EDITORIAL O primeiro voo! Falar sobre empreendedorismo não é uma tarefa fácil. O mundo dos negócios pode parecer coisa de ‘gente grande’, que está envolvida em rotinas atarefadas, agendas lotadas, cheias de números, cálculos e ambições. Um mundo que parece muito distante para a maioria das pessoas, principalmente para o jovem. Por isso, nessa primeira edição da Insight S/A, trazemos para você, jovem, que espera algo maior no seu futuro, histórias de sucesso. De pessoas que começaram ainda cedo, nos bancos da faculdade, em uma conversa com os amigos, com o incentivo da família ou pela própria necessidade, acabaram por visualizar uma oportunidade de crescer e ser o dono do seu próprio nariz, criando o seu empreendimento. Nós acreditamos que o empreendedorismo é o combustível que move os sonhos e a principal força para mudar o país e o mundo. E, por isso, acreditamos em você que está do outro lado: os jovens empreendedores brasileiros são as peças fundamentais para impulsionar essa mudança. E seguindo os ventos do compartilhamento, aqui você confere histórias de pessoas que dividem o escritório, a mesa, projetos e boas risadas, em uma nova forma de trabalho: o coworking. Conheça os desafios daqueles jovens que começaram há mais de 20 anos, como a lojinha do seu Miguel, e dos que estão embarcando agora no mundo empreendedor, cheios de dúvidas e sonhos. Todos assim como nós agora, a Insight S/A alça o seu primeiro voo, de muitos outros voos mais altos. O nosso desejo é que você, assim como nós, se surpreenda em cada página. Agora, vá vira essa página e enjoy! Equipe Insight S/A
Efésios 3:20
Expediente: Presidente da Univel: Renato Silva Diretora-geral da Univel: Viviane Silva Coordenadora do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo: Leticia Afonso Rosa Garcia. Orientadora: Karin Cristina Betiati Reginaldo. Diretor de criação: Wilian D’avila. Editores-chefe: Isabella Liba, Luiz Henrique Sanchez e Mariana Dantas. Reportagens: Isabella Liba, Luiz Henrique Sanchez e Mariana Dantas. Fotos: Isabella Liba, Luiz Henrique Sanchez e Mariana Dantas. Foto de capa: Isabella Liba. Revisores: Isabella Liba, Luiz Henrique Sanchez e Mariana Dantas. Produtor gráfico: Henrique Semmer. Assistente administrativo: Luiz Henrique Sanchez. Assistentes comerciais: Isabella Liba e Mariana Dantas. Revisora: Regina Krauss Tiragem: 2 mil exemplares. Endereço: Avenida Tito Muffato, 2317 - Bairro Santa Cruz/CEP: 85.806-080 - Cascavel Paraná Contato: Fone: (45) 3036-3636 Fax: (45) 3036-3638 http://insightsa.wix.com/insightsa
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09
E-commerce: mercado digital atrai novos empreendedores
12 SUMÁRIO 14
Dando um start no próprio negócio!
Acertando a receita do seu empreendimento!
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Incubando ideias
19
Especial: Escrit贸rios compartilhados
24 26
M煤sica e neg贸cios
28 30
Em primeira pessoa
Empreender no campo
32 34
Viver de arte!
Socorro!
Identidade visual
NÃO BASTA
TER SÓ A IDEIA TEM QUE SABER
COMUNICAR!
FREELANCER
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E-COMMERCE
Caminho iluminado para o mercado nacional Luminárias produzidas em Cascavel são revendidas por grandes nomes do mercado de venda online Por Mariana Dantas Fotos: Isabella Liba Quando se trata de encontrar produtos diferenciados, pesquisar preços e encontrar novidades, a internet é o primeiro lugar em que pensamos em procurar. Segundo o relatório WebShoppers, uma das principais referências em pesquisa em e-commerce no Brasil, que só no primeiros seis meses de 2014, o comércio eletrônico faturou mais de R$ 16 bilhões, com um crescimento de 26% com relação a 2013. Por isso, investir no mercado digital atrai cada dia mais a atenção dos empreendedores, como um formato de negócio para a sua empresa, como é o caso empresária Cristiane Ziliotto. Ela é dona de uma empresa de luminárias infantojuvenil, que vende pela internet para outros peixes grandes do mercado digital. Tudo feito aqui, em Cascavel. “O e-commerce é um meio de vendas maravilhoso, prático, rápido e fundamental para qualquer negócio. É um canal direto entre a empresa e o consumidor. É super dinâmico porque não depende da visita de um representante, nem de catálogos impressos. É mais fácil de manter o catálogo virtual atualizado e gerenciar as vendas”, explica a empresária.
O faturamento previsto para este ano no setor é de aproximadamente R$ 16 bilhões, um crescimento de 26% comparado a 2013
Cristiane trouxe a empresa do Rio de Janeiro para Cascavel
A ideia de ter a própria empresa surgiu ainda na faculdade. Cursando Design Gráfico, ela teve a vontade de criar presentes diferenciados, chamados gifts. “Depois de uma pós-graduação em Marketing para Gestão Empresarial, decidi iniciar o planejamento do negócio. Neste período, mudei para o Rio de Janeiro onde montei o plano de negócios, pesquisei o mercado e fiz alguns cursos no Sebrae. Daí em diante as ideias foram saindo do papel e surgiram os primeiros protótipos”, conta Cristiane. A empresa começou a funcionar em 2006. Mas o principal passo para apresentar o negócio para as grandes multimarcas do comércio eletrônico nacional acontece fora da internet: a participação em exposições. “As parcerias surgiram nas feiras de negócios, onde os compradores de algumas grandes redes puderam conhecer os produtos pessoalmente. A cada feira que participamos, cadastramos, em média, 65% de novos clientes do total de visitantes ao nosso estande. Anualmente, isso representa 40% de novos clientes. As vendas têm tido um crescimento anual de 20% com isso”, detalha.
Mercado brasileiro De janeiro a junho, mais de 5 milhões de pessoas fizeram a sua primeira compra pela internet. Até o fim do ano, devem ser mais de 63 milhões de consumidores de produtos no mercado digital. E a tendência para os próximos anos é de que esse número não pare de crescer. “Temos visto um crescimento muito grande no e-commerce. E as empresas não querem ficar de fora, todas estão procurando ir para o mundo virtual, criando uma plataforma de vendas ou ainda uma página institucional, para estar na rede. O brasileiro tem um perfil para consumir online, pois oferece uma série de vantagens, principalmente para quem mora nos grandes centros”, explica o diretor de uma empresa de comércio digital, Fernando Halberg.
A distância com o mercado consumidor das capitais não afastou os compradores ou dificultou o trabalho. “Não existe mais a barreira entre capital e interior. Com a internet, aeroportos e a variedade de transportadoras que distribuem os produtos por todo o país, isso virou mito do passado”, destaca a empresária. Nos últimos anos, a empresa acabou encontrando mais um meio de aparecer para os consumidores: a marca de Cristiane fechou uma parceria com uma emissora de televisão, e as luminárias passaram a fazer parte do cenário de novelas e programas exibidos em todo o Brasil. “É muito legal ver algo que você fez sendo assistido por várias pessoas, que foi você que fez, ajudou a desenvolver e criar. Tem um pouquinho da gente lá”, conta a chefe de produção, Denise Borges.
