, abarcando o perĂodo de 1970 a 2008, com o objetivo de definir um quadro de referĂŞncia para a identificação do perfil metropolitano
110
MAPA 54– Região Metropolitana de Campinas
MAPA 54– Região Metropolitana de Campinas
$ SRSXODomR GD 50& HP HUD GH KDELWDQWHV RX GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR VHJXQGR HVWLPDWLYD GD )XQGDomR 6HDGH $ 7DEHOD PRVWUD TXH HP WRGRV RV A população da RMC em 2008 2.708.469 habitantes ou 6,6% SRSXODFLRQDO do estado de HP São SHUtRGRV DQDOLVDGRV D 50& WHYH era DV de PDLRUHV WD[DV GH FUHVFLPHQWR
$ SRSXODomR GD 50& HP HUD GH KDELWDQWHV RX GR HVWDGR GH Paulo, segundo estimativa da Fundação Seade. A Tabela 25 mostra que em todos os perĂodos FRPSDUDomR jV GHPDLV UHJL}HV PHWURSROLWDQDV SDXOLVWDV DR WRWDO GD XQLGDGH IHGHUDWLYD H DR 6mR 3DXOR VHJXQGR HVWLPDWLYD GD )XQGDomR 6HDGH $ 7DEHOD analisados, a RMC teve as maiores taxas de crescimento populacionalPRVWUD TXH HP WRGRV RV em comparação Ă s de%UDVLO mais regiĂľes DQDOLVDGRV metropolitanas aoDV total da unidade federativa e ao Brasil. SHUtRGRV D paulistas, 50& WHYH PDLRUHV WD[DV GH FUHVFLPHQWR SRSXODFLRQDO HP 1D GpFDGD GH D H[SDQVmR SRSXODFLRQDO GD 50& IRL HP PpGLD GH D D FRPSDUDomR jV GHPDLV UHJL}HV PHWURSROLWDQDV SDXOLVWDV DR WRWDO GD XQLGDGH IHGHUDWLYD H DR Na dĂŠcada de 1970, a expansĂŁo populacional da RMC foi em mĂŠdia de 6,2% a.a., maior PDLRU WD[D GDV ~OWLPDV GpFDGDV UHVXOWDGR GRV IOX[RV PLJUDWyULRV FDSLWDO 50& QR SURFHVVR %UDVLO taxa das Ăşltimas dĂŠcadas, resultado dos fluxos migratĂłrios capital-RMC no processo de inteGH LQWHULRUL]DomR HFRQ{PLFD 1DV GpFDGDV VHJXLQWHV R FUHVFLPHQWR SRSXODFLRQDO DUUHIHFHX riorização econĂ´mica. Nas dĂŠcadas seguintes, o crescimento populacional arrefeceu e a taxas 1D GpFDGD GH D H[SDQVmR SRSXODFLRQDO GD 50& IRL HP PpGLD GH D D H D WD[DV PpGLDV UHGX]LUDP VH SDUD D D H D D PDV DLQGD IRUDP VXSHULRUHV jV mĂŠdias reduziram-se para 3,4% a.a. e 2,5% a.a., mas ainda foram superiores Ă s demais regiĂľes. PDLRU WD[D GDV ~OWLPDV GpFDGDV UHVXOWDGR GRV IOX[RV PLJUDWyULRV FDSLWDO 50& QR SURFHVVR GHPDLV UHJL}HV GH LQWHULRUL]DomR HFRQ{PLFD 1DV GpFDGDV VHJXLQWHV R FUHVFLPHQWR SRSXODFLRQDO DUUHIHFHX Tabela 25 - População e taxas mĂŠdias anuais de crescimento: Brasil, estado de SĂŁo Paulo e RMs paulistas em 1970, 1980, 1991, H D WD[DV PpGLDV UHGX]LUDP VH SDUD D D H D D PDV DLQGD IRUDP VXSHULRUHV jV 2000 e 2007
GHPDLV UHJL}HV
Tabela 25 - População e taxas mÊdias anuais de crescimento: Brasil, estado de São Paulo e RMs paulistas em 1970, 1980, 1991, 2000 e 2007
ĂŻ 3RSXODomR HVWLPDGD SHOR ,%*( H SHOD )XQGDomR 6HDGH )RQWH ,%*( FHQVRV GHPRJUiILFRV 2OLYHLUD S
2 SHVR GHPRJUiILFR GD 50& DXPHQWRX PXLWR QDV GpFDGDV GH H O peso demogrĂĄfico da RMC aumentou muito nas dĂŠcadas de 1970 e 1980 (4,3% em 1970 HP H HP PDV HVWDELOL]RX D SDUWLU GR OHYDQWDPHQWR FHQVLWiULR GH HP ĂŻ 3RSXODomR HVWLPDGD SHOR ,%*( H SHOD )XQGDomR 6HDGH )RQWH ,%*( FHQVRV GHPRJUiILFRV 2OLYHLUD S
e 5,6% em 1980), mas estabilizou a partir do levantamento censitĂĄrio de 1991, em percentuais SHUFHQWXDLV SUy[LPRV GH 7DEHOD prĂłximos de2 SHVR 6,5% (Tabela 26). GHPRJUiILFR GD 50& DXPHQWRX PXLWR QDV GpFDGDV GH H HP H HP PDV HVWDELOL]RX D SDUWLU GR OHYDQWDPHQWR FHQVLWiULR GH HP SHUFHQWXDLV SUy[LPRV GH 7DEHOD 111
Tabela 26 - Participação das RMs paulistas no total da população brasileira e do estado de São Paulo em 1970, 1980, 1991, 2000 Tabela 26 - Participação das RMs paulistas no total da população brasileira e do estado de São Paulo em 1970, 1980, 1991, 2000 e 2007 e 2007
ĂŻ 3RSXODomR HVWLPDGD SHOR ,%*( H SHOD )XQGDomR 6HDGH ĂŻ 3RSXODomR HVWLPDGD SHOR ,%*( H SHOD )XQGDomR 6HDGH )RQWH ,%*( FHQVRV GHPRJUiILFRV Apud 2OLYHLUD S
)RQWH ,%*( FHQVRV GHPRJUiILFRV Apud 2OLYHLUD S
&RQIRUPH RFRUUHX HP WRGR R SDtV H QDV SULQFLSDLV UHJL}HV PHWURSROLWDQDV REVHUYD Conforme ocorreu em todo o paĂs e nas principais regiĂľes metropolitanas, observa-se uma &RQIRUPH RFRUUHX HP WRGR R SDtV H QDV SULQFLSDLV UHJL}HV PHWURSROLWDQDV REVHUYD VH XPD TXHGD JHUDO GDV WD[DV GH FUHVFLPHQWR SRSXODFLRQDO GRV PXQLFtSLRV GD 50& HQWUH DV queda geral das taxas de crescimento populacional dos municĂpios da RMC entre as dĂŠcadas de VH XPD TXHGD JHUDO GDV WD[DV GH FUHVFLPHQWR SRSXODFLRQDO GRV PXQLFtSLRV GD 50& HQWUH DV GpFDGDV GH H 0DSD 1980 e 1990 (Mapa 52)23. GpFDGDV GH H 0DSD MAPA 55- RegiĂŁo Metropolitana de Campinas MAPA 55- RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
Campinas ĂŠ o Ăşnico municĂpio da RMC que possui mais de 500 mil habitantes, como mos&DPSLQDV p R ~QLFR PXQLFtSLR GD 50& TXH SRVVXL PDLV GH PLO KDELWDQWHV FRPR tra a Tabela 27, mas a participação relativa na população total diminuiu de 45,4% para 41,5% na &DPSLQDV p R ~QLFR PXQLFtSLR GD 50& TXH SRVVXL PDLV GH PLO KDELWDQWHV FRPR PRVWUD D 7DEHOD PDV D SDUWLFLSDomR UHODWLYD QD SRSXODomR WRWDO GLPLQXLX GH SDUD dĂŠcada de 1990. Destaca-se o aumento do porte dos municĂpios da RMC, com maior concentraPRVWUD D 7DEHOD PDV D SDUWLFLSDomR UHODWLYD QD SRSXODomR WRWDO GLPLQXLX GH SDUD QD GpFDGD GH R DXPHQWR GR SRUWH GRV PXQLFtSLRV GD 50& FRP ção no grupo mediano 150'HVWDFD VH a'HVWDFD VH 250 mil residentes. QD GpFDGD GH de R DXPHQWR GR SRUWH GRV PXQLFtSLRV GD 50& FRP PDLRU FRQFHQWUDomR QR JUXSR PHGLDQR GH D PLO UHVLGHQWHV PDLRU FRQFHQWUDomR QR JUXSR PHGLDQR GH D PLO UHVLGHQWHV
112
23 Os dados georreferenciados sobre população na RMC estão embasados na obra: NEPP/Unicamp. Campinas Metropolitana: diversidades socioespaciais, Campinas, arquivo PDF, 2004. 2V GDGRV JHRUUHIHUHQFLDGRV VREUH SRSXODomR QD 50& HVWmR HPEDVDGRV QD REUD 1(33 8QLFDPS &DPSLQDV 0HWURSROLWDQD 2V GDGRV JHRUUHIHUHQFLDGRV VREUH SRSXODomR QD 50& HVWmR HPEDVDGRV QD REUD 1(33 8QLFDPS &DPSLQDV 0HWURSROLWDQD GLYHUVLGDGHV VRFLRHVSDFLDLV &DPSLQDV DUTXLYR 3') GLYHUVLGDGHV VRFLRHVSDFLDLV &DPSLQDV DUTXLYR 3')
Tabela 27 - Distribuição da população da RMC segundo tamanho dos municĂpios em 1991 e 2000
)RQWH ,%*( &HQVRV 'HPRJUiILFRV H 2OLYHLUD S
3DUD 2OLYHLUD R DFUpVFLPR GHPRJUiILFR GRV PXQLFtSLRV PHQRUHV DLQGD HVWi Para Oliveira (2009), o acrĂŠscimo demogrĂĄfico dos municĂpios menores ainda estĂĄ forIRUWHPHQWH UHODFLRQDGR j PLJUDomR SRLV D UHJLmR DWUDLX PLO SHVVRDV GH D temente relacionado Ă migração, pois a regiĂŁo atraiu 291 mil pessoas de 1995 a 2000. Entre (QWUH RV PRWLYRV GD DWUDomR GH SHVVRDV WHP VH D EXVFD SRU TXDOLGDGH GH YLGD RX R PHQRU os motivos da atração de pessoas, tem-se a busca por qualidade de vida ou o menor custo de FXVWR GH PRUDGLD DXPHQWDQGR RV PRYLPHQWRV SHQGXODUHV FXMRV GHVORFDPHQWRV moradia, aumentando os movimentos pendulares, cujos deslocamentos diĂĄrios para o GLiULRV trabalho SDUD R WUDEDOKR VLJQLILFDUDP HP realizada VHJXQGR SHVTXLVD no UHDOL]DGD SHOR significaram 17,5% em 2007, segundo pesquisa pelo Nepo/Unicamp âmbito do Pro 1HSR 8QLFDPS QR kPELWR GR 3URMHWR GH 9XOQHUDELOLGDGH jeto de Vulnerabilidade24. 2V IOX[RV LQWUDPHWURSROLWDQRV GH SHVVRDV TXH WUDEDOKDP GR PXQLFtSLR GD Os fluxos intrametropolitanos de pessoas que trabalham fora doIRUD municĂpio da moradia PRUDGLD DXPHQWDUDP GH PLO HP SDUD PLO HP GH DFRUGR FRP LQIRUPDo}HV aumentaram de 50 mil em 1980 para 125 mil em 2000, de acordo com informaçþes do Mapa 0DSD parte *UDQGH SDUWH GD SHQGXODULGDGH GH WUDEDOKDGRUHV DR GHVORFDPHQWR GH 7GR Grande da pendularidade de trabalhadores deve-se ao GHYH VH deslocamento de empregadas domĂŠsticas queGRPpVWLFDV moram em SumarĂŠ e Hortolândia paraH Campinas, o que evidencia as distinçþes HPSUHJDGDV TXH PRUDP HP 6XPDUp +RUWROkQGLD SDUD &DPSLQDV R TXH socioespaciais os municĂpios metropolitanos, em PXQLFtSLRV que indivĂduos ocupados em HP atividades HYLGHQFLD DV entre GLVWLQo}HV VRFLRHVSDFLDLV HQWUH RV PHWURSROLWDQRV TXH mais precĂĄrias moram em menores custos de vida infraestruturas LQGLYtGXRV RFXSDGRV HP municĂpios DWLYLGDGHV com PDLV SUHFiULDV PRUDP HP ePXQLFtSLRV FRP inferiores PHQRUHV e trabalham nas regiĂľes que concentram as maiores rendas. QDV UHJL}HV TXH FRQFHQWUDP DV FXVWRV GH YLGD H LQIUDHVWUXWXUDV LQIHULRUHV H WUDEDOKDP
PDLRUHV UHQGDV Por outro lado, o fluxo de trabalhadores mais qualificados ĂŠ constatado no sentido de Campinas para3RU RXWUR ODGR R IOX[R GH WUDEDOKDGRUHV PDLV TXDOLILFDGRV p FRQVWDWDGR QR VHQWLGR PaulĂnia e de Valinhos e Indaiatuba para Campinas. O aumento dos movimentos pendulares nas Ăşltimas compreendido como SDUD “fenĂ´menos tĂpicos organização GH &DPSLQDV SDUD dĂŠcadas 3DXOtQLD pode H GH ser 9DOLQKRV H ,QGDLDWXED &DPSLQDV 2 da DXPHQWR GRV do mercado de trabalho com a consolidação do espaço urbano-metropolitanoâ€? (Oliveira, 2009, p. PRYLPHQWRV SHQGXODUHV QDV ~OWLPDV GpFDGDV SRGH VHU FRPSUHHQGLGR FRPR ÂłIHQ{PHQRV 102), ou seja, a maior integração do mercado de trabalho intrametropolitano molda a mancha urbaWtSLFRV GD RUJDQL]DomR GR PHUFDGR GH WUDEDOKR FRP D FRQVROLGDomR GR HVSDoR XUEDQR na e contribui para o espraiamento do adensamento populacional do municĂpio-sede25 (Mapa 56). PHWURSROLWDQR´ 2OLYHLUD S RX VHMD D PDLRU LQWHJUDomR GR PHUFDGR GH WUDEDOKR
LQWUDPHWURSROLWDQR PROGD D PDQFKD XUEDQD H FRQWULEXL SDUD R HVSUDLDPHQWR GR DGHQVDPHQWR SRSXODFLRQDO GR PXQLFtSLR VHGH 0DSD
24 Apud Oliveira (2009, p. 108). 25 Segundo Oliveira (2009, p. 99), “a distribuição socioespacial da população estĂĄ claramente dividida entre os municĂpios do eixo sudeste (Valinhos e Vinhedo), com maior nĂvel de renda da população e melhores infraestruturas, e aqueles do eixo oeste (Hortolândia, Monte-Mor, Nova Odessa, SumarĂŠ e PaulĂnia), que concentram a população 2OLYHLUD S comApud mais baixa renda e maior precariedade urbana, o que, por sua vez, sugere uma forte segmentação interna dos 6HJXQGR 2OLYHLUD S ÂłD GLVWULEXLomR VRFLRHVSDFLDO GD SRSXODomR HVWi FODUDPHQWH GLYLGLGD HQWUH RV PXQLFtSLRV GR HL[R VXGHVWH fluxos pendulares dos trabalhadoresâ€?. Entretanto, no caso dos municĂpios de Valinhos e Vinhedo, tambĂŠm sĂŁo volu 9DOLQKRV H 9LQKHGR FRP PDLRU QtYHO GH UHQGD GD SRSXODomR H PHOKRUHV LQIUDHVWUXWXUDV H DTXHOHV GR HL[R RHVWH +RUWROkQGLD 0RQWH mosos os deslocamentos de executivos e dirigentes para trabalharem em empresas da RMSP. 0RU 1RYD 2GHVVD 6XPDUp H 3DXOtQLD TXH FRQFHQWUDP D SRSXODomR FRP PDLV EDL[D UHQGD H PDLRU SUHFDULHGDGH XUEDQD R TXH SRU VXD YH] VXJHUH XPD IRUWH VHJPHQWDomR LQWHUQD GRV IOX[RV SHQGXODUHV GRV WUDEDOKDGRUHV´ (QWUHWDQWR QR FDVR GRV PXQLFtSLRV GH 9DOLQKRV H 9LQKHGR WDPEpP VmR YROXPRVRV RV GHVORFDPHQWRV GH H[HFXWLYRV H GLULJHQWHV SDUD WUDEDOKDUHP HP HPSUHVDV GD 5063
113
MAPA 56 - RMC: Fluxos acima de 2.000 pessoas da PEA ocupada fora do municĂpio de residĂŞncia, 1980 e 2000
)RQWH 1~FOHR GH (VWXGRV GH 3RSXODomR 1(32 8QLFDPS 2OLYHLUD S
4XDQWR j HVWUXWXUD HWiULD GHVVD SRSXODomR D REVHUYDomR GDV SLUkPLGHV SRSXODFLRQDLV GH H *UiILFR LQGLFD R HQYHOKHFLPHQWR GD SRSXODomR UHJLRQDO Quanto à estrutura etåria dessa população, a observação das pirâmides populacionais de FRP D GLPLQXLomR GD SURSRUomR GDV IDL[DV GH D DQRV H DXPHQWR GDV IDL[DV FRP PDLV 1980 e 2005 (Gråfico 24) indica o envelhecimento da população regional, com a diminuição da proporção das faixas de 0 a 14 anos e aumento das faixas com mais de 60 anos. GH DQRV
(VVDV WHQGrQFLDV SRGHP VHU REVHUYDGDV SDUD municĂpio FDGD PXQLFtSLR por D Essas tendĂŞncias podem ser observadas para cada no MapaQR 23,0DSD a seguir, meio do Ă?ndice de Envelhecimento, que mede a relação da população com mais de 65 anos e a VHJXLU SRU PHLR GR Ă‹QGLFH GH (QYHOKHFLPHQWR TXH PHGH D UHODomR GD SRSXODomR FRP PDLV de 0 a 4 anos. Em todos os municĂpios, tal Ăndice elevou-se no perĂodo 1980 a 2000, sendo que GH DQRV H D GH D DQRV (P WRGRV RV PXQLFtSLRV WDO tQGLFH HOHYRX VH QR SHUtRGR dobram nos municĂpios de Americana, Valinhos, Santa BĂĄrbara d’Oeste, D VHQGR TXH GREUDP QRV PXQLFtSLRV GH Campinas, $PHULFDQD Vinhedo, 9DOLQKRV &DPSLQDV 9LQKHGR Nova Odessa, PaulĂnia e SumarĂŠ.  6DQWD %iUEDUD G 2HVWH 1RYD 2GHVVD 3DXOtQLD H 6XPDUp
114
Gráfico 24– RMC: Pirâmides municipais 1980 e 2005
115
MAPA 57– Região Metropolitana de Campinas
Em termos de envelhecimento populacional, a RMC como um todo apresenta uma impor(P WHUPRV GH HQYHOKHFLPHQWR SRSXODFLRQDO D 50& FRPR XP WRGR DSUHVHQWD XPD tante aceleração no crescimento da população idosa, especialmente na dĂŠcada de o que LPSRUWDQWH DFHOHUDomR QR FUHVFLPHQWR GD SRSXODomR LGRVD HVSHFLDOPHQWH QD 1990, GpFDGD GH aponta para a necessidade de organização e implantação de polĂticas pĂşblicas voltadas para o R TXH DSRQWD SDUD D QHFHVVLGDGH GH RUJDQL]DomR H LPSODQWDomR GH SROtWLFDV S~EOLFDV atendimento desse expressivo contingente populacional. YROWDGDV SDUD R DWHQGLPHQWR GHVVH H[SUHVVLYR FRQWLQJHQWH SRSXODFLRQDO No que seTXH refere taxasjV deWD[DV crescimento da população urbana e XUEDQD rural de H cada municĂpio, 1R VH Ă s UHIHUH GH FUHVFLPHQWR GD SRSXODomR UXUDO GH FDGD as PXQLFtSLR Tabelas 28DV 7DEHODV H D VHJXLU LQGLFDP DV WHQGrQFLDV SRGHQGR VH REVHUYDU DLQGD e 29, a seguir, indicam as tendĂŞncias, podendo-se observar ainda o elevado grau de R HOHYDGR JUDX GH XUEDQL]DomR GD SRSXODomR urbanização da população. O rĂĄpido crescimento econĂ´mico e os movimentos migratĂłrios pressionaram a infraestrutura como um todo, dando sinais claros de esgotamento. Embora sua economia seja dinâmica e diversificada, nĂŁo conseguiu absorver adequadamente o contingente populacional e parte foi segregada espacialmente, exposta a serviços sociais de baixa qualidade e carĂŞncia na oferta. O rĂĄpido crescimento econĂ´mico e os movimentos migratĂłrios pressionaram a infraestrutura como um todo, dando sinais claros de esgotamento. Embora sua economia seja dinâmica e diversificada, nĂŁo conseguiu absorver adequadamente o contingente populacional e parte foi segregada espacialmente, exposta a serviços sociais de baixa qualidade e carĂŞncia na oferta. 116
117
Evolução da População Residente, segundo Municípios, em anos selecionados 1970 - 2005
Tabela 28– Região Metropolitana de Campinas
118
(YROXomR GD 3RSXODomR 5HVLGHQWH VHJXQGR 0XQLFtSLRV 7D[D GH &UHVFLPHQWR H 8UEDQL]DomR
7DEHOD ² 5HJLmR 0HWURSROLWDQD GH &DPSLQDV
2 UiSLGR FUHVFLPHQWR HFRQ{PLFR H RV PRYLPHQWRV PLJUDWyULRV SUHVVLRQDUDP D LQIUDHVWUXWXUD FRPR XP WRGR GDQGR VLQDLV FODURV GH HVJRWDPHQWR (PERUD VXD HFRQRPLD VHMD GLQkPLFD H GLYHUVLILFDGD QmR FRQVHJXLX DEVRUYHU DGHTXDGDPHQWH R FRQWLQJHQWH SRSXODFLRQDO H SDUWH IRL VHJUHJDGD HVSDFLDOPHQWH H[SRVWD D VHUYLoRV VRFLDLV GH EDL[D TXDOLGDGH H FDUrQFLD QD RIHUWD
'HVHQYROYLPHQWR (FRQ{PLFR GD 50&
3.4.1 Desenvolvimento EconĂ´mico da RMC
2V SUy[LPRV WySLFRV DSUHVHQWDP LQIRUPDo}HV DFHUFD GR GHVHQYROYLPHQWR
UHJLRQDO GD 50& FRQWHPSODQGR R SURGXWR UHJLRQDO D EDODQoD FRPHUFLDO H DV Os próximos tópicos apresentam informaçþes acerca do desenvolvimento regional da H[SHFWDWLYDV GH LQYHVWLPHQWR QD UHJLmR GH D RMC, contemplando o produto regional, a balança comercial e as expectativas de investimento na região de 1997 a 2005.
3URGXWR 5HJLRQDO
Produto Regional $ 50& FRQVWLWXL XP GRV Q~FOHRV FHQWUDLV GH DFXPXODomR GR SDtV FRP
GLQDPLVPR HFRQ{PLFR VXSHULRU DR GD PDLRULD GDV PHWUySROHV QDFLRQDLV $ UHQGD SHU A RMC constitui um dos nĂşcleos centrais de acumulação do paĂs, com dinamismo ecoFDSLWD GD 50& p GH 5 PDLRU HP FRPSDUDomR DR HVWDGR GH 6mR 3DXOR GH nĂ´mico superior ao da maioria das metrĂłpoles nacionais. A renda per capita da RMC ĂŠ de R$
5 H GR %UDVLO 5 2 3URGXWR ,QWHUQR %UXWR GD 50& HP IRL 19.822,97, maior em comparação ao estado de São Paulo, de R$ 13.725,14 e do Brasil, R$ GH 5 ELOK}HV GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR 6.170,56. O Produto Interno Bruto da RMC em 2006 foi de R$ 62,6 bilhþes, 7,81% do estado de São Paulo.
$ 7DEHOD PRVWUD D SDUWLFLSDomR GR 3,% WRWDO H GRV VHWRUHV HFRQ{PLFRV GD
50& QR 3,% QDFLRQDO TXH FRUUHVSRQGLD D HP SRXFR DFLPD GD A Tabela 31 mostra a participação do PIB total e dos setores econômicos da RMC no PIB SDUWLFLSDomR GH 2 SHVR GR VHWRU SULPiULR HP UHODomR DR QDFLRQDO p LQIHULRU D nacional, que correspondia a 2,89% em 2003, pouco acima da participação de 2000. O peso do
setorH GR WHUFLiULR VH SUy[LPD D 2 VHWRU VHFXQGiULR WHYH SDUWLFLSDomR VXSHULRU DR GRV primårio em relação ao nacional Ê inferior a 1% e do terciårio se próxima a 2,5%. O setor GHPDLV teve VHWRUHV FKHJDQGR D HP demais PDV RVFLORX PXLWR QR SHUtRGR VHU mas secundårio participação superior ao dos setores, chegando a 3,77% emSRU 2003,
PDLV VHQVtYHO jV YDULDo}HV HFRQ{PLFDV oscilou muito no perĂodo por ser mais sensĂvel Ă s variaçþes econĂ´micas. Tabela 31– Participação da RMC no PIB nacional (Em %)
Setor
2000
2001
2002
2003
3ULPiULR
6HFXQGiULR
7HUFLiULR
Total
2,71
2,58
2,47
2,89
)RQWH ,%*( apud $JHPFDPS S
A participação do produto da RMC no total do estado de SĂŁo Paulo aumentou de 8,05% em $ SDUWLFLSDomR GR SURGXWR GD 50& QR WRWDO GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR DXPHQWRX 2000GH HP SDUD HP R TXH PRVWUD D FRQWLQXLGDGH GR SURFHVVR GH para 9,40% em 2004, o que mostra a continuidade do processo de “interiorizaçãoâ€? da economia paulista. A moderna indĂşstria local tem a $ maior participação no PIB de SĂŁo 10,90% ÂłLQWHULRUL]DomR´ GD HFRQRPLD SDXOLVWD PRGHUQD LQG~VWULD ORFDO WHP Paulo: D PDLRU SHTXHQR LQIHULRU D H R WHUFLiULR UHGX]LX VXD IDWLD QR PRQWDQWH HVWDGXDO GH em 2004. O peso QR relativo ĂŠ pequeno, a 3,0% e o terciĂĄrio sua fatia SDUWLFLSDomR 3,% do GH primĂĄrio 6mR 3DXOR inferior HP 2 SHVR UHODWLYR reduziu GR SULPiULR p no HP SDUD HP 7DEHOD montante estadual de 7,83% em 2000 para 7,20% em 2004 (Tabela 32). Setor
Tabela 32 – Participação da RMC no PIB do Estado de São Paulo (em %) 2000 2001 2002 2003
2004
3ULPiULR
6HFXQGiULR
7HUFLiULR
Total
8,05
7,72
7,60
9,09
9,40
)RQWH ,%*( apud $JHPFDPS S
&RPR D 50& DJUHJD DSHQDV PXQLFtSLRV p UHODWLYDPHQWH DOWD D
119
Como a RMC agrega apenas 19 municípios, é relativamente alta a importância do produto metropolitano de Campinas na economia estadual e na nacional, o que significa alto potencial da região em abrigar parques produtivos e centros de excelência tecnológica. Na Tabela 33 tem-se a distribuição do PIB da RMC de 2004 entre os municípios e o Valor Adicionado (VA) por setor econômico. Nota-se primeiramente grande heterogeneidade na distribuição da renda metropolitana, com destaque para o peso de Campinas, posicionando-a como coordenadora de uma rede de cidades ao agregar 28,8% do PIB. Contudo, Paulínia e Jaguariúna também são muito representativas, com participação relativa de 19,6% e de 7,3%, respectivamente. Estes municípios correspondem ao quinto e ao 11º maior PIB per capita do País devido à instalação de grandes empreendimentos, como a Replan em Paulínia e empresas de alta tecnologia em Jaguariúna. As cidades de Santo Antonio de Posse, Holambra e Engenheiro Coelho têm baixa participação no PIB da RMC, apesar de juntas serem responsáveis por 28,5% do valor adicionado regional da agropecuária (Tabela 33). A indústria é muito importante para a região, pois representa 58,6% do Valor Adicionado. A produção industrial tem a maior participação relativa no valor adicionado de Jaguariúna (82,5%), de Monte Mor (70,6%) e de Nova Odessa (68,8%). A região de Campinas liderou a expansão industrial do interior a partir da década de 1970, momento em que se instalaram as primeiras empresas estrangeiras e se ampliou o rol de fornecedores, em sua maioria de pequeno e médio porte e de segmentos complementares, intensificando as relações intersetoriais e tornando complexo e diferenciado o parque produtivo. Atualmente, a RMC é o segundo maior parque industrial do país e concentra um amplo leque de atividades produtivas, de áreas tradicionais e de alta tecnologia de alto valor adicionado, como automotiva, telecomunicações, eletrônica, informática e química fina. Grande parte dos investimentos é aplicada em setores mais dinâmicos, intensivos em tecnologia, agroindustriais e de serviços de apoio à produção. A maioria das indústrias foi instalada ao longo das principais rodovias (Anhanguera, Bandeirantes, D. Pedro I, Santos Dumont e Campinas-Mogi Mirim) e ao redor no aeroporto de Viracopos. Grande volume de investimentos foi aplicado nas unidades fabris de montagem de aparelhos celulares e informática instaladas em Jaguariúna, Indaiatuba e Hortolândia e em plantas produtivas em Sumaré e em Indaiatuba.
120
LQWHQVLYRV HP WHFQRORJLD DJURLQGXVWULDLV H GH VHUYLoRV GH DSRLR j SURGXomR $ PDLRULD GDV LQG~VWULDV IRL LQVWDODGD DR ORQJR GDV SULQFLSDLV URGRYLDV $QKDQJXHUD %DQGHLUDQWHV ' 3HGUR , 6DQWRV 'XPRQW H &DPSLQDV 0RJL 0LULP H DR UHGRU QR DHURSRUWR GH 9LUDFRSRV *UDQGH YROXPH GH LQYHVWLPHQWRV IRL DSOLFDGR QDV XQLGDGHV IDEULV GH PRQWDJHP GH DSDUHOKRV FHOXODUHV H LQIRUPiWLFD LQVWDODGDV HP -DJXDUL~QD ,QGDLDWXED H +RUWROkQGLD H HP SODQWDV SURGXWLYDV HP 6XPDUp H HP ,QGDLDWXED Tabela 33 – RMC: Distribuição municipal do PIB e do Valor Adicionado em 2004 0XQLFtSLR $UWKXU 1RJXHLUD +RODPEUD
3RSXODomR
3,% 7RWDO 5 PLOK}HV
9$ 0XQLFLSDO $JURSHF
,QG~VWULD
6HUYLoRV
(QJHQKHLUR &RHOKR
6DQWR $QWRQLR GH 3RVVH
-DJXDUL~QD
+RUWROkQGLD
6DQWD %iUEDUD GC2HVWH
9DOLQKRV
9LQKHGR
,WDWLED
0RQWH 0RU
1RYD 2GHVVD
3DXOtQLD
&DPSLQDV
$PHULFDQD
6XPDUp
,QGDLDWXED
&RVPySROLV
3HGUHLUD
7RWDO )RQWH )XQGDomR 6HDGH ,%*(
$ SDUWLFLSDomR UHODWLYD GR VHWRU GH VHUYLoRV QR YDORU DGLFLRQDGR GH &DPSLQDV A participação relativa do setor de serviços no valor adicionado de Campinas ĂŠ superior Ă p VXSHULRU j GD LQG~VWULD 1DV FLGDGHV GH 3HGUHLUD H GH &RVPySROLV WDPEpP p da indĂşstria: 54,7%. Nas cidades de Pedreira e de CosmĂłpolis tambĂŠm ĂŠ superior a 50,0% do VXSHULRU D GR 9$ PXQLFLSDO VA municipal. 2V VHUYLoRV WDPEpP WrP SHVR HOHYDGR QD 50& FHUFD GH GR YDORU Os serviços tambĂŠm tĂŞm peso elevado na RMC, cerca de 40,0% do valor adicionado de DGLFLRQDGR GH FRQVWLWXtGR HP JUDQGH SDUWH SRU DOWR YDORU DJUHJDGR H WHFQRORJLD 2004, constituĂdo em grande parte por alto valor agregado e tecnologia de ponta, principalmente GH SRQWD SULQFLSDOPHQWH QD iUHD PpGLFD GH HQVLQR H GH SHVTXLVD 2 VHWRU WHUFLiULR GD na ĂĄrea mĂŠdica, de ensino e de pesquisa. O setor terciĂĄrio da RMC atrai grande quantidade de 50& DWUDL JUDQGH TXDQWLGDGH GH HVWDEHOHFLPHQWRV GHYLGR j GHQVLGDGH PHWURSROLWDQD estabelecimentos devido Ă densidade metropolitana e Ă sofisticação do mercado consumidor, que demanda uma larga gama de serviços especializados.
A agropecuĂĄria passou por um processo de modernização nos Ăşltimos anos, com o uso de sementes de qualidade e ampliação da fruticultura e da floricultura voltada para a exportação e integrada Ă indĂşstria e ao terciĂĄrio regional. Este setor ĂŠ muito importante para vĂĄrios municĂpios da RMC, chega a representar 40,4% do valor adicionado de Engenheiro Coelho, voltado prioritariamente Ă plantação de laranja e cana-de-açúcar; 33,8% em Holambra, devido Ă produção de flores; 29,2% em Santo Antonio de Posse; e 28,2% em Arthur Nogueira, tambĂŠm com a cana-de-açúcar.
121
FRP R XVR GH VHPHQWHV GH TXDOLGDGH H DPSOLDomR GD IUXWLFXOWXUD H GD IORULFXOWXUD YROWDGD SDUD D H[SRUWDomR H LQWHJUDGD j LQG~VWULD H DR WHUFLiULR UHJLRQDO (VWH VHWRU p PXLWR LPSRUWDQWH SDUD YiULRV PXQLFtSLRV GD 50& FKHJD D UHSUHVHQWDU GR YDORU DGLFLRQDGR GH (QJHQKHLUR &RHOKR YROWDGR SULRULWDULDPHQWH j SODQWDomR GH ODUDQMD H FDQD GH Do~FDU HP +RODPEUD GHYLGR j SURGXomR GH IORUHV HP 6DQWR $QWRQLR GH 3RVVH H HP $UWKXU 1RJXHLUD WDPEpP FRP D FDQD GH Do~FDU Balança %DODQoD &RPHUFLDO Comercial
$ 50& WHP JUDQGH LPSRUWkQFLD QD EDODQoD FRPHUFLDO GR Paulo, HVWDGR representou GH 6mR A RMC tem grande importância na balança comercial do estado de São UHSUHVHQWRX PRQWDQWH H $ 9,4% 3DXOR do montante exportado emGR 2008 e 10,5%H[SRUWDGR em 2007. HP A importação Ê maisHP representativa, próxi aLPSRUWDomR p PDLV UHSUHVHQWDWLYD SUy[LPR D QRV GRLV DQRV 7DEHOD 17% nos dois anos (Tabela 34). Tabela 34 - RMC: Balança comercial em 2007 e 2008 Ano
2008 Exportação
&DPSLQDV
6XPDUp
$PHULFDQD
,QGDLDWXED
+RUWROkQGLD
3DXOtQLD -DJXDUL~QD
6DQWD %iUE G 2HVWH
Importação
2007
MunicĂpios
Saldo
Exportação
Importação
Saldo
9DOLQKRV
9LQKHGR
0RQWH 0RU
1RYD 2GHVVD
&RVPySROLV
,WDWLED
3HGUHLUD $UWKXU 1RJXHLUD
+RODPEUD
(QJHQKHLUR &RHOKR
6DQWR $QW 3RVVH
6.104.203.803
11.422.240.939
-5.318.037.136
5.884.079.462
8.672.660.972
-2.788.581.510
Total (VWDGR 6mR 3DXOR
)RQWH 0LQLVWpULR GR 'HVHQYROYLPHQWR ,QG~VWULD H &RPpUFLR ([W HULRU KWWS ZZZ GHVHQYROYLPHQWR JRY EU DFHVVR HP
Em 2007 e em 2008 houve saldo negativo na balança comercial da RMC, mais expressi no Ăşltimo ano, que ultrapassou os US$ 5 bilhĂľes, resultado da crise econĂ´mica mundial vamente que atingiu a balança comercial de todo o paĂs, principalmente no estado de SĂŁo Paulo, prejudicando sobremaneira o setor industrial. Campinas, PaulĂnia e JaguariĂşna foram os municĂpios que mais importaram e exportaram nos dois anos devido o peso de sua indĂşstria. Investimentos De 1997 a 2005, a RMC foi uma das regiĂľes com maior intenção de investimentos no Brasil, cerca de US$ 18,3 bilhĂľes de dĂłlares anunciados, segundo Pesquisa de Investimentos Anun-
122
&DPSLQDV 3DXOtQLD H -DJXDUL~QD IRUDP RV PXQLFtSLRV TXH PDLV LPSRUWDUDP H H[SRUWDUDP QRV GRLV DQRV GHYLGR R SHVR GH VXD LQG~VWULD
,QYHVWLPHQWRV 'H D D 50& IRL XPD GDV UHJL}HV FRP PDLRU LQWHQomR GH LQYHVWLPHQWRV QR %UDVLO FHUFD GH 86 ELOK}HV GH GyODUHV DQXQFLDGRV VHJXQGR 3HVTXLVD GH ,QYHVWLPHQWRV $QXQFLDGRV QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR ¹ 3LHVS UHDOL]DGD ciados no estado de São Paulo – Piesp, realizada pela Fundação Seade. Este valor representa SHOD )XQGDomR 6HDGH (VWH YDORU UHSUHVHQWD FHUFD GH GR DSXUDGR SDUD WRGR R cerca de 10% do apurado para todo o território de São Paulo 26. WHUULWyULR GH 6mR 3DXOR Do total de 1.301 empreendimentos que declararam intenção de investir, a quase totali'R WRWDO GH HPSUHHQGLPHQWRV TXH GHFODUDUDP LQWHQomR GH LQYHVWLU D dade (97,5%) tem porte abaixo de US$ 100 milhþes. Somente um empreendimento tem porte TXDVH WRWDOLGDGH WHP SRUWH DEDL[R GH 86 PLOK}HV 6RPHQWH XP superior a US$ 1 bilhão (Tabela 35). HPSUHHQGLPHQWR WHP SRUWH VXSHULRU D 86 ELOKmR 7DEHOD Tabela 35 – RMC: Investimentos anunciados, segundo porte do empreendimento – 1997 a 2005
PDLRU de YROXPH GH na DSRVWDV UHJLmR VH no FRQFHQWUD QR VHWRU LQGXVWULDO TXH O maior2 volume apostas regiãoQD se concentra setor industrial, que absorveu 77,8% DEVRUYHX GR WRWDO RX 86 ELOK}HV (P VHJXLGD WHP VH R VHWRU GH VHUYLoRV do total ou US$ 14,2 bilhþes. Em seguida, tem-se o setor de serviços com 20,4% ou US$ 3,7 biFRP RX 86 ELOK}HV H R GH FRPpUFLR FRP RX 86 PLOK}HV lhþes e o de comÊrcio com 1,5% ou US$ 267,5 milhþes. Segundo a Tabela 35, o valor mÊdio dos 6HJXQGR nos D 7DEHOD R YDORU PpGLR GRV LQYHVWLPHQWRV QRV quatro HPSUHHQGLPHQWRV investimentos empreendimentos industriais Ê de US$ 29,2 milhþes, vezes superior ao LQGXVWULDLV GH 86 de PLOK}HV TXDWUR YH]HV VXSHULRU DR DQXQFLDGR QRV VHUYLoRV anunciado nos p serviços, US$ 7,4 milhþes. GH 86 PLOK}HV
Tabela 36 - RMC: Investimentos anunciados segundo setores de atividade econômica – 1997 a 2005 9HU ,37
26
$ 7DEHOD GHVWDFD RV SULQFLSDLV UDPRV LQGXVWULDLV TXH DQXQFLDUDP
Ver IPT (2007)
LQYHVWLPHQWRV SURGXWRV TXtPLFRV DXWRPRWLYR HOHWULFLGDGH iJXD TXHQWH H JiV H UHILQR GH SHWUyOHR H JiV (VWHV VXEVHWRUHV FHQWUDOL]DUDP
123
A Tabela 37 destaca os principais ramos industriais que anunciaram investimentos: produtos quĂmicos (19,9%), automotivo (13,7%), eletricidade, ĂĄgua quente e gĂĄs (9,6%) e refino de petrĂłleo e gĂĄs (8,1%). Estes subsetores centralizaram mais da metade das pretensĂľes, equivalente a US$ 9,4 bilhĂľes, o que mostra a tendĂŞncia na RMC do crescimento de segmentos intensivos em tecnologia. Tabela 37 – RMC: Investimentos anunciados segundo subsetores de atividade econĂ´mica – 1997 a 2005
'RV LQYHVWLPHQWRV YROWDGRV j iUHD LQGXVWULDO JUDQGH SDUWH LQFRUSRUD 124
LQWHQVLGDGH PpGLD GH WHFQRORJLD GH PpGLD DOWD H GH PpGLD EDL[D $
Dos investimentos voltados à årea industrial, grande parte incorpora intensidade mÊdia de tecnologia: 48,3% de mÊdia alta e 29,6% de mÊdia baixa. A intensidade tecnológica mais alta somente foi anunciada por 13,5% dos estabelecimentos industriais das seguintes åreas: material eletrônico e equipamentos de comunicação, produtos farmacêuticos, måquinas de escritório e equipamentos de informåtica e aeronåutica (Tabela 37). Tabela 38 – RMC – Investimentos anunciados na indústria segundo intensidade tecnológica – 1997 a 2005 Tabela 38 – RMC – Investimentos anunciados na indústria segundo intensidade tecnológica – 1997 a 2005
'R WRWDO GH LQYHVWLPHQWRV DQXQFLDGRV QD 50& SUDWLFDPHQWH PHWDGH WHP Do total deWRWDO investimentos anunciados na RMC, praticamente metade tem origem nacional 'R LQYHVWLPHQWRV DQXQFLDGRV QD 50& SUDWLFDPHQWH PHWDGH WHP RULJHP QDFLRQDO H GH D RXWUD LQWHUQDFLRQDO 'RV LQYHVWLPHQWRV GHFODUDGRV SRU HPSUHVDV
e a RULJHP outra internacional. Dos investimentos declarados por empresas nacionais, um terço volta-se QDFLRQDO H D RXWUD LQWHUQDFLRQDO 'RV LQYHVWLPHQWRV GHFODUDGRV SRU HPSUHVDV QDFLRQDLV XP WHUoR YROWD VH SDUD R UDPR SHWURTXtPLFR 'R PRQWDQWH HVWUDQJHLUR 86 para o ramo petroquĂmico. Do montante estrangeiro, US$ 3,9 bilhĂľes ou 21,5% foi anunciado QDFLRQDLV ELOK}HV XP WHUoR YROWD VH SDUD R UDPR SHWURTXtPLFR 'R PRQWDQWH HVWUDQJHLUR 86 RX IRL DQXQFLDGR SHOR 1$)7$ 7UDWDGR 1RUWH $PHULFDQR GH /LYUH pelo NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre ComĂŠrcio), US$ 3,2 bilhĂľes ou 17,9% pela UniĂŁo ELOK}HV RX IRL DQXQFLDGR SHOR 1$)7$ 7UDWDGR 1RUWH $PHULFDQR GH /LYUH &RPpUFLR 86 ELOK}HV RX SHOD 8QLmR (XURSHLD FHUFD GH 86 ELOKmR RX Europeia; cerca de US$ 1 bilhĂŁo ou 5,7% pelo JapĂŁo, entre outros paĂses. Os investimentos es&RPpUFLR 86 ELOK}HV RX SHOD 8QLmR (XURSHLD FHUFD GH 86 ELOKmR RX SHOR -DSmR HQWUH RXWURV SDtVHV 2V LQYHVWLPHQWRV HVWUDQJHLURV WrP HP FRPXP R trangeiros tĂŞm em comum o foco no segmento automotivo. SHOR -DSmR HQWUH RXWURV SDtVHV 2V LQYHVWLPHQWRV HVWUDQJHLURV WrP HP FRPXP R IRFR QR VHJPHQWR DXWRPRWLYR
IRFR QR VHJPHQWR DXWRPRWLYR
Tabela 39 - RMC: Investimentos anunciados segundo origem do capital – 1997 a 2005 Tabela 39 - RMC: Investimentos anunciados segundo origem do capital – 1997 a 2005
125
QDFLRQDLV XP WHUoR YROWD VH SDUD R UDPR SHWURTXtPLFR 'R PRQWDQWH HVWUDQJHLUR 86 ELOK}HV RX IRL DQXQFLDGR SHOR 1$)7$ 7UDWDGR 1RUWH $PHULFDQR GH /LYUH &RPpUFLR 86 ELOK}HV RX SHOD 8QLmR (XURSHLD FHUFD GH 86 ELOKmR RX SHOR -DSmR HQWUH RXWURV SDtVHV 2V LQYHVWLPHQWRV HVWUDQJHLURV WrP HP FRPXP R IRFR QR VHJPHQWR DXWRPRWLYR Tabela 39 - RMC: Investimentos anunciados segundo origem do capital – 1997 a 2005
1R HQWDQWR GRV 86 ELOK}HV GHFODUDGRV VRPHQWH GRV No entanto, dos US$ 18,3 bilhþes declarados, somente 0,4% dos investimentos serå deLQYHVWLPHQWRV VHUi GHGLFDGR D 3HVTXLVD H 'HVHQYROYLPHQWR 3 ' H HP dicado a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e 6,72% em modernização, percentuais diminutos PRGHUQL]DomR SHUFHQWXDLV GLPLQXWRV KDMD YLVWD TXH HVWDV UXEULFDV DODYDQFDP D haja vista que estas rubricas alavancam a inovação tecnológica. LQRYDomR WHFQROyJLFD A maioria dos investimentos Ê locada em implantação (69,13%) e em ampliação (23,7%) $ PDLRULD GRV LQYHVWLPHQWRV p ORFDGD HP LPSODQWDomR H HP da base produtiva, resultado do volume de importação de equipamentos, que poder ser consideDPSOLDomR GD EDVH SURGXWLYD UHVXOWDGR GR YROXPH GH LPSRUWDomR GH rado uma forma de incorporação de tecnologia. HTXLSDPHQWRV TXH SRGHU VHU FRQVLGHUDGR XPD IRUPD GH LQFRUSRUDomR GH WHFQRORJLD Tabela 40 – RMC: Tipos de investimentos anunciados
$ 7DEHOD A Tabela 41 mostraPRVWUD D SHUVSHFWLYD GH LQYHVWLPHQWRV QRV PXQLFtSLRV GD 50& 2 a perspectiva de investimentos nos municĂpios da RMC. O municĂpio PXQLFtSLR GH 3DXOtQLD GR aWRWDO VXSHULRU D &DPSLQDV GD UHJLmR com de PaulĂnia absorve 32,2%DEVRUYH do total, superior Campinas, sede da regiĂŁo VHGH metropolitana, PHWURSROLWDQD GH LQWHQo}HV GH Americana LQYHVWLPHQWR (P 9,6% VHJXLGD $PHULFDQD 26,6% de intençþes FRP de investimento. Em seguida, totaliza do anĂşncio de investimento, principalmente nas ĂĄreas de energia e tĂŞxtil. WRWDOL]D GR DQ~QFLR GH LQYHVWLPHQWR SULQFLSDOPHQWH QDV iUHDV GH HQHUJLD H Wr[WLO
3DXOtQLD FRQFHQWUD PXLWRV devido UHFXUVRV GHYLGR da j indĂşstria SUHVHQoD GD LQG~VWULD PaulĂnia concentra muitos recursos Ă presença petroquĂmica, com o projeto de construção de um complexo petroquĂmico, ampliação da unidade da Rhodia, construSHWURTXtPLFD FRP R SURMHWR GH FRQVWUXomR GH XP FRPSOH[R SHWURTXtPLFR DPSOLDomR ção da unidade de polipropileno pela CPP – Companhia PetroquĂmica Paulista &RPSDQKLD e expansĂŁo da GD XQLGDGH GD 5KRGLD FRQVWUXomR GD XQLGDGH GH SROLSURSLOHQR SHOD &33 Âą Replan. A ĂĄrea de eletricidade, gĂĄs e ĂĄguaGD quente tambĂŠm prevĂŞ construção de duas termelĂŠ3HWURTXtPLFD 3DXOLVWD H H[SDQVmR 5HSODQ $ iUHD GH aHOHWULFLGDGH JiV H iJXD 27 . tricas: Cia TermelĂŠtrica do Planalto Paulista eGH a DSG TXHQWH WDPEpP SUHYr D FRQVWUXomR GXDV Mineração WHUPHOpWULFDV &LD 7HUPHOpWULFD GR
3ODQDOWR 3DXOLVWD H D '6* 0LQHUDomR 27
126
Fundação Seade, 2006, p. 15.
1R PXQLFtSLR GH &DPSLQDV DV SHUVSHFWLYDV GH LQYHVWLPHQWRV HVWmR
SXOYHUL]DGDV HP XPD OLVWD GH HPSUHHQGLPHQWRV HQWUH RV TXDLV VH GHVWDFDP RV
No municĂpio de Campinas, as perspectivas de investimentos estĂŁo pulverizadas em uma lista de empreendimentos, entre os quais se destacam os imobiliĂĄrios na construção de condomĂnio; na ĂĄrea de telecomunicaçþes, a empresa americana Nextel tem projetos de ampliação e nas atividades auxiliares de transportes e agĂŞncias de viagem, a unidade local da holandesa TNT Global Express projeta modernização.
2V LQYHVWLPHQWRV HP $PHULFDQD VH FRQFHQWUDP QD iUHD LQGXVWULDO FRP Os investimentos em Americana se concentram na ĂĄrea industrial, com destaque para os GHVWDTXH SDUD RV SURMHWRV GH FRQVWUXomR GH GXDV WHUPHOpWULFDV D &DULRED ,, SDUFHULD projetos de construção de duas termelĂŠtricas: a Carioba II (parceria entre a CPFL – Companhia HQWUH D &3)/ Âą &RPSDQKLD 3DXOLVWD GH )RUoD H /X] D ,QWHUJHQ H D 6KHOO H R 3URMHWR Paulista de Força e Luz, a Intergen e a Shell) e o Projeto Anhanguera (CPFL e Gerasul – Centrais $QKDQJXHUD &3)/ H *HUDVXO Âą &HQWUDLV *HUDGRUDV GR 6XO GR 3DtV 1R UDPR Wr[WLO Geradoras do Sul do PaĂs). No ramo tĂŞxtil, fundamental para a cidade, os investimentos mais IXQGDPHQWDO SDUD D FLGDGH RV LQYHVWLPHQWRV PDLV H[SUHVVLYRV IRUDP DQXQFLDGRV SHOD expressivos foram anunciados pela Du Pont. 'X 3RQW Tabela 41 – RMC: Investimentos anunciados segundo municĂpio
'H DFRUGR FRP D )XQGDomR 6HDGH R SHUILO GRV LQYHVWLPHQWRV LPSODQWDGRV GH De acordo com a Fundação Seade, o perfil dos investimentos implantados de 1998 a 2002 D PRVWUD D WHQGrQFLD GH IRUWDOHFLPHQWR GDV FDGHLDV SURGXWLYDV LQGXVWULDLV mostra a tendência de fortalecimento das cadeias produtivas industriais da região metropolitana (Tabela 41). Verificam-se empresas de segmentos tradicionais atÊ mais dinâmicos, considerados GD UHJLmR PHWURSROLWDQD 7DEHOD 9HULILFDP VH HPSUHVDV GH VHJPHQWRV WUDGLFLRQDLV
DWp PDLV GLQkPLFRV FRQVLGHUDGRV GH PpGLD H DOWD GHQVLGDGH WHFQROyJLFD 3DFKHFR &UX] 'HQWUH DV DWLYLGDGHV LQGXVWULDLV GD UHJLmR SRGHPRV GHVWDFDU Wr[WLO
127
de mรฉdia e alta densidade tecnolรณgica (Pacheco & Cruz, 2004). Dentre as atividades industriais da regiรฃo, podemos destacar: tรชxtil, vestuรกrio, mรณveis, alimentos e bebidas, borracha, plรกstico, quรญmica, refino de petrรณleo, produรงรฃo de automรณveis, produtos farmacรชuticos, mรกquinas de escritรณrio, equipamentos mรฉdicos, eletrรดnica, informรกtica, telecomunicaรงรตes, automaรงรฃo e precisรฃo, entre outras. Tabela 42 โ RMC: Investimentos Implantados โ 1998 / 2002 โ Valores em milhares de R$ Empresa Segmento Tipo Local Valor $OFDWHO
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
$OJDU
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
'LJLWDO 0LFURZDYH
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
+RUL]RQ &DEOHYLVLRQ
7HOHFRP
1RYR
50&
/XFFHQW
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
0HWDOFDER
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
0RWRUROD
7HOHFRP
1RYR
-DJXDUL~QD
1HW 1HW
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
1H[WHO
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
1RUWHO
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
4XDOFRPP &RUS
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
7HVV
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
9pVSHU
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
$YH[ (OHWURQLFV
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
&RPSDT
,QIRUPiWLFD
1RYR
-DJXDUL~QD
*7 6&,
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
*7 'LJLWDO
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
*7 $SSOH
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
'DQIRVV
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
+HZOHWW 3DFNDUG
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
.LUNZRRG ,QGXVWULHV
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
3RUWDO %LRQH[R
,QIRUPiWLFD
1RYR
50&
*UXSR 6RQGD
,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
Sub-totalโ Telecom.
2.454,0
Sub-total Informรกtica
447,5
%HQWHOHU
$XWRPRWLYD
1RYR
&DPSLQDV
%RVFK
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
&DPSLQDV
%RVFK )UHLRV
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
&DPSLQDV
(DWRQ
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
9DOLQKRV
)LOWURV 0DQQ
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
,QGDLDWXED
*HYLVD
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
&DPSLQDV
+RQGD
$XWRPRWLYD
1RYR
6XPDUp
7R\RWD
$XWRPRWLYD
1RYR
,QGDLDWXED
9DOHR
$XWRPRWLYD
1RYR
&DPSLQDV
Sub-total Automotiva
128
1.460,0
%6 &RQWLQHQWDO
(OHWURGRPpVWLFRV
1RYR
+RUWROkQGLD
*( '$.2
(OHWURGRPpVWLFRV
([SDQVmR
&DPSLQDV
7XERV
1RYR
6XPDUp
Sub-total Eletrodomรฉstico &RQVXOSODVW
362,5
%RVFK )UHLRV
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
&DPSLQDV
(DWRQ
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
9DOLQKRV
)LOWURV 0DQQ
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
,QGDLDWXED
*HYLVD
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
&DPSLQDV
+RQGD
$XWRPRWLYD
1RYR
6XPDUp
7R\RWD
$XWRPRWLYD
1RYR
,QGDLDWXED
9DOHR
$XWRPRWLYD
1RYR
&DPSLQDV
Sub-total Automotiva Tabela 42 – RMC: Investimentos Implantados – 1998 / 2002 – Valores em milhares de R$
1.460,0
%6 &RQWLQHQWDO Empresa
(OHWURGRPpVWLFRV Segmento
1RYRTipo
+RUWROkQGLD Local
Valor
*( '$.2 $OFDWHO
(OHWURGRPpVWLFRV 7HOHFRP
([SDQVmR 1RYR
&DPSLQDV
Sub-total Eletrodoméstico $OJDU
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
362,5
&RQVXOSODVW 'LJLWDO 0LFURZDYH
7XERV 7HOHFRP
1RYR
6XPDUp &DPSLQDV
)RUWLOLW +RUL]RQ &DEOHYLVLRQ
7XERV 7HOHFRP
1RYR
6XPDUp 50&
Sub-total /XFFHQW Tubos
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
306,5
'X 3RQW 0HWDOFDER
7r[WLO 7HOHFRP
1RYR
3DXOtQLD &DPSLQDV
'X 3RQW 0RWRUROD
7r[WLO 7HOHFRP
1RYR
$PHULFDQD -DJXDUL~QD
7r[WLO 7HOHFRP
([SDQVmR 1RYR
6 % '¶2HVWH &DPSLQDV
Segmento 7r[WLO 7HOHFRP
([SDQVmR 1RYRTipo
Local 1RYD 2GHVVD &DPSLQDV
9LFXQKD 1RUWHO
7r[WLO 7HOHFRP
1RYR
$PHULFDQD &DPSLQDV
Sub-total Têxtil 4XDOFRPP &RUS
7HOHFRP
1RYR
&DPSLQDV
612,5
(OL /LOO\ GR %UDVLO 7HVV
)DUPDFrXWLFR 7HOHFRP
1RYR
&RVPySROLV &DPSLQDV
3URGRPH 9pVSHU
)DUPDFrXWLFR 7HOHFRP
([SDQVmR 1RYR
&DPSLQDV
6LJPD 3KDUPD Sub-total– Telecom.
)DUPDFrXWLFR
1RYR
&DPSLQDV
2.454,0
0HULDO $YH[ (OHWURQLFV
)DUPDFrXWLFR ,QIRUPiWLFD
([SDQVmR 1RYR
&DPSLQDV
+XGWHOID 1HW 1HW 2EHU 6 $ 1H[WHO
Empresa
Valor
Sub-total Farmacêutico &RPSDT
,QIRUPiWLFD
1RYR
-DJXDUL~QD
177,5
%<. 4XtP H )DUP *7 6&,
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
1RYR
-DJXDUL~QD &DPSLQDV
([[RQ *7 'LJLWDO
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
1RYR
3DXOtQLD &DPSLQDV
)RUWLWHF *7 $SSOH
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
1RYR
&DPSLQDV
3HWUREUDV 233 'DQIRVV
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
1RYR
3DXOtQLD &DPSLQDV
5HSODQ +HZOHWW 3DFNDUG
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
([SDQVmR 1RYR
3DXOtQLD &DPSLQDV
5KRGLD .LUNZRRG ,QGXVWULHV
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
([SDQVmR 1RYR
&DPSLQDV
6KHOO 3RUWDO %LRQH[R
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
1RYR
3DXOtQLD 50&
9LWyULD *UXSR 6RQGD
4XtPLFD ,QIRUPiWLFD
([SDQVmR 1RYR
9DOLQKRV &DPSLQDV
3ODVWLSDFNLQJ %HQWHOHU
(PEDODJHQV $XWRPRWLYD
1RYR
3DXOtQLD &DPSLQDV
7HUPRWpFQLFD %RVFK
(PEDODJHQV $XWRPRWLYD
1RYR ([SDQVmR
6XPDUp &DPSLQDV
5LJHVD :HVWYDFR %RVFK )UHLRV
(PEDODJHQV $XWRPRWLYD
([SDQVmR
9DOLQKRV &DPSLQDV
Sub-total Embalagens (DWRQ
$XWRPRWLYD
([SDQVmR
9DOLQKRV
56,5
&RPJDV *DVERO )LOWURV 0DQQ
(QHUJLD $XWRPRWLYD
1RYR ([SDQVmR
/LPHLUD ,QGDLDWXED
&RPJDV *DVERO *HYLVD
(QHUJLD $XWRPRWLYD
1RYR ([SDQVmR
$PHULFDQD &DPSLQDV
&RPJDV *DVERO +RQGD
(QHUJLD $XWRPRWLYD
1RYR
3DXOtQLD 6XPDUp
Química Sub-total Informática
2.215,5 447,5
Sub-total Energia 7R\RWD
$XWRPRWLYD
1RYR
,QGDLDWXED
140,0
'RZ &URQQLQJ 9DOHR
6LOLFRQH $XWRPRWLYD
1RYR
+RUWROkQGLD &DPSLQDV
,EHU %DQG Automotiva Sub-total
&ROFKHWHULD
1RYR
3HGUHLUD
1.460,0
1XWURQ %6 &RQWLQHQWDO
5DomR $QLPDO (OHWURGRPpVWLFRV
1RYR
&DPSLQDV +RUWROkQGLD
0LPR *( '$.2
+LJLHQH 3HVVRDO (OHWURGRPpVWLFRV
1RYR ([SDQVmR
&DPSLQDV
0HWDO &RQWDLQHU Sub-total Eletrodoméstico
/DWDV
1RYR
-DJXDUL~QD
362,5
5LJHVD &RQVXOSODVW
3DSHO H &HOXORVH 7XERV
([SDQVmR 1RYR
9DOLQKRV 6XPDUp
5RPL )RUWLOLW
7RUQRV 7XERV
([SDQVmR 1RYR
6WD % '¶2HVWH 6XPDUp
7DEDFRZ Tubos Sub-total
)LRV H 7DSHWHV
1RYR
$PHULFDQD
306,5
9DOH '¶2XUR 'X 3RQW
$OLPHQWDomR 7r[WLO
1RYR
&DPSLQDV 3DXOtQLD
:LWWPDQQ 'X 3RQW
%RUUDFKD 7r[WLO
([SDQVmR 1RYR
9DOLQKRV $PHULFDQD
Sub-total Outros +XGWHOID
7r[WLO
([SDQVmR
6 % '¶2HVWH
296,5
Total Investimentos 2EHU 6 $
7r[WLO
([SDQVmR
1RYD 2GHVVD
8.529,0
)RQWH $GDSWDGR GH 3DFKHFR &UX]
2V VHJPHQWRV FRP PDLRU UHSUHVHQWDWLYLGDGH QR WRWDO GH LQYHVWLPHQWRV
129
Os segmentos com maior representatividade no total de investimentos implantados entre 1998 e 2002 foram de mĂŠdia e alta intensidade tecnolĂłgica: telecomunicaçþes, quĂmica e automotiva, com participaçþes respectivas de 28,7%, 25,9% e 17,1%. Juntos, os trĂŞs segmentos, responderam por mais de 70% do total investido no setor industrial entre 1998 e 2002.
