Folha Interativo Agosto 2011

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São Carlos, junho de 2011 – ano III – número 9 - distribuição gratuita - www.interativo.com.br

X INTERAGINCA AGITA O MÊS DE MAIO NO COLÉGIO INTERATIVO. ALUNOS JOGAM, SOLETRAM E SE DIVERTEM MUITO NUMA COMPETIÇÃO QUE SOCIALIZA E APOIA INSTITUIÇÕES DE CARIDADE DA CIDADE DE SÃO CARLOS.

CRÔNICA Jornalismo

científico:

leia com moderação, por Reginaldo Nanni. Página 15

USP aprova cinco mudanças no vestibular da Fuvest 2012. Leia mais na página

Não perca! O X Xou Vixe, o show de talentos do colégio vem aí. Monteiro Lobato era racista?

THE BOOK IS ON THE TABLE Os homens que não amavam as mulheres. Best Seller mundial que já virou filme tem enredo de tirar o fôlego. E este livro é apenas o primeiro de uma trilogia que mistura ação, mistério, movimentos neonazistas e muito suspense. Imperdível!

CINEMANIA A mais árdua batalha entre Criacionismo e Evolucionismo ocorreu na cabeça do criador. Do criador do mais polêmico livro já publicado, “A Origem das Espécies”. Os dramas e conflitos de Charles Darwin ao descobrir com suas pesquisas a existência da evolução dos seres em nosso planeta. Descubra que o homem que matou Deus era um religioso. E mais, a boa e velha Ficção Científica está de volta ao cinema no empolgante “A origem”, de Christopher Nolan. É viagem total pelos sonhos e pela psicanálise.

Hackers atacam o Brasil!!!!

Essa pergunta vem afligindo os críticos, escritores e especialistas na obra do autor de “O sítio do Pica-pau amarelo? Leia polêmica reportagem da revista Bravo, de maio de 2011.

No mês de junho tivemos aqui em nosso país um ataque maciço de hackers do mundo todo, inclusive brasileiros, contra empresas públicas e privadas. Alguns dados foram violados e colocados na Internet. Leia uma matéria super especial na página.


Folha Interativo - ANO II

EDITORIAL Por Glauco Keller Villas Boas

O Brasil teve em sua história dois códigos florestais, o primeiro data de 1934 e o segundo de 1965, vigente até os dias atuais. 2011 é o ano no qual, ao que parece, o novo código será, de fato, criado. Frankstein ou colcha de retalhos, como muitos o chamam, devido às alterações e costuras no texto original, o código foi debatido à exaustão pela Câmara dos Deputados que, prioritariamente, defendendo seus “currais eleitorais”, esqueceuse, inclusive dos termos situação e oposição. Vimos, pois, deputados pessedebistas e petistas votando lado a lado por defenderem os ruralistas ou ambientalistas numa situação rara e inusitada. i it d O ponto de maior discórdia se dá no fato de que, de acordo com o texto atual, já votado e aprovado pela Câmara e que, segundo informações, será vetado pela presidente Dilma Roussef, a distância de mata ciliar até a margem dos rios pode ser de 15 m e não mais de 30 m para que, então, comecem as atividades agropecuárias. Até aí tudo bem, embora não esteja, mas a polêmica está no fato de que o texto concede anistia a todos os “desmatadores anteriores à lei” que, vanguardistas que são, já desmataram até os 15 m e não querem pagar suas dívidas ambientais. E o pior é que enquanto continuamos com a nossa Town Talk (papo provinciano) sobre quantos vereadores devemos ter em nossos municípios, defensores da mata são assassinados em execuções sem precedentes no norte do país.

ÍNDICE: 01. Editorial – página 2 02. Engenheiros criam nanopartícula – página 3 03. Monteiro Lobato era Racista? – página 4 04. Lixo Eletrônico – página 6 05. The book is on the table – página 6 06. Imagens de Cinema – página 6 07. Cinemania – página 7 08. É nóis na foto! – página 8 09. Festa Junina - Página 9 10. Competências e habilidades – página 10 11. Login – página 11 12. Jornalismo científico – página 12 13. Comédia – página 12 14. Espaço Vestibular – página 14 15. Ninguém é substituível – página 14 16. Notas – página 15

UMA IMAGEM... VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS

Folha Interativo Mantenedores: Pedro Marcelo Batista (Sebá) Luis Antonio Pereira dos Santos (Anta) Pedro Walter Pinto Ferraz (Bacia) Diretora: Cleide Darezzo Martins de França Coordenadora Pedagógica Vânia Eliza Geraldo Simone Hirata Benetti Editor Glauco Keller Villas Boas

Colaboradores desta edição Reginaldo Nanni Sabrina Mazo D´Affonseca Prof. Pedro Marcelo Batista Marina de Stefani

Contato: www.interativo.com.br

Interativo: Rua Major José Inácio, 1661 Tel. 33075005 - Tel. 33721019 Sugestões Se você tem sugestões ou críticas sob matérias, textos, formato ou ideias para as próximas edições do Jornal Folha Interativo, escreva para nós. glauco@interativo.com.br

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ENGENHEIROS CRIAM NANOPARTÍCULA QUE PODE LEVAR A UMA VACINA CONTRA A AIDS

Partículas esféricas de gordura podem carregar versões sintéticas de proteínas com maior segurança 23 de fevereiro de 2011 – O Estado de S.Paulo Engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram um novo tipo de nanopartícula que poderá oferecer com segurança e eficácia vacinas para doenças como o HIV e a malária. As novas partículas, descritas na edição 20 de fevereiro da revista Nature Materials, consistem de esferas de gordura concêntricas que podem carregar versões sintéticas das proteínas normalmente produzidas por vírus. Estas partículas sintéticas provocam uma forte resposta imunológica - comparável àquela produzida por vacinas de vírus vivos - mas de forma muito mais segura, diz Darrell Irvine, autor do estudo e professor associado de ciência de materiais e de engenharia e engenharia biológica. As novas partículas podem ajudar cientistas a desenvolver vacinas contra o câncer, bem como doenças infecciosas. Em colaboração com cientistas do Walter Reed Army Institute of Research, Irvine e seus alunos estão agora testando a capacidade das nanopartículas para produzir uma vacina experimental contra a malária em camundongos. Vacinas protegem o corpo ao expô-lo a um agente infeccioso, geralmente uma forma morta ou inofensiva do vírus ou uma proteína sintética, que faça com que o sistema imune responda rapidamente quando encontra o mesmo patógeno. Ao desenvolverem uma vacina, os cientistas procuram provocar um dos dois agentes da imunidade no corpo humano: as células T, que atacam as células do corpo infectadas pelo patógeno; ou as células B, que secretam anticorpos contra os vírus ou bactérias. Para as doenças em que o patógeno tende a permanecer no interior das células, tais como o HIV, uma forte resposta de um tipo de célula T conhecida como célula T “assassina” é exigida. A melhor maneira