Até o fim de 2014, mais de 63 milhões de brasileiros devem passar a comprar pelo comércio eletrônico Para fugir da loucura dos grandes centros, Cristiane trouxe a empresa do Rio de Janeiro para Cascavel, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida para a família e do próprio negócio. “Não foi fácil transferir toda a estrutura da empresa, desligar funcionários e contratar outros, procurar novos fornecedores. Mas em pouco tempo e com as relações comerciais mais humanas e cordiais, que só as cidades menores oferecem, voltamos a operar normalmente e tudo só melhorou. Trabalhamos muito melhor quando estamos felizes, não precisamos perder horas no trânsito e podemos nos dar ao luxo de almoçar em casa com a família todos os dias”, comenta.
Todos os produtos são feitos manualmente
Números do e-commerce no Brasil • Pedidos de janeiro a junho de 2014: 48,17 milhões; • Maiores setores de venda: moda e acessórios (18% do volume total de pedidos); cosméticos e perfumaria (16%); eletrodomésticos (11%); • 57% dos consumidores são mulheres, com idade entre 35 e 49 anos (39%).
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NOVAS TECNOLOGIAS
Pressione o para a opção: criação de startups A disponibilidade de começar as ativividades da empresa com poucos investimentos e o caráter inovador formam o cenário perfeito para estimular a criação de startups Por Luiz Henrique Sanchez Fotos: Luiz Henrique Sanchez Tic-tac-tic-tac-tic-tac. Os ponteiros do relógio da vida se movimentam depressa como inimigos dos empresários que travam uma incessante batalha contra o tempo para a criação de startups, que são caracterizadas por inicializar as atividades da empresa com poucos investimentos em um espaço onde a incerteza do sucesso é constantemente questionada. Como chegar lá? A pergunta que perturba a grande maioria dos empresários que consolidam ideias de negócios nessa linha é embalada pelo o mantra “Falir rápido, falir barato”, que é emanado por empreendedores no start de uma startup. A ABS (Associação Brasileira de Startups) realizou um estudo e destacou que a proposta dessa modalidade de empreender incentivou a abertura de mais de 10 mil empresas, no Brasil, como, por exemplo, aplicativos de mobilidade, varejo e de negociação de carros, imóveis e objetos usados. Em 2013 foram criadas 500 startups no Paraná que corresponde somente a 10% do número total do país inteiro. Na avaliação do consultor de inovação credenciado do Sebrae/PR, Adriano Luiz Spanhol, o modelo de negócios baseado em startups tem sido desenvolvido por todos os países. O porquê? Simplesmente pelas características e as mudanças de paradigmas que causam no meio empresarial. “As startups divergem de uma empresa tradicional em uma série de fatores e os principais deles são: a pontualidade, especificidade e, o principal, é preciso validar a ideia rapidamente, com menor esforço e menor custo possível, pois não se inicia um empreendimento investindo um grande dinheiro para depois executá-lo.
Se o empreendedor segue o modelo correto de startup ele vai ter o menor risco
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Empresário atentos as orientações do consultor
Quando se tem uma ideia para abrir uma startup, é preciso pesquisar o sentido para onde ela quer começar e a partir daquele momento em que é lançada a ideia, se torna necessário garimpar o mercado”, diz Spanhol. Esse brainstorming foi seguido à “risca” pelo sul-africano e empresário, Pieter Van Wyk, que mora há oito anos em Cascavel. A participação dele em circuitos, reuniões, palestras, oficinas e workshops de startups é garantida e de fundamental importância para a consolidação do seu empreendimento. Ele está em processo de criação de um aplicativo para ajudar quem quer aprender inglês, voltado ao público feminino. “Desejo que o aplicativo possa atender as necessidades do público e possa alcançar alguns momentos e lugares aonde a sala de aula não vai poder atender”, entusiasta o sul-africano.
Existem inúmeros casos de startups como, por exemplo, em agronegócio, educação, mobilidade, saúde, serviços, indústrias, gestão e pesquisas. Mas, grande parte, está ligada à área de TI (Tecnologia de Informação). Spanhol explica que essa área está se desenvolvendo rapidamente em relação às outras. “O princípio da escalabilidade é intrínseco da tecnologia. É mais fácil dar escalabilidade para um negócio, quando ele é da área de tecnologia, pois você consegue aumentar a sua quantidade de faturamento ou o seu número de clientes, sem aumentar na mesma proporção, o investimento, a estrutura e o esforço”, relata. De olho nas necessidades e no mercado, o dono de uma empresa cascavelense que desenvolve software para a gestão de clientes, Luís Gilmar Holdefer, começou a empreender por meio da percepção das oportunidades que surgiam na área de TI. No início, Holdefer tentou criar uma startup, mas, foi atraído pela paixão em desenvolver sistemas “Percebi que havia uma grande necessidade na área de vendas, buscamos referências em todo o Brasil e percebemos uma grande oportunidade de projetarmos um software que tratasse exclusivamente de processos comerciais”, afirma. Na avaliação de Spanhol, em Cascavel existe um mercado potencializador e consumidor de startups, mas, ainda falta comunicação, organização e conseguir que o negócio seja comercializável. “A única questão é a criação de startups, ainda, não têm pessoas começando, existe o interesse das universidades, interesse de aceleradoras, interesse de
Pieter Van Wyk, apresenta o seu aplicativo de ensino de inglês
de pessoas, mas cada um com a sua iniciativa própria, cada um com o seu tempo. Por isso, devemos começar pela parte da cultura, pela parte de promoção de eventos, palestras em universidades e procurar investidores que estão a fim de apoiar para disseminar empresas startups na nossa região”, comenta.
4 características que não podem faltar em uma startup - Inovação: As startups tendem a trabalhar em cima da diferenciação, em cima do que existe no mercado, seja no seu produto/serviço. - Escalabilidade: O plano de negócio de uma startup deve ser escalável, ou seja, se desenvolver de forma acelerada sem exigir recursos humanos ou financeiros. - São enxutas e flexíveis: As startups são caracterizadas por serem enxutas e pela necessidade de validar sua inovação. - Ter potencial para atingir grandes mercados: Buscar criar produtos/serviços que possam ser utilizados potencialmente por milhares de clientes, para que possam assim crescer continuamente.
A participação em eventos de startups auxilia na consolidação Revista Insight S/A - Novembro 2014 13
EXEMPLO INSIGHT
Conquistando o público pelo estômago! Uma pitada de novas ideias e um quilo de planejamento formam a receita ideal para um novo empreendimento Por Isabella Liba Fotos: Clientes que visitaram o estabelecimento dessa matéria
Hum... Cheiro de bolo saindo do forno e a receita é de avó, daquelas que, mesmo que você siga o passo a passo, não terá o mesmo sabor. Boas receitas, mesmo que passadas de geração em geração, nem sempre permanecem da forma em que foram criadas. Muitas sofrem alterações, ingredientes são acrescentados e outros retirados. Entre tantas teorias e estudos que defendem a não existência de uma receita para que o novo empreendimento funcione, nos deparamos com três histórias, que mostram que cada empreendedor desenvolve a sua receita com segredinhos especiais. Insight? Sim, a todo o momento. Boas ideias surgem, mas poucos são aqueles que decidem colocar a mão na massa e preparar deliciosas receitas, sejam elas vindas do caderninho de receitas da mãe ou aquelas que aprendem conforme a vivência. Os protagonistas dessa história mostram que não é preciso ter habilidades específicas ou ser formado em algum curso ligado à gastronomia para que os empreendimentos tenham sucesso.