3RU ILP R 4XDGUR PRVWUD RV VHWRUHV GH DWLYLGDGH HFRQ{PLFD TXH Por fim, o Quadro 7 mostra os setores de atividade econĂ´mica que concentraram os anĂşnFRQFHQWUDUDP RV DQ~QFLRV GH LQYHVWLPHQWRV H DV SULQFLSDLV HPSUHVDV QRV PXQLFtSLRV cios de investimentos e as principais empresas nos municĂpios da RMC. O setor industrial predoGD 50& 2 VHWRU LQGXVWULDO SUHGRPLQD HP TXDVH WRGRV RV PXQLFtSLRV H[FHWR HP mina em quase todos os municĂpios, exceto em Arthur Nogueira e Vinhedo, em que prevalece o $UWKXU 1RJXHLUD H 9LQKHGR HP TXH SUHYDOHFH R VHWRU GH VHUYLoRV H 6DQWR $QWRQLR GH setor de serviços e Santo Antonio de Posse e Holambra, o setor agrĂcola. 3RVVH H +RODPEUD R VHWRU DJUtFROD
MunicĂpio PaulĂnia
Campinas
Americana SumarÊ Indaiatuba Hortolândia
JaguariĂşna
Vinhedo
Valinhos
Itatiba
130
Quadro 7â&#x20AC;&#x201C; RMC: Perfil dos investimentos anunciados nos municĂpios â&#x20AC;&#x201C; 1997 / 2005 Concentração do investimento Principais empresas 6HWRU LQGXVWULDO DJUHJD GRV UHFXUVRV DQXQFLDGRV 5HSODQ 3HWUREUDV 233 3HWURTXtPLFD *UXSR VHQGR TXH SDUD R VHWRU TXtPLFR 7DPEpP KRXYH 2GHEUHFKW %UDVNHP (OHNHLUR] *UXSR ,WD~VD LPSRUWDQWH LQYHVWLPHQWR QR VHJPHQWR GH HOHWULFLGDGH 5KRGLD &RPSDQKLD 3HWURTXtPLFD 3DXOLVWD 'XSRQW &LD 7HUPRHOpWULFD GR 3ODQDOWR 3DXOLVWD H '6* 0LQHUDomR 6HWRU GH VHUYLoRV FRQFHQWUDUDP PDLV GD PHWDGH GRV 1H[WHO 717 *OREDO ([SUHVV $EVD &DUJR LQYHVWLPHQWRV DQXQFLDGRV FRP GHVWDTXH SDUD DWLYLGDGHV $LUOLQH /XFHQW +XDZHL 7HFKQRORJLHV %RVFK LPRELOLiULDV WHOHFRPXQLFDo}HV DWLYLGDGHV DX[LOLDUHV GH 9DOHR )LEHU &RUH H %UDVLOLQYHVW WUDQVSRUWHV H DJrQFLD GH YLDJHQV WUDQVSRUWH DpUHR DWLYLGDGHV UHFUHDWLYDV FXOWXUDLV H GHVSRUWLYDV 6HWRU LQGXVWULDO RV SULQFLSDLV VHWRUHV IRUDP PDWHULDO HOHWU{QLFR H HTXLSDPHQWRV GH FRPXQLFDomR DXWRPRWLYR H PiTXLQDV DSDUHOKRV H PDWHULDLV HOpWULFRV 6HWRU LQGXVWULDO FXMRV SULQFLSDLV VHJPHQWRV IRUDP &3)/ ,QWHUJHQ 6KHOO *HUDVXO H 'X 3RQW HOHWULFLGDGH JiV H iJXD TXHQWH H Wr[WLO 6HWRU LQGXVWULDO FRP GR WRWDO GRV LQYHVWLPHQWRV +RQGD 6 9 - )RUWLOLW H 9LOODUHV DQXQFLDGRV 'HVVHV UHIHUHP VH D WUrV VHJPHQWRV DXWRPRWLYR ERUUDFKD H SOiVWLFR H PHWDO~UJLFD EiVLFD 6HWRU LQGXVWULDO GR WRWDO VHQGR TXH DSHQDV R 7R\RWD 0HUFHGH] %HQ] H *HQHUDO 0RWRUV VHJPHQWR DXWRPRWLYR UHVSRQGHX SRU GHVVH WRWDO 6HWRU LQGXVWULDO GRV LQYHVWLPHQWRV 2V SULQFLSDLV 6(0 6LJPD 3KDUPD *RQYDUUL (VPHQD VHJPHQWRV IRUDP SURGXWRV IDUPDFrXWLFRV SURGXWRV GH %RVFK %6+ &RQWLQHQWDO 0DJQHWL 0DUHOOL ,QSDU PHWDO PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV H DXWRPRWLYR 1R VHWRU GH VHUYLoRV VH GHVWDFRX R VHJPHQWR GH DWLYLGDGHV PRELOLiULDV 6HWRU LQGXVWULDO FRQFHQWURX GRV LQYHVWLPHQWRV 0RWRUROD &RPSDT 'HOSKL H %<. )DUPDFrXWLFD VHQGR TXH VH UHIHUHP DR VHJPHQWR GH PDWHULDO HOHWU{QLFR H HTXLS GH FRPXQLFDomR H DR UDPR GH PiT GH HVFULWyULR H HTXLSDPHQWRV GH LQIRUPiWLFD 'HVWDFDP VH WDPEpP RV VHWRUHV DXWRPRWLYR H GH SURGXWRV IDUPDFrXWLFRV 6HWRU GH VHUYLoRV FRQFHQWURX PDLV GH GRV +RSL +DUL H 3HUIHWWL 9DQ 0HOOH LQYHVWLPHQWRV VHQGR TXH GHVVHV UHIHUHP VH jV DWLYLGDGHV UHFUHDWLYDV FXOWXUDLV H GHVSRUWLYDV 1R VHWRU LQGXVWULDO GHVWDFD VH R VHJPHQWR GH DOLPHQWRV H EHELGDV 6HWRU LQGXVWULDO FRQFHQWURX GRV LQYHVWLPHQWRV VHQGR (DWRQ 5LJHVD H *HVV\ /HYHU TXH GHVVHV UHIHUHP VH DR VHJPHQWR DXWRPRWLYR 2XWURV VHJPHQWRV LPSRUWDQWHV IRUDP SDSHO H FHOXORVH H SURGXWRV TXtPLFRV 6HWRU LQGXVWULDO GRV LQYHVWLPHQWRV GHVWDFDQGR VH R 1LFHP 1tYHD H 7UXPS 5HDOW\ %UDVLO VHJPHQWR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV FRP GR WRWDO GD LQG~VWULD (QIDWL]DP VH DLQGD RV VHJPHQWRV GH SURGXWRV TXtPLFRV 1R VHWRU GH VHUYLoRV R SULQFLSDO VHJPHQWR IRL R GH DWLYLGDGHV LPRELOLiULDV
H HTXLSDPHQWRV GH LQIRUPiWLFD 3RU PiT ILP GH R HVFULWyULR 4XDGUR PRVWUD RV VHWRUHV GH DWLYLGDGH HFRQ{PLFD TXH 'HVWDFDP VH WDPEpP RV VHWRUHV DXWRPRWLYR H GH SURGXWRV
IDUPDFrXWLFRV FRQFHQWUDUDP RV DQ~QFLRV GH LQYHVWLPHQWRV H DV SULQFLSDLV HPSUHVDV QRV PXQLFtSLRV Vinhedo
6HWRU GH VHUYLoRV FRQFHQWURX PDLV GH GRV +RSL +DUL H 3HUIHWWL 9DQ 0HOOH
GD 50& 2 LQYHVWLPHQWRV VHWRU LQGXVWULDO SUHGRPLQD TXDVH VHQGR TXH GHVVHV HP UHIHUHP VH jV WRGRV RV PXQLFtSLRV H[FHWR HP DWLYLGDGHV UHFUHDWLYDV FXOWXUDLV H GHVSRUWLYDV
$UWKXU 1RJXHLUD H 9LQKHGR HP TXH SUHYDOHFH R VHWRU GH VHUYLoRV H 6DQWR $QWRQLR GH 1R VHWRU LQGXVWULDO GHVWDFD VH R VHJPHQWR GH DOLPHQWRV H EHELGDV 3RVVH H +RODPEUD R VHWRU DJUtFROD Valinhos
6HWRU LQGXVWULDO FRQFHQWURX GRV LQYHVWLPHQWRV VHQGR (DWRQ 5LJHVD H *HVV\ /HYHU TXH GHVVHV UHIHUHP VH DR VHJPHQWR DXWRPRWLYR Quadro 7โ RMC: LPSRUWDQWHV Perfil dos investimentos anunciados 2XWURV VHJPHQWRV IRUDP SDSHO H FHOXORVH H nos municรญpios โ 1997 / 2005 SURGXWRV TXtPLFRV Municรญpio Concentraรงรฃo do investimento Principais empresas 6HWRU LQGXVWULDO GRV LQYHVWLPHQWRV GHVWDFDQGR VH R 6HWRU LQGXVWULDO DJUHJD GRV UHFXUVRV DQXQFLDGRV 5HSODQ 3HWUREUDV 233 3HWURTXtPLFD *UXSR Itatiba 1LFHP 1tYHD H 7UXPS 5HDOW\ %UDVLO Paulรญnia VHJPHQWR PiTXLQDV HTXLSDPHQWRV FRP GR 2GHEUHFKW %UDVNHP (OHNHLUR] *UXSR ,WD~VD VHQGR TXH GH SDUD R H VHWRU TXtPLFR 7DPEpP KRXYH WRWDO GD LQG~VWULD (QIDWL]DP VH DLQGD RV VHJPHQWRV GH 5KRGLD &RPSDQKLD 3HWURTXtPLFD 3DXOLVWD LPSRUWDQWH LQYHVWLPHQWR QR VHJPHQWR GH HOHWULFLGDGH SURGXWRV TXtPLFRV 'XSRQW &LD 7HUPRHOpWULFD GR 3ODQDOWR 3DXOLVWD H '6* 0LQHUDomR 1R VHWRU GH VHUYLoRV R SULQFLSDO VHJPHQWR IRL R GH 6HWRU GH VHUYLoRV FRQFHQWUDUDP PDLV GD PHWDGH GRV 1H[WHO 717 *OREDO ([SUHVV $EVD &DUJR Campinas DWLYLGDGHV LPRELOLiULDV LQYHVWLPHQWRV DQXQFLDGRV FRP GHVWDTXH SDUD DWLYLGDGHV $LUOLQH /XFHQW +XDZHL 7HFKQRORJLHV %RVFK LPRELOLiULDV WHOHFRPXQLFDo}HV GH 9DOHR )LEHU &RUH H %UDVLOLQYHVW 6HWRU LQGXVWULDO UHSUHVHQWRX DWLYLGDGHV FHUFD GH DX[LOLDUHV GRV Santa 5RPL 7r[WLO &DQDWLED 6KRSSLQJ 7LYROL H WUDQVSRUWHV H DJrQFLD GH YLDJHQV WUDQVSRUWH DpUHR LQYHVWLPHQWRV 0DLV GH GHVVHV IRUDP QR VHJPHQWR GH +RUL]RQ &DEOHYLVLRQ Bรกrbara DWLYLGDGHV UHFUHDWLYDV FXOWXUDLV H GHVSRUWLYDV PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV 'HVWDFD VH DLQGD QR VHWRU dโ Oeste 6HWRU LQGXVWULDO RV SULQFLSDLV VHWRUHV IRUDP PDWHULDO LQGXVWULDO R VHJPHQWR Wr[WLO HOHWU{QLFR H HTXLSDPHQWRV GH FRPXQLFDomR DXWRPRWLYR H Municรญpio Concentraรงรฃo do investimento Principais empresas 1R VHWRU GH VHUYLoRV RV UDPRV LPSRUWDQWHV VmR DWLYLGDGHV PiTXLQDV DSDUHOKRV H PDWHULDLV HOpWULFRV LPRELOLiULDV H WHOHFRPXQLFDo}HV 6HWRU LQGXVWULDO FXMRV SULQFLSDLV VHJPHQWRV IRUDP &3)/ ,QWHUJHQ 6KHOO *HUDVXO H 'X 3RQW Americana HOHWULFLGDGH JiV H iJXD TXHQWH H Wr[WLO 6HWRU LQGXVWULDO GRV LQYHVWLPHQWRV GRV TXDLV TXDVH Cosmรณpolis (OL /LOO\ H (FDGLO Sumarรฉ 6HWRU LQGXVWULDO FRP WRWDO GRV GH LQYHVWLPHQWRV VmR UHIHUHQWHV DR GR VHJPHQWR SURGXWRV +RQGD 6 9 - )RUWLOLW H 9LOODUHV DQXQFLDGRV 'HVVHV UHIHUHP VH D WUrV VHJPHQWRV IDUPDFrXWLFRV DXWRPRWLYR ERUUDFKD H SOiVWLFR H PHWDO~UJLFD EiVLFD 6HWRU LQGXVWULDO LQGXVWULDO FRQFHQWURX TXDVH D WRWDOLGDGH GRV Indaiatuba GR WRWDO VHQGR TXH DSHQDV R 7HWUD 3DN H )XQGLomR 0DJDO 7R\RWD 0HUFHGH] %HQ] H *HQHUDO 0RWRUV Monte Mor LQYHVWLPHQWRV GRV TXDLV GLUHFLRQDUDP VH DR VHJPHQWR DXWRPRWLYR UHVSRQGHX SRU GHVVH WRWDO VHJPHQWR GH SDSHO FHOXORVH 'HVWDFD VH DLQGD R 6(0 6LJPD 3KDUPD *RQYDUUL (VPHQD 6HWRU LQGXVWULDO H GRV LQYHVWLPHQWRV 2V SULQFLSDLV Hortolรขndia VHJPHQWR SURGXWRV GH PHWDO H[FOXVLYH SURGXWRV PiTXLQD GH H %RVFK %6+ &RQWLQHQWDO 0DJQHWL 0DUHOOL ,QSDU VHJPHQWRV GH IRUDP SURGXWRV IDUPDFrXWLFRV HTXLSDPHQWRV PHWDO PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV H DXWRPRWLYR 1R VHWRU GH VHUYLoRV VH GHVWDFRX R VHJPHQWR GH DWLYLGDGHV Nova Odessa 6HWRU LQGXVWULDO DSUR[LPDGDPHQWH GRV LQYHVWLPHQWRV .6 2EHU 7UHYLUD 1HFNHOPDQQ H $QKDQJย HUD PRELOLiULDV DQXQFLDGRV 2V SULQFLSDLV VHJPHQWRV LQGXVWULDLV IRUDP 5XUDO &HQWHU Jaguariรบna 6HWRU LQGXVWULDO FRQFHQWURX GRV LQYHVWLPHQWRV 0RWRUROD &RPSDT 'HOSKL H %<. )DUPDFrXWLFD DXWRPRWLYR H Wr[WLO VHQGR VHWRU TXH GH VHUYLoRV VH UHIHUHP DR VHJPHQWR PDWHULDO 1R GHVWDFDP VH DV GH DWLYLGDGHV HOHWU{QLFR H HTXLS GH FRPXQLFDomR H DR UDPR GH LPRELOLiULDV PiT GH HVFULWyULR H HTXLSDPHQWRV GH LQIRUPiWLFD Santo 6HWRU DJUtFROD GRV LQYHVWLPHQWRV IRUDP SDUD R &RRSHUDWLYD 9HLOLQJ +RODPEUD 'HVWDFDP VH WDPEpP RV VHWRUHV DXWRPRWLYR H GH SURGXWRV Antonio de FRPpUFLR DWDFDGLVWD IORUHV IDUPDFrXWLFRV Posse Vinhedo 6HWRU GH VHUYLoRV FRQFHQWURX PDLV GH GRV +RSL +DUL H 3HUIHWWL 9DQ 0HOOH Pedreira 6HWRU LQGXVWULDO LQYHVWLPHQWRV VHQGR GRV TXH LQYHVWLPHQWRV GHVVHV DQXQFLDGRV UHIHUHP VH FRP jV 9DO &OXE PDLRU SDUWLFLSDomR GD iUHD Wr[WLO DWLYLGDGHV UHFUHDWLYDV FXOWXUDLV H GHVSRUWLYDV 6HWRU GH LQGXVWULDO VHUYLoRV PDLRU R SDUWH GRV GH LQYHVWLPHQWRV 1R VHWRU GHVWDFD VH VHJPHQWR DOLPHQWRV H +RVSLWDO %RP 6DPDULWDQR Artur DQXQFLDGRV FRP GHVWDTXH SDUD R VHJPHQWR GH VD~GH H EHELGDV Nogueira VHUYLoRV VRFLDLV Valinhos 6HWRU LQGXVWULDO FRQFHQWURX GRV LQYHVWLPHQWRV VHQGR (DWRQ 5LJHVD H *HVV\ /HYHU TXH GHVVHV LQYHVWLPHQWR UHIHUHP VH QR DR SHUtRGR VHJPHQWR DXWRPRWLYR 6HWRU LQGXVWULDO QD .LNL Engenheiro 2XWURV VHJPHQWRV LPSRUWDQWHV IRUDP SDSHO H FHOXORVH H LQG~VWULD GH DOLPHQWRV H EHELGDV Coelho SURGXWRV TXtPLFRV Holambra 6HWRU DJUtFROD R ~QLFR LQYHVWLPHQWR DQXQFLDGR IRL QR 6tWLR )ORUHDGD $JURSHFXiULD .RUWVWHH 6HWRU LQGXVWULDO GRV LQYHVWLPHQWRV GHVWDFDQGR VH R Itatiba 1LFHP 1tYHD H 7UXPS 5HDOW\ %UDVLO VHJPHQWR DJURSHFXiULR H SHVFD FXOWLYR GH IORUHV VHJPHQWR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV FRP GR )RQWH $GDSWDGR $JHPFDPS WRWDO GD LQG~VWULD (QIDWL]DP VH DLQGD RV VHJPHQWRV GH SURGXWRV TXtPLFRV 1R VHWRU GH VHUYLoRV R SULQFLSDO VHJPHQWR IRL R GH
3.4.2 Condiรงรตes de Vida DWLYLGDGHV LPRELOLiULDV &RQGLo}HV GH 9LGD
6HWRU LQGXVWULDO UHSUHVHQWRX FHUFD GH GRV 5RPL 7r[WLO &DQDWLED 6KRSSLQJ 7LYROL H Santa LQYHVWLPHQWRV 0DLV GH GHVVHV IRUDP QR VHJPHQWR GH +RUL]RQ &DEOHYLVLRQ Bรกrbara 2 GLDJQyVWLFR GDV FRQGLo}HV GH YLGD H QD 50& DEDUFRX D DQiOLVH GRV GDGRV PiTXLQDV HTXLSDPHQWRV DLQGD QR VHWRU dโ Oeste O diagnรณstico das H condiรงรตes de'HVWDFD VH vida e na RMC abarcou a anรกlise dos dados oriundos dos LQGXVWULDO R VHJPHQWR Wr[WLO RULXQGRV GRV EDQFRV GH GDGRV GD $JHPFDPS GR ,%*( GR 6HDGH ยฑ 63 H GD 8QLFDPS
bancos de dados1R VHWRU GH VHUYLoRV RV UDPRV LPSRUWDQWHV VmR DWLYLGDGHV da Agemcamp, do IBGE, do Seade โ SP e da Unicamp referentes ao perรญodo UHIHUHQWHV DR SHUtRGR GH D de 1980 a 2005.
Educaรงรฃo (GXFDomR Na RMC hรก50& progressiva reduรงรฃo doUHGXomR analfabetismo funcional, conforme mostra o Grรกfico 1D Ki SURJUHVVLYD GR DQDOIDEHWLVPR IXQFLRQDO FRQIRUPH 25. De 1980R *UiILFR a 2000, a taxa alfabetizaรงรฃo da RMC DOIDEHWL]DomR foi de 88,2% GD para 94,5%. Estes รญndices PRVWUD 'H de D D WD[D GH 50& IRL GH sรฃo superiores aos verificados no estado de Sรฃo Paulo, no Brasil e na RM da Baixada Santista. SDUD (VWHV tQGLFHV VmR VXSHULRUHV DRV YHULILFDGRV QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR QR
%UDVLO H QD 50 GD %DL[DGD 6DQWLVWD
131
A escolaridade nos municĂpios da RMC mostra evolução positiva ao longo das dĂŠcadas de GrĂĄfico 25 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Taxa de alfabetização da população com 10 anos ou mais â&#x20AC;&#x201C; 1980, 1990 e 2000
1980 e 1990, embora se mantivesse a heterogeneidade regional, com destaque para o municĂpio de Campinas, que possui os melhores Ăndices (Mapas 9 e 10), seguido por Americana, Valinhos
e Vinhedo.
Taxa de alfabetização da população com 10 anos ou mais â&#x20AC;&#x201C; 1980, 1990 e 2000 GrĂĄfico 25 â&#x20AC;&#x201C; RMC:
5 0 GH &DPSLQDV
*UDQGH 6mR 3DXOR
5 0 GD %DL[DGD 6DQWLVWD
(VWDGR GH 6mR 3DXOR
%UDVLO
)RQWH $JHPFDPS
$ HVFRODULGDGH QRV PXQLFtSLRV GD 50& PRVWUD HYROXomR SRVLWLYD DR ORQJR 5 0 GH &DPSLQDV *UDQGH 6mR 3DXOR
5 0 GD %DL[DGD GDV GpFDGDV GH H HPERUD VH PDQWLYHVVH D KHWHURJHQHLGDGH UHJLRQDO FRP (VWDGR GH 6mR 3DXOR 6DQWLVWD %UDVLO
GHVWDTXH SDUD R PXQLFtSLR GH &DPSLQDV TXH SRVVXL RV PHOKRUHV tQGLFHV 0DSDV H )RQWH $JHPFDPS
VHJXLGR SRU $PHULFDQD 9DOLQKRV H 9LQKHGR $ HVFRODULGDGH QRV PXQLFtSLRV GD 50& PRVWUD HYROXomR SRVLWLYD DR ORQJR GrĂĄfico 26â&#x20AC;&#x201C; RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
GDV GpFDGDV GH H HPERUD VH PDQWLYHVVH D KHWHURJHQHLGDGH UHJLRQDO FRP GHVWDTXH SDUD R PXQLFtSLR GH &DPSLQDV TXH SRVVXL RV PHOKRUHV tQGLFHV 0DSDV H VHJXLGR SRU $PHULFDQD 9DOLQKRV H 9LQKHGR GrĂĄfico 26â&#x20AC;&#x201C; RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
132
GrĂĄfico 27â&#x20AC;&#x201C; RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
'DGRV PDLV UHFHQWHV GH 7DEHOD PRVWUDP TXH DOpP GH &DPSLQDV Dados mais recentes, de 2003 (Tabela 43), mostram que, alĂŠm de Campinas, Americana, $PHULFDQD 9DOLQKRV H 9LQKHGRV DV FLGDGHV GH -DJXDUL~QD +RODPEUD H Valinhos e Vinhedos, as cidades de JaguariĂşna, Holambra, PaulĂnia e Indaiatuba3DXOtQLD apresentam ,QGDLDWXED DSUHVHQWDP SHUFHQWXDLV DFLPD GH GD SRSXODomR FRP PDLV GH DQRV percentuais acima de 26% da população com mais de 11 anos de estudos. GH HVWXGRV Nesse aspecto, ĂŠ possĂvel detectar dois eixos com os municĂpios em melhor situação edu1HVVH DVSHFWR p SRVVtYHO GHWHFWDU GRLV HL[RV FRP RV PXQLFtSLRV HP PHOKRU cacional. Um que integra Vinhedo, Valinhos, Campinas e Americana e, outro, no sentido de InVLWXDomR HGXFDFLRQDO 8P TXH LQWHJUD 9LQKHGR 9DOLQKRV &DPSLQDV H $PHULFDQD H daiatuba, Campinas e JaguariĂşna. RXWUR QR VHQWLGR GH ,QGDLDWXED &DPSLQDV H -DJXDUL~QD Tabela 43 - RMC: Grau de instrução da população residente â&#x20AC;&#x201C; 2003
133
Tabela 43 - RMC: Grau de instrução da população residente â&#x20AC;&#x201C; 2003
Tabela 43 - RMC: Grau de instrução da população residente â&#x20AC;&#x201C; 2003
Renda 5HQGD
TXH VH UHIHUH DRV UHQGLPHQWRV REVHUYD VH TXH DXPHQWRX R SHUFHQWXDO No que 1R se refere aos rendimentos, observa-se que aumentou o percentual dos chefes de GRV FKHIHV GH IDPtOLD VHP UHQGLPHQWR QRV SHUtRGRV GH H 0DSD famĂlia sem rendimento nos perĂodos de 1980, 1991 e 2000 (Mapa 11), em todos os municĂpios
5HQGD
HP WRGRV RV PXQLFtSLRV GD 50& FRP H[FHomR GR PXQLFtSLR GH ,WDWLED da RMC, com exceção do municĂpio de Itatiba. 1R TXH VH UHIHUH DRV UHQGLPHQWRV REVHUYD VH TXH DXPHQWRX R SHUFHQWXDO 1R FRQWLQJHQWH GD SRSXODomR FRP UHQGD IDPLOLDU R SHUFHQWXDO GH No contingente da população com renda familiar, em 1991,HP o percentual de famĂlias GRV FKHIHV GH IDPtOLD VHP UHQGLPHQWR QRV SHUtRGRV GH H 0DSD com IDPtOLDV atĂŠ FRP DWp XP VDOiULR 0DSDem DXPHQWRX HP rendimento umUHQGLPHQWR salĂĄrio mĂnimo per capitaPtQLPR (Mapa SHU FDSLWD 112) aumentou sete dos municĂpios, HP WRGRV RV PXQLFtSLRV GD 50& FRP H[FHomR GR PXQLFtSLR GH ,WDWLED VHWH GRV PXQLFtSLRV GLPLQXLX HP TXDWUR H PDQWHYH VH HP RXWURV TXDWUR 1R SHUtRGR diminuiu em quatro e manteve-se em outros quatro. No perĂodo de 2000, houve uma diminuição FRQWLQJHQWH GD SRSXODomR UHQGD geral, IDPLOLDU R SHUFHQWXDO GH GH percentual 1R KRXYH XPD GLPLQXLomR GHVVH SHUFHQWXDO HP observa-se HP FLGDGHV VHMD XP desse em 13 cidades. Ou seja, deFRP um modo a 2X queda do GH percentual IDPtOLDV FRP UHQGLPHQWR DWp PtQLPR 0DSD DXPHQWRX HP PRGR JHUDO REVHUYD VH TXHGD GR SHUFHQWXDO GH IDPtOLDV FRP UHQGD LQIHULRU D XP de famĂlias com renda inferior D a umXP VDOiULR salĂĄrio mĂnimo perSHU FDSLWD capita na RMC. VHWH GRV PXQLFtSLRV GLPLQXLX HP TXDWUR H PDQWHYH VH HP RXWURV TXDWUR 1R SHUtRGR VDOiULR PtQLPR SHU FDSLWD QD 50& GH KRXYH XPD GLPLQXLomR GHVVH SHUFHQWXDO HP FLGDGHV 2X VHMD GH XP PRGR JHUDO REVHUYD VH D TXHGD GR SHUFHQWXDO GH IDPtOLDV FRP UHQGD LQIHULRU D XP VDOiULR PtQLPR SHU FDSLWD QD 50&
134
MAPA 58– Região Metropolitana de Campinas
MAPA 59– Região Metropolitana de Campinas
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4XDQWR DR H[WUDWR GH UHQGD PDLV HOHYDGR R 0DSD LQGLFD XP DXPHQWR GR Quanto ao extrato de renda mais elevado, o Mapa 59 indica um aumento do percentual SHUFHQWXDO GH IDPtOLDV FRP UHQGD SHU FDSLWD PDLRU TXH GH] VDOiULRV PtQLPRV de famĂlias com renda per capita maior que dez salĂĄrios mĂnimos, especialmente no perĂodo de HVSHFLDOPHQWH QR SHUtRGR GH D TXDQGR PXQLFtSLRV DSUHVHQWDUDP 1991 a 2000, quando 13 municĂpios apresentaram aumento desse percentual e cinco municĂpios DXPHQWR GHVVH SHUFHQWXDO H FLQFR PXQLFtSLRV VH PDQWLYHUDP QD PHVPD IDL[D GH se mantiveram na mesma faixa de variação. YDULDomR Da observação do Mapa 59 sobre renda na RMC ĂŠ possĂvel concluir que, nas porçþes nor'D REVHUYDomR GR 0DSD VREUH UHQGD QD 50& p SRVVtYHO FRQFOXLU TXH QDV te e oeste de Campinas, encontram-se os municĂpios com maiores percentuais de baixa renda, SRUo}HV QRUWH H RHVWH GH &DPSLQDV HQFRQWUDP VH RV PXQLFtSLRV FRP PDLRUHV enquanto que ao sul e leste estĂŁo situados aquele com melhores rendimentos, configurando SHUFHQWXDLV GH EDL[D UHQGD HQTXDQWR TXH DR VXO H OHVWH HVWmR VLWXDGRV DTXHOH FRP grande heterogeneidade intrarregional. PHOKRUHV UHQGLPHQWRV FRQILJXUDQGR JUDQGH KHWHURJHQHLGDGH LQWUDUUHJLRQDO Campinas destaca-se na regiĂŁo por apresentar os percentuais mais altos de renda acima &DPSLQDV GHVWDFD VH QD UHJLmR SRU DSUHVHQWDU RV SHUFHQWXDLV PDLV DOWRV GH de dez salĂĄrios mĂnimos e, contraditoriamente, os maiores percentuais de chefes de famĂlia sem UHQGD DFLPD GH GH] VDOiULRV PtQLPRV H FRQWUDGLWRULDPHQWH RV PDLRUHV SHUFHQWXDLV GH rendimentos. FKHIHV GH IDPtOLD VHP UHQGLPHQWRV MAPA 60â&#x20AC;&#x201C; RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
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6DQHDPHQWR $ REVHUYDomR GRV GDGRV VREUH VDQHDPHQWR EiVLFR LQFOXLQGR GRPLFtOLRV VHP Saneamento UHGH JHUDO GH iJXD VHP UHGH JHUDO GH HVJRWR H VHP FROHWD GH OL[R 0DSDV H QRV LQGLFD D DPSOLDomR GD FREHUWXUD GRPLFLOLDU DR ORQJR GH H A observação dos dados sobre saneamento bĂĄsico, incluindo domicĂlios sem rede geral de EHP FRPR XPD PHQRU KHWHURJHQHLGDGH UHJLRQDO 9HULILFD VH QD UHJLmR XP Q~PHUR ĂĄgua, sem rede geral de esgoto e sem coleta de lixo (Mapas 58, 59 e 60), nos indica a ampliação PDLRU GH PXQLFtSLRV FRP HOHYDGD FREHUWXUD GHVVHV VHUYLoRV HP (QWUHWDQWR da cobertura domiciliar ao longo de 1980, 1991 e 2000, bem como uma menor heterogeneidade FRQVWDWD VH TXH RV PXQLFtSLRV DR QRUWH GH &DPSLQDV VmR RV TXH DSUHVHQWDP PDLRUHV regional. Verifica-se na regiĂŁo um nĂşmero maior de municĂpios com elevada cobertura desses SHUFHQWXDLV GH GRPLFtOLRV VHP RV UHIHULGRV VHUYLoRV HVSHFLDOPHQWH UHGH JHUDO GH iJXD serviços, em 2000. Entretanto, constata-se que os municĂpios ao norte de Campinas sĂŁo os que H FROHWD GH OL[R 4XDQWR DRV DR VXO D OHVWH serviços, HVWHV DSUHVHQWDP EDL[D apresentam maiores percentuais de PXQLFtSLRV domicĂlios sem os H referidos especialmente rede geral FREHUWXUD SULQFLSDOPHQWH QD RIHUWD GH iJXD de ĂĄgua e coleta de lixo. Quanto aos municĂpios ao sul e a leste, estes apresentam baixa cobertura principalmente na oferta de ĂĄgua. Mapa 61 â&#x20AC;&#x201C; RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
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MAPA 62– Região Metropolitana de Campinas
MAPA 63 – Região Metropolitana de Campinas
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&RP R REMHWLYR GH FDUDFWHUL]DU GH IRUPD PDLV GHWDOKDGD DV KHWHURJHQHLGDGHV UHJLRQDLV XP HVWXGR UHDOL]DGR SHOR 1(32 Âą 8QLFDPS SURFHGHX j DQiOLVH GRV GDGRV Com o objetivo de caracterizar de forma mais as heterogeneidades regionais, GRV &HQVRV VHJXQGR UHJL}HV FHQVLWiULDV GD detalhada 50& R TXH SRVVLELOLWRX R HVWXGR GH um estudo realizado pelo NEPO â&#x20AC;&#x201C; Unicamp procedeu Ă anĂĄlise dos dados dosUHJLRQDO Censos segundo GLIHUHQWHV LQGLFDGRUHV VRFLDLV JHRUUHIHUHQFLDGRV QD PDQFKD XUEDQD (VVH regiĂľes censitĂĄrias da RMC, o que possibilitou o estudo de GD diferentes indicadores sociais georreHVWXGR SHUPLWLX UHVVDOWDU XPD RXWUD FDUDFWHUtVWLFD 50& TXDQWR j ORFDOL]DomR GH ferenciados na mancha urbana regional. Esse estudo permitiu ressaltar uma outra caracterĂstica iUHDV FRP PHOKRUHV H SLRUHV FRQGLo}HV GH YLGD 1HVVH VHQWLGR RV FDUWRJUDPDV da RMC quanto Ă localização de ĂĄreas com melhores e piores condiçþes de vida. Nesse sentido, H[SRVWRV D VHJXLU PRVWUDP FRP H[WUHPD FODUH]D TXH D PDQFKD XUEDQD UHJLRQDO HVWi os cartogramas expostos a seguir mostram com extrema clareza que a mancha urbana regional VHJPHQWDGD HP GRLV JUDQGHV EORFRV TXH VH DFHQWXDP QR SHUtRGR GH D estĂĄ segmentada em dois grandes blocos, que se acentuam no perĂodo de 1991 a 2000 (Mapas 0DSDV D 61 a 63).
2 EORFR FRP RV SLRUHV LQGLFDGRUHV VRFLDLV DEUDQJH D PDQFKD XUEDQD O bloco com os piores indicadores sociais abrange a mancha urbana localizada ao sul de ORFDOL]DGD DR VXO GH ,QGDLDWXED H &DPSLQDV HVWHQGHQGR VH HP GLUHomR D +RUWROkQGLD Indaiatuba e Campinas, estendendo-se em direção a Hortolândia, SumarĂŠ, Nova Odessa, Sta. 6XPDUp 1RYD 2GHVVD 6WD %iUEDUD 'Âś2HVWH $PHULFDQD H 3DXOtQLD BĂĄrbara Dâ&#x20AC;&#x2122;Oeste, Americana e PaulĂnia. MAPA 64 â&#x20AC;&#x201C; RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
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MAPA 65 - Região Metropolitana de Campinas
MAPA 66– Região Metropolitana de Campinas
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MAPA 67 â&#x20AC;&#x201C; RegiĂŁo Metropolitana de Campinas
)LQDOL]DQGR p SRVVtYHO DILUPDU TXH DSHVDU GH VXD SXMDQoD H GH no VXD Finalizando, ĂŠ possĂvel afirmar que apesar de sua pujança e de sua importância desenLPSRUWkQFLD QR GHVHQYROYLPHQWR 6mR apresenta 3DXOR H heterogeneidades GD QDomR D 50& volvimento do estado de SĂŁo Paulo eGR da HVWDGR nação, aGH RMC internas DSUHVHQWD KHWHURJHQHLGDGHV LQWHUQDV PDUFDQWHV LQGLFDQGR D QHFHVVLGDGH GH de marcantes, indicando a necessidade de implantação de polĂticas pĂşblicas com a finalidade LPSODQWDomR GH SROtWLFDV S~EOLFDV FRP D ILQDOLGDGH GH LQFOXVmR GH GLIHUHQWHV FDPDGDV inclusĂŁo de diferentes camadas sociais no processo de desenvolvimento regional. VRFLDLV QR SURFHVVR GH GHVHQYROYLPHQWR UHJLRQDO Emprego
(PSUHJR
A estrutura produtiva da RMC ĂŠ moderna e com grande capacidade geradora de riqueza, o que contribuiu para a formação de um mercado de trabalho urbano assalariado com ampla $ HVWUXWXUD SURGXWLYD GD 50& p PRGHUQD H FRP JUDQGH FDSDFLGDGH JHUDGRUD oferta de ocupaçþes deFRQWULEXLX classe mĂŠdia e D deIRUPDomR emprego pĂşblico qualificado. Essa seção analisa GH ULTXH]D R TXH SDUD GH XP mais PHUFDGR GH WUDEDOKR XUEDQR as DVVDODULDGR caracterĂsticas doDPSOD mercado de GH trabalho da RMC quanto PpGLD Ă evolução empregos gerados FRP RIHUWD RFXSDo}HV GH FODVVH H GH dos HPSUHJR S~EOLFR
num cenĂĄrio de baixo dinamismo da economia nacional na dĂŠcada de 1990, redução dos postos PDLV TXDOLILFDGR (VVD VHomR DQDOLVD DV FDUDFWHUtVWLFDV GR PHUFDGR GH WUDEDOKR GD de trabalho e precarização das formas de contratação. ApĂłs a desvalorização do real em 1999, 50& TXDQWR j HYROXomR GRV HPSUHJRV JHUDGRV QXP FHQiULR GH EDL[R GLQDPLVPR GD inicia-se um perĂodo de recuperação econĂ´mica, com melhora do desempenho industrial a partir HFRQRPLD QDFLRQDO QD GpFDGD GH UHGXomR GRV SRVWRV GH WUDEDOKR H SUHFDUL]DomR de 2004 e aumento da oferta de emprego nĂŁo agrĂcola, embora aquĂŠm das reais necessidades. GDV IRUPDV GH FRQWUDWDomR $SyV D GHVYDORUL]DomR GR UHDO HP LQLFLD VH XP
SHUtRGR GH UHFXSHUDomR HFRQ{PLFD FRP PHOKRUD GR GHVHPSHQKR LQGXVWULDO D SDUWLU GH A Tabela 44 mostra informaçþes acerca do mercado de trabalho na região metropolitana de H disponibilizados DXPHQWR GD RIHUWD HPSUHJR QmR DJUtFROD HPERUD DTXpP UHDLV Campinas, pelosGH Censos Demogråficos do IBGE de 1991 e de GDV 2000. O cresciQHFHVVLGDGHV 141
$ 7DEHOD PRVWUD LQIRUPDo}HV DFHUFD GR PHUFDGR GH WUDEDOKR QD UHJLmR $ 7DEHOD PRVWUD LQIRUPDo}HV DFHUFD GR PHUFDGR GH WUDEDOKR QD UHJLmR PHWURSROLWDQD GH &DPSLQDV GLVSRQLELOL]DGRV SHORV &HQVRV 'HPRJUiILFRV GR ,%*( GH PHWURSROLWDQD GH &DPSLQDV GLVSRQLELOL]DGRV SHORV &HQVRV 'HPRJUiILFRV GR ,%*( GH H GH 2 FUHVFLPHQWR GD SRSXODomR XUEDQD IRL LQIHULRU DR GD 3($ H GD 3,$ H GH 2 FUHVFLPHQWR GD SRSXODomR XUEDQD IRL LQIHULRU DR GD 3($ H GD 3,$ mento da populaรงรฃo urbana foi inferior ao da PEA e da PIA (populaรงรฃo com idade de trabalhar), SRSXODomR FRP LGDGH GH WUDEDOKDU UHVSHFWLYDPHQWH H DR DQR HP PpGLD SRSXODomR FRP LGDGH GH WUDEDOKDU UHVSHFWLYDPHQWH H DR DQR HP PpGLD respectivamente 2,3% e 3,0% ao ano em mรฉdia. A taxa de participaรงรฃo aumentou de 57,4% $ WD[D GH SDUWLFLSDomR DXPHQWRX GH SDUD H D WD[D GH RFXSDomR IRL GH para$ 60,6% e a SDUWLFLSDomR DXPHQWRX taxa de ocupaรงรฃo foi deGH 91,0% para 81,3%, o que maior quantidade WD[D GH SDUD H D significa WD[D GH que RFXSDomR IRL GH SDUD R TXH VLJQLILFD TXH PDLRU TXDQWLGDGH GH SHVVRDV HVWi WUDEDOKDQGR de pessoas estรก trabalhando ou procurando emprego, enquanto diminuiu o peso da populaรงรฃo SDUD R TXH VLJQLILFD TXH PDLRU TXDQWLGDGH GH SHVVRDV HVWi WUDEDOKDQGR RX SURFXUDQGR HPSUHJR HQTXDQWR GLPLQXLX R SHVR GD SRSXODomR RFXSDGD (VVDV ocupada. Essas informaรงรตes concluir queR oSHVR dinamismo econรดmico metropolitano RX SURFXUDQGR HPSUHJR permitem HQTXDQWR GLPLQXLX GD SRSXODomR RFXSDGD (VVDV nรฃo LQIRUPDo}HV SHUPLWHP FRQFOXLU TXH R GLQDPLVPR HFRQ{PLFR PHWURSROLWDQR QmR IRL foi suficiente para SHUPLWHP absorver aFRQFOXLU expansรฃo daR oferta de trabalho. LQIRUPDo}HV TXH GLQDPLVPR HFRQ{PLFR PHWURSROLWDQR QmR IRL VXILFLHQWH SDUD DEVRUYHU D H[SDQVmR GD RIHUWD GH WUDEDOKR VXILFLHQWH SDUD DEVRUYHU D H[SDQVmR GD RIHUWD GH WUDEDOKR Tabela 44 โ RMC: Populaรงรฃo segundo condiรงรฃo de atividade (em mil pessoas) Tabela 44 โ RMC: Populaรงรฃo segundo condiรงรฃo 1991 de atividade (em mil pessoas) 2000
Setores Setores 3RSXODomR XUEDQD 3RSXODomR XUEDQD 3,$ 3,$ 3($ 3($ 32 DJUtFROD 32 DJUtFROD 32 QmR DJUtFROD 32 QmR DJUtFROD 3RS GHVRFXSDGD 3RS GHVRFXSDGD 7[ GH SDUWLFLSDomR 3($ 3,$
7[ GH SDUWLFLSDomR 3($ 3,$
7[ RFXS 32 QmR DJUtFROD 3($
7[ RFXS 32 QmR DJUtFROD 3($
7[ GHVRFXSDomR 3' 3($
7[ GHVRFXSDomR 3' 3($
)RQWH ,%*( ยฑ &HQVRV 'HPRJUiILFRV 2OLYHLUD S
1991
2000
)RQWH ,%*( ยฑ &HQVRV 'HPRJUiILFRV 2OLYHLUD S
1D GpFDGD GH KRXYH XP PRYLPHQWR GH SUHFDUL]DomR GR PHUFDGR GH Na dรฉcada de 1990GH houve movimento de precarizaรงรฃo do mercado de trabalho 1D GpFDGD um KRXYH XP PRYLPHQWR GH SUHFDUL]DomR GR PHUFDGR GH meWUDEDOKR PHWURSROLWDQR FRP UHGXomR GR PRQWDQWH GH HPSUHJDGRV FRP FDUWHLUD GH tropolitano, com reduรงรฃo do montante de empregados com de trabalho o aumento WUDEDOKR PHWURSROLWDQR FRP UHGXomR GR PRQWDQWH GH carteira HPSUHJDGRV FRP eFDUWHLUD GH da WUDEDOKR H R DXPHQWR GD LQIRUPDOLGDGH GH SDUD GH SDUD $ WD[D informalidade de 8,1% para 14,2% de 1991 para 2000. A taxa de assalariamento diminuiu de WUDEDOKR H R DXPHQWR GD LQIRUPDOLGDGH GH SDUD GH SDUD $ WD[D GH DVVDODULDPHQWR GLPLQXLX GH SDUD HQTXDQWR DXPHQWRX D SDUWLFLSDomR 75,4% para 70,1%, enquanto aumentou a participaรงรฃo das contas-prรณprias e das empregadas GH DVVDODULDPHQWR GLPLQXLX GH SDUD HQTXDQWR DXPHQWRX D SDUWLFLSDomR GDV FRQWDV SUySULDV H GDV HPSUHJDGDV GRPpVWLFDV 7DEHOD domรฉsticas (Tabela 45). GDV FRQWDV SUySULDV H GDV HPSUHJDGDV GRPpVWLFDV 7DEHOD Tabela 45 โ RMC: Distribuiรงรฃo dos trabalhadores segundo posiรงรฃo na ocupaรงรฃo (em %) Tabela 45 โ RMC: Distribuiรงรฃo dos trabalhadores segundo posiรงรฃo na ocupaรงรฃo (em %) Posiรงรฃo na ocupaรงรฃo 1991 2000 Posiรงรฃo na ocupaรงรฃo 1991 2000 (PSUHJDGR SULYDGR F FDUWHLUD (PSUHJDGR SULYDGR F FDUWHLUD (PSUHJDGR SULYDGR V FDUWHLUD (PSUHJDGR SULYDGR V FDUWHLUD (PSUHJDGR S~EOLFR (PSUHJDGR S~EOLFR 7D[D GH DVVDODULDPHQWR 7D[D GH DVVDODULDPHQWR (PSUHJDGRU (PSUHJDGRU &RQWD SUySULD &RQWD SUySULD (PSUHJDGR GRPpVWLFR (PSUHJDGR GRPpVWLFR Total 100,0 100,0 Total 100,0 100,0 )RQWH ,%*( ยฑ &HQVRV 'HPRJUiILFRV 2OLYHLUD S )RQWH ,%*( ยฑ &HQVRV 'HPRJUiILFRV 2OLYHLUD S
142
1D H[SRVLomR GRV GDGRV GD 5$,6 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR SRU UHFRUWHV Na exposição dos dados da RAIS (MinistĂŠrio do Trabalho) por recortes temporais, verificaWHPSRUDLV YHULILFD VH TXH R FUHVFLPHQWR PpGLR DQXDO GR HVWRTXH GH HPSUHJR IRUPDO -se que o crescimento mĂŠdio anual do estoque de emprego formal foi inferior no municĂpio-polo IRL LQIHULRU QR PXQLFtSLR SROR HP UHODomR DRV PXQLFtSLRV GD SHULIHULD FRP GHVWDTXH em relação aos municĂpios da periferia, com destaque para o aumento de cerca de 8% a.a. no SDUD R DXPHQWR GH FHUFD GH D D QR SHUtRGR GH D $ LQG~VWULD H D perĂodo de 2003 a 2007. A indĂşstria e a construção civil foram os setores com as maiores taxas FRQVWUXomR FLYLO IRUDP RV VHWRUHV FRP DV PDLRUHV WD[DV GH GHFUpVFLPR GR HVWRTXH GH de decrĂŠscimo do estoque de empregos formais no perĂodo de 1999 a 2003. Os setores de coHPSUHJRV IRUPDLV QR SHUtRGR GH D 2V VHWRUHV GH FRPpUFLR H GH VHUYLoRV mĂŠrcio e de serviços foram responsĂĄveis pelo crescimento do emprego nos perĂodos de crise do IRUDP UHVSRQViYHLV SHOR FUHVFLPHQWR GR HPSUHJR QRV SHUtRGRV GH FULVH GR PHUFDGR mercado de trabalho e no perĂodo de 2003 a 2007 apresentou taxa mĂŠdia de acrĂŠscimo prĂłximo GH WUDEDOKR H QR SHUtRGR GH D DSUHVHQWRX WD[D PpGLD GH DFUpVFLPR SUy[LPR a 7,5% a.a. D D D Tabela 46 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Variação mĂŠdia anual do estoque de emprego formal segundo grandes setores (%) Setores
Campinas
Demais municĂpios
99/96
03/99
07/03
99/96
03/99
&RPpUFLR
6HUYLoRV
Total
0,7
2,9
5,8
4,5
6,5
7,9
,QG~VWULD &RQVWUXomR FLYLO
07/03
)RQWH 5$,6 Âą 07( 2OLYHLUD S
2 UDPR GH DWLYLGDGH LQGXVWULDO GH IDEULFDomR GH SURGXWRV Wr[WHLV p R PDLRU O ramo de atividade industrial de fabricação de produtos Ê o maior empregador HPSUHJDGRU IRUPDO QD 50& HPERUD D SDUWLFLSDomR UHGX]LX têxteis GH HP SDUD formal na RMC, embora a participação reduziu de 19,5% GpFDGD em 1996GH para 14,1% emD 2007. De fato, HP 'H IDWR D DEHUWXUD FRPHUFLDO GD IRUoRX LQG~VWULD a abertura comercial da dÊcada forçou a indústria têxtil a adotar uma sÊrieFRPR de medidas Wr[WLO D DGRWDU XPD VpULH de GH 1990 PHGLGDV SRXSDGRUDV GH IRUoD GH WUDEDOKR D poupadoras de força de trabalho, como a introdução de måquinas e equipamentos, diminuindo LQWURGXomR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV GLPLQXLQGR R GHVHPSHQKR QD FULDomR GH o desempenho na criação de empregos. HPSUHJRV No geral, as oportunidades de geração de trabalho ocorreram nos seguintes setores: Fa1R JHUDO DV RSRUWXQLGDGHV GH JHUDomR GH WUDEDOKR RFRUUHUDP QRV VHJXLQWHV bricação de produtos de metal, de måquinas e equipamentos, de material eletrônico e de equipaVHWRUHV )DEULFDomR GH SURGXWRV GH PHWDO GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV GH PDWHULDO mentos de transporte, sendo este último o que mais aumentou a participação. HOHWU{QLFR H GH HTXLSDPHQWRV GH WUDQVSRUWH VHQGR HVWH ~OWLPR R TXH PDLV DXPHQWRX D
SDUWLFLSDomR
143
Tabela 47 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Distribuição dos empregos formais segundo ramos industriais (em %) Setores de atividade econĂ´mica 1996 2007 ([WUDomR GH SHWUyOHR H VHUYLoRV UHODFLRQDGRV
([WUDomR GH PLQHUDLV PHWiOLFRV
([WUDomR GH PLQHUDLV QmR PHWiOLFRV
)DE SURGXWRV DOLPHQWtFLRV H EHELGDV
)DEULFDomR GH SURGXWRV GH IXPR
)DEULFDomR GH SURGXWRV Wr[WHLV
&RQIHFomR GH DUWLJRV GH YHVWXiULR H DFHVVyULRV
3UHS FRXURV H IDEULFDomR GH DUWHIDWRV GH FRXUR
)DE SURGXWRV GH PDGHLUD
)DE FHOXORVH SDSHO H SURGXWRV GH SDSHO
(GLomR LPSUHVVmR H UHSU GH JUDYDo}HV
)DE FRTXH UHILQR GH SHWU HODE &RPE QXFOHDU
)DE SURGXWRV GH ERUUDFKD H SOiVWLFR
)DE SURG PLQHUDLV QmR PHWiOLFRV
0HWDOXUJLD EiVLFD
)DE SURGXWRV GH PHWDO Âą H[FOXVLYH PDT HTXLS
)DE PiT H HTXLSDPHQWRV
)DE PDT HVFULWyULR H HTXLS LQIRUPiWLFD
)DE PiT DSDUHOKRV H PDWHULDLV HOpWULFRV
)DE PDWHULDO HOHWU{QLFR H DSDU HTXLS FRPXQLF
)DE SURGXWRV TXtPLFRV
)DE H PRQW YHtF DXWRP UHERTXHV H FDUURFHULDV
)DE PyYHLV H LQG~VWULDV GLYHUVDV
5HFLFODJHP
100,0
100,0
)DE RXWURV HTXLSDPHQWRV GH WUDQVSRUWH
Total )RQWH 5$,6 Âą 07( 2OLYHLUD S
No setor deVHWRU comĂŠrcio e serviços,H oVHUYLoRV varejo ĂŠ oR maior empregador, aumento da partici1R GH FRPpUFLR YDUHMR p R PDLRU com HPSUHJDGRU FRP pação de 18,2%, 1996, paraGH 22,3%, emHP 2007. O ramo de serviços prestados a empresas DXPHQWR GD em SDUWLFLSDomR SDUD HP 2 UDPR GH ĂŠ o segundo maior empregador, constituĂdo sua maioria por trabalhadores que prestam serviços VHUYLoRV SUHVWDGRV D HPSUHVDV p R em VHJXQGR PDLRU HPSUHJDGRU FRQVWLWXtGR HP VXD a empresas como terceirizados. No entanto, diminuĂram as vagas de emprego em atividades PDLRULD SRU WUDEDOKDGRUHV TXH SUHVWDP VHUYLoRV D HPSUHVDV FRPR WHUFHLUL]DGRV 1R importantes do â&#x20AC;&#x153;polo de ciĂŞncia e tecnologiaâ&#x20AC;? da regiĂŁo, como administração pĂşblica e educação. HQWDQWR GLPLQXtUDP DV YDJDV GH HPSUHJR HP DWLYLGDGHV LPSRUWDQWHV GR ÂłSROR GH
FLrQFLD H WHFQRORJLD´ GD UHJLmR FRPR DGPLQLVWUDomR S~EOLFD H HGXFDomR
144
Tabela 48 โ RMC: Distribuiรงรฃo dos empregos formais segundo ramos do comรฉrcio e dos serviรงos (em %)
Setores de atividade econรดmica
1996
2007
Tabela 48 โ RMC: Distribuiรงรฃo dos empregos formais segundo ramos do comรฉrcio e dos serviรงos (em %)
&RP H UHS GH VHUY DXWRP FRP YDUHMR FRPE Setores de atividade econรดmica &RP DWDF H UHSU FRP DJHQWHV GR FRPpUFLR &RP H UHS GH VHUY DXWRP FRP YDUHMR FRPE &RP YDU H UHS GH REMHWRV SHVVRDLV H GRPpVWLFRV &RP DWDF H UHSU FRP DJHQWHV GR FRPpUFLR $ORMDPHQWR H DOLPHQWDomR &RP YDU H UHS GH REMHWRV SHVVRDLV H GRPpVWLFRV 7UDQVSRUWH WHUUHVWUH $ORMDPHQWR H DOLPHQWDomR 7UDQVSRUWH DTXDYLiULR 7UDQVSRUWH WHUUHVWUH 7UDQVSRUWH DpUHR 7UDQVSRUWH DTXDYLiULR $WLY DX[ WUDQVSRUWH H DJrQFLD GH YLDJHP 7UDQVSRUWH DpUHR &RUUHLR H WHOHFRPXQLFDo}HV $WLY DX[ WUDQVSRUWH H DJrQFLD GH YLDJHP ,QWHUPHGLDomR ILQDQFHLUD &RUUHLR H WHOHFRPXQLFDo}HV 6HJXURV H SUHYLGrQFLD FRPSOHPHQWDU ,QWHUPHGLDomR ILQDQFHLUD $WLY DX[ ,QWHUPHGLDomR ILQDQFHLUD VHJXUR H SUHY 6HJXURV H SUHYLGrQFLD FRPSOHPHQWDU $WLYLGDGHV LPRELOLiULDV $WLY DX[ ,QWHUPHGLDomR ILQDQFHLUD VHJXUR H SUHY $OXJXHO GH YHtFXORV PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV $WLYLGDGHV LPRELOLiULDV $WLYLGDGHV GH LQIRUPiWLFD H VHUY UHODFLRQDGRV $OXJXHO GH YHtFXORV PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV 3HVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR $WLYLGDGHV GH LQIRUPiWLFD H VHUY UHODFLRQDGRV 6HUYLoRV SUHVWDGRV SULQFLSDOPHQWH jV HPSUHVDV 3HVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR $GP S~EOLFD GHIHVD H VHJXULGDGH VRFLDO 6HUYLoRV SUHVWDGRV SULQFLSDOPHQWH jV HPSUHVDV (GXFDomR $GP S~EOLFD GHIHVD H VHJXULGDGH VRFLDO 6D~GH H VHUYLoRV VRFLDLV (GXFDomR /LPSH]D XUEDQD HVJRWR H DWLY UHODFLRQDGDV 6D~GH H VHUYLoRV VRFLDLV $WLYLGDGHV DVVRFLDWLYDV /LPSH]D XUEDQD HVJRWR H DWLY UHODFLRQDGDV $WLYLGDGHV UHFUHDWLYDV FXOWXUDLV H GHVSRUWLYDV $WLYLGDGHV DVVRFLDWLYDV 6HUYLoRV SHVVRDLV $WLYLGDGHV UHFUHDWLYDV FXOWXUDLV H GHVSRUWLYDV 6HUYLoRV GRPpVWLFRV 6HUYLoRV SHVVRDLV 2UJDQL] LQWHUQDFLRQDLV H RXWUDV H[WUDWHUULWRULDLV 6HUYLoRV GRPpVWLFRV Total 2UJDQL] LQWHUQDFLRQDLV H RXWUDV H[WUDWHUULWRULDLV )RQWH 5$,6 ยฑ 07( 2OLYHLUD S Total )RQWH 5$,6 ยฑ 07( 2OLYHLUD S
1996 100,0
2007 100,0
100,0
100,0
$ WDEHOD PRVWUD R SHUILO GR JUDX GH LQVWUXomR GRV HPSUHJDGRV IRUPDLV QRV
$ WDEHOD GD HVFRODULGDGH GRV JUDQGHV HVWDEHOHFLPHQWRV e instruรงรฃo FODUR D dos DPSOLDomR A tabela 49 mostraPRVWUD R SHUILO GR JUDX GH LQVWUXomR GRV HPSUHJDGRV IRUPDLV QRV o perfilGD do 50& grau de empregados formais nos grandes JUDQGHV HVWDEHOHFLPHQWRV GD a ampliaรงรฃo 50& e da FODUR D DPSOLDomR GD HVFRODULGDGH GRV WUDEDOKDGRUHV IUHQWH DR DXPHQWR GR SHUFHQWXDO GH WUDEDOKDGRUHV TXH SRVVXHP VXSHULRU estabelecimentos da RMC. ร claro escolaridade dos trabalhadores, frente ao auWUDEDOKDGRUHV IUHQWH DR DXPHQWR GR SHUFHQWXDO GH WUDEDOKDGRUHV TXH SRVVXHP VXSHULRU FRPSOHWR GH HP SDUD HP completo 2 HQVLQR WRUQRX VH mento do percentual de trabalhadores que possuem superior de PpGLR 13,7% em 1996 para FRPSOHWR GH OREULJDWyULR SDUD HP 2 HQVLQR PpGLR WRUQRX VH SUDWLFDPHQWH SDUD LQVHULU QR PHUFDGR GH WUDEDOKR FRP H[SDQVmR GD de 20,7% em 2007. ensino HP mรฉdio tornou-se praticamente obrigatรณrio para inserir no mercado SUDWLFDPHQWH REULJDWyULR SDUD LQVHULU QR PHUFDGR WUDEDOKR H[SDQVmR GD GH no trabalho, com expansรฃo da participaรงรฃo de 13% para 41,6% mesmo FRP perรญodo. SDUWLFLSDomR GH SDUD QR PHVPR SHUtRGR SDUWLFLSDomR GH SDUD QR PHVPR SHUtRGR Tabela 49 โ RMC: Distribuiรงรฃo do emprego formal nos grandes estabelecimentos segundo grau de instruรงรฃo (em %)
Escolaridade
1996
2007
$QDOIDEHWR Escolaridade D DQRV IXQGDPHQWDLV $QDOIDEHWR D DQRV IXQGDPHQWDLV D DQRV IXQGDPHQWDLV (QVLQR PpGLR LQFRPSOHWR D DQRV IXQGDPHQWDLV (QVLQR PpGLR FRPSOHWR (QVLQR PpGLR LQFRPSOHWR 6XSHULRU LQFRPSOHWR (QVLQR PpGLR FRPSOHWR
1996
2007
100,0
100,0
Tabela 49 โ RMC: Distribuiรงรฃo do emprego formal nos grandes estabelecimentos segundo grau de instruรงรฃo (em %)
6XSHULRU FRPSOHWR H PDLV 6XSHULRU LQFRPSOHWR Total 6XSHULRU FRPSOHWR H PDLV )RQWH 5$,6 ยฑ 07( 2OLYHLUD S Total )RQWH 5$,6 ยฑ 07( 2OLYHLUD S
100,0
100,0
145
As informações acerca do mercado de trabalho da RMC leva-nos a concluir que apesar do processo de precarização das condições de trabalho na RMC, reflexo do cenário nacional de motivação da flexibilização, o nível educacional dos trabalhadores melhorou com o acesso ao ensino médio e superior, mesmo que questionemos a qualidade do mesmo.
3.4.3 Caracterização da Estrutura Produtiva da RMC Na Região Metropolitana de Campinas, a estrutura produtiva é diversificada e passa por constante aperfeiçoamento. A Tabela 50 mostra que os produtos químicos, transporte e têxteis sempre tiveram alta participação no valor adicionado da região. A participação da área química no VAF industrial regional passou de 17,7%, em 1980, para 27,1%, em 1995, e reduziu para 13,6%, em 1998. O setor de transporte manteve a participação durante todo o período próximo a 13%, mostrando a importância da indústria de autopeças na região. A indústria têxtil, maior empregadora da RMC, reduziu muito a participação no VAF industrial na década de 1990, de 13,7%, em 1990, para 9,2%, em 1998. A queda do desempenho deve-se à abertura comercial e à valorização cambial deste período que a atingiu diretamente, além do aumento da concorrência de outras RMs, como Fortaleza e Salvador. As indústrias têxteis estão concentradas em Americana, com destaque para os investimentos realizados pela empresa Du Pont, além de arranjos produtivos em cidades como Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa. Os setores que mais aumentaram o peso foram de material elétrico e de comunicações, cuja participação no VAF regional foi de 5,4%, em 1980, para 14%, em 1998, e de produtos farmacêuticos, com peso de 5,2%, em 1980, e 10%, em 1998.
146
Tabela 50 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Estrutura do VAF industrial â&#x20AC;&#x201C; 1980 a 1998 (em %)
2OLYHLUD S
$ VpULH GH D GD SDUWLFLSDomR GRV VHWRUHV HFRQ{PLFRV QR 9$) GD 50& A sĂŠrie de 2000 a 2007 da participação dos setores econĂ´micos no VAF da RMC ĂŠ difĂcil p GLItFLO GH VHU DQDOLVDGR VHJXQGR 2OLYHLUD GHYLGR j GLVFULPLQDomR GD UXEULFD de ser analisado, segundo Oliveira (2009), devido Ă discriminação da rubrica combustĂveis, anFRPEXVWtYHLV DQWHV DJUHJDGD HP ÂłRXWUDV DWLYLGDGHV´ (VWH VHWRU SHOD 7DEHOD tes agregada em â&#x20AC;&#x153;outras atividadesâ&#x20AC;?. Este setor, pela Tabela 51, chegou a representar mais de FKHJRX D UHSUHVHQWDU PDLV GH GR 9$) LQGXVWULDO H ILQDOL]RX FRP 6HX 40% do VAF industrial e finalizou 2007 com 33,3%. Seu peso elevado deve-se principalmente Ă SHVR HOHYDGR GHYH VH SULQFLSDOPHQWH j SDUWLFLSDomR GD 5HILQDULD GR 3ODQDOWR Âą 5HSODQ participação da Refinaria do Planalto â&#x20AC;&#x201C; Replan, localizada na cidade de PaulĂnia, maior do Brasil, FLGDGH GH mil 3DXOtQLD PDLRU FXMD nacional SURGXomR D PLO cujaORFDOL]DGD produção QD chegou a 128 barris ou 20%GR da%UDVLO produção emFKHJRX 2006, segundo a ANP EDUULV RX GD SURGXomR QDFLRQDO HP VHJXQGR D $13 Âą $JrQFLD 1DFLRQDO GR â&#x20AC;&#x201C; AgĂŞncia Nacional do PetrĂłleo. A perspectiva ĂŠ de construção de um complexo petroquĂmico 3HWUyOHR $ SHUVSHFWLYD p GH FRQVWUXomR GH XP FRPSOH[R SHWURTXtPLFR QD ORFDOLGDGH na localidade, a partir da parceria entre a Petrobras, a OPP PetroquĂmica (Grupo Odebrecht) e D SDUWLU GD SDUFHULD Elekeiroz (Grupo ItaĂşsa). HQWUH D 3HWUREUDV D 233 3HWURTXtPLFD *UXSR 2GHEUHFKW H (OHNHLUR] *UXSR ,WD~VD Os setores industriais que mais expandiram foram os relacionados a material de transpor2V VHWRUHV LQGXVWULDLV TXH PDLV H[SDQGLUDP IRUDP RV UHODFLRQDGRV D PDWHULDO GH te, produtos farmacĂŞuticos, eletrĂ´nicos e equipamentos de comunicação, sendo estes Ăşltimos representativos â&#x20AC;&#x153;polo tecnolĂłgicoâ&#x20AC;?. O ramo alimentĂcio tem participaçãoGH emFRPXQLFDomR torno de 2,5% em WUDQVSRUWH no SURGXWRV IDUPDFrXWLFRV HOHWU{QLFRV H HTXLSDPHQWRV 2005, mas HVWHV representou de um quarto produção estadual2 neste segundoWHP a IEA â&#x20AC;&#x201C; VHQGR ~OWLPRV cerca UHSUHVHQWDWLYRV QR da ÂłSROR WHFQROyJLFR´ UDPR ano, DOLPHQWtFLR Instituto de Economia AgrĂcola. A indĂşstria quĂmica e tĂŞxtil teve participação decrescente SDUWLFLSDomR HP WRUQR GH HP PDV UHSUHVHQWRX FHUFD GH XP TXDUWR no GD valor adicionado metropolitano. SURGXomR HVWDGXDO QHVWH DQR VHJXQGR D ,($ Âą ,QVWLWXWR GH (FRQRPLD $JUtFROD $
LQG~VWULD TXtPLFD H Wr[WLO WHYH SDUWLFLSDomR GHFUHVFHQWH QR YDORU DGLFLRQDGR PHWURSROLWDQR 147
Tabela 51 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Estrutura do VAF industrial â&#x20AC;&#x201C; 2000 a 2007 (em %) Tabela 51 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Estrutura do VAF industrial â&#x20AC;&#x201C; 2000 a 2007 (em %)
)RQWH 2OLYHLUD S )RQWH 2OLYHLUD S
3DXOtQLD p GHVWDFDGDPHQWH R PXQLFtSLR PHWURSROLWDQR FRP PDLRU IDWLD GR 9$)
LQGXVWULDO GH D FKHJDQGR UHSUHVHQWDU HP fatia QmR de PaulĂnia 3DXOtQLD p GHVWDFDGDPHQWH R PXQLFtSLR PHWURSROLWDQR FRP PDLRU IDWLD GR 9$) ĂŠ destacadamente o municĂpioD metropolitano com maior doFRQWXGR VAF industrial LQGXVWULDO GH aD representar FKHJDQGR D FRQWXGR QmR a GHVFRQVLGHUDU D PXGDQoD PHWRGROyJLFD HP 2 PXQLFtSLR GH 1980SRGHPRV a 2007, chegando 48,2% emUHSUHVHQWDU 2002, RFRUULGD contudo nĂŁoHP podemos desconsiderar SRGHPRV GHVFRQVLGHUDU D PXGDQoD PHWRGROyJLFD HP tem 2 PXQLFtSLR mudança metodolĂłgica ocorrida em 2000. O municĂpioPDV deRFRUULGD Campinas a segunda maiorGH par&DPSLQDV WHP D VHJXQGD PDLRU SDUWLFLSDomR WHP SHUGLGR SURJUHVVLYDPHQWH ticipação, mas tem perdido progressivamente espaço, chegando representar 14,9% em 2007. &DPSLQDV WHP D VHJXQGD PDLRU SDUWLFLSDomR PDV WHP aSHUGLGR SURJUHVVLYDPHQWH HVSDoR FKHJDQGR D UHSUHVHQWDU HP $ JUDQGH TXHGD GD SDUWLFLSDomR GH A grande queda da participação de SumarĂŠ deve-se Ă emancipação de Hortolândia (Tabela 52). HVSDoR FKHJDQGR D UHSUHVHQWDU HP $ JUDQGH TXHGD GD SDUWLFLSDomR GH 6XPDUp GHYH VH j HPDQFLSDomR GH +RUWROkQGLD 7DEHOD
6XPDUp GHYH VH j HPDQFLSDomR GH +RUWROkQGLD 7DEHOD
Tabela 52 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Distribuição do VAF industrial segundo municĂpios da RMC â&#x20AC;&#x201C; 2000 a 2007 (em %) Tabela 52 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Distribuição do VAF industrial segundo municĂpios da RMC â&#x20AC;&#x201C; 2000 a 2007 (em %)
)RQWH 6HFUHWDULD GD )D]HQGD GR (VWDGR GH 6mR 3DXOR 2OLYHLUD S ; PXQLFtSLRV LQH[LVWHQWHV QDTXHOD GDWD )RQWH 6HFUHWDULD GD )D]HQGD GR (VWDGR GH 6mR 3DXOR 2OLYHLUD S ; PXQLFtSLRV LQH[LVWHQWHV QDTXHOD GDWD
148
$ 7DEHOD DSUHVHQWD D SDUWLFLSDomR GDV SULQFLSDLV DWLYLGDGHV QR 9$) GR A Tabela 53 apresenta a participação das principais atividades no VAF do setor de serviços VHWRU GH VHUYLoRV HP VHJXQGR GDGRV GD 3$(3 UHDOL]DGD SHOD )XQGDomR 6HDGH em 2001, segundo dados da PAEP, realizada pela Fundação Seade. Destacam-se os subsetores 'HVWDFDP VH RV VXEVHWRUHV GH WUDQVSRUWHV HGXFDomR IRUPDO de transportes (19,5%), educação formal (14,6%), energia, gĂĄs e ĂĄgua (13,5%) e serviços auxiHQHUJLD JiV H iJXD H VHUYLoRV DX[LOLDUHV D HPSUHVDV $ LPSRUWkQFLD GD liares a empresas (12%). A importância da educação formal deve-se Ă participação da Unicamp HGXFDomR IRUPDO GHYH VH j SDUWLFLSDomR GD 8QLFDPS QR HQVLQR XQLYHUVLWiULR H YiULDV no ensino universitĂĄrio e vĂĄrias instituiçþes de ensino tĂŠcnico e os serviços auxiliares a empresas LQVWLWXLo}HV GH HQVLQR WpFQLFR H RV VHUYLoRV DX[LOLDUHV D HPSUHVDV HVWmR UHODFLRQDGRV estĂŁo relacionados ao processo de terceirização. DR SURFHVVR GH WHUFHLUL]DomR Tabela 53 â&#x20AC;&#x201C; RMC: Estrutura setorial do valor adicionado dos serviços â&#x20AC;&#x201C; 2001 (em %)
)RQWH )XQGDomR 6HDGH 3HVTXLVD GH $WLYLGDGH (FRQ{PLFD 3DXOLVWD Âą 3$(3 Âą 2OLYHLUD S
3HOD OHLWXUD GDV LQIRUPDo}HV GLVSRQLELOL]DV SHOD )XQGDomR 6HDGH VREUH R Pela leitura das informaçþes disponibilizas pela Fundação Seade sobre o Valor Adicionado 9DORU $GLFLRQDGR )LVFDO 9$) LQGXVWULDO H GH VHUYLoRV QRWD VH TXH D SUHVHQoD GH Fiscal (VAF) industrial e de serviços, nota-se que a presença de setores modernos e tradicionais VHWRUHV PRGHUQRV H WUDGLFLRQDLV HVWmR DUWLFXODGRV HP JUDQGHV FDGHLDV SURGXWLYDV TXH estĂŁo articulados em grandes cadeias produtivas, que usufruem infraestrutura Ămpar no paĂs. XVXIUXHP LQIUDHVWUXWXUD tPSDU QR SDtV
4. ATIVIDADES DE CIĂ&#x160;NCIA E TECNOLOGIA NA REGIĂ&#x192;O DE CAMPINAS Embora as atividades de pesquisa na regiĂŁo tenham surgido a fim de atender demandas inicialmente especĂficas da ĂĄrea agrĂcola no sĂŠculo XIX, posteriormente experimentaram grande impulso, especialmente com a implantação de novos institutos de pesquisa e de importantes universidades, como a Unicamp e a PUC-Campinas.