Folha Interativo - ANO II de provocar reação essas células é a utilização de vírus mortos ou incapacitados, mas que não pode ser feito com o HIV, já que é difícil tornar o vírus inofensivo. Para contornar o perigo do uso de vírus vivos, os cientistas estão trabalhando em vacinas sintéticas para o HIV e outras infecções virais como a hepatite B. No entanto, essas vacinas, embora mais seguras, não provocam uma resposta muito forte das células T. Recentemente, cientistas têm tentado selar as vacinas em gotículas de gordura, chamadas de lipossomos, que poderiam ajudar a promover respostas de célula T ao envolver a proteína em uma partícula semelhante ao de um vírus. No entanto, estes lipossomos têm pouca estabilidade no sangue e fluidos corporais. Irvine, que é membro do David H. Koch Institute for Integrative Cancer Research do MIT, decidiu seguir a abordagem dos lipossomos ao agregar muitas das gotas juntas em esferas concêntricas. Uma vez que os lipossomos são fundidos, paredes adjacentes de lipossomos são quimicamente “grampeados” uns aos outros, tornando a estrutura mais estável e menos propensa a quebrar-se rapidamente após a injeção. No entanto, uma vez que as nanopartículas são absorvidas por uma célula, eles degradam rapidamente, liberando a vacina e provocando uma resposta das células T. Em testes com ratos, Irvine e seus colegas usaram as nanopartículas para portar uma proteína chamada ovalbumina, uma proteína da clara do ovo comumente utilizada em estudos de imunologia porque as ferramentas bioquímicas estão disponíveis para controlar a resposta imunológica a essa molécula. Eles descobriram que três imunizações de baixas doses da vacina produziram uma forte resposta celular T após a imunização, até 30 por cento de todas as células T assassinas em camundongos eram específicos para a proteína da vacina.

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Folha Interativo - ANO II

MONTEIRO LOBATO ERA RACISTA? ESSA PERGUNTA VEM AFLIGINDO OS CRÍTICOS, ESCRITORES E ESPECIALISTAS NA OBRA DO AUTOR DE “O SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO? LEIA POLÊMICA REPORTAGEM DA REVISTA BRAVO, DE MAIO DE 2011. O escritor Monteiro Lobato (1882-1948) era racista? Eis uma polêmica que vai e volta na vida cultural brasileira e recentemente foi reativada pelo Conselho Federal de Educação. No ano passado, o organismo emitiu um parecer classificando o livro As Caçadas de Pedrinho, de 1933, como racista. Na análise, eram citados trechos da obra em que a personagem Tia Nastácia, que é negra, era tratada de forma ofensiva: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão”. O Conselho Federal de Educação endossou, na verdade, uma corrente acadêmica que já há algum tempo vê sinais de racismo no tratamento dispensado à personagem ao longo da obra infantil do escritor. Embora o Ministério da Educação tenha vetado o parecer, alguns estados, como Mato Grosso e Paraíba, chegaram a tirar o livro do currículo escolar. A polêmica esquentou ainda mais no início deste ano, quando alguns intelectuais aderiram a ela. Em geral, esgrimindo por Lobato e usando o tom do panfleto e da galhofa. O jornalista e escritor Ruy Castro foi veemente: “As pessoas que acusam Monteiro Lobato de racismo e de querer ‘extinguir a raça negra’ certamente nunca leram uma linha do que ele escreveu. Tratase de uma atitude ‘politicamente correta de galinheiro’, como diria Nelson Rodrigues”. O cartunista Ziraldo criou um desenho em que o autor do Sítio do Picapau Amarelo aparece abraçado a uma passista negra para satirizar os que viam racismo em sua obra - e a história toda se tornou tema de um samba de bloco no Carnaval do Rio de Janeiro em março deste ano. A polêmica mudou de nível, indo para o terreno do factual, quando Arnaldo Bloch, colunista de O Globo, formulou a pergunta que precisava ser feita: mas, afinal, o que o próprio Lobato escreveu sobre o tema, para além das interpretações que se fazem de sua ficção? Em um texto para o jornal em que trabalha, Bloch alinhavou trechos de cartas do escritor. Em uma delas, aparecia a frase fortíssima que saiu na capa desta edição de BRAVO!: “País de mestiços, onde branco não tem força para organizar um Kux-Klan (sic) é país perdido para altos destinos”, escreveu Lobato, citando a mais famosa organização racista da história norte-americana. Seguindo a trilha sugerida por Bloch, BRAVO! foi conferir a correspondência de Lobato. Foram garimpadas cerca de 20 cartas inéditas. E o seu conteúdo é estarrecedor. É possível depreender algo sobre o teor de suas cartas ao examinar os seus três principais destinatários. Um deles é Página 4

o escritor Godofredo Rangel - e o próprio Lobato havia publicado uma seleção da correspondência enviada a ele no livro A Barca de Gleyre, 1944. Os outros dois - fato incomum entre intelectuais - são cientistas. O paulista Renato Kehl (1889-1974) nasceu em Limeira e as cartas enviadas por Lobato a ele estão depositadas na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O baiano Arthur Neiva (1880-1943) foi aluno do próprio Oswaldo Cruz e é um dos fundadores do Instituto Biológico de São Paulo, lugar onde está guardada parte da correspondência que ele manteve com Lobato - entre elas, a missiva citada acima, exaltando a Ku Klux Klan. Outro lote de cartas - a Kehl e a Neiva - foi garimpado nos arquivos da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Uma ideia unia Monteiro Lobato, Renato Kehl e Arthur Neiva. Os três eram adeptos de um conceito esdrúxulo chamado eugenia. A ideia, surgida na França na metade do século 19 e sistematizada pelo médico François Galton, era definida pelo próprio como “o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer qualidades raciais das futuras gerações, física ou mentalmente” - e na prática representava, entre outras coisas, uma exaltação da Renato Kehl superioridade da raça “branca” em relação às outras. Ou seja, racismo. Nas primeiras décadas do século 20, a eugenia ganhou status de ciência. Renato Kehl era um dos principais estudiosos do tema no Brasil. Redigiu uma vasta obra defendendo os princípios eugênicos. Foi por iniciativa dele que foi criada, em 1918, a Sociedade Eugênica de São Paulo. Em sua obra, ele defende princípios como a proibição de imigrantes que não fossem de raça branca e esterilização de pessoas que, em sua ótica, apresentassem “problema físicos ou mentais”. Os princípios professados por Kehl são muito parecidos com aquilo que, na Europa, ficou conhecido como “eugenia negativa” - ou seja, proibição de que seres humanos considerados “inferiores” se reproduzissem. Como mostra o cineasta sueco Peter Cohen em seu filme Homo Sapiens, essa eugenia negativa está na base da ideologia racial que embasou o nazismo - e esse pensamento, levado ao extremo, culminaria no holocausto. A correspondência de Monteiro Lobato mostra que, no fim dos anos 20, ele foi um entusiasta das ideias eugênicas e da obra de Renato Kehl. A primeira carta do escritor ao cientista data de 1918 e, nela, Lobato diz: “Lamento só agora travar conhecimento com um espírito tão brilhante como o seu”. No mesmo ano, Lobato convidou Kehl para escrever o prefácio de seu livro O Problema Vital, uma coletânea de artigos do escritor publicados no jornal O Estado de S.Paulo. O entusiasmo de Lobato pela obra do cientista só aumentou na década seguinte, em que Kehl deu uma virada em seu pensamento ao abraçar radicalmente os princípios da eugenia negativa. Em 1921, Kehl publicou um artigo chamado A Esterilização sob o Ponto de Vista Eugênico, no qual defende a prática como “um auxiliar poderoso da redução dos degenerados”. Para Lobato, em carta de 9 de outubro de 1929, Renato Kehl era “um D. Quixote científico (...) a pregar para uma legião de panças” (gíria que, nos anos 20, significava pessoas ignorantes). No mesmo ano, Monteiro Lobato viajou para os Estados Unidos e se entusiasmou com o país pelas razões erradas. Na terra de Abraham Lincoln, a eugenia havia ganhado status científico como em nenhum outro lugar, e Lobato lamenta que seria difícil publicar um livro de Renato Kehl no país por causa da concorrência. “Não pode haver país onde a eugenia esteja mais proclamada, estudada, praticada, ‘livrada’ (no sentido de publicada em livros) do que este”, escreveu Lobato. “EUgenia tão adiantada”


