Estudo 9 Uma Oracao por avivamento

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Série Vivendo Além de nós Mesmos O Profeta Elias – Uma Oração por Intervenção Ou Uma Oração por Avivamento I Reis 18:41-46 IPCci 27/10/2011 INTRODUÇÃO Há uma verdade bíblica a ser considerada durante todos estes estudos e mais especificamente em nosso estudo atual: A verdade é a seguinte: Existe uma relação estreita entre os elementos naturais e os elementos espirituais. As ordenanças e ensinamentos de Deus.afetam a terra e as almas dos homens. Em alguns casos: Uma tipifica a outra. Este é o caso de seca e da chuva do tempo de Elias. É também o caso do fogo que desceu dos céus e consumiu o holocausto apresentado pelo profeta. Toda a seca que estava acontecendo a mais de três anos, que desencadeou uma fome terrível sobre a nação; era na verdade a figura clara da seca espiritual que eles passavam e que desencadeava uma fome de justiça dos poucos que não dobraram os seus joelhos a Baal. Por isso, não é sem propósito e nem mesmo alegórico identificarmos o episódio do fogo sobre o altar como o tratamento de pecado – departamentalizado por arrependimento, confissão e abandono. E seguindo esta mesma linha de raciocício o episódio que temos para estudar hoje pode ser visto como um tempo de avivamento- Ou uma oração por intervenção. A chuva significava a manifestação da graça restauradora de Deus sobre o povo de Israel. Um texto que nos ajuda a compreender essas duas faces da manifestação de Deus – natural e espiritual - é Isaías 40:1-11 Diante disto, eu gostaria de meditar com os irmãos sobre essa oração do profeta Elias pedindo por chuva como uma oração nossa pedindo por uma intervenção de Deus na vida da igreja e em situações individuais. Você pode orar como Elias a Oração por Intervenção. Há no texto algumas características universais desta oração. Antes de estudarmos sobre essas características, eu gostaria de pontuar três verdades fundamentais neste episódio a respeito de avivamento:

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Série Vivendo Além de nós Mesmos Veja: São verdades fundamentais, universais e inegociáveis. Se conseguirmos digerí-las, creio que estaremos no caminho certo. 1. A chuva vem depois do fogo A ordem em que as coisas acontecem no texto são fundamentais. Veja que no vr. 1 quando Elias ainda estava na casa da viúva, “veio a palavra do Senhor a Elias... dizendo:... darei chuva sobre a terra.” Mas antes que orasse por chuva, Elias sabia que precisava haver o concerto do povo com Deus. Fogo é arrependimento. Chuva é avivamento. Não há avivamento sem arrependimento. Não há avivamento com pecados escondidos. 2. A chuva não vem para fazer o nosso nome grande, mas para fazer o nome de Deus grande – Quando Elias orou: “responde-me Senhor, para que saibam que tu és Deus.” Não era apenas um clamor por resposta, mas um desejo profundo do coração do profeta por um fato real- Para que Deus seja glorificado. O que é avivamento? Avivamento deveria ser algo natural na igreja, porque avivamento é Deus se movendo em profusão sobre o Seu povo. Então, podemos dizer que avivamento é a obra natural de Deus feita de forma sobrenatural na igreja. Em tempos de avivamento acontecem várias coisas extraordinárias: (1) Conversões (2) Orações (3) Um culto enxarcado da graça de Deus (4) Perdão e reconciliação. (5) Unidade Mas a coisa mais importante do avivamento não é os resultados que o seguem; e sim o fato de Deus ser exaltado. Atenção Em todo o tempo está acontecendo um avivamento pessoal: Alguém está sempre experimentando um momento especial com Deus. Quando isso se alastra e se torna coletivo, a história dá o nome de avivamento. Tudo se baseia no que falamos semana passada sobre “motivações”. Se as nossas motivações forem equivocadas o resultado do avivamento será a nossa própria exaltação. Repitamos então: Porque queremos que as coisas aconteçam em nossa igreja? Para que Deus seja glorificado. 3) Em tempos de avivamento, é possível que alguém esteja fora de foco –