149
&$03,1$6 (PERUD DV DWLYLGDGHV GH SHVTXLVD QD UHJLmR WHQKDP VXUJLGR D ILP GH DWHQGHU GHPDQGDV LQLFLDOPHQWH HVSHFtILFDV GD iUHD DJUtFROD QR VpFXOR ;,; SRVWHULRUPHQWH H[SHULPHQWDUDP JUDQGH LPSXOVR HVSHFLDOPHQWH FRP D LPSODQWDomR GH QRYRV LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD H GH LPSRUWDQWHV XQLYHUVLGDGHV FRPR D 8QLFDPS H D 38& &DPSLQDV 2 ,$& yUJmR GH SHVTXLVD GD $JrQFLD 3DXOLVWD GH 7HFQRORJLD GRV O IAC (ĂłrgĂŁo de pesquisa da AgĂŞncia Paulista de Tecnologia dos AgronegĂłcios, da SecreGR (VWDGR GH 6mR 3DXOR taria$JURQHJyFLRV GD 6HFUHWDULD GH $JULFXOWXUD H $EDVWHFLPHQWR de Agricultura e Abastecimento do Estado de SĂŁo Paulo), criado em 27 de junho de 1887, foi FULDGR HP GH D. MXQKR GH II IRL IXQGDGR SHOR LPSHUDGRU ' cafeicultura 3HGUR ,, SDUD fundado pelo imperador Pedro para desenvolver pesquisas na ĂĄrea da (principal GHVHQYROYHU SHVTXLVDV QD iUHD GD FDIHLFXOWXUD SULQFLSDO DWLYLGDGH HFRQ{PLFD GD atividade econĂ´mica da ĂŠpoca), sendo a mais antiga instituição de pesquisa agrĂcola em atividapSRFD VHQGR D PDLV DQWLJD LQVWLWXLomR GH SHVTXLVD DJUtFROD HP DWLYLGDGH GD $PpULFD de da AmĂŠrica Latina e a referĂŞncia em pesquisas relacionadas ao agronegĂłcio. /DWLQD H D UHIHUrQFLD HP SHVTXLVDV UHODFLRQDGDV DR DJURQHJyFLR
Foto 1:PrĂŠdio do IAC em Campinas
$WXDOPHQWH R ,$& FRP SHVTXLVDGRUHV H de Atualmente, o IAC conta com FRQWD 216 pesquisadores cientĂficos e 372FLHQWtILFRV funcionĂĄrios apoio, umaIXQFLRQiULRV ĂĄrea de 1.279 de terras distribuĂdas entre Sede, o Centro Experimental CentralR e os GH ha DSRLR XPD iUHD GH KD aGH WHUUDV GLVWULEXtGDV HQWUH D 6HGH quatro Centros Avançados de Pesquisa, com casas de vegetação, laboratĂłrios, demais instala&HQWUR ([SHULPHQWDO &HQWUDO H RV TXDWUR &HQWURV $YDQoDGRV GH 3HVTXLVD FRP FDVDV çþes, e YHJHWDomR infraestrutura adequada aos seusLQVWDODo}HV trabalhos. H LQIUDHVWUXWXUD DGHTXDGD DRV VHXV GH ODERUDWyULRV GHPDLV
WUDEDOKRV O Instituto de Zootecnia (IZ), assim denominado desde 1970, iniciou suas atividades jĂĄ em 1905 em2 SĂŁo Paulo GH com=RRWHFQLD o nome de Posto ZootĂŠcnico Central. Em 1909, oLQLFLRX Instituto jĂĄ rea,QVWLWXWR ,= DVVLP GHQRPLQDGR GHVGH VXDV lizava as primeiras seleçþes de6mR gado Caracu, Fazenda de Seleção do Gado Nacional, DWLYLGDGHV Mi HP HP 3DXOR FRP na R QRPH GH 3RVWR =RRWpFQLFR &HQWUDO (P em Nova Odessa. Em 1975, a sede foi esse GH municĂpio. O IZ pertence Ă Secretaria R ,QVWLWXWR Mi UHDOL]DYD DV transferida SULPHLUDV para VHOHo}HV JDGR &DUDFX QD )D]HQGD GH Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de SĂŁo Paulo e oferece tecnologia de 6HOHomR GR *DGR 1DFLRQDO HP 1RYD 2GHVVD (P D VHGH IRL WUDQVIHULGD SDUD suporte na ĂĄrea de pecuĂĄria de corte e leite, promove o desenvolvimento cientĂfico e tecnolĂłgico, para uma maior produtividade e qualidade dessas cadeias produtivas e seus derivados, e realiza pesquisas em melhoramento genĂŠtico de forrageiras; forragicultura e pastagens; produção animal a pasto; reprodução; etologia e ambiĂŞncia; produção e qualidade de carne e leite; atividades silvipastoris; produção de sistemas inteligentes para pesquisa e gerenciamento de dados. Outra instituição na ĂĄrea agrĂcola, criada em 26 de dezembro de 1927, foi o Instituto BiolĂł-
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gico de Defesa AgrĂcola e Animal que, em 1937, passou a denominar-se Instituto BiolĂłgico (IB). A sede do IB fica na cidade de SĂŁo Paulo, mas em 1937 foi adquirida a Fazenda Mato Dentro em Campinas a fim de fazer dela um campo experimental (atualmente chamado de Centro Experimental Central do Instituto BiolĂłgico â&#x20AC;&#x201C; CEIB). Essa aquisição foi uma entre vĂĄrias outras, ampliando a atuação do instituto. A motivação para a criação do Instituto BiolĂłgico vinculou-se ao surgimento da broca nos cafezais, em 1924. Foi criado assim o IB, cuja atuação nĂŁo se limitou Ă s pesquisas e Ă s medidas de defesa relacionadas ao cafĂŠ, mas relativas Ă sanidade vegetal e animal como um todo. Contudo, Campinas e regiĂŁo ganharam um novo impulso com a implantação do campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) a partir de 1962. Sua fundação oficial foi em 5 de outubro de 1966. Atualmente, a RegiĂŁo Administrativa de Campinas abriga unidades das trĂŞs principais universidades pĂşblicas do estado, USP, Unesp e Unicamp e diversas instituiçþes privadas, como a PUC-Campinas, a Unimep, a Universidade SĂŁo Francisco, a Uniararas, a Unisal, a Unip, a Unipinhal e SĂŁo Leopoldo Mandic. O campus da USP em Piracicaba (Esalq) remonta ao sĂŠculo XIX, quando, em 1892, Luiz de Queiroz doou ao governo do estado de SĂŁo Paulo a Fazenda SĂŁo JoĂŁo da Montanha. Em 1901, iniciaram-se as aulas, sendo considerada inaugurada a Escola AgrĂcola PrĂĄtica de Piracicaba. SĂł em 1931 a Escola recebeu a denominação de Escola Superior de Agricultura â&#x20AC;&#x153;Luiz de Queirozâ&#x20AC;? (Esalq). Em 1934 a Escola passou a integrar, como unidade fundadora, a Universidade de SĂŁo Paulo (USP).
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz em Piracicaba
2 FDPSXV GD 863 HP 3LUDVVXQXQJD H[LVWH FRPR WDO DSHQDV GHVGH PDV VXDV RULJHQV UHPRQWDP j FULDomR GDV (VFRODV 3UiWLFDV GH $JULFXOWXUD SDXOLVWDV
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O campus da USP em Pirassununga existe como tal apenas desde 1989, mas suas origens remontam à criação das Escolas Práticas de Agricultura paulistas, na década de 1940. Atualmente, a instituição abriga os cursos de Zootecnia e de Engenharia de Alimentos da EZEA e as aulas práticas do curso de Veterinária da FMVZ, sediado na Cidade Universitária, na capital. A Faculdade de Odontologia da Unicamp em Piracicaba foi criada em janeiro de 1955 na qualidade de Instituto Isolado do Conselho Estadual de Ensino Superior. A partir de 1967 ela foi incorporada à Unicamp. Já a Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp) originou-se, em 1976, da reunião de diversas unidades universitárias situadas no interior do estado de São Paulo, criadas pelo poder público estadual durante o período de 1956 a 1964. Especificamente o campus da Unesp – Rio Claro foi originado da então existente Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro fundada em 1957. Hoje o campus abriga o Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), o Instituto de Biociências (IB) e o Centro de Estudos Ambientais (CEA). A Unicamp em Limeira abriga a Faculdade de Tecnologia (antigo Ceset) e a Faculdade de Ciências Aplicadas, esta última, sua mais recente unidade, criada em 2009. Entre os institutos que se instalaram durante a década de 1960, estimulados pelo desenvolvimento agrícola da região de Campinas, estão o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), em 1963, e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), em 1967, ambos ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo e com sede em Campinas. Ambos, ITAL e CATI, foram concebidos com forte ênfase em transferência de tecnologia e treinamento técnico. Atualmente, apenas o ITAL mantém atividades de pesquisa sistemáticas. Até o fim da década de 1960, o Brasil não tinha know-how para produzir em larga escala suco de laranja concentrado e congelado, limitando-se a exportar matéria-prima sem valor agregado. O país também não detinha tecnologia para a obtenção do leite de soja. O desenvolvimento desses e de outros produtos só foi possível com a atuação do ITAL. Atualmente, o ITAL detém sete unidades técnicas e sua missão é empreender a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação, a assistência tecnológica e a difusão do conhecimento técnico-científico para o agronegócio. Entre os trabalhos desenvolvidos são destaques os ligados à saúde do consumidor, à ampliação da vida útil de produtos e ao aproveitamento de coprodutos de processamentos. Já o CATI conta, atualmente, com quarenta Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) distribuídos nas várias regiões do estado de São Paulo. Os quarenta EDRs englobam as Casas
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de Agricultura municipais presentes em todos os municípios do estado. Além disso, a CATI possui 21 Núcleos de Produção de Sementes, Mudas e Matrizes. Fundado em 8 de abril de 1969, o Instituto de Pesca foi o primeiro órgão de pesquisa do País voltado ao estudo de ecossistemas aquáticos e à biologia de organismos marinhos e continentais, com vistas ao povoamento e repovoamento com espécies indicadas. Foi criado com o objetivo de realizar pesquisas básicas e aplicadas sobre a fauna e o ambiente aquático, visando ao aumento da sua produtividade e à sua exploração racional; de orientar o povoamento e repovoamento de águas interiores do Estado com espécies indicadas e de incentivar as atividades pesqueiras, orientando-as, desenvolvendo suas técnicas e cooperando para o preparo de mão de obra especializada. O Instituto possui várias bases regionais de apoio a pesquisas institucionais, sendo que uma delas está localizada em Pirassununga. Também nesta cidade está o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (CEPTA), criado em 1979 pelo Ibama e hoje incorporado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio, autarquia federal – criada a partir da reestruturação do Ibama – ligada diretamente ao Ministério do Meio Ambiente. O CEPTA tem por objetivo executar ações voltadas à conservação e preservação de peixes continentais, gerar, sistematizar e disponibilizar informações para a gestão da biodiversidade de peixes continentais e seu papel no funcionamento e na manutenção dos ecossistemas aquáticos continentais, competindo-lhe realizar pesquisas científicas, desenvolver tecnologias e difundir informações. Em 1994, em Atibaia, o Ibama criou o Centro Nacional de Pesquisas para Conservação dos Predadores Naturais (Cenap) com o intuito de estimular, coordenar e desenvolver atividades de manejo, pesquisa e conservação, a nível nacional, das espécies de mamíferos carnívoros que vivem no país. Desde 2007, o Cenap é uma entidade integrante do ICMBio. Ainda no universo do agronegócio, três das 43 unidades de pesquisa ou serviços da Embrapa estão na RAC: a Embrapa Meio Ambiente, a Embrapa Informática Agropecuária e a Embrapa Monitoramento por Satélite. A Embrapa Meio Ambiente foi instituída em 1982, dedica-se ao estudo dos impactos ambientais da agricultura em seu sentido amplo. A unidade, em cooperação com outras organizações de P&D do setor produtivo, vem selecionando, adaptando e desenvolvendo tecnologias, práticas e formas de manejo adequadas às condições brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do agronegócio nacional. A Embrapa Informática Agropecuária, antigo Núcleo Tecnológico para Informática Agrope-
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cuária, foi criada em 1985 na cidade de Campinas através de um convênio entre a Embrapa e o Centro Tecnológico para Informática (CTI). Inicialmente, a unidade funcionava nas instalações do CTI, mas em 1993 foi celebrado convênio com a Unicamp, para a cessão de uso de terreno no campus, onde seria construída a futura sede da unidade. Em 1996 realizou-se a inauguração da sede desta unidade. Atualmente, é um centro de referência no desenvolvimento de projetos em tecnologia de informação aplicada ao agronegócio e atua nas áreas de engenharia de sistemas de software, computação científica, processamento de imagens, organização da informação, bioinformática e agroclimatologia, priorizando o uso de padrões abertos e o desenvolvimento de sistemas para a Internet. Por fim, a Embrapa Monitoramento por Satélite, antigo Núcleo de Monitoramento Ambiental e de Recursos por Satélite, foi criada em 1989 também na cidade de Campinas para desenvolver pesquisas e prestar serviços no setor de monitoramento orbital das atividades agrícolas, apoiados em imagens de satélites. Durante todos esses anos de pesquisas e conhecimentos difundidos, a unidade adquiriu prestígio e credibilidade, transformando-se em uma das principais referências de monitoramento por satélite no Brasil e no exterior. Aliou-se ao Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, atuando de forma indispensável nos cenários técnico e científico brasileiro e internacional, nas áreas de geoprocessamento e de monitoramento orbital da agricultura. Outra instituição de referência localizada em Campinas é o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro, antigo Laboratório Regional de Apoio Animal – Lara) criado em 1979. Existem apenas seis Laboratórios Nacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Goiás, Pernambuco, Pará, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais). Os cientistas do antigo Lara-Campinas estiveram à frente de análises decisivas no controle de doenças como a febre aftosa bovina. Com o passar dos anos, o Lara absorveu as atividades de outros laboratórios nacionais nas áreas de defesa e inspeção animal. Existem duas bases do Lanagro – SP fora de Campinas, em Jundiaí e Curitiba. Os serviços técnicos oferecidos beneficiam os produtores de alimentos de origem animal, bebidas, vinagres, fertilizantes, corretivos e afins. Localizam-se na região diversos hospitais de porte que dão suporte à pesquisa na área biomédica, incluindo o HC, o CAISM, o Gastrocentro e o Hemocentro da Unicamp, o Hospital Celso Pierro da PUC-Campinas e o Hospital Sobrapar que realiza investigação de novos métodos para prevenção, diagnóstico e tratamento relacionados à cirurgia plástica reparadora da face e às áreas interdisciplinares. A região de Campinas também foi pioneira na atração de instituições voltadas à área de
154
tecnologia da informação e da comunicação (TICs). Ă&#x2030; o caso do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicaçþes (CPqD), em 1976, criado pela TelebrĂĄs, empresa estatal que detinha o monopĂłlio dos serviços pĂşblicos de telecomunicaçþes no Brasil. Em 1998, com a privatização do sistema TelebrĂĄs, o CPqD tornou-se uma fundação de direito privado. Outro caso emblemĂĄtico ĂŠ o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI â&#x20AC;&#x201C; antigo CenPRA), unidade do MinistĂŠrio da CiĂŞncia e Tecnologia (MCT) fundada em 1982 em Campinas, que atua na pesquisa e no desenvolvimento em tecnologia da informação. As suas principais ĂĄreas de atuação sĂŁo componentes eletrĂ´nicos, microeletrĂ´nica, sistemas, software e aplicaçþes de TI, tais como robĂłtica, apoio Ă decisĂŁo e tecnologias 3D para indĂşstria e medicina. Atualmente, o Centro conta com cerca de 280 pesquisadores distribuĂdos em seus dez laboratĂłrios.
FULDGD SDUD H[HFXWDU SURPRYHU IRPHQWDU H DSRLDU DWLYLGDGHV GH LQRYDomR H No final de 1996, foi fundada, em Campinas, a Sociedade Brasileira para Promoção da GHVHQYROYLPHQWR FLHQWtILFR H WHFQROyJLFR GH JHUDomR H WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLDV H Exportação de Software (Softex), uma organização nĂŁo governamental criada para executar, QRWDGDPHQWH GH SURPRomR GR FDSLWDO KXPDQR DWUDYpV GD HGXFDomR FXOWXUD H promover, fomentar e apoiar atividades de inovação e desenvolvimento cientĂfico e tecnolĂłgico WUHLQDPHQWR DSURSULDGRV GH QDWXUH]D WpFQLFD H PHUFDGROyJLFD HP WHFQRORJLD GH de geração e transferĂŞncia de tecnologias e notadamente de promoção do capital humano, atraVRIWZDUH H VXDV DSOLFDo}HV FRP rQIDVH QR PHUFDGR H[WHUQR YLVDQGR R vĂŠs da educação, cultura e treinamento apropriados, de natureza tĂŠcnica e mercadolĂłgica em GHVHQYROYLPHQWR VRFLRHFRQ{PLFR EUDVLOHLUR DWUDYpV GD LQVHUomR GR SDtV QD HFRQRPLD tecnologia de software e suas aplicaçþes, com ĂŞnfase no mercado externo, visando o desenvolPXQGLDO vimento socioeconĂ´mico brasileiro, atravĂŠs da inserção do paĂs na economia mundial. 1HVWH PHVPR SHUtRGR HP IRL LQDXJXUDGR HP &DPSLQDV R /DERUDWyULR Neste mesmo perĂodo, em 1997, foi inaugurado em Campinas o LaboratĂłrio Nacional de 1DFLRQDO GH /X] 6tQFURWRQ /1/6 2 /1/6 p PDQWLGR FRP UHFXUVRV GR 0&7 H IRL XP Luz SĂncroton (LNLS). O LNLS ĂŠ mantido com recursos do MCT e foi um grande passo da pesquiJUDQGH SDVVR GD SHVTXLVD EUDVLOHLUD Mi TXH IRL R SULPHLUR ODERUDWyULR QR KHPLVIpULR VXO sa brasileira, jĂĄ que foi o primeiro laboratĂłrio no hemisfĂŠrio sul a ter um acelerador de partĂculas. D WHU XP DFHOHUDGRU GH SDUWtFXODV $V SHVTXLVDV GHVHQYROYLGDV QR /1/6 FRODERUDP As pesquisas desenvolvidas no LNLS colaboram para ampliar os conhecimentos nas ĂĄreas de SDUD DPSOLDU RV FRQKHFLPHQWRV QDV iUHDV GH ItVLFD TXtPLFD HQJHQKDULD GRV fĂsica, quĂmica, engenharia dos materiais, meio ambiente e ciĂŞncias da vida, entre outras ĂĄreas. PDWHULDLV PHLR DPELHQWH H FLrQFLDV GD YLGD HQWUH RXWUDV iUHDV
LaboratĂłrio Nacional de Luz SĂncroton (LNLS) em Campinas
2 /DERUDWyULR 1DFLRQDO GH %LRFLrQFLDV /1%LR DQWLJR &HQWUR GH %LRORJLD
155
O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), antigo Centro de Biologia Molecular Estrutural (CeBiME), foi criado em 1999 e aberto a usuários em 2001. A função do LNBio é coordenar e desenvolver pesquisas na área de Biologia Molecular Estrutural. Em maio de 2009 de centro incubado no LNLS, o LNBio passou a ser autônomo, reestruturando e expandindo sua atuação para Biociências. Já o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), inaugurado em janeiro de 2010, é um centro que pretende realizar pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) na área de bioetanol de cana; ser uma instituição articuladora de pesquisa externa, dispondo sua infraestrutura para as universidades e institutos de pesquisa públicos e privados que desenvolvem projetos relacionados à missão do Centro; e ser um provedor de tecnologias e informações estratégicas para a indústria, mediante cooperações de interesse comum. O CTBE, juntamente com o LNBio e o LNLS, integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social de direito privado que administra os três institutos. A partir do final da década de 1990, a Lei no 10.176/01, também conhecida como Lei de Informática, impulsionou a criação de diversos institutos privados de pesquisa, estruturados para receber os recursos privados de P&D previstos como contrapartida aos incentivos fiscais oferecidos pela lei. Entre eles, o Centro de Pesquisas Avançadas Wernher Von Braun (1997), o Instituto Eldorado (1999), a FITec, o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA) e o Venturus. Esses institutos, somados ainda os departamentos de P&D de diversas grandes empresas, e uma miríade de pequenas empresas de base tecnológica, completam o atual mosaico de organizações dedicadas a pesquisa e inovação presentes na RAC.
4.1.
PERFIL DA PESQUISA NA RAC
4.1.1. Grupos de Pesquisa A região de Campinas possui expressiva capacidade de pesquisa. A cidade de Campinas, sozinha, reúne dois terços dos grupos de pesquisa e dos recursos humanos dedicados à pesquisa na RAC. Tal concentração é provocada principalmente pela presença da Unicamp. Piracicaba e Rio Claro também se destacam como polos importantes, em outra escala, mas ainda sim com significativos contingentes de grupos de pesquisa e pesquisadores.
156
$ UHJLmR GH &DPSLQDV SRVVXL H[SUHVVLYD FDSDFLGDGH GH SHVTXLVD $ FLGDGH GH &DPSLQDV VR]LQKD UH~QH GRLV WHUoRV GRV JUXSRV GH SHVTXLVD H GRV UHFXUVRV KXPDQRV GHGLFDGRV j SHVTXLVD QD 5$& 7DO FRQFHQWUDomR p SURYRFDGD SULQFLSDOPHQWH SHOD SUHVHQoD GD 8QLFDPS 3LUDFLFDED H 5LR &ODUR WDPEpP VH GHVWDFDP FRPR SRORV LPSRUWDQWHV HP RXWUD HVFDOD PDV DLQGD VLP FRP VLJQLILFDWLYRV FRQWLQJHQWHV GH JUXSRV GH SHVTXLVD H SHVTXLVDGRUHV Tabela 54 â&#x20AC;&#x201C; Grupos de Pesquisa, pesquisadores e estudantes atuantes na RAC
)RQWH &13T
Tabela 55â&#x20AC;&#x201C; Grupos de Pesquisa e recursos humanos dedicados Ă pesquisa por instituição presente na RAC
)RQWH &13T
$OJXPDV LQVWLWXLo}HV SULYDGDV VHP ILQV OXFUDWLYRV H HPSUHVDV SULYDGDV QmR Algumas instituiçþes privadas sem fins lucrativos e empresas privadas não cadastram seus FDGDVWUDP VHXV JUXSRV GH SHVTXLVD QR 'LUHWyULR GH *UXSRV GR &13T (P VXD PDLRULD grupos de pesquisa no Diretório de Grupos do CNPq. Em sua maioria, estas instituiçþes estão HVWDV LQVWLWXLo}HV HVWmR ORFDOL]DGDV HP &DPSLQDV H VmR UHODWLYDPHQWH SHTXHQDV localizadas em Campinas e são relativamente pequenas. Desse modo, sua ausência não interfe'HVVH PRGR VXD DXVrQFLD QmR LQWHUIHUH VLJQLILFDWLYDPHQWH QDV FRQFOXV}HV D VHJXLU re significativamente nas conclusþes a seguir, obtidas a partir dos dados do Diretório de Grupos. REWLGDV D SDUWLU GRV GDGRV GR 'LUHWyULR GH *UXSRV
157
Mapa 68â&#x20AC;&#x201C; Distribuição Territorial dos Grupos de Pesquisa, pesquisadores e alunos na RAC
*UXSRV GH 3HVTXLVD GH D
3HVTXLVDGRUHV H (VWXGDQWHV
)RQWH &13T 'LUHWyULR GH *UXSRV GH 3HVTXLVD
158
DWp GH D
Tabela 56 â&#x20AC;&#x201C; Instituiçþes de Pesquisa presentes na RAC
)RQWH &13T
2V FLQFR SULQFLSDLV WHPDV GRV JUXSRV GH SHVTXLVD GD 5$& PHGLGRV SHOD Os cinco principais temas dos grupos de pesquisa da RAC, medidos pela quantidade de TXDQWLGDGH GH SHVTXLVDGRUHV H HVWXGDQWHV HQYROYLGRV R Q~PHUR TXH PHOKRU UHIOHWH D pesquisadores e estudantes envolvidos, o nĂşmero que melhor reflete a â&#x20AC;&#x153;capacidade de trabaGH WUDEDOKR´ GHGLFDGD j SHVTXLVD Educação, QR WHPD VmR $JURQRPLD (GXFDomR lhoâ&#x20AC;?ÂłFDSDFLGDGH dedicada Ă pesquisa no tema, sĂŁo Agronomia, Medicina, Engenharia ElĂŠtrica e 0HGLFLQD (QJHQKDULD (OpWULFD H &LrQFLD H 7HFQRORJLD GH $OLPHQWRV &LrQFLD GD imCiĂŞncia e Tecnologia de Alimentos. CiĂŞncia da Computação aparece em nono lugar. Parte
&RPSXWDomR DSDUHFH HP QRQR OXJDU 3DUWH GDV SHVTXLVDV FRP p portante das pesquisas com TICs Ê coberta pelos LPSRUWDQWH grupos de Engenharia ElÊtrica e 7,&V parte ocorre SHORV GH (QJHQKDULD (OpWULFD SDUWH RFRUUH HP LQVWLWXLo}HV em FREHUWD instituiçþes queJUXSRV não participam do Diretório deH Grupos de Pesquisa do CNPq,TXH masQmR mesmo SDUWLFLSDP GR 'LUHWyULR GH *UXSRV GH 3HVTXLVD &13T PDV não PHVPR DVVLP do D lado assim, a percepção Ê que o peso econômico do setor deGR TICs na região Ê o mesmo SHUFHSomR p TXH R SHVR HFRQ{PLFR GR VHWRU GH 7,&V QD UHJLmR QmR p R PHVPR GR da pesquisa acadêmica. ODGR GD SHVTXLVD DFDGrPLFD
159
Tabela 57 â&#x20AC;&#x201C; Disciplinas predominantes nos Grupos de Pesquisa da RAC
)RQWH &13T
160
Gráfico 28– Perfis de especialização regionais na pesquisa para RAC, Campinas e Piracicaba
)RQWHV &13T H HODERUDomR SUySULD
161
A comparação entre Brasil e RAC quanto às disciplinas mais pesquisadas mostra que Agronomia, Engenharia Elétrica e Ciência e Tecnologia de Alimentos se destacam na RAC não somente em termos absolutos, mas também em termos relativos. Medicina e Educação, mesmo com a grande quantidade de pesquisadores na RAC, de fato apenas acompanha o padrão nacional. Em outras palavras, a RAC não se destaca do restante do País por conta de disciplinas como Medicina, Educação, Química e Ciência da Computação. Essas disciplinas aparecem na região na mesma proporção em que aparecerem no restante do país. É notável também que disciplinas como Administração, Direito, Veterinária e Farmácia, por exemplo, são bastante deficitárias na RAC em comparação com o padrão brasileiro. A mesma análise buscando o perfil de especialização pode ser feita na escala municipal. Em Rio Claro, a pesquisa enfatiza Educação, Ecologia, Geociências, Educação Física, Zoologia, Botânica e Matemática. Em Piracicaba, a Agronomia é o grande destaque, mas também Odontologia, Ecologia, Zootecnia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Fisioterapia, Engenharia Florestal e Engenharia Agrícola aparecem com destaque relativamente à média nacional. Em Campinas, Ciência da Computação, Física e Engenharia Mecânica estão apenas um pouco acima da média nacional, enquanto Linguística, Engenharia Elétrica, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Engenharia Química e Matemática estão claramente em patamares muito superiores. A quantidade de pesquisadores e estudantes envolvidos em cada disciplina ou tema trabalhados em grupos de pesquisa é um indicador importante, mas não é ainda suficiente para determinar o perfil da pesquisa na região. A qualidade da pesquisa realizada é outro fator que precisa ser levado em conta. Há mais de um modo de levar a qualidade da pesquisa em consideração. Uma primeira aproximação consiste na contagem simples de publicações em revistas indexadas. Um segundo modo busca medir a influência das pesquisas realizadas, por meio da citação de resultados relevantes em novos trabalhos científicos ou técnicos. Um terceiro modo procura avaliar a capacidade de captação de recursos competitivos para a pesquisa, sob o suposto de que melhores pesquisadores são capazes de preparar as melhores propostas e estas são as contempladas nas Chamadas Públicas de agências como Finep e CNPq. Nenhum dos métodos é sozinho suficiente para avaliar a qualidade da pesquisa, precisam ser combinados para se obter uma boa
162
$UWLJRV QD ,6, :HE RI 6FLHQFH
4.1.2. Artigos na ISI Web of Science
$ SXEOLFDomR HP UHYLVWDV FLHQWtILFDV LQGH[DGDV p XP GRV LQGLFDGRUHV GH A publicação em revistas cientĂficas indexadas ĂŠ um dos indicadores de pesquisa de quaSHVTXLVD GH TXDOLGDGH $V ERDV UHYLVWDV SRVVXHP FRPLVV}HV HGLWRULDLV EDVWDQWH lidade. As boas revistas possuem comissĂľes editoriais bastante seletivas e revisores exigentes. VHOHWLYDV H UHYLVRUHV H[LJHQWHV $ ÂłDYDOLDomR SHORV SDUHV´ p DVVLP FKDPDGD SRUTXH A â&#x20AC;&#x153;avaliação pelos paresâ&#x20AC;? ĂŠ assim chamada porque cada artigo ĂŠ examinado por um ou mais FDGD DUWLJR p H[DPLQDGR SRU XP RX PDLV SHVTXLVDGRUHV GR WHPD TXDQWR j TXDOLGDGH H pesquisadores do tema quanto Ă qualidade e Ă relevância do trabalho de pesquisa. j UHOHYkQFLD GR WUDEDOKR GH SHVTXLVD A base ISI Web of Science ĂŠ uma referĂŞncia internacional em relação a publicaçþes cien$ EDVH ,6, :HE RI 6FLHQFH p XPD UHIHUrQFLD LQWHUQDFLRQDO HP UHODomR D tĂficas, contendo mais de dez mil revistas em 256 disciplinas. O International Science Index (ISI) SXEOLFDo}HV FLHQWtILFDV FRQWHQGR PDLV GH GH] PLO UHYLVWDV HP GLVFLSOLQDV 2 cobre publicaçþes desde o inĂcio do sĂŠculo XX. ,QWHUQDWLRQDO 6FLHQFH ,QGH[ ,6, FREUH SXEOLFDo}HV GHVGH R LQtFLR GR VpFXOR ;; GrĂĄfico 29â&#x20AC;&#x201C; PaĂses com mais artigos indexados, entre janeiro 1999 e agosto 2009.
)RQWH VFLHQFHZDWFK FRP
2 %UDVLO p XPD IRUoD HPHUJHQWH QR PXQGR GD FLrQFLD ILJXUDQGR QR VHOHWR O Brasil ĂŠ uma força emergente no mundo da ciĂŞncia, figurando no seleto grupo dos vinte JUXSR GRV YLQWH PDLV LPSRUWDQWHV SDtVHV HP WHUPRV GH SURGXomR FLHQWtILFD )RUDP mais importantes paĂses em termos de produção cientĂfica. Foram publicados em revistas indeSXEOLFDGRV HP UHYLVWDV LQGH[DGDV PDLV GH PLO DUWLJRV FLHQWtILFRV EUDVLOHLURV GHVGH xadas mais de 175 mil artigos cientĂficos brasileiros desde 1999. Dentre os paĂses do BRIC, a China ĂŠ o paĂs com maior crescimento em termos de publica'HQWUH RV SDtVHV GR %5,& D &KLQD p R SDtV FRP PDLRU FUHVFLPHQWR HP çþes, com uma impressionante taxa de crescimento de dez mil artigos a mais por ano. Brasil e WHUPRV GH SXEOLFDo}HV FRP XPD LPSUHVVLRQDQWH WD[D GH FUHVFLPHQWR GH GH] PLO Ă?ndia apresentaram crescimentos similares, nĂŁo menos impressionantes trĂŞs mil artigos a mais DUWLJRV D PDLV SRU DQR %UDVLO H Ă&#x2039;QGLD DSUHVHQWDUDP FUHVFLPHQWRV VLPLODUHV QmR PHQRV por ano, enquanto a RĂşssia permanece estĂĄvel. Ao se comparar o crescimento cientĂfico com LPSUHVVLRQDQWHV WUrV PLO DUWLJRV D PDLV SRU DQR HQTXDQWR D 5~VVLD SHUPDQHFH o crescimento do PIB, o Brasil foi o paĂs que mais aumentou sua â&#x20AC;&#x153;densidadeâ&#x20AC;? cientĂfica, aproxiHVWiYHO $R VH FRPSDUDU R FUHVFLPHQWR FLHQWtILFR FRP R FUHVFLPHQWR GR 3,% R %UDVLO mando-se dos demais. Todos os quatro paĂses sĂŁo bastante parecidos em termos de produção IRL R SDtV TXH PDLV DXPHQWRX VXD ÂłGHQVLGDGH´ FLHQWtILFD DSUR[LPDQGR VH GRV GHPDLV cientĂfica em relação ao produto econĂ´mico. 7RGRV RV TXDWUR SDtVHV VmR EDVWDQWH SDUHFLGRV HP WHUPRV GH SURGXomR FLHQWtILFD HP
UHODomR DR SURGXWR HFRQ{PLFR
163
GrĂĄfico 30 - Artigos indexados na Web of Science nos paĂses do BRIC GrĂĄfico 30 - Artigos indexados na Web of Science nos paĂses do BRIC
)RQWHV Web of Science ,%*( H %DQFR 0XQGLDO )RQWHV Web of Science ,%*( H %DQFR 0XQGLDO
8PD FDUDFWHUtVWLFD QRWiYHO GR %UDVLO p TXH D FLrQFLD GH UHSHUFXVVmR 8PD FDUDFWHUtVWLFD QRWiYHO GR %UDVLO p TXH D FLrQFLD GH UHSHUFXVVmR LQWHUQDFLRQDO HVWi PXLWR FRQFHQWUDGD QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR $ GHQVLGDGH FLHQWtILFD Uma caracterĂstica notĂĄvel do Brasil ĂŠ que a ciĂŞncia de repercussĂŁo internacional estĂĄ muiLQWHUQDFLRQDO HVWi PXLWR FRQFHQWUDGD QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR $ GHQVLGDGH FLHQWtILFD to concentrada no estado de SĂŁo Paulo. A densidade cientĂfica em SĂŁo Paulo ĂŠ muito maior que HP 6mR 3DXOR p PXLWR PDLRU TXH D GR UHVWDQWH GR SDtV 6mR 3DXOR UHVSRQGH SRU HP 6mR 3DXOR p PXLWR PDLRU TXH D GR UHVWDQWH GR SDtV 6mR 3DXOR UHVSRQGH SRU a do paĂs. SĂŁo Paulo por 30% a 35%DR do PHVPR PIB e possui 21% população D restante GR do 3,% H SRVVXL responde GD SRSXODomR GR %UDVLO WHPSR TXH da SURGX] D GR 3,% H SRVVXL GD SRSXODomR GR %UDVLO DR PHVPR WHPSR TXH SURGX] do PDLV Brasil,GH ao mesmo tempo que LQGH[DGRV produz mais$ de5$& 50% dos artigos indexados. A RAC mantĂŠm GRV DUWLJRV PDQWpP VXD SDUWLFLSDomR HQWUH DV sua PDLV GH DUWLJRV LQGH[DGRV $ ISI 5$& PDQWpP VXD (com SDUWLFLSDomR HQWUH DV participação entre asGRV publicaçþes brasileiras no em torno de TXHGD 13% leve GH queda a partir SXEOLFDo}HV EUDVLOHLUDV QR ,6, HP WRUQR GH FRP OHYH D SDUWLU H de SXEOLFDo}HV ,6, HP WRUQR GH FRP OHYH TXHGD D SDUWLU GH H 2005) e em quaseEUDVLOHLUDV um quartoQR das publicaçþes paulistas. HP TXDVH XP TXDUWR GDV SXEOLFDo}HV SDXOLVWDV HP TXDVH XP TXDUWR GDV SXEOLFDo}HV SDXOLVWDV Apesar dos nĂşmeros absolutos crescentes, a queda nos nĂşmeros relativos de publicaçþes $SHVDU GRV Q~PHURV DEVROXWRV FUHVFHQWHV D TXHGD QRV Q~PHURV UHODWLYRV GH $SHVDU GRV Q~PHURV DEVROXWRV FUHVFHQWHV D TXHGD QRV Q~PHURV UHODWLYRV GH indexadas nos Ăşltimos anos contrasta DQRV FRQWUDVWD FRP R FUHVFLPHQWR UHODWLYR GR 3,% com o crescimento relativo do PIB da regiĂŁo. A ciĂŞncia SXEOLFDo}HV LQGH[DGDV QRV ~OWLPRV SXEOLFDo}HV LQGH[DGDV QRV ~OWLPRV DQRV FRQWUDVWD FRP R FUHVFLPHQWR UHODWLYR GR 3,% parece estar se difundindo mais que o crescimento econĂ´mico. GD UHJLmR $ FLrQFLD SDUHFH HVWDU VH GLIXQGLQGR PDLV TXH R FUHVFLPHQWR HFRQ{PLFR GD UHJLmR $ FLrQFLD SDUHFH HVWDU VH GLIXQGLQGR PDLV TXH R FUHVFLPHQWR HFRQ{PLFR Tabela 58 - Artigos indexados do Brasil, Estado de SĂŁo Paulo e RAC e proporçþes regionais frente ao PIB. Tabela 58 - Artigos indexados do Brasil, Estado de SĂŁo Paulo e RAC e proporçþes regionais frente ao PIB.
)RQWHV Web of Science H ,%*( )RQWHV Web of Science H ,%*(
164
$ 5$& SRVVXL GRV SHVTXLVDGRUHV GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H GRV SHVTXLVDGRUHV GR SDtV ,VVR TXHU GL]HU TXH RV SHVTXLVDGRUHV GD 5$& VmR GH GXDV D A RAC possui 22% dos pesquisadores do estado de SĂŁo Paulo e 5,4% dos pesquisadores WUrV YH]HV PDLV SURGXWLYRV TXH D PpGLD QDFLRQDO HPERUD HVWHMDP GHQWUR GD PpGLD do paĂs. Isso quer dizer que os pesquisadores da RAC sĂŁo de duas a trĂŞs vezes mais produtivos SDXOLVWD que a mĂŠdia nacional, embora estejam dentro da mĂŠdia paulista. $ 5$& TXDQGR FRPSDUDGD D SDtVHV VHOHFLRQDGRV SRU SRVVXtUHP A RAC quando comparada a paĂses selecionados por possuĂrem similaridades de tamanho VLPLODULGDGHV GH WDPDQKR HFRQ{PLFR RX GH SRSXODomR DSUHVHQWRX QR JHUDO econĂ´mico ou de população, apresentou, no geral, crescimentos mais tĂmidos que esses paĂses FUHVFLPHQWRV PDLV WtPLGRV TXH HVVHV SDtVHV QRV ~OWLPRV DQRV $ GHQVLGDGH GD nos Ăşltimos anos. A densidade da produção cientĂfica (artigos em relação ao PIB) na RAC ĂŠ prĂłSURGXomR FLHQWtILFD DUWLJRV HP UHODomR DR 3,% QD 5$& p SUy[LPD j GD ,UODQGD PDV xima Ă da Irlanda, mas fica bem atrĂĄs de Israel, Nova Zelândia e Cingapura ILFD EHP DWUiV GH ,VUDHO 1RYD =HOkQGLD H &LQJDSXUD GrĂĄfico 31 - Artigos indexados na Web of Science, RAC e paĂses selecionados.
)RQWHV Web of Science ,%*( H %DQFR 0XQGLDO
3DUD HVWXGDU R SHUILO WHPiWLFR GRV DUWLJRV LQGH[DGRV SURGX]LGRV 5$& passo R Para estudar o perfil temĂĄtico dos artigos indexados produzidos na RAC, oQD primeiro SULPHLUR SDVVR p em VLWXDU HVWD ao SURGXomR UHODomR AsDR H DR PXQGR $V ĂŠ situar esta produção relação Brasil e HP ao mundo. 25%UDVLO principais disciplinas em quantiGLVFLSOLQDV HP ao TXDQWLGDGH GH SURGXomR QR %UDVLO DR VHUHP RUGHQDGDV SRU ciendadeSULQFLSDLV de produção no Brasil, serem ordenadas por sua participação no total de trabalhos VXD SDUWLFLSDomR QR paĂses WRWDO GH WUDEDOKRV SHORV ligados SDtVHV Ă %5,&V tĂficos produzidos pelos BRICs, mostraFLHQWtILFRV a força doSURGX]LGRV Brasil em temas agricultura 165
PRVWUD D IRUoD GR %UDVLO HP WHPDV OLJDGRV j DJULFXOWXUD H j VD~GH H D UHODWLYD e Ă saĂşde e a relativa defasagem em relação a disciplinas como FĂsica, BioquĂmica, QuĂmica e GHIDVDJHP HP UHODomR D GLVFLSOLQDV FRPR )tVLFD %LRTXtPLFD 4XtPLFD H &LrQFLD GRV CiĂŞncia dos Materiais, que mesmo com muitas publicaçþes no contexto brasileiro, sĂŁo pouco 0DWHULDLV TXH PHVPR FRP ao PXLWDV SXEOLFDo}HV EUDVLOHLUR VmR representativas se comparadas volume dos outros QR trĂŞsFRQWH[WR paĂses emergentes que SRXFR formam os UHSUHVHQWDWLYDV VH FRPSDUDGDV DR YROXPH GRV RXWURV WUrV SDtVHV HPHUJHQWHV TXH BRICs. IRUPDP RV %5,&V Tabela 59 â&#x20AC;&#x201C; Posição relativa do Brasil frente aos BRICs nas 25 principais disciplinas acadĂŞmicas brasileiras, segundo quantidade de publicaçþes indexadas.
)RQWH :HE RI 6FLHQFH
([DPLQDQGR R GHVHPSHQKR GD 5$& QR PHVPR FRQMXQWR GH GLVFLSOLQDV D Examinando o desempenho da RAC no mesmo conjunto de disciplinas, a regiĂŁo se desUHJLmR VH GHVWDFD HP UHODomR DRV GHPDLV SDtVHV HP 2GRQWRORJLD )tVLFD GD 0DWpULD taca em relação aos demais paĂses em Odontologia, FĂsica da MatĂŠria Condensada, CiĂŞncia e &RQGHQVDGD &LrQFLD H 7HFQRORJLD GH $OLPHQWRV )tVLFR 4XtPLFD H 4XtPLFD *HUDO Tecnologia de Alimentos, FĂsico-QuĂmica e QuĂmica Geral. Como a participação geral da RAC nas&RPR D SDUWLFLSDomR JHUDO GD 5$& QDV SXEOLFDo}HV EUDVLOHLUDV ILFD HP WRUQR GH publicaçþes brasileiras fica em torno de 12%, todas as disciplinas com participação abaixo WRGDV DV sĂŁo GLVFLSOLQDV FRP SDUWLFLSDomR DEDL[R na GHVVH desse valor relativamente menos expressivas RAC.YDORU VmR UHODWLYDPHQWH PHQRV H[SUHVVLYDV QD 5$&
166
Tabela 60â&#x20AC;&#x201C; Posição relativa da RAC e de municĂpios selecionados nas disciplinas importantes no Brasil, segundo quantidade de publicaçþes indexadas. Tabela 60â&#x20AC;&#x201C; Posição relativa da RAC e de municĂpios selecionados nas disciplinas importantes no Brasil, segundo quantidade de publicaçþes indexadas.
)RQWH :HE RI 6FLHQFH )RQWH :HE RI 6FLHQFH
3RU RXWUR ODGR Ki GLYHUVDV GLVFLSOLQDV TXH QmR HVWmR HQWUH DV SULQFLSDLV GR Por outro lado, hĂĄ diversas disciplinas que nĂŁo estĂŁo entre as 25 principais do Brasil, em %UDVLO HP TXH D 5$& SDUWLFLSD FRP PDLV GH GDV SXEOLFDo}HV LQGH[DGDV (QWUH 3RU RXWUR ODGR Ki GLYHUVDV GLVFLSOLQDV TXH QmR HVWmR HQWUH DV SULQFLSDLV GR que a RAC participa com mais de 15% das publicaçþes indexadas. Entre elas, destaque para asHODV GHVWDTXH SDUD TXH DSDUHFHP HQIDWL]DGRV LQGH[DGDV QRV JUXSRV GH %UDVLO HP TXH D 5$& DVVXQWRV SDUWLFLSD FRP WDPEpP PDLV GDV SXEOLFDo}HV (QWUH suntos que tambĂŠm aparecem enfatizados nos GH grupos de pesquisa, como Engenharia ElĂŠtrica, SHVTXLVD FRPR (QJHQKDULD (OpWULFD (QJHQKDULD 4XtPLFD )tVLFD H &RPSXWDomR HODV GHVWDTXH DVVXQWRV TXH WDPEpP DSDUHFHP HQIDWL]DGRV QRV JUXSRV GH Engenharia QuĂmica,SDUD FĂsica e Computação. SHVTXLVD FRPR (QJHQKDULD (OpWULFD (QJHQKDULD 4XtPLFD )tVLFD H &RPSXWDomR
Tabela 61 â&#x20AC;&#x201C; Posição relativa da RAC e de municĂpios selecionados em outras disciplinas importantes na RAC, segundo quantidade de publicaçþes indexadas. Tabela 61 â&#x20AC;&#x201C; Posição relativa da RAC e de municĂpios selecionados em outras disciplinas importantes na RAC, segundo quantidade de publicaçþes indexadas.
)RQWH :HE RI 6FLHQFH )RQWH :HE RI 6FLHQFH
$ FRPSDUDomR HQWUH &DPSLQDV 3LUDFLFDED H RXWURV PXQLFtSLRV LPSRUWDQWHV
GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR UHYHOD HP GHWDOKHV RV SRQWRV PDLV IRUWHV GH FDGD FLGDGH $ FRPSDUDomR HQWUH &DPSLQDV 3LUDFLFDED H RXWURV PXQLFtSLRV LPSRUWDQWHV A comparação entre Campinas, Piracicaba e outros municĂpios importantes do estado de GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR UHYHOD HP GHWDOKHV RV SRQWRV PDLV IRUWHV GH FDGD FLGDGH -i D em FRPSDUDomR GD 5$& mais FRP fortes RV SDtVHV VHOHFLRQDGRV SĂŁo Paulo revela detalhes os pontos de cada cidade. FRPR EHQFKPDUNV PRVWUD TXH QHP WRGDV DV GLVFLSOLQDV HP TXH D 5$& VH GHVWDFD QR %UDVLO VmR WDPEpP -i D FRPSDUDomR GD 5$& FRP RV SDtVHV VHOHFLRQDGRV FRPR EHQFKPDUNV JĂĄ a comparação da RAC $SHQDV com os paĂses selecionados$JULFXOWXUD como benchmarks mostra que GHVWDTXHV LQWHUQDFLRQDLV HP 2GRQWRORJLD PXOWLGLVFLSOLQDU H nem PRVWUD TXH QHP WRGDV DV GLVFLSOLQDV HP TXH D 5$& VH GHVWDFD QR %UDVLO VmR WDPEpP
todas as disciplinas quep a RAC se destaca no Brasil tambĂŠm destaques internacionais. (QWRPRORJLD D em 5$& QLWLGDPHQWH D sĂŁo HVWHV SDtVHV (P &LrQFLD GD GHVWDTXHV LQWHUQDFLRQDLV $SHQDV HP VXSHULRU 2GRQWRORJLD $JULFXOWXUD PXOWLGLVFLSOLQDU H Apenas em Odontologia, Agricultura (multidisciplinar) e Entomologia a RAC ĂŠ nitidamente supe&RPSXWDomR D (QJHQKDULD (OpWULFD 1DQRWHFQRORJLD H 0DWHULDLV D (QWRPRORJLD 5$& p QLWLGDPHQWH VXSHULRU D HVWHV SDtVHV SRU (P H[HPSOR &LrQFLD GD
GHIDVDJHP p EDVWDQWH JUDQGH &RPSXWDomR (QJHQKDULD (OpWULFD 1DQRWHFQRORJLD H 0DWHULDLV SRU H[HPSOR D GHIDVDJHP p EDVWDQWH JUDQGH
167
rior a estes paĂses. Em CiĂŞncia da Computação, Engenharia ElĂŠtrica Nanotecnologia e Materiais, por exemplo, a defasagem ĂŠ bastante grande.â&#x20AC;&#x192; Tabela 62â&#x20AC;&#x201C; Posição relativa da RAC e de paĂses selecionados nas disciplinas importantes na RAC.
)RQWH :HE RI 6FLHQFH
,PSDFWR GD SHVTXLVD tQGLFH K
4.1.3. Impacto da pesquisa (Ăndice h) 2 tQGLFH K p FRQVLGHUDGR XPD GDV PHOKRUHV PHGLGDV SDUD HVWLPDU D LPSRUWkQFLD GD SURGXomR DFDGrPLFD 3DUD XP FLHQWLVWD RX XP JUXSR GH FLHQWLVWDV VHX tQGLFH K p R K GH VXDV SHOR PHQRV K FLWDo}HV FDGD 8P O Ăndice h Q~PHUR ĂŠ considerado uma SXEOLFDo}HV das melhoresFRP medidas para estimar a importância da proSHVTXLVDGRU WHUi R tQGLFH K LJXDO D GH] FDVR SRVVXD GH] SXEOLFDo}HV FRP SHOR PHQRV dução acadĂŞmica. Para um cientista, ou um grupo de cientistas, seu Ăndice h ĂŠ o nĂşmero h de GH] FLWDo}HV FDGD (VVD menos FRUUHODomR SHUPLWH D FRUUHomR GH GLVWRUo}HV FDXVDGDV SRU a dez, suas publicaçþes com pelo h citaçþes cada. Um pesquisador terĂĄ o Ăndice h igual caso possua dez publicaçþes comFLWDGDV pelo menos dez citaçþes cada. Essa permite a SXEOLFDo}HV VLQJXODUHV PXLWR H YDORUL]D R HTXLOtEULR HQWUH correlação TXDQWLGDGH H correção de distorçþes causadas por publicaçþes singulares muito citadas e valoriza o equilĂbrio TXDOLGDGH entre quantidade e qualidade. 3DUD RV JUXSRV GH SHVTXLVD GD 5$& R PpWRGR HPSUHJDGR SDUD FDOFXODU R
tQGLFH K FRQVLVWLX QRV VHJXLQWHV SDVVRV Para os grupos de pesquisa da RAC, o mĂŠtodo empregado para calcular o Ăndice h consistiu nos seguintes passos: ,GHQWLILFDomR GH WRGRV RV DUWLJRV SXEOLFDGRV HP UHYLVWDV DUELWUDGDV 1.
VHJXQGR R de GHFODUDGR &9V publicados /DWWHV GRV H Identificação todos osQRV artigos em revistasSHVTXLVDGRUHV arbitradas, segundo o
HVWXGDQWHV TXH SDUWLFLSDP GRV JUXSRV GH SHVTXLVD GD UHJLmR WRWDOL]DQGR declarado nos CVs Lattes dos 20.640 pesquisadores e estudantes que participam dos grupos de XP XQLYHUVR GH DUWLJRV pesquisa da regiĂŁo, totalizando um universo de 238.996 artigos; (OLPLQDomR GH UHGXQGkQFLD GH LQIRUPDomR GHYLGR DR DOWR tQGLFH GH 168
FRDXWRULD GHQWUR GRV JUXSRV GHILQLQGR XP GRPtQLR GH DUWLJRV
2.
Eliminação de redundância de informação devido ao alto Ăndice de coautoria den-
tro dos grupos, definindo um domĂnio de 137.110 artigos; 3.
Busca %XVFD GR Q~PHUR GH FLWDo}HV SRU DUWLJR QR *RRJOH 6FKRODU do número de citaçþes por artigo no Google Scholar28;
4.
CĂĄlculo &iOFXOR GR tQGLFH K*6 SDUD FDGD JUXSR GD UHJLmR do Ăndice hGS para cada grupo da regiĂŁo.
$ PpGLD GRV tQGLFHV K*6 GRV JUXSRV GH SHVTXLVD QD 5$& p GR]H QXPD A mĂŠdia dos Ăndices hGS dos grupos de pesquisa na RAC ĂŠ doze, numa distribuição alongada GLVWULEXLomR DORQJDGD j GLUHLWD FRP D SUHVHQoD GH DOJXQV JUXSRV FRP K*6 DFLPD GH Ă direita, com a presença de alguns grupos com hGS acima de quarenta. TXDUHQWD
GrĂĄfico 32 - Histograma da frequĂŞncia de grupos de pesquisa por Ăndice h para a RAC
)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU
$ 8QLFDPS VHQGR D LQVWLWXLomR FRP R PDLRU Q~PHUR GH JUXSRV GH SHVTXLVD A Unicamp, sendo a instituição com o maior número de grupos de pesquisa, situa-se apeVLWXD VH DSHQDV XP SRXFR DFLPD GD PpGLD SRUpP FRP UHODWLYDPHQWH PHQRV JUXSRV nas um pouco acima da mÊdia, porÊm com relativamente menos grupos de hGS baixo. GH K*6 EDL[R
28 O Google Scholar, usado como ferramenta bibliomĂŠtrica, ĂŠ capaz de identificar em mĂŠdia 90% mais documentos que a Web of Science, mas oferece menor controle sobre as fontes. Por um lado, se isso prejudica a confiança no resultado, por outro, amplia o universo de monitoramento de impacto. Desde que a consulta seja controlada, isto ĂŠ, seja feita a partir de unidades de busca cuja qualidade seja conhecida (no caso, apenas artigos publicados em revistas arbitradas), a vantagem advinda supera em muito as limitaçþes da ferramenta. As principais vantagens de calcular o Ăndice h a partir do Google Scholar (hGS) sĂŁo: 1. Amplitude de monitoramento em mĂŠdia 90% maior, incluindo congressos, livros, teses, sites e revistas tĂŠcnicas e outras publicaçþes nĂŁo indexadas pela Web of Science; 2. NĂŁo hĂĄ limitação de lĂnguagem, o que amplia muito a cobertura de literatura em portuguĂŞs; cujas revistas sĂŁo pouco representadas na Web os Science, tais como Administração, HistĂłria, Educação 3. Ă reas 2 *RRJOH 6FKRODU XVDGR FRPR IHUUDPHQWD ELEOLRPpWULFD p FDSD] GH LGHQWLILFDU HP PpGLD PDLV GRFXPHQWRV TXH D Web of e Artes, tornam-se muito mais visĂveis. O mesmo ocorre para ĂĄreas cuja regionalidade ĂŠ importante, como AgriculScience PDV RIHUHFH PHQRU FRQWUROH VREUH DV IRQWHV 3RU XP ODGR VH LVVR SUHMXGLFD D FRQILDQoD QR UHVXOWDGR SRU RXWUR DPSOLD tura e R XQLYHUVR GH PRQLWRUDPHQWR GH LPSDFWR 'HVGH TXH D FRQVXOWD VHMD FRQWURODGD LVWR p VHMD IHLWD D SDUWLU GH XQLGDGHV GH EXVFD muitas das CiĂŞncias Sociais, e para ĂĄreas que privilegiam a comunicação cientĂfica em congressos, como a CiĂŞncia da Computação. FXMD TXDOLGDGH VHMD FRQKHFLGD QR FDVR DSHQDV DUWLJRV SXEOLFDGRV HP UHYLVWDV DUELWUDGDV D YDQWDJHP DGYLQGD VXSHUD HP PXLWR Como DV OLPLWDo}HV GD IHUUDPHQWD $V SULQFLSDLV YDQWDJHQV GH FDOFXODU R tQGLFH K D SDUWLU GR *RRJOH 6FKRODU K*6 VmR regra geral, recomendamos adotar o fator de conversĂŁo aproximado: hWoS = hGS/2. $PSOLWXGH GH PRQLWRUDPHQWR HP PpGLD PDLRU LQFOXLQGR FRQJUHVVRV OLYURV WHVHV sites H UHYLVWDV WpFQLFDV H RXWUDV SXEOLFDo}HV QmR LQGH[DGDV SHOD Web of Science 1mR Ki OLPLWDomR GH OtQJXDJHP R TXH DPSOLD PXLWR D FREHUWXUD GH OLWHUDWXUD HP SRUWXJXrV Ă&#x2C6;UHDV FXMDV UHYLVWDV VmR SRXFR UHSUHVHQWDGDV QD Web os Science WDLV FRPR $GPLQLVWUDomR +LVWyULD (GXFDomR H $UWHV
169
Gráfico 33– Histograma da frequência de grupos de pesquisa por índice h para a Unicamp
)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU
Tabela 63 – Índices h médios e institucionais para instituições de pesquisa da RAC
)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU
170
Tabela 64 - Ă?ndices h dos municĂpios da RAC Tabela 64 - Ă?ndices h dos municĂpios da RAC
)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU )RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU
2 K*6 LQVWLWXFLRQDO RX PXQLFLSDO p FDOFXODGR VREUH R XQLYHUVR GH DUWLJRV GD 2 K*6 LQVWLWXFLRQDO RX PXQLFLSDO p FDOFXODGR VREUH R XQLYHUVR GH DUWLJRV GD O hGS institucional (ou municipal) ĂŠ calculado sobre o universo de artigos da instituição ou LQVWLWXLomR RX GR PXQLFtSLR WDPEpP GHVFRQWDGDV DV VREUHSRVLo}HV FDXVDGDV SRU LQVWLWXLomR RX tambĂŠm GR PXQLFtSLR WDPEpP GHVFRQWDGDV DV VREUHSRVLo}HV FDXVDGDV SRU do municĂpio, descontadas as sobreposiçþes causadas por coautorias de pesquisadoFRDXWRULDV GH SHVTXLVDGRUHV H HVWXGDQWHV SHUWHQFHQWHV DR PHVPR UHFRUWH 5HFRUWHV FRDXWRULDV GH SHVTXLVDGRUHV SHUWHQFHQWHV DR PHVPR UHFRUWH 5HFRUWHV res e estudantes pertencentes H aoHVWXGDQWHV mesmo recorte. Recortes com instituiçþes com mais pesquisaFRP LQVWLWXLo}HV FRP PDLV SHVTXLVDGRUHV H JUXSRV GH SHVTXLVD WHQGHP D XP K*6 FRP LQVWLWXLo}HV PDLV tendem SHVTXLVDGRUHV H JUXSRV GH SHVTXLVD WHQGHP D XP K*6 dores e grupos deFRP pesquisa a um hGS institucional maior. Por outro lado, o tamanho dos LQVWLWXFLRQDO PDLRU 3RU RXWUR ODGR R WDPDQKR GRV JUXSRV GH SHVTXLVD QmR VH grupos de pesquisa correlaciona o Ăndice hGS calculado os grupos. LQVWLWXFLRQDO PDLRU nĂŁo 3RU seRXWUR ODGR R com WDPDQKR GRV JUXSRV GH para SHVTXLVD QmR VH FRUUHODFLRQD FRP R tQGLFH K*6 FDOFXODGR SDUD RV JUXSRV FRUUHODFLRQD FRP R tQGLFH K*6 FDOFXODGR SDUD RV JUXSRV GrĂĄfico 34 - Relação entre o tamanho dos Grupos de Pesquisa e o Ă?ndice h GrĂĄfico 34 - Relação entre o tamanho dos Grupos de Pesquisa e o Ă?ndice h
)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU )RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU
,VVR SRGH VLJQLILFDU TXH GLYHUVRV JUXSRV GH SHVTXLVD VmR DQFRUDGRV SHOR ,VVR SRGH VLJQLILFDU TXH GLYHUVRV JUXSRV GH SHVTXLVD VmR DQFRUDGRV SHOR WUDEDOKR GH TXDOLGDGH GH SRXFRV SHVTXLVDGRUHV $ FRQFOXVmR p TXH R HQJDMDPHQWR GH WUDEDOKR GH TXDOLGDGH GH SRXFRV SHVTXLVDGRUHV $ FRQFOXVmR p TXH R HQJDMDPHQWR GH
171
PDLV SHVVRDV QD SHVTXLVD QmR LPSOLFD GLUHWDPHQWH HP PDLRU LPSRUWkQFLD H LPSDFWR GD Isso pode significar que diversos grupos de pesquisa são ancorados pelo trabalho de qualiSHVTXLVD dade de poucos pesquisadores. A conclusão Ê que o engajamento de mais pessoas na pesquisa não implica diretamente em maior importância e impacto da pesquisa. $R VH REVHUYDU D GLVWULEXLomR GH PHGLDQDV H TXDUWLV GRV K*6 GRV JUXSRV GH
SHVTXLVD VHSDUDGRV SRU JUDQGHV iUHDV GR FRQKHFLPHQWR GRLV JUXSRV GLVWLQWRV TXDQWR Ao se observar a distribuição de medianas e quartis dos hGS dos grupos de pesquisa seDR LPSDFWR HPHUJHP parados por grandes ĂĄreas do conhecimento, dois grupos distintos quanto ao impacto emergem: â&#x20AC;˘
â&#x20AC;˘
Â&#x192; *UXSR $ &LrQFLDV %LROyJLFDV TXH LQFOXL RV JUXSRV GH (FRORJLD FRP K*6 Grupo A, CiĂŞncias BiolĂłgicas (que inclui os grupos de Ecologia com hGS 53 e 51), Ci H &LrQFLDV $JUiULDV &LrQFLDV ([DWDV H GD 7HUUD H &LrQFLDV GD ĂŞncias AgrĂĄrias, CiĂŞncias Exatas e da Terra e CiĂŞncias da SaĂşde; e 6D~GH H
Grupo B, Engenharias, CiĂŞncias Sociais Aplicadas, CiĂŞncias Humanas e LinguĂstica, Â&#x192; *UXSR % (QJHQKDULDV &LrQFLDV 6RFLDLV $SOLFDGDV &LrQFLDV +XPDQDV H Letras e Artes. /LQJXtVWLFD /HWUDV H $UWHV GrĂĄfico 35 - Distribuição em quartis do Ăndice h dos grupos de pesquisa por Grandes Ă reas
)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU
$ PHGLDQD GDV TXDWUR SULPHLUDV HVWi DFLPD GH GH] D GDV RXWUDV TXDWUR A mediana das quatro primeiras estĂĄ acima de dez, a das outras quatro, abaixo de dez. A DEDL[R GH GH] $ DPSOLWXGH GH Pi[LPRV p JUDQGH 8P FRUWH HP K SDUD DV TXDWUR
amplitude de mĂĄximos ĂŠ grande. corteGR emSULPHLUR h = 25 para as quatro primeiras seleciona SULPHLUDV VHOHFLRQD DSHQDV Um JUXSRV TXDUWLO 8P FRUWH SDUHFLGR SDUD apenas DV grupos do primeiro quartil. Um corte parecido para as demais Grandes Ă reas ocorre em h = 15 GHPDLV *UDQGHV Ă&#x2C6;UHDV RFRUUH HP K
Em todas as Grandes Ă reas hĂĄ muita diversidade de desempenho, hĂĄ grupos de pesquisa (P WRGDV DV *UDQGHV Ă&#x2C6;UHDV Ki PXLWD GLYHUVLGDGH GH GHVHPSHQKR Ki JUXSRV de alto e baixo impacto em todos os casos. O mesmo padrĂŁo se repete para as 76 Ă reas em que GH SHVTXLVD GH DOWR H EDL[R LPSDFWR HP WRGRV RV FDVRV 2 PHVPR SDGUmR VH UHSHWH os grupos podem ser classificados. SDUD DV Ă&#x2C6;UHDV HP TXH RV JUXSRV SRGHP VHU FODVVLILFDGRV
172
Um corte em hGS = 25 no Grupo A leva Ă seleção de 80 grupos de destaque na RAC nas 8P FRUWH HP K*6 QR *UXSR $ OHYD j VHOHomR GH JUXSRV GH GHVWDTXH respectivas Grandes Ă reas. Um corte em hGS = 15 no Grupo B leva Ă seleção de 93 grupos de QD 5$& QDV UHVSHFWLYDV *UDQGHV Ă&#x2C6;UHDV 8P FRUWH HP K*6 QR *UXSR % OHYD j destaque na RAC nas respectivas Grandes Ă reas. VHOHomR GH JUXSRV GH GHVWDTXH QD 5$& QDV UHVSHFWLYDV *UDQGHV Ă&#x2C6;UHDV Tabela 65 - Grupos de Pesquisa de destaque na RAC com hGS Â&#x2022; &LrQFLDV %LROyJLFDV &LrQFLDV $JUiULDV &LrQFLDV Exatas e da Terra, CiĂŞncias da SaĂşde)
Tabela 66â&#x20AC;&#x201C; Grupos de Pesquisa de destaque na RAC com hGS Â&#x2022; (Engenharias, CiĂŞncias Humanas, LinguĂstica, Letras e Artes, CiĂŞncias Sociais Aplicadas)
)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU
173
&DSWDomR GH UHFXUVRV FRPSHWLWLYRV GRV )XQGRV 6HWRULDLV )1'&7
4.1.4. Captação de recursos competitivos dos Fundos Setoriais (FNDCT)
&DPSLQDV p D VHJXQGD FLGDGH GR SDtV HP WHUPRV FDSDFLGDGH GH FDSWDomR
GRV UHFXUVRV FRPSHWLWLYRV GR 0&7 SDUD SHVTXLVD YROWDGD DR GHVHQYROYLPHQWR Campinas ĂŠ a segunda cidade do paĂs em termos capacidade de captação dos recursos WHFQROyJLFR H D LQRYDomR HP UHODomR D VXD SRSXODomR competitivos do MCT para pesquisa voltada ao desenvolvimento tecnolĂłgico e a inovação em relação a sua(P população. WHUPRV DEVROXWRV RV UHFXUVRV FDSWDGRV SRU &DPSLQDV QmR FKHJDP j
PHWDGH GR PRQWDQWH GD FLGDGH FRP PDLV UHFXUVRV FDSWDGRV 5LR GH -DQHLUR 5- R Em termos absolutos, os recursos captados por Campinas nĂŁo chegam Ă metade do monTXH D SRVLFLRQD QD TXLQWD SRVLomR HP UHODomR DR YDORU DEVROXWR (QWUHWDQWR QD DQiOLVH tante da cidade com mais recursos captados (Rio de Janeiro/RJ), o que a posiciona na quinta HP WHUPRV UHODWLYRV &DPSLQDV WHP R GREUR GH FDSDFLGDGH GH FDSWDomR HP UHODomR DR posição em relação ao valor absoluto. Entretanto, na anĂĄlise em termos relativos, Campinas tem WDPDQKR GH VXD HFRQRPLD SHOR PHQRV FLQFR YH]HV PHQRU TXH D GR 5LR GH -DQHLUR H o dobro de capacidade de captação em relação ao tamanho de sua economia, pelo menos cinco PDLV TXH R GREUR HP UHODomR j VXD SRSXODomR vezes menor que a do Rio de Janeiro, e mais que o dobro em relação Ă sua população. $OpP GLVVR &DPSLQDV WHP R PDLRU YDORU PpGLR SRU SURMHWR HQWUH DV AlĂŠm disso, Campinas tem o maior valor mĂŠdio por projeto entre as 12 cidades com maior FLGDGHV FRP PDLRU FDSDFLGDGH GH FDSWDomR 5 HP PpGLD SRU SURMHWR HP capacidade de captação: R$ 345.000 em mĂŠdia por projeto, em 399 projetos identificados. SURMHWRV LGHQWLILFDGRV Tabela 67 - Principais municĂpios em captação de recursos competitivos dos Fundos Setoriais
)RQWHV 0&7 ,%*( H HODERUDomR SUySULD 2EVHUYDo}HV 2V GDGRV FRPSUHHQGHP QR SHUtRGR D SURMHWRV DSURYDGRV QDV &KDPDGDV 3~EOLFDV )LQHS H &13T GRV )XQGRV 6HWRULDLV H GR )1'&7 1mR HVWmR LQFOXtGRV RV SURMHWRV GH VXEYHQomR HP HPSUHVDV 7RGRV GRV YDORUHV PRQHWiULRV FRUUHVSRQGHP D GH]HPEUR GH 2V YDORUHV DVVLQDODGRV D FDGD FLGDGH SRGHP IOXWXDU HP DWp VHP QR HQWDQWR DIHWDU D RUGHQDomR
7RGDV DV GR]H FLGDGHV OLVWDGDV DFLPD SRGHP VHU HQWHQGLGDV FRPR Todas as doze cidades listadas acima podem ser entendidas como concorrentes diretas FRQFRUUHQWHV GLUHWDV GH &DPSLQDV FRP GHVWDTXH SDUD D GHQVLGDGH GH SURMHWRV H de Campinas, com destaque para a densidade de projetos e recursos conseguidos por FlorianĂłUHFXUVRV FRQVHJXLGRV SRU )ORULDQySROLV H 5HFLIH (P 0DQDXV Ki XP JUDQGH SHVR GR polis e Recife. Em Manaus, hĂĄ um grande peso do Fundo CT-AmazĂ´nia, do qual Campinas nĂŁo )XQGR &7 $PD]{QLD GR TXDO &DPSLQDV QmR SDUWLFLSD participa. 2V GHPDLV PXQLFtSLRV GD 5$& WrP UHODWLYDPHQWH SRXFD SDUWLFLSDomR Os demais municĂpios da RAC tĂŞm relativamente pouca participação na captação QD dos reFDSWDomR GRV UHFXUVRV FRPSHWLWLYRV GR 0&7 cursos competitivos do MCT.
