Catálogo Projetos e Tecnologias

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CATÁLOGO

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PROJETOS TECNOLOGIAS

Agricultura Agroindústria Indústria Alimentar Floresta Recursos Naturais

PORTUGAL


Título: Projetos e Tecnologias – Agricultura, Agroindústria, Indústria Alimentar, Floresta e Recursos Naturais – Portugal Coordenação técnica:

Autores: Ana Teresa Vaz Carlos Silva Filipa Sacadura Sofia Araújo Em parceria com:

Ano de publicação: 2015

Grafismo: Ana Teresa Vaz – INOVISA Impressão: Aos Papeis – Reproduções de Imagens, Lda. Tiragem: 300 ex. Distribuição gratuita


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PROJETOS TECNOLOGIAS

Agricultura Agroindústria Indústria Alimentar Floresta Recursos Naturais

PORTUGAL

Apoios:


i.

ÍNDICE ÍNDICE

i.

INTRODUÇÃO

v.

3procaju

1

A biotecnologia na florestas

2

Abordagens inovadoras na agricultura de conservação (INCAA)

3

Aceleração da demolha de bacalhau e outros produtos alimentares

4

Africanleg

5

Aplicação de altas pressões hidrostáticas como tecnologia de conservação de alimentos

6

Aquasense

7

Aroma4safe

8

Bioconservação de enchidos tradicionais

9

Biofortificação alimentar

10

Bio-redução da acidez volátil de vinhos

11

Bomba de calor e chão radiante otimizam a produção outonal de morango

11

Cartografia digital de solos com apoio em levantamento geoeléctrico

13

Climacoffee

14

Controlo e tratamento da esca da videira

15

Cooperação para a inovação no figo-da-índia - fruto desidratado

16

Cropbioref - bio-refinaria de plantas energéticas: a cana e o cardo

17

Cultura de arranque com estirpes probióticas para aplicação em queijos regionais

18

Desenvolvimento de diferentes formulações de chutney

19

Desenvolvimento de receita antioxidante produzida a partir de pescado subvalorizado

20

Ecoblanket

21

Ecorega

22

Entombio

23

Estimação da biomassa florestal com base em imagens obtidas por satélite

24

Estudos patogénicos, citológicos e epidemiológicos com vista à criação de variedades de cafeeiro com resistência duradoura à ferrugem alaranjada na província de Yunnan

25


ii.

ÍNDICE Eutrophos - gestão integrada de fósforo para controlo da eutrofização de bacias hidrográficas

26

Extração de fibras por micro-ondas em contínuo

27

Extração por fluxo de contaminantes biológicos e químicos

28

Fenotipagem de plantas (tecnologia em desenvolvimento)

29

Fertilização sustentável

30

Fertitrigo - otimização da aplicação de fertilização azotada em trigos melhoradores

31

Filetes de sardinha congelados (Sardina pilchardus) - efeito da suplementação de antioxidantes naturais na estabilidade oxidativa

32

Filmagrega

33

Filmes biodegradáveis

34

Filmes de cobertura biodegradáveis para a agricultura

35

Filtros para fumeiros tradicionais

36

Fisham

37

Fishfood

38

Frutos desidratados com bactérias probióticas

39

Frutos Nativos 4 San

40

Gastronomia molecular

41

Hydrofunctional byproducts

42

ICP-MS: autenticidade do vinho

43

Identificação rápida de micoses em culturas hortícolas

44

Inibição de abrolhamento de tubérculos de batata por tratamentos de alta pressão

45

Inovação e novas tecnologias no aproveitamento do medronho

46

Introdução de variedades de arroz adaptadas a climas secos

47

IPMAPS: GIS

48

Língua eletrónica

49

LST

50


iii.

ÍNDICE Manual técnico de produção de trigo de qualidade em regadio

51

Melhoria da qualidade e segurança de produtos cárneos

52

Molho de legumes tricolor em bisnaga

53

Mousse de alfarroba instantânea com baixo teor calórico

54

NBM - New biocides from native mushrooms

55

ODORBRETT

56

OGH LACTO Kit

57

Otimização da gestão das culturas agrícolas com base em imagens aéreas de alta resolução no visível e infravermelho e índices de vegetação

58

Osmoprocessamento combinado na obtenção de tangerina em snacks e em calda

59

PAMs Inovação: Novos Produtos em Sistemas Extensivos

60

Pão sem glúten enriquecido com leguminosas ultracongelado

61

Pasteurização de produtos líquidos por ultra-violetas

62

Película de quitosana para a substituição do anidrido sulfuroso na produção de vinho branco

63

Película de quitosana para a substituição do anidrido sulfuroso na produção de vinho espumante

64

Persleg - persistência de leguminosas pratenses

65

Plataforma bioactividade

66

Probovi - produção de carne maturada proveniente de bovinos criados em regime extensivo

67

Produção de correctivos organo-minerais a partir da água residual

68

Produção de goma de caju com ação antimicrobiana

69

Produção de pão com base em farinha de bagaço de uva

70

Produva

71

Profruta - valorização do sub-produto propólis como agente natural para o controlo de doenças em pós-colheita

72

Propagação de sub-tropicais ornamentais, florestais e medicinais

73

Protomate - nova ferramenta de apoio à gestão da cultura

74

Regintobacco

75


iv.

ÍNDICE Reutilização de águas residuais pré-tratadas da indústria do queijo na rega da cultura do tomate

76

Revestimentos comestíveis com base em soro de leite

77

Salame de atum suplementado com antioxidantes

78

Salsicha de sabores transmontanos vegetariana

79

Sanimilho - otimização da produção de milho prevenindo a cefalosporiose

80

Saponificação de azeite virgem biológico

81

Sementeira direta de precisão e automação

82

Siga: sistema integrado de gestão alimentar

83

Sistema cook-chill aplicado a alimentos prontos a consumir

84

SNACK'R'US

85

Solução baseada em quitosanos para aplicação em sumos e outras bebidas como antimicrobianos e antioxidantes

86

Sonda multifuncional para a medição de propriedades do solo

87

SYMBSALTSTRESS

88

Tecnologia de fabrico de queijo cabra adequado para grelhar

89

Tecnologia para preservação de cogumelos silvestres

90

Tecnologia vinagreira - picklagem de frutos e aromatização

91

Transformação de carcaças de coelho

92

Unidade de avaliação da biodegradação aeróbia de biomateriais no solo

93

Unidade piloto de digestão/codigestão anaeróbia móvel(AD/ACOD)

94

Valor sob pressão

95

Valorbio - valorização de resíduos da agroindústria

96

Valorização da produção nacional de cevada dística - introdução de variedades diferenciadas - NULL-LOX

97

Vinagre de frutas

98

WTM012

99


v.

INTRODUÇÃO O aumento exponencial da população mundial tem vindo a trazer enormes desafios à Humanidade. Por um lado, é essencial aumentar a produtividade agrícola de modo a garantir a segurança alimentar e nutricional das populações. Por outro lado, uma gestão sustentável de recursos naturais deverá acompanhar o aumento da produtividade para que esta possa ser mantida ao longo das próximas gerações. Neste contexto sobressai a necessidade de melhorar sistemas agrícolas e cadeias de valor alimentar e florestal através da aplicação de novas tecnologias e conhecimento científico e desenvolver mecanismos de partilha de informação que permitam ligar quem gera novos conhecimentos e tecnologias (universidades, institutos de investigação, etc.) e quem os utiliza na sua atividade comercial (agricultores, produtores, empresas, etc.).

A Plataforma SKAN é uma iniciativa que promove a partilha de conhecimento e tecnologia entre a Europa, África e América Latina no sector agrícola, alimentar e florestal, fortalecendo a ligação entre o meio científico e o meio empresarial, criando condições para o desenvolvimento de novas parcerias, projetos e iniciativas em consórcio. A Plataforma SKAN conta com apoio do Governo de Portugal e resulta de uma parceria entre cinco instituições portuguesas de ciência a tecnologia (Instituto de Investigação Científica Tropical - IICT, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa - ISA/ULisboa, Universidade de Évora UÉvora e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD), tendo como entidade gestora da parceria a INOVISA – Associação para a Inovação e o Desenvolvimento Empresarial. A realização do presente catálogo, a cargo da equipa operacional da Plataforma SKAN, teve como objetivo reunir e sistematizar informação sobre projetos e tecnologias que contaram com a participação de entidades portuguesas do sistema científico e tecnológico e promover a sua disseminação pelo tecido empresarial nacional, ao nível do sector agrícola, alimentar e florestal, no sentido de melhorar a competitividade internacional das empresas nacionais. O processo de levantamento e seleção dos projetos e tecnologias foi realizado com base nos seguintes critérios: • Participação de pelo menos uma entidade portuguesa do sistema científico e tecnológico na equipa do projeto ou da tecnologia; • Grau de inovação; • Potencial de aplicação comercial, com especial enfoque nas áreas geográficas de atuação da Plataforma SKAN, principalmente África e América Latina. Apesar do levantamento e seleção dos projetos e tecnologias não ter sido realizado de forma exaustiva, é objetivo da Plataforma SKAN atualizar e alargar a informação contida neste catálogo a outras áreas sempre que oportuno e, dessa forma, continuar a promover a partilha de conhecimento e tecnologia com vista ao desenvolvimento do sector agrícola, alimentar e florestal a nível internacional.


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PROJETOS TECNOLOGIAS

Agricultura Agroindústria Indústria Alimentar Floresta Recursos Naturais

PORTUGAL


#1

3PROCAJU

COORDENAÇÃO Hussene Bay [1] hussenebay@yahoo.com.br

Américo Uaciquete [2] amuaciquete@gmail.com Luís Goulão [3]

EQUIPA N’Sira Sylla [1] Atumane Nuro [2] Horácia Celina Mula [2] A. Eduardo Leitão [3] Ana Isabel Ribeiro [3] José da Cruz [4] Maida Khan [4] Armando Ferreira [5] Luís Andrada [5] Margarida Sapata [5]

ENTIDADES IIAM/ Centro de Formação em Frutos Tropicais do Namialo [1] Instit. de Investigação Agrária de Moçambique - IIAM [2] Instituto de Investigação Cientifica Tropical - IICT [3] Faculdade de Engenharias Universidade Eduardo Mondlane [4] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [5]

DESCRIÇÃO Aproveitamento de derivados do cajueiro através de tecnologias adequadas de processamento, para promoção de segurança alimentar e nutricional e de receitas em Moçambique. O falso-fruto do caju possui grande potencial de aproveitamento para a alimentação humana e animal em virtude do seu elevado valor nutritivo no produto fresco e de fibras no bagaço. A elaboração de produtos derivados desta parte do fruto é uma área de crescente interesse. É assim fundamental o desenvolvimento e aplicação também de métodos de conservação e processamento apropriados que prolonguem a vida útil dos pedúnculos e, consequentemente, permitam a oferta destes e de seus derivados durante todo o ano.

INOVAÇÃO Aproveitamento do falso-fruto do caju, considerado um sub-produto da actual fileira. Otimização e inovação em tecnologias adequadas para conservação, processamento, extração e estabilização de sumos, produção de produtos secados, polpas, compotas e farinhas, para enriquecimento de dietas tradicionais e produção de alimentos para humanos e animais, criando novas oportunidades e expandindo a cadeia de valor.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O caju gera atividade económica para pequenas, médias e grandes empresas. A estruturação da indústria de processamento, em coordenação com todas as entidades interessadas, tornará a cadeia de valor mais competitiva, gerando pequeno negócio e emprego, contribuindo para a melhoria da balança de pagamentos. A investigação e formação permitirão alavancar o desenvolvimento tecnológico, adaptação e capacitação de técnicos e instituições. A promoção do acesso e consumo de falso fruto do caju contribui para melhorar o estado nutricional e a diminuir a morbilidade em classes vulneráveis da população.


#2

A BIOTECNOLOGIA NA FLORESTAS

COORDENAÇÃO Paula Castro plcastro@porto.ucp.pt

ENTIDADE Escola Sup. de Biotecnologia Universidade Católica do Porto

DESCRIÇÃO A presente tecnologia visa otimizar as atuais técnicas de reflorestação através da aplicação de estirpes ectomicorrízicas e bacterianas especializadas. Desta forma, a presente tecnologia permite uma maior eficiência no estabelecimento e desenvolvimento de espécies florestais, com especial ênfase para a reflorestação de áreas problemáticas, como por exemplo zonas pós-fogo ou contaminadas com metais pesados. As estirpes microbiológicas utilizadas são recolhidas em ecossistemas florestais do norte de Portugal. Trata-se de uma técnica segura e eficaz e um exemplo da forte aliança que pode existir entre a biotecnologia e a floresta.

INOVAÇÃO A aplicação de bioinóculos é uma forma ecológica de potenciar o desenvolvimento de espécies florestais. A simbiose formada é duradoura, confere resistência a pragas, proporciona à planta água e nutrientes, levando desta forma a uma melhor performance do que os fertilizantes químicos. O setor florestal será beneficiado com o desenvolvimento desta área para uma correta e eficaz aplicação de bioinóculos nos viveiros florestais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia é de simples implementação em viveiros florestais e permite que as plântulas produzidas estejam melhor preparadas para enfrentar as condições adversas no pós-transplante. No contexto actual de incêndios devastadores e de constante poluição dos solos devido a atividades humanas, esta otimização do triângulo planta-fungobactéria revela-se um complemento fundamental a uma boa gestão silvícola. Para além de ser uma metodologia “amiga do ambiente” é também economicamente interessante uma vez que substitui a utilização de fertilizantes químicos, abundantemente utilizados em viveiros florestais.


#3

ABORDAGENS INOVADORAS NA AGRICULTURA DE CONSERVAÇÃO (INCAA)

COORDENAÇÃO Gottlieb Basch [1] gb@uevora.pt

EQUIPA Mário Carvalho [1] Joana Sousa [1]

ENTIDADES Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas Universidade de Évora [1] Leibniz-Zentrum fur Agrarlandschaftsforschung [2] KARI [3] Université Polytechnique de Bobo Dioulasso [4] African Conservation Tillage Network [5] University of Natural Resources and Live Sciences [6]

DESCRIÇÃO O desafio crucial para os pequenos agricultores na África Subsaariana é alimentar uma população crescente, preservando a base de recursos naturais do sistema agrícola. No futuro, o desafio será agravado pela degradação do solo e as mudanças climáticas. A Agricultura de Conservação (AC) tem sido promovida como uma estratégia que pode melhorar os rendimentos, o solo e uso eficiente da água. A AC, portanto, tem potencial para aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas que enfrentam os desafios mencionados. No entanto, a AC não passou de invenção para o estágio de inovação na África Subsaariana: o conceito da AC não está atendendo às necessidades dos agricultores (rendimentos estáveis desde o início), capacidades (exigências de trabalho) e oportunidades (necessidade específica de insumos). No geral, a tentativa de transferir a tecnologia de uma forma linear convencional da ciência para o agricultor tem sido dececionante.

INOVAÇÃO Assim, o projeto INCAA é concebido como um processo de pesquisa-ação que terá como alvo as interfaces desafiadoras (e muitas vezes falta) de tecnologia orientada para a ciência e as realidades locais em sistemas de inovação. O objetivo geral do INCAA é orientar e analisar um processo de aprendizagem que apoia a inovação da AC na África Subsaariana.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Aplicação da abordagem a múltiplos locais pela África fora.


#4

ACELERAÇÃO DA DEMOLHA DE BACALHAU E OUTROS PRODUTOS ALIMENTARES

COORDENAÇÃO Jorge Saraiva jorgeraiva@ua.pt

EQUIPA Ivonne Delgadillo Liliana Fidalgo

ENTIDADE Universidade de Aveiro

DESCRIÇÃO Para que o bacalhau salgado possa ser consumido é necessário realizar uma demorada operação de demolha, durante 24 a 48h em água, o que coloca restrições de vários tipos à indústria deste setor. Investigação realizada na Universidade de Aveiro, permitiu concluir que a realização de demolha de bacalhau sob pressão permite diminuir significativamente a duração deste processo, abrindo a possibilidade da aplicação industrial do mesmo. Outros produtos alimentares salgados podem beneficiar desta nova metodologia de demolha, permitindo ganhos de produtividade muito significativos nas indústrias alimentares que realizam processos de demolha.

INOVAÇÃO Inovadora a nível internacional, com patente registada, assente em tecnologia disponível para industrialização. Manutenção do estado natural dos produtos a demolhar, visto não usar temperatura (o processo até pode ser feito a temperaturas de refrigeração).

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Diminuição significativa da duração do processo de demolha de bacalhau e de outros produtos alimentares, em comparação com todas as metodologias actualmente usadas comercialmente e estudadas na literatura científica. Equipamentos já disponíveis para industrialização deste processo, dada a atual utilização da tecnologia de alta pressão para pasteurização de alimentos a frio. Possibilidade de realização de testes e produção real à escala industrial na Universidade de Aveiro.


#5

AFRICANLEG

COORDENAÇÃO Ana Ribeiro [1]

EQUIPA José Ramalho [1] Isabel Moura [1] Ivete Maquia [2] Natasha Ribeiro [2] Jossias Duvane [2] Cristina Máguas [3] Mónica Sebastiana [3] Carla António [4] Rosário Bronze [4] Cândido P. Ricardo [4] Katharina Pawlowski [5] Ton Bisseling [6]

ENTIDADES Instituto de Investigação Cientifica e Tropical - IICT [1] Universidade Eduardo de Mondlane [2] Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa [3] Instituto de Tecnologia Química e Biológica - ITQB [4] Universidade de Estocolmo [5]

Universidade de Wageningen [6]

DESCRIÇÃO As leguminosas lenhosas são características dos principais ecossistemas florestais da África subSariana, desempenhando um papel crucial em termos ambientais e sócio-económicos. Para além de serem os principais determinantes do balanço de água, carbono e energia, a maior parte das espécies constitui uma fonte de madeira de primeira qualidade, sendo amplamente usadas no âmbito da medicina tradicional, agricultura e alimentação das populações rurais. Contudo, existe um total desconhecimento científico do potencial deste grupo de plantas como fonte de moléculas bioativas naturais. Este projeto visa estabelecer uma plataforma multidisciplinar para identificação de produtos naturais a partir de leguminosas africanas com aplicação agrícola, nutricional, cosmética, farmacêutica ou médica.

INOVAÇÃO Criação de uma plataforma genómica de leguminosas lenhosas, que servirá como ferramentachave para o estudo da biologia, diversidade e adaptação a um ambiente em constante mudança. A informação recolhida será crucial para a identificação de características específicas relacionadas com moléculas de alto valor, bem como para estudos de genómica comparativa na família Fabaceae e, deste modo, para a elucidação de mecanismos evolutivos neste grupo de plantas.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Compostos ativos de aplicação agrícola e industrial.


#6

APLICAÇÃO DE ALTAS PRESSÕES HIDROSTÁTICAS COMO TECNOLOGIA DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS COORDENAÇÃO Joana Grácio joana.gracio@inovlinea.pt

EQUIPA Marco Alves marco.alves@inovlinea.pt

ENTIDADE INOV'LINEA, TAGUSVALLEY

DESCRIÇÃO A utilização da tecnologia de Altas Pressões Hidrostáticas permite prolongar o tempo de vida de diversos tipos de alimentos, desativando os microrganismos presentes por efeito de pressão. Assim, esta tecnologia possui um mecanismo de ação não térmico, evitando portanto alterações organoléticas, ou outras, em produtos sensíveis ao calor.

INOVAÇÃO Tecnologia de conservação inovadora, que promove o aumento de vida útil dos produtos através da utilização de altas pressões, mantendo as características organoléticas e nutricionais dos produtos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Este tipo de processamento pode ser aplicado em produtos líquidos ou pastosos (sumos, polpas de fruta, polpas de vegetais, etc.) e, também em produtos sólidos (produtos cárneos e de pescado, fruta aos pedaços, etc.). Pode ser aplicado em produtos embalados prontos a consumir, sendo esta tecnologia especialmente indicada para produtos de alto valor acrescentado. Possibilita ainda o tratamento de produtos sensíveis ao calor, aumentando a sua vida útil sem alterações organolépticas e nutricionais.


#7

AQUASENSE

João Noéme [1] joao.noeme@uavision.com

EQUIPA Pedro Rodrigues [2] Tiago Casimiro [3]

ENTIDADES UAVision [1] Instit. Politécnico de Viseu [2] Soc. Agrícola Terra da Eira [3]

DESCRIÇÃO O AQUASENSE visa o desenvolvimento de um sistema integrado de controlo autónomo da rega e otimização da utilização de fitofármacos nas explorações agrícolas. O desenvolvimento assentou 3 componentes essenciais: (1) equipamentos de monitorização agrometeorológicas permanente (estações meteorológicas, sensores de humidade do solo e fito-sensores); (2) modelos de gestão de rega, bioclimáticos de previsão de pragas e doenças e “caderno de campo” digital; (3) unidade de automação e controlo da rega (electroválvulas e caudalímetros). O gestor agrícola acede online, através do software de interface, à sua área AQUASENSE, onde tem a possibilidade visualizar os dados atualizados a cada 30 min, das suas parcelas, assim como participar ativamente nas decisões de gestão, de forma remota. O sistema gera ainda alertas de rega ou sobre o desenvolvimento de pragas e doenças, permitindo ao gestor melhor posicionar e adequar as suas decisões. http://uavision.wix.com/aquasense

INOVAÇÃO Sistema inovador que se baseia no ciclo monitorização permanente – apoio à decisão – atuação remota em campo. Embora suficientemente aberto para que o gestor agrícola parametrize a gestão de acordo com a sua visão, o sistema permite (1) controlar a rega autonomamente segundo critérios do gestor; e (2) criar histórico sobre a presença de inimigos das culturas, permitindo aperfeiçoar os modelos à sua exploração.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL

8

COORDENAÇÃO

O AQUASENSE revela-se comercialmente atrativo pelos resultados na otimização de recursos, poupança de água em cerca de 30%, facilidade de operação,controlo e atuação remota e impacto positivo na sustentabilidade da atividade agrícola, nomeadamente no posicionamento mais eficaz dos fitofármacos.


#8

AROMA4SAFE

COORDENAÇÃO Olga Brito [1] olga.brito@cercica.pt

EQUIPA João Oliveira [2] Dejan Bogosavljevic [3] Luís Goulão [3]

ENTIDADES Cercica [1] Consulai [2] Instituto de Investigação Cientifica Tropical - IICT [3]

DESCRIÇÃO O projeto pretende testar diferentes modos de produção para duas espécies aromáticas com enorme potencial de produção agrícola: Stevia rebaudiana Bertoni, com potencial de substituição do açúcar e adoçantes artificiais e Thymus mastichina L. (Tomilho bela-luz), com potencial de substituição do sal nos alimentos. Sendo estas espécies de tipo perene, as condições ótimas na fase de instalação da cultura são fundamentais para garantir a longevidade das mesmas. Desta forma, foi necessário otimizar o processo de produção em modo de produção biológico durante 2 anos. A avaliação agronómica, composicional, nutricional e económica da produção e do produto seco e respetiva divulgação da Stevia e do Tomilho bela-luz são também objetivos fundamentais deste projeto.