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Apesar disso, os acadêmicos de gastronomia tem na grade curricular a matéria de empreendedorismo. “O curso de gastronomia é para quem tem ou não habilidade na cozinha. Temos a matéria de empreendedorismo, que nos ensina a abrir e manter um negócio no ramo alimentício”, conta o acadêmico do curso de Tecnologia em Gastronomia, Cezar Augusto Torales. Apesar do incentivo do curso, poucos são os estudantes que visam ter o próprio empreendimento, como explica Torales. “Infelizmente, o mercado paranaense, não reconhece o trabalho do gastrônomo, sofremos um certo preconceito, porém, ainda assim é mais fácil trabalhar na cozinha do que ser o dono de um restaurante”, afirma.
Modo de preparo Espaço para novos empreendimentos existem. E não são poucos. Prova disso, são as
inumeras inaugurações de restaurantes, bares e cafés na cidade de Cascavel. Cada um com uma proposta, um público-alvo diferente e a sede por alcançar as metas estabelecidas para si mesmo. Exemplos disso não faltam, como é o caso do proprietário de sete negócios na área alimentícia, Gabriel Silvério, de apenas 22 anos. “Quando abri o primeiro estabelecimento tive a ajuda do meu pai. Nos demais, foi fruto do meu trabalho, realizava pesquisas e através delas percebia que o meu produto era necessário e seria bem aceito no mercado”, relata. A nova aposta de Gabriel é um restaurante que sirva comidas saudáveis, com um cardápio baseado na alimentação funcional, ou seja, uma alimentação balanceada e própria para quem está na correria do dia a dia e não tem tempo para preparar os lanches e seguir a dieta. “A ideia surgiu da necessidade. Eu estava fazendo uma dieta e esse tipo de alimentação demanda tempo, mas não tinha esse tempo. Foi aí que eu pensei: por que não abrir um restaurante que sirva esses lanches com qualidade, rapidez e praticidade?”, lembra o jovem empreendedor. Assim como ele, outros dois empreendedores, abriram estabelecimentos que foram idealizados a partir das necessidades particulares.. O professor e proprietário de uma creperia, Cristiano Souza, sempre gostou de cozinhar para a família e amigos, mas sentia a falta de um ambiente diferente e tranquilo para comer e bater um papo. “Eu queria abrir um empreendimento, não sabia o que, mas queria algo no ramo da gastronomia, já que não importam as crises que aconteçam, as pessoas economizarão em tudo, mas não deixarão de se alimentar”, comenta o empresário.
Após decidir que o negócio seria na área de alimentação, passou a pesquisar qual seria o produto que iria oferecer. Depois de investigar, percebeu que já existia “quase” tudo em Cascavel. “Meus pais viajaram pra Europa e lá comeram o crepe francês. Chegando aqui, meu pai deu a ideia e, como não tinha nada parecido por aqui, topei. Realizei um plano de negócios, fiz um empréstimo e a creperia têm sido um sucesso desde a inauguração”, explica Cristiano. A inspiração na gastronomia internacional não para por aí. O proprietário de uma cafeteria em Cascavel, Gabriel Gomes, morou um tempo nos Estados Unidos e durante esse período se acostumou com a rotina corrida dos americanos. Dentre tantos costumes, o gosto pelo café só aumentou. Ele nunca havia sonhado em ser empresário, porém, ao retornar para o Brasil, sentiu falta das cafeterias que oferecessem cafés para “viagem”. Diante dessa necessidade, Gabriel começou a sua história como empreendedor. “Eu não queria trabalhar dentro de escritórios, queria ver o sol e vivenciar o dia a dia, essa era a minha vontade. Somei o meu conhecimento no mundo dos negócios e a falta de um local que oferecesse esse tipo de serviço, montei um plano de negócios e estamos há dois anos com a cafeteria funcionando e com um retorno que superou as expectativas”, conta. A receita pode até ser incrementada, mas a base dela deve ser seguida, para que haja homogeneidade na massa. Nas três histórias, conferimos que não basta ter, apenas, uma ideia inovadora, mas é preciso uma pesquisa prévia de mercado, um bom plano de negócios. Mas o principal ainda é gostar daquilo que se faz. Já estou sentindo um cheirinho de novas e boas ideias... E você, caro leitor, está sentindo também?
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Incubando verde, para crescer maduro A incubadora estimula o empreendedorismo na em que medida que fortalece e prepara empresas para sobreviver no mercado Por Luiz Henrique Sanchez Fotos: Luiz Henrique Sanchez No princípio, os empresários Eliane e Valdinei Rezende desenvolveram o projeto. O local onde tudo começou não tinha o formato de uma empresa: encoberto por um telhado de aluminío e imensas paredes construídas com concreto, ferro e tijolos, o que mais aparentava ser um galpão velho do que uma empresa de tecnologia de inovação. E então disse o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: que se faça cumprir a Lei nº 10.973 – Lei da Inovação. Eis que disso surge o SMP (Sistema de Monitor de Peso) para caminhões, ônibus, equipamentos agrícolas e veículos que transportam cargas por todo o país, proposto pelos empresários. O sistema que realiza as medições de carga em tempo real, com informações importantes e que otimizam o transporte rodoviário foi idealizado pelo casal de sócios-proprietários dessa mesma empresa de tecnologia.“No nosso caso, produzimos um produto que não existia no mercado nacional. Então você tem que desenvolver o mercado e a cultura desse produto”, conta a empresária, Eliane Rezende, que tem a sede do seu negócio incubado no Centro Incubador Tecnológico da Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico), órgão público de Cascavel com objetivo de incentivar o crescimento econômico na cidade de Cascavel. A incubação de empresas em uma comparação compreensível, é semelhante a um recémnascido que vai para uma incubadora, para ser nutrido até ter força para viver. O mesmo acontece com as incubadoras, que contam com ferramentas como serviço de recepção, salas de reuniões, internet, telefone, seguranças, auditório, estacionamento, treinamentos e participações em feiras, tudo para auxiliar as micro e pequenas empresas que precisam de subsídio para alavancar o seu negócio. “Para ingressar na incubadora é necessário ter um projeto com uma ideia de produto ou serviço inovador e desenvolver um plano de negócios, que serão avaliados pela banca composta por represen-
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tantes da incubadora e consultores de instituições que fomentam o empreendedorismo. Os melhores projetos são selecionados e os mais aptos serão incubados por um período de dois anos, podendo ser renovado por mais dois”, explica a gerente do Centro Incubador, Rosinei Rezende. Na avaliação do consultor do Sebrae-PR, Osvaldo Brotto, a melhor alternativa para as empresas que estão em período de amadurecimento é a incubação. “Nessa fase inicial, que vai de zero até dois anos, essa empresa precisa de mais atenção, pois nesse momento ela tem todas as dificudades. Ela não sabe como vai ser o modelo de negócios dela, não sabe quantos clientes vai ter, se vai ser viável ou não, não sabe se vai ter apoio e como vai operar”.
Empresa incubada investe em tecnologia de ponta
A Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) revela que cerca de 98% das empresas inovam e apenas 2% não. Sendo que 15% com foco no âmbito mundial, 28% no local e 55% no nacional.
