INTRODUÇÃO A BÍBLIA “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” – Mt4.4
INTRODUÇAO A BÍBLIA
O MUNDO DA BIBLIA Os acontecimentos referidos no AT e no NT sucederam numa pequeníssima região do nosso planeta. Trata-se dos territórios que se limitam com a parte oriental do mediterrâneo: o Egito, a palestina, a mesopotâmia, a Ásia menor, a Grécia, a Itália meridional e central e talvez a Espanha.
GEOGRAFIA BIBLICA • • • • •
O pais da Bíblia recebeu vários nomes: Terras de Canaã ( fenício) Palestina (modernos) Terra de Israel (moderno) Terra Santa (tradição)
240Km
D達
80Km
Sinai
Transjordânia • As montanhas da Transjordânia são altas e apresentam profundas gargantas, por onde correm os afluentes ocidentais do Jordão. Do sul para o norte, os afluentes são: Zered, Arnon, Jabbok e Yarmuk. • Na Transjordânia estavam antigamente os seguintes países ou regiões: Edom, Moab, Ammon, Galaad e Bashan.
A Cisjordânia • ou Margem Ocidental é um território reclamado pela Palestina e pela Jordânia sob ocupação de Israel, situado na margem ocidental do rio Jordão. É limitado a leste pela Jordânia e a norte, sul e oeste por Israel. • Neste pequeno espaço de terra, acontecimentos históricos foram realizados, principalmente na época pós saída dos judeus do Egito e na condução destes na conquista da então Canaã pelo líder Joshua.
• Parte do conjunto geográfico chamado “crescente fértil”. • Mesopotâmia no oriente (leste) • Delta do Nilo do ocidente. (oeste/sul) • Principais rios: Tigre , Eufrates, Jordão, delta do Nilo.
A BÍBLIA A Bíblia é um livro que foi escrito cerca de três mil e quinhentos anos. O mundo da Bíblia é completamente diverso deste nosso mundo dos modernos arranha-céus, das estações de radar, dos supersônicos e das viagens espaciais.
Os acontecimentos narrados na bĂblia tiveram lugar muitas vezes na solidĂŁo do deserto. Travavam-se rudes combates pela conquista de cisternas ou de pastagens.
Muitas descobertas realizadas pelos arqueólogos ao escavarem as areias desertas da mesopotâmia, da Síria, da Palestina e do Egito durante os últimos cem anos, permitem transformar o mundo Bíblico, tão estranho para nós, numa experiência vital.
• Surge a pergunta: estas descobertas confirmam ou contestam os fatos narrados pela Bíblia? • Foi sobretudo pelo fim do séc. XIX que alguns críticos negaram à Bíblia qualquer valor histórico. Hoje nos vemos obrigados a rever esta sentença e admitir, com base nos resultados da pesquisa arqueológicas, que a Bíblia tinha razão.
As convicções adquiridas por arqueólogos de renome podem-se resumir nas experiências do arqueólogo William Foxwell Albright, que dedicou 20 anos de sua vida a dirigir pesquisas e escavações no Oriente médio: “ Nada foi encontrado que possa criar dificuldade para uma fé inteligente, e nada foi descoberto que possa abalar sequer uma verdade teológica....”
• Um aspecto que temos de levar em conta quando interpretamos a bíblia que nós aprendemos a ler e a pensar na cartilha dos gregos, e não nas dos orientais. Não poucos erros de interpretação bíblica provem do fato de que as formas de pensamento completamente diferentes dos escritos bíblicos foram comprimidas dentro duma espécie de colete de ferro que as deformou grandemente. • Devemos lembrar que eles viveram numa estrutura cultural bem diversa das dos gregos e das do homem do séc. XXI.Por isso ao interpretarmos a Bíblia precisamos levar em consideração não só o contexto sócio-culturalgeografico, mas também as formas de pensamento dos homens daquele tempo.
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2 – ESTRUTURA DA BIBLIA A palavra Bíblia é o plural de um vocábulo grego “biblion” (livro) bíblia) ( os livros). O canon Hebraico 39 livros (VT) O cânon Helenístico (46). A biblia é uma coleção de 66 livros ( 39+27) Protestantismo Ou 73(36+27) catolicismo. Os sete livros acrescidos são chamados APOCRIFOS ou DEUTEROCANONICOS.