INOVAÇÃO Desenvolvimento de boas práticas de produção para a Stevia rebaudiana Bertoni, em substituição ao açúcar e adoçantes artificiais e o Tomilho bela-luz (Thymus mastichina L.) em substituição do sal. Oferta de indicação composicional como ferramenta de auxilio à otimização de práticas de produção e processamento e como forma de valorização dos produtos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Um dos grandes objetivos desta operação incide na introdução destas duas novas espécies na variedade de produtos atualmente disponibilizados pela Cercica, com valor acrescentado e num contexto de “agricultura social”.


#9

BIOCONSERVAÇÃO DE ENCHIDOS TRADICIONAIS

COORDENAÇÃO Manuela Vaz Velho [1] mvazvelho@estg.ipvc.pt

EQUIPA Rita Pinheiro [1] Samuel Jácome [1] Susana Fonseca [1] Joana Silva [2] Lúcia Noronha [2] Paula Teixeira [2] Svetoslav Dimitrov Todorov [3]

ENTIDADES Instituto Politécnico de Viana do Castelo [1] Escola Sup. de Biotecnologia Universid. Católica do Porto [2] Faculdade de Ciências Farmacêunticas Universid. de São Paulo [3]

DESCRIÇÃO A bioconservação de alimentos através da adição de substâncias naturais, como as bacteriocinas produzidas por bactérias ácido-lácticas, apresenta-se como uma alternativa interessante para aumentar o tempo de prateleira, garantir a segurança microbiológica e reduzir o uso de aditivos sintéticos, mantendo as características sensoriais e nutricionais dos produtos perecíveis. As bactérias ácido-lácticas fazem parte da flora microbiana típica dos enchidos curados/fumados, quer pela presença natural, quer pela sua adição como culturas de arranque. O poder das bactérias ácido-lácticas é conseguido em grande medida pelo efeito antagonista que apresentam, ao gerarem substâncias antimicrobianas.

INOVAÇÃO Nas últimas décadas tem surgido uma forte procura de produtos naturais e os produtos tradicionais, sem aditivos químicos, têm vindo a adquirir maior interesse e atratividade para os consumidores. Os novos processos de fabrico e a constante procura por produtos minimamente processados obriga ao desenvolvimento de novas estratégias para prolongar a vida útil dos alimentos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Este produto pretende oferecer ao consumidor um produto tradicional, mais natural, sem recurso ao uso de aditivos químicos, mantendo as suas propriedades organoléticas originais. Pretende-se comercializar este produto em grandes superfícies. As empresas que já processam enchidos podem ter potencial interesse neste tipo de produto.


#10

BIOFORTIFICAÇÃO ALIMENTAR

COORDENAÇÃO Marta Vasconcelos mvasconcelos@porto.ucp.pt

ENTIDADE Escola Sup. de Biotecnologia Universidade Católica do Porto

DESCRIÇÃO Enriquecimento nutricional em diferentes componentes (ex.: ferro, zinco, vitamina A) de alimentos vegetais (ex.: cereais, leguminosas) através de tecnologias de engenharia genética. A tecnologia testada em laboratório foi aplicada em diferentes produtos nacionais e em produtos característicos de regiões aonde estão identificadas necessidades nutricionais estruturais com implicações na saúde e qualidade de vida das populações.

INOVAÇÃO Enriquecimento nutricional através de tecnologias de engenharia genética aplicadas em espécies vegetais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Valorização nutricional de alimentos que potencia reconhecimento e valor comercial e económico, relevante para soluções de produção agro-alimentar em contexto de necessidades de nutrientes específicos. Aplicações que podem ser especialmente valorizadas em regiões onde estão identificadas necessidades nutricionais estruturais ou problemas de saúde decorrentes.


#11

BIO-REDUÇÃO DA ACIDEZ VOLÁTIL DE VINHOS

COORDENAÇÃO Alice Vilela [1] avimoura@utad.pt

EQUIPA Arlete Mende-Faia [1] Dorit Schuller [2] Manuela Côrte-Real [2]

ENTIDADES Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro [1] Universidade do Minho [2]

DESCRIÇÃO A acidez volátil confere ao vinho um sabor a azedo e um aroma a vinagre, o que o torna impróprio para consumo. Neste contexto, a remoção de ácido acético de vinhos é uma questão importante para a indústria enológica. A imobilização de células em esferas tem a vantagem de possibilitar a utilização contínua de células e de promover a proteção das células imobilizadas em relação às substâncias inibidoras do meio. Tal é o caso da imobilização em esferas de alginato-quitosano de células de S. cerevisiae capaz de reduzir a acidez volátil de vinhos com teores de etanol superiores a 10% e baixo pH. Com a aplicação desta tecnologia conseguimos recuperar vinhos azedos, criando condições organoléticas que permitem a sua comercialização.

INOVAÇÃO Relativamente às tecnologias existentes no mercado para redução da acidez volátil (loteamento dos vinhos; a osmose reversa (OR) e a nanofiltração), esta tecnologia é biológica recorrendo a microrganismos vínicos, tem um custo inferior às actuais e não necessita de equipamento sofisticado. Foi efetuado um pedido de patente (n. 105 420).

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Produção, venda e utilização de estirpes de S. cerevisiae imobilizadas em esferas de alginatoquitosano para redução da acidez volátil de vinhos. Empresas produtoras e engarrafadoras de vinho têm interesse na tecnologia para correcção de vinhos com acidez volátil elevada. Empresas de produtos e serviços enológicos têm interesse na produção e comercialização da levedura imobilizada.


#12

BOMBA DE CALOR E CHÃO RADIANTE OTIMIZAM A PRODUÇÃO OUTONAL DE MORANGO

COORDENAÇÃO Pedro Brás de Oliveira [1] pedro.oliveira@iniav.pt

EQUIPA Graça Palha [1] Francisco Fernandes [2] Lurdes Gameiro [2] João Teixeira [3]

ENTIDADES Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [1] Centro de Investigação Energie [2] Upnor Portugal [3]

DESCRIÇÃO Em túneis de polietileno padronizados para a cultura do morangueiro será mantido um ambiente térmico de forma a evitar a dormência de morangueiros indiferentes durante o período de inverno. Num chão radiante utilizando tubos de 20mm a uma profundidade de 60 cm, irá circular água quente que permitirá manter a temperatura ambiente estável ao nível da planta e superior a 10 °C. A água será aquecida através dos ganhos energéticos fornecidos pelo meio ambiente exterior, através de uma bomba de calor termodinâmica que garante um rendimento de 80%, apenas necessitando de um “backup” que garanta os restantes 20%.

INOVAÇÃO Esta tecnologia permitirá manter a produção e qualidade do morango produzido em túnel até ao final do mês de janeiro com elevada eficiência energética.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A oferta de morango na Europa durante o período de outono/inverno é insuficiente, gerando elevados preços. A produção neste período encontra-se limitada pelas baixas temperaturas, sendo necessário vencer um pequeno diferencial térmico para assegurar a qualidade e produção. Espanha e os restantes países europeus da faixa mediterrânea não conseguem produzir neste período dadas as elevadas temperaturas durante o crescimento vegetativo. O piso radiante e a bomba de calor termodinâmica têm sido estudadas e aperfeiçoadas em Portugal, garantindo um rendimento de 80%, facto que permite vencer o diferencial térmico a baixo custo. É uma tecnologia testada para condições climáticas adversas. O investimento inicial pode ser recuperado rapidamente.


#13

CARTOGRAFIA DIGITAL DE SOLOS COM APOIO EM LEVANTAMENTO GEOELÉCTRICO

COORDENAÇÃO Carlos Alexandre cal@uevora.pt

ENTIDADE Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas Universidade de Évora

DESCRIÇÃO O conhecimento do recurso solo é indispensável para o ordenamento agrícola e florestal de uma região e para a gestão sustentável das explorações. Para tal, a cartografia de solos tradicional recorre a levantamentos de campo, recolha de amostras e análises laboratoriais que, frequentemente, se tornam incomportáveis à escala da exploração. O recurso a levantamentos de solos com apoio em métodos geoeléctricos tem-se destacado por viabilizar cartografia de solos em grandes escalas, nomeadamente á escala da exploração e da parcela agrícola e/ou florestal, que dificilmente o seriam apenas com a abordagem clássica.

INOVAÇÃO O levantamento de solos com apoio em métodos geofísicos, em particular geoeléctricos, a par do recurso à cartografia digital de solos, permite diferenciar rapidamente as grandes unidades de solo existentes numa dada área, revelar maior detalhe na variabilidade interna de cada unidade, uma amostragem mais dirigida para a caraterização dos solos predominantes e, consequentemente, uma maior rapidez e um menor custo na elaboração da cartografia de solos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A cartografia digital de solos com apoio em métodos geoeléctricos é indicada para levantamento de solos ao nível da exploração e da parcela agrícola. Permite uma melhor diferenciação das principais unidades de solo existentes numa dada área, facilitando a posterior amostragem para a sua caracterização. Com recurso a dados digitais de fotografia aérea, imagens de satélite e modelos digitais de terreno, é possível aplicar as metodologias de cartografia digital de solos a áreas mais vastas, como perímetros de rega, empreendimentos agrícolas, associações de produtores, etc.


#14

CLIMACOFFEE (ref. PTDC/AGR-PRO/3386/2012)

COORDENAÇÃO José Cochicho Ramalho[1]

EQUIPA Ana Ribeiro [1] António Eduardo Leitão [1] Mª Cristina Costa [1] Mª José Silva [1] Raquel Ghini [2] Fernando C. Lidon [3] Fernando Reboredo [3] Cristina Máguas [4] Rodrigo Maia [4] Paula Scotti-Campos [5] Isabel Pais [5] José N. Semedo [5] Ana Rodrigues [6] Fábio M. DaMatta [7] Adriano Nesi [7] Leandro Morais [7] Samuel Martins [7]

ENTIDADES Instituto de Investigação Cientifica Tropical -IICT [1] Embrapa Meio Ambiente [2] Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa [3] Faculdade de Ciência Universidade de Lisboa [4] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [5] Instit. Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [6]

Universid. Federal de Viçosa [7]

DESCRIÇÃO A atividade humana tem aumentado fortemente a [CO2] na atmosfera, com possível implicação no aquecimento global com severas implicações agrícolas e ecológicas. A produção mundial de café baseia-se nas espécies Coffea arabica e Coffea canephora, responsáveis por 99% da produção mundial de grão e, gerando ca. 173.000 milhões USD/ano, constituindo a base económica e social de muitos países tropicais em desenvolvimento. Com base em modelos, estima-se que o aquecimento global provoque fortes reduções da área apta para C. arabica e na biodiversidade, ameaçando o futuro desta cultura. Contudo, desconhecem-se os impactes ao nível biológico e os efeitos da interação do aumento de CO2 e temperatura. O projeto leva a cabo o estudo do impacte isolado e combinado dos aumentos de [CO2] e temperatura em C. arabica e C. canephora, em ensaios de longa duração em plantas desenvolvidas a 380 ou 700 ppm e sujeitas a temperaturas desde 25 ºC (controlo) até 42 ºC. O projeto permitirá a obtenção, análise e integração de um largo conjunto de dados complementares da planta ao gene, permitindo um avanço significativo para o conhecimento das questões de tolerância/sensibilidade a altas temperatura e [CO2] na cultura do café, ajudando a minimizar perdas e o impacte socio-económico nesta importante cultura tropical.

INOVAÇÃO Identificação de estratégias de aclimatação do cafeeiro a alterações ambientais num contexto de aumento de CO2 atmosférico e aquecimento global e avaliação das implicações para a qualidade do grão produzido

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Investigação Aplicada e Fundamental.


#15

CONTROLO E TRATAMENTO DA ESCA DA VIDEIRA

COORDENAÇÃO Ricardo Boavida Ferreira rbferreira@isa.ulisboa.pt

EQUIPA Ana Teresa Vaz Helena Oliveira Ricardo Chagas Sara Monteiro

ENTIDADE Instit. Superior de Agronomia Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO A esca é uma doença dos tecidos lenhosos da videira causada por vários fungos. O primeiro é quase sempre Phaeomoniella chlamydospora (Pch), que ‘abre a porta’ para os fungos saprófitas, o que culmina na morte das plantas. As previsões são de um futuro negro para a viticultura mundial: -Não são conhecidasVitis resistentes; -Conhecida há mais de um século, foi na década de 80 que conheceu uma expansão exponencial; -Está disseminada por todo o mundo; -Não existe cura, nem perspetivas de tal acontecer; os fungicidas sistémicos não chegam ao interior dos troncos e ramos; -Análises efetuadas na Europa indicam uma incidência da doença à saída dos viveiristas entre 10 e 70%; -As plantas infetadas com Pch não exibem sintomas externos, pelo que a doença é disseminada a partir de plantas aparentemente ‘saudáveis’; - A doença é disseminada por práticas agrícolas, sendo os esporos difundidos pelo vento e água;

INOVAÇÃO Desenvolvemos uma metodologia baseada em análise por raios X e capaz de detetar de um modo não destrutivo a presença de Pch no interior de ramos e troncos de videira. Deteta igualmente a presença de madeira podre. Esta tecnologia encontra-se protegida por patente, cujo requerente é o Instituto Superior de Agronomia, Lisboa, Portugal. Os três inventores formaram, conjuntamente com dois outros investigadores, uma start-up (Screenwood, limited) que detém todos os direitos de exploração comercial da patente.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Numa primeira fase, procuramos investimento para o desenvolvimento de um protótipo e posterior compra do equipamento que a Screenwood instalará em viveiristas. Pretende-se certificar o material à saída do viveirista com um selo de qualidade. Numa segunda fase, será desenvolvido um outro protótipo para operar nas vinhas, detetando as plantas infetadas com Pch, com identificação precisa do ponto onde o fungo se encontra, permitindo o subsequente tratamento localizado e a cura da planta. Público-alvo: viveiristas e viticultores de todas as regiões vitícolas do mundo: mercado global.


#16

COOPERAÇÃO PARA A INOVAÇÃO NO FIGO-DA-ÍNDIA FRUTO DESIDRATADO

COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

Marta Cortegano [1] geral@cevrm.pt

Devido à falta de oferta desta espécie a nível de viveiros, em Portugal, o principal objetivo da vertente produção é a instalação de um campo de pés-mãe de figueira-da-índia (Opuntia sp.), para caracterização morfológica da planta e estudo de algumas características fisiológicas dos frutos. Pretende-se também estudar um método expedito de multiplicação da planta. Na vertente tecnológica, pretende-se estudar formas de conservação do fruto, com vista à posterior incorporação em produtos de consumo final. Na vertente económica, prevê-se a elaboração de um estudo sobre a viabilidade económica da instalação do pomar e da transformação primária dos frutos.

EQUIPA Duarte Candeias [1] Paulo Jorge Tecedeiro Ramos [2] Sívia Candeias [3] José Passarinho [4] Dulce Antunes [5]

ENTIDADES Centro de Excelência Valoriz. Recursos Mediterrânicos [1] Biocactos [2] Doces Candeias [3] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [4] Universidade do Algarve [5]

INOVAÇÃO Ecótipos portugueses de figueira-da-índia, plantas com aptidão para a produção de fruto. Desidratação do fruto.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Divulgação aos viveiristas de ecótipos de figueira-daíndia com potencial para serem cultivados em extensão. Estudo de condições técnicas de processamento do figo para incorporação em novos produtos, a divulgar e incorporar pelas empresas do ramo alimentar.


#17

CROPBIOREF

BIORREFINARIA DE PLANTAS ENERGÉTICAS: A CANA E O CARDO

COORDENAÇÃO Anatoly Shatalov [1] anatoly@isa.ulisboa.pt

EQUIPA Lígia Martins [2] Florbela Carvalheiro [3]

José Manuel Duarte [3] Luís Duarte [3]

ENTIDADES Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [1] Instituto de Tecnologia Química e Biológica [2] Laboratório Nacional de Energia e Geologia [3]

DESCRIÇÃO O objetivo principal deste projeto é o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis de conversão bioquímica da biomassa de plantas energéticas mediterrânicas, com vista à obtenção de produtos de valor acrescentado e biocombustíveis. Especificamente, estudam-se as biomassas de cana e de cardo como materiais modelo, tendo em vista a produção integrada de 4 produtos: (1) Celulose solúvel com elevado grau de pureza com aplicações na indústria química e farmacêutica; (2) Xilitol, um edulcorante alternativo, ambos com aplicações na indústria alimentar, química e farmacêutica; (3) Compostos adesivos e co-polimeros graft com aplicações na produção de plásticos biodegradáveis e adesivos bio-compósitos para construção e ainda (4) Bioetanol celulósico como biocombustível de 2ª Geração.

INOVAÇÃO Contrariamente às tecnologias mais comuns, as tecnologias desenvolvidas neste projeto permitem o fracionamento seletivo de todos os principais constituintes macromoleculares das plantas (hemicelulose, celulose e lenhina) e a sua recuperação com elevado rendimento, o que permite uma valorização específica, e consequentemente mais eficaz, de cada uma destas frações. Todos os processos são compatíveis com os princípios da Química Verde, sendo por isso ambientalmente sustentáveis.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia pode ser aplicada a instalações já existentes ou a novas instalações industriais (biorrefinarias) a construir de raiz, à semelhança do que já está em desenvolvimento também noutros países. Pode também ser aplicada a outros materiais para além dos materiais estudados, e a sua incorporação em instalações industriais que processam biomassa, como sejam as agroindústrias, as empresas da fileira da pasta e papel ou centrais energéticas a biomassa, apresentam vantagens competitivas que urge aproveitar pelo tecido industrial nacional. A adoção destas tecnologias pode ser uma forma eficaz de valorização da biomassa disponível, nomeadamente os subprodutos e resíduos dessas instalações, e de aumentar o portfolio de bens transacionáveis para o mercado internacional. Por outro lado, a demonstração desta tecnologia utilizando culturas energéticas é também um incentivo para o aproveitamento de áreas agrícolas marginais.


#18

CULTURA DE ARRANQUE COM ESTIRPES PROBIÓTICAS PARA APLICAÇÃO EM QUEIJOS REGIONAIS COORDENAÇÃO Manuela Pintado mpintado@porto.ucp.pt

EQUIPA Lígia Pimentel

ENTIDADE Escola Sup. de Biotecnologia Universidade Católica do Porto

DESCRIÇÃO A existência de uma cultura contendo estirpes de Enterococcus isoladas de queijo tradicional de ovelha, com propriedades GRAS e probióticas confirmadas e com capacidade de fermentação em escala industria e estável em forma seca, constitui uma cultura de arranque de elevado potencial tecnológico para o desenvolvimento de novos queijos, em particular queijos regionais com leite de pequenos ruminantes. As bactérias, foram validadas em humanos quanto à segurança e potencial probiótico.

INOVAÇÃO Queijos regionais com leite de pequenos ruminantes. Demonstração de potencial a nível animal no controlo de sintomatologia de doença intestinal inflamatória.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Aplicação na obtenção de leites fermentados e queijo e com possibilidade de aplicação em carnes fermentadas; Valorização e inovação em produtos tradicionais; Diferenciação no mercado do queijo e outros produtos alimentares, com um bactéria isolada de fonte alimentar e com garantia de colonização intestinal e acidificação (estudos em humanos) com promoção sensorial do alimento; Elevado potencial na alimentação animal, onde os enterecocos poderão ter menos restrições legislativas em alguns países.


#19

DESENVOLVIMENTO DE DIFERENTES FORMULAÇÕES DE CHUTNEY

COORDENAÇÃO Ana Teresa Ribeiro ana.ribeiro@esa.ipsantarem.pt

EQUIPA António Raimundo Helena Mira Igor Dias Maria Faro

ENTIDADE Escola Superior Agrária Instit. Politécnico de Santarém

DESCRIÇÃO Chutney (derivado do Hindu “chatni”), trata-se de um

molho picante de origem indiana usado no acompanhamento de outros alimentos entre os quais, carnes frias, carnes assadas, grelhadas e fondues. É um molho grosso, espesso, feito de frutas e hortícolas, açúcar, especiarias e, por vezes, vinagre (Madakadze et al., 2004). É provavelmente mais conhecido quando é usada a manga como fruta base, mas também há de maçã, tomate e de misturas de frutas. Em termos tecnológicos, o chutney é preparado com diferentes géneros alimentícios (fruta, uvas passas, açúcar, hortícolas, gengibre, pimenta, vinagre/ácido acético, sal, entre outros, que são submetidos a uma cozedura, trituração e introdução de outros ingredientes.

INOVAÇÃO A tecnologia aplicada é muito simples podendo variar apenas na introdução dos ingredientes em diferentes tempos de cozedura, assim como obtenção de diferentes características químicas do produto final, nomeadamente, grau Brix, pH e acidez.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O Chutney de diferentes composições poderá apresentar um potencial industrial uma vez que não exige um investimento muito elevado, tem baixos custos de produção face às margens potenciais e ainda à sua adaptabilidade a processos de produção já existentes, nomeadamente, equipamento para obtenção de compotas. Embora a venda de Chutney, em Portugal, esteja associada ao produto “Gourmet” é possível a sua produção e venda no mercado geral.


#20

DESENVOLVIMENTO DE RECEITA ANTIOXIDANTE PRODUZIDA A PARTIR DE PESCADO SUBVALORIZADO COORDENAÇÃO Maria José Rodrigues maria.rodrigues@ipleiria.pt

EQUIPA Joana Patriarca Maria José Rodrigues Rui Pedrosa

ENTIDADE Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar Instituto Politécnico de Leiria

DESCRIÇÃO Pretende-se formular a receita de um novo produto funcional à base de desperdícios de pescado, introduzindo no mesmo ingredientes que estão associados a efeitos anti-cancerígenos, que não só são responsáveis pela funcionalidade do produto mas também pela cor, aroma, coesão, emulsão e conservação. Alguns destes ingredientes, que têm uma capacidade antioxidante elevada, são combinados nas doses recomendadas pela investigação sobre dieta com possível efeito preventivo“anti-cancro”(a comprovar in vitro), tentando contudo tornar a receita agradável ao paladar. Seguidamente, pretende-se estudar a capacidade antioxidante do produto, bem como caracterizar a qualidade e segurança.

INOVAÇÃO No sentido do aproveitamento das rejeições de pescado têm vindo a ser desenvolvidos novos produtos à base de pescado com aditivos sintéticos responsáveis pelas características emulsionantes, de coesão, cor, sabor e conservação desses produtos. São adicionados a estes novos produtos gorduras de origem animal, de forma a acentuar o sabor a carne, já que o sabor a peixe é indesejado. Estes alimentos tornam-se gordos e sujeitos à oxidação lipídica durante o armazenamento. A receita que se pretende desenvolver não contém adição de gorduras nem de aditivos sintéticos, prevenindo por outro lado a oxidação lipídica. Não se conhecem no mercado, produtos de pescado com elevado teor em antioxidantes naturais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O presente produto é interessante para a indústria de processamento de pescado, não só devido às características funcionais inovadoras do mesmo, mas também devido ao baixo custo da matéria-prima já que se pretende usar na sua conceção pescado rejeitado. O "fishburguer" a desenvolver constituirá um modelo a seguir para o desenvolvimento de outros produtos de pescado. Comprovando-se a funcionalidade (ação antioxidante) do hambúrguer de pescado, os ingredientes naturais com poder antioxidante e antimicrobiano poderão ser utilizados em numerosos produtos alimentares constituídos por pescado rejeitado , o que aumentará a venda de pescado rejeitado evitando-se assim a sua devolução ao mar.


