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Uma Igreja que Ora - Edição 1.201
UMA IGREJA QUE ORA
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Pr. Alcedir Sentalin - Atos 4.21 - 31
A igreja em Jerusalém, tão vibrante e operosa, ainda nos seus primeiros dias passou por uma grande perseguição e viu Pedro e João serem presos por pregarem o Evangelho. Estes, após serem libertos da prisão, procuram a igreja. E esta não lhes recebe com murmúrios, lamentos ou uivos de medo, mas com oração. Esta é uma igreja que ora! Vejamos quais são as características de uma igreja que ora.
Em primeiro lugar, uma igreja que ora não se abala com as ameaças. A igreja do primeiro século acreditava firmemente na soberania de Deus e em Seu plano perfeito para o Seu povo. Observe como eles se dirigem à Deus: “Tu, Soberano Senhor” (v. 24). Soberano é sinônimo de Possuidor, Aquele que é dono de tudo, pois fez “o céu, a terra é o mar e tudo o que neles há” (v. 25). Eles clamam ao Senhor da história. Sabem até o que Herodes, Pilatos, gentios e israelitas fizeram com Jesus, foi pela Sua mão e pré-determinação (vs. 27-28). Mesmo que a soberania de Deus não anule a responsabilidade humana, a Igreja se reconforta ao saber que está segura nas mãos do Eterno. Nem o palco, nem o conhecimento faz um cristão melhor. Mas um cristão de joelhos, em humildade, reconhecendo a soberania de Deus é aperfeiçoado e fortalecido. Observe também que a fé no Soberano não os fazia orar para que as circunstâncias fossem alteradas, nem para que seus inimigos fossem aniquilados. Antes, pediam que Deus lhes permitisse fazer o melhor uso das circunstâncias para, assim, realizar a Sua vontade.
Em segundo lugar, uma igreja que ora vive em comunhão. O verso 24 diz que a igreja orava unânime (em grego é homothumadon). Esse termo é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssono”. A imagem é quase musical; um conjunto de notas é tocado e, mesmo que diferentes, elas se harmonizam em grau e tom. A imagem é quase musical. Como os instrumentos de uma grande orquestra sob a direção de um maestro, assim o Santo Espírito estava dirigindo a igreja para a oração. Na oração há unidade.
Em terceiro lugar, uma igreja que ora faz diferença na Terra. Perceba qual é o pedido que a igreja faz ao Soberano: “concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez” (v. 29). A ousadia os marca. Os apóstolos não perderam o foco, continuavam vendo a necessidade de ousadia na pregação e percebiam suas limitações. Por isto pediram na oração intrepidez para continuarem pregando a Palavra do Senhor. E só pelo poder do Espírito Santo é que é possível que a Palavra seja proclamada e pregada com santa ousadia, em relâmpados e trovões dos céus.
Em quarto lugar, uma igreja que ora experimenta a presença de Deus. Veja que O Senhor responde as orações. A oração não fica parada em algum lugar do cosmos, ela chega diante do Senhor e causa efeitos na terra. “Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus” (v.31). Foi notável o efeito da oração. O local em que estavam reunidos tremeu como se houvesse um terremoto. Este era um dos sinais que indicavam a presença de Deus no Antigo Testamento (Êx 19.18; Is 6.4). Deus se fez presente e os crentes fortalecidos e inabaláveis mesmo nas circunstancias abaladas.
Em quinto lugar, uma igreja que ora depende de Deus e é cheia do Espírito Santo. Mais uma vez o Senhor encheu seu povo do Espírito Santo. Este é um renovo, um mover de Deus em fazer que a experiência de ser Pleno do Espírito se repetisse, a fim de preparar os crentes para anunciar a Palavra de Deus com ousadia. Precisamos constantemente desta plenitude do Espírito, a fim de sermos vasos de honra nas mãos do Senhor. Perseveremos na oração! Pois, conforme a Escritura ensina: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.17).
EDIFICAÇÃO - Atos 4.21 - 31
1 - Qual o estilo de vida devemos adota se queremos mais da presença de Deus (vs. 24 e 29)?
2 - Quais os benefícios de iniciar o ano e permanecer em oração (v.31)?
3 - Qual a decisão a ser tomada diante do que aprendemos?