Revista Imagem - Ano VI - Nº 28 - Abril / Maio / Junho 2013

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AGRICULTURA FAMILIAR - ENERGIAS RENOVÁVEIS - MEIO AMBIENTE

ANO VI EDIÇÃO Nº 28 ABRIL/MAIO/JUNHO 2013

Instituto Brasil comemora 10 anos página 05

Projeto avalia fator de inclusão social e produtiva do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel

Especial

página 07

Pesquisa nacional da CNM / SEBRAE é conduzida pelo Instituto Brasil página 09

Projeto UTDs é finalizado com sucesso página 12

página 18

AMBIENTAL 2013 tratará da inclusão energética de pequenos municípios página 29


EXPEDIENTE A REVISTA IMAGEM é uma publicação do INSTITUTO BRASIL e está registrada no Cartório de Registro de Títulos e Documentos, sob o número 18, livro B, número 1, folha 10, de 03 de Outubro de 2005, em Viçosa, Minas Gerais. Diretor Executivo Giovanni Weber Scarascia Diretor Comercial e Marketing – Minas Gerais Wederson Marinho Contatos: (31) 8384.0230 marinho@institutobrasil.com Diretor Comercial e Marketing – Espírito Santo Antônio Augusto Magalhães Barbosa Contatos: (27) 8807-8721 Diretora de Projetos Especiais Herta de Oliveira Scarascia Contatos: herta@institutobrasil.com Conselho Editorial Antônio Augusto Magalhães Barbosa, Giovanni Weber Scarascia, Francisco de Assis Souza Castro, Herta de Oliveira Scarascia, Maria das Graças Lourenço Soares de Freitas, Wederson Marinho dos Santos e Jacks de Mello Andrade Junior. Jornalista Responsável Jacks Andrade – MTb MG 07528 JP Projeto Gráco Super Estúdio Ltda. Jomar V. Presmic Jr. (diagramação) Fábio Rosa (ilustração) Circulação: Nacional Tiragem: 18.000 exemplares. Sede Minas Gerais: Rua Anna Koester, 82/01 – Bairro Centro - VIÇOSA – MINAS GERAIS - CEP: 36.570-000 – Telefax: (31) 3892-5468 Os Artigos assinados não refletem a opinião da revista, sendo de total responsabilidade de seus autores. A REVISTA IMAGEM é liada à Associação Brasileira de revistas e Jornais (ABRARJ), sob a matrícula MG 614.

EDITORIAL INSTITUTO BRASIL ANO 10 No ano em que o Instituto Brasil completa 10 anos de existência, novos desaos se apresentam dentro de uma nova realidade que permeia a instituição. São projetos nacionais e internacionais que agregam valor considerável ao portfólio de projetos. Um desses projetos, o PROGRAMA ERA, que diagnostica o potencial de energia renovável em pequenos municípios, promove a inserção do Instituto Brasil em 40 cidades de seis estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia) e em 10 cidades de quatro províncias argentinas (Chaco, Missiones, Santa Fe e Corrientes). Outro edital, vencido junto à Confederação Nacional dos Municípios, coloca nossa entidade nos 5.568 municípios brasileiros, por meio de uma pesquisa focada em compras governamentais. Além disso, há projetos junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário que nos insere em 18 estados brasileiros, mobilizando oito engenheiros, além de outros prossionais. São números expressivos em diversas áreas de atuação, o que nos deixa bastante satisfeitos com os avanços que se nos apresentam. Há, nesse contexto, duas percepções importantes: a de que não fazemos nada sem uma boa equipe de trabalho e a de que espaços existem para serem ocupados sem ser necessário haver o tão apregoado “canibalismo empresarial” de disputa de clientes. Basta sermos estratégicos.

Giovanni Weber Scarascia Presidente


SUMÁRIO INSTITUTO BRASIL lança selo comemorativo de 10 anos e moderniza logotipo

............................................................ 05 Panorama ....................................................................... 06 Projeto avalia fator de inclusão social e produtiva do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel

.................. 07 Agricultura Familiar no estado de Mato Grosso ......................... 08

Pesquisa nacional da CNM / SEBRAE é conduzida pelo Instituto Brasil

.............................................. 09 Os Jovens Poderes da Transformação ...................................... 10 Projeto UTDs é finalizado com sucesso .................................... 12 Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável ........................... 13 ATER e organização de cadeias produtivas .............................. 14 Trabalho em assentamentos da reforma agrária mostra resultados em Ibiá (MG)

....................................................... 15 Ideia Social ....................................................................... 16

Instituto Brasil lança selo comemorativo de 10 anos e moderniza logotipo O ano de 2013 marca 10 anos de existência do

Tecnologia para a produção de biocombustíveis na

Instituto Brasil que, a partir de agora, passa a

Agricultura Familiar em sete estados do Brasil.

utilizar um logotipo com traços modernizados.

Possui parceria com entidades do exterior

Além disso, lança também um selo comemorativo

vinculadas à União Europeia e faz parte do Comitê

que será utilizado em todas as correspondências e

Executivo do Projeto AGRIFAM, em Minas Gerais,

contatos durante o ano.

onde desenvolve trabalhos em assentamentos da

O Instituto Brasil é uma organização sem

reforma agrária. Possui dois projetos aprovados

finalidade lucrativa, privada e independente, que

pelo Governo do estado de Minas Gerais (em fase

atua na gestão de projetos e de convênios de

de assinatura contratual) e um já finalizado,

órgãos públicos e também da iniciativa privada,

vinculado à Secretaria de Estado da Saúde. Realiza

com foco em meio ambiente, agricultura familiar,

eventos técnico-científicos nacionais e

gestão de cadeias produtivas, assistência técnica e

internacionais em diversas áreas do conhecimento

extensão rural, economia verde, energias

humano, concentradas em meio ambiente,

renováveis, créditos de carbono e

agricultura familiar e créditos de carbono.

responsabilidade social. Possui mais de 40 consultores associados em todo o território

A nova identidade visual do Instituto Brasil foi desenvolvida pela designer Amanda Reis.

nacional. Atualmente, elabora, em 18 estados da

Inovação, responsabilidade social e sustentabilidade pensando o futuro

.............................................................. 17 ESPECIAL PROGRAMA ERA .................................................. 18 Instituto Brasil recebe consultor da União Europeia ................... 28 AMBIENTAL 2013 ...............................................................29 Transparência - Gestão financeira de convênios públicos: dificuldades e riscos

.......................................................... 30 Circuito Turístico Serras de Minas ........................................... 31 Para uma arquitetura do futuro ............................................. 32 Preservação: Caça acelera a extinção do muriqui-do-sul ............. 34 Favela Selo Verde................................................................36 4

União, o diagnóstico sobre o componente de inclusão social no Selo Combustível Social, adotado pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. A entidade foi vencedora do edital da União Europeia no setor de energias renováveis (EuropeAid) e realiza, atualmente, diagnósticos em 40 cidades rurais de cinco estados brasileiros e em 10 cidades rurais de quatro províncias na Argentina. Em Minas Gerais, a área de atuação selecionada foi a microrregião do Vale do Piranga, cujos diagnósticos foram entregues no dia 25 de abril. Foi a entidade executora do Projeto UTDs, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Caixa Econômica Federal e Petrobras (2010-2011), na área de Transferência de

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Panorama ESTAÇÃO VIÇOSA 2013

EMPAER-MT

Em 2012, foi lançada a oitava edição do Guia Estação Viçosa. São 15 mil exemplares distribuídos gratuitamente em eventos de Viçosa e de Belo Horizonte. Conforme informação da Universidade Federal de Viçosa, são realizados, anualmente, cerca de 800 eventos, atraindo pessoas de várias partes do País. O Guia tem sido uma ferramenta útil para todos, não apenas visitantes. Para 2013, a tiragem será de 20 mil exemplares.

