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Avivamento: A Iminência do Dia do Senhor - Edição 1.211

A IMINÊNCIA DO DIA DO SENHOR

Joel 2

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Pr. Eustáquio Fortunato

A descrição da praga que atingiu Israel continua, mas há uma mudança dramática: com imagens poéticas vivas, o profeta compara os gafanhotos a um exército invasor. Esse ataque é tão terrível que, de alguma forma, relaciona-se ao Dia do Senhor (vs. 1, 11), já anunciado (1.15).

Três interpretações são oferecidas: (1) Alegórica – os gafanhotos se referem aos exércitos inimigos que constantemente invadiam Judá para despojá-lo de seus bens; (2) Apocalíptica – segundo esta interpretação, os gafanhotos simbolizavam os exércitos terrenos que lutarão na última batalha, como se vê em Apocalipse 9; (3) Interpretação atual ou histórica – os gafanhotos foram reais, literais. Joel os viu descer numa nuvem sobre a vegetação para devorá-la. Sem dúvidas esta interpretação é a mais correta e satisfatória.

“O dia do Senhor” é eminente, terrível e irresistível. O conceito predominante na profecia de Joel é “o Dia do Senhor”, ou seja, a expressão hebraica (Yom-Yahweh). É necessário esclarecer que aqui não se trata do dia de adoração. Para os judeus, este dia seria aquele em que Israel seria vitorioso na Terra, em que haveria uma intervenção divina em seu benefício. Entretanto, este não era o sentido nos dias de Joel.

Chamada ao arrependimento (Jl 2.12-17). Mais uma vez, Joel convocou

uma assembleia solene, na qual o povo de Deus se arrependeria de seus pecados e buscaria o socorro do Senhor.

O indício mais forte de que o fracasso de Judá consistia num culto degenerado encontra-se na linguagem que conclama a uma conversão e expõe os resultados de tal decisão (2.12-14). Conversão não é o mesmo que obstinação. O apelo não é geral, mas específico — “a mim” (2.12); “a Javé, vosso Deus” (2.13). A conversão deve evidenciar-se no Culto diário. Seus sinais, entre outros, são jejum, choro e pranto (2.12); seu local é o templo; seus porta-vozes são os sacerdotes (2.17); seu resultado tangível são as bênçãos materiais, isto é, o meio de apresentar ofertas de cereais e libações de vinho a Javé (2.14); seu clímax é o reconhecimento da verdade da autoproclamação de Javé — “eu sou o Senhor vosso Deus, e não há outro” (2.27; 3.17).

A graciosa reação de Deus. Schökel lembra-nos que “a catástrofe nacional incita a uma atitude de conversão profunda, interior, manifestada externamente na jornada de jejum e arrependimento para suplicar a compaixão divina”. O texto fala de um “arrependimento de Deus” o que isso significa? Aqui se trata de uma antropopatia (atribuir sentimentos humanos a Deus) a palavra hebraica usada aqui para este arrependimento é (naham) esta palavra tem dois sentidos

básicos: (1) “Conforto e consolo”, o verbo é usado para a frase “ser confortado na perda”; (2) “sentir muito, arrepender, mudar de mente”. Em muitos casos, “a mudança” de opinião do Senhor é uma reação graciosa e por vezes a palavra nos leva a inferir que a “mudança se deva a compaixão por uma pessoa ou povo”. A ideia aqui é “de respirar profundamente”, com o foco de um profundo sentimento de tristeza. E, aqui é uma promessa em resposta a reação do povo, ou seja, à conversão.

O Cumprimento da Promessa divina de restauração (Jl 2.18-27). Quando o povo da aliança arrepende-se diante de Deus, Ele cumpre a sua promessa de abundância prometida. Este cumprimento está ligado inevitavelmente ao arrependimento do povo.

A passagem supracitada revela-nos que, tendo o povo “ouvido o chamado ao arrependimento e se convertido”, Yahweh mudou o destino deles.

Edificação

1 - Qual o sentido do termo utilizado por Joel, “O Dia do Senhor”, no situação em que o povo de Judá se encontrava (vs. 1-2)?

2 - Qual foi o motivo da devastação de Judá (vs. 12-13)?

3 - Que consequências reais são trazidas pelo arrependimento genuíno do povo nos dias de Joel?

4 - Faça um paralelo entre a situação do povo no tempo de Joel e o povo de hoje.

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