Adriano Marchini Adriano Marchini, engenheiro civil e um dos idealizadores do IPT, teve participação fundamental na sua ampliação e instalação na Cidade Universitária. Foi um homem exigente e progressista que acreditava muito no seu País. Aproveitou as oportunidades para disponibilizar os serviços do IPT ao bem do progresso brasileiro. Sob sua direção, o Instituto desenvolveu mecanismos para atuar em novos campos de investigação, colaborando para o estabelecimento de uma base científica para a construção civil, o reconhecimento da química como atividade profissional e o aprimoramento da metalurgia, fatores decisivos para o desenvolvimento urbano e industrial e a elevação do conceito da instituição. Investiu fortemente no treinamento de estudantes da Escola Politécnica e de jovens engenheiros, formando profissionais como Francisco Maffei e Alberto Pereira de Castro, que continuaram o seu trabalho e ampliaram a atuação do IPT. Marchini foi um impulsionador incansável do desenvolvimento tecnológico brasileiro, incentivando a criação de escolas técnicas e agências de fomento. Foi um dos idealizadores da FAPESP e de várias associações técnicas. Adriano José Marchini (1897 - 1976)
Desenho arquitetônico do edifício-sede do IPT, batizado com o nome de Adriano Marchini em 1965
Sua dedicação e entusiasmo tornaram o IPT um centro de referência em todas as áreas da engenharia, respeitado no Brasil e no exterior.
Vida No final do século XIX a ciência começava a progredir no Brasil, reflexo do fim da monarquia e estabelecimento da república, que exigia a criação de condições sanitárias nas cidades que se urbanizavam rapidamente e recebiam grandes levas de imigrantes. Entre as iniciativas mais relevantes dessa nova fase, está a criação de institutos de pesquisa que deram novo fôlego à ciência nacional com foco voltado ao desenvolvimento agropecuário, urbano e da saúde.
Em 1932 casou-se com a poetisa Marina Stella Quirino, com quem compartilhava o gosto por literatura e artes. Nesse mesmo ano foi vítima de um acidente que lhe ocasionou a perda da mão direita. Do casamento nasceram quatro filhas: Maria Thereza, Maria Gemma, Maria Suzana e Maria Aparecida. Nas horas de folga tinha prazer em fabricar brinquedos articulados de madeira para o Natal, e também gostava de pintar com aquarela e óleo.
Nesse período nasce Adriano José Marchini na cidade de São Paulo, no dia 25 de julho de 1897, filho do italiano Luigi Marchini e da brasileira Eudoxia Marchini.
Em 1939 tornou-se superintendente do IPT, revelando suas qualidades como gestor, seus conhecimentos e profunda visão dos acontecimentos.
Seu pai havia imigrado para o Brasil em 1887 e, ao chegar em São Paulo, foi trabalhar na barbearia do “Salão Inglês”, posteriormente montando o seu próprio estabelecimento. No tempo livre, gostava de caçar nos arredores de São Paulo. Adriano se referia ao pai como “um homem bom e honrado”. De família humilde, passou a infância no bairro do Cambuci com as irmãs Irma, Maria Luiza e Olga. Lá realizou o primário na escola Professor Francisco Justino de Azevedo e o ginásio na Escola Nossa Senhora da Glória. Por ser ótimo aluno, ganhou uma bolsa para estudar no Colégio dos Irmãos Maristas, cuja direção o considerava um aluno modelo, dedicado, metódico e de grande potencial. Em 1913 foi admitido no curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP. Seu sonho era aprender a construir máquinas, prédios e pontes. Neste período enfrentou muitas dificuldades financeiras e, para ajudar com as despesas, dava aulas particulares. Pelo seu excelente desempenho no Colégio Marista, recebeu dos dirigentes da Escola Politécnica apoio para compra de material escolar e isenção da taxa de matrícula.
“Era um idealista e não admitia dificuldades. Via sempre a meta a ser atingida.” Maria Thereza Marchini, julho de 2012 Em 1945, a Congregação da Escola Politécnica concedeu com unanimidade o título de “Doutor Honoris Causa” a Adriano Marchini, pelo seu desempenho como superintendente do IPT e excepcionais serviços prestados ao ensino de engenharia e ao desenvolvimento das pesquisas tecnológicas no País. Dois anos depois recebe da ABM (Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração) a medalha de ouro e o título de sócio honorário.
1934 - Adriano, a mãe Eudoxia e a esposa Marina, com a filha Maria Thereza
Formou-se em 1919 e fundou, com alguns amigos da sua turma, um escritório técnico para cálculo de estruturas e serviços de urbanização. Anos depois foi convidado pelo seu professor da Escola Politécnica, Victor da Silva Freire, a ingressar na Diretoria de Obras da Prefeitura de São Paulo. Em 1926, foi convidado para ser assistente de Ary Torres, que havia acabado de assumir a direção do Gabinete de Resistência dos Materiais - GRM.