O INSTITUTO BRASIL assinou um acordo de cooperação com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (EMPAER) do estado do Mato Grosso. O objetivo é unir esforços para a proposição de projetos em conjunto na área do bioma amazônico, voltado para assentamentos.

Projeto avalia fator de inclusão social e produtiva do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel

EMPAER-MT

ADEVI O INSTITUTO BRASIL filiou-se à Agência de Desenvolvimento de Viçosa (ADEVI), após o convite formal da instituição. A Agência está estabelecendo articulações com o Terceiro Setor regional, o que, certamente, dá mais credibilidade (e responsabilidade) a todas as entidades.

Projeto do Instituto Brasil fica em 13º lugar no Fundo Amazônia

O

I N S T I T U TO B R A S I L v e n c e u o

além de cooperativas, sindicatos e associações de

chamamento público “Avaliação do

produtores. Também serão entrevistados os

componente de inclusão social e

agricultores familiares do entorno das empresas.

produtiva da agricultura familiar no Programa

Dentre os objetivos específicos estão

Nacional de Produção e Uso de Biodiesel", proposto

desenvolver metodologia e instrumentos para

pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA),

levantamento de informações referentes aos atores

e já iniciou os trabalhos. O projeto será

que agem no processo de inserção social e produtiva

desenvolvido em 18 estados brasileiros e pesquisará

da agricultura familiar no PNPB, aí considerados os

37 empresas detentoras do Selo Combustível Social,

agricultores familiares, as cooperativas da agricultura familiar, os sindicatos/federações e as empresas detentoras do Selo Combustível Social; e

Dos 96 projetos enviados para o Edital 2012 do Fundo Amazônia (recursos do BNDES), o projeto do Instituto Brasil ficou em 13º lugar, superando, portanto, 83 concorrentes em todo o território nacional. A proposta contou, também, com um subprojeto focado em atividades culturais, como ferramenta motivadora para trabalhos cooperativos. O projeto obteve a pontuação 105,71. Participaram da elaboração, profissionais do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A avaliação do corpo técnico do Instituto Brasil foi a de que, por ter sido a primeira vez que participou do edital Fundo Amazônia, bastante concorrido, a classificação obtida demonstra o elevado nível técnico da proposta e serve de estímulo para outros trabalhos na área.

6

O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que também se incumbe da captação de recursos, da contratação e do monitoramento dos projetos e ações apoiados. http://www.raizdavida.com.br Além disso, conta com um Comitê Orientador - COFA, com a atribuição de determinar suas diretrizes e acompanhar os resultados obtidos; e com um Comitê Técnico - CTFA, nomeado pelo Ministério do Meio Ambiente, cujo papel é atestar as emissões oriundas de desmatamentos na Amazônia. http://www.raizdavida.com.br/site/wp-content/uploads/2011/03/oresta-amazonica-a8f06.jpg

nos arranjos produtivos de cada uma das 37 empresas detentoras do Selo Combustível Social (considerando-se, então, 37 arranjos produtivos), levantar dados e diagnosticar as relações institucionais (aspectos econômicos, sociais, políticos, agrícolas e industriais) dos atores que atuam no processo, sendo considerados os agricultores familiares, as cooperativas da agricultura familiar, os sindicatos/federações e as empresas detentoras do Selo Combustível Social. Saiba mais: Confira mais informações sobre o projeto no site: www.ins tutobrasil.com/projetomda/

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Agricultura Familiar no estado Pe s q u i s a n a c i o n a l d a C N M / S E B R A E é c o n d u z i d a p e l o I n s t i t u t o B ra s i l de Mato Grosso Antônio Rocha Vital*

P

ara o Ministério do Desenvolvimento

Agricultura Familiar é uma forma de

Agrário, Agricultura Familiar é uma

produção em que a mão-de-obra é familiar, o

atividade rural produtora de pequena

controle do capital é familiar e é uma atividade

escala, envolvendo o proprietário, a sua família e

rural produtora de pequena escala diversificada,

até dois empregados temporários, em áreas que

envolvendo o proprietário e a sua família, e produz

variam em função da região da propriedade em até

exclusivamente para o consumo interno. Setenta

quatro módulos. Em Mato Grosso, os módulos rurais variam de 30 a 100 hectares.

O Instituto Brasil possui larga experiência em diagnósticos nacionais e internacionais

O

Instituto Brasil foi vencedor do edital

Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao

lançado pela Confederação Nacional

Banco do Brasil.

dos Municípios (CNM)

Além disso, realiza um diagnóstico em 40

por cento (70%) do alimento disponibilizado à mesa

para uma pesquisa em todos os

cidades brasileiras em cinco estados (Santa

do brasileiro provém dela. A agricultura familiar

m u n i c í p i o s

Mato Grosso é um estado que tem na

gera baixo passivo ambiental, por destruir poucos

brasileiros, com

agropecuária o principal segmento econômico e

“Serviços Ambientais” e fazer baixo uso de

objetivo de

social. A agropecuária, de forma sustentável para a

insumos, tendendo, em sua maioria, à agricultura

grande parte dos municípios, gera renda,

orgânica.

RR

Gerais e Bahia) e em dez cidades de quatro províncias

levantar as ações d e

AM

PA

PI

rocratização,

estado apresenta dificuldade de acesso ao crédito,

compras públicas,

A Agricultura Familiar, em 2006, possuía,

apesar da existência de boas linhas de

apoio aos empre-

aproximadamente, 86.167 estabelecimentos

financiamento, e não consegue a obtenção do

endedores individuais e do

rurais, correspondentes a 76% do total de

Cadastro Ambiental Rural (CAR), sem o qual lhe é

desempenho dos agentes de

propriedades do estado, gerados por três

vetado acesso ao crédito, licença para venda de

instituições e programa: Instituto Nacional de

produtos, que ainda é dificultado pelo rigor e

Colonização e Reforma Agrária – INCRA; Instituto

inadaptabilidade das leis de viabilidade sanitária.

de-obra economicamente ativa.

de Terra de Mato grosso – INTERMAT e o Crédito

Por fim, a Agricultura Familiar tem muita

Fundiário. Em 2010, segundo o IBGE, esse número

dificuldade de assistência técnica, já que o

havia crescido para 140.201 assentados e 48.359

sistema de extensão rural oficial, a Empresa de

médios e grandes produtores.

Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER-

Além dos colonos dos assentados, fazem

MT), mesmo que presente na maioria dos

parte do grupo de agricultura familiar as pequenas

municípios, conta com número irrisório de

propriedades conhecidas por “Tradicionais”.

técnicos e carece de recursos e meios materiais

A agricultura empresarial, aclamada como o sustentáculo do estado, é uma atividade essencialmente econômica, com maior acesso a capital, o que lhe permite maior investimento produtivo em tecnologia moderna voltada a

para se fazer presente junto ao produtor. Essa dificuldade torna o produtor da Agricultura

TO

RO

desenvolvimento, para avaliar o

BA

MT

MG ES

MS SP

RJ

RS

caracterizadamente em municípios rurais. O projeto

Brasil e gerenciado pela GVC Itália,

SC

CNM em parceria com SEBRAE Nacional.

sobre o potencial de

é executado pelo Instituto

PR

Microempresa. O edital foi lançado pela

Missiones e Chaco)

naquelas regiões,

GO

implementação da Lei Geral da

entes, Santa Fé,

energias renováveis

DF

esforço do município para a

argentinas (Corri-

com recursos da União Europeia. Em Minas Gerais, a região selecionada foi a do

O Instituto Brasil possui larga

Vale do Piranga. Em 25 de abril, em Ponte

experiência em diagnósticos nacionais e internacionais e, atualmente, realiza um

Nova, ocorreu a entrega dos diagnósticos

diagnóstico em 18 estados brasileiros para a

aos prefeitos de 10 municípios. As cidades não

avaliação do componente de inclusão do Selo

tiveram quaisquer ônus com o trabalho

Combustível Social, projeto vinculado

realizado.

ao

inescrupulosos, adquirindo nem sempre o adequado.

