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IGREJA OU SHOPPING CENTER?

Palavra do pastor da Igreja

Na arquitetura pós-moderna, algo que mais lhe caracteriza, talvez seja o shopping center. Por fora vê-se uma caixa desinteressante de concreto, sem janelas, arranchada sobre uma área muito grande e geralmente rodeada por um estacionamento imenso. Mas dentro o cliente encontra algo parecido com as antigas praças centrais de cidades pequenas, completo de árvores, fontes, praças e cafés na calçada.

Cada loja tem sua própria decoração, com vitrinas e com portas abertas. A música vem pelo sistema de som. O ar é refrigerado. Todo espaço é atraentemente decorado e planejado de acordo com o cliente, para satisfazer aos desejos e gostos do momento. Cada detalhe proclama a mensagem: Gaste dinheiro! O shopping center é um templo do consumismo com todos os seus valores – o conforto, a prosperidade, a conveniência e a moda.

Se for possível um paralelo comparativo, diria que o shopping se assemelha aos antigos templos pagãos onde as prostitutas cultuais convidam os clientes para satisfação pessoal em suas lojas, e depois os clientes vão celebrar o “sacramento” comendo e bebendo na praça de alimentação e depois sentam-se para serem doutrinados nas telas de cinema.

Não estou demonizando o shopping, ou mesmo proibindo o crente de visitá-lo. Apenas quero que faça uma reflexão.

A era medieval tinha suas catedrais; a era moderna teve suas fábricas; a era pós-moderna tem seus shopping centers. E hoje as igrejas por vezes se parecem com shopping não somente na arquitetura, mas na maneira como as pessoas pensam a respeito delas. Veith, Jr. dizia que “as megaigrejas às vezes se assemelham a shopping centers – com os estacionamentos, vestíbulos, balcões de informação e bancas que promovem mercadoria religiosa. Essas megaigrejas empregam pesquisa de mercado e procuram as pessoas acostumadas à variedade de escolhas oferecidas no comércio local, oferecendo-lhes um leque de atividades e grupos de interesse que atendem a todos os gostos”.

Observe que os dias mais frequentados pelo público, são no final de semana. Ao invés das pessoas irem para os templos adorarem, vão aos “templos” comprarem, ou divertirem-se. No Domingo, o cinema é mais caro, os brinquedos são mais caros, devido a grande procura neste dia

Note também o que acontece durante os cultos em muitas igrejas, se não reflete a estrutura de um shopping center. Neste, cada loja tem sua ênfase, no culto cada grupo faz um culto dentro do culto dando a ênfase que quer. No final, no culto falou-se sobre tudo, e não se falou sobre nada.

Em lugar da pregação que conduz à convicção do pecado e à salvação por meio da cruz de Jesus Cristo, as igrejas pregam a mensagem do “sinta-se bem” que visa consolar e alegrar as pessoas.

A tendência na era pós-moderna é avaliar tudo em termos de seu valor de entretenimento. Zygmunt Bauman chama a pós-modernidade de “moralidade sem código ético”. Nesta era “ter diversão” ocupou o lugar de “ter santificação”!

Note as implicações da frase comum em nossa época: “Vou procurar uma igreja”. Certamente é perigoso procurar uma igreja da mesma maneira como procuramos a loja que ofereça o melhor produto. Ao invés de se buscar uma igreja que ensine fidedignamente a Palavra de Deus, busca-se uma igreja que “satisfaça as minhas necessidades”.

Escolher uma igreja porque gostamos da música ou porque o pregador conta ilustrações engraçadas é temerário. O culto não é entretenimento, e sim, estar solenemente na presença de Deus.

O que você está atrás: de uma igreja ou de uma ida ao shopping?

Precisamos refletir sobre as tendências da nossa era e perceber a influência do mundo ao nosso redor, redimindo e confrontando a cultura, enquanto nos conformamos ao modelo bíblico.

Que o Senhor faça brilhar a Sua luz na obscuridade das mentes pós-modernas!

Rev. Daniel Alves da Costa Pastor Efetivo da IPC

A todos que aflitos, buscam a paz; a todos que em lágrimas, buscam consolo; a todos que trabalhando, buscam servir; a todos que cansados buscam refrigério; a todos que enganados buscam a verdade; a todos que em pecado, buscam perdão; a todos que solitários, buscam comunhão; a todos que buscam um sentido para a vida, esta igreja abre suas portas e os acolhe em nome do Senhor Jesus Cristo.

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