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ADE/Granfpolis

Revista de resultados

Aluno de uma das escolas integrantes do ADE/Granfpolis em processo de alfabetização. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

Arranjo de Desenvolvimento da Educação

2017


Alunos da Escola Hermínia Alves Reis em sala de aula, no município de Canelinha. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

CONSELHO DE GOVERNANÇA Helio Bruck Rotenberg Lucas Guimarães Emerson W. dos Santos Gilberto Alves da Silva Junior Paulo Cunha Cezar Teixeira Rogério Mainardes Mozart Neves Ramos Claudio Moura e Castro Carlos Eduardo Sanches CONSELHO FISCAL Lincon Lopes Ferraz Marco Aurelio Pitta Sandra Franco

PRESIDÊNCIA Juliano Duarte Campos DIREÇÃO EXECUTIVA Miguel Augusto Forbeck Faraco DIREÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Gilberto Brasil ASSESSORIA DE EDUCAÇÃO Antão Antônio David Bianca Silveira da Rosa ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Maria Helena Pereira

EXPEDIENTE Supervisão: Eliziane Gorniak, Cristiane da Fonseca, Maíra Weber, Vinicius Spelier, Gabrielly Domingues da Silva, Gilmara Silva, Antão David, Mário Fernandes, Maria Nadir Araújo, Bianca da Rosa e Maria Helena Pereira Redação: Cristiane da Fonseca, Gabrielly Domingues da Silva e Maíra Weber Coordenação de Comunicação do Instituto Positivo: Maíra Weber Projeto gráfico e diagramação: Bruno Palma e Silva Fotos: Arquivo Instituto Positivo Impressão: Posigraf Tiragem: 500 exemplares (distribuição gratuita)


Sumário 2

Carta de abertura

4

O que é Regime de Colaboração?

5

ADE/Granfpolis

8

10

15

17

18

20

22

23

Histórico e metas

Movimento Colabora Educação

Mídias sociais

Avanços de 2017

Publicação do Instituto Positivo

Oportunidades futuras

Articulações com stakeholders

ADE/Granfpolis na mídia


2

Carta de abertura

É com muita satisfação que nossas organizações se

trouxe quatro programas para o território e essa parceria

unem para apresentar os avanços obtidos com o Arranjo

tem sido muito celebrada pelos professores, educadores e

de Desenvolvimento da Educação da Granfpolis no ano

familiares, que já percebem os saltos de aprendizagem nas

de 2017, bem como as perspectivas para o próximo ano.

crianças que apresentavam muitas dificuldades em sala.

O ADE/Granfpolis, instituído pela Associação dos

Uma outra novidade de 2017 foi o lançamento do li-

Municípios da Grande Florianópolis em parceria com o

vro “Cooperação Intermunicipal: experiências de Arran-

Instituto Positivo, teve início em julho de 2015 a fim de

jos de Desenvolvimento da Educação no Brasil”. O livro,

beneficiar mais de 32 mil alunos da Educação Infantil e

que se configura como uma das primeiras obras brasilei-

do Ensino Fundamental I de 22 municípios da região da

ras sobre o tema, foi produzido pelo Instituto Positivo e

Grande Florianópolis. Este foi o primeiro Arranjo do sul

pelo Movimento Colabora Educação após uma extensa

do Brasil e, ao longo desses dois anos, vem se fortalecen-

pesquisa bibliográfica e de campo. Entre as sete expe-

do continuamente.

riências apresentadas, estão descritos os cases do ADE/

Assim, uma das primeiras conquistas de 2017 foi a de-

Granfpolis e do ADE CoGemfri – este último liderado

cisão de todos os 22 municípios permanecerem vincula-

pela Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí. Com

dos ao ADE, pois, com as eleições municipais, 72% dos

isso, extrapolamos o Estado de Santa Catarina e levamos

Secretários de Educação foram substituídos e, mesmo

aos educadores do Brasil informações sobre essas ricas

assim, decidiram dar continuidade ao trabalho já iniciado

experiências de colaboração.

– reforçando uma das qualidades de se estar organizado em Regime de Colaboração.

Celebramos, ainda, cada um dos aconselhamentos técnicos, recursos, palestras, visitas, encontros forma-

Também destacamos o progresso na condução dos

tivos que se tornaram possíveis a partir da colaboração

planos de ação das metas. Na meta 1, que tem por ob-

de tantos parceiros que se uniram a nós em 2017. Entre

jetivo compreender o fenômeno da não aprendizagem,

eles, gostaríamos de destacar a equipe da Secretaria de

após um profundo estudo sobre os níveis de proficiên-

Articulação dos Sistemas de Ensino do MEC, a equipe do

cia obtidos pelos alunos na Prova Brasil, identificamos as

INEP, da Federação dos Municípios de Santa Catarina –

principais potencialidades e fragilidades no território. A

FECAM, pais e alunos do Positivo e empresários que têm

partir disso, foram realizadas formações aos coordena-

viabilizado apoio ao ADE/Granfpolis.

dores pedagógicos e professores dos 5° e 9° anos com o

Assim, convidamos todos a conhecerem os avanços

objetivo de revisitarem seus planos de aula com foco no

do ADE/Granfpolis em 2017 e os nossos desafios futu-

desenvolvimento das habilidades e competências reque-

ros. Para nós é motivo de orgulho fazer parte de uma

ridas na matriz da Prova Brasil.

rede que enfrenta coletivamente seus desafios e escolhe

Outra importante conquista de 2017 foi a parceria firmada com o Instituto Ayrton Senna (IAS) para o encaminhamento da meta 2 do ADE. Ao compreender os principais fatores que têm levado os alunos do território a apresentarem dificuldades na alfabetização e incidirem em evasão ou multireprovação, foi identificada a necessidade de buscar apoio especializado. Com isso, o IAS

a cada dia colaborar para progredir. Boa leitura!


