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Festival da Diversidade
O Festival Marreco de Cultura Independente é um evento artístico realizado na cidade de Patos de Minas. Ele valoriza o respeito à diversidade, à pluralidade e às identidades culturais; estimulando a criatividade, a inovação e renovação de ideias, principalmente ligadas a conscientização. O público que forma o festival é variado, e por ser tão diverso, merece um foco especial.
No ano de 2007 foi realizado o primeiro Festival Marreco, com a duração de um só dia. Foi uma novidade para os jovens que clamavam por cultura em Patos de Minas, assim, o seu público ficou restrito a adolescentes e juvenis somente. Com o passar do tempo, o próprio Festival e seu público cresceram, evoluiu em termos de organização, identidade e qualidade musical. “A produção do Festival, a variedade de possibilidades musicais, educacionais e sociais do festival, incentivou ao aumento do público” diz Lucas André de Paula, membro do Coletivo Peleja, organizador do festival. Segundo ele, ao longo dos anos houve a formação de um público específico para o evento, tornando-o assim uma festividade tradicional em Patos de Minas.
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Agora, o que há por trás da organização de um Festival com tanta heterogeneidade de público? O Marreco é coordenado pelo Coletivo Peleja, uma organização sem fins lucrativos. Assim, como a organização não é mantida financeiramente, seus participantes são voluntários, trabalham todo ano para que se tenha o evento. Para conseguir capital para realização de um festival do porte do Marreco, seria a partir do abate dos impostos de renda de grandes empresas privadas, porém, o valor investido para patrocinar projetos desse modo deve corresponder a somente 4% da arrecadação total dessas empresas, a dificuldade de conseguir esse tipo de patrocinadores é grande, pois em Patos de Minas há poucas empresas com um ganho tão superior . Porém, outra fonte de renda para a realização é o apoio do Município a partir de verbas destinadas ao festival, “ a prefeitura de Patos de Minas é uma grande apoiadora do Festival Marreco, tanto na parte de recursos quanto repasses financeiros destinados ao festival” afirma o Secretário de Cultura Fabio Amaro. Além de contar também com a participação de diversas empresas patrocinadoras de iniciativa privada Patenses. Com uma gestão eficiente, o resultado não foi outro, o público cresceu bastante, desde crianças até a velha guarda vão prestigiar o Festival Marreco. A estrutura é bem elaborada na “Arena Cultural” do Parque do Mocambo, o que atrai muito as pessoas que procuram um meio de diversão e cultura. “Um dos enfoques do Festival sempre foi a formação cidadã e a formação de público para a Cultura” – Lucas André de Paula. Deixamos aqui, alguns depoimentos do público: Eu achei incrível, pude escutar um som bacana conhecer as várias culturas e isso me gerou uma experiência ótima – Eduarda Sousa, 17 anos, Estudante.
O Festival Marreco pra mim é o melhor evento que acontece em Patos de Minas, ele procura atingir toda a população Patense de todas as idades, com atrações desde shows musicais de vários estilos mais alternativos, a histórias para crianças, feira artesanal etc. – Ana Paula, 22 anos, Publicitária. Cada ano é uma experiência nova, muito bacana, não é aquela coisa repetitiva –Thomaz –, 26 anos, Músico e Estudante. È um festival interessante, traz bandas independentes, com músicas autorais que deveriam ser mais valorizadas. E elas vêm de todos os lugares do Brasil, ano passado teve a banda Franciso El Hombre, uma banda que tem característica própria na produção das musicas. Julliane Souza – 19 anos, estudante de Jornalismo.
Agosto é mês de Movimentação, é mês de Festival Marreco. O evento todo ano movimenta a economia e o comércio da cidade. Muitas pessoas de fora vêm a Patos por causa do festival, as bandas que se apresentam ficam hospedadas em hotéis, movimentando assim a rede de hotelarias, além da rede de produtores locais, seja na área de alimentação, bebidas ou mesmo empresas contratadas para montagem. Não tem segredos para o resultado de diversidade de público, o detalhe é que cada pessoa que participa do Festival, está lá por um pedacinho do evento, pode ser música ou poesia, arte, pinturas, artesanato ou mesmo só para ter um lugar bacana para conversar e curtir com os amigos. A variedade cultural é muito grande, e quem participa pelo menos uma vez na vida sai de lá de alma limpa e leve, essa é a magia do festival, reunir pessoas tão diferentes com um só propósito, a busca por cultura.