#21

ECOBLANKET

COORDENAÇÃO Mª Paula Simões [1] mpaulasimoes@ipcb.pt

EQUIPA José Madeira [1] Adriana Marques [1] Ana Elisa Leitão [1]

ENTIDADES Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Castelo Branco [1] Muitifibras [2]

DESCRIÇÃO Ecoblanket é uma manta produzida à base de desperdícios da indústria têxtil, constituída por 58,9% de lã, 21,1% de outras fibras e 20% de polipropileno, desenvolvida como cobertura do solo para ser utilizada na produção de produtos agrícolas, nomeadamente hortícolas e/ou frutícolas.

INOVAÇÃO O carácter inovador da manta Ecoblanket está relacionado com a sua constituição, com a diminuição do tempo de trabalho no combate às infestantes, bem como no aumento de rendimento. No que respeita à sua constituição, ela resulta da valorização de um subproduto da industria têxtil. Em termos agrícolas possibilita um maior rendimento, pois permite um melhor aproveitamento do solo, uma vez que as raízes das plantas conseguem explorar a camada superficial do solo, e, permite também a diminuição do tempo necessário ao combate das infestantes, libertando o produtor desta tarefa fastidiosa.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A manta Ecoblanket está essencialmente vocacionada para a produção hortícola, podendo adaptar-se a explorações de diferentes dimensões, desde a horticultura urbana a horticultura industrial. Os resultados obtidos nos ensaios realizados com a cultura da alface, considerando duas épocas de produção (PrimaveraVerão e Outono-Inverno), permitiram verificar um efeito da manta Ecoblanket: •no aumento produção; •num menor esforço de trabalho, uma vez que não foi necessário proceder à monda de infestantes; •na obtenção de alfaces com menor quantidade de resíduos de terra, o que é especialmente importante na cultura ao ar livre; •num menor consumo de água; Paralelamente, apresenta características de durabilidade, permitindo a sua reutilização. Está em curso durante o período 2015-2016 a avaliação da manta Ecoblanket em pomares recém instalados, avaliando o impacto no desenvolvimento das plantas e na regulação do crescimento das infestantes.


#22

ECOREGA

COORDENAÇÃO Shakib Shahidian shakib@uevora.pt

EQUIPA Shakib Shahidian Ricardo Serralheiro José Luís Teixeira

ENTIDADE Instituto de Ciências Agrárias Ambientais Mediterrânicas Universidade de Évora

DESCRIÇÃO O Ecorega é um controlador de rega que se baseia nas temperaturas e no dia do ano para determinar com rigor (superior a 90%) as perdas de água pela cultura, isto é, a evapotranspiração cultural. O sistema, baseado na equação de Hargreaves, tem um sensor de temperatura que monitoriza as temperaturas máximas e mínimas e, com base no dia do ano e latitude do local, calcula imediatamente para cada dia as perdas por evapotranspiração. Uma vez calculada a evapotranspiração diária, o sistema adapta a dotação de água à cultura e à sua fase de crescimento, conseguindo assim devolver ao solo apenas a água perdida pela cultura naquele dia. Este sistema resulta em poupanças significativas de água quando comparado com controladores de rega normais, sem necessitar de qualquer intervenção adicional por parte do agricultor. A utilização conjunta de um sensor de chuva permite parar as regas nos dias chuvosos e automatizar ainda mais a rega em todo o ano.

INOVAÇÃO O caráter inovador desta tecnologia reside na utilização de um controlador “inteligente” ou “adaptativo” capaz de adaptar em cada dia a dotação de rega às necessidades reais das plantas, libertando o agricultor de monitorizar constantemente o estado das suas culturas. Os controladores de rega existentes baseiam-se numa dotação fixa, ou então exigem uma estação meteorológica para o cálculo da evapotranspiração e um agricultor que necessita ajustar manualmente as dotações de rega. O sistema Ecorega é inovador uma vez que calcula diariamente a evapotranspiração com base num conjunto reduzido de parâmetros e realiza a rega nos sectores definidos à hora desejada, sem qualquer intervenção humana.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Dado que o sistema Ecorega tem capacidade de substituir os controladores de rega convencionais, permitindo uma poupança nos consumos de água, o seu mercado potencial é vasto desde a agricultura de regadio (culturas hortícolas, milho, pomares) a Câmaras Municipais. O sistema é também indicado para pomares e vinhas, especialmente quando se pretendem objetivos concretos como aumentar o teor de açúcares, ou fazer regas deficitárias, dada a possibilidade de se poder ajustar o programa às necessidades concretas.


#23

ENTOMBIO

COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

José Alberto Pereira jpereira@ipb.pt

A presente proposta tem como principal objetivo o uso de fungos entomopatogénicos como meio de luta contra pragas da oliveira. Estes fungos têm como característica principal a capacidade de infectar insectos, causando a sua morte, constituindo deste modo uma alternativa aos insecticidas. O mecanismo de infecção destes fungos, combinado com a sua presença natural em populações de insectos, tem vindo a constituir um estímulo para a formulação e comercialização de micoinsecticidas. Reconhecendo esta importância, a equipa proponente tem vindo a isolar fungos entomopatogénicos da mosca-daazeitona e da traça-da-oliveira, tendo obtido um total de 130 isolados que poderão ser usados na formulação de micoinsecticidas.

EQUIPA Albino Bento Paula Baptista

ENTIDADE Escola Superior Agrária Instit. Politécnico de Bragança

INOVAÇÃO A utilização de espécies autóctones na formulação de micoinsecticidas e a sua utilização na cultura da oliveira constitui uma alternativa viável aos meios de luta actualmente disponíveis, em especial da luta química. Estas espécies, por serem autóctones, estão mais adaptadas aos seus hospedeiros e ao ecossistema, permitindo uma maior efetividade na regulação das populações de insectos-praga.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia terá o acolhimento da grande maioria, senão da totalidade das empresas ligadas à produção de fitofármacos. Permite-lhes aumentar o leque de produtos disponíveis para a luta contra pragas do olival. Pela sua natureza, os micoinsecticidas podem ser aplicados em modo de produção biológico, potenciando ainda o mercado destas empresas.


#24

ESTIMAÇÃO DA BIOMASSA FLORESTAL COM BASE EM IMAGENS OBTIDAS POR SATÉLITE

COORDENAÇÃO Adélia Sousa asousa@uevora.pt

EQUIPA Ana Cristina Gonçalves José Rafael Silva

ENTIDADE Instituto de Ciências Agrárias Ambientais Mediterrânicas Universidade de Évora

DESCRIÇÃO Esta metodologia permite estimar a biomassa aérea florestal com base em novas tecnologias utilizando imagens de satélite. As relações alométricas de estimação da biomassa aérea por árvore de parcelas de inventário e a projeção horizontal da copa estimada a partir de processamentos inovadores das imagens de satélite (segmentação multi-resolução) foram usadas para modelar a biomassa florestal aérea. Esta metodologia permite aferir de modo expedito a biomassa aérea florestal em áreas grandes ou pequenas, apenas com o processamento das imagens de satélite.

INOVAÇÃO A inovação desta metodologia é tornar possível estimar os valores de biomassa aérea florestal disponível recorrendo a imagens de satélite de alta e média resolução espacial sem recurso à realização de inventário florestal.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Tem aplicação na área de ordenamento planeamento e gestão florestal.


#25

ESTUDOS PATOGÉNICOS, CITOLÓGICOS E EPIDEMIOLÓGICOS

COM VISTA À CRIAÇÃO DE VARIEDADES DE CAFEEIRO COM RESISTÊNCIA DURADOURA À FERRUGEM ALARANJADA NA PROVINCIA DE YUNNAN COORDENAÇÃO Vítor Várzea [1]

EQUIPA Ana Paula Pereira [1] Andreia Loureiro [1] Mª do Céu Silva [1] Hua Zhou [2] Hongbo Zhang [2] Jinhong Li [2] Tie Ying Guo [2] Xuehui Bai [2] Zhenjia Chen [2]

ENTIDADES Instituto de Investigação Cientifica Tropical - IICT [1] Dehong Tropical Agriculture Research Institute of Yunnan [2]

DESCRIÇÃO A ferrugem do cafeeiro, tendo como agente causal o fungo Hemileia vastatrix, é uma das principais limitações da cafeicultura que actualmente é endémica em todos os países cafeicultores. O principal método de controlo desta doença consiste na aplicação de fungicidas. Uma das alternativas viáveis ao controlo químico é a utilização de variedades resistentes à doença. O principal objetivo deste projeto é conhecer o potencial de resistência dos cafeeiros introduzidos recentemente na Província de Yunnan pela utilização de métodos clássicos e métodos citológicos.

INOVAÇÃO A caracterização citológica da resposta destes hospedeiros às raças de ferrugem poderá assumir papel relevante no processo de seleção de genótipos de cafeeiro com resistência duradoura e ser um ponto de partida para realizar outros estudos fundamentais, nomeadamente a nível da proteómica e da transcriptómica, no âmbito de projetos de investigação a decorrer tanto no CIFC como em projetos de cooperação internacional com outras instituições de investigação estrangeiras.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Caracterização de fontes de resistência duradoura do cafeeiro à ferrugem e sua introdução nos programas de melhoramento genético do cafeeiro existente em diferentes países cafeicultores.


#26

EUTROPHOS

GESTÃO INTEGRADA DE FÓSFORO PARA CONTROLO DA EUTROFIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

COORDENAÇÃO Mª da Conceição Gonçalves [1] maria.goncalves@iniav.pt

ENTIDADES Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária – INIAV [1] Instituto Superior Técnico [2] União Europeia [3]

DESCRIÇÃO Compreender a contribuição do fósforo proveniente da agricultura nas águas superficiais, em função das culturas e práticas agrícolas, nomeadamente o regadio; ii) extrapolar resultados para toda a bacia hidrográfica; iii) melhorar os modelos de simulação existentes dos processos nas bacias e albufeiras existentes e determinar as cargas máximas diárias de sedimentos para a albufeira e iv) quantificar o impacto económico e social resultante de mudanças de práticas agrícolas.

INOVAÇÃO Desenvolvimento e validação de novas metodologias para (i) monitorizar e modelar a dinâmica dos sedimentos e nutrientes em rios temporários, incluindo períodos de cheias, (nomeadamente os processos de remobilização do fósforo devido à erosão) em bacias hidrográficas agrícolas, (ii) quantificar a sua importância para a qualidade da água do reservatório (processo de eutrofização), (iii) propor medidas de mitigação para melhorar o estado trófico do reservatório, reduzindo a frequência e a intensidade da proliferação de algas. Os resultados pretendem ainda auxiliar os gestores de bacias hidrográficas na gestão dos reservatórios utilizados para fornecer água potável, minimizando os riscos de contaminação orgânica durante períodos de cheia.


#27

EXTRAÇÃO DE FIBRAS POR MICRO-ONDAS EM CONTÍNUO

COORDENAÇÃO Cláudia Passos cpassos@ua.pt

EQUIPA Manuel A. Coimbra

ENTIDADE Universidade de Aveiro

DESCRIÇÃO A presente tecnologia consiste na aplicação de um forno de micro-ondas em contínuo em que o subproduto agroindustrial, que contém entre 60 a 80% de água, é irradiado dentro de um tubo até atingir a temperatura desejada. A sua utilização em subprodutos da indústria agroalimentar permite obter fibras solúveis em água, como a fibra dietética com propriedades antioxidantes. A tecnologia de micro-ondas, quando aplicada em ambientes aquosos fechados, permite obter pressões e temperaturas elevadas. A pressão exercida no interior é suportada pelo material que flui desde a entrada até à saída, se o percurso for suficientemente grande para suportar a pressão desejada.

INOVAÇÃO A tecnologia proposta alia o conhecimento existente na conceção/utilização da tecnologia de micro-ondas ao conhecimento existente na extração de fibras alimentares a partir de subprodutos agroalimentares. Desta forma, a extração de fibras por micro-ondas é uma tecnologia inovadora com a versatilidade de valorizar uma gama diversificada de subprodutos agroalimentares ricos em fibras.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O uso de micro-ondas em contínuo permite obter extratos de grau alimentar partindo de subprodutos da indústria agroalimentar, tendo sido já utilizada em subprodutos da indústria do café (SCG) e da cerveja (drech, BSG, e levedura cervejeira, BSY). Adicionalmente, a sua aplicação pode estender-se aos subprodutos das indústrias de sumos e ao refugo de produtos vegetais/frutas, entre outros.


#28

EXTRAÇÃO POR FLUXO DE CONTAMINANTES BIOLÓGICOS E QUÍMICOS

COORDENAÇÃO Sílvia M. Rocha [1] smrocha@ua.pt

EQUIPA Adelaide Almeida [1] Ângela Cunha [1] Newton Gomes [1] Vítor Costa [1] Jorge Ferreira [1] Sílvia Petronilho [1] Inês Baptista [1] Procópio Stein [1] Ângelo Salvador [1] Armindo Oliveira [2]

ENTIDADES Universidade de Aveiro [1] Egidron [2]

DESCRIÇÃO Equipamento e processo de extração inovadores para avaliação do nível de contaminação biológica e química de alimentos e de embalagens. Mais eficaz, rápido, simples e barato que os procedimentos atuais. Os produtos a analisar são atravessados por um fluido sob pressão que, em poucos segundos, extrai microrganismos e contaminantes químicos. O fluido utilizado varia consoante a natureza da amostra e as caraterísticas físico-químicas dos contaminantes a extrair. Os resultados de ensaios laboratoriais de validação confirmam a elevada correlação com os métodos tradicionais. O equipamento pode ser utilizado a nível laboratorial e/ou pode ser facilmente inserido numa linha de produção, e facilmente adaptado a situações específicas.

INOVAÇÃO Este equipamento apresenta inúmeras vantagens face às tecnologias existentes, tais como rapidez, eficácia, simplicidade e baixo custo. Usualmente os métodos de análise microbiológica são dependentes de culturas em placa, que necessitam de um laboratório especializado. No entanto, este equipamento não necessita desse espaço nem de técnicos especializados, podendo ser utilizado tanto a nível laboratorial, como numa linha de produção de uma empresa. Integrando este novo equipamento com métodos rápidos de análise microbiológica (bioluminescência) e química (cromatografia), consegue-se reduzir o tempo de análise para alguns minutos. Este equipamento já possui um software integrado que automatiza e facilita a gestão do processo.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta invenção insere-se na atividade da análise, monitorização e controlo da presença de contaminantes biológicos e químicos em produtos sólidos, preferencialmente na indústria agroalimentar e de embalagens. Este tipo de sistema dispensa a existência de um laboratório especializado e permite a sua aplicação em pequenas e médias empresas. A sua versatilidade faz com que facilmente encontre aplicação em diversas áreas produtivas. Estando direcionada para o controlo de qualidade e segurança alimentar, esta invenção constitui uma ferramenta valiosa para que as empresas respondam rapidamente aos crescentes graus de exigência regulamentar e do consumidor nos mercados nacional e internacional.


#29

FENOTIPAGEM DE PLANTAS

TECNOLOGIA EM DESENVOLVIMENTO

COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

J. Miguel Costa miguelc@itqb.unl.pt

A fenotipagem de plantas consiste na descrição e quantificação exaustiva de várias características das plantas, tais como o seu crescimento, arquitetura e fisiologia (tolerância/resistência ao stress). As características fenológicas, morfológicas e fisiológicas influenciam o desempenho das culturas em termos do seu crescimento e produtividade. Um dos objetivos principais da fenotipagem é o de monitorizar a resposta ao stress e caracterizar e avaliar o desempenho de uma série de genótipos (variedades) em condições ambientais específicas. Para isso, é necessário um correto desenho experimental e estratégias rápidas e robustas de medição e respetiva análise de dados, de preferência com possibilidade de automatização. O uso de tecnologias, como os sistemas de imagem, para fenotipagem de plantas representa um avanço na seleção de plantas quanto à sua resistência a condições de stress e na monitorização da performance das culturas.

ENTIDADES Unidade de Investigação GREEN-it – Biorecursos para a a sustentabilidade Instituto de Tecnologia Química e Biológica - ITQB

INOVAÇÃO O uso de sistemas de imagem (no visível, infravermelhos, etc.) é um dos suportes básicos da fenotipagem moderna e pode envolver um maior ou menor grau de automatização, consoante as espécies testadas e a capacidade de investimento. Outro tipo de medições complementares mais localizadas e intrusivas (fotossíntese, transpiração, fluorescência da clorofila, potencial hídrico da folha, índice de área foliar, peso seco, etc.) ajudam a validar os resultados obtidos por análise remota (imagem).

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A possibilidade de se poder caracterizar remotamente e mais rapidamente um grupo elevado de indivíduos ou de se monitorizar uma área alargada de terreno, potencia a sua aplicação comercial na agricultura e horticultura, indústrias agroalimentares e biotecnologia. Todavia, e apesar destas tecnologias de fenotipagem (ex. termografia, trocas gasosas, etc) estarem já bem estabelecidas no sector das ciências das plantas (fisiologia vegetal, agronomia), é necessário estudar melhor e otimizar o seu uso em condições práticas, principalmente de campo.


#30

FERTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL

COORDENAÇÃO Mª do Carmo Monteiro carmoh@ipcb.pt

EQUIPA Paulo Águas João Paulo Carneiro Marta Batista

ENTIDADE Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Castelo Branco

DESCRIÇÃO 1-Utilização de sub-produtos orgânicos e inorgânicos com potencial fertilizante; 2-Rastreabilização e caracterização dos sub-produtos e verificação da adequação destes ao desenvolvimento do produto final (composto fertilizante); 3-Constituição dos lotes dos sub-produtos com intervalos de parâmetros pré-definidos; 4-Avaliação das proporções dos lotes para a constituição das pilhas de compostagem em função da classificação do produto final desejado; 5-Compostagem monitorizada, otimização do processo e verificação da estabilidade do produto final; 6- Crivagem e uniformização granulométrica; 7- Verificação das especificações técnicas sobre a qualidade e utilizações de cada tipologia de composto obtido; 8- Elaboração do composto comercial.

INOVAÇÃO Assessoria técnica e analítica na elaboração de um composto dirigido às necessidades do cliente

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A tecnologia permite elaborar um composto destinado à fertilização de culturas permanentes como os pomares e as espécies florestais. Respeitando as boas práticas agrícolas e ambientais, permite alargar o mercado, actualmente carente em corretivos orgânicos, como o da produção de hortícolas e de culturas arvenses primaveris: 1 - Aumento da competitividade da empresa; 2 - Uso sustentável de nutrientes vegetais; 3 - Diminuição de possíveis impactes ambientais; 4 - Rastreabilização e a monitorização dos parâmetros de qualidade do composto, o que conduz a um aconselhamento mais rigoroso no uso do produto e ao desenvolvimento de linhas de produção de composto para culturas específicas.


#31

FERTITRIGO

OTIMIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DE FERTILIZAÇÃO AZOTADA EM TRIGOS MELHORADORES

COORDENAÇÃO PROCEREAIS

EQUIPA Rita Costa [5] rita.costa@iniav.pt

ENTIDADES PROCEREAIS [1] Associação Nacional de Produtores de Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas ANPOC [2] Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio – COTR [3] Escola Superior Agrária Instit. Politécnico de Beja [4] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - Polo Elvas [5]

DESCRIÇÃO 1.Investigar os diversos aspectos da eficiência de utilização da fertilização azotada da cultura do trigo em regadio; 2.Definir o momento e a dose recomendadas de azoto com o objetivo de potenciar a produção e qualidade do grão de trigo mole; 3.Avaliar o efeito dos diferentes tipos de fertilizantes (Adubos Clássicos e Específicos) na produção e no teor proteico; 4.Avaliar o efeito da adubação de cobertura dinâmica na produção e qualidade do trigo mole melhorador em scale up nos campos dos agricultores; 5.Utilizar o conhecimento gerado para produzir um itinerário recomendado de aplicação de azoto, com vista à maximização de produção de trigo de qualidade superior (melhorador).

INOVAÇÃO A inovação será uma nova tecnologia de produção para que se possam produzir lotes de trigo mole melhorador correspondendo às exigências específicas de qualidade (proteica) da indústria moageira.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Agricultores e indústria moageira de panificação


#32

FILETES DE SARDINHA CONGELADOS (SARDINA PILCHARDUS)

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE ANTIOXIDANTES NATURAIS NA ESTABILIDADE OXIDATIVA COORDENAÇÃO Rui Ganhão rganhao@ipleiria.pt

EQUIPA Rui Pedrosa Ana Geada

ENTIDADE Instituto Politécnico de Leiria

DESCRIÇÃO Otimizou-se o processo de adição de antioxidantes naturais (tocoferóis e um mix de tocoferóis com extrato de rosmaninho), aos filetes de sardinha congelados e avaliou-se o efeito dos mesmos no processo de oxidação lipídica nos filetes armazenados durante seis meses a -20 C. O efeito dos antioxidantes foi avaliado através do índice de peróxidos, do índice de ácido tiobarbitúrico (TBARS) e de análises sensoriais. Os antioxidantes utilizados demonstraram inibir o processo oxidativo ao longo do tempo de armazenamento em relação às amostras controlo, que apresentaram avançado processo de oxidação. Verificou-se que o mix de tocoferóis e extrato de rosmaninho promoveu um maior efeito sob a estabilidade oxidativa dos filetes.

INOVAÇÃO A utilização, pela primeira vez, dos tocoferóis em associação com extratos de rosmaninho, em filetes de pescado com elevado teor de gordura. O sucesso da aplicação resulta numa oportunidade de desenvolvimento deste novo produto, filete de sardinha. Sem os antioxidantes utilizados a estabilidade oxidativa e o tempo de prateleira deste produto era extremamente reduzido, apesar de ser um produto congelado.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O projeto foi desenvolvido pelo GIRM e teve enquadramento num vale Inovação, realizado à empresa Profresco. O uso de antioxidantes naturais demonstrou ser uma solução eficaz na prevenção da oxidação lipídica e por essa razão a manutenção da qualidade nutricional dos filetes de sardinha. Esta tecnologia é uma solução pouco dispendiosa, que permitirá o aproveitamento e valorização de produtos da pesca.


#33

FILMAGREGA – Filmes, agricultura e rega

COORDENAÇÃO Agromais, CRL

EQUIPA Elizabeth Duarte eduarte@isa.ulisboa.pt [5]

ENTIDADES Agromais, CRL [1] Agrotejo [2] Consulai [3] Est. Projectos e Consultoria Ambiental [4]

Instit. Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [5]

DESCRIÇÃO O projeto FilmAgRega – Filmes, Agricultura e Rega, tem como principal objetivo avaliar qual a melhor opção de sistema de rega (superficial ou subterrâneo) e tipo de filme (convencional ou biodegradável) para as culturas hortícolas em estudo, tendo em vista os seguintes pontos: • Aumentar a eficiência do uso de água numa exploração agrícola; • Contribuir para a diminuição da emissão de gases de estufa na agricultura; • Diminuir a quantidade de poluentes no solo; • Definir estratégias para a implementação de sistemas mais sustentáveis; • Informar os agricultores na tomada de decisão e na adoção de boas práticas agrícolas; • Adaptar os sistemas à realidade da empresa, equipa técnica e processos; • Aumentar a resiliência da atividade agrícola face às alterações climáticas.