3

O que é Regime de Colaboração? Formação de professores no município de Palhoça (Meta 1) – ADE/Granfpolis. Foto: André Gomez

O termo Regime de Colaboração apareceu pela primeira vez em nossa história educacional, ainda que de forma embrionária, no Manifesto dos Pioneiros, em 1932. Depois, foi retomado na Constituição de 1988. Ao longo da trajetória histórica do Brasil, sempre houve muita disparidade entre as diferentes regiões geográficas e entre os níveis de governo: União, Estados e Municípios. Com o propósito de combater tais desigualdades, a Constituição aponta a interdependência, via atuação colaborativa

Assim, espera-se que, por meio do Regime de Colabo-

entre os entes, como possibilidade de melhoria da gestão

ração, seja possível aumentar o nível de cooperação entre

da Educação:

os entes, especialmente, entre aqueles que estão próximos territorialmente. De acordo com o pesquisador Fer-

“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-

nando Abrucio (2017), “o Regime de colaboração é uma

cípios organizarão em Regime de Colaboração seus

ação entre entes federados, vertical ou horizontal, que

sistemas de ensino. (...) O Governo Federal deve ga-

pode ser entre a União, o Distrito Federal, entre municípios

rantir a equalização de oportunidades educacionais

com outros municípios, entre estados com outros estados

e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante

e entre municípios e estado”.

assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.” (Artigo 211 da Constituição de 1988)

O Regime de Colaboração poderá se consolidar, por exemplo, por meio de Consórcios ou pelos Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs).


4

Formação de professores no município de Palhoça (Meta 1) – ADE/Granfpolis. Foto: André Gomez

Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs) O Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) é

Ainda existem poucos Arranjos implantados no Brasil.

uma das formas de se operacionalizar o Regime de Co-

No entanto, a tendência é de crescimento, pois consta-

laboração na Educação, ou seja, de atender a previsão

ta-se que aqueles que estão organizados nesse modelo

constitucional que possibilita a criação de alternativas

têm colhido resultados bastante significativos ao longo

para reduzir possíveis fragilidades existentes nas diversas

da sua trajetória, entre eles, alcance ou superação das

regiões do país.

metas do Ideb. A continuidade e a efetividade das ações

Em 2012, o Ministério da Educação homologou o pa-

colaborativas têm se mostrado como uma excelente al-

recer do Conselho Nacional de Educação sobre a criação

ternativa para a melhoria da qualidade da Educação bra-

dos Arranjos como estratégia para implantar o Regime de

sileira.

Colaboração entre municípios. Segundo esse parecer, os Arranjos se caracterizam

“Para garantir a continuidade de um Arranjo é

por um trabalho em rede, no qual um grupo de muni-

preciso fortalecer a colaboração. A finalidade

cípios com proximidade geográfica e características so-

pode mudar a qualquer momento, mas a confiança

ciais e econômicas semelhantes busca trocar experiên-

mútua não. É preciso enfatizar o entendimento da

cias e solucionar conjuntamente dificuldades na área da

importância do Regime de Colaboração, motivar o

educação.

apoio, incentivar as lideranças locais e criar meios

No Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, os Arranjos são citados no artigo 7° como estratégia para

para o Arranjo ser sustentável. Tudo isso sem perder o foco nas metas e no poder de decisão.”

o Regime de Colaboração, como mostra o texto: “O for-

Eliziane Gorniak, Diretora

talecimento do Regime de Colaboração entre os muni-

do Instituto Positivo

cípios dar-se-á, inclusive, mediante a adoção de Arranjos de Desenvolvimento da Educação.”


5

ADE/ Granfpolis

Aluna de uma das escolas integrantes do ADE/Granfpolis em processo de alfabetização. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

Existem

alguns

modelos

bem

estrutura-

dos de Arranjos operantes no Brasil. Um deles é o próprio ADE/Granfpolis, que foi constituído com o objetivo de promover a cultura de cooperação intermunicipal visando à melhoria da qualidade da educação ofertada aos alunos no território. Os 22 municípios que fazem parte do Arranjo são: Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio

Carlos,

Biguaçu,

Canelinha,

Florianópolis,

Garopaba, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José, São Pedro de Alcântara e Tijucas.

Dados das redes municipais do ADE/Granfpolis

463 escolas da Educação Básica 86.990 alunos da Educação Básica (Fonte: INEP 2016)

6,19 média do IDEB do Ensino Fundamental I 4,54 média do IDEB do Ensino Fundamental II (Fonte: INEP 2015)


6

Mapa do território ADE/Granfpolis, em Santa Catarina

Para a instituição do Arranjo, os municípios passaram pelas fases de sensibilização, diagnóstico, priorização das

integrado, o que resultou no aumento da compreensão integrada do território.

metas, elaboração do plano de ação das quatro metas eleitas e, atualmente, encontram-se na fase de execução dessas metas.