1935 - Marchini e Maria Thereza, sua filha primogênita
1961 - Marchini e Maria Gemma durante a formatura na Faculdade de Direito da USP
1962 - Casamento da filha Maria Thereza e do eng. José Fonterrada da esq. para a dir. José, Marina Stella, Maria Thereza e Marchini
Vida “Se algum mérito tive, deve ter sido apenas o de aproveitar momentos oportunos, o de polarizar boas vontades, o de obter apoio de dirigentes para algo que fatalmente estava para acontecer em São Paulo: o surto industrial e tecnológico.” Adriano Marchini, Noticiário do IPT, Ano II, nº6, agosto de 1965 Adriano era um homem reservado, com pouca vida social. Foi convidado diversas vezes por autoridades para participar da política, mas não aceitou, preferindo focar nas atividades técnicas e no incentivo ao desenvolvimento dos jovens engenheiros que trabalhavam e estudavam no IPT, na Escola Politécnica e depois na ABM. Ao sair do IPT em 1954 aceitou o convite de Ary Torres para atuar como secretário da ABM. Nesse período a Associação passava por momentos difíceis. Ao lado de companheiros como Fábio Decourt Homem de Mello, Miguel Siguel e Luis Dumont Villares, Adriano conseguiu recursos vultosos para melhoria e ampliação da Associação. No ano seguinte organizou a II Reunião Latino-Americana de Técnicos da Indústria Siderúrgica, de iniciativa da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, a CEPAL. Seu trabalho na ABM consistiu em um plano sistemático de cursos de especialização, edição de livros técnicos e de publicações, elevando o nome da Associação no Brasil e no exterior.
“Primeiro secretário da ABM, foi ele quem deu guarida às ideias de se constituir uma associação nos moldes das entidades congêneres” Prof. Tharcisio Damy S. Santos, revista Metalurgia & Materiais, julho de 1997 Em 1961 foi agraciado pelo Governo do Estado de São Paulo com o título de “Servidor Emérito”. No ano seguinte recebeu da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC a medalha da Constituição pelos serviços prestados à Revolução Constitucionalista. Em 1964 recebeu o título de “Engenheiro do Ano” pelo Instituto de Engenharia e, em 1965, o IPT batizou com seu nome o prédio 1, idealizado e construído por ele.
“Como dizer-vos algo ante a emoção que me empolga? Como vos agradecer a imensa honra de ver meu modesto nome ligado a este edifício do Instituto no qual passei minha vida? Como, se a historia destas instalações abarca decênios e envolve esforços de muitos?” Adriano Marchini, Noticiário do IPT, Ano II, nº6, agosto de 1965 Em 1970 deixou a ABM. Adriano faleceu em 11 de dezembro de 1976. Após cinco anos de sua morte, o MMDC transferiu os seus restos mortais para o Mausoléu do Ibirapuera.
1966 - Marchini e a esposa Marina Stella
1914 - Pedido de isenção da taxa de matrícula na curso da Escola Politécnica, devido à pobreza de sua família. Carta escrita de próprio punho por Marchini
1961 - Comemoração da formatura da filha Maria Gemma
IPT Adriano Marchini iniciou seu trabalho no IPT em 1926 a convite de Ary Torres, que acabava de assumir a direção do Gabinete de Resistência dos Materiais - GRM, anexo da Escola Politécnica na Chácara do Marquês de Três Rios, no bairro do Bom Retiro. Ary precisava de alguém com experiência para auxiliá-lo na implantação do seu projeto de modernização do GRM, atuar na especialização de jovens estudantes e na criação de normas e métodos modernos, colaborando para o desenvolvimento das indústrias paulistas. Marchini assumiu a parte técnica do Gabinete. Chamado de “engenheiro de avental branco” foi conquistando espaço e, em 1929, passou a ocupar o cargo de “preparador” da Escola Politécnica: como assistente do professor titular, era responsável pelos equipamentos e pelo bom funcionamento do laboratório.
“Conforme o Gabinete foi se impondo no meio técnico, nós, os chamados engenheiros de avental branco, fomos sendo mais consultados e respeitados” Adriano Marchini, julho de 1965 Trabalhou sempre em parceria com Ary Torres e assistiu a transformação do GRM no Laboratório de Ensaios de Materiais - LEM, em 1931. Esteve sempre à frente do LEM durante os períodos de ausência de seu mentor. 1929 - Funcionários do Lab. de Ensaio de Materiais - Marchini no detalhe
IPT NA REVOLUÇÃO DE 1932 Em 1932, ao romper da Revolução Constitucionalista durante o governo de Pedro de Toledo, as elites paulistas ficaram impossibilitadas de importar armamentos e foram obrigadas a fabricar artefatos bélicos dentro do próprio Estado, mobilizando técnicos e indústrias. O LEM, sob a direção interina de Marchini, foi requisitado pelo governo paulista para a produção de material bélico. Apesar da precariedade, os engenheiros conseguiram garantir a infraestrutura bélica durante a guerra civil contra o governo Getúlio Vargas.