INOVAÇÃO A principal inovação deste projeto prende-se com a conjugação dos diferentes sistemas de rega e tipos de filme com o objetivo de encontrar o conjunto de tecnologias ambientalmente mais eficientes, de modo a promover uma agricultura mais sustentável.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A utilização destas tecnologias terá interesse para os produtores agrícolas com mais exigências ambientais, conscientes e disponíveis para utilizar novos modelos de produção com o objetivo de promover uma agricultura mais sustentável e amiga do ambiente. Esta tecnologia irá ser avaliada ao longo do projeto (2014-2017) com a realização de ensaios de campo.


#34

FILMES BIODEGRADÁVEIS

COORDENAÇÃO Vítor Alves [1] vitoralves@isa.ulisboa.pt

EQUIPA Isabel Coelhoso [2] [3] imrc@fct.unl.pt

ENTIDADES Instit. Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [1] Fac. de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa [2] Instit. de Biologia Experimental Tecnológica - IBET [3]

DESCRIÇÃO Esta técnica consiste na produção de filmes e revestimentos biodegradáveis através de novos biopolímeros. Os biopolímeros são constituídos à base de polissacarídeos que são extraídos a partir do glicerol. Embora existam outras fontes de carbono para a extração de polissacarídeos, esta técnica recorre a uma fonte de carbono que é produzida em grandes quantidades, principalmente como subproduto da fileira agroindustrial, e que não encontra escoamento em aplicações tradicionais. Os filmes e revestimentos biodegradáveis produzidos através desta técnica apresentam características que os tornam apelativos como elementos capazes de conferir estabilidade, textura ou um caráter gelificante aos alimentos, potenciando as propriedades sensitivas dos produtos e aumentando o seu tempo de vida útil. Para além disso, estes filmes consistem em boas barreiras a gases, nomeadamente ao dióxido de carbono e oxigénio, e poderão ser usados como revestimentos comestíveis.

INOVAÇÃO O aspeto inovador desta técnica consiste na preparação de filmes e revestimentos a partir de novos biopolímeros até agora não testados. Estes biopolímeros são produzidos por via microbiana usando o subproduto da produção do biodiesel, o glicerol, como única fonte de carbono. Deste modo, temse a valorização de um resíduo industrial num material biodegradável.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A técnica aqui apresentada permite a obtenção de produtos, nomeadamente os filmes biodegradáveis, que podem ser aplicados em embalagens alimentares constituídas por várias camadas de materiais diferentes. Adicionalmente, esta técnica encerra um grande interesse na área da pós-colheita, uma vez que os filmes poderão ser utilizados pela indústria alimentar como elemento de revestimento capaz de aumentar o tempo de prateleira dos alimentos e conferir-lhes textura.


#35

FILMES DE COBERTURA BIODEGRADAVEIS PARA A AGRICULTURA

COORDENAÇÃO Elizabeth Duarte eduarte@isa.ulisboa.pt

ENTIDADE Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO A tecnologia aqui descrita insere-se no projeto europeu Agrobiofilm, que teve como objetivo o desenvolvimento e teste de uma solução alternativa ao mulch tradicional (polietileno): um mulch filme inovador, com origem em matérias-primas biodegradáveis. Com uma aplicação semelhante aos filmes convencionais, os filmes biodegradaveis são provenientes de matérias-primas biodegradaveis e apresentam uma performance agronomica equivalente ao polietileno, não alterando o rendimento da cultura, o controlo de pragas e doenças e permitindo uma redução no consumo de água. Estes filmes foram testados em diversas regiões e para várias culturas horto-frutícolas.

INOVAÇÃO A biodegradação e a permeabilidade dos materiais biodegradáveis utilizados nesta tecnologia, aliadas às necessidades de uma agricultura mais sustentável, são os fatores diferenciadores da tecnologia, que representam vantagens adicionais para os produtores e para a sustentabilidade ambiental.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A utilização desta tecnologia terá interesse para os produtores agrícolas exigentes, ambientalmente conscientes e abertos a novas modalidades de produção, uma vez que é utilizada uma nova tecnologia que promove uma agricultura sustentável. Esta tecnologia está a ser atualmente aplicada em ensaios de eficiência de rega, em parceria com o ISA e produtores e, paralelamente, em testes que visam o estudo da influência da combinação de filmes biodegradáveis com modalidades de rega diferentes. Adicionalmente, está a ser utilizada no Brasil, de modo a promover a utilização dos filmes biodegradáveis em culturas diferentes.


#36

FILTROS PARA FUMEIROS TRADICIONAIS

COORDENAÇÃO Teresa Matos [1] matosteresa@isa.ulisboa.pt

EQUIPA Luísa Brito [1] Margarida Moldão [1] Vítor Alves [1] Isabel Coelhoso [2] imrc@fct.unl.pt Humberto Ferreira [4] João Bordado [4]

ENTIDADES Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [1] Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa [2] PRIMOR [3] Instituto Superior Técnico Universidade de Lisboa [4]

DESCRIÇÃO A tecnologia aqui apresentada assenta na produção de um filtro capaz de reduzir a quantidade de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP’s) contidos no fumo de fumeiros tradicionais. O filtro desenvolvido consiste numa camada adsorvente à base de poliuretano que permite a retenção de HAP sem originar, por eventual pirólise, produtos voláteis tóxicos (ésteres, álcoois, hidrocarbonetos, etc.) suscetíveis de contaminar o alimento produzido. Com estes filtros, pretende-se aumentar a eficiência das condições processuais nos fumeiros, de modo a poder fornecer um produto de maior qualidade, garantindo a segurança alimentar e mantendo ou melhorando as características sensoriais tradicionais.

INOVAÇÃO O principal aspeto que diferencia esta tecnologia dos métodos utilizados atualmente, nomeadamente aqueles que recorrem a câmaras de fumagem (estufas), é a possibilidade de utilização de um filtro simples, de fácil aplicação e de baixo custo que evita a contaminação de produtos cárneos fumados em fumeiros tradicionais por HAP’s.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A aplicação dos filtros adsorventes pode ser feita a qualquer tipo de fumeiro tradicional, independentemente da sua dimensão e layout, e em vários produtos fumados, tais como o chouriço, linguiça, paio e salpicão, entre outros. Neste sentido, esta tecnologia tem especial interesse para pequenas e médias indústrias, uma vez que lhes permite continuar a produzir os produtos cárneos fumados nos fumeiros tradicionais de que dispõem, sem necessidade de investimento em câmaras de fumagem e respeitar as exigências legais em vigor no que concerne aos HAP’s.


#37

FISHAM

COORDENAÇÃO Susana Silva susana.silva@gmail.com

EQUIPA Tânia Ferreira Luís Raimundo

ENTIDADE Instituto Politécnico de Leiria

DESCRIÇÃO O FisHam consiste num novo produto alimentar, um fiambre à base de pescado, no qual são utilizadas como matéria-prima aparas de pescada e salmão. O processo desenvolvido permite a obtenção de um produto estável até 10 dias em armazenamento refrigerado, de aspeto homogéneo e textura firme similares ao fiambre tradicional. Este novo produto pode ser fatiado ou cortado em cubos e incorporado em sandes e saladas, podendo ser uma alternativa ao fiambre à base produtos cárneos e introduzindo o consumo de produtos à base de pescado a públicos menos recetivos. O protótipo do novo produto revelou uma elevada aceitabilidade por parte de potenciais consumidores em testes sensoriais.

INOVAÇÃO Em Portugal, os produtos curados cozidos, como é o caso do fiambre, têm vindo a ser desenvolvidos a partir de diferentes tipos de carne e sofrendo algumas inovações. No entanto, tal não se verifica no pescado, havendo uma lacuna na oferta de produtos à base de pescado inovadores e prontos a consumir. O FisHam alia a conveniência de um produto pronto a consumir aos benefícios associados ao consumo de pescado (elevado teor em proteína, baixo teor em gordura saturada e presença de ácidos gordos polinsaturados). A valorização tecnológica de cortes de pescado de baixo valor comercial, mas com elevado potencial nutricional, contribui para uma gestão sustentável e otimizada dos recursos marinhos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Empresas de transformação de pescado. Empresas de processamento de produtos prontos a consumir.


#38

FISHFOOD

COORDENAÇÃO Manuela Oliveira moliveira@fmv.ulisboa.pt

EQUIPA Fernando Bernardo Teresa Semedo-Lemsaddek

ENTIDADE Fac. de Medicina Veterinária Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO As análises microbiológicas convencionais de alimentos requerem procedimentos complexos e demorados, pouco adequados para a avaliação da sua segurança microbiológica em tempo útil. Para otimizar a eficácia destes processos, desenvolveramse metodologias baseadas na técnica de hibridação in situ fluorescente para detecção precoce de Salmonella, Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Staphylococcus, utilizando sondas rARN fluorescentes. Testou-se a aplicabilidade à análise direta de alimentos, determinandose a precisão, especificidade e sensibilidade dos protocolos. Estas técnicas são adequadas para a análise presuntiva de alimentos, sendo rápidas, praticáveis, específicas, sensíveis, reprodutíveis e menos dispendiosas.

INOVAÇÃO As vantagens da FISH em relação aos métodos de cultura para a quantificação e identificação de bactérias patogénicas nos alimentos podem resumir-se da seguinte forma: a) disponibilidade rápida dos resultados, uma vez que é possível a sua obtenção em aproximadamente oito horas; b) espectro alargado de identificação, tão vasto quanto o número de sondas utilizadas, apresentando a possibilidade de identificação simultânea de diferentes espécies na mesma amostra; c) custo relativamente baixo por determinação, de 0,45 a 3,0 € em consumíveis, dependendo do número de amostras processado simultaneamente. Uma vantagem económica importante de FISH em relação ao método de cultura convencional são as poupanças substanciais em termos de material e de tempo. FISH fornece resultados positivos pelo menos dois a três dias mais cedo do que os métodos de cultura. Assim, a poupança em termos de meios de cultura e tempo justifica os custos de FISH. Este processo analítico poderá ser aplicado como técnica presuntiva a amostras em natureza, sendo recomendada a confirmação posterior dos resultados positivos por testes bioquímicos e sorológicos, sendo que os resultados negativos podem ser considerados definitivos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A técnica FISH pode ser aplicada a um universo heterogéneo de matrizes alimentares, tendo sido testada em carnes, leites, alimentos compostos para animais, silagens, vegetais, bivalves, fornecendo resultados com precisão, especificidade e sensibilidade relativas elevadas em aproximadamente 8 horas, permitindo a detecção simultânea de diferentes espécies bacterianas.


#39

FRUTOS DESIDRATADOS COM BACTÉRIAS PROBIÓTICAS

COORDENAÇÃO Paula Teixeira pcteixeira@porto.ucp.pt

EQUIPA Alcina Morais

ENTIDADE Escola Sup. de Biotecnologia Universidade Católica do Porto

DESCRIÇÃO Procedimento otimizado para a produção de frutas desidratadas contendo microrganismos probióticos benéficos para a saúde. A tecnologia, desenvolvida e validada em escala laboratorial e piloto, associa as tecnologias de produção de frutas desidratadas à incorporação de microrganismos probióticos, de uma forma simplificada, de baixo custo e com estabilidade validada.

INOVAÇÃO Diferenciação de produtos existentes no mercado pelas características nutricionais associadas e alargamento do mercado potencial de probióticos. Potencial de valorização em mercados de nicho de fruta desidratada. Valorização e conservação de excedentes de produção de fruta que tem associado um carácter muito sazonal.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Já estão disponíveis no mercado vários produtos enriquecidos com probióticos, essencialmente na área dos lacticínios. No entanto, a intolerância à lactose impede a muitos o seu consumo. Os benefícios do seu consumo estão documentados em estudos, nomeadamente ao nível dos distúrbios e infecções intestinais. Esta tecnologia permite a colocação de probióticos em fruta, alargando a abrangência de potenciais consumidores.


#40

FRUTOS NATIVOS 4 SAN

COORDENAÇÃO Cecilia Ruth Bila [1] ruthbila@yahoo.com Horácia Mula [1] horaciacelina@yahoo.com.br Luís Goulão [2]

EQUIPA Ana Ribeiro [2] A. Eduardo Leitão [2] Virgílio Santo António [2] Ângela Remane [3] Maida Khan [4] José Alcobia [5] Filipa Zacarias [6]

ENTIDADES Instituto de Investigação Agrária de Moçambique – IIAM [1] Instituto de Investigação Científica Tropical - IICT [2] Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal Universidade Eduardo Mondlane [3] Faculdade de Engenharias Universidade Eduardo Mondlane [4] Frutisul – Associação dos Fruticultores do Sul de Moçambique [5] Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento Africano - VIDA [6]

DESCRIÇÃO i) avaliação do valor frutícola e nutricional e do potencial de conservação de espécies prioritárias para valorização e contribuição para a segurança nutricional em Moçambique; ii) levantamento do estado do conhecimento sobre fruteiras nativas no país, incluindo publicações, projetos de investigação, empresas e negócios, e políticas; iii) conhecimento dos padrões de uso e consumo de frutos nativos por parte populações vulneráveis; iv) criação de campos de experimentação para domesticação; v) promoção da fruticultura de espécies nativas no país.

INOVAÇÃO Estabelecimento de uma rede multissectorial de conhecimento sobre fruteiras nativas sub-exploradas, com vista à criação de uma massa crítica ativa e comprometida com a Ciência para o Desenvolvimento com atitudes científicas e tecnológicas inovadoras. Tradução do conhecimento para a população e mercados.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Introdução de espécies de fruteiras nativas na fruticultura comercial Moçambicana. Promoção e incentivo ao consumo destes frutos, em fresco e através do desenvolvimento de produtos processados. Introdução da fruticultura com espécies nativas na agenda política como estratégia na luta contra a insegurança alimentar e nutricional e na criação de agro-negócio.


#41

GASTRONOMIA MOLECULAR

COORDENAÇÃO Susana Dias susanadias@cookinglab.net

ENTIDADES CookingLab Instit. Superior de Agronomia Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO Constituída por uma equipa multidisciplinar de engenheiros Químicos, Alimentares, Microbiólogos e, ainda, Food designers, a CookingLab® pesquisa, investiga e desenvolve produtos inovadores, bem como outras formas de utilização/valorização de matérias-primas já existentes, com os principais objetivos de: - criar novas formas de utilização de produtos tradicionais (ex: azeite, vinho) com possibilidade de valor acrescentado; - introduzir no mercado novos produtos (ex: outras formas de produtos de conveniência, produtos com melhores propriedades nutritivas e nutricionais); - desenvolver novas fórmulas e diagramas tecnológicos, por forma a melhorar rendimentos fabris. Apesar de ser uma empresa autónoma e independente, a CookingLab® encontra-se sediada no Instituto Superior de Agronomia, beneficiando de facilidades do ponto de vista técnico-laboratorial em várias áreas.

INOVAÇÃO Utilização de ingredientes gelificantes, emulsionantes e estabilizantes para produzir novas texturas e formatos de produtos alimentares e utilização de técnicas inovadoras para introduzir novos produtos alimentares no mercado.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Desenvolvimento de novos produtos para as indústrias alimentares.


#42

HYDROFUNCTIONAL BYPRODUCTS

COORDENAÇÃO Susana Silva susana.j.silva@ipleiria.pt

EQUIPA Cátia Bulhões Paulo Nunes Maria José Rodrigues

ENTIDADE Instituto Politécnico de Leiria

DESCRIÇÃO Produção de hidrolisados funcionais estáveis de proteína de pescado obtidos através da digestão enzimática de subprodutos da indústria de pescado enlatado (cabeça, pele, músculo, vísceras e espinhas).

INOVAÇÃO Os subprodutos transformados poderão ser incorporados em formulações alimentares, tendo as seguintes funcionalidades: antioxidantes, estabilizantes, emulsificantes.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Indústrias do pescado e conserveiras que pretendam transformar os seus subprodutos em produtos de valor acrescentado; Produtores de aditivos alimentares que pretendam inovar, recorrendo a matérias-primas de origem natural e com novas funcionalidades; Indústria do retalho para aumentar o tempo de prateleira de produtos frescos e congelados.


#43

ICP-MS: AUTENTICIDADE DO VINHO

COORDENAÇÃO Sofia Catarino sofiacatarino@isa.ulisboa.pt

EQUIPA Fernando Monteiro [1] Manuel Madeira [1] Raul Sousa [1] A.S. Curvelo-Garcia [2] Ilda Caldeira [2] Patrícia Martins [2]

ENTIDADES Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [1] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária – INIAV [2]

DESCRIÇÃO No âmbito de um projeto de I&D, foi desenvolvida uma tecnologia baseada na análise multielementar, incluindo os elementos terras raras, e isotópica (87Sr/86Sr) por Espectrometria de Massa com Plasma Indutivo (ICP-MS) para fins de rastreabilidade e autenticação.

INOVAÇÃO A autenticidade do vinho para fins de certificação é hoje garantida por controlo administrativo, avaliação de parâmetros físico-químicos convencionais e análise sensorial, metodologia com sérias limitações quando se exigem conclusões inequívocas. Em casos excepcionais, o controlo é realizado por análise isotópica (18O/16O e 2H/1H). No entanto, também esta abordagem apresenta sérias e crescentes dificuldades. A avaliação da proveniência geográfica do vinho através da sua composição química é uma ambição da fileira vitivinícola, constituindo um enorme desafio para a comunidade científica. Assim, o desenvolvimento de uma metodologia para a determinação de produtos vitivinícolas, baseada na avaliação de marcadores com ligação ao solo de origem, constitui um importante avanço tecnológico.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A tecnologia desenvolvida apresenta enorme valor de aplicação na fileira vitivinícola (e de outros produtos de origem agrícola, como o azeite), para rastreabilidade e autenticação da origem geográfica, contribuindo para a confiança dos consumidores na autenticidade dos produtos. A tecnologia apresenta especial interesse para caracterização do terroir, diferenciação e valorização comercial. As entidades com potencial interesse serão as empresas ligadas à produção/comercialização de produtos vínicos, entidades de certificação/regulação/controlo nacionais e internacionais. O elevado potencial de aplicação comercial dos resultados do projeto é atestado pela participação de três grandes empresas do sector vitivinícola nacional, simultaneamente potenciais utilizadoras e alvos das tecnologias desenvolvidas.


#44

IDENTIFICAÇÃO RÁPIDA DE MICOSES EM CULTURAS HORTÍCOLAS

COORDENAÇÃO Mariana Mota mariana@isa.ulisboa.pt

EQUIPA Cecília Rego

ENTIDADE Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO Esta tecnologia recorre a técnicas moleculares para deteção de fungos em tecidos vegetais com sintomatologia de micoses. Combina uma enzima de polimerização modificada que permite a amplificação direta de sequências de ADN de tecidos vegetais (com ou sem lesões) na reação de PCR com iniciadores específicos para grupos/espécies de fungos (ex: Stemphylium sp., fungos dos géneros Botrytis, Sclerotinia e Alternaria), permitindo a amplificação rápida de sequências específicas dos fungos presentes. Estas são seguidamente digeridas com enzimas de restrição, sendo que a análise do padrão obtido permite a detecção molecular precoce (<24h) de doenças ou conjuntos de doenças causadas por organismos muito semelhantes.

INOVAÇÃO A tecnologia distingue-se dos métodos moleculares já publicados pois dispensa a extração de ADN e utiliza pares de iniciadores e enzimas de restrição discriminantes para fungos/conjuntos afins de fungos, evitando assim o passo de sequenciação do fragmento (associado a mais tempo, em norma 2-3 dias, e a maiores custos). Esta tecnologia permite uma identificação do agente fitopatogénico muito mais rápida do que a metodologia clássica microbiológica, permitindo uma intervenção fitossanitária mais precoce (diagnóstico < 24 h) e um controlo da doença mais eficaz.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL É uma tecnologia diretamente aplicável como prestação de serviços especializados na fileira hortícola, quando os diferentes agentes da fileira encontrarem sintomas inesperados nas suas culturas.


#45

INIBIÇÃO DE ABROLHAMENTO DE TUBÉRCULOS DE BATATA POR TRATAMENTOS DE ALTA PRESSÃO COORDENAÇÃO Jorge Saraiva [1] jorgesaraiva@ua.pt

EQUIPA Ivo Rodrigues [2]

ENTIDADES Universidade de Aveiro [1] Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra [2]

DESCRIÇÃO Não sendo possível ter disponíveis durante todo o ano batatas “frescas” para consumo e processamento industrial, é absolutamente necessário proceder ao seu armazenamento durante longos períodos de tempo evitando o abrolhamento. Atualmente, a nível industrial, o abrolhamento da batata é controlado usando temperaturas menores que 10ºC e métodos químicos. A utilização destes produtos químicos está a ser crescentemente restringida por legislação. Na U. de Aveiro realizaram-se trabalhos relativos ao efeito de tratamentos de alta pressão no abrolhamento de tubérculos de batata. Os resultados permitiram concluir que este método é eficiente em retardar o abrolhamento de tubérculos de batata, sendo uma alternativa natural, sem efeitos no ambiente.

INOVAÇÃO Inibição/retardamento do abrolhamento de tubérculos de batata por um método físico, natural, sem envolver compostos químicos e sem efeito no ambiente; facilidade de scale-up industrial. Este método permitirá conservar tubérculos de batata nas condições atualmente usadas a nível industrial, apenas com o tratamento por alta pressão dos tubérculos antes de iniciado o processo de armazenagem. Permitirá comercializar tubérculos de batata com o rótulo “sem conservantes/anti-abrolhantes”. O processo tem também possíveis aplicações a outros produtos em que ocorrem processos de germinação, do mesmo tipo do do abrolhamento de tubérculos de batata, tais como, em cebolas, etc. Esta metodologia é uma inovação a nível internacional.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Empresas beneficiárias da tecnologia: empresas de comercialização de tubérculos de batata, bem como de outros produtos em que ocorram processos de germinação semelhantes, tais como cebolas, etc. Este método permitirá conservar tubérculos de batata nas condições atualmente usadas a nível industrial, apenas com o tratamento por alta pressão dos tubérculos antes de iniciado o processo de armazenagem. Permitirá comercializar tubérculos de batata com o rótulo “sem conservantes/antiabrolhantes”. O processo tem também possíveis aplicações a outros produtos em que ocorrem processos de germinação do mesmo tipo do do abrolhamento de tubérculos de batata, tais como, em cebolas, etc. O mercado anti-hipercolesterolémia é um dos maiores mercados da atualidade e apresenta caraterísticas altamente vantajosas para os produtos naturais com indicações terapêuticas validadas.