Folha Interativo - ANO II Nessa mesma carta, se lê um dos trechos mais chocantes dentro do conjunto de missivas ao qual a revista BRAVO! teve acesso exclusivo. Lá, num trecho repleto de termos em inglês, Lobato descreve uma história abjeta como se fosse uma experiência positiva: “Nos Estados Unidos, a eugenia está tão adiantada que já começam a aparecer ‘filhos eugênicos’. Uma senhora da alta sociedade meses atrás ocupou durante vários dias a front page [primeira página] dos jornais mexeriqueiros graças à audácia com que, rompendo contra todos os preceitos da ciência e sem se ligar legalmente a nenhum homem, escolheu um admirável tipo macho, fê-lo estudar sobre todos os aspectos e, achando-o fit [adequado] para o fim que tinha em vista, fez-se fecundar por ele. Disso resultou uma menina que está sendo criada numa farm [fazenda] especialmente adaptada para nursery [creche] eugênica. E lá vai ela conduzindo a sua experiência de ouvidos fechados a todas as censuras da bigotry [fanatismo]”. Esse trecho impressiona porque mostra Lobato entusiasmado por uma prática adotada na Alemanha nazista. Por ideia de Heinrich Himmler, um dos asseclas delirantes de Hitler, implantou-se no país um programa conhecido como Lebensborn (“fonte da vida”, em alemão arcaizado). Pelo programa, mulheres “arianas” solteiras eram incentivadas a engravidar de líderes “arianos” com o objetivo de expandir, nos dizeres de Himmler, uma “raça líder e pura”. No Brasil, as ideias eugênicas proliferaram principalmente em dois estados: Bahia e São Paulo. Se Kehl foi o líder da corrente em terras bandeirantes, o principal prócer da ideia na Bahia era Arthur Neiva. É interessante notar que a Faculdade de Medicina de Salvador era um centro de discussão de ideias eugenistas, como Jorge Amado bem retrata em seu livro Tenda dos Milagres. Criado nesse ambiente, Neiva era, no entanto, menos radical do que Kehl. Sua principal preocupação eram as ações sanitárias nas cidades brasileiras. Mesmo assim, fazia questão de definir a si próprio como “germânico”, e não “mestiço”, como a maior parte da população de seu estado. Foi para Neiva que Lobato enviou alguns de seus mais impressionantes desabafos sobre a questão racial, entre as cartas inéditas garimpadas por BRAVO!. Ele tocou várias vezes, por exemplo, no tema da Ku Klux Klan, o grupo fundado logo após o fim da Guerra Civil Americana (18611865) no estado do Tennessee e que tinha como principal objetivo impedir a integração social dos negros recém-libertados - proibindo-os, por exemplo, de adquirir terras e também promovendo assassinatos traiçoeiros como uma forma de “higiene racial”. Escreve Lobato a Neiva, em 1938: “Um dia se fará justiça ao Ku-Klux-Klan; tivéssemos aí uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca - mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva”. Três anos antes, em 1935, Lobato esteve na Bahia e escreveu uma carta ao cientista, que então morava em São Paulo. Lobato inicia o texto dizendo-se maravilhado com a terra de Neiva, com sua comida, arquitetura e igrejas - “Sua Bahia, dr. Neiva, positivamente enfeitiçoume”. No quarto parágrafo, no entanto, ele fala das pessoas do lugar: “Mas que feio material humano formiga entre tanta pedra velha! A massa popular é positivamente um resíduo, um detrito biológico. Já a elite que brota como flor desse esterco tem todas as finuras cortesãs das raças bem amadurecidas”. O comentário comparando a população pobre da Bahia a “esterco” é francamente racista - assim como as observações que, numa carta relativamente conhecida enviada a Godofredo Rangel (leia acima), ele faz sobre os mestiços cariocas - mas também tem a ver com o preconceito que Lobato nutria em relação a habitantes de outros estados brasileiros que não fossem São Paulo. Aparecem em sua correspondência, por exemplo, referências desairosas a cariocas e mineiros.

