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O Desejo de Jesus - Edição 1.176

O DESEJO DE JESUS

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Pr. Alcedir Sentalin - Lucas 22.14-23 1 Coríntios 11.23-32

“Chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento.” (Lc 22.14-15). Na Páscoa, memorial da libertação dos judeus, o eterno Deus Homem, criador de todas as coisas, desejou comer a ceia com humanos pecadores que, após a refeição, negaram-O, traíram e fugiram. Jesus desejou a comunhão e alegrou-se antes da morte. Naquela noite, Ele reclinou à mesa. Tomou pão e vinho, e estabeleceu o sacramento em memória da morte que libertaria os homens da tirania do pecado.

Observe que há certa expectativa nos escritos de Lucas: “Estava próxima a Festa dos Pães Asmos, chamada Páscoa" (Lc 22.1); depois, “chegou” (Lc 22.7); e, por fim, “Chegada a hora” (Lc 22.14). Este é o ponto. A simbologia da libertação judaica passou a ser a alforria dos eleitos, que antes eram escravos do pecado. É como se Lucas estivesse dizendo: até que enfim! O desejo de Jesus é fazer a vontade do Pai (Jo 4.34). A aliança de sangue é a passagem da opressão da lei para a revelação da lei do amor. Jesus comemora, enche um cálice de vinho e o distribui aos amigos em festividade pela missão cumprida (Mc 10.38-39; Jo 18.11). Chegou a hora de tomar o último cálice com os homens e receber o cálice da ira de Deus pelos homens.

Em 1 Coríntios 11.23-32, o apóstolo Paulo, mostra que o objetivo da Ceia do Senhor é anunciar a morte de Cristo por meio do sacramento (1Co 11.23). E ensina também que esta Ceia é exclusiva para os que compreendem a missão de Cristo no necessário milagre da salvação.

Como alguém pode lembrar-se do que não viu? Ao lembrar do novo nascimento, logo se vê a Cruz. Sim, o Santo Espírito, que capacita a fé, faz o salvo participante da morte e da ressurreição. Portanto, lembrar da morte de Jesus é lembrar a vida. Assim, a Santa Ceia não foi instituída por acaso, é o relato de que Jesus se entregou por amor aos pecadores. Nela não há lugar para examinar o outro, nem para deixar de comer. Antes, cada um deve examinar a si mesmo e comer, ainda que seja sob a solene advertência de 1Co 11.27-29. A expressão “sem discernimento” significa não reconhecer os pecados nem dar o devido valor ao sacrifício vicário de Cristo.

A mesa da comunhão é o ápice do ministério que culmina na Cruz, morte e ressurreição. A Ceia é um momento de reflexão, arrependimento, alegria, gratidão, santa reverência e temor (1Co 5.7-8). Na Ceia do Senhor, olhamos para trás (A morte de Cristo - 1Co 11.26), olhamos para nós (“examine-se” - 1 Co 11.28), olhamos o próximo (“…esperai uns pelos outros” - 1 Co 11.33), olhamos para os perdidos (“anunciai a morte” - 1 Co 11.26), e olhamos para frente (“... até que Ele venha” – 1 Co 11.26). Segundo Martinho Lutero, a Ceia do Senhor é o sacramento em que elementos comuns são transformados pela palavra de Deus em significado e sentido espiritual.

Jesus deseja que você participe da Santa Ceia. Ele deseja a comunhão do amor, assim como o redimido deseja participar da comunhão com seu irmão e com seu Senhor. “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice” (1 Coríntios 11. 28).

EDIFICAÇÃO

1 - Compartilhe sobre a mensagem central da Ceia do Senhor (1Co 11.26)?

2 - Por que foi instituída a Ceia no Novo Testamento (Ex 12.13-14)?

3 - Qual o sentido do exame pessoal em relação a Ceia do Senhor (1 Co 11.28)?

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