#46

COOPERAÇÃO PARA A INOVAÇÃO

INOVAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS NO APROVEITAMENTO DO MEDRONHO

COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

Duarte Candeias [1] tecnico@cevrm.pt

Instalação, condução e monitorização de pomares de medronheiro com vista à produção de medronho com interesse para o segmento de mercado: fruto fresco / fruto desidratado. A componente de investigação e desenvolvimento de produtos inovadores é assegurada através do CEVRM (transformação primária - desidratação), Sugar Bloom - desenvolvimento da tecnologia agroindustrial de produtos à base de medronho (fruto). As entidades de investigação INIAV e ESAB asseguram respetivamente as tarefas de monitorização e inovação em pomares de medronheiro e, esta última, tarefas de investigação do fruto fresco, desidratado, formas de conservação e transformação da matéria prima.

EQUIPA Paulo Reis [2] Carlos Ribeiro [3] José passarinho [4] João Dias [5]

ENTIDADES Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos - CEVRM [1] Associação Viver Serra [2] Escola Superior Agrária Instit. Politécnico de Beja [3]

Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária [4] Sugar Bloom, Lda. [5]

INOVAÇÃO Instalação de pomares ordenados; Criação de um referencial de produção; Criação da conta de cultura medronheiro; Conservação e transformação do medronho (fruto). Testes de mercado e promoção.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Comercialização sob a forma de fruto fresco, fruto seco, geleia, compota, patê, sumo, chutney, pastelaria e chocolate.


#47

INTRODUÇÃO DE VARIEDADES DE ARROZ ADAPTADAS A CLIMAS SECOS

COORDENAÇÃO Ângela Moreno [1] angela.moreno@inida.gov.cv

Ana Melo [2] Alexis Ndayiragije [3]

EQUIPA Regle Amoros [1] António Forte [1] Mª Otília Carvalho [2] Carlos Zandamela [3] Arlindo Lima [4]

ENTIDADES Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário [1] Instituto de Investigação Cientifica Tropical - IICT [2] International Rice Research Institute [3] Instituto Superior de Agronomia Universidade de lisboa [4]

DESCRIÇÃO Tirando partido do banco de sementes do IRRI, e beneficiando da assistência técnica do IRRI e IICT em parceria com o ISA, o INIDA vai testar em Cabo Verde variedades de arroz adaptadas a climas secos, em talhões de terreno com diferentes condições edafoclimáticas.

INOVAÇÃO Introdução da cultura de arroz em Cabo Verde. Utilização de novas variedades de arroz, com pacotes tecnológicos adequados.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Se a experimentação for bem sucedida, as sementes e os procedimentos de cultivo serão disseminados pela população, contribuindo para uma maior disponibilidade num alimento que constitui 80% da sua dieta.


#48

IPMAPS: GIS

COORDENAÇÃO Lino Oliveira [1] lino.oliveira@inesctec.pt

EQUIPA André Sá [2] andre.sa@inesctec.pt

ENTIDADES INESC TEC [1] Serviço de Apoio a Parcerias Empresariais [2]

DESCRIÇÃO O IPMAPS é uma solução que permite criar uma base de informação georreferenciada, constituída por diferentes camadas de informação, de uma forma muito simples e rápida, capaz de disponibilizar e fornecer informação em tempo real, atualizada e dinâmica, possibilitando um conjunto alargado de funcionalidades que um sistema de informação geográfica pode proporcionar. As camadas de informação geográfica poderão ser de fonte local (armazenada na base de dados local) e/ou de fontes externas, sendo acessíveis através de mecanismos standard de Web Feature Service (WFS), Web Map Service (WMS) e Keyhole Markup Language (KML). Esta solução é extensível através da inclusão de novas funcionalidades, serviços ou aplicações setoriais sensíveis ao domínio do problema, que integrem com o sistema central e tiram partido das funcionalidades base. Adicionalmente, tem capacidade de integração de aplicações destinadas ao uso em dispositivos móveis.

INOVAÇÃO O IPMAPS possui um conjunto de características que o diferenciam das soluções existentes na área, nomeadamente a utilização de software livre, a independência relativamente ao sistema operativo, o sistema de autenticação próprio mas com possibilidade de autenticação pelo sistema centralizado da entidade (LDAP ou Active Directory), a gestão de informação (metadados, fontes, categorias, estilização e visualização), a aplicação móvel com acesso a informação específica direcionada para dispositivos móveis e o facto de permitir, de forma transparente, a inclusão de novas funcionalidades, serviços ou aplicações sectoriais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A solução tem um enquadramento bastante transversal, uma vez que pode ser aplicada a qualquer área que necessite ou onde a inclusão de um sistema de informação geográfica como suporte à decisão se apresente como uma mais-valia, como por exemplo no caso das vinhas.


#49

LÍNGUA ELETRÓNICA

COORDENAÇÃO Alisa Rudnitskaya alisa@ua.pt

ENTIDADE Universidade de Aveiro

DESCRIÇÃO A Língua Eletrónica é um instrumento analítico composto por um conjunto de sensores químicos (membranas de diferentes composições, tais como vidro, cristais ou polímeros orgânicos), um dispositivo de medição e ferramentas de tratamento de dados. A Língua Eletrónica possui algumas das vantagens dos sensores químicos, tais como o baixo custo, as medições rápidas, a fácil automatização da análise e a instrumentação simples. O novo instrumento é capaz de efetuar a rápida identificação dos alimentos, a quantificação dos nutrientes e contaminantes, a monitorização de processos, como a fermentação, e a avaliação das características do sabor. Todavia, este instrumento não deve ser encarado como um substituto das técnicas avançadas de análise, como a cromatografia ou a espectrometria, que produzem informação detalhada, mas sim como um aparelho útil quando se pretende uma análise mais rápida de determinados constituintes dos alimentos.

INOVAÇÃO A Língua Eletrónica oferece uma alternativa como um instrumento analítico portátil, fácil de usar e de custo relativamente baixo. A diferenciação da presente tecnologia em relação a outras já disponíveis no mercado é a possibilidade de utilização de uma ampla gama de sensores, existentes e emergentes. Mudando a composição do conjunto dos sensores, a Língua Eletrónica pode ser adotada para uma ampla gama de problemas analíticos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A Língua Eletrónica apresenta maior interesse para as empresas do setor agroalimentar como instrumento para as análises de rotina, incluindo a rápida identificação dos alimentos, a quantificação dos nutrientes e contaminantes, a monitorização dos processos como os de fermentação e a avaliação das características do sabor. A fiabilidade da Língua Eletrónica foi demonstrada para uma gama de alimentos, como o vinho, cerveja, café, águas e sumos, leite e lacticínios e vegetais e frutos (sob a forma de puré). Embora tenha sido primeiramente pensada para ser utilizada em alimentos líquidos, foi já utilizada com sucesso na análise de alimentos sólidos.


#50

LST

COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

José Rafael Silva [1] jmsilva@uevora.pt

Plataforma tecnológica de pragas e doenças em agricultura desenvolvida a partir de satélites metereológicos de segunda geração (MSG)

EQUIPA Adélia Sousa [1] Carlos Damásio [2] Elsa Valério [3] Mª do Céu Godinho [3]

Ana Paula Nunes [4] Lourdes Bugalho [5] Luís Pessanha [5] Elisabete Figueiredo [6]

ENTIDADES Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas Universidade de Évora [1] Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional - COTHN [2]

Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Santarém [3] Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova da Lisboa [4] Instituto Português do Mar e da Atmosfera [5] Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [6]

INOVAÇÃO O carácter inovador desta abordagem reside na utilização de imagens de satélite meteorológicos de segunda geração (MSG) para o controlo de pragas e doenças em agricultura. O detalhe temporal (imagens de 15 em 15 minutos) e espacial (3 km x 3 km) das imagens de temperatura do solo (LST) obtidas por esta via dá-nos a possibilidade de realizar microzonagens climáticas. A partir da temperatura do solo (LST) e da sua resiliência térmica diária conseguimos ainda derivar índices de humidade relativa, passando dessa forma a ter duas das variáveis mais importantes na elaboração de cartas de risco para doenças e pragas em agricultura.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Sistema de avisos para pragas e doenças. Micro-zonagens climáticas para atividades produtivas que dependam da temperatura e humidade.


#51

MANUAL TÉCNICO DE PRODUÇÃO DE TRIGO DE QUALIDADE EM REGADIO

COORDENAÇÃO Benvindo Maçãs [9] benvindo.macas@iniav.pt

EQUIPA Eduardo Gonçalves [1] João Guerra [1] Luís Alenquer [2] Bernardo Albino [3]

João Faria [4] Paulo Quelhas [4] Paulo Cardoso [5] João Monteiro [5] José M. Ribeiro [6] Francisco Brissos [7] Luís Boteta [8] Ana Almeida [9] Rita Costa [9] José Coutinho [9] Luís Ramos [10] Ema Dias [10] Fernando Albino [11]

ENTIDADES Cercul [1] AgroCamPrest [2] Associação Nacional de Produtores de Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas [3] Cerealis [4] Moagem Ceres [5] Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches [6] Cooperativa de Beringel [7] Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio [8] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária – INIAV [9] Germen [10] Procereais [11]

DESCRIÇÃO Neste projeto, com uma forte componente de investigação, pretende-se validar um conjunto de soluções que têm vindo a ser identificadas como forma de melhorar a eficiência do uso dos fatores, nomeadamente a água e o azoto, encontrando novas variedades com grande potencial genético de produção mas com adaptação às condições mediterrânicas e com qualidade tecnológica elevada para a indústria da panificação e das massas alimentícias. Aumentar as produções pressupõe a introdução de situações genéticas (variedades adequadas) e soluções agronómicas (introdução do regadio, oportunidades de aplicação do azoto, tipo de sementeira) onde a investigação já tem identificadas algumas soluções que é necessário validar e incorporar nos sistemas de produção.

INOVAÇÃO Produção de um Manual de Boas Práticas em ambiente mediterrânico para produção de trigo de qualidade em regadio.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O sector dos cereais praganosos enfrenta grandes desafios e ameaças que podem conduzir, no limite, ao abandono das produções, com consequências sociais, económicas e ambientais. A produção destas culturas, enquadrada em sistemas de agricultura equilibrados, permite a manutenção de outros sectores, nomeadamente a produção animal em regime extensivo. Do ponto de vista social e económico, contribui para evitar a desertificação de vastas zonas do país. É de vital importância organizar a fileira no sentido de aumentar e regularizar a produção, fornecer a indústria com lotes de grão de qualidade, com vantagens comparativas em relação à oferta internacional e encontrar escala que possa reduzir custos e aumentar a competitividade do sector.


#52

MELHORIA DA QUALIDADE E SEGURANÇA DE PRODUTOS CÁRNEOS

COORDENAÇÃO Miguel Elias elias@uevora.pt

EQUIPA Ana Cristina Agulheiro-Santos Mª Eduarda Potes Marta Laranjo

ENTIDADE Instit. de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas Universidade de Évora

DESCRIÇÃO Desenvolvimento, otimização e implementação de novos processos de produção e de novos produtos e especialidades regionais. Melhoria da qualidade de produtos agroalimentares regionais. Reaproveitamento e valorização das matérias-primas e subprodutos, e minimização dos desperdícios da indústria agroalimentar. Análises laboratoriais (análises químicas, microbiológicas, reológicas e sensoriais), e desenvolvimento e aplicação de métodos analíticos de microbiologia e de química fina com vista à melhoria da segurança e qualidade alimentar. Melhoria da qualidade e segurança alimentar, em termos de qualidade higiosanitária, organolética e sensorial. Melhoria das instalações e dos processos tecnológicos de processamento, com vista à implementação de procedimentos de higiene e segurança alimentar – desde a sua conceção até ao armazenamento e ao consumo final.

INOVAÇÃO O caráter inovador desta proposta assenta na seleção de microrganismos de interesse tecnológico para virem a ser utilizados na produção de alimentos fermentados com vista ao aumento da sua qualidade e segurança. Estes microrganismos poderão ser uma ferramenta importante no controlo dos processos, permitindo encurtar os tempos de fabrico e fomentando a produção de géneros alimentícios mais uniformes, isto é, com características mais constantes entre os diferentes lotes produzidos ao longo do tempo.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Multiplicação industrial de culturas microbianas com interesse para utilização em empresas que fabriquem produtos similares.


#53

MOLHO DE LEGUMES TRICOLOR EM BISNAGA

COORDENAÇÃO Rita Pinheiro ritapinheiro@estg.ipvc.pt

EQUIPA Andreia Silva Filipa Diogo Rafela Araújo Vânia Cunha

ENTIDADE Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo

DESCRIÇÃO É um produto inovador, não só pela sua forma combinada de apresentação dos diferentes legumes, mas também pela embalagem particular que oferece, tipo bisnaga. Trata-se de um conjunto de três molhos de vários legumes que se apresentam em 3 cores, verde, amarelo e vermelho, e não se misturam nem dentro da embalagem, nem após a sua abertura e doseamento. A formulação dos molhos envolve mais de seis tipos de legumes, submetidos a um branqueamento, separadamente e de acordo com a cor desejada, seguida da sua trituração. A fim de se obter um produto com um tempo de vida mais alargado, é realizada uma pasteurização. O produto é posteriormente embalado na bisnaga de forma a não se misturar no seu interior.

INOVAÇÃO É um produto 100% natural, elaborado à base de legumes. Contém ainda na sua formulação aditivos naturais, principalmente gomas, como auxiliares tecnológicos para obtenção da textura final desejada. É um produto inovador e que não existe no mercado nacional. Pode ser utilizado como molho já pronto a consumir para acompanhar o prato principal e é uma forma divertida da população mais jovem consumir legumes à refeição. Tem ainda a vantagem de se apresentar numa embalagem tipo bisnaga de prática utilização.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Este produto pretende oferecer às crianças, e à restante família, um produto nutritivo, saboroso, colorido e saudável, uma vez que contém uma imensa variedade de legumes na sua composição, e é apresentado numa forma que atrai os mais jovens. Pretende-se comercializar este produto em grandes superfícies. As empresas que já processam molhos podem ter potencial interesse neste tipo de produto.


#54

MOUSSE DE ALFARROBA INSTANTÂNEA COM BAIXO TEOR CALÓRICO

COORDENAÇÃO Rita Pinheiro ritapinheiro@estg.ipvc.pt

EQUIPA Ana Catarina Freitas Filipe Fernandes

ENTIDADE Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Viana do Castelo

DESCRIÇÃO A mousse de alfarroba é um produto inovador, elaborado a partir de matérias-primas dietéticas, com baixo teor de gordura e rico em fibras e cálcio, oferecendo um produto com baixo teor calórico para os consumidores. É produzido com três matérias primas principais: a farinha de alfarroba, o leite em pó magro e adoçante natural. No processamento da mousse são ainda adicionadas gomas, emulsionantes e um gelificante que favorecem e promovem a textura final. É embalado em forma de pó e posteriormente regenerado com leite pelo consumidor final, sem ser necessário tratamento térmico, tornando-o, por isso, um produto de preparação instantânea.

INOVAÇÃO A falta de produtos ou preparados instantâneos à base de alfarroba, nos mercados nacional e internacional, é um dos aspetos que tornam atrativo este produto, aliado ao facto da alfarroba ser um fruto produzido em Portugal e praticamente toda a sua produção ser exportada para o estrangeiro. A alfarroba é um alimento bastante saudável, dietético e nutricionalmente completo. É considerado um substituto do chocolate, mas não contém os malefícios que estão inerentes ao uso do cacau e à manteiga de cacau nos produtos alimentares. Pelo que a mousse aqui apresentada possui propriedades organoléticas muito semelhantes às da mousse de chocolate, sendo o seu consumo mais saudável.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL É uma sobremesa láctea, criada com o objetivo de proporcionar um novo produto, alternativo à reconhecida mousse de chocolate, saudável, com baixo nível calórico e com características organoléticas agradáveis. Este produto destina-se a consumidores com preocupações especiais com a alimentação e que procuram produtos alternativos para a sua alimentação. Trata-se de um produto concebido para ser comercializado na forma de pó como uma mousse instantânea, de fácil e rápida preparação. É um produto que poderá ser encontrado em qualquer supermercado.


#55

NBM

COORDENAÇÃO Anabela Azul amjrazul@ci.uc.pt

EQUIPA André Pereira Cristina Galhano Paula Castro Paula Veríssimo

ENTIDADE Centro de Ecologia Funcional Universidade de Coimbra

DESCRIÇÃO NBM - New Biocides from Native Mushrooms procura obter alternativas inovadoras amigas do ambiente que permitam controlar de forma eficaz pragas e doenças de culturas economicamente relevantes. Sendo os macrofungos produtores de substâncias bioativas com emergente impacte em múltiplos domínios da bioindústria, propomos selecionar espécies de cogumelos nativos com potencial biocida para controlar vários problemas fitossanitários, como por exemplo o fogo bacteriano de pereiras e macieiras, os nemátodes fitoparasitas de culturas hortícolas e fungos causadores de podridões.

INOVAÇÃO Utilização de fungos nativos com potencial biocida

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Atualmente existe uma necessidade identificada associada à inexistência de alternativas aos pesticidas de síntese, em crescente exclusão do mercado. A curto e médio prazo tal implica que venham a acontecer quebras significativas de produção, em qualidade e em quantidade, tendo em conta os atuais inimigos das culturas, assim como os novos problemas que têm sido detetados, como por ex. o fogo bacteriano das pomóideas ou o cancro bacteriano do kiwi. As análises e os estudos de mercado permitiram concluir que em Portugal não existe atualmente uma marca de elevada qualidade e competitividade que desenvolva produtos e estratégias de biossegurança para a produção de biocidas a partir de cogumelos, bem como os procedimentos de análise para a certificação e comercialização dos produtos nos mercados do setor da agricultura e biossegurança.


#56

ODORBRETT

COORDENAÇÃO Mª Jorge Campos [1] mcampos@ipleiria.pt

EQUIPA Francisco Avelelas [1] Nuno Galvão [2]

ENTIDADES Grupo de Investigação em Recursos Marinhos Escola Superior de Tecnologia do Mar Instituto Politécnico de Leiria [1] Adega Cooperativa da Vermelha [2]

DESCRIÇÃO Com esta tecnologia, pretende-se produzir quitosano de origem fúngica com caraterísticas que permitam a remoção do vinho do aroma defeituoso a “suor de cavalo” ou “estrebaria”, originário do desenvolvimento de leveduras do género Brettanomyces/Dekkera.

INOVAÇÃO Efeito curativo do defeito a “suor de cavalo” em vez de preventivo”.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL As adegas e empresas produtoras de sumos de frutas são potenciais interessadas neste tipo de produto, visto permitir uma utilização curativa, uma vez que se tenha verificado o desenvolvimento de off-flavors no produto.


#57

OGH LACTO KIT

COORDENAÇÃO Mª do Rosário Marques rosario.marques@iniav.pt

EQUIPA Carlos Belo Alfredo Cravador Nuno Carolino Ana Teresa Belo

ENTIDADE Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (L-INIA Fonte Boa)

DESCRIÇÃO O oGH lacto kit possibilita a genotipagem expedita do gene da hormona de crescimento (GH) em ovelhas, a partir de uma amostra de sangue. Estudos prévios demonstraram a existência de variantes proteicas na cópia duplicada do gene da GH, associadas com aumentos de cerca de 20% da produção de leite em ovelhas Serra da Estrela (Marques et al., 2007), as quais podem ser identificadas através dos dois conjuntos de oligonucleótidos iniciadores específicos que compõem o oGH lacto kit: • o primeiro para a amplificação do gene por PCR (reação em cadeia da polimerase) • o segundo para a detecção simultânea das seis mutações pontuais. Que estão na base das diferenças entre as variantes proteicas da GH, com consequente influência na produção de leite.

INOVAÇÃO A metodologia envolvida no oGH lacto kit permite acelerar o progresso genético nas raças ovinas leiteiras, reduzindo o intervalo de gerações e aumentando a precisão de seleção, através da seleção precoce das fêmeas antes do início da sua atividade produtiva, e a dos machos reprodutores, sem ter que esperar pela avaliação do potencial produtivo das suas filhas, o que acontece nos programas de melhoramento genético clássicos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O oGH lacto kit poderá ser adquirido por empresas de biotecnologia que disponibilizem serviços de genotipagem na área animal e tem como destinatários principais os produtores de ovinos de leite e/ou respetivas associações, tendo particular interesse para aqueles que se dediquem à venda de reprodutores.


#58

OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DAS CULTURAS AGRÍCOLAS COM BASE EM IMAGENS AÉREAS DE ALTA RESOLUÇÃO NO VISÍVEL E INFRAVERMELHO E ÍNDICES DE VEGETAÇÃO COORDENAÇÃO Ricardo Braga ricardobraga@isa.ulisboa.pt

ENTIDADE Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO O serviço consta do fornecimento aos empresários agrícolas de cartas temáticas das parcelas de culturas agrícolas obtidas a partir de imagens no visível e infravermelho de alta resolução espacial (10-20 cm) para otimizar a gestão das parcelas. O processamento das imagens por técnicas de detecção remota e SIG é função do objetivo em vista, possibilitando utilizações como cartografia da incidência de stress de origem hídrica (gestão da rega), azotada (nutrição), sanitária (todas as culturas); do vigor das plantas (vinha); da estrutura e dimensão das copas (fruticultura/olival/vinha); das falhas de plantas (vinha), da estimativa de produtividade (todas as culturas), segmentação da colheita (vinha), das fugas no sistema de rega (vinha/fruticultura/olival/pivot), etc. Pretende-se ainda que o custo do serviço seja baixo, assim como o tempo de resposta reduzido (2-5 dias).

INOVAÇÃO Com recurso a este serviço, os gestores agrícolas podem facilmente detectar factores limitantes da produtividade / qualidade das culturas ao nível das parcelas / talhões. Após a detecção dos estrangulamentos, é possível actuar no âmbito da agricultura de precisão, tendo como resultado o aumento da produtividade / qualidade da produção, a redução dos custos e ainda o aumento da sustentabilidade do sistema de produção.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O serviço pode ser aplicado a diversas culturas que vão desde as culturas arvenses às culturas hortofrutícolas, olival e vinha. No caso da vinha, por exemplo, uma carta de NDVI ao pintor permite a segmentação da vindima com a criação de lotes de qualidade diferenciada e, desse modo garantir que todo o potencial qualitativo das uvas chegue à adega. Outro exemplo, no caso de culturas anuais, uma carta de NDVI à floração permite fazer estimativas espaciais da produtividade e tomar decisões quanto a quantidade e localização de futuras coberturas azotadas. Para empresas com elevados padrões de exigência na gestão agronómica das culturas, interessadas em dar um salto qualitativo no sentido da gestão com elevado rigor espacial e temporal - Agricultura de Precisão, Viticultura de Precisão, etc.


#59

OSMOPROCESSAMENTO COMBINADO NA OBTENÇÃO DE TANGERINA EM SNACKS E EM CALDA COORDENAÇÃO Margarida Sapata [1] margarida.sapata@iniav.pt

EQUIPA Armando Ferreira [1] Luís Andrada [1] António Leitão [2]

ENTIDADES Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária – INIAV [1] Instituto de Investigação Cientifica Tropical – IICT [2]

DESCRIÇÃO A tangerina apresenta possibilidade de transformação, com desenvolvimento de novos produtos, através da aplicação de tecnologias de processamento, de modo a preservar os componentes nutricionais, aumento do tempo de vida útil e economia no armazenamento e transporte. A investigação à escala piloto permitiu a obtenção de dois novos produtos de gomos pelados de tangerina, um tipo “snack” e outro pasteurizado, em calda isotónica, com elevada estabilidade, recorrendo à secagem e pasteurização, em processo combinado com desidratação osmótica (DO). A etapa preliminar de DO atua como um pré-tratamento de concentração, com introdução controlada de solutos, sem mudança de fase, através da remoção de água do fruto.