Diante de tal conjunto de cartas, é inevitável perguntar: ao abraçar a causa da eugenia, Lobato não teria sido apenas um homem de seu tempo? A resposta é: em termos. É certo que tal ideia tinha status de ciência na época, era bem aceita em determinados círculos intelectuais, e o termo estava tão na moda que aparecia até na poesia (o fluminense Raul de Leoni escreveu um famoso soneto chamado Eugenia, em que o vate se dirige à musa com versos de péssimo gosto, como “tens legendas pagãs nas carnes claras”). A eugenia, no entanto, não era uma ideia majoritária, tanto que Lobato chamou Kehl de “Quixote”. Um fato relevante a mostrar que havia muita gente consciente do absurdo da coisa foi o lançamento, em 1933, de Casa Grande e Senzala, o clássico de Gilberto Freyre obra-prima que é resposta eloquente às bobagens defendidas por Kehl e pelo “baiano germânico” Neiva. Em sua prosa irresistível, Freyre mostra o óbvio. O que influencia as características dos povos, se é que isso existe, é a cultura, como pregava o antropólogo alemão Franz Boas, e não a raça. O livro apresenta, também, a mestiçagem que horrorizava os

eugenistas como um valor positivo. Cabe finalizar dando a medida justa e apresentando Lobato em toda a sua complexidade. O escritor é um dos mais talentosos de sua geração. Legou ao Brasil um bem inestimável: uma literatura infantil de altíssimo nível, que pode ser lida até hoje. As eventuais alusões racistas a personagens como a Tia Nastácia não tiram o prazer da leitura - talvez constituam até um bom tema de discussão em aula. No caso específico da Tia Nastácia, é possível fazer até a leitura contrária, dado que a personagem é sempre apresentada de forma bastante positiva ao longo da obra de Lobato. Que, como escritor, chegou a denunciar maus tratos contra negros em alguns de seus contos, caso de Os Negros, incluído no livro Negrinha (1923). Lobato também foi um polemista brilhante e extremamente atilado quando defendeu as ideias certas. Sua impaciência quanto a certo costume brasileiro de empurrar a solução dos problemas para depois é altamente louvável. É válida até hoje, assim como as críticas contra a falta de saneamento básico e a triste burocracia do país. Tais qualidades tornam ainda mais espantoso o fato de Lobato - mesmo relativizando a época em que ele viveu - ter-se encantado com ideias tão estapafúrdias, como as defendidas por Arthur Neiva e Renato Kehl. Ele parou de falar no assunto quando o nazismo, embasado na eugenia, gerou os horrores do holocausto, mas nunca se retratou publicamente pelas ideias que defendeu durante pelo menos três décadas (dado que parte de sua correspondência continua inédita, existe a esperança de que ainda apareça uma carta com um mea-culpa). É tarde demais para condenar Lobato pelo crime intelectualmente imperdoável - e hoje inafiançável juridicamente - do racismo. Ler suas cartas com a distância dos anos proporciona uma reflexão: mesmo as mentes mais sólidas podem, em determinados momentos, sofrer um amolecimento radical. (leia mais em http://bravonline.abril.com.br/conteudo/literatura/monteiro-lobatoracismo-629711.shtml) Página 5


Folha Interativo - ANO II Para inovar e deixar um pouco mais atrativas as aulas, os professores do Interativo deixam textos na internet para posterior discussão na sala de aula. Nesse mês o texto foi sobre lixo eletrônico e vários alunos dissertaram sobre o tema. Um dos textos, da aluna Marina de Stefani mostra a preocupação crescente com o esse tema. Confira abaixo por Marina de Stefani

LIXO ELETRÔNICO O lixo eletrônico que produzimos é mais um desafio ambiental a ser enfrentado. Por ser resultado do crescimento de equipamentos eletrônicos, esse problema não é muito notado por nós consumidores, que só nos importamos com nosso próprio bem estar e a satisfação de nossas necessidades por que afinal de contas esses produtos servem para nossa melhoria de vida. Computadores, celulares e aparelhos de som são aprimorados com mais frequência, isso faz com que o consumidor deseje trocar seu aparelho por um mais novo também com mais frequência, em países desenvolvidos a vida útil desses aparelhos caíram de 6 para 2 anos , de 1997 a 2005. Estimativas comprovaram que com a rapidez que as coisas andaram em 2010 tivemos aproximadamente 600 milhões de computadores absoletos só nos EUA. A cada ano 1,5 bilhões de celulares são substituídos, fazendo assim crescer o numero de lixo eletrônico em 50 milhões de toneladas, o lixo eletrônico cresce numa velocidade de 3 a 5 vezes maior que a de lixo urbano. Ambientalmente falando uma produção maior e mais rápida geram no geral dois grandes riscos, não só o descarte mais também a produção desses aparelhos. Estudos mostram que para fazer um computador são usadas muitas substancias químicas e algumas bastante tóxicas para os seres humanos. Por isso, o primeiro grande impacto para esses aparelhos é sua fabricação que consiste em extrair os insumos necessários.Dados de caracterização mostram que há cerca de 60 dos elementos químicos da tabela periódica no interior de computadores. E como quando os computadores ficam velhos, ao invés de serem doados, eles simplesmente viram lixo, eles agridem o meio ambiente. Isso ocorre por falta de políticas e leis que determinem o descarte e tratamentos ideais para esses resíduos e falta de incentivo para pratica de reciclagem. Nosso pais é hoje o quinto maior mercado mundial de internet e telefonia celular, em 2010 cerca de 190 milhões de pessoas estavam com telefones celular e 50 tinham acesso a internet, o que por outro lado gerou 149,2 mil toneladas de lixo eletrônico, e só 10% desse lixo, foi devidamente tratado. No Brasil não há nenhuma regulamentação para o lixo em nível federal, e segundo o presidente da republica o lixo deve ficar sob responsabilidade do vendedor. São poucos grupos de pesquisa voltados ao problema do lixo eletrônico aqui e também são raros os trabalhos serem publicados e divulgados. No estado atual do conhecimento a reciclagem do lixo envolve duas etapas , a separação e o processamento de peças multicomponentes. Entre agosto de 2008 e setembro de 2009 foram apresentadas 16 palestras para alunos do ensino fundamental e ensino médio do rio de janeiro sobre a reciclagem de lixo eletrônico , também foram feitas pesquisas e trabalhos e durante esses trabalhos foi enfatizada a tarefa de identificar e separar os materiais como em matérias primas, separação manual, separação parcial dos componentes identificados. A maioria dos alunos e pessoas descartam o lixo eletrônico como se fosse qualquer lixo domiciliar, em palestrar foram descobertos que a maioria dos alunos não tinham consciência do custo desses materiais, outros dados que impressionaram foram os números relativos à produção, ao consumo e ao descarte em nível mundial e no país. As palestras sobre o lixo eletrônico foram fundamentais para os alunos tanto para questões ambientais quando para perceber a importância das propriedades dos elementos químicos no meio ambiente , também despertou nos alunos que eles também são consumidores e a necessidade de reciclar esse lixo.

