Revista Conhecer - 4ª Edição (2017)

Page 1

Conhecer Gerência Executiva do INSS em João Pessoa • Ano IV • 2017

histórias inspiradoras


EXPEDIENTE Presidente do INSS LEONARDO DE MELO GADELHA Superintendente Regional do INSS Nordeste MARCOS DE BRITO CAMPOS JUNIOR Assessora de Comunicação Nordeste DENISE MARTINS DA FONSECA ZOTTO ANDRADE Gerente Executivo do INSS em João Pessoa ROGÉRIO DA SILVA OLIVEIRA Chefe da Seção de Comunicação Social Paraíba RAMON DE NASCIMENTO FIGUEIRÊDO Redação e Diagramação VÍTOR NERY Edição e Supervisão Técnica DIANA REIS Fotografias JUCILEIDE ARAÚJO Consultoria em Diagramação BERTRAND MARTINS Pesquisa LÍGIA BATISTA Repórter GERMANA SIMÕES Revisão ELZA LEITE RAMON FIGUEIRÊDO Contatos comsocpb@inss.gov.br inssjoaopessoa@gmail.com (83) 3216-2151

PROGRAMA DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO



Equipe

|Revisor Graduada em Comunicação Social, pós-graduada em Mídia e Assessoria de Comunicação. Integra o INSS Cultural e o Programa de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho. É apresentadora do programa de entrevistas “Rodando a Baiana”. Jucileide Araújo |Fotógrafa Acadêmico de Jornalismo e estagiário da Assessoria de Comunicação do INSS. Cinélo declarado, acredita na força da sensibilidade e edita esporadicamente o blog “Contracenário“.

Formada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. No INSS, coordena ações de cunho social, atuando em campanhas institucionais e solidárias.

|Pesquisadora

|Repórter

Formada em Jornalismo pela UFRN. No INSS, já atuou em agências, fez parte do Programa de Melhoria do Atendimento e atualmente desenvolve atividades de Comunicação Institucional.

Jornalista do quadro institucional do INSS vinda da antiga LBA. Dedica-se à produção de reportagens que dão voz a personagens que se relacionam com a Previdência Social.


O SICOOB COOPREV – Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores do INSS na Paraíba completou em 2016 a marca vitoriosa de 20 anos, com 1.017 sócios. Expressamos nossa gratidão aos colegas previdenciários que fazem parte da gestão nesta história, aos conselheiros administrativos e fiscais, bem como aos inúmeros colaboradores que fizeram e ainda fazem parte deste corpo. Não poderíamos deixar de registrar a nossa gratidão ao SICOOB Central NE, que através dos seus dirigentes e colaboradores sempre acreditaram no potencial e na ousadia da nossa COOPREV, com apoio normativo, operacional e técnico. .

Este projeto foi iniciado com a plantação de uma pequenina semente, na esperança de se tornar uma árvore frondosa e com muitos frutos. Atualmente, fazemos parte do sistema financeiro nacional com uma carteira de crédito invejável: um ativo de 15,3 milhões (Novembro/2016), tudo isso em meio ao cenário turbulento pelo qual passa o nosso país, tanto político e ético, como no cenário econômico. Para isso, há necessidade diária de tomada de decisões firmes e corajosas, sempre buscando resguardar o patrimônio daqueles que nos confiaram os seus investimentos, e cumprindo a missão de transformar econômica e socialmente a nossa categoria de previdenciários. .

Hoje, temos muitas razões para comemorar! Nessa gestão, registramos o aperfeiçoamento das condições estruturais com foco na revitalização do parque de informática, investimos fortemente na área de tecnologia da informação e da Telefonia, na estruturação do Arquivo, até então inexistente e, por fim, a preparação e o treinamento de colaboradores para melhor servir aos cooperados. O nosso patrimônio foi duplicado, quando comparamos ao início da nossa gestão em 2015. .