*Eng. Florestal M. Sc

voltada exclusivamente para produção de

Técnico da EMPAER-MT

8

AC

RN PB PE AL SE

Familiar refém de vendedores de insumo

poupar mão-de-obra, uso intensivo de insumos, e é exportação e gera grande passivo ambiental.

CE

MA

d e s b u -

Entretanto, a Agricultura Familiar no

empregos, impostos, taxas e ocupa 70% da mão-

Catarina, Paraná, São Paulo, Minas

AP

Cuiabá MT

9


Jovens poderes de transformação Projeto social do Instituto Brasil vence edital estadual em primeiro lugar na Zona da Mata e impacta 2.500 jovens na prevenção às drogas

Q

uem faz mais diferença no mundo e na vida das pessoas? Grandes pensadores, com amplo conhecimento, pessoas imaginativas de grandes ideias, ou pessoas esforçadas e comprometidas com seu propósito? Não há, ainda, um ser humano ideal, mas, certamente, das opções apresentadas, a melhor resposta seria a combinação das três. Um pacote completo reunido em um só indivíduo é peça rara. Daí a necessidade de equipes reunindo forças, de times formados por membros com diferentes posições estratégicas. Nesse contexto, surgiu o projeto social De Jovem Pra Jovem (DJPJ), coordenado pelo Instituto Brasil e primeiro colocado da Zona da Mata Mineira no Edital do Programa “Aliança pela Vida”, da Subsecretaria de Combate às Drogas da Secretaria de Defesa Social do Governo do Estado de Minas Gerais. Em todo o estado de Minas Gerais, o projeto ficou em 15º lugar. A primeira etapa dessa história foi intensa. Poucos dias separavam a criação do projeto do prazo final para inscrição e envio. É o que revela a estudante de Economia e criadora do DJPJ, Ana Luíza Farage: “Após a proposta do Instituto, liguei pra quatro pessoas, todas estudantes universitários, cujo incrível potencial eu conhecia: Alexandre (estudante de Direito), Mayra (da Geografia), Bruno (de Engenharia de Alimentos) e a Esther (estudante de Educação Física).”

10

Desafio aceito e objetivo alcançado. Os cinco jovens tornaram-se dez e a soma de forças deu consistência à iniciativa. Diferentes habilidades com um objetivo em comum: conscientização e prevenção quanto ao uso de drogas.

citando-os por meio de debates, discussões e oficinas à criação de um projeto social próprio, que vise melhorar a comunidade, a escola ou qualquer outro espaço social no qual estão inseridos.

“Alguns jovens se envolvem com drogas por se sen rem inseguros quanto ao seu jeito de ser, afirmação de personalidade e desestrutura familiar.”

Contemplando todas as escolas da cidade de Viçosa, interior de Minas Gerais, a seleção das turmas mensais foi feita de acordo com análise das fichas de inscrição dos alunos. Foram selecionados 40 jovens do 9º ano do Ensino Fundamental, sem distinção entre instituições públicas e privadas.

Organizado em nove meses, sendo um fórum e seis oficinas a cada mês, o DJPJ teve o diferencial de não remediar, e sim, prevenir. O time organizador constatou, dentre outros fatores, que alguns jovens se envolvem com drogas por se sentirem inseguros quanto ao seu jeito de ser, afirmação de personalidade e desestrutura familiar.

Como resultado, foram mais de 2.500 jovens impactados durante a divulgação, trabalhando os objetivos do projeto desde o primeiro contato, e cerca de 180 jovens impactados diretamente pela metodologia, durante os encontros.

Abrir a mente para os problemas sociais Para o diretor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (COLUNI), H é l i o Pa u l o Pe r e i r a F i l h o , a l é m d a importância de contribuir para a sociedade, o projeto trouxe benefícios aos próprios participantes “tirando-os da bolha”, um choque de realidade, uma conscientização

Sendo assim, o objetivo é contextualizá-los de sua condição e despertar, em cada um, o senso de coletividade, tornando-os multiplicadores de transformação, capa-

mais ampla e intensa, que não ocorre normalmente no dia-a-dia. Os estudantes Welington Teixeira da Silva, 14; Giovanna Venturini, 15; e Caio Vieira Soares, 14, participantes da primeira turma, foram unânimes em afirmar que os debates foram os melhores momentos. Isso confirma não só a visão do diretor do COLUNI, mas o objetivo do De Jovem Pra Jovem: abrir a mente para os problemas sociais, despertando o interesse em aplicar o poder de transformação.

FOTO OU IMAGEM

Saiba mais no blog h p://de-jovem-pra-jovem.blogspot.com.br/

Aplícando nosso poder de transformação

11


Projeto UTDs é finalizado com sucesso

Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável

C

Dia de campo em São Gabriel - BA

I

mplantação de 90 Unidades Técnicas de

engenheiros Adílio Teixeira da Silva (MG),

Demonstração (UTDs), 45 dias de campo

Wanderley Magalhães Barreto (CE), Jullyan Castro

realizados, atingindo cerca de 4.000

(BA), Elias Moura de Moraes e Silva e Roberto

agricultores familiares, e mais de 20 capacitações

Ferreira de Carvalho (PB e RN), e Jearbes

ministradas para 440 técnicos e profissionais da

Alexandre da Silva e José Carlos Gomes (PE e PI).

área: esses são os resultados finais do PROJETO

Os dias de campo foram realizados com apoio da

UTDs, realizado pelo Instituto Brasil, com recursos

Petrobras Biocombustíveis e de organizações

do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O

representativas dos agricultores familiares em

objetivo do projeto foi transferir conhecimento

cada estado, como federações, associações e

técnico para estimular o plantio de mamona e de

sindicatos. Também houve grande participação

girassol visando à produção de biodiesel em sete

das secretarias estaduais e municipais de

estados do Brasil (Minas Gerais,Bahia, Ceará,

agricultura. A Caixa Econômica Federal foi a

Pi a u í , R i o G r a n d e d o N o r t e , Pa r a í b a e

gestora do projeto.

om recursos próprios, o Instituto

Brasil realizou, em 2011, um diagnóstico nos assentamentos em Ibiá, a partir do qual foi proposto um Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS). O documento aponta as vocações agropecuárias dos locais pesquisados e indica uma série de ações possíveis. No entanto, a falta de recursos e o difícil acesso às políticas públicas disponíveis podem relegar esses assentamentos a um atraso

muito grande quanto à agregação de valor e de renda aos trabalhadores rurais. “A intenção é continuarmos trabalhando em prol dos assentados e estabelecer um planejamento para a continuidade do Projeto AGRIFAM. Para isso, dependemos de buscar formas e possibilidades de captar recursos, seja por meio do Instituto Brasil, seja por meio das próprias associações vinculadas aos assentados.”, declarou Giovanni Weber Scarascia.