O empreendimento de Eliane e Valdinei entra nesses números: há quatro anos, sua empresa tem o foco direcionado para a inovação. “Ela é o motor da minha empresa, porque o nosso o objetivo é sempre estar lançando novos produtos que agreguem algum tipo de inovação. Quando começamos a desenvolver o SMP sempre pensamos em criar alguma coisa diferente, até para facilitar a nossa entrada no mercado, para não haver concorrência”, acrescenta. Com o objetivo de estimular e incentivar projetos inovadores o Centro Incubador foi criado em 2001, para apoioar empresas nas áreas agroindustrial, ambiental, alimentícia, biotecnologia, tecnologia da informação e mecânica. Durante 13 anos, o CIT, com o apoio de outras instituições que fomentam o empreendedorismo graduaram 23 empresas em toda a região Oeste do Paraná das quais apenas 12 empresas estão incubadas no condomínio empresarial da fundação.
empresas têm a disponibilidade de entrar em editais de fomento, onde agências de fomento geram recurso, para que elas possam fazer o desenvolvimento dos seus produtos e serviços. Os bancos comerciais não estão preparados para atender esse tipo de iniciativa”. Entretanto, é possível perceber, por meio de pesquisas que o risco diminui.”Percebemos que os riscos amenizam consideravelmente quando a empresa é incubada, porque ela têm uma capacitação melhor, ela tem uma infância mais bem cuidada”, finaliza, Brotto.
Riscos Em busca da inovação, grande parte das empresas incubadas de base tecnológica e que estão desenvolvendo um produtor inovador, enfrentam preconceitos por parte dos bancos finaceiros por ser caracterizada como uma micro empresa. “São vários riscos associados ao uma empresa como a minha. Ela é micro, ela não fatura, ela está desenvolvendo um produto de base tecnológica, inovador. Então, se é inovador, você não tem certeza que dará certo. É difícil alguém querer investir ou emprestar em algo incerto. Tanto que qualquer banco para te emprestar pede uma série de garantias e que quem está começando não tem” desabafa a empresária, Eliane Rezende. Segundo o consultor do Sebrae-PR, Osvaldo Brotto, o risco e o preconceito são inerentes a toda e qualquer atividade empresarial que está no começo.”O que está sendo feito nesse sentido para driblar essa situação, são as garantidoras de crédito, que de certa forma fornecem garantias para os empreendedores que querem fazer as suas operações. Essas
Então, se você pegar uma criança que teve uma infância mais bem cuidada, ela foi vacinada, ela recebeu uma alimentação correta, ela tem todos os pré-requisitos para crescer, essa é uma criança que vai ter menos problemas na idade adulta, a empresa é exatamente a mesma coisa
Os proprietários, Eliane e Valdinei Rezende, criadores do SMP
A Lei nº10.973, conhecida como Lei da Inovação Tecnológica foi criada há 10 anos, em dezembro 2004, mas só foi regulamentada em 2005. A reflexão dessa lei é a proteção do conhecimento articulado por meio de pesquisas nas universidades federais, estaduais, municipais e institutos de pesquisas, bem como, a criação de empresas de base tecnológica por pesquisadores e alunos e do uso de laboratórios e demais recursos de infraestrura por parceiros empresariais.
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O sopro que você e sua empresa precisam para voar mais alto!
Assessoria de imprensa Produção de conteúdo institucional para sites Produção de conteúdo para redes sociais Cobertura de eventos
Acesse fb.com/contelle
Compartilhar, conectar e crescer. Essas s茫o as palavras mais presentes na vida dos profissionais que est茫o investindo e iniciando o seu neg贸cio dentro de um escrit贸rio compartilhado.
INSIGHT
Coworking: compartilhar para evoluir Escritórios coletivos são a tendência para os novos empreendedores que procuram um lugar para dar o ponta pé inicial em seu negócio Texto: Mariana Dantas Fotos: Isabella Liba Quem casa, quer casa. O ditado pode ser antigo, mas não perdeu a sua verdade com o passar dos anos: qualquer casamento ou novo ciclo na nossa vida, precisa ser construído em um espaço físico, que crie a nossa identificação. O mesmo acontece com quem começa um novo negócio, como uma das primeiras dúvidas da vida do novo empresário: onde começar o meu empreendimento? Quando se está começando, as opções são escassas. Ou se trabalha em casa, no conhecido home-office, que tem vantagens como ser um espaço barato para ser mantido, com horários flexíveis e poder trabalhar de pijama e pantufas. Porém, como receber clientes em casa e não misturar a vida pessoal com os projetos do seu negócio? A próxima alternativa é a de alugar um escritório ou sala comercial. As vantagens são muitas, como ter um local formal de trabalho, espaço para receber clientes e uma infraestrutura adequada para uma empresa. No entato, quem está começando, na maioria dos casos, não tem dinheiro para investir nos altos aluguéis desse tipo de espaço, mobília e gastos para a manutenção da estrutura, como água, luz, telefone, entre outros. Para atender esse público que está sem saída, uma nova tendência vem crescendo no mundo dos empreendedores, a do coworking. A proposta é simples: um único escritório compartilhado, por vários profissionais, de diferentes áreas, unindo a formalidade de uma sala comercial, com os preços baixos de manutenção do home-office. A ideia foi criada em 2005, nos Estados Unidos, mas ainda engatinha no Brasil. O primeiro escritório compartilhado que deu as caras no país surgiu em 2009, com uma proposta simples: os empreendedores escolhem trabalhar em uma sala, estação de trabalho ou mesa compartilhada, e paga pelo valor de um pacote calculado por horas de uso. Os demais serviços, como internet, telefonia, água,
luz, limpeza e até o cafezinho são oferecidos pela empresa dona do espaço. “Divide-se toda uma estrutura de escritório, com um conceito diferente, onde os profissionais não se sentem concorrentes, mas sim como parceiros. É um ambiente totalmente colaborativo, em que todos contribuem até mesmo para lavar uma louça ou ajudar na decoração dos espaços”, explica a proprietária do primeiro espaço de coworking de Cascavel, Claúdia Frantiozi. O espaço surgiu há dois anos em Cascavel. O arquiteto Felipe Tomasetto está no escritório compartilhado desde o seu começo, ainda quando estava na faculdade. “Comecei como estagiário e quando me formei decidi começar o meu negócio. Quando você se forma, não tem uma estrutura para começar. Aqui você encontra todo um suporte que atrai os teus clientes, se torna formal. Você tendo homeoffice pode funcionar, mas você atender um cliente em casa te faz perder um pouco da credibilidade no seu trabalho. Com uma estrutura formalizada, você é mais bem visto”, relata o arquiteto.
Coworkers têm vários ambientes para escolher 20 Revista Insight S/A - Novembro 2014
A proposta inovadora é a solução que muitos empreendedores estão encontrando para solucionar o problema do local de trabalho da sua empresa, para que eles possam se preocupar e focar os seus esforços no crescimento do seu negócio. “O maior desafio para começar foi o encontrar um local onde eu pudesse ter essa infraestrutura que é oferecida aqui, ainda com custo baixo. Talvez, se não tivesse encontrado, estaria procurando um espaço até hoje, com valores muito maiores”, conta o publicitário Juliano dos Santos, que está há seis meses no escritório compartilhado. A maioria dos profissionais chega ao coworking depois de tentarem tocar o negócio em casa. E todos chegaram à mesma conclusão: um espaço adequado pode ser o diferencial para que a sua empresa cresça. “Você precisa ser extremamente comprometido para trabalhar em home-office: não se acorda no horário, os serviços da casa acabam tomando o seu tempo. Aqui, você se dedica e concentra integralmente no seu trabalho”, comenta a jornalista Nathalia Sartorato, que tem uma agência de comunicação há quatro meses, sendo dois deles no coworking.