THE BOOK IS ON THE TABLE! Vem da Suécia um dos maiores êxitos no gênero de mistério dos últimos anos: a trilogia Millennium - da qual este romance, Os homens que não amavam as mulheres, é o primeiro volume. Seu autor, Stieg Larsson, jornalista e ativista político muito respeitado na Suécia, morreu subitamente em 2004, aos cinquenta anos, vítima de enfarte, e não pôde desfrutar do sucesso estrondoso de sua obra. Seus livros não só alcançaram o topo das vendas nos países em que foram lançados (além da própria Suécia, onde uma em cada quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série, a Alemanha, a Noruega, a Itália, a Dinamarca, a França, a Espanha, a Itália, a Espanha e a Inglaterra), como receberam críticas entusiasmadas. O motivo do sucesso reside em vários fronts. Um deles é a forma original com que Larsson engendra a trama, fazendo-a percorrer variados aspectos da vida contemporânea, da ciranda financeira feita de corrupção à invasão de privacidade, da violência sexual contra as mulheres aos movimentos neofascistas e ao abuso de poder de uma maneira geral. Outro é a criação de personagens extremamente bem construídos e originais, como a jovem e genial hacker Lisbeth Salander, magérrima, com o corpo repleto de piercings e tatuagens e comportamento que beira a delinquência. O terceiro é a maestria em conduzir a narrativa, repleta de suspense da primeira à última página. Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou. Quase quarenta anos depois, o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger e que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois, desconfortavelmente, num presente, que pode acabar com sua vida. Os homens que não amavam as mulheres Stieg Larsson Companhia das Letras, 528 páginas R$ 19,90

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Folha Interativo - ANO II

CINEMANIA A mais árdua batalha entre o criacionismo e evolucionismo ocorreu, de fato, na cabeça de Charles Darwin nos últimos anos antes da revolucionária publicação de “A Origem das Espécies”. O filme “Criação”, de Jon Amiel, relata com primor os conflitos éticos e religiosos pelos quais passou o homem que mudou a história do planeta. A para quem gosta de Ficção Científica e psicanálise, o Cinemania desta edição traz o envolvente “A origem”, filme de Christopher Nolan que viaja pela teoria Freudiana com muita ação e cenas de tirar o fôlego. CINEMANIA Criação Gênero: drama Inglaterra, 2009 Direção: Jon Amiel Duração: 90 minutos Charles Darwin (Paul Bettany) tem em torno de 40 anos e leva uma vida pacata em uma vila inglesa. Darwin é devotado à sua família, mas ao mesmo tempo é bastante distante deles. A causa principal é o vazio existente com sua esposa Emma (Jennifer Connelly). Darwin apenas se sente bem quando escapa para seu escritório, onde discute o dia com sua filha Annie (Martha West), de apenas 10 anos. Só que há um problema: Emma está morta, há muitos anos. Darwin conversa, ou acredita conversar, com seu fantasma. É o jeito que ele encontra para amenizar a dor que sente e o conflito que possui, ao perceber que a existência de Deus não se encaixa no mundo real. O filme relata com precisão como foi o último ano de pesquisas e conflitos de Charles Darwin antes da publicação do revolucionário “A origem das Espécies”. Sua luta constante para superar os paradigmas relacionados às suas dúvidas na relação entre a fé e a ciência.

Para quem acha que os bons filmes de Sci-Fi não existem mais, o diretor Christopher Nolan vem provar o contrário num filme de 148 minutos que parecem 20. Don Cobb é especialista em invadir a mente das pessoas e, com isso, rouba segredos do subconsciente, especialmente durante o sono, quando a mente está mais vulnerável. As habilidades únicas de Cobb fazem com que ele seja cobiçado pelo mundo da espionagem e ele acaba se tornando um fugitivo. Como chance para se redimir, Cobb terá que, em vez de roubar os pensamentos, implantá-los. Seria um crime perfeito. Mas nenhum planejamento pode preparar a equipe para enfrentar o perigoso inimigo que parece adivinhar seus movimentos. Somente Cobb é capaz de saber o que está por vir. Destaque para as excelentes atuações de Leonardo di Caprio e Elen Page. Para quem vai prestar psicologia ou se interessa por Psicanálise, o filme é puramente freudiano, id, ego, superego. É assistir e se motivar para ler a Interpretação dos Sonhos e mergulhar na tão contestada obra do médico austríaco. A origem Gênero: Ficção Científica EUA, 2010 Direção: Christopher Nolan Duração: 148 minutos

IMAGENS DO CINEMA Em 1998, Jim Cameron arriscava sua carreira para contar a história do maior acidente náutico da história: o naufrágio do Titanic. Cameron tinha de contar uma história que todos já conheciam o final, mostrar muita gente se afogando e, ainda assim, conseguir segurar a atenção do público até o final. A grande sacada foi contar a história paralela do amor de Rose (Kate Winslet) e Jack (Leonardo di Caprio) e fazer com que os espectadores se afeiçoassem a eles. No final, quem assistia ao filme ficaria preso na tensão de saber se eles ficariam juntos e se Jack sobreviveria. Os efeitos especiais também marcaram época, com destaque para as cenas do naufrágio, mas o filme, que ganhou onze Oscars, ficaria marcado pela cena acima, o abraço de Jack em Rose na proa do navio eternizaria o filme.

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É NÓIS NA FOTO

X INTERAGINCA AGITA COLÉGIO INTERATIVO

Gincana esportiva e cultural é destaque na cidade de São Carlos Aconteceu no final do mês de maio a X INTERAGINCA, a Gincana do colégio Interativo. Com provas culturais, esportivas e intelectuais a competição agitou o colégio interativo. Divididos em três equipes, Azul, Laranja e Verde, os alunos passaram uma semana trabalhando duro para realizar as provas. A Gincana, além de ter ser socializante e desenvolver habilidades que o aluno não utiliza com frequência dentro da sala de aula, tem, também, seu fator social, com arrecadação de cestas básicas que ajudam instituições de caridade da cidade de São Carlos. A comissão organizador composta pelos professores Pedro, de Português, Samir, de Inglês, Kaê, de Geografia, Marina, de Matemática, Renan, de Física e Thiago, de Biologia sempre deixou claro tal aspecto. O professor Pedro Guilherme, coordenador da INTERAGINCA destaca: “O fator de socialização que enfocamos se da no momento em que um aluno do sexto ano trabalha lado a lado com um outro do terceiro ano do ensino médio, misturando idades e motivações por um mesmo intuito, colaborar com a equipe. Uma das provas que mais animou as manhãs do colégio foi aquela que pedia aos alunos que viessem, em cada dia, fantasiados de algo diferente. O próprio professor Pedro foi destaque ao vestir-se de coordenadora Vania e de Príncipe William.

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FESTA JUNINA DO COLÉGIO INTERATIVO AGITA A CIDADE!

Aconteceu no último dia 22 de junho a tradicional FESTA JUNINA do colégio Interativo. Em sua 12 edição, a festa reuniu professores, funcionários, alunos e seus familiares que estiveram na Chácara do Barão para curtir comidas típicas, quadrilha, música e muita diversão. Cofira abaixo algumas fotos do nosso ARRAIÁ e para ver mais fotos, dê um passeio pelo site do colégio: www.interativo.com.br.