Pernambuco), por meio das chamadas “Unidades Técnicas de Demonstração”, conhecidas como UTDs. A iniciativa partiu do Departamento de Agregação de Valor e Renda da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA dentro do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). Para o projeto, o Instituto Brasil produziu uma cartilha sobre os fundamentos do plantio da mamona, escrita pelo engenheiro agrônomo Gleidson Rocha Martins, coordenador técnico do Projeto UTDs. Ainda fizeram parte do projeto, os

12

Saiba mais: www.institutobrasil.com/utds

Dia de Campo em Tauá (CE)

13


ATER e organização de cadeias produtivas

U

m dos trabalhos que foram desenvolvidos pela agrônoma Thaís foi o de assistência técnica e extensão rural e organização da cadeia produtiva da pimenta, em ações que envolvem as mulheres dos produtores rurais. Quanto à produção de pimenta, esta tem se mostrado como uma alternativa de renda razoável para os pequenos produtores. Mas com os t r a b a l h o s d e AT E R , e s s a atividade poderá passar por melhorias, como a agregação

14

trabalhos de ATER em outras

de valor ao produto de forma a aumentar a renda das famílias.

atividades agropecuárias que

Nesse sentido, uma série de

serão expandidos nos próximos

ações está sendo programada, como a de assistência técnica aos

meses. “Já observamos alguns

Trabalho em assentamentos da reforma agrária mostra resultados em Ibiá (MG)

A

poiar iniciativas que

Ibiá, em Minas Gerais. Os

COONAT e do Instituto Brasil,

tenham potencial de

trabalhos foram coordenados

entidades integrantes do

desenvolvimento de

pela engenheira agrônoma,

Comitê AGRIFAM.

forma a agregar valor e renda

Thaís Lopes Leal Cambraia, do

aos assentados da reforma

Instituto Brasil.

O Projeto AGRIFAM termi-

produtores, já em

avanços, como a venda da

andamento, e a realização de

pimenta na feira municipal de

mini-cursos de capacitação.

agrária, especialmente para as

Ibiá. Agora é seguirmos

Os assentamentos de Ibiá

quando terminam os recursos

mulheres dos agricultores

Para este ano, está

estimulando a produção e

f a z e m p a r t e d o Pr o j e t o

oriundos do Ministério das

familiares: esse é um dos

programada a realização de

AGRIFAM, coordenado pela

Relações Exteriores da Itália. A

melhorando a base produtiva

trabalhos que vêm sendo

uma capacitação para a

ONG italiana GVC (Gruppo di

expectativa é a de que o

para que possamos progredir e

realizados pelo Instituto Brasil

manipulação e higienização da

Vo l o n t a r i a t o C i v i l e ) , c o m

Instituto Brasil assuma os

agregar valor ao produto de

há cerca de quatro meses nos

pimenta, coordenada por

participação da cooperativa

trabalhos de Assistência

forma a aumentar a renda das

assentamentos Morro Alto,

Ibiabiocoop, da Associação dos

Técnica e de Extensão Rural

famílias.” - informou Thaís

Santo Antônio e Quebra-Anzol,

Agricultores de Morro Alto, da

(ATER) nos assentamentos.

Lopes Leal Cambraia.

localizados no município de

técnicos

da Universidade

Federal de Viçosa. Ao mesmo

nará em julho deste ano,

tempo, tem-se realizado

Engª Thaís e assentados avaliam a qualidade da pimenta produzida

Os assentados possuem uma barraca na feira municipal de Ibiá

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DESIGN PARA VÍDA:

I DEIA SOCIAL

Inovação, responsabilidade social e sustentabilidade pensando o futuro O design em processo de renovação e inovação explorando novas tecnologias a serviço de um mundo melhor no futuro. Anderson Falcão*

O

Instituto Brasil fala sobre a importância das parcerias para o fortalecimento do terceiro setor.

V

IÇOSA – o Instituto Brasil apresentou a

lucrativa e sobre as possibilidades quanto a um

palestra “Parcerias entre entidades do

novo marco regulatório para o setor.

Te r c e i r o S e t o r : A g r e g a r p a r a

Ao final, o Instituto Brasil sugeriu que a

Fortalecer”, dentro do evento “IDEIA SOCIAL –

coordenação faça um diagnóstico completo das

Terceiro Setor Responsável”, organizado pela

entidades e, a partir desse trabalho, compare as

Agência de Desenvolvimento de Viçosa (ADEVI) e

superposições de foco, buscando, naqueles pontos

pela AIESEC, com apoio da CECCO – Consultoria

onde não há convergência, elementos que possam

Contábil. O evento aconteceu na manhã do dia 13

gerar ações complementares entre essas

de abril, na Câmara Municipal de Viçosa, em Minas

entidades de modo a fortalecê-las. O

Gerais. A técnica Marilda Gomide, representando o

estabelecimento de um Radar de Oportunidades e

Instituto Brasil, falou sobre a entidade e, em um

de uma assessoria financeiro-contábil para as

segundo momento, discorreu sobre os elementos

ONGs também foi levantado pelo Instituto Brasil e

de fragilidade das entidades sem finalidade

proposto no encontro.

16

projeto Design para Vida, idealizado pelo designer baiano Anderson Falcão, sócio da AF Design, propõe uma reflexão quanto ao papel do design na vida humana e sua contribuição revolucionária para transformar o mundo. Pensando o design como um agente de mudanças para um desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável, este elemento real, presente na sociedade contemporânea, agrega valor a bens e serviços e desencadeia um processo de estímulos que reflete na vida social e nos conecta através de marcas e produtos. É nessa perspectiva que nasce o Design para Vida, gerando reflexão e ação para o desenvolvimento, onde a inclusão econômica e social são aspectos essenciais nos processos de produção para uma economia moderna e criativa. Pensando no design e seu potencial para intervir em questões tão relevantes para a sociedade moderna, o projeto caminha para seu terceiro ano de atuação. Nos últimos dois anos, o Design para Vida realizou mais de 20 palestras e workshops, com a participação de mais de 15 designers, dentre eles Gilberto Strunck, da Dia Comunicação; Brian Dougherthy e Emily Pilloton (EUA), ambos trazidos ao Brasil, pela primeira vez, através do projeto; Manuel Bandeira, designer brasileiro considerado pela revista Bravo um dos 20 designers mais promissores no

mundo; Antoine Tesquier Tedeschi, designer francês premiado com o Design Concept e i n d i c a d o a o B e s t G r e e n Aw a r d d o s i t e TreeHugger, dentre outros. Dentre as iniciativas do projeto, como workshops e palestras abertas realizadas, a equipe do Design para Vida quer ir além das discussões presenciais, e trabalha para o lançamento de um programa para TV e de um aplicativo para tablets e smartphones, além da 2a Conferência Internacional Design para Vida, prevista para setembro deste ano, em Salvador, na Bahia. Apesar de contar com o envolvimento de diversos organismos que apoiam o projeto, todas essas ações ainda contam com a sensibilidade de novos empresários e investidores que acreditam nesta iniciativa. Design para Vida, pensando o futuro, satisfazendo as demandas da sociedade contemporân ea sem comprometer o futuro da vida no planeta.