“Já existia na região da grande Florianópolis a cultura da colaboração e uma pré-disposição à colaboração no campo da Educação. Tanto que, em Santa Catarina, a maioria dos municípios se organiza em associações. Em 2015, durante uma reunião de prefeitos, por exemplo, vários Secretários de Educação foram em conjunto para estimular a adesão dos municípios ao ADE Granfpolis.” Cristiane Fonseca, Coordenadora de Implantação do Instituto Positivo do ADE/ Granfpolis

Sete benefícios do Arranjo de Desenvolvimento da Educação

1. Troca de experiências

2. Colaboração contínua

3. Operação de projetos estruturados e conjuntos

4. Captação de recursos para projetos 5. Maior visibilidade para o território 6. Melhoria da gestão da educação

7. Melhoria de resultados pedagógicos Entre as novidades deste ano, podemos destacar a eleição de mais dois líderes para encabeçar o ADE/Granfpolis, já que houve um aumento de tomada de decisões mais complexas. Sendo assim, Mário Fer-

A relação entre os integrantes do ADE/Granfpolis está

nandes, Secretário de Educação de Águas Mornas, segue

baseada no diálogo, na análise dos dados, no debate e,

como líder e, ao seu lado, foram eleitas as Secretárias de

principalmente, na colaboração. Com isso, por meio do

Educação, Meri Hang, do município de São José, e Maria

Arranjo, os municípios desenvolveram um planejamento

Nadir de Araujo Souza, do Município de Garopaba.


7

Lideranças do ADE/Granfpolis “A formação do Arranjo de Desenvolvimento da

Meri Hang Secretária de Educação de São José

Educação da grande Florianópolis veio para estabelecer um conceito moderno de pensar a Educação. Esse movimento mostrou que, para alcançarmos o desejado sucesso na Educação Pública, precisamos trabalhar a partir de duas ideias muito propagadas no século XXI, conectar e comparti-

Mário Fernandes Secretário de Educação de Águas Mornas

lhar. O êxito dessa experiência está em conectar os 22 municípios da região em torno de um único objetivo, compartilhar as dificuldades para encontrar soluções coletivas.” Meri Hang, Secretária de Educação de São José e

Maria Nadir de Araújo Souza

líder do ADE/Granfpolis

Secretária de Educação de Garopaba Fotos: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

Além das lideranças, participam ativamente das reu-

“Antes da criação do ADE, os 22 municípios já se reuniam na Granfpolis em encontros mensais de colegiados. Mas não trabalhavam em Regime de Colaboração. Um dos maiores ganhos foi o apren-

niões mensais ordinárias do Arranjo os Secretários de

dizado dos secretários sobre como trabalhar em

Educação e as equipes técnicas das Secretarias dos 22

Regime de Colaboração. Hoje o grupo se enxerga

municípios, além da equipe do Instituto Positivo e da As-

como um território e conhece os dados, tem acesso

sociação Granfpolis. Outra novidade de 2017 foi a constituição da AGPADE (Associação dos Gestores e profissionais do Arranjo de Desenvolvimento da Educação da Grande Florianópolis), uma associação sem fins lucrativos, que tem por objetivo apoiar e fomentar a cultura de colaboração atrelada ao ADE/Granfpolis. Este é mais um passo importante, pois o

ao levantamento do Ideb, número de alunos, dados das redes. Os secretários pensam: ‘eu acho bom que meu município esteja bem, mas eu acharia melhor e ideal que a região estivesse bem’.” Mário Fernandes, Secretário de Educação de Águas Mornas e líder do ADE/Granfpolis

Arranjo precisa de estrutura e apoio constante. Por fim, esse foi um ano de muito trabalho vinculado especialmente à execução das metas. Parceiros se asso-

“O Arranjo veio para aprimorar o nosso trabalho

ciaram ao ADE e, finalmente, as ações estão alcançando

como educador, pois trouxe um grande avanço nos

as salas de aula dos municípios. Foram 1.250 horas/par-

trabalhos educacionais da rede. O território cres-

ticipantes em reuniões ordinárias de gestão e 448 pro-

ceu muito com o ADE e só vem melhorando.”

fissionais envolvidos em formações técnicas e reuniões

Maria Nadir Araújo, Secretária de Educação de

de gestão do programa. Todo esse movimento reforça a

Garopaba e líder do ADE/Granfpolis

compreensão da realidade local e territorial permitindo, assim, que as decisões sejam baseadas em uma leitura concreta da realidade.


8

Histórico e metas Trazemos a seguir um breve resgate da história do Arranjo, incluindo as metas eleitas pelo território:

No momento da eleição das metas em 2015, por meio de muito diálogo, debate e participação coletiva, o grupo de trabalho do ADE desenvolveu quatro metas comuns, com o objetivo de impactar positivamente a educação

2015 – Mobilização dos Municípios: diversas reuniões aconteceram com os representantes dos municípios para apresentar o conceito do ADE e discutir a viabilidade da implantação no território. 2015 – Diagnóstico: após a aprovação da implantação do ADE pela associação Granfpolis e pelos prefeitos dos municípios, a equipe técnica do IP realizou um amplo diagnóstico no qual foram identificadas as principais potencialidades e fragilidades dos municípios. Esses indicado-

no território. São elas:

1.

