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Avivamento: Uma Igreja Firmada no Espirito Santo - Edição 1.214
UMA IGREJA FIRMADA NO ESPÍRITO SANTO
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Pr. Francisco Chaves - Atos 2.42-47
Após o grande impacto do Pentecostes em Jerusalém (At 2.1-4), como cumprimento profético de Joel 2.28-29 na vida dos discípulos de Jesus, e após a exposição explicativa de Pedro sobre o evento ocorrido por meio do seu discurso essencialmente cristocêntrico (At 2.14-36), Lucas descreve, em Atos 2.42-47, as implicações, isto é, os efeitos do Pentecostes, da presença do Espírito Santo, na vida da comunidade que estava em formação, a qual os teólogos intitulam Igreja Primitiva. Uma igreja miscigenada, formada por “judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu... tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios” (At 2.5-11). Um dos aspectos digno de nota e motivo de nossa reflexão é: como uma comunidade que estava se estruturando de forma tão diversificada em cultura, idioma e etnia, pôde viver a unidade do corpo de Cristo, e ser um exemplo de uma igreja unida, vibrante e alegre? Penso que Lucas aponta e responde este fenômeno ao descrever o estilo de vida desta comunidade ainda em construção.
Em primeiro lugar, era uma igreja firmada no Ensino (2.42) - eles viviam sob a orientação da “didaquê” - ensino dos apóstolos. Ensinavam a respeito do “Evangelho da Verdade”, que em essência, é Jesus! Precisamos, como igreja, estar firmados nas Escrituras. Termos o cuidado para não nos desviarmos da verdade. Estarmos atentos para não vivermos uma ortodoxia sem piedade ou uma piedade sem ortodoxia. Não colocar a razão ou a experiência acima da revelação das
Escrituras. Precisamos nos lembrar que é a Palavra que promove nossas experiências com Deus, sendo que o resultado é “em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos” (2.43).
Em segundo lugar, era uma igreja firmada na comunhão (2.42) - eles experimentavam a verdadeira “koinonia”. Ou seja, não somente o fato de estarem juntos, mas principalmente “terem algo em comum”. Era a presença da Trindade Santa em suas vidas. E, por conseguinte, um profundo amor pelos irmãos, principalmente com os necessitados, pois “compartilhavam uns com outros os seus bens à medida que alguém tinha necessidade” (At 2.44-45). O comentarista Warren Wiersbe faz questão de dizer que não se tratava de uma forma de comunismo. O que aconteceu na vida da Igreja Primitiva foi inteiramente voluntário e motivado pelo amor. O ápice da expressão deste amor ocorria no compartilhar do pão, na Ceia do Senhor. Precisamos, como igreja de Cristo, manter o senso de generosidade, porque esta é uma marca evidente de uma igreja unida, vibrante e alegre.
Em terceiro lugar, era uma igreja firmada na oração (2.42) - havia adoração naquela igreja. Era norteada pela sensibilidade do Espírito Santo. Eles praticavam uma vida de oração, como comunidade, no pátio do Templo, bem como de casa em casa. Esta igreja respirava uma vida de oração: “todos unânimes em oração” (1.4); Era
uma igreja que não somente tinha uma base teológica sobre oração, mas vivia uma vida de oração. Como consequência, “sinais e prodígios” eram operados no meio do povo (At 2.43; 3.1-10). Precisamos intensificar nossa vida de oração, seja em comunidade (quando as reuniões forem liberadas), nos cultos, vigílias, grupos familiares, ministérios, sociedades internas, seja quando estamos a sós com Deus e em família: “orai sem cessar” (I Ts 5.17). Portanto, entre os frutos colhidos para glória de Deus por meio desta igreja viva é que eles “contavam com a simpatia de todo
o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor,dia a dia, os que iam sendo salvos”. Que o Eternonos faça ser sempre uma igreja vibrante e viva,que insiste em viver firme nas Escrituras, nacomunhão, no partir do pão e nas orações!
EDIFICAÇÃO Atos 2.42-47
1 - Como a Igreja Primitiva, mesmo sendo composta por membros de etnias diversas, pode viver a unidade do Corpo de Cristo (At 2.42-47)?
2 - Qual era a maior expressão de amor vivida pela Igreja Primitiva (At 2.44-46)?