Dando continuidade à construção de uma Cooperativa sólida e no cumprimento da sua missão dentro dos princípios do cooperativismo, dentre eles, o social, o educacional e a segurança financeira, estamos a pouco tempo da conclusão de um processo de incorporação com uma cooperativa co-irmã do SICOOB, havendo várias tentativas desde 2012, que nos parece ser incumbência desta gestão concluí-lo. Finalizamos agradecendo a Deus, rogando-o bom senso, sabedoria e coragem para continuarmos no rumo certo.

GIOVANNI FALCÃO Diretor Adminsitrativo

JOÃO BERNARDINO Diretor Financeiro

Diretor Presidente


Sônia: a vida é uma constelação de sonhos Desde menina, almejava testar seus limites. Hoje, superou boa parte deles esde criança, Sônia Lima, 60, fazia da infância peralta uma ponte de conversação espiritual. “Eu subia nas árvores e conversava muito com Deus, pedindo uma vida diferente daquela do sítio. Eu sabia que o caminho era estudar, e sonhava com melhores condições de vida. Meu pai era agricultor e tinha uma vida muito dura.”

D

Esforçada, e com ajuda dos pais e da avó, a servidora terminou os estudos em João Pessoa. Embora, no começo, quisesse ser veterinária, Odontologia acabou por ser a sua principal opção de curso. Anos mais tarde, porém, ao descobrir Cooperativismo em Bananeiras/PB, prestou novo vestibular, foi aprovada e se apaixonou pela graduação. “Meu pai era associado a uma cooperativa. Me chamava atenção porque através dela, os agricultores adquiriam medicação animal e insumos mais baratos. Aprendi que, unidos, conseguimos sempre mais.” Ao término do curso, Sônia prestou concurso público para o antigo DASP e ficou na lista de espera por dois anos. Nesse meio tempo, foi a São Paulo tentar a vida até finalmente ser convocada pelo INPS para trabalhar na capital paraibana. Na Previdência, passou por setores como o financeiro e o RH, cumprindo serviços diversos. Hoje, lotada na Procuradoria da Gerência João Pessoa, consulta diariamente o sistema da Justiça Federal e repassa demandas aos procuradores. Sônia descreve sua trajetória com a precisão de quem é atenta a tudo o que faz. Lembra, orgulhosa, de quando integrou a equipe da primeira cooperativa de crédito dos servidores INSS, em 1996. “A gente via muito agiota aqui na porta da Instituição. Meses depois de conseguirmos a autorização do Banco Central pra fundar a Cooprev, já fazíamos os primeiros empréstimos – foi uma festa.”

Meu pai era associado a uma cooperativa. (...) Aprendi que, unidos, conseguimos sempre mais. No Sicoob-Cooprev, Sônia passou pelos cargos de Diretora Administrativa, Diretora Financeira e Presidente – este último, 4 anos após a primeira assembleia. “Antes de me afastar da função, a empresa já tinha prédio próprio. Meu maior desafio foi lutar pra ver esse sonho realizado.” A servidora deslanchou profissionalmente. Sônia é exemplo de doação. Aos finais de semana, doa seu trabalho e arrecada dinheiro para a comunidade espírita da qual faz parte, e doa o carinho a seus filhos adotivos, especialmente à filha mais nova, que desenvolveu neuropatia. “Eram de 16 a 18 internações por ano. Então, ela não conseguia estudar. Após 6 anos parada, resolveu fazer o Enem, e não zerou nenhuma matéria. Está aguardando uma vaga no curso de Terapia Ocupacional.’’ Serena e com um sorriso contagiante no rosto, finaliza: “Agradeço muito a Deus por tudo. Pedia pra ter do que viver, e tinha. Pedia pra ter uma casa, e tinha duas. Não cheguei a pedir um carro, mas conquistei um. E minha filha nem reclama da condição em que está. Você a encontra no shopping, alegre. A vida tem seus altos e baixos, e pra mim, ela está sorrindo.”


Arnaldo: INSS é sobre se doar e compreender

A

Tá vendo como é bom fazer o bem às pessoas?


36 anos de serviço com muita experiência e uma vivência forte na partilha

M

Me coloco no lado de lá (do guichê). Vejo muito do meu pai no segurado que atendo.