Implementar e consolidar um processo de “Avaliação Externa Territorial de Aprendizagem Escolar” abrangendo 100% dos municípios que compõem o ADE/Granfpolis, visando compreender o fenômeno da não aprendizagem identificada em todo o Ensino Fundamental e da consequente retenção escolar.

2. Qualificar o fluxo escolar junto a todas as tur-

mas do Ensino Fundamental no território da ADE/

res foram validados pelos Secretários de Edu-

Granfpolis e reduzir a taxa atual média geral de

cação e suas equipes técnicas e possibilitaram

distorção idade/ano de 12,3% para 8%, consoli-

a construção de um marco zero para compa-

dando políticas públicas territoriais que promo-

rações e avaliações de impacto.

vam a (re)orientação curricular e didático-peda-

2015 – Priorização: com base nos indicadores levantados, os municípios construíram um plano de ação territorial elegendo as prioridades a serem atendidas. No plano de ação foram apresentadas metas, prazos e responsáveis. 2015 – Lançamento: o ADE foi publicamente lançado e as metas foram apresentadas aos participantes do evento, reforçando o compromisso colaborativo dos municípios. 2016 e 2017 – Execução do plano de ação e monitoramento: os municípios, apoiados pelo Instituto Positivo e por parceiros locais ou nacionais, passaram a executar o plano de ação do

gógica dos estudantes.

3. Desenvolver documento contendo propostas de

aplicação dos recursos do FUNDEB a partir do percentual determinado na Lei Federal n° 11.494, de 20 de junho de 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, para criar opções de implementação de 1/3 de hora atividade junto a 100% dos professores do ADE/Granfpolis;

4. Desenvolver um Programa de Avaliação Institucional que permita diagnosticar a organização e o

território, além de conduzir o monitoramento

funcionamento dos Sistemas Municipais de Ensi-

dos projetos e prazos.

no nos aspectos micro e macro institucionais.


9 Por meio do planejamento coletivo e apoio mútuo, as redes de ensino municipais das cidades catarinenses já estão começando a sentir os primeiros reflexos positivos do trabalho e da metodologia.

“O Arranjo, para a região da Grande Florianópolis, foi uma nova forma de gestão. Nós conseguimos, com o Arranjo, mudar todas as perspectivas da Educação: as crianças, os professores, toda a gestão das Secretarias Municipais de Educação estão tendo uma grande transformação para melhor. A fé e a confiança que os secretários e equipes pedagógicas têm em cada município é uma coisa fantástica e a parceria com o Instituto Positivo foi

Professora orientando as atividades de um dos alunos beneficiados pelo ADE/Granfpolis. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

fundamental para que isso acontecesse.” Antão Antônio David, assessor de assuntos educacionais da Granfpolis e líder do ADE/Granfpolis

Meta 1 Avaliação de indicadores territoriais da Prova Brasil Formação de professores e coordenadores pedagógicos para o reconhecimento das habilidades da Matriz de Referência do Saeb no currículo do 5° e 9° ano do Ensino Fundamental

Oficina com o INEP sobre a plataforma de devolutivas pedagógicas

Meta 2

Mobilização dos municípios para aplicação das soluções educacionais do Instituto Ayrton Senna Formação de professores e coordenadores pedagógicos para aplicação da metodologia

Início das soluções educacionais: Se Liga, Acelera Brasil, Fórmula da Vitória e Gestão para Alfabetização

Meta 3 Seminário com Carlos Eduardo Sanches sobre aspectos jurídicos e pedagógicos da implementação de 1/3 de hora atividade Os representantes dos municípios conduzem grupos de estudos sobre os aspectos da implementação de 1/3 da hora atividade Representantes dos municípios desenvolvem documento com referências pedagógicas e jurídicas sobre a implementação de 1/3 de hora atividade

Meta 4 Avaliação de oportunidades e parcerias para início em 2018


10

Avanços de 2017 Meta 1 – Compreender o fenômeno da não aprendizagem No segundo semestre, os participantes do ADE ini-

impedindo o aluno de aprender. Os encontros, realizados

ciaram uma profunda análise sobre os indicadores de

em quatro diferentes polos (Tijucas, Palhoça, São José e

aprendizagem do território, obtidos a partir dos resulta-

na sede da Granfpolis, em Florianópolis), reuniram 300

dos da Prova Brasil, que avalia as habilidades desenvol-

profissionais com as atenções voltadas para as disciplinas

vidas ao final dos ciclos de educação (5° e 9° anos do

de Matemática e Língua Portuguesa, somando aproxima-

Ensino Fundamental).

damente 1.200 horas/participantes na formação.

A análise demonstrou que os resultados do território do ADE Granfpolis acompanham a média do Brasil e,

Os itens da Prova Brasil estão localizados na escala

também, das regiões próximas do estado de Santa Cata-

de proficiência do Saeb e servem para posicionar os

rina. A partir desta análise e constatação, a Granfpolis e

estudantes nos níveis que concentram um conjunto

o Instituto Positivo conduziram uma série de encontros

de habilidades que eles provavelmente dominam.

para formação de coordenadores pedagógicos e profes-

A escala de proficiência se estrutura por etapa e

sores das escolas envolvidas no programa ADE. O objeti-

área de conhecimento avaliada na Prova Brasil.