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Série Vivendo Além de nós Mesmos Veja os versículos 41-42 Elias disse a Acabe: “Sobe, come e bebe porque já se houve ruídos de abudante chuva. Subiu Acabe a comer e beber...” Porque subir? Subir para onde? Eles havian deixado o Carmelo para descerem ao ribeiro do Quisom (Vr. 40). Elias então sobe para o Monte Carmelo novamente enquanto Acabe sobe para a sua cidade. Acabe é alguém que está totalmente fora de foco. Esse homem não a mínima idéia sobre espiritualidade. Ele havia seguido um caminho totalmente diferente do único servo temente a Deus entre os seus líderes (Obadias). Ele reúne todo o povo no Monte Carmelo. Ele vê todos os seus profetas serem envergonhados e mortos pelo povo. E agora, ele simplesmente vai para casa para comer e beber acreditando que tudo estava resolvido. E depois de ter presenciado o que aconteceu com os profetas de Baal e os profetas do poste-idolo que tinha no Palácio, Acabe deveria ter se arrependido e seguido a Elias. Mas não. Ele simplesmente vai para casa comer e beber. Há pessoas assim: Estão totalmente fora de foco espiritual. Não conseguem enxergar o caminho do arrependimento porque seus olhos religiosos estão fixos nos resultados aparentes da bênção de Deus (Chuva). Como falamos semana passada: Os religiosos são assim: Só conseguem ver no contexto físico aquilo que pode acontecer. Nunca conseguem ouvir os ruídos de abundante chuva. Nunca conseguem ver como sobrenatural uma pequena núvem do tamanho da mão de um homem. Pensemos, então, no seguinte tema:

Características de Uma Oração por Intervenção 1. É uma oração confiante Hebreus 4:16 nos diz o seguinte: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, afim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” A oração de Elias era uma oração de confiança. Cap. 18:1 Deus havia dito que mandaria chuva. E agora Elias está ali: Encurvado sobre seus joelhos pedindo por aquilo que Deus havia prometido. O que significa confiança? A definção no Dicionário Português é interessante

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Série Vivendo Além de nós Mesmos Confiança é o ato de deixar de analisar se um fato é ou não verdadeiro, entregando essa análise à fonte de onde provém informação e simplesmente considerando-a (Fé). Se refere a dar crédito, considerar que uma expectativa sobre algo ou alguém será concretizada no futuro. Aceitar a própria decisão de outra pessoa. Confiar em outro é muitas vezes considerado ato de amizade e amor entre os humanos, que costumam dar provas dessa confiança.(Obediência) Confiança é o resultado do conhecimento sobre alguém. Quanto mais informações sobre quem necessitamos confiar, melhor formamos um conceito positivo da pessoa. Confiança é ter fé no que Deus disse e obedecer o que Deus mandou fazer. Não existe confiança sem obediência. A fé sem a obediência é o que Tiago (2:17) chama de fé morta. Tiago (2:19) diz que esta “fé”, a fé morta, a fé sem obedência, é a fé apresentada pelo diabo. Então, esta é a primeira característica de uma oração por intervenção: Uma oração confiante nas promessas. É uma oração que nos faz crer que Deus pode fazer e nos leva a orar dentro da vontade de Deus.

2) É uma oração Dependente – É impressionante que o Vr. 42 nos diz que Elias se dobrou, se humilhou, se encurvou sobre seus próprios joelhos e orou a Deus. Há um contraste entre o Elias perante a população e o Elias a sós com Deus. Há pouco tempo atrás ele estava de pé, resoluto, destemido, altivo, aldacioso perante a nação dizendo: vai acontecer segundo a minha palavra. E agora ele se encontra encurvado, humilhado, dependente perante Deus. Como embaixador de Deus, Elias havia se apresentado perante Israel; agora como intercessor de Israel ele se humilha perante Deus. Atenção Só temos o direiro de estar de pé diante dos homens, se estivermos de joelhos diante de Deus. As vezes tenho a impressão que somos uma geração que tem trocado os valores cultivados por Elias. Queremos estar diante dos homens, mas nos esquecemos de estar diante de Deus. Oração por avivamento – oração de intervenção, ou intercessão – é sempre uma oração dependente.

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Série Vivendo Além de nós Mesmos No altar, baixamos as nossas armas, deixamos os nossos diplomas, entregamos as nossas habilidades e talentos e descobrimos um único caminho: O caminho da dependência. Salmo 34:18 “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido.” I Pedro 5:6 Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte.” Salmos 113:5-6 “Quem é como o SENHOR nosso Deus, que habita nas alturas? o qual se inclina, para ver o que está nos céus e na terra!”