• Atualmente os livros da bíblia estão divididos em capítulos e versículos, porem nem sempre foi assim. • DIVISAO EM CAPITULOS – Ocorreu em 1227 e foi efetuada pelo prof. Strephen Lagton ( prof. Da Universidade de Paris). • DIVISAO EM VERSICULOS – Em 1551, Robert Stephenus, iniciou a divisão de cada capitulo em versículo. Em 1555 conclui a tarefa. • O cânon hebraico (dos judeus) não aceita os livros apócrifos, principal razão porque muitos correntes cristas ( protestantes e ortodoxos) não os inclui em suas versões da bíblia.
DIVISAO DIDÁTICA I - ANTIGO TESTAMENTO LEI LIVROS HISTÓRICOS LIVROS POÉTICOS LIVROS PROFÉTICOS NOVO TESTAMENTO EVANGELHOS LIVRO HISTORICO EPISTOLAS LIVRO PROFETICO
CAPITULO II - A INSPIRAÇÃO DA BIBLIA • No principio o homem nutria livre comunhão com Deus. Com a entrada do pecado esta comunicação foi interrompida. • A glória do Senhor se tornou um fogo consumidor. Deus estabeleceu um plano para se comunicar com a raça humana.
MEIOS USADOS POR DEUS PARA COMUNICAR SUA PALAVRA • • • • • • • •
Voz audível ( Gn 3.8-15) Face a face ( Ex 33.11) Os anjos ( Zc 1.9) Visões ( Dn 7.2) Sonhos ( Nm 12.6) Espírito Santo ( II Pd 1.21) Cristo ( Jô 17.34) Palavra Escrita ( Jô 5.39)
• O homem só pode conhecer a Deus por que ele se auto revelou. Toda teologia nada mais é do que uma revelação que a bíblia apresenta a respeito de Deus. Outro assunto diretamente ligado a revelação pé a inspiração.
QUE É INSPIRAÇÃO? • É a operação divina que toma conta do autor sagrado. Esclarecendo, guiando-o, assistindo na execução do seu trabalho. • É uma palavra latina, derivada do verbo inspiro, que quer dizer “soprar para dentro”.
“Toda escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargúir, para corrigir, ensinar, para instruir em justiça, afim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” II Tm 3.16
TEORIAS DA INSPIRAÇÃO • Deus não ditou a Escritura aos homens como um professor faz um ditado aos seus alunos. Quando Deus inspirava homens a escreverem, não desaparecia a personalidade do escritor, nem alterava lhes o seu estilo. O espírito de Deus infalivelmente dirigia a comunicação da verdade divina segundo o próprio vocabulário do escritor, e de acordo com seu estilo particular. • Inspiração implica que o espírito, por um misterioso controle que esta alem de nossa compreensão, atuou de tal modo sobre o homem escolhido, enquanto escreviam os livros das escrituras, que eram guiados sobrenaturalmente na comunicação da vontade de Deus.
• Sua personalidade individual, seus traços intelectuais particulares, e mesmo a forma de estilo de sua expressão literária tinham toda a liberdade. Deles se serviu o Espírito Santo divino, dirigindo e controlando o produto de tal forma que resultou a palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.
Existem muitas teorias para explicar a inspiração. • TEORIA DA INTUIÇÃO – nega que a Bíblia seja vinda de Deus. Foi produzida pelos próprios poderes intuitivos do homem. A Bíblia é produto natural da mente humana • PARCIAL OU FRACIONARIA – Seus defensores afirmam: Há na bíblia algumas partes inspiradas, outras não. Paulo diz “Toda Escritura é inspirada por Deus”. • MECANICA VERBAL-TOTAL-PLENARIA - Os escritores da Bíblia escreviam enquanto Deus ia ditando. • DINAMICA – Deus inspirou a idéia do escritor e este embalou a mensagem em seu vocabulário e em sua cultura.
A Bíblia contem o divino e o humano. A verdade é inspirada por Deus, mas é moldada pelo espírito humano de acordo com o idioma, o ambiente e a inteligência de cada escritor.
EVIDENCIAS DA INSPIRAÇÃO Conforme elencadas por Geisler e Nix, em seu tratado, Introdução Bíblica.