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PLANEJAMENTO INTERATIVO PROFESSOR VASCO MORETTO FALA SOBRE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NO AUDITÓRIO DO COLÉGIO INTERATIVO Mestre em Didática das Ciências pela Universidade Laval, Québec, Canadá, licenciado em Física pela UnB e especialista em avaliação institucional pela Universidade Católica de BrasíliaUCB, Vasco Moretto foi diretor pedagógico da Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal-AEUDF e atualmente dirige a VASCO MORETTO Consultorias Educacionais S/C Ltda. Com experiência docente de 51 anos, é um dos responsáveis pelo PAS (Programa de Avaliação Seriada) da UnB, primeira experiência brasileira de seleção diferenciada para acesso ao ensino superior em instituições de ensino superior públicas. Tem vários livros e trabalhos publicados, entre eles - Prova - um momento privilegiado de estudo não um acerto de contas e - Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. Eloquente, com talento e muita disposição, Vasco Moretto esteve em São Carlos para abordar uma reflexão dos professores do Colégio Interativo e outros educadores a respeito da forma de entender educação nos dias atuais, buscando discutir os conceitos de desempenho, habilidade e competência, provocando assim muita reflexão, discussão e propostas de mudança na prática docente de todos. A palestra fez parte do projeto do Colégio Interativo de promover discussão e debates acerca de temas relativos à educação, capacitando, assim professores, educadores, mantenedores e funcionários do colégio para que a escola seja um espaço completo de aprendizado e socialização em todos os momentos. Buscando enfocar a família e melhorar a prática docente, o colégio tem buscado discutir com educadores e a sociedade sãocarlense, propostas e temas relevantes para que juntos todos possam caminhar na busca de uma escola ainda melhor para todos.

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As iniciativas tomadas ao longo dos anos 90 no âmbito educacional, que buscavam cumprir as determinações de universalização do ensino fundamental e “erradicação” do analfabetismo constantes na Constituição Federal de 1988 (Artigo 60 e seu § 6º), levam a um quadro mais favorável da educação brasileira no início do século XXI quando pensamos no acesso de crianças e adolescentes as escolas. Contudo, diversas indagações a respeito da qualidade do ensino que está sendo oferecido a essa população são colocadas, não sendo raras, infelizmente, as constatações de que os jovens estão ficando mais tempo nas escolas, mas, a sua formação está cada vez mais deficitária. O problema se agrava ainda mais quando verificamos a realidade de jovens de bairros menos favorecidos economicamente. Esses se vêem, frequentemente, frente a necessidade de inserção no mercado de trabalho ao final do ensino fundamental para auxiliar a renda da família, abandonando os estudos no ensino médio e, assim, a oportunidade de acesso a profissões que pudessem proporcionar melhores salários e melhores condições de trabalho. Uma alternativa a essa situação é a inserção desses jovens em cursos técnicos, os quais favoreceriam a formação profissional desses jovens. Mas, o que se observa é a redução do número de vagas nas Escolas Técnicas, o que restringe ainda mais o acesso destes a um ensino de qualidade e formação para o trabalho. Muitos jovens desconhecem essa possibilidade de formação ou não tem formação acadêmica suficiente para conseguir ter uma boa pontuação nos vestibulinhos existentes nos programas de formação para o trabalho voltados para os adolescentes, estratégia utilizada para tentar selecionar o grande contigente de jovens que poderiam se beneficiar desse recurso. Em vista disso, em 2009 foi formada a Associação VERA a qual visa promover os direitos humanos por meio de projetos, programas ou planos de ações de qualidade comprometidos com a realidade brasileira. Atualmente, a associação conta com dois projetos principais: PROJETO DOCE ESPERANÇA e PROJETO CONVIVER. O PROJETO DOCE ESPERANÇA busca fornecer reforço escolar para adolescentes carentes visando a preparação dos mesmos para entrada nos programas PATRULHEIROS, CEFA, SENAI, SENAC, CURSINHOS COMUNITÁRIOS. Já o Projeto Conviver objetivase aprimorar as habilidades de relacionamento e de estudo entre os adolescentes. Tais propostas tem tido resultados favoráveis aos jovens que o freqüentam: em 2009, foram atendidos 22 alunos. Todos eles passaram em algum dos processos seletivos dessas instituições, e 4 deles estão empregados, fator completementar e ao mesmo tempo essencial, à garantia de sua formação educacional. Contudo, para que a Associação VERA dê continuidade as suas atividades, ela conta com a necessidade de contribuições. Se você pode colaborar, de qualquer modo, isso seria uma grande ajuda para todos nós. Entre em contato pelo telefone (16) 97821955 (Regina) ou pelo e-mail relemmi@hotmail.com. Se você quiser saber mais sobre nossa associação, nos visitar, participar, não hesite em entrar em contato também. Você também pode nos conhecer via internet: http://associacaovera.blogspot.com/2009/08/projeto-de-prevencao-dasindrome-do.html Muito obrigado por sua atenção e participação! Sua contribuição constrói também um mundo melhor, sem violência e onde os direitos humanos possam, efetivamente, ser uma realidade! Abraços de todos nós da Associação VERA.


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LOGIN SETE DOS DEZ HACKERS MAIS ATIVOS SÃO DO BRASIL Muito interessante essa matéria que a BBC Brasil publicou: O Brasil continua no topo da lista dos grupos Hackers em todo o mundo. De acordo com pesquisa desenvolvida pela mi2g Intelligence Unit, empresa de consultoria de risco digital baseada em Londres, entre os dez grupos que mais invadiram sites durante o mês de outubro, Símbolo dos hackers que sete estão baseados no Brasil. atacaram o Brasil em junho LulzSec_Brazil Nos últimos dois anos, o Brasil vem figurando com destaque na lista dos Hackers que incluem desde pessoas que invadem pequenos sites, até os que conseguem fraudar cartões de créditos ou sistemas de governos. De acordo com a mi2g, só neste ano a ação dos Hackers já causou prejuízos entre US$ 118,8 bilhões e US$ 145,1 bilhões (entre R$ 336 bilhões e R$ 413 bilhões) em todo o mundo. A ação dos Hackers em 2003 aumentou em relação ao ano passado, quando os brasileiros lideraram também o topo da lista. Prejuízos Os prejuízos no mercado mundial giraram entre US$ 44 bilhões e US$ 54 bilhões (entre R$ 125 bilhões e R$ 154 bilhões) no ano passado. Os dados divulgados pela mi2g são baseados no sistema Eveda, que estima danos e perdas econômicas de empresas, levando em consideração produtividade e tempo perdidos, além de custos de reparação dos sistemas atingidos. A pesquisa conta o número de sistemas atacados, sem considerar o impacto que causaram. Essa forma de análise é contestada por alguns especialistas que acreditam que a amostragem quantitativa acaba distorcendo a realidade. Na opinião de Rinaldo Ribeiro, de 28 anos, gerente de tecnologia da empresa carioca 3 elos, é um exagero dizer que o Brasil está no topo do ranking dos hackers. “Certamente é um exagero, porque eles fazem coisas menos criminosas e menos poderosas. Eu não considero esses índices. Na verdade são páginas que são modificadas, para poder medir se um país ou um grupo tem conhecimento, principalmente sobre essa questão de segurança”, disse Ribeiro. Poder A discussão veio à tona depois que o jornal norte-americano The New

