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Os Limites da Liberdade Cristã - Edição 1.172

OS LIMITES DA LIBERDADE CRISTÃ

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Pr. Alcedir Sentalin - I Coríntios 8.1-13

igreja em Corinto estava confusa e corria o risco de perder a percepção da centralidade de Cristo em sua fé e o respeito ao próximo. O apóstolo Paulo escreveu para ajudar os irmãos e irmãs daquela cidade e, no capítulo 8, ele ressalta a importância de conhecer e obedecer aos limites da liberdade cristã. Ora, Corinto era uma cidade cheia de idolatria e rituais. Logo, surgiu a pergunta: os crentes poderiam comer carne sacrificada aos ídolos?

A questão da liberdade (vs. 1-3). Enquanto o legalismo padroniza suas decisões, intimidando as pessoas, o liberalismo permite tudo. Um idolatra as regras; o outro, despreza os limites. Paulo exorta a “doutrina do Amor” para responder a complexa questão das refeições usadas nas festividades pagãs. Sua afirmação é que o orgulhoso pensa saber todas as respostas, mas a Verdade se manifesta apenas no amor de Deus, e este é o melhor caminho para se aprender. O apóstolo ensina que o saber que ensoberbece é oco, sem vida. Ninguém pode chegar diante do Deus Altíssimo com tal soberba. Somente o amor constrói e nos conecta com o Senhor.

Os ídolos (vs. 4-6). A carne oferecida aos ídolos era dividida: 1) parte queimada aos ídolos; 2) parte para o ofertante; e 3) parte para o sacerdote pagão. Caso sobrasse muita carne para o sacerdote pagão, seria vendida no mercado. Os convertidos da igreja de Corinto tinham a clareza de que um ídolo era simplesmente barro, pedra, madeira ou gesso, e nada além disso. Teologicamente, estavam corretos; mas a dúvida era quanto ao aspecto social da questão. Veja bem, no caso de um cristão ser convidado para uma refeição, deveria ele perguntar a origem da carne? Paulo responde que não havia nenhum problema em comer a carne, contanto que nenhum irmão fosse escandalizado com isso.

O amor como moderador da liberdade (vs. 7-12). Afinal, a liberdade cristã é um estilo de vida que exige maturidade, humildade e decisões diárias sobre o certo e o errado, sempre com respeito, amor e sensibilidade aos irmãos e irmãs da comunidade. Somos libertos do egoísmo quando experimentamos a liberdade em Cristo. A lógica é simples: o bem do irmão é mais importante que o cardápio. O conhecimento não pode ser insensível e deve ser guiado pelo amor.

Outrossim, não há liberdade cristã sem a valorização do próximo. A dizer, a liberdade não existe para o menosprezo dos irmãos. Como disse Herbert Spencer, “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”. Devemos aprender a dividir o espaço que ocupamos, respeitando os que ao nosso redor estão, lembrando que por eles também morreu Jesus Cristo, nosso Senhor.

Conclusão (v.13). Neste versículo, Paulo conclui enfaticamente dizendo, nunca, certamente que não, de modo nenhum, jamais... Ou seja, se for para deixar meu irmão triste ou confuso, direi não para os meus direitos, a fim de proteger sua consciência. A liberdade cristã ensina que o cuidado com o próximo é mais importante do que o direito pessoal. E que a ética cristã é regida pelo amor, e não pelo orgulho. Portanto, é preciso que a igreja ensine uma boa doutrina prática, em que o discurso seja em tudo manifesto e incorporado nas ações de amor do povo de Deus.

EDIFICAÇÃO - I Coríntios 8.1-13

1 - O que Paulo ensina sobre comer carne neste texto e contexto?

2 - Como se manifesta a liberdade cristã (vs. 7-12)?

3 - O que são os ídolos, de acordo com I Co 8?

4 - Em termos práticos, quais são os limites de minha liberdade cristã?

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