Joel: família é um legado de dedicação

J

oel Araújo, pessoense de 61 anos de idade, é metódico e não usa meias palavras. Gosta de ser direto, de trabalhar e acima de tudo, de agir com honestidade. Concilia muito bem o cargo no INSS com a vida pessoal, e a dedicação à família. “Estou com 39 anos de serviço e não pretendo sair tão cedo. Tenho pique pra trabalhar. Fico aqui no INSS por cerca de 10 horas quase todos os dias.” O servidor ingressou no antigo Fundo de Assistência ao Trabalhador rural – FUNRURAL em 1977, através do concurso feito pelo antigo DASP. Assumindo o cargo como datilógrafo, fez ascensão funcional para Agente administrativo, e, após se formar em contabilidade, foi incorporado ao antigo Pré-Iapas. Hoje, no INSS, tem cargo de contador, mas é lotado na Logística, trabalhando com Patrimônio Imobiliário. A dinâmica consiste na locação e venda de imóveis, no administração dos financiamentos do ex-IPASI, e em viagens para realizar leilões. “Vez por outra viajo a Brasília para participar da comissão de venda dos imóveis funcionais. Fico por mais ou menos duas semanas, mas procuro deixar tudo prontinho aqui.” Joel trabalha bastante, e tem uma boa saúde. Só depois de 36 anos de serviço público, tirou a primeira licença médica. Ele lista o que aprendeu com tantos anos de experiência. “Quanto melhor tratarmos nosso semelhante, mais ele sairá satisfeito. Minha esposa já me disse que, quando vou deixá-la no trabalho, algumas vezes alguém a aborda e diz 'aquele é seu marido? Ele me atendeu muito bem no INSS.' Fico muito realizado com a confiança que depositam em

mim. Vestir a camisa de servidor público é trabalhar em prol da coletividade.” Apesar disso, a vida para ele não é só o ofício. Cristão, inspira-se na Bíblia e procura sempre ajudar. “A comunhão entre as pessoas é tudo. Procuro viver assim. Todo dia eu termino aqui e vou até a casa da minha filha ver meu neto. Passo uma hora brincando com ele, o abençoo e vou pra casa. Sempre seremos família no sentido literal da palavra.” Segundo o dicionário Michaelis, família é um grupo de pessoas unidas por convicções, interesses ou origem comuns. Para Joel, ser família é também a reciprocidade no cuidar - virtudes que refletem no casamento de 33 anos com a esposa e no carinho com os descendentes, agora ainda mais forte com a chegada do neto. Herdadas da mãe e do pai (carpinteiro que sustentou 6 filhos com muito suor), são escolhas que reverberam: união e amor ao próximo são sempre uma via de mão dupla.

Foto: Diana Reis


Alessandra: em busca de sua melhor versão Otimista, ela contagia pela sua forma de viver plenamente cada dia

A

Quando o INSS entra no sangue, é difícil sair.


D

Foto: Diana Reis


DIANA REIS

‘‘Quero construir coisas’’

No caminho de casa até o trabalho, Stellinha me disse que queria ser construtora. "Quero construir coisas", com bastante entusiasmo. Então, a levei pra conhecer o meu local de trabalho. O prédio do INSS, no Centro da cidade de João Pessoa é um marco na arquitetura modernista do Estado, construído ainda na década de 70, reformado recentemente. Ela passeou pelos corredores, salas, conheceu colegas meus. Servidores que constroem as suas vidas ali - alguns, há mais de 30 anos. Mas ela ficou encantada foi com o ventinho no rosto e a vista do alto da lage do prédio de onde a gente consegue avistar a cidade de vários ângulos. É delicioso estar lá em cima. Na verdade não sei se ela disse que queria ser construtora por sentir vontade de fato de construir prédios. Lembro de quando eu era criança sentir esse desejo de construção, mas não era prédio. Eu criava muita coisa na minha cabeça, e sentia um impulso de tirar aquilo de mim para poder ver, eu queria tocar naquilo. E achava que era preciso construir pra fora. Com o tempo, entendi que tem coisas que não precisam ser construídas, elas já existem. E para tocá-las, basta olhar pra elas. *Stella é super criativa e sensível. Gostamos das mesmas brincadeiras, lápis de cor, tinta e papel. Ela é minha vizinha do andar de baixo, mas gosto de apresentá-la como minha filha do coração.