174
Tabela Tabela 68 68 -- Captação Captação de de recursos recursos competitivos competitivos dos dos Fundos Fundos Setoriais Setoriaispelos pelos municĂpios municĂpios da da RAC RAC
)RQWHV 0&7 H HODERUDomR SUySULD )RQWHV 0&7 H HODERUDomR SUySULD
'R 'R SRQWR SRQWR GH GH YLVWD YLVWD WHPiWLFR VHWRULDO WHPiWLFR VHWRULDO D D 5$& 5$& REHGHFH REHGHFH HP HP OLQKDV OLQKDV JHUDLV JHUDLV D D â&#x20AC;&#x192; Do ponto de vista temĂĄtico-setorial, a RAC obedece em linhas gerais a distribuição mĂŠdia GLVWULEXLomR PpGLD EUDVLOHLUD &RPSDUDWLYDPHQWH FDSWD PDLV UHFXUVRV TXH D PpGLD QR GLVWULEXLomR PpGLD EUDVLOHLUD &RPSDUDWLYDPHQWH FDSWD PDLV UHFXUVRV TXH D PpGLD QR brasileira. Comparativamente, capta mais recursos que a mĂŠdia no CT-Info, no CT-AgronegĂłcio &7 ,QIR QR H QR DOpP JHQHUDOLVWDV &7 QR &7 $JURQHJyFLR &7 $JURQHJyFLR QR &7 3HWUyOHR &7 3HWUyOHR DOpP GRV GRV eIXQGRV IXQGRV e no&7 ,QIR CT-PetrĂłleo, alĂŠm dos fundosH generalistas CT-Transversal FNDCT.JHQHUDOLVWDV &7 7UDQVYHUVDO H )1'&7 7UDQVYHUVDO H )1'&7 Tabela Tabela 69 69 -- Distribuição Distribuição dos dos recursos recursos captados captados por por Fundo Fundo Setorial, Setorial, RAC RAC eeBrasil Brasil
)RQWHV 0&7 H HODERUDomR SUySULD )RQWHV 0&7 H HODERUDomR SUySULD
$ PDLRU GRV )XQGRV 6HWRULDLV XP HUUiWLFR A maior dosSDUWH Fundos Setoriais apresenta umDSUHVHQWD padrĂŁo errĂĄtico de investimentos no tem$ parte PDLRU SDUWH GRV )XQGRV 6HWRULDLV DSUHVHQWD XP SDGUmR SDGUmR HUUiWLFR GH GH WHPSR PRGR D GH VHU po, LQYHVWLPHQWRV de modo que aQR anĂĄlise deGH tendĂŞncias precisa ser feita em termosSUHFLVD relativos. A IHLWD tabela abaixo LQYHVWLPHQWRV QR WHPSR GH PRGR TXH TXH D DQiOLVH DQiOLVH GH WHQGrQFLDV WHQGrQFLDV SUHFLVD VHU IHLWD HP HP WHUPRV UHODWLYRV $ WDEHOD DEDL[R PRVWUD DV WD[DV FRPSDUDWLYDV HQWUH DV SDUWLFLSDo}HV mostra as taxas comparativas entre as participaçþes da RAC no Brasil ano a ano em cada fundo. WHUPRV UHODWLYRV $ WDEHOD DEDL[R PRVWUD DV WD[DV FRPSDUDWLYDV HQWUH DV SDUWLFLSDo}HV Os GD dados relevam, porDQR exemplo, aFDGD IXQGR 2V baixa participação relativa no CT-Biotecnologia (0,2 QR D HP GDGRV UHOHYDP SRU H[HPSOR TXH D GD 5$& 5$& QR %UDVLO %UDVLO DQR D DQR DQR que HP FDGD IXQGR 2V GDGRV UHOHYDP SRU H[HPSOR TXH D â&#x20AC;&#x201C; na tabela acima) se explica pela ausĂŞncia completa da regiĂŁoQD WDEHOD DFLPD
em trĂŞs dos anos em que ocorreram EDL[D SDUWLFLSDomR UHODWLYD QR &7 %LRWHFQRORJLD Âą VH H[SOLFD SHOD EDL[D SDUWLFLSDomR UHODWLYD QR &7 %LRWHFQRORJLD Âą QD WDEHOD DFLPD
VH H[SOLFD SHOD Chamadas de Propostas, em contraste com mĂŠdias superiores Ă s nacionais em dois dos anos DXVrQFLD DXVrQFLD FRPSOHWD FRPSOHWD GD GD UHJLmR UHJLmR HP HP WUrV WUrV GRV GRV DQRV DQRV HP HP TXH TXH RFRUUHUDP RFRUUHUDP &KDPDGDV &KDPDGDV GH GH que3URSRVWDV participou. HP O destaque da RAC no CT-AgronegĂłcio ĂŠ marcante. 3URSRVWDV HP FRQWUDVWH FRQWUDVWH FRP FRP PpGLDV PpGLDV VXSHULRUHV VXSHULRUHV jV jV QDFLRQDLV HP QDFLRQDLV HP GRLV GRLV GRV GRV DQRV DQRV TXH TXH SDUWLFLSRX 2 GHVWDTXH GD 5$& QR &7 $JURQHJyFLR p PDUFDQWH SDUWLFLSRX 2 GHVWDTXH GD 5$& QR &7 $JURQHJyFLR p PDUFDQWH
175
Tabela 70 - Variaçþes na participação da RAC na captação de recursos por Fundo Setorial (2000 a 2009)
)RQWHV 0&7 H HODERUDomR SUySULD
Tabela 71 - Recursos competitivos investidos pelos Fundos Setoriais no Brasil (2000 a 2009) e, captados pela RAC Brasil
RegiĂŁo Administrativa de Campinas
)RQWHV 0&7 H HODERUDomR SUySULD
,QVWLWXLo}HV GH 3HVTXLVD H 6HWRUHV 3URGXWLYRV Âą 2 &DVR GD 8QLFDPS 3DUD PHOKRU FDUDFWHUL]DU DWXDO UHODomR HQWUH RV 4.1.5. Instituiçþes de Pesquisa e D Setores Produtivos â&#x20AC;&#x201C; JUXSRV O CasoGH daSHVTXLVDV UnicampH RV
VHWRUHV SURGXWLYRV S~EOLFRV H SULYDGRV RSWRX VH SHOD UHDOL]DomR GH XP HVWXGR
FHQWUDGR QD 8QLFDPS XPD YH] TXH FRQFHQWUD R PDLRU Q~PHUR GH JUXSRV GD UHJLmR H Para melhor caracterizar a atual relação entre os grupos de pesquisas e os setores produSRVVXL GDGRV PDLV VLVWHPDWL]DGRV VREUH R DVVXQWR tivos, públicos e privados, optou-se pela realização de um estudo centrado na Unicamp, uma vez que concentra o maior número de grupos da região e possui dados mais sistematizados sobre 'DGRV REWLGRV GD EDVH GR &13T LQGLFDP TXH GRV JUXSRV GH SHVTXLVD o assunto. FDGDVWUDGRV SHOD 8QLFDPS FHUFD GH UHIHUHP TXH PDQWLYHUDP UHODFLRQDPHQWR
FRP HPSUHVDV QXP WRWDO GH HPSUHVDV 176
Dados obtidos da base do CNPq indicam que dos 739 grupos de pesquisa cadastrados pela Unicamp cerca de 59 (8%) referem que mantiveram relacionamento com empresas, num total de 102 empresas. Quanto às características desses relacionamentos, os dados mostram que em mais de 50% das empresas foram desenvolvidas pesquisas que consideraram o uso imediato dos resultados e, em 30% das empresas foi realizada a transferência de tecnologia do grupo para o parceiro. No que se refere aos grupos de pesquisa que indicaram relacionamento com empresas, pode-se observar, nos grupos que cadastraram informações a respeito, a maior frequência de grupos ligados às áreas de saúde, alimentos e agricultura, energia, química e biologia. Quanto à caracterização das empresas com as quais os grupos realizaram parcerias, no quadro a seguir é possível observar as indicações dos grupos, entre as quais se destacam grandes empresas das áreas de energia, agricultura, fármacos, entre outras. Quadro 8 – Empresas indicadas pelos Grupos de Pesquisa da Unicamp com as quais foram realizadas parcerias 1.Abimaq - Associação Bras. da Ind. de Máquinas e Equipamentos 2.Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A 3.ACNB - Associação dos Criadores de Nelore do Brasil 4.Aegis Semicondutores Ltda 5.Agricef Soluções Tecnológicas para Agricultura Ltda 6.Agrologia Empresa JR de Engenharia Agrícola 7.AMZ Indústria e Comércio Ltda Me 8.Apsen Farmacêutica S/A 9.Banco de Dados de São Paulo Ltda 10.Braskem S/A 11.Bruker AXS do Brasil Ltda 12.Bunge Fertilizantes S/A 13.Carbex Indústria e Com. de Materiais para Escritório Ltda 14.CEB - Companhia Energética de Brasília 15.Celestica do Brasil Ltda 16.Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais 17.Cepac Pesquisa e Comunicação Ltda 18.Clickideia Tecnologia Educacional Lltda EPP 19.Companhia Paulista de Força e Luz 20.Companhia Vale do Rio Doce 21.Concert Technologies S/A 22.Corning Brasil Ind. e Comércio Ltda 23 Cosan Agrícola Ltda 24.CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais 25.Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda 26.Croda do Brasil Ltda 27.Dalsey, Hillblom e Lynn - DHL Logistics (Brazil) LTDA 28.Diagnósticos Laboratoriais Especializados
177
29.DLG Automação Industrial Ltda 30.Documento Antropologia e Arqueologia 31.Duke Energy International Geração Paranapanema S/A 32.Eaton Ltda 33.Elekeiroz S.A 34.Elektro Eletricidade e Serviços S/A 35.Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A 36.Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A 37.Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 38.Enalta Inovações Tecnológicas para a Agricultura 39.ERIOS Representações e Comércio Ltda 40.Fabrimar S/A Indústria e Comércio 41.FBA - Franco Brasileira Agrícola Ltda 42.FEMTO - Indústria e Comércio de Instrumentos Ltda 43.Finep - Financiadora de Estudos e Projetos 44.Fissore - Consultoria e Assessoria Técnico-Científico Ltda 45.Gepea - Grupo de Estudos e Projetos em Engenharia de Alimentos 46.Gil Equipamentos Industriais Limitada 47.Gnatus Equipamentos Médico-Odontológicos Ltda 48.Grupo Tempo 49.Hidrosolo - Indústria e Comércio Ltda 50.Holamaq Blueburner Queimadores Industriais Ltda 51.Hytron - Ind. Com. e Assessoria Tecnológica em Energia e Gases Industriais Ltda. 52.Ibope - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística Ltda 53.Indústrias Químicas Taubaté S/A 54.Instituto Vygotskij - Centro de Estudos e Pesq. em Educação 55.International Energy Initiative Inc 56.International Paper do Brasil Ltda 57.Irrigotec Irrigação por Gotejamento Ltda 58.Johnson & Johnson do Brasil Ind. e Com. de Produtos para Saúde Ltda 59.KG Sorensen Indústria e Comércio Ltda 60.Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia 61.Mérito Engenharia e Empreendimentos S/C Ltda 62.Metal Vibro Metalúrgica Ltda 63.Metamat - Companhia Matogrossense de Mineração 64.Metrohm Pensalab Instrumentação Analítica 65.M&G Fibras e Resinas Ltda 66.Mineração Caraiba Ltda 67.Ministério da Marinha 68.Motorola do Brasil Ltda 69.Munte Construções Industrializada Ltda 70.Natura Cosméticos S/A 71.ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico 72.Orbys Desenvolvimento de Tecnologia de Materiais Ltda 73.Pianowski&Pianowski Ltda ME 74.Pirelli Pneus S/A 75.Pixis Tecnologia Ltda Epp 76.Plantarium - Comércio de Prod. Cosméticos, Farmac. e Manip. de Fórmulas Ltda 77.PST Indústria Eletrônica da Amazônia Ltda 78.Quattor Petroquímica S.A. 79.Radicifibras Indústria e Comécio Ltda 80.Ripasa S/A Celulose e Papel 81.Rossi Residencial S/A
178
82.Sadia S/A 83.SAS Institute Brasil Ltda 84.Secretaria Municipal de SaĂşde de Amparo 85.Semikron Semicondutores Ltda 86.SmartTech VibroacĂşstica Serviços e Sistemas Ltda. 87.Sociedade de Abastecimento de Ă gua e Saneamento S. A. 88.Souza Cruz S/A 89.Synchrophar Asses. e Desenv. de Proj ClĂnicos S/S Ltda 90.Tandra Sistemas de Controle Ltda ME 91.Tech Chrom Instrumento AnalĂticos Ltda ME 92.TECHNALLBR - Associação Tecnologia para Todos 93.Tecumseh do Brasil Ltda 94.Thyssenkrupp MetalĂşrgica Campo Limpo Ltda 95.Transfrigor do Brasil - Ind. e Com. de Equip. de Refrigeração 96.Unicamp - Universidade Estadual de Campinas 97.Unilever Bestfoods Brasil Ltda 98.VCP Florestal S/A 99.Villares Metals S/A 100.Visteon Sistemas Automotivos Ltda 101.Vocalize Soluçþes em Tecnologia da Fala e da Linguagem Ltda 102.Yamana Gold Inc. Fonte: Censo CNPq 2008
Os dados de convênios firmados pela Unicamp, a principal universidade da RAC, entre os anos de 2006 e 2008, com empresas para a realização de pesquisa e desenvolvimento Ê um indicador de como a pesquisa realizada na universidade pode se relacionar com as demandas do setor produtivo.
H[DPH GD dos RULJHP GRV FRQYrQLRV UHDOL]DGRV SHOD 8QLFDPS PRVWUD TXH D O exame2 da origem convênios realizados pela Unicamp mostra que a importância GHVVD XQLYHUVLGDGH WUDQVFHQGH HP PXLWR D LQIOXrQFLD VREUH D nos dessaLPSRUWkQFLD universidade transcende em muito a influência regional sobre a RAC,UHJLRQDO especialmente convênios para a realização de pesquisas. 5$& HVSHFLDOPHQWH QRV FRQYrQLRV SDUD D UHDOL]DomR GH SHVTXLVDV Tabela 72 - Convênios firmados pela Unicamp entre 2006 e 2008
)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD
$ 5$& p DSHQDV D WHUFHLUD PDLRU IRQWH GH UHFXUVRV SDUD SHVTXLVD YLD
179
)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD
A RAC $ ĂŠ apenas terceira D maior fonte PDLRU de recursos pesquisa SDUD via convĂŞnios, 5$& p aDSHQDV WHUFHLUD IRQWH para GH UHFXUVRV SHVTXLVD atrĂĄs YLD do estado do Rio de Janeiro e do restante do estado de SĂŁo Paulo. A regiĂŁo metropolitana de SĂŁo FRQYrQLRV DWUiV GR HVWDGR GR 5LR GH -DQHLUR H GR UHVWDQWH GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR $ Paulo participa com expressivos mais que o H[SUHVVLYRV dobro dos captados para pesquisa UHJLmR PHWURSROLWDQD GH 6mR recursos, 3DXOR SDUWLFLSD FRP UHFXUVRV PDLV TXH R por convĂŞnios na RAC. GREUR GRV FDSWDGRV SDUD SHVTXLVD SRU FRQYrQLRV QD 5$&
Dentre 'HQWUH RV FRQYrQLRV GH SHVTXLVD D JUDQGH PDLRULD VH UHIHUH D FRQWUDWRV GH os convĂŞnios de pesquisa, a grande maioria se refere a contratos de parceria com
empresas. Elas foram responsĂĄveis por uma injeção de 67 milhĂľes de reais em trĂŞs anos, uma SDUFHULD FRP HPSUHVDV (ODV IRUDP UHVSRQViYHLV SRU XPD LQMHomR GH PLOK}HV GH mĂŠdia superior a 22 milhĂľes de reais ao ano. UHDLV HP WUrV DQRV XPD PpGLD VXSHULRU D PLOK}HV GH UHDLV DR DQR Tabela 73â&#x20AC;&#x201C; Tipo de organização que realizou convĂŞnios de pesquisa com Unicamp (2006 a 2008).
)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD
GRV $QXiULRV (VWDWtVWLFRV GD de 8QLFDPS GH D Dados 'DGRV obtidos REWLGRV dos AnuĂĄrios EstatĂsticos da Unicamp, 2001 a 2009, indicam a imporLQGLFDP D LPSRUWkQFLD H R SHVR UHODWLYR GHVWHV UHFXUVRV QR em FRQMXQWR GH realizados JDVWRV HP pela tância e o peso relativo destes recursos no conjunto de gastos pesquisa SHVTXLVD UHDOL]DGRV SHOD XQLYHUVLGDGH universidade. Tabela 74Âą 8QLFDPS Âą )LQDQFLDPHQWR j SHVTXLVD HP 5 GXUDQWH RV ~OWLPRV DQRV Fonte de Financiamento
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
)$(3(; 81,&$03
D
)$3(63
E
&13T
E
&$3(6
H H H H H H H H FH
(035(6$6 3Ă&#x2019;%/,&$6
G
(035(6$6 35,9$'$6
G
),1(3 &13T 3521(; 3$'&7 )81'26
G
,167,78,dÂŽ(6 ,17(51$&,21$,6
G
Totais
132.046.928 143.895.213 120.205.316 154.404.534 218.267.029 186.257.698 218.186.888 219.254.547
)RQWH $QXiULR (VWDWtVWLFR 8QLFDPS 2EVHUYDo}HV D 9DORUHV OLEHUDGRV QDV GLYHUVDV PRGDOLGDGHV GH DX[tOLR E 9DORUHV OLEHUDGRV QDV GLYHUVDV PRGDOLGDGHV ILQDQFLDGDV EROVDV SDLV H H[WHULRU DX[tOLRV j SHVTXLVD LQGLYLGXDLV H WHPiWLFRV F 9DORUHV FRQVLGHUDQGR EROVDV GH PHVWUDGR GRXWRUDGR WD[DV GH EDQFDGD H RXWURV SURJUDPDV G YDORUHV OLEHUDGRV H 9DORUHV UHYLVDGRV MXQWR D &DSHV HP
180
GrĂĄfico 36 - UNICAMP Fontes de Financiamento Ă Pesquisa 2011 a 2009
248.140.431
3$'&7 )81'26 ,167,78,dÂŽ(6 ,17(51$&,21$,6
Totais
132.046.928 143.895.213 120.205.316 154.404.534 218.267.029 186.257.698 218.186.888 219.254.547
G 248.140.431
)RQWH $QXiULR (VWDWtVWLFR 8QLFDPS 2EVHUYDo}HV D 9DORUHV OLEHUDGRV QDV GLYHUVDV PRGDOLGDGHV GH DX[tOLR E 9DORUHV OLEHUDGRV QDV GLYHUVDV PRGDOLGDGHV ILQDQFLDGDV EROVDV SDLV H H[WHULRU DX[tOLRV j SHVTXLVD LQGLYLGXDLV H WHPiWLFRV F 9DORUHV FRQVLGHUDQGR EROVDV GH PHVWUDGR GRXWRUDGR WD[DV GH EDQFDGD H RXWURV SURJUDPDV G YDORUHV OLEHUDGRV H 9DORUHV UHYLVDGRV MXQWR D &DSHV HP
GrĂĄfico 36 - UNICAMP Fontes de Financiamento Ă Pesquisa 2011 a 2009 UNICAMP Fontes de Financiamento Ă Pesquisa 2001 a 2009 250.000.000
Valores R$
200.000.000
150.000.000
100.000.000
50.000.000
0
$QRV FAEPEX UNICAMP CNPq EMPRESAS PĂ&#x161;BLICAS FINEP/ CNPq/PRONEX/ PADCT/FUNDOS
FAPESP CAPES EMPRESAS PRIVADAS INSTITUIĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES INTERNACIONAIS
)RQWH 8QLFDPS Âą $QXiULR GH 3HVTXLVD
$ WDEHOD H R JUiILFR DFLPD LOXVWUDP D RULJHP GRV UHFXUVRV SDUD SHVTXLVD QD â&#x20AC;&#x192; A tabela e o grĂĄfico acima ilustram a origem dos recursos para pesquisa na Unicamp, 8QLFDPS RQGH VH SRGH REVHUYDU DOpP GD SUHSRQGHUkQFLD GH UHFXUVRV GH IXQGRV onde se pode observar, alĂŠm da preponderância de recursos de fundos pĂşblicos (Fapesp, CNPq S~EOLFRV )DSHVS &13T H &DSHV SHUID]HP FHUFD GH GRV UHFXUVRV TXH RV e Capes perfazem cerca de 70% dos recursos), que os recursos advindos de empresas pĂşblicas e privadas aumentaram no perĂodo de 2001 a 2009, partido de um patamar de cerca de 11% do total de recursos investidos em pesquisa, para um patamar prĂłximo de 17% nos Ăşltimos anos do perĂodo. Os trĂŞs setores econĂ´micos que se destacam como convenientes sĂŁo PetrĂłleo (devido ao investimentos feitos pela Petrobras), FarmĂĄcia (com investimentos de diversas empresas, a grande maioria de fora da RAC) e Eletricidade (tambĂŠm com muitas empresas, muitas de fora da RAC). No caso de Eletricidade, a Unicamp se destaca como parceira de diversas concessionĂĄrias de energia para a execução de projetos de P&D compulsĂłrios (segundo resolução da Aneel, cf. seção 2.4.).
181
GH GLYHUVDV HPSUHVDV D JUDQGH PDLRULD GH IRUD GD 5$& H (OHWULFLGDGH WDPEpP FRP PXLWDV HPSUHVDV PXLWDV GH IRUD GD 5$& 1R FDVR GH (OHWULFLGDGH D 8QLFDPS VH GHVWDFD FRPR SDUFHLUD GH GLYHUVDV FRQFHVVLRQiULDV GH HQHUJLD SDUD D H[HFXomR GH SURMHWRV GH 3 ' FRPSXOVyULRV VHJXQGR UHVROXomR GD $QHHO FI VHomR Tabela 75 â&#x20AC;&#x201C; NĂşmero e valores de convĂŞnios de pesquisa com Unicamp (2006 a 2008), por setores econĂ´micos
)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD
1R FDVR GH )iUPDFRV SUHGRPLQDP HVWXGRV SUp FOtQLFRV H FOtQLFRV UHDOL]DGRV No caso de FĂĄrmacos, predominam estudos prĂŠ-clĂnicos e clĂnicos realizados por diversas SRU GLYHUVDV HVSHFLDOLGDGHV GD 0HGLFLQD SDUD GLIHUHQWHV HPSUHVDV especialidades da Medicina, para diferentes empresas. $V HQJHQKDULDV PHFkQLFD H TXtPLFD IRUDP DV PDLV GHPDQGDGDV SRU As engenharias mecânica e quĂmica foram as mais demandadas por empresas, especialHPSUHVDV HVSHFLDOPHQWH D 3HWUREUDV *HRFLrQFLDV (QJHQKDULD GH 0DWHULDLV H mente a Petrobras. GeociĂŞncias, Engenharia de Materiais e Engenharia Naval tambĂŠm foram (QJHQKDULD 1DYDO WDPEpP IRUDP IRUWHPHQWH GHPDQGDGDV SHOD 3HWUREUDV fortemente demandadas pela Petrobras. Projetos em ciĂŞncia da computação ficaram mais restritos Ă RAC; entretanto os dois con vĂŞnios de fora tinham valores significativamente maiores, um deles com a Petrobras. JĂĄ a Engenharia ElĂŠtrica foi mais demandada por empresas de fora da RAC. Ă reas ligadas Ă agricultura e ao meio ambiente como Botânica, GenĂŠtica, Engenharia SanitĂĄria, Microbiologia, BioquĂmica e Engenharia AgrĂcola firmaram convĂŞnios apenas com empresas de fora da RAC.
182
3HWUREUDV -i D (QJHQKDULD (OpWULFD IRL PDLV GHPDQGDGD SRU HPSUHVDV GH IRUD GD 5$& Ă&#x2C6;UHDV OLJDGDV j DJULFXOWXUD H DR PHLR DPELHQWH FRPR %RWkQLFD *HQpWLFD (QJHQKDULD 6DQLWiULD 0LFURELRORJLD %LRTXtPLFD H (QJHQKDULD $JUtFROD ILUPDUDP FRQYrQLRV DSHQDV FRP HPSUHVDV GH IRUD GD 5$& Tabela 76 â&#x20AC;&#x201C; NĂşmero e valores de convĂŞnios de pesquisa com Unicamp (2006 a 2008), por disciplinas acadĂŞmicas.
)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD
(P VtQWHVH DQDOLVDQGR VH RV JUXSRV GH SHVTXLVD GD UHJLmR GH &DPSLQDV Em sĂntese, analisando-se os grupos de pesquisa da regiĂŁo de Campinas, pode-se obserSRGH VH REVHUYDU VXD LPSRUWDQWH FDSDFLGDGH GH SHVTXLVD H R GHVWDTXH SDUD D FLGDGH var sua importante capacidade de pesquisa e o destaque para a cidade de Campinas, que soziGH &DPSLQDV TXH VR]LQKD UH~QH GRLV WHUoRV GRV JUXSRV GH SHVTXLVD H GRV UHFXUVRV nha, reĂşne dois terços dos grupos de pesquisa e dos recursos humanos dedicados Ă pesquisa KXPDQRV GHGLFDGRV j SHVTXLVD QD 5$& 3LUDFLFDED H 5LR &ODUR WDPEpP VH GHVWDFDP na RAC. Piracicaba e Rio Claro tambĂŠm se destacam como polos importantes. FRPR SRORV LPSRUWDQWHV Os cinco principais temas dos grupos de pesquisa da RAC sĂŁo Agronomia, Educação, Medicina, Engenharia ElĂŠtrica e CiĂŞncia e Tecnologia de Alimentos. Cabe ressaltar que parte importante das pesquisas com TICs ĂŠ coberta pelos grupos de Engenharia ElĂŠtrica e parte ocorre em instituiçþes que nĂŁo participam do DiretĂłrio de Grupos de Pesquisa do CNPq. JĂĄ em Campinas os destaques ficam por conta de LinguĂstica, Engenharia ElĂŠtrica, CiĂŞncia e Tecnologia de Alimentos, Engenharia QuĂmica e MatemĂĄtica, ĂĄreas que em certa medida coincidem com as ĂĄreas de projetos PITE da Fapesp solicitados pelas empresas.
183
Comparando-se a RAC com o Brasil, nota-se deficiências em disciplinas como Administração, Direito, Veterinária e Farmácia. A análise dos artigos que constam da ISI Web of Science mostram que no Brasil a ciência de repercussão internacional concentra-se fortemente no estado de São Paulo, correspondendo a mais de 50% dos artigos indexados. A RAC participa com 13% das publicações brasileiras e quase 25% das paulistas no ISI. Nos últimos anos, na região, a ciência cresce relativamente menos que sua economia. O índice h também foi levado em conta para avaliar o perfil da pesquisa da RAC. Em termos de áreas do conhecimento, as áreas que se destacam na região são muito correlacionadas às que se destacam em número de pesquisadores e estudantes atuantes nos grupos de pesquisa. Seguindo a mesma linha de sucesso de captação de recursos de Subvenção Econômica da Finep, Campinas é a segunda cidade do país em termos capacidade de captação dos recursos competitivos do MCT para PD&I em relação à sua população. Capta mais recursos que a média do país no CT-Info, CT-Agronegócio e CT-Petro, além do CT-Transversal e FNDCT. Para a RAC o destaque maior é na captação de recursos do CT-Agronegócio. Finalmente, dados sobre os convênios firmados entre a Unicamp e empresas da região para realizar P&D, entre 2006 e 2008, mostram um bom número de convênios firmados com empresas (145 de um total de 177). Os principais setores econômicos foram petróleo, farmácia e eletricidade, todos eles com grandes investimentos de empresas de fora da RAC.
5.
PESQUISA DE CAMPO – A VISÃO DOS PRINCIPAIS ATORES Com a finalidade de complementar os dados expostos, bem como coletar informações qua-
litativas acerca dos projetos dos Parques Tecnológicos na RAC, foram realizadas várias abordagens com os principais atores envolvidos nestes empreendimentos. Apresentam-se a seguir as informações e as análises realizadas pelo grupo de pesquisa em diferentes itens, de acordo com o objetivo e o tipo de abordagem, indicado no quadro a seguir.
184
&RP D ILQDOLGDGH GH FRPSOHPHQWDU RV GDGRV H[SRVWRV EHP FRPR FROHWDU LQIRUPDo}HV TXDOLWDWLYDV DFHUFD GRV SURMHWRV GRV 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV QD 5$& IRUDP UHDOL]DGDV YiULDV DERUGDJHQV FRP RV SULQFLSDLV DWRUHV HQYROYLGRV QHVWHV HPSUHHQGLPHQWRV $SUHVHQWDP VH D VHJXLU DV LQIRUPDo}HV H DV DQiOLVHV UHDOL]DGDV SHOR JUXSR GH SHVTXLVD HP GLIHUHQWHV LWHQV GH DFRUGR FRP R REMHWLYR H R WLSR GH DERUGDJHP LQGLFDGR QR TXDGUR D VHJXLU Quadro 9– Caracterização das Abordagens de Campo realizadas Instrumentos Setores Envolvidos Utilizados
Objetivo da Abordagem
Tratamento dos dados
/HYDQWDPHQWR GH LQIRUPDo}HV MXQWR D DWRUHV FKDYHV VHOHFLRQDGRV FRP R REMHWLYR GH DYDOLDU VXDV H[SHFWDWLYDV H RSLQL}HV FRP UHVSHLWR D LPSODQWDomR GH HPSUHHQGLPHQWRV GH SDUTXHV WHFQROyJLFRV QD UHJLmR
(QWUHYLVWDV MXQWR D DWRUHV FKDYHV $QiOLVH H 5RWHLUR GH VHOHFLRQDGRV GRV VHWRUHV VLVWHPDWL]DomR (QWUHYLVWD $QH[R JRYHUQDPHQWDLV LQVWLWXLo}HV GH & 7 H GRV FRQWH~GRV
HPSUHVDV GDV HQWUHYLVWDV
/HYDQWDPHQWR GH LQIRUPDo}HV MXQWR D OtGHUHV GH JUXSRV GH SHVTXLVD H UHVSRQViYHLV SRU LQVWLWXLo}HV GH & 7 FRP R REMHWLYR GH FDUDFWHUL]DU DV UHODo}HV HQWUH HVWDV LQVWLWXLo}HV H RV VHWRUHV SURGXWLYRV
*UXSRV GH SHVTXLVD H UHVSRQViYHLV $QiOLVH H 5RWHLUR GH SRU LQVWLWXLo}HV GH & 7 TXH VLVWHPDWL]DomR (QWUHYLVWD $QH[R VDELGDPHQWH PDQWrP UHODo}HV FRP GRV FRQWH~GRV
VHWRUHV SURGXWLYRV GDV HQWUHYLVWDV
/HYDQWDPHQWR GH GDGRV MXQWR D HPSUHVDV YLVDQGR REWHU LQIRUPDo}HV VREUH VHXV SURFHVVRV GH LQRYDomR EHP FRPR VXDV SHUVSHFWLYDV FRP UHODomR DRV 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV GD 5HJLmR
(PSUHVDV GH EDVH WHFQROyJLFD GD 5$& VHOHFLRQDGDV D SDUWLU GH 4XHVWLRQiULR FDGDVWUR LQVWLWXFLRQDLV IRUQHFLGRV SRU $QH[R
&,(63 $0&+$0 &DPSLQDV 8QLFDPS H 3UHIHLWXUDV 0XQLFLSDLV GD 50&
$WRUHV FKDYHV VHOHFLRQDGRV GRV ,QGLFDomR GRV SULQFLSDLV SUREOHPDV H GDV VHWRUHV JRYHUQDPHQWDLV LQVWLWXLo}HV SULQFLSDLV HVWUDWpJLDV D VHUHP GH & 7 H HPSUHVDV TXH VDELGDPHQWH GHVHQYROYLGDV SDUD D HIHWLYD LPSODQWDomR WHQKDP LQIOXrQFLD QD LPSODQWDomR GH GH 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV QD 5$& 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV
6HPLQiULRV 2ILFLQD GH 7UDEDOKR 'LVFXVV}HV HP JUXSRV $QH[R
(ODERUDomR H DQiOLVH GH WDEHODV H JUiILFRV $QiOLVH H VLVWHPDWL]DomR GDV GLVFXVV}HV H FRQWH~GRV DERUGDGRV
(;3(&7$7,9$6 62%5( 3$548(6 7(&12/Ï*,&26 '( $725(6
5.1.
EXPECTATIVAS SOBRE PARQUES TECNOLÓGICOS, DE ATORES 6(/(&,21$'26 '2 6(725 (035(6$5,$/ ( '( ,167,78,d®(6 SELECIONADOS DO SETOR EMPRESARIAL E DE INSTITUIÇÕES DE C&T '( & 7 UHDOL]DGDV HQWUHYLVWDV FRP XPD DPRVWUD GH HPSUHVDV H LQVWLWXWRV GH Foram )RUDP realizadas entrevistas com uma amostra de empresas e institutos de pesquisa, SHVTXLVD ORFDOL]DGRV QD 5$& H IRUD GHOD diversos SURFXUDQGR LQFOXLU GLYHUVRV VHWRUHV localizados na RAC e fora dela, procurando incluir setores, tamanhos, modelos de nePRGHORV GH QHJyFLR H HVWUDWpJLDV GH LQRYDomR %XVFRX VH HP com WRGDV DV gócioWDPDQKRV e estratégias de inovação. Buscou-se, em todas as organizações, dialogar pessoas RUJDQL]Do}HV GLDORJDU FRP SHVVRDV HQYROYLGDV FRP JHVWmR GD LQRYDomR envolvidas com a gestão da inovação. Informações sigilosas nãoD foram incluídas a pedido dos ,QIRUPDo}HV VLJLORVDV QmR são IRUDP LQFOXtGDV D SHGLGR GRV HQWUHYLVWDGRV FRPR A entrevistados, assim como não reveladas as autorias das frases transcritas DVVLP neste capítulo. compilação, e interpretação opiniões colhidas no campo são$ deFRPSLODomR responsabilidaQmR VmR organização UHYHODGDV DV DXWRULDV GDV das IUDVHV WUDQVFULWDV QHVWH FDStWXOR de da equipe que realizou o estudo. As entrevistas realizadas com empresas e instituições de pesquisa da RAC, além de outras lideranças importantes para a C,T&I na região, revelaram importantes aspectos em relação às expectativas dos atores. As leituras subjetivas sobre as necessidades das empresas para alcançarem melhor desempenho de inovação, as experiências práticas de relacionamento entre empresas, universidades e institutos de pesquisa, as percepções sobre o ambiente para a inovação, as vantagens, os obstáculos, os fatores de atração e os fatores determinantes para o aprofundamento de estratégias de inovação e da execução dessas estratégias em instalações
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presentes na RAC (seja em parques tecnológicos, seja em outros arranjos), foram tópicos tratados e aprofundados nas entrevistas. As entrevistas corroboraram diversas características da C,T&I da RAC também mostradas pelas informações reunidas nos capítulos precedentes. Além disso, várias frases colhidas nas entrevistas ajudam a ilustrar a diversidade de opiniões que permeia o assunto, os pontos mais sensíveis e urgentes e algumas opções plausíveis para políticas públicas e avanços institucionais. As evidências e argumentos identificados nas entrevistas foram compilados e organizados de modo a eliminar as referências a situações particulares e destacar o sentimento geral.
A nova perspectiva das empresas sobre inovação “As empresas no Brasil estão pela primeira vez dispostas a investir seriamente em inovação” Um bom número dos entrevistados apontou otimismo com relação à realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) no Brasil. O crescimento do Produto Interno Bruto e a redução da pobreza verificados no país no período recente e seus impactos, não apenas no potencial do mercado interno, mas também sobre a competição nesses mercados, cria um ambiente favorável a investimentos de maior risco, dentre os quais os investimentos em P&D e inovação. A inovação se tornou um aspecto crítico para a competitividade dos negócios. Por um lado, na produção e nas relações de fornecimento, as empresas precisam de fato construir autonomia tecnológica, por outro, o consumidor se tornou capaz de sentir (e exigir) a inovação, seja no produto, no mercado, ou na dimensão da sustentabilidade ambiental. A emergência de empresas nacionais de maior porte e internacionalizadas em alguns setores, impulsionadas por estratégias de fusões e aquisições em alguns casos, modifica o cenário tradicional da indústria tecnologicamente mais avançada fundamentada apenas em multinacionais que gastam um percentual baixo em P&D no país. As empresas nacionais de porte precisam gastar somas elevadas em P&D para se posicionarem no mercado internacional. A partir de um determinado porte, não há mais opção, a competição passa necessariamente por inovação. Em alguns casos, entrou na pauta estratégica de empresas brasileiras a possibilidade de liderança mundial em certos nichos de inovação. A intensidade e a velocidade dessa mudança varia setorialmente e em relação ao tamanho das empresas. Há certamente barreiras culturais a serem vencidas e curvas de aprendizado gerencial a serem percorridas, inovação depende de comprometimento de longo prazo, de acúmulo
186
de conhecimento, de integração de competências e de uma atitude mais agressiva em relação a investimentos de risco. A inovação em empresas de bens de consumo é caracterizada pelo lançamento, em ciclos cada vez mais curtos, de novos produtos e na melhoria das tecnologias de produção e logística. O desenvolvimento sistemático de processos e produtos emprega metodologias avançadas para traduzir as expectativas e percepções dos consumidores em características dos produtos e parâmetros de processo. Quem não lança novos produtos perde espaço no mercado. Na indústria de softwares, é preciso ter padrões próprios para ganhar dinheiro. Os países da OCDE concentram 95% dos padrões e há pouco espaço fora deles. As TICs hoje se tornaram plataformas para desenvolver serviços intensivos em capital intelectual: sistemas bancários, sistemas de contas, gerenciamento de risco e outros. Em hardware, ou se tem escala mundial ou restam apenas alguns nichos. “A pesquisa em TICs precisa compreender os condicionantes dos negócios, senão fica descolada demais do setor produtivo.” Em setores como o farmacêutico, mas não apenas nesse, a engenharia reversa ainda faz parte do negócio e representa um processo de inovação fundamental para as empresas locais. “Para muitas empresas, a cópia bem feita ainda é o grande desafio tecnológico.” É evidente que a percepção sobre a importância da inovação e as perspectivas de estratégia sobre esse assunto são tão variadas quanto são variadas as empresas e seus níveis de modernização e competitividade. A tendência geral observada é a de aumento da importância do tema, mas isso não significa que todas as empresas já alcançaram um nível de maturidade elevado. A cultura de inovação está sendo difundida, paulatinamente, e isto é fato. A disponibilidade de um maior número de mecanismos de fomento, sobretudo, pelo Governo Federal, amplia o espaço, especialmente, para a entrada de pequenas empresas de base tecnológica e para a execução de projetos de inovação mais audaciosos por parte de médias e grandes empresas, que sozinhas não teriam fôlego ou estímulo suficientes para correr os riscos e mobilizar as competências e as tecnologias necessárias para esses projetos. A percepção geral é que o financiamento público à inovação não é mais um problema. Há diversos canais de financiamento, cada vez mais difundidos e acessíveis. O problema que ainda permanece é o trato com a burocracia e as implicações legais, especialmente quanto à propriedade intelectual, que decorrem do uso de recursos financeiros governamentais.
187
O relacionamento entre empresas, universidades e institutos de pesquisa As empresas com cultura de inovação mais madura têm alterado a percepção do significado das parcerias com universidades e institutos de pesquisa visando a execução de projetos de pesquisa e desenvolvimento para a contratação de serviços e consultorias. Em arranjos de parceria mais bem estruturados, a empresa cuidaria dos temas mais estratégicos e da integração dos conhecimentos adquiridos com a produção e a comercialização, a pesquisa contratada externamente teria a função para resolver determinados problemas difíceis e pontuais, desenvolver conhecimentos ainda não diretamente ligados a produtos e mercados bem definidos e promover a atualização da base de conhecimentos já existentes nas empresas. Não se trata mais de adotar a postura de transferir toda a responsabilidade da P&D para fora da empresa, e sim de se arquitetar uma divisão de trabalho bem planejada e cuidadosa, que respeite as vocações de cada parceiro. “É preciso deixar claro que o meio acadêmico não será corrompido e o meio empresarial tem que saber que o investimento terá retorno, não será fundo perdido” “Cada uma das partes tem seus valores e missões. A universidade tem uma missão diferente da empresa. Não adianta esperar que a universidade realize suas atividades no mesmo ritmo que a empresa. Se compreendermos isso a parceria dá certo.” Trata-se de uma relação entre agendas diferentes e, portanto, potencialmente conflituosas. Na universidade a pesquisa é um fim, na empresa ela é um meio. Relatos sobre dificuldades encontradas em relação ao cumprimento de prazos, comprometimento dos pesquisadores, morosidade do processo e discussão de propriedade intelectual foram uma constante em grande número de entrevistas. Esse fator pode ser compreendido, pelo menos parcialmente, como reflexo da inexperiência e de uma compreensão ainda limitada de ambos os lados sobre as expectativas e valores do parceiro. A percepção geral é que o número de projetos em parcerias é ainda pequeno, haveria muito espaço para crescer. Muitas empresas ainda desconhecem as competências existentes nas universidades e institutos de pesquisa e os canais de diálogo são muito frágeis, quando não inexistentes. Mesmo nos casos em que parcerias já ocorreram, a sensação é que há muito mais a ser feito, tanto do lado da academia como do lado das empresas. “Ainda não sabemos trabalhar com ICTs: temos alguns projetos de pesquisa, mas pouco
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consistentes. É só spot, não é sistêmico.” (empresa) “A relação com empresas a partir de agora tem que ser entendida como uma aposta de longo prazo.” (instituto de pesquisa) Em muitos casos, o relacionamento se inicia via prestação de serviços analíticos ou consultorias. Quanto mais as empresas integrarem os processos de inovação em suas estratégias, mais elas demandarão serviços analíticos ou de consultoria específicos. A criação de estruturas para a prestação de serviços tecnológicos, muitas vezes em paralelo às atividades principais de pesquisa e ensino, é uma tendência e uma expectativa de muitas empresas. Alguns serviços de rotina poderão ser crescentemente contratados também no mercado, a depender da especificidade, qualidade e preço. A universidade precisa cuidar de não oferecer serviços de rotina baratos demais porque isso deslocaria a oferta privada, inibindo o desenvolvimento de empresas de apoio a P&D e inovação. Além disso, serviços de rotina também deslocam os pesquisadores de suas atividades mais nobres no desenvolvimento de projetos e ensino. A prestação de serviços pode, todavia, ser a porta de entrada para o aprofundamento de parcerias mais consistentes. O importante é que ambos os lados construam essa consciência, como já acontece em vários casos: “O relacionamento com uma empresa começa por problemas simples, sem densidade científica. Passado bem esse ‘teste’ é que se cria confiança para avançar para pesquisas mais estratégicas.” (instituto de pesquisa) “O projeto tem que ser bom, os professores são movidos pelo desafio intelectual.” (empresa)
A negociação da propriedade intelectual Os custos, a capacitação necessária e o esforço de negociação dos ativos intangíveis gerados pela pesquisa são ainda subestimados tanto pela academia quanto por muitas das empresas que apenas recentemente se propuseram a trilhar os rumos da inovação. São comuns situações de inflexibilidade entre os lados interessados. O processo de negociação, como todo processo de negociação sob incerteza, pode ser demorado, e requer uma assistência jurídica capacitada. A discussão caso a caso é quase sempre necessária, dada a es189
pecificidade do objeto. Quando essa possibilidade não está na mesa, a conversa pode fracassar antes mesmo de começar. As principais dificuldades incorrem em: 1.
Delimitar bem os limites do projeto a ser realizado e dos resultados de cada etapa;
2.
Acordar os termos da propriedade intelectual e de sua remuneração na partida,
antes de iniciar qualquer trabalho; 3.
Definir as responsabilidades, direitos e obrigações dos contratos de cotitularidade
(propriedade). Alguns parceiros acadêmicos podem sobrevalorizar sua participação no processo de inovação. Os projetos de P&D em parceria de sucesso geralmente solucionam aspectos cruciais para que se viabilize uma inovação, mas muitos outros componentes precisam ser integrados para realizar a inovação, desde aspectos gerenciais e de engenharia até investimentos para produção em larga escala e comercialização. Por outro lado, algumas empresas consideram a participação de instituições públicas em projetos de inovação empresariais como uma espécie de “serviço público” que não deveria ser tão bem remunerada. Novamente, é preciso encontrar equilíbrio entre as agendas, mesmo quando antagônicas, e buscar um entendimento mais profundo dos papéis e expectativas de cada parte. As entrevistas mostraram que esse ponto é cada vez melhor compreendido e que avanços significativos têm ocorrido. A pesquisa se torna inovação quando se torna negócio, e existem alguns negócios que apenas se viabilizam quando existem patentes e direitos de propriedade bem estabelecidos. Quando isso não for possível, essas inovações não ocorrem. E a pesquisa, mesmo que realizada com sucesso, não sai do papel, não gera impacto. “As universidades brasileiras não dão conta de jogar o jogo das patentes. Uma patente custa no mínimo US$ 60 mil para depositar em vários países, mas isso é apenas o começo. Um processo de litígio completo custa em média US$ 10 milhões e é um jogo que você tem que jogar de tempos em tempos para mostrar que encara com seriedade a defesa de suas patentes. Aqui, as universidades querem ser coproprietárias das patentes, mas não conseguem assumir a responsabilidade de jogar esse jogo. Isso inviabiliza fazer parcerias que envolvam patentes. As únicas parcerias que podem ser feitas são aquelas que podem ser conduzidas no formato open innovation. Isso restringe bastante o escopo de nossas possibilidades de cooperação”
190
O personalismo das relações e as estruturas burocráticas As pessoas certas no lugar certo são fundamentais para qualquer parceria ou projeto. Muitas iniciativas só são possíveis por conta de relacionamentos formal ou informalmente estabelecidos entre pesquisadores, engenheiros, gerentes e diretores de empresas. Entretanto, há certos aspectos institucionais em universidades e institutos de pesquisa que sobrevalorizam o personalismo, muitas vezes até o ponto de prejudicar os relacionamentos. Em algumas organizações, a rigidez burocrática só pode ser vencida por meio do empenho pessoal, da insistência sistemática em ajustar, adaptar e reinterpretar os contratos e convênios para que caibam nas regras existentes e transmitam segurança para os responsáveis pela tramitação. Pequenos ajustes são rotina em qualquer contratação, o problema se agrava quando eles são sistemáticos e unilaterais. Isso revela a falta de uma institucionalidade adequada e amplia o espaço para uma dependência excessiva do personalismo nas relações. “Por causa das pessoas e da burocracia, é mais fácil juntar grupo (de pesquisa) nacional com estrangeiro do que dois nacionais.” O personalismo já constituído na partida dificulta depois a relação de parceria, seja no cumprimento dos cronogramas, seja no próprio compromisso com a pesquisa. “É difícil para a empresa aportar para dentro das universidades os equipamentos que são necessários para a realização das pesquisas, eles têm que ser doados. O problema não é tanto o de conceder os equipamentos, mas sim o fato do equipamento não ser partilhado com outros institutos ou grupos de pesquisa. O grupo de pesquisa que recebe o equipamento torna-se o único usuário e isso não é o interessante da empresa.” Os NITs têm papel fundamental a cumprir na construção e condução de uma institucionalidade mais funcional para as parcerias. Não se trata de regras frouxas, mas de regras claras e previsíveis, em termos dos requisitos, tempos e custos envolvidos. A opinião dos entrevistados é muito favorável ao fortalecimento dessas instâncias.
Vantagens de Campinas e região Um ponto destacado em favor de localizar-se em Campinas e região está na infraestrutura e logística já existente. A localização geográfica privilegiada – próxima não apenas da capital do estado, mas também de outros importantes centros tecnológicos, como as cidades de São Car-
191
los e São José dos Campos – podem ser plenamente exploradas pela elevada qualidade das rodovias que dão acesso à cidade. Adicionalmente, o Aeroporto de Viracopos tem se consolidado cada vez mais como vetor importante para a infraestrutura da região de Campinas. Desta forma, a região demonstra um maior potencial de conectividade com diversas localidades do país, com o benefício adicional de ser uma alternativa aos saturados aeroportos de Congonhas e Cumbica. Campinas ainda é vista como um centro urbano menos saturado do que São Paulo, com vantagens de qualidade de vida, locomoção e espaço para crescer. Uma vantagem adicional está relacionada à base industrial existente na região de Campinas. A densidade de firmas industriais e prestadoras de serviços representa um potencial para novas parcerias e para estabelecimento de contatos com novos clientes, especialmente para empresas que operam business-to-business. A constante realização de feiras, congressos e seminários na região representa um importante canal de comunicação entre os agentes ali instalados. A qualidade do ensino universitário na região, com destaque para a Unicamp, é um fator de atração de jovens talentos de todo o país e faz com que haja disponibilidade de mão de obra muito qualificada. Ainda que não atenda na quantidade necessária em períodos de crescimento, a proximidade com as empresas cria um ambiente propício para reter na região graduandos e pós-graduandos. A pluralidade setorial da força produtiva, que não possui clusters tão bem definidos como em outras regiões é um fator importante de atração de empresas. O parque industrial é “abrangente, não especifico, não setorial”. Há a noção de que TICs está no DNA da região, mas outros setores também se destacam: farmacêutico, metal-mecânico, automobilístico, químico, de materiais e muitos outros. Portanto, focar em estratégias de parques tecnológicos por setores pode ser limitante demais e contrário à vocação plural da região.
Obstáculos e desvantagens Apesar da vocação tecnológica de Campinas e região ter sido deliberadamente projetada, a atração de investimentos e competências sempre ocorreu de modo relativamente desestruturado, baseada fortemente em relações pessoais e na atuação de líderes visionários. Essas pessoas foram com o tempo substituídas e ficaram vácuos institucionais não preenchidos, que levaram à desaceleração e progressiva desarticulação do projeto tecnológico na região. “Hoje é difícil mobilizar os talentos necessários para grandes projetos inovadores. A pes-
192
quisa está dispersa em muitos grupos e muitos projetos, bons, mas de menor alcance. Inovação precisa de pessoas e liderança intelectual.” Há, portanto, um sentimento de que a pesquisa na região perdeu o protagonismo que a diferenciava e, com isso, se tornou menos atrativa para empresas que buscariam estar próximas a desenvolvimentos realmente estratégicos. Como a diferença comparativa é menor, outros fatores, como custos operacionais e incentivos fiscais, passam a pesar mais. Outro obstáculo importante está relacionado com a carência de mão de obra qualificada em diferentes níveis e campos de atuação. Nesse quesito destacam-se os profissionais de nível técnico e os profissionais de gestão – especificamente relacionada à inovação. “Há oferta de ótimos profissionais, mas em pequena quantidade. O nível dos profissionais intermediários não é bom, há pouca oferta e o preço é alto.” “A escassez de bons técnicos, já treinados, é muito grande.” Em relação ao custo da mão de obra, embora não exista uma grande diferença em relação à cidade de São Paulo, Campinas fica em posição desfavorável quando comparada a diversas localidades, não apenas do Brasil, mas mesmo no próprio estado de São Paulo. Mesmo as posições que exigem mão de obra qualificada de nível intermediário, sobretudo de nível técnico, apresentam um custo elevado associado a uma baixa oferta.
Fatores de atração para empresas inovadoras As decisões das empresas quanto a instalação de novas unidades fabris ou de Pesquisa e Desenvolvimento envolve análises detalhadas e disputas corporativas. Muitas regiões se articulam proativamente para fornecer dados e incentivos que possam influenciar essas decisões a seu favor. Em muitas empresas multinacionais há hoje um movimento de descentralização da P&D em direção a países emergentes como China e Índia. O Brasil não está no mesmo nível em termos de atratividade, mas alguns argumentos contam a favor e são usados por executivos brasileiros na tentativa de trazer para cá esses investimentos: 1.
o Brasil forma dez mil doutores por ano, e poucos são empregados na iniciativa
privada; 2.
a economia é diversificada, com alto nível de competência técnica; 193
3.
a solidez da política econômica foi demonstrada pelos poucos efeitos sofridos na
crise de 2009; 4.
há apoio do governo para a pesquisa nas empresas, com uma agenda federal de
mecanismos de fomento e incentivos fiscais e agendas estaduais que os complementam; 5.
há excelência nas universidades, o Brasil é um dos países que mais cresce em
publicações científicas no mundo; 6.
o pesquisador brasileiro é criativo, tem vontade de se desenvolver na carreira,
funciona bem na pressão e tem mais capacidade de entrega que o pesquisador médio chinês ou indiano; 7.
há imprensa livre; democracia e proximidade cultural;
8.
o País é o terceiro maior consumidor de computadores do planeta;
9.
há abundância de energia, alimentos e água.
Por outro lado, o Brasil é comparativamente deficiente em infraestrutura (por exemplo: comunicação), incentivos e agilidade para concorrer mundialmente. A China é muito ágil e agressiva em relação a incentivos. O Brasil perde em custos e na capacidade de investimento de contrapartida, mas é atrativo do ponto de vista das competências (que pesam na sustentação dos resultados no médio e longo prazos). Incentivos fiscais são uma poderosa ferramenta de atração. Em muitos casos, é um fator superior a logística, infraestrutura, competências e outros diferenciais de longo prazo. A dimensão financeira tem enorme peso no processo de tomada de decisão das empresas. Outros incentivos de curto prazo, como o preço do terreno e os custos de instalação também influenciam nesse processo, por isso são tão relevantes. Os investimentos em P&D e inovação são arriscados por natureza, todo movimento a favor de reduzir o risco privado, especialmente na fase de implantação, se torna um fator poderoso de atração. “Um exemplo de polo bem-sucedido é o de Cingapura, que tornou-se um polo de alta tecnologia referência no mundo. Qual vantagem que ele apresentou para se tornar o que é hoje? Uma boa infraestrutura, telecomunicação competitiva, rede portuária com logística facilitada. Para se montar uma empresa o governo destacava um funcionário para resolver todos os problemas burocráticos.”
194
Parques tecnológicos “A empresa já pensou se é melhor ficar dentro ou fora da universidade. A conclusão que se chegou é que é melhor ficar do lado.” Um dos mecanismos mais difundidos atualmente no Brasil para a atração de empresas inovadoras e centros privados de P&D é a implantação de parques tecnológicos. Há diversas iniciativas competindo hoje no Brasil, algumas delas na região de Campinas. No Capítulo 5, adiante, são trabalhados em mais profundidade os conceitos que explicam os mecanismos pelos quais os parques tecnológicos produziriam um ambiente favorável à inovação e ao desenvolvimento. As entrevistas exploraram com as empresas quais seriam os fatores determinantes para o sucesso de um parque tecnológico, quais necessidades das empresas poderiam ser satisfeitas e quais vantagens seriam esperadas de uma política de implantação atrativa. O ponto de partida é a necessidade de existir um modelo de negócios atraente e bem definido. As empresas também esperam transparência e coerência nas regras para implantação e elaboração de parcerias. Embora as especificidades de cada projeto precisem ser consideradas, a clareza na execução dos procedimentos é importante para reduzir os riscos e permitir decisões racionais. Há vantagens que decorrem do conceito geral de parque tecnológico, que explora as economias de aglomeração (escala e escopo) e a proximidade com instituições de ensino e pesquisa. Essas vantagens se aplicam a qualquer setor de atividade, mas não são naturalmente dadas, elas dependem de mecanismos institucionais diferenciados para que se tornem de fato relevantes. As vantagens mais enfatizadas pelas empresas incluem: 1.
A possibilidade de ter acesso e compartilhar equipamentos (com a infraestrutura
pública de pesquisa ou com outras empresas). A proximidade permite racionalizar o uso de equipamentos em etapas da cadeia que não envolvam intensidade de uso e escala. 2.
A aproximação e integração com diferentes grupos de pesquisa, institutos e áreas
de conhecimento. O aprofundamento do relacionamento deveria permitir que novas agendas de pesquisa, novos cursos e novos grupos de pesquisa fossem criados a partir de desafios e problemas comuns. 3.
A atração temporária de estudantes de pós-graduação talentosos, com a opção
de posterior contratação.
195
4.
A existência de mecanismos burocráticos simplificados, principalmente em rela-
ção aos projetos que envolvam universidades, mas também em relação às regulamentações públicas municipais e estaduais (alvarás, licenças etc.). 5.
Acesso facilitado dos funcionários das empresas a seminários e eventos universi-
tários. 6.
O ganho de imagem da empresa por estabelecer um laboratório de pesquisa em
um polo avançado de pesquisa. A existência de dispositivos de uso comum de infraestrutura física e de serviços são vantagens importantes dos parques tecnológicos por permitirem a redução de custos operacionais. 7.
Escritório compartilhado de serviços voltado a assessoria jurídica, incluindo pro-
priedade intelectual e assuntos tributários e apoio operacional para propostas de financiamentos para inovação. 8.
Existência de incubadoras para projetos e novas empresas.
9.
Disponibilidade de energia e de infraestrutura de comunicação (redes e telefonia)
de qualidade e facilmente escaláveis. 10.
ETE e ETA compartilhadas ou parcialmente compartilhadas.
11.
Fácil acesso para estudantes, com infraestrutura adequada para esse público:
ciclovia, vestiários e infraestrutura para estudos (salas de uso comum, computadores, rede wi-fi). 12.
Boa oferta de restaurantes, ambientes para conferências, anfiteatros, hotéis e
centros de convenções. 13.
Serviços de conveniência profissional e pessoal.
14.
Oportunidades de lazer, áreas de convivência e de prática de esportes.
15.
Boa integração urbana e transporte público de alta qualidade, inclusive com inte-
gração ao aeroporto e ao futuro trem-bala. Benefícios diretamente voltados a facilitar a decisão corporativa a favor da implantação de uma unidade em um parque tecnológico também foram lembrados. As empresas gostariam de contar com: 196
16.
Mínimos custos fixos na compra do terreno e na instalação física.
17.
Vantagens fiscais. Os benefícios precisam estar alinhados com o plano temático
do parque. A redução no ISS, por exemplo, é relevante para empresas de software e de serviços mas nem tanto para quem produz equipamentos. O abate no IPTU pode ajudar na atração de serviços complementares especializados, como laboratórios analíticos e fábricas de software. 18.
A existência de instalações físicas destinadas à ocupação temporária (um a dois
anos) enquanto se prepara a implantação definitiva. 19.
Para a P&D em componentes eletrônicos avançados, estar suficientemente longe
de vibração e radiação eletromagnética e a existência de fontes de energia com altíssima qualidade podem ser fatores distintivos, até agora não explorados no país. 20.
Para a P&D de empresas químicas é preciso equacionar diversos investimentos
em utilidades (vapor, efluentes, energia, plantas piloto etc.). No atual paradigma, estar próximo de polos petroquímicos significa uma importante economia de investimentos e operação. Todavia, um polo voltado à química “verde” poderia contar com infraestrutura compartilhada para diversas utilidades, viabilizando um novo modelo de aglomeração. Um quarto grupo de vantagens a serem divulgadas, consolidadas ou construídas diz respeito à atratividade da região como um todo: 21.
O acesso a recursos humanos qualificados, desde os mais básicos aos mais so-
fisticados. A fluência em ferramentas computacionais e na língua inglesa são fatores importantes de atração. 22.
A existência de um mercado de investimentos bem desenvolvido.
23.
A existência de uma infraestrutura logística bem desenvolvida, também para pas-
sageiros. 24.
A promoção frequente de feiras, congressos e seminários de qualidade, o que
aumenta a visibilidade da empresa e facilita o contato com clientes. 25.
Uma boa qualidade de vida, atraente a pessoas altamente qualificadas. Segu-
rança e educação de ótima qualidade para os filhos (ensino fundamental e médio) foram muito enfatizadas.
197
As universidades e os institutos de pesquisa também têm vantagens a explorar a partir dos parques tecnológicos. A proximidade com os laboratórios das empresas pode ampliar a inserção global das pesquisas e pode inspirar a criação de novos negócios, colaborando assim para o desenvolvimento local. A consolidação da cultura de inovação na região é uma via de duas mãos, com ganhos para todos os envolvidos. O compartilhamento de infraestrutura e do conhecimento, sendo bem construído, tende a ser bilateral.
Temas relevantes para a RAC Os entrevistados trouxeram um bom número de temas e tecnologias que eles concederam como oportunidades importantes para a região. As expectativas refletem as tendências mais recentes postas no plano mundial, porém são tópicos nos quais a RAC possui reais chances de atrair negócios e ser berço de inovações que tenham impactos significativos no desenvolvimento regional e nacional. A alta concentração de competências técnicas e científicas ligadas ao agronegócio, incluindo a agroindústria, constituiriam uma vantagem de partida significativa para tudo que se relaciona com biocombustíveis, produção de alimentos, outros aproveitamentos da biomassa e de resíduos de cana-de-açúcar e aplicações oriundas da biodiversidade brasileira em fármacos e cosméticos. Há também competências e oportunidades para desenvolver serviços tecnológicos para atender demandas do agronegócio como rastreabilidade, controle de pragas. Há um grande potencial vislumbrado para modalidades de biotecnologia aplicada (desenvolvimento e aplicação de enzimas, por exemplo) para viabilizar materiais de origem vegetal e o aproveitamento de resíduos para substituir materiais de origem sintética de vias petroquímicas e estabelecer uma indústria química “verde” no país. Há também oportunidades biotecnológicas na área farmacêutica, em nichos muito específicos que podem proporcionar ao Brasil inovações relevantes na indústria farmacêutica. Em saúde, haveria também espaço para ampliar a oferta e inovar em serviços tecnológicos: laboratórios, próteses e equipamentos. O aproveitamento da biodiversidade brasileira traz desafios concretos para o desenvolvimento de biotecnologias e nanotecnologias e pode ser a base de uma nova indústria ainda por se estabelecer. Os desdobramentos possíveis podem ir muito além dos cosméticos e fármacos ao levarem a novos materiais, bioenergia e química verde. As competências formadas para as biotecnologias e nanotecnologias não se limitam se-
198
torialmente. Seus resultados e inovações podem afetar transversalmente muitas indústrias. São apostas que podem revolucionar muitas aplicações, desde a fonte e as propriedades dos materiais até os padrões de produção e consumo de energia. Dentre todos, nenhum tema foi tão recorrente quanto o tema energia, em suas diversas modalidades: energias renováveis (eólica, solar, biomassa e outras), eficiência energética, redes inteligentes de distribuição elétrica, produção de biomassa, produção de algas, biodiesel de cana-de-açúcar, as oportunidades com a expansão da pesquisa na Petrobras (poderia vir para a RAC uma expansão do Cenpes?). A demanda mundial é clara e muitas oportunidades estão sendo investigadas. Campinas e região estão bem posicionadas em termos de competências e diversas iniciativas estão em andamento. Nas tecnologias de informação e comunicação (TICs), a presença de muitas indústrias na região já constitui um polo bem desenvolvido. As oportunidades de crescimento estão em tecnologias de serviços de conteúdos, mídias digitais, desenho de circuitos e componentes eletrônicos, produção de circuitos integrados sob encomenda e aproveitamento de lixo eletrônico (e-waste). A inovação em serviços baseados em TICs precisa dar um salto qualitativo e passar a ser desenvolvida cientificamente. Na região de Campinas faria sentido investir nisso: criar núcleos interdisciplinares que articulassem conhecimentos de administração, design, gestão de processos, engenharia de produção e TICs para disseminar ensino e pesquisa no tema e apoiar o desenvolvimento de negócios. Finalmente, há uma presença destacada na RAC das indústrias automobilística, de autopeças e metal-mecânica. Há, por outro lado, a expectativa de crescimento na demanda no país por veículos comerciais e caminhões, além da retomada dos investimentos em ferrovias e, principalmente, da infraestrutura naval, em função da exploração de petróleo no pré-sal. Ações que viabilizassem uma inserção tecnologicamente competitiva da RAC nesses mercados emergentes trariam um grande impacto no crescimento da indústria local. As tecnologias de automação e robótica podem ter papéis importantes a desempenhar na melhoria dos processos dessas e de outras indústrias.
A concorrência Em todos os temas tecnológicos apontados e na competição pela atração de investimentos e empresas inovadoras, a RAC não está sozinha. Diversas outras regiões e cidades são tão ou mais atrativas em diversos aspectos.
199
Cidades como Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis são sérias concorrentes a Campinas e região e, em certos fatores, mais atraentes para os profissionais e para as empresas. No estado de São Paulo, a Capital, São José dos Campos e São Carlos são também opções. As duas últimas, aliás, possuem parques tecnológicos mais ativos, mais estruturados e potencialmente mais atrativos que as ofertas disponíveis na RAC. “Em software, UFPE, UFSC, UFRGS e UFMG são melhores do que a Unicamp. Em TICs, há polos, hoje, tão ou mais interessantes que Campinas para os novos empreendimentos: Rio de Janeiro, Santa Rita do Sapucaí (MG), Campina Grande (PB), Curitiba, São Paulo. Em microeletrônica, o Rio Grande do Sul é forte.” Estados como Minas Gerais e Bahia estão na frente em termos de agressividade na oferta de incentivos fiscais para empreendimentos tecnológicos e deverão atrair muitos investimentos por conta disso. Por outro lado, o ambiente pesa no longo prazo, e nisso Campinas e o estado de São Paulo em geral ainda levam vantagem, mas são vantagens que progressivamente serão reduzidas se ações concretas e articuladas não forem tomadas.
5.2.
EXPECTATIVAS E OPINIÕES DOS INSTITUTOS DE PESQUISA E GRUPOS DE
PESQUISA Neste tópico apresentam-se os resultados de um conjunto de entrevistas presenciais realizadas junto a doze Institutos de Pesquisa (IPs) e dezenove Grupos de Pesquisa (GPs) localizados na Região Metropolitana de Campinas, selecionados em um universo de 22 IPs29 e 1.257 GPs. Para orientar as entrevistas, foi utilizado um roteiro de entrevista específico para IPs e outro para GPs, que visavam obter informações pertinentes para o Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas. A amostra de IPs foi selecionada a partir do levantamento feito em relatórios anteriores do Projeto, mas dependeu muito da disponibilidade e disposição de seus representantes em conceder as entrevistas. O método de seleção dos GPs da RMC partiu da análise da lista dos mesmos no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, selecionados por critérios cadastrais (certificação pela instituição, última atualização do cadastro, entre outros), número de integrantes, ligações ou
29
200
Foram incluídas universidades com atividades de pós-graduação.
não com o setor produtivo, publicações30, disciplinas de atuação e por especialidade da instituição, tendo em vista obter a maior diversidade amostral possível. Os roteiros de entrevistas foram compostos por questões abertas e fechadas (Anexo 03) que trataram da caracterização dos IPs e dos GPS, dos incentivos e financiamentos, dos arranjos cooperativos com outras instituições, das demandas e dos obstáculos às atividades de inovação31. Também foram coletadas sugestões de políticas de incentivo que os entrevistados consideram importantes para o Parque e para incrementar as atividades de inovação no Parque Tecnológico de Campinas e região.
5.2.1. Institutos de Pesquisa Caracterização dos institutos A maior parte dos IPs visitados, nove dos doze da amostra (75%), localiza-se na cidade de Campinas. Os três IPs restantes estão nas cidades de Espírito Santo do Pinhal, Jaguariúna e Nova Odessa. Metade dos IPs é formada por empresas públicas e órgãos do governo federal, estadual ou municipal. Um quarto (três IPs) são associações particulares e dois IPs (uma universidade privada e um IP privado) são Instituições sem fins lucrativos e um IP (universidade) é uma fundação (Figura 1).