EVIDENCIAS INTERNAS • AUTORIDADE PROPRIA – Um livro que fala com autoridade. Só no AT aparece 400 vezes frases como “assim diz o senhor”. • O TESTEMUNHO DO ESPIRITO SANTO - “O testemunho íntimo de Deus no coração do crente à medida que este vai lendo a Bíblia, é evidência da origem divina da Bíblia”.
• A CAPACIDADE TRASNFORMADORA DA BIBLIA - Nenhum outro livro evidencia tão forte poder de transformar vidas como a Bíblia. Homens imperiosos aprendem lições de humildade e mansidão, ladrões e sonegadores restituem o furto; viciados conseguem deixar as drogas; pais rancorosos passam a tratar com carinho seus filhos; filhos rebeldes retornam ao lar; famílias destruídas são refeitas; patrões insensíveis passam a respeitar o direito de seus empregados, e empregados relapsos tornam-se honestos e dedicados.
• O PRINCIPIO DA UNIDADE DA BIBLIA Coerência temática da bíblia. Ela não se contradiz. Jesus, o autor e consumador da fé é seu tema principal.
EVIDENCIAS EXTERNAS O testemunho de Cristo.
“Se Jesus Cristo possui alguma autoridade ou integridade como mestre religioso, podemos concluir que a Bíblia é inspirada por Deus”. Dizem Geisler e Nix: “O Senhor Jesus ensinou que a Bíblia é a Palavra de Deus. Se alguém quiser provar ser essa assertiva falsa, deverá primeiro rejeitar a autoridade que tinha Jesus de se pronunciar sobre a questão da inspiração”.
O cumprimento das profecias. •Nenhum outro livro que reivindica a inspiração divina, (Alcorão islâmico e os Vedas hindus), apresenta uma gama de profecias cumpridas com extrema exatidão como a Bíblia. É espantosa a precisão profética de Daniel ao descrever as datas exatas do nascimento, batismo e morte de Cristo, na profecia das setenta semanas.
• O Profeta Isaías também descreve de forma precisa toda obra e sacrifício de Cristo em Seu ministério terreno, cerca de 700 anos antes de ocorrerem os fatos.
A indestrutibilidade da Bíblia. • O próprio Senhor Jesus afirmou que passaria o céu e a terra, “mas as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35). Apesar de todas as tentativas, os inimigos das Sagradas Escrituras não conseguiram eliminar sua influência, nem no passado, nem nos dias atuais
A integridade de seus autores humanos. • Os relatos bíblicos impressionam pela imparcialidade como são expostos. Reis ou humildes servos são apresentados com todos seus defeitos e vícios, e percebe-se que nenhum escritor bíblico tentou omitir fatos para proteger os poderosos de sua época, e nenhum elogio descabido ou forçado é dirigido para agradar quem detinha o poder.
Os profetas e apóstolos eram considerados homens de Deus. Com certeza, por esse motivo, nenhum outro livro ou tratado apresenta, em suas páginas, um código de ética e moral mais elevado que a Bíblia. O Decálogo (dez mandamentos), o clamor dos profetas pela justiça, os preceitos de Cristo (sermão da montanha e todos os Evangelhos), as instruções apostólicas (epístolas), a pureza de caráter exigida do cidadão da Nova Terra (Apocalipse) falam, por si só, da inteireza moral dos escritores da Bíblia.
A influência da Bíblia. • Para a pergunta: qual o livro que mais tem influenciado o pensamento ocidental? Sem risco de errar, a resposta só poderia ser: a Bíblia. A maior religião do mundo, hoje, é o cristianismo, com mais de dois bilhões de seguidores. Embora dividido em diversas correntes, todas as igrejas cristãs . • Aceitam a Bíblia como livro sagrado. Portanto, o maior grupo religioso do planeta recebe influência direta da Bíblia. • George Washington (primeiro presidente dos E.U.A): “É impossível governar o mundo, justamente, sem Deus e a Bíblia”.
CAPÍTULO III A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO • CONCEITO - O vocábulo “cânon”, literalmente significa vara. Os gregos o tomaram emprestado dos antigos semitas. • 1) Cânon pode ser entendido, também, como norma, medida, régua, regra, lista, divisa, etc. e pode ser tomado em duas acepções. Pode indicar que a Bíblia é a norma básica de julgamento para quaisquer outros livros, discursos ou escritos cristãos..