Sobre a autora Diana é formada em Comunicação Social pela UFPB, pósgraduada em Mídia e Assessoria de Comunicação. Servidora do INSS, atua na Seção de Comunicação Social em João Pessoa. É também editora da Revista Conhecer e integra o INSS Cultural e o Programa de Saúde e Qualidade de Vida. Para além do INSS, Diana realiza o projeto cria vo de entrevistas na TV “Rodando a Baiana”.


Há muito sol pelas janelas

FLAWBER CRUZ

Foto: Lucas Zimmermann

Inclino-me para o sim. Claro. O dia tem aquele sol híbrido, os olhos cintilam, o crânio não se basta de tão ousado. Sigo. Uma linha, aqui e acolá o corpo balança, mais na frente uma curva, um giro, outra linha, termino. Não. Afinal é noite. A lua espalha-se prateada e frágil no rosto. Há silêncio. Os olhos pesam, o crânio terá sonhos. Dispersos. Vejo minhas mãos, talvez ouço minha voz e só. Os sonhos ocupam-se de outros. Estranhos. Não. Pois amanheço. E faz sol multicolorido. E os olhos cintilam. Mas o crânio está vazio. A cabeça paira leve sobre o corpo e antevê sobre as cabeças dos outros. Vejo além. Minhas mãos, meus pés, alcançam paredes e pontes distantes. Sigo esses sinais de concreto e piche. Sim. O corpo todo pende. De cansaço. Quem sabe a ressaca de bons sonhos. O crânio está repleto e transborda, escorre pelo rosto prateado de lua cheia um número incalculável de palavras e símbolos e figuras que talvez sejam passado, destino, aviso. Sim. Devo seguir. Essa linha, essa corda de onde balanço, encontro curvas, um enorme e perfeito círculo flutuando na cidade que preciso encontrar. Mas, não. As palavras saem de seus lábios sinuosas e me deixam seu, por um instante interrompem-se em luzes que pulsam enquanto abro e fecho os olhos, abro e fecho os olhos, abro e fecho-me pois há muito sol pelas janelas. Sim. Está claro. O sinal está verde. O corpo, o crânio, estão cheios de coisas que me fazem saber do mundo. Devo aguardar o aviso, a palavra, o símbolo, a figura, para onde irei. Não, não há tempo, uma fila infinita de buzinas dispara por trás de mim. Clamam por seguir suas linhas e curvas, seus giros antes de terminarem. Sigo.

Sobre o autor Flawber Cruz é médico do trabalho e perito do INSS desde 2005, lotado atualmente na agência Dinamérica, e m C a m p i n a G ra n d e , n a Pa ra í b a . É ta m b é m Delegado da Associação Nacional de Médicos Peritos, e especialista em Gestão de Saúde Publica.


KATIANA DINIZ

Sobre a autora

“ Mais cor e menos dor aos nossos prédios



adotadas. Daí vêm os resultados. No ano passado, dos 508 segurados em Reabilitação que atendemos, 365 finalizaram o programa (255 retornaram ao trabalho e 110 ficaram entre aposentadoria e revisão). Não teríamos chegado a essa margem sem a nova prática”, atesta Dalva Muniz. As ações do grupo permitiram maior fluidez ao serviço. Trazendo o segurado à Gerência João Pessoa, a equipe adianta o estudo de caso e a definição final, isto é, se a pessoa continuará ou não no programa de reabilitação. Com isso, o tempo de espera para o primeiro atendimento, que era em média de 6 meses, diminui para 3. “Às vezes, conseguimos fazer a avaliação da condição laboral do segurado no mesmo dia do atendimento‘’, complementa Cibele