Mesas compartilhadas são as mais procuradas
Além disso, um espaço compartilhado oferece uma coisa que nenhum escritório solo ou sala de casa poderia oferecer: o networking. Basicamente, o conceito é de buscar e manter relacionamentos com outros empreendedores, encontrar soluções e estabelecer parcerias. Aqui, o conceito é levado a sério. “Posso contradizer um pouco o que os outros espaços dizem, mas pra mim aqui é diferente: o networking vem primeiro e depois a redução de custos, como segundo plano, no espaço compartilhado. O profissional que opta em estar no coworking já tem a possibilidade de vender o seu produto ou serviço para os outros membros. Os profissionais que são da mesma área não se veem como concorrentes, mas sim como parceiros”, explica Cláudia.
Aqui, você se dedica e concentra integralmente no seu trabalho Alguns dos coworkers dividem até mesmo as suas mesas
Coworking + networking = crescimento O perfil do público que procura o coworking é de profissionais autônomos, empresas de pequeno porte, empresas que não precisam de uma grande estrutura para funcionar, como as startups, e os profissionais da economia criativa. Ou seja: atividades que envolvem o uso da imaginação e da criação, como a publicidade, a comunicação, o design, a arquitetura, a arte, entre outros. Para os coworkers, como são chamados os empreendedores que dividem o espaço, algumas vantagens são oferecidas, como: armários, mobília, biblioteca interna, copa e cozinha, caixa postal, endereço para uso como registro comercial, fax, impressoras, limpeza dos espaços e secretária.
Muitos empresários já antigos no mercado chegam no espaço para ter novas perspectivas de contato com outros profissionais, como o caso do ator João Santos. Ele é o mais novo coworker e veio até o local para renovar a rede de contatos. “Trabalhamos muito fechados em nossos negócios. Aqui, vemos gente nova e conversamos com outras pessoas, de novas áreas. Podemos solucionar muitos problemas aqui mesmo, sem procurar ajuda externa. Essa oportunidade de estar em contato constante faz toda a diferença no trabalho”. A empresa de coworking incentiva os empreendedores a trabalharem em conjunto, dividindo projetos, além de ter uma pausa semanal para um café da tarde entre todos os coworkers, com um único objetivo de se conhecerem. O trabalho vai muito além das portas fechadas e individualismo: a regra é pensar coletivamente.
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“Só aqui dentro do espaço surgiram umas cinco propostas de trabalhos, diretamente. Indiretamente, já são incontáveis, de pessoas que trabalham aqui e indicam para outros profissionais. Esse networking que ocorre aqui faz a diferença no trabalho”, concorda Juliano. E o fazer a diferença vem criando parcerias e novos negócios dentro do escritório compartilhado. “Nós temos obras fechadas com outros arquitetos, temos o pessoal de outras áreas daqui mesmo oferece o serviço deles para nós e a gente o nosso. Isso faz girar o nosso conhecimento e impulsiona o trabalho para o público externo”, afirma o arquiteto Felipe Tomazetto.
Trabalho compartilhado no Oeste Em Cascavel, o escritório compartilhado existe há dois anos. A ideia começou depois que Cláudia montou um escritório de consultoria empresarial e devido às dificuldades de pagar um espaço sozinha, decidiu dividir a sala com um amigo arquiteto. “O nosso espaço era tão gostoso que logo veio mais um rapaz, também arquiteto, que tinha acabado de se formar e como nós não tinha para onde ir e começar, e colocou uma mesinha na sala. Depois veio o quarto, que demos um jeito de encaixar na sala. Logo mais, uma quinta pessoa nos procurou, mas não tínhamos mais lugar para todos”, conta. O espaço cresceu para uma casa, ainda em 2010. Os quartos e salas foram transformados em estúdios individuais. Em 2012, procurando meios de formalizar o modelo de escritório compartilhado, um consultor entregou à empresária um material em inglês sobre o ‘tal’ coworking. “Ele me mostrou uma matéria em inglês, tive que fazer uma tradução da página para poder ler. Vi que era uma ideia que já existia no Estados Unidos e que em 2010 e 2011 chegou ao Rio de Janeiro e São Paulo. A ideia combinava com tudo o quê fazíamos e comecei a estudar e amadurecer a ideia”, relata Cláudia.
O que é home-office? Small office and home-office são os possíveis nomes. É o escritório em casa, que é a saída para empreendedores iniciais ou que não precisam atender em um escritório formal.
O que é networking? É a união entre as palavras ‘rede’ e ‘trabalho’, em inglês. Representa uma rede de contatos comerciais, profissionais e relacionamentos pessoais, mantido para obter possibilidades de novos negócios ou colocações em empresas, além da troca de informações sobre mercado.
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No mesmo ano, ela conheceu uma empresa de escritórios compartilhados de Curitiba, comprou a ideia da marca e implantou a negócio em Cascavel. Com uma estrutura de 300 metros quadrados, 32 coworkers, dividem o espaço de trabalho. São 14 salas, chamadas de estúdios, todas já ocupadas, e 18 espaços em mesas compartilhadas para trabalho. Para quem não precisa de uma sala ou mesa para trabalhar, ainda são oferecidas o aluguel de salas de reuniões, para treinamentos ou conferências. O espaço passou por uma reforma no começo do ano, que ampliou a casa para um escritório aliando outro conceito inovador: o uso de containers. São quatro estruturas de 30 metros quadrados cada, que chamam a atenção de quem passa. O local deve ainda ser ampliado novamente, para atender a crescente demanda. A consultora admite que a ideia inicial foi ousada, porém tinha tudo para dar certo, como vem dando nos últimos dois anos. “Se tinha funcionado em outros lugares, porque não funcionaria em Cascavel?”, questiona a empreendedora cujo o instinto ajuda outros novos profissionais.
Se tinha funcionado em outros lugares, porque não funcionaria em Cascavel?
Sobre valores, são oferecidos pacotes por hora, diários, mensais e anuais, variando entre R$ 60 a R$ 900 reais. Com um contrato fechado na unidade de Cascavel, o empreendedor tem direito de usar o espaço em qualquer unidade da rede, em Londrina, Curitiba e São Paulo.
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Jovem que deu certo
O ilustrador Match é a prova de que não existe idade mínima para ter uma atitude empreendedora Por Isabella Liba Ilustração: Guilherme Match Papel, lápis e imaginação. Isso é tudo o que nós, quando crianças, precisávamos para transcrever tudo aquilo que estava em nossas cabeças. Alguns, com palavras, e outros, com desenhos. Com o passar do tempo, muitos deixaram de lado essa paixão, mas outros correram atrás e fizeram dessa brincadeira a sua profissão. Esse é o caso de Milton Guilherme de Araújo Pinto, de 27 anos, mais conhecido como Match. Desde pequeno, Match gostou de desenhar, o que para muitos não passavam de rabiscos, para ele era o começo de uma caminhada de sucesso. Embora sem técnica, ainda no primário os seus desenhos se sobressaiam em relação aos dos colegas. “Na primeira série, minha professora chegou a dizer que torcia para que eu me tornasse um ilustrador”, lembra Match.