“Na Revolução de 1932 no LEM, sob orientação do Marchini, nós tínhamos de criar praticamente do nada e aprendemos muita coisa naquelas experiências... Percebemos que éramos capazes de executar praticamente tudo o que quiséssemos” Miguel Siguel, março 2002. Devido à velocidade de produção e a necessidade de improvisação, acidentes faziam parte da rotina, principalmente quando se experimentavam os armamentos. Marchini foi vítima da explosão de uma granada, o que lhe acarretou ferimentos graves e a perda completa da mão direita. Isso, entretanto, não o abateu; aprendeu depois a fazer tudo com a mão esquerda e restabeleceu seu cotidiano normalmente, voltando inclusive a pintar quadros. 1941 - Visita do Presidente Vargas e do Interventor Federal em São Paulo, Fernando Costa, ao IPT
“Um dos lança-chamas explodiu nas costas de um colega... outro ficou tuberculoso: ele desenvolveu a doença botando a boca nas granadas e assoprando para ver se não havia vazamentos” Miguel Siguel, março de 2002
1932 - Material bélico produzido no LEM durante a Revolução Constitucionalista
1932 - Soldados constitucionalistas e equipe do LEM manipulam projetéis, parte deles produzidos no laboratório para a Revolução
1932 - Trens blindados, usados na Revolução e conhecidos como Fantasmas da Morte, foram construídos com chapas de aço previamente ensaiadas no LEM
IPT “Certo dia Marchini não conseguiu detonar uma das granadas, conhecidas como abacaxizinhos. Então resolveu tirar o pino da granada com as próprias mãos. A granada explodiu na hora ficando ele mutilado da mão direita”. Miguel Siguel, março de 2002 Em 1934 Marchini e Torres elaboraram um relatório para o governo estadual fundamentando a necessidade de ampliar o campo de ação do LEM para além dos materiais de construção, estendendo-o a outros setores. O objetivo era criar um laboratório industrial eficiente, dinâmico, com mais recursos e autonomia, além de maior participação das classes produtivas. O resultado foi a transformação do LEM no Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Em 1939, com o afastamento definitivo de Ary Torres para presidir a Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional, Marchini tornouse diretor do IPT, liderando sua grande expansão. Tem início a II Guerra Mundial (1939-1945), período em que o País teve que desenvolver sua própria tecnologia para solucionar a falta de produtos. Com o apoio da Coordenação da Mobilização Econômica, praticamente iniciada no IPT, Marchini e sua equipe solucionaram problemas dentro da engenharia e da indústria relacionados as propriedades dos materiais de construção e desenvolveram novas técnicas e novos métodos de fabricação e de processamento. Contribuiu para estabelecer no País dois ramos da tecnologia que foram importantes para o progresso da engenharia civil: a construção de estradas de rodagens e de aeroportos e as fundações das grandes estruturas. Impulsionou também a metalurgia e a siderurgia contribuindo para a construção de grandes indústrias nacionais, como a Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, durante o governo Vargas. Investiu no aperfeiçoamento e na especialização dos ipeteanos para os diferentes segmentos da indústria: para Marchini, investir em seus funcionários era fundamental, pois deles dependia o êxito da missão do IPT.
“Adriano desempenhou o seu trabalho com dedicação, amor e com honestidade. Era um homem simples, educado, cordial e amigo, atendendo com bondade e solicitude a todos que o procuravam”. Paulo Menezes Mendes da Rocha Diretor da Escola Politécnica, 1946 1948 - Adriano Marchini cumprimenta adidos militares em visita ao IPT
IPT NA CIDADE UNIVERSITÁRIA Na década de 40 o IPT foi compelido a encarar desafios mais amplos, de acordo com as necessidades imediatas da II Guerra e do progresso do setor industrial paulista. Marchini fez uma reorganização do Instituto, assegurando-lhe espaço e recursos para sua expansão no bairro do Butantã.
“Não só a vinda do IPT para o Butantã, mas a própria instalação da Cidade Universitária devemos a Marchini”. Milton Vargas, julho de 1965 O espaço até então ocupado pelo IPT na Rua Três Rios e arredores, no Bom Retiro, tornou-se insuficiente para alocação dos novos equipamentos de metalurgia e para a construção de uma usina de tratamento de madeiras. As primeiras alternativas para a ocupação de espaços nos bairros do Tatuapé e da Barra Funda falharam; outras apresentaram-se complicadas e de alto custo. Marchini tomou a decisão de levar a instituição para a área onde o Governo havia decidido localizar a Universidade de São Paulo.