Equipe da Reabilitação Profissional ASSISTÊNCIA SOCIAL

NUTRICIONISTA Girlene Almeida

TÉC. DO SEGURO SOCIAL Andréa Toledo

FISIOTERAPIA Marisa Almeida Joaquim Neto





Equipe da Agência de Demandas Judiciais

George Ferraz João Lopes

Luciana Cardoso Luiz Gemelli


Rotina: parte de mim Prestadores de serviço nos falam do amor ao trabalho

Fabiana Nunez

estar Ă frente

Erivan de Oliveira


MÂŞ Aparecida da Silva

Severina Ferreira


Aposentadoria e família: construindo novos rumos

KÁTIA MENEZES

ENTREVISTA

Nesta entrevista, Kátia nos fala da sua pesquisa e vivência, trazendo uma reflexão sobre o momento da aposentadoria



Projeto de vida: planejando uma aposentadoria saudável

ANA MÁRCIA BATISTA

ENTREVISTA

Como psicóloga do INSS, Ana Márcia nos fala da importância de olhar a aposentadoria como mais uma etapa da nossa evolução


Foto: Vítor Nery


Educação Financeira e planejamento

ALEXANDRE MIRANDA

ENTREVISTA

Organizar o orçamento familiar é importante para a garantia do bem-estar

Diana: Como você considera que refletir sobre educação financeira pode favorecer a quem está prestes a se aposentar? Alexandre: Às vezes as pessoas se endividam não porque querem, mas por uma contingência, por motivo de doença, ou outra situação inesperada. Mas em outros casos, o problema do desequilíbrio financeiro está no modo como as pessoas administram suas vidas no cotidiano. Uma questão recorrente que eu observo são pessoas que comprometem seu orçamento com despesas de parentes. Isso deve ser resolvido através de um trabalho educativo. É preciso realmente aprender a impor limites aos filhos, aos netos, aos familiares. Tomar a rédea da situação e organizar o orçamento familiar. Em um projeto de vida como aposentadoria que pressupõe que o trabalhador irá usufruir dos longos anos de vida laboral que dedicou a Instituição, é primordial que ele esteja organizado financeiramente para o bem-estar do próprio aposentado, e para o bem-estar da família. D: O que faz com que muitas pessoas caiam na armadilha do endividamento e comprometam seus salários com dívidas parceladas a perder de vista? A: O principal motivo de endividamentos é a falta de entendimento de que você deve escolher um padrão de vida de acordo com o que você ganha. O que mais a gente se depara é com pessoas que querem um padrão de vida além do que recebem e ficam na ilusão de que empréstimos sobre empréstimos é solução pra vida. E na realidade não é. Eu tenho experiências de pessoas que vivem bem com um salário mínimo porque vivem no padrão que a sua renda suporta. Não é quantidade de dinheiro que importa, mas como você administra ele. D: A questão financeira é realmente um ponto muito delicado de nossas vidas, o dinheiro é importante, mas não é tudo. Qual a saída para quem está com dívidas e não sabe por onde começar? A: Eu ouvi essa semana uma pessoa falando: "pronto, hoje eu paguei a última parcela, agora eu vou viver". Esse depoimento toca a gente porque enquanto ela estava com a renda comprometida, ela tinha a sensação de que não estava vivendo. As pessoas ficam sufocadas. Se existe um problema, principalmente financeiro, é necessário que se encare ele de frente. A maioria das pessoas foge do problema financeiro, no geral, elas não querem nem saber quanto devem. O primeiro passo é encarar a situação de frente.


ESCOLHAS

CONSCIENTES

D: E depois? A: Depois começa a organizar o orçamento familiar, e isso pode ser feito com anotações em uma cadernetinha, ou mesmo através de aplicativos de celular. Em alguns casos é importante pedir ajuda a alguém que esteja de fora do problema do endividamento, um profissional, para que essa pessoa possa mapear e apresentar uma solução financeira de saneamento das dívidas, mesmo que seja a médio ou longo prazo. Outra coisa fundamental nesse processo é tomar consciência de que tem que deixar de adquirir bens de consumo ou de capital, e ir diminuindo esse comprometimento de renda. É possível, é preciso querer.