2) Também pode referir-se ao conjunto de “normas” ou princípios que orientaram o povo de Deus na escolha dos livros sagrados que compõem a Bíblia. 3) Num sentido mais amplo, cânon é a lista dos livros inspirados que formam a Bíblia. Como os livros foram preparados durante um longo período de tempo, é fácil pressupor que o cânon bíblico nem sempre foi o mesmo. Canonização é o processo que cada livro passou para que pudesse ser aceito como inspirado por Deus.
• Este estudo envolve algumas perguntas que tanto podem ser feitas para o VT quanto para o NT. Quem organizou o cânon? Como foi ele organizado quando foi feito este trabalho? • Os manuscritos sagrados foram compilados aos poucos, através da antiga dispensação e dos dois primeiros séculos da nova. • Não é a escritura sagrada produto de um homem ou de um concilio ou decreto da autoridade humana. Acrescentou-se um livro a outro, até chegarmos ao fim dos tempos do VT. Depois do cativeiro babilônico todos os livros sobre os quais não havia dúvida, e que eram geralmente aceitos, foram coligidos e dispostos por Esdras, Neemias e seus cooperadores.
•Estes livros constituíam as sagradas escrituras do tempo do nosso senhor. São mencionados por Josefo e sempre aprovados por Jesus. O NT foi-se acrescentando da mesma maneira, livro a livro, por parte de homens cheios do espírito.
O CÂNON DO VELHO TESTAMENTO • • • • •
O VT foi originalmente escrito em hebraico, exceto alguns capítulos de Daniel e poucos versículos do livro de Esdras que o foram aramaico. Posteriormente foi traduzido para o grego por ordem de Ptolomeu Filadelfo, rei do Egito, que ocupou o trono de 285 a 247 ac. O NT foi escrito originalmente em grego. Já cedo se fizeram traduções da Escritura completa, sendo a mais cuidada a de Jerônimo, feita em 383-405 DC. A igreja cristã do Novo Testamento, nasceu com uma Bíblia nas suas mãos em 31 d.C. A Bíblia era o Velho Testamento. Abaixo se tem pelo menos três teorias para a formação do cânon do Velho Testamento:
1ª - Teoria do Crescimento – Os livros quando foram escritos não eram inspirados, sua inspiração, veneração, dependeu do tempo. Depois a grande sinagoga de Esdras, (comissão de 70 anciãos de Israel, tendo como presidente, Esdras), foi que canonizou esses livros. Esta teoria não é bem aceita porque limita a decisão do cânon somente a setenta pessoas votando contra ou a favor.
• 2ª Teoria – Concilio de Jânia (90 DC)- O que influenciou o cânon do V. Testamento foi o Concílio de Jânia no ano 90 A.D. Isso não é verdade, pois Jesus e os discípulos já usavam o V.T. O Concílio de Jânia só confirmou a inspiração do V.T., usou como base a Bíblia hebraica de um escritor do ano 200 a.C. chamado Baba Bathra. Então no mínimo 200 anos antes de Cristo já haviam os 22 livros que continham os 39 que compõem o Velho Testamento. Baba Bathra foi um dos maiores escritores do Talmude Babilônico.
• No ano 75 A.D. o escritor Flávio Josefo menciona nos seus escritos os 39 livros do Velho Testamento, embora sua lista conste só de 22. Sendo um livro para cada letra do alfabeto hebraico, cujo alfabeto só contém 22 letras. Josefo foi o primeiro a dividir o V.T. em três partes. Antes dele, Lucas já dividia em duas quando mencionava “a lei e os profetas...”
• A lista de Flávio Josefo é mais confiável por três razões; • 1ª - Josefo era judeu e escreveu num período muito importante da história de Israel. • 2ª - A lista de Josefo é 200 anos mais velha do que a de Baba Bathra. Isto é, do ano 400 a.C. • Josefo contemporâneo de Cristo, esteve presente na ocupação e destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. e participou da diáspora (dispersão dos judeus). Josefo afirma que no saque a Jerusalém no ano 70 d.C. o imperador Tito, lhe entregou os rolos dos livros sagrados do templo. Nessa ocasião foi levado para Roma o mobiliário. • A lista mais antiga do Velho Testamento, na ordem em que está hoje é do ano 170 d.C. feita por Melito pastor da igreja de Sardes.
3ª • • •
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Pirke Abot- Tradições de pais.