1945 - Execução da fundação constituída por estacas para construção das instalações do IPT
“Apenas um campo infindável de acesso misterioso e de caminhos apenas transitáveis, transformou-se na Cidade Universitária”. Francisco Maffei, julho de 1965
1948 - Visita dos adidos militares ao IPT no Laboratório de Ensaios Mecânicos, no bairro do Bom Retiro
IPT De acordo com a Lei 13.979 de 1944, o interventor Fernando Costa assegurou espaço de 20 hectares e dotações de 25 milhões de cruzeiros para equipamentos e edifícios no bairro do Butantã, local planejado para abrigar a Cidade Universitária. Esta se tornou a solução mais viável e econômica para o início de uma nova etapa de expansão do IPT e, em 15 de fevereiro de 1944 (data do cinquentenário da Escola Politécnica), foi lançada a pedra fundamental das novas instalações do IPT. A área destinada ao IPT na Cidade Universitária, segundo o memorial exposto por Marchini ao Presidente do Conselho do IPT em 1943, apresentava as seguintes características: • não existiam grandes avenidas de acesso; • o local era inundável; • continha água industrial e potável canalizada; • tinha, em sua proximidade imediata, linhas de alta tensão da Light & Power; • havia, junto às divisas, linhas ferroviárias de duas bitolas; • o terreno era de argila mole e turfa, o que causava problemas de fundação.
“Na época, as grandes avenidas de acesso não existiam, o local era inundável e, além das do Butantã, havia mesmo cobras no capinzal alto.” Adriano Marchini, Noticiário do IPT, Ano II, nº6, agosto de 1965 1941 - Produção de poste para eletrificação na seção de Engenharia Civil do IPT
“Como, diziam alguns, levar a Universidade para tão longe, naquele varjão”? (Idem) Havia nessa época dois acessos ao terreno da Cidade Universitária, por ferrovia ou aéreo. Apesar das dificuldades, Marchini dedicou-se a essa tarefa com fibra e persistência. Com a ajuda do reitor da USP Jorge Americano, do arquiteto José Maria da Silva Neves, e de seus colaboradores Miguel Siguel, Milton Vargas, Tharcisio Damy e Francisco Maffei, começou a instalação do canteiro de obras, ramal ferroviário, energia elétrica e a canalização do Ribeirão Jaguaré. A várzea foi drenada, os terrenos pantanosos foram aterrados e teve início a construção da usina de madeiras e dos pavilhões da Metalurgia – os primeiros prédios do IPT e de toda a Cidade Universitária. O projeto do arquiteto Silva Neves tinha como missão executar uma obra econômica e funcional. No mesmo período, o Governo aprovou a transformação do IPT em autarquia, com mais liberdade de ação. No início de 1948, foi criada pela reitoria da Universidade de São Paulo a Comissão da Cidade Universitária para a construção da universidade. Marchini fez parte dessa comissão e começou a construção do futuro Edifício Adriano Marchini, vinculado aos pavilhões da Metalurgia. No ano seguinte Marchini afastou-se temporariamente da direção do IPT a fim de integrar-se aos trabalhos da Comissão, deixando Francisco Humberto Maffei em seu lugar. Em 9 de julho de 1949, na comemoração do 50º aniversário da fundação do IPT, teve a oportunidade de assistir à inauguração das instalações experimentais de Metalurgia no campus com a presença do governador Ademar de Barros, que ficou impressionado com o local. Empenhado no desafio de transformar uma área deserta e pantanosa em um centro do saber e de estudo, no ano seguinte passou a servir na Comissão da Cidade Universitária juntamente com Anhaia Melo, Silva Neves, Ernesto de Souza Campos e Cristiano das Neves para finalizar as obras da Cidade Universitária. Em 1954 solicitou a sua aposentadoria, após 35 anos de serviços prestados, e assumiu a secretaria da Associação Brasileira de Metais - ABM. Em 1965, o atual prédio 1 do IPT foi batizado como Edifício Adriano Marchini, em homenagem ao principal responsável por sua construção e pela transferência do IPT para a Cidade Universitária. Até hoje, o Edifício é o cartão postal do Instituto, abrigando a diretoria e grande parte das áreas administrativas, além do maior auditório do IPT, reinaugurado em outubro de 2011 e batizado também de Auditório Adriano Marchini.
1950 - O edifício que abrigaria o Prédio de Administração e os Laboratórios Metalúrgicos, mas em 1949 a diretoria mudou sua destinação para edifício-sede do IPT
1964 - Adriano Marchini recebe o prêmio “Engenheiro do Ano”, concedido pelo Instituto de Engenharia (IE)