* Designer, sócio da AF DESIGN www.designparavida.com.br fale@designparavida.com.br

17


Especial

un mundo de solidariedade

União Europeia

Ins tuto Brasil entrega diagnós cos de potencial de energia renovável para 10 municípios de Minas Gerais página 20

Veja algumas publicações na mídia nacional a respeito do Programa ERA página 24

Prefeitura de Lapão, na Bahia, adota o PROGRAMA ERA

Ins tuto Brasil recebe consultor da União Europeia página 23

página 28


Programa ERA

objetivo de transmitir os

(Gruppo di Volontariato Civile),

energia renovável para as 10

conhecimentos básicos

União Europeia e AMAPI

cidades selecionadas na região

necessários para a inter-

(Associação dos Municípios da

do Vale do Piranga, todas com

pretação e análise dos dados

M i c r o r r e g i ã o d o Va l e d o

presença de agricultura familiar

contidos nos diagnósticos de

Piranga), o Instituto Brasil

e menos de 25 mil habitantes,

potencial energético ela-

realizou a entrega oficial dos

sendo elas: Amparo do Serra,

borados para cada um dos 10

primeiros diagnósticos do

Barra Longa, Guaraciaba,

municípios selecionados na

Programa, para 10 municípios

Jequeri, Oratórios, Raul Soares,

região. Os consultores do

estudados na região do Vale do

Santa Cruz do Escalvado, Santo

Instituto Brasil, Denílson

Piranga, em Minas Gerais. A

Antônio do Grama, Urucânia e

Ferreira, Éderson Augusto

solenidade ocorreu no dia 25 de

Abre Campo.

Zannetti e Anderson Donizete

abril, na cidade de Ponte Nova –

A solenidade foi conduzida

Meira, foram responsáveis pelas

pelo presidente da AMAPI e

palestras proferidas durante o

prefeito da cidade de Mariana,

seminário e apresentaram

Celso Cota, e contou com a

estudos e práticas desen-

Durante o dia, foi realizado

presença de diversas

volvidas nas áreas de energias

seminário voltado aos prefeitos,

autoridades, como os prefeitos

renováveis e sustentabilidade,

vice-prefeitos, secretários

das cidades atendidas pelo

para demonstrar os conceitos

Programa; o representante da

GVC Itália no Brasil , Mario

MG, e foi marcada pela grande participação de representantes dos municípios da região.

20

Ponte Nova e 1º vice-presidente

Volontariato Civile – GVC, com

ti), é o responsável pela

da AMAPI, Guto Malta; o 2º vice-

financiamento da União

execução do PROGRAMA ERA na

presidente da AMAPI e prefeito

Europeia, baseia-se em três

elaboração de uma pesquisa

da cidade de Urucânia,

ações principais: pesquisa e

sobre as potencialidades

Frederico Brum de Carvalho; o

estudo sobre as potencialidades

energéticas alternativas do

coordenador de Turismo da

energéticas alternativas do

território de 50 municípios

Confederação Nacional de

território estudado, esta-

rurais dos estados da Bahia,

Municípios, Mário Augusto Ribas

belecimento de um plano de

Minas Gerais, São Paulo, Paraná

do Nascimento; o presidente da

gestão desses recursos ener-

e Santa Catarina (no Brasil) e nas

Câmara Municipal de Ponte

géticos em nível local e a

Pr o v í n c i a s d e M i s s i o n e s ,

Nova, vereador José Rubens

viabilização de implantação de

Corrientes, Chaco e Santa Fé (na

Tavares, além do presidente do

projetos pilotos.

Argentina).

Relatórios de diagnósticos de potencial energético

GUARACIABA - MG

- MG

diagnósticos do potencial de

(EuropeAid/132194/D/SER/Mul

IBIÁ

AMA

tivas), em parceria com o GVC

coordenado pelo Gruppo di

DO G R

atendidos pelo Programa, com

AMAPI; o prefeito municipal de

TÔNIO

solenidade de entrega dos

de edital público internacional

SANT O AN

Renováveis Alterna-

O Programa ERA, gerido e

RRA - MG

produ tore s dos mu n icípios

de êxito decorrente de processo

AMPARO DO SE

Após o seminário, houve a

O Instituto Brasil, em razão

Marinello; ex-presidentes da

RAUL SOARES - MG

ERA (Energias

Scarascia.

MG

vereadores, assessores e

GVC Itália na Argentina, Lilli

RIOS ORATÓ

municipais, transmitidos.

Instituto Brasil, Giovanni Weber

- MG

A

través do Programa

Fundarò, a representante da

IBIÁ

Instituto Brasil entrega diagnóstico de potencial de energia renovável para 10 municípios de Minas Gerais

União Europeia

un mundo de solidariedade

SA-NMTG S - UMLGSOARES - MG ATÓRIOR A A M P A R RO DOOASNETR O ÔRNA IO- DMOG GR

AMA

- MG

21


estudados. A partir das

objetivo, o programa

informações apresen-

propõe a elaboração de

tadas, esses municípios

50 relatórios refe-

já se reuniram e

rentes aos diferentes

estudam as melhores

Foto: Clarissa Guimarães ASCOM AMAPI

Pa r a a t i n g i r a o

50 municípios pesquisados, nos quais constarão o PLANO D I R E TO R M U N I C I PA L D E E N E R G I A S A LT E RNATIVAS (PDEA), que

apelo ambiental e, por isso, tem

MUNICIPAL, com diagnóstico,

um importante papel social.

sugestões, desafios e

Além disso, por tratar-se de

oportunidades, além de

projeto binacional e de

apontamentos para a implan-

interesse local, o conhecimento

tação de programas para

e a informação são importantes

aproveitamento das energias

elementos para a consolidação,

renováveis alternativas com

absorção do conceito de energia

recursos provenientes dos

renovável ou energia limpa e,

setores público e privado.

principalmente, na contri-

técnico essencial para o tratamento das questões relacionadas à energia, pois apresenta de forma objetiva o

da região, de maneira economicamente vantajosa e, acima de

A

tudo, ambientalmente

O Instituto Brasil parte, agora, para a realização das pesquisas e estudos necessários à elaboração dos diagnósticos dos demais municípios contemplados pelo Programa ERA no Brasil e na Argentina.

buição para a formulação de políticas públicas que caminhem em direção a uma economia verde, sustentável e de baixo carbono.

resultado das análises dos dados

A solenidade marcou a

quantitativos e qualitativos

conclusão dessa primeira etapa,

relevantes para cada um dos

com a entrega dos diagnósticos

municípios estudados.

do primeiro grupo de municípios

Foto: Clarissa Guimarães ASCOM AMAPI

O PDEA é o documento

potencial energético

Imagens do Plano de Trabalho da Prefeitura de Lapão-BA.

Foto: Clarissa Guimarães ASCOM AMAPI

Celso Cota - Presidente da AMAPI.

Outras informações sobre o Programa ERA podem ser ob das no site:

www.programaera.eco.br *Matéria produzida com informações da jornalista Clarissa Guimarães, assessora de Comunicação da AMAPI.

Secretaria de Agricultura,

Meio Ambiente e Irrigação (SEAGRIM) da Prefeitura Municipal de Lapão (BA) colocou em seu Plano de Trabalho 2013-2014, ações na área ambiental vinculadas ao PROGRAMA ERA. A iniciativa surgiu depois que uma equipe de técnicos do Instituto Brasil, liderada pelo engenheiro agrônomo Gleidson Rocha Martins, visitou os municípios baianos selecionados dentro do projeto executado pelo Instituto Brasil e gerenciado pela entidade italiana GVC, com recursos da União Europeia. Os levantamentos de campo foram concluídos e, agora, iniciouse a fase de finalização dos relatórios, que serão oferecidos às prefeituras sem quaisquer ônus. A intenção dos coordenadores é oferecer um instrumento que possa servir de base para a proposição de novos projetos que utilizem energias renováveis.