York Times publicou matéria há cerca de duas semanas dizendo que o Brasil estava se tornando um laboratório de crimes de informática, baseado em um dos relatórios da mi2g. O último relatório divulgado pela empresa, relativo ao mês de outubro, confirma a liderança do Brasil na lista dos grupos que mais causam danos à rede mundial de Internet, como divulgou o jornal. O consultor acha que quantidade é bem diferente de qualidade e que o Brasil fica atrás de muitos países quando se fala em poder dos hackers. “Pelos índices genéricos apresentados não dá para medir o que acontece realmente. Se for comparar com o poder, pela capacidade encontrada em outros países como a Polônia ou a China, o Brasil está longe desse topo. Acho que a forma como esta informação é disseminada acaba criando uma imagem distorcida do que acontecesse na realidade”, disse Ribeiro. Ele reconhece, no entanto, que os grupos brasileiros realizam “um grande volume de ataques”. O consultor, que já foi chamado de o maior cracker do mundo por ter conseguido por quatro anos ganhar um concurso de quebra de sistemas nos Estados Unidos, acha que esse grande número de ataques revela a fragilidade dos sistemas. “A quantidade de problemas que aparecem todos os dias é enorme, tal como a quantidade de ferramentas que surgem a toda hora. Manter o sistema de rede de segurança em um bom nível é complicado. Existe hoje uma dificuldade de se chegar a um nível de segurança e manter isso”. Conhecimento Rinaldo Ribeiro lembra ainda que os grandes casos, ao contrário dos que aparecem nos relatórios de empresas de consultoria, não chegam ao conhecimento do público. “A grande maioria dos ataques, as coisas mais sérias, não está disponível para a mídia. (Quando) um grupo russo entra em uma grande empresa de tecnologia nos Estados Unidos isso não sai nos jornais. Falhas muito sérias não são trazidas a público. Então, pode ficar parecendo para quem lê jornal: no Brasil está cheio de criminosos, lançando ataques todos os dias”. Importantes ou não, os ataques dos hackers brasileiros já estão deixando uma marca negativa para o país. Rinaldo Ribeiro disse que alguns sites internacionais já estão bloqueando seus acessos aos internautas brasileiros temendo ataques. O do governo norte-americano é um deles. Fonte: BBC Brasil

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JORNALISMO CIENTÍFICO: LEIA COM MODERAÇÃO •Por Reginaldo Nanni

“Já não tenho tempo para lidar com mediocridades (...) O essencial faz a vida valer a pena.” É com esse trecho do poema “O valioso tempo dos maduros”, do gênio das letras, Mário de Andrade, que começo meu texto de hoje. Explico: tenho por hábito todas as manhãs de domingo, ir a uma determinada banca de jornal, onde busco, com um olhar atento às capas de revistas semanais, notícias que possam chamar minha atenção. Aí então, decido se compro ou não esse ou aquele periódico para a minha leitura do final de semana. O que vi e li nos últimos dias sobre a polêmica de que o uso de celulares pode vir a causar câncer foi de doer... Ou melhor, foi um prato cheio, um passo desproporcional que a imprensa, faminta por novidades, muitas vezes não pestaneja antes de dar. Pobre das pessoas que dão valor demais para essas verdades que a ciência, supostamente, traz. Entre as piores tentações e riscos mais gritantes que cercam o jornalismo científico, está a de transformá-lo em jornalismo de serviço, conselhos de saúde e que tais. Vale dizer, certamente, que não há mal algum em informar as pessoas em que pé se encontra a pesquisa biomédica, para que elas usem essa informação como bem entenderem para orientar suas vidas. O problema surge quando repórteres e editores partem para promover este ou aquele estudo científico com a mesma efemeridade com que se apregoam as tendências da moda: agora o quente é tomar antioxidantes para controlar radicais livres, ou comer soja para que as isoflavonas previnam o câncer e de quebra atenuem sintomas da menopausa, ou ainda, entupir-se de salmão para colher os benefícios milagrosos do ômega-3... Sempre que topo com essas capas de revistas cheias de conselhos sobre sexo, emagrecimento e bem-estar mental, lembro-me do pôster na parede da sala do agente do FBI Fox Mulder, da série de TV, Arquivos X, obcecado com fenômenos paranormais e aliens que dizia: “Eu quero acreditar”.

A função mais nobre do jornalismo científico é precisamente o contrário, ajudar o leitor a duvidar. Duvidar do estudo atual que diz que comer ovo é bom para a saúde e também da pesquisa anterior que dizia ser péssimo. Ou manteiga. Ou margarina. Melhor dizendo, não dos estudos em si – que ninguém, lamentavelmente, lê – mas dos relatos jornalísticos sobre eles. Se todos, jornalistas e seus leitores, lessem ao menos algumas Página 12

vezes os artigos científicos propriamente ditos, ficariam mais evidentes as inúmeras ressalvas que pesquisadores sempre fazem, e haveria menos gente crédula no mundo. Além disso, a obrigação do jornalista de ciência – e de todo qualquer e jornalista – é manter uma perspectiva realista e objetiva sobre aquilo que cobre, pois sua lealdade primeira é com o público, não com suas fontes. Enquanto isso não acontece, o melhor, porém, é confiar mais nos conselhos de sua avó: durma pelo menos sete horas por dia, alimente-se com moderação comendo de tudo, não fume e faça exercícios sempre que puder. E é para valer mesmo! Comer com moderação, dormir bem e fazer exercícios não são somente coisas indicadas pelo senso comum, encontram forte apoio em várias pesquisas. Assim você vai longe, não importa qual seja a capa da revista da semana. Reginaldo Nanni Licenciado em Ciências Exatas – habil. Química e Física Universidade de São Paulo – USP – São Carlos

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Seu pai vive pedindo pra você estudar? Sua mãe vive cobrando a lição de casa? Agora é sua vez de colocá-los pra estudar. Cursos Semipresenciais. Faça uma faculdade sem precisar sair de casa. Aulas virtuais. Flexibilidade de horário. Material didático. Aulas presenciais 1 vez ao mês. Cursos a partir de R$ 210,00 mensais.