vo foi debater e refletir sobre as razões que podem estar

Níveis de proficiência da Prova Brasil Anos iniciais – 5° ano Matemática

Nível 0

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Nível 4

Nível 5

Nível 6

Nível 7

Nível 8

Nível 9

Nível 10

Anos iniciais – 9° ano Matemática

Nível 0

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Nível 4

Nível 5

Nível 6

Nível 7

Nível 8

Nível 9

Nível 6

Nível 7

Nível 8

Nível 9

Anos iniciais – 5° ano Língua Portuguesa

Nível 0

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Nível 4

Nível 5

Anos iniciais – 9° ano Língua Portuguesa

Nível 0

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Nível 4

Nível 5

Nível 6

Nível 7

Nível 8


11

Média dos níveis da escala de proficiência do território da Granfpolis Níveis de proficiência Matemática 6 5

Anos iniciais – 5° ano 5

4

Capacitação de professores em Palhoça Foto: André Gomez

5

4

4 3 2 1 0 2009

2011

2013

Níveis de proficiência Matemática

2015

Anos iniciais – 9° ano

6 5 4

3

3

3

2

3 2

O Instituto Positivo produziu um vídeo para que todo

1

o conteúdo discutido nos encontros seja compartilhado

0 2009

2011

2013

Níveis de proficiência Língua Portuguesa 6

4

2015

Anos iniciais – 5° ano 4

3

a colaboração como ferramenta para as transformações na educação.

“As formações de professores para a concre-

3

tização da meta 1 oportunizaram informação e discussão para ampliar o conhecimento sobre

2

a metodologia e os propósitos da avaliação em

1

larga escala, além de permitir que, no âmbito

0 2009

2011

2013

Níveis de proficiência Língua Portuguesa

2015

Anos iniciais – 9° ano

6 5

2

2

do território do ADE, os profissionais do magistério atuantes na etapa do Ensino Fundamental identificassem potencialidades e fragilidades dos processos pedagógicos, bem como possíveis encaminhamentos para aprimoramento

3

das ações educativas.”

4 3

ADE, o que reforça ainda mais o conceito do programa:

4

5 4

nas redes de ensino dos municípios que participam do

Gilmara da Silva,

2

consultora técnica

2

regional do Instituto

1

Positivo

0 2009

2011

2013

2015


12

Abaixo estão alguns tópicos da avaliação

realizada pelos professores:

»» 93% dos participantes da formação consideram que os conhecimentos traba-

lhados são aplicáveis na rotina do trabalho.

»» 83% dos participantes consideram a formação por polo favorável para troca de experiências entre os participantes.

»» 92% dos participantes consideram que a formação, de forma territorial, abran-

Todos acreditam que ainda existe muito espaço para avançar. Por isso, utilizando os dados oficiais da Prova Brasil como norteadores do trabalho, o programa proporá ações complementares no ano de 2018. Na segunda fase da meta 1, no mês de novembro, o INEP conduziu para 55 profissionais do Programa ADE uma oficina prática sobre a Plataforma de Devolutivas Pedagógicas, instrumento que permite ampliar as referências dos professores, no planejamento das aulas e ações da escola, em busca da melhoria da aprendizagem dos alunos. Por meio desse instrumento é possível acessar:

gendo os municípios integrantes do ADE, deve ter continuidade.

»» Resultados e dados a Prova Brasil/Saeb, por escola e por localidade

»» Distribuição dos alunos por níveis de proficiência

»» Comparação dos resultados da sua escola

com os resultados de escolas semelhantes da sua região

»» Acesso a itens da Prova Brasil/Saeb, acompanhados de comentários pedagógicos

Oficina prática conduzida pelo INEP para os Secretários de Educação e Coordenadores pedagógicos do ADE/Granfpolis Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis


13

Meta 2 – Reduzir a média geral de distorção idade/ano de 12,3% para 8%

O objetivo é reduzir a média geral dessa distorção de 12,3% para 8% até o fim deste ano. Pensando nisso, o Instituto Positivo e a Granfpolis uniram esforços ao Instituto Ayrton Senna para implementar as soluções educacionais na região.

»» O Se Liga tem a proposta de, em um ano,

Reunião com os Secretários de Educação e Coordenadores pedagógicos do ADE/Granfpolis. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

alfabetizar crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental (3º a 5º ano, no mínimo

com dois anos de distorção idade-ano) que ainda não aprenderam a ler e a escrever,

embora já frequentem a escola. Ao serem alfabetizadas, podem retornar às turmas

“Fazer a diferença na vida dessas crianças é o que conta para nós hoje, independente de quantas são.

regulares ou frequentar o Acelera Brasil.

É isso que nós queremos: mudança, autoestima

alunos já alfabetizados no Ensino Funda-

nesse projeto.”

»» O Acelera Brasil está focado em atender

elevada, uma outra vida após a participação deles

mental e que estão em distorção idade/ano.

Rosangela Maria Leal

ma das crianças com multirreprovações e

Educação de Canelinha

A ideia do programa é trabalhar a autoesti-

Cordeiro, Secretária de

fazer com que avancem um ou mais anos escolares.

»» O Fórmula da Vitória é uma solução contraturno que pretende elevar os níveis de

aprendizagem de alunos matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental que apresentam baixos resultados em Língua Portuguesa e Matemática.

»» No Gestão para Alfabetização, a proposta é consolidar o aprendizado de alunos do 3º

ano do Ensino Fundamental, especialmente os que apresentam dificuldades no pro-

cesso de alfabetização.