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Dentro de casa, sempre apoiado pela família, ele começou a se interessar, ainda mais, por histórias em quadrinhos. Por volta da 7º e 8º série, depois de fazer um curso na Gibiteca, que fica na Fundação Cultural de Curitiba, alguns professores o incentivaram a continuar com os desenhos e começar a produção de fanzines. “Eles me apresentaram a outros ex-alunos, que eram bem mais velhos que eu, e que me inspiraram e ajudaram muito nessa fase inicial”. Atitude Empreendedora Foi nessa época, passando as tardes na Gibiteca, desenhando com os amigos e aprendendo, que Match começou a fazer e vender os seus fanzines. Seus clientes eram os colegas, professores e amigos. E não parou por aí. Depois das
aulas, ele e alguns colegas iam para o sinaleiro tentar vender as histórias. Foi então que o pai de Match entrou na “jogada”, financiando as cópias dos fanzines, no lugar da mesada, contanto que o Match criasse, ilustrasse e vendesse as histórias. “Foi assim que comecei a ganhar meus primeiros dinheirinhos na adolescência, fruto dos fanzines”, completa o ilustrador. Após participar de vários eventos de cultura pop japonesa, em 2004, ainda em Curitiba. Match foi pra São Paulo, pela primeira vez, em um evento de nível nacional. Na época – e até hoje – Animefriends, é um dos maiores eventos, desse gênero, na América Latina. O ‘fanzineiro’ conta: “no evento tínhamos um espaço limitado para divulgação e venda dos fanzines, cada fanzine inscrito tinha direito a uma mesa.Como comecei a aumentar a produção, tinha mais fanzines para inscrever e conseguia mais mesas e mais espaço”. Com o aumento da produção, Match reuniu alguns amigos - que se interessavam em mangás e fanzines formou um grupo, a fim de produzirem histórias juntos e participar de eventos em Curitiba e São Paulo. Ao entrar na faculdade e cursar Design Gráfico, em 2005, o negócio começou a ficar sério, já que começaram os investimentos em materiais, passagens, hospedagens e etc. “Ampliamos os produtos relacionados às nossas histórias e personagens. Tínhamos bottons, camisetas, postais e outros materiais secundários, que vendíamos junto com os fanzines nesses eventos”, comenta o ilustrador. Carreira profissional Ao perceber que esses eventos eram como uma vitrine, onde o público poderia conhecer o seu trabalho e poderia render contatos, Match e os amigos, come-
çaram a oferecer outros trabalhos como: caricaturas e retratos estilizados. As publicações continuavam, mas assim, os visitantes tinham mais opções. Nesse meio tempo, Match estagiava em uma agência de ilustração, onde começou a fazer os primeiros contatos com o mercado de trabalho, como ilustrador. Desde então, ele já trabalhou com ilustração para editorial, para livros, apostilas, estampas para marcas de vestuários, pra bandas de rock e ministérios. Atualmente, além dos trabalhos freelances, Match segue trabalhando na mesma empresa, a qual o contratou em 2007. Sem deixar, é claro, de produzir os fanzines. “Conheci o Match no Matsuri, em Curitiba, há uns seis anos e desde então ele ilustra pra marca, o talento dele é indiscutível! A soma do talento, simpatia, compromisso e as outras qualidades, me trouxeram segurança para andarmos juntos nos projetos da Virá” contao sócio proprietário da marca, Luiz Pequeno. De amigos fãs, que se tornaram clientes, como o professor Robson Mori, que sempre comprou os fanzines criados pelo Match e quando, pro seu TCC, precisou de uma ilustração, não pensou duas vezes e confiou no trabalho do amigo “gosto muito do traço dele. Além de nos darmos muito bem como amigos, não poderia ser outra pessoa”, finaliza. Assim como Match teve seus referenciais, hoje, por onde passa com o seu trabalho, conquistas fãs e inspira futuros ilustradores. “A oportunidade de participar de uma oficina com ele é realmente muito bacana, da um norte pra aprender mais sobre ilustração. Sem contar que ele é um referencial pra mim, um exemplo como profissional”, comenta o estudante de publicidade e propaganda, Nelson Junior.
Quer conhecer o trabalho do Match? Acesse: www.be.net/yohke
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Entre acordes, negócios acontecem! Amigos vendem instrumentos musicais para todo Brasil Por Mariana Dantas Fotos: Mariana Dantas Empresários começaram com a banda há dez anos
“Amigos, amigos... negócios à parte”. Muitos acreditam que unir amigos em um negócio vai acabar prejudicando sempre um dos lados: ou os amigos saem brigados ou o negócio não vai pra frente. Mas isso não é uma lei para a maioria dos jovens empreendedores, como é o caso dos donos de uma loja de música, Bruno Cesconetto, Dirceu Mikulski e Rodrigo de Lima. Os três amigos se conhecem há mais de 20 anos. A amizade começou devido a um amor em comum: a música. “Nos conhecemos no colégio e montamos uma banda há uns 10 anos. Por isso, começamos a gostar de instrumentos musicais. Hoje em dia só eles tocam, mas nunca deixei de estar junto com eles nos shows”, conta Bruno. A vontade de aprender um novo instrumento, de conhecer novas técnicas e equipamentos foi aumentando o conhecimento sobre os produtos disponíveis no mercado, o que contribuiu para a consolidação do negócio. Músicos que vendem para outros músicos. “Quanto mais fomos conhecendo, a gente viu que tinha potencial pra poder fazer alguma coisa. Tinhamos carência de um negócio sério e hoje nós oferecemos produtos de qualidade e temos conhecimento sobre tudo que
vendemos. São produtos de qualidade, que avaliamos e testamos antes, que com certeza comprariamos para nós”, explica Dirceu. Antes de pensar em ter uma loja física, um CNPJ e uma razão social, a ideia de vender instrumentos começou na internet, em uma plataforma de compra e venda gratuita. Cada um começou a vender seus instrumentos individualmente, realizar trocas e conhecer os compradores. Descobrindo um público com necessidades parecidas com as suas, decidiram ampliar a gama de produtos oferecidos.“Instrumento é sempre uma evolução. A pessoa compra hoje um instrumento, amanhã quer um melhor, e por aí vai. Assim, os clientes acabam sendo fiéis a nós antes de comprar um novo equipamento, pois sempre estamos conversando sobre o que eles estão achando, nos colocando a disposição pra ajudar”, comenta Bruno. “Temos um usuário muito antigo e bem qualificado por outros compradores na internet. Isso atrai clientes sempre, pois são produtos caros e que exigem todo o cuidado no processo de venda e entrega, para continuar ganhando a confiança de mais gente. Te dá um diferencial entre os outros vendedores”, completa Rodrigo.
Instrumento é sempre uma evolução
Mercado local Além de notar o nicho de mercado para os instrumentos na internet, viram que em Cascavel a realidade não era muito diferente. Há um ano, abriram a loja física e integraram todo o trabalho da venda online com o atendimento pessoal ao cliente. “Quando procurava alguma opção de instrumento aqui em Cascavel ou achava pra comprar um produto inferior, pagando um preço alto ou encontrava um material usado ou nem encontrar pra venda. Vimos a dificuldade e começamos a trabalhar com marcas que ninguém oferecia ainda. Já que ninguém queria fazer, pegamos a responsabilidade pra gente”, conta Dirceu. Os músicos vendem produtos para todas as regiões do Brasil, desde instrumentos para estudo das crianças, até para músicos profissionais. O próximo passo agora é a criação de um site próprio para revenda dos produtos. Ainda que a loja em Cascavel seja novidade, o grupo já conseguiu fidelizar um novo público, interessado em produtos de qualidade. “Eles oferecem marcas diferentes que não se encontra em outras lojas em Cascavel. Além disso, eles sabem o que fazem e o que vendem, o que dá mais segurança na hora de adquirir qualquer produto”, afirma o estudante Júlio Silva, cliente da loja há seis meses.