30 Para isso foi utilizado um coeficiente de impacto de publicações (H index) calculado para os Grupos de Pesquisa da amostra. 31 Na aplicação dos questionários notou-se que frequentemente o conceito de inovação é mal compreendido, confundindo-se invenção com inovação. Muitos dos entrevistados consideram que apenas o desenvolvimento de novos produtos e processos nos IPs e universidades caracteriza a atividade inovativa; porém, uma inovação só pode ser considerada como tal quando é transferida para a sociedade, em geral através de sua introdução no mercado.
201
QD FLGDGH GH &DPSLQDV 2V WUrV ,3V UHVWDQWHV HVWmR QDV FLGDGHV GH (VStULWR 6DQWR GR 3LQKDO -DJXDUL~QD H 1RYD 2GHVVD 0HWDGH GRV ,3V p IRUPDGD SRU HPSUHVDV S~EOLFDV H yUJmRV GR JRYHUQR IHGHUDO HVWDGXDO RX PXQLFLSDO 8P TXDUWR WUrV ,3V VmR DVVRFLDo}HV SDUWLFXODUHV H GRLV ,3V XPD XQLYHUVLGDGH SULYDGD H XP ,3 SULYDGR VmR ,QVWLWXLo}HV VHP ILQV OXFUDWLYRV H XP ,3 XQLYHUVLGDGH p XPD IXQGDomR )LJXUD Figura 1โ Personalidade jurรญdica dos institutos
ร UJmR GR JRYHUQR
(PSUHVD S~EOLFD
$VVRFLDomR
6HP ILQV OXFUDWLYRV
)XQGDomR
2LWR GRV ,3V SRVVXHP HQWUH H IXQFLRQiULRV FRQWUDWDGRV GXDV Oito dos IPs possuem entre 101 e 500 funcionรกrios contratados (duas universidades privaXQLYHUVLGDGHV SULYDGDV GRLV ,3V SULYDGRV H TXDWUR HPSUHVDV S~EOLFDV H yUJmRV GH 3DUD LVVR IRL XWLOL]DGR XP FRHILFLHQWH GH LPSDFWR GH SXEOLFDo}HV + LQGH[ FDOFXODGR SDUD RV *UXSRV GH 3HVTXLVD GD DPRVWUD das, dois IPs privados e quatro empresas pรบblicas e รณrgรฃos de governo). Dois IPs (uma empresa 1D DSOLFDomR GRV ,3V TXHVWLRQiULRV QRWRX VH TXH IUHTXHQWHPHQWH R FRQFHLWR GH LQRYDomR p DEULJDP PDO FRPSUHHQGLGR FRQIXQGLQGR VH JRYHUQR 'RLV XPD HPSUHVD S~EOLFD H XPD DVVRFLDomR GH D pรบblica e uma associaรงรฃo) abrigam de 51 a 100 funcionรกrios e os dois restantes (uma Instituiรงรฃo LQYHQomR FRP LQRYDomR 0XLWRV GRV HQWUHYLVWDGRV FRQVLGHUDP TXH DSHQDV R GHVHQYROYLPHQWR GH QRYRV SURGXWRV H SURFHVVRV IXQFLRQiULRV H RV GRLV UHVWDQWHV XPD ,QVWLWXLomR ILQV H XPD HPSUHVD QRV ,3V H XQLYHUVLGDGHV FDUDFWHUL]D D DWLYLGDGH LQRYDWLYD SRUpP XPD VHP LQRYDomR Vy OXFUDWLYRV SRGH VHU FRQVLGHUDGD FRPR WDO TXDQGR p sem fins lucrativos e uma empresa pรบblica) possuem atรฉ dez funcionรกrios. WUDQVIHULGD SDUD D VRFLHGDGH HP JHUDO DWUDYpV GH VXD LQWURGXomR QR PHUFDGR S~EOLFD SRVVXHP DWp GH] IXQFLRQiULRV Figura 2โ Nรบmero de funcionรกrios
$Wp
'H D
'H D
As respostas dos entrevistados indicam atividades de pesquisa em รกreas bastante espeGRV HQWUHYLVWDGRV DWLYLGDGHV GH SHVTXLVD HP iUHDV cรญficas, mas$V queUHVSRVWDV de maneira geral podem ser LQGLFDP enquadradas em cinco grandes รกreas, cuja distri-
EDVWDQWH HVSHFtILFDV TXH PDQHLUD consta JHUDO SRGHP VHU 77. HQTXDGUDGDV HP buiรงรฃo de acordo com o PDV nรบmero deGH institutos da Tabela Predominam osFLQFR grupos de JUDQGHV FXMD GLVWULEXLomR DFRUGR de FRP R Q~PHUR GH dos LQVWLWXWRV FRQVWD GD cinco pesquisa daiUHDV รกrea agropecuรกria, temaGH principal pesquisa de seis doze IPs, sendo 7DEHOD pรบblicos e 3UHGRPLQDP RV JUXSRV GH SHVTXLVD GD iUHD DJURSHFXiULD WHPD SULQFLSDO um privado. Vale ressaltar que dois IPs nรฃo desenvolvem pesquisa entre suas atividades, possuindo equipes que atuam na extensรฃo tecnolรณgica (apoio gerencial a empresas de GH SHVTXLVD GH VHLV GRV GR]H ,3V VHQGR FLQFR S~EOLFRV H XP SULYDGR 9DOH UHVVDOWDU base tecnolรณgica e extensรฃo rural). A รกrea de Tecnologia da Informaรงรฃo (TI) รฉ o principal tema de TXH GRLV ,3V QmR GHVHQYROYHP SHVTXLVD HQWUH VXDV DWLYLGDGHV SRVVXLQGR HTXLSHV TXH pesquisa dos doze IPs, todos associaรงรตes privadas. Na รกrea Engenharias, DWXDP em QD trรชs H[WHQVmR WHFQROyJLFD DSRLR JHUHQFLDO D HPSUHVDV GH de EDVH WHFQROyJLFD foiH registrada a atuaรงรฃo de um na GH รกrea7HFQRORJLD de energia GD e um na รกrea de 7, saรบde. H[WHQVmR UXUDO $ IP iUHD ,QIRUPDomR p R SULQFLSDO WHPD GH 202
SHVTXLVD HP WUrV GRV GR]H ,3V WRGRV DVVRFLDo}HV SULYDGDV 1D iUHD GH (QJHQKDULDV
GH SHVTXLVD GH VHLV GRV GR]H ,3V VHQGR FLQFR S~EOLFRV H XP SULYDGR 9DOH UHVVDOWDU TXH GRLV ,3V QmR GHVHQYROYHP SHVTXLVD HQWUH VXDV DWLYLGDGHV SRVVXLQGR HTXLSHV TXH DWXDP QD H[WHQVmR WHFQROyJLFD DSRLR JHUHQFLDO D HPSUHVDV GH EDVH WHFQROyJLFD H H[WHQVmR UXUDO $ iUHD GH 7HFQRORJLD GD ,QIRUPDomR 7, p R SULQFLSDO WHPD GH SHVTXLVD HP WUrV GRV GR]H ,3V WRGRV DVVRFLDo}HV SULYDGDV 1D iUHD GH (QJHQKDULDV IRL UHJLVWUDGD D DWXDomR GH XP ,3 QD iUHD GH HQHUJLD H XP QD iUHD GH VD~GH Tabela 77â&#x20AC;&#x201C; Ă reas de atuação dos pesquisadores dos IPs Ă rea No de IPs % $JURSHFXiULD
7HFQRORJLD ,QIRUPDomR
(QJHQKDULD
6D~GH
$SRLR JHUHQFLDO D (%7V
12
100,0
Total
,QFHQWLYRV H ILQDQFLDPHQWRV
Incentivos e financiamentos
2V ,3V FRQVXOWDGRV FLWDUDP GLIHUHQWHV PRWLYRV SDUD D WRPDGD GH GHFLV}HV GH Os IPs consultados citaram diferentes motivos para a tomada de decisĂľes de investimenLQYHVWLPHQWRV HP 3 ' TXH SRGHP VHU FDWHJRUL]DGRV HP IXQomR GRV GLUHFLRQDGRUHV tos em P&D, que podem ser categorizados em função dos direcionadores predominantes, aqui SUHGRPLQDQWHV DTXL GLYLGLGRV FRPR GHPDQGDV H[WHUQDV H LQWHUQDV divididos como demandas externas e internas. 3UHGRPLQDP RV LQYHVWLPHQWRV GLUHFLRQDGRV SRU PRWLYDo}HV H[WHUQDV Predominam os investimentos direcionados por motivaçþes externas, principalmente deSULQFLSDOPHQWH GHPDQGDV GH HPSUHVDV SDUFHLUDV H DTXHODV DSUHVHQWDGDV QRV HGLWDLV mandas de empresas parceiras e aquelas apresentadas nos editais de seleção de propostas de GH VHOHomR GH SURSRVWDV GH SHVTXLVD 2V WUrV ,3V TXH UHDOL]DP LQYHVWLPHQWRV FRP pesquisa. Os trĂŞs IPs que realizam investimentos com base em demandas internas orientam-se EDVH HP GHPDQGDV LQWHUQDV RULHQWDP VH SRU 3ODQRV 'LUHWRUHV H 3OXULDQXDLV GHILQLGRV por Planos Diretores e Plurianuais definidos em colegiados de suas instituiçþes. HP FROHJLDGRV GH VXDV LQVWLWXLo}HV Tabela 78â&#x20AC;&#x201C; Definição das principais decisĂľes de investimento em tecnologia e em inovação Origem das decisĂľes NĂşmero de IPs % 'HPDQGD H[WHUQD
'HPDQGD LQWHUQD
12
100,0
Total
$SHVDU GH DWULEXLU JUDQGH LPSRUWkQFLD D UHFXUVRV DGLFLRQDLV YLQGRV GDV Apesar de atribuir grande importância a recursos adicionais vindos das parcerias com emSDUFHULDV FRP HPSUHVDV RV ILQDQFLDPHQWRV UHFHELGRV SHORV ,3V QRV ~OWLPRV WUrV DQRV presas, os financiamentos recebidos pelos IPs nos últimos três anos foram predominantemente IRUDP SUHGRPLQDQWHPHQWH GH $JrQFLDV GH )RPHQWR 7DEHOD 2V LQFHQWLYRV ILVFDLV de Agências deGH Fomento (Tabela Os incentivos (como de Informåtica incentivos FRPR /HL ,QIRUPiWLFD H 78). LQFHQWLYRV ORFDLV fiscais WDPEpP VmR Lei LPSRUWDQWHV 'H ePHQRU locais) tambÊm são importantes. De menor importância foram osSRXFR aportes de capital risco (pråLPSRUWkQFLD IRUDP RV DSRUWHV GH FDSLWDO GH ULVFR SUiWLFD GLIXQGLGD QR de %UDVLO ticaHGLWDLV pouco difundida Brasil), editais internos ,3V (restritos aos grandes IPs públicos) convênios LQWHUQRV no UHVWULWRV DRV JUDQGHV S~EOLFRV H FRQYrQLRV FRP eRXWUDV comLQVWLWXLo}HV HVVDV UHVWULWDV DRV outras instituiçþes, essas restritas aos IPs do setor agropecuårio. ,3V GR VHWRU DJURSHFXiULR
Tabela 79- Tipos de incentivos / financiamentos recebidos Incentivos ou financiamentos NĂşmero*
%**
)LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO
$SRLR QmR UHHPEROViYHO
)LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO D FRPSUD GH PiTXLQDV RX HTXLSDPHQWRV XWLOL]DGRV SDUD LQRYDU
,QFHQWLYRV IHGHUDLV ILVFDLV H RXWURV
,QFHQWLYRV HVWDGXDLV ILVFDLV H RXWURV
&RQYrQLRV H SDUFHULDV FRP HPSUHVDV SULYDGDV
203
SDUFHULDV FRP HPSUHVDV RV ILQDQFLDPHQWRV UHFHELGRV SHORV ,3V QRV ~OWLPRV WUrV DQRV IRUDP SUHGRPLQDQWHPHQWH GH $JrQFLDV GH )RPHQWR 7DEHOD 2V LQFHQWLYRV ILVFDLV FRPR /HL GH ,QIRUPiWLFD H LQFHQWLYRV ORFDLV WDPEpP VmR LPSRUWDQWHV 'H PHQRU LPSRUWkQFLD IRUDP RV DSRUWHV GH FDSLWDO GH ULVFR SUiWLFD SRXFR GLIXQGLGD QR %UDVLO HGLWDLV LQWHUQRV UHVWULWRV DRV JUDQGHV ,3V S~EOLFRV H FRQYrQLRV FRP RXWUDV LQVWLWXLo}HV HVVDV UHVWULWDV DRV ,3V GR VHWRU DJURSHFXiULR Tabela 79- Tipos de incentivos / financiamentos recebidos Incentivos ou financiamentos Número*
%**
)LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO
$SRLR QmR UHHPEROViYHO
)LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO D FRPSUD GH PiTXLQDV RX HTXLSDPHQWRV XWLOL]DGRV SDUD LQRYDU
,QFHQWLYRV IHGHUDLV ILVFDLV H RXWURV
,QFHQWLYRV HVWDGXDLV ILVFDLV H RXWURV
&RQYrQLRV H SDUFHULDV FRP HPSUHVDV SULYDGDV
,QFHQWLYRV PXQLFLSDLV ILVFDLV H RXWURV
$SRUWH GH FDSLWDO GH ULVFR
&RQYrQLRV FRP RXWUDV LQVWLWXLo}HV GH VHUYLoRV S~EOLFRV SDUD R VHWRU DJUtFROD 0'$ (PEUDSD
(GLWDLV ,QWHUQRV
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV 5HVSRVWD j DOWHUQDWLYD ³RXWURV´ LQFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV
$ PDLRU SDUWH GRV ,3V RLWR DR WRGR XWLOL]D RV UHFXUVRV UHFHELGRV A maior parte dos IPs, oito ao todo, utiliza os recursos recebidos exclusivamente para fi H[FOXVLYDPHQWH SDUD ILQDQFLDU DWLYLGDGH GH 3 ' HP VXDV iUHDV GH DWXDomR 2EVHUYD nanciar atividade de P&D em suas áreas de atuação. Observa-se que diferentes formas de P&D VH TXH GLIHUHQWHV IRUPDV GH 3 ' VmR UHDOL]DGDV QRV ,3V DQDOLVDGRV D SHVTXLVD são realizadas nos IPs analisados: a pesquisa básica é mais comum nos IPs públicos, predomiEiVLFD p PDLV FRPXP QRV ,3V S~EOLFRV SUHGRPLQDQGR QRV ,3V SULYDGRV DV DWLYLGDGHV nando nos IPs privados as atividades de pesquisa aplicada, em geral contratadas por empresas GH SHVTXLVD DSOLFDGD HP JHUDO FRQWUDWDGDV SRU HPSUHVDV H[WHUQDV externas. 'RLV GRV ,3V YLVLWDGRV QmR SRU DFDVR XQLYHUVLGDGHV LQFOXHP HQWUH RV Dois dos IPs visitados, não por acaso universidades, incluem entre os financiamentos reILQDQFLDPHQWRV UHFHELGRV D IRUPDomR GH DOXQRV 3RU ILP FRPR Mi PHQFLRQDGR GRLV cebidos a formação de alunos. Por fim, como já mencionado, dois IPs desenvolvem exclusiva,3V GHVHQYROYHP H[FOXVLYDPHQWH DWLYLGDGHV GH H[WHQVmR WHFQROyJLFD QR DWHQGLPHQWR mente atividades de extensão tecnológica, no atendimento a pequenos produtores rurais e a D SHTXHQRV SURGXWRUHV UXUDLV H D HPSUHVDV GH EDVH WHFQROyJLFD empresas de base tecnológica.
Tabela 80- Finalidades dos incentivos ou financiamentos recebidos Finalidade Geral Número de IPs % 3 '
3 ' IRUPDomR GH DOXQRV
([WHQVmR WHFQROyJLFD
Total
12
100,0
&RP UHODomR jV FDWHJRULDV GH SDUFHLURV FRP DV TXDLV RV ,3V UHDOL]DP Com relação às categorias de parceiros com as quais os IPs realizam atividades de inoDWLYLGDGHV GH LQRYDomR D PDLRU SDUWH Mi FRRSHURX FRP XQLYHUVLGDGHV RXWURV vação, maior parte já cooperou com universidades (83,3%), outros IPs (66,7%) e órgãos de ,3V a H yUJmRV GH JRYHUQR 0HWDGH GRV ,3V D PDLRU SDUWH SULYDGRV governo (58,3%). Metade dos IPs, a maior parte privados, firmou acordo de cooperação com ILUPRX DFRUGR GH FRRSHUDomR FRP FOLHQWHV HP JHUDO HPSUHVDV SULYDGDV clientes, em geral empresas privadas.
204
Categorias de parceiros
Tabela 81– Cooperação para inovação, categorias de parceiros Número*
%**
Total
12
100,0
&RP UHODomR jV FDWHJRULDV GH SDUFHLURV FRP DV TXDLV RV ,3V UHDOL]DP DWLYLGDGHV GH LQRYDomR D PDLRU SDUWH Mi FRRSHURX FRP XQLYHUVLGDGHV RXWURV ,3V H yUJmRV GH JRYHUQR 0HWDGH GRV ,3V D PDLRU SDUWH SULYDGRV ILUPRX DFRUGR GH FRRSHUDomR FRP FOLHQWHV HP JHUDO HPSUHVDV SULYDGDV
Categorias de parceiros
Tabela 81â&#x20AC;&#x201C; Cooperação para inovação, categorias de parceiros NĂşmero*
8QLYHUVLGDGHV
%**
2XWURV LQVWLWXWRV
Ă?UJmRV JRYHUQDPHQWDLV IHGHUDLV HVWDGXDLV RX PXQLFLSDL V
&OLHQWHV
&HQWURV GH FDSDFLWDomR SURILVVLRQDO RX DVVLVWrQFLD WpFQLFD
)RUQHFHGRUHV
(PSUHVDV GH FRQVXOWRULD
21*V RX LQVWLWXLo}HV VHP ILQV OXFUDWLYRV
2 LQVWLWXWR QmR HVWDEHOHFHX SDUFHULDV RX DUUDQMRV GH FRRSHUDomR SDUD LQRYDomR
&RQYrQLRV FRP HPSUHVDV SULYDGDV
([SHULPHQWRV FRP SURGXWRUHV UXUDLV
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV 5HVSRVWD j DOWHUQDWLYD ³RXWURV´ LQFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV
$V FRRSHUDo}HV IRUDP UHDOL]DGDV SUHGRPLQDQWHPHQWH FRP D ILQDOLGDGH GH As cooperaçþes foram realizadas predominantemente com a finalidade de realizar pesquiUHDOL]DU SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR GH SURGXWR RX GH SURFHVVR FRQVLGHUDGDV sa e desenvolvimento de produto ou de processo (66,7%), consideradas equivocadamente pela HTXLYRFDGDPHQWH SHOD PDLRULD GRV ,3V FRQVXOWDGRV FRPR DWLYLGDGHV GH LQRYDomR maioria dos IPs consultados como atividades de inovação. Atividades de treinamento tambĂŠm $WLYLGDGHV GH WUHLQDPHQWR WDPEpP IRUDP LPSRUWDQWHV QRV DFRUGRV FRRSHUDWLYRV foram importantes nos acordos cooperativos (66,7%), exceto para dois IPs privados (uma asso H[FHWR SDUD GRLV ,3V SULYDGRV XPD DVVRFLDomR H XPD XQLYHUVLGDGH SULYDGD ciação e uma universidade privada). A importância das demais atividades ĂŠ definida em função $ LPSRUWkQFLD GDV GHPDLV DWLYLGDGHV p GHILQLGD HP IXQomR GD QDWXUH]D HVSHFtILFD GD da natureza especĂfica da atividade de pesquisa dos IPs (Tabela 82). DWLYLGDGH GH SHVTXLVD GRV ,3V 7DEHOD Finalidade
Tabela 82â&#x20AC;&#x201C; Finalidade da(s) cooperação(Ăľes) dos IPs NĂşmero*
%**
3 '
'HVHQYROYLPHQWR GH SURGXWR RX SURFHVVR
7UHLQDPHQWR
$VVLVWrQFLD WpFQLFD
&RQVXOWRULD
(QVDLRV ODERUDWRULDLV H RXWURV VHUYLoRV WpFQLFRV H WHFQROyJLFRV
8VR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV
$YDOLDomR GH FRQIRUPLGDGH H PHWURORJLD
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV 5HVSRVWD j DOWHUQDWLYD ³RXWURV´ LQFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV
/DFXQDV H FRPSOHPHQWDULGDGHV $ PDLRU GHPDQGD GRV ,3V jV XQLYHUVLGDGHV H jV HPSUHVDV SULYDGDV HP SRVVtYHLV DUUDQMRV FRRSHUDWLYRV p SRU IRUPDomR GH UHFXUVRV KXPDQRV H SRU SHVTXLVD
205
Lacunas e complementaridades A maior demanda dos IPs Ă s universidades e Ă s empresas privadas em possĂveis arranjos cooperativos ĂŠ por formação de recursos humanos e por pesquisa / domĂnio de temas de interesse, o que ĂŠ coerente com a alta participação de universidades nas atividades de cooperação citadas anteriormente. A inovação de produto e/ou processo ĂŠ considerada importante por apenas 41,7% dos respondentes, o que indica baixa atividade em termos da criação de inovaçþes para o mercado. Ă&#x2030; digna de nota a baixa demanda por serviços de TIB (avaliação de conformidade, metrologia, ensaios laboratoriais) e de assistĂŞncia tĂŠcnica. Tabela 83â&#x20AC;&#x201C; Grau de importância das demandas dos institutos Ă s universidades e Ă s empresas privadas Grau de importância Alto MĂŠdio Baixa NĂŁo relevante Demandas
No*
%**
No*
%**
No*
%**
No*
%**
)RUPDomR GH SHVVRDO DOWDPHQWH TXDOLILFDGR HP WHPDV GH LQWHUHVVH
3HVTXLVD H DYDQoR GR FRQKHFLPHQWR HP WHPDV UHOHYDQWHV DRV JUXSRV GH SHVTXLVD
7UHLQDPHQWR GH SHVVRDO WpFQLFR
&RQVXOWRULD
,QRYDomR GH SURGXWR RX SURFHVVR
&RPSDUWLOKDPHQWR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV DOWDPHQWH HVSHFLDOL]DGRV
(QVDLRV ODERUDWRULDLV H RXWURV VHUYLoRV WpFQLFRV H WHFQROyJLFRV
$VVLVWrQFLD WpFQLFD
$YDOLDomR GH FRQIRUPLGDGH H PHWURORJLD
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV )RUDP FLWDGRV FRP RXWUDV GHPDQGDV IRUPDomR GH DOXQRV QRV FXUVRV H FDSDFLWDomR SDUD JHVWmR GD LQRYDomR
$V UHVSRVWDV TXH HVSHFLILFDP DV GHPDQGDV PDLV IUHTXHQWHV QDV ,QVWLWXLo}HV Foram citados com outras demandas: formação de alunos nos cursos e capacitação YLVLWDGDV UHODFLRQDP VH PDMRULWDULDPHQWH DR HVWDEHOHFLPHQWR GH SDUFHULDV SDUD para
gestão da inovação. DWLYLGDGH GH LQRYDomR WHFQROyJLFD FLWDGDV SRU FLQFR GRV ,3V 7DEHOD $V UD]}HV
DSRQWDGDV IRUDP D QHFHVVLGDGH GH FDSWDU UHFXUVRV SDUD LQWHQVLILFDU DV DWLYLGDGHV GH As respostas que especificam as demandas mais frequentes nas Instituiçþes visitadas 3 ' H D EXVFD GH XPD PDLRU DSUR[LPDomR FRP D VRFLHGDGH QD PDLRU SDUWH SHORV ,3V relacionam-se, majoritariamente, ao estabelecimento de parcerias para atividade de inovação S~EOLFRV tecnológica, citadas por cinco dos IPs (Tabela 84). As razþes apontadas foram a necessidade de 2 VHJXQGR LWHP PDLV GHPDQGDGR DSRQWDGR FRPR SULRULGDGH SRU TXDWUR GRV 206
,3V VmR DV PHOKRULDV HP 5+ GRLV ,3V PDQLIHVWDP D QHFHVVLGDGH GH DPSOLDU VHXV
,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV )RUDP FLWDGRV FRP RXWUDV GHPDQGDV IRUPDomR GH DOXQRV QRV FXUVRV H FDSDFLWDomR SDUD JHVWmR GD LQRYDomR
$V UHVSRVWDV TXH HVSHFLILFDP DV GHPDQGDV PDLV IUHTXHQWHV QDV ,QVWLWXLo}HV YLVLWDGDV UHODFLRQDP VH PDMRULWDULDPHQWH DR HVWDEHOHFLPHQWR GH SDUFHULDV SDUD DWLYLGDGH GH LQRYDomR WHFQROyJLFD FLWDGDV SRU FLQFR GRV ,3V 7DEHOD $V UD]}HV DSRQWDGDV IRUDP D QHFHVVLGDGH GH FDSWDU UHFXUVRV SDUD LQWHQVLILFDU DV DWLYLGDGHV GH 3 ' H D EXVFD GH XPD PDLRU DSUR[LPDomR FRP D VRFLHGDGH QD PDLRU SDUWH SHORV ,3V captar recursos para intensificar as atividades de P&D e a busca de uma maior aproximação com S~EOLFRV na maior parte pelos IPs pĂşblicos. a sociedade, 2 VHJXQGR LWHP PDLV GHPDQGDGR DSRQWDGR FRPR SULRULGDGH SRU TXDWUR GRV O segundo item mais demandado, apontado como prioridade por quatro dos IPs, sĂŁo as ,3V VmR DV PHOKRULDV HP 5+ GRLV ,3V PDQLIHVWDP D QHFHVVLGDGH GH DPSOLDU VHXV melhorias em RH: dois IPs manifestam a necessidade de ampliar seus quadros de pesquisadoTXDGURV GH SHVTXLVDGRUHV H GRLV GHPDQGDP WUHLQDPHQWR GH SHVVRDO HP WHPDV res e dois demandam treinamento de pessoal em temas relacionados Ă gestĂŁo do processo de UHODFLRQDGRV j JHVWmR GR SURFHVVR GH LQRYDomR WHFQROyJLFD 3RU ILP WUrV GRV ,3V inovação tecnolĂłgica. Por fim, trĂŞs dos IPs indicam a melhoria da infraestrutura fĂsica, principalLQGLFDP D PHOKRULD GD LQIUDHVWUXWXUD ItVLFD SULQFLSDOPHQWH GH HTXLSDPHQWRV H GH mente de equipamentos e de instalaçþes, como sua demanda mais relevante. LQVWDODo}HV FRPR VXD GHPDQGD PDLV UHOHYDQWH Tabela 84â&#x20AC;&#x201C; As demandas e as necessidades do instituto para ampliar a capacidade de inovação Demanda Geral NĂşmero de IPs % 3DUFHULDV
5+
,QIUDHVWUXWXUD
Total GRV REVWiFXORV j LQRYDomR 12 100,0DSRQWDP FRPR SULQFLSDO (P WHUPRV TXDWUR ,3V
SUREOHPD D EXURFUDFLD QR HVWDEHOHFLPHQWR GH FRQYrQLRV H GH SDUFHULDV FRP RXWURV a buEm termos dos obståculosIUHTXHQWHPHQWH à inovação, quatro apontam OHJDLV como principal problemaD yUJmRV PHQFLRQDQGR VH DV IPs EDUUHLUDV TXH GLILFXOWDP rocracia no estabelecimento de convênios e de parcerias com outros órgãos, mencionando-se FHOHEUDomR GH DFRUGRV 4XDWUR ,3V LQGLFDP GLILFXOGDGHV QD REWHQomR GH UHFXUVRV GDV
frequentemente as barreiras legais que dificultam a celebração de acordos. Quatro IPs indicam DJrQFLDV GH ILQDQFLDPHQWR j 3 ' LQFOXLQGR GLILFXOGDGHV QD DSURYDomR GH SURMHWRV dificuldades na obtenção de recursos das agĂŞncias de financiamento Ă P&D, incluindo dificulGHPRUD QRV SURFHVVRV GH VHOHomR H LQVXILFLrQFLD GRV YDORUHV GLVSRQLELOL]DGRV SHODV dades na aprovação de projetos, demora nos processos de seleção e insuficiĂŞncia dos valores DJrQFLDV 7UrV DSRQWDP SUREOHPDV PDLV HVSHFtILFRV EDL[D GHPDQGD GDV HPSUHVDV disponibilizados pelas agĂŞncias. TrĂŞs apontam problemas mais especĂficos: baixa demanda das SRU SURMHWRV 5+ LQVXILFLHQWH H IDOWD e GH IRFR GH 3 ' HP DWLYLGDGHV FRP com empresas por projetos, RH insuficiente falta de GDV focoHTXLSHV das equipes de P&D em atividades
QD LQRYDomR WHFQROyJLFD 3RU das ILP instituiçþes XPD GDV declarou LQVWLWXLo}HV GHFODURX QmR para WHU agir focoIRFR na inovação tecnológica. Por fim, uma não ter obståculos REVWiFXORV SDUD DJLU HP VXD DWLYLGDGH ILP em sua atividade fim. Tabela 85- Obståculos encontrados pelos IPs para realizar atividades de inovação Maior obståculo geral Número de IPs
%
%XURFUDFLD SDUD D FHOHEUDomR GH FRQYrQLRV
'LILFXOGDGHV SDUD FRQVHJXLU ILQDQFLDPHQWR
)DOWD GH IRFR GDV HTXLSHV LQWHUQDV QD LQRYDomR
5+ LQVXILFLHQWH
%DL[D GHPDQGD GDV HPSUHVDV
6HP REVWiFXORV
Total
12
100,0
$WUDWLYLGDGH GH SDUTXHV WHFQROyJLFRV H GD 5HJLmR GH &DPSLQDV SDUD R Atratividade de parques tecnolĂłgicos e da RegiĂŁo de Campinas para o Instituto de Pesquisa ,QVWLWXWR GH 3HVTXLVD
Com relação aos itens mais importantes para atrair os IPs a um Parque Tecnológico, a
sugestão mais mencionada Ê a criação de mecanismos agilização burocråtica das parcerias &RP UHODomR DRV LWHQV PDLV LPSRUWDQWHV de SDUD DWUDLU RV ,3V D XP 3DUTXH e a 7HFQROyJLFR possibilidade D VXJHVWmR de cooperação com outros IPsp eD FULDomR Universidades. A presença prestadores PDLV PHQFLRQDGD GH PHFDQLVPRV GH de DJLOL]DomR
EXURFUiWLFD GDV SDUFHULDV H D SRVVLELOLGDGH GH FRRSHUDomR FRP RXWURV ,3V H
207
de serviços tecnológicos e pessoal qualificado tambÊm Ê considerada de alta importância pela maioria dos IPs. Metade dos IPs, incluindo todos os privados, declaram ser de alta importância o uso compartilhado de equipamentos de alto custo. Por outro lado, esse item Ê considerado pouco relevante por cinco dos IPs cujas atividades não demandam o uso desse tipo de equipamento. Outro item considerado pouco importante Ê a disponibilidade de infraestrutura compartilhada e de baixo custo, uma vez que a maioria dos IPs da amostra tem instalaçþes consideradas satisfatórias e sem perspectivas de ampliação. Tabela 86 - Grau de importância dos requisitos para justificar a instalação do instituto em um Parque Tecnológico Grau de importância Alto* MÊdio* Baixa* Não rel.* Atratividade
No IPs
%**
No IPs
%**
No IPs
%**
No IPs
%**
9DQWDJHQV H YHORFLGDGH QD WUDPLWDomR EXURFUiWLFD GH SDUFHULDV FRP ,&7V H XQLYHUVLGDGHV
3RVVLELOLGDGHV GH FRRSHUDomR FRP RXWURV FHQWURV GH 3 ' S~EOLFRV RX SULYDGRV
3UHVHQoD GH LQVWLWXLo}HV GHGLFDGDV j SUHVWDomR GH VHUYLoRV WpFQLFRV H WHFQROyJLFRV
2IHUWD D UHGH GH UHODFLRQDPHQWRV FRP SHVVRDO WpFQLFR GH DOWR QtYHO
$FHVVR D LQFHQWLYRV ILVFDLV HVSHFtILFRV
$FHVVR IDFLOLWDGR H HTXLSDPHQWRV GH 3 ' HVSHFtILFRV FDURV H GH XVR HVSRUiGLFR
%DL[R LQYHVWLPHQWR GH LQVWDODomR
'LVSRQLELOLGDGH GH LQIUDHVWUXWXUD HVSHFtILFD FRPSDUWLOKDGD H D EDL[R FXVWR
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV )RL FLWDGD FRPR RXWUD DWUDWLYLGDGH D LQIUDHVWUXWXUDV GH VHUYLoRV H iUHDV FRPXQV FDL[DV HOHWU{QLFRV UHVWDXUDQWH ORMDV HQIHUPDULD DXGLWyULR
&RP UHODomR jV VXJHVW}HV GH SROtWLFDV SDUD R IRUWDOHFLPHQWR GDV DWLYLGDGHV Com relação Ă s sugestĂľes de polĂticas para o fortalecimento das atividades de CiĂŞncia, GH &LrQFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR QD 50& D rQIDVH GDV SURSRVWDV RUJDQL]DGDV HP Tecnologia e Inovação na RMC, a ĂŞnfase das propostas organizadas em temas gerais revelou WHPDV JHUDLV UHYHORX TXH VHWH UHVSRVWDV VXJHUHP SROtWLFDV GH HVWtPXOR j IRUPDomR GH que sete respostas sugerem polĂticas de estĂmulo Ă formação de arranjos cooperativos entre as DUUDQMRV FRRSHUDWLYRV HQWUH DV LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD FRPR XPD PDQHLUD GH instituiçþes de pesquisa como uma maneira de potencializar a capacidade regional na ĂĄrea de SRWHQFLDOL]DU D FDSDFLGDGH UHJLRQDO QD iUHD GH & 7 , 2 DOWR Q~PHUR GH VXJHVW}HV C,T&I. O alto nĂşmero de sugestĂľes nesse sentido ĂŠ coerente com alta demanda pela formação QHVVH VHQWLGR p FRHUHQWH FRP DOWD GHPDQGD SHOD IRUPDomR GH SDUFHULDV LQGLFDGD QRV de parcerias indicada nos itens anteriores. As cinco respostas restantes sugerem a ampliação de LWHQV DQWHULRUHV $V FLQFR UHVSRVWDV UHVWDQWHV VXJHUHP D DPSOLDomR GH SROtWLFDV GH polĂticas de financiamento, a implementação de polĂticas para incentivar a P&D de longo prazo, ILQDQFLDPHQWR D LPSOHPHQWDomR GH SROtWLFDV SDUD LQFHQWLYDU D 3 ' GH de ORQJR SUD]R polĂticas para desburocratizar a celebração de parcerias, polĂticas municipais incentivo e poSROtWLFDV SDUD D FHOHEUDomR GH SDUFHULDV SROtWLFDV PXQLFLSDLV GH lĂticas de atração deGHVEXURFUDWL]DU empresas demandantes de P&D. LQFHQWLYR H SROtWLFDV GH DWUDomR GH HPSUHVDV GHPDQGDQWHV GH 3 ' 208
Tabela 87â&#x20AC;&#x201C; IPs: sugestĂľes de polĂtica para aumentar a atratividade da RMC para atividades de inovação tecnolĂłgica
SRWHQFLDOL]DU D FDSDFLGDGH UHJLRQDO QD iUHD GH & 7 , 2 DOWR Q~PHUR GH VXJHVW}HV QHVVH VHQWLGR p FRHUHQWH FRP DOWD GHPDQGD SHOD IRUPDomR GH SDUFHULDV LQGLFDGD QRV LWHQV DQWHULRUHV $V FLQFR UHVSRVWDV UHVWDQWHV VXJHUHP D DPSOLDomR GH SROtWLFDV GH ILQDQFLDPHQWR D LPSOHPHQWDomR GH SROtWLFDV SDUD LQFHQWLYDU D 3 ' GH ORQJR SUD]R SROtWLFDV SDUD GHVEXURFUDWL]DU D FHOHEUDomR GH SDUFHULDV SROtWLFDV PXQLFLSDLV GH LQFHQWLYR H SROtWLFDV GH DWUDomR GH HPSUHVDV GHPDQGDQWHV GH 3 ' Tabela 87– IPs: sugestões de política para aumentar a atratividade da RMC para atividades de inovação tecnológica Sugestão Geral Número de IPs %
$UUDQMRV FRRSHUDWLYRV
,QFHQWLYRV PXQLFLSDLV
3ROtWLFDV GH ILQDQFLDPHQWR
$WUDomR GH HPSUHVDV GHPDQGDQWHV GH 3 '
'HVEXURFUDWL]DomR GDV SDUFHULDV
)RUWDOHFLPHQWR GH 3 ' GH ORQJR SUD]R
Total
12
100,0
*UXSRV GH 3HVTXLVD
5.2.2. Grupos de Pesquisa
&DUDFWHUL]DomR GRV *UXSRV GH 3HVTXLVD
Caracterização dos Grupos de Pesquisa
4XDWRU]H GRV GH]HQRYH *UXSRV GH 3HVTXLVD *3V HQWUHYLVWDGRV HVWi QuatorzeQD dos dezenove Grupos de$ Pesquisa (GPs) entrevistados está localizado ORFDOL]DGR FLGDGH GH &DPSLQDV FLGDGH FRQFHQWUD RV *3V GD UHJLmR GHYLGR na j cidade de Campinas. cidade concentra os TXH GPs DEULJD da região devido à presença instituiSUHVHQoD GD A 8QLFDPS LQVWLWXLomR GRV *3V da GDUnicamp, 50& TXH çãoFRQVWLWXHP R XQLYHUVR DPRVWUDO GD SHVTXLVD que abriga 739 dos 1.257 GPs da RMC que constituem o universo amostral da pesquisa. Figura 3 - Município de origem
&DPSLQDV
5LR &ODUR
3LUDFLFDED
6DQWD %DUEDUD ' 2HVWH
A área de atuação predominante dos GPs contatados é a de Engenharias (sete GPs), se$ iUHD GH DWXDomR SUHGRPLQDQWH GRV *3V FRQWDWDGRV p D GH (QJHQKDULDV guida de Biologia (cinco GPs) e área de Saúde (três GPs). Nas demais áreas, foi contatado um VHWH *3V VHJXLGD GH %LRORJLD FLQFR *3V H iUHD GH 6D~GH WUrV *3V 1DV GHPDLV GP por área (Figura 4). iUHDV IRL FRQWDWDGR XP *3 SRU iUHD )LJXUD Figura 4– Área de atuação dos grupos de pesquisa
209
&DPSLQDV
5LR &ODUR
3LUDFLFDED
6DQWD %DUEDUD ' 2HVWH
$ iUHD GH DWXDomR SUHGRPLQDQWH GRV *3V FRQWDWDGRV p D GH (QJHQKDULDV VHWH *3V VHJXLGD GH %LRORJLD FLQFR *3V H iUHD GH 6D~GH WUrV *3V 1DV GHPDLV iUHDV IRL FRQWDWDGR XP *3 SRU iUHD )LJXUD Figura 4â&#x20AC;&#x201C; Ă rea de atuação dos grupos de pesquisa
(QJHQKDULDV %LRORJLD 6D~GH 4XtPLFD 'HPDQGDV H REVWiFXORV j LQRYDomR
)tVLFD
(VWDWtVWLFD
6RFLORJLD
$ PDLRU SDUWH GRV *3V DWULEXL DOWD LPSRUWkQFLD j FRQWUDWDomR HQWHQGLGD Demandas e obståculos à inovação SULQFLSDOPHQWH FRPR D REWHQomR GH EROVDV GH HVWXGR GH 'RXWRUHV VHJXLGD GD A maior parte GPs atribui importância à contratação (entendida principalmente FRQWUDWDomR GH dos 0HVWUHV GDQGR alta EDL[D LPSRUWkQFLD j FRQWUDWDomR GH HVSHFLDOLVWDV H
como a obtenção de bolsas de estudo) de Doutores, seguida da contratação de Mestres, dando WpFQLFRV 7DEHOD ,VVR UHYHOD TXH RV *36 UHDOL]DP SUHGRPLQDQWHPHQWH DWLYLGDGHV baixa importância Ă contratação de especialistas e tĂŠcnicos (Tabela 88). Isso revela que os GPS TXH H[LJHP DOWD SUHSDUDomR FLHQWtILFD PDV SRU RXWUR ODGR SRXFR FRQKHFLPHQWR realizam predominantemente atividades que exigem alta preparação cientĂfica, mas, por outro WpFQLFR H SUiWLFR lado, pouco conhecimento tĂŠcnico e prĂĄtico. Tabela 88â&#x20AC;&#x201C; Demanda por contratação de pesquisadores segundo nĂveis de formação Grau de importância Alto MĂŠdio Baixa NĂŁo relevante Demanda
No GPs
%**
No GPs
%**
No GPs
%**
No GPs
%**
'RXWRUHV
0HVWUHV
*UDGXDGRV
*UDGXDQGRV LQLFLDomR FLHQWtILFD
(VSHFLDOLVWDV
7pFQLFRV GH QtYHO PpGLR
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV
2V LWHQV FRQVLGHUDGRV PDLV UHOHYDQWHV YLVDQGR D FDSDFLWDomR GRV LQWHJUDQWHV Os itens considerados mais relevantes visando a capacitação dos integrantes dos GPs *3V SDUD DWLYLGDGHV LQRYDomR VmR LGHQWLILFDomR em GH Pesquisa QHFHVVLGDGHV HP paraGRV atividades de inovação sĂŁoGH a identificação de D necessidades e Desenvolvimento e o estudo de conceitos. Isso que, caso dos grupos entrevistados, importância 3HVTXLVD H 'HVHQYROYLPHQWR H mostra R HVWXGR GH no FRQFHLWRV ,VVR PRVWUD TXH QR FDVR GRV maior ĂŠ atribuĂda a atividades de carĂĄter acadĂŞmico (estudos de conceitos) ou preliminares Ă JUXSRV HQWUHYLVWDGRV LPSRUWkQFLD PDLRU p DWULEXtGD D DWLYLGDGHV GH FDUiWHU DFDGrPLFR atividade de inovação (identificação de demandas para a realização de P&D). HVWXGRV GH FRQFHLWRV RX SUHOLPLQDUHV j DWLYLGDGH GH LQRYDomR LGHQWLILFDomR GH
GHPDQGDV SDUD D UHDOL]DomR GH 3 ' 210
,PSRUWkQFLD PHQRU p DWULEXtGD D DWLYLGDGHV PDLV GLUHWDPHQWH UHODFLRQDGDV DR
Importância menor ĂŠ atribuĂda a atividades mais diretamente relacionadas ao processo inovativo, como Estudo de Viabilidade TĂŠcnica e EconĂ´mica (EVTE), registro de marcas e patentes e negociação com atores privados. Mais uma vez, evidencia-se o perfil acadĂŞmico dos GPs contatados. Tabela 89â&#x20AC;&#x201C; Necessidade de capacitação e de treinamento dos profissionais no desenvolvimento de atividades inovativas Grau de importância Alto MĂŠdio Baixa NĂŁo relevante Demanda
No GPs*
,GHQWLILFDomR GH GHPDQGDV H QHFHVVLGDGHV HP LQRYDomR WHFQROyJLFD
No GPs*
(VWXGR GH FRQFHLWRV
(ODERUDomR GH GRFXPHQWDomR WpFQLFD
3URVSHFomR WHFQROyJLFD
'HVHQKR H H[HFXomR GH HQVDLRV H H[SHULPHQWRV
'HVHQYROYLPHQWR GH SURWyWLSRV
1HJRFLDomR FRP DWRUHV S~EOLFRV SDUD DWLYLGDGHV GH 3 '
'HVHQYROYLPHQWR GH software
'HVHQYROYLPHQWR GH VHUYLoRV
*HVWmR GH SURMHWRV
(VWXGRV GH 9LDELOLGDGH 7pFQLFD H (FRQ{PLFD (97(
1HJRFLDomR FRP DWRUHV SULYDGRV SDUD DWLYLGDGHV GH 3 '
5HJLVWUR GH SDWHQWHV RX RXWURV PHFDQLVPRV GH SURWHomR j SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO
3URMHWRV GH (QJHQKDULD
(QVDLRV WHVWHV H QRUPDOL]DomR H FRQWUROH GH TXDOLGDGH GH SURGXWRV
(VFDORQDPHQWR LQGXVWULDO
GD
SURGXomR
%**
%**
%**
No GPs*
No GPs*
%**
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV
'RV GH]HQRYH *UXSRV GH 3HVTXLVD HQWUHYLVWDGRV D IRUPDomR PDLV GHPDQGD Dos dezenove Grupos de Pesquisa entrevistados, a formação mais demanda (sete GPS) VHWH *36 p SRU HQJHQKHLURV IRUPDGRV QDV iUHDV GH DWXDomR GRV *3V H FRP DOJXPD Ê por engenheiros formados nas åreas de atuação dos GPs e com alguma especialização útil HVSHFLDOL]DomR ~WLO SDUD DV DWLYLGDGHV GH SHVTXLVD GR JUXSR 4XDWUR *3V GDGD D para as atividades de pesquisa do grupo. Quatro GPs, dada a natureza de suas atividades, QDWXUH]D GH VXDV DWLYLGDGHV GHPDQGDP SURILVVLRQDLV GH GLYHUVDV iUHDV FDUDFWHUL]DQGR XPD GHPDQGD PXOWLGLVFLSOLQDU 7UrV JUXSRV DSUHVHQWDP GHPDQGD SRU
211
demandam profissionais de diversas ĂĄreas, caracterizando uma demanda multidisciplinar. TrĂŞs grupos apresentam demanda por biĂłlogos especializados em bioquĂmica e em genĂŠtica. Os quatro grupos restantes demandam profissionais de ĂĄreas especĂficas: extensionistas rurais, fĂsicos, fonoaudiĂłlogos e psicĂłlogos. Um dos respondentes afirmou nĂŁo demandar nenhuma formação especĂfica, pois seu GP visa primordialmente a formação de alunos do curso no qual participa IRUPDomR HVSHFtILFD SRLV VHX *3 YLVD SULPRUGLDOPHQWH D IRUPDomR GH DOXQRV GR FXUVR como docente. QR TXDO SDUWLFLSD FRPR GRFHQWH Tabela 90â&#x20AC;&#x201C; Formaçþes especĂficas mais demandadas pelos GPs Formação mais demandada NĂşmero de GPs % (QJHQKDULDV
0XOWLGLVFLSOLQDU
%LRORJLD
([WHQVmR UXUDO
3VLFRORJLD
)tVLFD
)RQRDXGLRORJLD
1mR VH DSOLFD
$ PDLRU SDUWH GRV *3V HQWUHYLVWDGRV UHIHUH TXH YLVD GHVHQYROYHU LQRYDo}HV A maior parte dos GPs entrevistados refere que visa desenvolver inovaçþes para o merSDUD R PHUFDGR PXQGLDO (P VHJXQGR OXJDU HVWi R DSULPRUDPHQWR GH LQRYDo}HV Mi cado mundial. Em segundo lugar, estĂĄ o aprimoramento de inovaçþes jĂĄ existentes. Por Ăşltimo, H[LVWHQWHV 3RU ~OWLPR HVWmR DV LQRYDo}HV QRYDV SDUD R PHUFDGR QDFLRQDO estĂŁo as inovaçþes novas para o mercado nacional. 0HVPR FRQVLGHUDQGR EDVWDQWH SRVVtYHO R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDo}HV Mesmo considerando bastante possĂvel o desenvolvimento de inovaçþes radicais para o UDGLFDLV SDUD R PHUFDGR PXQGLDO HVVH SHUILO GH UHVSRVWDV UHYHOD XPD FDUDFWHUtVWLFD mercado mundial, esse perfil de respostas revela uma caracterĂstica acadĂŞmica de trabalhar com DFDGrPLFD GH WUDEDOKDU FRP LQYHQo}HV WRWDOPHQWH QRYDV FXMD WUDQVIRUPDomR HP invençþes totalmente novas cuja transformação em inovação ĂŠ sabidamente menos factĂvel do LQRYDomR p VDELGDPHQWH PHQRV IDFWtYHO GR TXH XPD LQRYDomR LQFUHPHQWDO RX D que uma inovação incremental ou a imitação criativa de uma inovação existente mas ainda nĂŁo LPLWDomR FULDWLYD GH XPD LQRYDomR H[LVWHQWH PDV DLQGD QmR ODQoDGD QR PHUFDGR lançada no mercado nacional. QDFLRQDO AlĂŠm disso, a maioria dos GPs entrevistada realiza apenas atividades de Pesquisa e De$OpP GLVVR D PDLRULD GRV *3V HQWUHYLVWDGD UHDOL]D DSHQDV DWLYLGDGHV GH senvolvimento, frequentemente confundidas com atividades de inovação. Uma vez que nĂŁo pos3HVTXLVD H 'HVHQYROYLPHQWR IUHTXHQWHPHQWH FRQIXQGLGDV FRP DWLYLGDGHV GH suem atividades que visem a introdução dessas invençþes no mercado, nĂŁo podem ser consideLQRYDomR 8PD YH] TXH QmR SRVVXHP DWLYLGDGHV TXH YLVHP D LQWURGXomR GHVVDV radas como inovação. LQYHQo}HV QR PHUFDGR QmR SRGHP VHU FRQVLGHUDGDV FRPR LQRYDomR Figura 5 â&#x20AC;&#x201C; Objetivos referidos para a inovação, pelos GPs
212
LPLWDomR FULDWLYD GH XPD LQRYDomR H[LVWHQWH PDV DLQGD QmR ODQoDGD QR PHUFDGR QDFLRQDO $OpP GLVVR D PDLRULD GRV *3V HQWUHYLVWDGD UHDOL]D DSHQDV DWLYLGDGHV GH 3HVTXLVD H 'HVHQYROYLPHQWR IUHTXHQWHPHQWH FRQIXQGLGDV FRP DWLYLGDGHV GH LQRYDomR 8PD YH] TXH QmR SRVVXHP DWLYLGDGHV TXH YLVHP D LQWURGXomR GHVVDV LQYHQo}HV QR PHUFDGR QmR SRGHP VHU FRQVLGHUDGDV FRPR LQRYDomR Figura 5 â&#x20AC;&#x201C; Objetivos referidos para a inovação, pelos GPs
1RYR PHUFDGR PXQGLDO
$SULPRUDPHQWR H[LVWHQWH
1RYR PHUFDGR QDFLRQDO
$V GHPDQGDV FRQVLGHUDGDV PDLV LPSRUWDQWHV SHORV *36 VmR D DTXLVLomR GH As demandas consideradas mais importantes pelos GPS sĂŁo a aquisição de mĂĄquinas PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV H D FRQVWUXomR GH LQIUDHVWUXWXUD LQWHUQD QHFHVVLGDGHV QmR e equipamentos e a construção de infraestrutura interna, necessidades nĂŁo propriamente relaSURSULDPHQWH UHODFLRQDGDV LQRYDomR WHFQROyJLFD 3RU RXWUR ODGR EDL[D LPSRUWkQFLD cionadas Ă inovação tecnolĂłgica.j Por outro lado, baixa importância foi atribuĂda a itens como a IRL DWULEXtGD D LWHQV D FHOHEUDomR GH DFRUGRV GH WUDQVIHUrQFLD PRVWUDQGR celebração de acordos deFRPR transferĂŞncia, mostrando uma baixo interesse desses GPs emXPD adquirir EDL[R LQWHUHVVH *3V HP DGTXLULU FLHQWtILFD GH se IRQWHV H[WHUQDV H informação cientĂfica GHVVHV de fontes externas, e queLQIRUPDomR boa parte desses GPs considera autossufiTXH ERD SDUWH GHVVHV *3V VH FRQVLGHUD DXWRVVXILFLHQWH QHVVH VHQWLGR ciente nesse sentido. Tabela 91 â&#x20AC;&#x201C; Demandas do grupo de pesquisa (H9) Alto MĂŠdio Baixa No
NĂŁo relevante %**
No GPs*
%**
Demandas
No GPs*
%**
$TXLVLomR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV
&RQVWUXomR GH LQIUDHVWUXWXUD LQWHUQD
0RQLWRUDPHQWR GH LQIRUPDomR WHFQROyJLFD
&HOHEUDomR GH DFRUGRV GH WUDQVIHUrQFLD
$TXLVLomR H[WHUQD GH 3 '
$YDOLDomR H FHUWLILFDomR GH FRQIRUPLGDGH
GPs*
%**
No
GPs*
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV (PSUHVDV RX LQVWLWXLo}HV WHFQROyJLFDV 'HVHQYROYLPHQWR GH ODERUDWyULRV SORWRWLSDJHP iUHD GH design HWF 3DWHQWHV QRUPDV FDWiORJRV UHYLVWDV WpFQLFDV &RPSUD GH OLFHQoDV GH SDWHQWHV PDUFDV know-how software GH WHFQRORJLD &HUWLILFDomR GH SURGXWRV VLVWHPDV VHUYLoRV HQVDLRV H DQiOLVHV FDOLEUDomR PHGLomR H YHULILFDomR
Figura 6 - Demandas de alta importância para o grupo de pesquisa (nĂşmero de citaçþes â&#x20AC;&#x201C; incluem-se respostas mĂşltiplas
213
&HOHEUDomR GH DFRUGRV GH WUDQVIHUrQFLD
$TXLVLomR H[WHUQD GH 3 '
$YDOLDomR H FHUWLILFDomR GH FRQIRUPLGDGH
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV (PSUHVDV RX LQVWLWXLo}HV WHFQROyJLFDV 'HVHQYROYLPHQWR GH ODERUDWyULRV SORWRWLSDJHP iUHD GH design HWF 3DWHQWHV QRUPDV FDWiORJRV UHYLVWDV WpFQLFDV &RPSUD GH OLFHQoDV GH SDWHQWHV PDUFDV know-how software GH WHFQRORJLD &HUWLILFDomR GH SURGXWRV VLVWHPDV VHUYLoRV HQVDLRV H DQiOLVHV FDOLEUDomR PHGLomR H YHULILFDomR
Figura 6 - Demandas de alta importância para o grupo de pesquisa (nĂşmero de citaçþes â&#x20AC;&#x201C; incluem-se respostas mĂşltiplas
$TXLVLomR
&RQVWUXomR
0RQLWRUDPHQWR
&HOHEUDomR
$TXLVLomR
$YDOLDomR H
PiTXLQDV H LQIUDHVWUXWXUD LQIRUPDomR H[WHUQD GH 3 ' FHUWLILFDomR GH QRYRV SURGXWRV RX SURFHVVRV 2V GHPDLV DFRUGRV GH PHFDQLVPRV VmR WRGRV FRQVLGHUDGRV GH HTXLSDPHQWRV
LQWHUQD
WHFQROyJLFD
WUDQVIHUrQFLD
FRQIRUPLGDGH
EDL[D LPSRUWkQFLD UHYHODQGR R SHUILO DFDGrPLFR GD SURGXomR GH ERD SDUWH GRV *3V 4XDQWR j SURWHomR GD SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO PHWDGH GRV *36 Gi JUDQGH
Tabela 92 â&#x20AC;&#x201C; Grau de importância dos instrumentos de proteção de propriedade intelectual para o grupo de pesquisa ,PSRUWkQFLD $OWR 0pGLR LPSRUWkQFLD DR XVR GH SDWHQWHV 2 VHJUHGR LQGXVWULDO %DL[D IRL DSRQWDGR 1mR UHOHYDQWH FRPR XP R
R
R
R
,QVWUXPHQWRV GH 1 *3V SURWHomR DWXDQWHV 1 1 PHFDQLVPR LPSRUWDQWH GH SRU 1VHLV JUXSRV QR GHVHQYROYLPHQWR GH SURWHomR *3V *3V *3V 3DWHQWH
6HJUHGR LQGXVWULDO
5HJLVWUR GH VRIWZDUH
5HJLVWURV FXOWLYDUHV
0DUFDV
5HJLVWUR GH GHVHQKR LQGXVWULDO
GH
2EVHUYDomR ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV
Figura 7 â&#x20AC;&#x201C; Instrumentos de proteção de propriedade intelectual de alta importância (nĂşmero de citaçþes â&#x20AC;&#x201C; incluem-se respostas mĂşltiplas)
3DWHQWH
214
6HJUHGR 5HJLVWUR GH 5HJLVWURV LQGXVWULDO VRIWZ DUH GH FXOWLYDU
0DUFDV
5HJLVWUR GH GHVHQKR LQGXVWULDO
$V DWLYLGDGHV RIHUHFLGDV SRU LQVWLWXLo}HV H[WHUQDV 7DEHOD PDLV UHOHYDQWHV SDUD RV *3V VmR D SHVTXLVD H DYDQoR GR FRQKHFLPHQWR D IRUPDomR GH SHVVRDO H R
Quanto Ă proteção da propriedade intelectual, metade dos GPS dĂĄ grande importância ao uso de patentes. O segredo industrial foi apontado como um mecanismo importante de proteção por seis grupos atuantes no desenvolvimento de novos produtos ou processos. Os demais mecanismos sĂŁo todos considerados de baixa importância, revelando o perfil acadĂŞmico da produção de boa parte dos GPs. As atividades oferecidas por instituiçþes externas (Tabela 93) mais relevantes para os GPs sĂŁo a pesquisa e avanço do conhecimento, a formação de pessoal e o desenvolvimento de produto. Com exceção do Ăşltimo item, pouca importância ĂŠ dada aos temas restantes de natureza mais tĂŠcnica e de aplicação. Tabela 93â&#x20AC;&#x201C; Importância das atividades oferecidas por universidades e por empresas privadas para o Grupo de Pesquisa Grau de importância Alto MĂŠdio Baixa NĂŁo relevante Atividades
NoGPs*
3HVTXLVD H DYDQoR GR FRQKHFLPHQWR HP WHPDV UHOHYDQWHV DRV JUXSRV GH SHVTXLVD
No GPs*
)RUPDomR GH SHVVRDO DOWDPHQWH TXDOLILFDGR HP WHPDV GH LQWHUHVVH
'HVHQYROYLPHQWR GH SURGXWR RX SURFHVVR &RPSDUWLOKDPHQWR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV DOWDPHQWH HVSHFLDOL]DGRV
(QVDLRV ODERUDWRULDLV H RXWURV VHUYLoRV WpFQLFRV H WHFQROyJLFRV
7UHLQDPHQWR GH SHVVRDO WpFQLFR
$VVLVWrQFLD WpFQLFD
&RQVXOWRULD $YDOLDomR GH FRQIRUPLGDGH PHWURORJLD
H
%**
%**
NoGPs *
%**
%**
NoGPs *
2EVHUYDo}HV ,QFOXHP VH UHVSRVWDV P~OWLSODV 6REUH R WRWDO GH UHVSRQGHQWHV 7DPEpP IRUDP FLWDGDV DV VHJXLQWHV DWLYLGDGHV OHYDQWDPHQWR H RUJDQL]DomR GDV LQIRUPDo}HV H R JHUHQFLDPHQWR ILQDQFHLUR GH SURMHWRV
'HPDQGDV GRV *UXSRV GH 3HVTXLVD FRP 5HODomR D 3ROtWLFDV GH ,QFHQWLYR SDUD D ,QRYDomR Demandas dos Grupos de Pesquisa com Relação a PolĂticas de Incentivo para a Inovação $V VXJHVW}HV HVWtPXOR j GPs LQRYDomR *3V SRGHP As sugestĂľes de polĂticasGH deSROtWLFDV estĂmulo GH Ă inovação dos podemGRV ser agrupadas emVHU cinco temasDJUXSDGDV HP FLQFR WHPDV JHUDLV HP IXQomR GR IRFR GHVVDV SURSRVWDV $ PDLRU SDUWH gerais, em função do foco dessas propostas. A maior parte das sugestĂľes, seis ao todo, GDV VXJHVW}HV deVHLV DR WRGR p R GHVHQYROYLPHQWR GH SROtWLFDV TXH IDFLOLWHP RX ĂŠ o desenvolvimento polĂticas que facilitem ou ampliem o acesso dos pesquisadores a recurDPSOLHP R DFHVVR GRV SHVTXLVDGRUHV D UHFXUVRV ILQDQFHLURV LQFOXLQGR R DXPHQWR QRV sos financeiros, incluindo o aumento nos valores das bolsas de pesquisa, mecanismos para a YDORUHV GH rĂĄpida SHVTXLVD PHFDQLVPRV SDUD ampliação D FRQWUDWDomR GH 5+ de GH bolsas IRUPD de contratação deGDV RHEROVDV de forma e por curtos perĂodos, do nĂşmero UiSLGD H eSRU FXUWRV para SHUtRGRV DPSOLDomR GR Q~PHUR GH EROVDV GH SyV GRXWRUDGR H pĂłs-doutorado recursos infraestrutura de pesquisa. UHFXUVRV SDUD LQIUDHVWUXWXUD GH SHVTXLVD &LQFR *3V VXJHULUDP D IRUPXODomR GH SROtWLFDV SDUD DSUR[LPDU DV
215
Cinco GPs sugeriram a formulação de polĂticas para aproximar as universidades da sociedade, incluindo mecanismos para estimular a prestação de serviços tecnolĂłgicos para o setor pĂşblico, divulgação do conhecimento atravĂŠs de eventos e cursos abertos e integração de pesquisadores nos laboratĂłrios das empresas. Quatro GPs sugeriram polĂticas de estĂmulo Ă formação de arranjos cooperativos entre as instituiçþes da regiĂŁo, entre especialistas de diferentes disciplinas e com instituiçþes do exterior, alĂŠm da desburocratização de parcerias. Sobre a propriedade intelectual, sugeriu-se a agilização de processos de registro de produtos em parceria com empresas e o fornecimento de apoio nos SURGXWRV HP SDUFHULD FRP HPSUHVDV H R IRUQHFLPHQWR GH DSRLR QRV SURFHGLPHQWRV GH procedimentos de registro. Por fim, dois grupos ressaltaram a importância de programas goverUHJLVWUR 3RU ILP GRLV JUXSRV UHVVDOWDUDP D LPSRUWkQFLD GH SURJUDPDV JRYHUQDPHQWDLV namentais na criação de demandas por serviços tecnolĂłgicos dos GPs da Universidade. QD FULDomR GH GHPDQGDV SRU VHUYLoRV WHFQROyJLFRV GRV *3V GD 8QLYHUVLGDGH Tabela 94â&#x20AC;&#x201C; GPs: sugestĂľes de polĂtica para aumentar a atratividade da RMC para atividades de inovação tecnolĂłgica SugestĂŁo Geral NĂşmero de GPs % $PSOLDomR GR ILQDQFLDPHQWR $SUR[LPDomR FRP D VRFLHGDGH $UUDQMRV FRRSHUDWLYRV 3URSULHGDGH LQWHOHFWXDO 3URJUDPDV GH JRYHUQR TXH LQGX]DP j GHPDQGD SRU 3 '
(VVDV GHPDQGDV LQGLFDP XPD H[SHFWDWLYD GRV *3V SRU SROtWLFDV TXH WUDJDP Essas demandas indicam uma expectativa dos GPs por polĂticas que tragam mais recursos PDLV UHFXUVRV SDUD RV SUySULRV JUXSRV UHDOL]DUHP DV VXDV DWLYLGDGHV QmR para os prĂłprios grupos realizarem as suas atividades, nĂŁo demonstrando preocupaçþes quanto GHPRQVWUDQGR SUHRFXSDo}HV TXDQWR DR GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDo}HV ao desenvolvimento de inovaçþes.
6tQWHVH GDV ([SHFWDWLYDV H 2SLQL}HV GRV ,QVWLWXWRV H *UXSRV GH 3HVTXLVD
5.2.3 SĂntese das Expectativas e OpiniĂľes dos Institutos e Grupos de Pesquisa (P WHUPRV GH LQFHQWLYRV H ILQDQFLDPHQWRV DV DJrQFLDV GH IRPHQWRV S~EOLFDV VmR DV SULQFLSDLV ILQDQFLDGRUDV GRV ,3V FXMRV UHFXUVRV VmR GLUHFLRQDGRV Em termos de incentivos e financiamentos, as agĂŞncias de fomentos pĂşblicas sĂŁo as prinSULRULWDULDPHQWH DWLYLGDGHV 3 ' 2V IXQGDPHQWDLV QDV GHFLV}HV GH de cipais financiadoras D dos IPs, cujosGH recursos sĂŁo IDWRUHV direcionados prioritariamente a atividades LQYHVWLPHQWR DSRQWDGRV SHORV VmR GHPDQGDV H[WHUQDV GH entrevistados LQVWLWXLo}HV sĂŁo P&D. Os fatores fundamentais nas HQWUHYLVWDGRV decisĂľes de investimento apontados pelos FOLHQWHV H DV UHJUDV GRV HGLWDLV ODQoDGRV SHODV DJrQFLDV GH IRPHQWR demandas externas de instituiçþes clientes e as regras dos editais lançados pelas agĂŞncias de fomento.
&RP UHODomR j FRRSHUDomR SDUD D LQRYDomR D PDLRU SDUWH GRV ,3V UHDOL]RX
DFRUGRV FRP XQLYHUVLGDGHV FRP RXWURV ,3V PRVWUDQGR LQWHUDomR Com relação à cooperaçãoH para a inovação, a maior parte XPD dos IPs realizouEDVWDQWH acordos com OLPLWDGD FRP R VHWRU SULYDGR $V ILQDOLGDGHV GDV FRRSHUDo}HV IRUDP universidades e com outros IPs, mostrando uma interação bastante limitada com o setor privado. R GHVHQYROYLPHQWR GH 3 ' H R o GHVHQYROYLPHQWR GH P&D QRYRV As SUHGRPLQDQWHPHQWH finalidades das cooperaçþes foram predominantemente desenvolvimento de e o deSURGXWRV H de SURFHVVRV QmR QHFHVVDULDPHQWH LPSOLFDQGR HP LQRYDo}HV WHFQROyJLFDV senvolvimento novos produtos e processos, não necessariamente implicando em inovaçþes
FRORFDGDV colocadas QR PHUFDGR 2V EHQHItFLRV PDLV DSRQWDGRV QHVVDV nessas FRRSHUDo}HV IRUDP D foram tecnolĂłgicas no mercado. Os benefĂcios mais apontados cooperaçþes IRUPDomR GH UHFXUVRV KXPDQRV H R DXPHQWR GR FRQKHFLPHQWR HP WHPDV GH LQWHUHVVH a formação de recursos humanos e o aumento do conhecimento em temas de interesse. 216
(QWUH DV GHPDQGDV H DV QHFHVVLGDGHV DSRQWDGDV SHORV ,3V R LWHP PDLV
Entre as demandas e as necessidades apontadas pelos IPs, o item mais mencionado foi o estabelecimento de arranjos cooperativos para a inovação tecnológica. Os obstáculos mais citados foram a burocracia para a formação de arranjos cooperativos (problema bastante citado nos IPs públicos) e a dificuldade de obtenção de financiamento nas agências de fomento. Por fim, entre as vantagens que podem atrair a participação dos IPs em um Parque Tecnológico, destacaram-se os serviços de assessoria na tramitação burocrática de acordos de cooperação e as possibilidades de cooperação interinstitucional. De onde se conclui que a criação de políticas de fortalecimento da cooperação interinstitucional pode ser considerada um item imprescindível no planejamento do Parque e dos Polos Tecnológicos da RMC. Com relação à amostra de GPs, a maior parte se localiza na cidade de Campinas e é formada por alunos e professores da Unicamp, majoritariamente (77%) atuante nas áreas de Engenharias e de Biologia. Os GPs analisados apresentam um perfil bastante acadêmico: demandam principalmente mestres e doutores (poucos técnicos e especialistas) e atribuem grande importância ao estudo de conceitos e à prospecção tecnológica. A maior parte dos GPs consultados está focado em suas atividades de desenvolvimento de produtos ou de processos novos para o mercado mundial, atribuindo grande importância a patentes como mecanismos de proteção da propriedade intelectual. Contudo, notou-se que o desenvolvimento de novos produtos e processos limitava-se à etapa de Pesquisa e Desenvolvimento, sem incluir atividades visando à introdução dessas invenções como inovações no mercado ou na sociedade, notando-se aí uma compreensão equivocada do conceito de inovação entre os GPs entrevistados. As principais demandas dos GPs dizem respeito à infraestrutura de seus laboratórios. Com relação a outras instituições (IPs, universidades e empresas), os GPS demandam primordialmente o avanço no conhecimento e na formação de pessoal. Essas características mostram mais uma vez o perfil acadêmico das atividades dos GPs cobertos pela amostra. Finalmente, as sugestões de política encaminhadas pelos GPs são em sua maioria pela ampliação (em cobertura e valores) dos auxílios financeiros oferecidos para a manutenção das atividades acadêmicas dos Grupos (bolsas e infraestrutura). Por outro lado, um número significativo de propostas sugere políticas que aproximem os GPs da sociedade, por meio da interação com órgãos públicos e empresas, para que a produção
217
acadêmica resulte em benefícios que ultrapassem os limites da academia, mostrando mais uma vez a demanda desses GPs por arranjos que estimulem a cooperação com instituições externas, o que reforça a conclusão de que esse é um item que deve estar presente no planejamento dos Parques de Ciência e Tecnologia da região.