“A professora Julia me ensinou um monte de coisa e eu fui aprendendo a ler. Agora eu estou aprendendo a fazer os numerais. Aqui, nós podemos aprender muita coisa: escrever, fazer continha, tabuada, um monte de coisas.” Jean de Oliveira dos Santos, Aluno da escola Herminia Alves Reis, em Canelinha


14 Agente técnica do Instituto Ayrton Senna visitando os alunos que integram o ADE/Granfpolis. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

As soluções educacionais Se Liga, Acelera Brasil e Fórmula da Vitória estão sendo aplicadas em 10 municípios. Trabalhando a autoestima e a confiança dos alunos, professores, que foram previamente capacitados para participar do projeto, alfabetizam e ensinam de forma dinâmica e atrativa para que os estudantes em situação de distorção idade/ano avancem no aprendizado. Além disso, 16 municípios aderiram à solução Gestão para Alfabetização. A proposta tem por meta evitar que alunos apresentem defasagem em relação à idade e ao processo de alfabetização.

»» 1250 alunos estão sendo beneficiados pelas soluções educacionais Se Liga, Acelera

Brasil, Fórmula da Vitória e Gestão para Alfabetização. “O Instituto Ayrton Senna está nessa parceria ao lado do Instituto Positivo e do Movimento Santa Catarina pela Educação, pois acredita que essa iniciativa representa uma estratégia que fortalece o Regime de Colaboração e blinda os municípios das frequentes descontinui-

»» 93 profissionais participaram das formações e debates para aplicação das soluções educacionais.

»» 172 horas de formação. * Dados parciais (referência 31.10.17)

dades das políticas públicas.” Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação

Esta meta possui dois grandes desafios. O primeiro é

e Inovação do Instituto Ayrton Senna e

ampliar o número de municípios e de alunos atendidos, a

conselheiro do Instituto

fim de aumentar o impacto na aprendizagem no territó-

Positivo

rio. E o segundo está na construção de políticas municipais que reorientem as práticas pedagógicas e de gestão, evitando que os alunos não sejam alfabetizados na idade certa ou que incorram em distorção idade/ano.


15

Articulações com stakeholders Sólida parceria com Instituto Ayrton Senna para Meta 2 Desde o início de 2017 o estabelecimento da parceria

Durante o 2° semestre, os representantes da

técnica/financeira entre Instituto Ayrton Senna e Instituto

Granfpolis, Instituto Positivo e Instituto Ayrton Senna re-

Positivo vem se fortalecendo, por meio de planejamento

alizaram visitas conjuntas para acompanhar de perto os

conjunto e diálogos constantes com Secretários de Edu-

resultados dos projetos da Meta 2.

cação e parceiros.

Agente técnica do Instituto Ayrton Senna visitando os alunos que integram o ADE/Granfpolis. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis


16

Encontro com o MEC Durante um dos encontros do ADE/Granfpolis, o grupo recebeu a visita do representante da Secretaria de Articulação de Sistemas de Ensino do MEC (Sase), Sr. Fernando Gralha, com o objetivo de apresentar o programa ADE e avaliar possíveis caminhos que contribuam para o fortalecimento do regime de colaboração. Na ocasião, o grupo também teve a oportunidade de visitar uma escola no município de Paulo Lopes, dialogar com professores e com os representantes da Secretaria Municipal de Educação.

Fernando Gralha, do MEC, visitando uma escola integrante do ADE, no município de Paulo Lopes, com a equipe líder do Arranjo. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

Apoio de pesquisadores do INEP para a Meta 1 Com o objetivo de atender à 3a fase da Meta 1, os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estiveram em Florianópolis especialmente para conduzir uma oficina com os representantes do Programa ADE.

Oficina prática conduzida pelo INEP para os Secretários de Educação e Coordenadores pedagógicos do ADE/Granfpolis. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis


17

Movimento Colabora Educação

Angela Dannemann, Superintendente da Fundação Itaú Social; Fernando Luiz Abrucio, Professor Doutor da FGV e Eliziane Gorniak, Diretora do Instituto Positivo na Mesa sobre Regime de Colaboração Horizontal no I Seminário Colabora Educação. Foto: Maíra Weber

O Movimento Colabora Educação foi lançado oficial-

MEC, instituições educacionais e especialistas na área.

mente em novembro de 2016, em Brasília, com amplo

Novamente o ADE/Granfpolis marcou presença, partici-

apoio dos profissionais da Educação que participavam do

pando de uma das mesas de colaboração intermunicipal,

evento da RAE – Rede de Apoio à Educação. Ele nas-

ao lado de outras experiências de Arranjos no Brasil.

ce da vontade comum de uma série de instituições de fomentar e fortalecer ações cooperativas entre os entes federados no âmbito das Políticas Públicas de Educação, entendendo-as como uma condição necessária para melhoria dos resultados de aprendizagem de todos. O ADE/Granfpolis esteve representado no evento de lançamento, apresentando aos dirigentes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undimes) e Ministério da Educação (MEC) o seu case de Regime de Colaboração. Em 2017, além de ser contratado um Secretário para o Movimento, foram validados a governança, as estratégias de atuação e o plano de trabalho. Foi implantado também o Comitê Técnico, formado por pesquisadores e profissionais reconhecidos pela ampla experiência no campo da Educação e da Gestão Pública para colaborar e enriquecer a atuação do Movimento. No final de novembro de 2017, o Movimento realizou o I Seminário anual para discutir o Regime de Colaboração, envolvendo Secretarias de Educação, Conseds, Undimes,

O Movimento Colabora Educação é composto pelas seguintes organizações: Movimento

Todos pela Educação, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundações

Itaú Social e Lemann e Institutos Natura,

Unibanco e Ayrton Senna, além de nós, do Instituto Positivo.