3) Uma oração perseverante – A oração de Elias também foi uma oração perseverante. Pergunta: Qual é a diferença entre a persistência e a teimosia? Você já tentou fazer algo e insistiu com aquilo até um ponto de se encontrar sendo teimoso? Qual é a diferença entre persistência e teimosia? O texto não fala muito sobre a perseverança da oração de Elias. Mas Tiago (4:1718) nos fala exatamente sobre as duas orações do profeta Elias: “... orou com instância, para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva...” Então Elias foi perseverante, insistente, persistente. Mas não foi teimoso. Qual é a diferença entre perseverante e teimosia, então? A diferença é essa: Teimosia se fundamenta na vontade humana. Perseverança se baseia na promessa divina. Cap. 18:1 Deus disse a Elias: “... vai, apressa-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.” Cap. 18:41 “Então disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abudante chuva. Subiu Acabe a comer e beber; Elias, porém, subiu ao cume do Carmelo...” Veja que Deus já havia feito a promessa. Tudo estava preparado. Os profetas de Baal foram destruídos. Elias está saindo do ribeiro de Quisom. Ele poderia ir com Acabe para a cidade. Mas não. Ao invés disso, Elias sobe de novo para o monte Carmelo para orar por chuva. Atenção

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Série Vivendo Além de nós Mesmos Orar sobre a promessa de Deus nunca é teimosia. É na verdade o caminho que Deus escolheu para o Seu povo. A pergunta fundamental aqui é: Porque Deus reteve a chuva, mesmo com a promessa, até que Elias orasse insistentemente? São apenas interpretações, mas o que pensamos é que Deus retém o que está para enviar para que os Seus filhos se dediquem mais a Ele em oração. O que a Bíblia diz? Ezequiel 22:31 - “Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de mim e em favor desta terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei nenhum.”. Isaías 62:6 - "Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a Ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra." Isaías 59:16 - "Viu que não havia ajudador algum, e maravilhou-se de que não houvesse intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a Salvação, e a sua própria justiça o susteve." Isaías 63:5 - "Olhei, e não havia quem me ajudasse, e admirei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que meu próprio braço me trouxe a salvação..."

4) Uma oração fervorosa A oração de Elias foi uma oração fervorosa. Fervor não está ligado ao tom de voz, a altura da voz e nem mesmo nos chavões usados. Uma oração fervorosa está relacionada a intensidade dos gemidos do coração. O quanto nós realmente queremos que algo aconteça. Já vimos que uma oração confiante e uma oração perseverante é sempre a oração que é feita dentro das avenidas da vontade de Deus. Uma oração fervorosa se nega a desistir. Na verdade, a oração fervorosa nos leva para uma intimidade tão grande com Deus que nem mesmo a resposta está em jogo, mas o fato de estarmos diante do Pai. Num discipulado que estamos fazendo nesta semana eu e Cecília fizemos a pergunta: Quem é Jesus? A pessoa respondeu: Jesus é tudo pra mim. Uma oração fervorosa descobre que a presença de Deus é a coisa mais importante e maravilhosa e O busca com intensidade e clamor.

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Série Vivendo Além de nós Mesmos Aliás, a A Bíblia usa algumas palavras para definir uma oração fervorosa. Ela diz em Mateus 7:7-8 que devemos: Pedi, buscar e bater. Em Tiago 5:16 a Bíblia fala da oração fervorosa como “súplica”. Em Jeremias 33:3 Ela fala de clamor: “Clama-me e responder-te-ei, anunciarte-ei coisas grandes e ocultas que não sabes”. Mas é em Hebreus 5:7 está escrito dado o maior exemplo de uma oração fervorosa. O texto diz assim: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com fote clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade.” Ou seja, o próprio Jesus orou fervorosamente. Arthur Pink diz o seguinte: “Deus pode nos conceder o que pedimos somente pelo nome de Cristo. No entanto, a menos que supliquemos com fervor e verdade, com intensidade de espírito e com veemente clamor, não obeteremos a petição desejada. As Escrituras nos monstram constantemente que é necessário insistir em oração. Veja algo interessante no texto que stá ligado a oração fervorosa: Vr. 41 “Sobe... porque já se ouve ruído de abundante chuva” Vr. 44 “Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão de um homem...” Uma vida fervorosa se torna afinada com Deus. Pelo fervor conseguimos ouvir e ver com os ouvidos e os olhos da fé. Somente por nosso fervor espiritual e ardor missionário é que poderemos ouvir e ver aquilo que Deus ainda está para enviar sobre o Seu povo.

CONCLUSÃO Há ainda muitas outras características dessa oração por avivamento. Vou parar por aqui. Quero concluir apenas dizendo o seguinte: Para onde você subirá? Para o palácio de Acabe para beber ou comer? Ou para o Cume do Carmelo para orar e clamar a Deus por chuva?

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