Mercado da música faturou mais de R$ 980 milhões em 2013
Mercado da Música Segundo dados da Abemúsica (Associação Brasileira da Música), o mercado de instrumentos musicais é um dos que mais cresce no país. Em 2013, o faturamento do setor foi superior a R$ 980 milhões. Para 2014, a previsão é de que o número de vendas cresça em torno de 8%, chegando aos R$ 1,1 bilhão em vendas. Para girar a produção e atender as demandas de músicos do Brasil todo, o setor da música emprega mais de 6,5 mil pessoas, desde o setor da fabricação, distribuição, venda e importação.
Produtos são vendidos na loja, em Cascavel, e pelo site para todo Brasil
em primeira pessoa
Linhas, agulhas e retrós costuram um bom empreendimento Em meio aos aviamentos, confecções e tecidos, uma história de sucesso Por Isabela Liba Fotos: Isabela Liba Uma loja discreta, instalação antiga e muitas preciosidades dentro dela. Ao entrar, muitos perguntam: “o senhor trabalha com cartão?” A resposta vem de imediato: “não! Só no dinheiro! Como antigamente.” Uma das frases mais faladas na loja do “seu Miguel” é: “quem tem crédito, tem tudo!”. É em meio a esse clima de armazém, que desde os seus 30 e poucos anos, o comerciante se divide entre as mais variadas funções: vendedor, administrador, caixa e, na maioria das vezes, psicólogo da vizinhança. Trabalhar nunca foi um problema para o seu Miguel, 74 anos. Assim como todas as pessoas nascidas na época, ele começou muito cedo, o seu primeiro emprego foi em um armazém de secos e molhados – como se fosse um mercado, nos dias de hoje – intacto, ainda, em sua memória. Foi por meio desse trabalho que ele adquiriu experiência para, um dia, ter o seu próprio negócio. “No início não tinha a intenção de ter um negócio, foi com o passar do tempo que eu vi a possibilidade de ter um. Trabalhar no armazém foi fundamental pra chegar onde estou hoje” conta o seu Miguel Mendes. Embora jovem, abriu a sua primeira loja em 1976 no distrito de Peabiru, em São Vicente, no norte do Paraná. Após sete anos, juntamente com a sua esposa, decidiram arriscar voos mais altos, e foi assim que eles chegaram à Cascavel. “Era um novo desafio, uma cidade grande e um estabelecimento com cara de cidade pequena, lembra o comerciante. Em 1983 a Rua Pio XII, no bairro Neva, ganhou três moradores e uma lojinha modesta, onde seus clientes eram, na maioria deles, a vizinhança, costureiras e artesãs. Assim, nascia a lojinha Oeste ou a lojinha do “seu Miguel”, como é conhecida e querida por todos do bairro. Há 38 anos seguindo o mesmo estilo de comércio, desde a instalação, até a forma de pagamento, a loja sobrevive com tantas outras lojas maiores e mais modernas, concorrendo diretamente com algumas lojas lá de “cima” – centro – e isso, apesar de muitas vezes tirar o sono do proprietário, não fez com que ele desistisse. “Não é fácil ser um pequeno
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empreendedor e concorrer com os grandes empresários, mas a gente vai seguindo e Deus vai abençoando”, com fé, o comerciante continua caminhando. Seu Miguel conhece bem a sua clientela, é daqueles que sabe pra quem e como vender, conhece de longe os caloteiros e os bons pagadores. Segundo ele, é fácil reconhecer aqueles que são de bem. “Aqui a gente tem que ter jogo de cintura e saber lidar com todos os clientes, cada um tem o seu jeitinho e a gente vai se adaptando”, lembra.
Jovem e empresário há mais tempo, seu Miguel
Ela A dona Natália, tão querida quanto o seu Miguel e aquela que sempre ajudou nas compras, na venda e em todas as vertentes do negócio, faleceu em setembro de 2012. Um baque para a família, para os clientes e, principalmente, para o seu marido e companheiro, Miguel. A partir de então, muitas coisas mudaram, mas não o andamento da loja. Contando com a ajuda da sua filha e neta mais velha seu Miguel não desistiu da loja, recebendo o apoio de todos os amigos e clientes, continuou “tocando o barco” e se superando a cada dia. “Não esperávamos perder a Natália, ela era peça fundamental para o bom andamento da loja, não tem sido fácil, mas temos caminhado bem, todos nos dão apoio”, o esposo lembra com carinho. Com todos os ingredientes necessários para o crescimento do seu negócio, os clientes garantem que o segredo da lojinha é o amor que as pessoas, que sempre trabalharam nela, têm pelo que fazem. “Sou cliente há mais ou menos uns 15 anos e sempre vi humildade e amor no seu Miguel e na dona
Natália, eles sempre demonstraram gostar do comércio, nasceram pra isso. Passei de cliente a amiga da família”, conta a cliente, Elide Gehlen. Ao redor da loja, seu Miguel continua a fazer novas amizades, conserva as antigas e sempre tem espaço para um bate papo, um chimarrão e uma boa venda. Bons exemplos nós encontramos a cada esquina, mas pessoas extraordinárias e com o coração em tudo o que fazem ahhh... esses são um pouquinho mais difíceis de serem encontrados. A Insight S/A, tem o orgulho de mostrar que, ainda, existem pessoas que sobrevivem ao modelo antigo de comércio e que, sim! É possível ser um jovem que dá certo, em qualquer época ou idade. E, talvez, você esteja se perguntando o porquê dessa narrativa e como a jornalista que vos escreve, conhece tão bem essa história. A jornalista aqui tem orgulho e muito amor pelo seu Miguel e se sente muito honrada em ser: a neta mais velha e parceira do vozão.
Os clientes garantem que o segredo da lojinha é o amor que as pessoas, que sempre trabalharam nela, têm pelo o que fazem
Entre tecidos e aviamentos, seu Miguel coleciona boas histórias
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EMPREENDEDOR RURAL
Empreendedorismo rural é aposta dos jovens que permanecem no campo A disponibilidade de mão-de-obra capacitada e a riqueza que vem do campo formam o cenário perfeito para estimular o empreendedorismo rural Por Luiz Henrique Sanchez Fotos: Arquivo pessoal “Sair do bastidores e atuar de verdade”. A declaração sonhadora, feita em meio às plantações de grãos de aveia, milho, soja, trigo e hortaliças é o primeiro passo a ser dado pela empresária rural, Letícia Regina Arenhart. No auge dos seus 20 anos,a jovem empreendedora Leticia, passa pela sua primeira experiência como empresária rural. Como forma de estimular a buscar novos horizontes e incentivá-la a permanecer no campo, seus pais emprestaram quatro alqueires de terra da propriedadeda família para ser administrado pela Letícia. A expectativa da empreendedora rural é notada pela sua ansiedade estampada em seus dedos que teimavam em se mexer em movimentos de impaciência durante a entrevista como se anuciassem: vamos começar logo a pôr a mão na massa, ou melhor, na terra! “Ocupar pequenos espaços ociosos em áreas que necessitam de reflorestamento, com a produção de pomares de maçã e laranja, que são produtos comercializados em grande parte do ano. Além disso, eu posso usar as frutas, também, para preparar compotas, geleias e doces”, diz. Com o auxilío dos seus pais, a jovem travou uma difícil batalha contra a depressão. Quem ganhou? As mesmas mãos suaves, com dedos trepidantes, que agora servem como base para sustentar o diploma do curso de Empreendedor Rural, oferecido pelo Senar/PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Letícia influenciou a sua mãe, Dirce Arenhart Zanatta, a frequentar a capacitação. “Nós iniciamos o curso de Empreendedor Rural, que ela teve o interesse em buscar. Como ela não tem carteira de motorista e eu tinha que leva-lá, me dispus a participar do treinamento também”, relata. Na avaliação do instrutor do Senar-PR, Edson Boles Batista, que foi quem ministrou o curso onde mãe e filha participaram, a palavra-chave é o planejamento. “Comprometimento, metas e planejamento são algumas características essenciais de todo e qualquer empreendedor. Boa parte dos participantes
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descobriram por intermédio das atividades, que precisavam desenvolver mais habilidades e outras menos”, afirma. A jovem empresária, Letícia, dá dicas para quem está começando a ingressar no mercado empresarial rural. “Sempre levo uma experiência que aprendi com o meu pai: pesar na balança todas as tomadas de decisões, dessa forma, a administração do dinheiro será bem distribuída”, declara. O Programa Empreendedor Rural O programa foi idealizado em parceria como o Sebrae-PR e estimula o debate e a formação de lideranças. Ensinando a calcular custos do processo produtivo e a elaborar projetos para que os alunos passem a administrar suas propriedades com eficiência, como se fossem verdadeiras empresas.