Mário Augusto Ribas do Nascimento - CNM

22

União Europeia

Prefeitura de Lapão, na Bahia, adota o PROGRAMA ERA

sustentável.

será apresentado ao Mario Fundarò - GVC O Programa ERA possui forte município como parte de uma proposta de AGENDA VERDE

formas de explorar o

un mundo de solidariedade

Programa ERA inserido no Plano de Trabalho 2013/14 da Prefeitura de Lapão-BA.

Os municípios da Bahia (veja mapa abaixo) selecionados foram Cafarnaum, Lapão, América Dourada, João Dourado, São Gabriel, Central, Ibititá, Prados e Caravelas.

23


na Mídia

un mundo de solidariedade

União Europeia

Veja algumas publicações na mídia nacional a respeito do Programa ERA: Instituto Brasil é tema de reportagem da TV Globo no Rio Grande do Sul

A

afiliada da Rede Globo da cidade de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, realizou entrevista com o assistente administrativo do Instituto Brasil, Antônio Carlos de Oliveira, a respeito dos trabalhos do Programa ERA, que estão sendo realizados naquele estado. Dando continuidade às atividades do Programa, os profissionais do Instituto Brasil estão no Rio Grande do Sul, executando os levantamentos de campo nas cidades de Santo Ângelo, Entre-Ijuís, São Pedro do Butiá e São

24

Site da Confederação Nacional dos Municípios noticia o Programa ERA

Miguel das Missões. Após concluir as atividades nesses municípios, os profissionais irão para o estado de Santa Catarina, trabalhar no diagnóstico dos municípios de Meleiro, Nova Veneza, Treze de Maio e Balneário Rincão. O Programa ERA, gerido e coordenado pelo Gruppo di Volontariato Civile – GVC, com financiamento da União Europeia, baseia-se em três ações principais: pesquisa e estudo sobre as potencialidades energéticas alternativas do território estudado, estabelecimento de um plano de gestão desses recursos energéticos em

Outras informações sobre o Programa ERA podem ser ob das no site: www.programaera.eco.br. Para conhecer o Ins tuto Brasil, acesse o site: www.ins tutobrasil.com.br.

25


na Mídia

un mundo de solidariedade

União Europeia

Veja algumas publicações na mídia nacional a respeito do Programa ERA:

Boletim Amapi

Mídia do Espírito Santo divulga o PROGRAMA ERA O Jornal O Rio Doce, de circulação no estado do Espírito Santo, trouxe matéria relacionada ao PROGRAMA ERA, executado pelo Instituto Brasil, gerido pela entidade italiana GVC, com recursos da União Europeia. É a segunda reportagem sobre o Programa em menos de uma semana e em mídias de alcance estadual e nacional. Segundo o jornalista Antônio Augusto, diretor do jornal O Rio Doce, a notícia teve uma repercussão muito boa. A reportagem circulou na edição da segunda quinzena de fevereiro de 2013. Segundo o diretor, o jornal O Rio Doce deverá publicar outras ações do PROGRAMA ERA assim que os avanços nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Bahia forem divulgados. Todos os trabalhos relativos a Minas Gerais estão concluídos e já foram inciados os trabalhos na região Sul do país. O PROGRAMA ERA é um projeto da União Europeia, de caráter binacional. O Instituto Brasil realiza um levantamento em 40 cidades de cinco estados brasileiros e em 10 cidades de quatro províncias argentinas do potencial de energias renováveis. O objetivo é obter um documento que seja referência para a elaboração de projetos na área.

Instituto Brasil inicia trabalhos no Paraná e em Santa Catarina TIBAGI (PR) – com a conclusão dos trabalhos de campo do PROGRAMA ERA em 11 cidades de Minas gerais e em nove cidades da Bahia, os técnicos do Instituto Brasil iniciaram nesta semana os levantamentos de campo em cidades de Paraná e de Santa Catarina. Tibagi, no oeste paranaense, foi a primeira cidade a ser visitada pelo técnico Antônio Carlos de Oliveira e pelo engenheiro Alexandre

26

Site prefeitura de Tibagi: http://tibagi.pr.gov.br

Camargos Lopes Batista. Eles foram recepcionados pela prefeita Ângela Mecer (PDT) e o encontro foi noticiado pela mídia local. Na oportunidade, a prefeita falou da satisfação em Tibagi ser contemplado com um diagnóstico do PROGRAMA ERA destacando a relevância em aplicar ações governamentais em um setor que é sinônimo de desenvolvimento sustentável.

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AMBIENTAL 2013

http://www.institutobrasil.com/ambiental2010

N

os dias 25 e 26 de outubro, em Brasília – DF, diversas autoridades do Brasil e da Europa estarão discutindo alternativas viáveis para a geração de energia em municípios de pequeno porte no país. A realização do evento, que já está em sua terceira edição, é do Instituto Brasil, IPED (Instituto pela Produção, Emprego e Desenvolvimento Social), CNM (Confederação Nacional de Municípios) e GVC (Gruppo di Volontariato Civile).

Instituto Brasil recebe consultor da União Europeia

O

Instituto Brasil recebeu a visita do

Na foto, Vincent Brackelaire aparece à

consultor da União Europeia,

direita, ao lado do presidente do Instituto Brasil,

Vincent Brackelaire, para reunião

Giovanni Weber Scarascia, à frente do

em sua sede, na cidade de Viçosa – MG.

representante da GVC Itália no Brasil, Mario

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou, dentro de seu Plano decenal de Expansão de Energia (PDE), que “o percentual de participação do conjunto das fontes renováveis de energia (hidráulica, eólica, etanol, biomassa, dentre outras) vai aumentar na matriz energética brasileira nos próximos dez anos. A presença destes recursos, que somou 44,8% em 2010, chegará a 46,3% em 2020”.

http://www.institutobrasil.com/ambiental2012/

A EPE ainda divulgou que, nos próximos dez anos, a demanda total de energia no País deverá crescer em mais de 60%. Em 2020, dentro de sete anos, portanto, dois terços desse consumo total virão dos setores industrial e de transportes.

O objetivo da visita, que aconteceu no dia 9

Fundarò, estando presentes, ainda, o consultor

de maio, foi realizar uma auditoria para verificar

em Gestão da Informação do PROGRAMA ERA,

a execução dos projetos do Instituto Brasil em

Anderson Donizete Meira, e o assistente

parceria com a União Europeia.

administrativo do Instituto Brasil, Antônio

de energia, a demanda energética prevista para os próximos sete anos

Carlos de Oliveira, responsável pelos trabalhos

e a necessidade de buscar um desenvolvimento municipal

de campo no projeto.

sustentável, coloca tais municípios em um cenário de indefinição,

O relatório oficial será entregue dentro de 30 dias, mas o consultor demonstrou claramente sua satisfação ao conhecer a estrutura e a

Maiores informações sobre o PROGRAMA ERA,

seriedade com que o Instituto Brasil realiza os

projeto binacional Brasil-Argentina, podem ser

seus trabalhos.

obtidos no site www.programaera.eco.br.

Por outro lado, o Brasil possui 5.568 municípios, sendo cerca de 80% cidades com menos de 25.000 habitantes. A relação entre o consumo

tendo em vista que, sob o ponto de vista do mercado, as energias alternativas se mostram lucrativas quando em um contexto de economia de escala. Este é o grande desafio: promover a inclusão energética desses municípios de forma a promover um desenvolvimento sustentável.