Foi assim no decorrer de gerações que se foi aceitando os escritos de acordo com a vara com a qual mediam o nível de inspiração. Foi um processo gradual. Foi o resultado do trabalho de um conjunto de pessoas. Não foi a autoridade eclesiástica que criou. Esta apenas sancionou e fixou a coleção de escritos que vinham sendo reconhecidos como divinos. Os livros que se encaixassem com o passado e tivessem sentido para o contexto presente eram considerados inspirados por Deus. O julgamento era feito pela grande congregação (grupo de 70 anciãos de Israel, quando um morria o outro ocupava o lugar, uma espécie de academia de letras), de Moisés até Esdras (432 a.C).
Abaixo tem-se no gráfico, o período da canonização do Velho Testamento:
Textos sobre as grandes congregações: Esdras 5.5,9; 6.7,8,14; 10.8,14; Josué 1.7; 3.4; 8.31,32; 23.6; I Reis 2.3; II Reis 14.6; 18.6; 23.25; Esdras 7.6; Salmos 103.7; Isaías 8.20; Jeremias 8.8.
• Somente depois de escrito, copiado, divulgado, lido nas congregações e ajuntamentos do povo, aceito pela maioria dos fiéis e aprovado pelos líderes como tendo todas as características de um texto inspirado por Deus, o livro era considerado canônico. Passava, então, a fazer parte da lista de escritos sagrados que serviam como norma de doutrina e conduta. • O historiador Flavio Josefo nos afirma que os judeus no tempo de Jesus estavam convictos de que o cânon já havia sido fixado no tempo de Esdras e Neemias.
• O QUE DETERMINA A CANONICIDADE DE UM LIVRO? • Com certeza não é a língua. Não é a antiguidade, nem o teor religioso, mas a inspiração divina.
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MARCAS DA INSPIRAÇÃO II Ped 1.20,21. 1-o autor é profeta ou apostolo 2-Fala coisas que o senhor revelou 3-apresenta coerência doutrinaria 4-foi reconhecido pelo povo d Deus como canônico.
OS LIVROS APOCRIFOS • • • • • • •
Apócrifo pal. gega. Sig. “escondido”. O ultimo livro do AT é Malaquias (400 a.C.). Durante o período inter-testamentario, muitos outros livros relacionados a história dos judeus foram escritos. Muitos desses livros foram rejeitados totalmente como não inspirados. Outros foram acrescidos a lista dos livros inspirados, porem contestados por grande número de estudiosos. Sete livros se encontram na Bíblia católica e são chamados por estes cristão de Deuterocanonicos ( 2º cânon). Os livros apócrifos são: TOBIAS, JUDITE, ECLESISATICO, SABEDORIA, BARUQUE, I E II MACABEUS.
• NO AT o povo judeus eram considerados o povo de Deus. Portanto eles eram os depositários das Escrituras Sagradas. • Todavia um grupo de judeus, no Egito (Alexandria)traduziram as escrituras para o grego, II séc A.C e incluíram esses livros apócrifos na versão que hoje é conhecida como Septuaginta. • Esses judeus que moravam no Egito não tinham autoridae para dizer que livrosd deviam configurar no cânon. • A palestina era o berço do cânon judico, das raízes bíblicas. • Somente no concilio de trento, em 1546, os apócrifos forma considerados canônicos.
Em 1490 foi publicado uma Bíblia Poliglota Complutense de Francisco Ximenes. Recebeu a aprovação do Papa leão XZ, no prefacio o cardeal Ximenes escreveu:
“Os livros não canônicos aqui incluídos não são inspirados, mas servem de codificação”. E o Papa aceitou isso 50 anos antes de Trento. No dia 8 de abril de 1546, Trento declarou: “O sínodo recebe e venera os livros do VT e só NT, já que Deus é o autor de ambos, como recebe também as tradições proferidas pela boca de Cristo e do Espírito Santo. Depois da lista dos livros conclui: se alguém não recebe estes livros como sagrados e canônicos e deliberadamente menospreza os ali mencionados, seja anátema”.