INOVAÇÃO O desenvolvimento destes produtos inovadores, com utilização de pré-tratamento osmótico seguido de secagem e/ou pasteurização, revelaram-se de elevada estabilidade, e muito atrativos, nomeadamente a nível de cor, aroma, sabor e textura, pelo que, vão ao encontro da satisfação dos consumidores mais exigentes. O processamento osmótico combinado permite ao setor industrial dos citrinos diversificar a oferta de novos produtos, resolvendo problemas de excedentes de produção e de conservação, assim como valorizar este segmento de frutos no mercado.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O processamento a baixas temperaturas e utilizando soluções osmóticas hipertónicas, permite a concentração do alimento sólido, por diferença de gradiente, com introdução controlada de solutos e remoção parcial da água, sem mudança de fase, inibindo as alterações químicas e biológicas. A obtenção de tangerinas osmo-secadas ou osmopasteurizadas poderá proporcionar, tanto a empresas do ramo alimentar como ao consumidor, produtos “gourmet” com valor acrescentado, elevada estabilidade, propriedades funcionais, podendo ser consumidos como produtos prontos ou como ingredientes, para a elaboração de produtos de confeitaria, iogurtes, gelados, entre outros. Este sistema tecnológico pode ser adaptado ao processamento de outros tipos de frutos.


#60

PAMs INOVAÇÃO: NOVOS PRODUTOS EM SISTEMAS EXTENSIVOS

COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

Marta Cortegano [1] direcao@iniav.pt

O projeto visa o desenvolvimento de modelos de produção de Plantas Aromáticas Medicinais (PAMs) mais adaptadas à tipologia de exploração do Sul de Portugal, mas que resultem em produtos de alta qualidade (teores de óleos) que respondam às necessidades do mercado. A experimentação de culturas anuais visa o estudo do seu potencial de mercado (folha, semente e flor). Pretende-se ainda testar técnicas inovadoras, como o sistema de design Key-line e avaliar o seu nível do controlo de erosão do solo e capacidade de retenção de água.

EQUIPA Duarte Candeias [1] Maria José Roxo [2] Carlos Ribeiro [3]

ENTIDADES Centro Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos [1]

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa [2] Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Beja [3]

INOVAÇÃO Novo processo de produção de PAMs, em áreas de sequeiro recorrendo ao sistema Key-line; Novos produtos - sementes e flores.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A cultura de PAMs em regime de sequeiro possibilita obter plantas com elevada concentração de compostos aromáticos. É possível obter óleos essenciais com elevada qualidade, bem como sementes e flores. A cultura em modo de produção biológico permitirá obter produtos bastante valorizados no mercado da cosmética, medicinal e condimentar.


#61

PÃO SEM GLÚTEN ENRIQUECIDO COM LEGUMINOSAS ULTRACONGELADO

COORDENAÇÃO Rita Pinheiro ritapinheiro@estg.ipvc.pt

EQUIPA Alexandra Silva Paula Freitas

ENTIDADE Instituto Politécnico de Viana do Castelo

DESCRIÇÃO Foi desenvolvida uma formulação de pão sem glúten mais rico nutricionalmente através da adição de farinha de leguminosas. A uma formulação de base amilácea com gomas naturais adicionaram-se vários tipos de leguminosas, grão-de-bico, lentilha, ervilha, feijão, alfarroba ou tremoço. De acordo com o fluxograma do processo produtivo, as matériasprimas são misturadas e homogeneizadas. Posteriormente, a massa é enformada e introduzida numa câmara de incubação para fermentar. A etapa de cozedura é realizada num forno convetor com circulação de ar. De seguida, o pão é ultracongelado em túnel de congelação, como método de conservação para prolongar a sua qualidade e tempo de vida útil.

INOVAÇÃO Devido às suas propriedades e características únicas, a substituição do glúten tem sido considerada um grande desafio tecnológico para a indústria de panificação. Atualmente, o pão sem glúten disponível no mercado é importado, de baixa qualidade organolética (textura e sensorial) e tem um tempo de vida reduzido. Com o produto desenvolvido é possível apresentar um produto mais económico, mais rico nutricionalmente, sem adição de gordura (ao contrário dos que existem no mercado) e com elevada qualidade sensorial e de textura, aos doentes celíacos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Atualmente apenas existem no mercado, em grandes superfícies e em lojas de produtos naturais, pão sem glúten de elevado custo, com elevado teor de gordura e com reduzido tempo de vida. O produto apresentado seria comercializado nestas mesmas lojas, de produtos naturais e em grandes superfícies.


#62

PASTEURIZAÇÃO DE PRODUTOS LÍQUIDOS POR ULTRA-VIOLETAS

COORDENAÇÃO Joana Grácio joana.gracio@inovlinea.pt

EQUIPA Marco Alves marco.alves@inovlinea.pt

ENTIDADE INOV'LINEA, TAGUSVALLEY

DESCRIÇÃO Utilização da radiação ultra-violeta com o objetivo de conservar produtos líquidos termo-sensíveis ou para substituição de outras tecnologias de pasteurização ou, ainda, como complemento a outras tecnologias de pasteurização. A radiação ultra-violeta atua diretamente sobre o ADN dos microrganismos presentes em alimentos, promovendo a sua destruição total ou parcial, sem a necessidade de recurso a tratamentos térmicos agressivos, que podem alterar as propriedades desses alimentos. Assim, podem evitar-se essas alterações recorrendo a esta tecnologia. Outra das vantagens da utilização da radiação ultra-violeta como tecnologia de pasteurização é que reduz ou elimina a necessidade de utilização de conservantes.

INOVAÇÃO O grau de inovação consiste na tecnologia de pasteurização não térmica ou como processo combinado em produtos que facilmente se modificam por ação da temperatura. Para além disso, esta tecnologia pode ser aplicada a produtos turvos ou pouco transparentes à radiação ultra-violeta, significando um avanço tecnológico relativamente às possibilidades de aplicação existentes até há pouco tempo.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia tem interesse para as empresas interessadas em aumentar prazos de validade dos seus produtos e/ou promover a manutenção de determinadas características dos seus produtos sem uso de conservantes ou temperatura. De entre a gama de produtos onde é aplicável destacam-se a cidra, o vinagre, o leite, o ovo líquido, o vinho, o vinagre, sumos de fruto, entre outros.


#63

PELÍCULA DE QUITOSANA PARA A SUBSTITUIÇÃO DO ANIDRIDO SULFUROSO NA PRODUÇÃO DE VINHO BRANCO COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

Manuel Coimbra [1] mac@ua.pt

A tecnologia desenvolvida consiste na utilização de uma película com base em quitosana, possuindo propriedades antimicrobianas e antioxidantes, em simultâneo com uma baixa solubilidade em meio ácido, em alternativa à adição do anidrido sulfuroso durante a vinificação. A película à base de quitosana pode ser usada com sucesso na conservação de vinho branco, mantendo as suas propriedades organoléticas. Esta tecnologia foi adaptada para ser também utilizada em substituição do anidrido sulfuroso durante a espumantização e o estágio em garrafa na produção de vinho espumante.

EQUIPA Cláudia Nunes [1] Ana Rodrigues [1] Osvaldo Amado [1]

ENTIDADES Universidade de Aveiro [1] Dão Sul SA [2]

INOVAÇÃO A substituição do anidrido sulfuroso na vinificação, que permita a produção de vinhos sem sulfitos à escala industrial, é difícil pois a solução alternativa tem de atuar simultaneamente como conservante e antioxidante. Nesta tecnologia, o contato com as películas de quitosana durante a vinificação permite produzir vinho sem sulfitos mantendo a qualidade organolética e a segurança alimentar. Esta tecnologia encontra-se patenteada a nível Nacional e Internacional.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL As películas de quitosana podem ser aplicadas por qualquer produtor de vinho em qualquer empresa vitivinícola sem ser preciso alterar o processo de vinificação, para além da substituição do sulfuroso pela película. A utilização desta tecnologia permitirá assim aumentar a competitividade das empresas vitivinícolas e a implementação dos vinhos portugueses em novos mercados e em mercados mais competitivos. Esta tecnologia foi testada com sucesso na vinificação de vinhos brancos em dois anos, tendo sido produzidos vinhos numa escala semi-industrial.


#64

PELÍCULA DE QUITOSANA PARA A SUBSTITUIÇÃO DO ANIDRIDO SULFUROSO NA PRODUÇÃO DE VINHO ESPUMANTE COORDENAÇÃO

DESCRIÇÃO

Cláudia Nunes claudianunes@ua.pt

A tecnologia desenvolvida consiste na utilização de uma película com base em quitosana, possuindo propriedades antimicrobianas e antioxidantes, em simultâneo com uma baixa solubilidade em meio ácido, em alternativa à adição do anidrido sulfuroso durante a vinificação de vinho espumante. O contacto desta película à base de quitosana, usada com sucesso para a conservação de vinho de mesa branco, foi adaptada para ser também utilizada em substituição do anidrido sulfuroso durante a espumantização e o estágio em garrafa na produção de vinho espumante.

EQUIPA Manuel António Coimbra José A. Lopes da Silva Sónia Mendo Ângela Cunha Élia Maricato Ana Rodrigues Osvaldo Amado

ENTIDADES Universidade de Aveiro [1] Dão Sul SA [2]

INOVAÇÃO Diferentes métodos têm sido testados como substitutos do anidrido sulfuroso na vinificação. No entanto, nenhum destes métodos permitiu, até ao momento, a produção de vinhos sem sulfitos à escala industrial, pois não conseguem atuar simultaneamente como conservante e antioxidante mantendo as propriedades sensoriais do vinho. Nos vinhos espumantes, a substituição do anidrido sulfuroso é ainda mais difícil dado que o processo de vinificação é mais longo e complexo, pois é necessária uma segunda fermentação em garrafa, um longo tempo de estágio na garrafa e é normalmente mais percetível a presença de anidrido sulfuroso. Esta tecnologia permite produzir vinho espumante sem sulfitos mas mantendo a sua qualidade organolética e segurança alimentar.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A utilização desta tecnologia permitirá assim aumentar a competitividade das empresas vitivinícolas e a implementação dos vinhos portugueses em novos mercados e mercados mais competitivos. A produção das películas pode ser realizada por uma empresa produtora deste tipo de materiais ou por uma empresa de produtos enológicos. Podem ser aplicadas por qualquer produtor de vinho sem ser preciso alterar o processo de vinificação para além da substituição do sulfuroso pela película, o que pode ser feito por qualquer enólogo em qualquer empresa vitivinícola. A utilização desta tecnologia permitirá assim aumentar a competitividade das empresas vitivinícolas e a implementação dos vinhos portugueses em novos mercados e mercados mais competitivos.


#65

PERSLEG

PERSISTÊNCIA DE LEGUMINOSAS PRATENSES

COORDENAÇÃO Fertiprado fertipradro@fertiprado.com

EQUIPA Rui Almeida [2] João P. Carneiro [3]

ENTIDADES Fertipardo [1] Consulai [2] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária [3]

DESCRIÇÃO Este projeto tem como objetivo: validar o comportamento e palatibilidade de linhas avançadas de leguminosas pratenses. Assim, pretende-se: (i) comprovar como determinadas linhas avançadas de leguminosas pratenses anuais de ressementeira natural se comportam quando em mistura, nomeadamente a sua capacidade produtiva e a sua persistência no campo ao longo dos anos. Pretende-se confirmar em 2 locais com solos distintos (derivados de granito e xisto) a persistência de linhas avançadas de leguminosas pratenses anuais pertencentes a 7 espécies: Trifolium subterraneum, T. isthmocarpum, T. resupinatum, T. incarnatum, Biserrula pelecinus, Ornithopus compressus e O. sativus; (ii) Das linhas avançadas e, em comparação com testemunhas comerciais já conhecidas, quer-se saber as preferências dos animais em pastoreio, tendo a espécie ovina como indicadora.

INOVAÇÃO Valorização de novas cultivares pratenses autogâmicas/alogâmicas obtidas pelo INIAV e Fertiprado, no que respeita à sua capacidade de produzir e persistir em solos pobres representativos de Portugal.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Contribuir para o melhor conhecimento do valor varietal de novas obtenções do INIAV e Fertiprado. Apreciar para poder melhorar a metodologia de avaliação de germoplasma em misturas de pastagens.


#66

PLATAFORMA BIOACTIVIDADE

COORDENAÇÃO Catarina Duarte [1] cduarte@ibet.pt

EQUIPA Teresa Serra [2]

ENTIDADES Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – IBET [1] Instituto de Tecnologia Química e Biológica – ITQB [2]

Chemical assays

Enzymatic assays

Cell-based assays

DESCRIÇÃO A plataforma BIOACTIVIDADE reúne um conjunto de técnicas e métodos de análise que permitem avaliar o potencial efeito benéfico dos alimentos para a saúde humana. A avaliação consiste em ensaios químicos, celulares e enzimáticos, que testam os efeitos antioxidante, anti-inflamatório, anticancerígeno, cardioprotetor, anti-obesidade, antidiabético e neuroprotetor de produtos e alimentos. Desta forma, é possível avaliar atividades biológicas dos alimentos, que vão além do seu valor nutricional.

INOVAÇÃO Os ensaios desenvolvidos na plataforma BIOACTIVIDADE assentam num conjunto de métodos selecionados para cada alegação de saúde dos produtos alimentares (antioxidante, anti-inflamatória, cardioprotetor, anticancerígeno, antidiabético, antiobesidade e neuroprotetor) e envolvem a utilização de modelos celulares robustos e credíveis, utilizando linhas celulares humanas, que melhor preveem a complexidade do sistema biológico humano, reduzindo a experimentação animal.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta plataforma é potencialmente interessante para as indústrias alimentar e de ingredientes funcionais, fornecendo ferramentas credíveis para a avaliação e pré-avaliação de possíveis alegações de saúde dos seus produtos, de acordo com os requisitos das autoridades competentes (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos-EFSA).


#67

PROBOVI

PRODUÇÃO DE CARNE MATURADA PROVENIENTE DE BOVINOS CRIADOS EM REGIME EXTENSIVO

COORDENAÇÃO ELIPEC geral@elipec.pt

EQUIPA Cristina Bressan [4]

ENTIDADES ELIPEC [1] AGRICERT [2] Faculdade de Medicina Veterinária Universidade de Lisboa [3] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [4]

DESCRIÇÃO Os objetivos do trabalho são desenvolver aspectos sensoriais (tenrura e suculência) por meio da maturação e identificar possíveis componentes bioativos associados a fatores de produção em peças cárneas, de bovinos adultos reformados oriundos do rebanho produtivo. Um total de 8 grandes peças por animal (Lombo, Vazia, Acém Redondo, Pojadouro, Alcatra, Ganso Redondo) de 65 animais foram desmanchadas e o músculo representativo de cada peça foi submetido a refrigeração (2 ºC) por 7, 14, 21, 28 e 35 dias post mortem. As carnes submetidas a maturação foram obtidas de animais com idades entre 10 e 20 anos, peso de carcaça entre 260 e 320 kg e acabamento de 90 dias, realizados ao longo das estações do ano.

INOVAÇÃO Inovação conceptual. Matéria-prima de baixo preço de mercado é submetida a processo tecnológico (experimentação: maturação) para gerar um novo produto (novo conceito: alcatra maturada).

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Produto: o processo pode ser utilizado em todas as carnes vermelhas com riscos de desvios na tenrura (maciez); Utilizador: o processo pode ser aplicado em larga escala em todas as unidades com instalações e habilitadas para a desmancha (desossa) e refrigeração de carnes, tais como: matadouros (frigoríficos); entrepostos de desmancha (desossa); grandes superfícies de venda de alimentos; talhos (açougues). O processo pode ser utilizado em menor escala e para consumo próprio


#68

PRODUÇÃO DE CORRETIVOS ORGANOMINERAIS A PARTIR DA ÁGUA RESIDUAL

COORDENAÇÃO Mª de Fátima Carvalho [1] mfcarvalho@ipbeja.pt

EQUIPA Ana Rita Prazeres [1] Francisco Toledo [2]

ENTIDADES Instit. Politécnico de Beja [1] Universid. de Extramadura [2]

DESCRIÇÃO A aplicação de precipitação química básica (PQB) às águas residuais da indústria de queijo (ARIQ) constitui um processo eficiente, económico e de fácil aplicação na obtenção de corretivos organo-minerais alcalinos e ricos em fósforo e azoto. O corretivo organo-mineral é obtido utilizando uma matériaprima com elevada carga orgânica, fósforo e azoto e que normalmente é descarregada no meio hídrico, provocando a sua eutrofização, ou no solo provocando a sua colmatação e impermeabilização. Estes corretivos apresentam aspecto amarelado, de fácil secagem por processos naturais: filtros de areia seguidos de secagem ao ar livre.

INOVAÇÃO Obtenção de corretivos organo-minerais a partir de uma água residual agro-industrial com aproveitamento dos seus nutrientes. Esta tecnologia permite a transformação das queijarias em sistemas de descarga zero. Assim, o problema ambiental das queijarias pode ser eliminado, atingindo contrapartidas económicas na obtenção de um produto apto para aplicação agrícola em substituição dos fertilizantes comerciais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia, por ser de fácil aplicação e de baixo custo, pode ser utilizada por pequenas e médias queijarias, tornando-se uma mais-valia para as mesmas, uma vez que é apto para a utilização agrícola.


#69

PRODUÇÃO DE GOMA DE CAJU COM AÇÃO ANTIMICROBIANA

COORDENAÇÃO Manuela Pintado[1] mpintado@porto.ucp.pt

EQUIPA Eduardo Costa [1] Débora Campos [1] Beatriz Gullón [2] José Roberto de Souza [2]

ENTIDADES Escola Superior de Biotecnologia Universidade Católica do Porto [1] Universidade Federal do Piaui [2]

DESCRIÇÃO Obtenção de goma purificada de caju com ação antimicrobiana confirmada e com propriedades espessantes, gelificantes e com potencial de formação de filme. A goma tem elevado potencial na formação de revestimentos e filmes comestíveis diretamente com ação antimicrobiana e antioxidante. Além disso, por ser bastante compatível com outros polímeros e ingredientes, pode ser uma estrutura suporte (filme ou micro ou nanoparticula) veiculando outros ingredientes para promoção nutricional ou funcional dos alimentos.

INOVAÇÃO Novo aditivo comestível, com alta biocompatibilidade e antimicrobiano com múltiplas funções de espessante, gelificante e formação de filme e partículas com aplicações alimentares e cosméticas.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Novo aditivo multifuncional: espessante antimicrobiano; potencial de aplicação na obtenção de revestimentos e filmes antimicrobianos ou de suporte a outros ingredientes; potencial na formação de micro e nanoparticulas; potencial de aplicação no desenvolvimento de novos produtos alimentares e cosméticos.


#70

PRODUÇÃO DE PÃO COM BASE EM FARINHA DE BAGAÇO DE UVA

COORDENAÇÃO Manuela Pintado mpintado@porto.ucp.pt

EQUIPA Ana Borralho Ana Gomes José António Couto

ENTIDADE Escola Superior de Biotecnologia Universidade Católica do Porto

DESCRIÇÃO Valorização do subproduto da indústria vinícola, o bagaço de uva, na alimentação humana, através da incorporação de farinha de bagaço em pão, por forma a obter um produto enriquecido em ingredientes benéficos para a saúde, como fibra alimentar, compostos fenólicos e minerais, em particular ferro. O bagaço, branco ou tinto, é processado e transformado em farinha que pode ser usado em misturas de pão (até 10%), sem prejuízo do sabor, ou outros produtos de confeitaria e com mais valia funcional no alimento.

INOVAÇÃO Potencial de aplicação: Inovação em produtos alimentares e valorização de produtos e subprodutos agro-alimentares. Inovação: solução de aplicação de bagaço branco e tinto, com aproveitamento integral do material seco para aplicação alimentar; demonstração de benefícios para a saúde, conjugando ser uma fonte de fibra alimentar, compostos fenólicos e minerais, em particular ferro.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Destinado à alimentação humano. Produto de grande consumo, como é o pão, enriquecido com nutrientes que acarretam benefícios para o consumidor do ponto de vista nutricional e de funcionalidade. Produtos diferenciados, competitivo no mercado e com características especiais de promoção de estado geral de saúde e bem-estar.


#71

PRODUVA

COORDENAÇÃO Joaquim Rosa do Céu [1] geral@valedarosa.com

EQUIPA Carmo Martins [2] Luís Goulão [3] Cristina Oliveira [4]

ENTIDADES Herdade do Vale da Rosa [1] Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional - COTHN [2] Instituto de Investigação Cientifica Tropical – IICT [3] Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [4]

DESCRIÇÃO O projeto ProdUva visa desenvolver uma prática otimizada para obter uva de mesa sem semente que possa ser diretamente transferida para os produtores. O projeto, que decorre há dois anos, visa perceber o efeito do ensombramento no vingamento e na qualidade final da uva de mesa sem sementes. Em concreto, pretendeu-se mostrar que sem um processo (manual, químico ou por ensombramento) de monda de flores e bagos, não é possível produzir uva sem grainha. A técnica de monda de bagos por ensombramento consiste na cobertura das videiras com uma rede capaz de interceptar parte ou toda a radiação, durante um período específico. Foram também estudados dois momentos de colocação da sombra, a 50 e a 100% de floração. Os resultados são explicados principalmente através do défice de carbono nas plantas ensombradas, devido à redução da produção de foto-assimilados, que favorece a queda dos frutos.

INOVAÇÃO Utilização da técnica de ensombramento como técnica alternativa à monda manual de bagos e avaliação desta técnica em diferentes cultivares.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Tendo por base os resultados deste estudo, será possível dimensionar redes de ensombramento e materiais tendo em conta os objetivos da monda (intensidade de ensombramento). Dada a limitação cada vez maior em termos de soluções químicas para a monda, esta técnica pode vir a ser extensível para outras culturas em que seja necessária a operação da monda de uma forma natural e mais barata que a monda manual.