28

29


TRANSPARÊNCIA Gestão financeira de convênios públicos: dificuldades e riscos Sistema é utilizado pelo Instituto Brasil na gestão de contratos e de convênios com entidades públicas e privadas

J

á faz um bom tempo que grande parte

auditorias às instituições gestoras, dificultando

dos recursos públicos está sendo

ainda mais a realização de uma boa gestão

disponibilizada através da aprovação de

financeira dos convênios.

convênios e contratos, que incluem deta-

Assim, as instituições gestoras precisam, cada

lhadamente os objetivos, metas, cronograma

vez mais, se precaver, tomando medidas

físico e cronograma financeiro. Sendo assim, os

preventivas para garantir a comprovação de sua

projetos precisam seguir minuciosamente as

idoneidade. Dentre as principais medidas, pode-se

regras da fonte financiadora e ainda atender a um

destacar o investimento em um setor jurídico bem

emaranhado de leis para serem aprovados e,

estruturado, processos com muitos pontos de

posteriormente, para realizar a prestação de

verificação e validação, além de sistemas

contas.

computacionais que garantam o registro,

Diante disso, a gestão financeira de convênios públicos têm demandado pessoas especializadas

Circuito Turístico SERRAS DE MINAS Promover o desenvolvimento do turismo sustentável através da integração contínua dos municípios consolidando uma identidade regional. Em Minas Gerais, são mais de 40 Circuitos

têm em comum as ricas paisagens naturais, com

Turísticos certificados pela Secretaria de Estado

serras, cachoeiras e rios; um rico patrimônio

de Turismo. Entre eles está o Serras de Minas,

histórico; as tradições culturais, a gastronomia, a

criado em 2002, com sede em Viçosa, na Zona da

agroindústria e o artesanato, além da religiosidade.

Mata. Dele fazem parte os municípios de Acaiaca,

Nessas cidades, o Circuito Serras de Minas tem o

Araponga, Barra Longa, Canaã, Dom Silvério,

objetivo de promover o fortalecimento turístico

Guaraciaba, Guiricema, Paula Cândido, Rio Doce,

regional, despertando o interesse de empresários e

São Miguel do Anta, Ubá e Viçosa.

do poder público para a realização de ações e

Além da proximidade geográfica, os municípios

programas que atraiam visitantes para a região.

armazenamento e controle de todos os dados envolvidos no processo.

na gestão desse tipo de projeto, com capacidade

Para exemplificar, diversas fundações de apoio a

de interpretação da legislação aplicada e de

universidades e instituições de pesquisa, gestoras

realizar os procedimentos de compras,

financeiras de projetos com recursos públicos, têm

pagamentos e recebimentos, atendendo a cada

contratado o sistema Conveniar para informatizar

detalhe exigido.

todo o processo de gestão financeira dos projetos,

Esse cenário tem exigido que a instituição

permitindo configurar os pontos críticos de

gestora desses projetos possuam processos bem

controle para que os dados sejam registrados

definidos, pessoas capacitadas e ferramentas de

corretamente e para que as prestações de contas

trabalho adequadas, como softwares que

atendam às financiadoras e órgãos fiscalizadores.

permitam controlar todas as etapas do projeto.

Esse tipo de ferramenta tem auxiliado as

Com o intuito de garantir o uso adequado dos

fundações a padronizar seus processos, diminuir as

recursos públicos e de evitar quaisquer desvios dos

possibilidades de erros e contribuir para a

convênios aprovados, diversos órgãos reguladores

rastreabilidade e segurança das informações.

e fiscalizadores têm realizado auditorias e publicado normas e acórdãos que tornam os processos ainda mais burocráticos e complexos. Dentre eles, o Ministério Público, TCU, CGU, AGU, entre outros, têm atuado sem sincronismo, causando desorientação e incoerência nas

30

Sistema Conveniar www.conveniar.com.br Circuito Turístico Serras de Minas Rua Dr. Milton Bandeira, 215, Centro, Viçosa/MG Telefone: (31) 3885-1893

circuitoserrasdeminas@gmail.com www.serrasdeminas.org.br www.facebook.com/circuito.serrasdeminas


32

33


PRESERVAÇÃO Caça acelera a extinção do muriqui-do-sul Bióloga estuda o impacto da caça na população do maior macaco do Brasil

A

Mata Atlântica é conhecida por abrigar grandes mistérios. Esses mistérios vão desde paisagens exuberantes a pequenos e raros animais. Podemos ver montanhas, cachoeiras e vales riquíssimos em vida e ver a vida riquíssima em suas peculiaridades. Cada um à sua maneira e ocupando o seu espaço na floresta. Dentre os raros animais que a Mata Atlântica abriga está o Muriqui, o maior macaco do Brasil e também das Américas. Sua grande barriga e braços longos ganham bastante espaço no alto das árvores e seus rostos não escondem o comportamento: a espécie é uma das mais pacíficas existentes. Sobre o comportamento familiar, não existe uma hierarquia definida, todos os indivíduos são iguais entre si. São compostos de grupos grandes e divididos em duas espécies: o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) – que habita em Minas Gerais e Espírito Santo; e o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides) – que habita no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. O Muriqui tem se tornado popular ao longo do tempo e agora é candidato à mascote das Olimpíadas Rio 2016 (www.muriqui2016.com.br).

viver em grandes grupos é um fator agravante para sua conservação, pois um único encontro do grupo com um caçador pode destruir um número expressivo de indivíduos. Além disso, a caça ocorre muitas vezes em áreas de difícil acesso, inviabilizando a fiscalização e dificultando sua remoção em áreas protegidas. Esse desafio criou um hiato entre a conservação dos muriquis-do-sul e o impacto em sua população. É tentando preencher essa lacuna entre a conservação e o impacto da caça, que a bióloga Mariana Bueno Landis, aluna do Programa de PósGraduação em Ecologia e Evolução da Universidade Federal de São Paulo, vem desenvolvendo sua pesquisa no maior remanescente de Mata Atlântica do Brasil: o Contínuo de Paranapiacaba. O projeto de pesquisa visa aprofundar o conhecimento sobre a caça de muriquis-do-sul e o impacto que ela causa nas populações.

Como todo macaco, os Muriquis dependem da floresta para sobreviver. Com o acelerado processo de desmatamento que a Mata Atlântica sofreu, pouco restou de floresta para os muriquis viverem. Entretanto, não é apenas o desmatamento desenfreado que ameaça o muriqui. Há outra grande ameaça: a caça. Apesar de a caça ser proibida no Brasil pela Lei de Crimes Ambientais, ela ainda acontece por diversas razões e finalidades. A caça é a principal ameaça à sobrevivência dos Muriquis, mas, principalmente, dos muriquis-do-sul. Em diversas regiões, esses animais são caçados por esporte, uma cultura que permaneceu dos primeiros europeus que colonizaram o Brasil. Infelizmente, tal atividade determinou a recente extinção dos Muriquis em um grande número de áreas. Um motivo de preocupação é o fato de a caça estar presente dentro de áreas protegidas e, além disso, em associação com outra atividade ilegal, frequente na Mata Atlântica brasileira: a extração do Palmito Juçara (Euterpe edulis). Primatas grandes, como os Muriquis, são os alvos principais dos caçadores, e o hábito da espécie de

34

Dentre as atividades realizadas em campo, estão: o censo (contagem) de muriquis-do-sul na região, as entrevistas com a comunidade que habita no entorno das áreas protegidas e a análise de registros antigos de caça. Essa pesquisa é de grande importância para ações de manejo conservacionista no sentido de como orientar melhor as estratégias para o controle da caça, o que irá evitar um grande declínio nas populações de muriquis-do-sul. Para o apoio em campo, Mariana conta com a parceria da “Associação Pró-Muriqui”, que vem estudando os muriquis-do-sul no Parque Estadual “Carlos Botelho” há mais de 10 anos. E conta, ainda, com apoio financeiro da Rufford Small Grant Foundation.