5.3
EXPECTATIVAS E OPINIÕES DAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA Neste item sintetizam-se as informações de pesquisa realizada junto a cinquenta empresas
de base tecnológica localizadas na Região Metropolitana de Campinas, selecionadas aleatoriamente em um universo de 449 EBTs, a partir de cadastro fornecido pelas seguintes associações: Softex (88 EBTs), Ciesp (178), Amcham (159) e Incamp (24). O roteiro de entrevista foi preenchido pelo próprio diretor de P&D ou pelo sócio e submetido on-line via página disponibilizada pela Agência de Inovação INOVA da Unicamp. Importante ressaltar que a maioria dos resultados foi influenciada pelo porte das EBTs que participaram da amostra, pois 39% são start-ups (microempresas) e 36% de grande porte. Indicamos adiante apenas os resultados detalhados da análise de dados das Grandes e Médias EBRs da região, por entender que fornecem subsídios mais adequados ao presente estudo. Entretanto, o perfil da amostra confirmou a maioria das premissas quanto ao relacionamento entre o estágio de desenvolvimento da empresa e seu potencial inovativo. O material básico fornece subsídios que se julgam importantes para a formação dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas
5.3.1. Empresas de Base Tecnológica (EBTs) de Grande e Médio Porte Esta seção apresenta uma série de informações acerca do conjunto de vinte EBTs de médio e de grande porte que pertencem à amostra total. Desse grupo específico extraíram-se informações que podem contribuir para a constituição dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas. Na Tabela 95 verifica-se que os principais setores de atuação das empresas de grande porte são: fabricação de peças e acessórios para veículos (15%); Consultoria em software (10%), Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10%) e Fabricação de produtos alimentícios (10%). 218
Tabela 95 â&#x20AC;&#x201C; Principal setor de atividade
Setor de atividade
Tabela 95 â&#x20AC;&#x201C; Principal setor de atividade Setor de atividade )DEULFDomR GH SHoDV H DFHVVyULRV SDUD YHtFXORV &RQVXOWRULD HP software )DEULFDomR GH SHoDV H DFHVVyULRV SDUD YHtFXORV )DEULFDomR GH PiTXLQDV DSDUHOKRV H PDWHULDLV HOpWULFRV &RQVXOWRULD HP software )DEULFDomR GH SURGXWRV DOLPHQWtFLRV )DEULFDomR GH PiTXLQDV DSDUHOKRV H PDWHULDLV HOpWULFRV )DEULFDomR GH DSDUHOKRV H HTXLSDPHQWRV GH FRPXQLFDo}HV )DEULFDomR GH SURGXWRV DOLPHQWtFLRV )DEULFDomR GH DUWLJRV GH ERUUDFKD H SOiVWLFR )DEULFDomR GH DSDUHOKRV H HTXLSDPHQWRV GH FRPXQLFDo}HV )DEULFDomR GH HTXLSDPHQWRV GH LQVWUXPHQWDomR PpGLFR KRVSLWDODUHV LQVWUXPHQWRV )DEULFDomR GH DUWLJRV GH ERUUDFKD H SOiVWLFR GH SUHFLVmR H ySWLFRV HTXLSDPHQWRV SDUD DXWRPDomR LQGXVWULDO FURQ{PHWURV H UHOyJLRV )DEULFDomR GH HTXLSDPHQWRV GH LQVWUXPHQWDomR PpGLFR KRVSLWDODUHV LQVWUXPHQWRV GH SUHFLVmR H ySWLFRV HTXLSDPHQWRV SDUD DXWRPDomR LQGXVWULDO FURQ{PHWURV H )DEULFDomR GH SDSHO HPEDODJHQV H DUWHIDWRV GH SDSHO UHOyJLRV )DEULFDomR GH SURGXWRV GH PHWDO )DEULFDomR GH SDSHO HPEDODJHQV H DUWHIDWRV GH SDSHO )DEULFDomR GH SURGXWRV GLYHUVRV )DEULFDomR GH SURGXWRV GH PHWDO )DEULFDomR GH SURGXWRV IDUPDFrXWLFRV )DEULFDomR GH SURGXWRV GLYHUVRV
No EBTs
%
No EBTs
%
)DEULFDomR GH SURGXWRV Wr[WHLV )DEULFDomR GH SURGXWRV IDUPDFrXWLFRV 3HVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR )DEULFDomR GH SURGXWRV Wr[WHLV 5HILQR GH SHWUyOHR 3HVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR 7HOHFRPXQLFDo}HV 5HILQR GH SHWUyOHR Total 7HOHFRPXQLFDo}HV
20
100,0
Total
20
100,0
3DUD GD DPRVWUD R SULQFLSDO SURGXWR WHFQRORJLFDPHQWH QRYR ODQoDGR Para 40% da amostra, o principal produto tecnologicamente novo, lançado pelas grandes SHODV JUDQGHV H PpGLDV (%7V QRV ~OWLPRV WUrV DQRV FDUDFWHUL]D VH FRPR QRYR SDUD R 3DUD GD DPRVWUD R SULQFLSDO SURGXWR WHFQRORJLFDPHQWH QRYR ODQoDGR e mÊdias EBTs nos últimos três anos, caracteriza-se como novo para o mercado mundial (Figura PHUFDGR PXQGLDO )LJXUD $ SULQFLSDO PRGLILFDomR GHVVH SURGXWR FLWDGD SRU FLQFR SHODV JUDQGHV H PpGLDV (%7V QRV ~OWLPRV WUrV DQRV FDUDFWHUL]D VH FRPR QRYR SDUD R 8). A(%7V principal modificação desse produto, citada por cinco EBTs PDLRU Ê a melhoria do projeto indusp PXQGLDO D PHOKRULD GR SURMHWR LQGXVWULDO DVVHJXUDQGR TXDOLGDGH WpFQLFD PHUFDGR )LJXUD $ SULQFLSDO PRGLILFDomR GHVVH SURGXWR FLWDGD SRU FLQFR trial, assegurando maior qualidade tÊcnica, funcionalidade e desempenho. IXQFLRQDOLGDGH H GHVHPSHQKR (%7V p D PHOKRULD GR SURMHWR LQGXVWULDO DVVHJXUDQGR PDLRU TXDOLGDGH WpFQLFD IXQFLRQDOLGDGH H GHVHPSHQKR
Figura 8â&#x20AC;&#x201C; Caracterização do principal produto tecnologicamente novo ou significativamente modificado lançado pela empresa nos Ăşltimos trĂŞs anos Figura 8â&#x20AC;&#x201C; Caracterização do principal produto tecnologicamente novo ou significativamente modificado lançado pela empresa nos Ăşltimos trĂŞs anos
1RYR PHUFDGR PXQGLDO
$SULPRUDPHQWR H[LVWHQWH
1RYR SDUD D HPSUHVD
1RYR PHUFDGR QDFLRQDO
1RYR PHUFDGR PXQGLDO
3URGXWR SULQFLSDO $SULPRUDPHQWR 1RYR SDUD D H[LVWHQWH HPSUHVD
1RYR PHUFDGR QDFLRQDO
3URGXWR SULQFLSDO
No que1R se refere tecnologicamente novo ou significativamente modiTXH ao VH principal UHIHUH processo DR SULQFLSDO SURFHVVR WHFQRORJLFDPHQWH QRYR RX ficado desenvolvido pela empresa trĂŞs anos, 30% das EBTs aprimoraram o existente VLJQLILFDWLYDPHQWH PRGLILFDGR GHVHQYROYLGR SHOD HPSUHVD QRV ~OWLPRV WUrV DQRV 1R TXH VH UHIHUH nos DR Ăşltimos SULQFLSDO SURFHVVR WHFQRORJLFDPHQWH QRYR RX e 30% alegaram que o PRGLILFDGR GHVHQYROYLGR SHOD processo ĂŠ novo para o mercado mundial. GDV (%7V DSULPRUDUDP R H[LVWHQWH H DOHJDUDP TXH R SURFHVVR p QRYR SDUD R VLJQLILFDWLYDPHQWH HPSUHVD QRV ~OWLPRV WUrV DQRV
PHUFDGR PXQGLDO GDV (%7V DSULPRUDUDP R H[LVWHQWH H DOHJDUDP TXH R SURFHVVR p QRYR SDUD R PHUFDGR PXQGLDO
219
Figura 9 – Caracterização do principal processo tecnologicamente novo ou significativamente modificado desenvolvido Figura 9 – Caracterização do principal processo tecnologicamente novo ou significativamente modificado desenvolvido pela empresa nos últimos três anos pela empresa nos últimos três anos
$SULPRUDPHQWR 1RYR PHUFDGR 1RYR PHUFDGR 1RYR HPSUHVD $SULPRUDPHQWR 1RYR PHUFDGR 1RYR PHUFDGR 1RYR HPSUHVD H[LVWHQWH PXQGLDO QDFLRQDO H[LVWHQWH PXQGLDO QDFLRQDO
3ULQFLSDO SURFHVVR 3ULQFLSDO SURFHVVR
A implantação de planos de marketing é apontada como a principal ação em prol da inova$ LPSODQWDomR GH SODQRV GH PDUNHWLQJ $ LPSODQWDomR GH SODQRV GH PDUNHWLQJ p DSRQWDGD FRPR D SULQFLSDO DomR HP p DSRQWDGD FRPR D SULQFLSDO DomR HP çãoSURO GD LQRYDomR GHVHQYROYLGD SHOD HPSUHVD GH]HVVHLV desenvolvida pela empresa (dezesseis EBTs). Também foi apontada como alta importância SURO GD LQRYDomR GHVHQYROYLGD SHOD HPSUHVD GH]HVVHLV(%7V 7DPEpP IRL DSRQWDGD (%7V 7DPEpP IRL DSRQWDGD a mobilização interna da equipe de P&D e a avaliação e certificação de conformidade (catorze) FRPR FRPR DOWD DOWD LPSRUWkQFLD LPSRUWkQFLD D D PRELOL]DomR PRELOL]DomR LQWHUQD LQWHUQD GD GD HTXLSH HTXLSH GH GH 3 ' 3 ' H H D D DYDOLDomR DYDOLDomR H H (Figura 10). FHUWLILFDomR GH FRQIRUPLGDGH FDWRU]H )LJXUD FHUWLILFDomR GH FRQIRUPLGDGH FDWRU]H )LJXUD Figura 10 – Importância ALTA dada às ações para o desenvolvimento de inovação na empresa (D4) Figura 10 – Importância ALTA dada às ações para o desenvolvimento de inovação na empresa (D4)
1~PHUR (%7V 1~PHUR (%7V
$o}HV $o}HV
/HJHQGD $o}HV SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDomR /HJHQGD $o}HV SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDomR > @ ,PSODQWDomR GH SODQRV GH marketing SHVTXLVD GH PHUFDGR VHJPHQWDomR GH PHUFDGRV DQiOLVH GH SRWHQFLDO GH PHUFDGR SRVLFLRQDPHQWR > @ ,PSODQWDomR GH SODQRV GH marketing SHVTXLVD GH PHUFDGR VHJPHQWDomR GH PHUFDGRV DQiOLVH GH SRWHQFLDO GH PHUFDGR SRVLFLRQDPHQWR FRPSHWLWLYR HWF
FRPSHWLWLYR HWF
> @ 0RELOL]DomR LQWHUQD GD HTXLSH GH 3 ' GD HPSUHVD > @ 0RELOL]DomR LQWHUQD GD HTXLSH GH 3 ' GD HPSUHVD > @ $YDOLDomR H FHUWLILFDomR GH FRQIRUPLGDGH FHUWLILFDomR GH SURGXWRV VLVWHPDV VHUYLoRV HQVDLRV H DQiOLVHV FDOLEUDomR PHGLomR H YHULILFDomR > > @ $YDOLDomR H FHUWLILFDomR GH FRQIRUPLGDGH FHUWLILFDomR GH SURGXWRV VLVWHPDV VHUYLoRV HQVDLRV H DQiOLVHV FDOLEUDomR PHGLomR H YHULILFDomR > @ $TXLVLomR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV HVSHFLILFDPHQWH DGTXLULGRV SDUD LQWURGX]LU SURGXWRV RX SURFHVVRV QRYRV RX DSHUIHLoRDU RV H[LVWHQWHV @ $TXLVLomR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV HVSHFLILFDPHQWH DGTXLULGRV SDUD LQWURGX]LU SURGXWRV RX SURFHVVRV QRYRV RX DSHUIHLoRDU RV H[LVWHQWHV > @ 0RQLWRUDPHQWR GH LQIRUPDomR WHFQROyJLFD SDWHQWHV QRUPDV FDWiORJRV UHYLVWDV WpFQLFDV > @ 0RQLWRUDPHQWR GH LQIRUPDomR WHFQROyJLFD SDWHQWHV QRUPDV FDWiORJRV UHYLVWDV WpFQLFDV > @ &RQVWUXomR GH LQIUDHVWUXWXUD LQWHUQD QD HPSUHVD GHVHQYROYLPHQWR GH ODERUDWyULRV SORWRWLSDJHP iUHD GH design HWF > @ &RQVWUXomR GH LQIUDHVWUXWXUD LQWHUQD QD HPSUHVD GHVHQYROYLPHQWR GH ODERUDWyULRV SORWRWLSDJHP iUHD GH design HWF > @ &HOHEUDomR GH DFRUGRV GH WUDQVIHUrQFLD DWUDYpV GD FRPSUD GH OLFHQoDV GH SDWHQWHV PDUFDV NQRZ KRZ VRIWZDUH GH WHFQRORJLD > @ &HOHEUDomR GH DFRUGRV GH WUDQVIHUrQFLD DWUDYpV GD FRPSUD GH OLFHQoDV GH SDWHQWHV PDUFDV NQRZ KRZ VRIWZDUH GH WHFQRORJLD > @ $TXLVLomR H[WHUQD GH 3 ' HPSUHVDV RX LQVWLWXLo}HV WHFQROyJLFDV
> @ $TXLVLomR H[WHUQD GH 3 ' HPSUHVDV RX LQVWLWXLo}HV WHFQROyJLFDV
'HQWUH 'HQWUH XP XP URO URO GH GH RQ]H RQ]H PRWLYDo}HV PRWLYDo}HV SDUD SDUD R R GHVHQYROYLPHQWR GHVHQYROYLPHQWR GH GH LQRYDo}HV LQRYDo}HV R R TXHVLWR PDQWHU RX DXPHQWDU D DWXDO SDUWLFLSDomR QR PHUFDGR IUHQWH j FRQFRUUrQFLD IRL TXHVLWR PDQWHU RX DXPHQWDU D DWXDO SDUWLFLSDomR QR PHUFDGR IUHQWH j FRQFRUUrQFLD IRL
FLWDGR SRU WRGDV DV HPSUHVDV FRPR DOWD LPSRUWkQFLD (P VHJXLGD D )LJXUD WDPEpP FLWDGR SRU WRGDV DV HPSUHVDV FRPR DOWD LPSRUWkQFLD (P VHJXLGD D )LJXUD WDPEpP 220
Dentre um rol de onze motivaçþes para o desenvolvimento de inovaçþes, o quesito manter ou aumentar a atual participação no mercado frente à concorrência foi citado por todas as empresas como alta importância. Em seguida, a Figura 11 tambÊm realça a melhoria da qualidade UHDOoD D PHOKRULD GD TXDOLGDGH GRV SURGXWRV H R HQTXDGUDPHQWR QRV UHJXODPHQWRV H dos produtos e o enquadramento nos regulamentos e normas tÊcnicas (quinze EBTs).
QRUPDV WpFQLFDV TXLQ]H (%7V UHDOoD D PHOKRULD GD TXDOLGDGH GRV SURGXWRV H R HQTXDGUDPHQWR QRV UHJXODPHQWRV H QRUPDV WpFQLFDV TXLQ]H (%7V
Figura 11 â&#x20AC;&#x201C; Importância ALTA dada Ă s motivaçþes para o desenvolvimento de inovaçþes
1~PHUR GH (%7V 1~PHUR GH (%7V
Figura 11 â&#x20AC;&#x201C; Importância ALTA dada Ă s motivaçþes para o desenvolvimento de inovaçþes
0RWLYDo}HV
0RWLYDo}HV
/HJHQGD 0RWLYDo}HV SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDo}HV > @ 0DQWHU RX DXPHQWDU D DWXDO SDUWLFLSDomR QR PHUFDGR IUHQWH j FRQFRUUrQFLD > @ 0HOKRUDU D TXDOLGDGH GRV SURGXWRV /HJHQGD 0RWLYDo}HV SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDo}HV > @ (QTXDGUDU VH QRV UHJXODPHQWRV H QRUPDV WpFQLFDV PHUFDGR LQWHUQR H H[WHUQR
> @ 0DQWHU RX DXPHQWDU D DWXDO SDUWLFLSDomR QR PHUFDGR IUHQWH j FRQFRUUrQFLD > @ 5HGX]LU R FXVWR GH WUDEDOKR > @ 0HOKRUDU D TXDOLGDGH GRV SURGXWRV > @ 5HGX]LU R LPSDFWR DPELHQWDO > @ (QTXDGUDU VH QRV UHJXODPHQWRV H QRUPDV WpFQLFDV PHUFDGR LQWHUQR H H[WHUQR
> @ 5HGX]LU R FRQVXPR GH HQHUJLD > @ 5HGX]LU R FXVWR GH WUDEDOKR > @ (QWUDU HP XP QRYR PHUFDGR FRP QRYRV SURGXWRV > @ 5HGX]LU R LPSDFWR DPELHQWDO > @ 5HGX]LU R FRQVXPR GH iJXD > @ 5HGX]LU R FRQVXPR GH HQHUJLD > @ $XPHQWDU D IOH[LELOLGDGH GD SURGXomR > @ (QWUDU HP XP QRYR PHUFDGR FRP QRYRV SURGXWRV > @ 5HGX]LU R FRQVXPR RX VXEVWLWXLU D PDWpULD SULPD > @ 5HGX]LU R FRQVXPR GH iJXD > @ $XPHQWDU D FDSDFLGDGH GD SURGXomR > @ $XPHQWDU D IOH[LELOLGDGH GD SURGXomR > @ 5HGX]LU R FRQVXPR RX VXEVWLWXLU D PDWpULD SULPD > @ $XPHQWDU D FDSDFLGDGH GD SURGXomR
$V JUDQGHV H PpGLDV (%7V HVWmR PDLV SUHRFXSDGDV FRP D SURWHomR GH VXDV As grandes e mĂŠdias EBTs estĂŁo mais preocupadas com a proteção de suas marcas, deiPDUFDV GHL[DQGR SDUD VHJXQGR SODQR D SDWHQWH GH LQYHQo}HV H R VHJUHGR LQGXVWULDO $V JUDQGHV H PpGLDV (%7V HVWmR PDLV SUHRFXSDGDV FRP D SURWHomR GH VXDV xando para segundo plano a patente de invençþes e o segredo industrial. PDUFDV GHL[DQGR SDUD VHJXQGR SODQR D SDWHQWH GH LQYHQo}HV H R VHJUHGR LQGXVWULDO Figura 12 â&#x20AC;&#x201C; Importância ALTA dada aos instrumentos de proteção de propriedade intelectual
Figura 12 â&#x20AC;&#x201C; Importância ALTA dada aos instrumentos de proteção de propriedade intelectual 1~PHUR (%7V 1~PHUR (%7V
0DUFDV 0DUFDV
3DWHQWH 6HJUHGR 3DWHQWH 5HJLVWUR 5HJLVWUR 'LUHLWRV LQYHQomR LQGXVWULDO PRGHOR GHVHQKR VRIWZ DUH DXWRU XWLOLGDGH 5HJLVWUR LQGXVWULDO 5HJLVWUR 'LUHLWRV 3DWHQWH 6HJUHGR 3DWHQWH LQYHQomR LQGXVWULDO PRGHOR GHVHQKR VRIWZ DUH DXWRU XWLOLGDGH LQGXVWULDO
1R TXH VH UHIHUH j QHFHVVLGDGH GH FDSDFLWDomR H GH WUHLQDPHQWR GRV SURILVVLRQDLV QR VH GHVHQYROYLPHQWR GH DWLYLGDGHV LQRYDWLYDV H YiULRV TXHVLWRV IRUDP 1R TXH UHIHUH j QHFHVVLGDGH GH FDSDFLWDomR GH WUHLQDPHQWR GRV FLWDGRV FRPR SRU GH (%7V 3URVSHFomR WHFQROyJLFD GH SURILVVLRQDLV QR UHOHYDQWHV GHVHQYROYLPHQWR DWLYLGDGHV LQRYDWLYDV YiULRV ,GHQWLILFDomR TXHVLWRV IRUDP
221
No que se refere à necessidade de capacitação e de treinamento dos profissionais no desenvolvimento de atividades inovativas, vários quesitos foram citados como relevantes por 12 EBTs: Prospecção tecnológica, Identificação de demandas e de necessidades dos clientes, Estudo de conceitos, Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) e Ensaios, testes e 9LDELOLGDGH 7pFQLFD H (FRQ{PLFD (97( H (QVDLRV WHVWHV H QRUPDOL]DomR H FRQWUROH normalização e controle de qualidade de produtos (Figura 13). GH TXDOLGDGH GH SURGXWRV )LJXUD Figura 13 – Importância ALTA dada à necessidade de capacitação e de treinamento dos profissionais no desenvolvimento de atividades inovativas
1~PHUR (%7V
&DSDFLWDomR H WUHLQDPHQWR
/HJHQGD &DSDFLWDomR H WUHLQDPHQWR > @ 3URVSHFomR WHFQROyJLFD > @ ,GHQWLILFDomR GH GHPDQGDV H QHFHVVLGDGHV GRV FOLHQWHV > @ (VWXGR GH FRQFHLWRV > @ (VWXGRV GH 9LDELOLGDGH 7pFQLFD H (FRQ{PLFD (97( > @ (QVDLRV WHVWHV H QRUPDOL]DomR H FRQWUROH GH TXDOLGDGH GH SURGXWRV > @ 3URFHVVRV LQGXVWULDLV > @ *HVWmR ILQDQFHLUD > @ 'HVHQYROYLPHQWR GH SURWyWLSRV > @ 'HVHQKR H H[HFXomR GH HQVDLRV H H[SHULPHQWRV > @ *HVWmR GH SURMHWRV > @ 3URMHWRV GH (QJHQKDULD > @ (ODERUDomR GH GRFXPHQWDomR WpFQLFD > @ (VFDORQDPHQWR GD SURGXomR LQGXVWULDO > @ 0DUNHWLQJ > @ 1HJRFLDomR FRP DWRUHV S~EOLFRV SDUD DWLYLGDGHV GH 3 ' > @ 5HJLVWUR GH SURGXWR > @ 'HVHQYROYLPHQWR GH VRIWZDUH > @ 'HVHQYROYLPHQWR GH VHUYLoRV > @ 5HJLVWUR GH SDWHQWHV RX RXWURV PHFDQLVPRV GH SURWHomR j SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO > @ 5HDOL]DomR GH FRQYrQLRV H FRQWUDWRV FRP LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD > @ 'LVWULEXLomR GHVHQYROYLPHQWR GH FDQDLV H UHGHV GH GLVWULEXLomR > @ 1HJRFLDomR FRP DWRUHV SULYDGRV SDUD DWLYLGDGHV GH 3 '
0HWDGH GDV (%7V GH PpGLR H JUDQGH SRUWH HQWUHYLVWDGD QXQFD REWHYH Metade das EBTs de médio e grande porte entrevistada nunca obteve nenhum tipo de QHQKXP WLSR GH LQFHQWLYR RX ILQDQFLDPHQWR YROWDGR DR GHVHQYROYLPHQWR GH DWLYLGDGHV incentivo ou financiamento voltado ao desenvolvimento de atividades inovativas (Figura 13). LQRYDWLYDV )LJXUD $VSHFWR TXH SHUPLWH DILUPDU TXH JUDQGH SDUWH GDV (%7V XWLOL]D Aspecto que permite afirmar que grande parte das EBTs utiliza recursos próprios para investir UHFXUVRV SUySULRV SDUD LQYHVWLU HP 3 ' em P&D. 'HQWUH DV GH] (%7V TXH UHFHEHUDP ILQDQFLDPHQWRV GH LQVWLWXLo}HV S~EOLFDV 222
DV SULQFLSDLV ILQDOLGDGHV GLVFULPLQDGDV IRUDP 3HVTXLVD FLHQWtILFD H HQJHQKDULD QmR
Dentre as dez EBTs que receberam financiamentos de instituiรงรตes pรบblicas, as principais finalidades discriminadas foram: Pesquisa cientรญfica e engenharia nรฃo rotineira e Desenvolvimento de novos produtos e de novos processos. Figura Figura14 14โ โ Incentivos Incentivosou oufinanciamentos financiamentosvoltados voltadosao aodesenvolvimento desenvolvimentode deatividades atividadesinovativas inovativasjรกjรกrecebidos recebidos
1~PHUR GH (%7V 1~PHUR GH (%7V
,QFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV ,QFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV /HJHQGD ,QFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV /HJHQGD ,QFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV > @ 1XQFD REWHYH QHQKXP GHVWHV LQFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV > @ 1XQFD REWHYH QHQKXP GHVWHV LQFHQWLYRV RX ILQDQFLDPHQWRV > @ )LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO D FRPSUD GH PiTXLQDV RX HTXLSDPHQWRV XWLOL]DGRV SDUD LQRYDU > @ )LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO D FRPSUD GH PiTXLQDV RX HTXLSDPHQWRV XWLOL]DGRV SDUD LQRYDU > @ > @ $SRLR $SRLR QmR QmR UHHPEROViYHO UHHPEROViYHO RIHUHFLGR RIHUHFLGR SHODV SHODV IXQGDo}HV IXQGDo}HV GH GH DPSDUR DPSDUR j j SHVTXLVD SHVTXLVD &13T &13T RX RX )LQHS )LQHS SDUD SDUD SHVTXLVD SHVTXLVD SUySULD SUySULD RX RX HP HP SDUFHULD SDUFHULD FRP FRP XQLYHUVLGDGHV RX LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD XQLYHUVLGDGHV RX LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD > @ )LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO D SURMHWRV GH SHVTXLVD > @ )LQDQFLDPHQWR UHHPEROViYHO D SURMHWRV GH SHVTXLVD o > @ ,QFHQWLYRV ILVFDLV SUHYLVWDV QD /HL GR %HP /HL Q > @ ,QFHQWLYRV ILVFDLV SUHYLVWDV QD /HL GR %HP /HL Qo D SDUWLU GH
D SDUWLU GH
> @ ,QFHQWLYRV HVWDGXDLV ILVFDLV H RXWURV
> @ ,QFHQWLYRV HVWDGXDLV ILVFDLV H RXWURV
> @ ,QFHQWLYR ILVFDO GD /HL GD ,QIRUPiWLFD /HL Q H /HL Q
> @ ,QFHQWLYR ILVFDO GD /HL GD ,QIRUPiWLFD /HL Q H /HL Q
> @ ,QFHQWLYRV PXQLFLSDLV ILVFDLV H RXWURV
> @ ,QFHQWLYRV PXQLFLSDLV ILVFDLV H RXWURV
> @ $SRUWH GH FDSLWDO GH ULVFR > @ $SRUWH GH FDSLWDO GH ULVFR
$ )LJXUD FRPSURYD R IDWR UHODWDGR DQWHULRUPHQWH GH TXH JUDQGH SDUWH GDV $ )LJXUD FRPSURYD R IDWR UHODWDGR DQWHULRUPHQWH GH TXH JUDQGH SDUWH GDV A Figura 15 comprova o fato relatado anteriormente, de que grande parte das EBTs de (%7V GH PDLRU SRUWH QmR UHFRUUH D QHQKXP WLSR GH LQVWLWXLomR S~EOLFD GH LQFHQWLYR RX maior porte nรฃo recorre a nenhum tipo de instituiรงรฃo pรบblica de incentivo ou de financiamento (%7V GH PDLRU SRUWH QmR UHFRUUH D QHQKXP WLSR GH LQVWLWXLomR S~EOLFD GH LQFHQWLYR RX paraGH ILQDQFLDPHQWR SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDomR 'HQWUH DV (%7V TXH UHFRUUHP o desenvolvimento de inovaรงรฃo. Dentre as EBTs que recorrem, a Finep e o BNDES sรฃo as GH ILQDQFLDPHQWR SDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDomR 'HQWUH DV (%7V TXH UHFRUUHP D )LQHS H R %1'(6 VmR DV LQVWLWXLo}HV PDLV SURFXUDGDV instituiรงรตes mais procuradas. D )LQHS H R %1'(6 VmR DV LQVWLWXLo}HV PDLV SURFXUDGDV Figura Figura15 15โ โ Instituiรงรตes Instituiรงรตesque quejรกjรกreceberam receberamincentivos incentivosou oufinanciamentos financiamentospara paraoodesenvolvimento desenvolvimentode deinovaรงรฃo inovaรงรฃo
1~PHUR (%7V 1~PHUR (%7V
1XQFD 1XQFD UHFHEHX UHFHEHX
),1(3 ),1(3
%1'(6 %1'(6 )$3(63 )$3(63
&134 &134
&$3(6 &$3(6
223
Quanto ao apoio de organizaรงรตes externas, o Inmetro, o Senai e a ABNT sรฃo as instituiรงรตes das quais as EBTs mais receberam apoio (Figura 16). Figura 16 โ Instituiรงรตes que a empresa jรก recebeu apoio Figura 16 โ Instituiรงรตes que a empresa jรก recebeu apoio
1~PHUR (%7V 1~PHUR (%7V
,10(752 6(1$, $%17
,10(752 6(1$, $%17
$13(, $3(;
$13(, $3(;
,13, ,13,
ร UJmRV
ร UJmRV
&1, &1,
6(%5$( $%',
6(%5$( $%',
&*(( &*((
4XDQWR DRV SDUFHLURV TXH FRQVROLGDUDP DUUDQMRV GH FRRSHUDomR SDUD 4XDQWR DRV SDUFHLURV TXH FRQVROLGDUDP GH para FRRSHUDomR SDUD Quanto aos parceiros que DQRV consolidaram deDUUDQMRV cooperaรงรฃo inovaรงรฃo nos รบltimos LQRYDomR QRV ~OWLPRV WUrV FDWRU]H arranjos (%7V FLWDUDP DV FDWHJRULDV GH FOLHQWHV LQRYDomR QRV ~OWLPRV WUrV DQRV FDWRU]H (%7V FLWDUDP DV FDWHJRULDV GH FOLHQWHV (Figura trรชs anos, catorze EBTs citaram as categorias de clientes / consumidores e fornecedores FRQVXPLGRUHV H IRUQHFHGRUHV )LJXUD (VVDV FDWRU]H (%7V FLWDUDP FRPR 17). Essas catorze citaram como principais finalidades: desenvolvimento de P&D, FRQVXPLGRUHV H EBTs IRUQHFHGRUHV )LJXUD (VVDV FDWRU]H (%7V FLWDUDP FRPR treinaSULQFLSDLV ILQDOLGDGHV GHVHQYROYLPHQWR GH 3 ' WUHLQDPHQWR H XVR GH PiTXLQDV H mento e uso ILQDOLGDGHV de mรกquinasGHVHQYROYLPHQWR e equipamentos.GH 3 ' WUHLQDPHQWR H XVR GH PiTXLQDV H SULQFLSDLV HTXLSDPHQWRV HTXLSDPHQWRV Figura 17 โ Categorias de parceiros que consolidaram arranjos de cooperaรงรฃo para inovaรงรฃo nos รบltimos trรชs anos Figura 17 โ Categorias de parceiros que consolidaram arranjos de cooperaรงรฃo para inovaรงรฃo nos รบltimos trรชs anos
1~PHUR (%7V 1~PHUR (%7V
$UUDQMRV GH FRRSHUDomR
$UUDQMRV GH FRRSHUDomR /HJHQGD > @ &OLHQWHV RX FRQVXPLGRUHV /HJHQGD > @ )RUQHFHGRUHV > @ &OLHQWHV RX FRQVXPLGRUHV > @ (PSUHVDV GR JUXSR > @ )RUQHFHGRUHV > @ 8QLYHUVLGDGHV > @ (PSUHVDV GR JUXSR > @ ,QVWLWXWRV GH SHVTXLVD > @ 8QLYHUVLGDGHV > @ (PSUHVDV GH FRQVXOWRULD > @ ,QVWLWXWRV GH SHVTXLVD > @ ร UJmRV JRYHUQDPHQWDLV IHGHUDLV HVWDGXDLV RX PXQLFLSDLV > @ (PSUHVDV GH FRQVXOWRULD > @ &RQFRUUHQWHV > @ ร UJmRV JRYHUQDPHQWDLV IHGHUDLV HVWDGXDLV RX PXQLFLSDLV > @ 21*V RX LQVWLWXLo}HV VHP ILQV OXFUDWLYRV > @ &RQFRUUHQWHV > @ &HQWURV GH FDSDFLWDomR SURILVVLRQDO RX DVVLVWrQFLD WpFQLFD > @ 21*V RX LQVWLWXLo}HV VHP ILQV OXFUDWLYRV > @ &HQWURV GH FDSDFLWDomR SURILVVLRQDO RX DVVLVWrQFLD WpFQLFD
224
$ IRUPDomR GH SHVVRDO DOWDPHQWH TXDOLILFDGR HP WHPDV GH LQWHUHVVH GD $ IRUPDomR SHVVRDO DOWDPHQWH TXDOLILFDGR HP WHPDV GH H LQWHUHVVH GD HPSUHVD IRL FLWDGD GH FRPR SULQFLSDO GHPDQGD DV XQLYHUVLGDGHV DRV FHQWURV
A formação de pessoal altamente qualificado em temas de interesse da empresa foi citada como principal demanda as universidades e aos centros tecnológicos e laboratoriais. Figura 18 – Importância ALTA dada para as demandas às universidades e aos centros tecnológicos e laboratoriais Figura 18 – Importância ALTA dada para as demandas às universidades e aos centros tecnológicos e laboratoriais
1~PHUR (%7V 1~PHUR (%7V
'HPDQGDV
'HPDQGDV /HJHQGD > @ )RUPDomR GH SHVVRDO DOWDPHQWH TXDOLILFDGR HP WHPDV GH LQWHUHVVH GD HPSUHVD /HJHQGD > @ 3HVTXLVD H DYDQoR GR FRQKHFLPHQWR HP WHPDV UHOHYDQWHV DR VHWRU GH DWLYLGDGH GD HPSUHVD > @ )RUPDomR GH SHVVRDO DOWDPHQWH TXDOLILFDGR HP WHPDV GH LQWHUHVVH GD HPSUHVD > @ (QVDLRV ODERUDWRULDLV H RXWURV VHUYLoRV WpFQLFRV H WHFQROyJLFRV > @ 3HVTXLVD H DYDQoR GR FRQKHFLPHQWR HP WHPDV UHOHYDQWHV DR VHWRU GH DWLYLGDGH GD HPSUHVD > @ &RPSDUWLOKDPHQWR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV DOWDPHQWH HVSHFLDOL]DGRV > @ (QVDLRV ODERUDWRULDLV H RXWURV VHUYLoRV WpFQLFRV H WHFQROyJLFRV > @ $YDOLDomR GH FRQIRUPLGDGH H PHWURORJLD > @ &RPSDUWLOKDPHQWR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV DOWDPHQWH HVSHFLDOL]DGRV > @ 7UHLQDPHQWR GH SHVVRDO WpFQLFR > @ $YDOLDomR GH FRQIRUPLGDGH H PHWURORJLD > @ &RQVXOWRULD > @ 7UHLQDPHQWR GH SHVVRDO WpFQLFR > @ $VVLVWrQFLD WpFQLFD > @ &RQVXOWRULD > @ $VVLVWrQFLD WpFQLFD
2 WRWDO GH FDWRU]H (%7V UHFODPD GR DOWR FXVWR SDUD UHDOL]DU DWLYLGDGHV GH O total 2 de WRWDO catorze reclama alto custo realizar atividades inovação.GH O seGH EBTs FDWRU]H (%7V do UHFODPD GR para DOWR FXVWR SDUD UHDOL]DU de DWLYLGDGHV LQRYDomR 2 VHJXQGR REVWiFXOR PDLV FLWDGR WDPEpP VH UHIHUH DR FXVWR 2EWHQomR GH gundo obstáculo mais citado tambémPDLV se refere custo: VH Obtenção de FXVWR recursos financeiros LQRYDomR 2 VHJXQGR REVWiFXOR FLWDGR ao WDPEpP UHIHUH DR 2EWHQomR GH de UHFXUVRV ILQDQFHLURV GH WHUFHLURV SDUD LQYHVWLPHQWRV HP SURMHWRV GH LQRYDomR )LJXUD terceiros para investimentos em projetos de inovação (Figura 19). UHFXUVRV ILQDQFHLURV GH WHUFHLURV SDUD LQYHVWLPHQWRV HP SURMHWRV GH LQRYDomR )LJXUD Figura 19 – Obstáculos para realizar atividades de inovação Figura 19 – Obstáculos para realizar atividades de inovação
1~PHUR (%7V 1~PHUR (%7V
2EVWiFXORV
2EVWiFXORV /HJHQGD > @ $OWR FXVWR SDUD UHDOL]DomR GH DWLYLGDGHV GH LQRYDomR /HJHQGD > @ 2EWHQomR GH UHFXUVRV ILQDQFHLURV GH WHUFHLURV SDUD LQYHVWLPHQWRV HP SURMHWRV GH LQRYDomR > @ $OWR FXVWR SDUD UHDOL]DomR GH DWLYLGDGHV GH LQRYDomR > @ &RQKHFLPHQWR VREUH OHJLVODo}HV UHODWLYDV D DSRLR j WHFQRORJLD H j LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH UHFXUVRV ILQDQFHLURV GH WHUFHLURV SDUD LQYHVWLPHQWRV HP SURMHWRV GH LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDo}HV VREUH LQIUDHVWUXWXUD H VHUYLoRV WHFQROyJLFRV H[LVWHQWHV SDUD GHVHQYROYLPHQWRV GH SDUFHULDV > @ &RQKHFLPHQWR VREUH OHJLVODo}HV UHODWLYDV D DSRLR j WHFQRORJLD H j LQRYDomR > @ ,QIRUPDomR VREUH RSRUWXQLGDGHV GH PHUFDGR > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDo}HV VREUH LQIUDHVWUXWXUD H VHUYLoRV WHFQROyJLFRV H[LVWHQWHV SDUD GHVHQYROYLPHQWRV GH SDUFHULDV > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDomR VREUH FKDPDGDV S~EOLFDV SDUD DSRLR D SURMHWRV GH LQRYDomR > @ ,QIRUPDomR VREUH RSRUWXQLGDGHV GH PHUFDGR > @ $ XQLGDGH GH QHJyFLR QmR SRVVXL DXWRQRPLD GHFLVyULD SDUD LQYHVWLU HP 3 ' H LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDomR VREUH FKDPDGDV S~EOLFDV SDUD DSRLR D SURMHWRV GH LQRYDomR > @ &RQKHFLPHQWR VREUH SURWHomR j SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO > @ $ XQLGDGH GH QHJyFLR QmR SRVVXL DXWRQRPLD GHFLVyULD SDUD LQYHVWLU HP 3 ' H LQRYDomR
225
1~PHUR ( 1~PH
2EVWiFXORV
2EVWiFXORV /HJHQGD > @ $OWR FXVWR SDUD UHDOL]DomR GH DWLYLGDGHV GH LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH UHFXUVRV ILQDQFHLURV GH WHUFHLURV SDUD LQYHVWLPHQWRV HP SURMHWRV GH LQRYDomR /HJHQGD > @ &RQKHFLPHQWR VREUH OHJLVODo}HV UHODWLYDV D DSRLR j WHFQRORJLD H j LQRYDomR > @ $OWR FXVWR SDUD UHDOL]DomR GH DWLYLGDGHV GH LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDo}HV VREUH LQIUDHVWUXWXUD H VHUYLoRV WHFQROyJLFRV H[LVWHQWHV SDUD GHVHQYROYLPHQWRV GH SDUFHULDV > @ 2EWHQomR GH UHFXUVRV ILQDQFHLURV GH WHUFHLURV SDUD LQYHVWLPHQWRV HP SURMHWRV GH LQRYDomR > @ ,QIRUPDomR VREUH RSRUWXQLGDGHV GH PHUFDGR > @ &RQKHFLPHQWR VREUH OHJLVODo}HV UHODWLYDV D DSRLR j WHFQRORJLD H j LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDomR VREUH FKDPDGDV S~EOLFDV SDUD DSRLR D SURMHWRV GH LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDo}HV VREUH LQIUDHVWUXWXUD H VHUYLoRV WHFQROyJLFRV H[LVWHQWHV SDUD GHVHQYROYLPHQWRV GH SDUFHULDV > @ $ XQLGDGH GH QHJyFLR QmR SRVVXL DXWRQRPLD GHFLVyULD SDUD LQYHVWLU HP 3 ' H LQRYDomR > @ ,QIRUPDomR VREUH RSRUWXQLGDGHV GH PHUFDGR > @ &RQKHFLPHQWR VREUH SURWHomR j SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO DSRLR D SURMHWRV GH LQRYDomR > @ 2EWHQomR GH LQIRUPDomR VREUH FKDPDGDV S~EOLFDV SDUD > @ ,QRYDomR QmR p FHQWUDO SDUD D HVWUDWpJLD GH QHJyFLR GD HPSUHVD > @ $ XQLGDGH GH QHJyFLR QmR SRVVXL DXWRQRPLD GHFLVyULD SDUD LQYHVWLU HP 3 ' H LQRYDomR > @ &RQKHFLPHQWR VREUH SURWHomR j SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO > @ ,QRYDomR QmR p FHQWUDO SDUD D HVWUDWpJLD GH QHJyFLR GD HPSUHVD
Os entrevistados destacaram trรชs justificativas para instalar a empresa em um parque 2V HQWUHYLVWDGRV GHVWDFDUDP WUrV MXVWLILFDWLYDV SDUD LQVWDODU D HPSUHVD HP XP
tecnolรณgico: Proximidade 3UR[LPLGDGH a grupos de pesquisa deGH institutos de pesquisa (ICTs)GH e universidades, SDUTXH WHFQROyJLFR D JUXSRV SHVTXLVD GH LQVWLWXWRV SHVTXLVD Oferta de profissionais altamente capacitados e acesso a rede de relacionamentos com pessoal ,&7V H XQLYHUVLGDGHV 2IHUWD GH SURILVVLRQDLV DOWDPHQWH FDSDFLWDGRV H DFHVVR D UHGH tรฉcnico de alto nรญvel (Figura 20). GH UHODFLRQDPHQWRV FRP SHVVRDO WpFQLFR GH DOWR QtYHO )LJXUD Figura 20 โ Importรขncia ALTA dada aos quesitos para justificar a instalaรงรฃo da empresa em um Parque Tecnolรณgico
1~PHUR (%7V
,QVWDODomR /HJHQGD > @ 3UR[LPLGDGH D JUXSRV GH SHVTXLVD GH LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD ,&7V H XQLYHUVLGDGHV > @ 2IHUWD GH SURILVVLRQDLV DOWDPHQWH FDSDFLWDGRV > @ $FHVVR D UHGH GH UHODFLRQDPHQWRV FRP SHVVRDO WpFQLFR GH DOWR QtYHO > @ 3UHVHQoD GH LQVWLWXLo}HV GHGLFDGDV j SUHVWDomR GH VHUYLoRV WpFQLFRV H WHFQROyJLFRV > @ 'HVIUXWH GH LQFHQWLYRV ILVFDLV HVSHFtILFRV > @ &RQVROLGDomR GD LPDJHP GH HPSUHVD LQRYDGRUD > @ 9DQWDJHQV H YHORFLGDGH QD WUDPLWDomR EXURFUiWLFD GH SDUFHULDV FRP ,&7V H XQLYHUVLGDGHV > @ 3UHVHQoD GH SURILVVLRQDLV IOXHQWHV HP LQJOrV LQFOXVLYH QRV VHUYLoRV GH DSRLR > @ 3RVVLELOLGDGHV GH FRRSHUDomR FRP FHQWURV GH 3 ' GH RXWUDV HPSUHVDV > @ $FHVVR IDFLOLWDGR D HTXLSDPHQWRV GH 3 ' HVSHFtILFRV FDURV H GH XVR HVSRUiGLFR > @ %DL[R LQYHVWLPHQWR GH LQVWDODomR FXVWR GD iUHD GD FRQVWUXomR GRV OLFHQFLDPHQWRV QHFHVViULRV HWF
> @ 'LVSRQLELOLGDGH GH LQIUDHVWUXWXUD HVSHFtILFD FRPSDUWLOKDGD H D EDL[R FXVWR iJXD H HIOXHQWHV UHGHV GH FRPXQLFDomR HQHUJLD HOpWULFD FRP DOWD TXDOLGDGH VLVWHPD GH WUDQVSRUWH FROHWLYR GLIHUHQFLDGR HWF
> @ 3UHVHQoD GH LQIUDHVWUXWXUD GH VHUYLoRV HVFRODV H HVWDEHOHFLPHQWRV FRPHUFLDLV
$ UHGXomR GH FXVWRV GH LQVWDODomR H RSHUDomR YLD SROtWLFDV S~EOLFDV GH A reduรงรฃo de custos de instalaรงรฃo e operaรงรฃo via polรญticas pรบblicas de incentivos foi citado LQFHQWLYRV IRL FLWDGR FRPR R IDWRU PDLV LPSRUWDQWH SDUD MXVWLILFDU D GHFLVmR GH como o fator mais importante para justificar a decisรฃo de instalaรงรฃo de unidades de negรณcio e/ou LQVWDODomR GH XQLGDGHV GH QHJyFLR H RX 3 ' , HP &DPSLQDV H UHJLmR $ P,D&I em Campinas e regiรฃo (72%). A logรญstica da regiรฃo tambรฉm foi citada por 28% das EBTs. ORJtVWLFD GD UHJLmR IRL FLWDGD GDV (%7V GHPDLV TXHVLWRV QmR Os demais quesitos nรฃoWDPEpP foram citados pelosSRU entrevistados (Figura2V 21). IRUDP FLWDGRV SHORV HQWUHYLVWDGRV )LJXUD
226
Figura 21 â&#x20AC;&#x201C; Fator mais importante para justificar uma eventual decisĂŁo de instalar unidades de negĂłcio e/ou P, D&I em Campinas e regiĂŁo (nĂŁo necessariamente em um Parque TecnolĂłgico)
1~PHUR (%7V
)DWRU LPSRUWDQWH /HJHQGD > @ 5HGXomR GH FXVWRV GH LQVWDODomR H RSHUDomR YLD SROtWLFDV S~EOLFDV GH LQFHQWLYRV ILVFDLV H RXWURV
> @ /RJtVWLFD GD UHJLmR > @ 3UR[LPLGDGH GH FOLHQWHV LPSRUWDQWHV > @ 3UR[LPLGDGH GH IRUQHFHGRUHV LPSRUWDQWHV > @ 3UR[LPLGDGH GH JUXSRV GH SHVTXLVD GH DOWR QtYHO HP LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD H XQLYHUVLGDGHV
> @ 'L VSRQLELOLGDGH GH PmR GH REUD DOWDPHQWH TXDOLILFDGD > @ 3UHVHQoD GH HPSUHVDV LPSRUWDQWHV QR PHVPR VHWRU GH DWLYLGDGH > @ 4XDOLGDGH GH YLGD GD UHJLmR
6tQWHVH GDV &RQFOXV}HV
5.3.2. SĂntese das ConclusĂľes
$ DQiOLVH GR FRQMXQWR GH LQIRUPDo}HV FROHWDGDV UHYHOD JUDQGH FDSDFLGDGH
LQRYDWLYD GDV (%7V FRQVXOWDGDV 1RV ~OWLPRV WUrV DQRV FRQVWDWD VH TXH GHVVDV A anĂĄlise do conjunto de informaçþes coletadas revela grande capacidade inovativa das ODQoDUDP SURGXWRV QRYRV SDUD R PHUFDGR QDFLRQDO H SURGXWRV QRYRV SDUD R EBTs consultadas. Nos Ăşltimos trĂŞs anos, constata-se que 35% dessas lançaram produtos novos $V eHPSUHVDV WDPEpP LQRYDUDP QD iUHD mundial. GH SURFHVVRV QR PHVPR paraPHUFDGR PXQGLDO o mercado nacional 33% produtos novos para o mercado As empresas tambĂŠm SHUtRGR (%7V no LPSODQWDUDP SURFHVVRV RX tecinovaram na ĂĄrea de GDV processos: mesmo perĂodo, 33% dasWHFQRORJLFDPHQWH EBTs implantaramQRYRV processos VLJQLILFDWLYDPHQWH PRGLILFDGRV SDUD R PHUFDGR QDFLRQDO H QRYRV SDUD R PHUFDGR nologicamente novos ou significativamente modificados para o mercado nacional e 27% novos paraPXQGLDO o mercado mundial.
DR GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDomR WHFQROyJLFD QD HPSUHVD GRV mais Quanto4XDQWR ao desenvolvimento de inovação tecnológica na empresa, um dos XP pontos SRQWRV PDLV LPSRUWDQWHV PHQFLRQDGRV SHORV HQWUHYLVWDGRV IRL D PRWLYDomR LQWHUQD GDV importantes mencionados pelos entrevistados foi a motivação interna das equipes de P&D e a HTXLSHV de GH planos 3 ' H deD marketing. LPSODQWDomR GH SODQRV GH PDUNHWLQJ 4XHVWLRQDGRV VREUH D implantação Questionados sobre a motivação para o desenvolvimento de inovação, quesitos mais citados foram manter ou RV aumentar o market share daIRUDP empresa PRWLYDomR osSDUD R GHVHQYROYLPHQWR GH LQRYDomR TXHVLWRV PDLV FLWDGRV e reduzir o custo do trabalho, o que demonstra a preocupação das empresas na aplicação das PDQWHU RX DXPHQWDU R PDUNHW VKDUH GD HPSUHVD H UHGX]LU R FXVWR GR WUDEDOKR R TXH inovaçþes de produto e de processo para aumentar a competitividade e a produtividade. As forGHPRQVWUD D SUHRFXSDomR GDV HPSUHVDV QD DSOLFDomR GDV LQRYDo}HV GH SURGXWR H GH masSURFHVVR mais apontadas de proteção propriedade intelectual dessas inovaçþes foram PDLV marcas e SDUD DXPHQWDU D da FRPSHWLWLYLGDGH H D SURGXWLYLGDGH $V IRUPDV patente de invenção. DSRQWDGDV GH SURWHomR GD SURSULHGDGH LQWHOHFWXDO GHVVDV LQRYDo}HV IRUDP PDUFDV H
SDWHQWH GH LQYHQomR 227
A grande maioria das EBTs expressou a necessidade de profissionais com formação superior, principalmente especializados em engenharia aplicada (26 EBTs), com capacitação em demandas e necessidades específicas, estudo de conceitos e prospecção tecnológica. Resumidamente podem ser apontadas as seguintes conclusões: I.
Um total de 26 empresas já utilizou incentivos ou financiamentos não reembol-
sáveis, enquanto nove nunca obtiveram nenhum tipo de fomento. As EBTs que tiveram aporte público utilizaram-no para o desenvolvimento de novos produtos ou processos e para pesquisa científica e/ou engenharia não rotineira; II.
Cerca de trinta empresas fecharam arranjos e acordos de cooperação com clien-
tes / consumidores e com universidades, visando maior desenvolvimento em P&D; III.
34 empresas citaram o alto custo para a realização de atividade de inovação
como o principal obstáculo a essas atividades, o que foi manifestado principalmente pelas start-ups. Por fim, a amostra pesquisada considera a oferta de profissionais altamente qualificados e a proximidade com institutos de ciência e tecnologia (ICTs) os pontos mais fortes de atração dos Parques Tecnológicos da Região de Campinas. Esses quesitos foram os mais citados em duas ocasiões, quando indagados sobre as vantagens da região e sobre a instalação de EBTs em unidades de negócio, P&D e/ou inovação. Com relação às informações referentes ao grupo de vinte EBTs de grande e médio porte da amostra total. Considera-se que essas empresas têm grande potencial inovativo e que podem contribuir para a constituição dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas. Dentre as informações acerca da capacidade de inovação tecnológica das grandes e médias EBTs, pode-se citar que todas lançaram no mercado produto tecnologicamente novo, sendo grande parte novidade mundial e voltada à melhoria de projeto industrial, assegurando maior qualidade técnica, funcional e de desempenho. A maioria das empresas também disponibilizou processo tecnologicamente novo, mas 30% refere-se ao aprimoramento do existente e outros 30% a uma novidade para o mercado mundial. Das motivações para o desenvolvimento de inovação, citou-se mais veementemente a necessidade de manutenção ou de aumento da atual participação no mercado frente à concorrência.
228
As maiores EBTs da amostra apontam como necessidade a capacitação e treinamento de profissionais quanto à prospecção tecnológica; identificação de demandas e de necessidades dos clientes; estudo de conceitos; EVTE; e ensaios, testes e normalização. Conforme esperado, metade das grandes e das médias EBTs nunca obtiveram financiamento e a metade que obteve, realizou com o objetivo de pesquisa científica e engenharia não rotineira e desenvolvimento de novos produtos e processos. Quanto à instalação das EBTs em um parque tecnológico, definiu-se como maiores obstáculos: alto custo para realização de atividade de inovação e a obtenção de recursos financeiros de terceiros para investimentos em projetos. Por outro lado, as principais justificativas para a instalação da empresa em um parque tecnológico foram: proximidade a grupos de pesquisa de institutos de pesquisa (ICTs) e universidades; oferta de profissionais altamente capacitados e acesso a rede de relacionamentos com pessoal técnico de alto nível.
5.4.
CONTRIBUIÇÕES DOS SETORES GOVERNAMENTAIS, EMPRESARIAIS E DE
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA RAC Com a finalidade de envolver os principais atores e setores na validação do diagnóstico elaborado no âmbito do Projeto de Ciência e Tecnologia, na definição de estratégias de implantação dos Parques tecnológicos, bem como iniciar a estabelecer relações mais consistentes entres os diferentes setores, optou-se por realizar um conjunto de ações que possibilitaram: •
Divulgar os dados e informações levantadas para os atores e setores regionais;
•
Discutir e complementar o diagnóstico a partir da vivência destes atores no âmbito regional; e,
•
Coletar contribuições para a definição de estratégias e ações visando a implementação de Parques Tecnológicos na região.
Para tanto foram realizadas ações de divulgação do estudo nas mídias regionais, bem como o envio de material informativo (artigos escritos) aos atores envolvidos e a organização de apresentações em seminário organizado com esta finalidade. O Seminário, além da divulgação dos estudos também difundiu ideias e experiências sobre Parques Tecnológicos, de outras localidades do Brasil e de Portugal e Espanha e, os planos dos governos Municipal e Estadual. 229
Posteriormente, foi organizado um workshop, no intervalo de cerca de trinta dias com a finalidade de possibilitar a troca de opiniĂľes e a discussĂŁo entre os atores e setores envolvidos, visando coletar propostas de açþes para a implantação dos Parques TecnolĂłgico na RegiĂŁo de Campinas. O relatĂłrio do referido seminĂĄrio e do workshop, com as respectivas programaçþes, palestras, intervençþes e discussĂľes, bem como a lista de participantes encontram-se num volume anexo ao presente estudo. Deste modo caberia destacar a colaboração final das açþes empreendidas e que podem ser organizadas em dois conjuntos. Um deles se refere ao estabelecimento do que se entende por Parque TecnolĂłgico, diferenciando-o do Distrito Industrial ou do CondomĂnio de Empresas de Base TecnolĂłgica. Nesse aspecto a interação entre instituiçþes de C&T, setores produtivos e governamentais ficou claramente estabelecida como uma diretriz central dos parques, inclusive na mĂdia. Outro conjunto de colaboraçþes, sintetizadas no quadro a seguir, refere-se Ă governança da RegiĂŁo do Conhecimento, Ă formação e qualificação de pessoal, ao acesso Ă inovação e Ă transferĂŞncia de tecnologia e, propriamente Ă organização de Parques TecnolĂłgicos na regiĂŁo
Quadro 10 â&#x20AC;&#x201C; Propostas e Açþes elaboradas pelos principais atores regionais, visando a implantação de Parques TecnolĂłgico na RAC
5HVVDOWD VH GHVVH FRQMXQWR D SUHRFXSDomR QR GHVHQYROYLPHQWR GH Do}HV
â&#x20AC;&#x192; LQWHJUDGDV HQWUHV RV GLYHUVRV QtYHLV JRYHUQDPHQWDLV EHP FRPR D QHFHVVLGDGH GH
LQWHJUDomR HQWUH ,QVWLWXLo}HV GH & 7 DFDGHPLD VHWRUHV JRYHUQDPHQWDLV H VHWRUHV 230
SULYDGRV SDUD FULDU FRQGLo}HV DGHTXDGDV WDQWR SDUD D TXDOLILFDomR GH WUDEDOKDGRUHV
Ressalta-se desse conjunto a preocupação no desenvolvimento de ações integradas entres os diversos níveis governamentais, bem como a necessidade de integração entre Instituições de C&T, academia, setores governamentais e setores privados para criar condições adequadas, tanto para a qualificação de trabalhadores quanto para acesso ao conhecimento, à tecnologia e à inovação, respeitando as diferentes potencialidades locais e regionais. Especificamente no que se refere aos Parques Tecnológicos, considerando as várias iniciativas existentes, foi acentuada a necessidade de integração e complementaridade entre os diferentes empreendimentos regionais.
6.
CONSOLIDAÇÃO DE PROJETOS, PARCERIAS E NEGÓCIOS DE BASE
TECNOLÓGICA A capacidade instalada da RAC em termos de empresas inovadoras e pesquisa de alto nível pode ser potencializada com o fomento de projetos, parcerias e negócios de base tecnológicas que aproveitem as vantagens locais e amplifiquem a inserção da região em bases competitivas na economia brasileira e mundial. Para a consolidação de projetos de inovação na região, a partir dos centros universitários e institutos de pesquisa, das empresas já instaladas na região ou de novas empresas atraídas para desenvolver negócios tecnológicos, um passo importante é a definição de uma referência temática para a inovação na RAC. A vocação temática da RAC é naturalmente diversificada, mas muitas sinergias são possíveis e devem ser procuradas e aproveitadas, dentro de um quadro temático bem definido que sirva de referência para investidores, empreendedores, pesquisadores e gestores públicos. Há também lacunas e gargalos a serem equacionados em diversos pontos do sistema regional de inovação. Há um conjunto de ações necessárias para a melhoria de infraestrutura física, de incentivos a empresas, de capacidade de pesquisa em áreas específicas, de disponibilidade de recursos humanos e serviços tecnológicos, dentre outras, no sentido de tornar a região um ambiente ainda mais atrativo a pessoas e empresas inovadoras. Por fim, há aspectos das relações entre os atores de C,T&I na região que podem ser melhorados. Empresas, universidades e institutos e governo poderiam tirar maior proveito da proximidade e estabelecer estratégias conjuntas de crescimento e desenvolvimento a partir de arranjos institucionais mais propícios à inovação.
231
6.1.
TEMAS E TĂ&#x201C;PICOS TECNOLĂ&#x201C;GICOS ESTRATĂ&#x2030;GICOS Para se convergir a um conjunto de temas e tĂłpicos tecnolĂłgicos relevantes para a RAC ĂŠ
preciso nĂŁo apenas atentar para as vocaçþes da regiĂŁo, mas tambĂŠm dialogar com as tendĂŞncias presentes no paĂs e no mundo. A lista de temas e tĂłpicos tecnolĂłgicos precisa refletir um posicionamento estratĂŠgico entre as forças globais e as vantagens locais.
2 UHODWyULR 7HFKQRORJ\ 3LRQHHUV SXEOLFDGR DQXDOPHQWH SHOR :RUOG (FRQRPLF O relatĂłrio Technology Pioneers, publicado anualmenteQDVFHQWHV pelo WorldSURVSHFWDGDV Economic Forum, )RUXP WUD] XPD FROHWkQHD GH HPSUHVDV WHFQROyJLFDV SRU traz
uma coletânea de empresas tecnolĂłgicas nascentes, prospectadas todo o mundo, com moWRGR R PXQGR FRP PRGHORV GH QHJyFLRV LGHLDV H SURGXWRV por LQRYDGRUHV FRP DOWR delos de negĂłcios, ideias e HP produtos com altoGDV potencial. Por DSRQWDGDV exemplo, em 2001 a SRWHQFLDO 3RU H[HPSOR inovadores D *RRJOH IRL XPD HPSUHVDV SHOR Google foi uma das empresas apontadas pelo Technology Pioneers, muito antes de se tornar 7HFKQRORJ\ 3LRQHHUV PXLWR DQWHV GH VH WRUQDU R JLJDQWH GH KRMH (QWUH H D o gigante de hoje. Entre 2000 e 2010, a proporção de empresas de tecnologias de informação SURSRUomR GH HPSUHVDV GH WHFQRORJLDV GH LQIRUPDomR H FRPXQLFDomR 7,&V TXH HP e comunicação (TICs), que em 2000 representava mais de 80% dos casos escolhidos, vem se UHSUHVHQWDYD PDLV GH GRV FDVRV HVFROKLGRV YHP VH UHGX]LQGR SHOD reduzindo pela emergĂŞncia de empresas de Tecnologias de SaĂşde e Biotecnologia (20% em HPHUJrQFLD GH HPSUHVDV GH 7HFQRORJLDV GH 6D~GH H %LRWHFQRORJLD HP H 2010) e principalmente de Tecnologias Ambientais e de Energia (40% em 2010). No consolidado SULQFLSDOPHQWH GH 7HFQRORJLDV $PELHQWDLV H GH (QHUJLD HP 1R do perĂodo, sĂŁo 62% de empresas em TICs, 22% em SaĂşde e Biotecnologia e 16% em Ambiente FRQVROLGDGR GR SHUtRGR VmR GH HPSUHVDV HP 7,&V HP 6D~GH H e Energia. %LRWHFQRORJLD H HP $PELHQWH H (QHUJLD
Trata-se de um entre muitos exemplos recentes da emergência de novos temas no que 7UDWD VH GH XP HQWUH PXLWRV H[HPSORV UHFHQWHV GD HPHUJrQFLD GH QRYRV se pode chamar de um novo núcleo dinâmico de geração de negócios, com provåveis impactos WHPDV QR TXH VH SRGH FKDPDU GH XP QRYR Q~FOHR GLQkPLFR GH JHUDomR GH QHJyFLRV futuros na sociedade e na economia. FRP SURYiYHLV LPSDFWRV IXWXURV QD VRFLHGDGH H QD HFRQRPLD Gråfico 37 - Empresas escolhidas pelo Technology Pionners entre 2000 e 2010
7HFQRORJLDV GD ,QIRUPDomR H &RPXQLFDomR
%LRWHFQRORJLD H 6D~GH (QHUJLD H 0HLR $PELHQWH
)RQWH 7HFKQRORJ\ 3LRQHHUV
2 PHVPR SDGUmR VH UHSHWH HP DQiOLVHV GD 2&'( 2 UHODWyULR 6FLHQFH 7HFKQRORJ\ DQG ,QGXVWU\ 6FRUHERDUG 2&'( LQGLFD RQ]H WHPDV HPHUJHQWHV HP 232
WHUPRV GH LQYHVWLPHQWR HP 3 ' SDWHQWHV H SURGXomR FLHQWtILFD QRV SDtVHV PHPEURV
O mesmo padrão se repete em análises da OCDE. O relatório Science, Technology and Industry Scoreboard (OCDE, 2009) indica onze temas emergentes em termos de investimento em P&D, patentes e produção científica nos países membros da OCDE, que devem pautar o desenvolvimento de novos negócios baseados em inovação: 1.
Tecnologias relacionadas ao meio ambiente;
2.
Ciências ambientais;
3.
Redes de telecomunicação;
4.
P&D relacionado à saúde;
5.
Patentes relacionadas à saúde;
6.
P&D em biotecnologia;
7.
P&D pública em biotecnologia;
8.
Patentes de biotecnologia;
9.
Biociências;
10.
Patentes em nanotecnologia;
11.
Nanociências.
Esses temas, vindos de duas fontes de referência para os países desenvolvidos (OCDE e Banco Mundial), ao serem confrontados com os temas apontados nas entrevistas como importantes para a RAC, mais todas as indicações obtidas pelas informações sobre inovações nas empresas e sobre o perfil de pesquisa da RAC, mostram uma convergência surpreendente. Disso tudo, foi derivada uma lista de temas e tópicos tecnológicos para servir como referência para a RAC. A lista contém seis grandes temas, para cada qual se indica um conjunto não exaustivo de tópicos que apresentam grande potencial. Os temas estão organizados em dois grupos, distinguindo as trajetórias atuais e as trajetórias nascentes. O primeiro grupo reúne temas (e empresas) já relativamente bem consolidados na região, tanto na base produtiva como na base de pesquisa.
6.2.
TRAJETÓRIAS ATUAIS A perspectiva de inovação nos temas das Trajetórias Atuais deve ser a da especialização.
Não faz sentido abordar o universo todo das TICs ou do agronegócio. É preciso escolher frações 233
desses setores, de preferĂŞncia os mais intensivos em tecnologia e competĂŞncias especĂficas, desenvolvĂŞ-las, prospectar novos nichos, novas aplicaçþes e avançar a partir das vantagens jĂĄ construĂdas na direção de oportunidades com maior rentabilidade. inovação H lateral, expandinGLUHo}HV QmR DYDQoDQGR PXLWR DOpP GH PHUFDGRV Mi A RFXSDGRV GH PHQRU do o escopo do que jĂĄ se faz, pode desperdiçar a energia e o aprendizado jĂĄ adquirido em muitas UHQWDELOLGDGH direçþes, nĂŁo avançando muito alĂŠm de mercados jĂĄ ocupados e de menor rentabilidade. $ EXVFD VLVWHPiWLFD SRU RSRUWXQLGDGHV HVSHFLDOL]DGDV GH DOWD UHQWDELOLGDGH A busca sistemĂĄtica oportunidades de alta rentabilidade, em mercados HP PHUFDGRV DLQGD por SRXFR YLVtYHLV H especializadas, SRXFR RFXSDGRV UHTXHU D PRELOL]DomR GH aindaHVIRUoRV pouco visĂveis e pouco ocupados a mobilização de esforços de P&D, JHUHQFLDLV H GH 3 ' requer FRQKHFLPHQWR DSURIXQGDGR GRV gerenciais FOLHQWHV H e VXDV conhecimento aprofundado dos clientes e suas necessidades e capacidade deGH formar alianças QHFHVVLGDGHV H FDSDFLGDGH GH IRUPDU DOLDQoDV HVWUDWpJLFDV HP WRUQR WHPiWLFDV estratĂŠgicas em torno de temĂĄticas bastantes especĂficas para fazer avançar a fronteira do coEDVWDQWHV HVSHFtILFDV SDUD ID]HU DYDQoDU D IURQWHLUD GR FRQKHFLPHQWR H GRV QHJyFLRV nhecimento e dos negĂłcios estabelecidos. HVWDEHOHFLGRV
234
As condições para inovação especializada estão presentes em alguns importantes setores industriais e de serviços da RAC.