3307-5005 para melhores informações. Aulas Presenciais no Colégio Interativo São Carlos. No próximo mês de setembro acontecerá às quintasfeiras na Oficina Cultural Regional “Sérgio Buarque de Holanda”, a oficina “A História do Rock”. História, música, astros, curiosidades e muito aprendizado sobre cultura e comportamento. Leituras, vídeos e discussões imperdíveis numa oficina gratuita com 30 vagas ministrada pelo professor Glauco Keller Villas Boas. Inscrições abertas Rua São Paulo, 745 – Centro - São Carlos/SP – CEP 13560-340 Telefone: (16) 3372-8882 / 3372-9624 e-mail:sbholanda@oficinasculturais.sp.gov.br Funcionamento: segunda a sexta-feira – 13 às 22 horas; sábado – 13 às 18 horas Página 13


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ESPAÇO VESTIBULAR USP aprova cinco mudanças no vestibular da Fuvest 2012 Primeira fase continua com 90 questões

Atenção galera que pretende prestar o vestibular da FUVEST. Em reunião realizada no último dia dois de junho, o Conselho de Graduação (CoG) da USP aprovou um pacote de cinco mudanças no vestibular da Fuvest, que passam a valer já para o exame de 2012 A partir do próximo vestibular, a nota da primeira fase passa a ter o mesmo peso das provas da segunda fase e volta a compor a nota final do candidato, o que, segundo a pró-reitora de Graduação, Telma Maria Tenório Zorn, tornará possível a avaliação do aluno em seu conjunto de habilidades. Até então, a nota da primeira fase era apenas classificatória, servindo para levar ou não o aluno para a segunda fase, mas não tinha valor na soma total dos pontos. A segunda mudança diz respeito à diminuição do número de 20 para 16 questões da prova do segundo dia da segunda fase, composta por questões multidisciplinares. Além disso, o índice para a convocação de candidatos para a segunda fase passa a ser variável, de três candidatos por vaga para dois a três, o chamado índice k, que será definido de acordo com a média da nota dos candidatos nas variadas carreiras. A nota mínima de corte também sofrerá alteração, passando de 22 para 27 pontos. A partir de 2012, o candidato também poderá ter a oportunidade da reescolha da opção de carreira após a terceira chamada, ou seja, se a pontuação do vestibulando não foi mínima para entrar em determinado curso, pode ser suficiente para outro. Agora o aluno tem mais escolha, destaca o professor Pedro Marcelo Baptista, o Sebá, mantenedor do Colégio Interativo de São Carlos. Segundo a pró-reitora, essas mudanças não mexem com a estrutura do vestibular. “É importante enfatizar que o formato das questões não foi mudado. Não houve mudanças estruturais, o que, na prática, não afetará a maneira de o candidato se preparar para a prova. O objetivo principal é melhorar a qualidade da seleção dos alunos que entram na Universidade”, afirma a pró-reitora. Além destas mudanças, também entrarão em vigor no próximo

vestibular as alterações no Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) aprovadas no dia 31 de março, que aumentou para 15% os bônus para alunos oriundos da escola pública. A partir de agora, o Programa de Avaliação Seriada (Pasusp), uma das mais importantes ações do Inclusp, vai proporcionar bônus de até 15% aos estudantes que cursaram o ensino fundamental em escola pública e que estejam matriculados no segundo ou terceiro ano do ensino médio também em escola pública. No mês de março, o Conselho de Graduação aprovou também a criação de uma autenticação de informações dos candidatos do vestibular para evitar que os estudantes sem o ensino médio completo e que se inscrevam na categoria geral, e não a de treineiros - a carreira destinada para estes estudantes, sejam convocados nas listas de chamadas. E atenção paras as datas, galera! As inscrições para o Vestibular da Fuvest vão de 26 de agosto a 9 de setembro, exclusivamente pela internet. A primeira fase será realizada em 27 de novembro. A segunda fase está marcada para os dias 8, 9 e 10 de janeiro de 2012.

REFLEXÃO

Essa eu recebi via e-mail, do meu grande amigo, Marco Antonio Manzini Bugalho e resolvi compartilhar com os leitores do Jornal. Espero que gostem Glauco Keller Villas Boas

NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL!!! Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"! A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido: - Alguma pergunta? - Tenho sim. E Beethoven? - Como? - o encara o diretor confuso. - O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven? Silêncio… O funcionário fala então: - Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert

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ADRIANA E MARCO Página 14


Folha Interativo - ANO II Einstein? Picasso? Zico? Etc.?… O rapaz fez uma pausa e continuou: - Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'? Nova pausa e prosseguiu: - Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO , se PICASSO ERA INSTÁVEL , CAYMMI PREGUIÇOSO , KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto. Divagando o assunto, o rapaz continuava. - Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de ‘técnico de futebol’, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos. Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo. O rapaz voltou a dizer nesses termos: - Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças… E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões que 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, após a morte do humorista, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:…NINGUÉM… Pois nosso Zaca é insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.

NOTAS (nota 1) O professor Bacia, de física, passeava por São Paulo quando foi parado por uma repórter da Rede Bandeirantes. - O senhor sabe se o carnaval é marcado em função da Páscoa ou vice-versa? - Sei!, disse Bacia, e explicou. Certo de que sairia no Jornal da Band, à noite, Bacião juntou a família e amigos para mostrar que apareceria na TV. Desconcertado, o professor assistiu a umas oito entrevistas, menos a sua. A reportagem era sobre a ignorância dos brasileiros sobre o tema. Quem mandou saber demais! ------------------------------------------------------------------------------------------(nota 2) O time dos professores do Colégio Interativo continua a todo vapor. No primeiro jogo de junho, contra o curso manhã, a equipe teve a estreia de Kaê, professor de Geografia sobre quem, delicadamente, dizem as más línguas que “cada enxadada é uma minhoca.” Kaê protagonizou dois dos melhores lances daquele jogo que aconteceu debaixo de muito frio e névoa. Num primeiro lance, após receber um “chapéu” do aluno Thiago, do curso, tirou os óculos enquanto a bola o encobria. No segundo, promoveu a decepção do volante Marião – colecionador de ossos – que, num belo corta-luz tentara deixar Kaê na cara do gol, numa tentativa de fazer o gol que Pelé não fez. Kaê, contudo, não arrematara, pois utilizava sua camisa para enxugar os óculos no momento do lance. Bola murcha!

Atenção galera, as férias acabaram e os agitos do colégio Interativo recomeçaram. E não se esqueça, no próximo dia 26 de agosto, na Oficina Cultural Regional “Sérgio Buarque de Holanda”, o Xou Vixe – show de talentos do colégio Interativo. E partir deste ano, o Xou Vixe passa a fazer parte da programação anual da Oficina Cultural, entrando na divulgação estadual de Oficinas. Portanto, se você pretende participar, que tal utilizar parte das férias de julho para dar uma treinadinha? As inscrições para apresentação terão início na primeira semana de agosto e as atividades estarão divididas em: música, teatro, dança e artes plásticas. Não perca! Página 15



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