A Acacia e seu significado

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U. „. T.‟. O. „. A.‟. A.‟. G.‟. I. ‟. 1 ORDO AB CHAO Supremo Conselho do Gr.‟.33 do R.‟.E.‟.A.‟.A.‟. da Maç.‟. Para República Federativa do Brasil. Inspetoria Litúrgica do Estado de Rondônia Excelsa Loja de Perfeição “Vale do Canaã”.

Trabalho do Grau - 5

TEMA: A Acácia e Seus Significados

Luiz Carlos Fernandes - 5

Vale de Cacoal/RO 2013 ___________________ 1

Todos os países do mundo para a glória do grande ARQUITETO


Universi Terrarum Orbis Architectonis Ad Glorian InGentis ORDO AB CHAO

1 Introdução

Este trabalho busca, através de pesquisa bibliográfica, ainda que de forma leiga, entender o que é a planta usada na simbologia maçônica, e que é no grau 05 (cinco) do R.’.E.’.A.’.A.’. a palavra de passe. Buscamos aqui, ainda que apenas em forma de rascunho explicar sua existência física na natureza segundo a botânica, ramo da biologia que estuda as plantas em todas as suas formas. Na seqüência damos algumas definições de sua simbologia mais importante para a sociedade dos maçons.

Palavra s chaves: biologia, acácia, maçonaria, simbologia.

2 Desenvolvimento Segundo a Biologia, ciência que estuda a vida, o nosso planeta está dividido em reinos e domínios, estes classificam os seres vivos em cinco reinos diferentes, denominados de Reinos Monera, Protista, Plantae ou Metaphita (plantas), Animália ou Metazos e Fungi. Mais recentemente os seres vivos passaram a ser agrupados também em

domínios

que

representam

“Super-Reinos”,

que

são

as

Archeae

(arqueas,procariontes), Bactéria (bactérias), Eukarya (eucariontes). A Botânica, ramo da biologia que estuda as plantas diz que: As plantas são eucariontes pluricelulares e autotróficos fotossintéticos (Linhares e Gewandsznajder,2012). É nesse reino que está inserida as diversas formas de vidas das plantas, alem das plantas terrestres temos nesse reino, as algas, que segundo a ciência, são plantas terrestres que retornaram a vida aquática. É nesse reino que estão incluídas as diversas formas de acácias as quais podemos classificar da seguinte forma:


Reino: Plantae Divisão: Magnoliophita Classe: Magnoliopsida Ordem: Fabales Família: Fabaceas Subfamília:Mimosoideae Genero: Acácia Espécie:Acácia nilótica (Mimosa nilótica de Lineu)

3 O livro da lei e a Acácia Em todos os antigos sistemas de religião, e nos Mistérios de Iniciação, havia sempre algumas plantas consagradas, (Mackey, 2008). Tanto na antiga Roma, como no Egito, onde eram celebrados ritos de conhecimento oculto, tais como os de Ceres, de Dionísio e Osíris, já era possível observar o uso de plantas sagradas tais como Mirtilo, Érica, alface e outras. O livro da lei está repleto de imagens ritualísticas, onde é usada, principalmente como planta sagrada a planta denominada cientificamente de acácia nilótica. Entre outras utilidades, a acácia foi usada para a construção da arca da aliança, a construção do tabernáculo, a mesa dos holocaustos, Mackey,2008, nos conta que o profeta Isaias ao recontar as promessas de d-eus aos Israelitas em seu retorno do cativeiro (Babilônia), diz-lhes que, plantará na floresta, para alivio e refrigério deles, o cedro e a acácia.

4 A Sociedade dos Maçons e a Acácia

De todos os símbolos usados pela maçonaria, A acácia tem valor simbólico superior2 (2. opinião do autor) pois está intimamente ligada a lenda do terceiro grau. É nesse grau que o maçom alcança sua plenitude enquanto membro dessa ordem, passando então a ser chamado de mestre o que lhe dá maior autoridade e também grande responsabilidade diante dos demais maçons e da sociedade como um todo.


A lenda do terceiro grau é usada como alegoria diferenciada em diversos ritos e tem suas interpretações também modificadas conforme o país e a finalidade com que surgiu o rito, porém, os seu mito é sempre o mesmo, representando a ressurreição ou regeneração. Em alguns ritos pode representar meramente Iran Abif, o mestre DeMolay ou ainda o sofrimento c morte, com a subseqüente ressurreição do crucificado. Para representar toda simbologia citada acima no terceiro grau, é usado o ramo da acácia. A lenda do mestre Abif, o construtor do templo de Salomão (conforme a lenda), é ocultada pelo ramo da acácia. Oswald Wirth, tece o seguinte comentário:

5 Oswald Wirth “Para se chegar a compreender o alcance do mito maçônico, é necessário lembrar que a planta de que se trata aqui aparece como a única em meio às areias desérticas. Trata-se de um arbusto espinhoso entre os Orientais que vêem nele um emblema da imortalidade. Em Maçonaria, os adeptos que se gabam de conhecer a Acácia, têm-se como iniciados nos mistérios do terceiro grau da Arte Real. Uma particular importância liga-se, então, ao ramo verde que sinala a terra sob a qual se descobrirá o corpo de Hiram. Que significa esse ramo revelador? O verde, cor da esperança, faz alusão à que subsiste ainda em meio ao desespero. A crença no amanhã reanima a coragem daqueles que o presente desilude. Ora, esta confiança nasce de um sentimento indestrutível que liga o homem à Vida e à Grande Obra que ela persegue. Conhecer a Acácia é tomar consciência do incessante trabalho vital, é adquirir a certeza de que esse trabalho necessário não sofrerá qualquer interrupção prolongada. Se pára momentaneamente, é para ser retomado de imediato com novo vigor. Direcionado por um falso caminho, sofre curta interrupção que o obriga a melhor orientar-se. Hiram não saberia permanecer morto: ele não foi morto senão em vista de sua ressurreição.”

Nicola Aslan, (1974), citando Hutchinson, diz que este indicou os maçons sob a denominação de acacianos, mas de “akakia” cujo significado é “sem maldades”, “inocência” Aslan define a acácia ainda da seguinte forma: Acácia – Palavra que procede do vocábulo grego aki, “ponta”. É uma árvore com espinhos da família das


leguminosas, que cresce na orla dos desertos ou em países quentes (...). Por ser sempre verde, a acácia é considerada como o símbolo da imortalidade.

De tudo que foi dito podemos deduzir que a planta da acácia tem seu habitat natural nas regiões de clima tropical, a acácia nilótica de Lineu em especial, a planta maçônica, se reproduz principalmente ao norte e sul da África, também se reproduz na península do Sinai e em toda Palestina (e atual território de Israel). Também é possível perceber que, por sobreviver em região tão inóspita e se manter verde como se fosse renovada a cada dia torna-se símbolo da ressurreição. Daí, ser possível afirmar que o mestre maçom ao dizer no ritual do terceiro grau: A.’.A.’.M .’.E.’.C.’., nada mais diz que: “EU ESTIVE MORTO E RESSUCITEI, PORTANTO, SOU “O MESTRE”!

Bibliografia

ASLAN,

Nicola. Grande dicionário enciclopédico de

maçonaria e

simbologia. São Cristóvão: Artenova S.a, 1974. 1220 p.

WIRTH, Oswald. Os mistérios da arte real:a acácia. Internet: Internet, 2012. 165 p.

MACKEY, Albert G.. O simbolismo da maçonaria: o ramo de acácia. Internet: Universo Dos Livros, 2008. 139 p. LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje:os seres vivos. Internet: Editora Ática, 2012. 2 v.


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