Tema 1. Redes e Serviços de Telecomunicações A Internet de banda larga e a telefonia móvel ampliaram as oportunidades de comunicação de longa distância e de substituição de interações ao vivo. A informação passa a ser transmitida a qualquer hora e de qualquer lugar via e-mail, reuniões virtuais e conference calls. Ao final de 2008, havia na OCDE 22,4 assinantes de banda larga para cada cem habitantes (OCDE, 2009); na Dinamarca esse número se aproxima de quarenta assinaturas por cem habitantes, número que praticamente universaliza o acesso via banda larga. No Brasil, a taxa é ainda de seis assinaturas para cada cem habitantes, mas com crescimento acelerado. Há, portanto, um grande mercado para infraestrutura de redes (óptica e wireless) e, em seguida, para serviços e conteúdo multimídia para circular por essa infraestrutura. O mercado de entretenimento via Internet ainda é relativamente pouco explorado e aberto a muitas inovações. A condição específica de Campinas, ao reunir no mesmo convívio especialistas dos aspectos técnicos com especialistas em comunicação e artes pode resultar em sinergias relevantes para a inovação de conteúdo. Em Campinas, há, já estabelecida no CTI–Cenpra, na Unicamp e no CPqD, competência em projeto de hardware e design de componentes. Se a fabricação de semicondutores e a produção em massa de hardware é hoje uma indústria intensiva em escala e não é competitiva no Brasil, o projeto dos componentes computadorizados para aplicações específicas (por exemplo, em eletrônica embarcada, tópico 4.b), e mesmo para sistemas de alta complexidade, continua sendo uma tarefa altamente especializada e dependente de mão de obra de alto nível.
Tema 2. Agrotecnologia Há grandes expectativas em relação ao que a biotecnologia pode trazer de avanços em relação à produção de alimentos e ao aproveitamento energético da biomassa. Também estão previstas aplicações que levem organismos vivos (plantas, algas, fungos ou bactérias) a produzir fibras e outros materiais obtidos hoje pela petroquímica e mesmo outros ainda não utilizados comercialmente. A região de Campinas sempre foi e continua sendo um polo de referência em
235
tecnologia para o agronegócio, incluindo a biotecnologia, mas não se restringindo apenas a ela. Apesar da publicidade em torno da biotecnologia, muitas de suas aplicações ainda podem ser entendidas como trajetórias nascentes. São ainda poucas as biotecnologias que entraram no mercado, frente ao potencial esperado, e em certos casos de modo controvertido (transgênicos). Há ainda espaço para novas variedades não transgênicas (mesmo que obtidas por técnicas avançadas de biologia molecular), otimizadas para novas demandas de alimentação, energia e obtenção de materiais (têxteis, principalmente) que podem ser mais simpáticas ao consumidor, equivalentes ou muito próximas em termos de desempenho, e assim ganhar espaço no mercado. Mas a principal força da RAC está no fornecimento de equipamentos e serviços para a agroindústria, desde o cluster de equipamentos de Piracicaba, até a alta densidade de pesquisa em tecnologia de alimentos em Campinas, há muito que avançar e inovar nesta fatia da Agrotecnologia. Para além do já estabelecido, algumas possibilidades incluem serviços como rastreabilidade, meteorologia, certificações, manejo de precisão, projetos de engenharia agrícola, apoio à piscicultura, análises laboratoriais e pesquisas de mercado e testes com consumidor. Inovações voltadas à logística no campo e na agroindústria, seja no transporte ou no armazenamento de produtos alimentícios, da biomassa ou da bioenergia também se alinham à vocação da região e encontram sinergia com o Tema 4.
Tema 3. Inovações para Saúde O envelhecimento da sociedade trará grandes desafios e oportunidades para o setor de saúde no mundo. No Brasil, a eficácia, o acesso e o custo da saúde ainda são problemas que persistem. De 1996 até 2006, o número de patentes em tecnologias médicas avançaram em média 11% a.a., a mesma proporção que o número total de patentes sob o PCT (Tratado de Cooperação em Patentes, permite o depósito simultâneo em todos os mais importantes países). Depósitos de patentes na área farmacêutica registraram crescimento menor, 7% no período. Em termos relativos, a participação de patentes em fármacos caiu na maioria dos países, de 11% em 1996, para 8% em 2006. Nos BRICs, entretanto, a participação de patentes na área farmacêutica avançou dois pontos percentuais, puxada especialmente pela Índia. Nos EUA, os gastos com P&D da indústria farmacêutica representam 0,5% do PIB total do país. Competir no mainstream de inovação desta industria é claramente inviável para as empresas da RAC, apesar delas encontrarem
236
espaços laterais de inovação e crescimento. Por outro lado, a região possui forte competência científica em odontologia (a RAC possui mais artigos científicos recentes no tema do que a Índia e a Rússia juntas, e mais do que Israel) e uma relativamente importante indústria de produtos e equipamentos odontológicos. Trata-se de um nicho para se prestar atenção e incentivar. O mesmo vale para equipamentos hospitalares em geral, muitos dos quais requerem competências interdisciplinares presentes na RAC e não necessariamente óbvias em outros lugares. Há também uma interface crescentemente importante entre saúde e alimentação, nucleada pelos chamados alimentos funcionais (micro-organismos bioativos, nutracêuticos, flavonoides, dentre outros) que poderia ser muito bem explorada na região. Alguns dos avanços recentes das biociências no mundo estão refletidos no crescimento da importância de áreas como neurociência, genética médica e medicina regenerativa. São áreas com muitas possibilidades em trajetórias ainda nascentes, mas também com inovações possíveis a partir de competências já presentes na região, como a prototipagem e produção de próteses.
Tema 4. Maquinaria e Equipamentos Especializados A RAC se destaca no Brasil como centro industrial produtor de equipamentos e maquinaria. São empresas que atuam como fornecedores para outras empresas, em diversos setores, desde têxtil até montadoras de automóveis, eletrodomésticos, agroindústria, energia elétrica e outras. Uma importante oportunidade de avançar na especialização e na inovação nestas empresas está em viabilizar a difusão das competências ligadas às indústrias de TICs para seus processos e produtos. A automação industrial de processos (tanto os próprios como, principalmente, os associados aos equipamentos fornecidos aos clientes) e a introdução de componentes eletrônicos e controles computadorizados fornecidos para muitos tipos de produtos (automóveis e eletrodomésticos são os mais óbvios, mas pode-se pensar também em dispositivos para casas e escritórios, espaços e transportes públicos, brinquedos, calçados e vestuário, e assim por diante) são caminhos promissores. Outra vertente importante está em tópicos ligados a uma importante característica da região, a logística. O protagonismo logístico da RAC a coloca em posição privilegiada para desen-
237
2XWUD YHUWHQWH LPSRUWDQWH HVWi HP WySLFRV OLJDGRV D XPD LPSRUWDQWH FDUDFWHUtVWLFD GD UHJLmR D ORJtVWLFD 2 SURWDJRQLVPR ORJtVWLFR GD 5$& D FRORFD HP SRVLomR SULYLOHJLDGD SDUD GHVHQYROYHU H WHVWDU WHFQRORJLDV TXH IDFLOLWHP H UHGX]DP RV FXVWRV GH ORJtVWLFD 'HVGH JUDQGHV UHFLSLHQWHV DVVpSWLFRV SDUD WUDQVSRUWH GH DOLPHQWRV D JUDQHO DWp VHUYLoRV GH WULDJHP H RWLPL]DomR PXOWLPRGDO GH FDUJDV $V volver e testar tecnologias que facilitem e reduzam os custos de logĂstica. Desde grandesH reciLQRYDo}HV HP ORJtVWLFD UHTXHUHP FDSDFLGDGH GH PRGHODJHP PDWHPiWLFD pientes assĂŠpticosDOpP para transporte de alimentos HVSHFtILFRV a granel, atĂŠ GDV serviços de triagem e otimização HQJHQKDULD GRV FRQKHFLPHQWRV GLIHUHQWHV GHPDQGDV
multimodal de cargas. As inovaçþes em logĂstica requerem capacidade de modelagem matemĂĄHPSUHVDULDLV (P HVSHFLDO D LQG~VWULD GH PDWHULDO IHUURYLiULR SRGH VHU XPD DSRVWD tica e engenharia, alĂŠm dos conhecimentos especĂficos das diferentes demandas empresariais. LQWHUHVVDQWH $ 5$& HPSUHJD TXDVH VHWH YH]HV PDLV SHVVRDV QHVVD DWLYLGDGH TXH D Em especial, a indĂşstria de material ferroviĂĄrio pode ser uma aposta interessante. A RAC emprePpGLD QDFLRQDO 'DGD D GHIDVDJHP GH LQIUDHVWUXWXUD IHUURYLiULR H PHWURYLiULD QR SDtV ga quase sete vezes mais pessoas nessa atividade que a mĂŠdia nacional. Dada a defasagem de H GDGD D VLWXDomR ORJtVWLFD D 5$& VXUJH FRPR FDQGLGDWD QDWXUDO D VH GHVHQYROYHU infraestrutura ferroviĂĄrio (e metroviĂĄria) no paĂs e dada a situação logĂstica, a RAC surge como QHVVD LQG~VWULD VH RV LQYHVWLPHQWRV JRYHUQDPHQWDLV FRQWLQXDUHP D FUHVFHU QHVVH candidata natural a se desenvolver nessa indĂşstria se os investimentos governamentais continuPRGR GH WUDQVSRUWH arem a crescer nesse modo de transporte.
6.3.
75$-(7Ă?5,$6 1$6&(17(6
TRAJETĂ&#x201C;RIAS NASCENTES
'H XP PRGR EDVWDQWH GLVWLQWR GR TXH RFRUUH QDV LQG~VWULDV Mi PDGXUDV QDV
TXDLV DV LQRYDo}HV VXUJHP DR UHGRU RX D SDUWLU GH SDGUmR WHFQROyJLFR FRQKHFLGR H De um modo bastante distinto do que ocorre nas indústrias jå maduras, nas quais as inoFRPXP D WRGDV DV HPSUHVDV TXH FRPSHWHP HP GHWHUPLQDGR VHWRU QR FDVR GH vaçþes surgem ao redor ou a partir de padrão tecnológico conhecido e comum a todas as emWHFQRORJLDV RX PHUFDGRV UDGLFDOPHQWH QRYRV RV SDGU}HV WHFQROyJLFRV DLQGD QmR presas que competem em determinado setor, no caso de tecnologias ou mercados radicalmente HVWmR FODUDPHQWH GHILQLGRV 'LYHUVDV WHQWDWLYDV VmR UHDOL]DGDV DR PHVPR WHPSR novos, os padrþes tecnológicos ainda não estão claramente definidos. Diversas tentativas são EXVFDQGR FREULU DR Pi[LPR R HVFRSR GH SRVVLELOLGDGHV WHFQROyJLFDV DR PHVPR WHPSR realizadas ao mesmo tempo, buscando cobrir ao måximo o escopo de possibilidades tecnolóTXH VH EXVFD UHQWDELOLGDGH $ PDLRU SDUWH GDV WHQWDWLYDV QmR VH PRVWUD WpFQLFD RX gicas ao mesmo tempo que se busca rentabilidade. A maior parte das tentativas não se mostra FRPHUFLDOPHQWH YLiYHO QD SDUWLGD DSHVDU GR JUDQGH PHUFDGR HP SRWHQFLDO tÊcnica ou comercialmente viåvel na partida, apesar do grande mercado em potencial vislumbraYLVOXPEUDGR SRU WRGRV do por todos. $ VLWXDomR GH WUDMHWyULD QDVFHQWH SHUVLVWH DWp R SRQWR HP TXH XP LQRYDGRU A situação de trajetória nascente persiste atÊ o ponto em que um inovador pioneiro conSLRQHLUR FRQVHJXH HPSODFDU XPD FRPELQDomR GH WHFQRORJLD H PRGHOR GH QHJyFLR TXH segue emplacar uma combinação de tecnologia e modelo de negócio que se torna rentåvel e VH WRUQD UHQWiYHO H SURJUHVVLYDPHQWH GRPLQDQWH DWp DWLQJLU D PDWXULGDGH GD QRYD progressivamente dominante, atÊ atingir a maturidade da nova indústria. LQG~VWULD
Entretanto, nem sempre o pioneiro consegue auferir todos os ganhos possĂveis do novo mercado. Isso abre espaço para inovadores seguidores, capazes de aprender rapidamente com
238
(QWUHWDQWR QHP VHPSUH R SLRQHLUR FRQVHJXH DXIHULU WRGRV RV JDQKRV SRVVtYHLV GR QRYR PHUFDGR ,VVR DEUH HVSDoR SDUD LQRYDGRUHV VHJXLGRUHV FDSD]HV GH DSUHQGHU UDSLGDPHQWH FRP R VXFHVVR H RV HUURV GR SLRQHLUR H DYDQoDU HP SDUDOHOR o sucesso (e os erros) do pioneiro e avançar em paralelo ou mesmo sobre o espaço conquistado RX PHVPR VREUH R HVSDoR FRQTXLVWDGR SHOR SULPHLUR pelo primeiro.
$ HVWUDWpJLD GH LQRYDomR QHVVH FRQWH[WR FRQVLVWH HP HQTXDQWR QmR VXUJLU
A estratĂŠgia de inovação nesse contexto consiste em, enquanto nĂŁo uma trajetĂłria XPD WUDMHWyULD GRPLQDQWH RFXSDU R PDLRU HVFRSR SRVVtYHO GH surgir SRVVLELOLGDGHV dominante, ocuparSHVTXLVDV o maior escopo possĂvel de XSV possibilidades, financiando pesquisas e incuILQDQFLDQGR H LQFXEDQGR VWDUW H GDQGR HVSDoR H DSRLR D SURMHWRV bandoDXGDFLRVRV start ups e HP dando espaço e apoio a$OJXPD projetosGHVVDV audaciosos em SRGH grandes empresas. JUDQGHV HPSUHVDV DSRVWDV HQFRQWUDU XP Alguma YHLR dessas apostas pode encontrar um veio rico e prosperar. E, o mais importante, ĂŠ formada massa ULFR H SURVSHUDU ( R PDLV LPSRUWDQWH p IRUPDGD PDVVD FUtWLFD FDSD] GH DFRPSDQKDU crĂticaRV DYDQoRV H DSUHQGHU UDSLGDPHQWH TXDQGR D LQG~VWULD FRPHoDU D VH FRQVROLGDU capaz de acompanhar os avanços e aprender rapidamente quando a indĂşstria começar a se consolidar. 'DGR VHX KLVWyULFR GH LQGXVWULDOL]DomR WDUGLD R %UDVLO WHYH VHPSUH SRXFR Dado seu histĂłrico de industrialização tardia, o Brasil teve sempre pouco espaço de parHVSDoR GH SDUWLFLSDU GR LQtFLR GH QRYDV LQG~VWULDV +RMH LVVR PXGRX QRV WHPDV OLJDGRV ticiparD do inĂcio de YLVDQGR novas indĂşstrias. Hoje isso nosJUDX temasD ligados a inovaçþes visando LQRYDo}HV VXVWHQWDELOLGDGH H mudou, HP PHQRU QDQRWHFQRORJLD H[LVWHP sustentabilidade e, em grau, a PXQGLDO nanotecnologia, existem chances reais deGRV protagonismo FKDQFHV UHDLV GH menor SURWDJRQLVPR H D UHJLmR GH &DPSLQDV p XP OXJDUHV mundial, e a regiĂŁo de Campinas ĂŠ um dos lugares mais favorĂĄveis para isso no PaĂs. PDLV IDYRUiYHLV SDUD LVVR QR 3DtV
7HPD (FR ,QRYDo}HV
Tema 5. Eco-Inovaçþes
(QHUJLD UHQRYiYHO H FRQWUROH GD SROXLomR GR DU VmR RV JUXSRV PDLV GLQkPLFRV Energia renovĂĄvel e controle da poluição do ar sĂŁo os grupos mais dinâmicos de tecnoloGH WHFQRORJLDV DPELHQWDLV QRV GHSyVLWRV GH SDWHQWHV LQWHUQDFLRQDLV 3&7 2 Q~PHUR gias ambientais nos depĂłsitos deGH patentes internacionais (PCT).H OFRQWUROH nĂşmeroGD deSROXLomR invençþes GH LQYHQo}HV SDWHQWHDGDV HQHUJLD UHQRYiYHO GR patenDU teadas de energia renovĂĄvel (+20%) e controle da poluição do ar (+12%) cresceram mais rapi FUHVFHUDP PDLV UDSLGDPHQWH GR TXH R WRWDO GH SDWHQWHV HQWUH H damente do 2&'( que o total de patentes (+11%) entre 1996GH e 2006 (OCDE,TXH 2009). Forma tambĂŠm )RUPD WDPEpP R JUXSR WHFQRORJLDV PDLV FUHVFHX HP o grupoWHUPRV GH HPSUHVDV FLWDGDV QR 7HFKQRORJ\ 3LRQHHUV GR %DQFR 0XQGLDO 2V SDtVHV GD de tecnologias que mais cresceu em termos de empresas citadas no Technology Pioneers do Banco Mundial. Os paĂses da Europa detĂŞm mais de 30% das patentes em tecnologias ambientais, EUA e JapĂŁo juntos detĂŞm em torno de 20% e os BRICs tambĂŠm tĂŞm algum destaque.
239
A Dinamarca é altamente especializada em energia eólica e em estudos sobre biodiversidade (OCDE, 2009). A pesquisa em ciências ambientais destaca atualmente três tópicos predominantes: mudanças climáticas, ar e poluentes químicos e biodiversidade. A taxa média de crescimento anual em citações dos artigos científicos em mudanças climáticas (+20%) e biodiversidade (+19%) excedeu em 2008 o total de citações de todos os artigos científicos (+16%) (OCDE, 2009). Os EUA são líderes em pesquisa sobre mudanças climáticas e poluição química. Não obstante, o Brasil tem demonstrado enorme potencial para desenvolver tecnologias ambientais e se tornar líder em diversos tópicos ainda em estado inicial de desenvolvimento. Nesse aspecto, a experiência com tecnologias avançadas para agricultura e energias limpas (hidroeletricidade e etanol), somada à grande disponibilidade de recursos naturais cada vez mais importantes, como a água, a biodiversidade, a grande incidência solar e o amplo espaço territorial, configuram vantagens de partida importantes, que podem ser aproveitadas. Na RAC, há diversos grupos de pesquisa excelentes, com repercussão mundial, em todos esses temas. É muito oportuno para a região aproveitar o conhecimento produzido pela pesquisa e incentivar a criação de novos negócios em tecnologias ambientais. As possibilidades são muitas, de modo que as apostas mais vantajosas para a RAC são justamente as que demandam interfaces interdisciplinares e o envolvimento de grandes equipes de trabalho para cobrir escopos maiores de possibilidades e buscar as complementaridades entre elas. Arranjos que consigam associar um olhar de modelo de negócios à pesquisa pré-competitiva, e vice-versa, são os que terão maior chance de sucesso. Tecnologias avançadas para controle de poluição do ar e da água, o trato com os resíduos sólidos e a busca por métodos mais eficientes de reciclagem são oportunidades para pequenas empresas. Muitas dessas tecnologias são hoje importadas e não necessariamente otimizadas para o contexto brasileiro. Energias renováveis e eficiência energética estão entre os temas com maior investimento de P&D hoje no mundo. Todavia, as trajetórias e os modelos de negócio ainda não estão bem definidos, muitas inovações devem acontecer nos próximos anos. A RAC tem potencial para atrair muitos investimentos privados em pesquisa nessas áreas, que poderão torná-la no futuro também um polo industrial de fornecedores de equipamentos e tecnologia. A atração de investimentos privados em pesquisa pré-competitiva, por exemplo via instalação de laboratórios e plantas-piloto junto às universidades ou em parques tecnológicos, pode se tornar o embrião da constituição de novos arranjos produtivos locais, a partir de novas tecnologias bem sucedidas. 240
Na mesma linha da energia renovável, as competências em biotecnologia agrícola e química fina podem produzir novos materiais a partir de matérias-primas renováveis, permitindo a substituição de petroquímicos para a produção de polímeros, de fertilizantes na agricultura e muitas outras aplicações. Inovações deste porte poderiam deslocar boa parte da indústria petroquímica para outro modelo de produção, não mais perto dos portos ou dos centros de distribuição e refinarias, mas para perto da produção. Essa indústria estaria apoiada em uma nova geração de fornecedores de equipamentos e serviços que poderá se desenvolver na RAC a partir do momento que líderes tecnológicos estejam presentes. Nesse sentido, é mais importante tornar-se um polo de referência das tecnologias do que da produção em si. A produção a partir de matérias-primas renováveis buscará localizar-se segundo critérios de custos de terra e logística. Já a produção de equipamentos e os serviços de engenharia buscarão estar perto do polo onde nascem as novidades tecnológicas. Completam o quadro das melhores oportunidades em Inovações Ambientais o desenvolvimento de tecnologia para lidar com efeitos do aquecimento global (principalmente em relação à agricultura) e para o aproveitamento econômico da biodiversidade. Ambos os negócios requerem conhecimentos de ecologia, fisiologia vegetal, seleção e melhoramento genético, engenharia agrícola, dentre outros, todos presentes em alto nível na RAC.
Tema 6. Nanotecnologia A nanotecnologia tem potencial para provocar grandes impactos econômicos e sociais. Pode modificar radicalmente nossa capacidade de ajudar o sistema imunológico, gerando tratamentos muito mais eficazes e prolongando a expectativa de vida humana, permitir computação, geração e armazenamento de energia em escalas e eficiência muito melhores que as atuais. Atualmente, na OCDE, as nanociências incluem três principais áreas de pesquisa: I) síntese química; II) supercondutividade e computação quântica; e III) nanomateriais e nanomáquinas. Entre 2002 e 2007, o número de citações de artigos sobre nanomateriais e nanomáquinas (25,0%) e supercondutividade e computação quântica (17,8%) cresceu mais rapidamente do que o número médio de citações (15,8%) (OCDE, 2009). A RAC, devido à qualidade de sua pesquisa em temas básicos da física e da química, aliada à presença do LNLS, não pode deixar de apostar na nanotecnologia. Alguns casos de sucesso já conseguido com nanomateriais reforçam o potencial existente. Entretanto, a pesquisa em nanomaterias e nanotecnologia na RAC e no Brasil, apesar de ter qualidade, é muito tímida em 241
relação ao tamanho das apostas que fazem China, Rússia e Índia, para não falar dos países líderes. O espaço para crescer neste tema é gigantesco e o escopo das apostas parece ser ilimitado. Incentivar a criação de negócios em pequenas e médias empresas com nanotecnologia pode produzir impactos muito relevantes para a região no futuro. As apostas mais promissoras, novamente, serão aquelas capazes de sinergia com os demais Temas Estratégicos para a região, a partir de combinações de competências não facilmente encontradas em outros lugares. As apostas nas interfaces podem compensar algumas das desvantagens em relação aos competidores no restante do mundo, onde já há algum tempo acontece grandes investimentos em muitas frentes de P&D e inovação em nanotecnologia.
6.4.
FORTALECIMENTO DO SISTEMA DE INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
REGIONAL Existe uma preocupação crescente na literatura internacional sobre as vantagens da localização das atividades produtivas e inovativas, ou da relação entre geografia e inovação. Essa relação foi abordada por autores como Audretsch e Feldman (1996) que demonstram uma clara relação entre a localização das atividades inovativas e a existência de um conjunto de externalidades positivas locais. Marshall foi um dos primeiros autores a apontar a importância das externalidades positivas para as empresas localizadas nos distritos industriais ingleses do final do século XIX. O debate sobre as configurações produtivas localizadas ganhou maior destaque, na década de 1980, por conta de algumas experiências internacionais bem-sucedidas, como os distritos industriais italianos (Castells e Hall, 1994) e o Vale do Silício nos Estados Unidos (Saxenian 1994), em que a aglomeração dos produtores foi capaz de proporcionar benefícios importantes aos produtores e aos seus esforços inovativos. A partir deste debate, autores como Schmitz e Nadvi (1999), Porter (1998), Lombardi (2003), entre outros, passaram a se dedicar com mais ênfase ao estudo de sistemas locais de produção e dos benefícios que a aglomeração geográfica das firmas pode proporcionar aos produtores. No Brasil, essas estruturas produtivas localizadas foram denominadas de Arranjos Produtivos Locais – APLs (Cassiolato e Lastres, 2001; Suzigan et al., 2004). O pressuposto básico destes estudos é que os produtores aglomerados são capazes de ter acesso mais facilitado a um conjunto de benefícios que exercem papel importante para o
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/RPEDUGL HQWUH RXWURV SDVVDUDP D VH GHGLFDU FRP PDLV rQIDVH DR HVWXGR GH VLVWHPDV ORFDLV GH SURGXomR H GRV EHQHItFLRV TXH D DJORPHUDomR JHRJUiILFD GDV ILUPDV SRGH SURSRUFLRQDU DRV SURGXWRUHV 1R %UDVLO HVVDV HVWUXWXUDV SURGXWLYDV ORFDOL]DGDV IRUDP GHQRPLQDGDV GH $UUDQMRV 3URGXWLYRV /RFDLV ¹ $3/V &DVVLRODWR H /DVWUHV 6X]LJDQ HW DO 2 SUHVVXSRVWR EiVLFR GHVWHV HVWXGRV p TXH RV SURGXWRUHV DJORPHUDGRV VmR FDSD]HV GH WHU DFHVVR PDLV IDFLOLWDGR D XP FRQMXQWR GH EHQHItFLRV TXH H[HUFHP SDSHO incremento de sua competitividade no mercado, como mão de obra qualificada, presença de LPSRUWDQWH SDUD R LQFUHPHQWR GH VXD FRPSHWLWLYLGDGH QR PHUFDGR FRPR PmR GH REUD fornecedores especializados e transbordamentos locais de conhecimentos, decorrentes da conTXDOLILFDGD SUHVHQoD GH IRUQHFHGRUHV HVSHFLDOL]DGRV H WUDQVERUGDPHQWRV ORFDLV GH centração geogråfica dos agentes econômicos. FRQKHFLPHQWRV GHFRUUHQWHV GD FRQFHQWUDomR JHRJUiILFD GRV DJHQWHV HFRQ{PLFRV
Os transbordamentos de conhecimento, gerados pela aglomeração dos agentesGRV em de2V WUDQVERUGDPHQWRV GH FRQKHFLPHQWR JHUDGRV SHOD DJORPHUDomR terminada podem advir de estruturas produtivas especializadas ou de elevada diversifiDJHQWHVregiĂŁo, HP GHWHUPLQDGD UHJLmR SRGHP DGYLU GH HVWUXWXUDV SURGXWLYDV HVSHFLDOL]DGDV cação. Gleaser et al. (1992) realizou uma aplicação empĂrica dosXPD efeitos da aglomeração RX GH HOHYDGD GLYHUVLILFDomR *OHDVHU HW DO UHDOL]RX DSOLFDomR HPStULFD para a geração de transbordamentos consequĂŞncia, para o crescimento das cidades. GRV HIHLWRV GD DJORPHUDomR locais SDUD e,D como JHUDomR GH WUDQVERUGDPHQWRV ORFDLV H FRPR Segundo os autores,SDUD os transbordamentos conhecimento sĂŁo particularmente imporFRQVHTXrQFLD R FUHVFLPHQWR locais GDV de FLGDGHV 6HJXQGR RV DXWRUHV RV tantes nas cidades, uma vez que comunicação VmR entreSDUWLFXODUPHQWH os agentes ĂŠ facilitada e os fluxos WUDQVERUGDPHQWRV ORFDLV GH a FRQKHFLPHQWR LPSRUWDQWHV QDV de circulação deXPD conhecimento mais intensos. mesmap linha, Beaudry Schiffauerova IDFLOLWDGD H RV eIOX[RV GH FLGDGHV YH] TXH D sĂŁo FRPXQLFDomR HQWUH Nessa RV DJHQWHV (2009) fizeram um levantamento entre diversos trabalhos que testaram empiricamente a FLUFXODomR GH FRQKHFLPHQWR VmR PDLV LQWHQVRV 1HVVD PHVPD OLQKD %HDXGU\ relação H entre a aglomeração das empresas, a existĂŞncia de diversificação ou especialização da estru6FKLIIDXHURYD IL]HUDP XP OHYDQWDPHQWR HQWUH GLYHUVRV WUDEDOKRV TXH WHVWDUDP turaHPSLULFDPHQWH produtiva local eD oUHODomR desempenho das regiĂľes. Mostram que possĂvel identificar HQWUH econĂ´mico D DJORPHUDomR GDV HPSUHVDV D ĂŠH[LVWrQFLD GH
a presença de transbordamentos locaisGD de HVWUXWXUD conhecimento tanto em estruturas produtivas mais GLYHUVLILFDomR RX HVSHFLDOL]DomR SURGXWLYD ORFDO H R GHVHPSHQKR diversificadas como em aglomeraçþes espaciais mais especializadas, que contribuem para o HFRQ{PLFR GDV UHJL}HV 0RVWUDP TXH p SRVVtYHO LGHQWLILFDU D SUHVHQoD GH melhor desempenho econômico das regiþes. WUDQVERUGDPHQWRV ORFDLV GH FRQKHFLPHQWR WDQWR HP HVWUXWXUDV SURGXWLYDV PDLV
para Para Garcia, Araujo e Mascarini (2009), essa percepção tem implicaçþes importantes as polĂticas locais de apoio aos produtores, as quais podem potencializar a capacidade dos agentes em fomentar processos de aprendizado interativo de carĂĄter localizado. Nesse contexto, segundo os autores, as polĂticas locais devem atuar no sentido de orientar comportamentos ativos das empresas a fim de incrementar sua capacidade competitiva ao estimular a acumulação de competĂŞncias tĂŠcnicas, tecnolĂłgicas, de mercado, financeiras, especialmente por meio da intensificação das interaçþes entre os agentes locais.
243
SRWHQFLDOL]DU D FDSDFLGDGH GRV DJHQWHV HP IRPHQWDU SURFHVVRV GH DSUHQGL]DGR LQWHUDWLYR GH FDUiWHU ORFDOL]DGR 1HVVH FRQWH[WR VHJXQGR RV DXWRUHV DV SROtWLFDV ORFDLV GHYHP DWXDU QR VHQWLGR GH RULHQWDU FRPSRUWDPHQWRV DWLYRV GDV HPSUHVDV D ILP GH LQFUHPHQWDU VXD FDSDFLGDGH FRPSHWLWLYD DR HVWLPXODU D DFXPXODomR GH FRPSHWrQFLDV WpFQLFDV WHFQROyJLFDV GH PHUFDGR ILQDQFHLUDV HVSHFLDOPHQWH SRU PHLR GD LQWHQVLILFDomR GDV LQWHUDo}HV HQWUH RV DJHQWHV ORFDLV
$ 5$& SRVVXL GLYHUVDV FDUDFWHUtVWLFDV TXH emD relação GHVWDFDP HP UHODomR j A RAC possui diversas caracterĂsticas que a destacam Ă presença de atividades deSUHVHQoD pesquisaGH e de produçãoGH deSHVTXLVD conhecimento inovaçþes. Possui tambĂŠm uma base indusDWLYLGDGHV H GH eSURGXomR GH FRQKHFLPHQWR H LQRYDo}HV trial avançada e uma rede deEDVH serviços bastante diversificada e tecnologicamente bem estrutura3RVVXL WDPEpP XPD LQGXVWULDO DYDQoDGD H XPD UHGH GH VHUYLoRV EDVWDQWH da. Entretanto, mesmo com todas essas condiçþes, muito ainda pode serPHVPR feito para fortalecer GLYHUVLILFDGD H WHFQRORJLFDPHQWH EHP HVWUXWXUDGD (QWUHWDQWR FRP WRGDV o sistema regional de inovação. HVVDV FRQGLo}HV PXLWR DLQGD SRGH VHU IHLWR SDUD IRUWDOHFHU R VLVWHPD UHJLRQDO GH
LQRYDomR Um sistema de inovação mais forte na RAC levarå a geração de empregos e aumento de renda, tornarå 8P VLVWHPD GH LQRYDomR PDLV IRUWH QD 5$& OHYDUi D JHUDomR GH HPSUHJRV H as empresas mais competitivas, atrairå novas empresas e fertilizarå a criação de negócios de alta rentabilidade. Tudo isso traz externalidades positivas para toda a região, com DXPHQWR GH UHQGD WRUQDUi DV HPSUHVDV PDLV FRPSHWLWLYDV DWUDLUi QRYDV HPSUHVDV H impactos no comÊrcio, nosGH serviços de alimentação e hotelaria, nos serviços infraestrutura e IHUWLOL]DUi D FULDomR QHJyFLRV GH DOWD UHQWDELOLGDGH 7XGR LVVR WUD] de H[WHUQDOLGDGHV apoio SRVLWLYDV SDUD WRGD D UHJLmR FRP LPSDFWRV QR FRPpUFLR QRV VHUYLoRV GH DOLPHQWDomR aos negócios, na oferta de atividades culturais e de lazer. A promoção de negócios de base tecnológica traz a seu desenvolvimento regional. EssaDRV Ê a QHJyFLRV estratÊgia que muitas GH cidaH KRWHODULD QRV reboque VHUYLoRV GH LQIUDHVWUXWXUD H DSRLR QD RIHUWD des doDWLYLGDGHV FXOWXUDLV H GH OD]HU $ SURPRomR GH QHJyFLRV GH EDVH WHFQROyJLFD WUD] D VHX mundo adotaram e cujo marco central Ê a criação de parques tecnológicos, com decisivos incentivos para sua implantação e ocupação. UHERTXH GHVHQYROYLPHQWR UHJLRQDO (VVD p D HVWUDWpJLD TXH PXLWDV FLGDGHV GR PXQGR
Parques TecnolĂłgicos Um parque tecnolĂłgico ĂŠ formado a partir da instalação de empresas â&#x20AC;&#x201C; denominadas de base tecnolĂłgica (EBTs) â&#x20AC;&#x201C; em determinada regiĂŁo dotada de infraestrutura cientĂfica, ou seja, com a presença de universidades e institutos de pesquisa, pĂşblicos e privados. As vantagens competitivas destas empresas sĂŁo suas atividades de inovação e a proximidade com as organizaçþes de pesquisa possibilita-lhes monitorar e absorver mais facilmente o avanço dos conhecimentos. Nesse ambiente, destaca-se a importância das relaçþes entre instituiçþes de ensino
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e pesquisa e empresas. Valoriza-se o convívio entre os pesquisadores das empresas e da academia, a consolidação de parcerias e da contratação de serviços de P&D, o acesso a recursos humanos capacitados. Em contraste com um arranjo produtivo local (APL) típico, um parque tecnológico não é especializado em uma única atividade econômica, nem mesmo em um conjunto de atividades necessariamente relacionadas. As empresas inseridas em um parque tecnológico podem atuar em ramos de negócios distintos e não relacionados. O elemento de atração destas empresas é a estrutura científica instalada – e, consequentemente, as perspectivas de se estabelecerem vínculos com as instituições de pesquisa ali localizadas com vistas a agregar conhecimentos desenvolvidos externamente aos seus esforços de inovação. Os temas desenvolvidos na estrutura científica são os grandes definidores dos negócios e empresas que se estabelecerão. A existência prévia de arranjos produtivos locais constituídos por EBTs pode oferecer sinergias temáticas importantes e representar vantagens competitivas para a conformação inicial de um parque tecnológico, mas não deve ser tomada de modo a limitar o escopo do mesmo. A ocorrência de um arranjo produtivo é induzida por vantagens na esfera da produção. A formação de um parque tecnológico depende de vantagens na esfera da inovação. Há casos em que essas vantagens se mesclam, há casos que não. No caso da RAC, o setor de TICs é claramente um exemplo em que APL e parque tecnológico se confundem, uma vez que há na região a produção que também se beneficiaria de mais inovação. Já no caso de Agrotecnologia há separação das esferas. A RAC pode se estabelecer como um centro importante de inovação para o agronegócio, mas nunca será um centro tão importante na esfera da produção. A constituição de um parque tecnológico resulta de esforços deliberados, públicos e / ou privados, no que tange, por exemplo, à definição e a preparação da área em que o parque será construído, ao seu modelo de gestão e ao seu escopo temático. A RAC pode constituir um ou mais parques tecnológicos em seu território, cobrindo a totalidade ou parte dos Temas Estratégicos apontados neste estudo. A constituição de parques tecnológicos pode ser também na RAC o elemento central de uma política de fortalecimento do sistema de inovação, mas diversas outras ações fazem sentido para complementar e mesmo viabilizar a implantação de parques tecnológicos na região.
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VH HVWDEHOHFHU FRPR XP FHQWUR LPSRUWDQWH GH LQRYDomR SDUD R DJURQHJyFLR PDV QXQFD VHUi XP FHQWUR WmR LPSRUWDQWH QD HVIHUD GD SURGXomR $ FRQVWLWXLomR GH XP SDUTXH WHFQROyJLFR UHVXOWD GH HVIRUoRV GHOLEHUDGRV S~EOLFRV H RX SULYDGRV QR TXH WDQJH SRU H[HPSOR j GHILQLomR H D SUHSDUDomR GD iUHD HP TXH R SDUTXH VHUi FRQVWUXtGR DR VHX PRGHOR GH JHVWmR H DR VHX HVFRSR WHPiWLFR
$ 5$& SRGH FRQVWLWXLU XP RX PDLV SDUTXHV WHFQROyJLFRV HP VHX WHUULWyULR
PolĂticas Complementares
FREULQGR D WRWDOLGDGH RX SDUWH GRV 7HPDV (VWUDWpJLFRV DSRQWDGRV QHVWH HVWXGR $
FRQVWLWXLomR GH SDUTXHV WHFQROyJLFRV SRGH VHU WDPEpP QD 5$& R HOHPHQWR FHQWUDO GH HĂĄ pelo menos dimensĂľesGR emVLVWHPD que a RAC apresentaPDV deficiĂŞncias precisam XPD SROtWLFD GH cinco IRUWDOHFLPHQWR GH LQRYDomR GLYHUVDV que RXWUDV Do}HV ser equacionadas para tornar ambiente regional mais propĂcio Ă inovação. NesteGH item elas sĂŁo ID]HP VHQWLGR SDUD oFRPSOHPHQWDU H PHVPR YLDELOL]DU D LPSODQWDomR SDUTXHV apresentadas e discutidas em suas implicaçþes gerais. Adiante, no capĂtulo de recomendaçþes, WHFQROyJLFRV QD UHJLmR sĂŁo sugeridas açþes para cada uma dessas dimensĂľes.
3ROtWLFDV &RPSOHPHQWDUHV a) Infraestrutura urbana +i SHOR PHQRV FLQFR GLPHQV}HV HP TXH D 5$& DSUHVHQWD GHILFLrQFLDV TXH Atividades de inovação requerem a atração e a fixação de pessoal qualificado. Apesar de SUHFLVDP VHU HTXDFLRQDGDV SDUD WRUQDU R DPELHQWH UHJLRQDO PDLV SURStFLR j LQRYDomR muitos avanços conseguidos no saneamento e em outros aspectos da infraestrutura, a regiĂŁo 1HVWH LWHP HODV VmR DSUHVHQWDGDV H GLVFXWLGDV HP VXDV LPSOLFDo}HV JHUDLV $GLDQWH de Campinas, se comparada a outros centros urbanos do Brasil e do mundo, ainda carece de QR FDStWXOR GH UHFRPHQGDo}HV VmR VXJHULGDV Do}HV SDUD FDGD XPD GHVVDV bons equipamentos de transporte coletivo e de infraestrutura para atividades esportivas, de lazer GLPHQV}HV e culturais. A segurança ĂŠ tambĂŠm um problema nĂŁo resolvido. Ă&#x2030; importante adotar um planejamento claro paraD
uma expansĂŁo mais sustentĂĄvel da malha urbana metropolitana e nĂŁo incorrer ,QIUDHVWUXWXUD XUEDQD nos mesmos erros das regiĂľes que cresceram sem planejamento. $WLYLGDGHV GH LQRYDomR UHTXHUHP D DWUDomR H D IL[DomR GH SHVVRDO b) PolĂtica de incentivos TXDOLILFDGR $SHVDU GH PXLWRV DYDQoRV FRQVHJXLGRV QR VDQHDPHQWR H HP RXWURV
DVSHFWRV GD LQIUDHVWUXWXUD D UHJLmR GH &DPSLQDV VH FRPSDUDGD D RXWURV FHQWURV A atração de negĂłcios de base tecnolĂłgica, laboratĂłrios de P&D de grandes empresas e, principalmente, de investimentos de maior risco visando as trajetĂłrias tecnolĂłgicas nascentes, requer o oferecimento de contrapartidas de incentivo pĂşbico. Pelo simples motivo de que outras regiĂľes com polĂticas agressivas de atração (estados de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, por exemplo) oferecem incentivos que podem pesar decisivamente na decisĂŁo de curto prazo das empresas. Mesmo que algumas pessoas nas empresas considerem a RAC 246
mais atrativa no longo prazo, por causa das vantagens de localização ou de competências, é difícil convencer objetivamente a empresa a decidir contra um incentivo concretamente oferecido por uma localidade concorrente. A RAC precisa de uma carteira de incentivos capaz de equilibrar a disputa, onerando ao mínimo o contribuinte local, mas garantindo o desenvolvimento futuro. c) Educação e recursos humanos Os dados relativos à educação nos níveis médio e técnico são bastante desfavoráveis na região, ficando muito abaixo da média brasileira. Além disso, a polarização frente à alta densidade e à qualidade do ensino superior cria distorções negativas não somente no mercado de trabalho, mas também nas relações sociais. Por mais que se tenha pessoal altamente qualificado vindo das universidades, esse contingente nunca será suficiente para suprir o mercado de trabalho de atividades tecnologicamente demandantes presentes nas empresas da RAC. Isso gera o aumento no custo de uma mão de obra de relativa baixa qualificação e cria um fator contra-atrativo para novas empresas que necessitam de pessoal de boa qualificação também nas ocupações rotineiras da produção. Portanto, um cenário de fortalecimento do sistema de inovação regional com atração de empresas tecnológicas e efetiva mudança qualitativa no perfil de produção econômica, que hoje já é tecnologicamente elevado, mas que poderá avançar para níveis ainda mais sofisticados, só será possível se a quantidade e qualidade da oferta em ensino médio e técnico na região não apenas se igualar à média brasileira, mas ultrapassá-la, assim como ocorre no ensino superior. d) Serviços tecnológicos Apesar de importância de sua indústria, a RAC não é tão bem servida em relação a serviços tecnológicos. Não há na região um equivalente ao IPT de São Paulo, serviços de calibração e metrologia, análises laboratoriais e de pesquisa de mercado são serviços com oferta escassa na região. As exceções ficam por conta das atividades agrícolas e agroindustriais, para as quais existe uma rede importante de instituições de apoio (CATI, Ital, Lanagro, e outras) e das atividades ligadas a TICs, com CPqD e CTI e diversos institutos privados. Entretanto, existem muitas empresas fornecedoras especializadas de peças, máquinas e equipamentos, além de empresas produtoras de bens de consumo, que hoje estão descobertas em relação a serviços tecnológicos. Esta situação leva a um efeito negativo sobre as universidades da região, que passam a ser fortemente demandadas por atividades que fogem de seus mandatos e interesses. Ao mesmo tempo, torna-se um fator de perda de competitividade para muitas dessas empresas. O desenvolvimento da inovação na região, especialmente no âmbito das fornecedoras especializa-
247
WHFQROyJLFRV (VWD VLWXDomR OHYD D XP HIHLWR QHJDWLYR VREUH DV XQLYHUVLGDGHV GD UHJLmR TXH SDVVDP D VHU IRUWHPHQWH GHPDQGDGDV SRU DWLYLGDGHV TXH IRJHP GH VHXV PDQGDWRV H LQWHUHVVHV $R PHVPR WHPSR WRUQD VH XP IDWRU GH SHUGD GH FRPSHWLWLYLGDGH SDUD PXLWDV GHVVDV HPSUHVDV 2 GHVHQYROYLPHQWR GD LQRYDomR QD UHJLmR HVSHFLDOPHQWH QR kPELWR GDV IRUQHFHGRUDV HVSHFLDOL]DGDV GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV 7HPD das de måquinas e equipamentos (Tema 4), requer a instalação de novos institutos e laboratórios UHTXHU D LQVWDODomR GH QRYRV LQVWLWXWRV H ODERUDWyULRV S~EOLFRV YROWDGRV D SUHVWDU públicos voltados a prestar serviços tecnológicos voltados às necessidades desse segmento. VHUYLoRV WHFQROyJLFRV YROWDGRV jV QHFHVVLGDGHV GHVVH VHJPHQWR
e) Relaçþes institucionais O vigor de um sistema de inovação estĂĄ na capacidade de interação entre os diferentes atores necessĂĄrios para viabilizar a transformação dos novos conhecimentos em novos produtos, novos mercados, rentabilidade e desenvolvimento regional. Para que atores com interesses distintos e agendas muitas vezes conflitantes possam interagir de modo eficaz ĂŠ preciso haver regras e mecanismos claros e sistemas de arbitragem mutuamente respeitados. Para avançar e estabelecer novos patamares de relacionamento entre empresas, academia, institutos de pesquisa e de serviços tecnolĂłgicos e governo ĂŠ preciso inovar tambĂŠm no campo das instituiçþes. Dentro dos limites legais, ĂŠ possĂvel criar mecanismos que facilitem e tornem previsĂveis as regras de relacionamento entre as partes, que pactuem as açþes presentes e futuras de acordo com um planejamento comum e estabeleçam fĂłruns de arbitragem e controle do interesse comum. Atualmente, ĂŠ sabido que a institucionalidade das relaçþes entre universidade, empresas e gestores pĂşblicos ĂŠ frĂĄgil. Este ponto foi bastante enfatizado pelos entrevistados neste estudo, indicando que a situação da RAC neste quesito ĂŠ ruim em comparação a outras regiĂľes do paĂs, sendo hoje mais um fator de contra-atração para a regiĂŁo. HĂĄ, portanto, espaço para iniciativas de melhoria que podem partir do poder pĂşblico, da academia, das empresas ou de seus colegiados. 248
Parque CientĂfico Os dois Temas EstratĂŠgicos indicados neste estudo como TrajetĂłrias Nascentes, as Eco-Inovaçþes e as Nanotecnologias, constituem campos ainda em grande medida indefinidos do ponto de vista da inovação. Muitas trajetĂłrias tecnolĂłgicas nascentes concorrem em busca de soluçþes viĂĄveis do ponto de vista tĂŠcnico e do ponto de vista do mercado. Os modelos de negĂłcio ainda nĂŁo sĂŁo claros e a incerteza associada requer arranjos que combinem investimentos pĂşblicos e privados e alta capacidade tĂŠcnica e gerencial. Para esses temas, um modelo de incubação de projetos dentro das universidades e institutos de pesquisa pode ser mais eficiente que o modelo de parque tecnolĂłgico.â&#x20AC;&#x192; Quadro 11 â&#x20AC;&#x201C; CaracterĂsticas e distinçþes entre Parques TecnolĂłgicos e Parques CientĂficos
)RQWH (ODERUDomR SUySULD
1HVVH FDVR R 3DUTXH &LHQWtILFR FRPSDUWLOKDULD LQIUDHVWUXWXUD GD XQLYHUVLGDGH RX LQVWLWXWR FRP HPSUHVDV SDUD SURMHWRV DXGDFLRVRV GXUDQWH XP SHUtRGR GHWHUPLQDGR Nesse caso, o Parque CientĂfico compartilharia infraestrutura da universidade ou instituto PRGHOR para SRGH projetos DVVXPLU GXDV YHUWHQWHV YROWDGD determinado. SDUD SURMHWRV FRP JUDQGHV com2 empresas audaciosos duranteXPD um perĂodo O modelo pode assuHPSUHVDV H RXWUR LQFXEDomR QRYRV QHJyFLRV SDUWLQGR GR voltado FRQFHLWR mir duas vertentes, umaYROWDGR voltadaj para projetosGH com grandes empresas e outro Ă GH incubação LQFXEDGRUD GH HPSUHVDV FRP PDLRU rQIDVH QR FRPSRQHQWH SLRQHLUR GH LQRYDomR SDUD de novos negĂłcios, partindo do conceito de incubadora de empresas, com maior ĂŞnfase no componente pioneiro de inovação para viabilizar negĂłcios nos temas de interesse. YLDELOL]DU QHJyFLRV QRV WHPDV GH LQWHUHVVH
7.
CENĂ RIOS PARA A CIĂ&#x160;NCIA, TECNOLOGIA E INOVAĂ&#x2021;Ă&#x192;O NA REGIĂ&#x192;O DE
CAMPINAS CenĂĄrios sĂŁo exercĂcios de anĂĄlise fundamentados na identificação das incertezas persistentes em um determinado contexto e nas possibilidades das configuraçþes futuras dessas incertezas. A construção de cenĂĄrios ajuda na percepção de que a interação entre as variĂĄveis
249
relevantes pode levar a diferentes estados futuros. Pensar com a ajuda de cenários amplia a capacidade de antecipação de decisões e incentiva um monitoramento mais sistemático das forças realmente importantes em jogo.
7.1.
INCERTEZAS CRÍTICAS E FUTUROS POSSÍVEIS Neste estudo, o levantamento de indicadores da pesquisa e da inovação na RAC, a com-
paração com outras regiões e países e o conjunto de entrevistas realizadas junto a atores destacados levaram a seleção de oito variáveis-chave, organizadas em três grupos: a) Fatores Externos •
Investimentos privados de P&D no Brasil
•
Incentivos estaduais e federais à inovação
•
Pressões ambientais
b) Tecnologias Estratégicas •
Inovações nas Trajetórias Atuais
•
Inovações nas Trajetórias Nascentes
c) Sistema Regional de Inovação •
Concorrência de outros polos dinâmicos em CT&I
•
Criação de parques tecnológicos
•
Implantação de políticas complementares
Cada incerteza crítica e as variáveis associadas podem ser descritas por pequenas narrativas que exploram diferentes possibilidades de futuro para cada uma delas. A posterior combinação dessas possibilidades vai conformar diferentes cenários, para os quais caberão ações gerais ou específicas para a promoção da inovação na RAC.
250
a) Fatores Externos. Este grupo reúne variáveis que podem ser consideradas independentes da situação da RAC e formam o pano de fundo para os desdobramentos de apostas de desenvolvimento regional baseada em inovação. Investimentos privados de P&D no Brasil Com o sucesso do Brasil no enfrentamento da crise 2008-2010, é possível que ocorra por aqui uma grande onda de investimentos em inovação, em busca de uma inserção mais competitiva na economia global. O volume e a velocidade dos investimentos podem ser muito maiores do que qualquer outro momento já vivenciado pelas lideranças nas universidade e nas prefeituras da região. As grandes empresas nacionais definitivamente deverão introduzir o tema inovação em suas agendas e muitos investimentos serão realizados. Além disso, um fluxo crescente de recursos estrangeiros para P&D poderá vir ao Brasil, seguindo a tendência global de difusão de centros de P&D para países emergentes, dos quais China e Índia já se tornaram endereços típicos. Futuros possíveis 1. Rápida entrada de grandes fluxos de recursos privados estrangeiros, seguidos pelos nacionais, investidos em P&D e inovação em busca das melhores oportunidades no Brasil. Investimentos acima de vinte bilhões de reais ao ano trariam o montante privado de gastos em P&D dos atuais 0,3% do PIB para próximo de 1%. Se 20% de 20 bilhões forem para a RAC isso significaria um aumento de quase cinco vezes o gasto atual estimado para as empresas da região em P&D. 2. Investimentos em P&D crescentes, mas dosados, por parte das empresas nacionais, sem grandes aportes estrangeiros. Nesse caso, as empresas buscarão barganhar mais para decidir a localização dos seus investimentos. 3. Retração dos investimentos privados em P&D por decorrência de resoluções políticas que passam a impedir a apropriação privada dos ganhos de inovações em algum momento financiada com recursos públicos. Incentivos estaduais e federais à inovação Nos últimos anos, especialmente a partir de 2006, o investimento público em inovação cresceu consideravelmente, e ampliaram-se o número de instrumentos disponíveis. Muitos des-
251
ses instrumentos ainda não entraram em plena operação, mas a expectativa é que, ao entrarem, ajudem a cobrir as lacunas ainda existentes no apoio à inovação. Além disso, nos próximos anos começarão a aparecer os resultados desses investimentos, o que pode ensejar um ciclo de reforço aos incentivos. Futuros possíveis 1. Existirá possibilidade de apoio público para virtualmente todas as etapas dos processos de inovação, reduzindo o risco privado para os bons projetos. O montante incentivado se tornará equivalente a países líderes em inovação. 2. Nem todos os incentivos existentes se consolidam, novos surgem e outros são descontinuados. Os efeitos são significativos, mas não se constituem em fatores fortes de alavancagem de investimentos por conta da incerteza na continuidade. 3. Algumas das incertezas jurídicas ainda não resolvidas na operação dos incentivos e, principalmente, nas cláusulas de propriedade dos resultados levam a situações desfavoráveis que afastam as empresas e esvaziam muitos dos incentivos. Pressões ambientais O movimento em torno do problema do aquecimento global pode trazer desdobramentos importantes para o Brasil, tanto por provocar o deslocamento espacial das principais culturas agrícolas como por reposicionar o país como fornecedor de alimentos e água para um mundo com dificuldades agrícolas. A produção de energia e materiais de base renovável, dentre outras tendências provocadas por pressões ambientais, podem configurar oportunidades de negócio e de desenvolvimento de tecnologias nas quais o Brasil e, especialmente, a RAC podem ser protagonistas. Futuros possíveis 1. A agenda de renovação energética e substituição de matérias-primas fósseis estabelecida pelo aquecimento global se torna dominante e reverte em tratados e legislação que ampliam dramaticamente os mercados para renováveis. 2. As mudanças climáticas produzirão severa crise e conflitos a partir da escassez de água e alimentos, diminuindo a importância dos mercados “verdes”. 3. A agenda da sustentabilidade retoma a ênfase ecológica (em lugar da ênfase antrópica 252
no carbono) e “redução” ganha mais força que “substituição”. Não há crise, mas nem consumo nem novos mercados se expandem significativamente. O novo ambientalismo reforça as barreiras para a expansão da produção baseada nos moldes atuais. b) Tecnologias Estratégicas. Este grupo reúne as incertezas críticas que emergem do posicionamento das empresas da RAC em relação ao surgimento de inovações nos Temas Estratégicos indicados por este estudo. As empresas da região podem ser afetadas de diferentes modos por essas inovações, dependendo de onde, como e quando elas surjam e da capacidade das empresas de interpretar e reagir às suas influências. Inovações nas Trajetórias Atuais O avanço da rentabilidade nas trajetórias tecnológicas estabelecidas depende da execução de estratégias bem-sucedidas de inovação em torno das tecnologias conhecidas ou de especialização em direção a novas apostas visando a ocupação de mercados ainda pouco explorados. Futuros possíveis 1. Empresas da RAC se tornam mais especializadas e dominantes em novos nichos das TICs, Agrotecnologias, Saúde e Equipamentos. 2. Empresas apostam em inovações laterais, com menor risco mas também menor rentabilidade. Predominam empresas seguidoras, com baixa capacidade propositiva e menor poder de coordenação e barganha em suas cadeias produtivas. 3. A falta de um ambiente propício à inovação leva à progressiva perda de competitividade da região e à saída das empresas mais dinâmicas. Ocorre um esvaziamento tecnológico na região, substituído por serviços de menor qualificação e baixa adição de valor. Inovações nas Trajetórias Nascentes As Tecnologias Nascentes são incertas por natureza. Alguma empresa da RAC pode ser tornar uma inovadora pioneira com repercussão mundial, outras deverão seguir as empresas líderes. Muitas das apostas, e seus investimentos, atualmente em curso serão fatalmente abandonadas ou radicalmente modificadas se antes trajetórias concorrentes se consolidarem com sucesso.
253
Futuros possíveis 1. Novos negócios inovadores nas Trajetórias Nascentes, mesmo que surgidos da pesquisa na RAC, não se fixam na região, por falta de incentivos compatíveis com os incentivos oferecidos em outras localidades. 2. Empresas instaladas na RAC se tornam líderes em novos mercados baseados em suas novas tecnologias e atraem empresas seguidoras para a região. c) Sistema Regional de Inovação. As variáveis desde grupo se referem a fatores diretamente ligados ao futuro da configuração sistema regional de inovação. Emergência de outros polos dinâmicos em C,T&I A tendência é que a RAC divida progressivamente mais espaço com outras regiões antes de menor expressão em C,T&I, dentro e fora do estado de São Paulo. Isto é resultado da difusão do ensino superior e da pesquisa pelo país e também da interiorização progressiva da indústria e dos serviços. Cidades como Florianópolis, Recife e Manaus fazem parte hoje do grupo das competidoras diretas. Futuros possíveis 1. RAC perde não apenas espaço mas, principalmente, o protagonismo e a identidade de centro tecnológico avançado. Continua com alguma importância, mas se torna uma referência secundária e difusa tematicamente. 2. RAC perde espaço mas ganha em especialização. Torna-se referência mundial em alguns poucos temas. Criação de parques tecnológicos Apesar de pioneira na criação de projetos de parques tecnológicos (ideia presente desde os tempos da implantação da Unicamp), a região ainda não logrou a implantação de um plano efetivo de parques tecnológicos.
254
Futuros possíveis 1. Alguns parques tecnológicos bem estruturados nas temáticas mais estratégicas para a região são constituídos, com modelos atraentes e articulação dos diversos atores do entorno. Grandes investimentos externos são atraídos e ocorrem externalidades positivas no restante da economia da região. 2. Forma-se um mosaico de muitos pequenos parques tecnológicos na região, associados às diferentes instituições de pesquisa. Apesar de haver alinhamento temático internamente a cada iniciativa, a articulação geral é difícil e pouco eficiente. Os parques atendem a demandas locais e têm pouca capacidade de atração de grandes investimentos externos. 3. Nem parques tecnológicos nem outras vantagens para empresas se consolidam na região, novas empresas são repelidas e o desequilíbrio atual entre pesquisa e produção econômica se aprofunda progressivamente. Implantação de políticas complementares A atratividade futura da região de Campinas para investimentos privados em empresas de tecnologia passa pela solução de diversas deficiências hoje existentes em infraestrutura, educação e serviços tecnológicos. Além disso, incentivos e bases institucionais mais favoráveis ao desenvolvimento de inovações poderão tornar a região mais atrativa. Futuros possíveis 1. A região implanta com sucesso um programa de políticas estruturantes para seu sistema de inovação e equaciona suas principais deficiências. 2. São tomadas apenas ações pontuais e fragmentadas que melhoram alguns aspectos mas não elimina deficiências importantes. 3. A criação de um ambiente mais favorável à inovação não entra na lista de prioridades políticas.
7.2.
CENÁRIOS POSSÍVEIS E AÇÕES ESTRATÉGICAS O exercício de cenários não tem como objetivo prever o futuro, sua função é jogar com as
255
possibilidades e combinaçþes possĂveis para ampliar a compreensĂŁo dos fatores em jogo nas decisĂľes que precisam ser tomadas no presente. As especulaçþes sobre os futuros possĂveis e suas combinaçþes levam a um melhor posicionamento em relação Ă s açþes que estĂŁo ao alcance do decisor e as que nĂŁo estĂŁo, em cada configuração. As diferentes incertezas podem reforçar umas as outras, a resolução de uma delas pode provocar as demais ou alterar seu curso. A combinação de possibilidades abaixo (apenas trĂŞs dentre muitas de fato possĂveis) pressupĂľe que certas ocorrĂŞncias podem se reforçar e criar situaçþes especĂficas, chamadas de CenĂĄrios PossĂveis.
Quadro 12 â&#x20AC;&#x201C; CenĂĄrios PossĂveis para o desenvolvimento baseado em inovação na RAC
)RQWH (ODERUDomR SUySULD
1R SULPHLUR FHQiULR Âł5$& DYDQoD´ RV UHVXOWDGRV HP UHODomR D LQFHUWH]DV No primeiro cenĂĄrio, â&#x20AC;&#x153;RAC avançaâ&#x20AC;?, os resultados em relação a incertezas hoje presentes KRMH SUHVHQWHV QD FRQILJXUDomR GH XP 6LVWHPD 5HJLRQDO GH ,QRYDomR VH FRPELQDP na configuração de um Sistema Regional de Inovação se combinam com fatores externos nĂŁo tĂŁo FRP IDWRUHV H[WHUQRV QmR WmR IDYRUiYHLV FULDQGR D RSRUWXQLGDGH GH DJLU favorĂĄveis, criando a oportunidade de agir estrategicamente e avançar em relação aos concorrenHVWUDWHJLFDPHQWH H DYDQoDU HP UHODomR DRV FRQFRUUHQWHV e XP ERP FHQiULR SDUD D tes. Ă&#x2030; um bom cenĂĄrio para a RAC porque a demanda nĂŁo cresce tanto e, sendo a regiĂŁo capaz 5$& SRUTXH D GHPDQGD QmR FUHVFH WDQWR H VHQGR D UHJLmR FDSD] GH HTXDFLRQDU VXDV de equacionar suas vantagens em termos de condiçþes para atrair investimentos de inovação, se tornaYDQWDJHQV HP WHUPRV GH FRQGLo}HV SDUD DWUDLU LQYHVWLPHQWRV GH LQRYDomR VH WRUQD XP um destino preferencial para novas empresas dispostas a estratĂŠgias mais ousadas. GHVWLQR SUHIHUHQFLDO SDUD QRYDV HPSUHVDV GLVSRVWDV D HVWUDWpJLDV PDLV RXVDGDV 256
2 VHJXQGR FHQiULR ³5$& SHUGH VXD JUDQGH FKDQFH´ PRVWUD XPD VLWXDomR
O segundo cenário, “RAC perde sua grande chance”, mostra uma situação em que os fatores externos se tornam extremamente favoráveis mas as condições de atração locais não se concretizam na velocidade e intensidade necessárias. Com isso, os investimentos vão para outros lugares e a RAC perde rapidamente sua posição, suas vantagens são igualadas e superadas por outras regiões. Por fim, o terceiro cenário, “A pesquisa se isola”, apresenta um quadro de retrocesso em relação à situação atual dos fatores externos, somado a um movimento de negação da importância de estratégias de promoção de empresas inovadoras na região. Nesse cenário, as atividades de pesquisa se fecham em si próprias e se amplia a distância entre laboratórios e atividades econômicas. Os três cenários são referências igualmente válidas, uma vez que no presente momento é possível encontrar essas três visões (e outras) em diferentes atores, cada qual com sua expectativa de futuro, muitas vezes antagônicas. Há quem considere a pesquisa na região isolada demais, há quem considere que os fatores de atração não estão sendo consolidados na velocidade necessária, há quem aposte em uma configuração extremamente favorável dos fatores externos. De todo modo, o futuro é indeterminado e a única certeza é que nenhum desses cenários tem prioridade sobre o futuro. O que importa de fato é monitorar as incertezas críticas e entender suas correlações e antagonismos para posicionar políticas no tempo adequado e na intensidade necessária. Se os fatores externos não melhorarem muito, políticas mais tímidas podem ser suficientes, mas ações mais vigorosas se tornam estratégicas se esses fatores passarem a viabilizar investimentos privados maiores em atividades de P&D e inovação.
8. CONCLUSÕES O mapeamento e o estudo das empresas de base tecnológica e dos institutos de pesquisa da Região Administrativa de Campinas (RAC), sintetizados neste relatório, reuniram um expressivo conjunto de informações atualizadas, capazes de descrever em detalhes as múltiplas facetas da configuração de competências presentes na região, as áreas de excelência em que se diferencia e as deficiências que constituem seus fatores limitantes, as tendências mais recentes da indústria, dos serviços e dos temas acadêmicos, além de opiniões e expectativas de importantes atores chaves para a ciência, a tecnologia e a inovação.
257
Todo o extenso levantamento de dados reunido neste relatório converge para uma lista de seis Temas Tecnológicos capazes de orientar a implantação de uma estratégia regional de inovação visando o futuro da região, seja por meio da instalação de parques tecnológicos e de parques científicos, seja pela criação de um ambiente institucional mais fértil e atrativo para os investimentos privados. Nesse sentido, a análise aponta também cinco dimensões a serem observadas por Políticas Complementares necessárias à consolidação de um ambiente favorável à inovação. A constituição de arranjos virtuosos entre empresas inovadoras, excelência acadêmica e desenvolvimento regional passa por uma visão de futuro na qual as iniciativas ocorram sob arranjos atrativos para todos, com regras e diretrizes claras e pactuadas entre todas as partes envolvidas.