RAZOES PORQUE NÃO SÃO ACEITOS OS APOCRIFOS • • • • • • • •
1-A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos 2-Não forma aceitos por Jesus, nem pelos apóstolos. 3-A maior aparte dos grandes pais da igreja rejeitaram sua canonicidade. 4- Nenhum concilio da igreja os considerou canônico. Somente em Trento é que foram reconhecidos. 5- Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os apócrifos. 6- Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da reforma, rejeitaram os livros apócrifos. 7- Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados ou canônicos. 8- Os apócrifos não reivindicam serem inspirados.
O CANON DO NOVO TESTAMENTO • O NT só começou a ser escrito no ano 49 AD. Por que demoraram a escrever? • 1-Porque estavam preocupados em pregar. • 2-Aguardavam Jesus voltar em seus dias. • Jesus não escreveu nenhum livro. Os cristãos repetiram as palavras dele transmitidas pelos apóstolos. O que Jesus falava era considerado como tendo a mesma autoridade do AT. • Quando os discípulos começaram a morrer e Jesus não voltava surgiu a necessidade de deixarem algo escrito.
A HITORIA DA BIBLIA • A maior invenção do homem antigo sem duvida foi a escrita. Para fixar sentimentos e idéias o homem utilizou, inicialmente, representações figurativas do que via. Era a escrita pictográfica. • Depois simplificou os desenhos que usava na escrita pictográfica para representar idéias: eram os ideogramas. • Os egípcios por exemplo, desenhavam um homem em posição de espanto e admiração para representar a idéia de um milhão. • O passo seguinte foi a transformação dos ideogramas em fonogramas: cada símbolo representava um som. Os símbolos era mais fáceis de grafar, porem foram reduzidos a poucos traços • A criação do alfabeto é atribuído aos fenícios e cananeus.
AS LINGUAS ORIGINAIS • A Bíblia foi originalmente escrita em três línguas hebraico, aramaico e grego. A maior parte do AT foi escrito em Aramaico e a principal língua do NT foi o grego. • O alfabeto hebraico contem 22 consoantes e nenhuma vogal. Daí a dificuldade de pronunciar deste idioma. Para contornar este problema, os massoretas (estudiosos judeus que viveram na Idade média e transcreviam as escrituras hebraicas) inventaram um sistema de pontos e sinais que indicavam a pronuncia de sua época.
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O hebraico é uma língua rica em figuras de linguagem. É impossível conhecermos sua pronuncia antiga e é escrita da direita apara a esquerda. O ARAMAICO foi utilizado em algumas passagens do AT. É uma língua falado por alguns povos. Bastante parecida com o hebraico. Seu vocabulário é mais rico que o hebraico. Juntamente com o grego, era um das línguas amplamente utilizadas nos primórdios da era crista. O GREGO foi, sem dúvida foi a língua utilizada pelos escritores do NT, que tinha a Septuaginta como principal fonte de texto do AT> Diferente do hebraico, o grego é uma língua que apela para a razão. E foi o idioma dos pais da filosofia da antiga Grécia., que influenciaram, de modo definitivo, todo pensamento ocidental, O grego falado pelo povo, na época da igreja crista, foi o mesmo usado pelos escritores do evangelhos. Era o o grego coiné, isso é, comum.
OS MATERIAS • Na antiguidade foram utilizados os mais diversos tipos de matérias para produção de textos escritos. • Escrita cuneiforme – os povos da mesopotâmia usavam laminas de argila, onde imprimiam seus escritos com símbolos em forma de cunha. • Papiro – Utilizado pelos egípcios eram tiras de talo de uma planta do mesmo nome das margens alagadas do vale do Nilo. Nossa palavra papel provem de papiro. • Os pergaminhos – Longas tiras de couro. Curtia-se peles de caprinas ou bovinos macerados em cal, raspadas e polidas. Formavam longas tiras que eram enroladas para formar os livros. Daí os antigos livros terem formado de rolo.
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Velino – Eram pergaminhos bastante finos e lisos, de couro de animais recém nascidos ou que nasceram mortos , preparados e costurados como nossos livros atuais. Temos o Códex Sinaitico. Palimpsestos – Devido a escassez de materiais para a escrita, era comum rasparem-se pergaminhos já utilizados, para serem reaproveitados em novas escrituras ( raspados e reescritos). Ostracos - Cacos de cerâmica, utilizado pela classe amais pobre, material barato. Escavações arqueológicas encontraram uma copia dos evangelhos. OS MANUSCRITOS ANTIGOS OS MANUSCROTOPS DO AMR MORTO AS TRADUÇÕES