D: Muita gente consome em busca de prazer, de felicidade. A: Na realidade o grau de felicidade não depende de dinheiro na minha visão, o endividamento, a falta de controle nas finanças sim vai levar a falta de felicidade. Eu acho que é muito relativa essa questão de que o dinheiro traz felicidade, ele pode ajudar muito, mas trazer felicidade plena eu acredito que não porque felicidade é um estado de espírito, é o equilíbrio emocional, é você estar de bem com a vida, consigo mesmo, com quem você ama, com o seu trabalho. Felicidade é um conjunto de tudo isso, e é uma coisa efêmera, uma coisa passageira, ninguém é feliz a vida inteira porque se assim o fosse, a vida seria uma monotonia. Mas essa deve ser a nossa busca. E administrar bem as nossas finanças é uma prática necessária para a conquista do nosso bem estar diário.

Sobre o prossional *Alexandre Miranda é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba. Concluiu pósgraduação MBA – Gestão Empresarial e Pessoas pelo Unipê. Na década de 1980, ingressou no INSS como Agente Administrativo. Junto com um grupo de servidores do INSS/PB em 1996 fundou a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Servidores do INSS na Paraíba – COOPREV Ltda., atual SICOOB COOPREV. Atuou em quase todas as áreas de interesse do INSS, inclusive em cargos de estão no período de 2003 a 2009. Atualmente trabalha na Seção de Logística da GEX João Pessoa. Acredita que a solidariedade, a ajuda mútua, e o apoio de uma sociedade de pessoas, a partir da cooperação e do trabalho coletivo, pode mudar realidades levando a uma verdadeira transformação social.


ESCOLHAS

CONSCIENTES

Alimentação saudável como prática de vida

GIRLENE FIGUEIREDO

ENTREVISTA

Como nutricionista do INSS, Girlene nos lembra algumas atitudes que fazem a diferença para a conquista do bem- estar


ESCOLHAS

CONSCIENTES

*Girlene Figueiredo é formada em Nutrição pela Universidade Federal da Paraíba com pós-graduação em Gestão Previdenciária pelo Unipê. Na década de 70, ingressou no INSS como Assistente Administrativo. Em 1982 fez concurso de ascensão funcional para o cargo de Nutricionista e foi aprovada em 2º lugar em nível nacional, e foi trabalhar na Reabilitação Profissional onde realizou por mais de 10 anos o trabalho como nutricionista. Hoje atua como responsável pela orientação profissional na Unidade Técnica de Reabilitação Profissional e, entre outras atribuições, realiza visitas a empresas fazendo divulgação do trabalho do INSS. E mantém atendimentos domiciliares a pacientes.






Eu era moderno A obra que ilustra a capa e a contracapa desta edição faz parte da série “Eu era Moderno”, do servidor e artista visual Bertrand Martins. Ela é constituída a partir de objetos que foram descartados durante a reforma do edifíciosede do INSS em João Pessoa, construído na década de 1970 e reformado no período de 2008 a 2013. Segundo o autor, a transformação em arte, do que iria para o lixo, se deu a partir da proposta de fazer uma crítica à sociedade de consumo. “Os materiais usados nestas construções foram programados para ter uma durabilidade muito curta, o que não deveria ocorrer, pois não se tratam de meros objetos de consumo do cotidiano. Durante a reforma do prédio, muitos destes itens se tornaram obsoletos e foram descartados. A minha proposta foi recongurar esses elementos e reinseri-los no edifício com um novo signicado”. Instalada na sala da Comunicação Social do INSS/PB, intitulada ‘’Trabalho Planejado’’, a obra de Bertrand fez parte de seu Trabalho de Conclusão de Curso em Artes Visuais pela UFPB, sendo selecionada para o Salão Municipal de Artes Plásticas de João Pessoa. Em 2014, participou de uma exposição temporária na Galeria de Artes do INSS Cultural. Posteriormente, foi doada ao acervo de Arte Contemporânea do Museu da Pessoa da Previdência Social, que está cadastrado no Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM e encontra-se em fase de implantação como Projeto Piloto da primeira Instituição Museológica do INSS.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.