#72

PROFRUTA

VALORIZAÇÃO DO SUB-PRODUTO PROPÓLIS COMO AGENTE NATURAL PARA O CONTROLO DE DOENÇAS EM PÓS-COLHEITA

COORDENAÇÃO Catarina Ferreira [1] ferreira.catarina0@gmail.com

EQUIPA Carmo Martins [2] Ana Sofia Cruz [3] Ana Paula Cruz [3] Marcella Loebler [3] Margarida Gonçalves [3] Claudia Sánchez [4] Mário Santos [4] Paula Fareleira [4] Paula Vasilenko [4]

ENTIDADES Beecaramulo, Lda. [1] Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional - COTHN [2] Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa [3] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [4]

DESCRIÇÃO Neste projeto pretende-se desenvolver formulações de extratos de própolis ou dos seus componentes individuais, com ação antimicrobiana adequada à proteção de diversos frutos, particularmente no período pós-colheita. Objetivos: 1- Estudo alargado de própolis de origens nacionais muito diversas, compreendendo localizações de Norte a Sul, de regiões interiores e litorais e incluindo recolhas frequentes num período de um ano, para estabelecer um mapeamento das propriedades e composição do própolis; 2- Produção e caracterização de extratos brutos e as respetivas fracções; 3- Determinação da atividade antimicrobiana in vitro específica dos extratos brutos, frações e os seus componentes individuais; 4Avaliação da atividade antimicrobiana in vivo dos extratos mediante testes de aplicação em diversos tipos de fruta (ensaios in vivo); 5- Avaliação da fruta tratada com os extratos para determinação da fortificação com compostos fenólicos; 6- Avaliação organolética da fruta tratada; 7- Desenvolvimento de formulações de base aquosa e base lipídica; 8Avaliação da eficácia das formulações nas frutas tratadas, em teste à escala industrial.

INOVAÇÃO O projeto pode, num futuro próximo, contribuir para o lançamento no mercado de um novo biofungicida homologado para controlo de doenças em póscolheita.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Tratamento pós-colheita de frutos para o controlo de doenças de conservação provocadas por microorganismos patogénicos


#73

PROPAGAÇÃO DE SUB-TROPICAIS ORNAMENTAIS, FLORESTAIS E MEDICINAIS

COORDENAÇÃO Fátima Lopes [1] maria.lopes@esa.ipsantarem.pt

EQUIPA José Grego [1] Ana Jacob [1] Ana Neves [1] Pedro Capela [1] Augusto Silva [1] Amélia Rauter [2]

ENTIDADES Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Santarém [1] Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa [2]

DESCRIÇÃO A existência de coleções de germoplasma de subtropicais em Portugal que permitam a obtenção de propágulos ou sementes para a sua propagação industrial é escassa, tal como informações sobre técnicas de multiplicação. Com interesse ornamental, florestal e medicinal, estão identificadas 150 a 200 espécies sub-tropicais endógenas da África Austral, cujas características permitem a adição a catálogos para entrada no mercado e que constam de coleção particular.

INOVAÇÃO O carácter medicinal de algumas plantas oferece potencial para averiguações de atividades biológicas e, posteriormente, para avaliação de propriedades toxicológicas, dado que estas são o garante de potenciais aplicações industriais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Viveiros de ornamentais Viveiros de plantas medicinais Empresas de jardinagem e espaços verdes Área da arquitetura paisagística Farmacêutica Cosmética Área alimentar Área da produção e comercialização de madeiras


#74

PROTOMATE

NOVA FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DA CULTURA

COORDENAÇÃO Bruno Moura [1] bruno.moura@agromais.pt

EQUIPA Ana Paula Nunes [2] Mª do Céu Godinho [3]

Elisabete Figueiredo [4] José R. Silva [5]

ENTIDADES Agromais, CRL [1] Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional - COTHN [2] Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Santarém [3] Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa [4] Universidade de Évora [5]

DESCRIÇÃO O objetivo central do projeto foi desenvolver um sistema de apoio à decisão com base no acompanhamento técnico dos inimigos das culturas e nos mapas de risco de ocorrência dos mesmos nas principais regiões produtoras. Uma vez que as pragas reduzem a produção e qualidade do produto final, é essencial a melhoria do seu combate para assegurar as quantidades necessárias à transformação. Paralelamente, e face às limitações impostas por lei, é fundamental disponibilizar soluções e métodos alternativos para o controlo das pragas que correspondam às exigências de segurança alimentar e preservação ambiental.

INOVAÇÃO Este novo processo apoia o chefe de exploração a intervir no tratamento a uma praga no momento ideal, de acordo com as exigências atuais para o uso sustentável dos pesticidas.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A temática sobre o uso sustentável dos pesticidas através da legislação recente impõe regras à proteção das plantas no espaço europeu, nomeadamente a criação de condições para que os produtores sigam os princípios da proteção integrada e cumpram tarefas associadas à estimativa do risco dos inimigos das culturas e seleção dos meios de proteção. A utilização de outros meios é sempre preferível ao uso último de produtos fitofarmacêuticos. O Protomate foi uma operação que permitiu criar conhecimento sobre a biologia de um inimigo chave do tomate para processamento industrial, recentemente introduzido em Portugal, e disponibilizou uma ferramenta de tomada de decisão para otimização das intervenções. Desenvolveu uma forma expedita de avaliar o risco de intervir contra a Tuta absoluta, contrariando as intervenções inoportunas, calendarizadas e sem qualquer justificação técnica.


#75

REGINTOBACCO

COORDENAÇÃO Francisco Farias [1]

EQUIPA Filipe Martins [1] Marta Costa [1]

Cristina Galhano [2] cicgalhano@esac.pt

ENTIDADES Francisco José Farias Investigação, Unipessoal, Lda. [1] Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra [2]

DESCRIÇÃO A cultura do Tabaco continua a ser uma das mais importantes em termos económicos, na Europa e no Mundo, pelo facto da sua produção ser uma das mais rentáveis e por constituir uma fonte de empregabilidade considerável. Um dos principais problemas da produção de tabaco é o aparecimento de rebentos, por provocarem uma diminuição do peso e qualidade das folhas adultas, matéria-prima altamente valorizada pelas empresas cigarreiras. Por isso, o controlo do abrolhamento, através de reguladores de crescimento, representa uma técnica cultural obrigatória e fundamental. No entanto, existem limitações legais para a aplicação dos atuais compostos reguladores de crescimento. Assim, o ReginTobacco®, de origem biológica, reveste-se de todo o interesse, uma vez que, urge encontrar alternativas que sejam eficazes no controlo dos rebentos e que, simultaneamente, sejam inócuas para a cultura e para o ambiente.

INOVAÇÃO Novo produto, de origem biológica, como regulador de crescimento para a cultura do tabaco.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A cultura do tabaco, com enorme expressão a nível mundial, apresenta uma produção superior a 7 milhões de toneladas por ano e um enorme impacto na economia global e de muitos países em desenvolvimento. O controlo do abrolhamento, técnica cultural obrigatória e fundamental que potencia o rendimento da cultura e uma melhor qualidade do tabaco, é efetuado através de produtos químicos de síntese, requerendo várias aplicações durante o ciclo vegetativo da cultura. No entanto, o Tabaco é regulado pela Food and Drug Administration (FDA) e, por isso, todos os pesticidas usados devem ser aprovados para uso ou respeitar os níveis de tolerância estabelecidos para alimentos. Pretendemos que o ReginTobacco®, por ser apenas constituído por compostos de origem biológica reconhecidos como aditivos alimentares, seja uma alternativa promissora aos produtos químicos de síntese existentes.


#76

REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS PRÉTRATADAS DA INDÚSTRIA DO QUEIJO NA REGA DA CULTURA DO TOMATE COORDENAÇÃO Mª de Fátima Carvalho [1] mfcarvalho@ipbeja.pt

EQUIPA Ana Rita Prazeres [1] Manuel Patanita [1] José Dores [1] Mariana Regato [1] Francisco Toledo [2]

ENTIDADES Instituto Politécnico de Beja [1] Universidad de Extremadura [2]

DESCRIÇÃO As águas residuais resultantes da lavagem das instalações das queijarias (ARIQ) possuem elevadas concentrações de proteínas, lactose, azoto, fósforo, cloretos, sódio, sólidos em suspensão, óleos e gorduras, etc. Estas características físico-químicas não permitem a sua reutilização sem se proceder a um tratamento prévio. Os processos em Série de Precipitação Química e Neutralização Natural permitem eliminar sólidos em suspensão, óleos e gorduras, carga orgânica, maus cheiros e simultaneamente mitigarem o CO2 atmosférico, transformando a ARIQ numa solução nutritiva transparente. Esta tecnologia está patenteada através de patente nacional e em fase de implementação pela empresa LUSAGUA.

INOVAÇÃO Tecnologia que utiliza simultaneamente o CO2 atmosférico para a neutralização da ARIQ, após precipitação química básica, permitindo mitigar os problemas ambientais associados aos gases com efeito de estufa. Transforma um problema (água residual) numa solução com mais-valias económicas, solução nutritiva que pode ser comercializada.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Solução nutritiva apta para uso em fertirrega e em hidroponia. A solução nutritiva quando aplicada em fertirrega da cultura de tomate permitiu a obtenção de frutos com mais-valias nutricionais.


#77

REVESTIMENTOS COMESTÍVEIS COM BASE EM SORO DE LEITE

COORDENAÇÃO Manuela Pintado mpintado@porto.ucp.pt

EQUIPA Joana Odília

ENTIDADE Escola Superior de Biotecnologia Universidade Católica do Porto

DESCRIÇÃO A tecnologia diz respeito a novos revestimentos comestíveis para alimentos, de preferência produtos lácteos, em particular queijos, formulados a partir de sistemas de proteínas de origem láctea, com a incorporação de diferentes agentes, de modo a obter propriedades antimicrobianas e de permeabilidade melhoradas, compatíveis com matrizes alimentares, de preferência de produtos lácteos, em particular queijos. Esta tecnologia permite ainda servir de suporte de inclusão de outros ingredientes funcionais como antioxidantes, vitaminas entre outros.

INOVAÇÃO Formulação de novo revestimento comestível para a indústria em geral, mas com elevado e comprovado valor para a industria de lacticínios, com elevado potencial antimicrobiano sobre patogénicos alimentares e contaminantes, formadores de problemas, em particular leveduras de pigmentações.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Novo aditivo alimentar, inovação em produtos alimentares e valorização de produtos e subprodutos agro-alimentares. Além disso, para além da aplicação nos produtos industrializados, pode ter elevado potencial em queijos artesanais, dado que tem como base o soro, tem aroma compatível e é natural e comestível.


#78

SALAME DE ATUM SUPLEMENTADO COM ANTIOXIDANTES

COORDENAÇÃO Mª Manuel Gil maria.m.gil@ipleiria.pt

EQUIPA Rui Pedrosa

ENTIDADE Instituto Politécnico de Leiria

DESCRIÇÃO O trabalho desenvolvido teve enquadramento num Vale Inovação, realizado pelo GIRM, com a empresa Conservas Dâmaso. O objetivo do projeto foi avaliar a estabilidade oxidativa de um produto alimentar único e inovador, o salame de atum, bem como avaliar o efeito da suplementação com vitamina E na estabilidade oxidativa do mesmo. Foram realizados ensaios com diferentes misturas de tocoferóis, e avaliada a variação de cor e a oxidação lipídica ao logo do tempo. Foi ainda determinado o perfil lipídico na presença e na ausência dos antioxidantes.

INOVAÇÃO Com o aumento da estabilidade oxidativa introduzido, associado ao enorme potencial que o produto tem intrinsecamente, quer pela qualidade nutricional, quer pela fonte de vitamina E adicionada, quer pelo caráter inovador do mesmo, este produto pode ser uma referência.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O salame de atum é um produto exclusivo da empresa Conservas Dâmaso. A aplicação dos antioxidantes poderá ser utilizado em outros produtos de pescado.


#79

SALSICHA DE SABORES TRANSMONTANOS VEGETARIANA

COORDENAÇÃO Rita Pinheiro ritapinheiro@estg.ipvc.pt

EQUIPA Ana Lopes Diana Barros Liliana Carvalho Óscar Peixoto

ENTIDADE Instituto Politécnico de Viana do Castelo

DESCRIÇÃO O produto apresentado é uma salsicha gourmet de cogumelos, azeitonas e castanhas. Trata-se de um produto inovador no mercado e apresenta características organoléticas que lembram sabores transmontanos, tornando-se num produto com interesse regional, uma vez que aproveita as matérias-primas da região transmontana, para além de ser um produto vegetariano. A sua formulação é 100% natural, sem recurso a conservantes, corantes e aromas artificiais. A matéria-prima é triturada e misturada, pasteurizada (já sob a forma de tripa), posteriormente é embalada em frasco com azeite e ervas aromáticas e especiarias.

INOVAÇÃO É importante apresentar novos produtos que privilegiem as matérias-primas das regiões portuguesas. A salsicha vegetariana com sabores transmontanos recorre, precisamente, ao cogumelo, castanha, azeitona, e azeite, todos produtos de Trásos-Montes, valorizando os produtos de excelência da terra. Pelas suas características tradicionalmente portuguesas, pode ser um produto com grande expressão quer ao nível nacional, quer ao nível internacional. Para além de ser um produto com caráter nacional e vegetariano, reúne ainda muitas vantagens nutricionais, devido à riqueza das matérias-primas da sua formulação.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Este produto é direccionado para a população em geral. É uma agradável proposta alternativa para as pessoas vegetarianas. Pretende-se comercializar este produto em lojas gourmet, e também num outro tipo de embalagem no canal HORECA. As empresas transformadoras de carne, salsicharias, e também as empresas que processam legumes.


#80

SANIMILHO

OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MILHO PREVENINDO A CEFALOSPORIOSE

COORDENAÇÃO Terramilho – Agrupamento de Produtores de Cereais [1] terramilho@mail.telepac.pt

EQUIPA Tiago Silva Pinto [2] José Semedo [3] jose.semedo@iniav.pt

ENTIDADES Terramilho – Agrupamento de Produtores de Cereais [1] Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo - ANPROMIS [2] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [3]

DESCRIÇÃO O objetivo do projeto é definir um novo processo de produção de milho que inclua itinerários técnicos capazes de prevenir/minimizar os danos da cefalosporiose, e utilizar eficientemente os factores intermédios (água, fertilizantes, energia), de forma a otimizar a produção de milho tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo. Assim, esperam‐se, a curto prazo resultados diretos nos campos de ensaio, e a longo prazo, no caso de obtenção de resultados favoráveis, a adesão dos agricultores associados do Agrupamento Terramilho aos itinerários identificados no projeto.

INOVAÇÃO Este projeto tem como maior inovação a produção de técnicas inovadoras de produção de milho que inclua itinerários técnicos capazes de minimizarem / prevenir os efeitos do fungo Harpophora maydis.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O reconhecimento de variedades que apresentem uma melhor tolerância à presença do fungo, bem como o impacto de diferentes procedimentos agronómicos que possam melhorar a capacidade das plantas resistirem a esta doença.


#81

SAPONIFICAÇÃO DE AZEITE VIRGEM BIOLÓGICO

COORDENAÇÃO Isabel Baer i.baer@ipbeja.pt

EQUIPA Alunos do 3º ano do curso de Engenharia Alimentar

ENTIDADE Instituto Politécnico de Beja

DESCRIÇÃO O interesse nos produtos biológicos tem aumentado nos últimos anos devido a uma crescente preocupação, por parte do consumidor, com a sua saúde e também com o meio ambiente. O produto desenvolvido teve como objetivo principal a criação de um sabão biológico a partir de azeite virgem extra biológico e de ervas aromáticas/ medicinais biológicas. A tecnologia aplicada, a saponificação, distingue-se do que se faz normalmente na industria, essencialmente por utilizar temperaturas mais baixas e nenhum aditivo químico ou catalizador da reação, apenas matérias-primas biológicas de elevada qualidade, totalmente nacionais e produzidas no Alentejo. Estas características podem acrescentar considerável valor ao produto, principalmente a nível internacional.

INOVAÇÃO Sabão biológico, produzido apenas com produtos naturais e biológicos, sem adição de qualquer composto químico.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia poderá ser facilmente aplicada em qualquer empresa que faça a extração e/ou embalamento de azeite virgem biológico, permitindo a diversificação dos seus produtos no mercado. Terá interesse económico para empresas do tipo parafarmácias ou perfumarias e outras, uma vez que este sabão pode ser utilizado por bebés, desde o nascimento, e por pessoas com problemas de pele e alergias várias aos compostos químicos adicionados aos sabonetes existentes no mercado.


#82

SEMENTEIRA DIRETA DE PRECISÃO E AUTOMAÇÃO

COORDENAÇÃO Luís Alcino Conceição [1] luis_conceicao@esaelvas.pt

EQUIPA Ricardo Freixial [2] Pilar Barreiro [3] Constantino Valero [3]

ENTIDADES Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Portalegre [1] Universidade de Évora [2] Universidad Politécnica de Madrid [3]

DESCRIÇÃO Em mecanização, o recurso a tecnologias de georeferenciação e sistemas de automação permite o registo e controlo das operações. A utilização em semeadores de sementeira direta de recetores DGPS com a montagem de transdutores lineares indutivos (lvdt) e células de carga possibilita a criação de mapas de profundidade de sementeira e o comando de atuadores de controlo de pressão das linhas de sementeira.

INOVAÇÃO Kit de Controlo Ativo de Profundidade em sementeira direta.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Atendendo a que os mecanismos de controlo de profundidade em semeadores de sementeira direta são habitualmente passivos, ie, apenas controlados por regulação do operador, esta tecnologia permite o referido controlo de forma dinâmica, ultrapassando dificuldades de rompimento do solo resultantes das condições heterogéneas de textura e estrutura típicas em solos das regiões mediterrâneas. É assim uma tecnologia particularmente importante nos primeiros anos de introdução de sementeira direta e em parcelas cuja dimensão comprometa a relação entre o número de dias disponíveis para realização da operação e a sua capacidade efetiva de campo.


#83

SIGA: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ALIMENTAR

COORDENAÇÃO Miguel Fernandes miguel@foodintech.pt

ENTIDADE FoodInTech

REGISTO DE ENCOMENDA CLIENTE

REGISTO DE COMPRA FORNECEDOR BO

QUADRO DE AVALIAÇÃO DE NECESSIDADES

BO

LANÇAMENTO DA ORDEM DE FABRICO BO

DESTILAÇÃO PRIMARIA DESTILAÇÃO SECUNDARIA

ENCHIMENTO

FO

MONTAGEM DE ENCOMENDA

EXPEDIÇÃO FO

O sistema SIGA consiste numa solução integrada de software e hardware que permite suportar toda a informação associada ao fluxo de produção, desde a receção de matérias-primas até à distribuição dos produtos alimentares. O SIGA proporciona uma gestão otimizada de recursos com uma contínua redução de custos, mediante uma monitorização constante de todas as atividades produtivas da empresa. Para tal, a aplicação tem módulos de software diferenciados, como o SIGA i (que permite a gestão de dados da produção, qualidade e segurança alimentar), o SIGA r (que permite a gestão centralizada de dados de qualidade e segurança alimentar de várias unidades de retalho), o SIGA q (que permite a gestão centralizada de dados de qualidade) e o SIGA a (que suporta atividades de consultoria, inspeção e auditoria).

INOVAÇÃO

RECEÇÃO FO

FO

DESCRIÇÃO

FO

O sistema é de rápida implementação e suporta diferentes fluxos de produção, permitindo a integração com ERP e a recolha de dados em tempo real. Adicionalmente, possui uma interface user friendly e assenta numa solução suportada pela cloud.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O sistema integrado de gestão tem potencial de aplicação em vários segmentos, como o retalho e distribuição (restauração, supermercados, talhos, etc.), as agroindústrias (carne, pescado, bacalhau, panificação e pastelaria, aditivos alimentares, cereais e moagens, laticínios, conservas, pré-confecionados, etc.), agroindústrias que já tenham controlo sobre a produção e apenas queiram uma solução para controlo da qualidade e equipas de qualidade, consultores e auditores.


#84

SISTEMA COOK-CHILL APLICADO A ALIMENTOS PRONTOS A CONSUMIR

COORDENAÇÃO Cristina Saraiva crisarai@utad.pt

EQUIPA Maria João Moreira António Silva Irene Oliveira

ENTIDADE Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro

DESCRIÇÃO Neste sistema, os alimentos devem ser confecionados a temperaturas relativamente elevadas, cerca de 100º C seguido de um rápido arrefecimento, atingindo o produto a temperatura interna de 3ºC ou inferior. Com a tendência crescente para os consumidores evitarem produtos tratados quimicamente, em favor dos naturais, dando vantagens à dieta mediterrânea e pratos tradicionais, há necessidade em desenvolver técnicas para manter a qualidade natural dos alimentos sem a utilização de conservantes químicos. O uso da embalagem a vácuo ou atmosfera modificada aumenta o período de vida útil dos produtos. A aplicação de microbiologia preditiva para determinação da vida útil e segurança microbiológica de pratos confecionados em sistema cook-chill constitui uma ferramenta útil e uma mais valia que pode ser usada pelas indústrias do setor de produção de alimentos.

INOVAÇÃO Preparação de refeições (pratos tradicionais) antecipadamente e conservação em atmosferas modificadas, permitindo aumentar o seu tempo de vida útil. Os pratos tradicionais proporcionam uma experiência sensorial agradável, com sabor, cheiro, e de aspeto "confecionado em casa" com menor esforço por parte do consumidor final. A aplicação de microbiologia preditiva na análise de alimentos preparados segundo o sistema cook-chill permite estimar a sua vida útil.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Empresas de restauração e catering


#85

SNACK'R'US

COORDENAÇÃO João Dias joao.dias@ipbeja.pt

EQUIPA Rosenilda Bonato Ana Valentim João Guerreiro Bartololomeu Alvarenga

ENTIDADE Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Beja

DESCRIÇÃO O produto respeitante a esta tecnologia consiste num novo produto direcionado para o segmento de mercado dos "snacks", com utilização de produtos regionais. Este novo produto consiste numa coleção de três diferentes combinações de produtos de padaria aos quais são adicionados diferentes condimentos usados na cozinha nacional. Apresenta-se como uma fina e estaladiça camada de pão ou broa sobre a qual são adicionados alguns produtos como por ex. azeitona, alho, massa de pimentão, coentros, azeite virgem, etc. Ao contrário dos produtos de panificação convencionais, este produto é elaborado com recurso a alguns hidrocolóides (ex. pectina), evitando a utilização de altas temperaturas que poderiam alterar as propriedades benéficas.

INOVAÇÃO As principais inovações deste produto é a possibilidade de introduzir produtos regionais em “snaks”, ainda pouco visto no mercado e a possibilidade de permitir a produção destes “snaks” em vários formatos, o que permite a sua aplicação a várias áreas da restauração, como é o caso do "catering". O facto de utilizar hidrocolóides permite baixar os custos de produções, reduzindo a temperatura de cozedura em comparação com as temperaturas convencionais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Com este novo produto pretende-se criar uma nova janela de oportunidade para empresas que queiram apostar na produção nacional. É um produto mais de encontro ao gosto e à gastronomia mediterrânea e distingue-se dos "snacks" convencionais na aposta de matérias primas usadas tradicionalmente na nossa gastronomia. Além do mercado nacional, este tipo de produto poderá ter boa aceitação além fronteiras, especialmente junto das comunidades lusas. Esta tecnologia poderá ser vista como uma janela de oportunidade para empresas de panificação, em especial as empresas com escoamento através de grandes superfícies. Esta poderá ser uma forma de valorizar alguns excedentes de produção de pão, que de outra forma não teriam qualquer incorporação no mercado.


