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ACONSELHAMENTO CONJULGAL: FÉ E TERAPIA
digg “(…) o amor não busca os seus próprios interesses…” (1 Coríntios 13:5) Fico muito preocupado quando vejo pessoas tentarem espiritualizar tudo para resolver questões que muitas vezes exigem-se decisões racionais. O mais relevante é sustentarem f racassos óbvios sobre versículos bíblicos descontextualizados. É o que f azem muitas lideranças cristãs quando vão “aconselhar” pessoas com sérios problemas intraf amiliares. Nesses “aconselhamentos” muitas vezes o interessado sai com uma leve e momentânea solução, resposta aos seus problemas, que logo se esvai f ace à f ragilidade e à superf icialidade do que é ensinado. Daí, a minha def esa da inserção da Psicologia Cristã (ou seja, com prof issionais f ormados e capacitados em universidades e com o temor da Palavra de DEUS) como alternativas para os aconselhamentos cristãos se tornarem mais seguros. Um dos temas que requerem maior cuidado na área do aconselhamento é, sem dúvida, o relacionamento conjulgal. Cristãos que muitas vezes se precipitam, dizem ter ouvido a resposta f avorável de DEUS, casam-se e vivem extremamente inf elizes mesmo depois de inf initas tentativas e esf orços. Isto nos levar a ref letir se todo casamento, ainda que realizado no templo e diante das autoridades, é segundo a vontade de DEUS. Enlace matrimonial pressupõe uma decisão pessoal de um e de outro. Mas acredito muito mais que as bênçãos de DEUS não acrescentam dores nem trazem angústias, f rustrações, à vida humana. Há algumas coisas que precisam ser esclarecidas: DEUS criou, sim, a instituição CASAMENT O. É vontade de DEUS que o homem se af aste de sua parentela, una-se a uma mulher e sejam os dois uma só carne.
Entretanto, a conf iguração de qualquer relacionamento que seja, namoro, noivado ou casamento, passa exclusivamente por decisões humanas e, portanto, sujeitas a f alhas. O ser humano tem todo direito de crer (e deve) que seu casamento f oi instituído segundo a vontade do PAI SUPREMO. A partir disso, surge o compromisso, o desejo de lutar, de superar os problemas juntos, de enf rentar os desaf ios. A f é leva o casal à vitória, especialmente quando um e outro lutam para a melhoria do matrimônio. Por outro lado, já vi muitas esposas e maridos acreditarem ter se casado “debaixo” da vontade de DEUS e viverem f rustrados, desesperançosos. A premissa “Deus f alou comigo”, quando não verdadeira, leva a f rustrações grandiosas. No Distrito Federal, um presidente de uma denominação religiosa bem conhecida e f requentada assumiu em púlpito que Deus havia revelado a ele que vida político-partidária jamais seria o seu caminho. Pois bem, passados quatro anos, o mesmo homem candidatou-se a Deputado e se elegeu. Há um outro caso interessante: recentemente em Pernambuco uma jovem pastora candidatou-se a vereadora de um município af irmando que Deus havia lhe mostrado em sonho um projeto f inal: chegar à Presidência da República. Mal começou a campanha política de vereadora, a líder já desistiu da candidatura. Em ambos os casos, poderíamos imaginar um dos caminhos: ou DEUS mudou de idéia ou houve apenas precipitação humana. Assim também é no casamento. Existem vários exemplos de pessoas que se casaram crendo que estavam cumprindo a vontade de DEUS. Depois de um tempo, divorciaram-se; conheceram outras pessoas, casaram-se novamente para, f inalmente, alcançarem a tão sonhada f elicidade. Outras, insistem num matrimônio f alido, vivem de aparência, hipocrisia, tristes espiritualmente, simplesmente pela satisf ação social à f amília, aos amigos e às lideranças da denominação da qual f azem parte, e também por medo de acharem que lá na f rente serão inf elizes outras vezes, sentem-se incapazes de recomeçar do zero e de saberem que serão expulsas da congregação e com a culpa a uma suposta condenação ao f ogo do inf erno. Inf elizmente ainda há muita alienação em algumas denominações cristãs. Minha certeza de um casamento cristão reside nos f rutos que o casal produz; no interesse do compromisso. Quem ama não abre mão do outro. Quem ama crê que DEUS muda uma situação adversa. Se eu sei que devo f azer minha esposa f eliz; tenho que me esf orçar ao máximo, especialmente através do diálogo, para produzir f rutos que a deixem f eliz. Isto não é algo sobrenatural. Depende do meu temor a DEUS e do meu interesse em querer agradá-la. Em um casamento de DEUS um e outro buscam se respeitar; esf orçam-se em agradar a DEUS; não é uma atitude unilateral. E mesmo que haja erros, f racassos, omissões, pecados; existe um coração temeroso e humilde em reconhecer e dar a volta por cima. Eu posso querer abençoar a vida da outra pessoa mas não ver o mínimo do esf orço do outro em querer o mesmo para a minha vida. Isto pode levar a um desgaste natural e a uma mudança de decisões. Certo? Em meus aconselhamentos, digo: não é por qualquer motivo que uma pessoa deva desistir de um casamento, como vimos com f acilidade hoje em dia. Porém, não sou ignorante nem cego para deixar de enxergar quando um relacionamento está desgastado ao ponto de não conseguir mais ser polido. Existem casos e casos. Cada caso, uma realidade; portanto, uma solução dif erente. Detectar as nuances de um relacionamento é papel de um prof issional de Psicologia, ou de quem se especializou em Aconselhamento Cristão. Ter olhar clínico sobre um problema e não simplesmente citar versículos descontextualizados. Af inal lidamos com vidas, situações, sentimentos e histórias. É muito cômodo abrir a Bíblia e ler o que está escrito, por exemplo, em Malaquias 2: 14 ao 16; ou em 1 Coríntios 7 causando na pessoa um sentimento punitivo, agressor ou de prisão. O melhor de tudo isso é ser muito responsável na hora de decidir algo, especialmente, sobre um relacionamento. Uma escolha correta, observada através dos f rutos, da perseverança; do desejo de acertar e de agradar a DEUS, com certeza resulta numa série de conquistas: af etivas, prof issionais, sexuais, f inanceiras e espirituais. Saiba que o que DEUS abençoa, o que DEUS estabelece segundo a Sua Maravilhosa
Vontade, traz alegria, paz e prosperidade no Espírito Santo. O contrário também é motivo de f racassos, desgastes e prejuízos incalculáveis. E recomeçar quase sempre se torna bem mais complicado. Creio que um dia as igrejas estarão melhor preparadas na questão do atendimento conjugal, para lidar com os problemas humanos sem perigo de recair em extremos perigosos. Porque, na verdade, só existe uma única receita pronta para um casamento ser próspero e f eliz: é um e outro estarem unidos buscando a Esperança, que é CRIST O. DEUS nos abençoe!! FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça” e “Antes que a Luz do Sol escureça”. Também é líder do Ministério Interdenominacional Recuperando Famílias para Cristo.