A Graça das Origens QUERIDAS IRMÃS CLARISSAS, FILHAS DA MÃE SANTA CLARA, Paz e bem! Ao celebrarmos a solenidade da Mãe Santa Clara volvemos nosso olhar ao Glorioso Deus Altíssimo, cheios de gratidão pelo dom de nossa Vocação, de seguir seu dileto Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em altíssima pobreza. É possível, queridas irmãs clarissas, agradecer o dom de nossa vocação quando e tão somente olhamos para a mãe Santa Clara e também nosso pai São Francisco e, neles, redescobrimos o Seguimento de Jesus Cristo, pobre e crucificado. Acredito, firmemente, que neste ano jubilar somos chamados a viver a nossa vocação nos passos de Santa Clara, não como quem tem autoridade no caminho percorrido por ela, mas, sobretudo, como quem se colocou quotidianamente na atitude de discípula do Mestre Jesus Cristo. Assim, seu discipulado para nós, hoje, é atualíssimo e o encontramos nela mesma e nos seus escritos. Permita partilhar com vocês alguns passos de nossa Mãe Santa Clara para melhor viverem a vocação de esposa, do Cristo pobre e crucificado, tão amado também de nosso pai São Francisco. ◊“Ele se fez caminho para nós (Test. 5)”, quando nos ensinou-nos a amar até o fim, lavar os pés, dar o exemplo. ◊ Ela nos pede e até suplica que “abracemos o Cristo pobre como uma virgem pobre (21ctIn18)”. Isto implica dizer que o seguimento é caminho estreito, mas sempre iluminado pela gloria da Cruz do Ressuscitado. ◊ Pela graça de Deus, vocês, queridas irmãs, tornaram-se as mais dignas das criaturas, pois “a alma fiel é maior que o céu (3CtIn22)”. Assim, as clarissas, pela sua vocação, fazem de sua vida um templo e morada de Deus Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo. Quem faz de sua vida uma morada do Altíssimo imita a atitude da Mãe Maria Santíssima e, neste particular, Santa Clara é Mestra para todos nós.
◊ Sua vida em São Damião foi toda fraternal, “pois com que solicitude, com que zelo da mente e do corpo devemos observar o que foi mandado por Deus e por nosso pai, para restituir o talento multiplicado, com a colaboração do Senhor! (Test.18)”. Como desejamos ardentemente ser fiéis à nossa vocação, queremos receber nossa Abadessa como mãe e nossas coirmãs como dom gratuito dado pelo Altíssimo e Onipotente Bom Senhor e, com elas, vivermos o Evangelho, Jesus Cristo, pobre e Crucificado. Desde a abertura do Ano Jubilar, em Abril de 2011 até os dias presentes, recordamos muitos passos de Nossa Mãe Santa Clara em seus dias de São Damião e o traduzimos para o nosso tempo da “Graça das Origens”. A partir de agora, queremos e devemos continuar a olhar para São Damião, novamente com o olhar de discípula, ou seja, com o desejo grandioso de querer aprender de Santa Clara. Assim, a tarefa continua de “dobrar os joelhos diante do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, para que, pela intercessão dos méritos de sua Mãe, a gloriosa Virgem Santa Maria, de nosso bemaventurado pai Francisco e de todos os santos, o Senhor que deu o bom começo, dê o crescimento e também a perseverança até o fim (77-78)” e, assim, receber e viver do privilégio de sua bênção. Eu “as abençoo em minha vida e depois de minha morte, como posso, com todas as bênçãos com que o Pai de misericórdia abençoou e abençoará seus filhos e filhas no céu e na terra, e com os quais um pai e uma mãe espiritual abençoaram e abençoarão seus filhos espirituais. (BSC 11). Com estima e gratidão por todo bem recebido de todas as filhas de Santa Clara, Frei Raimundo Justiniano de Oliveira Castro, ofm