35


Favela Selo Verde

B

*Mario Fundarò

elo Horizonte (MG) possui 232 favelas

As favelas são apontadas como o grande vilão da

(podemos denominá-las também de

poluição ambiental devido a fatores como a

comunidades, vilas, etc., mas o conceito

disposição inadequada de esgoto e lixo, problemas de

permanece inalterado), com cerca de 550 mil

poluição atmosférica, com emissão de gases,

habitantes, ou seja, 20% da população da cidade. O

produção de CO2 devido a queimas irregulares,

número de favelas e da sua população aumenta a cada ano, levando a taxas de densidade demográfica elevadíssimas: 510 habitantes por hectare (IBGE

utilização de material de construção não idôneo e às vezes nocivo, coberturas com sobreaquecimento, uso

2000), mas existem casos de taxas acima de 600

desnecessário de energia elétrica, utilização de

hab/ha e até 800 hab/ha. Resulta claro que as favelas

equipamento obsoleto (de refrigeração, ar

são um desafio para os gestores públicos.

condicionado, etc.), com alto consumo e emitentes

Geralmente, as condições de vida nessas comunidades são de precariedade das habitações, insalubridade, condições inadequadas de ventilação, iluminação e padrão construtivo, riscos de desabamentos e problemas geológicos e estruturais

de poluentes. Levando-se em conta a densidade habitacional desses locais, avalia-se que o potencial de consumo energético¹ das favelas de uma cidade hipotética de 3 a 5 milhões de habitantes equivale a mais de 38% da

O culpado dessa situação não é o morador da

A proposta Favela Selo Verde** objetiva

de vida dos moradores, bem como a própria

poluição em termo de emissões de gases efeito estufa

favela (como muitas vez se percebe no

responder a esses desafios ao propor para as

habitação.

e CO2 da mesma cidade.

posicionamento do poder público), mas a falta

instituições públicas (Plano Urbanização da

persistente de gestão e planificação desses espaços

Prefeitura) e para as favelas-alvo, modelos de

que fazem parte da cidade e, por isso, elas são e

desenvolvimento urbano e de construção

têm de ser matéria de trabalho do arquiteto-

arquitetônica sustentáveis, com impacto

diversos, comprometendo a segurança, a qualidade

urbanista, não só da polícia. Até agora, as respostas das políticas e projetos públicos têm tomado como parâmetro primordial a integração viária, em detrimento da melhoria da qualidade habitacional nas favelas. Essas intervenções geram processo de “simples”

ambiental Zero. A proposta é rever a projetualidade nessas regiões, respeitando a trama urbana já instalada (que não é outra senão a trama das relações humanas), melhorando a eficiência da mesma. Não se trata de “rejeitar” ou de remover a favela, mas, sim, de melhorá-la.

remoção de famílias e reassentamento em prédios (geralmente de baixo padrão), com alto impacto negativo nas relações de vizinhança, parentesco e reprodução da família nesses territórios. Ademais, aproveitando da falta de regularização fundiária, a especulação imobiliária tem contribuído para processos perversos de expulsão das populações, sendo relegadas para regiões cada vez mais distantes e sem condições de empregabilidade e

36

geração de renda.

Um dos pressupostos do projeto é a melhoria da qualidade de vida das comunidades a partir de três focos: aumento do conhecimento de alternativas sustentáveis no uso e construção dos espaços privados; reapropriação - revitalização dos espaços públicos e coletivos, e geração de “renda verde”. Mudanças comportamentais, atenção ao meio ambiente, dignidade de vida, participação da comunidade são elementos fortes da ação.

37


O processo participativo da comunidade está na

Além disso, as atividades desenvolvidas e o apoio

base da mudança positiva que o projeto quer trazer.

às construções também farão do CEMBIA um Centro

Por isso, se prevê a criação de um Centro para

de referência de Educação Ambiental, com

Moradia de Qualidade e a Baixo Impacto Ambiental -

atividades qualificadoras no bairro, nas estradas,

CEMBIA, junto às sedes dos Polos de Cidadania, já

nas escolas, etc..

presentes na favela. Isso garante a sustentabilidade e a possibilidade de replicar o modelo em outros bairros. 

um programa chamado “Renda Verde”, com produção de hortaliças nas lajes, acesso a produtos

O CEMBIA será um centro de referência para as

alimentício saudáveis, diminuição do risco de

comunidades a fim de receber informações

enchentes e melhoria na qualidade habitacional

sobre:

(efeito positivo de dreno e climático das lajes

Como melhorar, a baixo custo, o conforto da

verdes).

própria moradia: sistemas passivos; 

Junto ao CEMBIA, é prevista a implementação de

O objetivo final é a obtenção do Selo Verde para

Como planificar a ampliação da própria

as favelas alvo do projeto, ou seja, o reconhe-

moradia no tempo: racionalização do projeto

cimento oficial LEED ou AQUA, de seu baixo impacto

em etapas;

ambiental, baixo consumo de água e energia, baixa

Uso de energias renováveis para diminuir os

emissão de gases de efeito estufa e CO2.

custos de manutenção: recuperação de águas

As Favelas Verdes certamente serão um exemplo

de chuva, aquecimento solar, biodigestor, etc.;

positivo para o município, que promoverá um

Proposição de melhorias ambientais: laje

resgate social e que, por sua vez, contribuirá para a

verde, tratamento e reuso da água, uso de

efetiva aproximação entre mundos que não

materiais não poluentes, etc.

interagem adequadamente (Centro/Periferia,

A presença dos Centros para Moradia de Qualidade e a Baixo Impacto Ambiental - Selo Verde

Bairro/Favela), mas que são, ambos a pleno direito, parte da cidade do futuro.

visará apoiar os residentes das favelas a melhorar a própria moradia de maneira concreta, com

¹ Iluminação em hora desnecessária, gasto em aquecimento de água, uso de equipamento obsoleto, materiais construtivos não idôneos, dentre outros.

intervenções simples e econômicas, como a ventilação cruzada, sombreamento ativo, gestão da radiação solar direta e indireta, iluminação natural, telhado ventilado, chaminé do vento, laje verde, etc., mas com impacto imediato no conforto da casa, diminuição da poluição, diminuição dos gastos com água e energia elétrica, por exemplo, para ventilar uma casa, iluminar um quarto, aquecer a água, irrigar, etc. Ta m b é m b u s c a a p o i a r o m o r a d o r n a racionalização do projeto de uma nova construção (geralmente, realizada aos poucos, ao longo de anos e em etapas distintas) ou de uma ampliação, elemento determinante para o conforto de uma moradia e seu futuro impacto ambiental.

38

(*) Arquiteto Representante do GVC Brasil (**) O projeto Favela Selo Verde foi escrito em parceira com a ONG Favela é Isso Aí.


25 e 26 de outubro, Brasília - DF OBJETIVOS ·Proporcionar um cenário de possibilidades efetivas para as administrações municipais no sentido de aplicar os conceitos de energia renovável nas políticas públicas locais e regionais. ·Promover a inclusão municipal nos debates energéticos relacionados ao desenvolvimento municipal. ·Estimular a implementação de espaços administrativos relacionados à temática nas prefeituras municipais.

REALIZAÇÃO

un mundo de solidariedade

APOIO INSTITUCIONAL

PEC

União Europeia

PRO-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

INFORMAÇÕES ambiental2013@institutobrasil.com - (31) 3892-5468


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