#86

SOLUÇÃO BASEADA EM QUITOSANOS PARA APLICAÇÃO EM SUMOS E OUTRAS BEBIDAS COMO ANTIMICROBIANOS E ANTIOXIDANTES COORDENAÇÃO Manuela Pintado mpintado@porto.ucp.pt

ENTIDADE Escola Sup. de Biotecnologia Universidade Católica do Porto

DESCRIÇÃO A estabilidade de alguns sumos com reduzido processamento térmico pode ter um tempo de prateleira limitado pelo crescimento sobretudo de fungos e fácil oxidação de algumas dos componentes antioxidantes dos sumos. A adição de quitosanos estabelecidos sob várias condições e com formulações otimizadas permite assegurar o controlo de oxidação dos sumos com preservação de componentes funcionais ao mesmo tempo que reforça a proteção contra contaminantes bacterianos produtores de esporos (Bacillus cereus) ou fungos.

INOVAÇÃO Adição de quitosanos estabelecidos, permitindo assegurar o controlo de oxidação dos sumos, preservando os componentes funcionais e reforçando a proteção contra contaminantes bacterianos e fúngicos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Aplicação a sumos ou outras bebidas ou matrizes com reduzido teor proteico, com potenciais vantagens: Substituição de aditivos químicos; Enriquecimento das bebidas; Alargamento do tempo de vida de bebidas “naturais”.


#87

SONDA MULTIFUNCIONAL PARA A MEDIÇÃO DE PROPRIEDADES DO SOLO

COORDENAÇÃO António Valente [1] antonio.valente@inesctec.pt

EQUIPA Salviano Soares [2] André Sá [3] andre.sa@inesctec.pt

ENTIDADES INESC TEC [1] Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro [2] Serviço de Apoio a Parcerias Empresariais [3]

DESCRIÇÃO A sonda multifuncional (MFHPP http://patentscope.wipo.int/search/en/WO200908497 1) consiste num sistema de medição das propriedades térmicas, condutividade elétrica, teor de água e fluxo de água do solo, possibilitando o visionamento (USB no PC) ou envio das medições, através de uma rede sem fios. Baseada na técnica do impulso de calor, a sonda contém um microcontrolador que, através de um algoritmo desenvolvido para o efeito, calcula as diversas variáveis que a sonda permite medir. O método apresenta um enorme potencial, podendo contudo existir versões mais simplificadas para medir somente o teor de água no solo e as suas propriedades térmicas.

INOVAÇÃO Este novo sistema, com um tamanho relativamente pequeno, permitirá uma abordagem inovadora que mudará potenciais aplicações de monitorização na ecologia e na hidrologia do solo, possibilitando a medição simultânea de múltiplas variáveis ambientais do solo, incluindo teor de água, calor e fluxo de água e de nutrientes. Estas últimas valências (fluxo de água e nutrientes) poderão, também, ser usadas para fins ambientais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL O funcionamento autónomo da sonda multifuncional irá permitir, entre outras utilizações, as relacionadas com o controlo da irrigação. Deste modo, empresas ligadas ao controlo de irrigação e/ou empresas com utilização intensiva de rega poderão ser um dos principais alvos da tecnologia aqui apresentada.


#88

SYMBSALTSTRESS

COORDENAÇÃO Ana Ribeiro [1]

EQUIPA José Ramalho [1] Isabel Moura [1] José Semedo [2] Isabel Pais [2] Paula Scotti-Campos [2] Inês Graça [3] Nuno Duro [3] Mário Costa [3] Carla António [3] Cândido P. Ricardo [3] Cristina Máguas [4] Mónica Sebastiana [4] Fernando Lidon [5] Katharina Pawlowski [6]

ENTIDADES Instituto de Investigação Cientifica Tropical - IICT [1] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [2] Instituto de Tecnologia Química e Biológica - ITQB [3] Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa [4] Faculdade de Ciência e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa [5] Universidade de Estocolmo [6]

DESCRIÇÃO As plantas actinorrízicas possuem elevada capacidade de adaptação a ambientes extremos tais como, seca, salinidade ou metais pesados. Assim, para além da sua importância económica (madeira e derivados), este grupo de plantas é de extrema relevância ecológica, com vasta aplicação agroflorestal, na recuperação de solos e dunas e na prevenção da desertificação. Face ao crescente risco de alterações climáticas, o interesse pelas plantas actinorrrízicas tem vindo a crescer acentuadamente. Este projeto visa elucidar os mecanismos de tolerância à salinidade em Casuarina glauca, a actinorrízica modelo , bem como determinar o grau de contribuição da fixação biológica de azoto (através da simbiose com bactérias do género Frankia) para a resiliência.

INOVAÇÃO Identificação de elementos chave de resiliência e adaptação a um ambiente em constante mudança.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Investigação fundamental


#89

TECNOLOGIA DE FABRICO DE QUEIJO CABRA ADEQUADO PARA GRELHAR

COORDENAÇÃO Manuela Pintado [1] mpintado@porto.ucp.pt

EQUIPA Manuela Pintado [1] Ana Gomes [1] Rita Queiroga [1] Carlos Pereira [2]

ENTIDADES Escola Superior de Biotecnologia Universidade Católica do Porto [1] Escola Superior Agrária de Coimbra Instituto Politécnico de Coimbra [2]

DESCRIÇÃO Tecnologia que permite a obtenção de queijos frescos de cabra ou mistura com outros tipos de leites, com intensidades diferenciadas e com capacidade de grelhar sem fusão e com sabor diferenciado e com intensidades diferentes. Para além disso, com leite de cabra mantém o elevado nutricional de cabra com sabor mais equilibrado e aceite pelo consumidor.

INOVAÇÃO Não existe a tecnologia implementada. Capacidade de o queijo grelhar sem fusão, mantendo o sabor aprazível e com elevado potencial no desenvolvimento gastronómico a quente ou a frio.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Aplicação em desenvolvimento de novos queijos; Promoção de novas formas de consumo; Valorização de produtos tradicionais. Elevado potencial de diferenciação na área, diversificação gastronómia de queijo: espetadas de queijo, etc.


#90

TECNOLOGIA PARA PRESERVAÇÃO DE COGUMELOS SILVESTRES

COORDENAÇÃO Isabel C. F. R. Ferreira [1] iferreira@ipb.pt

EQUIPA Anabela Martins [1] Ângela Fernandes [1] Amílcar L. António [1] Sandra Cabo Verde [2] Beatriz Oliveira [3]

ENTIDADES Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Bragança [1] C2TN – Instituto Superior Técnico Universidade de Lisboa [2] REQUIMTE – Faculdade de Farmácia Universidade do Porto [3]

DESCRIÇÃO Os cogumelos comercializados em fresco têm um tempo de vida curto, o que representa uma limitação na distribuição e comercialização deste produto. Uma tecnologia que permita prolongar o armazenamento pós-colheita e preservar a sua qualidade, beneficiaria a agro-indústria que produz e comercializa os cogumelos, bem como os consumidores, disponibilizando-lhe um produto de excelência, cumprindo todos os requisitos de segurança alimentar. O processamento por irradiação tem demonstrado ser uma potencial ferramenta no tratamento pós-colheita para aumentar a vida útil de diversos alimentos. Os efeitos desta tecnologia limpa e amiga do ambiente nos parâmetros físico-químicos, nutricionais e bioatividade das muito apreciadas e valorizadas espécies de cogumelos silvestres do Nordeste de Portugal tem vindo a ser avaliada, tendo já sido obtidos resultados interessantes e promissores

INOVAÇÃO Preservação e desinfestação de cogumelos silvestres. Aumento do tempo de prateleira.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Tecnologia de processamento pós-colheita alternativa, que minimiza o uso de produtos químicos, permitindo a desinfestação, eliminando pragas, de forma a melhor cumprir as normas fitossanitárias de comércio nacional e internacional, e aumentar o tempo de prateleira sem alterar os principais parâmetros nutricionais. Interesse para a Agro-Indústria: produção, processamento e comercialização de cogumelos e nos variados setores agroalimentares envolvidos na produção, processamento, comercialização e desenvolvimento de novos produtos.


#91

TECNOLOGIA VINAGREIRA PICKLAGEM DE FRUTOS E AROMATIZAÇÃO

COORDENAÇÃO Cristina Laranjeira

cristina.laranjeira@esa.ipsantarem.pt

EQUIPA Mª Fernanda Ribeiro Marília Henriques Mª Adelaide Oliveira Mª Gabriela Lima Mª José Diogo Paula Ruivo J. M. Carvalho

ENTIDADE Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Santarém

DESCRIÇÃO A tecnologia de picklagem fresh pack de frutos doces, um processo de conservação em vinagre que dispensa a fermentação láctica clássica, foi desenvolvida por adaptação do processo de picklagem de hortícolas, com uma dupla utilização: o consumo de fruta e a utilização da infusão como vinagre de mesa. Esta tecnologia utiliza a um conjunto de operações tecnológicas diferenciadas (pré-salga, edulcoração, aromatização/especiação, aditivação (E300 e E509), adição de licor, tratamento térmico), em função do produto que se pretende desenvolver. A tecnologia de aromatização reúne também um conjunto de operações diversas que possibilitam a adição, a um vinagre simples, de plantas ou partes de plantas, frutos, especiarias ou mel que não sofrem fermentação acética. A matriz resultante é seletivamente enriquecida, com novas sensações e funcionalidades.

INOVAÇÃO A tecnologia desenvolvida permite obter novos produtos vinagreiros, sensorialmente mais complexos e com novas funcionalidades. Inovou-se ao adaptar a picklagem industrial de hortícolas à conservação ácida de frutos doces. Os protótipos já desenvolvidos possuem em comum a inovação e a conveniência: novos produtos, com longo tempo de vida de prateleira. A picklagem fresh pack é uma via alternativa de produção mais rápida e económica que a picklagem tradicional. A tecnologia de aromatização múltipla e de preservação de frutos inteiros em vinagre também não é comum. Os produtos vinagreiros com adição de fruta constituem ainda uma alternativa para a preservação de frutos de preço elevado e sazonais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia foi já aplicada no desenvolvimento de dois vinagres (vinagre de vinho branco com mirtilo e vinagre de vinho tinto Touriga Nacional agridoce, com mel e especiarias), dois vinagretes (vinagrete de laranja e vinagrete de physalis aromatizados) e cinco conservas fresh pack de fruta agridoces (pickles de pêra-abacaxi, pêra bêbeda e três variações de pickles com physalis). A análise financeira destaca a adaptabilidade desta tecnologia e destes produtos à indústria existente, como ofertas economicamente viáveis que se inserem no portfolio de produtos vinagreiros já existente e representam um importante contributo para a valorização e requalificação destes produtos.


#92

TRANSFORMAÇÃO DE CARCAÇAS DE COELHO

COORDENAÇÃO Ana Teresa Ribeiro ana.ribeiro@esa.ipsantarem.pt

EQUIPA Igor Dias

ENTIDADE Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Santarém

DESCRIÇÃO Esta técnica consiste na transformação e valorização da carcaça de coelho. Após desmancha e obtenção das peças correspondentes, estas são submetidas a diferentes técnicas (já aplicadas na indústria) para obtenção de produtos cárneos transformados. Entre os produtos até hoje elaborados encontram-se: presuntos, paio e afiambrado. As pernas para presunto foram submetidas a uma pré-salga, salga, lavagem e cura. Os lombos para paio foram misturados com outros ingredientes, submetidos a uma maturação, enchimento, picagem e fumagem. As carnes e gorduras para o produto afiambrado foram picadas, misturadas numa salmoura, enchidas e atadas em tripa plástica e submetidas a uma pasteurização, seguida de um arrefecimento e conservação.

INOVAÇÃO As técnicas utilizadas são já existentes na indústria transformadora de carnes; contudo, são utilizadas com diferentes adaptações, pois o tamanho e comportamento da carne de coelho difere das restantes espécies utilizadas. Assim, contribui-se para a diversificação na utilização da carne de coelho, através da remoção de componentes indesejáveis e/ou a adição de outros vantajosos.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta técnica tem especial interesse para as indústrias transformadoras de carne, uma vez que é possível aumentar o leque de produtos cárneos oferecidos no mercado ao consumidor, através da produção de presunto, paio e afiambrado de coelho. As alterações dos hábitos dos consumidores, o aumento da exigência por parte dos mesmos, a diversificação da oferta e o aumento da concorrência, obriga a que o investimento em novas tecnologias sejam um objetivo estratégico na maioria das indústrias alimentares.


#93

UNIDADE DE AVALIAÇÃO DA BIODEGRADAÇÃO AERÓBIA DE BIOMATERIAIS NO SOLO

COORDENAÇÃO Elizabeth Duarte eduarte@isa.ulisboa.pt

ENTIDADE Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO Unidade de avaliação de biodegradação aeróbia de diferentes biomateriais no solo, adaptada a condições operacionais específicas. O sistema de arejamento e análise contínua, que acoplado a um software, permite um acompanhamento em tempo real e reduz os erros de operação comparando com os sistemas descontínuos de avaliação da biodegradação.

INOVAÇÃO Este equipamento é inovador pois permite seguir de uma forma continua e automática a biodegradação de biomateriais no solo, sendo o único equipamento deste género em Portugal.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Tecnologia fundamental para a avaliação do destino desta gama de biomateriais no solo, uma vez que estes se encontram em ampla expansão sem conhecimento profundo do seu comportamento.


#94

UNIDADE PILOTO DE DIGESTÃO/CODIGESTÃO ANAERÓBIA MÓVEL(AD/ACOD)

COORDENAÇÃO Elizabeth Duarte eduarte@isa.ulisboa.pt

ENTIDADE Instituto Superior de Agronomia Universidade de Lisboa

DESCRIÇÃO Digestor anaeróbio móvel, em regime contínuo, do tipo continuous stirred tank reactor (CSTR), para valorização de efluentes, adaptado a substratos e cossubstratos em condições reais.

INOVAÇÃO A principal inovação desta unidade piloto prende-se com a sua capacidade de deslocação para qualquer parte do mundo, permitindo desta forma avaliar em condições reais a eficiência e a viabilidade da digestão/codigestão anaeróbia. Desta forma é possível a avaliação do potencial de utilização de uma unidade de digestão/codigestão anaeróbia antes da realização de um investimento numa unidade fixa.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Tecnologia adaptável a várias realidades Possibilidade de tratamento de vários substratos de entrada e combinações de substratos, de modo a maximizar a produção de energia. Possibilidade de alimentação energética em locais isolados e potencial de valorização dos digeridos.


#95

VALOR SOB PRESSÃO

COORDENAÇÃO Catarina Duarte [1] cduarte@ibet.pt

EQUIPA Ana Teresa Serra [2] Ana Matias [2] Agostinho Alexandre [2]

ENTIDADES Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – IBET [1] Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ITQB [2]

DESCRIÇÃO A tecnologia oferecida visa a extração de compostos de elevado valor acrescentado (compostos bioativos, corantes, conservantes e aromas naturais), utilizando processos sob pressão moderada. Gases inertes ou solventes não-tóxicos (água, álcool) comprimidos são utilizados como solventes para extração seletiva a partir de matizes naturais. A equipa associada a esta oferta de tecnologia possui alargada experiência na área e são vários os exemplos que mostram o sucesso da sua aplicação para obtenção de produtos com potencial valor comercial.

INOVAÇÃO Seletividade de extração: o uso de fluídos supercriticos ou de solventes biocompativeis pressurizados a pressão elevada permite especificidade para determinados compostos ou famílias de compostos. Processo limpo: a remoção por descompressão no final do processo permite obter produtos finais isentos de solventes. Condições suaves de processamento: são usadas condições de operação que não afetam a qualidade funcional dos ingredientes extraídos, temperaturas de extração não excedem os 45ºC. Não requer processos de esterilização adicionais porque contaminações microbianas são evitadas. Bactérias e outros microorganismos patogénicos são inativados/eliminados a alta pressão Tempos de extração menores que processos convencionais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A tecnologia é potencialmente interessante para industrias produtoras de extratos ou industrias transformadoras, no sentido de recuperar ainda ingredientes de valor acrescentado, a partir dos seus resíduos ou excedentes. O mercado de ingredientes naturais é atualmente um dos mercados mais atraentes, o que se deve essencialmente à procura crescente do consumidor por produtos saudáveis não sintéticos e isentos de toxicidade. Uma vez que a aplicação desta tecnologia é transversal ao processamento de matrizes de diferentes origens, podem obter-se produtos finais com características diferentes que permitam caracterizá-los como aromas, ou conservantes, ou corantes ou ingredientes bioativos com aplicação na produção de alimentos ou cosméticos funcionais, nutricosméticos ou suplementos alimentares.


#96

VALORBIO

VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA

COORDENAÇÃO Catarina Duarte [1] cduarte@ibet.pt

ENTIDADES Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – IBET [1] Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ITQB [2]

DESCRIÇÃO A tecnologia aqui apresentada visa a extração de compostos de elevado valor acrescentado (compostos bioativos, corantes, conservantes e aromas naturais), utilizando processos limpos. Entre eles, processos inovadores que recorrem a solventes não-tóxicos (água, álcool) ou gases pressurizados que são utilizados como solventes para extração seletiva de bioativos a partir de matizes naturais. A aplicação desta tecnologia é transversal ao processamento de matrizes de diferentes origens, podendo obter-se produtos finais com características diferentes que permitam caracterizá-los como aromas, conservantes, ou corantes ou ingredientes bioativos.

INOVAÇÃO Comparativamente aos métodos convencionais, a tecnologia oferecida permite maior seletividade de fracionamento e de tempos de extração e pode ser considerada um processo totalmente limpo, permitindo condições suaves de processamento que não requerem processos de esterilização adicionais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Esta tecnologia é interessante para indústrias produtoras de extratos ou indústrias transformadoras, permitindo recuperar ingredientes de valor acrescentado, a partir dos seus resíduos ou excedentes. A aplicação desta tecnologia é transversal ao processamento de matrizes de diferentes origens, podendo obter-se produtos finais com características diferentes, potencialmente aplicáveis na produção de alimentos funcionais ou suplementos alimentares.


#97

VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO NACIONAL DE CEVADA DÍSTICA INTRODUÇÃO DE VARIEDADES DIFERENCIADAS - NULL-LOX

COORDENAÇÃO Benvindo Maçãs [4] benvindo.macas@iniav.pt

EQUIPA Fernando Albino [1] Francisco Estribio [1] Patrícia Cotrim [1] Carlos Pragana [1] Luís Boteta [2] Manuel Patanita [3] José Dores [3] Natividade Costa [3] José Coutinho [4] Ana Almeida [4] Rita Costa [4] Conceição Gomes [4] Nuno Pinheiro [4] João Côco [4] Armindo Costa [4] José Semedo [4] Paula Campos-Scotti [4] Isabel Pais [4]

ENTIDADES PROCEREAIS/Maltibérica [1]

Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio COTR [2] Escola Superior Agrária de Beja Instituto Politécnico de Beja [3] Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária - INIAV [4]

DESCRIÇÃO Com este projeto, pretende-se selecionar as duas variedades de cevada dística Null-Lox, com melhor adaptação às condições mediterrânicas e com qualidade tecnológica elevada para a indústria de malte. As variedades Null-Lox são variedades convencionais de cevada dística de tipo Primavera, tendo sido desenvolvidas por um trabalho de investigação conjunto entre a Carlsberg e a Heineken. Estas variedades foram obtidas por técnicas de melhoramento convencional e caracterizam-se pelo baixo teor em enzima Lipoxigenase 1 (Lox-1), o que conduz a uma redução da degradação dos ácidos gordos no grão da cevada. A cerveja produzida com malte destas variedades apresenta maior estabilidade de espuma e consistência de sabor. Os benefícios de produzir variedades Null-Lox residem no facto de estas variedades constituírem o presente e o futuro da produção de cevada dística para malte na União Europeia.

INOVAÇÃO Identificar as variedades de cevada Null-Lox com melhor adaptação aos condicionalismos edafo-climáticos de Portugal e com bom desempenho no processo de transformação da cevada em malte.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A produção de variedades Null-Lox constitui o presente e o futuro da produção de cevada dística para malte na União Europeia. O volume utilizado de cevada de variedades Null-Lox irá aumentar nos próximos anos, à medida que o melhoramento genético for desenvolvendo novas variedades cada vez mais produtivas. A produção deste tipo de cevadas em Portugal pressupõe a introdução de variedades bem adaptadas aos constrangimentos do clima mediterrânico. O conhecimento produzido com este projeto irá diminuir as importações de malte de cevadas null-lox e, em simultâneo, potenciar a capacidade exportadora Nacional, ao permitir a exportação de malte para países onde a produção local dessas variedades estará impedida ou carecerá de I&D nos termos em que este consórcio pretende ser pioneiro.


#98

#98

VINAGRE DE FRUTAS

COORDENAÇÃO Joana Grácio joana.gracio@inovlinea.pt

EQUIPA Marco Alves marco.alves@inovlinea.pt

ENTIDADE INOV'LINEA, TAGUSVALLEY

DESCRIÇÃO Valorização matérias-primas pouco utilizadas a nível industrial. Permite o aproveitamento de fruto não comercializável em fresco e de subprodutos resultantes da indústria alimentar. Resultante de dupla fermentação (alcoólica e acética) de líquido ou outras substâncias de origem agrícola. Processo produtivo baseado quer em métodos tradicionais, quer industriais, com o objetivo de desenvolver um produto com características organoléticas diferenciadoras, atrativas e de alto valor acrescentado.

INOVAÇÃO Desenvolvimento de novo produto, diferenciador, de alto valor acrescentado.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL Produto de conveniência sobretudo para o consumidor final, enquadrando-se ainda em mercados específicos, nomeadamente mercado gourmet ou nicho para exportação. Elevado potencial para aumentar a gama de produtos para tempero.


#99

WTM012

COORDENAÇÃO Kiril Bahcevandziev [1] kiril@esac.pt

EQUIPA Joana Costa [1] Carolina Espírito Santo [1]

Paula Mota [2]

ENTIDADES Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Coimbra [1] Faculdade de Medicina de Coimbra [2]

DESCRIÇÃO Estudos realizados no sentido de aplicar as microalgas nos processos de remoção de nutrientes (principalmente nitrogénio e fósforo) em efluentes. O seu funcionamento baseia-se na complementaridade de processos metabólicos entre as populações bacterianas que mineralizam a matéria orgânica e as microalgas, que utilizam como nutrientes os produtos dessa degradação. Selecionar culturas multialgas, de modo a promover o seu crescimento em lagoas fotossintéticas de alta carga, tratamento dos efluentes. A produção de biomassa que será valorizada de acordo com a sua constituição (bioremediação do solo e/ou como ração para animais) colmatará as falhas verificadas em todo o processo de tratamento, no que concerne à aplicabilidade do resíduo final.

INOVAÇÃO As microalgas podem desempenhar uma função inovadora, no que concerne ao tratamento de águas residuais.

POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMERCIAL A capacidade das microalgas reciclarem os nutrientes, produzindo oxigénio para a decomposição bacteriana da matéria orgânica, ao mesmo tempo que se explora e se expande a sua capacidade fotossintética na produção de biomassa, poderá ser utilizada em aquacultura, como alimento animal ou como fertilizante na agricultura, permite reconhecer a sua aplicabilidade em diversos sectores da industria, nomeadamente, sector avícola, agrícola e laticínios.



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