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Publicação do Instituto Positivo Entre as estratégias definidas para fomentar e fortalecer as ações colaborativas na Educação, o Instituto Positivo decidiu investir em produção e disseminação de conhecimento. O livro “Cooperação Intermunicipal: Experiências de Arranjos de Desenvolvimento da Educação no Brasil”, de autoria de Fernando Luiz Abrucio e pesquisa de campo da Coordenadora de Produção e Disseminação de Conhecimento do Instituto Positivo, Maíra Weber, foi lançado oficialmente no I Seminário do Colabora Educação, em novembro de 2017. O livro traz capítulos teóricos sobre o conceito histórico de Regime de Colaboração e sobre o que são Arranjos de Desenvolvimento da Educação. Além disso, a obra apresenta sete experiências de ADEs vigentes no país e aponta, com base na literatura e na pesquisa de campo, o que deve ser levado em conta para a implementação de Arranjos. Assim, a obra também se propõe a esclarecer as principais dúvidas sobre os ADEs e colaborar com a instituição de novos arranjos no Brasil. Os cases

apresentados no livro são:

1. Projeto Chapada (localizado na Bahia) 2. ADE Estrada de Ferro de Carajás (localizado no Maranhão)

3. ADE Noroeste Paulista (localizado na região de Votuporanga, em São Paulo)

4. ADE Mesorregião de São José do Rio Preto/Arranjo Saber (localizado em São Paulo)

5. ADE/Granfpolis (localizado na região da grande Florianópolis, em Santa Catarina)

6. ADE CoGemfri (localizado na região da foz do Rio Itajaí, em Santa Catarina)

7. ADE Norte Gaúcho (localizado na região de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul).


19 ADE Estrada de Ferro dos Carajás Instituto Chapada

ADE Noroeste Paulista Arranjo Saber ADE CoGemfri

O autor Fernando Luiz Abrucio e os representantes de todos os ADEs retratados na obra, no lançamento do livro no I Seminário Colabora Educação . Foto: Rede Plene Mariae Produções

ADE/Granfpolis ADE Norte Gaúcho

“Foi muito impactante estar em campo conhecendo sete experiências tão ricas de Arranjos. Perceber que cada região traz em seus modelos aspectos culturais que acabam refletindo na eficiência dos ADEs, verificar pontos de destaque de cada programa e perceber como disseminar aspectos replicáveis para novas experiências foi extremamente enriquecedor.” Maíra Weber, Coordenadora de Produção e Disseminação de Conhecimento do Instituto Positivo

O livro foi lançado no I Seminário anual do Movimento Colabora Educação. Na ocasião, o Instituto Positivo aproveitou a oportunidade e realizou um encontro com os representantes dos sete Arranjos de Desenvolvimento da Educação apresentados como cases no livro. Foi a primeira vez que todos eles tiveram a oportunidade de se encontrar, conhecer o trabalho e as peculiaridades de cada um e debater sobre como poderão se apoiar mutuamente.


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ADE/Granfpolis na mĂ­dia


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Mídias sociais O trabalho desenvolvido pelo Instituto Positivo ga-

especificamente, sobre o Arranjo de Desenvolvimento

nhou, em 2017, uma nova forma de ser apresentada.

da Educação. Além disso, é uma nova ferramenta para

Agora, o grupo que faz parte do Arranjo de Desenvol-

melhorar a comunicação entre os integrantes do ADE, o

vimento da Educação da Granfpolis traz os principais

seu facilitador, o Instituto Positivo, e todos aqueles que

acontecimentos do ADE/Granfpolis de forma mais rápi-

se interessam pelo debate da melhoria da qualidade da

da, acessível na palma da mão.

educação.

Desde o mês de maio, o IP disponibiliza, em sua página

O site do Instituto também foi reformulado em 2017,

no Facebook, o olhar de quem faz parte do ADE, trazen-

com o principal objetivo de reunir informações sobre o

do depoimentos, opiniões e sensações dos Secretários de

Regime de Colaboração e sobre os Arranjos de Desen-

Educação, professores e alunos. Além disso, a página con-

volvimento da Educação. Na plataforma, além das prin-

ta com publicações explicativas, trazendo dicas, proces-

cipais notícias dos Arranjos apoiados diretamente pelo

sos e até os passos dados para conhecer os demais ADEs

Instituto, é possível encontrar um banco de publicações,

do Brasil – pesquisa que possibilitou a publicação do livro

com livros, cases, artigos, revistas e outros materiais atre-

“Cooperação Intermunicipal: Experiências de Arranjos de

lados a essas temáticas.

Desenvolvimento da Educação no Brasil”. A criação da página na rede social também surgiu como uma alternativa para contribuir com quem pretende aprender mais sobre Regime de Colaboração e, mais

A intenção do Instituto Positivo é concentrar informação de qualidade, de um jeito prático, rápido e cada vez mais acessível a todos os públicos interessados. Acompanhe, curta, informe-se!