8.1. SÍNTESE DAS RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES O conjunto de recomendações a seguir está fundamentado em dados e argumentos reunidos durante todo o trabalho e expostos nos seis capítulos que compõem o relatório. O perfil da inovação na RAC, desde sua origem histórica até suas tendências mais recentes confrontadas a partir de múltiplas referências analíticas, levam à identificação de um conjunto de seis Temas Estratégicos por meio dos quais se acredita ser possível orientar o desenvolvimento futuro da região. Esse desenvolvimento se daria pelo fomento da inovação e da atração de empresas inovadoras para a região, por meio do instrumento de parques tecnológicos. Um projeto de C,T&I para os próximos dez a vinte anos na RAC deve contemplar duas frentes. A primeira (Temas 1 a 4), voltada à especialização e o avanço em trajetórias importantes na atualidade, nas quais há capacidade de inovação nas empresas e capacidade de pesquisa nas universidades e institutos de pesquisa. Uma segunda frente (Temas 5 e 6) estaria voltada a novas trajetórias tecnológicas, buscando atrair investimentos de risco e incubando negócios próximos a grupos de pesquisa de excelência em um conjunto de temas emergentes que fazem sentido para a região. Tema 1. Redes e Serviços de Telecomunicações a) infraestrutura de redes (óptica, wireless) b) projeto de hardware (design house) c) serviços de software para redes de banda larga d) conteúdos multimídia e produtos de comunicação
258
Tema 2. Agrotecnologias a) melhoramento genético de plantas (para alimentação, energia e materiais) b) equipamentos e serviços de engenharia agrícola c) equipamentos e serviços para agroindústrias d) manejo avançado de culturas e) serviços de rastreabilidade e certificações Tema 3. Tecnologias para Saúde a) produtos e equipamentos odontológicos b) equipamentos hospitalares c) ingredientes funcionais para alimentos d) neurociências e) medicina regenerativa f) terapias genéticas Tema 4. Maquinaria e Equipamentos Especializados a) automação industrial b) eletrônica embarcada (automobilística, eletrodomésticos e outros usos) c) material ferroviário d) soluções para logística Tema 5. Eco-Inovações a) novas tecnologias para controle de poluição (ar, água, resíduos sólidos, reciclagem) b) energias renováveis c) eficiência energética d) matérias-primas renováveis (substituição de petroquímicos) e) mitigação de efeitos do aquecimento global f) aproveitamento econômico da biodiversidade
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Tema 6. Nanotecnologia a) nanomateriais e nanomáquinas b) supercondutividade e computação quântica c) síntese química d) tecnologias de imunização e administração de drogas Em todos esses temas e seus tópicos tecnológicos existem competências diferenciadas na RAC e grande potencial para desenvolver interações entre pesquisa, indústria, serviços e mesmo com outros setores da sociedade (cooperativas, associações setoriais, instituições de filantropia). Para que se fortaleça o sistema regional de inovação e que as externalidades positivas sobre o desenvolvimento regional sejam enfatizadas são necessárias políticas complementares. Os poderes municipais são os principais agentes para essas políticas, mas não os únicos. Há ações de responsabilidade do governo estadual e ações que precisam de multilateralidade para produzirem efeitos regionais. As instituições de ensino e pesquisa também têm ao alcance ações que podem colaborar decisivamente para o fortalecimento do sistema de inovação e ampliar tanto a atratividade quanto a efetividade de projetos de inovação na região. Os principais núcleos de políticas complementares identificados são: a) Infraestrutura urbana; b) Políticas de incentivos; c) Educação e recursos humanos; d) Serviços tecnológicos; e) Relações institucionais. Para cada núcleo, há um conjunto de sugestões, compiladas das entrevistas e derivadas dos dados e informações trabalhados pelo estudo. As principais sugestões para a melhoria da infraestrutura urbana são: a.1) Implantação de parques tecnológicos bem integrados à malha urbana; a.2) Transporte coletivo urbano de alta qualidade; 260
a.3) Infraestrutura para lazer e esporte. As políticas de incentivos, além do princípio básico de projetarem benefícios maiores que os seus custos no longo prazo, precisam: b.1) Propor benefícios adequados ao perfil das empresas que se pretende atrair; b.2) Contrabalançar incentivos similares oferecidos por outros lugares (não é preciso entrar em guerra fiscal, mas é preciso fortalecer o poder de barganha); b.3) Monitorar a demanda e divulgar sistematicamente as vantagens da região. No item educação e recursos humanos, a ação pública deve focar em: c.1) Fortalecer o ensino médio e o ensino técnico, ambos defasados em relação ao restante do país; c.2) Buscar nas empresas inovadoras sugestões para as especialidades técnicas a serem priorizadas (os Temas Estratégicos identificados são um ponto de partida); c.3) Massificar o ensino do inglês (como começa a fazer o Rio de Janeiro por causa das Olimpíadas de 2016). Em relação aos serviços tecnológicos, governos municipais, estadual e federal, além de associações setoriais, podem atuar para implantar na região centros tecnológicos (públicos, privados ou mistos) para apoiar as empresas dos setores de plásticos, química (especialmente na química verde), fármacos, cosméticos e higiene pessoal, têxteis, metal-mecânico, automobilístico, em suas necessidades cotidianas e nas tecnologias industriais básicas (TIBs), ou seja, serviços de metrologia, calibração, certificação e outros. Esses setores são relevantes para a RAC, mas não contam com a mesma infraestrutura de apoio que existe para TICs e Agrotecnologias. Em síntese: d.1) Implantar centros tecnológicos regionais voltados para setores destacados na RAC; d.2) Fomentar a abertura e atração de empresas prestadoras de serviços técnicos. Finalmente, nas relações institucionais há muitas oportunidades para facilitar o relacionamento entre empresas, universidade e institutos de pesquisa. A implantação de parques tecnológicos pode ser um fator desencadeador de inovações institucionais para o fortalecimento do
261
sistema regional de inovação, mas é importante frisar que melhorias (e vantagens) institucionais devem ser entendidas como essenciais e não apenas como opcionais. A implantação de um parque tecnológico pode fracassar se não ocorrerem avanços institucionais que justifiquem o investimento e o risco privado e, ao mesmo tempo, dinamizem o desenvolvimento da região. Nesse sentido, os mecanismos mais importantes são: e.1) Acesso facilitado e compartilhamento da infraestrutura pública de pesquisa, de modo a racionalizar o uso de equipamentos com baixa intensidade de uso e escala; e.2) A aproximação e integração com diferentes grupos de pesquisa, institutos e áreas de conhecimento. O aprofundamento do relacionamento deveria permitir que novas agendas de pesquisa, novos cursos e novos grupos de pesquisa fossem criados a partir de desafios e problemas comuns a empresas e academia; e.3) Mecanismos burocráticos simplificados e previsíveis, tanto em relação aos projetos de pesquisa em parceria como em relação às regulamentações públicas municipais e estaduais (alvarás, licenças etc.).
262
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263
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266
$1(;26 10. ANEXOS ANEXO 01 - Empresas, institutos de pesquisa e outrasH organizaçþes entrevistadas $1(;2 (PSUHVDV LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD RXWUDV RUJDQL]Do}HV (novembro 2009 a abril 2010) HQWUHYLVWDGDV QRYHPEUR D DEULO
267
Roteiro de entrevista Introdução Explicar escopo e motivações do estudo da Inova. 1.
Qual é a importância de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para a empresa? [ou
para as empresas com que se relaciona] 1.1.
Como fazer para inovar mais e melhor? Há expectativa de aumentar o impacto do
PDI no negócio da empresa? Em que horizonte de tempo? 1.2.
Quais as maiores dificuldades enfrentadas hoje para realizar PDI?
1.3.
Comente sobre experiências de parceria com universidades e ICTs (boas e ruins).
O que precisa acontecer para dar certo? Foco na relação da organização entrevistada com a possibilidade de vir para perto da universidade (Parque) 2.
Quais vantagens existiriam para a [uma] empresa se instalar próximo da Unicamp e ICTs
como CPqD, LNLS, ITAL e CTI? 2.1
Avalie e comente as desvantagens em potencial (muito grande, grande, média,
pequena, muito pequena):
•
custo elevado de instalação
•
custo elevado de operação (salários mais altos)
•
dificuldade de manter sigilo
•
separação excessiva das unidades produtivas
•
outras
2.2
Avalie e comente as vantagens em potencial (muito grande, grande, média, pe-
quena, muito pequena):
268
•
acesso facilitado a equipamentos caros e de uso esporádico
•
acesso a mão de obra altamente qualificada
•
vantagens na tramitação burocrática de parcerias
•
ganhos de imagem
•
outras
2.3
O que Unicamp e Cia. teriam como diferencial, em relação a outros lugares, a
ponto de influenciar a seu favor a decisão sobre a localização de um futuro centro de P&D da empresa? 2.4
O que seria necessário desenvolver para tornar essa opção mais atrativa?
Foco na relação de outras empresas com o Parque 3.
Na sua opinião, que tipo de indústria (setor) mais se beneficiaria em realizar P&D fisica-
mente próximo à universidade? Por quê? 3.1
O que falta então para que essa aproximação aconteça em maior escala? O que
é preciso que se ofereça? O que é preciso para convencer os empresários e os pesquisadores? 3.2
Quais são as indústrias (setores, negócios) fundamentadas em conhecimento, em
ciência e tecnologia, mais promissoras no Brasil nos próximos anos? 3.3
Conhece e indicaria alguém (empresa) que certamente teria interesse no assunto
desta entrevista e estaria disposto a conversar conosco? Canal para continuar o contato 4.
Por favor, seria possível indicar alguém da empresa que possa nos ajudar no fornecimen-
to de dados (apenas os que forem passíveis de divulgação) caso sejam necessários e importantes para o estudo? 4.1
Algum comentário complementar que deseje fazer.
269
270
ร UJmR GR *RYHUQR
$VVRFLDomR
$VVRFLDomR
,QVWLWXWR GH =RRWHFQLD
6RFLHGDGH %UDVLOHLUD GH 3HVTXLVD H $VVLVWrQFLD SDUD 5HDELOLWDomR &UDQLRIDFLDO 6REUDSDU
9HQWXUXV &HQWUR GH ,QRYDomR 7HFQROyJLFD
,QVWLWXWR $TXDJHQHVLV
,QVWLWXWR GH 3HVTXLVDV (OGRUDGR
ร UJmR GR *RYHUQR
,QVWLWXWR $JURQ{PLFR GH &DPSLQDV
,QVWLWXLomR VHP ILQV OXFUDWLYRV $VVRFLDomR
(PSUHVD 3~EOLFD
(PEUDSD 0RQLWRUDPHQWR SRU 6DWpOLWH
&DPSLQDV
&DPSLQDV
1RYD 2GHVVD
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
-DJXDUL~QD
&DPSLQDV
ร UJmR GR *RYHUQR
(PSUHVD 3~EOLFD
&DPSLQDV
(PSUHVD 3~EOLFD
(PEUDSD 0HLR $PELHQWH
&RPSDQKLD GH 'HVHQYROYLPHQWR GR 3ROR GH $OWD 7HFQRORJLD GH &DPSLQDV &,$7(&
&RRUGHQDGRULD GH $VVLVWrQFLD 7pFQLFD ,QWHJUDO &$7,
D
D
D
D
$Wp
D
D
D
D
$Wp
D
&DPSLQDV
2UJDQL]DomR FDWyOLFD LQWHUQDFLRQDO VHP ILQV OXFUDWLYRV
&HQWUR 8QLYHUVLWiULR 6DOHVLDQR GH 6mR 3DXOR
D
(VStULWR 6DQWR GR 3LQKDO
)XQGDomR
&HQWUR 5HJLRQDO 8QLYHUVLWiULR 8QLSLQKDO
Nรบmero funcionรกrios
Cidade
Tipo
Nome do Instituto
$1(;2 &DUDFWHUL]DomR GRV LQVWLWXWRV GH SHVTXLVD HQWUHYLVWDGRV
$ ,QVWLWXLomR WHP XPD SROtWLFD LQWHUQD GH LQRYDomR YLVDQGR D JHUDomR GH FRQKHFLPHQWR H D GLYHUVLILFDomR QDV iUHDV GH DWXDomR FRPSHWrQFLD RULJLQDO p 7HOHFRP
)XQGDomR FROHJLDGR GHFLGH HP IXQomR GH GHPDQGDV GH SHVTXLVD
(P IXQomR GH SURMHWRV FRQWUDWDGRV SRU HPSUHVDV SULYDGDV $QiOLVH GD GHPDQGD GRV FOLHQWHV GHPDQGDV GH HPSUHVDV SDUFHLUDV H PXLWD SHVTXLVD DSOLFDGD
(GLWDLV SURSRVWDV GH HPSUHVDV GR VHWRU HOpWULFR
0HWDV HVWDEHOHFLGDV QR 3ODQR 'LUHWRU GD 8QLGDGH UHFXUVRV REWLGRV FRP DJrQFLDV GH ILQDQFLDPHQWR (GLWDLV LQWHUQRV GD (PEUDSD (GLWDLV LQWHUQRV GHILQLGRV QRV SODQRV 'LUHWRUHV GD (PEUDSD 6HGH H GD 8QLGDGH H (GLWDLV ([WHUQRV )LQHS &13T H ,QWHUQDFLRQDLV
'LUHWUL]HV GD 6HFUHWDULD (VWDGXDO GH $JULFXOWXUD H $EDVWHFLPHQWR H GHPDQGDV GR VHWRU DJUtFROD
'HILQLGDV QR 3ODQR 3OXULDQXDO GD ,QVWLWXLomR
Decisรตes de investimento 'HPDQGDV GRV 3URIHVVRUHV QD PDLRU SDUWH SURSRVWDV GH FRQYrQLRV FRP HPSUHVDV VmR H[DPLQDGDV SRU XPD &RPLVVmR ,QWHUQD GH 3HVTXLVD H ([WHQVmR GH FDGD FXUVR TXH GHFLGH VREUH R HQYLR j &RRUGHQDomR GH 3HVTXLVD H ([WHQVmR TXH YHULILFD D DGHTXDomR GDV SURSRVWDV jV QRUPDV GD ,QVWLWXLomR $V GHFLV}HV VmR WRPDGDV SRU XP Q~FOHR GH GHVHQYROYLPHQWR LQVWLWXFLRQDO HP TXH SDUWLFLSDP SURIHVVRUHV H SHVTXLVDGRUHV TXH GHFLGHP VREUH R PpULWR GH SURSRVWDV LQWHUQDV H H[WHUQDV 'HPDQGDV GDV HPSUHVDV LQFXEDGDV H GDV HPSUHVDV TXH VH LQVWDODP QR 3yOR GH $OWD 7HFQRORJLD
271
$SOLFDomR
Instituiรงรฃo
8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS )DFXOGDGH
,GHQWLILFDomR H &RQWUROH GH 9LEUDomR H UXtGR
8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO 3DXOLVWD -~OLR GH 0HVTXLWD )LOKR 8QHVS ,QVWLWXWR GH %LRFLrQFLDV
3RQWLItFLD 8QLYHUVLGDGH &DWyOLFD GH &DPSLQDV 3XFFDPS &HQWUR GH &LrQFLDV GD 9LGD
*UXSR GH 3HVTXLVD H ([WHQVmR VREUH 6H[XDOLGDGHV *6(;V
*UXSR GH 3HVTXLVDV HP 9R]
8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS )DFXOGDGH GH (QJHQKDULD $JUtFROD /DERUDWyULR GH ,QVWUXPHQWDomR H &RQWUROH $JULFXOWXUD )DPLOLDU (PEUDSD (PEUDSD ,QIRUPiWLFD $JURSHFXiULD %LRHFRORJLD H &RQWUROH GH )RUPLJDV HP 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO 3DXOLVWD 8QHVS ,QVWLWXWR GH ร UHDV 8UEDQL]DGDV %LRFLrQFLDV %LRORJLD H (FRORJLD GH 3HL[HV 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO 3DXOLVWD -~OLR GH 0HVTXLWD )LOKR 8QHVS ,QVWLWXWR GH %LRFLrQFLDV &RQIRUWR $PELHQWH 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS ยฑ )DFXOGDGH GH $UTXLWHWXUD (PEDODJHP H (VWDELOLGDGH GH $OLPHQWRV 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS )DFXOGDGH GH (QJHQKDULD GH $OLPHQWRV 'HSDUWDPHQWR GH WHFQRORJLD GH DOLPHQWRV (QJHQKDULD %LRPpGLFD H )tVLFD 0pGLFD 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS &HQWUR GH (QJHQKDULD %LRPpGLFD *HQ{PLFD H ([SUHVVmR 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS ,QVWLWXWR GH %LRORJLD *UXSR GH )tVLFD H 7HFQRORJLD GH 3ODVPD 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS ,QVWLWXWR GH )tVLFD 8QLYHUVLGDGH GH 6mR 3DXOR 863 (VFROD 6XSHULRU GH *UXSR GH 3HVTXLVDV HP 3UySROLV $JULFXOWXUD /XL] GH 4XHLUR]
$JULFXOWXUD GH 3UHFLVmR /RFDOL]DGD GH ,QVXPRV
Grupo
$1(;2 &DUDFWHUL]DomR GRV JUXSRV GH SHVTXLVD HQWUHYLVWDGRV
)UDQFLVFR 0DQRHO GH 6RX]D %UDJD /XFLOD &KHEHU /DEDNL -RVp GH $VVLV )RQVHFD )DULD -RVp :LOVRQ 0DJDOKmHV %DVVDQL *RQoDOR $PDUDQWH *XLPDUmHV 3HUHLUD $UX\ 0DURWWD 6HYHULQR 0DWLDV GH $OHQFDU
5LR &ODUR &DPSLQDV &DPSLQDV &DPSLQDV &DPSLQDV &DPSLQDV 3LUDFLFDED
&DPSLQDV
5LR &ODUR
-RVp 5REHUWR GH )UDQFD $UUXGD
&pOLD 5HJLQD 5RVVL
,DUD %LWWDQWH GH 2OLYHLUD
-RVp 5X\ 3RUWR GH &DUYDOKR 2GDLU &RUUHD %XHQR
&DPSLQDV 5LR &ODUR
&DPSLQDV
1pOVRQ /XtV &DSHOOL &OiXGLR .L\RVKL 8PH]X
Entrevistado (a)
&DPSLQDV
Cidade
*HQpWLFD H %LRWHFQRORJLD 7HFQRORJLD GH SODVPD WpUPLFR 3URGXWRV QDWXUDLV LGHQWLILFDomR GH FRPSRVWRV ELRDWLYRV $YDOLDomR H PHGLGDV SDUD WHUDSLD GH YR] 3VLFRORJLD GD HGXFDomR HGXFDomR VH[XDO GLYHUVLGDGH VH[XDOLGDGH H UHODo}HV GH JrQHUR 5XtGR H YLEUDo}HV
(QJHQKDULD ELRPpGLFD
$UTXLWHWXUD H HQJHQKDULD FLYLO 7HFQRORJLD GH DOLPHQWRV
(FRORJLD
(VWDWtVWLFD %LRHFRORJLD
$XWRPDomR H FRQWUROH QD DJULFXOWXUD
ร rea de atuaรงรฃo
272
H
0HGLGDV
8QLYHUVLGDGH 0HWRGLVWD GH 3LUDFLFDED )DFXOGDGH GH (QJHQKDULD $UTXLWHWXUD H 8UEDQLVPR 5XEHQV 0DFLHO )LOKR 6HFXQGLQR 6RDUHV )LOKR &pOLR 3DVTXLQL
&DPSLQDV &DPSLQDV
.ODXV 6FKย W]HU
6DQWD %DUEDUD ' 2HVWH &DPSLQDV
(QHLGD GH 3DXOD
6RODQJH 0XJOLD :HFKVOHU
Entrevistado (a)
&DPSLQDV
&DPSLQDV
GH (QJHQKDULD 0HFkQLFD 3RQWLItFLD 8QLYHUVLGDGH &DWyOLFD GH &DPSLQDV 3XFFDPS )DFXOGDGH GH 3VLFRORJLD
8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS ,QVWLWXWR GH %LRORJLD
Cidade
Instituiรงรฃo
2WLPL]DomR 3URMHWR H &RQWUROH $YDQoDGR GH 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS )DFXOGDGH 3URFHVVRV GH (QJHQKDULD 4XtPLFD 3ODQHMDPHQWR 3URJUDPDomR H 'HVSDFKR GH 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO GH &DPSLQDV 8QLFDPS )DFXOGDGH *HUDomR HP 6LVWHPDV GH (QHUJLD (OpWULFD GH (QJHQKDULD (OpWULFD H GH &RPSXWDomR 4XtPLFD $QDOtWLFD ,QVWLWXWR GH 4XtPLFD
1~FOHR SDUD 3URMHWR H 0DQXIDWXUD ,QWHJUDGRV
/DERUDWyULR GH %LRPHPEUDQDV
/DERUDWyULR GH $QiOLVH 3VLFROyJLFDV /$03
Grupo
'HVHQYROYLPHQWR LQWHJUDGR GH SURGXWR XVLQDJHP GH DOWD YHORFLGDGH H PRQLWRUDPHQWR GH SURFHVVR 'HVHQYROYLPHQWR GH 3URFHVVRV 4XtPLFRV 6LVWHPDV GH HQHUJLD HOpWULFD 4XtPLFD $QDOtWLFD
)XQGDPHQWRV H PHGLGDV HP SVLFRORJLD %LRTXtPLFD
ร rea de atuaรงรฃo
ANEXO 04 - Roteiros de entrevista de Institutos e Grupos de Pesquisa Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científico e Tecnológico de Campinas Roteiro de Entrevista para os Institutos
A - Apresentação da pesquisa Esta pesquisa, realizada pela Unicamp, por solicitação da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, tem o objetivo de identificar e analisar as características, potencialidades e dificuldades dos institutos e centros de pesquisa da região de Campinas na geração de novos projetos e parcerias na área de inovação científica e tecnológica. O resultado desse levantamento, consolidado e sem a identificação das empresas e dos respondentes, será enviado para todos os profissionais que participaram. As informações serão mantidas sob sigilo.
B – Dados cadastrais B1 - Nome do Instituto: B2 - Endereço do Instituto: B3 - Município: B4 - Nome do entrevistado (responsável pelo Instituto): B5 - Cargo do entrevistado (responsável pelo Instituto): B6 - Telefone: B7 - E-mail: B8 - Homepage:
C – Caracterização do instituto C1 - Pessoa jurídica? RU [1] - órgão do governo [2] - Empresa pública [3] - Autarquia [4] - Fundação
273
[5] - Associação [xx] - outro: RAT [99] - Não sei
C2 – Número de funcionários: RU [1] - Até 10 pessoas [2] - De 11 a 50 pessoas [3] - De 51 a 100 pessoas [4] - De 101 a 500 pessoas [5] - Mais de 501 pessoas [99] - Não sei
C3 – Lista dos grupos de pesquisa na instituição? RM C3-1 Grupo 1: RAT C3-2 Grupo 2: RAT C3-3 Grupo 3: RAT C3-4 Grupo 4: RAT [xx] Outro: RAT
C4 Lista das empresas que o instituto mantém parceria? RAT (longa)
E – Incentivos e financiamentos E1 – Como são definidas as principais decisões de investimento em tecnologia e inovação? RAT
E2 Qual o grau de importância das fontes de recursos financeiros para o desenvolvimento de atividades inovativas no instituto? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM [E2-1] Recursos próprios [E2-2] Recursos privados (de terceiros) [E2-3] Recursos públicos (bancos e agências de fomento) [99] Não sei
274
E3 O instituto já recebeu quais incentivos ou financiamentos para desenvolver atividades inovativas? RM E3-1 Financiamento reembolsável a projetos de pesquisa E3-2 Financiamento reembolsável a compra de máquinas ou equipamentos utilizados para inovar E3-3 Apoio não reembolsável oferecido pelas fundações de amparo à pesquisa, CNPq ou FINEP E3-4 Aporte de capital de risco E3-5 Incentivos federais (fiscais e outros) E3-7 Incentivos estaduais (fiscais e outros) E3-8 Incentivos municipais (fiscais e outros) E3-9 Nunca obteve nenhum destes incentivos ou financiamentos [XX] Outro RAT ____________ [99] Não sei
E4 Quais foram as finalidades dos incentivos ou financiamentos recebidos? RAT
E5 - Com quais categorias de parceiros o instituto consolidou arranjos de cooperação para inovação nos últimos três anos? RM E5-1 Clientes E5-2 Fornecedores E5-3 Outros institutos E5-4 Empresas de consultoria E5-5 Universidades E5-6 Centros de capacitação profissional ou assistência técnica E5-7 ONGs ou instituições sem fins lucrativos E5-8 Órgãos governamentais federais, estaduais ou municipais E5-9 O instituto não estabeleceu parcerias ou arranjos de cooperação para inovação [XX] Outra: ________________ RAT [99] Não sei
Obs: Cooperação para inovação: significa a participação ativa em projetos de P&D e outros projetos de inovação com outra organização (empresa ou instituição). Isso não implica, necessariamente, que as partes envolvidas obtêm benefícios comerciais imediatos. A simples
275
contratação de serviços de outra organização, sem a sua colaboração ativa, não é considerada cooperação.
E6 Qual foi a finalidade desta(s) cooperação(ões)? RM E6-1 P&D E6-2 Inovação de produto ou processo E6-3 Assistência técnica E6-4 Treinamento E6-5 Consultoria E6-6 Uso de máquinas e equipamentos E6-7 Ensaios laboratoriais e outros serviços técnicos e tecnológicos E6-8 Avaliação de conformidade e metrologia E6-9 O instituto não estabeleceu parcerias ou arranjos de cooperação [XX] Outra:_______________RAT [99] Não sei
F - Lacunas e complementaridades F1 - Indique as demandas do instituto às universidades e empresas privadas? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não se aplica RM F1-1 Inovação de produto ou processo F1-2 Pesquisa e avanço do conhecimento em temas relevantes aos grupos de pesquisa F1-3 Formação de pessoal altamente qualificado em temas de interesse F1-4 Compartilhamento de máquinas e equipamentos altamente especializados F1-5 Ensaios laboratoriais e outros serviços técnicos e tecnológicos F1-6 Avaliação de conformidade e metrologia F1-7 Assistência técnica F1-8 Treinamento de pessoal técnico F1-9 Consultoria [XX] Outra: RAT [99] Não sei
F2 - Quais são as demandas e as necessidades do instituto para ampliar sua capacidade de inovação. RAT
276
F3 - Quais os obstáculos encontrados pelo instituto para realizar atividades de inovação? RAT
G. - Atratividade de Parques Tecnológicos e da Região de Campinas para a Instituição de Pesquisa Um Parque Tecnológico é formado a partir da instalação de empresas de base tecnológica (EBTs) em uma região dotada de infraestrutura científica, ou seja, presença de universidades e institutos de pesquisa, públicos e privados. As vantagens competitivas destas empresas baseiam-se fortemente em suas atividades inovativas, e a proximidade com as organizações de pesquisa possibilita-lhes monitorar e absorver mais facilmente conhecimentos gerados, por exemplo, pelo contato com pesquisadores, consolidação de parcerias e contratação de serviços de P&D, além do acesso a recursos humanos capacitados. Neste ambiente, portanto, destaca-se a importância das relações entre as instituições de ensino e pesquisa e empresas, e dos conhecimentos que fluem pela rede de relações que ali se estabelece.
G1 - Qual o grau de importância dos itens a seguir para justificar a instalação do instituto em um Parque Tecnológico? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não se aplica RM G1-1 Presença de instituições dedicadas à prestação de serviços técnicos e tecnológicos G1-2 Vantagens e velocidade na tramitação burocrática de parcerias com ICTs e universidades G1-3 Acesso facilitado a equipamentos de P&D específicos, caros e de uso esporádico G1-4 Possibilidades de cooperação com outros centros de P&D públicos ou privados G1-5 Oferta de profissionais altamente capacitados G1-6 Acesso a rede de relacionamentos com pessoal técnico de alto nível G1-7 Acesso a incentivos fiscais específicos G1-8 Baixo investimento de instalação (custo da área, da construção, dos licenciamentos necessários etc.) G1-9 Disponibilidade de infraestrutura específica compartilhada e a baixo custo (água e efluentes, redes de comunicação, energia elétrica com alta qualidade, sistema de transporte coletivo diferenciado etc.) [XX] Outro: RAT [99] Não sei 277
G2 - O que seria necessário desenvolver para tornar a opção por Campinas e região a mais atrativa para a inovação tecnológica? RAT - longa
278
Roteiro de Entrevista para Grupos de Pesquisa B1 Nome do Instituto: B2 Endereço do Instituto: B3 Município:
H1 Nome do Grupo: RAT H2 Responsável pelo grupo de pesquisa: RAT H3 Pesquisador entrevistado: RAT H4 Área de atuação: RAT H4A Telefone: H4B E-mail:
H5 Qual a demanda por contratação de pesquisadores segundo os níveis de formação a seguir? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM H5-1 Doutores H5-2 Mestres H5-3 Especialistas H5-4 Graduados H5-5 Graduandos (iniciação científica) H5-6 Técnicos de nível médio [99] Não sei
H6 Qual a necessidade de capacitação e de treinamento dos profissionais no desenvolvimento de atividades inovativas? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM H6-1 Estudo de conceitos H6-2 Prospecção tecnológica
279
H6-3 Identificação de demandas e necessidades em inovação tecnológica H6-4 Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) H6-5 Desenho e execução de ensaios e experimentos H6-6 Desenvolvimento de software H6-7 Desenvolvimento de protótipos H6-8 Desenvolvimento de serviços H6-9 Elaboração de documentação técnica H6-10 Gestão de projetos H6-11 Projetos de Engenharia H6-12 Ensaios, testes e normalização e controle de qualidade de produtos H6-13 Escalonamento da produção industrial H6-14 Negociação com atores privados para atividades de P&D H6-15 Negociação com atores públicos para atividades de P&D H6-16 Registro de patentes ou outros mecanismos de proteção à propriedade intelectual [XX] Outro_________________ RAT [99] Não sei
H7 Quais formações específicas que o grupo de pesquisa mais necessita? RAT
H8 Objetivo da inovação: RU [1] Aprimoramento da existente [2] Nova para o mercado nacional, mas já existente no mercado mundial [3] Nova para o mercado mundial [xx] Outro:
H9 Demandas do grupo de pesquisa: RM [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não se aplica H9-1 Aquisição externa de P&D (empresas ou instituições tecnológicas) H9-2 Celebração de acordos de transferência através da compra de licenças de patentes, marcas, know-how, software de tecnologia H9-3 Aquisição de máquinas e equipamentos especificamente adquiridos para introduzir produtos ou processos novos ou aperfeiçoar os existentes H9-4 Construção de infraestrutura interna: desenvolvimento de laboratórios, plototipagem, área de design etc.
280
H9-5 Monitoramento de informação tecnológica (patentes, normas, catálogos, revistas técnicas) H9-6 Avaliação e certificação de conformidade (certificação de produtos, sistemas, serviços, ensaios e análises, calibração, medição e verificação) [XX] Outra:
H10 Qual o grau de importância dos instrumentos de proteção de propriedade intelectual para o grupo de pesquisa? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não se aplica RM H10-1 Patente H10-2 Registro de desenho industrial H10-3 Registro de software H10-5 Registros de cultivar H10-6 Segredo industrial H10-7 Marcas [99] Não sei
H11 Indique a importância das seguintes atividades oferecidas por universidades e por empresas privadas para o Grupo de Pesquisa [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não se aplica RM H11-1 Inovação de produto ou processo H11-2 Pesquisa e avanço do conhecimento em temas relevantes aos grupos de pesquisa H11-3 Formação de pessoal altamente qualificado em temas de interesse H11-4 Compartilhamento de máquinas e equipamentos altamente especializados H11-5 Ensaios laboratoriais e outros serviços técnicos e tecnológicos H11-6 Avaliação de conformidade e metrologia H11-7 Assistência técnica H11-8 Treinamento de pessoal técnico H11-9 Consultoria [XX] Outra: RAT [99] Não sei
H12 Quais características das atividades de inovação tecnológica do seu grupo de pesquisa você considera importantes para a definição de políticas públicas de fomento da capacidade de inovação? RAT
281
282
&ULVWiOLD 3URGXWRV 4XtPLFRV H )DUPDFrXWLFRV /WGD 'HGLQL
&RRSHU*DPHV 6HUYLoRV H &RPpUFLR &4$ /DERUDWyULRV
&RRSHUDWLYD 5HPRGHOD
&RPIRUW +RXVH
&REUHT
%UDJD
%RUJ:DUQHU
%LRZDUH 7HFQRORJLD
%LRFDP
%DOHVWUR
$OODJL
$JULFHI
$ELQIR
Nome fantasia
&RPIRUW +RXVH (QJHQKDULD /WGD (33 &RRSHUDWLYD GH 3URFHVVDPHQWR GH 0DWHULDLV 5HFLFOiYHLV 5HPRGHOD /WGD -~OLR &pVDU 3HVFXLWH *RQoDOYHV %DWLVWD 0( &HQWUR GH 4XDOLGDGH $QDOtWLFD /WGD &ULVWiOLD 3URGXWRV 4XtPLFRV H )DUPDFrXWLFRV /WGD 'HGLQL 6 $ ,QG~VWULDV GH
%UDJD &RPpUFLR H ,QG~VWULD /WGD 70' )ULFWLRQ
,QG~VWULD (OHWURPHFkQLFD %DOHVWUR /WGD %LRFDP (TXLSDPHQWR 0pGLFR +RVSLWDODU /WGD %LRZDUH 'HVHQYROYLPHQWR GH 7HFQRORJLD GH (QHUJLD H 0HLR $PELHQWH /WGD %RUJ:DUQHU %UDVLO /WGD
$VVRFLDomR %UDVLOHLUD GH ,QIRUPiWLFD /WGD $JULFHI 6ROXo}HV 7HFQROyJLFDV SDUD $JULFXOWXUD /WGD $OODJL (QJHQKDULD /WGD
Razรฃo social
5REHUWR 'HERP 3DXOR $XJXVWR 6RDUHV
3LUDFLFDED
-~OLR &pVDU 3HVFXLWH *RQoDOYHV %DWLVWD 9DOHQWLP % /D]DULQH
6LGQH\ 5REHUWR 0RUHOOL
$QGUp /XLV 5RFKD *DVSDU
)HUHV 0DFXO
+XJR /RUHQ]HWWL -XQLRU
$UQDOGR ,H]]L -~QLRU
-XDQ 0LJXHO 0HVD 3HUH]
)ODYLR 8OEULFK
/XLJLQD %DOHVWUR )LOLSSLQL
5DIDHO /HY\
(IUDLP $OEUHFKW 1HWR
Responsรกvel pelas respostas $ODLGH 3HOOHJULQL 0DPPDQD
,WDSLUD
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
,QGDLDWXED
+RUWROkQGLD
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
0RJL 0LULP
6mR 3DXOR
&DPSLQDV
&DPSLQDV
Cidade
$1(;2 (PSUHVDV TXH SDUWLFLSDUDP GR OHYDQWDPHQWR GDV (%7V
*HUHQWH
'LUHWRU 3' ,
'LUHWRU WpFQLFR
3URSULHWiULR
3UHVLGHQWH
'LUHWRU
'LUHWRU SUHVLGHQWH
'LUHWRU GH RSHUDo}HV
'LUHWRU JHUDO
'LUHWRU WpFQLFR
'LUHWRU WpFQLFR
'LUHWRUD DGPLQLVWUDWLYD
'LUHWRU JHUDO VyFLR
6yFLR DGPLQLVWUDGRU
'LUHWRUD SUHVLGHQWH
Cargo
Telefone
SDXOR VRDUHV #GHGLQL FRP
GHERP#FULVWDOLD FRP EU
YDOHPWLP#FSD FRP EU
MXOLR#FRRSHUJDPHV FRP EU
IHUHV PDFXO#WPGIULFWLRQ FR P DQGUH#FRPIRUWKRXVHV\VWHP FRP PRUHOOL#PSFQHW FRP EU
KXJR#EUDJD FRP EU
DLH]]L#ERUJZDUQHU FRP
ELRZDUH#ELRZDUH FRP EU
IODYLR#ELRFDP FRP EU
OXLJLQD#EDOHVWUR FRP
OHY\#DOODJL FRP EU
DODLGH PDPPDQD#EUGLVSOD\ FRP DJULFHI#DJULFHI FRP EU
283
.1%6 .QRZOHGJH 1HWZRUNV %XVLQHVV 6ROXWLRQV /yJLFD 'LJLWDO
.LQDSV\V
, 6\VWHPV
,QYLVWD 7HFQRORJLD 7r[WLO
,QWHJUVHF
,PXQ\
,GHD
ร FDUR 7HFKQRORJLHV
*XDEL
*ULDXOH
*UHHQ 7HFKQRORJLHV
)UHHVFDOH
'35 (QJHQKDULD
Nome fantasia
.1%6 7HOHFRPXQLFDo}HV H ,QIRUPiWLFD /WGD 0XQGR &OLFN 3UHVWDomR GH 6HUYLoRV /WGD ยฑ 0(
ร FDUR 7HFKQRORJLHV 6HUYLoRV H &RPpUFLR /WGD ,GHD 6LVWHPDV (OHWU{QLFRV /WGD 5KHDELRWHFK 'HVHQYROYLPHQWR 3URGXomR H &RPHUFLDOL]DomR GH 3URGXWRV GH %LRWHFQRORJLD /WGD ,QWHJUVHF 6LVWHPDV H 6ROXo}HV SDUD 6HJXUDQoD /WGD ,QYLVWD 7HFQRORJLD 7r[WLO %UDVLO ,QG~VWULD H &RPpUFLR GH )LEUDV /WGD 30% $XWRPDomR ,QGXVWULDO /WGD .LQDSV\V WHFQRORJLD /WGD
0RJLDQD $OLPHQWRV /WGD
'35 (QJHQKDULD $VVHVVRULD H &RQVXOWRULD HP 3URMHWRV QD ร UHD 3HWUROtIHUD /WGD )UHHVFDOH 6HPLFRQGXWRUHV %UDVLO /WGD *UHHQ 7HFKQRORJLHV 3URMHWRV $JURLQGXVWULDLV 6 & /WGD *ULDXOH %LRPHWULFV /WGD
%DVH
Razรฃo social
&DUORV $OEHUWR )UyHV /LPD 5DIDHO 5H] 2OLYHLUD
&DPSLQDV
5HQDWR $ 6RULDQR -U
,JRU %LWWHQFRXUW 6DQWLDJR
6LODV $OH[DQGUH %UD]XQD %DSWLVWD
'DQLHO 1RYDLV 0DUWLQV
/XtV $QWRQLR 3HURQL
9DOGLQH\ 3LPHQWD
.OHEHU 6WURHK
)HUUDUHVL
9DOPLUD $SDUHFLGD )RUJDWL
$UPDQGR *RPHV GD 6LOYD -~QLRU )UDQ] 6DOFHV 5XL]
'HQLV $QWRQLR 6KLJXHPRWR
Responsรกvel pelas respostas
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
3DXOtQLD
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
Cidade
'LUHWRU GH PDUNHWLQJ GH EXVFD
6yFLR GLUHWRU
6yFLR GLUHWRU
&RRUGHQDGRU GH &RPXQLFDomR H 5HODo}HV ([WHUQDV 3UHVLGHQWH
(PSUHHQGHGRU
6yFLR DGPLQLVWUDGRU
'LUHWRU H[HFXWLYR
'LUHWRU H[HFXWLYR
*HUHQWH FRQWURODGRULD
&(2
'LUHWRU GH 7HFQRORJLD H &RXQWU\ 0DQDJHU 'LUHWRU
'LUHWRU
Cargo
Telefone
UDIDHO#ORJLFDGLJLWDO FRP EU
UHQDWR VRULDQR#NLQDSV\V FR P EU IURHV#NQEV FRP EU
LJRU VDQWLDJR#LV EUDVLO FRP
VLODV D EDSWLVWD#LQYLVWD FRP
GDQLHO#LQWHJUVHF FRP EU
OXLV#UKHDELRWHFK FRP EU
YDOGLQH\#LGHD LS FRP
NOHEHU VWURHK#LFDUR FRP EU
IHUUDUHVL#JXDEL FRP EU
DUPDQGR JRPHV#IUHHVFDOH FRP JUHHQWHFK#LQFDPS XQLFDPS EU YIRUJDWL#KRWPDLO FRP
GHQLV#GSUHQJHQKDULD FRP
EU
284
7KRUXV 6FLVRIW
7HFQRO
7HFK &KURP
7DJJHQ 6ROXo}HV 5),'
6HQVHGLD
6DPVXQJ
5H[DP %HDXW\ 3DFNDJLQJ GR %UDVLO 5RXVVHORW
7DJJHQ 6LVWHPDV GH ,QIRUPDomR /WGD 7HFK &KURP LQVWUXPHQWRV $QDOtWLFRV /WGD 7HFQRO 7pFQLFD 1DFLRQDO GH ร FXORV /WGD 7KRUXV 6FLVRIW 7HFQRORJLD GD
5 ) 7HFQRORJLD HP 7HOHFRPXQLFDo}HV /WGD 5H[D GR %UDVLO (PEDODJHQV /WGD 5RXVVHORW *HODWLQDV GR %UDVLO 6 $ 6DPVXQJ (OHWU{QLFD GD $PD]{QLD /WGD '$ 6RIWZDUH H 6HUYLoRV 6 $
5 ) 7HFQRORJLD
33& 6DQWDQD
3KDFWRQ 'HVHQYROYLPHQWR 7HFQROyJLFR HP ,QIRUPDWL]DomR /WGD ,VRODGRUHV 6DQWDQD /WGD
3HWUyOHR %UDVLOHLUR 6 $
(FRORJLD &RPpUFLR GH 0DTXLQDV GH 0RXU}HV GH 3QHXV ,QVHUYtYHLV /WGD 0( 0HJD 6LVWHPDV &RUSRUDWLYRV /WGD 0HWD 0DWHULDO 'HVHQYROYLPHQWR GH 1RYRV 0DWHULDLV /WGD 0RE:LVH &RQVXOWRULD HP (QJHQKDULD H 6RIWZDUH /WGD 0RWRUROD ,QGXVWULDO /WGD
Razรฃo social
3KDFWRQ (QWHUSULVH 0DQXIDFWXULQJ ,QWHOOLJHQFH
3HWUREUDV 5HSODQ
0RWRUROD
0RE:LVH
0HWD 0DWHULDO
0HJD 6LVWHPDV
0DSHXV
Nome fantasia
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
6HUJLR )UDQFLVFR 6LOYD 6DQWRV $OEHUWR &RVWD 1RJXHLUD
0DULR 3DLYD 0DJDOKmHV )ORUHV GR 3UDGR 9DOWHU 2ULFR GH 0DWRV
)HUQDQGR &DPSRV GH $UUXGD -XQLRU 1XULD 3LDL 1DYD
$GULDQD $OWKH
$PSDUR &DPSLQDV
(OEHU /LPD
0DUFR $XUpOLR )RUWHV
$UWKXU /DYLHUL
3DWULFN 3LVDQL %DXGRQ
*XVWDYR 0DUTXLQL GH $OPHLGD 0DULD $QJHOD GR 5rJR %DUURV 'DQLHO 7HL[HLUD 0DFKDGR
0DXUtFLR $QWRQLR -DLPH
:DOPLU 6FDUDYHOOL
Responsรกvel pelas respostas 5H\QDOGR 7HL[HLUD GR $PDUDO -XQLRU
-XQGLDt
&DPSLQDV
3HGUHLUD
&DPSLQDV
3DXOtQLD
-DJXDUL~QD
&DPSLQDV
&DPSLQDV
,WX
%UDJDQoD 3DXOLVWD
Cidade
'LUHWRU GH WHFQRORJLD GD LQIRUPDomR 'LUHWRU GH PDUNHWLQJ 5+ H
'LUHWRU
6yFLR GLUHWRU 7pFQLFR
*HUHQWH VrQLRU GH SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR $QDOLVWD GH PDUNHWLQJ
*HUHQWH GH 5+
*HUHQWH GH 7,
'LUHWRU
&(2
6yFLR DGPLQLVWUDGRU
*HUHQWH GH 5HODo}HV *RYHUQDPHQWDLV 3' , *HUHQWH JHUDO
*HVWRU ILQDQFHLUR
6yFLR GLUHWRU
'LUHWRU FRPHUFLDO
6yFLR
Cargo
Telefone
WHFKFKURP#WHFKFKURP FRP EU VHUJLR VDQWRV#WHFQRO FRP E U DOEHUWR FRVWD#WKRUXV
PDULR#WDJJHQ FRP EU
QXULD QDYD#VHQVHGLD FRP
PDJDOL PDUFKLRUL#URVVHORW F RP I DUUXGD#VDPVXQJ FRP
HOEHU OLPD#UH[DP FRP
DUWKXU ODYLHUL#LVDQWDQD FRP EU U I#U I FRP EU
3$75,&. %$8'21#3+$& 721 &20
GDQLHOWP#3HWUREUDV &RP %U
JXVWDYR PDUTXLQL#PREZLVH FRP EU ZDE #HPDLO PRW FRP
PDXULFLR#PHWDPDWHULDO FRP EU
ZDOPLU#PHJD FRP EU
UH\QDOGRHFRORJL#\DKRR FRP EU
285
7KRUXV 6FLVRIW
7HFQRO
7HFK &KURP
7DJJHQ 6ROXo}HV 5),'
6HQVHGLD
6DPVXQJ
5H[DP %HDXW\ 3DFNDJLQJ GR %UDVLO 5RXVVHORW
7DJJHQ 6LVWHPDV GH ,QIRUPDomR /WGD 7HFK &KURP LQVWUXPHQWRV $QDOtWLFRV /WGD 7HFQRO 7pFQLFD 1DFLRQDO GH ร FXORV /WGD 7KRUXV 6FLVRIW 7HFQRORJLD GD
5 ) 7HFQRORJLD HP 7HOHFRPXQLFDo}HV /WGD 5H[D GR %UDVLO (PEDODJHQV /WGD 5RXVVHORW *HODWLQDV GR %UDVLO 6 $ 6DPVXQJ (OHWU{QLFD GD $PD]{QLD /WGD '$ 6RIWZDUH H 6HUYLoRV 6 $
5 ) 7HFQRORJLD
33& 6DQWDQD
3KDFWRQ 'HVHQYROYLPHQWR 7HFQROyJLFR HP ,QIRUPDWL]DomR /WGD ,VRODGRUHV 6DQWDQD /WGD
3HWUyOHR %UDVLOHLUR 6 $
(FRORJLD &RPpUFLR GH 0DTXLQDV GH 0RXU}HV GH 3QHXV ,QVHUYtYHLV /WGD 0( 0HJD 6LVWHPDV &RUSRUDWLYRV /WGD 0HWD 0DWHULDO 'HVHQYROYLPHQWR GH 1RYRV 0DWHULDLV /WGD 0RE:LVH &RQVXOWRULD HP (QJHQKDULD H 6RIWZDUH /WGD 0RWRUROD ,QGXVWULDO /WGD
Razรฃo social
3KDFWRQ (QWHUSULVH 0DQXIDFWXULQJ ,QWHOOLJHQFH
3HWUREUDV 5HSODQ
0RWRUROD
0RE:LVH
0HWD 0DWHULDO
0HJD 6LVWHPDV
0DSHXV
Nome fantasia
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
&DPSLQDV
6HUJLR )UDQFLVFR 6LOYD 6DQWRV $OEHUWR &RVWD 1RJXHLUD
0DULR 3DLYD 0DJDOKmHV )ORUHV GR 3UDGR 9DOWHU 2ULFR GH 0DWRV
)HUQDQGR &DPSRV GH $UUXGD -XQLRU 1XULD 3LDL 1DYD
$GULDQD $OWKH
$PSDUR &DPSLQDV
(OEHU /LPD
0DUFR $XUpOLR )RUWHV
$UWKXU /DYLHUL
3DWULFN 3LVDQL %DXGRQ
*XVWDYR 0DUTXLQL GH $OPHLGD 0DULD $QJHOD GR 5rJR %DUURV 'DQLHO 7HL[HLUD 0DFKDGR
0DXUtFLR $QWRQLR -DLPH
:DOPLU 6FDUDYHOOL
Responsรกvel pelas respostas 5H\QDOGR 7HL[HLUD GR $PDUDO -XQLRU
-XQGLDt
&DPSLQDV
3HGUHLUD
&DPSLQDV
3DXOtQLD
-DJXDUL~QD
&DPSLQDV
&DPSLQDV
,WX
%UDJDQoD 3DXOLVWD
Cidade
'LUHWRU GH WHFQRORJLD GD LQIRUPDomR 'LUHWRU GH PDUNHWLQJ 5+ H
'LUHWRU
6yFLR GLUHWRU 7pFQLFR
*HUHQWH VrQLRU GH SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR $QDOLVWD GH PDUNHWLQJ
*HUHQWH GH 5+
*HUHQWH GH 7,
'LUHWRU
&(2
6yFLR DGPLQLVWUDGRU
*HUHQWH GH 5HODo}HV *RYHUQDPHQWDLV 3' , *HUHQWH JHUDO
*HVWRU ILQDQFHLUR
6yFLR GLUHWRU
'LUHWRU FRPHUFLDO
6yFLR
Cargo
Telefone
WHFKFKURP#WHFKFKURP FRP EU VHUJLR VDQWRV#WHFQRO FRP E U DOEHUWR FRVWD#WKRUXV
PDULR#WDJJHQ FRP EU
QXULD QDYD#VHQVHGLD FRP
PDJDOL PDUFKLRUL#URVVHORW F RP I DUUXGD#VDPVXQJ FRP
HOEHU OLPD#UH[DP FRP
DUWKXU ODYLHUL#LVDQWDQD FRP EU U I#U I FRP EU
3$75,&. %$8'21#3+$& 721 &20
GDQLHOWP#3HWUREUDV &RP %U
JXVWDYR PDUTXLQL#PREZLVH FRP EU ZDE #HPDLO PRW FRP
PDXULFLR#PHWDPDWHULDO FRP EU
ZDOPLU#PHJD FRP EU
UH\QDOGRHFRORJL#\DKRR FRP EU
286
:KLUOSRRO 6 $
9HULGLV 7HFQRORJLD
8PLFRUH
7URS &OLPD
Nome fantasia
9HULGLV 7HFQRORJLD GD ,QIRUPDomR /WGD :KLUOSRRO 6 $
7URS &OLPD (TXLSDPHQWRV SDUD (VWXIDV $JUtFRODV /WGD 8PLFRUH %UDVLO /WGD
,QIRUPDomR /WGD
Razรฃo social
6mR 3DXOR
&DPSLQDV
$PHULFDQD
+RODPEUD
Cidade
*XLOKHUPH 0 /LPD
'DQLHO -RVp $XJXVWR
6WHSKDQ %OXPULFK
7KHRGRUXV +HUPDQXV /LWMHQV
Responsรกvel pelas respostas -XQLRU
*HUHQWH GH UHODo}HV LQVWLWXFLRQDLV
6yFLR GLULJHQWH
'LUHWRU
'LUHWRU
3 '
Cargo
Telefone
VWHSKDQ EOXPULFK#DP XPLF RUH FRP GDQLHO DXJXVWR#YHULGLVWHF F RP EU JXLOKHUPHBPBOLPD#HPEUDF R FRP EU
GLUHWRULD#WURSFOLPD FRP EU
VFLVRIW FRP EU
ANEXO 06 - Roteiro de entrevista das Empresas de Base Tecnológica (EBTs) Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação da Região de Campinas e de seus Parques Científicos e Tecnológicos Roteiro de Entrevista para EBTs
A - Apresentação da pesquisa Esta pesquisa, realizada pela Unicamp, por solicitação da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, tem o objetivo de identificar e analisar as características, potencialidades e dificuldades das empresas regionais de base tecnológica, visando detectar o potencial de geração de novos projetos, parcerias e negócios. O resultado desse levantamento, consolidado e sem a identificação das empresas e dos respondentes, será enviado para todos os profissionais que participaram. As informações serão mantidas sob sigilo. B - Dados cadastrais B1 Nome fantasia: B2 Razão social: B3 Município: B4 Nome do entrevistado: B5 Cargo do entrevistado: B6 Telefone: B7 E-mail: B8 Homepage:
C – Caracterização da empresa C1 - Qual o principal setor de atividades da empresa? RU [1] Indústrias extrativas Indústrias de transformação [2] Fabricação de produtos alimentícios [3] Fabricação de bebidas 287
[4] Fabricação de produtos do fumo [5] Fabricação de produtos têxteis [6] Confecção de artigos do vestuário e acessórios [7] Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro e artigos de viagem e calçados [8] Fabricação de produtos da madeira [9] Fabricação de celulose e outras pastas [10] Fabricação de papel, embalagens e artefatos de papel [11] Edição, impressão e reprodução de gravações [12] Fabricação de coque, álcool e elaboração de combustíveis nucleares [13] Refino de petróleo [14] Fabricação de produtos químicos [15] Fabricação de produtos farmacêuticos [16] Fabricação de artigos de borracha e plástico [17] Fabricação de produtos de minerais não metálicos [18] Produtos siderúrgicos [19] Metalurgia de metais não ferrosos e fundição [20] Fabricação de produtos de metal [21] Fabricação de máquinas e equipamentos [22] Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática [23] Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos [24] Fabricação de material eletrônico básico [25] Fabricação de aparelhos e equipamentos de comunicações [26] Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios [27] Fabricação de automóveis, caminhonetas e utilitários, caminhões e ônibus [28] Fabricação de cabines, carrocerias, reboques e recondicionamento de motores [29] Fabricação de peças e acessórios para veículos [30] Fabricação de outros equipamentos de transporte [31] Fabricação de artigos do mobiliário [32] Fabricação de produtos diversos [33] Reciclagem Serviços [34] Telecomunicações [35] Consultoria em software [36] Outras atividades de informática e serviços relacionados [37] Pesquisa e desenvolvimento [XX] Outro_________________ RAT [99] Não sei
288
C2 Qual o principal mercado de atuação da empresa? RU [1] Estadual [2] Regional [3] Nacional [4] Mercosul [5] Global. Principal país ____________ RAT [99] Não sei
C3 Qual o porte da empresa? RU [1] Microempresa: receita operacional bruta anual até R$ 1.200 mil (um milhão e duzentos mil reais) [2] Pequena empresa: receita operacional bruta anual superior a R$ 1.200 mil (um milhão e duzentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 10.500 mil (dez milhões e quinhentos mil reais) [3] Média empresa: receita operacional bruta anual superior a R$ 10.500 mil (dez milhões e quinhentos mil reais) e inferior ou igual a R$ 60 milhões (sessenta milhões de reais) [4] Grande empresa: receita operacional bruta anual superior a R$ 60 milhões (sessenta milhões de reais) [5] Se for possível, favor indicar o valor do faturamento em 2009. ____________________ RAT [99] Não sei
C4 Número de funcionários da empresa: RU [1] Até 10 pessoas [2] De 11 a 50 pessoas [3] De 51 a 100 pessoas [4] De 101 a 500 pessoas [5] De 501 a 1.000 pessoas [6] Mais de 1.001 pessoas [99] Não sei
C5 As principais decisões de investimento em tecnologia e inovação são autonomamente tomadas em que nível da organização? Se no Brasil: [1] Nas unidades de negócio (as decisões são descentralizadas) 289
[2] Na sede nacional (centralizadas na sede ou subsidiária nacional) Se no Exterior: [3] Na sede regional (centralizadas na sede ou subsidiária regional: Mercosul, América do Sul etc.) [4] Na sede global (centralizadas na sede global). [99] Não sei
Habilitar C6 se C5 = 3 ou 4 - as principais decisões sobre inovação são tomadas no exterior C6 Indique a cidade e o país em que as decisões sobre inovação são tomadas: RAT
D - Inovação tecnológica D1 Em termos de faturamento já realizado no mercado, o principal produto tecnologicamente novo ou significativamente modificado lançado pela empresa nos últimos três anos pode ser caracterizado como: RU [1] Aprimoramento de um existente [2] Novo para a empresa, mas já existente no mercado nacional [3] Novo para o mercado nacional, mas já existente no mercado mundial [4] Novo para o mercado mundial [5] A empresa não lançou produtos novos nos últimos três anos [Ao assinalar essa alternativa não habilita a questão seguinte D2] [99] Não sei
D2 Qual a principal modificação que caracteriza este produto? RU [Questão disponível apenas para os que não assinalaram a alternativa 5 da questão anterior] [1] Utilização de novas matérias-primas ou componentes [2] Melhoria do projeto industrial, assegurando maior qualidade técnica, funcionalidade e desempenho [3] Mudança significativa do software incorporado, ampliando a funcionalidade e o leque de utilizações [4] Compra de novas máquinas ou equipamentos [5] Novo uso para o produto que difere significativamente dos anteriores [6] É uma adaptação de produto desenvolvido no exterior [7] Utilização de tecnologia radicalmente nova
290
[XX] Outro: RAT [99] Não sei
D3. Em termos de impacto no faturamento já realizado no mercado, o principal processo, tecnologicamente novo ou significativamente modificado, introduzido pela empresa nos últimos três anos pode ser caracterizado como: RU [1] Aprimoramento de um existente [2] Novo para a empresa, mas já existente no mercado nacional [3] Novo para o mercado nacional, mas já existente no mercado mundial [4] Novo para o mercado mundial [5] A empresa não introduziu processos novos nos últimos três anos [99] Não sei
D4 Qual o grau de importância das ações abaixo para a execução da P&D na empresa? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM [D4-1] Mobilização interna da equipe de P&D da empresa [D4-2] Aquisição externa de P&D (empresas ou instituições tecnológicas) [D4-3] Celebração de acordos de transferência através da compra de licenças de patentes, marcas, know-how, software de tecnologia [D4-4] Aquisição de máquinas e equipamentos especificamente adquiridos para introduzir produtos ou processos novos ou aperfeiçoar os existentes [D4-5] Construção de infraestrutura interna na empresa: desenvolvimento de laboratórios, plototipagem, área de design etc. [D4-6] Monitoramento de informação tecnológica (patentes, normas, catálogos, revistas técnicas) [D4-7] Implantação de planos de marketing (pesquisa de mercado, segmentação de mercados, análise de potencial de mercado, posicionamento competitivo etc.) [D4-8] Avaliação e certificação de conformidade (certificação de produtos, sistemas, serviços, ensaios e análises, calibração, medição e verificação) [99] Não sei
D5 Qual é o grau de importância das motivações a seguir para o desenvolvimento de inovações na sua empresa? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM [D5-1] Manter ou aumentar a atual participação no mercado frente à concorrência [D5-2] Entrar em um novo mercado com novos produtos [D5-3] Aumentar a capacidade da produção 291
[D5-4] Aumentar a flexibilidade da produção [D5-5] Melhorar a qualidade dos produtos [D5-6] Reduzir o custo de trabalho [D5-7] Reduzir o consumo de água [D5-8] Reduzir o consumo de energia [D5-9] Reduzir o consumo ou substituir a matéria-prima [D5-10] Reduzir o impacto ambiental [D5-11] Enquadrar-se nos regulamentos e normas técnicas (mercado interno e externo) [99] Não sei
D6 Qual o grau de importância dos instrumentos de proteção de propriedade intelectual para a empresa? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM [D6-1] Patente de invenção [D6-2] Patente de modelo de utilidade [D6-3] Registro de desenho industrial [D6-4] Registro de software [D6-5] Registros de cultivar [D6-6] Segredo industrial [D6-7] Direitos de autor [D6-8] Marcas [99] Não sei
D7 Detalhe abaixo qualquer outro aspecto sobre o perfil de inovação tecnológica da empresa que considere importante para a definição de políticas públicas consistentes e úteis para o fomento da sua capacidade de inovação. RAT E - Recursos Humanos e capacitação E1 Qual a demanda por contratação de funcionários segundo os níveis de formação a seguir? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM E1-1 Doutores E1-2 Mestres E1-3 Especialistas E1-4 Graduados
292
E1-5 Técnicos de nível médio [99] Não sei
E2 Qual a necessidade de capacitação e de treinamento dos profissionais no desenvolvimento de atividades inovativas? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM E2-1 Estudo de conceitos E2-2 Prospecção tecnológica E2-3 Identificação de demandas e necessidades dos clientes E2-4 Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) E2-5 Desenho e execução de ensaios e experimentos E2-5 Desenvolvimento de software E2-6 Desenvolvimento de protótipos E2-7 Desenvolvimento de serviços E2-8 Elaboração de documentação técnica E2-9 Gestão de projetos E2-10 Projetos de Engenharia E2-11 Ensaios, testes e normalização e controle de qualidade de produtos E2-12 Escalonamento da produção industrial E2-13 Processos industriais E2-14 Distribuição (desenvolvimento de canais e redes de distribuição) E2-15 Marketing E2-16 Gestão financeira E2-17 Realização de convênios e contratos com instituições de pesquisa E2-18 Negociação com atores privados para atividades de P&D E2-19 Negociação com atores públicos para atividades de P&D E2-20 Registro de patentes ou outros mecanismos de proteção à propriedade intelectual E2-21 Registro de produto [XX] Outro_________________ RAT [99] Não sei
E3 Qual a demanda atual por profissionais qualificados na empresa? Quais formações específicas a empresa mais necessita? RAT-longa
293
F - Incentivos e financiamentos F1 Qual o grau de importância das fontes de recursos financeiros, listadas abaixo, para o desenvolvimento de atividades inovativas da empresa? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM [F1-1] Recursos próprios da empresa [F1-2] Recursos privados (de terceiros) [F1-3] Recursos públicos (bancos e agências de fomento) [99] Não sei F2 A empresa já recebeu quais incentivos ou financiamentos para desenvolver atividades inovativas? RM [0/1] F2-1 Financiamento reembolsável a projetos de pesquisa F2-2 Financiamento reembolsável a compra de máquinas ou equipamentos utilizados para inovar F2-3 Apoio não reembolsável oferecido pelas fundações de amparo à pesquisa, CNPq ou FINEP para pesquisa própria ou em parceria com universidades ou institutos de pesquisa F2-4 Aporte de capital de risco F2-5 Incentivos fiscais previstas na Lei do Bem (Lei no 11.196, desde 2005) F2-6 Incentivo fiscal da Lei da Informática (Lei no 10.176 e Lei no 10.664) F2-7 Incentivos estaduais (fiscais e outros) F2-8 Incentivos municipais (fiscais e outros) F2-9 Nunca obteve nenhum destes incentivos ou financiamentos [XX] Outro ____________ RAT [99] Não sei
F3 Os incentivos ou financiamentos foram para qual(is) finalidade(s)? RM F3-1 Pesquisa científica e engenharia não rotineira F3-2 Desenvolvimento de novos produtos e de novos processos F3-3 Extensão tecnológica em ambiente produtivo F3-4 Incentivo à exportação F3-5 Aquisição de máquinas e equipamentos F3-6 Consultoria tecnológica F3-7 Admissão de pesquisadores ou de doutores F3-8 Ensaios laboratoriais F3-9 Avaliação de conformidade [XX] Outra: RAT [99] Não sei
294
F4 A empresa já recebeu incentivo ou financiamento de alguma das instituições a seguir para o desenvolvimento de inovação? RM F4-1 BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social F4-2 CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior F4-3 CNPQ - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico F4-4 FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo F4-5 FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos F4-7 Nunca recebeu financiamento [XX] Outra: RA [99] Não sei
F5 Sua empresa gostaria de obter acesso à informação sobre qual tipo de incentivo ou financiamento à inovação? RAT - longa
G. - Apoios e parcerias para inovação e para desenvolvimento tecnológico G1 De qual(is) das instituições listadas abaixo a empresa já recebeu apoio? RM G1-1 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas G1-2 ABIPTI – Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica G1-3 ABDI - Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial G1-4 ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras G1-5 APEX Brasil – Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos G1-6 ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores G1-7 CGEE – Centro de Gestão e Estudos Tecnológicos G1-8 CNI - Confederação Nacional das Indústrias G1-9 INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial G1-10 INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial G1-11 Órgãos governamentais estaduais ou municipais G1-12 SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas G1-13 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial [XX] Outra: ________________ RAT [99] Não sei
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G2 Sua empresa gostaria de ter melhor acesso a quais instituições de apoio à inovação? RAT – longa G3 Quais as categorias de parceiros que a empresa consolidou arranjos de cooperação para inovação nos últimos três anos? RM G3-1 Clientes ou consumidores G3-2 Fornecedores G3-3 Concorrentes G3-4 Empresas do grupo G3-5 Empresas de consultoria G3-6 Universidades G3-7 Institutos de pesquisa G3-8 Centros de capacitação profissional ou assistência técnica G3-9 ONGs ou instituições sem fins lucrativos G3-10 Órgãos governamentais federais, estaduais ou municipais G3-11 A empresa não estabeleceu parcerias ou arranjos de cooperação para inovação nos últimos três anos [XX] Outra: ________________ RAT [99] Não sei Obs: Cooperação para inovação: significa a participação ativa em projetos de P&D e outros projetos de inovação com outra organização (empresa ou instituição). Isso não implica, necessariamente, que as partes envolvidas obtêm benefícios comerciais imediatos. A simples contratação de serviços de outra organização, sem a sua colaboração ativa, não é considerada cooperação.
G4 Qual foi a finalidade desta(s) cooperação(ões)? RM G4-1 P&D G4-2 Assistência técnica G4-3 Treinamento G4-4 Consultoria G4-5 Uso de máquinas e equipamentos G4-6 Ensaios laboratoriais e outros serviços técnicos e tecnológicos G4-7 Avaliação de conformidade e metrologia G4-8 A empresa não estabeleceu parcerias ou arranjos de cooperação [XX] Outra:_______________RAT [99] Não sei
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H - Lacunas e complementaridades H1 Indique as demandas da empresa às universidades, centros tecnológicos e laboratoriais? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM H1-1 Pesquisa e avanço do conhecimento em temas relevantes ao setor de atividade da empresa H1-2 Formação de pessoal altamente qualificado em temas de interesse da empresa H1-3 Compartilhamento de máquinas e equipamentos altamente especializados H1-4 Ensaios laboratoriais e outros serviços técnicos e tecnológicos H1-5 Avaliação de conformidade e metrologia H1-7 Assistência técnica H1-8 Treinamento de pessoal técnico H1-9 Consultoria [XX] Outra: RAT [99] Não sei
H2 Quais os obstáculos encontrados pela empresa para realizar atividades de inovação? RM H2-1 Obtenção de recursos financeiros de terceiros para investimentos em projetos de inovação H2-2 Obtenção de informação sobre chamadas públicas para apóio a projetos de inovação H2-3 Obtenção de informações sobre infraestrutura e serviços tecnológicos existentes para desenvolvimentos de parcerias H2-4 Conhecimento sobre legislações relativas a apoio à tecnologia e à inovação H2-5 Conhecimento sobre proteção à propriedade intelectual H2-7 Informação sobre oportunidades de mercado H2-8 Informação sobre normas e regulamentos técnicos e avaliação de conformidade H2-9 Alto custo para realização de atividades de inovação H2-10 Inovação não é central para a estratégia de negócio da empresa H2-11 A unidade de negócio não possui autonomia decisória para investir em P&D e inovação [XX] Outro: RAT [99] Não sei
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H3 No espaço abaixo, detalhe em maior profundidade outros aspectos que julgar relevante sobre as demandas e necessidades da empresa para ampliar sua capacidade de inovação. RA
I. Atratividade de parques tecnológicos e da Região de Campinas para a empresa Um Parque Tecnológico é formado a partir da instalação de empresas – denominadas de base tecnológica (EBTs) – em determinada região dotada de uma infraestrutura científica, ou seja, da presença de universidades e institutos de pesquisa, públicos e privados. As vantagens competitivas destas empresas baseiam-se fortemente em suas atividades inovativas e a proximidade com estas organizações de pesquisa possibilita-lhes monitorar e absorver mais facilmente os conhecimentos gerados por meio, por exemplo, do contato com os pesquisadores, da consolidação de parcerias e da contratação de serviços de P&D, além de ter acesso a um conjunto de recursos humanos capacitados. Nesse ambiente, portanto, destaca-se a importância das relações entre as instituições de ensino e pesquisa e as empresas e dos conhecimentos que fluem pela rede de relações que ali se estabelece. I1 Qual o grau de importância dos itens a seguir para justificar a instalação de sua empresa em um Parque Tecnológico? [3] Alta, [2] Média, [1] Baixa, [0] Não relevante RM I1-1 Presença de instituições dedicadas à prestação de serviços técnicos e tecnológicos I1-2 Proximidade a grupos de pesquisa de institutos de pesquisa (ICTs) e universidades I1-3 Vantagens e velocidade na tramitação burocrática de parcerias com ICTs e universidades I1-4 Acesso facilitado a equipamentos de P&D específicos, caros e de uso esporádico I1-5 Possibilidades de cooperação com centros de P&D de outras empresas I1-6 Oferta de profissionais altamente capacitados I1-7 Acesso a rede de relacionamentos com pessoal técnico de alto nível I1-8 Consolidação da imagem de empresa inovadora I1-9 Desfrute de incentivos fiscais específicos I1-10 Baixo investimento de instalação (custo da área, da construção, dos licenciamentos necessários etc.) I1-11 Disponibilidade de infraestrutura específica compartilhada e a baixo custo (água e efluentes, redes de comunicação, energia elétrica com alta qualidade, sistema de transporte coletivo diferenciado etc.) I1-12 Presença de infraestrutura de serviços, escolas e estabelecimentos comerciais
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I1-13 Presença de profissionais fluentes em inglês (inclusive nos serviços de apoio) [XX] Outro: RAT [99] Não sei
I2 Que fator sua empresa consideraria mais importante para justificar uma eventual decisão de instalar unidades de negócio e/ou P&D e Inovação em Campinas e região (não necessariamente em um Parque Tecnológico)? RU I2-1 Proximidade de clientes importantes I2-2 Proximidade de fornecedores importantes I2-3 Logística da região I2-4 Redução de custos de instalação e operação via políticas públicas de incentivos (fiscais e outros) I2-5 Proximidade de grupos de pesquisa de alto nível (em institutos de pesquisa e universidades) I2-6 Disponibilidade de mão de obra altamente qualificada I2-7 Presença de empresas importantes no mesmo setor de atividade I2-8 Qualidade de vida da região [XX] Outro: RAT [99] Não sei
I3 Em um parque científico e tecnológico instalado ao lado da Unicamp, se houver oferta de espaço para locação, haveria preferência para a instalação de sua empresa mesmo que: [1] O custo seja 50% acima de mercado [2] O custo seja 20% acima de mercado [3] Apenas se for o mesmo valor de mercado [4] Não teria interesse de locar [99] Não sei
I4 - O que seria necessário desenvolver para tornar a opção por Campinas e região a mais atrativa para sua empresa? RAT - longa [questão aberta]
299