Jovens empresários acreditam que o campo pode render bons negócios
BRAINSTORM do EMPREENDEDOR
Embarque nessa viagem! Destino: identidade visual O passo a passa na criação da identidade visual da sua empresa Por Isabela Liba Ei, empreendedor! A Insight S/A quer te levar para uma aventura no mundo publicitário. Isso mesmo, te convidamos a continuar a leitura desse texto e esteja preparado: estamos alçando novos voos, para irmos além do esperado no mundo dos negócios. Estamos prestes a embarcar em uma grande viagem e, antes disso, precisamos nos preparar para os desafios que nos aguardam. Definido o nosso destino: identidade visual. Primeiro, é preciso traçar um rumo e planejar, para seguirmos em frente. O nosso destino é explorar os campos da identidade visual. O que é? Para que ela serve? Qual a sua importância? O que você ganhará se investir nela para o bom andamento do seu negócio? Você não precisa ser um perito na área da comunicação para decifrar esse conjunto de palavras. O significado é simples e representa exatamente o que quer dizer: é como o seu negócio será visto, seja interna ou externamente. A identidade visual delimita os padrões e as aplicações da logomarca, define como será seus layout interno, externo, propagandas, impressas e digitais, papelaria. “É importante que exista um padrão estabelecido. Assim, todas as vezes que alguém ver a sua logo, independente de onde ela esteja aplicada, entenderá que se refere ao seu negócio”, comenta o designer gráfico, Wilian D’avila.
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gráfico, Wilian D’avila. “A identidade visual é a apresentação de uma marca, se ela é bem feita, a sua empresa já estará sendo bem vista perante o consumidor”, explicao publicitário Guilherme do Prado Assis. Servindo de vitrine, a identidade visual contém todas as informações necessárias sobre empresa no que diz respeito aos recursos gráficos e a estética visual. Isto inclui desde a logo até os materiais de papelaria, ou seja, quando criado este manual, tudo aquilo que será feito posteriormente terá um padrão a ser seguido, contendo fontes, imagens, logo, traços e todos os elementos necessários para o bom andamento da marca. O processo de criação não é algo tão fácil quanto parece, não é simplesmente uma “artezinha”. É um trabalho que envolve pesquisa, no qual você como empreendedor, juntamente com o publicitário, irão descobrir em qual meio estão inseridos, a empresa e o produto. É preciso levar em consideração alguns pontos, como: o posicionamento da empresa diante do mercado, sua ideologia, cultura, missão e objetivo. Tendo em vista todos esses pontos, partimos para três passos básicos para serem pensados antes da criação de uma identidade visual. Quem nos ajuda a desvendar os mistérios da nossa viagem é o publicitário Guilherme do Prado Assis:
1º Nome: “Quando o cliente chega até nós com o nome da empresa já estabelecido consideramos que um grande passo já foi dado. Através de uma conversa com o dono da empresa, buscamos identificar o que caracteriza e o porquê desse nome. Assim nós compreendemos o que o nome representa, qual o ícone que será utilizado, fonte, logo e todos os elementos que serão eficientes na hora de montar uma comunicação eficaz, onde vamos montar algo que seja favorável a ideia do cliente e como essa chegará até o consumidor”.
3º Posicionamento: “É preciso delimitar o público-alvo. Você pode até querer atingir todo mundo, mas essa não é uma boa estratégia. É bom que você foque em um determinado público e produza com qualidade para ele, sendo assim, você oferece um produto especifico, com qualidade e o público virá até você, por toda a estrutura que oferecida. Esse posicionamento ideológico, mais as estratégias de comunicação serão teu diferencial como empreendedor”.
2º Conceito: “O nome e o conceito caminham quase juntos. Com o nome definido, partimos para a criação do conceito da marca, quais os objetivos, as metas e a missão que a empresa quer passar aos consumidores. É a formulação de toda a ideia da marca por meio das palavras, onde isso será colocado em prática. Esse conceito será adaptado conforme a necessidade do cliente e do desenvolvimento da empresa”.
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help!
O primeiro passo: o que fazer? E se eu tivesse o meu próprio negócio? Como faço para formalizar uma empresa? Por onde começo? Qual caminho devo seguir? É possível ter sucesso? Quem devo procurar?
Alguma das dúvidas acima passam ou já passaram pela sua cabeça? Calma, você não está sozinho no mundo. Quem está pensando em ter um empreendimento ou está começando a estruturar a sua empresa enfrenta os mesmos dilemas. Mas a Insight S/A veio ao seu socorro: confira a lista de quem procurar para auxiliar a solucionar todas essas dúvídas!
Na sua cidade
Na internet
- Sebrae
- Endeavor
O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) é uma das mais conhecidas entidades de apoio ao empreendedorismo. Lá, você encontra serviços de consultoria empresarial, cursos gratuitos ou de formação à distância, além de viabilizar o acesso ao crédito e microcrédito aos novos empreendedores. Em Cascavel, o Sebrae fica na Avenida Presidente Tancredo Neves, 1262. Telefone: (45) 3321-705
Com o objetivo de ampliar a cultura empreendedora, a Endeavor oferece serviços como pesquisas relacionadas as taxas de abertura de novos negócios, atualização de dados sobre o empreendedorismo, além de ofertar cursos nas áreas de gestão e oferecer informações para a edução voltada a autonomia e a criatividade. Acesse: http://www.endeavor.org.br/ - Insight S/A
- Empresa Fácil O Empresa Fácil é um serviço municipal que facilita a abertura, legalização e formalização de pequenos empreendimentos em Cascavel. São oferecidos serviços com taxas reduzidas e sem burocracia, além de acompanhamento técnico. O programa fica na Prefeitura Municipal, na Rua Paraná, 5000. Telefone: (45) 3321-2070.
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No nosso site, você encontra mais conteúdos relacionados ao empreendedorismo, como notícias sobre novas opções de fomento, entrevista com especialistas, dados sobre os empreendedores regionais, entrevistas e dicas de especialistas nas áreas de gestão, comunicação e mercado. Acesse: www.insightsa.wix.com/insightsa.