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Oportunidades futuras Melhoria da qualidade da educação, por meio da colaboração

Graças ao apoio mútuo, participação ativa e colaboração dos participantes do ADE, incluindo a direção da Associação Granfpolis, Prefeitos, Secretários Municipais de Educação, os Coordenadores Pedagógicos, parceiros e os Professores, o ano de 2017 apresentou muitos avanços, além da identificação de muitas oportunidades para

“Aos poucos os nossos municípios foram

2018.

assimilando o ADE como algo bom, principal-

Tão importante quanto provocar a melhoria da qua-

mente pelos resultados apresentados em tão

lidade de educação no território, o grande foco do ADE

pouco tempo. Por isso as expectativas para

é o fortalecimento da colaboração intermunicipal, por

2018 é que o engajamento seja ainda maior e

meio do desenvolvimento contínuo das habilidades que

que juntos os municípios cumpram as metas

conduzem até ela. Com a colaboração, avanços signifi-

da região.”

cativos em qualquer campo social podem ser alcançados

Bianca Silveira da Rosa,

de forma mais significativa.

Assistente Educacional da

Habilidades e valores que fortalecem a colaboração »»Entusiasmo

»»Compromisso »»Relações pessoais fortes »»Confiança mútua »»Diálogo constante »»Comunicação transparente »»Comunicação eficaz e constante troca de conhecimentos táticos

Alunos da Escola Hermínia Alves Reis em sala de aula, no município de Canelinha. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

Granfpolis


24 Aluno da Escola Hermínia Alves Reis em processo de alfabetização. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

Formato de trabalho para 2018

2018 traz a oportunidade de ampliação da profundidade técnica do trabalho relacionado às metas e da ampliação do seu alcance. Além desse foco, percebemos a importância de intensificar e o desenvolvimento das ações que estimulem o fortalecimento da cultura da colaboração estruturada. E isso passará, inclusive, pelo desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas. Pela pesquisa realizada pelo Instituto Positivo, fica evidente que, entre alguns dos Arranjos que surgiram no Brasil e que não conseguiram continuar organizados nesse modelo, faltou a criação de uma estrutura administrativa que garantisse suporte às atividades colaborativas. Na maioria desses Arranjos, o foco de todo o trabalho esteve voltado quase que exclusivamente para a atividade finalística, como: aumentar o nível de alfabetização, ofertar formações continuadas a professores, implantar a educação de tempo integral, etc. Pouco esforço e atenção foram dados para aumentar e fortalecer as ações colaborativas. Isso demonstra que é preciso ter profissio-

Entre as ações para 2018, podemos destacar as seguintes oportunidades:

Fortalecimento da colaboração intermunicipal

»»Desenvolver e monitorar os indicadores de colaboração intermunicipal. »»Lançar e divulgar o livro com o registro histórico do ADE/Granfpolis. »»Participar de eventos que tratem do tema para aprender e contribuir.

nais dedicados a prestar suporte desde o planejamento

»»Aprimorar e intensificar a comunicação do ADE

até a execução das ações, cuidando dos aspectos técni-

e dos resultados alcançados para a comunidade

cos, logísticos, financeiros, jurídicos, da comunicação e

escolar. »»Mobilizar novos parceiros para o ADE.

do relacionamento. Por fim, vale ressaltar que a instituição de um Arranjo

»»Instituir os comitês participativos, a fim de que

não substitui as atividades já existentes nas Secretarias de

mais integrantes da comunidade possam interagir

Educação. Por essa razão, é fundamental que, na implanta-

e contribuir com o ADE.

ção do ADE, sejam previstas estratégias voltadas tanto para o alcance das metas de melhoria da qualidade da Educação quanto ao fortalecimento da colaboração territorial.

»»Reconhecer os avanços realizados.

Melhoria da qualidade da Educação

»»Meta 1: Reconhecer possibilidades, analisar resul-

Efetividade da atuação de um ADE

tados e indicar práticas docentes com secretários de Educação, por meio dos resultados da Prova Brasil e ANA. »»Meta 2: Ampliar o número de beneficiados pelas

ADE

soluções educacionais de correção de fluxo e alfabetização e monitorar os indicadores nacionais sobre aprendizagem e alfabetização.

Fortalecimento da colaboração intermunicipal

Melhoria da qualidade da educação

»»Meta 3: Concluir o desenvolvimento do material orientador para implantação de 1/3 de hora atividade. »»Meta 4: Iniciar a implantação.


Agente técnica do Instituto Ayrton Senna visitando os alunos que integram o ADE/Granfpolis. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis

Agradecimento aos apoiadores Gostaríamos de agradecer agradecer aos alunos e pais de alunos das unidades educacionais do Positivo e aos parceiros que acreditam na causa da educação e apoiaram o Instituto Positivo e o ADE Granfpolis em 2017. Contribuir para a melhoria da qualidade da Educação pública não é um desafio possível de ser enfrentado apenas em um nível de governo, município ou uma organização. Por isso, registramos o profundo agradecimento das nossas organizações aos seguintes parceiros e apoiadores:

Parceiros do Instituto Positivo

Parceiros do ADE/Granfpolis


facebook.com/positivoinstituto

granfpolis.org.br

institutopositivo.org.br

Alunos de uma das escolas integrantes do ADE/Granfpolis em processo de alfabetização. Foto: Assessoria de Comunicação da Granfpolis.

facebook.com/granfpolis


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